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As Causas da Riqueza das Nações? Claudio de Moura Castro

Claudio de Moura Castro - As Causas da Riqueza das Nações

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Palestra do economista Cláudio de Moura Castro na Posse do Conselho de Educação da Findes

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  • 1. As Causas da Riqueza das Naes? Claudio de Moura Castro

2. "" (Cames)Parte 1 Adam Smith j era? Ou continua vigente? 3. Instituies Propriedade privada Mercado concorrencial Imprio da lei 4. Investimento e poupana Uma fbrica+= mais produo 5. Diviso do trabalho e especializao de funes: a raiz da produtividade 6. A mo invisvel A busca do interesse individual o grande motor do sistema de mercado Quando todos buscam seu interesse, o benefcio para a coletividade maior (limtaes) 7. Civilidade Smith: as pessoas so ticas e civilizadas 8. "" (Cames)Parte 2 Revisitando A. Smith 9. A primeira grande revoluo Faz dez mil anos Domesticao dos cereais sedentarizao criao das cidades Tudo mais vem da 10. A Revoluo Industrial 11. Mas e o lado bom? Roma: 3-4 horas de trabalho para comprar um po Hoje, 5 minutos Pela primeira vez na histria os pobres podem ter um padro de vida digno 12. John HumeAdam Smith Cintistas + Prticos Celeiro intelectual inglsStevenson 13. Os mecnicos que sabiam ler: Cientistas no inovavam, no faziam coisas prticas Com avanos da Educao, mecnicos liam e se correspondiam sobre cincia Com a Lei de Patentes, viam na inovao o caminho do enriquecimento 14. Stephenson: Rocket (1829)Mais de mil patentes embarcadas! 15. Civilidade Adam Smith supunha civilidade na Theory of Moral Sentiments Traduzindo para hoje: capital social 16. Alexis de ToquevilleCapital Social: como o capital fsico, a confiana de uns nos outros, garante as transaes, mesmo para quem no tem capital fsico pblico, no propriedade de algum Capacidade de colaborao 17. Boa parte do atraso do mundo se deve falta de confiana "" (Cames) (Kenneth Arrow, prmio Nobel) 18. Lei de Gerson: Leve mais vantagem 19. Errado! D certo ter confiana! Gastos de vigiar aumentam custos Fiscalizar contratos oneroso ou impossvel Casa de campo sem caseiro? nibus sem cobrador? Indstria moderna vulnervel aos funcionrios insatisfeitos Sem confiana, perdem-se oportunidades 20. Paradoxo do Prisioneiro: O dilema da colaborao[S falta combinar com os russos] 21. Vou colher o milho do vizinho? O dele est maduro, o meu s em 15 dias Sozinho, perco metade da safra, meu vizinho tambm Se eu ajudar a colher o dele, depois ele pode ajudar com o meu Mas e se eu ajudar o vizinho e depois ele no me ajudar? Se no houver confiana, ambos perdem metade da safra, pssimo negcio 22. Se houver cooperao, o melhor dos mundos Mas como conseguir isso? Esse o grande problema do desenvolvimento 23. Capital Social = Confiana Crena: se outro ganhar, eu no vou perder Ganha-ganha em uma sociedade moderna preciso que uns apostem na honestidade e na palavra dos outros Confiana gera confiana. Quem confia tem mais chances da outra pessoa cumprir Reciprocidade generalizada: altruismo de curto prazo e interesse prprio de longo 24. "" (Cames)Parte 3 O papel crtico da educao 25. simples, quem investe mais, cresce mais 26. Inmeras pesquisas estatsticas Sempre os mesmos resultados Educao anda junto com desenvolvimento 27. Trs escolhos na nossa educao: muito ruinzinha Povo ainda no se convenceu disso Tambm no entendeu que sem boa educao no h desenvolvimento 28. Qual o termmetro: estoques ou fluxos??FluxosEstoques 29. Qual o termmetro: estoques ou fluxos??Fluxos (matrcula nas escolas)Estoques (Mdia de anos de estudo) 30. Mostram coisas diferentes Estoque mostra o perfil de quem est disponvel para trabalhar Reflete o esforo, no passado Muda muito lentamente Fluxo mostra o esforo da escola Mede o desempenho presente 31. Qualidade? Pssima! Vejam o PISA 2001: 32. Pisa: Mensageiro da notcia ruim ltimo lugar em 2001 Brasileiros: noo geral do que est escrito, mas isso tudo SAEB confirma: na quarta srie predominam analfabetos INAF: de analfabetos funcionais adultos 33. Os consertos urgentes Melhorar a qualidade nos primeiros anos Revolucionar a formao de professores Repensar a estrutura do Mdio 34. Foco na sala de aula e no ensino Apoio a alunos mais fracos Pr-escola: Expanso seletiva e focalizada Currculo mais leve, mas fcil, mais explcito Carreira docente: seleo, incentivos, pagamento por mrito, reduzir rotatividade e 35. Escolha do diretor por mrito e contrato de gesto Melhorar gesto: mais autonomia, apoio administrativo, melhorar comunicao e burocracia Consolidar avaliao: usar para premiar e para identificar escolas precisando de apoio especial fazer o feijo com arroz 36. Ensino Mdio: Um desastre! 37. Ensino Mdio Europa: uma escola para cada perfil de aluno ou rea do conhecimento Estados Unidos: mesma escola, cada um faz seu currculo Brasil: mesma escola, currculo nico para todos 38. Se s tem no Brasil e no jabuticaba? 39. Aula assim? 40. Os alunos se evadem porque a escola chata e longe do seu mundo 41. Matrias demais! 42. Ouve falar de tudo e no aprende nada 43. Decoreba 44. No nosso ensino no se pratica, apenas se ouve falar da prtica PNE no descobriu isso! 45. O que for ensinado, que seja estudado em profundidadeA. N. Whitehead (1917). 46. "" (Cames)Parte 4 Aprender ofcio coisa sria 47. S se aprende certo com quem sabe fazer certo! 48. O conhecimento mora na cabea, mas entra pelas mos (Corporao de Ofcio francesa) 49. Acadmico e profissional so bichos diferentes Formao profissional tem um objetivo claro, tem que ter pontaria difcil acoplar oferta e demanda Desencontro o problema mais srio e mais universal Quando anda bem, a inverso mais eficiente 50. Desafios da formao profissional Recebe alunos com educao fraca, precisa compensar Pouca formao profissional, para o tamanho da PEA, sobram pequenos Pioneiro em EAD e TI, mas no deu o salto da grande escala Juntar teoria e prtica: grande desafio no tcnico 51. Uma educao fraca altera a equao do Sistema S Parte dos recursos usada para oferecer o ensino bsico Formao profissional fica mais cara, para reforar habilidades bsicas Autodidatismo requer boa educao 52. Aprendizado de ofcios Mandato histrico Bom desempenho, at timo No apareceu nada melhor (Lula) Persiste deficit de formao profissional O que faz, faz bem, mas falta muito a ser feito e h rudos 53. Vulnerabilidade estrutural Se o empresariado paga a conta, cobra resultados e emprega o graduado melhor soluo! Mas se empresariado fraco ou passivo, no h cobranas Federaes frgeis ou politizadas Sistema S frgil ou politizado 54. Um novo desafio: A desvalorizao dos ofcios manuais qualificados clssicos Carpinteiros? Caldeireiros?(Catalo, Feira dasprofisses) O bacharelismo, de com fora, em edio revista e aumentada Custos aumentam, produtividade 55. O Sistema S de Primeiro Mundo, nos estados em que as federaes e sindicatos patronais cobram resultados e se abstm de clientelismo 56. Apago da mo de obra: problema ou soluo? 57. Desenvolvimento uma cadeia de desequilbrios. A escassez induz novos investimentos, criando novos desequilbrios... (1958)A. Hirschman 58. Apago problema e soluo: Preos sobem, atraindo investimento Prejudicados reclamam e pem presso em quem pode expandir oferta 59. Por que a Alemanha mais produtiva? 60. "" (Cames)Parte 5 Profissionalismo como identidade e tica 61. "" (Cames) 62. As razes do profissionalismo: as Corporaes de Ofcio Controle social do exerccio profissional: acesso e qualidade Sete anos de aprendizagem Acesso por dotes morais Obra prima, chef doeuvre (= tese de doutoramento) 63. Chef doeuvre, Meisterstuck 64. Profissionalismo = tica do trabalho Fazer bem feito um dever moral O hbito da perfeio no depende de quanto se ganha Fao certo porque s sei fazer assim (tapeteiro)(crucifixo, encaixe entra carto de visita?) Como s concebo fazer certo, no preciso ser vigiado (von Luc) 65. Para que servem as gravaes? 66. simples, servem para trazer felicidade ao marceneiro! 67. Trabalho lindo esttica, orgulho, vaidade, felicidade 68. o mesmo prazer de um ensaio bem concebido, escrito e burilado A lngua uma ferramenta de comunicao de todas a mais perfeita , e as ferramentas (pergunte-se a um operrio) tm de estar limpas e em condies de trabalhar eficazmente (Jos Saramago) 69. Profissionalismo combina: tica do dever cumprido Esttica do trabalho e das ferramentas impecveis (bom para a alma) Felicidade de fazer com perfeio Autonomia: presto contas a mim mesmo (fechar uma gaveta abra a outra) 70. Can you see, feel, hear how a shaving comes out of a plane? (J. Krenov, um grande professor de marcenaria sueco-americano) 71. Estas plainas cantam?"" (Cames) 72. Ou estas outras? Quais plainas cantam?"" (Cames) 73. Toshio Odate 74. As fontes da felicidade 75. Nessas oficinas?"" (Cames) 76. Ou nessas?"" (Cames) 77. Nesta oficina?"" (Cames)Ou nesta? 78. Esses formes?"" (Cames) 79. Ou estes outros?"" (Cames) 80. Qual melhor carto de visita?Carapina da Silva"" (Cames) 81. "" (Cames) Qual obra traz mais felicidade? 82. Pelas mo do marceneiro, as rvores desejam viver de novo (George Nakashima) 83. Profissionalismo no saiu de moda! Mais satisfao no trabalho Mais produtividade, mais qualidade Menos superviso, fiscal mais duro o prprio profissional Mais qualidade de vida para todos(> 8 horas por dia) 84. Um excelente bombeiro infinitamente mais admirvel que um filsofo incompetente. Uma sociedade que despreza excelncia nos bombeiros, por ser uma ocupao humilde, e admite mediocridade nos filsofos, por ser uma atividade glorificada, nem ter bons bombeiros e nem boa filosofia. Nem os canos contero a gua e nem a filosofia as crticas (J. Gardner) 85. Sociedade fraca em profissionalismo paga preo alto O que a FINDES vai fazer? 86. "" (Cames)Parte 6 Ambiente de inovao 87. Universidade Academicista 2% gasto com P&D: OK 13 em pesquisa no mundo: timo Usar as mos? Jamais! Experincia desvalorizada, diplomas exaltados Contraste: Land Grant Colleges (PUC MG) 88. Indstria tmida P&D das empresas pouco Pouca inovao Pequenas nem sabem imitar Poucas patentes (Brasil hoje = US em 1850) 89. E a criatividade individual? S samba e futebol? O mundo avana pelas inovaes simples Por que os operrios no ficam pensando em melhores solues? (CMC)(JoelBrastemp) Por que o ambiente da fbrica no incentiva invenes?(Usiminas, 3k projetos na Embraer!) 90. "" (Cames)Parte 7 O papel das lideranas empresariais 91. Lideranas empresariais Interesses da indstria ou do prprio? A burocracia no setor privado? Empresa tem a cara do CEO As representaes atrazadas Quem manda na empresa? (Yale, devolues)(VEMAG, UE)(pedras)(Jobs) 92. "" (Cames)Parte 8 A mula sem cabea que bota fogo pelas ventas! 93. A burocracia invasiva 94. O pas do no pode Abrir empresas? Fechar empresas (Elisa, Meroz, peas usadas em Nashville) Se no prejudica ningum, por que proibir?(picol na farmcia, injeo, CPF e RG para receber encomendas, RGsem conferir, carteira motorista vencida) Habite-se, luz, gua insignificante? (CEMIG, Caporali) Eco-terrorismo: o novo inimigo do mercado 95. So Toms de AquinoProduzir com objetivo de lucro trai os princpios da lei natural pecado to grave quanto o homicdio 96. O Capitalismo envergonhado Mrito no valorizado, lucro feio Capitalismo de tapeto A Sndrome do Coitadinho (Eike vs Genoino) A regulamentao como arma de monoplio (PRS no RGS) 97. [email protected] www.cmcastro.com.br 98. "" (Cames)Parte 3 A mgica do agronegcio 99. Revoluo do agronegcioNorman BorlaugAlysson Paulinelli 100. Quem diria. Brasil virou potncia agrcola nico pas com tecnologia para agricultura tropical 101. Porque foi possvel Desenvolvimento da ps graduao e da pesquisa Avano na escolaridade requerida para operar o agronegcio 102. "" (Cames)Parte 4 A implacvel geografia do agronegcio 103. As surpresas Aparece um empresariado rural moderno, substituindo o velho coronel ausente Agro-negcio s com educao! A geografia implacvel 104. Sul maravilha sempre foi menos ruim na educao Centro-Oeste colonizado por fluxos migratrios do Sul Alguns enclaves de penetrao dos colonos sulinos (Bahia, Piaui, Par) no Norte e Nordeste