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Apresentação do texto: um convite à interatividade e à
complexidade
Marco Silva
Aluna: Rachel Alonso de Azevedo (EDAI 2012)
Principais críticas ao termo interatividade:
1ª ) vê mera aplicação oportunista de um termo da moda para significar velhas
coisas como comunicação e diálogo;
2ª ) Acredita que a interatividade legitima a explasão globalizada do novo
poderio tecno-industrial;
3ª ) Afirma que a interação promove a
rivalidade e dominação da técnica,
promovendo a regressão do homem à
máquina.
O que é a interatividade segundo o autor?
‘A emergência da interatividade é um fenômeno da “sociedade da informação” e
manifesta-se nas esferas tecnológica, mercadológica e social. Portanto insisto:
não se trata simplesmente de modismo, de argumento de venda ou de
dominação da máquina sobre o ser humano... As novas tecnologias renovam a
relação do usuário com a imagem, com o texto, com o conhecimento. São de
fato um novo modo de produção do espaço visual e temporal mediado.’ (Marco
Silva).
Segundo Marco Silva, interatividade é uma nova
modalidade comunicacional em emergência num
contexto complexo de múltiplas interferências, de
múltiplas causalidades. Não é o fruto de uma
tecnicidade informática, mas um processo em curso
de reconfiguração das comunicações humanas em
toda sua amplitude.
Um pouco mais sobre o termo ‘interatividade’
Segundo Pierre Lévy, interatividade é a
possibilidade – crescente com a evolução
dos dispositivos técnicos – de transformar
os envolvidos na comunicação, ao mesmo
tempo, em emissores e receptores da
mensagem.
Um pouco mais sobre o termo ‘interatividade’
Hipertexto e interatividade
O hipertexto democratiza a relação do indivíduo com a informação, permitindo que
ele ultrapasse a condição de consumidor, de espectador passivo, para a condição de
sujeito operativo, participativo e criativo. Pode-se dizer enfim que o hipertexto é um
sistema interativo. (Marco Silva).
Pode-se dizer que o hipertexto é interativo?
Podemos considerar a pura e simples relação do leitor com um hipertexto um
processo interativo? A interação envolve necessariamente emissor e receptor ou
pode ocorrer entre o homem e a máquina?
Segundo Alex Primo*, ‘Se antes participação rimava com discussão, hoje participar
rima com apontar/clicar. Nesse cenário, quanto mais “clicável” é um site mais
interativo ele será considerado (mesmo que todas as reações dos links e botões já
estejam determinadas na programação).
* Primo, Alex. Quão Interativo é o Hipertexto?: Da Interface Potencial à Escrita Coletiva. Fronteiras: Estudos Midiáticos, São Leopoldo, v.5,
n.2, p. 125-142, 2003.
Pode-se dizer que o hipertexto é interativo?
Segundo Carlos da Costa em Marco Silva, interatividade é a disponibilização
consciente de um mais comunicacional de modo expressivamente complexo,
ao mesmo tempo atentando para as interações existentes e promovendo mais
e melhores interações – seja entre usuários e tecnologias digitais ou
analógicas, seja nas relações “presenciais” ou “virtuais” entre seres humanos.
Epistemologia da complexidade e interatividade
Segundo Edgar Morin, citado por Marco Silva, a
atenção às interações é essencial para a
epistemologia da complexidade. Morin sustenta que “o
conhecimento de toda organização física exige o
conhecimento de suas interações com o seu
ambiente”. Para ele conhecer as interações é atentar
para a causalidade mútua inter-relacionada, as
interferências, a dialógica e negligenciá-la implica cair
no reducionismo próprio da ciência clássica.
O conceito de pensamento complexo
Para Edgar Morin, o pensamento complexo possui três princípios básicos:
1) Diálogo: o conhecimento e constrói e reconstrói e se modifica a partir do
diálogo.
2) Recursividade: os produtos e os efeitos são ao mesmo tempo causa e efeito
daquilo que os produziu.
3) Holograma: não apenas a parte está no todo, mas o todo está na parte.
Perspectivas para a educação
Nós, educadores e teóricos da educação precisamos realizar a articulação entre
comunicação interativa e educação, enfocando a sala de aula e a revitalização da
prática pedagógica e da autoria do professor, a partir do redimensionamento da
prática comunicacional que vem separando a emissão da recepção.
Até que ponto estamos acostumados a não questionar a pregnância da
transmissão, como determinam o paradigma da simplificação e a lógica da
distribuição?
Obrigada!