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A Náutica Desportiva e de Lazer: Fator dinamizador do litoral no Eixo Cascais - Lisboa” Rui CAMELO, Estudante de Geografia do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa

Apresentação Turismo Náutico IX Congresso da Geografia Portuguesa

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Page 1: Apresentação Turismo Náutico IX Congresso da Geografia Portuguesa

“A Náutica Desportiva e de Lazer: Fator dinamizador do litoral no Eixo Cascais - Lisboa”

Rui CAMELO, Estudante de Geografia do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa

Page 2: Apresentação Turismo Náutico IX Congresso da Geografia Portuguesa

Estrutura do projeto de investigação1. Introdução do tema de análise

2. Descrição da metodologia de investigação

3. O Turismo Náutico

4. O Eixo Cascais – Lisboa

5. A importância dos eventos desportivos na dinamização do

turismo

6. Estratégia para o desenvolvimento da náutica desportiva e

de lazer

7. Considerações Finais

8. Bibliografia

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Introdução do tema em análise

Objetivo: Demonstrar a importância da náutica desportiva e de lazer na dinamização económica desta área litoral.

Palavras-Chave: Turismo Náutico; dinamização da economia; diversificação da oferta; sazonalidade; Cascais - Lisboa.

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Introdução do tema em análise

• Portugal tem 1230 Km de extensão de costa só na sua área continental (3000 Km incluindo as Regiões Autónomas).

• É detentor e responsável por uma plataforma continental com uma área de extensão de cerca de 4 milhões de Km².

• Tem também responsabilidade por uma Zona Económica Exclusiva (ZEE) atualmente com cerca de 2 milhões de Km².

• É por esse motivo reconhecido no contexto mundial, como uma real Economia do Mar, que poderá ser potenciada pelo alargamento da ZEE.

• A Estratégia Nacional para o Mar (ENM) 2013-2020 considera a Náutica de Recreio e os cruzeiros de turismo como setores com potencial.

• O Turismo Náutico está consagrado no Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT)como um dos dez produtos estratégicos

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Descrição da metodologia de investigação Pesquisas bibliográficas

Entrevistas exploratórias

Investigação extensiva

Observação direta

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Fonte: Turismo de Portugal – Adaptado de GLT

O Turismo Náutico

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Fonte: AFEM

Estratégia para a Economia do Mar inclui a Náutica de Recreio e o Turismo Náutico, salientando a importância da realização de eventos desportivos de grande projeção, valorizando o Turismo Marítimo.

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Eixo Cascais - Lisboa

Fonte: Turismo de Portugal

Na oferta de hotéis de 4 e 5 estrelas, de Aldeamentos Turísticos, Apartamentos Turísticos e Moradias Turísticas, verifica-se uma clara concentração da oferta no Eixo Cascais-Lisboa, só ultrapassado pela da Região do Algarve.

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Eixo Cascais - Lisboa

Fonte: Elaboração Própria

Factores- Chave

Qualidade ambiental

Hotelaria de

qualidade

Riqueza paisagística e patrimonial

Infra-estruturas

de lazer

Clima ameno

Eixo Cascais/Lisboa: destino turístico e de

lazer de referência

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Eixo Cascais - Lisboa

Fonte: Elaboração Própria

Agências de viagens

Cascais / LisboaOportunidades de Negócio

Património edificado

Identidadese

singularidades

Espaços fluviais

Património natural

Espaços Marítimos

Desportosradicais

Festas tradicionais

Transportes rodoviários

Restauração tradicional

Artes e espectáculos

Congressose eventos

Hotelaria

Pesca desportiva

Operadores turísticos

Museus

Animaçãoturística

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A importância dos eventos desportivos na dinamização do turismo

• America’s Cup World Series → realizou-se na Baía de Cascais em Agosto de 2011, tendo a competição sido seguida por mais 120 milhões de espectadores.

• Volvo Ocean Race → é a prova de maior dimensão e impacto. A nível económico, foi avaliado entre os 29,2 e os 34,4 milhões de euros. Estão já garantidas as duas próximas stop overs em 2014-2015 e 2017-2018.

• Tall Ships Races 2012 Lisbon → grandes veleiros desfilaram no Tejo, Lisboa recebeu mais de um milhão de visitantes durante os quatro dias de permanência da frota.

Page 12: Apresentação Turismo Náutico IX Congresso da Geografia Portuguesa

A importância dos eventos desportivos na dinamização do turismo

• De entre as várias provas, a Volvo Ocean Race é sem dúvida a de maior dimensão e impacto, onde mais se fizeram sentir os efeitos de dinamização do litoral, com as obras de adaptação para fazer face às exigências que a receção de uma prova como esta requer no local escolhido, a Doca de Pedrouços (vulgarmente conhecida como Docapesca).

• Os números que a envolvem são impressionantes: só como exemplo, são lidos 13 mil artigos, por 1,619 biliões de leitores, 90 milhões de visitas ao sítio da prova, que tem a duração de nove meses.

• É unânime que é necessário proceder à promoção de mais eventos deste cariz, de forma a colocar o Eixo Cascais - Lisboa nos circuitos internacionais da vela de competição, combatendo a sazonalidade inerente à clássica oferta de sol e praia, qualificando a sua imagem, proporcionando uma exposição internacional que terá impacto direto na economia local, regional e nacional. 

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Estratégia para o desenvolvimento da náutica desportiva e de lazer

Capacidade instalada em Docas, Portos de Recreio e Marinas no Eixo Cascais - Lisboa

Docas, Portos de Recreio e Marinas Número de postos

Doca de Alcântara 440

Doca de Santo Amaro 321

Doca de Belém 194

Doca do Bom Sucesso 163

Marina Parque das Nações 602

Marina de Cascais 650

Porto de Recreio de Oeiras 273

Total 2643Fonte: APL

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Estratégia para o desenvolvimento da náutica desportiva e de lazer

Marinas e Portos de Recreio em Portugale na Europa

Pais Km Costa Nº de Marinas

Lugares

Reino Unido 12 429 180 56 000

França 5 500 370 180 000

Holanda

Bacias Interiores(30 000 lugares

costeiros)

1 150 180 000

Espanha 7 880 320 107 000

Portugal 2 830 30 12 000

Fonte: Adaptado de APPR

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Estratégia para o desenvolvimento da náutica desportiva e de lazer

• Portugal necessita de apostar mais nas infraestruturas e tudo o que envolve a náutica de recreio e o turismo marítimo.

• Existe uma forte procura de bens e serviços ligados ao turismo náutico na Europa, sendo um forte argumento para decisões de investimento.

• O fator determinante para o desenvolvimento de empresas competitivas é a procura de escala.

• Com o aumento da dimensão e de escala das empresas, pode-se aumentar a qualidade de serviços, hoje muito variável.

• Diversificar os produtos comercializados, e desenvolver esforços para angariar clientes nos mercados externos, esbatendo a sazonalidade.

• Alargar o dimensionamento à Área Metropolitana de Lisboa (AML), através de uma maior interação com os outros concelhos do Estuário do Tejo.

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Considerações finais

• Evidente necessidade de atrair mais provas desportivas internacionais, para manter o Eixo Cascais-Lisboa nos circuitos mundiais da náutica de competição.

• Uma nova abordagem do setor da náutica, centrada no reconhecimento dos efeitos socioeconómicos, contribuirá para a valorização e qualificação territorial a várias escalas.

• Uma maior ligação ao estuário do Tejo, poderá efetivamente potenciar a capacidade de atração e receção de turistas de náutica, desenvolvendo a fileira do turismo fluvial.

• A realização de eventos desportivos internacionais, pela sua mediatização e e visibilidade, poderão contribuir para dar a conhecer elementos histórico-culturais e paisagísticos eventualmente desconhecidos.

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Bibliografia

• Almeida Faria, E [Coord.] (2012) Náutica de Recreio em Portugal – Um Pilar do Desenvolvimento Local e da Economia do Mar: proposta de actuação e planos de acção. Grupo de Trabalho da Náutica de Recreio, Fórum Económico para os Assuntos do Mar, Sinapis Editores, Óbidos.

• Cavaco, C (1983) A Costa do Estoril. Esboço Geográfico. Editorial Progresso Social e Democracia, Lisboa.

• Figueira de Sousa et al. (2008) Parcerias e Lógicas de Cooperação nos Processos de Desenvolvimento da Náutica de Recreio. II Seminário Internacional de Náutica de Recreio e Desenvolvimento Local. Seixal.

• Pitta e Cunha, T (2012) Blue Growth for Portugal. Uma visão empresarial da economia do mar – Sumário Executivo. COTEC Portugal, Lisboa.

• Pitta e Cunha, T (2012) Portugal e o Mar - Á Redescoberta da Geografia. Edições FFMS, Lisboa

• Simões, J M (2005) Geografia do Lazer e Turismo - Programa para uma disciplina de opção da Licenciatura em Geografia, EPRU nº. 66, CEG-UL, Lisboa.

• T H R (Asesores en Turismo Hotelería y Recreación, S.A.) para o Turismo de Portugal, IP (2006). 10 Produtos Estratégicos para o Desenvolvimento do Turismo em Portugal. Ed. Turismo de Portugal, IP, Lisboa

• T P, IP (2007, 2012) Plano Estratégico Nacional do Turismo, Turismo de Portugal, IP. Ministério da Economia e Inovação, Lisboa

• VV.AA. (2013) Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020. Governo de Portugal, Lisboa

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