Relatório Metrologia
Professor Samuel - Fabricação Mecânica
Dezembro/2014
Natã Correia Fialho
1. Introdução
Existem infinitas formas de dimensionar um produto, porém, é necessário ter os
equipamentos adequados.
Nesse relatório, estaremos abordando algumas formas de medição em algumas
ferramentas modernas e precisas, da maneira que são aplicadas na indústria.
2. Índice
2.1 Medição de Diâmetros
2.2 Batimento
2.3 Dimensionamento de um Cone
2.4 Estrela (Projetor de Perfil)
2.5 Perfil de rosca
2.6 Borracha Circular
2.7 Pastilha metal Duro
2.8 Contador de Células
2.9 Circularidade de uma peça
2.10 Rugosímetro
2.1 Medições de Diâmetros
Existem diversas formas de se medir diâmetros, que variam de acordo com o tamanho da peça
e as condições de trabalho que temos para cada caso. Um dos métodos usados para medir
diâmetros internos, é a utilização de micrômetros para medidas internas.
IMicro
O Micrômetro interno conhecido como IMicro, realiza medições de diâmetros em uma posição
vertical, onde suas pontas de contato se expandem dentro da peça com o movimento do
bujão, até que estejam encostadas o suficiente para nos dar a medida correta.
Resultados Obtidos:
Diâmetro de 19,355mm
Micrômetro Tubular
O Micrômetro Tubular trabalha com suas extremidades como superfícies de contato, e é
utilizado na posição horizontal. Nesse caso, a linha de centro da peça deve ser conhecida, caso
contrário, o operador pode encostar as faces em pontos que não representem o centro e obter
medidas incorretas.
Resultados Obtidos:
Diâmetro de 100,270mm
2.2 Batimento
Na usinagem de elementos de revolução, tais como cilindros ou furos,
ocorrem variações em suas formas e posições, o que provoca erros de ovalização,
conicidade, excentricidade etc. O Batimento tem a finalidade de medir a variação
de forma e posição da peça, que deve ter uma tolerância admissível. O Relógio
comparador com o auxílio de uma mesa de seno, pode referenciar a superfície da
peça em relação à mesa, garantindo boas condições para um ajuste de batimento.
Resultados Obtidos:
1 – Batimento: 0,03mm
2 – Batimento: 0,06mm
3 – Batimento: 0,07mm
2.3 Dimensionamento de um Cone
A mesa de seno com contra pontas, funciona como régua de seno, para medições
angulares de precisão, medindo o ângulo pelo seu seno. Para encontrarmos o
ângulo de inclinação do cone, é necessário tornar a superfície cônica da peça
paralela ao desempeno, para isto, é necessário inclinar a mesa de seno com o
auxílio de blocos padrão.
Resultados Obtidos:
D = 35,9mm
d = 28,74mm
L = 87,26mm
Ângulo = 2,20°
Bloco Padrão = 16,3mm
2.4 Projetor de Perfil (Estrela)
Um projetor de perfil pode ser usado para diversas formas de medição na metrologia, pois tem
a finalidade de aumentar a visualização das peças através de uma projeção da mesma em uma
tela. Existem duas formas de se utilizar um projetor de perfil, no modo episcópico e no modo
diascópico. Quando utilizamos no modo episcópico, temos a superfície detalhada da peça que
queremos analisar, com gravuras e cores distintas. Já no modo diascópico, temos somente a
projeção da “sombra” da peça, o que nos permite analisar as linhas de contorno e medir peças
pequenas com maior facilidade. Vamos medir uma peça complexa num formato estrelado, no
modo diascópico.
2.5 Perfil de rosca
Um perfil de rosca pode ter diversas especificações de acordo com a norma empregada, e
podem variar no comprimento do passo, altura do filete, acabamento do filete e etc.
Para se medir com precisão esse tipo de peça, podemos utilizar novamente o projetor de
perfil.
Resultados Obtidos:
Passo = 1,25 mm
Ângulo = 60°
Diâmetro Primitivo= 7,286 mm
2.6 Borracha Circular
Diversas outras formas e perfis podem ser dimensionadas pelo projetor de perfil, uma
delas pode ser a seção de um anel retentor de borracha, que só pode ser melhor
detalhado após um corte transversal.
Seção Transversal
2.7 Pastilha metal Duro
As pastilhas de metal duro ganharam espaço no ramo de usinagem pela praticidade que
oferecem ao operador, por não precisarem ser afiadas a cada torneamento para manter o
ângulo de corte preciso. As pastilhas são revestidas por um material especial com alto
ponto de fusão, que garante maior vida útil para a ferramenta.
Existem diversos modelos de pastilhas, umas com ângulos mais fechados e outros mais
abertos, mas por trás de toda essa tecnologia empregada, também existem tolerâncias
dimensionais a serem respeitadas, como por exemplo o paralelismo de suas faces de corte.
Novamente com a ajuda do Projetor de perfil, observamos uma pastilha de metal duro
quanto aos seus ângulos e o paralelismo de suas faces.
Resultados Obtidos:
Furo: Ø 5,118mm
Ângulo: 55°
Paralelismo: 0,04mm
2.8 Contador de Células Sanguíneas
Com um aumento na projeção da imagem utilizando o projetor de perfil digital, é possível
visualizar até mesmo minúsculos diâmetros como a de um contador de células, que
apresentou desvio de circularidade.
Resultados obtidos:
Diâmetro interno : 0,924mm
2.9 Circularidade de uma peça
É possível medir a circularidade de uma peça utilizando uma máquina de medir circularidade.
Esse tipo de equipamento basicamente mostra o quanto a peça está circular, e nos dá os
desvios da mesma em um gráfico gerado por uma “agulha”, guiada pelo apalpador que
tangencia a peça durante o movimento de rotação da máquina.
Resultados Obtidos:
Com um aumento de 500x, desvio de circularidade de 12µm.
2.10 Rugosímetro
Rugosímetro é um instrumento industrial usado para medir a rugosidade, a textura e a
ondulação dos materiais ferrosos e não ferrosos. Por ser um equipamento de alta precisão,
pode analisar até mesmo superfícies lisas como vidro. Alguns modelos digitais mostram
somente os resultados na tela, alguns imprimem um laudo com todas as informações.
Resultados Obtidos:
Ra = 1,18 μm;
Rz = 6,20 μm;
Rq = 1,14 μm.
Conclusão
A prática laboratorial é fundamental para o desenvolvimento da matéria, pois são abordados
equipamentos e métodos precisos e com vasta utilização na indústria. Esse relatório teve
como objetivo empregar a teoria realizada em sala para uso real em estudos de caso, nos
dando uma boa noção de cada processo.