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A Educação Sexual em Meio Escolar
Metodologias de Abordagem/ IntervençãoMafalda BrancoOutubro | 2011
“Sê a mudança que gostarias de criar.”
M. Ghandi
…PARA UM PROGRAMA
1. Constituição da equipa
2. Apresentação do programa aos
professores
3. Identificação das expectativas dos
jovens
4. Apresentação do projecto aos pais
5. Programação das actividades
…PARA UM PROGRAMA
1. Constituição da equipa
• Pensa, propõe e
implementa o projecto
• Recurso a profissionais
de saúde e outros com
formação na área da
educação sexual
…PARA UM PROGRAMA
2. Apresentação do programa aos
professores
• Apresentação aos
professores e aos órgãos
directivos da escola
• Integração no PEE
• Legitimação da sua
realização
• Integração de mais
professores nas actividades
- interdisciplinaridade
…PARA UM PROGRAMA
3. Identificação das expectativas dos
jovens
• Cada grupo de jovens tem as suas
especificidades;
• Caixa de perguntas;
• Questionários de resposta aberta;
• Observação de acontecimentos e das
discussões que se lhes seguem (ex.:
aluna fica grávida);
• Questões ligadas à sexualidade em
telenovelas/séries que os jovens
vejam…
…PARA UM PROGRAMA
4. Apresentação do projecto aos
pais
• Geralmente há uma aceitação
positiva – embora possa haver
dúvidas e expectativas legítimas
• É essencial envolver os pais, não
para “dar licença para”, mas
serem esclarecidos e para que
possam também eles próprios
melhorar as suas capacidades de
diálogo com os filhos.
…PARA UM PROGRAMA
5. Programação das actividades
• Definição de objectivos de
aprendizagem no plano dos
conhecimentos, clarificação de
valores, treino de competências
específicas;
• Definição de conteúdos principais;
• Definição de técnicas e jogos a
utilizar;
• Preparação dos recursos e
materiais pedagógicos
necessários;
• Avaliação.
…PARA UM PROGRAMA
Avaliação:
• Avaliação pelos alunos;
• Avaliação da medida de alcance dos
objectivos pedagógicos propostos.
Exemplos:
• Foi conseguida a participação dos jovens?• Que diferentes posições surgiram?• Houve modificação de opinião sobre algum assunto?• Os materiais e técnicas revelaram-se adequados?• Houve novas questões para a continuação do programa?
(Pode, por exemplo, aplicar-se uma escala de atitudes antes e depois
da realização do programa)
METODOLOGIAS
Os acontecimentos
ligados à sexualidade
humana estão cobertos
de uma forte carga
emocional
Por isso, os programas
de educação sexual na
escola não poderão estar
centrados numa mera
transmissão de
informações e
conhecimentos
Devem ter como
objectos também os
sentimentos e atitudes
para que tenham algum
grau de eficácia
METODOLOGIAS
Favorecer as capacidades de escolha e de tomada de decisão nos
alunos
Trabalhar competências individuais, como assertividade,
capacidade de comunicação, de decisão e aceitação dos
outros, procura de informação e apoios…
Em Educação Sexual é importante:
Aceitar a diversidade dos percursos individuais
Promover o debate entre diferentes posições
METODOLOGIAS
O modelo que vamos trabalhar aposta essencialmente no espaço
turma e numa metodologia participada pelos destinatários das
acções.
Deve partir-se do sentido/ vivido dos jovens na esfera da
sexualidade, do seu capital de conhecimentos, atitudes e opiniões.
Dever-se-á privilegiar o diálogo, o trabalho em pequenos grupos
e o uso de técnicas e jogos que facilitem a participação activa das
crianças e jovens na construção e desenvolvimento dos programas.
Vaz, J. M. (1996)
METODOLOGIAS
METODOLOGIAS
DINÂMICAS DE GRUPO
Permitem:
• descontracção – desinibição, ausência de constrangimento;
• comunicação – emissão, transmissão e recepção de mensagens
verbais e não verbais;
• expressão afectiva – comunicação de sentimentos e emoções por
palavras e/ou gestos;
• interacção/ integração grupal – união entre as pessoas de um
grupo;
• cooperação – acções conjuntas de colaboração entre duas ou mais
pessoas;
• polaridade – experiência de papéis diferentes, vivenciados no mesmo
contexto (e.: liderar e ser liderado);
• reforço do auto-conceito;
• auto-conhecimento;
• …
DESENHAR SENTIMENTOS
http://miguel-horta.blogspot.com/2010/11/eu-sou-tu-oficina.html
http://miguel-horta.blogspot.com/2010/09/reflexos.html
…já me senti
assim…
GÉNERO
A expressão “sexo” é uma designação
biológica: sexo masculino e feminino.
Quando nascemos somos “meninos” ou
“meninas”.
Segundo a literatura, a expressão “sexo” é
utilizada para mencionar e comparar os
indivíduos com base na respectiva
pertença a uma das duas categorias
demográficas possíveis, em virtude das
suas características biológicas: sexo
masculino e sexo feminino (Deaux, 1985,
citado por Vieira, 2006).
GÉNERO
A expressão “género” é o papel que a sociedade
atribui ao sexo masculino e feminino. É o que a
sociedade espera do rapaz e da rapariga, por
terem nascido com o sexo masculino e feminino.
Segundo a literatura, a expressão “género”
remete para os julgamentos, as percepções, as
atribuições e as expectativas associadas à divisão
anteriormente referida. Trata-se da construção de
uma categorização social decorrente das
diferenças biológicas (Deaux, 1985, citado por
Vieira, 2006).
GÉNERO
Tem a ver com crenças que
definem o que é masculinidade e
feminilidade, bem como com
expectativas criadas pelos
próprios pais à volta do que será e
fará o seu filho se for rapaz ou
rapariga (Pereira e Freitas, 2001).
ESTEREÓTIPOS DE GÉNERO
São representações
generalizadas e
socialmente
valorizadas acerca do
que os homens e as
mulheres devem ser
(traços de género) e
fazer (papéis de
género).
IGUALDADE DE GÉNERO
Valorizar de igual maneira tanto as diferenças
entre mulheres e homens como os diferentes
papéis que desempenham na sociedade;
Discutir como atingir um maior equilíbrio entre
valores femininos e masculinos;
Garantir uma igual visibilidade;
Empowerment e participação de ambos os sexos
em todas as esferas da vida pública e privada.
(Pereira e Freitas, 2001)