UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PRODUÇÃO DE AVES E
SUÍNOS.
USO DE ÓLEOS ESSENCIAIS EM LEITÕES PARA SUBSTITUIR O
USO DE ANTIMICROBIANO
CASTO 2008
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OTÁVIO HIROSHI SUZUKI
USO DE ÓLEOS ESSENCIAIS PARA LEITÕES PARA SUBSTITUI R O
USO DE ANTIMICROBIANOS
Monografia apresentada como requisito parcial para avaliação final no Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Produção de Aves e Suínos da Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná.
Orientador Prof. Dr. José Sidney Flemming
Castro
2008
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos os professores que contribuíram no curso de Produção de Aves e Suínos realizados na Universidade Tuiuti do Paraná.
Ao professor orientador Dr. José Sidney Flemming por orientar este trabalho de conclusão de curso.
A equipe de trabalho da Granja Ipê Amarelo, onde realizou o teste para realização deste trabalho.
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Sumário 1. Introdução ...................................... ................................................................1 2. Óleos Essenciais ................................ ...........................................................3 2.1 ADITIVOS ................................................................................................................ 6 2.2 NUTRACÉUTICO..................................................................................................... 9 3. Mecanismo de ação dos óleos essenciais.......... .........................................9 3.1 CARVACROL......................................................................................................... 12 3.2 TIMOL.................................................................................................................... 12 3.3 CINEOL.................................................................................................................. 13 3.4 CAPSAICINA ......................................................................................................... 16
4. METODOLOGIA ..................................... ......................................................19 4.1 LOCAL ................................................................................................................... 19 4.2 ANIMAIS ................................................................................................................ 19 4.3 TRATAMENTOS .................................................................................................... 20 5. RESULTADO E DISCUSSÃO........................... ............................................21 6. Considerações Finais............................ ......................................................28 Referências ........................................ ............................................................................... 30
v
RESUMO O uso de antibióticos na alimentação animal é combatido em todo o mundo, por induzir ao
aparecimento de resistência microbiana quando usado de forma indiscriminada. Os óleos
essenciais e extratos de plantas representam em alternativa moderna, natural e econômica para a
substituição destes produtos em rações. Em um estudo conduzido com 80 leitões,foi avaliado a
sua utilização comparativamente aos antibióticos na fase pré-inicial e inicial da vida dos
animais. Os óleos essenciais apresentaram efeito similar aos antibióticos nos parâmetros de
ganho de peso,consumo de ração e conversão alimentar. O custo da utilização dos óleos foi
significativamente menor, o que demonstra claramente a sua viabilidade econômica como
alternativa natural ao uso de antibióticos.
Palavras chave: leitões, óleos essenciais e antibióticos.
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1. INTRODUÇÃO
A suinocultura brasileira está passando por uma grande transformação
nos últimos anos, por se tornar um grande exportador de carne suína para muitos
países europeus e países asiáticos. Mas para os mercados mais exigentes como o
Japão, nós deixamos de exportar por motivos sanitários, ambientais, qualidade de
carne e até mais recentemente sobre o bem estar animal. São pontos decisivos
implantados por países que querem permanecer neste mercado.
Quanto a qualidade de carne, podemos citar os resíduos de produtos
veterinários na carne que possam comprometer nossas exportações e causar grande
prejuízo para o setor e para o país. A demanda por produtos cada vez mais saudáveis
se torna regra número um nas pautas de discussões dos principais mercados em que
o Brasil estreita relações comerciais.
A resistência bacteriana a antimicrobianos usados como promotores de
crescimento e/ou como prevenção de doenças entéricas ou respiratórias que mais
causa prejuízos a cadeia produtiva da suinocultura. Estão, cada vez mais restritas a
poucos produtos em decorrência as proibições no uso pelo Ministério da Agricultura e
pela exigência do mercado mundial como Europa, Estados Unidos e o Japão.
Os sucessivos relatos de problemas sanitários decorrentes da
resistência microbiana a antibióticos, determinaram que as autoridades sanitárias
brasileiras instituíssem um comitê formando por representantes de entidades
envolvidas com a alimentação animal e indústria de rações, criando Plano Nacional de
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Controle de Resíduos Biológicos (PNCRB), o qual através de portarias ministeriais dita
as normas, pelas quais a indústria deverá adequar-se às exigências do mercado
internacional (SEVERO, 2000; MILTENBURG, 2000). Em junho de 1999 a
Comunidade Européia através de normas (Commission Decision of 23 Feb. 1999;
Commission Regulation (EC) NO.1565/2000; Commission Regulation (EC) NO.
622/2002; Commission Regulation (EC) NO. 2232/96, baniu o uso de alguns
antibióticos na alimentação de aves e em 2006 proibiu oficialmente o uso de
antibióticos como promotores de crescimento na alimentação de animais domésticos,
com implicações para indústria nacional de carnes.
Para isso, a aplicação de óleos essenciais, conhecido também como
compostos vegetais e extratos, são alternativas para substituição dos promotores de
crescimento, que em sua maioria, são extratos de produtos naturais (plantas) como o
orégano, tomilho, alho, canela, cravo-da-índia, coentro, anis, alecrim, salvia, açafrão e
pimenta.
Este trabalho mostra o teste realizado numa granja comercial com a
utilização de Óleos Essenciais para substituir o uso de antimicrobianos nas rações de
leitões.
O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos de uma mistura
de carvacrol e timol (activo), sobre os parâmetros zootécnicos em substituição aos
antibióticos na dieta de leitões desmamados aos 21 dias.
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2. Óleos Essenciais
Como alternativas ao uso de antibióticos promotores de crescimento
têm sido estudados e pesquisados o uso de promotores, prebiótocos, enzimas, ácidos
orgânicos e extratos vegetais (JEAUROUND, 2002). A proibição do uso de promotores
de crescimento como mecanismo preventivo de situações de disbiose com depressão
da flora microbiana indesejável determinou que pesquisadores e nutricionistas
buscassem novas alternativas, entre as quais a utilização de diferentes óleos
essenciais que preservem o equilíbrio no trato gastrintestinal, atuando como uma
barreira defensiva evitando o alojamento na mucosa intestinal de bactérias
patogênicas de modo a evitar distúrbios que venham afetar a digestão e absorção de
nutrientes (SANTIN et al., 2001).
Os óleos essenciais são definidos como produtos de composição
complexa, constituídos por princípios ativos voláteis presentes nas plantas, mais ou
menos identificados durante os processos extrativos. Entretanto, ainda não está claro
se ação particular, por exemplo, antioxidante, anti-séptica, imunomoduladora, etc,
pode estar associada com uma molécula específica e/ou com uma sustância ativa que
pode ter múltiplas ações. Óleo essencial. Óleo volátil concentrado extraído de plantas
medicinais, também são chamados de essências.
Os óleos essenciais são encontrados em várias plantas. Encontram-se
na formam de pequenas gotas entre as células, onde agem como hormônios,
reguladores e catalisadoras. Parece que o papel é o de ajudar a planta a se adaptar
ao meio ambiente, por isso sua produção aumenta em situações de estresse.
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Em climas muito quentes, como no deserto do Saara, algumas plantas
usam os óleos essenciais para se proteger do sol. Os arbustos de mirra e olíbano são
envoltos por uma nuvem muito tênue de óleos essenciais que filtra os raios do sol e
refresca o ar ao redor da planta. Os óleos essenciais protegem a planta de doenças e
parasitas e atraem certos insetos que fazem a polinização. Às vezes, chegam a
funcionar como combatentes naturais de ervas daninhas, criando um território ao redor
das raízes da planta onde outras não conseguem crescer.
As composições químicas dos óleos são principalmente de terpenos,
sesquiterpenos, ésteres, álcoois, fenóis, aldeídos, cetonas e ácidos. Contém
vitaminas, hormônios e/ou anti-sépticos.
Segundo BURT (2004) os óleos essenciais são representados por
complexas misturas de substâncias voláteis, de forma geral lipofílicas, cujos
componentes incluem uma série de hidrocarbonetos terpênicos, ésteres, ácidos
orgânicos, aldeídos, cetonas, fenóis entre outros, em diferentes concentrações, nos
quais um composto farmacologicamente ativo é majoritário. KNOWLES (2002) refere
que são bem conhecidos os efeitos antibacterianos, antiparasitários e mais
recentemente de substâncias bioativas originárias de extratos de plantas com
excelente efeito na dieta dos animais.
No grupo dos óleos tem grande perspectiva de substituírem os
antibióticos o carvacrol e o timol. Destes é mais efetivo o carvacrol que atua em
leveduras, fungos e microorganismos gram positivo (+) e gram negativo (-), com amplo
espectro antibacteriano. O timol tem uma estrutura bastante similar ao carvacrol
diferindo apenas no grupo hidroxila com diferente localização no anel fenólico(ULTEE,
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et al. 1999). O carvacrol e o timol agem contra os microorganismos através de uma
ação lipofílicas na membrana celular dispensando as cadeias de polipeptídios que irão
constituir a matriz da membrana celular (NOSTRO et al.,2004). Atuam provocando
mudanças na permeabilidade e atividade da membrana celular das bactérias,
alterações na atividade dos canais de cálcio, perturbação do equilíbrio iônico e perda
de íons K+. Estes danos ao sistema enzimático das bactérias estão relacionados a
produção de energia e síntese de componentes estruturais, dificultando a condução e
transporte do ATP intracelular.(KNOWLES et al., 2005; NOSTRO et al., 2004).
ROLLER (2003) amplo estudo com Staphylococcus e Salmonellas, cita
que o carvacrol tem mais eficiência nos estágios iniciais de formação da membrana
celular, impedindo o crescimento e multiplicação das bactérias. Os óleos essenciais
diminuem o crescimento bacteriano e isto faz com que bactérias produtoras de toxinas
usem a energia para se manterem viáveis, sobrando pouco ou nenhuma energia para
produção de toxinas, e ocasionalmente quanto existem as toxinas são ativas não
existe ATP suficiente para exportar estas das células bacterianas, desta forma, inibem
a produção de toxinas bacterianas determinantes das diarréias (ULTEE 1999).
O timol tem maior efeito inibidor sobre microorganismo em ph
levemente ácido, sendo efetivo no ph 5,5. Isto porque em ph ácido a molécula de timol
não é dissociada, exercendo melhora a sua ação junto as proteínas hidrofóbicas.
Neste ph o timol solubiliza melhor os lipídios e proteínas sendo um poderoso
mucolítico facilitando a limpeza da árvore respiratória. Estímulo a formação de
inumoglobulinas foi constatado por SANTURIO et al. (2007) quando foi utilizado uma
mistura de carvacrol, timol, cineol e capsaicina na dieta de frangos.
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O carbono é a principal molécula na sua formação. As moléculas
menores tendem a ser voláteis, o que equivale a dizer que suas moléculas são
relativamente pequenas. A maioria tem de 10 a 15 átomos de carbono.
Os óleos essenciais começaram a ser utilizados na alimentação animal
como aditivos, são na sua grande maioria, combinações de óleos extraídos de várias
ervas. O modo de ação relaciona-se com a possibilidade que esses produtos
apresentam em melhorar a aceitação do alimento, à digestibilidade, à produção de
enzimas e com objetivo de promover o equilíbrio da flora bacteriana do trato
gastrintestinal na sua porção do intestino delgado, e por serem misturas, não
apresentam um modo de ação único. Pelos seus efeitos antimicrobianos, antioxidante,
imunoestimulante e palatabilizantes.
2.1 ADITIVOS
Segundo a legislação brasileira (Decreto 76.986 de 06/01/76 – art.4°,
item VII, que regulamenta a lei 6198 de 26/12/1974), o terno aditivo inclui todas as
substâncias adicionadas às rações com finalidade de conservar, intensificar ou
modificar suas propriedades, desde que não prejudique o seu valor nutritivo.
Para o FDA (Food and Drug Administration), aditivo (Feed additive
supplement) é a substância adicionada ao alimento dos animais com a finalidade de
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melhorar o seu desempenho, passível de ser utilizada sob determinadas normas e
desde que não deixe resíduos no produto de consumo.
Os óleos essências ‘são produtos que atendem as normas e
recomendações internacionais (Europa, USA, etc.). Na Europa estes óleos estão
autorizados para uso em alimentação pela Diretiva do Conselho 70/524/EEC Cap. III.
Substâncias aromáticas e apetentes. Nos Estados Unidos – FDA os seus componentes
são conhecidos como substâncias seguras para uso em alimentação de animais e de
seres humanos (Code of Federal Regulations title 21, V.6; part 582).
Segundo o Flemming define o aditivo como uma substância ou mistura
de substâncias intencionalmente adicionados aos alimentos com a finalidade de:
conservar, intensificar, modificar suas propriedades desejáveis e suprir as
propriedades indesejáveis.
Normas e características dos aditivos na alimentação animal:
a)-melhorar o desempenho de maneira efetiva e econômica;
b)-ser atuante em pequenas dosagens;
c)-não apresentar resistência cruzada com outros microorganismos de alimentação.
d)-permitir a manutenção da flora gastrintestinal eutrófica;
e)-não ser tóxico aos animais e ser humano nas dosagens recomendadas;
f)- não se mutagênico ou carcinogênico;
g)- não ter efeitos deletérios ao ambiente.
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São todas substâncias intencionalmente adicionadas aos alimentos,
que não sejam prejudiciais aos animais, ao homem, não deixam resíduos nos produtos
de consumo. Não contaminem o meio ambiente e que sejam utilizadas sob
determinadas normas. A utilização de aditivos é considerada um micro-ingrediente na
produção de ração animal, adicionados em pequenas quantidades. (Butulo)
Os Aditivos são classificados em 14 grupos:
1) Acidificantes/corantes;
2) Absorventes;
3) Anticoccidianos;
4) Antifúngicos;
5) Antioxidantes;
6) Aglutinantes;
7) Aromatizantes/palatabilizantes;
8) Corantes;
9) Enzimas;
10) Pigmentantes;
11) Próbióticos/Prebióticos/Simbióticos;
12) Nucleotídeos;
13) Nutracêuticos;
14) Promotores de crescimento.
Os óleos essenciais estão classificados no grupo dos nutracêuticos.
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2.2 NUTRACÉUTICOS
Produtos nutracêuticos são alimentos funcionais, podem ser definidos
como produtos alimentícios que trazem benefícios específicos à saúde, além dos
nutrientes tradicionais que eles contêm. Tratam de suplementos alimentares que
possuem tropismo específico para determinados órgãos ou tecidos alvos, a fim de
restabelecer a sua função.
Os alimentos funcionais são estudados através de uma ciência
nutracêutica, que descobriu os compostos bioativas nos alimentos, ou seja, os
elementos que são capazes de atuar diretamente na prevenção e tratamento de
doenças. O estudo dos nutracêuticos, além de recente, é bastante restrito à
alimentação humana, existindo poucos trabalhos aplicados ã alimentação animal.
3 MECANISNO DE AÇÃO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS
O metabolismo destes princípios ativos ocorre ao nível de hepatócito,
no fígado, na presença de uma série de enzimas que agem tornando-os menos
tóxicos e facilitando sua eliminação. Uma dificuldade no estudo toxicológico dos óleos
essenciais é que estes, na maioria das vezes, são confundidos com suas plantas de
origem.
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De um modo geral os efeitos benéficos dos óleos essenciais ou
extratos herbais podem ser assim resumidos:
a) Atividade antioxidante: inibe os processos de formação de radicais livres,
destroem radicais livres, bloqueio das reações catalisadas pelos radicais livres;
b) Atividade antimicrobiana e antifúngica: atividade bactericida e bacteriostática –
desnaturação e coagulação das proteínas da membrana e parede celular, atividade
lipolítica em lipopolissacarídeos;
c) Atividade imuno-estimulador: estimulador de células fagocitárias do sistema
retículo endoterial.
Isto naturalmente resulta em propriedades diversas como: digestivas,
balsâmicas, diuréticas e analgésicas (aniz); expectorante (aniz estrelado), anti-
sépticas, cicatrizantes e balsâmicas (limão), tônicas, aromatizantes, cicatrizantes e
digestivas (orégano); anti-sépticas, diuréticas, purificantes e digestivas (timol); anti-
séptico, expectorante, antiinflamatório e mucolítico (eucalipto); anti-séptico,
antioxidante, imuno-modulante (alho), etc.
Muitos extratos de plantas têm atividades múltiplas diretamente
ligadas à sua composição de princípios ativos. Portanto, informações considerando a
resposta à dose, metabolismo, toxicidade e o máximo nível de resíduos deveriam ser
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amplamente conhecidos e disponibilizados para comunidade científica e técnica,
consumidores e especialistas que trabalham com alimentos balanceados.
Na dieta de frangos de corte e matrizes, os resultados são
positivos. Avaliações realizadas no início da década de 90 já demonstravam que os
óleos essenciais eram produtos que potencialmente poderiam substituir os antibióticos
promotores de crescimento. Um trabalho publicado por PIVA et al (1991) provou que
tanto frangos de corte como bovinos tiveram seus desempenhos melhorados com o
uso de uma mistura de óleos essenciais como conseqüência, segundo os autores, do
aumento da digestibilidade dos nutrientes. Com relação à indicação destes para
matrizes (frango de corte) é aumentar a condição imunitária da progênie, a justificativa
é que o uso desses produtos para matrizes no período de postura mantém a saúde
das aves e, por conseqüência, melhora a deposição no vitelo de vitaminas
lipossolúveis e anticorpos que serão transferidos para o embrião.
Já para a dieta de suínos, está comprovado que o uso de óleos
essenciais associados a ácidos orgânicos nas dietas iniciais melhoram o ganho de
peso diário e conversão alimentar e, em conseqüência, nota-se uma importante
redução na morbidade dos leitões. Sobre o uso de extratos na nutrição de porca, se
observa aumento no consumo de alimento, maior produção de leite e melhora nas
condições gerais da porca ao desmame, o que reflete diretamente no estado da
leitegada, e informa que a utilização dos extratos vegetais na fase de terminação do
suíno, pode ser observadas nas taxas de crescimento e conversão alimentar.
Apesar de todas as vantagens relacionadas, ainda há muito que
fazer por parte dos nutricionistas na empregabilidade destes produtos.
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3.1 Carvacrol
São mais de 40 princípios ativos diferentes do orégano, sendo que o
principal, presente em torno de 65-80%, seria o carvacrol. Este composto possui
propriedades antibacterianas, antiinflamatórias, antimelanomicas, antioxidante, anti-
radicais livres, antifúngicas e anticancerígenas.
Os óleos essenciais têm mostrado um processo interessante e que
vêm sendo estudado: as bactérias e microorganismo em geral não criam resistência
ao longo do tempo. A explicação estaria talvez no fato do óleo essencial ser
proveniente de uma complexa engenharia.
Dados físico-químicos
Fórmula: C10H14O
Massa molecular: 150,22 g/mol
Ponto de ebulição: 236 – 237 °C
3.2 Timol
O timol (2-isopropil-5-metil-fenol) é uma substância cristalina incolor
com odor característico que está presente na natureza nos óleos essenciais do tomilho
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e do orégano. O timol pertence ao grupo dos terpenos. Um isômero de timol é o
carvacrol.
Dados físico-químicos
Fórmula C10H140
Massa molecular: 150,22 g/mol
Ponto de fusão: 49 – 51 °C
Ponto de ebulição: 232 °C
Ponto de inflamação: 107 °C
Pressão de vapor: 2,5 ph a 25 °C
Densidade: 0,97 g/ml (20 °C); 0,93 g/l (70 °C)
Solubilidade: 0,98 g/l em água a 25 °C; 1.000 g/l etanol; 1.428 g/l clorofórmio;
DL 50: 980 mg/kg.
Há relatos que os antigos egípcios utilizavam o tomilho e com óleo de
timol na conservação de seus alimentos devido suas propriedades bactericidas. Como
substância foi descoberto em 1719 por Caspar Neumann. A primeira síntese por parte
de M. Lallemand em 1842.
3.3 Cineol
O óleo essencial extraído em maior quantidade no alecrim 1-8 cineol ou
óxido terpênico. A droga extraída de unidades florais e dessecados contém entre 10 a
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25 ml/kg de um óleo essencial, cujos constituintes principais são o alcanfor, 1-8 cineol,
alfa – pipeno, boneol e canfeno em proporções variáveis dependendo da origem e do
estado vegetativo. Os compostos fenólicos se encontram representados por
flavonóides (esteróides do lutel, diometol) e flavonas metoxiladas em C-6 e/ou C –7 e
por ácidos fenólicos, sobretudo derivados cafeicos: ácido cafeico, ácido clorogênico e
rosmarínico. O alecrim caracteriza-se, também pela presença de diterpenos tricíclico:
ácido carnosólico; carnosol; rosmanol; epirorosmanol; isorosmanol; rosmarinidifenol;
rosmariniquinona; rosmadiol; etc.; assim como pelos triterpenos (ácido ursólico e
oleanóico) e amirinas. (BRUMETON, J. 2002).
Os estudantes gregos usavam-no com freqüência durante as provas,
pois acreditavam em seu poder de reforçar o cérebro e a memória. Isto se deve à
dilatação dos tecidos que a planta provoca, aumentando sua irrigação e exercendo
efeito estimulante.
É uma das primeiras espécies identificadas e classificadas da família
Lamiaceae, conhecida desde 116-27 ªC., apresenta propriedades estomacais,
estimulantes, antiespasmódicas e emenagogas. As velhas parteiras européias
polvilhavam o pó sobre o cordão umbilical dos recém-nascidos, por considerá-lo
cicatrizante.
No Marrocos é adicionado à manteiga e a outros alimentos para
aumentar a vida de prateleira dos produtos.
As propriedades antioxidante do extrato de alecrim têm recebido
considerável atenção nos últimos anos, sendo reconhecido desde a antiguidade.
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A propriedade antimicrobiana do alecrim e de seu óleo essencial, de diferentes partes
do Egito, foi encontrada adequada atividade inibitória contra Cândida albicans,
Cryptococcus neoformans, Mycobacterium intracelularae, mas nenhuma atividade
contra Staphylococcus aureus, Escherihia coli, Pseudomonas aeruginosa,
Saccharomyces cerevisiae, Aspergilus fumigatus e Trichophyton mentagrophytes. A
atividade relativamente alta contra os fungos sugere uso potencial em tratamentos de
meningites e em pneumonias causados por C. neoformans, bem como para o
tratamento de infecções cutâneas e diarréias provocadas por Cândida albicans e para
tratamento de infecções sistêmicas causados por Mycobactericum intracellularae em
pacientes com AIDS.
Os meios pelos quais os microorganismos são inibidos por óleos
essenciais parecem incluir diferentes modos de ação. As inibições mais freqüentes
envolvem componentes fenólicos de óleos, os quais sensibilizam a bicamada lipídica
da membrana celular e alteram a atividade dos canais de cálcio, causando aumento
da permeabilidade e liberação dos constituintes intracelulares vitais. Também podem
ocorrer danos ao sistema enzimático co microorganismo envolvido na produção de
energia e na síntese de componentes estruturais, bem como a destruição ou
inativação do material genético. Os grupos hidroxilas fenólicos são bastante reativos e
formam pontes de hidrogênio com sítios ativos de enzimas-alvo, inativando-as.
Os microrganismos mais hidrofóbicos são mais sensíveis aos óleos
essenciais que os hidrofílicos
Os extratos de alecrim são utilizados na indústria agro-alimentícia por
suas propriedades antioxidantes e conservante.
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Utilizando em altas dosagens pode ser tóxico, causar aborto,
sonolência, espasmo, gastrenterite, irritação nervosa e em grandes doses, a
morte.(LORENZI, h; MATOS, F., 2006)
3.4 Capsaicina
Foram identificados e isolados cinco componentes naturais da família
das pimentas e um sintético, o qual é usado como medida de referência para
determinar a pungência relativa das outras. As concentrações dos princípios ativos
nas pimentas são capsaicina (C) 69%; dihidrocapsaicina (DHC) 22%;
nordihidrocapsaicina (NDHC) 7%; homocapsaicina ( HC ) 1% e homodihidrocapsaicina
( HDHC ) 1%. E a sintética vanilamida de ácido n-nonanoico ( VNA ).
A capsaicina é o mais poderoso destes componentes e os químicos,
quando utilizam o pó cristalino, precisam manipula-los com extremo cuidado. Sua
inalação não é tóxica, mas é terrivelmente irritante e perturbadora das vias aéreas,
digestivas e da pele.
A capsaicina pura é um produto hidrofóbico, incolor, inodoro de
cristalino a graxo. Quimicamente, a capsaicina e a 8-metil-N-vanilil 1-6-nonamida, um
agente irritante para os mamíferos, incluindo humanos, e produz forte sensação de
queimação em qualquer tecido que entre em contato. A mesma substância que
provoca o ardido da pimenta.
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O princípio ativo que causa o “calor” das pimentas é um alcalóide
cristalino denominado de capsaicina .
A capsaicina se espalha por todo o interior do fruto, mas é mais
concentrado no tecido placentário. Portanto, se quiser comer a pimenta mais suave,
retire as sementes, isto ajuda a tirar grande parte do alcalóide.
P. A. Buchohz em 1816, descobriu pela primeira vez que o princípio
ativo das pimentas poderia ser extraído dos frutos macerados em solventes orgânicos.
Em 1846, L. T. Thresh documentou que o princípio ativo das pimentas poderia ser
extraído em estado cristalino. Foi Thresh que nomeou esta substância de capsaicina.
Em 1878, um cientista húngaro chamado Endre Hogyes extraiu capsaicina, o qual
chamou de capsaicol e descobriu que ela estimulava a membrana das mucosas da
boca e estômago e aumentava a secreção do suco gástrico. A capsaicina foi
sintetizado pela primeira vez em 1930 por E. Spatti e F. S. Darling.
A capsaicina é um alcalóide poderoso e estável, aparentemente não é afetado pelo frio
ou calor, o qual retém seu potencial original, a despeito do tempo, cozimento ou
congelamento.
Devido não possuir sabor, odor ou cor, é um dos compostos mais
pungentes (picantes) até agora conhecidos, detectados no palato (céu da boca) em
diluições de 1 para 17 milhões. É ligeiramente solúvel em água, mas muito solúvel em
álcoois, gorduras e óleos, isto vale dizer que quando comer uma pimenta e arder muito
a boca e língua, o melhor seria tomar uma pequena dose de vodka para amenizar, ao
invés de água.
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A palavra capsaicina descreve atualmente um complexo de
componentes relacionados chamados capsaicinóides. Estes são componentes
químicos que dão às pimentas sua ardência característica. Cientistas identificaram e
isolaram 5 componentes naturais da família e um primo sintético, o qual é usado como
medida de referência para determinar a pungência relativa das outras. Suas
concentrações são Capsaicina (C) 69%; Dihidrocapsaicina (DHC) 22%;
Nordihidrocapsaicina (NDHC) 7%; Homocapsaicina (HC) 1% e Homodihidrocapsaicina
(HDHC) 1%. E a Vanilamida do ácido n-nonanoico (VNA) sintético.
As pimentas são frutos de árvores do gênero Capsicum, que possui
origem na palavra grega Kaptos, que significa morder.
Propriedades;
a) Provocam liberação de endorfina - verdadeiras morfinas internas, analgésicos
naturais extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica. A fabricação de
endorfina, que permanecem um bom tempo no seu organismo, provocando uma
sensação de bem-estar, uma euforia,,um estado de consciência muito agradável,
causado pelo verdadeiro banho de morfina interna do cérebro. E tudo isso sem
nenhuma gota de álcool. Quanto mais ardida a pimenta, mais endorfina é
produzida. E quanto mais endorfina, menos dor e menos enxaqueca.
b) Melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago;
c) Possuem efeito carminativo (antiflatulência);
d) Existem estudos demonstrando a potente ação antioxidante;
e) Propriedade anticancerígena.
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4 METODOLOGIAS
4.1 LOCAL
O experimento será desenvolvido na propriedade do Pedro Elgersma
na granja Ipê Amarelo localizada em Arapoti - Pr.
4.2 ANIMAIS
Foram utilizados 80 leitões oriundos de matrizes suínas da genética
Topigs, sendo a fêmea C-40 e macho Dalboar 85 oriundas de 8 partos com 10 leitões
por parto, formando-se 2 grupos de 40 leitões separando metade da leitegada para
cada grupo Procurou-se assim eliminar o fator de primíparas e pluríparas, o que
poderia ser fator de variação na formação dos lotes, porque as pluríparas apresentam
de uma maior capacidade leiteira e melhor qualidade de colostro. O experimento
começa desde o primeiro dia de nascimento até aos 70 dias de idade e o desmame
realizado aos 21 dias de idade. O teste teve o início no dia 8 /04/2008 e término no dia
19/06/2008.
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4.3 TRATAMENTOS
Já após o nascimento no primeiro dia o lote T1 recebeu 2 ml de óleos
essências (Activo) e o lote T2 recebeu 2 ml de enrofloxacina através de um pig doser.
A ração foi acrescida do produto com óleos essenciais (Activo) em comparação com
o grupo T2 com uso de vários antibióticos promotores de crescimento descrito na
tabela 1. O teste foi realizado até a idade de 70 dias dos leitões.
T1 – 40 leitões receberão 2ml do produto Activo através de um “pig doser” no primeiro
dia de idade e após na forma de pó nas rações.
T2 – 40 leitões recebendo 1ml de enrofloxacina oral no primeiro dia e ração normal
da granja,
No quarto dia os dois grupos receberam 2 ml de toltrazoril para
prevenção de enterite causado pela isosporose suína, e aos 21 dias a vacina contra
micoplasma de dose única e primeira dose de vacina contra encefalite suína e aos 42
dias a segunda dose de encefalite, como manejo sanitário normal da granja.
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Tabela 1. A quantidade do produto utilizado em cada ração teste T1 eT2.
Ração
T1 Activo (g)
T2 Controle
Pré 1
200
40g de lincomicina
100g de colistina
Pré 2
200
35,2 g de lincomicina
100g de amoxacilina
100g de colistina
inicial
150
200g de doxiciclina
100g de amoxacilina
5 RESULTADO E DISCUSSÃO
Os dados de peso médio ao nascer, peso ao desmame, peso aos 70
dias e ganho de peso diário estão demonstrados na tabela 2, verificando que os
leitões utilizados no experimento forma bastante homogêneos e os tratamentos não
diferem nos parâmetros testados. Não foram constatadas diferenças significativas no
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desmame (21 dias) e na saída de creche (70 dias) para os parâmetros zootécnicos
avaliados. A mistura de óleos apresentou resultados similares aos antibióticos. O uso
da mistura de óleos essenciais apresar de não dar diferença estatística significativa,
representa uma economia substancial quando utilizada comparativamente ao
programa de antibióticos atualmente em uso na granja. Os resultados estão
demonstrados na tabela 3- custo dos programas e tabela 4 onde são realizados os
comparativos.
Tabela 2 . Consumo de ração em cada fase de cada grupo.
Ração Activo (kg) Controle (kg)
Pré-inicial 1 210 222
Pré-inicial 2 502 461
Inicial 1039 1039
Total 1751 1722
23
Tabela 3. Comparação de peso aos 70 dias e conversão alimentar.
Peso médio
Inicial (1 dia)
Peso médio
Final (70 dias)
GPD
(gramas)
Conversão
Alimentar (g)
Activo
40 leitões
1,54
31,92a
434
1,44
Controle
40 leitões
1,51
32,89a
448
1,37
O estudo será avaliado para p<0,05 para teste de duas médias, sendo
z= 0,898, zona aceitável e não significante para as diferenças dos resultados de peso
aos 70 dias de idade.
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Tabela 4. Custo do medicamento por tonelada de ração. (Junho 2008)
Activo
Valor R$
Controle
Valor R$
Pré-inicial 1
200g
10,00
44g lincomicina 8,50
100g colistina 11,25
19,75
Pré-inicial 2
200g
10,00
35,2g lincomicina 6,80
100g amoxacilina 29,00
100g colistina 11,25
47,05
Inicial
150g
7,50
200gdoxiciclina 32,00
100g amoxacilina 29,00
61,00
25
Tabela 5. Consumo de ração/animal/custo. (junho 2008).
Ração kg
Activo valor
controle
valor
Pré 1
5,25
0,052
5,55
0,109
Pré 2
12,55
0,125
11,52
0,542
Inicial
25,97
0,194
25,97
1,584
total
43,77
0,371
43,04
2,23
A quantidade e grande número de antibióticos utilizados na granja onde
foi realizado o experimento demonstra que a morbidade e desafio microbiano são uma
ameaça que pode estar ou estão presentes. Desta forma os antibióticos até a
realização do teste são empregados em programa rotineiro de uso múltiplo de drogas.
Esta prática é relativamente comum sendo referida como uma alternativa encontrada
para a manutenção da higidez do trato gastrintestinal dos animais. (TAYLOR, 2001;
MENTEN, 2001). Nos últimos anos vários autores têm exaustivamente revisado e
comparados diferentes compostos como possíveis alternativas ao uso de antibióticos
26
para leitões citando os óleos essenciais como uma alternativa viável (LANGHOUUT,
2000; MELLOR, 2000; WENK, 2000; TAYLOR, 20001). Resultados similares ao uso
de antibióticos como aqueles encontrados no presente teste são descritos por
WILLAMS e LOSA (2001) e WALH et al. (2003). Mais recentemente OETTING et al.
(2006), conduziram uma série de experimentos com dietas para leitões recém-
desmamados, onde foram avaliadas as drogas antimicrobianas: bacitracina de zinco,
olaquindox e colistina comparativamente a óleos essenciais de cravo, tomilho,
orégano, eugenol e carvacrol. Os autores constataram que a digestibilidade da matéria
seca foi maior (P<0,05) para o tratamento com extratos vegetais em relação ao
tratamento com antimicrobianos. Contudo durante a fase pré-inicial de 1 a 35 dias, o
tratamento com os antimicrobianos apresentaram melhores resultados de peso vivo,
consumo diário de ração e ganho de peso que os demais. Dentre os níveis de extratos
vegetais, a maior inclusão foi a que apresentou melhores resultados de desempenho.
Não foram encontradas diferenças significativas (P>0,05) para os
resultados de microbiologia intestinal. A freqüência de diarréia dos animais que
receberam antimicrobianos foi inferior (P<0,05) àquela do tratamento com extratos
vegetais no período de 1 a 35 dias indicando eficácia dos antimicrobianos em controlar
a diarréia.
Os extratos vegetais apresentaram resultados intermediários entre o
tratamento controle e com antimicrobianos para essa variável. Resultados similares
são citados por COSTA et al (2008) ao estudarem os efeitos de extratos vegetais
comparativamente aos antibióticos colistina e tiamulina, constatando que os agentes
antimicrobianos proporcionaram os melhores desempenhos em fase de creche.
27
Contudo, a combinação dos extratos de cravo e orégano promoveu desempenho
muito próximo àquela obtida com os antimicrobianos, demonstrando ser uma
alternativa promissora como promotor de crescimento de leitões recém-desmamados.
Em recente pesquisa BELÉ (2008) avaliando o uso de promotores de crescimentos
alternativos como manaoligossacarídeos, frutoligossacarídeos e óleo essencial de
orégano comparativamente a apramicina como promotor de crescimento constatou
que não foram verificadas diferenças para as variáveis de desempenho no período
experimental total (P<0,05) e a área de olho de lombo dos animais tratados com
promotor de crescimento alternativo foi maior (P<0,05) comparativamente ao
tratamento controle. Não foram verificadas diferenças entre os tratamentos sobre as
variáveis de qualidade da carne (P>0,05). Portanto o uso de prebióticos e óleo
essencial de orégano para suínos em fase de crescimento e terminação demonstrou
bons resultados e característica de carne. MAIN et al (2005) em estudos sobre a
interação custo e idade de desmame em sistemas de produção refere que utilização
de antibióticos em dietas pré-iniciais representa uma grande parte dos custos de
produção dos suínos.
28
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O teste com óleos essenciais (Activo), mostrou ser efetivo na
substituição de antimicrobianos nas rações iniciais de leitões.
Como o teste foi realizado com o grupo controle (T2) com medicação e
um grupo de teste (T1) com Activo, podemos fazer novos teste com diferentes níveis
de Activo e observar resultado diferente.
A proibição e/ou restrição no uso de antimicrobianos na produção animal,
quanto ao resíduo no produto de origem animal será uma realidade quando se quer
exportar para mercados europeus e japoneses, onde se adotam as leis mais rigorosas.
Será uma opção imprescindível o uso de produtos alternativos como uso de óleos
essências.
O uso de óleos essências mostrou que o seu custo reduzido com
relação ao uso de antimicrobianos em 6 vezes menor.
O grupo com as alternativas carvacrol e timol não diferiram
significativamente do grupo com os antibióticos quanto a peso ao desmame, peso
médio aos 70 dias e ganho de peso do nascimento aos 70 dias nas condições em que
foi realizado o teste.
A partir de janeiro de 2006, ano em que a União Européia (EU)
proibiu o uso de antibiótico como promotores de crescimento na alimentação de
animais de produção, foram realizadas pesquisas entre alguns países que definiram a
melhor forma para implementação deste novo regulamento comunitário. Um dos
resultados destes estudos foi a confirmação que 55% dos nutricionistas já faziam uso
29
de óleos e extratos vegetais nas dietas livres ou alternativas. Um outro
acompanhamento, realizado em 2007, demonstrou o uso destes extratos como a
principal ferramenta para substituição dos antibióticos. Segundo Davi, o relatório
demonstrou que 80% das empresas da União Européia estão usando extratos
vegetais e óleos essenciais nas dietas de suínos, e 70% na de aves.
Para a Comunidade européia, a exigência e a obrigação para as
empresas que exportam ou que querem ingressar neste importante mercado
consumidor, geram demanda por produtos alternativos ou substitutos para os
tradicionais promotores de crescimento. A busca por alternativas deve aumentar
mundialmente e é por esta razão que existem inúmeros estudos sobre o tema.
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REFERÊNCIAS
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Colégio Brasileiro de Nutrição Animal. Campinas-SP. 2002.
LAVABRE, M. AROMATERAPIA . Ed. Nova Era. 6° Edição. Rio de Janeiro 2005.
BONTEMPO, M. PIMENTA E SEUS BENEFÍCIOS À SAÚDE , Editores Alaúde – São
Paulo, 2007.
REVISTA FEED & FOOD. Óleos Essenciais e Ácidos orgânicos. Ano III, n°21,p. 20
–30, 2008.
BRUGALLI, I. Alimentação alternativa: a utilização de fitoterápicos ou nutracêuticos
como moduladores da imunidade e desempenho animal. In: SIMPÓSIO SOBRE
MANEJO E NUTRIÇÃO DE AVES E SUÍNOS, 2003 , Campinas, SP. Anais. Campinas:
CBNA, 2003. V. 1, p. 167-182.
SANTURIO,J,M; POZZATTI, P; MORAES, C. R.; FRANCHIN, P. R. I. e ALVES, S. H..
Atividade antimicrobiana dos óleos essenciais de orégano, tomilho e canela frente a
sorovares de Salmonela entérica de origem avícola. CIÊNCIA RURAL , Santa Maria.
V. 37, n. 3, p. 803-808. 2007.