Art igo / PDE / Lucia Maria Gadelha
Títu lo: Aprendizado Organizacional – A apropr iação das
Teorias Organizacionais e Administrat ivas do conhecimento
como metodologia para o cot id iano prof iss ional .
Resumo
Ao desenvolver os conhecimentos teór icos que formam as
Teorias Administrat ivas e que a prát ica contemporânea exigiu
e comprovou como mais que necessária para nortear a c iência
administrat iva e o desenvolv imento do mundo
corporat ivo/organizacional Taylor, Fayol , Weber e todos os
demais estudiosos que os sucederam, cr iaram há mais de um
século, os paradigmas que são a base e os pi lares das
organizações que hoje atuam no mercado de trabalho global .
Observa-se, todavia , o tota l desconhecimento por pare de
estudantes , c idadãos, empreendedores em geral , dos saberes
c ient i f izados. Estes se bem direcionados impedir iam de
sobremaneira muitos fracassos organizacionais nos primeiros
anos da v ida empresaria l , conforme se vê frequentemente
comprovado pela abundancia de estát icas , nas diversas mídias
e órgão governamentais encarregados. Logo evitar-se- ia cr iar
desest imulo a prát ica empreendedora de tantas pessoas bem
como, obviamente, de recursos f inanceiros mal empregados e
desperdiçados por parte das mesmas.
Os conhecimentos desses pr incíp ios c ient í f icos dever iam
ser a maior base sustentadora das técnicas que se apl icam ao
cot id iano das organizações em geral ; como meio para garant ir
sua cont inuidade e o sucesso que todas e las buscam como
objet ivo princ ipal .
Na atual idade os empreendimentos , que estão sustentados
por conhecimentos que muitas vezes não são adequados às
novas real idades, requerem gestões atual izadas que tenham
aspectos mult id iscipl inares e que possam fazer parte das
ex igências de desenvolv imento das organizações atuais , para
tanto, necess itando o aprofundamento das técnicas comuns
pela c iência administrat iva como condição primordia l para a
manutenção dos empreendimentos já inic iados e garant indo o
cumprimento de planejamentos e estratégias previstas .
Palavras-Chave: Teorias Administrat ivas; aprendizado
organizacional ; conhecimento c ient i f ico ; cot id iano
prof iss ional ; metodologia; abordagem administrat iva .
2
Abstract :
In developing the theoretical knowledge that form the Administrative
Theories and demanded that the contemporary practice and proved to be
more that needed to guide the development of administrative science and the
corporate world / organizational Taylor, Fayol, Weber and all other scholars
that happened, there is created More than a century, the paradigms that are
the basis and pillar of the organizations that operate in today's global labor
market.
There is, however, stop by the total lack of students, citizens, entrepreneurs
in general, of knowledge cientifizados. These are particularly well targeted to
prevent many organizational failures in the first years of business life, often
seen as evidenced by the abundance of static, the various media and
governmental body responsible. Soon it would avoid creating entrepreneurial
discourage the practice of so many people and, of course, financial resources
and employees badly wasted by them.
The knowledge of scientific principles should be the largest sustainability of
basic techniques that apply to everyday life of organizations in general, as a
means to ensure its continuity and success that they all look as its main
objective.
Currently the ventures, which are supported by knowledge that often are not
adequate to the new realities, which have updated management require
3
multidisciplinary aspects that may be part of the requirements of
development of the current organizations, for both, requiring the
strengthening of the common technical administrative science as a
precondition for the maintenance of enterprises already started and ensuring
compliance with plans and strategies planned.
Key-Words: Administrative theories; organizational learning; scientific
knowledge; daily training; methodology; administrative approach.
Sumario
1 Introdução
5
2 Incorporação das Teorias Administrativas ao cotidiano organizacional
7
3 Contribuição das principais abordagens administrativas às organizações
atuais 11
4 Abordagem da administração do conhecimento
20
5 Metodologias organizacionais aplicadas ao cotidiano administrativo
23
6 Considerações Finais 26
4
7 Referencias.
28
Introdução
Administração como ciência é ainda jovem do ponto de vista cientifico.
Para tanto considerando-se que somente há cento e cinqüenta (150) anos sua
base cientifica foi criada e desenvolvida através dos experimentos de F.Taylor
(EUA) e H.Fayol (Europa). Tendo esses estudos sido sucessivamente
incrementados com outros trabalhos complementares de igual importância
porque baseiaram-se neles e porque foram frutos de experimento produzidos
no interior das organizações existentes na época de sua produção.
Ao compararmos a ciência administrativa com as demais ciências
existentes - Historia, Direito, Medicina, Filosofia, etc. - poderemos realmente
verificar a jovialidade de seu corpo teórico, sem, contudo, mencionar que o
advento da Administração veio junto a Revolução Industrial e foi possibilitado
aos paises, a promoção de desenvolvimento, social, tecnológico e político.
Como produzir o que é necessário e quando o trabalho
manual/artesanal já não é capaz suprir essa demanda, foi o problema que as
organizações -fábricas- da época passaram e foram buscar providencias,
procurando soluções com o aprofundamento do conhecimento cientifico, feito
por meio de consulta a estudiosos influentes e a “práticos” criativos, que
exerciam as mais diversas atividades nos locais de trabalhos existentes
porque estes sabiam o que devei ser feito e aqueles saberiam como fazer.
5
Dessa forma e no surgimento das primeiras organizações que foram
criadas, as teorias administrativas, nasceram como produto do
desenvolvimento industrial emergente. O fim do século dezenove (19) e inicio
do século vinte (20) trouxe modificações que remodelaram o perfil do mundo
como todas - criações do motor a vapor, indústria têxtil, telegrafam, telefone,
o motor a combustão, computadores, dentre outros, chegando ao ponto de
alguns estudiosos compararem o século passado (20) ao período histórico
denominado de Renascimento, devido a tamanha quantidade e gama de
grandes invenções que foram produzidas e apropriadas ao cotidiano das
pessoas no mundo, como demonstra CHIAVENATO (2003).
Desde o inicio do século passado (20), quando vieram a publico, as
primeiras experiências e estudos que fundamentaram a ciência
administrativa, ficou claro a insipiência com que todas as organizações
atuavam e a real e extrema carência de melhores estruturas para atuação
competitiva nos novos mercados.
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2 – Incorporação das Teorias Administrativas ao Cotidiano Organizacional.
No momento em que não era mais possível manter as organizações sem
uma gerencia especializada que se fazia necessária, os proprietários foram
buscar os “especialistas” em Administração, em sua maioria, engenheiros,
que verificavam os processos de produção vigentes e incubidos de melhorá-
los, passaram a estudar, observar e anotar o que deveria ser incorporado ao
processo produtivo que existia.
Dessa forma, como em outras ciências, passou-se da experiência prática
à teoria propriamente dita; a partir de estudos ordenados e sistematizados,
segundo DAFT (p.10,2002). – “os conceitos são obtidos de organizações vivas
e em funcionamento”. Assim, para atender a uma demanda crescente por
recursos humanos especializados, fez-se necessário que esses estudos
ordenados e sistematizados dessem origem à teoria da organização para que
a mesma pudesse auxiliar as pessoas a entender, diagnosticar e resolver tais
necessidades e problemas.
7
Estudiosos da ciência administrativa tiveram em Frederick W.Taylor e
J.H.Fayol, os precursores da Administração como estudo não-empirico. Na
seqüência desses estudos segui-se o boom da ciência administrativa à luz de
requisito para o fortalecimento das organizações e do mundo corporativo em
geral.
No período em questão e de acordo com CHIAVENATO (2003), os
criadores das grandes corporações – Rochefeller, Carnegie, Swift,
Guggeheim, Westinghouse, etc. – passaram a comprar empresas menores,
integrando concorrentes e fornecedores, logo, surgindo os primeiros impérios
industriais. Tais tornaram-se grandes demais para serem comandados por
grupos familiares. Fazia-se mister a gerencia de profissionais especializados
que possuíssem conhecimentos e experiência adequados aos novos tempos,
assim como a eficiência em todos os setores, incluindo em primeiro plano, a
produção.
As estruturas organizacionais careciam de mudanças rápidas porque os
mercados se diversificavam cada vez mais e, para tanto, outros
departamentos das organizações tiveram que ser reformular para enfrentar a
modernidade e suas exigências.
Entre os fatores mais críticos que afetaram a estrutura das
organizações existentes e são mais relevantes como medida da necessidade
de uso da Administração, estão, a saber, o crescimento rápido e desordenado
das corporações e sua complexidade crescente, o imprescindível aumento de
eficiência para redução dos desperdícios, economia de mão-de-obra para
fazer em face de competição e a concorrência que aumentava
vertiginosamente entre as empresas.
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Notamos, portanto, que a proposta dos autores clássicos, já citados, era
de desenvolvimento de uma Ciência da Administração, conforme
CHIAVANETO (idem), em que os princípios criados a partir das observações
feitas pelos referidos autores, em substituição as leis cientificas, pudessem
ser aplicadas como solução aos problemas gerenciais.
Os princípios da Administração Cientifica e os postulados – da Teoria
Clássica da Administração ao mesmo tempo em que se complementaram, de
acordo com MAXIMIANO (2007), porque enquanto aqueles orientavam às
funções do “chão-de-fábrica”, esses estavam direcionados à direção e as altas
funções da gerencia, desta maneira, fechando um ciclo. Logo as técnicas
sugeridas por Taylor, em sua Administração Cientifica, contribuíram de tal
forma para o desenvolvimento das organizações existentes que a época em
que foram aplicadas rapidamente seus métodos tornaram-se conhecidos e
postos em pratica.
A procura do aumento da eficiência da produção por meio da
racionalização do trabalho, como nos mostra MAXIMIANO (2007), era o
principal meio para se conseguir prosperidade nos negócios. Assim o trabalho
passaria a ser metódico e técnicas pré-programadas empregadas para melhor
avaliação, por meio do estudo do tempo e movimentos, onde as tarefas eram
cronometradas e chamadas de unidades básicas de trabalho e, por fim,
analisadas, passariam a compor parte do processo de produção. Alterava-se a
rotina costumeira do trabalhador, pela relação tempo-produção, este passou a
fazer parte desse sistema onde o pagamento se fazia por peça produzida por
um tempo-padrão. Além, pois, de aumentar a produção e os lucros, um dos
objetivos da proposta de Taylor e da Administração Cientifica era, de acordo
9
com MAXIMIANO (2007), que a produtividade das organizações resultasse da
eficiência do trabalho e não da maximização do esforço dos trabalhadores.
Os estudos de Taylor foram incorporados ao cotidiano organizacional
por grandes números de empresários e inclusive aperfeiçoado em alguns
aspectos, a saber – no caso de H.Ford, que após expandir sua fábrica de
automóveis com uma revolucionária linha de montagem, esta passou a
produzir em grande quantidade, fortalecida pela padronização da peças e
trabalho especializado. Em suma, ficou caracterizada a produção industrial de
massa e, por continuidade, o século XX.
Igualmente importante, o ideário de H. Fayol, esta para a Administração
tanto quanto os de Taylor, por ele ter colocado a relevância desta ciência no
patamar que lhe era devido - isso posto a partir da publicação de seus
estudos, pode-se verifica a enorme utilidade de adotá-los, pois os mesmos
possuíam uma sistematização que sendo aplicadas poriam qualquer empresa
em ordem.
Fayol, segundo MAXIMIANO (2007), provou na pratica que a
Administração é uma atividade comum a todos os indivíduos ou organizações.
Para tanto criou além de princípios, as cinco funções básicas que todo
empreendimento deveria seguir, sejam eles – planejamento, organização,
comando, coordenação e controle – fortalecendo, por meio de estudos, a
hierarquia das funções organizacionais, destacando a importância do papel de
gerentes e executivos, como de primeira instancia para a solidez de toda
organização. Ainda mais, pois, em seu legado estão: Divisão do trabalho,
autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando e de direção,
subordinação do interesses particulares ao geral, remuneração de comando,
10
ordem, equidade no tratamento pessoal, estabilidade do pessoal, iniciativa e
espírito de equipe, foram incorporados como itens indispensáveis a todo
organização que tenha como meta – crescimento e lucratividade.
Atualmente, em algumas organizações ainda pode-se ver claramente a
aplicação de princípios e técnicas criadas pela Administração Cientifica.
Porém sem a conotação de filosofia organizacional e somente como parte dos
métodos que foram concebidos e nem sempre bem aplicados, devido, em
grande medida, à falta de conhecimento especifico porque muitas
organizações, principalmente as de pequeno porte, não têm entre seus
executivos, gerentes com formação exclusiva em Administração, para aplicar
seus conhecimentos visando reduzir o empirismo empresarial vigente e
dominante nos mesmas.
11
3 - Contribuições das Principais Abordagens Administrativas às Organizações
Atuais.
Toda a base da Administração como ciência, comumente praticada, esta
contida num primeiro momento na Administração Cientifica e na Teoria
Clássica da Administração. Num segundo momento, nas teorias ou
abordagens que se seguiram, a saber - Relações Humanas, Burocrática,
Neoclássica, Comportamental, Estruturalista, dos Sistemas, Contingencial e
as demais abordagens contemporâneas. Portanto, todas estas visões da
Administração foram de grande validade para o cotidiano organizacional,
segundo CHIAVENATO (IDEM), considerando-se que por ocasião da
publicação, uma não invalida outra, ou seja, elas são complementares (não-
excludentes) ou preenchiam as lacunas abertas por situações de mudanças
organizacionais geradas por outros paradigmas surgidos com o advento de
novas tecnologias.
Os alicerces deixados pela Administração Cientificam serviriam para
nortear as organizações em suas mais básicas atividades e criaram
mecanismos mais científicos contra os imprevistos que reinavam nas mesmas.
Logo as questões de ordem, como a organização racional do trabalho que teve
seus fundamentos na divisão do trabalho em tarefas sua ênfase, e na
12
especialização do trabalhador na busca de eliminação do desperdício de
tempo e de custos de produção foram as principais proposições bem como a
herança mais tangível dessa abordagem.
Já para a Teoria Clássica, fundada por H.Fayol, concomitante a
Administração Cientifica, destaca-se como característica marcante a ênfase
na estrutura organizacional, que, de acordo com CHIAVENATO (IDEM), tinha
como objetivo a eficiência das partes envolvidas, não importando se
departamento ou pessoas, porque o foco é a organização como um todo.
Outro destaque foi dado às funções criadas por Fayol, chamadas de básicas -
técnicas comerciais, financeiras, de segurança, contábeis, e a mais
importante e condutora das demais – a administrativa. Também elegeu um
elenco de cinco “funções do administrador” – prever, organizar, comandar,
coordenar e controlar – que formam o processo de produção e que sofrem
modificações ao ligo dos tempos, porem, permaneceram as mesmas,
acrescidas de outras incorporadas por estudiosos diversos.
Os princípios gerais da Administração, anteriormente citados, criadas
por Fayol e adotadas por organizações da época, são universais, levando em
conta que são comuns a todas as organizações atuais. Contudo foram
produzidas em tempos mais estáveis e com menores usos de tecnologia
aplicada a produção, por isso recebe críticas como simplificadora, formal,
empírica, incompleta e previsível por parte dos autores. Por fim, além de
indispensável para se compreender os alicerces da teoria administrativa
moderna e contemporânea, nas organizações mais simples ou em fase de
implementação, é bastante usada por sua versão mais compacta e ordenadora
de princípios e técnicas que facilitam de sobremodo a vida corporativa.
13
Na abordagem humanística da Administração que se inicia, com a teoria
das relações humanas, com um movimento de oposição e reação, segundo
CHIAVENATO (IDEM), à teoria Clássica e à Administração Cientifica, vemos a
necessidade de mais humanização e liberalização dos conceitos rígidos e
excessivamente mecanicistas das teorias anteriores.
Com o desenvolvimento expressivo das ciências humanas,
principalmente a Psicologia Social e a Experiência de Hawtorne, coordenada
por Elson & Mayo, conforme CHIAVENATO (IDEM) tiveram conseqüência nos
postulados já conhecidos da ciência administrativa, a ponto de serem
questionados e revisados. Desse modo, a partir dos estudos, a integração e o
comportamento social dos empregados bem como suas necessidade
psicológicas e sociais, novos sistemas de recompensas e sanções psicológicas
intangíveis, passaram a fazer parte do contexto organizacional e tornou-se
necessário conciliar as funções básicas, tanto econômicas como sociais da
Administração.
Assim, em suma, a ênfase dessa abordagem recai sobre as pessoas, os
grupos e a organização informal, ou seja, destaca as relações humanas e
enfatiza o homem social e a interação com o meio, demonstrando o papel do
administrador como liderança na condução da organização.
O debate surgido, sobre as controvérsias causadas por essa visão pouco
adequada das relações industriais, parcialidade e limitação no campo de suas
conclusões e informalidade excessiva, se não lhe tira o mérito de ter
conseguido promover uma sacudida relativamente grande na formalidade e
tecnicismo vigente nas organizações da época, resultante do modelo clássico
14
que foi adotado por todas elas, mostrando que o humanismo deveria estar
presente a partir de então.
A abordagem Neoclássica da Administração surgiu como atualização da
teoria Clássica para a adequação desta aos problemas administrativos
modernos e ao gigantismo que tomou conta das organizações atuais,
redimindo alguns conceitos que eram criticados nesta ultima. Essa
abordagem também chamada de Escola Operacional ou do Processo
Administrativo, conforme CHIAVENATO (IDEM), teve como característica
mais marcante a reafirmação relativa dos princípios clássicos, harmonização
de diferentes conceitos e ênfase na pratica dos princípios gerais, nos
objetivos e resultados. Adota como idéias fundamentais da organização
formal, a divisão do trabalho, a especialização, a hierarquia e a amplitude
administrativa.
A Teoria Neoclássica da Administração além de destacar a função do
administrador, que formam o processo administrativo como eixo central de
sua abordagem, afirma e pormenoriza a função do planejamento como de
vital importância para a sobrevivência das organizações e que tem nos
objetivos a serem alcançados seus primeiros passos.
Outro tema em destaque que foi estudado nessa visão e que trouxe
contribuição ao processo administrativo, foi à centralização/descentralização
de atividades e função com vistas ao melhor funcionamento organizacional e
às vantagens/desvantagens do mesmo bem, como o detalhamento interno dos
tipos organizacionais - linha staff, comissões - o surgimento de diversos tipos
de departamentalização por funções, por produto ou serviços, por localização
geográfica, por cliente, por fases de processamento e por projetos, como
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alternativa normativa ao crescimento desordenado das diversas organizações
e ao aumento das próprias.
O planejamento estratégico tão necessário atualmente nas organizações
da abordagem neoclássica, que por sua vez deu origem à Administração por
Objetivos (APO) criada por Peter F. Drucker, e que se fundamenta no
planejamento estratégico e nos planos táticos organizacionais, conforme
encontra-se em CHIAVENATO (IDEM), dando suporte aos objetivos traçados
para cada área departamental. Como notamos não é aplicável a todos os tipos
de situações, porque estas carecem de analise critica e a APO possui uma
serie de limitações. Esse estudo administrativo não se preocupa em como,
mas o porquê ou para que administra?!
Dentro da visão Estruturalista da Administração, temos a teoria da
burocracia que surgiu em 1909, devido às contradições que existiam entre a
teoria Neoclássica e a teoria das Relações Humanas, à necessidade de um
modelo mais racional da organização e o crescente tamanho e complexidade
das empresas. A sua vez, bem anterior à teoria Neoclássica (1954), somente
foi tratada pela ciência administrativa e seus estudiosos devido à importância
dos estudos de Max Weber, que somente foi traduzido do alemão para o
inglês, por volta de 1947, conforme CHIAVENATO (IDEM); foi o autor da
Sociologia da Burocracia e ficou famoso pela teoria das Estruturas da
Autoridade, adotada por cientistas americanos e incorporada pela
Administração sendo base da visão Estruturalista.
Baseada na racionalidade de princípios e na adequação dos meios, a
Burocracia remonta a antiguidade. Para Weber, a Burocracia é a organização
operando em força total. Algumas das características do Modelo Burocrático
16
são, a saber, a exigência legal de normas e regulamentos, a formalidade das
comunicações, a racionalidade, a divisão do trabalho, a impessoalidade nas
relações, hierarquia de autoridade, rotinas padronizadas, inflexibilidade,
previsibilidade e rotina na realização de tarefas e extrema profissionalização
dos trabalhadores.
Algumas dessas características são salutares as organizações, todavia,
dependem da época, da forma e do grau de burocratização que é necessário
em cada organização. Segundo Perrow, in CHIAVENATO (IDEM) “... erros
atribuídos à burocracia não são erros de conceito, mas conseqüências do
fracasso em burocratizar adequadamente”.
Como outras abordagens, este modelo possui algumas disfunções, p.ex.,
apego excessivo ao regulamento, formalismo e exagero de formulários,
resistência às mudanças, sinais de autoritarismo, etc., contudo, todas as
organizações possuem em menor ou maior escala, Algumas dessas
características que foram incorporadas ao cotidiano organizacional.
A teoria Estruturalista surgiu, de acordo com CHIAVENATO (IDEM), de
uma ampliação e uma convergência de teorias anteriores, transformando-se
numa abordagem múltipla das organizações, na qual foi acrescida a interação
da organização com o ambiente em que as mesmas estavam isentas.
Do ponto de vista da teoria Estruturalista, bastante abrangente, as
organizações podiam ser formais ou informais, deveriam ser consideradas as
recompensas e sanções tanto materiais quanto sociais e todos os tipos de
organização são levadas em conta bem como seus níveis hierárquicos
abrangidos e suas relações externas - de uma organização com outras. A
partir, dessa visão, o conceito de que essas organizações são sistemas abertos
17
em constante interação com o meio que as cerca, e o conceito de homem,
antes econômico (teoria Clássica) e social (teoria R.H.) é a partir de então –
organizacional.
Esse fato propicia a mais efetiva contribuição, porque o homem
organizacional, assumem vários e simultâneos papeis em variadas
organizações, passando do imobilismo engessado do período clássico para
uma maior liberalização que a modernidade exigiu.
De 1950 em diante surge à visão Comportamental ou Behaviorista que
mostra a forte influencia da ciência comportamental na Administração. Antes,
nas teorias Estruturalista e Burocrática, a base era a Sociologia industrial. Já
na abordagem Comportamental é a Psicologia organizacional que predomina,
como forma de síntese onde destaca-se o enfoque das relações humanas, e o
devido compartilhamento de alguns conceitos já vistos como ponto de partida,
porem reformulados, adaptados aos novos tempos e ampliados nos seus
conteúdos. Para tanto fundamentados no comportamento individual dos
trabalhadores, os estudos da teoria Comportamental voltaram-se para a área
da motivação humana por meio da contribuição dos estudos de Mcgregor,
Maslow e Hergberg, com a finalidade de entender e melhorar as condições e
a qualidade de vida no interior das organizações.
Na teoria comportamental, por fim, a ênfase nas pessoas e notável
considerando-se que o foco da organização passa do ponto de vista estrutural
para o comportamental, isto é, do estático para o dinâmico, onde as pessoas
são o ativo mais importante da organização, conforme CHIAVENATO (IDEM).
Por meio da teoria comportamental, ficou patente que todos os trabalhadores
são tomadores de decisões, em diferentes graus, na medida em que a
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organização procura a metodologia mais apropriada para orientar essas
decisões. Tal procedimento demonstra o conceito de homem administrativo
que possui essa visão.
À medida que aumenta a importância do individuo no interior da
organização, também aumenta suas responsabilidades e sua participação,
logo, os conflitos aparecem, pois os objetivos particulares e os
organizacionais nem sempre caminham na mesma direção. Uma contribuição
da teoria Comportamental foi deixada pelos estudiosos com modelos e
propostas na tentativa de reduzir ao máximo os aspectos dos conflitos, que
fazem parte do cotidiano da maioria das organizações.
Uma outra teoria surgiu a partir do biólogo alemão Ludwig Von
Bostalanffy que elaborou uma teoria interdisciplinar, segundo CHIAVENATO
(IDEM), denominada de teoria Geral dos Sistemas (TGS), em que se baseia na
compreensão da interdependência de todas as disciplinas, sua necessária
integração, sejam quais forem os ramos do conhecimento, passaram a ser
estudados como sistemas. Por definição, sistema é um conjunto de partes
formando ou complementando um todo interligado, que possui propriedades
que não são encontradas em nenhuma das partes por si.
O conceito de teoria dos sistemas já domina as ciências em geral,
portanto, a Administração passou a fazer uso apropriadamente da referida
teoria que é um ramo especifico da teoria Geral dos Sistemas. A TGS não
busca a solução de problemas, mas produzir formulações conceituais para
aplicação na realidade. Possuem tipos e parâmetros dos sistemas, entradas,
processos, saída, retração e ambiente.
19
A TGS foi introduzida na Administração, pela necessidade de síntese
integradora das teorias anteriores, o desenvolvimento de novas tecnologias
(cibernética) e os demais resultados positivos da TGS em outras ciências.
Apresenta como marca principal a complexidade que envolve seus
subsistemas, mas uma vez entendida torna-se compreensível por sua vasta
aplicabilidade. Como tem seu conceito na origem das disciplinas cientificas,
tem em comum o sistema aberto, que mostram ações e interações de um
fenômeno com as organizações interagindo dinamicamente.
Os traços principais dos sistemas abertos e das organizações são, a
saber - o comportamento probabilístico e não determinístico a sua
composição como partes de im todo organizacional feito de partes menores, a
interdependência dessas partes, o homeostase, ou estado de equilíbrio, suas
fronteiras intangíveis, a morfogênese (capacidade de modificar-se
constantemente), resiliencia (capacidade de superação), da resistência a
distúrbios ou fenômenos exteriores, e entropia (processos no qual formas
organizadas tendem a exaustão).
Vários autores – Katz, Kahn, Shein - conforme CHIAVENATO (IDEM)
desenvolveram outros aspectos da teoria dos Sistemas, para aplicação na
teoria Administrativa, que por possuir significativos aspectos para
acrescentou contribuições expressivas para entendimento das organizações
como uma totalidade e não mais, partes de um complexo. Outros autores
consideram esta visão conceitual e abstrata, dificultando sua aplicação
pratica no gerenciamento das questões organizacionais.
Ao ultrapassarem os anos 80 e a partir da abordagem sistêmica,
percebe-se que o conjunto de teorias organizacionais não estava ainda
20
atendendo a todas as expectativas, porque as mudanças rápidas e constantes
e a apreensão de novas tecnologias demandavam postulados que se
adaptassem às situações que se apresentam como emergenciais. Para tanto
preencher esse vácuo organizacional, surgiu a abordagem Contingencial, bem
recente, que foi desenvolvida para enfatizar o pressuposto de que não existe
uma única e melhor maneira de se administrar.
De acordo com CHIAVENATO (IDEM), foi a partir de estudos de Paul
R.Lawrence e Jay W.Lorsch e posteriormente Woodward, Burns, Stalker e
Chandler que a teoria da Contingência adquiriu consistência criada pelo
mesmo e como elas interferem no interior das organizações com elevado
desempenho, conforme PEREIRA (2004).
Por não ser fundamentada em princípios rígidos teoria da Contingência
tem alguns aspectos que apresentam alguma superficialidade como na
relatividade conceitual e ambiguidade de circunstancias em variados graus.
Um dos conceitos mais identificados nessa visão é sua forte ênfase na
natureza do ambiente e na tecnologia. A teoria da Contingencial é baseada na
influencia ambiental e no impacto tecnológico como características
organizacionais, segundo SILVA (2005). Também possui como identificação, a
compatibilização de transmitir nos sistemas abertos e fechados, pois
necessita dessa amplitude no gerenciamento da estrutura interna e externa
da organização, conforme CHIAVENATO (IDEM).
Os novos modelos organizacionais juntam-se ao enfoque contingencial
nos seguintes aspectos prioritários – a flexibilização, com mudança na
estrutura organizacional, enfatizando o caráter do homem complexo, que se
21
constitui como característica das mais exigidas e como condição imperativa
pelas organizações.
Não sem razão, essa flexibilidade, transformou-se em marca
preponderante das complexas organizações atuais e tem colocado todos os
envolvidos no processo administrativo sob pressão, exigindo que as
transformações e adequações por que passam suas organizações, sejam
extensivas ao conjunto organizacional, incluindo principalmente as pessoas.
De acordo com SILVA (2005), o desempenho organizacional, nessa
visão, é dependente do grau em que a estrutura da organização esta ligada às
contingências ou circunstancias situacionais predominantes, portanto, uma
estrutura adequada é um impedimento para problemas futuros, que tenham
origem no entorno em que a organização esta atuando.
22
4 – Abordagens da Administração do Conhecimento
Após o detalhamento das teorias Administrativas e Organizacionais
assim como as contribuições que as referidas teorias trouxeram para a
ciência administrativa, fica em aberto o questionamento sobre como aplicar
metodologicamente essas informações, para que as mesmas transformem-se
em conhecimento explicito e técnico a ser utilizado no cotidiano das pessoas
que gravitam em torno dos complexos empresariais.
Ao levantar tal questionamento é necessário abordar, num primeiro
momento, a conceituação de conhecimento, para após definir e explicar a
Administração do Conhecimento, tendo em conta que alem do esclarecimento
- “o como?” – nos mostra o porquê, voltados para o campo das organizações,
tema dê estudo neste artigo.
Para DAFT (2003), conhecimento não e igual à informação – ou conjunto
de dados, estes são fatos ou cifras que por si mesmos tem pouca
representatividade. Noutro lado, a informação – “são dados que foram
23
conectados e convertidos em um contexto útil para uso especifico” (DAFT,
p.239- 2003). Logo, o conhecimento, é então, ainda segundo DAFT (2003),
uma conclusão tirada da informação, depois que estas forem unidas a outras
informações e comparadas com o que já se sabe, porque envolve o fator
humano, que tanto transforma como absorve informações e as coloca em
pratica. Por fim, o conhecimento tem como base, as informações previas,
experiência direta, intuição e entendimento, porque “(...) envolve a
identificação de como empreender a ação com base nas informações para
realizar as metas da organização.” (idem).
A partir da conceituação de conhecimento, é importante categorizá-los
em tipos de conhecimento, a saber, pois ele pode ser explicito (saber sobre),
quando ele formalizado e sistematizado; pode ser escrito e passado para
documentos ou instruções. Outra forma de conhecimento é chamada de tácito
ou implícito (saber como), e o que se baseiam em experiências pessoais,
profissionais, intuições, insight e bom senso e costuma ser mais complicado
para comunicar ou transmitir as outras pessoas.
A relevância em discorrer sobre o conhecimento e a Administração do
Conhecimento, tem como um dos objetivos enquadrar o termo, no seu
significado mais atual e como o conhecimento esta sendo para as ciências em
geral e a Administração em particular.
Devido às mudanças aceleradas e constantes, pelas quais tem passado o
mundo industrializado pós-capitalista e dentro desse, as organizações como
um todo, transformaram os conceitos e ate os modos de produção. A produção
do saber é desenvolvida dentro de grupo sociais e determinada por seus
objetivos, agentes, cultura e interesses, demonstrando contradições,
24
aplicações e organizações diferenciadas, conforme PEREIRA (2004) “(...)
Hoje, o recurso regulador, o fator de produção decisivo, não é mais o capital,
a terra e a mão-de-obra, mas o conhecimento, sendo as tradicionais classes de
capitalistas e proletários substituídos pelos trabalhadores de conhecimento”
(PEREIRA, p.91-2004).
Todavia, para DRUCKER (1999), conhecimento “se prova em ação” e
focaliza em resultados. Necessita ser especializado, numa sociedade
estruturada com base em conhecimento e em pessoas especializadas-experts.
Nessa publicação, DRUCKER, cita que criou o termo “trabalho de
conhecimento”, por volta dos anos 60, mas somente nos últimos anos, os
gerentes começaram a identificar no conhecimento um recurso importante
que deve ser gerenciado, como por exemplo, o fluxo de caixa ou matérias-
primas.
Se o conhecimento é tão primordial e considerado um fator de produção
básico (capital, recurso natural e mão-de-obra) urge administrá-lo em prol do
desenvolvimento da organização. Sendo assim “(...) Administração do
conhecimento é uma nova maneira de pensar sobre a distribuição e o
compartilhamento dos recursos intelectuais e criativos da organização”
(DAFT, idem).
A Administração do conhecimento denonima os esforços par
sistematizar a localização e organização do capital intelectual da empresa,
promovendo uma cultura da aprendizagem continua e compartilhando o
conhecimento dentro da organização, que é a soma de informação,
experiência, processos, inovação e descobertas, tendo a tecnologia da
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informação como coadjuvante e auxiliar no processo de armazenagem e
propagação dos dados, por meio do acesso fácil e pratico das informações.
De acordo com DAFT (2003) existem três motivos fortes pelos quais há
grande interesse na Administração do conhecimento, sejam eles:
a) Demanda é resultante dos avanços rápidos em TI que facilitam
compartilhar conhecimento explicito e alem de conectar pessoas em
redes para compartilhar tácito;
b) A base econômica organizacional migrou dos recursos naturais para o
capital intelectual e passou a ser necessário à avaliação dos recursos de
conhecimento das organizações;
c) O interesse na administração do conhecimento está vinculado aos
esforços das empresas para se tornarem organizações de
aprendizagem.
Para termos noção do que a Administração do conhecimento lida em
sua parte pratica, dentro do conhecimento explicito, pode incluir
propriedades intelectuais como patentes e licenças, processos de trabalho
como políticas e procedimentos, informações especificas sobre clientes,
mercados, fornecedores ou concorrentes, relatórios, etc., armazenados em
bancos de dados, por meio de coleta e codificação do conhecimento, onde
possam ser acessados e reutilizados por qualquer pessoa da organização.
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5- Metodologias Organizacionais Aplicadas à Administração do
conhecimento.
As organizações podem usar uma series de metodologias, ou mesmo,
mecanismos para orientar a coleta e o compartilhamento de recursos do
conhecimento explicito. Logo, a necessidade de sistemas explícitos
metodológicos é obvia. Temos em consideração o recente uso do
conhecimento como fator básico produtivo, sem detrimento dos demais.
Assim sendo, o compartilhamento e a exploração de dados é a primeira das
metodologias que a organização usa para que eles combinem esse dados
em gigantescos bancos façilmente acessíveis, com o objetivo de explorá-los
na busca por padrões e procedimentos que ajudem a solucionar problemas
ou levar vantagens para a organização.
O armazenamento e a exploração de dados têm a utilidade de
formar relações com clientes, ou mesmo, ingressar em novos mercados,
segundo DAFT (2003), e em algumas organizações, com a reutilização do
banco de dados, foi possível preparar propostas de trabalho como
instalações de sistemas diversos, onde a equipe poupou à empresa e ao
cliente, mais de um ano de trabalho.
Outra metodologia é o mapeamento do conhecimento no interior da
organização. Normalmente a organização identifica onde o conhecimento
está localizado e a forma de acessá-lo. Para DAFT (2003) boas vias
expressas de conhecimento são Latus Nates, videoconferências, home
page de funcionários, links de hipertexto para diretórios, e diversas outras
tecnologias. Os mapas são usados para transferir novas praticas
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gerenciais, monitorar licenças e patentes, juntar inteligência competitiva,
dentre outras práticas.
O mapeamento do conhecimento foi usado também para dar suporte
ao conhecimento tácito, no sentido de orientar colaboradores para bolsões
de experiência, alimentando e estimulando a comunicação e o relato de
casos no interior da organização.
As bibliotecas eletrônicas são bancos de dados para usos específicos
que as organizações podem utilizar, habituando os usuários a checar e
reutilizar dados específicos sempre que necessário. Algumas organizações,
nos Estados Unidos e Grã-Bretanha, criaram enciclopédias no intuito de
tornarem-se organizações de aprendizagem. Outras fazem mão dos sites-
páginas virtuais- criados pela própria organização para cursos de vendas,
especificação de produtos, perfis de clientes e indicações. A grande
maioria utiliza intranets- redes internas - para acumulo de inteligência
competitiva, como esta pratica é designada.
Para a Administração do Conhecimento tácito a ênfase recai,
conforme DAFT (2003), na intenção humana. Na metodologia aplicada,
estão o uso do dialogo, que é a forma básica de compartilhar
conhecimento, onde muitas pessoas adquirem compreensão sobre um
tema ao mesmo temo, por meio da proposição e defesa de solução podem
elaborar uma solução. À medida que soluções aparecem, cria-se um
relacionamento baseado na confiança entre os participantes.
As historias de aprendizagem e os relatos de casos são partes da
Administração do Conhecimento tácito que metodologicamente funciona
bem. O objetivo é mostrar como decisões cruciais foram tomadas e os
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problemas foram ou não solucionados. Os relatos de casos, nas
organizações, são narrativas baseadas em recordações e insights dos
participantes - do gerente ao cliente – onde consultores especializados
fazem a condução dos trabalhos.
Segundo DAFT (2003), as historias funcionam porque são levantadas
com sutileza, questões que abertamente gerariam formalidade ao serem
apresentadas.
Por fim, as comunidades da pratica são formadas espontaneamente
no interior das organizações, à medida que as pessoas atraem umas as
outras e formam grupos que compartilham idéias e interesses
semelhantes.
O próximo passo das organizações que adotarem a Administração do
Conhecimento como metodologia organizacional será fazer alavancagem
do conhecimento promovendo a mudança da cultura organizacional
incentivando as pessoas a compartilharem o conhecimento que possuem
ao invés de acumulá-lo, estagnando e desperdiçando experiências e
oportunidades de crescimento.
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6 – Considerações Finais.
Este artigo procurou discutir as contribuições mais relevantes das
Teorias Administrativas para o cotidiano das organizações a partir de seus
aspectos mais importantes, tendo em conta historicamente as teorias como
base para o desenvolvimento organizacional, incluindo a Administração do
Conhecimento como tendência e ferramenta gerencial para as
organizações atuais.
A incorporação e adoção de princípios e técnicas administrativas às
organizações demonstram a carência de utilização desses mecanismos
como prerrogativa ao crescimento de todas e ao desenvolvimento e
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aplicabilidade dos postulados científicos como suporte máximo da ciência
administrativa.
O uso sistematizado desses postulados e o aprimoramento cientifico
que se buscou com o incremento da base teórica aplicada, garantiu a
coordenação e a integração dos indivíduos e o aperfeiçoamento das
organizações diante do ambiente sempre mutável do qual fazemos parte,
enquanto seres organizados.
Para tanto ao destacar, a Administração do Conhecimento, como
apoio de pratica funcional para as organizações que pretendem continuar
atuando de acordo com as tendências e exigências mercadológicas, desse
modo, delineamos um caminho que está aberto como forma de atualização
e conexão de uma organização para outra deles próprias com o ambiente
de inserção local e global. Assim, ao selecionarmos metodologias que já
fazem parte do cotidiano de organizações, em paises onde a ciência
administrativa avançou a passos largos, nos apropriamos sabia e
corretamente de modelos bem sucedidos para uso quando encontrado
terreno propicio, no interior de um meio organizacional.
Por conta da aprendizagem organizacional, que conclui-se, deve ser
continua, o objetivo em primeiro plano é acompanhar o desenvolvimento
das organizações e, num segundo momento, promover melhorias advindas
de estudos voltados para esta finalidade, mas avançados, ao ponto de
colocar a organização na dianteira da competitividade, por geração de
técnicas e métodos eficazes tanto gerenciais como administrativos.
Por fim, todas as abordagens, em maior ou menor grau, geraram
conhecimentos de significativa importância para a ciência administrativa
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que deles se apropriou, progredindo para o campo das ciências sociais
aplicadas que após produziram efetiva contribuição para tornar a
Administração vital e de prioridade máxima para o dia-a-dia profissional
dos indivíduos e das organizações
7 – Referencias Bibliográficas.
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Elsevier, 2003.
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__________________.Gestão de Pessoas, RJ: Elsevier, 2004.
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DAFT, Richard L. Organizações: Teorias e Projetos; SP: Pioneira Thomson
Learning, 2003.
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Empresarial: De Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da
Administração moderna de empresas; SP: Pioneira Thomson Learning,
202.
MORAES, Anna Maria Pereira de. Introdução à Administração; SP:
Prentice Hall, 2004.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração: da
revolução urbana à revolução digital; SP: Atlas, 2007.
______________________________. Introdução a Administração; SP: Atlas,
2007.
SILVA, Reinaldo de Oliveira da. Teorias da Administração; SP: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
33