RELATÓRIO & CONTAS ‘06
1. Órgãos Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2. Datas Relevantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3. Relatório do Conselho de Administração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Enquadramento Macroeconómico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Economia Internacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Economia Nacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Mercados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Mercado Accionista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Mercado Monetário e Obrigacionista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Mercado Cambial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Mercado de Commodities . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Síntese da Actividade Desenvolvida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Private Banking . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Corretagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Corporate Finance . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Gestão de Riscos de Mercados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Crédito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Controlo de Riscos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Resultados Apurados e sua Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Agradecimentos Devidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4. Demonstrações Financeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5. Anexo às Demonstrações Financeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
6. Certificação Legal das Contas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
7. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
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Índice
1. Órgãos Sociais
Assembleia Geral
PresidenteFrancisco Xavier Ferreira da Silva
Vice-PresidenteJosé Pais da Silva Alves Ribeiro
SecretáriosTeresa Penaguião Silva Alves Ribeiro Pereira de SousaJoana Rita da Silva Ribeiro Costa Morais Villas Boas
Conselho de Administração
PresidenteAfonso Ribeiro Pereira de Sousa
Vice-PresidenteAntónio Miguel Rendeiro Ramalho Branco Amaral
VogaisManuel João de Matos Silva Alves RibeiroJoão Carlos Ribeiro Pereira de SousaJosé João Silva Ribeiro da Costa MoraisLuís Paulo Gonçalves dos Santos TenenteFrancisco Manuel Ribeiro
Conselho Fiscal
PresidenteRita Maria Matos Silva Alves Ribeiro Fontão de Carvalho
VogaisDeloitte & Associados, SROCrepresentada por Luís Augusto Gonçalves MagalhãesMiguel Pedro Silva Ribeiro da Costa Morais
Vogal SuplenteCarlos Manuel Pereira Freire
1. Órgãos Sociais
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2. Datas Relevantes
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Fevereiro – 97 Constituição do Banco, com um capital social de 20 milhões de EurosAbril – 97 Início de actividade, em Lisboa e no Porto
Dezembro – 97 Os Activos do Banco atingem os 27 milhões de EurosFevereiro – 98 Constituição da Alrimo, gestora de fundos do Banco
Maio – 98 Constituição da Probolsa, corretora do BancoSetembro – 98 A Probolsa assume o estatuto de Membro Negociador e Liquidador da BVLP
Novembro – 98 Inauguração da Loja de Corretagem de LisboaDezembro - 98 Os Activos Consolidados do Banco atingem os 48 milhões de Euros
Janeiro – 99 Aumento de Capital para 25 milhões de EurosAbril – 99 Lançamento do Fundo Alves Ribeiro – Médias Empresas (Portugal)
Junho – 99 Inauguração da Loja de Corretagem de LeiriaDezembro – 99 Aumento de Capital para 35 milhões de Euros.
Os Activos Consolidados do Banco atingem os 100 milhões de EurosAgosto – 00 O Banco assume o estatuto de Membro Liquidador da BVLP
Outubro – 00 Aumento de Capital para 42,5 milhões de EurosDezembro – 00 Lançamento do Fundo Alves Ribeiro – Acções Europa
Os Activos Consolidados do Banco atingem os 150 milhões de EurosOutubro – 01 Aumento de Capital para 47,5 milhões de Euros
Novembro – 01 Lançamento do Fundo Alves Ribeiro PPRLançamento do serviço de corretagem para mercados estrangeiros
Dezembro – 01 Os Activos Consolidados do Banco atingem os 200 milhões de EurosJaneiro – 02 O Fundo Alves Ribeiro – Médias Empresas é considerado o fundo de acções nacionais mais
rentável em Portugal no ano 2001Dezembro – 02 Inauguração da Loja de Corretagem do PortoSetembro – 03 Lançamento do serviço de corretagem de derivados para mercados estrangeirosOutubro – 03 O Banco obtem o estatuto de Global Clearing Member da Clearnet
Dezembro – 03 Titularização de 100 milhões de Euros de contratos da Carteira de Crédito do Banco:Primeira operação de titularização de contratos de leasing imobiliário em PortugalPrimeira intervenção do Fundo Europeu de Investimento numa emissão originada por umBanco portuguêsPrimeira operação de securitização de contratos de crédito na Europa com garantia do FundoEuropeu de Investimento incluída na estruturação das obrigações emitidasOs Activos Consolidados do Banco atingem os 300 milhões de Euros
Janeiro – 04 O Banco obtem o estatuto de Trading Member Firm do EuronextA actividade de corretagem desenvolvida pela Probolsa é integrada no Banco, através de umaoperação de fusão por incorporação
Março – 04 O Fundo Alves Ribeiro PPR é considerado o mais rentável em Portugal na sua categoria noano 2003
Dezembro – 04 Titularização de 42 milhões de Euros de contratos da Carteira de Crédito do BancoOs Activos Consolidados do Banco atingem os 350 milhões de Euros
Junho – 05 Os Activos Consolidados do Banco atingem os 400 milhões de EurosOutubro – 05 O Banco Alves Ribeiro passa a denominar-se Banco InvestOutubro – 05 Lançamento do site Banco Invest
Dezembro – 05 Emissão de um empréstimo obrigacionista de 50 milhões de Euros “Banco Invest 08 – Euribor+ 0,425%”
Dezembro – 05 Os Activos Consolidados do Banco atingem os 450 milhões de EurosJulho – 06 Lançamento da actividade de Crédito no escritório de Leiria
Outubro – 06 Desenvolvimento e implementação de um modelo de cálculo de probabilidade de default eperda esperada para a actividade de concessão de crédito
Dezembro – 06 Os Activos Consolidados do Banco atingem os 545 milhões de Euros
2. Datas Relevantes
3. Relatório do Conselho de Administração
Enquadramento MacroeconómicoEconomia InternacionalEconomia NacionalMercados
Mercado AccionistaMercado Monetário e ObrigacionistaMercado CambialMercado de Commodities
Síntese da Actividade DesenvolvidaPrivate BankingCorretagemCorporate FinanceGestão de Riscos de MercadosCréditoControlo de RiscosResultados Apurados e sua AplicaçãoAgradecimentos Devidos
Enquadramento Macroeconómico
Economia Internacional
Não obstante os elevados preços do petróleo e oabrandamento da economia norte americana a partirdo segundo semestre, o ano de 2006 caracterizou-sepela manutenção de um forte crescimento económicomundial, resultante do processo de globalização e dacrescente importância económica da Ásia e, emparticular, da China.
As previsões da Comissão Europeia apontam para umcrescimento do PIB mundial em 2006 próximo dos5,1% (4,9% em 2005), apenas marginalmente inferiorao máximo histórico de 5,3%, alcançado em 2004.
As principais entidades internacionais (OCDE,Comissão Europeia) coincidem na opinião de que seassiste actualmente a um rebalanceamento regionaldo crescimento económico global.
Os EUA terão crescido 3,3% em 2006 (3,2% em2005) embora com um arrefecimento acentuado no2º semestre e cujos efeitos se deverão fazer sentirainda ao longo de 2007.
A principal fonte do crescimento económico mundialcontinuou, no entanto, a ser a Ásia (excluindo o Japão)que, no seu conjunto, manteve taxas de crescimentosuperiores a 8% pelo quarto ano consecutivo (8,4%em 2006). A China reforçou, em 2006, o seu ritmo decrescimento para os 10,6% (10,2% em 2005), combase numa aceleração do investimento, o que levou asautoridades nacionais a imporem algumas restriçõesao mesmo, com efeitos na 2ª metade do ano. Estamedida poderá repercutir-se ainda em 2007,conduzindo a algum arrefecimento económico.
O Japão consolidou a sua recuperação económica,tendo acelerado o crescimento para os 2,8%, combase numa forte procura interna e parecendo,finalmente, afastar-se do longo período de deflação.
A região do Médio Oriente e Norte de África continuoua beneficiar dos elevados preços das matérias-primas,nomeadamente do petróleo e do gás, tendo crescido5,5%, ainda assim em desaceleração face a 2005
(6,9%). Também a Rússia beneficiou do elevado preçodas matérias-primas, tendo registado um crescimentode 6,8% (6,4% em 2005).
Conforme referido, o petróleo atingiu preços recordeem 2006, tendo alcançado quase 80 USD / barril noprincípio de Agosto. A partir de então, verificou-seum aliviar dos preços, baseado em relações políticas eregionais menos tensas, levando a que o petróleoatingisse um patamar inferior ao do início do ano –– Brent em Londres encerrou o ano nos 61 dólares,após ter começado o ano nos 63 dólares.
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICAApós um forte crescimento da economia em 2005(3,2%), e na primeira metade de 2006, o crescimentoeconómico abrandou significativamente na segundametade do ano, devido, entre outros factores, à escaladados preços no sector energético, aos aumentos dastaxas de juro do FED (de forma a fazer face às elevadaspressões inflacionistas) e à queda das vendas nomercado imobiliário residencial (após período de fortecrescimento na construção residencial). Ainda assim, ataxa de crescimento anual do PIB norte-americano,em 2006, foi de 3,3%, superando ligeiramente aregistada em 2005.
O arrefecimento do mercado imobiliário residencialainda deverá reflectir-se negativamente no crescimentoda economia norte-americana nos próximos anos,prevendo a OCDE que o crescimento do PIB desça, em2007, para os 2,4%. Já em 2008, a OCDE espera umaligeira recuperação, consubstanciada num crescimentode 2,7% do PIB. A desaceleração no consumo privadodeverá fazer com que os níveis de poupança dasfamílias norte-americanas voltem a ser positivos,embora ainda insuficientes para provocar melhoriassignificativas na Balança de Transacções Correntes(que se espera que estabilize em torno dos -16,5% doPIB).
Assumindo uma estabilização nos preços do petróleoaos níveis actuais, um ténue arrefecimento no nívelde actividade económica será suficiente para reporalguma estabilidade no nível de preços, os quaislevaram a aumentos da inflação no passado recente.A OCDE prevê que os níveis de inflação em 2007 e2008 sejam de 2,6%.
8
3. Relatório do Conselho de Administração
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JAPÃOEm 2006, a economia japonesa deverá ter registadoum crescimento a rondar os 2,8%, valor ligeiramentesuperior ao verificado em 2005 (2,7%). Crescentesníveis de confiança e perspectivas de redução no nívelde desemprego estão a impulsionar o consumo,enquanto o crescimento dos resultados das empresase o turnaround no crédito bancário se têm reflectidoem aumentos dos níveis de investimento. Adicional-mente, e de acordo com a OCDE, o crescimento dasexportações deverá ter atingido os 10,4% em 2006,prevendo-se novos acréscimos significativos em 2007e 2008 (7,2% e 6,9%, respectivamente). Para 2007 e2008, prevê-se um ligeiro arrefecimento da economia,com o PIB a crescer em redor dos 2,0%.
Como resultado da melhoria das condiçõeseconómicas, a taxa de inflação deverá finalmentevoltar a ser positiva em 2006 (0,3%), prevendo-seigual valor em 2007 e uma ligeira aceleração para0,8% em 2008. A evolução positiva da inflação,bem como o reforço da actividade económica e osníveis de desemprego historicamente baixos (4,2%em 2006, prevendo-se 3,9% em 2007 e 3,6% em2008), suportam a expectativa de que a autoridademonetária japonesa venha a aumentar a sua taxa dejuro de referência (que se situava nos 0,25% no finalde 2006). A expectável subida de taxas deverá noentanto ser gradual e prudente, controlando osriscos de regresso da deflação.
ZONA EUROO crescimento da actividade económica da ZonaEuro apresentou uma forte aceleração no segundosemestre de 2006, estimando-se um crescimentoanual do PIB de 2,6% (1,5% em 2005). Não obstanteeste crescimento ter sido empolado por factoresespecíficos, como a realização do campeonato domundo de futebol e a antecipação da subida do IVAna Alemanha, esta foi a maior aceleração registadadesde o segundo trimestre de 2000.
A aceleração da actividade económica em 2006resultou, essencialmente, do fortalecimento daconfiança dos empresários e dos níveis deinvestimento, da significativa descida do desemprego,que fechou o ano abaixo dos 8% (8,6% em 2005), eda recuperação da confiança dos consumidores, quebeneficiou não só da referida diminuição dodesemprego, como da descida do preço do petróleoao longo do segundo semestre do ano.
A recuperação económica e o aumento dos níveisgerais de confiança contribuíram para que o BCE
procedesse a cinco aumentos da taxa de juro aolongo do ano, de forma a fazer face às pressõesinflacionistas que se continuam a fazer sentir. Nofinal do ano, a taxa de juro do BCE situava-se nos3,5%, após iniciar o ano nos 2,25%. O BCEsinalizou já novos aumentos de taxa de referência dazona euro, para um nível esperado de 4% no finalde 2007. A inflação, por seu lado, deverá manter-secontrolada nos 2,2% em 2006 (igual a 2005).
Espera-se, no entanto, que o crescimento das maioreseconomias da Zona Euro registe um abrandamentomoderado em 2007, resultante de causas externas(dependência comercial e financeira dos EUA, emdesaceleração) e, sobretudo, internas (subida da taxade juro, disciplina nas contas públicas e na aplicação doPEC, actualizações do IVA em alguns países, comparticular destaque para a Alemanha). A OCDE prevêcrescimentos do PIB da Zona Euro de 2,2% e 2,3%em 2007 e 2008, respectivamente.
Economia Nacional
Em 2006, a economia nacional cresceu 1,3%, o querepresentou uma aceleração face aos 0,4%registados em 2005. Ainda assim, este crescimentofoi o mais baixo de todos os países da UEM, peloque, pelo quinto ano consecutivo, Portugal registouum diferencial de crescimento negativo em relação àmédia da Zona Euro. Esta divergência deverámanter-se em 2007 e 2008, anos em que, de acordocom a OCDE, a economia nacional crescerá cerca de1,5% e 1,7%, respectivamente.
Para esta divergência têm contribuído, sobretudo, abaixa produtividade e competitividade da economiaportuguesa, e o grave desequilíbrio orçamental dasfinanças públicas.
Os esforços de consolidação orçamental têm levado auma desaceleração do consumo público, que, aliadoao reduzido crescimento do consumo privado (1% em2006) limitado pelo elevado endividamento dasfamílias, se tem reflectido numa redução acentuada docontributo da procura interna para o crescimento doPIB. Em 2006, a procura interna apresentou,inclusivamente, uma taxa de crescimento negativa(-0,1%), situação que se deverá inverter já a partir de2007 – com a procura interna a crescer 1,3% e 1,8%em 2007 e 2008, respectivamente.
A recuperação económica portuguesa em 2006assentou assim no crescimento da procura externa –
– beneficiando essencialmente da recuperaçãoeconómica vivida na Europa e do consequente, esignificativo, aumento das exportações (8,3%, facea 0,9% em 2005).
A baixa produtividade e o significativo desemprego(7,5% em 2006), exercerão pressão sobre ocrescimento dos salários, contribuindo para que a taxade inflação (3,1% em 2006) diminua, convergindopara a inflação média verificada na Zona Euro (2,0%em 2007 e 1,8% em 2008).
MercadosEm 2006, as principais bolsas internacionaismantiveram a tendência positiva iniciada em meadosde 2003, encerrando pelo quarto ano consecutivocom valorizações, impulsionadas por sucessivasrevisões em alta dos resultados esperados para asempresas cotadas e por uma forte actividade de fusõese aquisições. O espectro de um abrandamento maisacentuado do que inicialmente esperado na economianorte-americana foi contrabalançado por crescimentosrobustos na Europa e na Ásia e pela estabilização doscustos com energia, que diminuiu a pressão sobre ainflação e as taxas de juro.
Mercado AccionistaOs índices de acções representativos dos principaismercados internacionais encerraram o ano de 2006nos máximos dos últimos cinco anos. Os mercadosmais cíclicos foram novamente os que registarammelhores desempenhos, com destaque para osmercados emergentes (MSCI Emerging Markets+29,2%, em USD) e europeus, em especial oalemão e os ibéricos. O índice DAX-30 terminou oano com uma subida de 22%, reflectindo o fortecrescimento de resultados das empresas e arecuperação sustentada dos principais agregadoseconómicos, em especial o investimento e oconsumo privado. Na Península Ibérica, os mercadosforam impulsionados por uma intensa actividade defusões e aquisições nos sectores energético efinanceiro. Em Espanha, o índice IBEX-35 registouuma valorização de quase 32%, ligeiramentesuperior à do índice nacional (PSI-20, +29,9%). Osmercados norte-americanos voltaram a apresentarum pior desempenho relativamente aos seuscongéneres europeus, particularmente evidentequando considerada a depreciação do dólar face aoeuro. Embora continue robusto o crescimento deresultados das principais empresas, a incertezaquanto à evolução do mercado imobiliário – econsequentes efeitos no consumo privado –– condicionou a performance do mercado americano,que ainda assim terminou o ano com umavalorização de 13,6%, medido pelo índice S&P-500.O mercado nipónico valorizou-se 6,9%, ficandobastante abaixo da média dos seus congéneres, masconsolidando os fortes ganhos obtidos em 2005.
No ano que agora se inicia, as acções deverão mantera tendência de subida, com ganhos superiores aos dasobrigações. Os principais mercados desenvolvidoscontinuam a apresentar múltiplos interessantes quandocomparados com a média histórica, suportados por
10
2007* 2008*
PIB
EUA 3,2 3,3 2,4 2,7Japão 2,7 2,8 2,0 2,0Zona Euro 1,5 2,6 2,2 2,3Portugal 0,4 1,3 1,5 1,7
Consumo Privado
EUA 3,5 3,2 3,0 2,8Japão 2,3 1,3 1,4 1,6Zona Euro 1,4 1,8 1,7 2,3Portugal 2,0 1,0 1,4 1,7
Investimento
EUA 6,4 3,4 -0,7 2,9Japão 3,2 4,0 2,1 1,7Zona Euro 2,7 4,6 4,2 3,2Portugal -2,9 -2,1 2,3 4,2
Inflação
EUA 3,4 3,3 2,3 2,3Japão -0,6 0,3 0,3 0,8Zona Euro 2,2 2,2 1,9 1,8Portugal 2,1 3,1 2,0 1,8
Desemprego
EUA 5,1 4,6 4,8 5,1Japão 4,4 4,2 3,9 3,6Zona Euro 8,6 7,9 7,4 7,1Portugal 7,7 7,5 7,4 7,0
Comércio Mundial 7,7 9,6 7,7 8,4
Taxas Juro CPEUA 3,5 5,2 5,3 5,0Japão 0,0 0,2 0,4 0,9Zona Euro 2,2 3,1 3,8 4,0
Indicadores Económicos
Valores em percentagem; e – estimativa; * - previsõesFonte: OCDE
2005 2006e
um crescimento sustentado dos lucros e cash-flows.Contudo, é consensual que os ganhos em acçõesdeverão ser inferiores aos registados nos últimos quatroanos, num cenário de subida da respectiva volatilidade,espelhando um menor crescimento económico global ealguma incerteza quanto à evolução das taxas deinflação nas principais economias.
Evolução dos principais Índices Bolsistas
O mercado nacional registou em 2006 uma valorizaçãode cerca de 30%, impulsionada sobretudo pelolançamento das ofertas públicas de aquisição daPortugal Telecom (+15,1% em 2006) pela Sonae.com(+37,2%) e do BPI (+53,1%) pelo BCP (+20,2%).Estas quatro empresas, em conjunto com a SonaeSGPS, representam cerca de 45% do índice PSI-20.No ranking das maiores valorizações também seencontram empresas de menor capitalização bolsista,como a Altri SGPS (+167,1%) e a Mota Engil SGPS(+58,2%).
Evolução do Índice PSI 20
As transacções realizadas no Euronext Lisboaaumentaram 63,8%, em resultado do crescimento
muito significativo do volume transaccionado nosegmento das acções (66,6%). No segmento dasobrigações, o volume de transacções decresceu77,5% relativamente ao ano anterior. Em termosglobais, o total transaccionado em sessões normaisascendeu a 52.621 milhões de euros, dos quais99,4% corresponderam ao mercado accionista. Ovolume transaccionado em obrigações quedou-sepelos 119 milhões de euros.
Evolução do Volume de Transacções do EuronextLisboa
(Milhões de Euros)
Mercado Monetário e Obrigacionista
As yields de médio-longo prazo continuaram a subirrelativamente aos mínimos verificados em 2005, emlinha com a subida das taxas de juro directoras dosprincipais bancos centrais. Nos Estados-Unidos, aReserva Federal (FED) aumentou as taxas de juro em100 pontos base no primeiro semestre do ano, dos4,25% para os 5,25%. Desde então, a políticamonetária da FED tem-se mantido em hold, emvirtude do abrandamento da economia e daestabilização da taxa de inflação, em larga medidadevido aos menores custos com energia, controlodos custos salariais e moderação do consumoprivado. Estes fenómenos tiveram repercussão nainclinação da yield curve – após a última subida dastaxas da FED em Junho, o mercado passou adescontar um cenário de soft landing com reduzidapressão inflacionista, pelo que as yields dos prazosmais longos foram progressivamente baixando paravalores inferiores às taxas de curto prazo, resultandonuma inclinação negativa da yield curve.
Na Zona Euro, o movimento das taxas de juro foisemelhante. O Banco Central Europeu (BCE) subiu a
11
11.300
10.900
10.500
10.100
9.700
9.300
8.900
8.500Jan-06 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez-06
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0Jan-06 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez-06
Total Acções Obrigações Warrants
40%
30%
20%
10%
0%
-10%Jan-06Dez-05 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez-06
Nikkei PSI 20 Dow Jones FTSE DAX CAC Nasdaq
respectiva taxa directora de 2,25% para 3,50%,acompanhando a revisão em alta das estimativas decrescimento económico. A taxa de juro realaumentou para 1,5%. Em 2007, na medida em quea economia for mantendo o actual bom momento,as taxas de juro deverão continuar a subir, com omercado a descontar um aumento até aos 4%.
Relativamente ao mercado de dívida corporate, o anopautou-se por uma ligeira subida dos spreads. Os bons
indicadores financeiros das empresas e as taxas de juroainda historicamente baixas têm suportado a procurapor activos com risco – como as acções e obrigaçõescorporate – e, desta forma, mantido a volatilidade dosmercados accionistas e os spreads em níveis muitoreduzidos. Contudo, à medida que as empresas voltema repor o leverage financeiro – que desde 2002registou uma significativa redução – como forma deaumentar a rendibilidade dos capitais próprios, será deesperar um aumento dos respectivos spreads de crédito.
12
5,25
5
4,75
4,5
4,25
4
3,75
3,5
3,25
3Jan-06 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez-06
OT 10 anos Treasuries 10 anos Bunds 10 anos Bonos 10 anos
4,5
4
3,5
3
2,5
2Jan-06 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez-06
OT 10 anos EUR 3 meses EUR 12 meses
160
150
140
130
120
110
100Jan-06 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez-06
EUR/JPY USD/JPY
1,35
1,3
1,25
1,2
1,15
1,1
0,70
0,69
0,68
0,67
0,66
0,65Jan-06 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez-06
EUR/USD (Eixo Esq.) EUR/GBP (Eixo Dir.)
Evolução das Taxas de Juro de LP e CP
Evolução das Taxas de Câmbio
Mercado Cambial
A subida das taxas de juro do BCE, a par com aperspectiva do fim do ciclo de subida nos Estados--Unidos, impulsionou o retomar da tendência deapreciação do euro face às principais divisas, iniciadaem 2002 e entretanto interrompida em 2005. Comefeito, o euro apreciou-se 11,6% face ao dólarnorte-americano e 13,0% face ao iene, reflectindoas revisões em alta das previsões de crescimento naZona Euro e uma evolução favorável do diferencial
de taxas de juro em relação a estas duas divisas.Relativamente ao dólar, o iene encerrou o anopraticamente sem variação, apesar da volatilidaderegistada ao longo de 2006 – a apreciação verificadaaté Maio (+4,5%) foi toda perdida no segundosemestre. Os indicadores económicos do Japãodesiludiram no terceiro trimestre, em especial osrelativos ao consumo privado. A taxa de inflaçãoevidenciou uma grande resistência à subida,diminuindo a urgência no aumento das taxas dejuro.
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Mercado de Commodities
O mercado de commodities, medido pelo índice GSCITotal Return, registou em 2006 uma desvalorização de15% (em USD), interrompendo assim o bull marketiniciado em 2002. No entanto, o desempenho dos seusdiferentes componentes não foi uniforme. O sector daEnergia desvalorizou 26,8%, penalizado sobretudopela queda da cotação do gás natural (-74%). Opetróleo atingiu o máximo histórico em Julho, massofreu depois uma correcção, encerrando o ano semvariação. Já o sector dos Metais obteve fortes ganhos,com destaque para os Metais Industriais e os MetaisPreciosos que valorizaram, respectivamente, 61% e24%. Excluindo da análise os activos do sectorenergético – que acabaram por condicionar a evoluçãodesta classe de activos – as commodities alcançaramem 2006 uma valorização de 24%. Para 2007, asperspectivas são moderadamente optimistas,suportadas num crescimento global robusto, emespecial na Ásia, no interesse crescente peloinvestimento em commodities por parte dosinvestidores institucionais e na persistência de riscosgeopolíticos importantes.
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ões
de E
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14,0
12,0
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2004 2005 2006
Produto Bancário Custos de Estrutura
Síntese da Actividade Desenvolvida
Margem Financeira 7.302.872 7.169.753 7.976.774
Resultados de Operações Financeiras 486.008 2.248.338 2.338.597
Comissões Líquidas 1.101.632 1.950.384 2.077.264
Outros Resultados de Exploração 76.225 78.831 33.661
Produto Bancário 8.966.737 11.447.306 12.426.296
Custos com Pessoal -2.839.095 -3.068.527 -3.324.833
Outros Gastos Administrativos -2.024.909 -2.012.137 -1.897.778
Custos de Estrutura -4.864.004 -5.080.664 -5.222.611
Cash Flow Corrente 4.102.733 6.366.642 7.203.685
Amortizações -385.657 -312.677 -319.777
Provisões e Imparidades Líquidas -1.734.295 -1.727.881 -876.393
Resultados antes de Impostos 1.982.781 4.326.084 6.007.515
Impostos -314.065 -1.292.705 -1.555.328
Resultados Líquidos 1.668.716 3.033.379 4.452.187
Cash-Flow 3.788.668 5.073.937 5.648.357
Crédito Concedido Líquido 170.139.756 191.618.665 225.735.550
Recursos Captados 302.670.196 383.188.803 471.447.839
Capitais Próprios 51.008.246 57.543.278 62.476.598
Activo Líquido 360.887.488 453.887.208 548.900.555
Indicadores Consolidados (Euros) 2004 2005 2006
• Resultado Líquido cresce 46,8% para 4,5 milhõesde euros
• Cash-Flow cresce 11,3% para 5,6 milhões deeuros
• Activos crescem 21% para 550 milhões de euros• Crédito a Clientes cresce 18%• Recursos captados crescem 23% para 470 milhões
de euros
As demonstrações financeiras relativas aos exercíciosde 2005 e 2006 estão apresentadas de acordo com asNormas Internacionais de Contabilidade (IAS / IFRS).As demonstrações financeiras relativas ao exercício de2004 estão apresentadas de acordo com a instrução4/96 – PCSB de 17 de Junho de 1996 do Banco dePortugal.
No exercício de 2006, a actividade do Banco manteveuma trajectória ascendente, com o Produto Bancário aregistar um crescimento de 8,6%.
Produto Bancário - Custos de Estrutura
Reflectindo uma gestão cada vez mais adequada dosrecursos disponíveis, a eficiência dos meios utilizadospelo Banco voltou a aumentar, como ilustra aevolução do rácio cost to income, que continua asituar-se abaixo da média do sector:
Cost to Income
Os resultados obtidos mantiveram uma taxa decrescimento assinalável. No exercício de 2006, osResultados Líquidos cresceram 46,8% para os 4,5milhões de euros, e o Cash-Flow gerado pelo Bancocresceu 11,3%, cifrando-se em 5,6 milhões de Euros.
Resultado Líquido
Cash-Flow
O Activo do Banco voltou a registar um crescimentoconsiderável, explicado pelo incremento do CréditoConcedido, e da Carteira própria de títulos de rendafixa.
Activo Líquido
Recursos Captados
No termo do exercício, o rácio de solvabilidade doBanco, calculado de acordo com as normas doBanco de Portugal, atingia 13,9%, reflectindo asolidez da estrutura financeira do Banco.
Private Banking
Ao longo do exercício de 2006, os níveis derentabilidade alcançados pela generalidade dosprodutos de Private Banking oferecidos pelo Bancocontinuaram a propiciar um crescimento substancialdos montantes angariados e dos activos totais sobgestão, tendência esta que se manteve no primeirotrimestre de 2007.
Nesta área, o Banco coloca à disposição dos Clientesdiversas formas de relacionamento, em função dosmontantes, dos conhecimentos financeiros e dotempo de que o cliente dispõe para se dedicar àgestão das suas poupanças.
Aos Clientes com pouco tempo disponível paraacompanharem diariamente a evolução dos mercadosou com menos conhecimentos financeiros, o Bancooferece um serviço de gestão discricionária: depois deanalisado, em conjunto com o Cliente, o nível de riscoque ele estará disposto a correr, o Banco define eimplementa, em função do seu perfil, uma estratégiade investimento, que poderá privilegiar desde a
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-99
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Abr
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-05
Abr
-06
Out
-06
PSI 20 Índice ME Fundo
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6,3
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5,7
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-01
Mar
-02
Jul-
02
Nov
-02
Mar
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Mar
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Mar
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06
Nov
-06
Fundo PSI 20Índice MédiasEmpresas
preservação do capital, passando pela valorização dopatrimónio, até à obtenção de retornos absolutos, nãocorrelacionados com qualquer activo financeiro.
Para os Clientes que optam por ter maior intervençãona gestão das suas poupanças, mas pretendem disporde um aconselhamento profissional, o Banco desen-volveu um serviço de Advisory, que dá acesso àcomposição de diversas Carteiras de Investimentogeridas pelo Banco Invest. De acordo com o perfil derisco do Cliente, e com as suas necessidades deliquidez, o Banco sugere várias alternativas para aconstituição do seu portfolio, recomendando perio-dicamente as alterações a introduzir na composiçãodos investimentos, em função da evolução dosmercados.
O Banco oferece ainda aos seus Clientes a possibili-dade de investirem directamente num alargado lequede produtos, que abrange diferentes categorias derisco, liquidez e horizonte de investimento. A ofertadisponibilizada inclui produtos estruturados e geridospelo Banco, produtos transaccionados em bolsa e umaselecção dos melhores fundos de investimento, porclasse de activo e sector, geridos por diversas casasinternacionais de reconhecida competência ecredibilidade.
Entre os produtos montados e geridos pelo Banco,vale a pena destacar:
• O Fundo Alves Ribeiro – Médias EmpresasPortugal, que voltou a evidenciar-se como um dosmelhores fundos de acções nacionais do mercado.De facto, este fundo continuou a apresentar umdesempenho claramente superior ao do ÍndicePSI20 e ao do Índice Médias Empresas Portugal,uma vez mais com níveis de volatilidade inferiores,como se pode constatar no quadro seguinte:
Volatilidade Média Anual 11,36% 11,71% 15,30%
Rent. desde o lançamento 89,23% 27,33% 9,64%
Rentabilidade Média Anual 8,67% 3,20% 1,21%
O Índice Médias Empresas é composto pelas 20 empresasmais significativas do mercado português que não estãoincluídas no índice PSI 20.
• O Fundo Alves Ribeiro PPR, que obteve durante oano de 2006 uma rendibilidade de 5,01%, o queo volta a colocar como um dos melhores fundosnacionais na sua categoria.
Alves Ribeiro PPR
Volatilidade Média Anual 3,22%Rentabilidade desde o lançamento 32,21%Rentabilidade Média Anual 5,60%
Alves Ribeiro PPR – Evolução do Valor da UP
• O serviço especial “Probolsa Trading”, que consistena gestão discricionária de carteiras de acções numaperspectiva de intraday trading, registou umexcelente desempenho, com a rendibilidade médiadas carteiras sob gestão a atingir os 40,56% em2006. Lançada em Agosto de 2004, a gestãooferecida no âmbito deste serviço regista umarendibilidade média anual de 29,05% desde olançamento.
• O produto estruturado “Europa 9M Ser.1”,aplicação a noves meses com o capital totalmentegarantido e com uma remuneração indexada aoíndice Eurostoxx-50. A rentabilidade efectiva desteproduto atingiu os 9,29%.
• O produto estruturado “Japão 140% Ser.2”,aplicação a dois anos que permite aos Clientes aobtenção de 140% da valorização do índice Nikkei-225, com o capital parcialmente garantido. Lançadono final de 2005, este produto registava a 31 deDezembro de 2006 uma rentabilidade anualizada de11,24%.
Durante o ano de 2006, O Banco lançou 56 novosprodutos estruturados, de capital total ou parcialmentegarantido, de rendimento variável indexado a câmbios,acções ou taxas de juro.
Corretagem
De uma forma global, o ano de 2006 foi positivo paraos mercados accionistas. No contexto europeu, omercado português foi dos que mais se valorizou,impulsionado pelas Ofertas Públicas de Aquisição quesurgiram em diversos sectores, e que atingiramalgumas das empresas mais importantes do mercado.O índice accionista PSI20 valorizou 29,9% no período,atingindo os 11.197,59 pontos no final do ano.
O volume total transaccionado no Euronext Lisboaaumentou 63,8%, atingindo os 52.621 milhões deeuros. A importância do segmento das acções voltoua aumentar, representando já 99,4% do total dosvalores transaccionados em Bolsa, com o respectivovolume de transacções a crescer 66,6%. O volumetransaccionado em obrigações diminuiu 77,5%,quedando-se pelos 119 milhões de euros, e o volumede transacções de warrants caiu 6,6%, para os 180milhões de euros.
Ao contrário da tendência verificada no mercado acontado, no mercado a prazo as transacções voltarama registar uma forte diminuição, consolidando-se assima perda de importância dos mercados de Futuros, cujaactividade já vinha registando, nos últimos anos, umaretracção substancial.
O Banco continua a oferecer aos seus Clientes oacesso às principais praças internacionais, quer nomercado a contado, quer no mercado a prazo. Arapidez de execução, o acesso directo aos operadorese o aconselhamento activo e personalizado, bemcomo a qualidade da plataforma tecnológica desuporte a actividade de front-office continuaram apermitir a prestação de um serviço de nível elevado,que fundamentou, mais uma vez, o crescimento dosproveitos nesta área.
Em Novembro de 2006, foi adquirida e implementada
uma nova solução tecnológica para toda a área deback-office da actividade de corretagem, que propiciouum reforço dos níveis de controlo das operações, bemcomo a obtenção de ganhos de eficiência importantes.
Corporate Finance
O Banco Invest centra a sua actividade de CorporateFinance no segmento das empresas nacionais demédia dimensão, procurando prestar aos seusClientes um serviço individualizado e de flexibilidadeacrescida.
A intervenção do Banco nesta área consiste essen-cialmente na intermediação financeira em operaçõesde aquisição, alienação e fusão de sociedades(assessoria à negociação, montagem das operaçõesnas vertentes jurídica, fiscal e financeira), emprocessos de avaliação e reestruturação empresarial,e na estruturação e montagem de operações nomercado de capitais.
Ao longo do exercício de 2006, a área de CorporateFinance manteve um elevado nível de actividade juntoda sua base de clientes tradicional, actuando enquantoassessor e intermediário financeiro em diversasoperações. O dinamismo desta área foi tambémnotório no desenvolvimento da acção comercial, coma apresentação de um número recorde de propostas,tendo sido assegurados 15 novos mandatos em 2006.
Gestão de Riscos de Mercados
O Banco gere a sua exposição aos diversos riscos demercado: acções, taxa de juro, investimentosalternativos, câmbios e respectivos derivados. Detémposições em diversas classes de activos, em diferentesáreas geográficas, com vários horizontes deinvestimento, tomando e cedendo riscos quer emmercados organizados quer directamente com outrasinstituições financeiras.
Esta actividade tem como objectivo essencial oaproveitamento das oportunidades que vão surgindo,quer nos mercados financeiros internacionais, quer nomercado doméstico. A Sala de Mercados não tem aobrigatoriedade de estar presente de forma contínuacom posições no mercado. Por outro lado, o peso decada estratégia na carteira global é gerido de formadinâmica, em função das diferentes condições domercado.
O Comité de Investimentos do Banco, constituídopor responsáveis das diferentes áreas envolvidas,
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Euro
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450.000
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800.000
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0Jan-06 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez-06
define regularmente orientações globais sobre oposicionamento do Banco no plano interno e noplano internacional, cabendo depois à Sala deMercados, dentro dos limites de risco definidos, agestão da exposição do Banco a cada um dosmercados. A definição dos limites de risco, globais epor trader ou estratégia, assenta em metodologiasde Value-at-Risk, análise de risco de crédito – rating,basis point value, stress tests e limites deconcentração por activo e por sector.
As várias estratégias de trading utilizadas, bem comoa gestão dos limites de risco, tem em conta ascorrelações existentes entre as várias classes deactivos e estilos de trading, de forma a reduzir avolatilidade do resultado global desta actividade. Opeso de cada estratégia na carteira global é geridode forma dinâmica, em função das diferentescondições de mercado.
VaR Sala de Mercados
No ano de 2006, o VaR médio mensal total da Salade Mercados foi de 593.821,18 Euros.
Gestão de Risco Acções
O Banco detém diversas carteiras com risco acções,geridas de acordo com diferentes tipos de estratégias,e com objectivos de trading diversos.
O posicionamento do Banco na gestão do risco acçõesassenta na conjugação de uma análise macro-económica, global e por região, com uma análisefundamental dos sectores e das empresas. Além deuma bateria de indicadores macroeconómicos esectoriais, são seguidos modelos de avaliação deacções e de comparação entre retorno esperado deacções e obrigações.
Em termos de títulos, o objectivo é ter uma carteiralonga, podendo esta, em ocasiões menos favoráveis,não existir. Em termos de futuros, o Banco pode ter
posições longas ou curtas, de acordo com asexpectativas de evolução do mercado.
Ao longo do exercício, foram utilizadas diversasestratégias, entre as quais se destacam a análise técnicae o systematic trading – utilização de modelossistemáticos para a identificação de oportunidades detrading – bem como a identificação de padrões decomportamento recorrente, assim como de indicadoresque determinem movimentos significativos demercado.
VaR Acções
Em 2006, o VaR médio mensal da carteira de acçõesdo Banco foi de 293.258,28 Euros.
Gestão de Risco Taxa de Juro
Ao longo do ano de 2006 o Banco geriu, no seuactivo, uma carteira de obrigações de empresas comum valor que oscilou entre os 225 e os 275 milhõesde Euros.
Em função da subida significativa das taxas de juro,o Banco aumentou a exposição a activos de taxa dejuro fixa durante o ano, recorrendo de formacrescente a swaps de taxa de juro por forma a atingira exposição pretendida para este tipo de risco.
No término do exercício, a carteira apresentava umrating médio A+, e era constituída na quase totalidadepor títulos investment grade e denominados em Euros.
Rating % da Carteira % Acumulada
AAA 18,1% 18,1%AA 20,1% 38,2%A 46,7% 84,9%BBB 14,1% 99,0%BB 0% 99,0%B 1% 100,0%
No exercício de 2006, o VaR médio mensal dacarteira de obrigações do Banco foi de 293.186,86Euros.
VaR Obrigações
Gestão de Risco Retorno Absoluto
No exercício em análise, utilizaram-se essencialmenteas seguintes estratégias:
• Posições de Spread, em que o Banco toma posiçõeslongas em determinados activos (acções, índices deacções, obrigações do tesouro) e posições curtasnoutros activos da mesma classe e com riscosemelhante;
• Posições de Arbitragem, em que o Banco procurainvestir em activos correlacionados e quetemporariamente se encontram desalinhados;
• Posições Event Driven, que consistem na aquisiçãode activos com vista a beneficiar de movimentosde preços que ocorram na sequência dedeterminadas notícias ou acontecimentos numaempresa ou sector de actividade;
• Posições de Trading de Curto Prazo, quecorrespondem a posições tomadas com umhorizonte temporal reduzido, com base em diversosindicadores de análise técnica;
• Carteira de Hedge Funds, com base numa pré--selecção de gestores com reconhecida capacidadetécnica e operacional e com um track-recordmínimo de 3 anos, dentro de rigorosos limites deexposição por fundo e sociedade gestora;
• Carteira de Opções, onde se desenvolvem asseguintes actividades:- trading de volatilidade realizada, comprando e
vendendo straddles at-the-money, sobre osprincipais índices de acções internacionais;
- trading de volatilidade implícita, comprando e
vendendo straddles at-the-money, mas paravencimentos diferentes;
- cobertura de posições de trading do Banco;- cobertura dos Produtos Estruturados geridos e
comercializados pelo Banco junto dos seus clientes.
Em 2006, O VaR médio da carteira de Risco RetornoAbsoluto foi de 183.250,99 Euros.
VaR Retorno Absoluto
Gestão de Risco Cambial
A gestão cambial centra-se, essencialmente, nacobertura das posições à vista, forward e de títulos,em dólares. A actividade do Banco em moedaestrangeira continuou a ser reduzida.
Crédito
Em 31 de Dezembro de 2006, o volume de créditoconcedido pelo Banco atingiu os 225,7 milhões deEuros, que comparam com 191,6 milhões de Eurosem 31 de Dezembro de 2005, e representam umcrescimento de 17,8%.
Crédito Concedido
A locação financeira imobiliária e o crédito hipotecáriocontinuaram a constituir os principais instrumentos
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Euro
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300.000
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Euro
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350.000
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50.000
0Jan-06 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez-06
utilizados na concessão de crédito. A repartição dacarteira de crédito evoluiu da seguinte forma:
Distribuição do Crédito por Produto
As operações de crédito suportadas em garantiasreais de natureza imobiliária continuam arepresentar mais de 93% da totalidade do créditoconcedido pelo Banco. O Banco continua aprivilegiar operações de longo prazo, representando
o crédito a mais de cinco anos 66% do crédito emcarteira.
Prazos Residuais
O índice de sinistralidade da Carteira evoluiufavoravelmente, com o montante de crédito vencidolíquido a mais de 90 dias a evoluir de 1,25% dacarteira de crédito líquido em 31 de Dezembro de2005 para 0,91% em 31 de Dezembro de 2006.
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2005 2006
Crédito a Clientes (Bruto) 195.596.488 230.438.746Crédito a Clientes (Líquido de Provisões a mais de 90 dias) 191.485.050 225.553.627Crédito Vencido de Clientes a mais de 90 dias (Bruto) 6.499.756 6.945.308Crédito Vencido de Clientes a mais de 90 dias (Líquido) 2.388.318 2.060.188
Crédito vencido a mais de 90 dias (Bruto) / Crédito a Clientes (Bruto) 3,32% 3,01%
Crédito vencido a mais de 90 dias (Líq.) / Crédito a Clientes (Líq.) 1,25% 0,91%Provisões Totais para Crédito / Crédito Vencido a mais de 90 dias 101,43% 113,57%Crédito Vencido com Garantia Real / Crédito Vencido 95,41% 89,97%LTV Médio Ponderado do Crédito Vencido com Garantia Real 87,10% 67,45%
Milh
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de E
uros
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Leasing Imobiliário Leasing MobiliárioCrédito Hipotecário Conta Corrente
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2006 Milh
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de E
uros
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Até um ano De um ano a cinco anos Mais de cinco anos
2004
2005
2006
O rácio de cobertura do crédito vencido a mais de 90dias pelas provisões continua a reflectir a gestãoprudente que o Banco vem desenvolvendo nesta área.Com efeito, o valor provisionado continua a superar omontante de crédito vencido, o que, conjugado com ofacto de 90% do crédito vencido estar suportado emgarantias reais – com um loan-to-value médioponderado de 67,45% - assegura que o Banco virá arecuperar uma parte muito substancial – senão mesmoa totalidade – das provisões constituídas.
No fim do segundo trimestre, entrou em produçãouma nova solução informática que permitiu integrartoda a actividade de concessão de crédito do Banco,substituindo as diversas aplicações que vinham
sendo utilizadas. Esta nova plataforma, que trata asoperações desde a elaboração da proposta até àgestão e reembolso do contrato, veio contribuir paraa obtenção de ganhos importantes a três níveis: nocontrolo e segurança da actividade, na eficiência dastarefas comerciais, de análise de risco, e de gestãode contratos, e ainda na flexibilidade do tratamentodas operações.
Controlo de Riscos
Todos os limites de risco – de mercado, de crédito, deliquidez e operacional – são definidos e aprovados peloConselho de Administração do Banco. Por outro lado,existem três órgãos funcionais – Comité de
Nota: As provisões para Crédito são calculadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas.
Investimentos, Direcção de Crédito e Direcção dePlaneamento e Controlo – que se articulam por formaa controlar os processos de aprovação, procedimentose circuitos de informação previamente definidos,garantindo o cumprimento dos limites estabelecidospelo Conselho de Administração.
Risco de Mercado
O controlo do risco de mercado destina-se a avaliar emonitorizar a desvalorização potencial dos activos doBanco, e consequente perda de resultados, causadapela ocorrência de um movimento adverso nos valoresde mercado dos instrumentos financeiros, das taxas dejuro e / ou das taxas de câmbio.
As carteiras de trading do Banco estão segmentadas,não apenas por tipo de activo financeiro e horizontede investimento, mas também por áreas de negócio etrader. Esta segmentação permite avaliar diariamentede forma mais clara, para além do resultado global daactividade de trading do Banco, o resultado por tipo derisco – acções, taxa de juro, retorno absoluto ecâmbios – o resultado em função do horizonte deinvestimento, e o resultado por trader.
O risco assumido por cada trader, por tipo de activofinanceiro e pela carteira global do Banco émonitorizado diariamente através da metodologiado Value-at-Risk, estimando-se para cada carteira,com um intervalo de confiança de 99%, a perdapotencial máxima diária proveniente de variaçõesadversas nos activos subjacentes, tendo em contanão só a volatilidade dos activos financeiros, mastambém a correlação entre eles, e a distribuição dastaxas de rentabilidade de cada um.
Periodicamente, o Banco utiliza ainda mais duastécnicas de análise e avaliação do risco de mercado.Por um lado, a realização de stress tests, queconsistem na simulação de cenários históricosadversos à carteira detida, de forma a medir o seuimpacto nos resultados. Por outro, o cálculo doPresent Value of Basis Point (PVBP), que consisteem determinar a perda potencial nos resultados doBanco originada por uma variação de um ponto basenas taxas de juro.
O risco global da actividade de trading é minoradoatravés da utilização de estratégias de diversificaçãopor classe de activos e por traders (multi-strategy /multi-manager), tendo em conta as correlaçõesentre os vários mercados e classes de activos, e asdiferentes visões dos gestores.
Os limites de VaR mensais, por estratégia e global, bemcomo os limites de concentração por mercado, poractivo e por notação de rating, aprovados pelo Comitéde Investimentos, são diariamente monitorizados pelaDirecção de Planeamento e Controlo. Também numabase diária, o Comité de Investimentos acompanha omark to market de cada carteira, bem como a evoluçãodo seu Value-at-Risk.
Risco de Crédito
O controlo do risco de crédito consiste na avaliação emonitorização da possibilidade de ocorrência de umaperda proveniente do incumprimento, pela contraparte,das obrigações assumidas contratualmente com o Banco.
Todas as operações que envolvem risco de crédito sãoanalisadas e avaliadas pela área de análise de crédito,e submetidas a uma graduação de risco, com basenum Sistema de Notação de Risco desenvolvido peloBanco. Posteriormente são submetidas à apreciação daDirecção de Crédito.
A aprovação da operação está sempre condicionadaà capacidade de reembolso do cliente. O Banco nãoconcede crédito exclusivamente com base no valorda garantia prestada.
Para análise do valor e qualidade das garantias reaisde natureza imobiliária, para além do know-howexistente dentro do Grupo Alves Ribeiro, o Bancorecorre, em todas as operações, a avaliadoresindependentes com reconhecida experiência, porforma a determinar o correcto valor de mercado doactivo que garante a operação.
O risco de crédito relativo ao investimento em títulosde dívida para a Carteira de trading do Banco, comnotação de rating de pelo menos uma agência derating internacional – Standard & Poor´s, Moody´sou Fitch Ratings – é avaliado e aprovado peloComité de Investimentos do Banco.
Risco de Liquidez
O controlo do risco de liquidez destina-se a avaliar emonitorizar a possibilidade da ocorrência de umaperda resultante da incapacidade do Banco, numdeterminado momento, financiar os seus activos porforma a satisfazer os seus compromissos financeirosnas datas previstas.
O risco de liquidez é avaliado com base nos mapasde activos e passivos, que permitem monitorizar a
21
evolução da tesouraria do Banco e determinar asnecessidades de caixa ao longo de um períodoprevisional de cinco anos.
Para financiar a sua actividade de curto prazo, e porforma a garantir uma gestão de liquidez com níveisde segurança adequados, o Banco tem linhas demercado monetário interbancário e linhas de reportede títulos negociadas com diversos bancos, nacionaise estrangeiros, para além da crescente captação derecursos de clientes.
Durante o ano de 2006, o Banco manteve umaposição de tesouraria excedentária, que foi reduzindoao longo do ano em função da expansão da carteirade crédito. Já em 2007, em Janeiro, o Banco contraiuum empréstimo de 50 Milhões de euros, destinado afinanciar o crescimento da actividade do Banco noexercício de 2007.
Risco Operacional
O controlo do risco operacional tem por objectivoevitar que possíveis falhas no sistema de controlointerno do Banco possam dar origem à ocorrência defraudes ou à realização de operações não autorizadas.
Numa base diária, a Direcção de Planeamento eControlo avalia as responsabilidades de cada áreafuncional para com as respectivas contrapartes, econfirma o cumprimento dos limites estabelecidos, eos níveis de autorização utilizados na aprovação dasoperações.
Regularmente, realizam-se auditorias internas comvista a avaliar os sistemas de controlo implementados,de forma a reduzir a probabilidade da ocorrência deerros no registo e contabilização das diversas operações.
Resultados Apurados e sua Aplicação
As contas do exercício a seguir apresentadastraduzem a actividade desenvolvida pelo Banco,dentro da orientação traçada, e a sua incidência nasituação patrimonial e nos resultados apurados.
As Demonstrações Financeiras foram objecto deauditoria externa levada a cabo por uma sociedadede auditoria conceituada, que sobre elas emitiu oparecer sem reservas à frente apresentado,conjuntamente com as Notas às contas do exercício.
Os resultados líquidos consolidados atingiram os4.452.187 Euros. Os resultados líquidos individuaiscifraram-se em 3.028.501,95 Euros. Para eles sepropõe a seguinte aplicação:
Reserva Legal................................302.850,20 EurosReservas Livres...........................2.725.651,75 Euros
Agradecimentos Devidos
O Conselho de Administração entende deixarregistada uma palavra de apreço e agradecimento:
- A todos os Clientes, pela preferência e confiançademonstradas, que constituem o maior estímulopara enfrentar os desafios que se lhe deparam;
- Ao Banco de Portugal e à Comissão do Mercadode Valores Mobiliários, pela atenção dispensada aoBanco;
- À Mesa da Assembleia Geral, em especial ao seuPresidente, pela disponibilidade demonstrada nodesempenho de tão importantes funções;
- Ao Conselho Fiscal, e em particular à Sociedadedos Revisores Oficiais de Contas, pela colaboraçãoe apoio à condução das actividades do Banco;
- Àqueles colaboradores que se entregaram, comsentido de responsabilidade e espírito de dedicação,à consecução dos objectivos delineados e ao respeitopelos valores éticos, humanos e empresariaisinternamente assumidos e partilhados.
Lisboa, 22 de Março de 2007
O Conselho de Administração
22
4. Demonstrações Financeiras
24
(Pró-forma)
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 4 669.900 - 669.900 193.549
Disponibilidades em outras instituições de crédito 5 13.930.235 - 13.930.235 8.494.628
Activos financeiros detidos para negociação 6 152.355.113 (1.337.982) 151.017.131 21.998.829
Activos financeiros disponíveis para venda 7 122.987.587 (3.849.858) 119.137.729 199.922.005
Aplicações em instituições de crédito 8 6.025.895 - 6.025.895 8.903.836
Crédito a clientes 9 231.517.504 (4.936.976) 226.580.528 192.206.393
Investimentos detidos até à maturidade 10 10.107.791 - 10.107.791 9.845.695
Activos não correntes detidos para venda 11 6.042.509 (324.463) 5.718.046 3.057.526
Outros activos tangíveis 12 3.359.363 (1.947.004) 1.412.359 1.158.980
Activos intangíveis 13 991.251 (801.946) 189.305 62.659
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 14 250.000 - 250.000 250.000
Activos por impostos diferidos 15 392.022 - 392.022 226.148
Outros activos 16 9.450.124 - 9.450.124 4.752.921
TOTAL DO ACTIVO 558.079.294 (13.198.229) 544.881.065 451.073.169
Passivo e Capital Próprio Notas 2006 2005
(Pró-forma)
Recursos de Bancos Centrais 17 66.437.008 51.602.874
Passivos financeiros detidos para negociação 18 1.672.091 655.408
Recursos de outras instituições de crédito 19 177.329.549 111.256.574
Recursos de clientes e outros empréstimos 20 80.320.751 41.366.059
Responsabilidades representadas por títulos 21 49.982.597 66.807.091
Passivos financeiros associados a activos transferidos 22 96.421.208 111.415.347
Provisões 23 1.413.131 822.358
Passivos por impostos correntes 15 628.719 1.039.483
Passivos por impostos diferidos 15 737.555 685.610
Outros passivos 24 11.624.745 10.618.290
TOTAL DO PASSIVO 486.567.354 396.269.094
Capital 26 47.500.000 47.500.000
Reservas de reavaliação 27 1.438.942 957.809
Outras reservas e resultados transitados 27 6.346.267 3.562.902
Resultado do exercício 27 3.028.502 2.783.364
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 58.313.711 54.804.075
TOTAL DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 544.881.065 451.073.169
O Anexo faz parte integrante destes balanços.
Balanços Individuais em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 (Euro)
Activo 2006 2005
ActivoBrutoNotas
Provisões,Imparidade eAmortizações
ActivoLíquido
ActivoLíquido
25
Juros e rendimentos similares 28 26.816.920 20.215.997 Juros e encargos similares 29 (19.578.015) (13.730.583)
MARGEM FINANCEIRA 7.238.905 6.485.414
Rendimentos de instrumentos de capital 30 20.590 30.521Rendimentos de serviços e comissões 31 2.970.198 2.885.821 Encargos com serviços e comissões 32 (516.044) (496.063)Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 33 2.049.586 1.217.315 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 34 671.340 535.780 Resultados de reavaliação cambial 35 (460.863) 399.251 Resultados de alienação de outros activos 36 7.110 - Outros resultados de exploração 37 80.859 87.831
PRODUTO BANCÁRIO 12.061.681 11.145.870
Custos com pessoal 38 (3.324.833) (3.068.527)Gastos gerais administrativos 39 (1.839.796) (1.924.987)Amortizações do exercício 12 e 13 (319.777) (312.677)Provisões para riscos gerais de crédito, liquidas de reposições e anulações 23 (590.773) (357.044)Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a
receber de outros devedores (liquidas de reposições e anulações) 23 (657.542) (177.865)Imparidade e provisões para outros activos financeiros,
liquida de reversões e recuperações 23 (1.065.129) (1.158.617)Imparidade de outros activos, líquida de reversões e recuperações 23 (66.198) (100.032)
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 4.197.633 4.046.121
ImpostosCorrentes 15 (1.438.554) (1.185.588)Diferidos 15 269.423 (77.169)
RESULTADO APÓS IMPOSTOS 3.028.502 2.783.364
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
Demonstração de Resultados Individuais - 2006 (Euro)
Notas 2006 2005
26
(pró-forma)FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimentos de juros e comissões 29.990.597 23.550.182Pagamentos de juros e comissões (19.363.525) (14.080.857)Pagamentos ao pessoal e a fornecedores (5.039.143) (4.964.355)Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (1.849.318) (211.273)Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional 3.489.387 2.667.126
Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 7.227.998 6.960.823
(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação (129.507.283) (10.265.138)Activos financeiros disponíveis para venda 80.762.361 (47.412.316)Aplicações em instituições de crédito 2.881.397 (8.810.169)Crédito a clientes (34.842.260) (21.548.136)Investimentos detidos até à maturidade (262.096) (20.717)Activos não correntes detidos para venda (2.835.183) (344.637)Outros activos (4.833.894) 143.103
(88.636.958) (88.258.010)
Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:Recursos de bancos centrais 14.711.215 (22.211.215)Recursos de outras instituições de crédito 65.749.262 50.580.419Recursos de clientes 38.421.120 18.897.525Responsabilidades representadas por títulos (16.750.000) 50.000.000Passivos financeiros associados a activos transferidos (14.994.139) (15.515.559)Outros passivos 883.262 3.635.679
88.020.720 85.386.849
Caixa líquida das actividades operacionais 6.611.760 4.089.662
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Aquisições e alienações de activos tangíveis e intangíveis (699.802) (253.766)
Caixa líquida das actividades de investimento (699.802) (253.766)
Aumento / (diminuição) líquido de caixa e seus equivalentes 5.911.958 3.835.896
Caixa e seus equivalentes no início do período 8.688.177 4.852.281Caixa e seus equivalentes no fim do período 14.600.135 8.688.177
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
Demonstração dos Fluxos de Caixa Individuais - 2006 (Euro)
2006 2005
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5. Anexo às Demonstrações Financeiras
1. NOTA INTRODUTÓRIA
O Banco Invest, S. A. (Banco) é uma sociedade anónima, com sede social em Lisboa, constituído em 14 deFevereiro de 1997 com a denominação de Banco Alves Ribeiro, S.A., tendo iniciado a sua actividade em 11 deMarço de 1997. A constituição do Banco foi autorizada pelo Banco de Portugal em 4 de Dezembro de 1996.Em 16 de Setembro de 2005, o Banco alterou a sua denominação social para a actual.
Em 22 de Dezembro de 2004 foi realizada a escritura de fusão, por incorporação no Banco, da Probolsa -Sociedade Corretora, S.A. (Probolsa). Na sequência deste processo, a sociedade incorporada foi extinta, tendosido transferidos para o Banco a totalidade dos seus direitos e obrigações. A fusão produziu efeitoscontabilísticos a partir de 1 de Janeiro de 2004, tendo os activos a passivos da Probolsa sido transferidos parao Banco com base no respectivo valor líquido de balanço nessa data.
O Banco tem por objecto social a realização das operações e a prestação de serviços financeiros conexos coma latitude consentida por lei. Dedica-se essencialmente à actividade de gestão de activos, mercado de capitais,crédito e capital de desenvolvimento.
Para a realização das suas operações o Banco dispõe de três balcões, localizados em Lisboa, Porto e Leiria.
Conforme indicado na Nota 14, o Banco detém a totalidade do capital social da Invest Gestão de Activos -Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (Invest Gestão de Activos). Esta sociedade foiconstituída em 11 de Fevereiro de 1998 e tem como objecto social a administração e gestão, em representaçãodos participantes, de fundos de investimento mobiliário.
2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras do Banco foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, combase nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas deContabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004e nº 9/2005, emitidas pelo Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo número3 do Artigo 115º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto--Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro.
As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), conforme adoptadas pelaUnião Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Avisonº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal. No entanto, nos termos do Aviso nº 1/2005, existem asseguintes excepções com impacto nas demonstrações financeiras do Banco:
i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber)- os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categoriase, como tal, registados pelo justo valor.
ii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveismínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com asalterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Bancode Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro (Nota 2.3. a). Este regime abrange ainda as responsabilidadesrepresentadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;
iii) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modopossível o registo pelo justo valor, conforme permitido pela Norma IAS I6 - Activos fixos tangíveis.Como excepção, é permitido o registo de reavaliações legalmente autorizadas, caso em que as mais -valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.
30
Até 31 de Dezembro de 2005, as demonstrações financeiras individuais do Banco foram preparadas de acordocom os princípios contabilísticos consagrados no Plano de Contas para o Sistema Bancário (PCSB), nos termosda Instrução nº 4/96, de 17 de Junho, do Banco de Portugal e demais disposições emitidas. No exercício de2006, o Banco apresenta pela primeira vez as demonstrações financeiras de acordo com as NCA, sendo oimpacto de transição explicado na Nota 42.
De acordo com a Norma IFRS 1 - “Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro”, asdemonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2005 apresentadas para efeitos comparativos (demonstraçõesfinanceiras pró-forma), foram elaboradas e re-expressas com base nas normas em vigor em 31 de Dezembro de2006.
2.2. Conversão de saldos e transacções em moeda estrangeira
As contas do Banco são preparadas de acordo com a divisa utilizada no ambiente económico em que opera(denominada “moeda funcional”), nomeadamente o Euro.
As transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data datransacção. Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeirasão convertidos para Euros com base na taxa de câmbio em vigor.
As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em resultados do exercício, comexcepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários, tal como acções, classificados comodisponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.
2.3. Instrumentos financeiros
a) Crédito a clientes, valores a receber de outros devedores e provisões
Conforme descrito na Nota 2.1., estes activos são registados de acordo com as disposições do Aviso nº 1/2005,do Banco de Portugal. Deste modo são registados pelo valor nominal, sendo os respectivos proveitos,nomeadamente juros e comissões, reconhecidos ao longo do período das operações de acordo com o método“pro rata temporis”, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um períodosuperior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação dasoperações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria são igualmente periodificados ao longo do períodode vigência dos créditos.
De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas peloAviso nº 8/2003, de 30 de Janeiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, o Banco constitui asseguintes provisões para riscos de crédito:
i) Provisão para crédito e juros vencidos
Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidase não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem dotipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a entrada emincumprimento.
ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa
Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos queapresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes quetenham outras responsabilidades vencidas. São considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:
- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente àsrespectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:
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. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;
. Estarem em incumprimento há mais de:. Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;. Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos;. Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.
Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões,sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.
- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o créditoe juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescidode juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aoscréditos vencidos.
iii) Provisão para riscos gerais de crédito
Encontra-se registada no passivo, na rubrica “Provisões”, e destina-se a fazer face a riscos de cobrançado crédito concedido e garantias e avales prestados.
Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito nãovencido, incluindo as garantias e avales:
- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidadenão possa ser determinada;
- 0,5% no que se refere ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locaçãofinanceira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;
- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.
Nos termos da legislação em vigor, o reforço desta provisão não é aceite como custo fiscal.
iv) Provisão para risco país
Destina-se a fazer face ao risco de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes depaíses considerados de risco, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, comexcepção:
- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, namedida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;
- Das participações financeiras;
- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde queestabelecidas em Estados membros da União Europeia;
- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso acimareferido, desde que a garantia abranja o risco de transferência;
- Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condiçõesdefinidas pelo Banco de Portugal.
As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas pelo Banco dePortugal, o qual classifica os países e territórios segundo grupos de risco, de acordo com o disposto no
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Aviso 3/95, de 30 de Junho, na Instrução 94/96, de 17 de Junho, e na Carta Circular sob a referência137/05/DSDR, de 29 de Novembro de 2005.
Uma vez que se trata de uma provisão específica, é classificada nas várias rubricas contabilísticas emque estão registados os activos que se enquadram na definição de risco país (Nota 23).
b) Outros activos financeiros
Os restantes activos financeiros são registados na data de contratação pelo respectivo justo valor, acrescido decustos directamente atribuíveis à transacção. Estes activos são classificados no reconhecimento inicial numa dasseguintes categorias definidas na Norma IAS 39:
i) Activos financeiros ao justo valor através de resultados
Esta categoria inclui activos financeiros detidos para negociação, os quais incluem essencialmente títulosadquiridos com o objectivo de realização de ganhos a partir de flutuações de curto prazo nos preços demercado. Incluem-se também nesta categoria os instrumentos financeiros derivados, excluindo aquelesque cumpram os requisitos de contabilidade de cobertura.
Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados ao justo valor, sendo os ganhos e perdasgerados pela valorização subsequente reflectidos em resultados do exercício, nas rubricas de “Resultadosde activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. Os juros são reflectidos nas rubricasapropriadas de “Juros e rendimentos similares”.
ii) Empréstimos e contas a receber
São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo, enão incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. Dada a restrição impostapelo Aviso nº 1/2005, esta categoria inclui apenas valores a receber de outras instituições financeiras.
No reconhecimento inicial estes activos são registados pelo seu justo valor, deduzido de eventuais comissõesincluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção.Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de eventuaisperdas por imparidade.
Reconhecimento de juros
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizadoe repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada paradescontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seuvalor actual ao valor do instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.
iii) Activos financeiros disponíveis para venda
Esta categoria inclui títulos de rendimento variável e fixo não classificados como activos ao justo valoratravés de resultados, incluindo participações financeiras com carácter de estabilidade, bem comooutros instrumentos financeiros aqui registados no reconhecimento inicial e que não se enquadrem nasrestantes categorias previstas na Norma IAS 39 acima descritas.
Os activos financeiros disponíveis para venda são mensurados ao justo valor, com excepção de instrumentosde capital próprio não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado comfiabilidade, que permanecem registados ao custo. Os ganhos ou perdas resultantes da reavaliação sãoregistados directamente em capitais próprios, na “Reserva de justo valor”. No momento da venda, ou caso
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seja determinada imparidade, as variações acumuladas no justo valor são transferidas para proveitos oucustos do exercício.
Os dividendos de instrumentos de capital próprio classificados nesta categoria são registados comoproveitos na demonstração de resultados quando é estabelecido o direito do Banco ao seu recebimento.
Justo valor
Conforme acima referido, os activos financeiros enquadrados nas categorias de Activos financeiros ao justovalor através de resultados e Activos financeiros disponíveis para venda são registados pelo justo valor.
O justo valor de um instrumento financeiro corresponde ao montante pelo qual um activo ou passivofinanceiro pode ser vendido ou liquidado entre partes independentes, informadas e interessadas naconcretização da transacção em condições normais de mercado.
O justo valor dos instrumentos financeiros é determinado com base nos seguintes critérios:
• Cotação de fecho na data de balanço, para instrumentos transaccionados em mercados activos;
• Cotações fornecidas por entidades independentes (bid prices), difundidos através de meios de difusão deinformação financeira, nomeadamente a Bloomberg, incluindo preços de mercado disponíveis emtransacções recentes e preços gerados por modelos internos de valorização, os quais têm em conta osdados de mercado que seriam utilizados na definição de um preço para o instrumento financeiro,reflectindo as taxas de juro de mercado e a volatilidade, bem como a liquidez e o risco de crédito associadoao instrumento.
iv) Investimentos a deter até à maturidade
Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa dejuro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, tendo o Banco a possibilidadee a intenção de os manter até ao seu reembolso.
No reconhecimento inicial estes activos são registados ao custo de aquisição, deduzido de eventuaiscomissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveisà transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado,deduzido de eventuais perdas por imparidade.
c) Passivos financeiros
Os passivos financeiros são registados na data de contratação ao respectivo justo valor, deduzido de custosdirectamente atribuíveis à transacção. Os passivos são classificados nas seguintes categorias:
i) Passivos financeiros detidos para negociação
Os passivos financeiros detidos para negociação correspondem a instrumentos financeiros derivadoscom reavaliação negativa, os quais se encontram reflectidos pelo justo valor.
ii) Outros passivos financeiros
Esta categoria inclui recursos de bancos centrais, de outras instituições de crédito e de clientes e passivosincorridos para pagamento de prestações de serviços.
Estes passivos financeiros são valorizados pelo custo amortizado.
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d) Derivados e contabilidade de cobertura
O Banco realiza operações com produtos derivados no âmbito da sua actividade, com o objectivo de satisfazer asnecessidades dos seus clientes e de reduzir a sua exposição a flutuações cambiais, de taxas de juro e de cotações.
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação.Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional.
Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justovalor é apurado:
• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionadosem mercados organizados);
• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flowsdescontados e modelos de valorização de opções.
Derivados embutidos
Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contratode base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:
• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados como contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e
• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações nojusto valor reflectidas em resultados.
Derivados de negociação
São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associadosa relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:
• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através deresultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;
• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da NormaIAS 39;
• Derivados contratados com o objectivo de “trading”.
Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidosem proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor atravésde resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valoratravés de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.
Derivados de cobertura
Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado riscoinerente à actividade. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidadede cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.
Para todas as relações de cobertura, é preparada no início da operação documentação formal, que inclui os seguintesaspectos:
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• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo comas políticas de cobertura de risco definidas pelo Banco;
• Descrição do(s) risco(s) coberto(s);
• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;
• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.
Periodicamente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação davariação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto).De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relaçãodeverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos,de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.
Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidosem proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, o Banco reflecte igualmente noresultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destasvalorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através deresultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps detaxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Jurose rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.
As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente,em rubricas específicas.
As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activose passivos.
Durante os exercícios de 2006 e 2005, o Banco não registou quaisquer instrumentos derivados como operaçõesde cobertura.
e) Imparidade de activos financeiros
Activos financeiros ao custo amortizado
O Banco efectua periodicamente análises de imparidade dos seus activos financeiros registados ao custoamortizado, nomeadamente as aplicações em instituições de crédito e os investimentos detidos até à maturidade.
A identificação de indícios de imparidade é efectuada numa base individual.
Os seguintes eventos podem constituir indícios de imparidade:
• Incumprimento das cláusulas contratuais, nomeadamente atrasos nos pagamentos de juros ou capital;
• Dificuldades financeiras significativas do devedor ou do emissor da dívida;
• Existência de uma elevada probabilidade de declaração de falência do devedor ou do emissor da dívida;
• Concessão de facilidades ao devedor em resultado das suas dificuldades financeiras que não seriam concedidasnuma situação normal;
• Comportamento histórico das cobranças que permita deduzir que o valor nominal nunca será recuperado natotalidade; e
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• Dados indicativos de uma redução mensurável no valor estimado dos cash-flows futuros de um grupo de activosfinanceiros desde o seu registo inicial, embora essa redução não possa ser identificada nos activos financeirosindividuais do grupo.
Sempre que sejam identificados indícios de imparidade em activos analisados individualmente, a eventual perdapor imparidade corresponde à diferença entre o valor inscrito no balanço no momento da análise e o valoractual dos fluxos de caixa futuros que se espera receber (valor recuperável), descontado com base na taxa dejuro efectiva original do activo.
Activos financeiros disponíveis para venda
Conforme referido na Nota 2.3. b), os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor,sendo as variações no justo valor reflectidas directamente em capital próprio, na “Reserva de justo valor”.
Sempre que exista evidência objectiva de imparidade, as menos-valias acumuladas que tenham sido reconhecidasna Reserva de justo valor devem ser transferidas para custos do exercício sob a forma de perdas por imparidade.
Para além dos indícios de imparidade definidos para activos registados ao custo amortizado, a Norma IAS 39prevê os seguintes indícios específicos para imparidade em activos de rendimento variável:
• Informação sobre alterações significativas com impacto adverso na envolvente tecnológica, de mercado,económica ou legal em que o emissor opera, e que indique que o custo do investimento não venha a serrecuperado;
• Um declínio prolongado e significativo do valor de mercado abaixo do preço de custo.
Em cada data de referência das demonstrações financeiras é efectuada uma análise da existência de perdas porimparidade em activos financeiros disponíveis para venda.
As perdas por imparidade em activos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuaismais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na Reservade justo valor até que o activo seja vendido.
Relativamente a activos financeiros registados ao custo, nomeadamente instrumentos de capital próprio nãocotados e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, o Banco efectua igualmente análisesperiódicas de imparidade. Neste âmbito, o valor recuperável corresponde à melhor estimativa dos fluxos futurosa receber do activo, descontados a uma taxa que reflicta de forma adequada o risco associado à sua detenção.
O montante de perda por imparidade apurado é reconhecido directamente em resultados do exercício. As perdaspor imparidade nestes activos não podem ser revertidas.
2.4. Activos não correntes detidos para venda
Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para vendasempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu usocontinuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado ocumprimento dos seguintes requisitos:
• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;
• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;
• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activonesta rubrica.
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Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzidodos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritosindependentes, não sendo sujeitos a amortizações.
2.5. Outros activos tangíveis
Encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e perdas por imparidade acumuladas.Os custos de reparação, manutenção e outras despesas associadas ao seu uso são reconhecidos como custo doexercício, na rubrica “Gastos gerais administrativos”.
As amortizações são calculadas com base no método das quotas constantes e registadas em custos do exercícionuma base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem, o qual corresponde ao período em quese espera que o activo esteja disponível para uso, que é, de acordo com as taxas máximas fiscalmente aceites:
Anos de vida útil
Imóveis de serviço próprio 50
Despesas em edifícios arrendados 10
Mobiliário e material 8 - 10
Máquinas e ferramentas 5 - 8
Equipamento informático 4
Instalações interiores 5 - 10
Material de transporte 4
Equipamento de segurança 8 - 10
Os terrenos não são objecto de amortização.
Periodicamente são realizadas análises de evidência de imparidade em activos tangíveis de acordo com aNorma IAS 36 - “Imparidade de activos”. Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos tangíveis excedao seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos resultados do exercício. Asperdas por imparidade podem ser revertidas, também com impacto em resultados do período, caso emperíodos seguintes se verifique um aumento do valor recuperável do activo.
O Banco avalia periodicamente a adequação da vida útil estimada para os activos tangíveis.
2.6. Locação financeira
As operações de locação financeira são registadas da seguinte forma:
Como locador
Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo estereembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídosnas rendas são registados como proveitos financeiros.
Como locatário
O Banco não realizou operações de locação financeira na óptica do locatário.
2.7. Activos intangíveis
Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso desoftware utilizado no desenvolvimento das actividades do Banco. Os activos intangíveis são registados ao custode aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.
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As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimadados activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.
As despesas com manutenção de software são contabilizadas como custo do exercício em que são incorridas.
2.8. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
Esta rubrica inclui as participações em empresas nas quais o Banco exerce um controlo efectivo sobre a sua gestãocorrente, de modo a obter benefícios económicos das suas actividades, denominadas “filiais”. Normalmente ocontrolo é evidenciado pela detenção de mais de 50% do capital ou dos direitos de voto.
Estes activos são registados pelo custo de aquisição, sendo objecto de análises de imparidade periódicas.
Os dividendos são registados como proveitos no exercício em que é decidida a sua distribuição pelas filiais.
2.9. Impostos sobre lucros
O Banco é detido em 98,53% pela Alves Ribeiro - Investimentos Financeiros, SGPS, S.A., sendo tributado emsede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) segundo o regime especial de tributação dosgrupos de sociedades previsto no artigo 63º e seguintes do respectivo código, à taxa de 25% acrescida deDerrama, o que corresponde a uma taxa agregada de 27,5%. O perímetro do grupo abrangido pelo referidoregime compreende as seguintes sociedades:
- Alves Ribeiro - Investimentos Financeiros, SGPS, S.A.;- Banco Invest, S.A.;- Invest Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A..
O lucro tributável do grupo do qual a Alves Ribeiro - Investimentos Financeiros, SGPS, S.A. é a sociedadedominante é calculado pela soma algébrica dos lucros tributáveis e dos prejuízos fiscais apurados individualmente.
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.
O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilísticodevido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ouque apenas serão considerados noutros períodos.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultantede diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua basefiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis,enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existênciade lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ouprejuízos fiscais.
As principais situações que originam diferenças temporárias ao nível do Banco correspondem a provisões nãoaceites para efeitos fiscais, diferimento de comissões e reavaliações de instrumentos financeiros derivados.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à datada reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadasna data de balanço.
Em 2006 foi aprovada pela Assembleia da República e publicada em Diário da República no dia 15 de Janeirode 2007 a nova Lei das Finanças Locais, a qual produzirá efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2007. De acordocom o Artigo 14º, os municípios podem deliberar uma derrama anual, até ao limite máximo de 1,5% sobre o
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lucro tributável sujeito e não isento de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC). A referidaalteração implicou a redução da taxa fiscal utilizada no cálculo dos impostos diferidos para 25% sobre eventuaisprejuízos fiscais reportáveis e 26,5% sobre as demais diferenças temporárias geradas no reconhecimento doimposto sobre os lucros do exercício.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto noscasos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (porexemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondenteimposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.
2.10. Provisões e passivos contingentes
Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de eventospassados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. Omontante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidadena data de balanço.
Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos contingentessão objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.
As provisões para outros riscos e encargos destinam-se a fazer face a contingências fiscais, legais e outras.
2.11. Benefícios a empregados
As responsabilidades com benefícios a empregados são reconhecidas de acordo com os princípios estabelecidospela Norma IAS 19 - Benefícios dos Trabalhadores.
O Banco não subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho em vigor para o sector bancário, estando os seustrabalhadores abrangidos pelo Regime Geral de Segurança Social. Por esse motivo, em 31 de Dezembro de2006, o Banco não tem qualquer responsabilidade por pensões, complementos de reforma ou outros benefíciosde longo prazo a atribuir aos seus empregados.
Os benefícios de curto prazo, incluindo prémios de produtividade pagos aos colaboradores pelo seu desempenho,são reflectidos em “Custos com pessoal” no período a que respeitam, de acordo com o princípio da especializaçãodos exercícios.
2.12. Comissões
Conforme referido na Nota 2.3., as comissões recebidas relativas a operações de crédito e outros instrumentosfinanceiros, nomeadamente comissões cobradas na originação das operações, são reconhecidas como proveitosao longo do período da operação.
As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período deprestação do serviço ou de uma só vez, se resultarem da execução de actos únicos.
2.13. Valores recebidos em depósito
Os valores recebidos em depósito, nomeadamente os títulos de clientes, encontram-se registados ao valor nominal.
2.14. Caixa e seus equivalentes
Para efeitos da preparação da demonstração dos fluxos de caixa, o Banco considera como “Caixa e seusequivalentes” o total das rubricas “Caixa e disponibilidades em bancos centrais” e “Disponibilidades em outrasinstituições de crédito”.
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2.15. Estimativas contabilísticas críticas e aspectos julgamentais mais relevantes na aplicação das políticascontabilísticas
Na aplicação das políticas contabilísticas acima descritas, é necessária a realização de estimativas pelo Conselhode Administração do Banco. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras individuais doBanco incluem as abaixo apresentadas.
DETERMINAÇÃO DE IMPOSTOS SOBRE LUCROS
Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pelo Banco com base nas regras definidaspelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações a legislação fiscal pode não sersuficientemente clara e objectiva e originar a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valoresregistados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis do Banco sobre o correcto enquadramentodas suas operações o qual é no entanto susceptível de ser questionado pelas Autoridades Fiscais.
VALORIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS NÃO TRANSACCIONADOS EM MERCADOS ACTIVOS
De acordo com a Norma IAS 39, o Banco valoriza ao justo valor todos os instrumentos financeiros, com excepçãodos registados pelo custo amortizado. Na valorização de instrumentos financeiros não negociados em mercadoslíquidos, são utilizados os modelos e técnicas de valorização descritos na Nota 2.3.. As valorizações obtidascorrespondem à melhor estimativa do justo valor dos referidos instrumentos na data do balanço. Conformereferido na Nota 2.3., a valorização destes instrumentos financeiros é determinada através do recurso a cotaçõesfornecidas por entidades independentes.
DETERMINAÇÃO DE PERDAS POR IMPARIDADE EM ACTIVOS FINANCEIROS
No que respeita às provisões para crédito a clientes, contas a receber e garantias e avales prestados, o Bancocumpre os limites mínimos definidos pelo Banco de Portugal (Nota 2.3.). No entanto, sempre que consideradonecessário estas provisões são complementadas de forma a reflectir a estimativa do Banco sobre o risco deincobrabilidade associado aos clientes. Esta avaliação é efectuada de forma casuística pelo Banco com base noconhecimento específico da realidade dos clientes e nas garantias associadas às operações em questão.
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3. RELATO POR SEGMENTOS
Para dar cumprimento aos requisitos da Norma IAS 14, o Banco Invest adoptou os seguintes segmentos de negócio:
- Comercial- Mercados
Em 31 de Dezembro de 2006, a distribuição dos resultados e das principais rubricas de balanço por linhas denegócio é a seguinte:
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Comercial Mercados Total
Margem financeira 5.772.076 1.466.829 7.238.905
Rendimentos de instrumentos de capital - 20.590 20.590
Resultados de serviços e comissões 736.208 1.717.946 2.454.154
Outros resultados de exploração e outros 80.859 2.267.173 2.348.032
Produto bancário 6.589.143 5.472.538 12.061.681
Custos com pessoal e gastos gerais administrativos (2.919.710) (2.244.919) (5.164.629)
Amortizações do exercício (178.130) (141.647) (319.777)
Provisões e imparidade (1.314.513) (1.065.129) (2.379.642)
Resultado antes de impostos 2.176.790 2.020.843 4.197.633
Impostos 613.399 555.732 1.169.131
Resultado líquido do exercício 1.563.391 1.465.111 3.028.502
Activos financeiros detidos para negociação - 151.017.131 151.017.131
Activos financeiros disponíveis para venda - 119.137.729 119.137.729
Aplicações em instituições de crédito - 6.025.895 6.025.895
Crédito a clientes 226.580.528 - 226.580.528
Investimentos detidos até à maturidade - 10.107.791 10.107.791
Recursos de bancos centrais - 66.437.008 66.437.008
Recursos de outras instituições de crédito - 177.329.549 177.329.549
Recursos de clientes e outros empréstimos - 80.320.751 80.320.751
Responsabilidades representadas por títulos 49.982.597 - 49.982.597
Passivos financeiros associados a activos transferidos 96.421.208 - 96.421.208
A totalidade da actividade do Banco Invest é desenvolvida em Portugal.
4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Caixa 5.385 10.489
Depósitos à ordem no Banco de Portugal 664.515 183.060
669.900 193.549
De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas àconstituição de reservas mínimas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidênciacompreende todos os depósitos em Bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem forada zona Euro e todos os depósitos de clientes com maturidade inferior a dois anos. A esta base é aplicado um
43
coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas àmédia das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.
5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Depósitos à ordem
. No país 4.536.296 4.754.282
. No estrangeiro 9.393.939 3.740.346
13.930.235 8.494.628
6. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Instrumentos de dívida
De dívida pública portuguesa 555.077 572.135
De outros residentes
. Instituições de crédito 1.005.797 44.303
. Empresas 3.872.783 -
De não residentes
. Emissores públicos estrangeiros 5.755.516 5.990.110
. Instituições de crédito 42.732.339 1.181.139
. Empresas 90.150.770 11.100.349
144.072.282 18.888.036
Instrumentos de capital
De residentes
. Acções 2.390.092 908.550
De não residentes
. Acções 2.298.516 772.445
. Unidades de participação 2.231.608 1.021.673
. Outros 299.995 422.407
7.220.211 3.125.075
Instrumentos financeiros derivados
Swaps
. Taxa de juro 848.399 827.968
. Crédito 56.040 6.751
Opções 158.181 -
1.062.620 834.719
152.355.113 22.847.830
Provisões para rísco país:
. Instrumentos de dívida (1.337.982) (849.001)
151.017.131 21.998.829
44
O movimento ocorrido nas provisões para risco país durante os exercícios de 2006 e 2005 é apresentado naNota 23.
Em 31 de Dezembro de 2006, estas operações encontram-se valorizadas de acordo com os critérios descritosna Nota 2.3.. Nesta data, o montante nocional e o valor contabilístico apresentavam a seguinte desagregação:
2006
Montante nocional Valor contabilístico
Derivados Activos detidos Passivos detidos
de negociação para negociação para negociação Total
(Nota 6) (Nota 18)
Instrumentos financeiros derivados
Mercado de balcão (OTC)
Swaps
. De taxa de juro 111.071.054 848.399 465.844 1.314.243
. Sobre eventos de crédito 7.000.000 56.040 1.830 57.870
Opções embutidas
em depósitos estruturados 16.750.008 - 1.204.417 1.204.417
134.821.062 904.439 1.672.091 2.576.530
Transaccionados em bolsa
Futuros
. De taxa de juro 42.293.905 - - -
. De cotações 8.966.940 - - -
. De divisas 1.884.396 - - -
53.145.241 - - -
Opções
. De cotações 1.032.450 158.181 - 158.181
54.177.691 158.181 - 158.181
188.998.753 1.062.620 1.672.091 2.734.711
45
A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro de 2006, por prazosresiduais apresenta o seguinte detalhe (por montante nocional):
2006
> 3 meses > 6 meses > 1ano
<= 3 meses <= 6 meses <= 1 ano <= 5 anos > 5 anos Total
Instrumentos financeiros derivados
Mercado de balcão (OTC)
Swaps
. De taxa de juro - 2.500.000 2.500.000 95.071.054 11.000.000 111.071.054
. Sobre eventos de crédito - - - 7.000.000 - 7.000.000
- 2.500.000 2.500.000 102.071.054 11.000.000 118.071.054
. Opções embutidas
em depósitos estruturados 3.555.050 1.553.995 7.250.610 4.390.353 - 16.750.008
Transaccionados em bolsa
Futuros
. De taxa de juro 42.293.905 - - - - 42.293.905
. De cotações 8.966.940 - - - - 8.966.940
. De divisas 1.884.396 - - - - 1.884.396
53.145.241 - - - - 53.145.241
Opções
. De cotações 1.032.450 - - - - 1.032.450
57.732.741 4.053.995 9.750.610 106.461.407 11.000.000 188.998.753
A distribuição por tipo de contraparte das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembrode 2006 apresenta o seguinte detalhe:
Mercado de balcão (OTC)
Swaps
De taxa de juro
. Instituições financeiras 111.071.054
Sobre eventos de crédito
. Instituições financeiras 7.000.000
Opções embutidas em depósitos estruturados
. Clientes 16.750.008
134.821.062
Transaccionados em bolsa
Futuros
. De taxa de juro 42.293.905
. De cotações 8.966.940
. De divisas 1.884.396
53.145.241
Opções
. De cotações 1.032.450
188.998.753
7. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Instrumentos de dívida
De dívida pública portuguesa 1.222.621 1.801.456
De outros residentes
. Outras obrigações 2.493.740 10.210.735
De não residentes
. Emissores públicos estrangeiros 4.293.713 3.334.692
. AR Finance 1, plc 11.452.210 11.580.327
. Outras obrigações 97.412.841 167.705.380
116.875.125 194.632.590
Instrumentos de capital
Emitidos por residentes
. Valorizados ao justo valor 3.496.503 3.840.596
Emitidos por não residentes
. Valorizados ao justo valor 1.749.149 3.773.323
5.245.652 7.613.919
Juros a receber 866.810 1.193.704
122.987.587 203.440.213
Provisões e imparidade:
. Provisão para risco país (1.711.211) (734.795)
. Imparidade (1.070.017) (1.578.749)
. Provisão para obrigações emitidas pelo AR Finance 1, Plc (1.068.630) (1.204.664)
(3.849.858) (3.515.208)
119.137.729 199.922.005
O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade durante os exercícios de 2006 e 2005 é apresentado naNota 23.
46
47
8. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Instituições de crédito no país
. Aplicações no mercado monetário
interbancário 4.500.000 3.900.000
. Empréstimos - 5.000.000
. Depósitos a prazo 1.518.603 -
6.018.603 8.900.000
Juros a receber 7.292 3.836
6.025.895 8.903.836
As aplicações em instituições de crédito em vigor em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 tinham um prazo devencimento residual inferior a três meses.
9. CRÉDITO A CLIENTES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Crédito interno securitizado:. Operações de locação financeira imobiliária 61.890.260 67.421.757. Empréstimos a médio e longo prazo 34.530.948 43.993.590
96.421.208 111.415.347
Crédito interno não securitizado:. Operações de locação financeira imobiliária 55.354.273 32.811.358. Empréstimos a médio e longo prazo 54.142.210 30.756.335. Créditos em conta corrente 7.593.017 7.187.997. Operações de locação financeira mobiliária 155.012 292.900. Descobertos em depósitos à ordem 9.050.974 6.230.963
126.295.486 77.279.553
Crédito ao exterior:. Descobertos em depósitos à ordem 32.118 15.593
222.748.812 188.710.493
Juros a receber 753.617 557.441
Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferido 451.370 276.194Receitas com rendimento diferido (126.229) (77.712)
325.141 198.482
Crédito e juros vencidos 7.689.934 6.885.994
231.517.504 196.352.410
Provisões:. Para crédito e juros vencidos (4.884.139) (4.131.420). Para créditos de cobrança duvidosa (52.837) (14.597)
(4.936.976) (4.146.017)
226.580.528 192.206.393
48
Em 19 de Dezembro de 2003 o Banco realizou uma operação de titularização de créditos, no âmbito da qual alienouuma carteira de créditos constituída por operações de leasing imobiliário, créditos hipotecários e créditos associadosa estas operações através de clausulas de “cross default”, pelo montante de 100.007.912 Euros. Em Dezembro de2004, de acordo com os termos da operação inicial, o Banco procedeu à venda de créditos adicionais no montantede 42.000.017 Euros.
Estes créditos foram vendidos pelo respectivo valor contabilístico ao Fundo de Titularização de Créditos AR Finance1 Fundo (AR Finance 1 FTC), o qual é gerido pela Navegator, Sociedade Gestora de Fundos de Titularização deCréditos, S.A..
A gestão dos créditos cedidos continua a ser assegurada pelo Banco, nos termos de um contrato de gestão decréditos celebrado em 19 de Dezembro de 2003. Todos os montantes recebidos ao abrigo dos contratos decrédito são entregues ao AR Finance 1 FTC, sendo os serviços do Banco remunerados através de uma comissãocalculada trimestralmente sobre o valor global dos créditos que integram o Fundo, com base numa taxa anualde 0,35%.
O financiamento do AR Finance 1 FTC foi assegurado através da emissão de duas séries de unidades de titularizaçãode créditos, fungíveis entre si, nos montantes de 100.000.293 Euros e 42.000.000 Euros, respectivamente, as quaisforam integralmente subscritas pela Sociedade AR Finance 1 plc, sedeada na República da Irlanda.
As receitas emergentes dos créditos cedidos são integralmente distribuídas pelo AR Finance 1 FTC ao ARFinance 1 plc, após dedução das comissões, despesas e encargos previstos no regulamento de gestão do Fundo.Desta forma, o risco de crédito inerente à posse dos créditos é reflectido no AR Finance 1 plc, na sua qualidadede detentor da totalidade das unidades de titularização emitidas pelo AR Finance 1 FTC.
O financiamento do AR Finance 1 plc foi assegurado através da emissão de obrigações com diferentes níveisde subordinação, de rating e consequentemente de remuneração. Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, adívida emitida por esta entidade apresenta as seguintes características:
Remuneração
Montante em circulação Data de Data do Até à data Após a data
Montante emitido 2006 2005 reembolso “Step up” do “Step up” do “Step up”
Classe A 106.500.000 62.484.002 77.459.805 Setembro de 2036 Setembro de 2008 Euribor 3 m + 0,32% Euribor 3 m + 0,64%
Classe B 35.500.000 35.500.000 35.500.000 Setembro de 2036 Setembro de 2008 Euribor 3 m + 0,09% Euribor 3 m + 0,18%
Classe C 11.360.000 11.360.000 11.360.000 Setembro de 2036 – Taxa fixa de 19% Taxa fixa de 19%
Certificados 1.200.000 1.200.000 1.200.000 Setembro de 2036 – Rendimento residual gerado pela carteira titularizada,
Residuais líquida das restantes classes de obrigações
154.560.000 110.544.002 125.519.805
As obrigações das Classes A e C emitidas em 2004 foram colocadas com prémios face aos respectivos valoresnominais, nos montantes de 81.046 Euros e 218.452 Euros, respectivamente.
As obrigações das Classes A, B e C vencem juros trimestralmente em 20 de Março, Junho, Setembro e Dezembrode cada ano.
Os “Spreads” das obrigações das Classes A e B aumentam a partir de Setembro de 2008, originando um incrementodo custo do financiamento a partir desta data.
As obrigações das Classes A e B têm ambas “Rating” AAA atribuído pelas agências Standard & Poor’s e Moody’s.Adicionalmente, o reembolso de capital e os juros das obrigações da Classe B encontram-se garantidos pelo“European Investment Fund”.
49
O AR Finance 1, plc tem a opção de liquidar antecipadamente as obrigações das Classes A e B em qualquerdata de pagamento de juros a partir de Setembro de 2006. Nesta situação, a carteira de créditos seria tambémrecomprada antecipadamente. Adicionalmente, o Banco tem também a opção de recomprar antecipadamentea carteira de crédito a partir do momento em que o valor do capital em dívida seja igual ou inferior a 10% domontante da operação inicial.
As obrigações da Classe C, às quais não foi atribuído “Rating”, e cujo reembolso está subordinado ao reembolsodas obrigações das Classes A e B e os certificados residuais foram integralmente adquiridos pelo Banco. O valor desubscrição das obrigações da Classe C destinou-se à constituição de uma “Cash reserve account”, cuja finalidadeconsiste em compensar qualquer insuficiência dos valores recebidos pelo AR Finance 1, plc para fazer face aospagamentos devidos aos detentores das obrigações das Classes A e B.
Dado a estrutura da operação implicar a manutenção pelo Banco da maior parte dos riscos associados à carteirade créditos cedidos e dos resultados gerados pela mesma, os créditos cedidos não foram desreconhecidos. Opassivo financeiro originado pelos fundos recebidos no âmbito desta operação encontra-se reflectido nopassivo na rubrica “Passivos financeiros associados a activos transferidos” (Nota 22).
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o capital vincendo resultante dos créditos cedidos ascendia a 96.421.208Euros e 111.415.347 Euros, respectivamente.
Adicionalmente, de acordo com o regime definido pelo Banco de Portugal, o Banco regista provisões específicaspara as obrigações da Classe C, de montante equivalente ao das provisões para riscos gerais e riscos específicosa que estariam sujeitos os créditos cedidos caso a operação não tivesse sido realizada, cujo montante em 31 deDezembro de 2006 e 2005 ascende a 1.068.630 Euros e 1.204.664 Euros, respectivamente (Nota 23).
Para fazer face a problemas de realização do crédito concedido da carteira não securitizada, em 31 de Dezembrode 2006 e 2005, o Banco dispõe de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 1.413.131 Euros e822.358 Euros, respectivamente, registada no âmbito da rubrica “Provisões”, do passivo (Nota 23).
O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2006 e 2005 é apresentado na Nota 23.
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os prazos residuais do crédito sobre clientes, incluindo o crédito securitizadoe excluindo o crédito vencido, apresentam a seguinte composição:
2006 2005
Até três meses 14.996.128 6.246.556
De três meses a um ano 11.679.962 5.273.789
De um ano a cinco anos 49.660.739 58.501.453
Mais de cinco anos 146.411.983 118.688.695
222.748.812 188.710.493
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a antiguidade do crédito vencido tem a seguinte composição:
2006 2005
Até três meses 581.716 311.355
De três meses a um ano 1.847.169 2.131.237
Mais de um ano 5.261.049 4.443.402
7.689.934 6.885.994
50
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a composição do crédito vencido de acordo com o tipo de garantiaassociada é a seguinte:
2006 2005
Garantia hipotecária 7.255.477 6.250.918
Outras garantias reais 7.527 14.074
Garantia pessoal 157.985 216.020
Sem garantia 268.945 404.982
7.689.934 6.885.994
A composição da carteira de crédito sobre clientes, em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, incluindo o créditosecuritizado e excluindo o crédito vencido, por sectores de actividade é a seguinte:
2006 2005
Comércio, restaurantes e hotéis 75.862.921 67.548.205
Particulares 60.067.924 51.715.701
Actividades imobiliárias 38.789.404 23.632.219
Indústrias transformadoras 18.121.648 17.443.935
Construção 7.999.736 7.211.228
Serviços prestados às empresas 4.301.108 6.172.729
Indústria têxtil 2.051.557 3.361.187
Actividades recreativas, culturais e desportivas 4.891.092 2.787.828
Transportes 1.798.178 1.825.936
Saúde e acção social 1.500.769 1.698.247
Agricultura, silvicultura, caça e pesca 1.578.760 1.676.224
Indústrias alimentares 3.397.122 1.604.665
Educação 568.347 607.105
Administração pública, defesa e segurança 324.836 345.589
Aluguer de máquinas e outros equipamentos 187.602 270.138
Telecomunicações - 17.690
Outros 1.307.808 791.867
222.748.812 188.710.493
10. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
EIB 5,375% 15/10/2012 4.874.613 4.799.138
Caixa BI 5,25% 03/2012 5.233.178 5.046.557
10.107.791 9.845.695
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o valor de mercado dos investimentos detidos até à maturidade ascendiaa 10.565.800 Euros e 11.142.015 Euros, respectivamente.
51
11. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2006 2005
Imóveis recebidos em dação em cumprimento 6.042.509 3.315.791
Imparidade (Nota 23) (324.463) (258.265)
5.718.046 3.057.526
O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2006 e 2005 pode ser apresentado da seguinte forma:
31 de Dezembro de 2005 31 de Dezembro de 2006
Valor Dotações Valor Valor
bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade bruto Imparidade líquido
(Nota 23) (Nota 23)
Activos recebidos em dação em pagamento
Imóveis 3.315.791 (258.265) 3.033.752 (307.034) (66.198) 6.042.509 (324.463) 5.718.046
31 de Dezembro de 2004 31 de Dezembro de 2005
Valor Dotações Valor Valor
bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade bruto Imparidade líquido
(Nota 23) (Nota 23)
Activos recebidos em dação em pagamento
Imóveis 2.971.154 (158.233) 397.488 (52.851) (100.032) 3.315.791 (258.265) 3.057.526
Em 31 de Dezembro de 2006, os imóveis recebidos em dação em cumprimento apresentam a seguinte composição,de acordo com a data da sua aquisição pelo Banco:
Ano de Valor Valor
aquisição bruto Imparidade líquido
anterior a 2004 816.455 (97.955) 718.500
2004 1.698.710 (83.867) 1.614.843
2005 493.592 (97.743) 395.849
2006 3.033.752 (44.898) 2.988.854
6.042.509 (324.463) 5.718.046
52
12. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2006 e 2005 foio seguinte:
31 de Dezembro de 2005
Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Aquisições Transferências do exercício e abates liquido
Imóveis
. De serviço próprio 705.227 (93.897) - - (12.640) - 598.690
. Despesas em edifícios arrendados 633.160 (498.628) 29.823 - (51.436) - 112.919
1.338.387 (592.525) 29.823 - (64.076) - 711.609
Equipamento
. Mobiliário e material 190.938 (150.997) 6.585 - (13.515) - 33.011
. Máquinas e ferramentas 90.799 (64.484) - - (3.466) - 22.849
. Equipamento informático 552.494 (501.101) 59.609 - (35.481) - 75.521
. Instalações interiores 267.574 (247.732) 10.594 - (12.173) - 18.263
. Material de transporte 571.133 (307.019) 432.698 - (158.032) (4.688) 534.092
. Equipamento de segurança 10.568 (6.419) - - (1.021) - 3.128
1.683.506 (1.277.752) 509.486 - (223.688) (4.688) 686.864
Outras activos tangíveis
. Património artístico 7.364 - - - - - 7.364
Activos tangíveis em curso - - 6.522 - - - 6.522
3.029.257 (1.870.277) 545.831 - (287.764) (4.688) 1.412.359
31 de Dezembro de 2004
Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Aquisições Transferências do exercício e abates liquido
Imóveis
. De serviço próprio 705.227 (81.257) - - (12.640) - 611.330
. Despesas em edifícios arrendados 632.334 (444.152) 1.411 - (55.061) - 134.532
1.337.561 (525.409) 1.411 - (67.701) - 745.862
Equipamento
. Mobiliário e material 185.429 (127.966) 4.924 - (22.446) - 39.941
. Máquinas e ferramentas 73.218 (50.641) 8.410 (1.725) (2.947) - 26.315
. Equipamento informático 540.574 (473.867) 24.091 (10.648) (28.757) - 51.393
. Instalações interiores 256.856 (241.161) 7.718 12.373 (15.944) - 19.842
. Material de transporte 598.071 (338.667) 150.499 - (145.789) - 264.114
. Equipamento de segurança 10.568 (5.397) - - (1.022) - 4.149
1.664.716 (1.237.699) 195.642 - (216.905) - 405.754
Outros activos tangíveis
. Património artístico 7.364 - - - - - 7.364
3.009.641 (1.763.107) 197.053 - (284.606) - 1.158.980
13. ACTIVOS INTANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2006 e 2005 foi o seguinte:
31 de Dezembro de 2005
Valor Amortizações Amortizações Valor
Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício líquido
Activos intangíveis
. Software 827.591 (769.932) 63.300 (32.013) 88.946
. Activos intangíveis em curso 5.000 - 95.359 - 100.359
832.591 (769.932) 158.659 (32.013) 189.305
31 de Dezembro de 2004
Valor Amortizações Amortizações Valor
Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício líquido
Activos intangíveis
. Software 772.161 (743.144) 56.713 (28.071) 57.659
. Activos intangíveis em curso 5.000 - - - 5.000
777.161 (743.144) 56.713 (28.071) 62.659
14. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o saldo desta rubrica corresponde integralmente à participação detidapelo Banco na Invest Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. naqual detém a totalidade do capital social.
Nestas datas, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras desta entidadepodem ser resumidos da seguinte forma:
2006 2005
Activo líquido 453.993 420.350
Situação líquida 442.361 404.056
Resultado líquido 38.305 31.337
Total de proveitos 70.441 71.853
53
54
15. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 eram osseguintes:
2006 2005
Activos por impostos diferidos
. Por diferenças temporárias 392.022 226.148
Passivos por impostos diferidos
. Por diferenças temporárias (737.555) (685.610)
(345.533) (459.462)
Passivos por impostos correntes - Imposto sobre o rendimento:
. Imposto imputado 1.438.554 1.185.588
. Pagamentos por conta (809.058) (144.747)
. Retenções na fonte (777) (1.358)
Imposto sobre o rendimento a pagar 628.719 1.039.483
O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2006 e 2005 foi o seguinte:
2006
Saldo em Variação em Variação em Saldo em
31-12-2005 resultados reservas 31-12-2006
(pró-forma)
Provisões para riscos gerais de crédito 226.148 148.331 - 374.479
Provisões para imóveis recuperados - 17.543 - 17.543
Ajustamentos de transição para NCA:
Diferimento de comissões associadas a operações de crédito (54.583) 12.504 - (42.079)
Reavaliação de Instrumentos financeiros derivados:
. Derivados de negociação (2.517) 576 - (1.941)
. Derivados embutidos (29.556) 6.771 - (22.785)
Activos disponíveis para venda:
. Reconhecimento de proveitos (1.109) 254 - (855)
. Reversão de provisões para títulos de investimento (92.471) 21.184 - (71.286)
Valorização de derivados de negociação (142.067) 66.630 - (75.436)
Mais valias em títulos detidos para negociação - (4.370) - (4.370)
Activos disponíveis para venda - Reserva de justo valor (363.307) - (155.496) (518.803)
(459.462) 269.423 (155.496) (345.533)
55
2005
Adopção das NCA Variação em Variação em Saldo em
em 01-01-2005 resultados reservas 31-12-2005
(Nota 42) (pró-forma)
Provisões para riscos gerais de crédito 127.961 98.187 - 226.148
Ajustamentos de transição para NCA:
Diferimento de comissões associadas a operações de crédito (57.339) 2.756 - (54.583)
Reavaliação de Instrumentos financeiros derivados:
. Derivados de negociação 660 (3.177) - (2.517)
. Derivados embutidos (479) (29.077) - (29.556)
Activos disponíveis para venda:
. Reconhecimento de proveitos - (1.109) - (1.109)
. Reversão de provisões para títulos de investimento (89.789) (2.682) - (92.471)
Valorização de derivados de negociação - (142.067) - (142.067)
Activos disponíveis para venda - Reserva de justo valor (381.623) - 18.316 (363.307)
(400.609) (77.169) 18.316 (459.462)
Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relaçãoentre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentadoscomo segue:
2006 2005
Impostos correntes 1.438.554 1.185.588
Impostos diferidos
Registo e reversão de diferenças temporárias (269.423) 77.169
Total de impostos reconhecidos em resultados 1.169.131 1.262.757
Lucro antes de impostos 4.197.633 4.046.121
Carga fiscal 27,85% 31,21%
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte dasautoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais do Banco relativasaos anos de 2003 a 2006 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.
Contudo, na opinião do Conselho de Administração do Banco, não é previsível que ocorra qualquer correcçãocom impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2006.
56
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2006 e 2005 pode serdemonstrada como segue:
2006 2005
Taxa Imposto Taxa Imposto
Resultado antes de impostos 4.197.633 4.046.121
Imposto apurado com base na taxa nominal 27,50% 1.154.349 27,50% 1.112.683
Custos não aceites fiscalmente:
Seguros 0,17% 6.967 0,00% -
Reintegrações 0,16% 6.875 0,10% 3.951
Outros 0,00% 66 0,00% 138
Correcção de impostos diferidos 0,00% - 3,51% 142.067
Correcções por crédito de imposto 0,06% 2.371 0,06% 2.485
Benefícios fiscais (0,09%) (3.726) (0,23%) (9.354)
Mais e menos valias (0,23%) (9.855) (0,14%) (5.645)
Alteração da taxa de imposto 0,11% 4.760 0,00% -
Tributação autónoma 0,37% 15.607 0,10% 3.882
Outros (0,20%) (8.283) 0,31% 12.550
27,85% 1.169.131 31,21% 1.262.757
O Banco Invest não reconhece impostos diferidos activos sempre que não seja provável a existência de lucrostributáveis futuros que possibilitem a respectiva utilização.
57
16. OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Devedores e outras aplicações
Devedores por operações sobre futuros 750.160 588.238
Devedores por operações sobre Opções 234.949 -
Aplicações Diversas 38.100 38.100
1.023.209 626.338
Sector Público Administrativo
. IVA a recuperar 96.677 228.459
Outros devedores diversos 2.618 8.526
99.295 236.985
Rendimentos a receber
Comissões 87.115 37.681
Despesas com encargo diferido
Rendas 25.918 25.918
Seguros - 7.660
Outras 56.254 50.887
82.172 84.465
Outras contas de regularização
Operações de bolsa a liquidar 7.568.822 3.469.381
Operações fora de bolsa a liquidar 8.454 44.111
Outras 581.057 253.960
8.158.333 3.767.452
9.450.124 4.752.921
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a rubrica “Operações de Bolsa a liquidar” corresponde a transacçõesefectuadas por conta de clientes cuja liquidação financeira ocorreu subsequentemente à data do balanço.
17. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Recursos do Banco de Portugal 66.200.000 51.488.785
Juros a pagar 237.008 114.089
66.437.008 51.602.874
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os recursos obtidos do Banco de Portugal tinham vencimento durante omês de Janeiro de 2007 e 2006, respectivamente.
58
18. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Esta rubrica refere-se a derivados registados ao justo valor por contrapartida de resultados e apresenta a seguintecomposição:
2006 2005
Swaps
. De taxa de juro 465.844 287.939
. Sobre eventos de crédito 1.830 -
Opções 1.204.417 367.469
1.672.091 655.408
19. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
À vista
Depósitos à ordem
. Instituições de crédito no país 1.372.525 -
Depósitos a prazo e outros recursos:
. Instituições de crédito no país 11.500.000 8.503.503
. Instituições de crédito no estrangeiro 164.042.471 102.662.231
175.542.471 111.165.734
Encargos a pagar:
. Juros de recursos de instituições de crédito no país 8.856 2.097
. Juros de recursos de instituições de crédito no estrangeiro 405.697 88.743
414.553 90.840
177.329.549 111.256.574
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os prazos residuais dos recursos de outras instituições de crédito, apresentavama seguinte estrutura:
2006 2005
Até três meses 175.042.471 111.165.734
De três meses a um ano 500.000 -
175.542.471 111.165.734
Os recursos de outras instituições de crédito em vigor em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 têm como garantiaassociada o penhor de títulos da carteira própria do Banco (Notas 6, 7 e 10). O Banco considera que se encontraassegurada a normal renovação destes financiamentos.
20. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
À vista:
. Depósitos à ordem 26.944.368 15.090.434
A prazo:
. Depósitos a prazo 32.858.576 19.497.761
. Depósitos estruturados 19.824.272 6.617.901
52.682.848 26.115.662
79.627.216 41.206.096
Encargos a pagar:
. Juros de recursos de clientes 693.535 159.963
80.320.751 41.366.059
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os prazos residuais dos recursos a prazo de clientes, apresentavam aseguinte estrutura:
2006 2005
Até três meses 30.455.945 13.066.911
De três meses a um ano 14.901.503 4.458.063
De um a cinco anos 6.899.150 8.101.370
A mais de cinco anos 426.250 489.318
52.682.848 26.115.662
21. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Obrigações de Caixa Banco Invest 2005 - 1ª Emissão 50.000.000 50.000.000
Obrigações de Caixa Banco Alves Ribeiro 2001 - 1ª Emissão - 16.750.000
50.000.000 66.750.000
Juros a pagar 57.347 172.911
Despesas incluídas no custo amortizado (74.750) (115.820)
49.982.597 66.807.091
As Obrigações de Caixa Banco Invest 2005 - 1ª Emissão foram emitidas em 21 de Dezembro de 2005, nomontante de 50.000.000 Euros por oferta particular, por um prazo de três anos, a amortizar no respectivo
59
vencimento. Os juros são pagos trimestral e postecipadamente em 21 de Março, 21 de Junho, 21 de Setembroe 21 de Dezembro de cada ano.
A taxa de juro é igual à Euribor a três meses, em vigor no penúltimo dia útil anterior à data de início de cadaperíodo trimestral de contagem de juros, adicionada de 0,425%.
Os obrigacionistas poderão solicitar o reembolso antecipado desta emissão (“put option”), ao par, caso a AlvesRibeiro - Investimentos Financeiros, SGPS, S.A. deixe de deter, directa ou indirectamente, pelo menos 51% docapital social do Banco.
As obrigações de Caixa Banco Alves Ribeiro 2001 - 1ª Emissão foram emitidas em 15 de Março de 2001, porum prazo de cinco anos, a amortizar no respectivo vencimento, que ocorreu durante o exercício de 2006. Osjuros foram pagos semestral e postecipadamente em 15 de Março e 15 de Setembro de cada ano.
A taxa de juro correspondeu à Euribor a seis meses, em vigor no segundo dia útil “target” imediatamenteanterior à data de início de cada período semestral de contagem de juros, adicionada de 0,50%.
22. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o saldo desta rubrica corresponde ao passivo financeiro originado pelosfundos recebidos no âmbito da operação de titularização de créditos efectuada pelo Banco (Nota 9).
23. PROVISÕES E IMPARIDADE
O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade do Banco Invest durante os exercícios de 2006 e 2005foi o seguinte:
Saldos em Reposições e Saldos em
31-12-2005 Reforços anulações Utilizações 31-12-2006
(Pró-forma)
Provisões para créditos sobre clientes e
aplicações em títulos:
. Créditos de cobrança duvidosa (Nota 9) 14.597 96.788 (58.548) - 52.837
. Crédito e juros vencidos (Nota 9) 4.131.419 1.942.389 (1.187.053) (2.616) 4.884.139
. Títulos adquiridos no âmbito da titularização (Notas 7 e 9) 1.204.664 - (136.034) - 1.068.630
5.350.680 2.039.177 (1.381.635) (2.616) 6.005.606
Provisões:
. Riscos gerais de crédito (Nota 9) 822.358 620.554 (29.781) - 1.413.131
Imparidade e provisões para outros activos financeiros:
. Provisões para risco país (Notas 6 e 7) 1.583.796 2.530.983 (1.065.587) - 3.049.192
. Imparidade de activos financeiros disponíveis para venda (Nota 7) 1.578.749 - (400.267) (108.465) 1.070.017
3.162.545 2.530.983 (1.465.854) (108.465) 4.119.209
Imparidade outros activos:
. Activos não correntes detidos para venda (Nota 11) 258.265 66.198 - - 324.463
9.593.848 5.256.912 (2.877.270) (111.081) 11.862.409
60
61
Saldos em Adopção das NCA Reposições e Saldos em
31-12-2004 em 01-01-2005 Reforços anulações Utilizações 31-12-2005
(Nota 42) (Pró-forma)
Provisões para créditos sobre clientes e
aplicações em títulos:
. Créditos de cobrança duvidosa (Nota 9) 23.083 - 62.512 (70.998) - 14.597
. Crédito e juros vencidos (Nota 9) 3.885.511 - 1.326.966 (1.057.391) (23.667) 4.131.419
. Títulos adquiridos no âmbito da titularização (Notas 7 e 9) 1.287.888 - 66.189 (149.413) - 1.204.664
5.196.482 - 1.455.667 (1.277.802) (23.667) 5.350.680
Provisões:
. Riscos gerais de crédito (Nota 9) 465.314 - 369.535 (12.491) - 822.358
Imparidade e provisões para outros activos financeiros:
. Provisões para risco país (Notas 6 e 7) 1.860.672 - 1.320.853 (1.597.729) - 1.583.796
. Imparidade de activos financeiros
disponíveis para venda (Nota 7) 469.763 (326.507) 1.450.171 (14.678) - 1.578.749
2.330.435 (326.507) 2.771.024 (1.612.407) - 3.162.545
Imparidade de outros activos:
. Activos não correntes detidos para venda (Nota 11) 158.233 - 209.653 (109.621) - 258.265
8.150.464 (326.507) 4.805.879 (3.012.321) (23.667) 9.593.848
24. OUTROS PASSIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Credores e outros recursos
Credores por operações sobre futuros 67.046 143.613
Sector Público Administrativo
. Retenção de impostos na fonte 263.473 186.846
. Contribuições para a Segurança Social 50.616 42.693
. Taxas 1.896 9.574
Cobranças por conta de terceiros 256.467 315.511
Credores diversos
. Outros credores 1.342.722 1.075.949
1.982.220 1.774.186
Encargos a pagar
Por gastos com pessoal
. Provisão para férias e subsídio de férias 386.973 361.467
Por gastos gerais administrativos 23.872 25.163
Outros 74.921 52.815
485.766 439.445
Receitas com rendimento diferido
Comissões sobre garantias prestadas 96.000 -
Outras 206.255 80.868
302.255 80.868
Outras contas de regularização
Operações de bolsa a liquidar 8.508.785 8.231.152
Outras operações a regularizar 345.719 92.639
8.854.504 8.323.791
11.624.745 10.618.290
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a rubrica “Credores Diversos” inclui 1.075.979 Euros e 836.399 Euros,respectivamente, a pagar ao Fundo de Titularização de Créditos AR Finance 1 Fundo, correspondentes a receitasprovenientes dos créditos cedidos, já recebidas pelo Banco e ainda não entregues a esta entidade.
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a rubrica “Operações de Bolsa a liquidar” corresponde a transacçõesefectuadas por conta de clientes cuja liquidação financeira ocorreu subsequentemente à data do balanço.
62
63
25. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS
Os passivos contingentes e compromissos encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentamo seguinte detalhe:
2006 2005
Garantias prestadas e outros passivos eventuais:
Garantias e avales prestados 8.963.759 1.249.594
Activos dados em garantia 232.999.672 158.685.935
241.963.431 159.935.529
Compromissos perante terceiros:
Responsabilidades por prestação de serviços
Activos cedidos em operações de titularização
. Crédito à habitação 5.485.868 3.717.883
. Crédito hipotecário 34.530.948 40.275.707
. Leasing Imobiliário 56.404.393 67.421.757
Outros valores 86.372.724 86.319.306
182.793.933 197.734.654
424.757.364 357.670.183
26. CAPITAL
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a estrutura accionista do Banco é a seguinte:
Número
Entidade de acções Montante %
Alves Ribeiro - Investimentos Financeiros, SGPS, S.A. 9.360.000 46.800.000 98,53%
José Pais da Silva Alves Ribeiro 140.000 700.000 1,47%
9.500.000 47.500.000 100%
27. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS E LUCRO DO EXERCICIO
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:
2006 2005
Reservas de reavaliação
Reservas resultantes da valorização ao justo valor:
. De activos financeiros disponíveis para venda 1.957.745 1.321.116
Reservas por impostos diferidos
. De activos financeiros disponíveis para venda (518.803) (363.307)
1.438.942 957.809
Reserva legal 643.569 383.828
Reserva livre 4.425.659 2.087.981
Reserva de fusão 574.221 574.221
Resultados transitados 702.818 516.872
6.346.267 3.562.902
Lucro do exercício 3.028.502 2.783.364
10.813.711 7.304.075
Reservas de reavaliação
Reservas de justo valor
A reserva de justo valor reflecte as mais e menos-valias potenciais em activos financeiros disponíveis para venda,líquidas do correspondente efeito fiscal.
Reserva legal
De acordo com a legislação em vigor, o Banco deverá destinar uma fracção não inferior a 10% dos lucros líquidosapurados em cada exercício à formação de uma reserva legal, até um limite igual ao valor do capital social ou aosomatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. A reserva legal não estádisponível para distribuição, excepto em caso de liquidação do Banco, podendo apenas ser utilizada para aumentaro capital social ou para compensar prejuízos, após esgotadas as demais reservas.
Reserva de fusão
Em 22 de Dezembro de 2004 foi realizada a escritura de fusão, por incorporação no Banco, da Probolsa -- Sociedade Corretora S.A. (Probolsa). Na sequência deste processo, a sociedade incorporada foi extinta, tendosido transferidos para o Banco a totalidade dos seus direitos e obrigações. A fusão produziu efeitoscontabilísticos a partir de 1 de Janeiro de 2004, tendo os activos e passivos da Probolsa sido transferidos parao Banco com base no respectivo valor líquido de Balanço nessa data. A diferença entre o valor contabilísticodos activos e passivos transferidos e o valor de balanço da participação detida pelo Banco no capital da Probolsafoi registada na rubrica “Reserva de Fusão”. Esta reserva não está disponível para distribuição, excepto em casode liquidação do Banco, podendo apenas ser utilizada para aumentar o capital social ou para compensarprejuízos, após esgotadas as demais reservas.
64
28. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Juros de disponibilidades 184.857 72.528
Juros de aplicações em instituições de crédito 156.800 64.958
Juros de crédito a clientes:
. Crédito interno 6.090.498 3.393.367
. Crédito ao exterior 613 113
Juros de crédito vencido 62.541 98.033
Juros de activos financeiros detidos para negociação:
. Títulos 3.247.631 559.064
. Instrumentos derivados 3.378.225 3.023.785
Juros de activos financeiros disponíveis para venda:
. Títulos 6.962.182 6.664.017
Juros de activos titularizados não desreconhecidos 6.201.236 6.338.942
Juros de investimentos detidos até à maturidade 530.668 -
Juros de devedores e outras aplicações 1.669 1.190
26.816.920 20.215.997
29. JUROS E ENCARGOS SIMILARES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Juros de recursos de bancos centrais 1.833.640 1.324.956
Juros de recursos de outras instituições de crédito
. no país 462.165 333.615
. no estrangeiro 4.199.954 1.847.864
Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 1.838.419 659.981
Juros de responsabilidades representadas por títulos sem carácter subordinado 1.783.538 494.464
Juros de passivos financeiros de negociação
. Instrumentos financeiros derivados 3.321.108 2.721.742
Juros de passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização 6.139.191 6.347.961
19.578.015 13.730.583
O saldo da rubrica “Juros de passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização” correspondeaos juros entregues ao Fundo de Titularização de Créditos AR Finance 1 Fundo, no âmbito da operação efectuadapelo Banco (Nota 9).
30. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL
Esta rubrica corresponde integralmente a dividendos recebidos, apresentando a seguinte composição:
2006 2005
Rendimentos de activos disponíveis para venda:
. Emitidos por residentes 444 3.114
. Emitidos por não residentes 20.146 27.407
20.590 30.521
65
31. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Por garantias prestadas 33.270 10.488
Por serviços prestados, e op. realizadas por conta de terceiros 2.913.385 2.875.333
Outras comissões recebidas 23.543 -
2.970.198 2.885.821
32. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Por garantias recebidas 72 61
Por serviços prestados e operações realizadas por terceiros 502.176 495.678
Outras comissões pagas 13.796 324
516.044 496.063
33. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Títulos
Emitidos por residentes
. Obrigações (94.490) 79.803
. Acções 359.845 239.361
Emitidos por não residentes
. Obrigações 309.385 377.135
. Acções 309.583 460.843
. Outros instrumentos de capital 248.733 -
1.133.056 1.157.142
Instrumentos financeiros derivados
Swaps
. Swaps de taxa de juro (241.088) (18.463)
Futuros
. Sobre taxas de juro 227.111 (357.415)
. Sobre cotações 1.082.285 143.087
. Divisas 66.144 71.581
. Outros (83.706) -
Opções
. Divisas (6) -
. Sobre cotações (134.210) 221.383
916.530 60.173
2.049.586 1.217.315
66
34. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Instrumentos de dívida
De residentes
. Dívida pública portuguesa (98.447) (46.397)
. Outras obrigações 28.987 40.217
De não residentes
. Emissores públicos estrangeiros (36.625) 2.867
. Outras obrigações 208.335 426.964
Instrumentos de capital
De residentes
. Acções 36.216 18.178
De não residentes
. Acções 438.399 75.082
. Outros 94.475 18.869
671.340 535.780
35. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL
Nos exercícios de 2006 e 2005, o saldo desta rubrica corresponde integralmente aos resultados apurados nareavaliação das posições à vista em moeda estrangeira mantidas pelo Banco.
36. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS
No exercício de 2006, o saldo desta rubrica corresponde a ganhos originados pela alienação de activos tangíveis.
37. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO
Estas rubricas têm a seguinte composição:
2006 2005
Outros rendimentos de exploração
Outros rendimentos e receitas operacionais:
. Reembolso de despesas 221.764 141.454
. Rendimentos da prestação de serviços diversos 427 360
. Ganhos na alienação de activos não financeiros 27.154 22.410
. Outros 125.114 20.957
374.459 185.181
Outros encargos de exploração
Outros impostos:
. Impostos directos 3.627 2.938
Outros encargos e perdas operacionais:
. Quotizações e donativos 33.845 30.709
. Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos 17.500 17.500
. Perdas na alienação de activos não financeiros 73.106 -
. Outros encargos e gastos operacionais 165.522 46.203
293.600 97.350
Outros resultados de exploração 80.859 87.831
67
68
38. CUSTOS COM PESSOAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Salários e vencimentos
. Órgãos de Gestão e Fiscalização 693.427 625.273
. Empregados 2.119.253 1.934.895
2.812.680 2.560.168
Encargos sociais obrigatórios
Encargos relativos a remunerações:
. Segurança Social 450.810 427.428
Outros encargos sociais obrigatórios:
. Outros 15.478 18.047
466.288 445.475
Outros custos com pessoal:
. Indemnizações contratuais - 16.147
. Outros 45.865 46.737
45.865 62.884
3.324.833 3.068.527
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o número de efectivos ao serviço do Banco, distribuído pelas respectivascategorias profissionais, era o seguinte:
2006 2005
Administradores 7 7
Directores e chefias 15 13
Quadros técnicos 40 36
Administrativos 6 5
68 61
39. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2006 2005
Com fornecimentos 114.858 155.880
Com serviços 1.072.747 1.142.217
Com serviços especializados 555.753 436.659
Outros serviços de terceiros 96.438 190.231
1.839.796 1.924.987
40. ENTIDADES RELACIONADAS
São consideradas entidades relacionadas do Banco Invest as entidades pertencentes ao Grupo Alves Ribeiro.
Saldos com empresas do Grupo
Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os principais saldos com empresas do Grupo são os seguintes:
2006 2005
Activos financeiros disponíveis para venda
AR Finance 1, Plc 10.455.528 10.679.580
Crédito a clientes
Motor Park - Comércio de Veículos Automóveis, S.A. 4.200.000 4.200.000
AR Finance 1 FTC 96.421.208 111.415.347
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
Invest Gestão de Activos 250.000 250.000
Outros activos
AR Finance 1 FTC 20.327 12.081
Recursos de clientes
Invest Gestão de Activos 448.967 416.236
Alves Ribeiro - Investimentos Financeiros, SGPS, S.A. - 244.059
AR Finance 1 FTC 96.421.208 111.415.347
Outros passivos
AR Finance 1 FTC 1.118.439 836.399
Transacções com empresas do Grupo
Nos exercícios de 2006 e 2005, os principais saldos da demonstração de resultados com empresas do Gruposão os seguintes:
2006 2005
Juros e rendimentos similares
Motor Park - Comércio de Veículos Automóveis, S.A. 210.600 182.003
AR Finance 1, Plc 2.190.151 2.148.461
Alves Ribeiro - Investimentos Financeiros, SGPS, S.A. 1.785 -
Juros e encargos similares
Invest Gestão de Activos 13.362 9.079
Alves Ribeiro - Investimentos Financeiros, SGPS, S.A. 6.733 4.300
AR Finance 1 FTC 6.139.191 6.347.961
Rendimentos de serviços e comissões
AR Finance 1 FTC 387.568 432.319
Gastos gerais administrativos
Invest Gestão de Activos 9.000 9.000
Alrisa 358.196 377.026
As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nasrespectivas datas.
69
41. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Políticas de gestão dos riscos financeiros inerentes à actividade do Banco Invest
Os limites de risco e os níveis de exposição autorizados são definidos e aprovados pelo Conselho de Administraçãotendo em conta a estratégia geral do Banco Invest e a sua posição no mercado.
O processo de gestão dos riscos da instituição respeita a devida segregação de funções e a complementaridadeda actuação de cada uma das áreas envolvidas. Existe a adequada articulação entre o Comité de Investimentos,a direcção de Crédito e a direcção de Planeamento e Controlo que assegura o cumprimento dos limitesestabelecidos pelo Conselho de Administração.
Risco cambial
O risco cambial surge como consequência de variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem“posições abertas” nessas mesmas moedas.
O Banco Invest não é muito activo em termos cambiais. Os saldos diários em divisas e as transacções efectuadasem moeda estrangeira são diariamente controlados pelo Departamento de Operações e pela Sala de Mercados.
Apenas as operações em dólares têm alguma relevância, sendo residuais as transacções efectuadas noutrasdivisas.
Em 31 de Dezembro de 2006, os instrumentos financeiros apresentam a seguinte decomposição por moeda:
Moeda
Euros Dólares Franco
Bruto Norte Americanos Libra Suiço Outras Total
Activo
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 669.900 - - - - 669.900
Disponibilidades em outras instituições de crédito 7.621.776 5.032.128 1.269.795 5.990 545 13.930.235
Activos financeiros detidos para negociação 150.686.008 1.440.698 - - 228.408 152.355.113
Activos financeiros disponíveis para venda 121.378.000 539.569 - - - 121.917.569
Aplicações em instituições de crédito 4.501.376 1.524.519 - - - 6.025.895
Crédito a clientes 230.515.299 1.002.206 - - - 231.517.504
Investimentos detidos até à maturidade 10.107.791 - - - - 10.107.791
525.480.149 9.539.120 1.269.795 5.990 228.953 536.524.007
Passivo
Recursos de Bancos Centrais 66.437.008 - - - - 66.437.008
Passivos financeiros detidos para negociação 1.647.349 24.742 - - - 1.672.091
Recursos de outras instituições de crédito 175.957.024 1.372.525 - - - 177.329.549
Recursos de clientes e outros empréstimos 77.574.278 2.746.307 166 - - 80.320.751
Responsabilidades representadas por títulos 49.982.597 - - - - 49.982.597
Passivos financeiros ass. a activos transferidos 96.421.208 - - - - 96.421.208
468.019.464 4.143.575 166 - - 472.163.205
Exposição líquida 57.460.685 5.395.545 1.269.629 5.990 228.953 64.360.802
70
Risco de liquidez
Entende-se por risco de liquidez o risco potencial para a entidade de não poder satisfazer os seus compromissos,dada a incapacidade de aceder aos mercados em quantidade e custo razoáveis.
A política de controlo do risco de liquidez está subordinada à estratégia geral do Banco e tem como objectivoo financiamento adequado dos seus activos e do crescimento orçamentado dos mesmos e a determinação dafolga de liquidez.
As políticas e procedimentos que permitem controlar e limitar o risco de liquidez revêem regularmente os limitesdas posições de liquidez para diferentes horizontes temporais, analisando simulações com base em diversoscenários, o que permite uma efectiva gestão da liquidez.
É o Departamento de Riscos e Mercado Monetário que se encarrega de cumprir e executar, de uma formaefectiva, a estratégia e todas as políticas de risco de liquidez definidas e aprovadas pela Administração.
Em 31 de Dezembro de 2006, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros apresentam a seguintecomposição:
Até De 3 meses De 1 Mais de
À vista 3 meses a 1 ano a 5 anos 5 anos Inderterminado Outros(1) Total
Activo
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 669.900 - - - - - - 669.900
Disponibilidades em outras instituições de crédito 13.930.235 - - - - - - 13.930.235
Activos financeiros detidos para negociação 4.688.608 231.218 831.402 45.683.880 100.920.004 - - 152.355.113
Activos financeiros disponíveis para venda 638.999 7.466.434 6.540.650 48.382.650 58.888.836 - - 121.917.568
Aplicações em instituições de crédito - 6.018.603 - - - - 7.292 6.025.895
Crédito a clientes 9.083.092 5.913.036 11.679.962 49.660.739 146.411.983 7.689.934 1.078.758 231.517.504
Investimentos detidos até à maturidade - - - 5.233.178 4.874.613 - - 10.107.791
29.010.834 19.629.291 19.052.014 148.960.447 311.095.436 7.689.934 1.086.051 536.524.006
Passivo
Recursos de Bancos Centrais - 66.437.008 - - - - - 66.437.008
Passivos financeiros detidos para negociação - 255.809 385.849 1.030.433 - - - 1.672.091
Recursos de outras instituições de crédito 1.372.525 175.042.471 500.000 - - - 414.553 177.329.549
Recursos de clientes e outros empréstimos 26.944.368 30.455.945 14.901.503 6.899.150 426.250 - 693.535 80.320.751
Responsabilidades representadas por títulos - - - 50.000.000 - - (17.403) 49.982.597
Passivos financeiros ass. a activos transferidos - 3.474.796 7.677.924 28.598.660 56.669.829 - - 96.421.208
28.316.893 275.666.029 23.465.276 86.528.243 57.096.079 - 1.090.685 472.163.204
Gap de liquidez 693.941 (256.036.739) (4.413.262) 62.432.204 253.999.357 7.689.934 (4.634) 64.360.802
(1) - A Coluna “Outros” inclui juros a receber e a pagar e valores já recebidos ou pagos que estão a ser diferidos.
71
Risco de taxa de juro
O risco de taxa de juro diz respeito ao impacto que movimentos nas taxas de juro têm nos resultados e no valorpatrimonial da entidade. Este risco deriva dos diferentes prazos de vencimento ou de reapreciação dos activos,passivos e posições fora de balanço da entidade, face a alterações na inclinação da curva de taxas de juro. Destaforma, o risco de taxa de juro corresponde ao risco do valor actual dos cash-flows futuros de um instrumentofinanceiro sofrer flutuações em virtude de alterações nas taxas de juro de mercado.
A gestão do risco de taxa de juro subordina-se à estratégia geral da Instituição e tem como objectivo minimizaro impacto das variações das taxas de juro nos resultados globais do Banco.
O risco de taxa de juro de curto prazo resulta fundamentalmente do mismatch de pagamentos entre ospassivos da instituição e os seus activos de crédito.
Em 31 de Dezembro de 2006, o tipo de exposição ao risco de taxa de juro pode ser resumida como segue:
Não sujeito a Taxa Taxa
taxa de juro fixa variável Total
Activo
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 5.385 - 664.515 669.900
Disponibilidades em outras instituições de crédito 2.681.875 - 11.248.360 13.930.235
Activos financeiros detidos para negociação:
. Títulos 7.220.211 40.517.655 103.554.627 151.292.493
. Instrumentos financeiros derivados - 764.452 298.168 1.062.620
Activos financeiros disponíveis para venda 5.878.367 23.839.156 92.200.046 121.917.569
Aplicações em instituições de crédito - - 6.025.895 6.025.895
Crédito a clientes - - 231.517.504 231.517.504
Investimentos detidos até à maturidade - 10.107.791 - 10.107.791
15.785.837 75.229.054 445.509.115 536.524.006
Passivo
Recursos de Bancos Centrais - - 66.437.008 66.437.008
Passivos financeiros detidos para negociação
. Instrumentos financeiros derivados - 386.774 1.285.317 1.672.091
Recursos de outras instituições de crédito - - 177.329.549 177.329.549
Recursos de clientes e outros empréstimos - 8.018.935 72.301.816 80.320.751
Responsabilidades representadas por títulos - - 49.982.597 49.982.597
Passivos financeiros associados a activos transferidos - - 96.421.208 96.421.208
- 8.405.709 463.757.495 472.163.204
15.785.837 66.823.344 (18.248.380) 64.360.802
No conceito de taxa variável estão incluídas todas as operações com prazo de vencimento residual inferior a umano, bem como, todas as outras cuja taxa possa ser redefinida em função de indicadores de mercado, dentrodaquele prazo.
72
Em 31 de Dezembro de 2006, a exposição ao risco de taxa de juro pode ser decomposta nos seguintes intervalostemporais:
Até De 3 meses De 1 Mais de
À vista 3 meses a 1 ano a 5 anos 5 anos Outros(1) Total
Activo
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 669.900 - - - - - 669.900
Disponibilidades em outras instituições de crédito 13.930.235 - - - - - 13.930.235
Activos financeiros detidos para negociação
. Títulos 7.220.211 98.419.804 5.134.823 8.024.415 32.493.240 - 151.292.493
. Instrumentos financeiros derivados - 231.218 831.402 - - - 1.062.620
Activos financeiros disponíveis para venda 5.878.367 82.347.179 9.852.866 2.713.606 21.125.550 - 121.917.568
Aplicações em instituições de crédito - 6.018.603 - - - 7.292 6.025.895
Crédito a clientes 9.083.092 1.712.351 3.026.177 24.482.022 192.135.104 1.078.758 231.517.504
Investimentos detidos até a maturidade - - - 5.233.178 4.874.613 - 10.107.791
36.781.805 188.729.155 18.845.268 40.453.221 250.628.507 1.086.050 536.524.006
Passivo
Recursos de Bancos Centrais - 66.437.008 - - - - 66.437.008
Passivos financeiros detidos para negociação
. Instrumentos financeiros derivados - 255.809 385.849 1.030.433 - - 1.672.091
Recursos e outras instituições de crédito 1.372.525 174.805.463 500.000 - - 651.561 177.329.549
Recursos de clientes e outros empréstimos 26.944.368 30.455.945 14.901.503 6.899.150 426.250 693.535 80.320.751
Responsabilidades representadas por títulos - 50.000.000 - - - (17.403) 49.982.597
Passivos financeiros ass. a activos transferidos - 85.707.112 10.714.096 - - - 96.421.208
28.316.893 407.661.337 26.501.448 7.929.583 426.250 1.327.693 472.163.204
8.464.912 (218.932.182) (7.656.180) 32.523.638 250.202.257 (241.643) 64.360.802
(1) - A Coluna “Outros” inclui juros a receber e a pagar e valores já recebidos ou pagos que estão a ser diferidos.
Risco de crédito
O risco de crédito é a possibilidade de perda de valor do activo do Banco, em consequência do incumprimentodas obrigações contratuais, por motivos de insolvência ou incapacidade de pessoas singulares ou colectivas dehonrar os seus compromissos para com o Banco Invest.
Da identificação, avaliação e acompanhamento e controlo permanente do risco de crédito resulta umamonitorização atempada, que permite antecipar possíveis situações de incumprimento, estando abrangidos osriscos decorrentes de todas as actividades da instituição, tanto a nível de créditos individuais, como a nível dacarteira global do Banco.
Risco de mercado
A actividade do Banco Invest realizada através de instrumentos financeiros pressupõe a assunção ou transferênciade um ou vários tipos de riscos.
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Riscos de Mercado são os que surgem por manter instrumentos financeiros cujo valor pode ser afectado porvariações em condições de mercado. Os riscos de mercado incluem:
a) Risco de câmbio: surge como consequência de variações nas taxas de câmbio entre as moedas;b) Risco de taxa de juro: surge como consequência de variações nas taxas de juro de mercado;c) Risco de preço: surge como consequência de alterações nos preços de mercado, quer por factores específicos
do próprio instrumento, quer por factores que afectam todos os instrumentos negociados no mercado.
O controlo de risco de mercado tem por objectivo avaliar e monitorizar a perda potencial associada a alteraçõesdos preços dos activos do Banco, da gestão discricionária de carteiras, e a consequente perda de resultados,inerentes a um movimento adverso dos valores de mercado. Esta avaliação é efectuada pela definição préviade procedimentos e limites relativamente às carteiras globais e por produto. Diariamente são avaliadas asestratégias, posições e limites, que permitem a geração de receitas através das suas actividades de trading egestão de activos e passivos, gerindo simultaneamente a exposição ao risco de mercado.
Justo valor
O justo valor tem por base os preços de mercado. Nos casos em que não existe preço de mercado, o justo valoré calculado com recurso a modelos internos, assentes na técnica de desconto de cash-flows, utilizando a curvade taxas do mercado.
As principais considerações sobre o justo valor dos activos e passivos financeiros são as seguintes:
- “Caixa e disponibilidades em Bancos centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”: Dado oprazo curto destes activos, entende-se que o valor contabilístico é uma razoável estimativa do seu justo valor.
- “Aplicações e recursos de outras instituições de crédito” e “Recursos de bancos centrais”: O apuramento do justovalor pressupõe que as operações são liquidadas nas datas de vencimento e são actualizados os “cash-flows”,utilizando a curva de taxas formada nos últimos dias do ano. Tendo em conta as maturidades das operações e otipo de taxa de juro, o Banco Invest estima que a diferença entre o justo valor e o valor contabilístico não sejasignificativa.
- “Recursos de clientes e outros empréstimos”: Para os depósitos com prazo inferior a um ano, assume-se o valorcontabilístico como uma razoável estimativa do justo valor.
- “Activos e passivos financeiros detidos para negociação” e “Activos disponíveis para venda”: Tratam-se deinstrumentos já registados na contabilidade ao justo valor, calculado de acordo com preços de mercado, seexistem, ou com recurso a modelos internos.
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42. ADOPÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS
O impacto da adopção das Normas de Contabilidade Ajustadas pode ser resumido como segue:
Capital próprio Resultado
Nota 31-12-2005 31-12-2004 2005
Saldos de acordo com o PCSB 53.144.951 50.547.533 2.597.419
Impacto das normas adoptadas na data de transição
Diferimento de comissões associadas a operações de crédito (a) 198.481 208.507 (10.026)
Reavaliação de Instrumentos financeiros derivados:
. Derivados de negociação 9.150 (2.400) 11.550
. Derivados embutidos (b) 107.477 1.741 105.736
Activos disponíveis para venda:
. Valorização ao justo valor (c) 1.321.117 1.387.719 -
. Reconhecimento de proveitos 4.035 - 4.035
. Reversão de provisões para títulos de investimento (c) 336.258 326.507 9.751
Impostos diferidos (Nota 15) (d) (317.394) (400.609) 64.899
1.659.124 1.521.465 185.945
Saldos de acordo com NCA - contas pró-forma 54.804.075 52.068.998 2.783.364
(a) Conforme referido na Nota 2.3., de acordo com as NCA o Banco passou a diferir as comissões cobradas epagas, imputáveis à originação de operações de crédito ao longo do período das respectivas operações. Destemodo, foi efectuado o levantamento das comissões associadas às operações de crédito vivas em 1 de Janeirode 2005, que originou um impacto positivo em resultados transitados no montante de 208.507 Euros.
(b) De acordo com as políticas anteriores, o Banco não valorizava separadamente os derivados embutidos emdepósitos estruturados, reconhecendo apenas um custo a pagar nos casos em que a reavaliação do derivadodava origem a uma perda. De acordo com as NCA, o Banco passou a destacar e a valorizar ao justo valor porcontrapartida de resultados os derivados embutidos nos depósitos estruturados. O ajustamento associado aosdepósitos vivos em 31 de Dezembro de 2004 originou um impacto positivo na situação líquida de 1.741 Euros.
(c) Na sequência da transição para as NCA, o Banco procedeu à classificação dos instrumentos financeiros nasdiversas categorias permitidas pela norma IAS 39, tendo registado na reserva de justo valor as mais valiaspotenciais líquidas em títulos disponíveis para venda, no montante de 1.387.719 Euros e revertido asprovisões anteriormente registadas de acordo com o PCSB para menos valias potenciais em títulos dacarteira de investimento que não se encontravam em situação de imparidade, no montante de 326.507Euros. Estas menos valias passaram a estar incluídas no saldo da reserva de justo valor.
(d) De acordo com as normas anteriores e a prática no sector bancário em Portugal, o Banco não registavaimpostos diferidos. Os impostos diferidos registados correspondem às seguintes situações:
- impostos diferidos já existentes na data da transição relativos a provisões não aceites fiscalmente. Os impostosdiferidos associados a estas situações originaram um impacto positivo nos “Resultados Transitados” de 127.961Euros; e
- impacto fiscal dos ajustamentos de transição apurados com referência a 1 de Janeiro de 2005, que originouum impacto negativo nos “Resultados Transitados” de 528.570 Euros.
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6. Certificação Legal das Contas
CONTAS INDIVIDUAIS(Montantes expressos em Euros)
Introdução1. Examinámos as demonstrações financeiras individuais anexas do Banco Invest, S.A. (Banco), as quais compreendem
o balanço individual em 31 de Dezembro de 2006, que evidencia um total de 544.881.065 Euros e capitais própriosde 58.313.711 Euros, incluindo um resultado líquido de 3.028.502 Euros, a demonstração dos resultados individuais,a demonstração dos fluxos de caixa individuais e a demonstração das alterações no capital próprio individual doexercício findo naquela data e o correspondente anexo.
Responsabilidades2. É da responsabilidade do Conselho de Administração do Banco a preparação de demonstrações financeiras que
apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco, o resultado das suas operações e osseus fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de umsistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional eindependente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.
Âmbito3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria
da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo deobter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmenterelevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informaçõesdivulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos peloConselho de Administração do Banco, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciaçãosobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, averificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, emtermos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação daconcordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
Opinião4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e
apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes para os fins descritos no parágrafo 5 abaixo, a posiçãofinanceira individual do Banco Invest, S.A. em 31 de Dezembro de 2006, bem como o resultado individual das suasoperações e os seus fluxos de caixa individuais no exercício findo naquela data, em conformidade com as normasde contabilidade ajustadas definidas pelo Banco de Portugal.
Ênfases5. As demonstrações financeiras anexas referem-se à actividade individual do Banco, tendo sido elaboradas para
aprovação em assembleia geral de Accionistas e para dar cumprimento aos requisitos de apresentação de contasdeterminados pelo Banco de Portugal. O Banco apresenta igualmente contas consolidadas, preparadas emconformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adaptadas na União Europeia, as quaisreflectem de forma mais adequada a sua situação financeira, os resultados das suas operações e os seus fluxos de caixa.
6. Conforme divulgado na Nota 2.1. do Anexo às demonstrações financeiras, o Banco adoptou em 2006 as Normas deContabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso n.º 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções n.º 23/2004 e n.º9/2005, do Banco de Portugal. Em termos gerais, as NCA correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiroadoptadas pela União Europeia (IFRS), com algumas excepções, incluindo o regime de provisionamento e a valorimetriado crédito concedido. No processo de transição das normas contabilísticas anteriormente adoptadas (plano de Contaspara o Sistema Bancário - PCSB) para as NCA, o Banco seguiu os requisitos previstos na Norma Internacional de RelatoFinanceiro 1 - Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, tendo a data de transiçãosido reportada a 1 de Janeiro de 2005, pelo que a informação financeira referida àquela data e ao exercício de 2005,anteriormente apresentada de acordo com o PCSB, foi reexpressa para as NCA, para efeitos de comparabilidade. Asdivulgações relativas ao impacto de transição para as NCA são apresentadas na Nota 42.
Lisboa, 23 de Março de 2007
DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.Representada por Luís Augusto Gonçalves Magalhães
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6. Certificação Legal das Contas
7. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
Aos Accionistas do Banco Invest, S.A.
Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi conferido, vimos submeter à vossaapreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a actividade por nós desenvolvida e os documentos deprestação de contas individuais e consolidados do Banco Invest, S.A. (Banco) relativos ao exercício findo em 31de Dezembro de 2006, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração.
Acompanhámos a evolução da actividade e os negócios do Banco e das suas Subsidiárias, a regularidade dosseus registos contabilísticos e o cumprimento dos estatutos em vigor, tendo recebido do Conselho deAdministração e dos diversos serviços do Banco e das suas Subsidiárias todas as informações e esclarecimentossolicitados.
No âmbito das nossas funções, examinámos os balanços individual e consolidado do Banco em 31 deDezembro de 2006, as correspondentes demonstrações de resultados, demonstrações dos fluxos de caixa edemonstrações das alterações no capital próprio do exercício findo naquela data e os respectivos anexos, bemcomo o Relatório de Gestão, elaborado pelo Conselho de Administração, para o exercício de 2006.Adicionalmente, analisámos as Certificações Legais das Contas, elaboradas pelo Revisor Oficial de Contas vogaldeste Conselho, as quais mereceram o nosso acordo.
Face ao exposto, somos de opinião que as demonstrações financeiras supra referidas e o Relatório de Gestão,bem como a proposta nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas e estatutárias aplicáveispelo que poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Accionistas.
Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços do Banco e das suas Subsidiárias onosso apreço pela colaboração prestada.
Lisboa, 23 de Março de 2007
Dra. Rita Maria Matos Silva Alves Ribeiro Fontão de CarvalhoPresidente
Dr. Miguel Pedro Silva Ribeiro da Costa MoraisVogal
DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.Representada por Luís Augusto Gonçalves Magalhães
Vogal
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7. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
LisboaAv. Eng. Duarte Pacheco, Torre 1 - 11º · 1070-101 Lisboa Tel.: (+351) 21 382 17 00 · Fax: (+351) 21 386 49 84 · [email protected]
PortoPç. do Bom Sucesso, nº 131 - Ed. Península · Salas 502 a 504 - 5º · 4150-146 Porto T: (+351) 22 607 63 90 · F: (+351) 22 609 52 97