UNIME – Faculdade De Ciências Agrárias e Saúde Turma – Enfermagem Noturno - A
Talita Feitosa
As úlceras de membros inferiores são um problema mundialmente grave, sendo responsáveis por morbidade e mortalidade significativas, além de provocarem considerável impacto económico.
INTRODUÇÃO
São as úlceras de origem venosa ou arterial, decorrente das doenças arteriais crônicas e retorno venoso nos membros inferiores:
Úlceras arteriais;
Úlceras venosas;
Pé diabético.
ÚLCERAS VASCULOGÊNICAS
ÚLCERA – é a perda de substância dos tecidos ou
mucosas por processo endógeno ou exógeno, com desintegração gradual e necrose dos tecidos.
DEFINIÇÕES
O termo úlcera quando visto com um olhar angiológico pode englobar duas categorias que incluem:
Úlceras venosas ( por traumas);
Úlceras arterio-venosas.
ÚLCERA ARTERIAL – ulceração causada por
insuficiência ou oclusão arterial, tendo como resultado a isquemia.
DEFINIÇÕES
ÚLCERA VENOSA – ocorre pela deficiência de
drenagem do sangue ou líquidos de um segmento do corpo. Geralmente acomete os membros inferiores, associada a insuficiência venosa crônica – “refluxo”.
DEFINIÇÕES
PÉ DIABÉTICO – é qualquer infecção, ulceração
e/ou destruição dos tecidos profundos associadas a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica nos membros inferiores.
DEFINIÇÕES
ÚLCERA ARTERIAL:
FISIOPATOLOGIA
INTERRUPÇÃO DO FLUXO ARTERIAL
PLACA DE COLESTEROL,
CÉLULAS E TECIDOS DEGRADADOS NOS
MMII
ESTREITAMENTO DO LUMEN DOVASO
ISQUEMIA
Fatores que alteram as estruturas dos vasos:
Envelhecimento;
HTA;
Diabetes;
Ateroesclerose;
Idade;
Calcificação.
FISIOPATOLOGIA
ÚLCERA VENOSA:
FISIOPATOLOGIA
VALVA INCOMPETENTE
EDEMA DERMATITE DE ESTASE
ESTASE VENOSA
ALTERAÇÃO DE PIGMENTAÇÃO
ÚLCERA
BOMBA DE PANTURRILHA:
Quando se contraem forçam o sangue venoso em direção ao coração;
Quando relaxam se expandem e tornam a encher com o sangue das veias superficiais e perfurantes.
90% do sangue venoso flui para o coração dessa maneira;
10% se esvaziam na veia cava originados da veia safena magna.
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
O retorno venoso dos membros inferiores é feito através de 3 sistemas:
Sistema venoso
profundo;
Sistema venoso superficial;
Sistema venoso perfuro-comunicante.
PÉ DIABÉTICO:
FISIOPATOLOGIA
CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLOGICA DO PÉ DIABÉTICO
PÉ NEUROPÁTICO PÉ ISQUÉMICO
Quente Frio
Rosado Pálido com elevação; cianosado com declive
Pele seca e fissurada Pele fina e brilhante
Deformações -
Insensível à dor Com sensação dolorosa
Pulsos amplos Pulsos diminuídos ou ausentes
Veias ingurgitadas Aumento do tempo de enchimento capilar
Edemaciada Sem edema
Úlcera: 1º e 5º metacarpo e calcâne; redondas com anel querotásico periulcerativo; não dolorosa.
Úlcera: latero-digital; sem anel querotásico; dolorosas
ÚLCERA ARTERIAL – é caracterizada por
claudicação intermitente, sintoma característico da insuficiência de circulação arterial nos MMII. Sensação dolorosa nas pernas que se tornam presente durante os exercícios ou caminhar e ocorre como um resultado do déficit de suprimento do oxigênio.
A extremidade aparece fria e pálida por falta de aporte sanguíneo no tecidos periféricos.
CARACTERÍSTICAS
ÚLCERA VENOSA:
Bordas irregulares e escavados;
Além da infecção que quando presente, poderá acarretar a necrose da pele
CARACTERÍSTICAS
SINTOMA VENOSA ARTERIAL
Local Próximo ao maléolo medial. Terço
inferior da perna
Dedos do pé, calcanhar, região
lateral da perna.
Evolução Lenta Rápida
Aparência (lesão) Margem irregular e elevadas.
Esfacelos amarelos aderentes.
Margem bem definida. Leito pálido
com escaras ou esfacelos. Circular
Tamanho Grande Normalmente pequeno
Exsudato Normalmente elevado Mínimo
Aparência (perna) Quente, varizes, eczema, garrafa
invertida, hiperpigmentação,
lipodermatosclerose
Brilhante, fria, descorada. Anexos
cutâneos: ausência de pêlos e unhas
espessas. Elevado: Descorado /
Abaixado: azulado
Edema Presente ao final do dia Ausente. Pode apresentar devido à
imobilidade.
Dor Edema e infecção. Melhora com
repouso.
Altamente dolorosa. Claudicação
intermitente. Piora com elevação.
Certo alívio com extremidade
pendente.
Pulsos Presentes Diminuído ou ausentes.
História Médica Trombose Venosa Profunda, Flebite,
Varizes.
Diabetes, Hipertensão Arterial,
Doença Cardiovascular.
É necessário uma investigação da história patológica pregressa do paciente em relação as úlceras venosas, arteriais.
A realização do diagnóstico diferencial assume uma importância impar e é determinante no tratamento das úlceras vasculogênicas.
ANAMNESE
O exame físico tem como foco, características da
úlcera que são:
Borda da lesão;
Coloração do fundo da úlcera;
Dor;
Presença de secreção;
Granguena – especificando o seu tipo: Seca;
Úmida;
Gasosa.
EXAME FÍSICO
90% dos casos de amputação, devido a grangrenas, são de diabéticos;
A cada 30 segundos um membro inferior é amputado ao redor do mundo;
Aproximadamente 70% das amputações realizadas estão relacionadas ao diabetes.
PÉ DIABÉTICO
São classificados em: pé neuropático, isquêmico, e
neuroisquêmico.
ÚLCERA NEUROPÁTICA – é a perda da função do nervo devido ao diabetes.
ÚLCERA ISQUÊMICA – é causada pela suspensão ou deficiência de irrigação sanguínea dos MMII secundária a uma doença arterial, geralmente crônica;
ÚLCERA NEUROISQUÊMICA – é a combinação da neuropatia com a isquêmia.
CLASSIFICAÇÃO DO PÉ DIABÉTICO
Perda de sensibilidade nos pés;
Diminuição ou ausência de sudorese na região plantar dos pés;
Alterações motoras como atrofia dos músculos interósseos;
Surgimento de dedos em garra.
CARACTERÍSTICAS DO PÉ DIABÉTICO
Ter cuidados especiais com os pés;
Níveis elevados de glicose podem levar à perda da sensibilidade e dificuldades de circulação;
Procurar calos, cortes, rachaduras, bolhas e mudanças na cor da pele;
Examinar cuidadosamente entre os dedos;
Lavar os pés com água e sabão neutro;
Não deixar os pés de molho e não usar bolsas de água quante.
Secar os pés, principalmente entre os dedos;
CUIDADOS COM OS PÉS
Aplicar creme hidratante nas pernas e nos pés;
Não usar talco, spray ou esparadrapo nos pés;
Não cortar os calos;
Não andar descalço na rua e em casa.
CUIDADOS COM OS PÉS