Transportes Marítimos
Monitor: M. Leonor Amaral Supervisor: Abílio Jesus
Trabalho realizado pelos alunos de 1M08_03:
António Martins [email protected] Diogo Perestrelo [email protected] Helena Pimenta [email protected] Hugo EspíritoSanto [email protected] Maria Carolina Cunha [email protected]
Agradecimentos
Antes de mais, gostaríamos de agradecer a todos os docentes e monitores envolvidos neste
projeto, que tanto nas palestras como nas aulas se mostraram dispostos a ajudarnos e
esclarecernos no que toca à elaboração do nosso projeto. Este apoio foi fundamental visto que
estimulou a comunicação e a integração de todos os membros do grupo, essenciais para uma
harmonia e bom ritmo de trabalho. Fazemos questão de mostrar o nosso apreço ao professor Abílio
Jesus bem como à nossa monitora Leonor Amaral.
Assim, demonstramos a nossa gratidão e consideração por todos os professores que durante
a semana relativa ao “Projeto Feup” se mostraram disponíveis para partilhar informações relevantes e
essenciais para um bom desempenho do grupo.
Engenharia Mecânica e o Mar “Transportes Marítimos” 1
Resumo
O tema abordado neste estudo foi a “ engenharia mecânica e o mar “, decidimos trabalhar um
subtema abrangente que relaciona os dois assuntos implícitos no tema geral, os transportes
marítimos. A engenharia mecânica sem duvida, tem um papel crucial no mundo das embarcações.
No relatório são abordados temas como: a evolução geral das embarcações, realçando a
importância na sociedade ao longo da história até à atualidade. De seguida abordase as várias
vertentes dos transportes marítimos, falando desde os vários tipos embarcações de pesca e a
conjugação da sua maquinaria usada no apoio às técnicas de pesca ; as embarcações viradas para o
lazer e transporte de passageiros , onde se pode encontrar uma variedade enorme que vai desde
embarcações de 4 metros como o “ Dingue “ a autênticos colossos do mar como os navios de
cruzeiro capazes de transportar números que rondam os 4 000 passageiros. Abordase uma categoria
fundamental no mundo dos transportes, que se trata da parte do transporte de mercadoria, estas
embarcações podem ser de um modo geral classificadas em 3 grupos principais, nomeadamente os
navios graneleiros, portacontentores e petroleiros os quais são usados no transporte de dois
principais tipos de carga.
Finalmente, uma categoria fundamental e sempre presente em toda a história , a vertente
militar, em que desenvolve o “coração da frota “, o portaaviões, os “ indetetáveis dos mares “, os
submarinos, a escolta que trata do corpo da frota e das embarcações de apoio consideradas as costas
de uma frota saudável.
Engenharia Mecânica e o Mar “Transportes Marítimos” 2
Índice Agradecimentos…………………………………………………………....……………………………………..1
Resumo……………………………………………………………....…………………………………………...2
Lista das Figuras……………………………………..………..……..……….…………………………………4
Introdução…………………………………….…..……..……..……....…………………………………………5
1.Introdução aos transportes marítimos………………..……..……..….…………………………………….6
1.1 As origens……………………………………………..……..……...…………………………..………..6
2. Embarcações de pesca…………………………………………..……..……..……….…………..………..8
2.1 Embarcações de cerco………………………………………………..……..……………...…………..9
2.2 Embarcações de arrasto/ Arrastões/Traineira…………………..……..……..……..………………10
3. Embarcações de Lazer/Transporte de passageiros………………..……….………………….………..12
3.1 Os veleiros ligeiros…………………………………...…………………………………………………12
3.2 Veleiros Rápidos – Catamarã…………………………..….………………………………………….14
3.3 Canoas – Caiaque…………………………………...………………………………………………….14
3.4 Late……………………………………………..……….………………………………………………..15
3.5 Navios…………………………………………………..……..……..….……………………………….15
4. Embarcações de transporte de mercadoria……………………………..…….………………………….17
4.1 Graneleiros……………………………………………………………..……..…...…………………….17
4.2.Navios PortaContentores………………………………………..……..……..……………………...18
4.3.Navio Petroleiro……………………………………………………………..……..……..…………….20
5. Embarcações Militares……………………………………………………………..……..………………..21
5.1 Submarinos………………………………………………………………………..……..…..………....21
5.2 Navios de escolta……………………………………………………....……………………………….22
5.3 Portaaviões…………………………………………………………………………..…..……..……...22
5.4 Embarcações de apoio………………………………………………………..……..…..…………….23
Conclusão………………………………………………………………….………..………….……………….24
Bibliografia………………………………………………………………….……………..……..…..………….25
Engenharia Mecânica e o Mar “Transportes Marítimos” 3
Lista figuras
Figura 1 Embarcação egípcia
Figura 2 Navio cargueiro actual
Figura 3 Embarcação de pesca com casco em alumínio
Figura 4 Redes de pesca nylon e chumbo
Figura 5 Pesca de cerco
Figura 6 Constituição das redes de arrasto
Figura 7 Redes de arrasto no fundo
Figura 8 Redes de arrasto a meia água
Figura 9 Veleiro com patilhão móvel em leque
Figura 10 Veleiro classe dingue
Figura 11 Veleiro classe lazer
Figura 12 Catamarã
Figura 13 Canoa caiaque
Figura 14 Late a motor
Figura 15 Late de vela
Figura 16 Constituição de um navio
Figura 17 Navio de cruzeiro em construção
Figura 18 Arquitectura de um graneleiro
Figura 19 Evolução dos portacontentores
Figura 20 Navio militar
Figura 21 Submarino em construção
Figura 22 Navio de escolta
Figura 23 – Navio portaaviões
Engenharia Mecânica e o Mar “Transportes Marítimos” 4
Introdução
No contexto da unidade curricular Projeto Feup, a elaboração deste relatório por parte da equipa
3, pertencente à turma 8 do primeiro ano do Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica, constitui o
suporte para toda a informação pesquisada e trabalhada de forma metódica ao longo do último mês.
Depois de lançado o tema geral da turma, “Engenharia Mecânica e o Mar”, deliberouse que, tendo de
relacionálo com a área estudada, o mais sensato seria escolher algo que realmente impulsiona a
inovação na Engenharia Mecânica. Assim, focando um dos seus mais importantes ramos, a
Engenharia Naval, decidiuse que o tema do trabalho deveria incidir na evolução dos transportes
marítimos. Para além de ser o meio de transporte mais antigo na história da Humanidade, tendo
sofrido, consequentemente, frequentes e variadas alterações ao longo dos tempos, este é um setor
que garante a sustentabilidade dos hábitos essenciais do nosso quotidiano. Noutra perspectiva, a
dependência global do transporte marítimo intensifica o valor, tanto económico como científico, desta
mesma área. Neste sentido, a noção de como tudo se organiza e funciona nesta temática tornase
ainda mais importante. Por estas razões e pela curiosidade comum em saber de que forma a inovação
nestes processos de transporte é assegurada e desenvolvida, investigouse em busca de respostas
capazes de dar seguimento ao interesse demonstrado pelo grupo na área em causa.
Resumidamente, a tecnologia por detrás dos transportes marítimos acenta na Engenharia
Mecânica, quase na sua totalidade. Como tal, a evolução dos materiais, dos sistemas automáticos e
da maquinaria utilizada a bordo das embarcações está intimamente ligada com os conhecimentos que
se pretendem adquirir ao longo do curso do Mestrado Integrado. Desta forma, este relatório contribuirá
genuinamente para o aprofundamento do conhecimento no tema e servirá, certamente, de base para
a formação atual e para a consciencialização futura.
Engenharia Mecânica e o Mar “Transportes Marítimos” 5
1. Introdução aos transportes marítimos
1.1 As origens
O uso de embarcações advém dos tempos dos
antigos egípcios quando estes começaram a utilizar
estes meios de transporte por volta do ano 3200 a.C.
(Ver figura I). Dois mil anos depois, os seus barcos à
vela alcançaram a ilha de Sumatra, representando uma
das maiores viagens marítimas da época. Mais tarde,
no século X, os chineses controlavam já o mar da Índía
e o mar do Sul da China para fins mercantis. Quinhentos anos depois, apesar da China ter continuado
a tentar expandir o seu domínio para territórios africanos, as potências europeias, nomeadamente
Portugal, Espanha, Holanda, Reino Unido e França, foram as primeiras a estabelecer uma rede de
comércio internacional através do uso de embarcações robustas e capazes de transportar grandes
tripulações. Assim, com o passar dos anos, as principais rotas marítimas situavamse ao largo do mar
Mediterrâneo e do norte do oceano Índico.
Com o desenvolvimento do motor a vapor ao longo do século XIX as redes de transporte
marítimo cresceram consideravelmente, uma vez que a dependência da força do vento deixou de
existir. Se a extensão da área navegada já tinha alastrado com os avanços científicos, o aumento foi
ainda mais acentuado com a abertura do canal do Suez, que tornou possível o contato entre o
comércio mediterrânico e o comércio asiático.
A transportação marítima, tal como em todos os outros setores de transportes, existe com o o
objetivo de estabelecer relações comerciais. Estas relações estão ainda dependentes do tipo de
embarcações usadas e das suas capacidades para desempenhar as funções desejadas. Deste modo,
o comércio e a sua evolução estão intimamente ligados à inovação nos meios de transporte e, como
tal, o aumento de necessidades nas partes comerciantes impõe, obrigatoriamente, avanços nos
processos e técnicas de transporte. Consequentemente, no último século, as inovações verificadas
nas características das embarcações foram substanciais.
Em primeiro lugar, com o aumento da procura e a internacionalização do comércio, a
capacidade de carga dos navios, nos últimos cem anos, tem sido a prioridade em termos de pesquisa
e melhoramento. Um navio com o dobro do tamanho possui o triplo da capacidade e, desta forma,
com o intuito de satisfazer as necessidades das populações, a aposta no aumento das cargas dos
navios tem sido notória. Além disso, a velocidade tem também vindo a ser particularmente trabalhada
no sentido de tornar o transporte mais eficiente e capaz de concretizar as distribuições em prazos
mais reduzidos. A velocidade dos navios atuais ronda os 15 nós (28km/h), o que perfaz um total de
Engenharia Mecânica e o Mar “Transportes Marítimos” 6
575 km percorridos a cada dia. As embarcações mais recentes conseguem atingir entre 25 e 30 nós,
no entanto, por motivos energéticos ainda não é
rentável ultrapassar o primeiro valor. A evolução dos
combustíveis usados começa na propulsão através da
força do vento, passando pelo vapor, petróleo e gás,
acabando na energia nuclear que é apenas usada para
navios militares. Em fases mais avançadas, o uso da
dupla hélice assegurou também um aumento
considerável na velocidade dos transportes marítimos.
Apesar de tudo isto, garantir avanços constantes nas
estratégias para alcançar velocidades mais elevadas representa despesas elevadas quer a nível de
investigação, quer a nível de concretização, pelo que a estagnação no melhoramento desta
componente é esperada. À parte destas duas características, é indispensável procurar alternativas
mais funcionais para o rendimento dos transportes no que toca à especialização dos barcos, em que
cada embarcação é construída com uma e uma só finalidade e no que diz respeito ao próprio design
dos navios, procurando tornálos mais áquo e aérodinâmicos e, por outro lado, mais resistentes(ver
figura II).
Percebemos, portanto, que as embarcações e a forma como são pensadas, projetadas e
construídas, evoluiu imenso com o passar do tempo, especialmente nos últimos 150 anos. Tratase do
transporte mais usado em todo o mundo para fins comerciais constituindo, assim, uma área de
elevada importância económica para a sociedade atual. Os navios usados serão cada vez mais
sofisticados e capazes de garantir as necessidades que a Humanidade apresenta atualmente e no
futuro mais próximo.
Engenharia Mecânica e o Mar “Transportes Marítimos” 7
2. Embarcações de pesca
Atualmente as embarcações de pesca podem
ser construídas em aço, alumínio, madeira, fibra de vidro,
entre outros. Dependendo das características de porte da
embarcação, o alumínio apresentase como a escolha de
material mais eficiente para o fabrico do casco (Fig.3). A
utilização do alumínio tem vindo a crescente devido às
suas principais propriedades:
elevada razão entre resistência
mecânica e peso (massa);
alta resistência à corrosão em ambiente marinho
boa soldabilidade de algumas das ligas.
Todos os materiais utilizados na construção do casco e encanamentos são de qualidade
apropriada para resistir ao ambiente marítimo, sendo
escolhidos de forma a minimizar os efeitos de corrosão.
Assim garantese uma vida útil da embarcação elevada,
com um índice de manutenção bastante reduzido.
Por outro lado o material das redes de pesca é
geralmente nylon e chumbo (Fig.4). Embora sejam algumas
feitas com fio de seda, o que beneficia a pesca em grande
quantidade, como é o caso da tainha.
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2.1. Embarcações de cerco
Os barcos de cerco são responsáveis por um tipo de pesca intitulado pesca de cerco, onde é
utilizada uma grande rede para cercar cardumes de peixes, que são capturados maioritariamente à
superfície sendo na sua maioria espécies de pequeno pelágicos (sardinha, cavala, carapau e
biqueirão). O tamanho das embarcações pode variar desde 10 metros a navios transatlânticos.
As redes de cerco são altas e longas para que as presas possam ser totalmente cercadas
reduzindo a capacidade de fuga, tornando este tipo de captura um método bastante eficaz.
A parte mais importante desta operação de pesca está na localização dos cardumes de
peixes. Tecnologias avançadas, como ecossonda e sonar, podem ser utilizados para procurar, avaliar
o tamanho e movimento do cardume assim como de manter o contato enquanto se encontra cercado
pela rede. Com a experiência adquirida e com a sensibilidade dos sonares,é comum os mestres de
pesca preverem a(s) espécie(s) e volume a capturar com elevada precisão.
Após ter sido encontrado o cardume a ser pescado, é lançado um bote auxiliar com a ponta
da rede e por sua vez a rede com pesos. O barco de cerco contorna o cardume e, ao completar o
cerco e encontrar o bote auxiliar, o fundo da rede é fechado por um cabo. Seguemse, em seguida,
duas fases responsáveis por içar a rede para bordo: primeiramente ocorre a fase mecânica e em
seguida a fase manual que envolve os membros da tripulação. O peixe encontrase, então
concentrado na copejada, zona preparada para suportar os seu peso. Por fim, ocorre a passagem do
pescado capturado para bordo (transbordo) que só ocorre se o mestre da embarcação considerar que
é favorável devido ao valor comercial, caso contrário é permitida a fuga do pescado (ver fig.5).
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2.2.Embarcações de arrasto/Traineira
Uma traineira é um navio de pesca concebido para utilizar redes de arrasto (ver figura VI), a
fim de capturar grandes volumes de peixe. Estas redes podem ser rebocadas por uma ou duas
embarcações, sendo constituídas por:
∙um saco, zona mais estreita da
rede;
∙ uma barriga, uma peça
geralmente mais larga que o saco e
que o une às asas, duas peças
alongadas de rede que unem
lateralmente a barriga às portas de
arrasto.
O bordo superior da barriga e as
asas são cosidas a um cabo com flutuadores, enquanto que no bordo inferior, ligado ao saco, são
colocados pesos.
Relativamente ao motor deste tipo de embarcações, pode dizerse que tendo em conta a força
que a embarcação de arrasto utiliza para arrastar a rede, é de prever que irá utilizar a potência do
motor de forma diferenciada dos outros navios de pesca. Deste modo, é necessário ter em atenção
essa força realizada no que toca à escolha do motor.
Há dois tipos de rede de arrasto:
Rede de arrasto no fundo
São as redes rebocadas por uma só embarcação, cuja abertura horizontal é assegurada pelas
portas de arrasto relativamente pesadas e munidas de uma sapata de aço destinada a suportar um
contacto acentuado com o fundo. São utilizadas para pescar marisco e crustáceos.Neste tipo de
pesca, nos dias de hoje, são utilizados mecanismos que permitem fazer uma seleção dos
peixes/marisco/crustáceos a serem pescados, como mostra a figura 7.
∙
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Rede de arrasto a meiaágua
Estas redes são utilizadas maioritariamente para capturar peixes demersais (de fundo),
sendo, por exemplo, o único processo utilizado na pesca do badejo e do linguado. Os barcos mais
modernos são equipados com sondas para detetar os cardumes e permitir acertar a altura da rede
através da quantidade de pesos e flutuadores (fig.8).
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3.Embarcações de Lazer/Transporte de passageiros
Existem vários tipos de embarcações de lazer/transporte de passageiros, que podem ser
usadas para fins de descontração,deslocação e para fins desportivos, sendo os mais conhecidos:
Veleiros ligeiros ou barco à vela;
Veleiros rápidos (Catamarãs);
Canoas, (caiaque);
Iates (de vela ou de motor);
Navios de cruzeiro.
3.1. Os veleiros ligeiros
Os veleiros ligeiros, são embarcações pequenas que são utilizadas para recreação ou para
fins desportivos.E estas podem ser, comandadas por uma ou mais pessoas. Caracterizamse por
possuir um patilhão em madeira ou material compósito que corresponde a um plano vertical submerso
no sentido longitudinal que impede a embarcação de derivar ou abater lateralmente, ver figura 9.
Entre os veleiros ligeiros mais conhecidos podemos salientar:
A Classe Dingue
A Classe Laser
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A classe Dingue
A classe Dingue é uma das que mais adeptos possui, usualmente utilizada em regatas, a sua
aparência pode ser tanto de competição, como de recreação. Esta classe é de fácil montagem e
manutenção e utiliza uma vela única (mestra ou principal). É
construída numa estrutura de sanduíche de fibras de vidro
com núcleo em PVC ou então em plásticoroto moldado.
Possui um comprimento total de 4,16 m, boca (náutica) de
1,66 m, pontal (náutica) de 0,48 m, peso do casco 85 kg e
uma área vélica de 6,5metros quadrados . Pode incorporar
ainda um suporte para um pequeno motor de popa (fig. 10).
A classe Laser
A classe Laser (fig.11) .é a classe
olímpica mais popular do mundo e as suas
características principais são a sua
simplicidade de construção e o baixo preço.
Tratase de um barco tripulado por um
velejador, muito veloz e pode planar em dias
de muito vento. A classe Laser possui um
casco com 4.23 metros de comprimento total,
3.81 metros de comprimento na linha de água
e pesa aproximadamente 57 kg. Os materiais
utilizados para a sua construção são sobretudo
as fibras de vidro, PVC,e o plástico Rotomoldado.
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3.2. Veleiros Rápidos – Catamarã
Catamarã (fig. 12).é a designação dada a uma embarcação com dois cascos (vulgarmente
chamados "bananas"), com propulsão à vela ou motor, que se destaca pela sua elevada estabilidade
e velocidade em relação às embarcações de monocasco.
3.3. Canoas – Caiaque
É uma embarcação desportiva que é utilizada para lazer, transporte e competições. O caiaque
(ver figura 13 )nasceu na Groelândiae e eram construindo empregando materiais diversos como
ossos de baleia, peles e tripas de foca. Hoje
em dia são utilizados compósitos de fibra de
vidro ou plástico. Os caiaques de polímero
são ideais para regatas ou "White water",
pois têm grande resistência a impactos em
pedras. O plástico utilizado normalmente é o
polietileno de média densidade e são
fabricados pelo processo da rotomoldagem.
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3.4. Iate
O iate é uma embarcação utilizada para fins de lazer sendo usada, para navegar no mar, rios
ou lagos. Estas embarcações possuem inúmeras sofisticações dentro dos mesmos que vão desde o
meramente essencial até os grandes luxos. Salientase a propulsão destas embarcações pode ser
através de velas ou motor. Os iates a motor caracterizamse pelas grandes velocidades que podem
atingir. Enquanto os iates de velas caracterizamse pelas grandes distâncias que podem efetuar sem a
necessidade de fazer paragem para abastecimentos. A diferença entre um veleiro ligeiro e um iate
com velas é que o primeiro para além de ser muito mais pequeno, transporta no máximo 3 pessoas, o
seu patilhão é amovível, e não se encontra equipado com todos os luxos que um iate incorpora.
Inicialmente os iates eram construídos em madeira, mas a partir do século XX, começaram a
ser utilizados outros materiais tais como, aço, betão armado, alumínio, fibra de vidro, e fibra de
carbono (figuras 14 e 15).
3.5 Navios
O navio é uma embarcação de grandes dimensões, que incorpora um ou maisconveses (ver
figura 16). Um navio tem, geralmente, tamanho suficiente para transportar os seus próprios barcos,
como botes salvavidas, botes ou lanchas. É um objeto flutuante utilizado para transporte de carga e
passageiros para longas distâncias. Pratica navegação costeira ou de longo curso ou de mar aberto.
Geralmente, a lei local e órgãos de regulamentação irão definir o tamanho ou o número de mastros
que um barco deverá ter para ser elevado à categoria de navio. Antigamente, acima das 500
toneladas de arqueação bruta uma embarcação era considerada um navio. Hoje em dia com as novas
Engenharia Mecânica e o Mar “Transportes Marítimos” 15
tecnologias um barco passou a ser considerado navio quando este possuir mais de 10000 toneladas
de arqueação brutal.
Navios de Cruzeiro
Cruzeiros são viagens de lazer em barcos ou navios de luxo. Geralmente são realizadas rotas
marítimas agradáveis e muito procuradas pelos viajantes e turistas em períodos de férias. Os navios
de cruzeiros oferecem muito conforto, luxo e inúmeras atrações Muitos navios de cruzeiros possuem
casinos a bordo, e estes são uma grande atração.
Os navios de cruzeiro (fig. 17) atualmente
podem transportar mais de 4 000 passageiros em
cabines amplas e confortáveis.São mais uma
pequena cidade flutuante do que realmente uma
embarcação levada pelos mares e vento.Quando
estes navios são gigantescos, são construídos em
troços que são posteriormente ligados por
soldadura.As suas carapaças são constituídas sobretudo por materiais com elevada resistência a
Engenharia Mecânica e o Mar “Transportes Marítimos” 16
corrosão ,como por exemplo o aço .A proteção contra a corrosão pode ser feita através da aplicação
de pinturas protetoras como a de zarcão ou de estranho e por meio de metais de sacrifício.
4. Embarcações de transporte de mercadoria
A maioria dos navios com fim a transporte de carga bruta (petróleo, areia, carvão,…) ou
mercadoria em geral (contentores, caixas, papel,..) podem ser resumidos em 3 categorias:
graneleiros, navios portacontentores e petroleiros.
4.1 Graneleiros Estes navios são responsáveis pelo transporte de grandes quantidades de matériaprima tais
como, carvão, minério de ferro, grão, enxofre, entre outros, sendo assim os grandes trabalhadores do
mundo dos transportes de mercadorias a nível marítimo.[19]
Arquitetura
A concepção de um navio graneleiro depende do tipo de carga que irá transportar. O fator
mais determinante é o da densidade dessa mesma carga, que pode ir das 0.6 a 3 toneladas por metro
cúbico, sendo o de mais baixa densidade matéria como granéis, e a de maior densidade, material
como minério.
Outro fator que influência as dimensões de um navio deste tipo é o porto e canais que irão
acomodar o seu tamanho (fig.18).
Maquinaria
Engenharia Mecânica e o Mar “Transportes Marítimos” 17
A sala das máquinas de um graneleiro situase geralmente perto da popa, acima dos tanques
de combustível para diminuir o comprimento da tubagem..
Categorias maiores, a partir de um peso bruto de 10 mil toneladas, necessitam de um motor
diesel de dois tempos que move uma única hélice. Um alternador é acoplado diretamente com o eixo
da hélice e um gerador auxiliar é usado.
Em categorias abaixo das 10 mil toneladas possuem dois motores diesel de quatro tempos
que acionam uma hélice por meio de uma caixa de velocidades.
A velocidade média de um navio de categoria 10mil toneladas ou superior situase está entre
os 13.5 e os 15 nós.
Casco
Normalmente o casco de um graneleiro é feito de aço, no entanto existem fabricantes que
preferem aço de alta resistência que reduz a tara, mas consequentemente reduz a rigidez do casco e
a resistência à corrosão. Aço forjado também é utilizado em algumas partes do navio tais como o
suporte do eixo da hélice.
Nas últimas décadas o uso de um casco duplo tornouse o mais popular pelo seu
melhoramento na capacidade do navio e é um requisito obrigatório para classes maiores de
graneleiros.[20]
4.2. Navios Portacontentores
Inicialmente pequenas embarcações até 10 mil toneladas de peso bruto carregando não muito
mais que umas centenas de contentores, mas nos últimos tempos têm crescido em tamanho graças
ao seu sucesso e ganho notoriedade da sua importância. Os contentores da nova geração que
entraram em serviço a partir de 15 de julho de 2013 atingem a marca dos 18 mil contentores.[21]
Engenharia Mecânica e o Mar “Transportes Marítimos” 18
Na figura 19 podemos observar a evolução desta categoria e o modelo standard para medir a
sua capacidade de transporte de contentores, TEU , unidade equivalente a 20 pés ou em inglês “
twentyfoot equivalent unit “
Embora estas últimas embarcações possam carregar mais contentores do que nunca, houve
uma melhoria não só a nível de espaço como também eficiência, economia e segurança ambiental
(environmental safety) daí o termo para esta última geração de “ Triple E”.[21]
Contentores refrigerados
Contentores refrigerados, “ reefer container “ tornaramse muito populares para o transporte
de frutas,carnes,… em navios portacontentores. Estes conseguem manter temperaturas tão baixas
Engenharia Mecânica e o Mar “Transportes Marítimos” 19
quanto 60ºC no entanto também possuem a capacidade de conservar a temperaturas mais quentes
se necessário.
Através de sistemas de Desumidificação são capazes de garantir a humidade ideal dentro dos
contentores, e ainda existem uns quem permitem que a atmosfera seja manipulada para que flores se
mantenham sempre frescas ou frutas não amadureçam.[22]
4.3. Navios Petroleiros
Navios projetados para transportar carga líquida dentro dos seus espaços de carga, sem o
uso de barris ou outros recipientes.A maioria dos petroleiros tanto transporta petróleo no estado bruto
ou produtos petrolíferos como gasolina, óleo, diesel, óleo combustível,…Navios especializados
transportam gás apesar de nestes navios a carga ser colocada em grandes contentores refrigerados
que se acomodam no navio.
Arquitetura
Estes navios variam desde pequenas embarcações costeiras de 60 metros de comprimento,
transportando 1,52 mil toneladas de peso bruto até grandes navios que chegam aos 400 metros
conseguindo carregar até 550 mil toneladas de peso bruto. O espaço de carga ocupa o navio todo
menos a sua popa que é ocupada por maquinaria.
Maquinaria
A maquinaria de propulsão, a plataforma de navegação, tripulação e as bombas da carga
estão localizados na popa. Os motores a diesel para os petroleiros de maior porte podem pesar até 2
mil toneladas, e apresentam uma dimensão equivalente a um prédio de três andares, com mais de
100 mil cavalos de potência.
Casco
Grandes preocupações foram sendo levantadas com a poluição causada por séries de
acidentes desastrosos no qual estavam envolvidos petroleiros. A reação política levou a regras muito
rigorosas relativamente à construção destes navios. Assim, em 1973 convencionouse na Convenção
Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios que todos deveriam possuir casco duplo, ou
seja, os lados e fundo devem apresentar duas camadas separadas por um espaço suficiente que
reduz a chance de um incidente chegar à sua camada interior e libertar o seu conteúdo.[24]
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5. Embarcações Militares
Relativamente às embarcações militares, nas guerras em altomar, é possível encontrar um
vasto leque de embarcações. Os portaaviões são sem dúvida o coração da frota, cuja função é servir
de base aérea móvel. É também importante sublinhar a existência de submarinos, navios de escolta
(fragatas, corvetas e contratorpedeiros) e finalmente as embarcações de apoio como naviostanque,
por exemplo. Este esquadrão marítimo é o resultado milenar da evolução da marinha de guerra, que
levantou âncora alguns séculos antes da era cristã. Nos primórdios, as embarcações pioneiras eram
bastante simples, construídas em madeira e movidas por vela. A arma principal destes era a
espada.”A luta começava com a abordagem das embarcações, seguida pelo combate corpo a corpo”,
afirma o especialista em desenvolvimento naval Bernard Ireland no seu livro Navios de Guerra. O
confronto à distância começou por volta do século XV, quando os
“canhões ganharam os mares”. Permaneceram como a principal arma
nas batalhas até ao século XIX, quando surgiu um mar de inovações.
Primeiramente, os navios a vapor substituíram as embarcações a vela,
dando mais autonomia à frota. Seguidamente, apareceram navios mais
resistência, como os couraçados, que possuíam na sua constituição um
casco revestido com chapas de metal de modo a resistir a tiros de
canhões. Outra novidade foram as embarcações mais ligeiras, como
os cruzadores, navios de grande mobilidade usados para explorar as
águas inimigas e preparar a chegada da frota principal. Os dois modelos brilharam na Primeira Guerra
Mundial (19411919). Atualmente, os couraçados não estão presentes em nenhuma Marinha do
mundo e os cruzadores acabam por ser uma raridade. A partir da década de 40, as estrelas passam a
ser os portaaviões, como foi referido anteriormente, e os submarinos nucleares, capazes de passar
praticamente despercebidos mesmo aos radares mais poderosos.
5.1. Submarinos
Engenharia Mecânica e o Mar “Transportes Marítimos” 21
Atualmente, há mais submarinos militares em operação do que civis. As primeiras
construções de submarinos foram realizadas em França, em 1888. Este tipo de embarcação
caracterizase pela capacidade de navegar e combater em imersão, sendo esta conseguida através
do enchimento com água dos tanques de lastro. Injetando ar comprimido conseguese a saída da
água, o que provoca a vinda à superfície. Os submarinos dispõem de dois motores principais,
inicialmente a vapor e posteriormente a diesel,para a navegação à superfície e motores elétricos
alimentados por baterias de acumuladores para a navegação em imersão.Os submarinos passam
também a dispor do snorquel,um tubo retrátil com 8 a 10 metros de comprimento montado sobre a
torre e que, em imersão, ao aflorar a superfície do mar, permite a admissão de ar para os motores
diesel e a evacuação dos respetivos gases de escape; o navio poupa e carrega assim as suas
baterias, indispensáveis para o ataque em imersão.
Os submarinos são úteis militarmente porque
são difíceis de localizar. Um grande esforço é
empregado no projeto de um submarino para
possibilitálos atravessar a água silenciosamente de
forma a prevenir a sua deteção . A Marinha
Portuguesa foi uma das primeiras do mundo a dispor
de submarinos, recebendo o primeiro (oNRPEspadarte)
em 1913. Possui atualmente dois submarinos, ambos da classeTridente: o NRP Tridente e o NRP
Arpão. Os submarinos modernos possuem uma forma peculiar, concebida e inspirada no corpo das
baleias. Esta reduz significativamente o arrasto hidrodinâmico do submarino quando submerso,
apesar de diminuir a sua capacidade de permanecer à tona.
5.2. Navios de escolta Tratamse de navios de guerra destinados à guarda e proteção
de esquadras navais ou danavegação mercante. Nesta categoria, entram
fragatas,corvetas e contratorpedeiros(também chamados de destroyers).
Estes diferenciamse pelo seu tamanho, força do motor e também pela
quantidade de armamento. Na generalidade, os navios de escolta são
portadores do maior poder de fogo marítimo. Assim, a sua função passa
por proteger o portaaviões bem como destruir navios inimigos e
aeronaves.
5.3. Portaaviões
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Tratase de um navio de guerra cuja função passa por servir de base aérea
móvel.Permite,portanto, que uma força naval possa projetar o seu poder aéreo a grandes distâncias,
sem a necessidade de depender de aeroportos (fixos) para os seus aviões.Os primeiros portaaviões
foram construídos no desfecho da Primeira Guerra Mundial,aproveitando o casco dos grandes
couraçados, paquetes e cruzadores de batalha. Os navios foram então dotados de uma “ilha”
posicionada a estibordo para desimpedir o convés de voo, estando este ligado por elevadores a um
convés inferior onde se abrigam as aeronaves. Os portaaviões têm duas configurações base. A mais
comum é de deque superior plano que serve uma pista de descolagem
e aterragem. Uma catapulta acelera o avião, com os motores ligados
no máximo de modo a auxiliar o avião a atingir a velocidade mínima
para descolar. A segunda e mais recente configuração, desenvolvida
pela marinha real britânica, tem uma rampa numa das extremidades
do deque plano, que ajuda à descolagem do avião.Esta medida
permite a aterragem/descolagem dos aviões sem ou com
poucomovimento horizontal.
Existem vários tipos de portaaviões, entre os quais:
Portahidroaviões, como o HMS Engadine,em desuso após a decade de 50;
Navios de frota, como o HMS Essex, geralmente de 20.000 a 65.000 toneldas;
Navios de escolta, como o USSBArnes, construídos apenas durante a II Guerra Mundial;
Portaaviões ligeiro, como o USS Independence,concebidos para transporte de caças;
Navios CAM, como o SS Michael E, usados como navios de emergência na II Guerra
Mundial;
Portaaviões mercadores, como o MV Empire MacAlphine, outra medida de emergência que
transformou navios de carga em navios equipados com deques;
Navios de assalto anfíbio, como o USSTarawa, que serviu também no transporte e descarga
de soldados;
Navios de guerra antisubmarinos , como o HMS Invicible,também conhecido como
portahelicópteros.
5.4. Embarcações de apoio Além da frota de ataque é possível encontrar um esquadrão que atua
em segundo plano na guerra, tendo como função fornecer
mantimentos,combustível e todo o tipo de apoio. Estas embarcações
têm também a capacidade de servir de dormitórios, hospitais e
rebocadores de barcos.
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Conclusão Com o Projeto Feup conseguimos alcançar todos os objetivos definidos para esta atividade,
desenvolvendo competências no âmbito da capacidade de pesquisa, da comunicação e interajuda, e
do uso de ferramentas alternativas para a concretização das tarefas. Tivemos ainda a oportunidade de
acompanhar mais de perto a realidade das apresentações em público, tal como as técnicas que
acompanham os profissionais nessa área. Mais especificamente, com este trabalho de grupo, fomos
capazes de pôr em prática as aptidões alcançadas na semana intensiva do Projeto Feup. E por outro
lado, aliar isso a todas as noções de cultura geral que sempre nos acompanharam.
Neste trabalho foi alcançado um vasto conhecimento na área estudada, a Evolução dos
Transportes Marítimos. Percebemos que os diferentes tipos de embarcações requerem, para a sua
construção, o uso dos materiais mais adequados para o desempenho da função pretendida. Esta
descriminação das embarcações e dos seus constituintes reflete as adaptações que este setor vai
sofrendo com o objetivo de satisfazer as necessidades da sociedade em constante mudança.
Assim, partindo da aprendizagem permitida por esta atividade, partimos para o futuro tendo a
certeza de que a globalização social, cultural e científica deve grande parte do seu progresso aos
transportes marítimos. E, por isso, a investigação e o desenvolvimento desta área serão decisivos
para o futuro e sustentabilidade da Humanidade.
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Bibliografia e Netgrafia
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