Tipografia – Sua trajetória
Para ser comunicada, a palavra deve necessariamente partir de um alfabeto, e estão contidos nesse alfabeto os desenhos de letras, seu estilo, a forma da fonte. Os primeiros alfabetos que apareceram no Ocidente surgiram em civilizações do Mediterrâneo. Para cada letra havia um desenho, uma imagem correspondente. Eram simples figuras destinadas a representar a escrita. No Egito antigo, por exemplo, a letra “A” era representada por uma ave.
A princípio, o homem começou copiando livros, trabalho feito por copistas – a única forma de reproduzir um livro. Com a letra escrita a mão, vamos ter tipos com traços grossos, finos, finalização das hastes das letras atravessando extremidades que fazem a ligação de uma letra a outra, conhecida como serifa.
O tipo móvel, que era uma maneira de escrever com pequenos pedaços de chumbo, inventado por Gutenberg, em 1454, na Alemanha, facilitou a entrada da escrita para o mundo da reprodução em série. Começava-se a pensar pela primeira vez na possibilidade de diagramar uma página. Desde os primeiros tipos gráficos de chumbo, a letra já ganhava um caráter de projeto.
Tipografia – Sua trajetória
Com o surgimento da impressão offset, facilitou a reprodução em massa. Enquanto antigamente uma matriz de chumbo era usada para a reprodução, no offset o sistema é reprodução em chapa (fotolito).
Tipografia – Sua trajetória
A Bauhaus reformulou a escrita no sentido da legibilidade.
Nesta época levantou-se pela primeira vez a seguinte questão: por que no mesmo alfabeto existem o “A” caixa alta e o “a” caixa baixa?
Foi quando a Bauhaus criou o tipo Universal, que era constituído apenas por letras minúsculas, inclusive para início de frase e nomes próprios.
O computador veio permitir ousadias para o
designer gráfico, que pode agora aproximar as
letras, diminuindo o espaço entre as letras,
sobrepô-las, tudo dependendo do projeto que
se quer como produto final.
Tipografia – Sua trajetória
Serifas
Com SerifaOs tipos serifados tendem a guiar nossos olhos de uma letra para outra, dando uma direção e ritmo à leitura, o que a facilita.
Não possuem serifas
Sem Serifa
O desenho do tipo é muito uniforme. Nem sempre são tipos elegantes e bonitos, por isso é difícil saber como empregá-los. Uma boa solução é contrastar pesos (bold, extra bold, medium, light).Ex.: Futura, Frutiger, Helvética, Impact, Kabel, Lucida Sans, Optima, Univers.
Estudo da Tipologia
Estudo da Tipologia
Tipos de fontes: Variação de espessura dos traços
Serifas
AntigoOs tipos antigos são conhecidos por terem sido criados com base nos traços das letras dos escrivães públicos, escritores judeus, ... e que escreviam com pena, por isto esses tipos têm uma pequena variação entre traços grossos e finos.
Apresentam serifas que são inclinadas na caixa baixa. E são os melhores para escrever textos longos.
Por ex.: Baskerville, Caslon, Century Old Style, Garamond, Goudy, Palatino-Roman, Times.
Variação de espessura dos traços
Serifas
Moderno
O desenho é mais reto
As serifas das caixas baixas são horizontais e mais finas
Estes tipos acompanharam a mudança tecnológica dos equipamentos de impressão e dos novos papéis, que garantiram uma qualidade de reprodução superior.
As serifas desses tipos são mais finas e delicadas. E a transição de traços finos e grossos são muito acentuadas. Para textos longos devem ser usados com moderação.
Ex.: Bodoni, Centuy Schoolbook, Tiffany, Times Bold, Weiss, Xerox Serif Wide
Estudo da Tipologia
Tipos de fontes:
Os tipos manuscritos imitam a escrita à mão, das tradicionais às mais futuristas. Não são bem-vindos para utilização em textos corridos.Ex.: English, Libby Script, Lino Script, Madstone Script, Nuptial Script.
São os tipos mais complicados de utilizar. São tipos espalhafatosos, brincalhões, radicais. Mas, têm a vantagem de causar uma identidade única na peça gráfica.Ex.: Ballet Engraved, Fox Script, Future, Nouveau, Toy Block.
Estudo da Tipologia
Estudo da Tipologia
Prefira uma tipologia de fácil legibilidade, pois esta não prejudicará o trabalho, deixando a leitura mais confortável;
Tipos serifados transmitem elegância e segurança, mas cuidado ao usar um corpo muito pequeno sobre fundo colorido;
Tipos clássicos são perfeitos para anúncios de bancos, seguradoras e empresas desse segmento;
Tipos modernos caem bem para automóveis, moda, alimentos, perfumes, mas claro que a adequação é imprescindível;
Fontes sem serifas combinam com serifadas, normalmente título e texto tem fontes diferentes;
Fontes sem serifas são mais frias, mais pesadas, combinam com anúncios masculinos, carros,...
Dicas
Para o público feminino podemos usar fontes mais delicadas, elegantes: manuscritas e algumas sem serifas;
Combinar fontes da mesma família (variando entre bold, italic, medium, light,...) garantem harmonia;
Defina uma, no máximo duas fontes, para um trabalho;Se precisar diagramar um texto muito longo dentro de um espaço pequeno, use o tipo Times, que ocupa menos espaço de composição;
Fontes serifadas itálicas utilizadas em caixa alta são péssimas para leitura;
Lembrem-se que os tipos serifados, clássicos, resistem ao tempo, e daqui a 15 anos continuarão parecendo atuais;
Além das decorativas, os tipos preferidos pelos diretores de arte são: Garamond, Times, Bodoni, Frutiger, Futura, Hervética e Univers. Usar esses tipos é acertar sempre!
Dicas
Tipologia na Web
As fontes, como elemento de comunicação, ampliam também as possibilidades de exploração do potencial gráfico, funcionando como imagem.
Legibilidade
Deve-se ter cuidado ao adotar a fonte para o texto, tendo em mente que esta deve ser uma fonte comum(Times ou Arial), visto que a maioria dos internautas possui uma gama de tipos limitada em seus computadores.
Evite utilizar mais do que três fontes no site. Além do mais, pode-se conseguir uma boa margem de opções utilizando-se o itálico, o negrito, condensado sem descaracterizar o estilo da página.
A legibilidade de um texto depende não somente da forma das letras, mas do tamanho do corpo utilizado e do contraste desta fonte com background da página. O bom senso não pode ser esquecido na Web. Deve-se dar a devida atenção às condições de leitura´.