Universidade de ÉvoraEscola Superior de Enfermagem São
João de Deus
Relação de Ajuda II11º CLE
Prof.: Fátima MarquesDezembro 2007
Realizado por:Ana FernandesNádia NobreIsa UmbelinaNatacha ZambujoMiguel CardosoTânia Silva
ComunicaçãoComunicação
A Comunicação é uma ferramenta de base para a instauração da Relação de Ajuda
Sendo
Uma modalidade de intervenção em cuidados de Enfermagem
Assim: A comunicação mais não é do que uma tentativa de criar um laço de reciprocidade entre 2 pessoas.
Resposta - ReflexoResposta - Reflexo Há diversas maneiras de conduzir um diálogo com
uma pessoa, recolhendo informações e permitindo ao outro exprimir os seus sentimentos.
Em determinadas situações a resposta-reflexo é a mais apropriada porque ela é um decalque, de certa forma, da resposta do doente ou da essência do que ele procura exprimir.
Pela resposta-reflexo, repetindo as palavras do doente, fazendo eco das suas palavras, ideias, experiências ou sentimentos dá-mos a entender que compreendemos o doente sem qualquer juízo de valor nem interpretação da nossa parte.
Utilizando este tipo de comunicação permite também que a pessoa faça uma reflexão, sendo nós o espelho do que diz, das suas ideias, descobrindo-se assim a si próprio.
Quanto ao enfermeiro que utiliza a resposta-reflexo permite submeter o que compreende da situação e confirmar a exactidão das ideias pelo doente.
Nestes casos não há qualquer opinião ou juízo de valor da parte do enfermeiro, é o mais objectivo possível, sem alteração do pensamento do sujeito e sem alteração da qualidade emotiva.
Estas respostas-reflexo são bem recebidas pelo doente, pois muitas vezes mais do que soluções ou opiniões esperam do enfermeiro compreensão.
ReiteraçãoReiteração
Há vários tipos de resposta-reflexo, mas no caso da reiteração ou paráfrase, estas constituem a forma mais elementar de reflexo.
Trata-se de
Repetir a frase da pessoa ou a última Repetir a frase da pessoa ou a última parte dessa frase, ou mesmo uma só parte dessa frase, ou mesmo uma só palavra.palavra.
Reiteração
É uma reacção elementar É uma reacção elementar que não exige muita que não exige muita reflexão ao enfermeiro, mas reflexão ao enfermeiro, mas que mostra ao doente que o que mostra ao doente que o escuta e o entende.escuta e o entende.
Há situações mais complexas em que a reiteração pode ser útil enquanto o enfermeiro organiza o seu pensamento com vista a uma intervenção mais estruturada.
Contudo
É necessário não usar este É necessário não usar este recurso de forma abusiva pois, recurso de forma abusiva pois, torna-se monótono e torna-se monótono e desagradável para o doente.desagradável para o doente.
A repetição das palavras do sujeito tem que ter como principal objectivo:
Servir de eco ao doente; Permitir ao entrevistador ouvir o que este disse, partindo do pressuposto que isso pode ajudá-lo; Encorajar o doente a continuar a falar, examinando, observando com mais profundidade.
Formas de Formas de ReiteraçãoReiteração
Repetição exacta do que foi dito, sem nem mesmo trocar o pronome empregado pelo entrevistado.
Repetição exacta, mudando apenas o pronome.
Repetição de parte do que foi dito, aquela que o entrevistador percebe ser mais importante e a que vale a pena ser ouvida novamente pelo entrevistado.
Repetição, na forma de resumo, do que o entrevistador falou.
Repetição exacta do que foi dito, sem nem mesmo trocar o pronome empregado pelo
entrevistado.
Muito artificial e afecta o enfermeiro. Mantém-se muito fora da situação.
Ex: – Sinto-me doente e triste.– Sinto-me doente e triste
Repetição exacta, mudando apenas o pronome
Mais utilizável do que a primeira.
Ex:– Sinto-me doente e triste.– Você sente-se doente e triste
Repetição de parte do que foi dito, aquela que o entrevistador percebe ser mais importante e que vale a pena ser ouvida novamente pelo
entrevistado
Ex: – Então, o João e o Nuno atacaram-me, e
antes que percebesse o que estava a acontecer, atiraram-me ao chão e fugirão.
– Eles atacaram-no, atiraram-no ao chão e fugiram.
Repetição, na forma de resumo, do que o entrevistado falou
Trata-se de um processo selectivo. Obviamente, ao seleccionar, o entrevistador utiliza o seu próprio campo perceptivo. Entretanto mantém-se emocionalmente e intelectualmente afastado e apenas resume o que ouviu.
Às vezes, isso resulta na ênfase de um aspecto de que o entrevistado acabou de falar, mais do que qualquer outro.
No momento em que se utiliza este recurso da comunicação, deve-se ter em consideração todos os aspectos, optar pelo tipo que mais se adequa à situação mas manter sempre o doente como figura central.
Relação com o doenteRelação com o doente
A relação com este doente era muito complicada devido à sua personalidade, ao longo internamento, ao diagnostico de internamento, aos antecedentes pessoais e ao factor socio-economico.
Relação com o doenteRelação com o doente
A reiteração foi utilizada, em diferentes situações:– para chamar a atenção do doente para
ideias importantes;– para reforçar as ideias; – para organizarmos o nosso pensamento
com vista estruturar uma intervenção ;– quando não tínhamos mais recurso a
utilizar;
Doente: “ Eu tenho muitos problemas.”
Enf: “Você tem muitos problemas.”
Formas de reiteração utilizadas Formas de reiteração utilizadas com o doente:com o doente:
Repetição exacta, mudando apenas o Repetição exacta, mudando apenas o pronomepronome
Formas de reiteração utilizadas Formas de reiteração utilizadas com o doente:com o doente:
Doente: “ dormi muito mal, durante a noite tive muitas cólicas.”
Enf: “Dormiu mal porque tinha cólicas.”
Repetição de parte do que foi dito:Repetição de parte do que foi dito:
Formas de reiteração utilizadas Formas de reiteração utilizadas com o doente:com o doente:
– Doente: “ A comida hoje não sabia a nada, não tinha sal. A sopa era aguada, a maçã não estava cozida e a água sabia mal.”
– Enf: “O Srº. MV não gostou da refeição.”
Repetição, na forma de um resumoRepetição, na forma de um resumo
ConclusãoConclusão
A reiteração tal como todas as outras respostas-reflexas não comporta opinião ou juizo de valor na parte dos enfermeiros e quer-se tão objectiva quanto possivel, isto é, sem deformação do pensamento do sujeito e sem modificação, minimização ou acentuação da sua qualidade emotiva, mantendo-se por isso no plano afectivo da pessoa. Isto é muito importante mas nem sempre simples de realizar.
A reiteração é um dos recursos que o enfermeiro pode utilizar na relação com o doente.