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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE
ARTIGO CIENTÍFICO FINAL – PDE – TURMA 2010
METODOLOGIA COM ÊNFASE COMPUTACIONAL PARA A
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA NO ENSINO BÁSICO
FRAÇÕES EM PLANILHAS ELETRÔNICAS DE CÁLCULO
MARTA IVELINA CORADINI CORRÊA
CASCAVEL - PR
2012
2
METODOLOGIA COM ÊNFASE COMPUTACIONAL PARA A
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA NO ENSINO BÁSICO
FRAÇÕES EM PLANILHAS ELETRÔNICAS DE CÁLCULO
Marta Ivelina Coradini Corrêa1
João Candido Bracarense Costa2
Resumo
O Brasil vive um momento ímpar em sua história nas últimas décadas e a população brasileira tem conhecido níveis de conforto significativos. No entanto, no que diz respeito à educação, percebe-se que há necessidades de mudanças comportamentais em todos os níveis. Isso possibilita considerar que os resultados de avaliações na aprendizagem da disciplina de Matemática têm apresentado índices preocupantes para o seu pleno desenvolvimento. Nesse sentido, este trabalho contribui com a construção de uma metodologia de apoio ao processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos básicos da Matemática, considerando as Diretrizes Curriculares do Ensino Básico do Estado do Paraná, calcado principalmente no eixo estruturante História da Matemática. Os resultados alcançados foram muito bons com a utilização de Planilha Eletrônica de Cálculo como elemento facilitador para a construção de uma aula modelo, oportunizando aos estudantes uma nova visão sobre o estudo de Frações e como compreendê-las de uma forma prazerosa, com mais entusiasmo, participação e clareza sobre o assunto estudado.
Palavras-chave: Construtivismo, Ensino em Matemática Básica, Planilha Eletrônica de Cálculo.
1 Professora de Matemática do Colégio Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco,
Cascavel – Paraná. E-mail: [email protected].
2 Professor Associado da Universidade Estadual do Oeste Paraná – UNIOESTE. E-mail:
3
Sumário
Resumo ....................................................................................................................... 2
1. Introdução ............................................................................................................... 4
2. Pressupostos teóricos. ............................................................................................ 5
3. Produto Proposto .................................................................................................... 7
3.1 Planilhas Eletrônicas (Calc do BrOffice) ................................................................ 8
3.2 Exemplos de atividades matemática nas Planilhas Eletrônicas. ........................... 9
3.2.1 Adição ................................................................................................................ 9
3.2.2 Subtração ......................................................................................................... 10
3.2.3 Multiplicação ..................................................................................................... 11
3.2.4 Divisão .............................................................................................................. 12
3.2.5 Potenciação ...................................................................................................... 13
3.2.6 Raiz Quadrada ................................................................................................. 14
3.2.7 Representação de número indo arábico em romano........................................ 15
3.2.8 Fórmula Condicional - SE ................................................................................. 15
3.2.9 Fração na planilha eletrônica, com a utilização da fórmula condicional SE. .... 17
4. Considerações sobre a implementação do projeto na escola ............................... 24
4.1 Primeira etapa ..................................................................................................... 25
4.2 Segunda etapa .................................................................................................... 25
4.3 Terceira etapa ..................................................................................................... 26
4.4 Quarta etapa ....................................................................................................... 26
4.5 Quinta etapa ........................................................................................................ 26
4.6 Sexta etapa ......................................................................................................... 27
5 . Considerações finais ............................................................................................ 28
Referências ............................................................................................................... 29
Referências bibliográficas ......................................................................................... 29
Outras referências ..................................................................................................... 30
Figuras
Figura 1 - Planilha Eletrônica de Cálculo 8
Figura 2 - Adição 10
Figura 3 – Multiplicação 11
Figura 4 – Divisão 12
Figura 5 – Potenciação 13
Figura 6 - Raiz Quadrada 14
Figura 7 - Algarismo Romano 15
Figura 8 – Porcentagem 16
Figura 9 - Representação de Frações 17
Figura 10 - Escritas de Frações 18
Figura 11 - Representação de Fração por Extenso 19
Figura 12 – Representação de Fração Número e Extenso 20
Figura 13 - Classificação de Fração 21
Figura 14 - Números Mistos em Fração 22
Figura 15 - Cálculo de Fração 23
4
1. Introdução
O Brasil vive um momento ímpar em sua história, na qual sua população tem
conhecido níveis de conforto significativos. No entanto, no que diz respeito à
educação, percebe-se que há necessidades de mudanças comportamentais em
todos os níveis. Isso possibilita considerar que resultados de avaliações na
aprendizagem das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática têm apresentado
índices aquém da realidade imposta para o seu desenvolvimento.
Diagnósticos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
(SAEB) evidenciam as principais dificuldades dos alunos e a urgência no
aprimoramento do processo ensino-aprendizagem. Os dados do Anuário Brasileiro
da Educação Básica-20123, também mostram que o nível de aprendizagem entre
estudantes brasileiros ainda é baixo, especialmente em Matemática. Em 2009,
apenas 11% dos alunos brasileiros sugerem proficiência esperada na disciplina ao
chegar ao 3º ano do ensino médio.
A situação do ensino matemático do Brasil apresenta 29% da população do
país (ou mais de 52 milhões de pessoas), entre 15 e 64 anos, que conseguem ler
números, mas tem dificuldade em resolver operações matemáticas simples,
identificar proporções ou entender gráficos e tabelas4.
Diante dessa realidade, o presente trabalho teve como meta a construção de
uma metodologia com ênfase computacional para a disciplina de Matemática no
Ensino Básico, no intuito de melhorar sua prática pedagógica. Parte-se de um
suporte teórico pautado no contexto construtivista e pós-construtivista (Vygotsky, L.)
e nas Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental (Paraná,
2008), Lorenzato, 2010, Toledo e Toledo (2002).
A aplicação da metodologia priorizou o estudo de Fração inserido no
Conteúdo Estruturante, Números e Álgebra, pertencente ao 6º ano do Ensino
3 Anuário Brasileiro da Educação Básica é um panorama do setor, com compilação de análises e dos
dados oficiais mais recentes. (notícia publicada em 09/05/2012 no Bem Paraná).
4 Fonte: http://www.matematiques.com.br/conteudo.
5
Básico, na rede pública paranaense. A prática docente tem demonstrado que a
maioria dos alunos, em todos os níveis de escolarização, apresenta inúmeras
dificuldades em situações na resolução de frações.
2. Pressupostos teóricos
O conhecimento Matemático é milenar e é um pilar importante na estrutura
da linguagem pela sua simbologia, desenvolvimento lógico, criação e aplicação no
meio social do educando, devendo esse conhecimento ocorrer em cada etapa de
sua vida escolar possibilitando assim, a formação de estudantes atuantes de forma
cidadã e consciente na sociedade em que vivem.
A aplicação da abordagem de Vygotsky na prática educacional requer que o
professor reconheça a ideia da "zona de desenvolvimento proximal” 5 e estimule o
trabalho colaborativo, de forma a potencializar o desenvolvimento cognitivo dos
alunos. Os ambientes colaborativos de aprendizagem, apoiados em computadores e
tecnologias associadas, valorizam este tipo de abordagem, criando um espaço de
trabalho conjunto6.
Assim, o grande desafio do educador hoje está em despertar o interesse do
educando na disciplina de matemática, nas diferentes abordagens sobre a utilização
das tecnologias, contribui para auxiliar e facilitar a aprendizagem.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Básicas do Estado do Paraná
(2008) a articulação das diversas “tendências metodológicas” da educação
matemática possibilitam promover a excelência no processo de ensino, propondo
que a abordagem dos conteúdos transite por todas as tendências.
Dentre as tendências, a História da Matemática proporciona ao estudante
analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e
procedimentos. Deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos
porquês da Matemática. (DCE, 2008, p. 66).
Ao analisar a História da Matemática, o educando tem a possibilidade de
saber que a matemática surgiu mediante necessidades cotidianas dos povos
antigos, para resolver situações problema da época e até hoje, a todo o momento,
5 A "zona de desenvolvimento proximal" é potencializada através da interação social, ou seja, as
habilidades podem ser desenvolvidas com a ajuda de um adulto através da colaboração entre pares. 6 Disponível em http://www.c5.cl/tise97/trabajos/trabajo11/
6
está presente e podemos vivenciá-la com exemplos práticos, que nos levam a
pensar matematicamente, percebendo assim sua importância no contexto escolar e
na prática diária.
Considerando o desenvolvimento tecnológico em que nossos educandos
vivenciam, um mundo em que as informações nos chegam rapidamente, percebe-se
eles não possuem interesse nas aulas onde o professor fala em frente a um quadro.
Isso implica dizer, que o computador é uma ferramenta que proporciona a
participação ativa do educando em seu aprendizado.
Aceitando essas posições, é possível recorrer à informática sempre que
esse recurso possa ajudar na compreensão e busca de estratégias para atacar os
problemas. (LORENZATO, 2010, p. 149).
“Acredita-se que metodologia de trabalho dessa natureza tem o poder de dar ao aluno a autoconfiança na sua capacidade de criar e fazer matemática”. Com essa abordagem a matemática deixa de ser um corpo de conhecimentos prontos e simplesmente transmitidos aos alunos e passa a ser algo em que o aluno faz parte integrante do processo de construção de seus conceitos. Toledo e Toledo (2002, p. 14 e 15).
Educadores diversos têm utilizado aspectos modernos para sugerir um
formato de ministrar aulas visando uma forma mais adequada para o ensino de
Matemática, como por exemplo, buscando um aspecto motivacional para iniciar uma
aula, como é o caso de Toledo et al. (1997, p. 7) ao introduzir a seguinte
preocupação: “É um grande desafio ensinar matemática num mundo eminentemente
tecnológico. Qual será a melhor metodologia?”.
Por conta disso o Ensino da Matemática hoje apresenta uma diversidade de
técnicas para ensinar. Entende-se assim que, é fundamental que o professor mude
sua postura frente ao ensino de matemática, e busque novas práticas pedagógicas
que auxiliem e facilitem este processo de aprendizagem como alternativa de
resgatar a alegria e o prazer em aprender.
7
A importância de novas metodologias no processo de ensino aprendizagem tem sido de muita importância, ocorrência indispensável na elaboração do pensamento lógico, permitindo ao estudante ampliar suas possibilidades de observação e investigação, porque algumas etapas formais do processo construtivo são sintetizadas (D’AMBRÓSIO e BARROS, 1988).
O professor ao se utilizar do computador para trabalhar as frações, além de
inovar suas aulas, proporciona a participação ativa do educando em seu
aprendizado com mais entusiasmo e, provavelmente o educando deixa de ver a
matemática como disciplina inatingível, e passa a vê-la como disciplina determinante
na melhoria da qualidade de vida e com possibilidades de aplicações imediatas.
Atividades como lápis e papel ou mesmo quadro e giz, para construir
gráficos, por exemplo, se forem feitas com o uso dos computadores, permitem ao
estudante ampliar suas possibilidades de observação e investigação, porque
algumas etapas formais do processo construtivo das sintetizadas (D’AMBRÓSIO e
BARROS, 1988).
Para que a utilização do computador seja produtiva deve-se fazer com os
alunos o levantamento, e o estudo das atividades proposta, bem como, a forma de
utilização deste instrumento. Esta é uma forma de planejamento de ensino, onde
professor e aluno interagem na construção do aprender participativo, tornando o
conteúdo proposto atrativo por meio da tecnologia.
3. Produto Proposto
Na era eminentemente tecnológica em que vivemos, a prática computacional
tem favorecido o melhor entendimento e ampliado os conteúdos propostos,
enriquecendo a aprendizagem dos estudantes. A construção desta metodologia na
disciplina de Matemática para o Ensino Básico do Estado do Paraná utilizou-se de
aspectos computacionais em Planilhas Eletrônicas de Cálculo, exemplificando no
estudo de Frações, pois entende-se o computador é identificado como material
utilizado para fins didáticos no ensino da matemática, sendo de fundamental
importância o uso dessa ferramenta metodológica para a melhor compreensão e
conhecimento do aluno.
8
3.1 Planilhas Eletrônicas (Calc do BrOffice)
Planilha eletrônica7, ou folha de cálculo, é um tipo de programa de
computador que utiliza tabelas para realização de cálculos ou apresentação de
dados. Cada tabela é formada por uma grade composta de linhas e colunas. As
colunas são referenciadas por letras e as linhas por números. A intersecção entre
uma coluna e uma linha determina uma célula, que será referenciada pela coluna e
pela linha, nesta ordem. No exemplo abaixo a célula destacada resulta do encontro
da coluna B com a linha dois, logo é denominada célula B2:
Figura 1 - Planilha Eletrônica de Cálculo Fonte: BrOffice org. Calc
7 http://pt.wikipedia.org/wiki/Planilha_eletr%C3%B4nica. Acesso em 29 de março de 2011, ás 14h e
25m.
9
O nome eletrônica8 se deve à sua implementação por meio de programas de
computador gratuito que faz parte o BrOffice org. Calc. As planilhas, realizadas em
papel, existem há muito tempo, porém foi Dan Dricklin que inventou a primeira
planilha eletrônica. Assim, o Visi Calc foi a primeira planilha eletrônica (ou folha de
cálculo), lançada em 1979, muito semelhante ao atual Excel, mas comparativamente
parca de recursos. Contudo, era eficiente para a maioria dos computadores da
época, realizando quase todas as atividades principais características das planilhas
eletrônicas. Para que se efetuem os cálculos nas planilhas eletrônicas, são usadas
fórmulas, que são instrumentos que passados ao Calc sobre como efetuar os
cálculos que necessitaremos nas nossas planilhas. No entanto, todas as fórmulas
devem começar com o sinal de igualdade, para que o Calc possa diferenciá-las de
um texto normal.
3.2 Exemplos de atividades matemática nas Planilhas Eletrônicas
3.2.1 Adição
Observando a figura abaixo. Na célula B8 foi colocado o valor 120. Na célula
D8 foi colocado o valor 35. Para adicionarmos esses dois valores, na célula E8,
colocamos a fórmula =B8+D8. Ao pressionar a tecla Enter, realiza-se a operação e
exibe o valor 155 na célula E8. Se alterarmos algum dos valores da célula B8 ou D8,
ou ambos os valores da célula E8 será automaticamente recalculado.
8 http://pt.wikipedia.org/wiki/Planilha_eletr%C3%B4nica. Acesso em 29 de março de 2011, ás 14h e
25m.
10
Figura 2 - Adição Fonte: BrOffice org. Calc
3.2.2 Subtração
Para subtração, o cálculo será semelhante, porém no lugar do sinal mais (+),
coloca-se o sinal menos (-), usando sempre o sinal de igual (=) antes de
registrarmos uma célula menos a outra.
11
3.2.3 Multiplicação
Na multiplicação o símbolo operador é o “ * ” (asterisco). No exemplo a
seguir, a fórmula =B4*D4 é colocada na célula E4. E ao pressionar a tecla Enter,
calcula os valores da multiplicação contidos nas células B4 e D4 são calculados.
Figura 3 – Multiplicação Fonte: BrOffice org. Calc
12
3.2.4 Divisão
E para a divisão o símbolo utilizado é a barra para a direita “ / “.Veja o
exemplo abaixo, tem-se um valor, na célula D5, e pretende-se dividir pelo valor
contido em F5. Então a fórmula que foi digitada na célula G5 é /F5. E pressionar
Enter, aparece o resultado da divisão.
Figura 4 – Divisão Fonte: BrOffice org. Calc
13
3.2.5 Potenciação
Para Potenciação, utilizou-se o circunflexo (^). No exemplo a seguir na
célula D8, coloca 2 que ´representa a base, na F8 o 5,que é o expoente. Para obter-
se o resultado é só colocar na célula H8 a fórmula =D8^F8 e pressionar Enter.
Figura 5 – Potenciação Fonte: BrOffice org. Calc
14
3.2.6 Raiz Quadrada
Na célula B7, está o número 900 que desejo extrair a raiz, coloque na
próxima célula, ou seja, neste exemplo na célula D7 a fórmula =raiz (B7) e
pressionando Enter, aparece o resultado da raiz.
Figura 6 - Raiz Quadrada Fonte: BrOffice org. Calc
15
3.2.7 Representação de número indo arábico em romano
Observando o exemplo abaixo, na célula F6 está o número 504. Para
representa-lo em número romano, na célula G6 utiliza-se a fórmula =romano (F6). E
ao pressionar e Enter aparecerá o resultado.
Figura 7 - Algarismo Romano Fonte: BrOffice org. Calc
3.2.8 Fórmula Condicional - SE
No exemplo a seguir, utilizaremos a Fórmula Condicional - SE, quel foi
utilizada em todas as atividades da unidade didática para trabalhar frações.
Observando a planilha abaixo, a coluna “E”, está oculta, portanto não aparece, neste
exemplo foi preenchida para mostrar com funciona. Nela está contido o resultado
16
do computador, já na coluna “F”, aparecem os resultados do aluno, ou seja, essa
coluna ficará em branco para o aluno responder. Nestas duas colunas “E“ e ”F“ o
resultado terá que ser igual para que apareça a “MENSAGEM “ de acerto. Para
correção destes resultados, na coluna “G”, utiliza-se a fórmula =SE((
E7=F7);”PARABÉNS”; ” ”), na célula G7. E pressionado Enter, se o resultado
colocado pelo aluno estiver certo, aparecerão “PARABÉNS”, se estiver errado, o
espaço ficará em branco, como mostra o item “a”. Para o item “b”, o processo é o
mesmo, troca pelas células em que estão os dois resultados, no caso do item ‘’b”
(E9=F9), e assim os outros itens, só mudando a célula que se encontra os
resultados do computador e do aluno. Nesse sentido, todas as planilhas elaboradas
com atividades, devem ser protegidas para que o aluno não possa alterar algum
dado registrado pelo professor, ficando sem proteção somente o espaço em que o
aluno deverá utilizar para responder a atividade.
Figura 8 – Porcentagem Fonte: BrOffice org. Calc
17
3.2.9 Fração na planilha eletrônica, com a utilização da fórmula condicional SE
Nas planilhas a seguir, foram utilizadas a Fórmula Condicional SE nas
atividades de fração da unidade didática proposta, que foram desenvolvidas e
aplicadas, para alunos da 6º ano do ensino fundamental do período vespertino, no
laboratório de informática do Colégio Estadual Marechal Deodoro Castelo Branco –
Ensino Fundamental e Médio, objetivando tornar o estudo de fração mais prazeroso.
Figura 9 - Representação de Frações Fonte: BrOffice org. Calc
24
4. Considerações sobre a implementação do projeto na escola
Considerando a dificuldade do estudante em aprender Matemática elaborou-
se o material didático “Unidade Didática” com o título “Noções Básicas sobre
Frações com Apoio Computacional”, com aplicação de atividades envolvendo as
Planilhas Eletrônicas de Cálculo – software livre.
A divulgação da proposta foi apresentada à comunidade acadêmica,
constituída pelos professores, direção e equipe pedagógica do Colégio Estadual
Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino Fundamental e Médio da
cidade de Cascavel, no Paraná. Exposto também no GTR, Grupo de Trabalho em
Rede, que se constitui em uma das atividades do Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE e caracteriza-se pela interação virtual entre o professor PDE e
os demais professores da rede pública estadual e busca efetivar o processo de
formação continuada, sob tutoria de professores PDE, por meio do qual houve o
preparo através do Curso de Formação de Professores tutores para EaD, que
ocorreu no mês de outubro de 2011, sob a tutoria da Professora Adalgisa Denise
de Almeida Gouveia, da cidade de Cornélio Procópio.
Durante a divulgação do tema, aos professores da mesma área, que
estavam participando do GTR, proporcionado via AMBIENTE E-ESCOLA NA
PLATAFORMA MOODLE PDE/GTR do site http://www.diaadiaeducacao.gov.pr.br,
ttiveram a oportunidade de conhecer a proposta, mostraram-se interessados e
surpresos com a abordagem que estava sendo realizada em torno do tema, pois
muitos desconheciam a metodologia apresentada neste trabalho, principalmente ao
que se refere à aplicação de frações nas planilhas eletrônicas. Neste período de
realização do GTR, os professores obtiveram troca de experiência, acrescentaram
citações de outros autores com comentários que deram vida aos estudos feitos,
sugeriram de software livre e sites, para a melhoria da prática pedagógica e melhor
desenvolvimento do ensino aprendizagem, também atribuíram elogios, com relação
à criatividade, objetividade e funcionalidade do material didático, possibilitando um
diferencial a mais para as aulas de matemática, tornando-as mais interessantes e
participativas. Muitos professores reclamaram da quantidade insuficiente de
computadores nas escolas e da falta de um profissional para auxiliar no laboratório
de informática, ficando toda a responsabilidade a cargo do professor.
25
Dessa forma, todos os envolvidos no estudo aperfeiçoaram conhecimentos
que nos dará suporte necessário para contribuir com a educação nas escolas, para
a melhoria da prática pedagógica e melhor desenvolvimento do ensino
aprendizagem de nossos alunos.
A Implementação da proposta na escola, teve início no mês de agosto de
2011, na Semana Pedagógica, ocorreu em primeiro momento com a divulgação da
proposta para direção, equipe pedagógica e professores do Colégio Estadual
Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, em reunião pedagógica, onde foi
realizada a explanação do material didático –“ Unidade Didática” a ser trabalhado
para todos os participantes.
4.1 Primeira etapa
Contato inicial e a aplicação da proposta com os alunos do 6 ano E do
Ensino Fundamental do Colégio Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo
Branco, onde foi feita a apresentação do material didático e do tema a ser estudado.
Assim, os procedimentos por composições de ações descritas foram construídos em
várias etapas para o bom desempenho da turma.
4.2 Segunda etapa
Nessa etapa foi proporcionado acesso a livros e respectivas leituras de
História da Matemática condizentes ao assunto estudo de Frações. Obtendo, assim
uma visão mais ampla sobre o tema abordado e puderam participar com
comentários, opiniões e questionamentos, fazendo com que acontecesse o diálogo
entre professora, alunos e o assunto que foi estudado, “Noções básicas sobre
frações”. Nessa atividade realizou-se a leitura do texto “Origem das Frações” do
material didático elaborado “Unidade Didática”, tendo como fonte o Livro da
disciplina de Matemática “Projeto radix: Matemática”, pag. 138. Exemplares deste
livro encontram-se na biblioteca da escola.
26
4.3 Terceira etapa
Foi pesquisado o cotidiano dos estudantes quanto à utilização de frações,
seguido por debate aberto de ideias, questionamentos, sintetizando informações,
troca de experiências, complementando com leituras, exemplificações pertencentes
à Unidade Didática - Salada de frutas e suas vitaminas. Com esta aplicação buscou-
se despertar, refletir e compreender o valor da utilização do conteúdo de fração na
prática, envolvendo a temática “Noções básicas sobre frações”, no cotidiano em que
estão inseridos.
Após análise da utilização das frações no cotidiano, foi trabalhada com os
alunos, através de explanação oral e escrita no quadro, a temática proposta na
Unidade Didática, ou seja, todas as atividades elaboradas no material didático sobre
frações que posteriormente os alunos desenvolvessem individualmente em sala de
aula. Observou-se nessa etapa, a falta de interesse e compreensão no
desenvolvimento das atividades, com a metodologia utilizada.
4.4 Quarta etapa
Com o suporte do multimídia deu-se conhecimento das atividades
desenvolvidas nas planilhas como: escrita, figuras, classificação de frações, estudo
do número misto, cálculos envolvendo quantidades fracionárias, tendo acesso ao
estudo de Planilha Eletrônica de Cálculo, de noções preliminares de utilização para
construir estudos pertinentes à meta pretendida. Com este procedimento os alunos
conheceram as planilhas eletrônicas de cálculo e como seriam desenvolvidas as
atividades sobre frações nelas elaboradas, que foi o foco principal de trabalho.
4.5 Quinta etapa
Logo após o conhecimento das atividades sobre frações nas planilhas com
utilização do multimídia, os alunos foram encaminhados ao laboratório de
informática, com a disponibilidade de um técnico, para o primeiro contato com as
planilhas no desenvolvimento dos exercícios proposto na Unidade Didática.
Momento no qual os alunos realizaram parte dos exercícios elaborados nas
planilhas, os quais ficaram empolgados e muito interessados na realização das
27
atividades com o uso desta metodologia, pelo fato de apresentar uma mensagem de
incentivo logo de imediato após registrar o resultado.
Para a resolução das demais atividades proposta nas planilhas, foi
disponibilizado outro momento para os alunos, onde foi possível fazer uma
comparação entre o conteúdo apresentado no início com explanação oral e escrita e
esta metodologia de forma computacional. Os alunos realizaram de forma prazerosa
e com muito interesse.
Como mostram nas planilhas, todas as atividades de fração desenvolvidas
neste trabalho, foi utilizada a “Fórmula Condicional SE”, e pode-se observar no
exemplo à abaixo, ela proporciona ao aluno o resultado imediato com a mensagem
de incentivo, tornando o estudo de fração mais atrativo e despertando maior
interesse e participação pelas aulas.
4.6 Sexta etapa
Como atividade final os alunos responderam duas questões, de forma
individual, envolvendo a temática deste projeto, que foi recolhido para análise
avaliativa. Questões realizadas por todos os alunos envolvidos no Projeto.
As questões foram as seguintes:
Dê sua opinião a respeito das atividades com frações, utilizando as
planilhas eletrônicas.
Quais dificuldades você encontrou para resolver estas atividades nas
planilhas eletrônicas? Justifique.
Através de observações no desenvolvimento das atividades com as
planilhas eletrônicas no laboratório de informática e das questões respondidas pelos
alunos, constatou-se que os estudantes passaram a ter o domínio de uma nova
interpretação sobre o tema estudado e ter consciência de uma abordagem
diferenciada na apresentação do conteúdo que envolve o tema “Noções Básicas de
Frações”, passando a realizar as atividades sobre frações e compreendê-las de uma
forma prazerosa, ou seja, com mais entusiasmo sobre o conteúdo proposto.
Despertou-se uma nova visão sobre as Frações pela qual os alunos tiveram
mais clareza do assunto estudado que de fato utilizamos no cotidiano. Para os
estudantes ficou clara a metodologia apresentada, aprender e se divertir no
computador ao mesmo tempo, não ficar só escrevendo com disse os alunos ao
28
serem questionados. Adotando essas considerações, pode-se conceber, que nós
educadores unindo o útil ao agradável, certamente obteremos bons resultados.
5 . Considerações finais
O projeto de intervenção pedagógico aplicado no Colégio Estadual Marechal
Humberto de Alencar Castelo Branco, na cidade de Cascavel no oeste do Paraná,
foi desenvolvido em várias etapas, com enfoque na História da Matemática
relacionando teoria-prática, objetivando favorecer a aplicabilidade de frações nas
Planilhas Eletrônicas de Cálculo9.
Desenvolvemos o trabalho considerando a problemática existente em
relação à necessidade de saber por que a grande maioria dos alunos em todos os
níveis de escolarização apresenta dificuldades quando se deparam com uma
situação para resolver problemas que envolvam frações, considerado conteúdo
presente no cotidiano dos alunos.
Com a execução da proposta através da implementação realizada no
segundo semestre de 2011, com alunos do 6º ano E do Ensino Básico, abordou-se
uma nova interpretação para o tema “Noções Básicas sobre Frações”, contribuindo
significativamente para a ação pedagógica na melhoria do Ensino da Rede Pública
Paranaense e na formação de sujeitos interativos, participativos, capazes de
promover melhorias na sociedade.
Desta forma, o trabalho foi pautado em pesquisa bibliográfica com ênfase na
informática educativa com a utilização das planilhas eletrônicas, possibilitando desse
modo, um novo olhar, sobre o tema abordado.
Para o êxito da aplicação do Material Didático foi relevante a discussão on
line de 13 professores da disciplina de Matemática, participantes do GTR – Grupo de
Estudo em Rede que contribuíram para que mais uma etapa desta formação se
concluísse, apresentando muitos elogios e interesse, em relação à metodologia
utilizada no material didático.
9 BrOffice programas de computador gratuito org. disponível nos laboratórios de informática das
escolas estaduais do Estado do Paraná.
29
É importante considerar ainda que durante a implementação da proposta na
escola, a equipe pedagógica se fez presente na sala de aula e no laboratório de
informática para prestigiar o desenvolvimento das atividades realizadas pelos
alunos. Na ocasião em que trabalhávamos com, a leitura e escrita de frações, tipos
de classificação de frações, entendimento do estudo de número misto, bem como o
tratamento de cálculos envolvendo quantidades fracionárias, resultado das questões
e comentários finais retratados pelos alunos sobre o tema estudado.
De acordo com esses propósitos, os resultados obtidos com a realização
das atividades junto aos alunos de 6º ano do Ensino Fundamental foram de grande
relevância, pois houve uma mudança na compreensão do tema, fazendo com que os
objetivos fossem alcançados.
Referências
Referências bibliográficas
BARROSO, Juliane Matsubara. Projeto Araribá Matemática. Editora Moderna. São Paulo, 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à pratica educativa. Editora Paz e Terra S/A. São Paulo. 2002.
GIOVANI JR, José Ruy e CASTRUCCI, Benedicto. A Conquista da Matemática. Editora FTD. São Paulo, 2009.
LORENZATO Sérgio (org.). O Laboratório de Ensino de Matemática na Formação de Professores: – 3. Ed.- Campinas, SP: Autores Associados, 2010. (coleção formação de professores).
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação – Superintendência de Educação – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática. Curitiba, 2008.
RIBEIRO, Jackson da Silva. Projeto radix: Matemática. Editora Scipione. São Paulo, 2010.
TOLEDO, Marília, TOLEDO Mauro, Didática de matemática: como dois e dois: a construção da Matemática, São Paulo: FTD, 1997. – (Conteúdo e metodologia).
30
Outras referências
Portal Educacional: www.diaadia.pr.gov.br/DCE2010 Matemática; Google Acadêmico; acesso em 18 de outubro de 2010 às14h30m.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planilha_eletr%C3%B4nica, acesso em 29 de março de 2011, às 14h e 25m.
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/celsonunes/openoffice006.asp, acesso em 06 de Abril de 2011, às 15h 10m.
http://www.eses.pt/usr/ramiro/docs/etica_pedagogia/A%20Pedagogia%20construtivista%20de%20Lev%20Vygotsky.pdf, acesso em 27 de Abril de 2012, às 15h 35m.
http://www.semanapop.com.br/sites/100/103/TCC/12005/ErikLeonardoPereiraMagalhaes.pdf, acesso em 30 Abril de 2012, às 14h 30 m.
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2 acesso em 14 de Maio de 2012, às 15 h 30m.
http://www.matematica.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=632,acesso em 14 de Maio de 2012, às 15 h 30m
http://www.matematiques.com.br/conteudo.php?id=75, acesso em 30 de Maio de 2012, às 22h.
http://www.c5.cl/tise97/trabajos/trabajo11/), acesso em 31 de Maio de 2012, às 12h.
31
INDICE REMISSIVO
A
aprendizagem ....................................... 5, 6, 7, 24
B
BrOffice8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19,
20, 21, 22, 23
D
D’AMBRÓSIO e BARROS, 1988 ........................... 7
Dan Dricklin .......................................................... 9
F
Fórmula Condicional - SE.................................... 15
L
LORENZATO, 2010 .............................................. 6
M
metodologia ......................... 6, 7, 24, 26, 27, 28, 29
N
Noções básicas sobre frações .............................25
P
Planilhas Eletrônicas de Cálculo ..........................24
S
software livre.......................................................24
T
tendências metodológicas .................................... 5
V
Visi Calc .............................................................. 9
Vygotsky na prática educacional ........................... 5