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A independência das Treze Colônias Ingleses naAmérica resultou no surgimento de um novo país,com treze estados, chamado de Estados Unidosda América.
Essa nova nação ocupava a costa leste,compreendendo os seguintes estados:
Nova Hampshire; Massachusettts;
Nova York; Rhode Island;
Pensilvânia; Connecticut;
Nova Jersey; Delaware;
Maryland; Virgínia;
Carolina do Norte; Carolina do Sul;
Geórgia
Do início até pouco mais da metade do
século XIX, a esses 13 estados se somaram
aproximadamente quatro dezenas mais,
fazendo com que, na atualidade, sejam 50
estados, com um território imensamente
maior que o inicial.
A questão que surge então é: quais foram os
fatores e os meios utilizados para que
tamanha expansão ocorresse? Quais as
principais consequências deste processo?
Intensa imigração – existia muita terra para
poucas pessoas, isso atraia muitos ingleses para
o novo país.
Outro fator para a imigração era a
industrialização acelerado na Inglaterra, pois ela
tornou a vida de muitos antigos artesãos
praticamente insustentável no outro continente.
Difusão do uso da locomotiva – auxiliou os
colonizadores a alcançarem com muito mais
rapidez e facilidade regiões antes consideradas
inviáveis economicamente, muito distantes ou
difíceis geograficamente.
O crescimento das ferrovias também facilitou oescoamento da produção, que passou a ocorrerde forma muito mais segura e rápida.
A descoberta de ouro na Califórnia – devido aessa descoberta uma massa de exploradores sedirigiu à região, levando consigo o sonho dealcançar melhores condições de vida.
Muitos historiadores consideram este o fatorprincipal do povoamento do extremo oestenorte-americano, região hoje considerada umadas mais ricas do planeta, não mais pelo ouro,mas devido ao grande número de empresasprodutoras de itens de alta tecnologia;
Incentivo governamental – o governo norte-americano incentivava a imigração, visando aopovoamento de terras a oeste das antigas TrezeColônias.
A doutrina do Destino Manifesto – doutrina
segundo a qual Deus teria ―manifestado‖ aos
norte-americanos o Seu desejo de que eles
tomassem posse das terras entre a costa leste e a
oeste. Essa ideia encontra raízes ainda no período
colonial, quando alguns dentre os Pais Peregrinos
(Pilgrim Fathers) acredi-
tavam que o Novo Mundo
era a ―Terra Prometida‖ por
Deus a eles, onde poderiam
exercer sua religiosidade em
paz, sem pressões do gover-
no britânico, controlador da
religião oficial inglesa;
Conquistas de terras mexicanas – a maioria dos
estados do sul e sudoeste foi anexado através de
conflitos com o México.
Estima-se que 50% do território mexicano
original foram perdidos para os EUA em
conflitos.
Aquisição por meio de compra – dois exemplos
desse mecanismo de anexação foram a aquisição
dos Estados da Flórida e do Alasca, negociados
com a Espanha e com a Rússia.
Outros lugares comprados – Luisiana, Arkansas,
Dakota do Norte e Dakota do Sul (França)
Aquisição por meio da diplomacia – a região que
abrange os estados de Oregon, Washington e
Idaho foi negociada diplomaticamente e, com
uma simbólica quantia de dólares, passou ao
controle dos EUA.
Conquistas de terras indígenas – foi tomada à
força das mãos de seus mais antigos habitantes,
os índios.
Milhares de índios foram mortos pelas constantes
incursões do exército norte-americano. Tribos
inteiras desaparecem para dar lugar ao
estabelecimento de grandes latifúndios.
Acentuado desenvolvimento econômico;
Explosão demográfica;
Aprofundamento das diferenças econômicas
e políticas entre o norte e o sudeste.
A Guerra da Secessão, ou Guerra Civil Americana, foium conflito envolvendo o norte o sul dos EUA, entre1861 e 1865.
Podemos dizer que a guerra ocorreu por diferençaseconômicas entre o norte o sul dos EUA.
Estas diferenças começaram a se tornar evidentesdesde o processo de colonização, se intensificandoapós a independência, em 1776.
O norte dos EUA tinha o clima temperado, economiabaseada na indústria e livre comércio, produção parao mercado interno, trabalho livre, policultura,minifúndio.
O sul dos EUA, por sua vez, tinha clima tropical,economia baseada na agricultura, produção paraexportação, trabalho escravo, monocultura elatifúndio.
O sul dependia da escravidão como forma demão-de-obra na lavoura. O norte, por sua vez,desejava o fim da escravidão para aumentar omercado consumidor, fortalecendo a suaindústria.
Além das visíveis diferenças entre a região nortee sul do EUA, a eleição de Abraham Lincoln, em1860, também foi determinante para o início daguerra.
Isto porque Lincoln foi eleito pelo norte e tinhauma postura antiescravagista, ou seja,totalmente oposto aos interesses do sul.
Assim, alguns estados do sul resolveram criar umestado independente. Foi o início da guerra.
A guerra em si ocorreu porque, enquanto o suldesejava a separação, o norte lutou para mantera unidade do país.
O exército do sul se autodeterminavaCONFEDERADOS, enquanto o norte era conhecidocomo IANQUES.
Considera-se que a vitória do norte ocorreu,entre outros motivos, devido à superioridade datecnologia bélica e a libertação dos escravos,que desestabilizou as tropas do sul.
É considerada a primeira guerra moderna,utilizando blindados, trincheiras, ferrovias e atémetralhadoras.
A guerra deixou um saldo de, aproximadamente,600 mil mortos.
Podemos destacar algumas consequênciasimportantes desta guerra.
A escravidão foi abolida, em 1863, nos EUA,o que intensificou a campanha abolicionistaem outros países, como o Brasil.
Foi criada a Ku-Klux-Klan, em 1867, umaseita racista criada por fazendeiros do sul, eque existe até hoje.
Iniciou-se um processo de industrializaçãodos EUA, o que possibilitou a sua posteriortransformação em potência mundial, dentroe fora da América.
O processo de formação dos países latino-americanosfoi marcado pela instabilidade política.
A substituição das antigas colônias espanholas pornações independentes apresentou dois problemasbásicos: constituir Estados soberanos e organizá-losem meio às mais variadas tendências políticas.
Além disso, o antigo império espanhol, agorafragmentado em repúblicas independentes, continuoua conhecer uma realidade socioeconômica e culturaldividida.
Na maior parte da América Latina, onde predominavauma estrutura latifundiária e as mais variadas formasde semi-servidão, a independência pouco ou nadaveio alterar.
Nesse contexto, marcado por tantas diferenças,surgem os antagonismos regionais entre aslideranças do processo de emancipação, ao sabordos mais variados interesses.
Quanto à forma de organização dos Estadosnacionais, o republicanismo foi o princípiopolítico geral que norteou a formação dosEstados nacionais latino-americanos.
Entretanto, a monarquia tinha seus defensoresentre muitos membros da elite criolla.
Essa tendência, além do Brasil, só seriaviabilizada no México com Augustin Itúrbide, e,assim mesmo, por um curto espaço de tempo.
Com a opção pela república, impõem-se tambémos interesses e as ambições relativas ao mandolocal, transformando as disputas políticas emviolentas e sangrentas lutas.
Os Estados Unidos acompanharam o processo deindependência das colônias espanholas na Américasem um envolvimento mais direto. Contudo, diantedas ideias de unidade latino-americana, os norte-americanos passaram a desenvolver uma ação políticamais atuante em relação às novas nações recém-libertadas.
Dentro dessa nova ação política, os Estados Unidos,em 1823, foram a primeira nação a reconhecer aindependência das novas nações, baseando-sena Doutrina Monroe, que defendia o princípio daAmérica para os americanos.
A referida doutrina, estabelecida pelo presidenteJames Monroe, estava ligada às preocupações dosEstados Unidos com sua própria segurança, pois,naquele momento, os norte-americanos se chocavamcom os ingleses pelo domínio do Oregon e se viamameaçados pelos russos, cujas pretensões territoriaisiam desde o Alasca até a Califórnia.
Sem contar que os Estados Unidos também temiamuma eventual intervenção da Santa Aliança naAmérica, recuperando para suas metrópoles asantigas colônias.
Mais do que isso, entretanto, essa doutrinaexpressava a visão norte-americana do pan-americanismo e se fundamentava no predomínio dosEstados Unidos sobre os demais Estados da AméricaLatina.
Denominada monroísmo, essa política se opunhafrontalmente ao projeto unificador de Simón Bolívar.
A Inglaterra, por sua vez, manobrava no sentido dacriação de uma constelação de novos países fracos,que garantiria a sua influência direta na AméricaLatina e, ao mesmo tempo, evitaria a formação deum sistema americano liderado pelos Estados Unidos.
O surgimento do caudilhismo se dá no quadro doprocesso de independência das antigas colôniasespanholas, marcado pelas disputas pelo poder,que acabaram por gerar a instabilidade política.
Os caudilhos eram chefes políticos locais ouregionais, lideres de verdadeiros exércitosparticulares — na época os Estados ainda nãohaviam organizados exércitos próprios —, na suamaioria, grandes proprietários rurais, cujaautoridade pessoal era forte junto às camadaspopulares.
Auto-intitulando-se militares de alta patente,como generais, os caudilhos tinham um únicoobjetivo: o poder maior sobre nação.
Definida a forma de governo — república ou monarquia —, os problemasdentro de cada nova nação se concentraram na forma de organização doEstado, o que levou às lutas entre federalistas e centralistas.
Nessas lutas, as tendências das lideranças políticas — liberais econservadores —, típicas da época, passaram a ter pouca importância,visto que o liberalismo era apenas de fachada, na defesa dos interessescomuns, e o conservadorismo era o campo ideológico comum paraqualquer uma das acções envolvidas nas disputas.
O federalismo, princípio da autonomia em relação a um poder central, éuma das expressões políticas do liberalismo. Contudo, os grandesproprietários rurais, avessos ao liberalismo, surgiam como um dos seusmais ferrenhos defensores, visto que a descentralização, típica dofederalismo, garantiria o seu predomínio local ou regional.
Por sua vez, o centralismo, uma das marcas do conservadorismo, erapropugnado pelos comerciantes dos grandes centros urbanos, comoBuenos Aires, uma vez que., através dele, se alcançaria a unidadenacional, limitando. conseqüentemente, os localismos quecompartimentavam economicamente o país.
Liberais ou conservadores, federalistas ou centralistas, uma vez no poder,essas lideranças caudilhescas governavam de forma ditatorial, seguindouma política nitidamente conservadora, mantendo longe das decisões ascamadas populares.
O Chile e o Paraguai foram os únicos países da AméricaEspanhola que não conheceram a instabilidade políticagerada pelo caudilhismo. No Chile, o Estado unitário efortemente centralizado constituiu-se precocemente,denominado Estado Portalino, pela ação de José Portales.O Paraguai, por sua vez, teve a sua independênciaconduzida por José Gaspar Francia, el Supremo, queinstalou no poder um grupo oligárquico que governou opaís por décadas.
Na Argentina, Juan Manuel de Rosas tomou o poder em1838 e, embora se declarasse federalista, governou deforma centralizadora, até sua queda em 1852. Durante suagestão, tomou medidas protecionistas à economiaargentina, opondo-se à prática do livre-cambismo daInglaterra e defendendo a reconstrução do vice-reino doPrata, entrando em choque com o Brasil.
No México, em seguida à queda do conservadorSant’Anna(1855), em cujo governo os norte-americanos se apossaram de um extenso territóriomexicano. ascenderam os liberais sob a liderançade Benito Juarez. Em seu governo, foram tomadasmedidas contra a Igreja. o que resultou em umaguerra civil contra as forças reacionárias,denominada Guerra da Reforma.
Nesse contexto, os conservadores aliados da IgrejaCatólica apelaram para a intervenção francesa.Assim. entre 1863 e 1867, o México tornou-se umamonarquia governada por Fernando Maximiliano, daÁustria. Em 1876, Porfírio Diaz deu um golpe deEstado e estabeleceu uma ditadura de caráterpositivista, governando o México até 1911, quandoeclodiu a Revolução Mexicana. O longo período dogoverno de Porfírio Diaz denominou- se Porfiriato.