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Ano lectivo 2009/2010 Formador: António Manuel Pereira Marques DIRECÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO CENTRO Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal

Apresentação sessão

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Ano lectivo 2009/2010Formador: António Manuel Pereira Marques

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Conhecimento que permite reconhecer e

analisar, de forma consciente, as unidades de

som de uma determinada língua, assim como

as regras de distribuição e sequência do

sistema de sons dessa língua".

Inês Sim-Sim

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É a capacidade que a criança tem para compreender e, sobretudo, reflectir sobre a estrutura sonora da língua, isto é, manipular conscientemente (mover; combinar ou suprimir) os elementos sonoros das palavras. Isto é, a consciência adquirida pela criança de que as palavras são segmentáveis em sílabas e fonemas.

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fogo = incêndio vs fogo = interjeição

Fogo!!!!

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‘(...) as pessoas não prestam atenção aos sons (...) ao produzirem

ou escutarem a fala. Em vez disso, processam esses fonemas

automaticamente, dirigindo [a] sua atenção ao significado e à

força do enunciado como um todo.’

Adams et al (1998/2006

Qual o motivo da dificuldade em desenvolver consciência fonémica, crucial para o sucesso nas tarefas de leitura e de escrita?

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Um bom domínio da linguagem oral (produção e percepção);

Um certo desenvolvimento da capacidade de identificar e manipular as unidades sonoras – sílabas, constituintes silábicos, sons da fala (consciência fonológica).

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Assim, a consciência fonológica é importantíssima para a aprendizagem da escrita e da leitura porque:

1-É facilitadora na transferência do oral para o escrito (pois são dois sistemas diferentes);2-Ao contrário da linguagem oral, a escrita não é um processo natural;3-A escrita é um processo muito complexo (envolve competências cognitivas, psicolinguísticas, perceptivas, espácio-temporais, grafo-motoras, afectivo-emocionais).

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A consciência fonológica é dinamizadora da leitura.

O professor deve promover a consciência fonológica através da oralidade, pois, esta aparece antes da escrita e a criança já consegue manipular sons.

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Principalmente com os alunos que demonstrem mais dificuldades.

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Diferenças entre

Sistema oral(Língua)

Sistema escrito

(Ortografia: representação da oralidade)

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Pausas (ex. “A tua amiga inglesa/é muito simpática.)

Reformulações (ex. “Esses papéis não têm nenhuma, nenhum refinamento especial.)”

Diferentes versões fonéticas para uma palavra (ex. telefone / telfon / tlfon)

Vogais (Quantas vogais tem o Português?

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Sons/caracteres ex. linho = 5 sons (4 sons 5 caracteres) manta = 5 sons (4 sons 5 caracteres) chuva = 5 sons (4 sons 5 caracteres)

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AcentuaçãoQuais das seguintes palavras são acentuadas? música, chinelo, máscara cegonhaResposta comum: música e máscara.

Divisão silábicaDivisão silábica das palavras carro e massa.

Resposta comum: car-ro mas-saResposta correcta: ca-rro ma-ssa

(A ausência de distinção entre divisão silábica e translineação, demonstra a primazia da escrita.)

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1- Abordar cada sistema isoladamente, porque se trabalham competências linguísticas diferentes.

2-Abordar o modo como a oralidade é representada na escrita para criar consciência das especificidades de cada sistema e das relações estabelecidas entre eles

São dois sistemas autónomos que estabelecem relações entre si.

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3- A oralidade e os sons da fala fazem parte do real

que nos cerca; as suas propriedades devem ser

descritas no percurso da escola-ridade (tal como as

plantas e o sistema circulatório).

4- Um bom domínio da linguagem oral e um certo nível de consciência fonológica constituem não só pré-requisitos para a iniciação à leitura e à escrita mas também factores promotores da formação de bons leitores (fomentando a rapidez de processamento no domínio da palavra).

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5- O treino fonológico tem efeitos positivos no nível de consciência fonológica e na iniciação à leitura e à escrita em crianças com diferentes níveis de desempenho na aprendizagem (forma de prevenção e de remediação dos problemas na leitura e na escrita).

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conhecer sumariamente a estrutura

sonora da língua;

trabalhar diariamente sobre as

estruturas sonoras da língua (desde o

início do 1.º CEB e idealmente já desde

o ensino pré-escolar);

utilizar estratégias para que as

crianças descubram a unidade fonema

e sejam capazes de isolar estas

unidades na palavra (p.a.t.o) antes de

aprender os símbolos gráficos que lhes

correspondem

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3 anos- sensibilidade fonológica (Corrigindo sequências não permitidas na sua língua, apreciando rimas e jogos de palavras.)

4 anos – identificação de palavras e segmentação silábica

6 anos – consciência fonémica (emergindo com o treino a fonológica ou com a escolarização num sistema de escrita alfabética)

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ORDEM DE DESENVOLVIMENTOORDEM DE DESENVOLVIMENTO

Palavra sílaba constituinte silábico fonema

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1-Consciência de fronteira de palavra os.amigos / o.zamigos de.repente / derepente

2-Consciência silábica (sílaba) plu.mas cro.mar

3-Consciência intrassilábica (constituintes silábicos) pl.u / m.as cr.o / m.ar

4-Consciência fonémica (fonemas, segmentos, sons da fala) p.l.u.m.a.s c.r.o.m.a.r

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sílabas

Constituintes silábicos

Sons da fala

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Sílaba Sílaba

ataque rima ataque rima núcleo coda núcleo coda

m a r f l o rNota: consultar brochura

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VOGAIS

CONSOANTES

SEMIVOGAIS

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bilabiais labiodentais dentais alveolares palatais velares uvulares

oclusivas [p, b] [t, d] [k, g]

fricativas [f, v] [s, z] [ʃ] (ch), [Ʒ] (j)

nasais [m] [n] [ɲ] (nh)

laterais [l] [ʎ] (lh)

vibrantes [r] [R]

Classificação articulatória das consoantes do Português

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À entrada no 1º ciclo as unidades gramaticais da fonologia já se encontram estabilizadas na maior parte das crianças.

ASPECTOS RELEVANTES PARA O DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS DE LEITURA E ESCRITA

identificação de fronteiras de palavra

aquisição do inventário de sons

organização dos sons nas sílabas

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Embora se assuma que a consciência das fronteiras de palavra se encontra

estabilizada à entrada na escola, a verdade é que alguns comportamentos de

escrita em meninos do 1.º e do 2.º Ciclos mostram que a consciência desta

unidade pode ainda não estar completamente desenvolvida nos primeiros anos

de escolaridade.

os olhos escrito como “o zolhos” 2.º ano

salvou-a “salvoa” 4.º ano

de repente “derepente” 6.º ano

de molho “demolho” 6.º ano

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ORGANIZAÇÃO DOS SONS EM SÍLABAS

Os sons não se organizam de forma aleatória dentro das sílabas. De acordo com os princípios universais o Português, permite:

Zero, uma ou duas consoantes à esquerda da vogal – a to ra to e prato Uma consoante à direita da vogal - al. to far.to mus.go

Alguns grupos consonânticos - afta , admirado, psicologia, absurdo – são pouco frequentes no léxico das crianças. Revelam-se frequentemente pro-blemático em situações de leitura oral e na escrita.

Leitura oral: gera hesitações que comprometem a fluência da leitura do aluno.Escrita: encontramos muitas vezes uma vogal gráfica (e) entre as duas consoantes, de forma a simplificar a estrutura silábica da palavra.

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Resumidamente, o que devemos ter em conta

a) Treino da discriminação auditiva

b) Treino da consciência fonológica (consciência de palavra, de sílaba e fonémica)

c) Distinção entre sons e letras

d) Desenvolvimento da relação som/ortografia

e) Distinção entre divisão silábica e translineação

f) Treinar a produção de sons com maior grau de dificuldade - estruturas silábicas complexas, nomeadamente as sílabas CCV (prato) e as CVC (parto)

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