Publicação Trimestral CIESP | Indaiatuba | Ano VI | Número 23 | outubro a novembro de 2014
CIESP FIESPREVISTA
REGIONAL INDAIATUBA
NJE INDAIATUBA
APOIO À CULTURA
ENCONTRO DE NEGÓCIOS
Apresenta sua nova
coordenação
Boituva recebe evento
itineranteSaiba como
participar
Página 10 Página 24Página 14
Combate às drogas: CIESP Indaiatuba participa do COMAD • página 8
ÁguaÁguaRecurso vital. Os
impactos da seca na
indústria paulista
Pág. 16
REVISTA CIESP • FIESP 3
Matéria de Capa
Estiagem levanta necessidade de mudanças
16
EXPEDIENTE CIESP Indaiatuba - Sede Murilo Bertoldo: Rua Francisco Lanzi Tancler, nº 361 - Distrito Industrial Indaiatuba/SP Tel: (19) 3935-8981
email: [email protected] Diretor Titular: José Augusto Rodrigues Gonçalves 1º Vice-Diretor: Gilberto Neto Marianno
2º Vice-Diretor: Daniel José Righetto Jurado Gerente Regional: Eliana Mattos Redação: Ana Paula Lieb / Eliana Mattos Fotos: Ana Paula
Lieb / Eliana Mattos / Ciesp Projeto Gráfico: Agência F2design Impressão: Gráfica Santa Edwiges Periodicidade: Trimestral
Circulação: Empresas, Prefeituras e entidades diversas Cidades: Boituva, Capivari, Cerquilho, Elias Fausto, Indaiatuba, Itu, Jumirim,
Mombuca, Monte Mor, Rafard, Salto e Tietê.
Encontro
CIESP Indaiatuba realiza 3º Encontro Itinerante de Negócios em Boituva
14
Nesta Edição Editorial .................................4
Agenda ..................................5
Pesquisa de Emprego ...........6
Notas ....................................8
Segurança do Trabalho e
Meio Ambiente ......................9
NJE ......................................10
Sexo Frágil? ..........................12
Válvula de Escape .................19
SESI .....................................20
SENAI ...................................21
Aconteceu no CIESP .............22
Cultura ..................................24
Gestão de Projetos ...............27
Empresas em Destaque ........28
Artigo ....................................30
REVISTA CIESP • FIESP INDICE
4 REVISTA CIESP • FIESP
EDITORIAL REVISTA CIESP • FIESP
Estamos vivendo um ano atípico, com estiagem prolongada e
nada mais natural que a grande preocupação das indústrias,
da população e de todos os setores da economia seja com
a falta d’água. Devido à importância do tema, este é o principal
assunto desta edição.
A regional Indaiatuba está diretamente envolvida nas discussões em
torno de soluções para a estiagem que assola a região Sudeste.
Como membros do Comitê das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari
e Jundiaí, temos acompanhado o andamento de ações dos admi-
nistradores públicos acerca do problema.
Acreditamos que esta deve ser uma preocupação não apenas da
indústria, mas da sociedade em geral, pois é fundamental que todos
saibam lidar com os recursos naturais de forma consciente, perma-
nentemente e não em um momento de crise como o que vivemos.
Esperamos, sobretudo, que os gestores públicos tenham consciên-
cia da necessidade de investimentos para garantir o abastecimento
no futuro, pelo bem da população.
Nesta edição também trazemos a cobertura do 3º Encontro de Ne-
gócios, realizado em Boituva no início de setembro. Este foi mais
um evento realizado por nossa regional visando fomentar a consoli-
dação de negócios entre empresas de regiões diversas. Para nós,
é um prazer poder realizar este tipo de encontro, tão elogiado pelas
indústrias participantes.
Evidenciando que o CIESP está engajado com diversos temas, tam-
bém trazemos neste exemplar uma matéria especial sobre projetos
culturais apoiados pela regional de Indaiatuba. Com dicas sobre
como o empresariado pode ajudar diversas iniciativas, esperamos
poder contribuir com a cultura regional. G
EditorialJosé Augusto Rodrigues Gonçalves
Diretor Titular CIESP - Regional Indaiatuba
AGENDA TREINAMENTOSPrograme-se!
REVISTA CIESP • FIESP AGENDA
Outubro
• 7 e 8 - Iso 9001 – Formação de Auditores Internos da Qualidade (16h)
• 16 – IMDS – International Material Data System (8h)
• 18 e 25 – Sucesso em apresentações (16h)
• 23 – Engenharia de Tempos e Métodos – Foco no Aumento do Rendimento da
Fábrica (8h)
Novembro
• 4 – Estratégias para o Setor de Compras (8h)
• 10 – PPCP – Planejamento, Programação e Controle de Produção (8h)
• 12 – Treinamento Brinq Lean (8h)
Para ler o programa completo dos cursos acesse
www.ciesp.com.br/indaiatuba/agenda/?area=cursos
ou ligue (19) 3935 8981 – 3935 7711 com Marcia
6 REVISTA CIESP • FIESP
PESQUISA DE EMPREGO REVISTA CIESP • FIESP
O nível de emprego industrial na Diretoria Regional do CIESP em
Indaiatuba (região composta por 12 municípios) apresentou resul-
tado positivo no mês de agosto/2014. A variação fi cou em 0,19%,
o que signifi cou um aumento de aproximadamente 200 postos de
trabalho.
No ano, temos um acumulado de 3,53%, representando um au-
mento de aproximadamente 3300 postos de trabalho. Nos últimos
12 meses, o acumulado é de -1,93%, representando uma queda
de aproximadamente 1900 postos de trabalho.
O índice do nível de emprego industrial na Diretoria Regional do
CIESP em Indaiatuba foi infl uenciado pelas variações positivas dos
setores de Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios (2,08%);
Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (0,96%); Pro-
dutos de Minerais Não-Metálicos (0,93%) e Máquinas e Equipamen-
tos (0,41%), que foram os setores que mais infl uenciaram o cálculo
do índice total da região.
A tabela abaixo mostra o comportamento setorial dos meses de
agosto de 2013 e 2014 e os acumulados no ano e em 12 meses.
Quando comparados os meses de agosto dos anos de 2013
e 2014, temos um cenário melhor, pois emagosto de 2013 o
resultado foi negativo em -0,71%.
O gráfi co abaixo mostra os resultados comparativos da Diretoria
Regional dos meses de agosto nos anos de2005 a 2014.
O gráfico abaixo mostra o desempenho das variações
mensais da Diretoria Regional no período de agosto/2011
a agosto/2014.
DESCRIÇÃO ago/13 ago/14 Ano 12 MesesPRODUTOS ALIMENTÍCIOS -2,85 -2,19 10,10 -10,11BEBIDAS 1,62 -3,35 -0,86 -3,91PRODUTOS TÊXTEIS -1,05 -0,60 5,71 5,15CONFECÇÃO DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS -1,45 2,08 3,93 0,88ARTEFATOS DE COURO, CALÇADOS E ARTIGOS PARA VIAGEM - - - -PRODUTOS DE MADEIRA 0,15 -1,77 -3,71 -2,01CELULOSE, PAPEL E PRODUTOS DE PAPEL 1,16 12,35 14,41 13,98IMPRESSÃO E REPRODUÇÃO DE GRAVAÇÕES -5,67 -2,41 -10,44 -15,02COQUE, PETRÓLEO E BIOCOMBUSTÍVEIS - - - -PRODUTOS QUÍMICOS -0,63 -0,29 7,47 5,80PRODUTOS FARMOQUÍMICOS E FARMACÊUTICOS - - - -PRODUTOS DE BORRACHA E DE MATERIAL PLÁSTICO -1,48 -0,43 1,83 -0,03PRODUTOS DE MINERAIS NÃO-METÁLICOS 0,28 0,93 5,00 4,85
METALURGIA -0,44 -2,64 -8,64 -11,18PRODUTOS DE METAL, EXCETO MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 0,10 0,96 -4,04 -7,58EQUIPTOS DE INFORMÁTICA, PRODS ELETRÔNICOS E ÓPTICOS -2,30 0,60 2,43 -0,94MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAIS ELÉTRICOS -0,86 -1,41 10,86 -0,79MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 1,10 0,41 4,20 3,06VEÍCULOS AUTOMOTORES E AUTOPEÇAS -0,90 -0,05 0,71 -2,59OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE - - - -MÓVEIS -3,85 7,14 7,14 -40,00PRODUTOS DIVERSOS 0,66 1,31 7,64 1,31TOTAL DA DIRETORIA REGIONAL -0,71 0,19 3,53 -1,93
Diretoria Regional do CIESP em Indaiatuba
Nível de emprego industrial
Fonte: CIESP - PESQUISAS
São Paulo, 15 de setembro de 2014.
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8 REVISTA CIESP • FIESP
NOTAS REVISTA CIESP • FIESP
CIESP Indaiatuba participa de nova gestão do COMAD
A posse dos novos membros do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (COMAD) aconteceu no dia 14 de julho. O CIESP Indaiatuba
está representado no órgão, pela gerente Eliana Mattos, que assumiu como conselheira para o biênio 2014-2016.
A cerimônia de posse aconteceu no gabinete do prefeito Reinaldo Nogueira e contou com a participação do secretário da Família e do Bem
Estar Social, Luiz Henrique Furlan e do presidente do Comad, Gerson Luiz Vieira.
Entre as ações do conselho, está o desenvolvimento de ações no combate da proliferação das drogas.
Fo
to:
Elia
nd
ro F
igueira
Aconteceu entre os dias 9 e 11 de setembro, no pavilhão da Viber,
em Indaiatuba, mais uma edição da Feira das Indústrias.
Com o objetivo de mostrar à população os produtos fabricados no
município e região, além de promover negócios entre as indústrias,
comércio e prestadores de serviços, o evento movimentou a eco-
nomia local e regional.
A Feira contou com mais de 100 stands e também ofereceu aos partici-
pantes e visitantes diversas palestras, além de uma praça de alimentação.
O Sebrae Móvel esteve no recinto com o objetivo de informar os
empresários sobre os serviços oferecidos pela entidade, para me-
lhoria da micro e pequena empresa e de gestão de negócios.
Prestigiaram a Feira o vice-presidente do CIESP São Paulo, Ignácio
de Moraes Junior, o diretor titular e o 2º vice diretor do CIESP Indaia-
tuba, José Augusto Rodrigues Gonçalves e Daniel José Righetto
Jurado, respectivamente.
Indaiatuba realiza a 4ª Feira das
Indústrias
A multinacional alemã Gühring foi ofi cialmente inaugurada em Salto
no dia 2 de setembro. O evento contou com a presença do CEO da
empresa e de autoridades da região.
A Gühring fabrica ferramentas e tem um portfólio com mais de 45
mil produtos. A fábrica de Salto conta com 51 funcionários. Entre
os principais clientes da companhia estão Volkswagem, Ford, Mer-
cedes Benz, Fiat, Shulz, Weg, Volvo, Scania e Mahle.
Prefeito de Salto, Juvenil Cirelli; diretor da fábrica de Salto, Jorge Jerônimo e o CEO da empresa Oliver Gühring
Sujeira no rio Tietê é vergonhosa
A estiagem também provocou mudanças no cenário turístico de
Salto. Com a baixa vazão, todo o lixo despejado no rio Tietê ao
longo dos últimos anos e que por causa da barragem em Salto fi ca
represado naquele trecho, veio à tona, levando a prefeitura de Salto
a providenciar a limpeza do leito. No mês de agosto, cerca de 13
toneladas de lixo foram retiradas do rio após dez dias de trabalho.
A estiagem também mostrou o outro lado de um grave problema: a
falta de conscientização das pessoas com a destinação do lixo. G
Limpeza sendo realizada no rio Tietê
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ação
Güring é inaugurada em Salto
Coordenado por Sonia Angarten; Lilian Januário, Carolina
Rosa e Bruno Talon o Grupo de Segurança do Trabalho e
Meio Ambiente do CIESP Indaiatuba se reuniu em agosto,
para formatar um novo modelo para o desenvolvimento
do Grupo.
A partir da próxima edição da revista do CIESP, o Grupo terá
um espaço para divulgar não só seu trabalho, como já vinha
sendo feito, mas também para publicar artigos relevantes
que interessem para o segmento.
Pretende ainda, reorganizar o PAM – Plano de Auxílio Mútuo,
com as empresas interessadas e apoio da Prefeitura de In-
daiatuba e Corpo de Bombeiros. Em Salto, por exemplo, o
PAM está em pleno funcionamento, com reuniões mensais
e poderá agregar muito conhecimento na formação do de
Indaiatuba e de outras cidades interessadas.
Envolver a Secretaria de Desenvolvimento de Indaiatuba
e das demais cidades que compõem a regional, para de-
senvolver ações e discussões para minimizar os aciden-
tes de trabalho.
O Grupo pretende também promover debates, discutin-
do novas legislações e propondo até alterações quan-
do pertinentes, além de trazer cursos de interesse dos
profissionais da área.
Segurança do Trabalho e Meio Ambiente voltam nesse novo
formato a fazer suas reuniões em conjunto uma vez que as
áreas se complementam.
Se você quer participar das reuniões e ainda não está
cadastrado no Grupo, envie e-mail para ciespindaiatuba@
ciespindaiatuba.com.br e inscreva-se. G
Segurança do Trabalho e Meio Ambiente
Bruno Talon, Carolina Rosa, Sonia Angarten, Lilian Januário
10 REVISTA CIESP • FIESP
Identifi cando e Criando Forças
Para Superação – O Verdadeiro
Golpe de Sorte do Empresário Com este tema e através de dinâmicas de grupo os participan-
tes do NJE Indaiatuba puderam repensar as barreiras e criar as
oportunidades para que 2014 e 2015 sejam de resultados po-
sitivos. Momento de refl exão e vivência marcou o encontro, que
aconteceu no dia 18 de agosto e teve como facilitadores Rubens
Bresciane e Raquel Kussama.
Sucesso em Apresentações –
Habilidades e Competências em
Encantar Pessoas
Desta vez o palestrante foi Fernando Santos um dos mais renoma-
dos Master Coach com Certifi cado Internacional pelo CAC. Atuou
por 10 anos como trainer na Dale Carnegie, com Certifi cação In-
ternacional em vários treinamentos, como Leadership Training for
Manager; High Imapot Presentation; Sales Advantage etc.
O palestrante abordou a importância dos gestos e postura (mãos
e pernas) e expressão facial para uma apresentação profi ssional
impactante; como a habilidade de lidar com perguntas difíceis e
capciosas pode fortalecer seu ponto de vista e transformar obje-
ções em vantagens, entre outros assuntos.
O encontro aconteceu no dia 22 de setembro e contou com um
público em torno de trinta empresários.
NJE - Palestras importantes
NJE REVISTA CIESP • FIESP
Raquel Kussama e Rubens Bresciane
REVISTA CIESP • FIESP 11
Grupo PetrópolisPela segunda vez este ano, o NJE Indaiatuba realizou uma visita técnica, com a parti-
cipação de vários empresários.
Ainda sob a coordenação de Sérgio Wolf, Victor Semeghini e Sérgio Rita, os empre-
sários foram recepcionados por Pedro Henrique Pinto da área de Comunicação do
Grupo Petrópolis e puderam visitar as instalações da empresa, na cidade de Boituva,
num programa conhecido como Beer Tour.
Criado para oferecer uma experiência 100% aos apaixonados por cerveja, o Beer Tour
é um programa de visitas do Grupo Petrópolis, onde os participantes são colocados
em contato direto com todas as fases de produção de cerveja.
Ao fi nal todos puderam degustar os produtos do Grupo, além de um delicioso almoço.
REVISTAA CICIECIESPP • FIEESP 111
Nova coordenação O NJE do CIESP Indaiatuba renovou sua coordenação para o mandato 2014/2015. A
partir do dia 27 de setembro tomam posse como coordenadora titular, Raquel Kussa-
ma e coordenadores adjuntos, Sérgio Sproesser e Eduardo Vieira.
Deixam a coordenação, Sérgio Roberto Wolf, Victor Semeghini e Sérgio Rita que fi -
zeram um excelente trabalho e agora passam a ser integrantes do NJE Indaiatuba.
A diretoria do Ciesp Indaiatuba deseja uma gestão de sucesso aos novos coordena-
dores e agradece aos que estão saindo. G
Eduardo Vieira, Raquel Kussama e Sergio Sproesser
12 REVISTA CIESP • FIESP
REVISTA CIESP • FIESP 13
Para essa libriana de 52 anos, o desconhecido não a assusta. Ne-
nhum problema fi ca sem solução. A persistência e a ousadia são
suas fi éis companheiras.
Adela Torres é o que podemos chamar de uma mulher de persona-
lidade forte e que vem conquistando uma vida profi ssional e pessoal
repleta de boas histórias.
Natural de Reus, na Espanha, possui fl uência no Português, Cata-
lão, Inglês, Alemão e Francês. Aos 14 anos começou a trabalhar
com a tia num açougue e, por dois anos, adquiriu habilidade com
as facas, oferecendo cortes de carnes cada vez mais precisos aos
clientes.
Sua segunda experiência profi ssional foi numa empresa fabricante
de juntas para motores de carro, na qual fi cou por 20 anos, e che-
gou ao cargo de secretária executiva.
Aos 30 anos foi morar sozinha numa cidade turística e de pescado-
res, próxima à casa dos pais. E, aos 34 anos, recebeu o convite
para assumir o cargo de assistente da unidade brasileira da Big
Drum. A empresa, associada ao CIESP Indaiatuba desde 2010, é
de origem espanhola e fabrica, comercializa e distribui cones de
biscoito, embalagens e equipamentos para o setor das indústrias
fabricantes de sorvetes.
Sem saber praticamente nada do idioma português e sem ter co-
nhecimento do segmento de atuação da empresa, Adela aceitou o
desafi o e embarcou para o Brasil.
O que poderia ser um grande obstáculo para a maioria, para ela foi
o combustível que sempre buscou na vida. E desde 1999, quando
veio para o Brasil pela primeira vez, vem trabalhando para melhorar
constantemente o desenvolvimento da área comercial e produtiva
da empresa. E assim, essa empresária arrojada alçou vôos ainda
mais altos e foi convidada para levar seus conhecimentos, treinar
e preparar novas equipes nas unidades da Big Drum da Austrália e
da Alemanha.
Sem ter concluído o curso universitário de psicologia, as experiên-
cias que a vida lhe proporcionou sempre foram aceitas e encaradas
como possibilidades de adquirir novos conhecimentos e aprendiza-
do. “Quero ser melhor a cada dia, se não sei fazer algo, aprendo, a
preguiça não faz parte da minha vida”, comenta.
E o respeito e a humildade que nota por parte dos brasileiros são
atributos que ela destaca como os mais importantes. “O brasileiro
tem uma coisa especial, o sorriso nos olhos, fui muito bem acolhida
aqui”, enfatiza.
A opção por não ter se casado e não ter tido fi lhos, faz com que
Adela tenha um carinho todo especial por seus dois cachorros, com
os quais caminha diariamente. E como a vaidade também é uma de
suas fi éis companheiras, reserva dois dias da semana para as aulas
de pilates e para os cuidados com a aparência. G
Uma mulher que olha para o mundo com a lente do otimismoDesde pequena, Adela Torres dava
sinais de que seria uma mulher
independente. Ao longo dos anos,
mostrou suas habilidades e hoje ocupa
o cargo de diretora da Big Drum
REVISTA CIESP • FIESP SEXO FRÁGIL?
14 REVISTA CIESP • FIESP
ENCONTRO REVISTA CIESP • FIESP
CIESP Indaiatuba realiza 3º Encontro Itinerante de Negócios
Evento aconteceu na cidade de Boituva
Promovido pelo CIESP Indaiatuba em parceria com a Prefeitura lo-
cal e com a Associação das Indústrias de Boituva, Iperó e Região
(ASSINBI), o evento reuniu cerca de 200 participantes, entre empre-
sários e lideranças do setor, na manhã do dia 4 de setembro, no
Centro Municipal de Eventos Francisco Gianotti.
Com a fi nalidade de consolidar as redes de contato profi ssional e
abrir novas oportunidades para que as empresas participantes am-
pliem seus contatos, estabeleçam novas parcerias e compartilhem
experiências, o Encontro repetiu o sucesso das edições anteriores.
Durante as quatro horas de evento, os participantes puderam, num
espaço exclusivo, apresentar seus portfólios, folders e cartões de
visita, divulgando assim suas empresas e produtos.
Nesta edição, a Associação Profi ssionalizante Vereador Jandir
Schincariol, que abriga o SENAI Boituva e o Instituto Federal de
São Paulo (IFSP), puderam apresentar os trabalhos de seus alunos,
numa integração escola-empresa que muito enriqueceu o Encontro.
Também o SESI Tatuí contemplou os visitantes aferindo a pressão
arterial, fazendo testes de glicemia e avaliação de índice de massa
corpórea (IMC), além de instruções nutricionais e de saúde.
Para o diretor titular do CIESP Indaiatuba, José Augusto Rodrigues
Gonçalves, “este ano o evento fi cou ainda mais completo com as
apresentações do SENAI, SESI e IFSP e a adesão de mais em-
presários, de várias cidades do estado de São Paulo. Recebemos
participantes das seguintes cidades além de Boituva: Campinas,
Piracicaba, Sorocaba, São Paulo, Tatui, São Roque, Itu, Tietê, Mogi
das Cruzes, Mauá, Iperó, Salto, Cerquilho, Jundiaí, Barueri, Porto
Feliz, Votorantim e Indaiatuba. Essa repercussão e aceitação de um
evento tão importante na cidade de Boituva nos leva a crer que o
CIESP Indaiatuba está cumprindo o seu papel de criar oportunida-
des de novos negócios entre as empresas, principalmente num ano
tão difícil como este que as indústrias estão atravessando.”
O prefeito Edson Marcusso falou dos investimentos que estão sen-
do realizados no município, em parceria com os governos Federal
e Estadual. Segundo ele, o município de Boituva consignou mais
de 66 convênios nos mais diversos setores, o que resultará em um
forte impacto no setor produtivo. “Boituva e os demais municípios da
região metropolitana de Sorocaba vivem um momento econômico
determinante e nossa visão, como Poder Público, é de sermos facili-
tadores para criarmos este ambiente favorável ao desenvolvimento”,
completou Marcusso.
Já para o presidente da ASSINBI, João Trotta, “a importância prin-
cipal desse 3º Encontro de Negócios é reunir as empresas num só
dia e lugar, para que elas se conheçam. Muitas vezes a solução para
essa empresa está mais perto do que parece. O desconhecimento
faz com que empresas procurem fornecedores às vezes até em
outro estado, quando poderiam economizar tempo e dinheiro se
conhecessem seus vizinhos.”
José Augusto Rodrigues Gonçalves, diretor titular do CIESP Indaiatuba
O prefeito de Boituva Edson Marcusso
REVISTA CIESP • FIESP 15
Sidnei Saes Perez, diretor do SESI Tatuí (mais oito cidades), gos-
tou muito dessa oportunidade da entidade participar do Encontro,
quando pode divulgar seu portfólio de serviços com foco na educa-
ção, saúde preventiva, esporte e cultura.
Para Thais Gianotti, gerente de integração do SENAI de Boituva, e
João de Campos Junior, diretor presidente da Associação Profi s-
sionalizante Vereador Jandir Schincariol, foi muito importante a par-
ticipação dos alunos e a interação entre eles e a indústria de modo
geral. Para ambos, é importantíssimo que a indústria conheça o
trabalho do SENAI, que hoje é uma realidade em Boituva.
José Henrique Corrêa Toledo, diretor do Departamento de Produtos,
Serviços e Negócios do CIESP São Paulo, considera que “as empresas
estão buscando oportunidades. Encontrei hoje com empresários que
participaram de outros Encontros. Isso nos dá muita satisfação. O CIESP
João Trotta, presidente da ASSINBI
Thais Gianotti e Sidnei Saes Perez, do SESI Tatuí
tem de mostrar para as indústrias o que ele faz na área de negócios, faci-
litando para que as empresas comprem mais e vendam melhor.”
Para Davi Nunes Zanetti de Souza, da empresa Primemode de So-
rocaba, a participação se deve ao fato de ter muitos clientes fora do
estado de São Paulo e não ter clientela na região. “Um evento assim
facilita esse conhecimento”, disse.
Para a diretora Elaine Marques, da Skram Usinagem, também de
Sorocaba, “fazer novos contatos foi o grande motivador da nos-
sa participação. Costumamos participar muito desses eventos. Ele
sempre nos traz bons resultados.”
Cleverson Luiz Nicolau, da empresa Accion (com fi liais em São Pau-
lo, Sorocaba e Maringá), diz que “através do CIESP estou conhe-
cendo várias indústrias da região e com isso estou ampliando nosso
negócio. O mais difícil hoje é chegar até o empresário. O CIESP abre
as portas para nós nesse sentido. Ele tem muita credibilidade.” G
José Henrique Corrêa Toledo
David Nunes Zaneti de Souza (Primemode), Eliane Marques e José Antonio Moreira (Skram)
16 REVISTA CIESP • FIESP
MATÉRIA DE CAPA REVISTA CIESP • FIESP
Seca histórica preocupa a
indústria paulista e revela a falta de
investimentos no setor hídrico O Brasil é um país banhado por água abundante e, até pouco tempo
atrás, seria inimaginável que a falta deste precioso líquido pudesse
afetar de maneira tão severa a região sudeste. Ocorre que, somada
à falta de investimentos para aumentar a captação e reserva de água
em muitos municípios, este ano ocorreu uma estiagem atípica já no
início do ano, conhecido por suas chuvas torrenciais e alagamen-
tos. O cenário é preocupante e pode afetar sobretudo a indústria, a
principal engrenagem do desenvolvimento do Estado de São Paulo.
Há meses autoridades vêm se reunindo em torno do assunto a fi m
de buscar soluções. A regional do CIESP em Indaiatuba está parti-
cipando ativamente das discussões e tenta levantar a situação em
todas as 12 cidades que abrange. No início de agosto, a gerente
Eliana Mattos participou da reunião do Comitê das Bacias Hidrográ-
fi cas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, realizada em Indaiatuba,
e que defi niu diretrizes importantes para a região.
O diretor titular do Ciesp Indaiatuba, José Augusto Rodrigues Gon-
çalves, avalia que a situação é preocupante para a indústria. “Es-
tamos acompanhando as notícias sobre o abastecimento de água
em todas as cidades que abrangem a regional e algumas estão em
situação mais crítica”, observa. “A questão é que não podemos es-
perar apenas a colaboração do clima para resolver este problema. É
tempo de autoridades repensarem investimentos e todos os setores
da economia se mobilizarem para buscar alternativas para abasteci-
mento e economia de água”, acrescenta.
Gonçalves acredita que este é um ano atípico, mas a discussão em
torno dos recursos naturais não pode ocorrer somente em casos
extremos. “Não se pode esperar os recursos faltarem para discu-
tirmos soluções. A discussão sobre a água tem que ser constante
dentro da agenda de todos os setores da economia e poder públi-
co”, argumenta o diretor.
O empresário Bruno Talon, coordenador do Grupo Técnico de Meio
Ambiente do CIESP Indaiatuba, também representa a regional no
Comitê PCJ, junto com a gerente Eliana Mattos e outros diretores.
Talon avalia que os problemas relacionados à estiagem é resultado,
analisando-se a situação brasileira, de décadas de um comporta-
mento generalizado (poder público, população e setor privado), an-
corado em desperdícios e falta de planejamento, no que se refere ao
uso de recursos naturais. “Apesar de tantas possíveis explicações,
talvez o que, principalmente tenha motivado esse comportamento,
que começou a ser mudado somente em meados da década de
1990, após a ECO-92, seja a falsa sensação de infi nitude de tais
recursos, sobretudo em um país privilegiado nesse sentido”, analisa.
Impactos da escassezCom relação aos impactos da escassez atual para a população, o
coordenador do grupo de Meio Ambiente observa que, do ponto
de vista social, na prática, a tendência é que os menos favorecidos
fi nanceiramente sofram muito mais e os mais favorecidos sequer
sintam algum impacto. “Do ponto de vista das indústrias e do mer-
cado em geral, entendo que essa terá que ser uma adaptação e
que isso já tenha se iniciado, pois é seguro afi rmar que este é o setor
mais comprometido com práticas de sustentabilidade, se o com-
pararmos com a agricultura ou ao setor de serviços”, explica Talon,
que acrescenta que atualmente, é comum encontrar indústrias que
EstiagemEstiagem levanta levanta necessidade de necessidade de mudançasmudanças
REVISTA CIESP • FIESP 17
fazem reuso da água ou captação de águas pluviais. “A reciclagem
é uma regra e o atendimento à legislação, cada vez mais garantido.
Assim, o impacto da escassez de
recursos no setor industrial deverá
ser, sobretudo, de se considerar
essa como sendo uma temática
estratégica e que mereça investi-
mentos e atenção especial”, de-
clara.
O coordenador do grupo de meio
ambiente avalia ainda que a es-
cassez de água e uma eventual
falta de energia elétrica podem
trazer prejuízos para a indústria,
uma vez que são “matérias-pri-
mas” essenciais para qualquer
processo industrial. “Pensando
em casos extremos de falta de
algum desses recursos, acredito
sim em prejuízos signifi cativos e
necessidade de demissões, po-
rém, acredito também que estamos, ainda, seguramente distantes
disso”, diz.
A afi rmação de Bruno Talon baseia-se, inclusive, em um questio-
nário enviado pelo CIESP Indaiatuba às prefeituras e empresas da
região para levantamento da situação hídrica. O coordenador revela
que nenhum município assumiu estar fazendo racionamento e ne-
nhuma das empresas que responderam ao estudo disseram já ter
tido ou estar tendo problemas de abastecimento.
CIESP SP divulga pesquisa com
indústriasDentro do Projeto “Rumos da Indústria Paulista”, o CIESP São Paulo
divulgou recentemente uma pesquisa sobre as consequências de
um racionamento de água para o setor industrial.
A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 26 de maio, com 413
empresas industriais do estado de São Paulo. O porte das empresas
foi composto por: micro/pequenas (até 99 empregados): 55,4% (229
empresas); médias (de 100 a 499 empregados): 33,9% (140 empre-
sas); e grandes (500 ou mais empregados): 10,7% (44 empresas).
Das empresas que participaram da pesquisa, 67,6% estão preo-
cupadas com a possibilidade de ser realizado um racionamento de
água este ano. Apesar de a preocupação ser forte para as empre-
sas de todos os portes, as de grande porte são as mais preocupa-
das (75% ante 68,1% das pequenas e 64,3% das médias).
Um racionamento de água teria um pequeno impacto sobre seu fa-
turamento para 47% das empresas, não teria impacto para 32,7% e
teria um forte impacto para 17,9%. As empresas de grande porte fo-
ram as que mais indicaram impacto sobre o faturamento: pequeno
impacto para 50% das grandes ante 48,9% das pequenas e 42,8%
das médias; forte impacto para 29,5% das grandes ante 17,9% das
pequenas e 14,3% das médias.
Pensando nas consequências de uma interrupção no fornecimento
de água, 62,2% indicaram que a produção pode ser prejudicada,
mas não precisa ser interrompida.
Para 12,1%, a produção não seria
afetada e 11,9% indicaram que a
produção é paralisada apenas no
momento da interrupção e reto-
mada em seguida.
As empresas de grande porte são
as que estão mais preocupadas
com a possibilidade de um ra-
cionamento de água porque sua
produção é mais afetada. Apenas
50% afi rmaram que não precisam
interromper a produção durante
uma interrupção do fornecimento
de água, enquanto 65,5% das
pequenas e 60,7% fi zeram esta
mesma afi rmação. Além disso
13,6% das grandes têm que pa-
ralisar a produção durante a inter-
rupção, ante 12,2% das pequenas e 10,7% das médias. E 11,4%
das empresas de grande porte têm a produção paralisada durante
a produção e a retomada não ocorre logo em seguida, demorando
bastante tempo, o que foi apontado por apenas 3,9% das peque-
nas e 9,3% das médias.
Das empresas que participaram da pesquisa, 54,5% não possuem
uma fonte alternativa de água, enquanto 21,8% possuem e são ca-
pazes de manter a produção durante as interrupções e 20,8% não
dependem do sistema de abastecimento de água.
Como sofrem mais com uma interrupção no fornecimento de água,
um percentual maior de empresas de grande porte possui uma fon-
te alternativa de água, sendo que 36,4% não dependem do sistema
de abastecimento de água e 34,1% são capazes de manter a pro-
dução durante as interrupções.
Em suma, grande parte das empresas está preocupada com a pos-
sibilidade de um racionamento de água este ano. Uma interrupção
no fornecimento de água afetaria as empresas, mas não de forma
acentuada: a falta d’água, em boa parte, poderia prejudicar a produ-
ção, mas esta não precisaria ser interrompida na maioria dos casos.
A interrupção no fornecimento de água não afeta de forma tão acen-
tuada a produção, pois quase metade das empresas pesquisadas
possui alguma fonte alternativa de água sendo capaz de manter a
produção durante as interrupções ou nem dependendo do sistema
de abastecimento de água.
Ainda assim, uma parcela das empresas (29,5% das de grande
porte) sofreriam um forte impacto de um racionamento de água,
pois precisariam paralisar a produção, que pode demorar para ser
retomada e até em alguns casos acarretar em perda de máquinas
e/ou do material que está sendo processado.
Para Rafael Cervone, presidente em exercício do CIESP, é preciso
18 REVISTA CIESP • FIESP
levar em consideração que o desabastecimento não é decorrente
apenas da ausência de chuvas, mas principalmente pela gestão
inadequada e a falta de investimentos públicos em questões priori-
tárias como a segurança hídrica. Esta, aliás, é uma das preocupa-
ções do CIESP nas eleições deste ano: fi rmar compromissos com
os candidatos a governador a respeito da garantia de investimentos
nos recursos hídricos.
Comitê PCJ realiza Operação
Estiagem
Diante da situação crítica dos mananciais do Estado, o Comitê das
Bacias Hidrográfi cas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) está
promovendo a Operação Estiagem PCJ – 2014. A população nas
cidades que integram as Bacias PCJ é de 5 milhões de habitantes,
segundo o Censo 2010, e a região possui intensa atividade industrial
e agrícola, com importante contribuição na economia nacional.
Dentre as ações da Operação Estiagem, foi elaborada publicação
contextualizando a estiagem nas Bacias PCJ, visando ao escla-
recimento e divulgação de orientações sobre o que é estiagem e
suas características específi cas nas
Bacias PCJ.
O documento explica questões bá-
sicas como o que é uma bacia hi-
drográfi ca. Nas Bacias PCJ, a ges-
tão dos recursos hídricos ocorre de
forma integrada e participativa nos
Comitês PCJ, chamados de Parla-
mentos das Águas, nos quais toda
sociedade está representada por
meio de vários órgãos e entidades.
Medidas vêm sendo adotadas pelo
PCJ porque nesta estiagem a situa-
ção está mais grave. Normalmente,
a falta de chuvas é comum entre os
meses de abril e setembro. Contu-
do, no início deste ano choveu pou-
co – somente em fevereiro choveu
90% menos do que o esperado – e
a situação de seca tende a se prolongar até outubro.
A situação do Sistema Cantareira é ainda mais delicada. O sistema
é o conjunto de represas localizadas nas cabeceiras do rio Piraci-
caba. De toda a água armazenada neste sistema, 31 mil litros por
segundo são destinados ao abastecimento de aproximadamente 9
milhões de habitantes da Região Metropolitana de São Paulo, e 5
mil litros por segundo, para auxiliar o abastecimento de cerca de 3,2
milhões de habitantes das Bacias PCJ.
Durante a estiagem deste ano, o volume útil dos reservatórios do
sistema, no fi nal de maio, era de 6,2% e iniciou-se a utilização do
volume de água que fi ca abaixo do nível de captação das comportas
(também chamado de “volume morto”), obtido por meio de bombas.
Por isso, o PCJ enfatiza que é fundamental economizar água. Na
região, 17 cidades utilizam as águas do Sistema Cantareira. Essas
cidades captam água ao longo dos rios Atibaia, Jaguari e Piracica-
ba. “Porém, toda nossa região está com problemas de escassez de
água nos rios e nos poços, não só as cidades abastecidas pelo Sis-
tema Cantareira”, ressalta a agência do PCJ. “É importante destacar
que os governos, as indústrias, o comércio e o setor rural também
têm um papel importante nesse processo por meio de ações de
planejamento de recursos hídricos, uso racional da água, redução
de perdas de água nos sistemas de abastecimento, tratamento de
esgotos, conservação das matas ciliares, entre outras”, salienta.
Municípios buscam alternativasA situação de estiagem têm levado municípios da região a adotarem
medidas para minimizar o desabastecimento. Uma delas, discutida
em reunião do PCJ em Indaiatuba no início de agosto, é o uso de
água do rio Jundiaí para abastecimento.
Na reunião, o prefeito de Indaiatu-
ba Reinaldo Nogueira, que preside
o comitê das bacias, falou sobre
a importância do uso do rio neste
momento de crise hídrica para que
a população de Indaiatuba continue
sendo abastecida.
O biólogo Domênico Tremaroli, da
Cetesb (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo) de Jundiaí,
falou sobre o trabalho de recupera-
ção do Rio Jundiaí que vem sendo
feito nos últimos 30 anos e explicitou
sobre a melhora da qualidade das
águas do rio, principalmente no tre-
cho entre Itupeva e Indaiatuba.
O comitê aprovou o pedido de re-
enquadramento do rio, classifi cado
como corpo de água de Classe 4,
ou seja, suas águas não podem ser
destinadas ao abastecimento para
consumo humano. Porém, nos últimos anos, de acordo com a
Cetesb, ele apresentou considerável melhora na qualidade de
suas águas, uma vez que os municípios a montante de Indaiatuba
já tratam seus esgotos. Com o reenquadramento para a classe 3,
a captação do Jundiaí é liberada. No entanto, para isso, ainda é
necessário aval de órgãos estaduais.
Indaiatuba também tem outras alternativas para garantir o abasteci-
mento: investimentos na construção de reservatórios, redução das
perdas de água e a construção da barragem do rio Capivari-Mirim,
uma obra de grande porte iniciada no ano passado e que promete
garantir o abastecimento nos próximos anos. G
MATÉRIA DE CAPA REVISTA CIESP • FIESP
REVISTA CIESP • FIESP 19
REVISTA CIESP • FIESP VÁLVULA DE ESCAPE
Para alguns empresários, andar de bicicleta meio sem rumo, é uma
grande higiene mental. Para outros, correr, nadar, andar a cavalo.
Para Marcio Bertoldo, diretor da empresa Rigitec, da cidade de Ca-
pivari (associada ao Ciesp desde 1997) apenas admirar a natureza
já é o sufi ciente para que ele descarregue suas tensões do dia a
dia. E se junto dessa natureza ele tiver a companhia da família, aí o
estresse vai embora mais rápido.
Marcinho, como é tratado pelos amigos e familiares é o primeiro fi lho
de uma família de mais dois irmãos. Enquanto um deles adorava
carros e o outro era bom estudante, Marcinho sempre se destacou
por sua grande paixão pelos cavalos e por tudo que fosse ligado
a terra. Tanto é que durante muitos anos, fi cou a seus cuidados a
fazenda que a família possui.
Aos 35 anos, casado há 13 com Cecilia e pai de Bernardo (12) e
Luiza (6), Marcinho precisa desse contato quase que diário com a
natureza para “tomar um folego”, uma vez que seus dias à frente dos
negócios da família, são por demais agitados, apesar da boa parceria
que tem com o pai José Marcio, também um dos diretores da Rigitec.
Toda vez que consegue uma brecha na tão atribulada agenda, Mar-
cinho vai até a chácara da família alimentar o viveiro de peixes e
nesses momentos consegue deixar de lado os problemas, apro-
veitando para brincar com seus cachorros que são grandes aliados
para seu equilíbrio emocional e mental.
Pescar também é outro hobby do qual ele não abre mão. Sozinho
ou com amigos, Marcinho não dispensa uma boa pescaria. “Ficar
em silêncio esperando o peixe morder a isca, me dá uma paz inte-
rior muito grande”, diz ele.
Bernardo já segue os passos do pai e também tem um amor muito
grande pelos cachorros, a quem trata com muito carinho e respeito.
Aliás, respeito é a palavra que Marcinho gosta de usar quando se trata
de natureza e animais. Voltar para a fábrica depois de algumas horas
em contato com essa natureza tão generosa, faz com que ele encare
os problemas com muito mais tranquilidade e discernimento. G
Para o empresário Almir Aguiar Rocha, diretor da Rical Usinagem
e associado ao CIESP Indaiatuba desde 2001, para praticar stand
up paddle basta ter vontade. O equilíbrio, que muitos pensam ser
essencial, nem é considerado algo tão importante para ele.
A prática desse esporte, também conhecido como remo em pé, está
se tornando cada dia mais popular em todo o mundo e já é normal se
deparar com pessoas se exercitando em mares, rios e lagos.
Mas qual será o maior benefício que essa nova prática esportiva
pode trazer para a nossa vida?
Para Almir, que há um ano pratica o stand up paddle nos fi nais de
semana que vai para a casa de praia, muito mais do que exercitar o
corpo, poder contemplar o pôr do sol e sentir o balanço da água do
mar, estes sim são os maiores benefícios que o esporte proporcio-
na. “A pressão e responsabilidade que o mundo corporativo exige
de mim durante a semana acabam sendo extravasados quando es-
tou no mar com a minha prancha e meu remo”, enfatiza Almir.
Apreciador de esportes há muitos anos, o empresário defi ne o remo
em pé como a modalidade mais democrática que conhece. “Você
precisa apenas saber nadar, não pode ter nenhuma limitação física
e ter certa disposição. O resto é consequência”, comenta.
Remar, se concentrar e melhorar a qualidade de vida
Um empresário apaixonado pela natureza
Com uma carga horária de trabalho em torno de 9 horas por dia,
Almir defi ne a prática esportiva como o melhor caminho para se
equilibrar e melhorar a qualidade de vida, justamente por isso tam-
bém tem o hábito de jogar tênis uma vez por semana.
De origem havaiana, o stand up paddle é uma forma antiga de surfe
e pode ser considerado como um dos esportes que mais crescem
no mundo. Atletas internacionais como Laid Hamilton, Gerry Lopez,
Dave Kalama e Robbie Naish são os grandes responsáveis por di-
fundir a modalidade nos dias de hoje. G
20 REVISTA CIESP • FIESP
SESI REVISTA CIESP • FIESP
SESI Itu
SIPAT 2014No período de 26 a 29 de agosto, o SESI Itu realizou
em seu CAT mais uma SIPAT.
O tema deste ano foi “Segurança e Qualidade de
Vida” e de acordo com o diretor local, Silvio Rinaldi
“várias atividades foram realizadas envolvendo nos-
sos funcionários, com o objetivo de conscientizá-los
sobre o tema e objetivando também uma maior inte-
gração entre os mesmos.”
As palestras foram sobre os seguintes temas: Educa-
ção no Trânsito e Acidentes de Percurso; Administre
Seu Dinheiro de Forma Consciente; Uso de EPIs e
Qualidade de Vida no Ambiente de Trabalho.
Este ano os funcionários puderam também participar
de atividades mais lúdicas com a 1ª Caminhada SESI
– Itu “Saúde é Vida” e um espaço da beleza com dicas
de limpeza de pele e maquiagem para o ambiente de
trabalho, com profi ssionais da marca Mary Kay. G
Um grupo de 15 alunas de dança do Sesi Indaiatuba foi classifi cado
para o palco aberto do importante festival de dança da cidade de
Joinville. As alunas passaram por diversos palcos representando
a cidade de Indaiatuba, dentre eles o Joinville Garden; Shopping
Mueller; Shopping Jardim das Flores e Praça Nereu Ramos.
“Alegria era o sentimento de algumas alunas do grupo juvenil, que
estreou no palco aberto do Festival de Joinville. Este é o 4º ano que
o grupo é classifi cado, concorrendo com academias de todo o Bra-
sil” comenta satisfeita a diretora do SESI Indaiatuba, Odete Freire.
Duas coreografi as criadas pela professora Kátia Müller, foram sele-
cionadas para Palco Aberto: Vem Dançar e Gangster.
As aulas de Dança são desenvolvidas no SESI Indaiatuba, hoje
com 450 alunos inscritos.
O Festival de Dança local, acontece todo fi nal de ano no SESI In-
daiatuba e este ano o tema será “Frozen”. G
SESI Indaiatuba
Alunas são classifi cadas no 32º Festival de Dança de Joinville
REVISTA CIESP • FIESP 21
REVISTA CIESP • FIESP SENAI
Vivemos em um mercado muito competitivo, onde a qualifi cação da
mão de obra conta como critério decisivo no seu crescimento pro-
fi ssional. Uma maneira rápida e gratuita para atingir essa qualifi cação
são os cursos técnicos do SENAI – SP.
O crescimento dos Cursos Técnicos é um fator favorável para a
educação com preparação para o mercado de trabalho. Alunos
com formação técnica têm conseguido boas colocações e melhor
reconhecimento nas empresas.
Os cursos técnicos, têm duração de 2 anos e o enfoque do curso é
prático, com ênfase direcionada para o mercado de trabalho regional.
Levantamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SE-
NAI), mais de 70% dos ex-alunos de cursos técnicos de nível médio
conseguem emprego no primeiro ano depois do curso. E, que um
ano depois de obterem o diploma, os trabalhadores de nível técnico
conseguem aumentar sua renda em 24%. O estudo, feito pela pró-
pria instituição entre 2010 e 2012, acompanhou metade das quase
40 mil pessoas que terminaram os cursos em 2010 com o objetivo
de analisar os impactos da educação profi ssional na sua empre-
gabilidade. É preciso acelerar a integração entre ensino e indústria,
mas é evidente que as indústrias precisam de técnicos qualifi cados
para desenvolver o trabalho com qualidade e efi ciência.
A Escola SENAI de Indaiatuba, tendo em vista a necessidade de
formação de profi ssionais qualifi cados de nível técnico, desenvolve
gratuitamente os Cursos Técnicos de Eletroeletrônica e Eletrotécnica.
O Curso Técnico de Eletrotécnica tem como objetivo habilitar profi s-
sionais para instalar, operar e manter equipamentos e sistemas des-
tinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica,
bem como elaborar projetos, seguindo normas técnicas, ambien-
tais, da qualidade e de segurança e saúde no trabalho.
O Curso Técnico de Eletroeletrônica tem por objetivo habilitar pro-
fi ssionais para desenvolver, instalar e manter sistemas eletroeletrôni-
cos de acordo com procedimentos e normas técnicas, ambientais,
de qualidade, de saúde e segurança no trabalho.
A Escola SENAI de Indaiatuba dispõe de diversos Laboratórios e
Ofi cinas para desenvolvimento dos Cursos Técnicos de Eletroele-
trônica e Eletrotécnica
Os Cursos Técnicos do SENAI Indaiatuba são oferecidos gratuita-
mente, com 2 anos de duração, totalizando 1500 horas de curso.
As próximas turmas dos cursos técnicos terão início em janeiro de
2015. Para participar do processo seletivo é necessário realizar a
inscrição no site www.sp.senai.br/processoseletivo, no período de
13 a 27 de outubro de 2014 G
A Importância do Ensino Técnico
SENAI Indaiatuba
* Prof. José Luiz Chagas Quirino
* Diretor do SENAI Indaiatuba
22 REVISTA CIESP • FIESP
ACONTECEU NO CIESP REVISTA CIESP • FIESP
REVISTA CIESP • FIESP 23
24 REVISTA CIESP • FIESP
CULTURA REVISTA CIESP • FIESP
E empresas podem dar auxílio a projetos com abatimento em tributos
Além do apoio às indústrias associadas em várias áreas téc-
nicas, o CIESP Indaiatuba também tem uma preocupação
com a responsabilidade social e com a cultura. No âmbito
cultural, especifi camente, a entidade dá apoio para diversos proje-
tos, principalmente no sentido de divulgação, mas evidentemente
sem confl itar com o SESI, que tem seu foco também nessa área.
O diretor do CIESP, José Augusto Rodrigues Gonçalves, enfatiza o
apoio da entidade aos projetos culturais. “Sempre fazemos o que
está ao nosso alcance para incentivar iniciativas que levem cultura
para a população e também que tirem o executivo ou os funcioná-
rios da indústria do estresse diário”, declara.
As atividades culturais, embora tenham seu valor indiscutível, pa-
radoxalmente, recebem poucos patrocínios e vivem praticamente
do próprio esforço dos artistas envolvidos. Ocorre que empresas
podem apoiar iniciativas voltadas para a cultura e, além de terem a
marca associada a um projeto com apelo positivo perante a socie-
dade, obterem abatimento em impostos.
As leis de incentivo à cultura existem tanto no âmbito federal quanto
estadual. Entre as opções federais, há a Lei Rouanet, a Lei de Au-
diovisual e a Lei de Incentivo ao Esporte. No estado de São Paulo,
há o Programa de Incentivo ao Esporte (PIE) e o Programa Estadual
de Incentivo à Cultura (PROAC). “Existem outros também que são
específi cos de cada estado, tanto para pessoa jurídica como física”,
explica Gilton Foschiani, especialista em marketing cultural e consul-
tor de Comunicação e Marketing da empresa Tuberfi l (associado ao
CIESP Indaiatuba desde 1995).
O principal fator para uma empresa usufruir das principais leis de
incentivos fi scais culturais é ela ser tributada pelo regime de Lucro
Real. “É importante dizer que a empresa não tem custo algum com
o patrocínio cultural”, explica Foschiani. “Basta ter uma pessoa que
dê uma boa assessoria para poder orientar na habilitação e escolher
projetos existentes ou produzir projetos exclusivos de acordo com
os valores dos incentivos”, completa.
Um projeto que recebe patrocínio e ao mesmo tempo benefi cia
uma indústria associada ao CIESP é o Tuberfi l Cultural. Desen-
volvido desde 2008, ele tem o objetivo de trazer principalmente a
Indaiatuba eventos culturais gratuitos e, sempre que possível, em
prol de entidades benefi centes, arrecadando ou fazendo ações
nas próprias entidades.
Desde o início do Tuberfi l Cultural, vários artistas foram atrações.
Entre eles: Yamandú Costa, maestro João Carlos Martins e a Or-
questra Bachiana, Concerto da Orquestra Acadêmica de São Paulo
e Coral da Cidade de São Paulo. Também fi zeram parte do projeto
o musical infantil O Cravo e a Rosa, a peça teatral Pelas Tranças de
Abadia, a Ópera Orfeu e Eurídice, o pianista Álvaro Siviero, o cantor
Mazinho Quevedo, o Auto de Natal no Mosteiro de Itaici Indaiatuba,
Brincando com a Broadway, Raices de América e outros projetos
realizados em entidades benefi centes.
Gilton Foschiani, explica que, quando o projeto permite, ele é rea-
lizado também em outras cidades – uma apresentação, por exem-
plo, foi feita em São Paulo. “Mas a prioridade é a cidade de Indaia-
tuba e como temos também uma unidade da Tuberfi l na cidade de
Salto, pretendemos, de acordo com a possibilidade, desenvolver o
projeto lá também”, comenta.
CIESP Indaiatuba dá apoio à
cultura
REVISTA CIESP • FIESP 25
Gilton desenvolve projetos específi cos para cada empresa que tenha
interesse em projetos culturais. “No caso da Tuberfi l Cultural, eu criei
uma marca cultural para essas ações e os projetos são escolhidos
com critérios de acordo com a identidade da empresa e o objetivo
social que ela tem”, declara. Quem quiser saber mais sobre os proje-
tos pode entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou
pelo telefone 3329- 2048.
QUEM PRECISA DE AJUDA?
MúsicaUma das iniciativas com apoio do CIESP Indaiatuba é Música S/A,
idealizado pelo maestro Marcelo Antunes Martins. A proposta é fa-
zer com que empresários, executivos, colaboradores e profi ssionais
liberais de diversas áreas se unam para expor seu dom musical. O
objetivo do projeto é tirar do anonimato o profi ssional que tem dom
para a música, mas preferiu seguir outra carreira. Não importa o nível
técnico do interessado, o importante é querer participar.
A primeira experiência do maestro com o Música S/A foi no ano de
1998, num congresso, em que colocou um médico para tocar junto
com a sua orquestra. Pelo pioneirismo, a iniciativa e seu nome foram
registrados pelo maestro na Biblioteca Nacional.
Para se inscrever, o interessado deverá enviar e-mail com
nome, idade, empresa ou ocupação profissional, nome do
instrumento que toca e estilo musical preferido. O endereço é
[email protected]. No projeto, os alunos terão
aulas teóricas e práticas ministradas pelo maestro, que tem
vasta experiência em didática musical.
Livro
Outro projeto cultural apoiado pelo CIESP Indaiatuba é a edição de
um livro do escritor e fotógrafo Antônio da Cunha Penna. Com o
título Tipos Formidáveis da Popularidade, a obra contém 118 perfi s
de tipos populares de Indaiatuba, da década de 1870 à atualida-
de. Este é o quarto livro de Penna: ele já lançou Só Dói Quando
Dou Risada e Nos Tempos do Bar Rex. Além disso, tem um livro
de contos natalinos na gaveta.
A intenção do escritor é lançar o livro em agosto de 2015, quando
irá comemorar o septuagésimo aniversário. Para isso, precisa de
apoio cultural. A difi culdade de conseguir lançar uma obra literária
sem apoio é ressaltada por Penna, que aponta que este é o prin-
Maestro Marcelo Martins
Apresentação no Tuberfi l Cultural
26 REVISTA CIESP • FIESP
cipal entrave. “Além de escrever os livros, temos que arcar com a
edição, lançá-lo, distribui-lo, além de batalhar para conseguir apoio
cultural”, explica.
O escritor lembra que arcou com os custos de seu primeiro livro e o
segundo, Nos Tempos do Bar Rex, por ser um livro de história local,
contou com apoio da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba.
A trajetória de Penna sempre esteve envolvida com a cultura de
Indaiatuba. Fotógrafo por profi ssão, atualmente faz parte do Conse-
lho Administrativo da Fundação Pró-Memória; é vice-presidente da
Orquestra de Indaiatuba; e participa do Coral do Indaiatuba Clube,
do qual é fundador. Paralelamente, escreve seus livros e é um dos
fundadores da SEI – Sociedade dos Escritores de Indaiatuba.
Em busca de apoio de empresas que queiram patrocinar seu
trabalho como escritor, Penna declara que fi cará contente caso
uma parceria se torne realidade. “Este apoio será incentivo para
que eu continue pesquisando e escrevendo sobre temas alusivos
à nossa história”, aponta.
DançaUma iniciativa relacionada à dança também vem recebendo o apoio
do CIESP Indaiatuba. Trata-se da Faces Ocultas Companhia Expe-
rimental, sediada em Salto. Fundado em 1997 pelo bailarino e co-
reógrafo Arilton Assunção, o projeto conta com 14 bailarinos profi s-
sionais e oito amadores/aprendizes. Embora pareça uma estrutura
pequena, o grupo não se inibe ao participar de festivais e coleciona
muitos prêmios pelo Brasil afora.
Um diferencial da companhia de dança são os projetos sociais,
divididos em duas ações: o Primeiros Passos, que atende crian-
ças de 4 a 12 anos, e o Ballet Jovem, voltado para adolescentes
de 12 a 16 anos. “Após passarem por estas etapas, os alunos
têm a oportunidade de fazer parte da Faces Ocultas Cia. Expe-
rimental, que tem a função de selecionar os bailarinos para o
ingresso na companhia profi ssional”, explica o responsável pela
companhia, Vinícius Ferreira.
Além dos cachês, a companhia recebe uma ajuda de custo da
Academia Corpo São, de Salto, mas o recurso não é sufi ciente
para a manutenção geral dos trabalhos. Mais uma vez, a difi cul-
dade em conseguir patrocínio faz com que os bailarinos trabalhem
voluntariamente. Vinícius cita que atualmente a companhia se man-
tém através dos cachês que recebe por apresentações, investindo
todo o dinheiro recebido em sua manutenção. “Neste cenário não
podemos remunerar os bailarinos, que por sua vez trabalham vo-
luntariamente para a companhia baseados na fi losofi a da arte e da
formação de seres melhores”, comenta. “Assim eles são obrigados
a trabalhar em outros serviços para se manterem.”
Os empresários que quiserem ajudar a companhia, podem contri-
buir com doações mensais de materiais ou de recursos fi nanceiros,
para possível abatimento em impostos. Os contatos da Faces Ocul-
tas são: [email protected] e o telefone é (11) 4602-5236.
O site da companhia é www.facesocultas.com.br. A sede fi ca na
Rua Rui Barbosa, 116, Centro, Salto. G
Antonio da Cunha Penna
Faces Ocultas Cia. Experimental em seu espetáculo Casa Vazia
MATÉRIA DE CAPA REVISTA CIESP • FIESP
REVISTA CIESP • FIESP 27
REVISTA CIESP • FIESP ARTIGO
Os articulistas são diretor de Projetos e consultor de Gestão
de Projetos da Síntese Consultoria e Gestão de Negócios,
respectivamente.
Gestão de Projetos aumenta agilidade nas empresas
*Luís César de Moura Menezes, MSC, PMP
*Bernardo Galvão Menezes, MBA
A gestão ágil de projetosAtingir resultados nas empresas exige superar desafi os. É impor-
tante desenvolver iniciativas como projetos em direção as estra-
tégias: novos produtos, campanhas comerciais e de marketing,
modernização de equipamentos, alterações de layout, implantação
de programas de melhoria e da qualidade. Prazos para responder
aos estímulos gerados pelos clientes são curtos. Isto demanda a
utilização de conceitos de gestão agil de projetos- mais dinâmicos,
orgânicos e leves.
Estas técnicas modernas são aplicáveis a projetos que exigem agili-
dade e simplicidade. Elas facilitam a realização de ajustes no desen-
volvimento do projeto. Assim, mesmo que requisitos não tenham
sido bem ajustados ou defi nidos ou os prazos para sua implantação
sejam curtos, o projeto pode ser muito bem servido por estes mé-
todos ágeis.
Vantagens com a aplicação da gestão ágil de projetosA gestão de projetos com métodos ágeis emprega algumas ferra-
mentas dos métodos convencionais e sua essência conceitual e
apresentam outros recursos que facilitam a sua condução. Aten-
dem várias áreas de conhecimento como garantia ao bom desen-
volvimento de um projeto: prazos, recursos, especifi cações, riscos,
comunicação. Essencialmente, são ferramentas de gestão à vista
que promovem integração do time e transparência na comunicação.
Outros aspectos fi cam facilitados por estes dispositivos: a gestão
de riscos e a comunicação no projeto. A forte interação dos envol-
vidos no projeto, prescrita pelos métodos ágeis, geram um ambien-
te de atenção constante a eventuais fatores que se interponham,
negativamente, ao projeto. Eles estreitam o contato entre equipe e
representantes do cliente – interno ou externo à organização. Isso
permite que os ajustes sejam feitos mais prontamente – face as
restrições dos executores ou mudanças de requisitos – e facilita a
aceitação dos resultados alcançados.
A adaptabilidade do projeto e o potencial de acolher projetos ino-
vadores promove a proximidade entre os interesses do cliente e as
demandas da equipe do projeto. Entregas intermediárias periodica-
mente revistas e aprovadas pelo cliente tendem a ser mais precisas
e diminuem retrabalhos. Permitem uma execução do projeto em
menor tempo e com maior índice de acerto.
Exemplos de aplicações da gestão ágil de projetos
Encontramos aplicações ágeis ao redor do mundo. Clientes da Sín-
tese Consultoria os aplicam nas áreas de TI e em outras áreas com
igual sucesso.
No Brasil, uma empresa de automação industrial, tinha uma boa
carteira de projetos, mas um enorme desequilíbrio no fl uxo de caixa.
Ao adotarem algumas técnicas dos métodos ágeis, rapidamente
passaram a ter melhor controle sobre a alocação de seus profi ssio-
nais e recursos, a visualizar e destacar as entregas aos seus clien-
tes e permitiu efetuar melhor as suas que poderiam gerar margens
mais atraentes.
Em outro caso, uma empresa fabricante de equipamentos tinha
desafi os na implantação de melhorias e na comunicação entre as
áreas internas – comercial, engenharia, produção e suprimentos.
Decidiu pela aplicação de métodos ágeis e os resultados apa-
receram rapidamente: melhor moral das pessoas, comunicação
mais transparente, surgimento de lideranças e equipes bastante
colaborativas. Resultados quantitativos foram espetaculares: re-
dução em 40% do número de reclamações na Assistência Téc-
nica, redução do estoque em processo para 1/5 dos volumes
anteriores, redução em 30% do lead time da engenharia na cus-
tomização de equipamentos.
Conclusões
De maneira muito simples, direta e rápida, a gestão de projetos
com métodos ágeis ganha adeptos no universo corporativo, ocu-
pando outros espaços muito além de seu ambiente de TI. Sua ver-
satilidade, fl exibilidade e adaptabilidade aumentam a efi cácia, e os
benefícios que são promovidos pela leveza de sua aplicação anun-
ciam um novo momento na gestão de projetos. G
EMPRESAS EM DESTAQUE REVISTA CIESP • FIESP
Com mais de 48 anos no mercado nacional, a Metalúrgica Zapa é uma empresa
especializada no processo de fundição de peças em alumínio, bronze e latão.
Seus principais clientes são empresas de médio e grande porte que precisam de
componentes de máquinas e equipamentos. Hélices para ventiladores industriais,
conexões de brinquedos para playground e buffets infantis e pá de aspiração e
impulsão para bombas de vácuo são alguns dos itens confeccionados.
Normalmente, as empresas fornecem o molde do produto que necessitam e a
confecção é toda feita por uma equipe da Metalúrgica Zapa composta por sete
colaboradores. Caso o cliente exija uma inspeção de qualidade da peça produzi-
da, o fornecedor da matéria prima se encarrega de fazer a análise da adequação,
funcionamento e qualidade da peça.
Como o maior objetivo dos três sócios que compõem a empresa é oferecer qua-
lidade a um preço competitivo, a cobrança por um bom serviço é algo rotineiro.
“Não queremos que nossos funcionários se acomodem, por isso oferecemos um
bom ambiente de trabalho, onde a prática do que fazemos diariamente é um dos
melhores ensinamentos e aprimoramentos para o nosso negócio”, enfatiza Osval-
do Zaparolli, um dos sócios.
Dentro de seus processos, a Metalúrgica Zapa, que é associada ao CIESP Indaia-
tuba desde 1999, oferece moldagem manual e mecanizada e tem recursos para
fundir peças em variados pesos e medidas e entende que hoje o maior desafi o é
enfrentar a concorrência.
Visando sempre a satisfação de seus clientes, atualmente a empresa de capital
nacional e recursos próprios tem como meta investir em equipamentos novos para
sempre buscar a perfeição em suas peças fundidas. G
Metalúrgica Zapa prima pela excelência de seus produtos
METALÚRGICA ZAPA
Rua Eloi Ricci, 240 – Vila Bandeirantes – Itu – SP
Telefone: 11- 4023-1902 / Fax: 11 – 4013-3857
Site: www.metalurgicazapa.com.br
REVISTA CIESP • FIESP 29
Ao percorrer a área de 10.000 mil m² da MPT Fios e Cabos Espe-
ciais é visível notar a satisfação dos 90 colaboradores que traba-
lham na produção de cabos para Sistemas de Telefonia Fixa, Banda
Larga Fixa e Internet.
Com uma produção mensal superando os três milhões de metros
de cabo, a empresa, que é associada ao CIESP Indaiatuba desde
2001, atende mais de três mil provedores de internet no Brasil e
as principais operadoras de Telefonia do mercado brasileiro como
VIVO, GVT, TIM e OI.
Hoje, ela está entre os quatro maiores fabricantes de cabos para
o mercado de Telefonia Fixa, Banda Larga Fixa e Internet sendo a
única com 100% do capital nacional.
Seguindo todas as normas da ISO 9001/2008 e ISO 14001/2004,
que estabelecem diretrizes sobre a área de gestão de qualidade e
ambiental dentro das empresas, a MPT possui planos de incentivo e
motivação para os colaboradores e afi rma que seu grande diferencial é
oferecer um produto fi nal com a máxima qualidade num menor prazo.
A burocracia que, muitas vezes, costuma reinar no mundo corpora-
tivo é algo que não faz parte da rotina da MPT. Um exemplo disso é
a proximidade que os líderes estabelecem com os colaboradores.
Essa prática, que faz parte do dia-a-dia da empresa, tem como
fi nalidade acelerar a tomada de decisões, resultando numa maior
agilidade na fi nalização de seus produtos.
FuturoA fi m de melhorar continuamente seu desempenho, a MPT desen-
volve novos produtos visando sempre à necessidade de seus clien-
tes, onde podemos citar o Cabo para Sistemas de Telefonia Fixa e
Banda Larga Antifurto utilizados pelas operadoras.
Segundo o gerente industrial, Rodnei F. Carçola, esse é um merca-
do bastante promissor e a meta para 2015 é aumentar em 30% a
produção e iniciar a produção de Cabos Ópticos.
Mensalmente, a empresa faz investimentos para aprimorar sua qua-
lidade e, os acionistas, não medem esforços para que a MPT cum-
pra sua Visão e Missão.
Visão: Produzir os melhores Cabos para Telecomunicações e Dados.
Missão: Ser o melhor fabricante de Cabos para Telecomunica-
ções e Dados.
Meio Ambiente e SustentabilidadeAs ações tomadas pela MPT somadas às demais, ajudam a médio
e longo prazo o planeta, para ter boas condições para o desenvol-
vimento das diversas formas de vida, garantindo assim, recursos
naturais necessários e qualidade de vida para as futuras gerações.
A MPT faz a reciclagem de resíduos sólidos e esta ação, além de
gerar renda a instituições como APAE, possibilita a diminuição da re-
tirada de recursos minerais do solo, desenvolvendo ainda a gestão
sustentável na empresa, para diminuir o desperdício de matéria-pri-
ma e de produtos com baixo consumo de energia.
Desenvolve também atitudes voltadas para o consumo controlado
de água, evitando ao máximo o desperdício e adotando medidas
que visem a não-poluição dos recursos hídricos. G
Qualidade e Agilidade são os diferenciais da MPT
MPT FIOS E CABOS ESPECIAIS LTDA.
Rua Antônio Barnabé, 1.348 – Distrito Industrial – Indaiatuba – SP
Telefone: (19) 3936-9383
Site: www.mptcondutores.com.br
30 REVISTA CIESP • FIESP
A situação crítica da operação dos nossos reservatórios
tem alertado as lideranças regionais pelo fato de risco no
abastecimento público e comprometendo de forma direta
as atividades econômicas dos usuários rurais, industriais e de
serviços, tanto nas bacias dos Comitês PCJ, como nas bacias
do Alto Tietê.
Este cenário tem levado os setores produtivos a adotar medidas
urgentes de contingência, e os representantes do Ciesp e da
Fiesp têm mobilizado os setores produtivos para o gerenciamen-
to da escassez de água. A crise hídrica traz uma insegurança
que pode comprometer o funcionamento e o crescimento das
empresas paulistas.
As áreas de Meio Ambiente do Ciesp e da Fiesp estão distri-
buindo folhetos educativos em relação ao uso racional da água,
“Cuide desse bem. Evite o desperdício” e outro, denominado
“Gerenciando a escassez de água na indústria”, o qual apresenta
as ações e medidas estruturais de um Plano de Contingência
para as empresas.
As ações que são apontadas podem contribuir para minimizar
os refl exos da escassez no planejamento do processo produti-
vo e nas demais atividades das empresas, considerando restri-
ções nas captações em águas superfi ciais ou subterrâneas, bem
como no abastecimento pela rede pública. O folheto destaca
pontos fundamentais para o dia a dia das empresas, tais como:
conhecer o uso da água para controlar o consumo, reduzir, re-
ciclar e reusar.
As empresas das regiões de Americana, Bragança Paulista,
Campinas, Jundiaí, Rio Claro, Piracicaba, já discutiram as alter-
nativas para que as atividades produtivas não sejam comprome-
tidas por esta crise da água.
É preciso ressaltar que este problema não é decorrente apenas
da ausência de chuvas, mas principalmente pela gestão inade-
quada e a falta de investimentos públicos em questões prioritá-
rias para os usuários, visando evitar a insegurança hídrica.
Precisamos que os Comitês Bacias priorizem recursos fi nancei-
ros de forma emergencial para atender ações expedidas para as
solicitações dos usuários de água, medidas estas, geralmente
previstas no Plano de Bacia.
Toda essa conjuntura requer profunda refl exão sobre a comple-
xidade e fragilidade da gestão do Sistema Cantareira e demais
mananciais da Região Metropolitana de São Paulo, para atender
a demanda dos usuários. Essa insegurança hídrica e os debates
em cursos devem considerar todos os aspectos técnicos, ope-
racionais, institucionais, legais, econômicos e sociais envolvidos
com vista em garantir aos usuários o pleno uso racional da água
e o menor refl exo no crescimento econômico da região. G
INSEGURANÇA NO GERENCIAMENTO HÍDRICO* Rafael Cervone
ARTIGO REVISTA CIESP • FIESP
*Rafael Cervone é presidente em exercício do CIESP
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