COLÉGIO ESTADUAL “PROFESSORA ALVINA
PRESTES”- ENSINO FUNDAMENTAL E NORMAL
FIGUEIRA - PARANÁ
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
FIGUEIRA 2015
COLÉGIO ESTADUAL “PROFESSORA ALVINA PRESTES”-
ENSINO FUNDAMENTAL E NORMAL
FIGUEIRA - PARANÁ
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Alvina Prestes – Ensino Fundamental e Normal, apresentado ao 32º Núcleo Regional de Educação de Ibaiti conforme orientação da CADEP/SEED.
FIGUEIRA 2015
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...........................................................................................................
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INTRODUÇÃO................................................................................................................ 7
1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.............................................................. 8
2. MARCO SITUACIONAL.............................................................................................. 92.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA.................................................................. 92.1.1 Diretores................................................................................................................. 10 2.2 AMBIENTE FÍSICO DA ESCOLA............................................................................. 2.2.1 Considerações Gerais...........................................................................................
1317
2.3 OFERTA DE CURSOS E TURMAS......................................................................... 2.3.1 Modalidades de Ensino......................................................................................... 2.3.1 Matriz Curricular.............................................................................................
18
18
20 2.4 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO................................................................... 24 2.4.1 Histórico da Comunidade Escolar......................................................................... 26 2.5 RECURSOS HUMANOS DA INSTITUIÇÃO............................................................ 28 2.5.1 Recursos Humanos da Administração.................................................................. 28 2.5.2 Recursos Humanos da Área Didática.................................................................... 28 2.5.3 Recursos Humanos Área de Serviços Gerais.......................................................
2.6 OBJETIVOS DO COLÉGIO......................................................................................
2.6.1 Objetivos Gerais.................................................................................................... 2.6.2 Objetivos Específicos............................................................................................
32
32
32
32 2.7 DIAGNÓSTICO........................................................................................................
3 MARCO CONCEITUAL................................................................................................
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353.1 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICA PRÁTICA................................................................
35 3.2 CONCEPÇÕES........................................................................................................ 35
3.2.1 Sociedade.............................................................................................................. 3.2.2 Criança ….............................................................................................................. 3.2.3 Alfabetização e Letramento................................................................................... 3.2.4 Homem.................................................................................................................. 3.2.5 Educação...............................................................................................................
3536373738
3.2.6 Conhecimento........................................................................................................ 39 3.2.7 Escola.................................................................................................................... 39 3.2.8 Ensino-Aprendizagem........................................................................................... 40 3.2.9 Avaliação da Aprendizagem.................................................................................. 40 3.3 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA NA ESCOLA...................................... 42 3.3.1 Princípios da Gestão Democrática........................................................................ 42
4. 3.3.2 O Currículo da Escola Pública-Abordagem Pedagógica.......................................4. 3.3.3 Dinâmica do Currículo...........................................................................................
3.4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PROJETO PEDAGÓGICO.............................. 3.5 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS...........................................................................
4353
5457
3
3.6 TENDÊNCIA PEDAGÓGICA.................................................................................... 4 MARCO OPERACIONAL........................................................................................... 4.1 REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO............................................................................................................... 4.1.1 Estrutura Organizacional........................................................................................ 4.1.2 Tipos de Gestão Escolar........................................................................................ 4.1.3 As Instâncias Colegiadas.......................................................................................
4.2 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO....................................................................................................................... 4.2.1 Recursos Materiais e Financeiros.......................................................................... 4.2.2 Merenda Escolar..................................................................................................... 4.2.3 Parcerias................................................................................................................. 4.2.4 Livro Didático..........................................................................................................4.2.5 Programas Integrados ao Projeto Político Pedagógico.......................................... 4.3 CALENDÁRIO ESCOLAR........................................................................................ 4.4 PROJETOS DESENVOLVIDOS............................................................................... 4.5 SISTEMATIZAÇÃO DA VIDA ESCOLAR DOS ALUNOS........................................ 4.5.1 Matrículas.............................................................................................................. 4.5.2 Histórico Escolar.................................................................................................... 4.5.3 Frequência do Aluno.............................................................................................. 4.5.4 Transferências....................................................................................................... 4.5.5 Adaptações de Estudos........................................................................................ 4.5.6 Relações com a Família........................................................................................ 4.5.7 Recuperação de Estudos...................................................................................... 4.5.8 Promoção.............................................................................................................. 4.5.9 Evasão Escolar...................................................................................................... 4.6 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES...............................................
4.7 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO..........................................
REFERÊNCIAS...............................................................................................................
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60
60606061
636363646464
65
66
67676767686969707071
71
72
74
4
A P R E S E N T A Ç Ã O
É consenso entre os estudiosos e profissionais da educação o valor
inestimável do projeto político pedagógico no cotidiano de uma instituição
educacional. Dele emanam as concepções e finalidades que norteiam os mais
variados projetos de aprendizagem. Congrega o passado, o presente e o futuro e
confere o mais importante: a identidade da instituição.
Por esse motivo e tendo como referencial teórico a bibliografia de vários
autores, como: ROSSA, Leandro. Projeto Político Pedagógico: uma construção
coletiva, inclusiva e solidária; VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político Pedagógico da
Escola: uma construção coletiva; DANILO, Gandin. Planejamento: como prática
educativa. E amparada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº 9.394 de 23
de dezembro de 1996, em seus artigos: 12, Inciso I, 13, Inciso I, 14, Inciso I, o
Colégio Estadual Professora Alvina Prestes – Ensino Fundamental e Normal,
através de seu corpo docente, elaborou seu Projeto Político Pedagógico
estabelecendo dentro de suas metas, a proposta de um documento que viesse
avaliar, discutir e aprofundar todo o sistema educacional do Colégio.
A intenção deste documento é, fundamentalmente, retomar o exercício da
discussão e encaminhamento coletivo, no nível do processo ensino - aprendizagem.
O objetivo do Projeto Político Pedagógico é oferecer aos professores,
alunos, pais e a todos aqueles que estão direta ou indiretamente ligados a este
Colégio uma visão da realidade educacional da instituição propondo uma reflexão
sobre a situação atual e acerca da concepção de escola e sua relação com a
sociedade, para juntos definir ações educativas para a concretização de uma escola
democrática e cidadã.
Constitui um referencial de qualidade para a fundamentação pedagógica na
Educação no Ensino Fundamental e para o Ensino Médio na Modalidade Normal.
Nele estão inseridos o pensamento e o trabalho de todo o corpo docente do Colégio.
Por sua natureza aberta, configura uma proposta flexível a ser concretizada
nas decisões dos projetos educacionais empreendidos por este Estabelecimento de
Ensino. Nele estão contidas as tendências pedagógicas praticadas na escola, bem
como o sistema de avaliação e a prática disciplinar desenvolvida pelos professores.
As metas aqui propostas se efetivarão em parceria com toda a comunidade
escolar e com o real comprometimento dos profissionais que a elaboraram.
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Esta proposta tem seu fundamento na construção de um conhecimento que
não é pronto e acabado, mas que está em permanente avaliação e/ou reformulação,
de acordo com os avanços dos principais paradigmas educacionais da atualidade.
É nesta perspectiva que o Projeto Político Pedagógico do Colégio deverá
ser trabalhado e enriquecido na dinâmica da prática pedagógica.
Desta forma não pretende ser um manual pronto para o corpo docente do
Estabelecimento; sua proposta é dialogar a respeito da estrutura educacional, dos
conteúdos e da metodologia desta Instituição de Ensino, bem como ter claro seus
fins e objetivos.
Consciente de que esta proposta é uma das grandes responsáveis pelo
bom desempenho de toda comunidade escolar e pelo alcance dos objetivos a que a
escola se propõe, procura abordar toda a ação escolar segundo as necessidades e
as oportunidades surgidas no processo ensino - aprendizagem.
6
INTRODUÇÃO
O ser humano, em função da chegada do Novo Milênio, está cada vez mais
voltado aos valores éticos, morais e espirituais.
Sabe-se que é na relação com o outro que nos estruturamos como seres
pensantes, construtores de identidade. E, que é de fundamental importância à
escola nesta relação de troca, pois é na escola que se complementa e se amplia de
forma mais significativa ainda, esse mundo de aprendizagens e relações.
Atendendo à solicitação da Secretaria Estadual de Educação, com incentivo
do Núcleo Regional da Educação e através da participação, ação, reflexão e
interação de toda a comunidade escolar, surgiu o Projeto Político Pedagógico do
Colégio Estadual Professora “Alvina Prestes”- Ensino Fundamental e Normal, tendo
como um dos objetivos principais a busca por uma escola democrática, de
qualidade, humana, igualitária e cooperativa, onde todos tenham oportunidades de
crescer e desenvolver-se de forma saudável e ativa.
Este projeto surge como um instrumento que nos lançará à frente e guiará a
cada um de nós na busca da construção de uma sociedade mais justa e
participativa.
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1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
1.1 Denominação:
COLÉGIO ESTADUAL PROFª ALVINA PRESTES – ENSINO FUNDAMENTAL E
NORMAL SÉRIES FINAIS – DE 6º 9º ANO - Código 00010
1.2 Endereço:
AVENIDA: DR.ZOILO MEIRA SIMÕES, Nº 549, CENTRO CEP 84.285 – 000
Telefone/Fax: (43) 3547-1432 E-mail: [email protected]
Município: FIGUEIRA - Código 0774
1.3 Dependência Administrativa:
Secretaria de Estado da Educação - Código - 32
1.4 Núcleo:
IBAITI – Código - 32
1.5 Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
1.6 Ato de autorização da Escola: Resolução nº 3.909 de 11/04/82
1.7 Ato de reconhecimento da Escola: Resolução Nº 2.749 de 17/10/89
1.8 Ato de Renovação do reconhecimento da Escola: Resolução Nº 3.584 de 2002
1.9 Ato de Renovação do reconhecimento da Escola: Resolução Nº 875/07 DOE
29/03/2007
1.10 Ato de Credenciamento para a oferta de Educação Básica, Autorização do
Funcionamento do Curso de Formação de Docentes e Adequação da
nomenclatura da instituição de ensino: Resolução Nº 5454/12 de 10/09/2012
1.11 Ato de Renovação de Reconhecimento da Escola: Resolução Nº 301/14 de
21/01/2014
8
1.12 Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: Nº 223/2011
1.13 Distância da Escola do Núcleo Regional de Educação: 30 Km
1.14 Localização da Escola/Colégio: Urbano
1.15 E-mail: [email protected]
2 MARCO SITUACIONAL
2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA
A Escola Estadual Professora Alvina Prestes – Ensino Fundamental – séries
finais do 6º ao 9º Ano, foi criada pelo Decreto Nº 14.923, de vinte e dois de maio de
1964, do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Paraná, Sr. Ney Braga,
com o nome de Escola Normal Ginasial Estadual de Figueira.
Nessa época Figueira, era Distrito do Município de Curiúva, e não contava
com nenhuma escola que ofertasse o ensino da 5ª a 8ª série, o que existia era uma
Extensão da Escola Normal Ginasial “José de Alencar” com sede na sede do
Município.
A pessoa que mais se empenhou para trazer essa modalidade de ensino para
esta cidade foi o Sr. Dr. Pedro Antonio Zanardi, o qual além de médico era professor
em Curiúva. Durante alguns meses, antes da nomeação da primeira Diretora, era ele
que coordenava os trabalhos pedagógicos.
Sendo instalada no dia 19 de setembro do mesmo ano, na presença do
Excelentíssimo Senhor Dr. Véspero Mendes, Secretário de Educação e Cultura e de
várias autoridades do Município. A sua primeira Diretora a Senhora Maria Cléa Aires
Ribeiro, foi nomeada pela Resolução nº 4098, de 5 de setembro de 1964.
A escola foi criada com a finalidade de facilitar às pessoas desta cidade a
continuação dos estudos, pois muitos alunos precisavam ir até Curiúva para poder
estudar.
A Escola funcionou nas instalações do Grupo Escolar Dr. Zoilo Simões, no
Bairro Cambuí, deste Município até o dia 25 de agosto de 1965, quando foi
inaugurada a Usina Termelétrica de Figueira e a Vila Residencial para os
9
funcionários da Usina onde foi construído também um prédio próprio para a escola
sendo para lá transferida.
No ano de 1968, através do Decreto nº 8096, de 22 de dezembro de 1967, a
escola passou a chamar-se: Ginásio Estadual de Figueira, e através do Decreto nº
8806, de 31 de janeiro de 1968, passou a chamar-se Ginásio Estadual “Professora
Alvina Prestes”, homenagem prestada a uma senhora que durante toda a se dedicou
ao exercício do magistério.
No ano de 1982, pela Resolução 3909, o Ginásio Estadual Professora Alvina
Prestes, passa a denominar-se Escola Estadual Professora Alvina Prestes – Ensino
de 1º Grau. Através da Resolução 2749 do ano de 1989 o seu curso foi reconhecido.
E, em 1998, conforme Resolução 3120/98, passa a denominar-se Escola Estadual
Professora Alvina Prestes – Ensino Fundamental.
Em 2002 atendendo a necessidade dos alunos e da comunidade, e através
da Resolução 3.491/02, a Escola passou a funcionar com a modalidade de Ensino
de Educação de Jovens e Adultos, sendo inicialmente com a 1ª Etapa, já com uma
perspectiva estruturada para, gradativamente, ir implantando as outras etapas e
poder preparar o aluno que faz parte de uma grande parcela de nossa comunidade
para uma formação, tendo suas atividades encerradas gradativamente no final do
ano de 2006 por decisão da GS/SEED conforme ofício currícular 22/05.
A partir de 10 de setembro de 2012, conforme a Resolução 5454/12, a Escola
teve alteração de sua nomenclatura em decorrência da autorização do
funcionamento do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil, na
modalidade Normal em Nível Médio, passando a denominar-se Colégio Estadual
Professora Alvina Prestes – Ensino Fundamental e Normal.
2.1.1 Diretores
Foram Diretores neste estabelecimento de ensino:
- Maria Cléa Aires Ribeiro, primeira diretora, designada pela Secretaria de Educação
e Cultura através do Decreto s/nº e exerceu o cargo do ano de 1964 até 1965.
- Belquise Zanardi, esteve na direção deste estabelecimento de ensino do ano de
1966 até 1977.
- Lêda Cristovam Ferreira, foi gestora desta escola durante o ano de 1978.
10
- Arlete de Quadros Wanderley, permaneceu na direção da instituição no ano de
1979 até 1989.
- No ano de 1990, assumiu como Diretora desta Escola a Sra. Nilcéia Aparecida
Geffuni, a qual ficou no cargo até o ano de 1993.
- Ednéia Cremasco assumiu como Diretora desta escola no ano de 1994
permanecendo no cargo até o ano de 1997.
- Tereza Martins de Souza assumiu como diretora no ano de 1998 até 2000.
- Aline de Liz Carneiro assumiu como Diretora no ano de 2001 permanecendo no
cargo até o ano de 2003.
- Erenita Aparecida de Jesus Rocha, assumiu como Diretora em janeiro de 2004,
conforme Resolução Nº4254/2003, permanecendo no cargo até o ano de 2008.
−Maria Bernardete Siqueira de Castro, Diretora, assumiu em janeiro de 2009,
conforme a Resolução Nº5909/2008, juntamente com a Diretora Auxiliar Aglaé
Caetano dos Santos, conforme a Resolução Nº 5909/2008.
− Aglaé Caetano dos Santos, Diretora, assumiu em janeiro de 2011, conforme
Resolução 00938/2011, tendo como Diretora Auxiliar Tereza Martins de Souza.
− Lorene Ferreira, Diretora, assumiu em janeiro de 2012, conforme Resolução Nº
6012/2011 e como Diretora Auxiliar, Marcia Baby de Lima Gasquez, conforme
Resolução Nº 02787/2012.
− Marcia Baby de Lima Gasquez, Diretora, assumiu em fevereiro de 2015,
conforme Resolução Nº 00568/2015.
2.1.2 Biografia da Patronesse da Escola
Alvina Dorothéia Vander-Brook Prestes, nasceu na cidade de Imbituva (Pr)
em 23 de Janeiro de 1918 e faleceu em Curiúva em 23 de Setembro de 1967.
Embora a família fosse Evangélica, fez os primeiros estudos no Colégio
Católico Sant’Ana em Ponta –Grossa, estudou música e tocava órgão.
Era loira de olhos verdes, 1,60m de altura. Seu nome Dorothéia lhe foi dado
em homenagem à sua avó materna.
Não concluiu seus estudos porque seus pais compraram uma fazenda na
divisa entre Piraí do Sul e Tibagi e para lá mudaram-se todos. Na falta de
professores para as crianças nas fazendas, ela se propôs a dar aulas de
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alfabetização a filhos de fazendeiros e empregados da fazenda Taquari, terras na
vizinhança de sua casa.
Alvina se apaixonou pela arte de ensinar, quando veio passear na casa de
parentes no Caeté e notou que existiam muitas crianças, sem escola e conseguiu
ser contratada pelo Governo do Estado em 1940, para dar aulas na serraria do
Itiberê distante, aproximadamente, dois quilômetros da vila. Como era só uma
professora na mesma sala, tinha alunos da 1ª, 2ª, 3ª e 4ª anos, ela tinha que
preparar as lições para todas as séries e cuidar de todas as séries, isto é, lecionava
em uma sala de aula multiseriada.
Transferida para a cidade de Assai – Pr, que era uma região pouco conhecida
e ainda sertão não foi assumir seu cargo, perdendo assim o contrato do Estado.
Mais tarde sua sogra Ana Guerreiro Prestes, intercede junto ao Governador
Moisés Lupion e ela foi readaptada ao ensino, com sua nomeação para o Grupo
Escolar de Curiúva, em 1950 pela portaria 1157 de 26 de agosto. Para aperfeiçoar-
se na carreira de professora primária fez de 1960 a 1963, o curso de Normal
Regional.
Por muitos anos foi professora do 4º ano primário e preparava os alunos para
o exame de admissão, que na época era exigido dos alunos para poder entrar no
ginásio. Ela gostava de Literatura e Poesia.
Exerceu a função de Secretária por alguns anos, estava para se aposentar
aos 51 anos quando foi acometida por um enfarto fulminante. Não teve tempo para
desfrutar de tão merecido descanso, após tantos anos dedicados ao ensino.
12
2.2 AMBIENTE FÍSICO DA ESCOLA
O Colégio Estadual Profª. Alvina Prestes – Ensino Fundamental e Normal,
Anos Finais do 6º ao 9º ano, está localizada no município de Figueira interior norte
do Estado do Paraná, a 303,16 quilômetros de Curitiba. Situada à Avenida Dr. Zoilo
Meira Simões, 549, centro.
A área do terreno é de 2.640,00 m2, e a área construída é de 1.105,18 m2.
A Escola possui duas áreas onde são realizadas as diversas atividades,
inclusive as esportivas, uma sem cobertura e outra coberta na gestão 2012-2014. A
área total do terreno é cercada por muro.
A construção da Escola está composta de 04 blocos, todos construídos em
alvenaria. Os blocos encontram-se em péssimo estado de conservação,
necessitando de reformas urgentes no telhado e pintura do prédio, pedidos já
protocolados junto ao Governo do Estado.
O primeiro bloco, construído em 1950, possui:
INSTALAÇÕES ESCOLARES (BLOCO 1)
Dependência
Quantidade
Dimensões
(m2)
Estado de
Conservação
Adequada/
Inadequada
Observações
02 Salas de aula 48,00 m2 Regular
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
Sala de
Informática
48,00 m2 Regular
Está adaptada
como sala de
aula
Problemas no
telhado e na rede
elétrica.
Banheiro
Masculino
8,00 m2 Ruim
Necessita reparos,
pintura e substituição
da rede elétrica.
Banheiro
Feminino
8,00 m2 Bom
Precisa de troca da
rede elétrica.
Sala da Equipe Está adaptada Necessita pintura e
13
Pedagógica 10,00 m2 Regular como sala dos
professores
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
Biblioteca
Digital/Sala de
Aula
48,00 m2 Regular
Está adaptada
como sala de
aula
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
Sala do Diretor 10,00 m2 Regular
Está adaptada
como
depósito de
materiais
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
Sala dos
professores
48,00 m2 Regular
Está adaptada
como sala de
aula
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
Sala de Vídeo 48,00 m2 Regular
Está adaptada
como sala de
aula
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
Secretaria do
Colégio
25,31 m2 Regular
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
Hall 19,00 m2 Regular
Está adaptado
como Sala
dos
Professores
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
Circulação
coberta (1)
39,00 m2 Regular
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
Circulação
coberta (1)
39,00 m2 Regular
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.Necessita pintura e
14
Circulação
coberta (1)
17,00 m2 Regular reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
Circulação
coberta (1)
11,00 m2 Regular
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
O segundo bloco, também construído em 1950, possui:
INSTALAÇÕES ESCOLARES (BLOCO 2)
Dependência
Quantidade
Dimensões
(m2)
Estado de
Conservação
Adequada
Inadequada
Observações
Depósito de
material de
Educação Física
11,00 m2 Péssimo Inadequada
Muitos problemas
com o telhado.
Prédio antigo
O terceiro bloco, construído em 1983, apresenta as seguintes instalações:
INSTALAÇÕES ESCOLARES (BLOCO 3)
Dependência
Quantidade
Dimensões
(m2)
Estado de
Conservação
Adequada
Inadequada
Observações
04 Salas de aula 48,00 m2 Regular
Problemas no
telhado, piso e
pintura e
instalações
elétricas.
Cantina 15,60 m2 Regular
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
Depósito de 6,63 m2 Péssimo
Não está
sendo
Necessita pintura e
reforma do forro,
15
Merenda utilizado. telhado e rede
elétrica.Banheiro dos
professores e
funcionários
9,48 m2 Ruim
Sanitário em área
próxima a cantina.
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.Sala de
Armazenamento e
entrega do Leite
3,00 m2 Regular
Foi transferida
para outro
Colégio
Necessita reforma
do telhado e rede
elétrica.
Circulação coberta 22,00 m2 Ruim
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
Circulação coberta 53,00 m2 Ruim
Necessita pintura e
reforma do forro,
telhado e rede
elétrica.
Área de Serviço 8,52 m2 Ruim
Necessita de
reforma geral.
O quarto bloco, construído em 2005, apresenta as seguintes instalações:
INSTALAÇÕES ESCOLARES (BLOCO 4)
Dependência
Quantidade Dimensões
(m2)
Estado de
Conservação
Adequada
Inadequada
Observações
03 Salas de aula 48,00 m2 Ruim
Necessita
pintura e
reforma do
forro, telhado e
rede elétrica.
Circulação coberta 43,20 m2 Ruim
Necessita
pintura e
reforma do
forro, telhado e
rede elétrica.
16
ÁREAS DE LAZER E ESPORTES
Dependência
Quantidade
Dimensões
(m2)
Estado de
Conservação
Adequada
Inadequada
Observações
Área 01 (lado esquerdo) 289,76 m2 Bom Adequada Com cobertura
Área 02 (lado direito) 249,34m2 Regular Adequada
Necessita
pintura e
reforma do
alambrado.
O serviço de tratamento de água pertence à SANEPAR; rede de esgoto
através de fossa; energia elétrica COPEL; linha telefônica OI. Todas as contas são
pagas pela SEED.
2.2.1 Considerações Gerais
Pontos Fortes Externos:
- Proximidade ao Posto de Saúde, ao Banco, ao Correio e à Prefeitura;
- Acesso rápido ao comércio da cidade (centro);
- Fácil acesso aos ônibus;
- Ruas próximas calçadas;
Pontos Fracos Externos:
- Falta de iluminação pública nas ruas próximas à escola.
Pontos Fortes Internos:
- Material pedagógico suficiente;
- Merenda escolar em dia;
- Transparências nas ações administrativas;
- Número suficiente de professores qualificados;
- Agentes Educacionais I em quantidade suficiente;
- Aplicação semanal de flúor.
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Pontos Fracos Internos:
- Falta de: inspetor de alunos, de bibliotecário, de refeitório, de cobertura
entre os blocos.
- O Colégio necessita de reforma emergencial do telhado e de pintura do
prédio (pedidos já protocolados junto ao NRE), os quais aguardam liberação.
2.3 OFERTA DE CURSOS E TURMAS
2.3.1 Modalidade de Ensino
A Instituição oferta a seguinte Modalidade de Ensino: Anos Finais do Ensino
Fundamental do 6º ao 9º Anos nos Períodos Matutino e Vespertino; 1ª e 3ª série do
Ensino Médio do curso Formação de Docentes na Modalidade Normal, no período
Matutino e Atividade Complementar com o Programa Mais Educação, no período
Vespertino com as atividades nos Macrocampos Esporte e Lazer (Ginástica
Rítmica), Cultura, Artes e Educação Patrimonial (Danças e Escultura/Cerâmica) e
Acompanhamento Pedagógico (Orientação de estudos e Leitura); Sala de Apoio à
Aprendizagem, período vespertino, nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, para alunos do 6º e 7º ano, do Ensino Fundamental, regularmente
matriculados no período matutino.
A escola atende a aproximadamente 310, assim distribuídos:
Anos Número
de
Alunos
Nº/de
Professores
Turno Horários
6º A 29 9 Matutino Entrada: 7:30
Saída: 11:506º B 27 9 Vespertino Entrada: 13:00
Saída: 17:207º A 24 9 Matutino Entrada: 7:30
Saída: 11:50
7º B 25 9 Vespertino Entrada:13:00
Saída: 17:208º A 32 8 Matutino Entrada: 7:30
Saída: 11:508º B 17 8 Vespertino Entrada: 13:00
18
Saída: 17:209º A 26 8 Matutino Entrada: 7:30
Saída: 11:509º B 18 8 Vespertino Entrada: 13:00
Saída: 17:201ª A
Formação de
Docentes
37 15 Matutino
Entrada: 7:30
Saída: 11:50
3ª A Formação
de Docentes 19 15 Matutino
Entrada: 7:30
Saída: 11:50Mais
Educação 34 4 Vespertino
Entrada: 13:00
Saída: 16:00Sala de Apoio
à
Aprendizagem
22 2 Vespertino
Entrada: 13:00
Saída: 16:00
Número total de professores: 37
Número total de Pedagogos: 02
Número total de Funcionários: 07
Número de Coordenador de Curso: 01
Número de Coordenador de Estágio: 01
O Ensino Fundamental (agora com nove anos) é obrigatório e gratuito,
conforme Art. 4º, § I da LDB 9394/96 e visa o domínio da leitura, da escrita, o cálculo
e do raciocínio, preparando progressivamente o educando para a compreensão dos
problemas advindos da sociedade atual e o acesso sistemático aos conhecimentos
historicamente e socialmente acumulados.
Para o atendimento aos alunos com necessidades especiais, o colégio
conta com rampas para acesso de alunos cadeirantes, porém ainda falta muito em
acessibilidade. Também não dispõe de Sala de Recursos para atendimento de
outros tipos de necessidades especiais, como as dificuldades de aprendizagem,
tampouco de profissionais habilitados para tal atendimento. Os alunos que
necessitam de Sala de Recursos frequentam a mesma no Colégio Estadual Anita
Aldeti Pacheco - situado na cidade de Figueira.
A modalidade Normal tem como objetivo a preparação de professores para
atuarem na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental (do 1º ao
19
5º ano), conforme Art. 62 que diz “admitida, como formação mínima para o exercício
do magistério na educação infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
oferecida em Nível Médio, na modalidade Normal”. O curso é presencial, seriado
com duração de 4 anos, conforme Deliberação n.º 10/99, de acordo com as
Diretrizes Curriculares Nacionais, aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação –
Resolução CEB/CNE n.º 02/99 e Parecer CEB/CEN n.º 01/99, oferecendo a base
nacional comum e a formação específica do Curso.
20
2.3.2 Matriz Curricular
Ensino Fundamental
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL NRE: 032 – IBAITI MUNICÍPIO: 0774 – FIGUEIRA
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL PROFª ALVINA PRESTES – EF N
ENDEREÇO: AV. DR. ZOILO MEIRA SIMÕES, 549
TELEFONE: 43 3547 – 1432
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 - ENSINO FUNDAMENTAL 6º/9º ano
TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2014 FORMA: SIMULTÂNEA
BASENACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS/ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 3 3
Educação Física 2 2 2 2
Ensino Religioso* 1 1 0 0
Geografia 2 3 3 3
História 3 2 3 3
Língua Portuguesa 5 5 5 5
Matemática 5 5 5 5
Subtotal 23 23 23 23
PARTEDIVERSIFICADA
L.E.M. – Inglês 2 2 2 2
Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.
Ibaiti, 26 de Novembro de 2014.
21
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL NRE: 032 – IBAITI MUNICÍPIO: 0774 – FIGUEIRA
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL PROFª ALVINA PRESTES – EF N
ENDEREÇO: AV. DR. ZOILO MEIRA SIMÕES, 549
TELEFONE: 43 3547 - 1432
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 - ENSINO FUNDAMENTAL 6º/9º ano
TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2014 FORMA: SIMULTÂNEA
BASENACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS/ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 3 3
Educação Física 2 2 2 2
Ensino Religioso* 1 1 0 0
Geografia 2 3 3 3
História 3 2 3 3
Língua Portuguesa 5 5 5 5
Matemática 5 5 5 5
Subtotal 23 23 23 23
PARTEDIVERSIFICADA
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2
Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.
Ibaiti, 26 de Novembro de 2014.
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Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental – Normal em Nível Médio
2.4 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
A população estimada em 2013 da população de Figueira é de 8.364
habitantes. Está composta, em sua maioria, de crianças e jovens em idade escolar,
de 0 a 19 anos, aproximadamente 42%, 11% acima de 65 anos. A população está
23
concentrada na área urbana (6.102 habitantes). A área rural conta com 1.027
habitantes, com taxa de urbanização, em 2013, de 85,5%, segundo dados do IBGE,
do Censo Demográfico.
A taxa de pobreza, segundo dados do IPARDES é de 52,11%. É uma taxa
elevada para o nosso município e a Renda Média Domiciliar é de R$ 535,43,
segundo o IBGE. Isso se reflete no índice de analfabetismo segundo a faixa etária:
de 15 a 19 anos – 0,77%; de 20 a 24 anos – 1,34%; de 25 a 29 anos – 2,55%; de 30
a 39 anos – 4,98%; de 40 a 49 anos – 13,19% e de 50 anos ou mais – 31,61%.
A economia do município é baseada no extrativismo do carvão mineral, na
Usina Termoelétrica, agricultura, pecuária, comércio, exploração e indústria de
madeira, construção, educação, saúde, serviços domésticos, bóias-frias e empregos
públicos.
Nas questões de saúde pública podemos citar um alto índice de gravidez na
adolescência e de Doenças Sexualmente Transmissíveis também nesta faixa etária.
Com relação ao tráfico e consumo de drogas, apresenta índices alarmantes.
O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) está em 0,677, nível
considerado baixo. De acordo com a classificação estadual, Figueira ocupa a
posição 310 dentre os 399 municípios, de acordo com dados extraídos de Censo
Demográfico do IBGE, registrados no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,
2013.
As crianças em idade escolar obrigatória frequentam as aulas, contudo o
índice de evasão e abandono é muito alto. Com base nas taxas de rendimento
escolar, de 2012, do MEC/INEP e SEED, nos anos finais do Ensino Fundamental
temos 89,3% de aprovação; 4,9% de reprovação e 5,8% de abandono. Já o Ensino
Médio tem 89,5% de aprovação; 3,0% de reprovação e 7,5% de abandono.
Com relação ao problema das faltas dos alunos durante o ano letivo,
identificamos que este problema é resultado de mães, pais ou responsáveis que
trabalham fora de casa e, muitas vezes, os filhos mais velhos cuidam dos menores e
o falta o compromisso com a educação escolar.
Há muita rotatividade de alunos, verificada pelos elevados pedidos de
transferências, e os alunos, muitas vezes, acompanham os pais/responsáveis e
perdem o ano letivo, pois não frequentam a escola. Também devido à situação
econômica, educacional e cultural das famílias, conforme os índices e taxas
apresentados da população. Identificamos, além do mais, a falta de
24
comprometimento de alguns pais e responsáveis legais em valorizar a educação
escolar de seus filhos. Há vários casos de avós que cuidam dos netos, geralmente
porque esses avós têm renda e os pais estão desempregados, ou são dependentes
químicos, ou migram para outras cidades, em busca de emprego.
A população do município vem diminuindo nos últimos anos em razão da
saída de jovens e adultos em busca de emprego e/ou melhoria da qualidade de vida.
Após concluírem o Ensino Médio, são poucos os que permanecem na cidade.
Ainda há graves problemas familiares como separação, desemprego,
alcoolismo, consumo e tráfico de drogas entre outros; e esses problemas acabam
interferindo no desempenho escolar dos alunos atendidos no Colégio e se refletem
nas altas taxas de evasão, abandono e repetência, bem como nos problemas
surgidos nas salas de aula e nas dependências do colégio.
2.4.1 Histórico da Comunidade Escolar
Os alunos matriculados neste Colégio são crianças e adolescentes entre dez
a quinze anos que frequentam o Ensino Fundamental Anos Finais; adolescentes,
jovens e adultos que frequentam o curso Formação de Docentes, do Ensino Médio
na Modalidade Normal.
A maioria dos alunos desta escola é oriunda das periferias da cidade e,
praticamente de toda zona rural. São alunos que apresentam os maiores problemas
sócio-econômicos do município. Na maioria absoluta, são os de menor renda, os
que vivem dos programas sociais do governo, os que apresentam sérios problemas
disciplinares e grande desinteresse pela educação escolar, conforme dados
apresentados no item anterior. O Colégio atende alunos que cumprem penas
socioeducativas determinadas pela Justiça por motivos variados: violência, drogas,
furtos e roubos etc. e outros assistidos pelo Poder Público, via Conselho Tutelar e
Promotoria, casos em que a família omitiu-se na educação e atendimento primário
das necessidades da criança. Temos alunos que fazem acompanhamento médico,
nas áreas de psicologia e psiquiatria, que tomam medicamentos controlados e
apresentam sérios problemas comportamentais e de dificuldade ao convívio social.
São crianças e adolescentes que têm pouco acesso ao lazer, à participação
em atividades culturais, artísticas e desportivas. É somente na escola que têm
acesso a tais atividades.
25
Com relação ao trabalho pedagógico o Colégio oferece atividades em
contraturno que têm auxiliado os alunos na melhoria da leitura, da escrita e da
matemática (Salas de Apoio à Aprendizagem). Também, são desenvolvidas outras
atividades pedagógicas, como as Atividades Complementares do Programa Mais
Educação, que têm permitido aos alunos a participação em atividades diferentes e
atrativas, aumentando sua inserção na formação cidadã.
No penúltimo IDEB (2009), a escola apresentou um resultado muito abaixo
do esperado. E, em função disso, foram reavaliadas todas as ações da escola para
a reversão desse quadro, que é causado por vários motivos, como por exemplo,
falta de interesse dos pais e dos próprios alunos sentidos nos índices de abandono,
evasão e repetência. Foram programadas e implementadas várias atividades
pedagógicas diferenciadas para a superação desse resultado, visto que no
penúltimo IDEB, a nota foi de 3,1.
Devido às ações efetuadas, o último IDEB (2011), apesar de ainda não ser o
ideal, já apresentou uma melhora, sendo de 3,5. Reuniões com os pais para
conscientização da necessidade de acompanhamento na vida escolar dos filhos,
Atividades Complementares, Salas de Apoio a Aprendizagem para o 6º e 7º anos
são exemplos de ações que dão resultados positivos e que estão no Plano de Ação
Escolar.
Outra programa de política pública de avaliação escolar implantado pelo
Estado do Paraná, por meio da SEED é o Sistema de Avaliação da Educação
Básica do Paraná (SAEP), que tem por objetivo de monitorar a qualidade do ensino
e da aprendizagem nas escolas paranaenses. Nosso Colégio obteve os seguintes
resultados em Língua Portuguesa 6º ano, em 2013: 182,8, nível básico; 9º ano, em
2012: 215,8 e 2013: 228,5, também nível básico. Em Matemática, os resultados do
6º ano, em 2013: 202,2 , nível básico; 9º ano, em 2012: 230,2 e 2013: 228,9,
também nível básico.
Diante de todos os resultados, a Escola precisa ser um espaço privilegiado e
convidativo para a construção do conhecimento, e por esse motivo este Colégio
procura disponibilizar aos seus alunos os ambientes e recursos destinados
especificamente a determinados fins pedagógicos, tais como:
Uso da Biblioteca e incentivo à leitura;
Uso do Laboratório de Informática para a promoção de aulas diferenciadas;
Uso da Sala de vídeo;
26
Espaço para a prática de esportes e outras atividades recreativas e culturais;
Atividades Artísticas com destaque para a dança;
Atividades extraclasse: jogos interséries, projeto de leitura, feira cultural, festa junina,
excursões, passeios culturais e ecológicos, gincana junina e outras, bem como
demais atividades e campanhas educativas e sociais, palestras.
Contudo, no ano de 2015, o Colégio sofreu uma interdição parcial do prédio pela
Regional de Saúde de Jacarezinho-PR, por isso foram adaptadas, como salas de
aula, a biblioteca, o laboratório de Informática, a sala de vídeo e a sala dos
professores, até ser realizada a reforma do prédio.
2.5 RECURSOS HUMANOS DA INSTITUIÇÃO
2.5.1 Recursos Humanos da Administração
Funcionário Função Formação Escolar VínculoMarcia Baby de Lima Gasquez
Diretora Licenciatura em Letras Anglo/Portuguesa,Bacharel em Administração de EmpresasEspecialização em Administração e Metodologia da EducaçãoMestranda em Letras
QPM
Arildo Santiago de Souza
Secretário Licenciatura em Pedagogia Habilitação Magistério de 1ª a 4ª Série do Ensino FundamentalTecnólogo em Gestão PúblicaEspecialista em: Educação Inclusiva, Gestão Escolar e Psicopedagogia
QFEB
Paula Regina do Vale
Agente Educacional II
Ensino Médio Acadêmica em Filosofia
READ
2.5.2 Recursos Humanos da Área Didática
Funcionário Função Formação Escolar Vínculo
Aline de Liz Carneiro
Professora de Ciências
Licenciatura em Ciências com Habilitação em Matemática.Especialista em Educação Especial – Deficiência Mental
QPM
Aline de Souza Rodrigues
Pedagoga Licenciatura Plena em Pedagogia.Especialização em Gestão Educacional, Educação Especial/Libras e Atendimento às Necessidades Especiais.
READ
27
Bernadete Lopes da Silva
Professora de Língua Portuguesa e Literatura
Licenciatura em Letras Anglo/PortuguesaEspecialização em Metodologia e Informática da Educação.
QPM
Cátia Aparecida da Silva
Professora de Sociologia
Habilitação em Pedagogia.Acadêmica em Sociologia e Letras.Especialista em Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia, cursando Educação Especial e Educação do Campo.
REPR
Déborah Silva Junqueira
Professora de História
Licenciatura em História.Especialista em Docência do Ensino superior
QPM
Denise Nogueira
Professora do curso de Formação de Docentes
Habilitação em PedagogiaEspecialista em Educação do Campo e Educação Especial
REPR
Emiliana Bento Magalhães
Professora de Física
Licenciatura em Matemática REPR
Erenita Apª de Jesus Rocha
Professora de Matemática
Licenciatura em Ciências com Habilitação em Matemática.Especialização em Didática e Metodologia do Ensino; Libras e Educação Especial
QPM
Erli Terezinha Bonin Lima
Pedagoga Licenciatura em Pedagogia, com Habilitação em Orientação EducacionalEspecialização em Educação Especial–DM
QPM
Izabel Cristina Angeleli
Professora de Artes/Mais Educação
Licenciatura em Artes REPR
Jacqueline Ribeiro Machado Bueno
Professora de Educação Física
Licenciatura em Educação FísicaEspecialização em Supervisão, Orientação e Administração Escolar.
QPM
Jaqueline Aparecida dos Santos
Professora de Prática de Formação
Habilitação em PedagogiaEspecialista em Educação Inclusiva e Libras.
REPR
Janete Wessler
Professora de Ciências
Licenciatura em Ciências/ Habilitação- MatemáticaEspecialização em Metodologia e Didática do Ensino Superior
QPM
João Murilo Nalevaiko Botelho de Andrade
Professor de Educação Física/Mais Educação
Licenciatura em Educação Física REPR
Juliana Lopes Alves
Professora de Língua Portuguesa/ Coord. Curso Formação de Docentes
Licenciatura em PedagogiaLicenciatura em Letras/ EspanholEspecialização em Gestão Pedagógica em Esp. Educ. Escolares e não Escolares e Educação Inclusiva
REPR
Leia Borges da Silva
Professora de
Licenciatura em Ciências/ Habilitação- Matemática
QPM
28
Matemática Especialização em Educação MatemáticaLidiane Cristina Alves
Professora de Artes e Escultura em Cerâmica
Licenciatura em Artes REPR
Lineker José Garcia Wanderley
Professor de Dança e Ginástica Rítmica
Licenciatura em Educação Física REPR
Lucimari Alves Moisés
Professora de LEM-Inglês
Licenciatura em Letras/Inglês REPR
Magali Eugênio Leite
Professora de Matemática
Licenciatura em Matemática REPR
Michele Bento Magalhães
Professora de Matemática
Licenciatura em Ciências – Habilitação em MatemáticaEspecialista em Educação Inclusiva, Educação Especial Libras e Educação Ambiental
QPM
Michele Plantes de Andrade
Professora de Ciências
Licenciatura em Ciências BiológicasEspecialista em Gestão, Licenciamento e Auditoria Ambiental
QPM
Paula Monique Pereira
Professora de Filosofia/ Coord. de Estágio Supervisiona-do
Licenciatura em Pedagogia e FilosofiaEspecialista em Gestão Escolar, Metodologia do Ensino Superior e Libras
QPM
Rhayza Jeanine de Oliveira Magalhães
Professora de Matemática
Bacharel em Administração com Habilitação em Matemática
REPR
Rosangela Bueno de Freitas Proença
Professora de língua Portuguesa e Literatura
Licenciatura em Letras e PedagogiaEspecialista em Língua Portuguesa e Gestão Escolar
REPR
Rosimeyre Alves Moisés
Professora de Arte
Licenciatura em Artes QPM
Silvana Puchalski
Professora de Ensino Religioso
Licenciatura em GeografiaEspecialista em Metodologia do Ensino de História e Geografia.
QPM
Teresinha da Silva Rocha
Professora de LEM - Inglês e Língua Portuguesa
Licenciatura em Letras Anglo-portuguesas Especialização em Língua Portuguesa e Literaturas Portuguesa e Brasileira e Educação Inclusiva
QPM
Tereza Martins de Souza
Professora de Geografia e Ensino Religioso
Licenciatura em Pedagogia e Estudos Sociais,Especialização em Didática – Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica
QPM
29
2.5.3 Recursos Humanos da Área de Serviços Gerais
Funcionário Função Formação Vínculo
Edina Marina da Costa
Agente Eucacional I
Ensino Fundamental, cursando o Ensino Médio
QFEB
Eliete Aparecida de Oliveira
Agente Eucacional I
Ensino Médio QFEB
Jane Carla de Oliveira
Agente Eucacional I
Ensino Médio QFEB
Mara Aparecida de Sousa
Agente Eucacional I
Ensino Médio QFEB
Sueli Guardiano da Silva
Agente Eucacional I
Ensino Superior: Tecnólogo em Gestão Pública
QFEB
2.6 OBJETIVOS DO COLÉGIO
2.6.1 Objetivos Gerais
Proporcionar condições, materiais didático-pedagógicos ao corpo docente,
discente, administrativo e servidores gerais, para o desenvolvimento de uma
concepção transformadora, uma vivência responsável, crítica e solidária, onde cada
um seja capaz de recriar o seu hoje a partir do seu ontem, para projetar, propor e
controlar criticamente o seu amanhã.
Realizar um planejamento conjunto para que a interdisciplinaridade seja
concretizada, tornando-se uma prática constante em todos os segmentos do colégio.
2.6.2 Objetivos Específicos
1. Oferecer um ensino valorizando os conhecimentos prévios dos alunos,
adquiridos em sua experiência de vida considerando suas necessidades e a
realidade do contexto social.
2. Desenvolver uma educação ética preocupada com valores progressistas,
contra quaisquer discriminações de raça, cor, credo, sexo, classe social e
orientação política. Que prime pela paz, contra qualquer tipo de violência e
que desenvolva os valores ecológicos e por uma cultura da
sustentabilidade.Utilizar uma metodologia de ensino que articule a teoria e
prática na formação integral do indivíduo e ao conhecimento escolar,
30
capacitando o aluno a agir de forma autônoma e com consciência crítica e
reflexiva.
3. Desenvolver um ensino que desperte o interesse do aluno pelo conhecimento
através do incentivo à pesquisa para que o mesmo possa estabelecer
relações, interpretar situações, desenvolver raciocínio lógico e resolver
problemas.
4. Promover palestras para esclarecer assuntos referentes a questões sociais e
temas contemporâneos.
5. Elaborar conteúdo específico e condizente com as diferentes faixas etárias,
interesse e realidade dos alunos, permitindo a troca de experiências.
6. Praticar um sistema de avaliação diagnóstica e formativa que incorpore a
capacidade de autoavaliação do educando.
O curso Formação de Docentes na Modalidade Normal tem como objetivos
da formação específica do curso:
1. Pautar por princípios da ética democrática: dignidade humana, justiça,
respeito mútuo, participação, responsabilidade, diálogo e solidariedade, atuando
como profissionais e como cidadãos;
2. Utilizar conhecimentos sobre a realidade econômica, cultural, política e
social brasileira para compreender o contexto e as relações em que está inserida a
prática educativa;
3. Exercer a docência, a organização do trabalho, estabelecendo uma
relação de autoridade e confiança com alunos;
4. Investigar o contexto educativo na sua complexidade e analisar a prática
profissional, tornando - a continuamente como objetivo de reflexão para
compreender e gerenciar o efeito das propostas, avaliar seus resultados e
sistematizar conclusões de forma a aprimorá-las;
5. Estabelecer metas que promovam a aprendizagem e potencializem o
desenvolvimento de todos os educandos, considerando e respeitando suas
características pessoais, socioeconômica, inserção cultural, origem étnica, gênero e
religião;
6. Utilizar estratégias diversificadas de avaliação da aprendizagem e, a partir
de seus resultados, formular propostas de intervenção pedagógica, considerando o
desenvolvimento de diferentes capacidades dos alunos;
31
7. Incentivar a participação coletiva nos trabalhos desenvolvidos, adotando
atitude de disponibilidade e flexibilidade no contexto educativo.
2.7 DIAGNÓSTICO
A chamada globalização é uma das mais polêmicas tendências da sociedade
atual. Caminha-se na direção de um mundo interdependente, no qual qualquer fato
que ocorra em uma determinada região terá influência no restante do planeta.
Nessa sociedade, que além de globalizada é capitalista, onde há uma
crescente distinção entre os que podem e os que não podem, os que agem e os que
reagem, os que sabem e os que não sabem, os que têm e os que não têm, a
educação deve ser o caminho da libertação da opressão.
Muitos pais, preocupados em prover a subsistência de sua família, repassam
à escola e aos professores o seu encargo na educação dos filhos. Acarretando
assim uma maior responsabilidade à escola e aos professores.
O Brasil, apesar de alguns avanços tecnológicos e científicos, continua tendo
na desigualdade social uma de suas principais características econômicas.
Inseridos nesse contexto o Estado do Paraná e o município de Figueira não
poderiam apresentar uma realidade diferente. O nível sócio-econômico da
população de Figueira é caracterizado entre médio baixo a baixo poder aquisitivo, e
metade dessa população é formada por pessoas carentes e trabalhadores diaristas
sem emprego fixo ou carteira assinada.
A atividade econômica do município está baseada na extração e utilização do
carvão mineral das jazidas encontradas em seu subsolo; nos serviços rurais que
envolvem a pecuária e a agricultura, os chamados bóias frias, principalmente na
colheita de café, extração de madeira, cultivo da cana-de-açúcar; e no comércio
local, além de serviços domésticos e informais.
Desta forma, a comunidade discente deste Colégio é formada por alunos que
apresentam poder aquisitivo entre baixo e médio baixo, sendo que uma grande
parcela dos alunos é formada por crianças carentes, provenientes de famílias
desestruturadas social e economicamente. E por esse motivo muitos são alunos
apáticos, acríticos, descompromissados com os estudos, desatentos e sem ideais.
O único caminho para a superação dessas diferenças sociais, o atraso e a
exclusão social é o de ampliar as oportunidades educativas e fazer da educação um
32
caminho para a conquista da cidadania. É este o papel que a escola busca
desempenhar na mudança por uma sociedade menos excludente.
3 MARCO CONCEITUAL
3.1 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA
DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICO-PRÁTICA.
A prática educativa sociointeracionista, histórica, crítica e progressista do
professor deve ter como meta principal a autonomia do ser do educando, para
alcançar essa meta o professor encontra dificuldades e contradições de várias
categorias contidas em uma sociedade excludente e marginalizadora onde impera a
ideologia da classe dominante.
Cabe ao professor ir à luta pela socialização do conhecimento e da cultura em
favor da transformação, pois é preciso partir do saber fundamental que mudar é
difícil, mas é possível. É preciso ter a escola como território de luta em favor dos
oprimidos e excluídos da sociedade, praticando e exigindo todos os direitos
adquiridos através da LDBEN 9394/96.
3.2 CONCEPÇÕES
3.2.1 Sociedade
Pensar sociedade é estabelecer que o homem por ser um gregário por
natureza, demanda uma convivência em grupo, convivência que é permeada por um
senso comum, regras comuns, intenções colhidas por um todo que servem a um
único propósito, a sobrevivência do mesmo.
As regras, os preceitos que emanam de pensar coletivo, são postas para o
surgimento de uma cultura única, que determina a solidificação no momento em que
o grupo a elege como tal.
O ser social é regido pelos seus próprios dogmas, preceitos e interdições, por
esta manifestação ele se estrutura como particular e cria sua identidade.
Desde o milagre de seu nascimento o indivíduo percebe o seu funcionamento e
procedimento, o qual direciona sua convivência em sociedade.
33
3.2.2 Criança
O conceito de infância foi construído historicamente e sofreu transformações,
o que pode ser observado na literatura pedagógicae na legislação, especialmente a
partir de 1980, no Brasil. Assim, pode-se entender que a infância é o resultado de
influências sociais dos mais diversos setores, como político, econômico, social,
histórico e cultural.
Isto significa que, no contexto escolar e na aprendizagem didática, a criança
é capaz de expressar as suas opiniões e desejos de acordo com as experiências
vividas em seu grupo e classe social.
Portanto, de acordo com Kramer (1995) apud Paraná (2010) pode-se dizer
que:
o conceito de infância se diferencia conforme a posição da criança e de sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Portanto, não há uma concepção infantil homogênea, uma vez que as crianças e suas famílias estão submetidas a processos desiguais de socializaçãoede condições objetivas de vida. (p.11)
Dessa forma cabe à escola, entender que os sujeitos dessa etapa da vida,
apesar das particularidades de cada um, são capazes de aprender os conteúdos das
mais diversas disciplinas, isto é, os diferentes conhecimentos acumulados pela
humanidade. É preciso que a escola realize um trabalho articulado e com propósitos
educativos, os quais devem ser discutidos e compreendidos pelos professores, além
de sistematizados na proposta pedagógica.
3.2.3 Alfabetização e Letramento
Para que a pessoa entre no mundo escrita são necessário dois pressupostos
indispensáveis, um é a aquisição de uma tecnologia, e o outro é a competência para
o uso dessa tecnologia.
E, de acordo com Soares Apud Paraná (2010), a aquisição da tecnologia é a
aprendizagem de um processo que envolve várias representações, como:
codificação de sons em letras ou grafemas e a decodificação dessas letras e
grafemas em sons; aprender a usar adequadamente os instrumentos e
equipamentos didáticos: lápis, caneta, borracha, régua e outros materiais didáticos;
34
aprender a utilizar e manipular suportes e espaços de escrita, como, papel de
diversos formas e tamanhos, cadernos, livros, jornais, etc., a aprendizagem das
convenções para o uso correto do suporte: a direção correta da escrita de cima para
baixo, da esquerda para a direita. A aprendizagem de todo esse sistema alfabético e
ortográfico da escrita e das técnicas para seu uso chama-se Alfabetização.
O outro pressuposto para a aquisição da escrita é o Letramento e envolve o
desenvolvimento de competências para o uso da leitura e da escrita nas práticas
sociais que a envolvem. Isto significa que não basta apropriar-se da tecnologia,
saber ler e escrever apenas como processo de codificação e decodificação, é
necessário apropriar-se das habilidades que possibilitam ler e escrever de forma
adequada e eficiente, nas diversas situações em que precisamos ou queremos ler e
escrever. É necessário saber ler e escrever diferentes gêneros textuais que circulam
na sociedade, em diferentes suportes, com diferentes objetivos, em interação com
diferentes interlocutores, para diferentes funções: para informar ou informar-se, para
interagir, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimento, para
seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio à memória, para
catarse e muitas outras atividades. Promover o letramento significa tornar o
educando capaz de compreender o significado da aprendizagem e fazer uso dela
para atender as exigências da sociedade na qual está inserido.
3.2.4 Homem
Ser provido de qualidades físicas e psíquicas move e remove situações de
acordo com sua vivência. Dotado de grande bagagem cultural e sentimentos
enraizados desde sua origem. Agente transformador, criativo e capaz de solucionar
problemas.
Ser diferenciado pelas suas ideias, que, cumulativas, formam a sociedade na
qual vivemos. De acordo com as necessidades impostas pelo meio, o homem pode
e poderá modificar a realidade em prol de uma vida mais tranquila.
Cabe a cada ser manter o equilíbrio emocional, para que o seu próprio mundo
seja preservado e sua espécie não seja extinta.
3.2.5 Educação
A Educação é o meio que permite ao homem formar-se e construir-se num
ser digno e consciente de suas ações. É por intermédio da Educação que ele
35
constrói a sua cidadania e interage com o meio, com o outro, e, poderá ou não,
transformar a sua vida e sociedade.
É o instrumento mediador entre o senso comum e o conhecimento científico,
mais atuante também no sentido de despertar a sensibilidade e a criatividade a fim
de construir um ser completo, crítico e pensante, possibilitando um crescimento
individual e coletivo.
Não podemos ter uma consciência ingênua de que a Educação está
desprovida de um caráter ideológico.
A ideologia encontra-se presente no meio educacional, referendando valores
da classe dirigente. Durante o período colonizador prevaleceu a concepção
educacional, dos jesuítas que impunham as "verdades" do Cristianismo.
Nas fases ditatoriais da história, como durante o governo de Getúlio Vargas,
predominou um culto a um nacionalismo exacerbado.
No momento em que se implantou o regime militar, com toda uma carga
ideológica voltada para a segurança nacional, a Educação voltou-se para o
tecnicismo, estimulando um conhecimento fragmentado e acrítico.
No momento, almeja-se a construção da sociedade justa, democrática e
solidária, a qual tem na educação, um de seus maiores instrumentos, e que a
garantia de um futuro melhor, com a consequente redução das desigualdades
passa, necessariamente, por uma educação de qualidade. Porém nessa busca de
qualidade total na Educação, é preciso a tomada de consciência do caráter
empresarial que aí se encontra presente.
Cabe aos educadores, neste momento, buscar novos caminhos para a
Educação, desmistificando e desvendando a ideologia presente para torná-la um
instrumento real de construção e transformação do indivíduo e da sociedade.
3.2.6 Conhecimento
É visto como a relação entre um sujeito e um objeto. Do ponto de vista
epistemológico, os objetos de conhecimento existem na medida em que são
inventados pelo sujeito do conhecimento, na sua interação com um mundo físico e
social no qual ele vive. O conhecimento científico, na perspectiva construtivista se
constitui na construção de teorias, de modelos, de representações, através de uma
metodologia específica, com regras específicas que constituem o método científico.
Em outras palavras, o conhecimento científico vem a ser uma interpretação que o
36
homem faz da natureza e não uma descrição da mesma. Assim, o conhecimento
científico, visto na Escola, como um conjunto de formulações teóricas que foram
construídas e reconstruídas ao longo da história da humanidade.
3.2.7 Escola
É o local de estímulo e construção do saber, seja ele o saber técnico, que
capacita o indivíduo para o mercado de trabalho, seja o saber relacional, vivencial
que prepara o indivíduo a interagir com o meio em que vive.
A Escola não se limita somente ao espaço físico, mas age e transforma em
conjunto com a família e as instituições sociais que colaboram na construção do
saber, integrando-os, da origem do próprio saber à sua elaboração.
É por meio da Escola que se envolve e estimula a educação transformadora,
através de seu dinamismo em renovar, inovar e experienciar o saber e o
conhecimento, que deve ser dinâmico, renovador e inacabado sempre em
construção e não ser estático e pronto.
O papel da Escola como agente de transformação é ampliar a liberdade e a
compreensão do mundo de cada cidadão.
Cabe à Escola proporcionar o questionamento de seu papel conscientizador e
libertador de suas ações, das relações da tríade Escola - Sociedade - Família,
oferecendo condições para que haja a exploração do ambiente, inventando,
descobrindo e direcionando o ser humano às finalidades de caráter social e
renovador.
3.2.8 Ensino-aprendizagem
A aprendizagem é o processo e, ao mesmo tempo, a meta dos
empreendimentos educacionais. É o paradigma que avaliza, ou não, a suposta
qualidade no ensino.
O termo aprendizagem não esconde segredos. Denomina todo o processo
desencadeado pelo corpo docente e discente para obter, do início ao fim, a
finalidade maior: a assimilação do conhecimento e a tradução deste em atitudes e
valores.
O relatório da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura), da Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI,
problematiza e discorre sobre a conjuntura atual. Segundo Delors et al. (1999),
37
arvora-se cada vez mais uma conjuntura marcada: por um planeta cada vez mais
povoado; pelo fenômeno da globalização; pelo estigma das exclusões; pelo desafio
de situar o local dentro do global e vice-versa; pelos prejuízos do progresso; e pelo
resgate dos valores. Nesse contexto a aprendizagem por meio do conhecimento
histórico, científico, artístico e filosófico, possibilita que o aluno tenha condições de
avaliar a sociedade atual e suas condições, instrumentalizando – o para transformar
sua prática social e não adaptar-se a este mundo.
3.2.9 Avaliação da Aprendizagem
A avaliação é parte intrínseca do processo educativo. Por meio dela, os
sujeitos escolares sabem como está a aprendizagem dos alunos e também podem
ter indícios de como está o ensino, para a escola refletir e melhorar a prática
pedagógica. Quando o termo refere-se à avaliação ele está diretamente ligado a
intencionalidade do ensino de um determinado conteúdo, bem como, com o objetivo
de acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos.
O efeito produzido pela avaliação abrange o conhecimento adquirido por
todos os alunos haja vista que procede por diagnóstico. Também oferece condições
para que cada um, professor e aluno encontrem seu caminho, para a obtenção de
melhores resultados na aprendizagem.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre a ação pedagógica contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos, instrumentos e métodos de ensino. Para Luckesi (1999) uma avaliação
deve ser “dinâmica”, “transformadora”, “dialética”. Dinâmica, pois fornece subsídios
para que o projeto educativo realize seus fins; transformadora porque leva o aluno a
viabilizar e concretizar o projeto inicialmente disposto e ainda, dialética pela
mediação e interação entre o saber inicial e os novos conteúdos retidos e melhor
elaborados na relação professor- aluno.
Os objetivos da avaliação visam o auxílio como também responder à
sociedade do processo ensino/aprendizagem e responder à sociedade sobre a
qualidade da educação desenvolvida.
Segundo a visão de Maria Celina Melchior (1994), avaliação para ser
realmente eficaz precisa ser dinâmica e participativa baseada no mecanismo de
ação - reflexão - ação. Professor e aluno a realizam, de forma simultânea,
38
promovendo situações e/ou tarefas em que, por meio do diálogo e da discussão, se
processará a análise crítica.
Este Estabelecimento de Ensino procura desenvolver e efetivar uma
avaliação conforme o acima referido, isto é, uma avaliação diagnóstica, contínua,
dinâmica, participativa e formativa. E possibilita aos alunos oportunidades de
recuparação de conteúdos e por consequência, das notas.
A avaliação do aluno será baseada no seu desempenho gradativo,
procurando valorizar todos os progressos do aluno.
Cada instrumento avaliativo apresenta características específicas que
compreendem possibilidades e limitações; portanto, este Colégio compreende que é
necessário utilizar diversos tipos de modalidades de avaliação, tais como questões
objetivas, questões de respostas livres, provas práticas, projetos, questões
discursivas, apresentações orais entre outras formas avaliativas.
A verificação do desempenho dos alunos deve ampliar-se de forma que seja
contínua e formativa. Não basta atribuir conceito apenas com base no resultado de
provas escritas tradicionais. É necessário construir instrumentos que permitam
acompanhar as atividades no dia-a-dia dos alunos, considerando seu interesse, sua
responsabilidade, sua curiosidade; também é preciso considerar sua capacidade de
observar e investigar, discutir ideias, formar conceitos, buscar novos conhecimentos,
etc. A avaliação deve ser realizada de forma diagnóstica e formativa, sendo
cumulativa e contínua, a partir de vários instrumentos, como:
• Exercícios orais e escritos;
• Pesquisas bibliográficas, de campo, nas mídias, etc.
• Trabalhos orais e escritos, individuais e em grupos;
• Participação nas aulas, das várias atividades em sala ou promovidas pela escola;
• Questões discursivas e objetivas;
• Apresentação e participação em seminários e debates.
• Provas escritas e orais.
Para efeito de sistematização e registro de notas optou pela periodicidade
bimestral.
Para os alunos com dificuldades e defasagem de aprendizagem o Colégio
realiza recuperação paralela dos conteúdos envolvendo todas as disciplinas de
todos os anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio na modalidade Normal
Formação de Docentes. Para os alunos do 6º e 7º anos também dispõe do
39
Programa Sala de Apoio à Aprendizagem para as disciplinas de Língua Portuguesa
e Matemática, o qual tem contribuído significativamente para a melhoria da
qualidade da educação.
3.3 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
3.3.1 Princípios da Gestão Democrática
Gestão é administração, é tomada de decisões, é organização, direção.
Relaciona-se com a atividade de impulsionar uma organização a atingir seus
objetivos, cumprir sua função, desempenhar seu papel. Constitui-se de princípios e
práticas decorrentes que afirmam ou negam os princípios que as geram.
Estes princípios são sociais, já registrados na Lei Educacional nº 9.394/96, os
quais enfatizam que a gestão da educação se destina à formação para o exercício
da cidadania, isto é, destina-se à promoção humana.
A gestão da educação que se pretende democrática é responsável por
garantir o acesso, a permanência e a qualidade do ensino-aprendizagem, entendida
como processo de mediação no seio da prática social global. Seus princípios são os
princípios da educação que a gestão assegura serem cumpridos: uma educação
comprometida com o domínio dos conteúdos que habilitem ao mundo do trabalho,
comprometida com a sabedoria de viver junto respeitando as diferenças,
comprometida com a construção de um mundo mais justo e humano para todos os
que nele habitam, independentemente de raça, cor, credo ou opção de vida.
Dentro desse marco de referencias, são propostas várias linhas de ação,
inclusive aquela que deve contemplar um dos princípios da gestão democrática, que
é a formação continuada dos profissionais da educação.
3.3.2 O Currículo da Escola Pública - Abordagem Pedagógica
O currículo implica, necessariamente, a interação entre sujeitos que têm um
mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente, e não deve
estar separado do contexto social, pois ele é historicamente situado e culturalmente
determinado.
40
Base nacional comum e parte diversificada
De acordo com a Lei n.º 9394/96, os currículos do Ensino Fundamental e
Médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada
sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida
pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da
população atendida.
No Ensino Fundamental, a parte diversificada do currículo será incluído,
obrigatoriamente, a partir do sexto ano, do ensino de pelo menos uma língua
estrangeira moderna. Em nosso Colégio, a parte diversificada da Matriz Curricular
para o Ensino Fundamental é composta pela disciplina de Língua Estrangeira
Moderna – Inglês.
No Curso de Formação de Docentes a parte diversificada é composta pelas
seguintes disciplinas: Fundamentos Históricos da Educação, Fundamentos
Filosóficos da Educação, Fundamentos Sociológicos da Educação, Fundamentos
Psicológicos da Educação, Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil,
Concepções Norteadoras da Educação Especial, Trabalho Pedagógico na Educação
Infantil, Organização do Trabalho Pedagógico, Literatura Infantil, Metodologias do
Ensino de: Português/Alfabetização, Matemática, História, Geografia, Ciências, Artes
e Educação Física.
Fazem parte da grade curricular do Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano, as
seguintes disciplinas da base nacional comum:
Arte
A Educação Artística gera conhecimento relacionando-se com as demais
áreas, desenvolvendo, assim, o pensamento artístico e a reflexão estética.
A atividade artística deve ser progressiva e significativa, permitindo adquirir
clareza relativa à obra de arte e relativa à sua própria produção, entendendo-se
dentro de um contexto histórico - cultural.
Através do ensino dos conteúdos da disciplina de Arte nos anos finais do
Ensino Fundamental possibilita-se a prática da produção e apreciação artística,
experimentando o domínio e a familiaridade com os códigos e expressões das
linguagens da Arte, dialogando e refletindo sobre sua contextualização no mundo.
41
Faz parte também da disciplina de Arte os conteúdos sobre música, conforme
a Lei nº 11.645/08.
Ciências
O estudo das Ciências Biológicas ajuda na compreensão do mundo e suas
transformações, permitindo que nos reconheçamos como parte integrante do
universo. Por meio desse saber podemos questionar, criticar o que vemos, e refletir
sobre as questões éticas que estão implícitas na relação entre a Ciência e a
sociedade.
A busca de um viver equilibrado relaciona-se com o conhecimento do
ambiente onde o ser humano interage como ser biológico que é, a fim de usufruir de
condições necessárias à integração com o seu meio, o que promove a melhoria da
qualidade de vida.
Para isto a escola procura valorizar a vivência do aluno trabalhando a
compreensão das interações dos seres vivos com o meio não pode ser entendida
como o fim, mas como o princípio, como base para o desenvolvimento de um senso
crítico e, acima de tudo atuante, podendo fazer desta vivência um aprendizado,
ponderando e questionando a própria existência e a interdependência de todos os
organismos biológicos, seus fenômenos, causas e consequências.
Dentro desse conceito, os fundamentos Vygotskyanos, têm evidentes
implicações educacionais, o que se torna mais claro quando nos é dito que "a
disciplina formal dos conceitos científicos transforma gradualmente a estrutura dos
conceitos cotidianos da criança e ajuda a organizá-la num sistema: isso promove a
ascensão da criança para níveis mais elevados do desenvolvimento" (Vygotsky,
1989).
Dentro dos conteúdos de Ciências são incluídos os estudos sobre a
prevenção do uso indevido de drogas, a sexualidade humana, educação ambiental e
o enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente.
Educação Física
A Educação Física Escolar, por ser parte do conhecimento historicamente
produzido, deve reunir o que for mais significativo, ligado ao movimento humano,
para ser vivida e compreendida no objetivo de contribuir na formação do cidadão.
42
Nesta concepção, todo o sistema educacional tem o compromisso com um
indivíduo crítico, participativo, consciente e politizado, deixando clara a opção de
buscar a superação das condições reinantes em nossa sociedade.
Nas séries finais do Ensino Fundamental, o desporto, um dos principais meios
utilizados na Educação Física, deixa de lado a formação "tecnicista" dos exercícios
repetitivos que conduzem aos automatismos, para dar ênfase ao ser humano como
um todo, procurando oportunizar o seu desenvolvimento integral como cidadão e
como ser capaz de criar, transformar e expressar-se, buscando a sua própria
superação.
É importante salientar que em momento algum se está negando a prática
anterior, pois foi com base nela que se efetivou a mudança paradigmática.
Portanto, a Educação Física atual, tem a intencionalidade de formar um indivíduo
consciente e atuante no meio em que vive, e que seja capaz de viver em grupo,
expressar-se, criar possibilidades de transformações e, ter plena consciência da
importância da atividade física para a saúde. A Educação Física pode significar mais
do que "saber fazer", indo além num conceito desenvolvido na busca do "saber ser".
Ensino Religioso
Conforme a LDBE 9394/96 a oferta do Ensino Religioso deve ser obrigatória,
porém de matrícula facultativa para os alunos.
Os conteúdos dessa disciplina devem basear-se no pressuposto de que o
Ensino Religioso é um conhecimento humano e, enquanto tal, deve estar disponível
à socialização, e não servir à dedicação de uma doutrina ou religião específica, mas
devem proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o
fenômeno religioso.
Com esses pressupostos, o tratamento didático dos conteúdos realiza-se ao
nível de análise e conhecimento cultural da sala de aula, salvaguardando-se assim a
liberdade de expressão do educando.
Geografia
O currículo de Geografia deve ser trabalhado em espiral desde a Educação
Infantil até o Ensino Médio através da observação e interpretação dos aspectos
43
geográficos, políticos, sociais e éticos. Objetiva propiciar a compreensão dessas
estruturas, desenvolvendo a capacidade de analisar, pensar e intervir no meio de
forma a valorizar o ser humano, sua cultura, questionar o sistema político,
econômico, social e tecnológico. Através de constantes informações, de forma
interdisciplinar, busca desenvolver projetos que visem possibilitar complexas
relações para um maior conhecimento do mundo, levando o aluno a ter consciência
de sua identidade, da importância do meio ambiente, de cidadania e da ética de
forma crítica.
A partir do Ensino Fundamental a geografia capacita o educando a exercitar
suas aptidões de forma, a interpretar, na paisagem geográfica, a intervenção
humana.
Através da observação global do planeta e a compreensão de que o
educando se insere no meio em que vive é propiciar-se a criação de atitudes que
possam ser de respeito e de preservação. Conhecendo e refletindo sobre o espaço,
construirá uma visão abrangente, possibilitando uma análise crítica e consciente da
realidade.
A escola deve oportunizar a leitura nos aspectos político, econômico, cultural
e ético, extraindo dessa percepção, ferramentas necessárias para a compreensão
global e local das transformações sócio ambientais.
História
O trabalho de história é concebido como a compreensão da trajetória,
humana ao longo do tempo. A história enquanto ciência social busca localizar no
contexto da sociedade, a matéria prima para compor o seu trabalho.
Com o objetivo de levar os alunos ao conhecimento de que os homens estão
inseridos em um espaço e tempo no qual se reproduzem às relações sociais, busca-
se sua humanização numa interação social.
Os conteúdos da história do Paraná, do Brasil, da América e do mundo estão
agrupados separadamente, a fim de permitir a especificação de acontecimentos
históricos. Aparecem em uma sequencia que pretende expor a importância que as
histórias brasileiras, americana, europeia e africana possuem para a compreensão
das dimensões históricas da realidade social dos alunos. Isso não significa que os
diferentes contextos devam ser estudados em momentos distintos ou seguindo uma
44
sequencia de hierarquia espacial. Prevalecem os estudos de forma integrada e nas
relações do tempo, as reflexões sobre as contradições sociais e sobre os processos
históricos contínuos e descontínuos.
Nesta fase do conhecimento histórico é incentivada a valorização do domínio
de conceitos, visando favorecer compreensão e reflexão histórica. O fato de reter
uma informação por si só não implica no entendimento de um episódio histórico; os
dados informativos são importantes, mas precisam estar acompanhados da
compreensão dos conceitos envolvidos na referida situação.
Assim, pouco adianta aos alunos saber que Esparta e Atenas se aliaram
para enfrentar os persas, se eles não entenderem em que consiste uma aliança por
que pessoas, grupos ou países se aliam em determinadas circunstâncias, as
alianças nem sempre se dão entre iguais, o que pode gerar resultados desiguais
para as partes.
E, por defender-se o domínio dos conceitos como algo da maior relevância
para o estudo de história, dedica-se muita atenção aos seguintes desenvolvimentos:
identificar, caracterizar, comparar, sintetizar, listar e relacionar.
Fazem parte também dos conteúdos de Historia: Historia do Paraná conforme
Lei nº 13381/01, história e cultura afro-brasileira, africana e indígena conforme Lei nº
11.645/08.
Língua Portuguesa
A escola é um espaço privilegiado para a aprendizagem da leitura o principal
aspecto constituinte do pensamento crítico, pois é nela que se somam as
experiências, o conhecimento e o afeto.
A língua, sistema de representação do mundo está presente em todas as
áreas do conhecimento. A tarefa de formar leitores e usuários competentes da
escrita não se restringe, portanto, à área de Língua Portuguesa, já que todo
professor utiliza-se da linguagem para desenvolver os aspectos conceituais de sua
disciplina.
O ensino da Língua Portuguesa deve se dar num espaço em que as práticas
de uso da linguagem sejam compreendidas em sua dimensão histórica e em que a
necessidade de análise e sistematização teórica dos conhecimentos linguísticos
decorra dessas mesmas práticas.
45
A linguagem é uma herança social, uma vez assimilada, envolve os
indivíduos e faz com que as estruturas mentais, emocionais e perspectivas sejam
reguladas pelo seu simbolismo.
A linguagem permeia o conhecimento e as formas de conhecer o
pensamento, as formas de pensar, a comunicação, os modos de comunicação e os
modos de agir. Ela é a roda inventada, que movimenta o homem e é movimentada
pelo homem.
Entendendo a linguagem como forma de interação entre as pessoas, o ensino
de Língua Portuguesa deve ser posto em estudo por meio dos gêneros discursivos,
uma vez que são nas práticas sociais que a comunicação acontece.
Língua Estrangeira Moderna
A linguagem é o principal sistema simbólico de todos os grupos humanos. É
através dela que os indivíduos interagem e assumem seu papel na sociedade.
No mundo atual que tende a uma globalização total é imprescindível o
conhecimento de uma ou mais línguas estrangeiras. A língua estrangeira que faz
parte da grade curricular desta Escola é a Língua Inglesa.
O ensino de língua estrangeira tem por objetivo fornecer aos alunos os
subsídios necessários para se comunicar gráfica e verbalmente com desenvoltura e
clareza, permitindo assimilar outras culturas, tecnologias e conhecimentos gerais,
tornando-os cidadãos mais criativos, conscientes e atuantes.
Matemática
A matemática comporta um vasto campo de teorias, modelos e
procedimentos de análise, metodologias próprias de pesquisas, formas de coletar e
interpretar dados não apenas quantitativos especiais apresentam-se como ciência
aberta e em constante expansão.
A matemática é antes de tudo um modo de pensar, quanto antes for
trabalhada com o educando, mais efetivamente serão solidificados os alicerces da
aprendizagem significativa desta disciplina.
É importante, também, perceber a Matemática como uma forma de
expressão, isto é, como uma linguagem que é produzida e utilizada socialmente
46
como representação do real e da multiplicidade de fenômenos propostos pela
realidade.
Neste contexto, a função do educador matemático - como mediador entre o
conhecimento adquirido socialmente pela criança e o conhecimento escolar - é
possibilitar ao aluno a apropriação da forma sistematizada de pensamento e de
linguagem que é Matemática, partindo das experiências vividas pela criança para
atingir níveis mais complexos de abstração.
O aluno do 6º ao 9º ano é "conduzido" para identificar os conhecimentos
matemáticos como meios, indispensáveis, para compreender e transformar o mundo
à sua volta. Fará isso através de jogos, estimulantes do interesse, curiosidade e do
espírito de investigação. Na resolução de problemas o aluno visualizará e trará a
situação que se apresenta para o seu cotidiano, aplicando os pertinentes conceitos
absorvidos e acumulados.
A matemática deve ser ensinada porque é parte substancial de todo o
patrimônio cognitivo da humanidade, ou seja, para uma formação humanística, é
indispensável o seu ensino.
Pensamento lógico – demonstrativo, exercício criativo da intuição, da
imaginação e dos raciocínios por indução e analogia. As finalidades do ensino da
matemática comportam harmonizar a matemática com a vivência social e a
contribuição para o exercício crítico da cidadania.
Faz parte também dos conteúdos da disciplina de Matemática a Educação
Tributária conforme Decreto nº 114343/99 e Portaria nº 414/99.
Formação de Docentes
O Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais
do Ensino Fundamental em Nível Médio, na Modalidade Normal, tem como
proposição a formação integrada. Nesse sentido, as Orientações Curriculares do
Curso se estruturam de modo a viabilizar o trabalho com os conteúdos das
disciplinas da Base Nacional Comum: Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia,
Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna,
Matemática, Química e Sociologia, integrados aos conteúdos das disciplinas
específicas.
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Biologia
A disciplina de Biologia tem como objetivo principal desvendar a vida no
planeta Terra, como ela começou, como ela se modificou durante a evolução
histórica e aonde vamos chegar. A Biologia é fruto de uma caminhada histórica, na
qual em cada período foram desenvolvidas práticas biológicas relacionadas ao seu
momento temporal. A Biologia atual deve absorver as práticas biológicas
vivenciadas no passado, que desencadearam ações positivas e aprender com seus
erros a modificar o presente e preparar o futuro. O educando deve construir seus
conhecimentos biológicos partindo das vivências ao conhecimento científico de
forma crítica, reflexiva, deve sempre procurar e buscar o equilíbrio de sua formação.
A Biologia tem como objetivo levar o aluno a se preocupar com o entendimento dos
fenômenos naturais e a explicação racional da natureza, contribuindo para a
formação de sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos, desde
que ao mesmo tempo proporcionem o entendimento do objeto de estudo, em toda
sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos; no
funcionamento dos mecanismos biológicos; do estudo da biodiversidade no âmbito
dos processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade, relações
ecológicas; e das implicações dos avanços biológicos no fenômeno “vida”.
Filosofia
Considerada indispensável ao currículo do Ensino Médio, a Filosofia foi
aprovada, em julho de 2006, pela Câmara de Educação Básica do Conselho
Nacional de Educação (CNE), como disciplina obrigatória no currículo do Ensino
Médio.
Tal exigência se deu devido à percepção que educadores tiveram ao consta-
tar os benefícios que a disciplina oferece aos alunos que trabalham com ela. A Filo-
sofia em especial, leva o aluno à oportunidade de desenvolver um pensamento inde-
pendente e crítico, ou seja, permite a ele experimentar um pensar individual. Sabe-
se que cada disciplina apresenta suas próprias características, bem como auxilia a
desenvolver habilidades específicas do pensamento que é abordado. No caso da Fi-
losofia, essa permite e dá oportunidade de realizar o pensamento de maneira bas-
tante pessoal.
48
O Ensino Médio é geralmente considerado pelos educadores como uma fase
de consolidação do aluno jovem, de sua personalidade e seus desejos, a Filosofia
apresenta um papel importante e fundamental no sentido de colaboração.
A Filosofia é fundamental na vida de todo ser humano, visto que proporciona
a prática de análise, reflexão e crítica em benefício do encontro do conhecimento do
mundo e do homem.
Sociologia
Considerada indispensável ao currículo do Ensino Médio, a Sociologia foi
aprovada, em julho de 2006, pela Câmara de Educação Básica do Conselho
Nacional de Educação (CNE), como disciplina obrigatória no currículo do Ensino
Médio.
Dentre as diversas disciplinas do Ensino Médio, a Sociologia possui uma
função distinta. Sua intervenção se dá de forma que os alunos tenham um contato
diferente com sua própria realidade social. Ela é capaz de dar a estes alunos uma
formação e compreensão mais crítica desta realidade. Quando estudam as
temáticas abordadas pela Sociologia, os alunos desenvolvem a capacidade de
raciocínio. De acordo com os escritos de Flávio Marcos Silva Sarandy, a disciplina
de sociologia contribui para a formação da pessoa humana por meio da negação do
individualismo. As mudanças trazidas pela LDB de 1996 contemplam os seguintes
conceitos: “flexibilidade, autonomia, identidade, diversidade, interdisciplinaridade e
contextualização” (SARANDY, p. 4).
Com estas propostas o ensino médio passa a ser voltado para a “preparação
para o mercado de trabalho” e para o “exercício da cidadania”. Devido às
transformações da estrutura capitalista, a função da sociologia não pode se prender
a esta formação para o mercado de trabalho. A parir deste ponto, a sociologia tem
que ter um olhar diferente no que diz respeito à formação destes jovens e
adolescentes.
A forma como esta disciplina trata seus temas, irá produzir nos alunos um
jeito diferente de analisar a realidade, com uma compreensão e raciocínio distinto do
que as outras disciplinas possam produzir. Isto significa que o aluno passará a
abordar a realidade além de como ela se apresenta sob novas perspectivas.
49
Para que haja uma transformação na educação, faz-se necessário
instrumentos para isto. A sociologia é um bom instrumento. Ela vem como uma
maneira de ensinar aos estudantes do ensino médio a entender suas relações
sociais, seu contexto, trazer respostas àquilo que muitas vezes lhes aparecem de
forma imediata e natural.
Química
A Química participa do desenvolvimento científico e tecnológico com
importantes contribuições específicas, cujas decorrências têm alcance econômico,
social e político. A sociedade e seus cidadãos interagem com o conhecimento
químico por diferentes meios.
Ainda pode ser instrumento da formação humana que amplia horizontes
culturais, se for promovida e apresentada como ciência e construção histórica,
relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em
sociedade.
Dessa forma, o aprendizado de Química pelos alunos do Ensino Médio
implica que eles compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo
físico de forma abrangente e integrada e assim possam julgar com fundamentos as
informações advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar
decisões, enquanto indivíduos e cidadãos. E simultaneamente, utilizem-se das
diferentes histórias, leituras ou perfis conceituais sobre fatos químicos, o que será
aproveitado no processo coletivo de discussão dos conhecimentos tornando mais
eficaz o processo ensino-aprendizagem.
Na interpretação do mundo por meio das ferramentas da Química, é essencial
que se explicite seu caráter dinâmico. Assim, o conhecimento químico não deve ser
entendido como um conjunto de conhecimentos isolados, prontos e acabados, mas
sim uma construção da mente humana, em contínua mudança. A História da
Química, como parte do conhecimento socialmente produzido, deve permear todo o
ensino, possibilitando ao aluno a compreensão de elaboração desse conhecimento,
com seus avanços, erros e conflitos. Enfim a Química deve apresentar-se como um
conhecimento que contribua para a formação do sujeito, levando-o estudar as
substâncias materiais e suas transformações, mais ainda assim é uma ciência ligada
50
diretamente à vida dos homens, visando a apropriação dos conceitos de Química e
a sensibilização para um comprometimento com a vida no planeta.
Física
A física tem como objeto de estudo o universo, em toda a sua complexidade.
Dessa forma entende-se que a física deve educar para cidadania contribuindo para
o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção
cientifica ao longo da historia e compreender a necessidade desta dimensão do
conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o
cerca. Assim, elaborou-se a proposta de conteúdos estruturantes, os quais foram
indicados, tendo em vista e evolução histórica das ideias e conceitos da física, a
prática docente e o entendimento, pelos professores, de que o Ensino Médio deve
estar voltado à formação de sujeitos que, em sua formação e cultura, agreguem a
visão da natureza, das produções e das relações humanas. Esses conteúdos
estruturantes indicam campos de estudo da física como: movimento, termodinâmica
e eletromagnetismo, que a partir de desdobramentos em conteúdos pontuais,
possam garantir os objetos de estudo da disciplina em toda a sua complexidade. O
universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele se
apresentam. Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual que não leve em
conta apenas uma equação matemática, mas que considere o pressuposto teórico
que afirma que o conhecimento cientifico é uma construção humana com significado
histórico e social.
Desse modo, entende-se que é de fundamental importância uma organização
curricular que articule as disciplinas da Base Nacional Comum com as Específicas,
objetivando uma sólida profissionalização do professor para atuar na Educação
Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, bem como permitir a
continuidade dos estudos.
Portanto, aliar os conteúdos específicos das disciplinas previstas na Matriz
Curricular contidos no presente documento, com os conteúdos explicitados nas
Diretrizes Curriculares da Educação Básica é tarefa essencial para o
desenvolvimento de forma integrada dos encaminhamentos pedagógicos durante o
Curso.
51
As dezoito disciplinas Específicas do Curso contribuem para a formação da
atividade docente que, de acordo com a Resolução 02/99 CEB/CNE, em seu artigo
1º, inciso III visam “desenvolver práticas educativas que contemplem o modo
singular de inserção dos alunos futuros professores e dos estudantes da escola
campo de estudo no mundo social, considerando abordagens condizentes com as
suas identidades e o exercício da cidadania plena, ou seja, as especificidades do
processo de pensamento, da realidade socioeconômica, da diversidade cultural,
étnica, de religião e de gênero, nas situações de aprendizagem”.
São componentes da parte Específica do Curso de Formação de Docentes
as disciplinas: Concepções Norteadoras da Educação Especial, Fundamentos
Filosóficos e Sociológicos da Educação, Fundamentos Históricos da Educação,
Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil, Fundamentos Psicológicos
da Educação, LIBRAS, Metodologia da Alfabetização, Metodologia da Língua
Portuguesa, Metodologia do Ensino de Educação Física, Metodologia do Ensino de
Arte, Metodologia do Ensino de Geografia, Metodologia do Ensino de História,
Metodologia do Ensino de Matemática, Organização do Trabalho Pedagógico,
Trabalho Pedagógico da Educação Infantil, Prática de Formação e Literatura Infantil.
As disciplinas Específicas possuem diferentes objetos de estudo, que no
processo de ensino e aprendizagem, articuladas com as disciplinas da Base
Nacional Comum oportunizarão ao estudante a reflexão e a problematização da
prática docente.
História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena
Todas as disciplinas devem incluir, os conteúdos étnico–raciais, que devem
trabalhar com as diversidades culturais explorando as diferenças etno-raciais que
estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando a reflexão
crítica, o pensar do aluno a partir de seu lugar, de suas experiências de vida, de
suas lutas diárias. Propondo ações afirmativas trazendo à tona a diversidade.
O acolhimento da diversidade na escola implica de acordo com Libâneo
(2001), adotar uma educação multicultural, pois, para o autor “acolher a diversidade
é a primeira referência para a luta pelos direitos humanos e para uma educação
inclusiva”. Assumir o papel da escola de atender essa diversidade cultural não
52
significa reduzir o currículo aos interesses dos vários grupos culturais que
frequentam a escola. O que se propõe é que, com base em uma atitude geral
definida pela escola no sentido de um pluralismo cultural, ou seja, uma visão aberta
e plural em relação às culturas existentes na sociedade e na comunidade seja
formulada uma proposta curricular que incorpore essa visão multicultural.
3.3.3 Dinâmica do Currículo
A elaboração do Projeto Político-Pedagógico necessita de um referencial que
o fundamente:
Os alicerces estão nos pressupostos de uma matriz teórica pedagógica
viável, que parta da prática social e do compromisso de solucionar as deficiências
institucionais para um trabalho histórico, crítico e social dos conteúdos estudados
pelos alunos.
Há necessidade, também, de domínio dos aspectos metodológicos
indispensáveis à concretização das concepções assumidas coletivamente:
As novas formas de trabalho têm que ser pensadas em um contexto de
tensão, de correlações de forças - às vezes, favoráveis, às vezes desfavoráveis.
Terão que nascer do próprio "chão da escola" e ser construídas coletivamente. Não
se trata de simplesmente adotar um modelo pronto e acabado. Compete, assim, à
administração da escola viabilizar inovações pedagógicas planejadas em conjunto e
implementadas por meio da ação de cada membro da escola, sejam alunos,
professores, funcionários ou comunidade externa.
Para que isto ocorra, poderá haver necessidade de mudanças na própria
lógica de organização e de comportamento das instâncias superiores, em relação às
escolas. É essencial que sejam propiciadas condições aos alunos, professores e
funcionários que lhes permitam pensar e realizar o fazer pedagógico da forma mais
efetiva e crítica.
O Projeto Político-Pedagógico visa a qualidade em todo o processo vivido
pela escola. Não é um arranjo formal da instituição escolar.
A organização do trabalho pedagógico da escola tem também a ver com a
organização da sociedade. A escola deve ser vista como uma instituição social,
inserida na sociedade, e sujeita às determinações e contradições dessa sociedade.
Por meio do Projeto Político- Pedagógico do Colégio buscamos:
53
- democratização do processo de planejamento;
- melhoria da qualidade de ensino;
- incentivo às atividades culturais;
- desenvolvimento da avaliação institucional da escola;
- qualificação e desenvolvimento funcional do pessoal técnico-administrativo e
técnico pedagógico;
- agilização da prática administrativo-pedagógica;
- provimento de condições facilitadoras para o efetivo cumprimento dos fins
da escola.
3.4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PROJETO PEDAGÓGICO
O Projeto Político-Pedagógico, como forma de organização do trabalho da
escola, fundamenta-se nos princípios que norteiam a escola democrática, pública e
gratuita:
A - Igualdade de condições para acesso e permanência na escola.
Sabemos que há grandes desigualdades de natureza sócio-econômica, cultural
entre as crianças, antes mesmo de chegarem à escola. Os alunos já são desiguais
no ponto de partida. Sabemos também que a escola é permeável aos mecanismos
de discriminação e exclusão que existem na sociedade.
No entanto, a igualdade no ponto de chegada (permanência do aluno na
escola) deve ser garantida pela mediação da escola. Igualdade das condições de
acesso e permanência na escola requer muito mais do que a simples expansão
quantitativa da oferta de vagas. É necessária a ampliação do atendimento de boa
qualidade.
O paradigma da igualdade requer uma política de inclusão que precisa estar
firmemente embasada na suposição inicial de que todas as crianças devem ser
educadas em escolas regulares. Deve-se reconhecer que os obstáculos à inclusão
estão na escola e na sociedade, e não na criança. Dessa forma, a diferença é o
conceito que se impõe para que possamos defender a tese de uma escola para
todos.
B - Qualidade - não pode ser exclusiva a um professor ou a alunos
pertencentes à minorias sociais. O desafio do Projeto Pedagógico da escola é
viabilizar qualidade para todos, o que vai muito além da meta quantitativa do acesso
54
global. Qualidade implica consciência crítica e capacidade de ação, de saber e de
mudar.
A qualidade que desejamos e necessitamos conjuga caráter formal ou técnico
(enfatiza os instrumentos, os métodos e as técnicas), com o político (voltado para
fins, valores e conteúdos).
O Projeto Político-Pedagógico exige:
- definição específica do tipo de escola que os educadores, funcionários,
alunos e pais desejam;
- definição dos fins a serem alcançados pela escola;
- definição do perfil de cidadão que a escola formará.
- avaliação das condições de viabilidade dessa escola ideal com definição de
etapas e meios para concretizá-la.
C - Gestão democrática - é um princípio consagrado na Constituição e
abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira.
A busca da gestão democrática inclui a ampla participação dos
representantes da comunidade escolar nas decisões/ações administrativo-
pedagógicas nela desenvolvidas.
Implica a construção de um projeto de enfrentamento da exclusão social, da
reprovação e da não permanência na sala de aula. A socialização do poder pela
prática da participação coletiva atenua o individualismo; alimenta a reciprocidade,
eliminando discriminações; e reforça a autonomia, reduzindo a passividade e
dependência de órgãos intermediários que tornam a escola uma mera executora de
determinações alheias.
A gestão democrática envolve a participação crítica e ampla na construção do
Projeto Político-Pedagógico e no seu desenvolvimento, assegurando a transparência
das decisões, fortalecendo as pressões para que elas sejam legítimas, garantindo o
controle sobre os acordos estabelecidos e, sobretudo, contribuindo para que sejam
contempladas questões que de outra forma não entrariam em cogitação.
D - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber é um outro princípio consagrado na Constituição e
está necessariamente associado à ideia de autonomia. Liberdade e autonomia
fazem parte da própria natureza do ato pedagógico.
55
A liberdade é algo que se experimenta, individual e coletivamente, e que
envolve uma articulação de limites e possibilidades. É uma experiência que se
constrói na vivência coletiva, interpessoal.
A liberdade é sempre liberdade para algo e não apenas liberdade de algo, em
si. Se interpretarmos a liberdade apenas como o fato de sermos livres de alguma
coisa, encontramo-nos no estado de arbítrio. Ela é uma relação e, como tal, deve ser
continuamente construída.
A liberdade na escola deve ser pensada na relação entre os seus diferentes
segmentos em um contexto participativo, onde todos têm liberdade para influir nas
decisões e, portanto, têm também responsabilidades sobre elas e, particularmente,
sobre a construção do Projeto Político Pedagógico.
E - Valorização do magistério - é um princípio central na discussão do
Projeto - Pedagógico. A qualidade de ensino e o sucesso na tarefa de educar estão
intimamente relacionados à:
- formação - inicial e continuada;
- condições de trabalho - recursos didáticos, físicos, humanos e materiais,
número de alunos na sala de aula etc;
- remuneração docente.
Implementar e desenvolver o Projeto Político-Pedagógico exige a qualificação
dos profissionais da Escola, tanto os técnico-pedagógicos quanto os técnico-
administrativos, buscando a interação das equipes de modo a haver uma ação em
benefício do aluno.
A formação continuada deve ser um direito de todos os profissionais que
trabalham na escola e, portanto, deve fazer parte do Projeto Pedagógico.
F – Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas. É preciso também
assumir um modelo de educação no qual a cultura das minorias seja um valor
positivo e a educação multicultural promova a emancipação cultural e a melhoria
social dos alunos, aumentando o seu autoconceito e as suas expectativas,
rompendo o círculo de pobreza e a falta de oportunidades.
G – Na gratuidade do ensino ofertado por este Estabelecimento de ensino
sem custas de qualquer tipo para os alunos aqui matriculados;
H – Valorização da vivência extraescolar são todas as experiências do
senso comum que fazem parte da cultura e trazidos pelos alunos, para, a partir
desse ponto, transformar o saber do senso em saber científico.
56
3.5 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS
O momento histórico vivenciado, no contexto educativo escolar, aponta para
uma Filosofia de Educação que possa contemplar às múltiplas dimensões do
homem, enquanto sujeito inserido em um determinado contexto.
A escola busca salientar o papel do professor e do aluno na consolidação do
conhecimento, dentro de uma concepção histórico - crítica dos conteúdos.
A escola hoje é conhecida como parte inseparável da totalidade social,
buscando o conhecimento do mundo, construindo este conhecimento, partilhando
ideias, tomando consciência de vivência, cidadania, buscando a construção de um
universo mais harmonioso, garantindo, no que preconiza o Estatuto da Criança e do
Adolescente, as concepções primordiais ligadas ao saber e ao desenvolvimento
psico-intelectual.
Para tanto, o currículo escolar, bem como os programas e os planos de
ensino, serão considerados como ponto de partida de criação, apropriação,
sistematização, produção e recriação do saber.
Educação é um conceito genético, mais amplo, que supõe o processo de
desenvolvimento integral do homem, isto é, de sua capacidade física, intelectual e
moral, visando não só sua formação, mas também seu caráter sua personalidade
social.
A escola deve ter como filosofia de trabalho, o compromisso em proporcionar
condições para o desenvolvimento de uma, uma vivência crítica e solidária, onde os
alunos sejam capazes de exercer sua cidadania plena.
Por trás das aspirações populares pelos conhecimentos que a educação
básica deve transmitir residem não apenas a expectativa de melhoria de vida, mas a
esperança difusa de que esse instrumento escolar seja útil à participação cultural e
política.
A educação básica constitui instrumento indispensável à construção da
sociedade democrática, porque tem como função a socialização daquela parcela do
saber sistematizado que constitui o indispensável à formação e ao exercício da
cidadania.
Ao entender dessa forma a função social da escola pressupõe-se que ela não
é nem redentora dos injustiçados nem mera produtora passiva das desigualdades
sociais, e sim uma das mediações pelas quais mudanças sociais em direção da
57
democracia podem ocorrer. Ela realiza essa mediação se realizar bem o papel social
que é inerente: a transmissão do conhecimento.
Uma escola para ser democrática, tem que ser modesta e singela no seu
espaço físico, mas não pode ser sempre miserável nem improvisada, pois o bom
ensino exige no mínimo de infra-estrutura material.
Espera-se da escola uma variedade de resultados sociais que dificilmente ela
poderá produzir mesmo em condições ideais. Vale citar alguns deles: o combate a
criminalidade, ao uso de tóxicos, à desnutrição; buscar a solução dos problemas
emocionais dos alunos, da desorganização familiar, mudança das condutas
predatórias no uso dos recursos ambientais, o bom comportamento no trânsito, o
ajustamento sexual, o desempenho profissional.
Enfim, espera-se da escola que cumpra competentemente a função social a
que se destina e que a passagem pela escola resulte na aquisição de
conhecimentos significativos para a conquista da cidadania e consequentemente
uma participação ativa na sociedade.
3.6 TENDÊNCIA PEDAGÓGICA
Levando em conta que a educação é ao mesmo tempo um processo
individual e um processo social que acontece através das inter-relações, o Colégio
Estadual Professora Alvina Prestes – Ensino Fundamental e Normal busca
referências em algumas tendências existentes no sistema pedagógico.
Objetivando suscitar no educando a consciência de si e do mundo, a escola
busca na pedagogia histórico – crítica (baseada nos estudos de Saviani), a teoria
dialética do conhecimento, refletindo a prática e retornando a ela para transformá-la.
Educador e Educando aprendem juntos numa relação dinâmica na qual a prática,
orientada pela teoria, reorienta esta teoria, num processo de constante
aperfeiçoamento.
Segundo Saviani (1980, p. 68) “passa-se do senso comum à consciência
filosófica e cabe ao professor partir da prática social, buscando alterar
qualitativamente a prática de seus alunos, para que possam ser agentes de
transformação social”.
58
Quanto mais ele reflete sobre a realidade, sobre sua própria situação
concreta, mais se torna progressivo e gradualmente consciente, comprometido a
intervir na realidade para mudá-la (MIZUKAMI, 1986, p.86).
Em muitas atividades, o Colégio propõe o desenvolvimento da consciência de
si mesmo, do ambiente social em que está inserido e do senso crítico, possibilitando
que seu educando se torne um agente de transformação social.
O Colégio proporciona situações de exploração, por parte do aluno, de
diferentes suportes portadores da escrita, tais como, revistas, jornais, dicionários,
livros de histórias, poesias, bilhetes, receitas, propagandas, além das novas
tecnologias como a TV, o vídeo, computadores, etc.
Desenvolver nos alunos a capacidade de produzir ou de criar, e não apenas
de repetir, é uma forte tendência da escola. Por fim, sabendo que a aprendizagem é
um processo social e não só individual a escola busca nos estudos de Vygotsky
embasamento teórico par sua prática pedagógica.
Para Vygotsky a interação com o meio e com o outro acontece nas relações
cotidianas e histórico-sociais onde "o homem é um ser essencialmente social e
histórico que, na relação com o outro, em uma atividade prática comum
intermediada pela linguagem, se constituem e se desenvolve enquanto sujeito,
talvez tenha condições de apontar um novo caminho para as relações entre
Psicologia e Educação. Um caminho em que o homem, à medida que constrói sua
singularidade, atua sobre as condições objetivas da sociedade, transformando-as"
(FREITAS, 1995, p. 41).
4 MARCO OPERACIONAL
4.1 REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
4.1.1 Estrutura Organizacional
O Colégio dispõe de dois tipos básicos de estrutura: a administrativa e a
pedagógica.
Estrutura administrativa
59
Realiza e assegura a alocação e gestão dos recursos humanos, físicos e
financeiros. Abrange todos os elementos de natureza física, tais como o estado de
manutenção do prédio e das instalações e equipamentos; os materiais didáticos,
mobiliário, distribuição das dependências e espaços livres, limpeza, ventilação e
iluminação.
Estrutura pedagógica
Determina a ação das estruturas administrativas, interações políticas,
finalidades e questões de ensino – aprendizagem.
Organiza as funções educativas para que a escola atinja de forma efetiva as
suas finalidades.
Refere-se às interações políticas, às questões de ensino - aprendizagem e às
de currículo. Nas estruturas pedagógicas incluem-se todos os setores necessários
ao desenvolvimento do trabalho pedagógico.
4.1.2 Tipo de Gestão da Escola
A gestão da escola é responsável por garantir a qualidade da educação,
entendida como “processo de mediação no seio da prática social global” (SAVIANI,
1980, p.120), por se constituir no único mecanismo de hominização do ser humano e
a formação humana dos cidadãos.
Assim, os artigos 12, 13 e 14 da Lei 9394/96 que estabelece as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, apontam, de maneira enfática, a importância da
gestão democrática para a educação, tornando parceiros, nesta empreitada,
estabelecimentos de ensino (Art. 12), DOCENTES (Art. 13) e sistemas de ensino
(Art.14). É portando, uma determinação da LDBE.
Gestão democrática, participação dos profissionais da educação e da
comunidade escolar, autonomia pedagógica e administrativa são, portanto, os
elementos fundantes da administração da educação em geral e os elementos
fundamentais na construção da gestão da escola.
A gestão democrática pressupõe uma educação inclusiva, e a inclusão nas
escolas é muito abrangente, não se tratando de incluir, apenas alunos com
necessidades educacionais especiais nas salas de aula regulares, mas também de
60
alunos de diferentes grupos sociais e de etnias diferenciadas em todas as atividades
da comunidade escolar, e esta escola já realiza e se propõe a continuar a realizá-la.
A gestão da escola se efetiva com a consciência pedagógica sobre o
administrativo, demonstrada pela participação dos integrantes da escola bem como
da comunidade. Divisão de responsabilidades com a atuação de representantes de
turmas e do professor conselheiro.
4.1.3 As Instâncias Colegiadas
Conselho de classe
O Conselho de Classe é um colegiado de natureza deliberativa e consultiva
em assuntos pedagógicos, com atuação restrita a cada turma ou classe da Escola,
tendo como objetivo acompanhar o processo ensino-aprendizagem, nos seus
diversos aspectos.
Tem como foco principal, detectar as dificuldades dos alunos, determinando
áreas de estudo e através da proposta pedagógica e o sistema de recuperação
implantado pela escola, fazer um trabalho de mediação para sanar as dificuldades.
Este estabelecimento de ensino pretende trabalhar o Conselho de Classe
bimestral através de pré-conselhos realizados por série e por turma, em várias
etapas.
A primeira etapa será realizada pela equipe pedagógica com os lideres de
cada turma onde serão discutidas as ações didático-pedagógicas e os problemas e
dificuldades que possam ter ocorrido durante o processo ensino aprendizagem,
referentes às disciplinas e/ou professores.
Em um segundo momento, haverá encontro da equipe pedagógica com os
professores de cada série e turma separadamente para o debate e reflexão sobre as
referidas dificuldades.
Na terceira etapa encontrar-se-ão todos os professores, equipe pedagógica e
direção da Escola quando serão analisadas as questões levantadas nas etapas
anteriores, procurando através da discussão e reflexão melhorar as condições de
ensino aprendizagem.
61
No entanto, esse Conselho deverá pensar e repensar suas decisões finais,
ao opinar no fim do ano, procurando ser o mais profissional possível em nome de
uma proposta de educação de qualidade, que é a meta principal da Escola.
Conselho Escolar
É órgão responsável pela elaboração, deliberação, acompanhamento,
avaliação do planejamento e do funcionamento da unidade escolar, para que seja
realmente autônomo e deliberativo, deve contar com a Secretaria de Estado da
Educação como um órgão de apoio.
O projeto visa efetivar o Conselho da Escola como grande articulador do
aperfeiçoamento da gestão democrática escolar.
Grêmio Estudantil
A formação política ajuda na gestão democrática através do poder de
envolver os alunos em questionamentos e atividades que contribuem para o
crescimento contínuo da comunidade escolar.
Associação de Pais, Mestres e Profissionais
A APMF é um órgão destinado a promover o intercâmbio entre a família do
aluno, os professores e a Direção do Estabelecimento propondo medidas que visem
o aprimoramento do ensino ministrado e assistência de modo geral ao corpo
discente.
Dirigida por diretoria própria, a APMF está vinculada à Direção do
Estabelecimento, a quem cabe homologar os atos ordinários da entidade.
A organização e o funcionamento da APMF estão definidos em estatuto
próprio elaborado pela diretoria supervisionado pela Secretaria de Estado da
Educação, aprovado em Assembleia e homologado pelo Diretor.
4.2 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO
62
4.2.1 Recursos Materiais e Financeiros
A entidade mantenedora da escola é o Governo do Estado do Paraná, sendo
que as verbas são repassadas através dos programas:
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
A) SUDE – FUNDO ROTATIVO
COTA NORMAL DE CONSUMO
COTA NORMAL DE SERVIÇO
COTA EXTRA – CONSUMO
COTA EXTRA – CONSUMO
PRESTAÇÃO DE CONTAS: Semestral
B) PDDE – PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA
FONTE: MEC/FNDE
DESTINAÇÃO: Material de consumo e material permanente
PRESTAÇÃO DE CONTAS: Feita após o recebimento e emprego da verba.
C) ASSOCIAÇÃO DE PAIS MESTRES E FUNCIONÁRIOS
Promoções variadas, inclusive festas e rifas.
Destino da verba arrecadada: Material de consumo e permanente
Prestação de Contas: Após as promoções
4.2.2 Merenda Escolar
Fonte: SUDE
Escola Cidadã
Destinação: Alunos
Prestação de Contas: Controle realizado através de relatórios e avaliação da
aceitação da merenda
4.2.3 Parcerias:
Prefeitura Municipal, Indústrias e Comércio localizados no Município e
Comunidade local.
63
4.2.4 Livros Didáticos:
Os livros didáticos são fornecidos pelo Ministério da Educação através dos
programas:
FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
PNLD - Plano Nacional do Livro Didático
4.2.5 Programas Integrados Ao Projeto Político Pedagógico
Atividades Complementares Curriculares em Contraturno
Atividades Complementares em contraturno (Instrução nº 07/2012), são
atividades educativas integradas ao currículo escolar, ofertadas por meio da
ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visam ampliar
a formação do aluno, com registro de frequência diária dos mesmos no Livro de
Registro de Classe, inseridas no Sistema de Administração Escolar (SAE) e no
Sistema Estadual de Registro Escolar (SERE).
Sala de Apoio à Aprendizagem do Ensino Fundamental
As Salas de Apoio à Aprendizagem (Instrução nº 007/2011) têm por objetivos
possibilitar o enfretamento das dificuldades de aprendizagem de Língua Portuguesa
e de Matemática dos alunos matriculados no Ensino Fundamental, anos finais;
atender os alunos do 6º ao 9º anos, nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, utilizando-se de metodologias diferenciadas e significativas; oportunizar
vivências diversificadas, por meio da troca de experiências, tendo em vista a
suspensão das dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos.
Programa Brigada Escolar
A Brigada Escolar (Instrução nº 024/2012) é em um programa da Secretaria
de Estado da Educação que, juntamente com a Defesa Civil Estadual e o Corpo de
Bombeiros Militar, visa implementar a segurança da comunidade escolar a partir de
64
atitudes preventivas em medidas básicas de segurança em casos de incêndio,
pânico e desastres naturais.
Por meio deste Programa a escola adota medidas de proteção como:
implantação de saídas de emergências; constituição e capacitação de uma Brigada
Escolar; instalação da iluminação de emergência; sistema de proteção por extintores
de incêndio.
A Brigada Escolar é formada por um grupo de cinco profissionais da escola,
aprovados pelo Conselho Escolar e capacitados pelo corpo de Bombeiros, na
modalidade de ensino à distância, com carga horária de 60 horas.
4.3 CALENDÁRIO ESCOLAR
Instrumento que determina os dias letivos do ano. O Calendário escolar,
elaborado pela escola com participação de representantes dos professores e da
equipe pedagógica e será aprovado pela SEED.
O Calendário Escolar deve prever no mínimo duzentos (200) dias letivos e
ordena o tempo: determina o início e o fim do ano, prevendo os dias letivos, as
férias, os períodos escolares são divididos em bimestres, os recessos escolares, os
feriados cívicos e religiosos, as datas reservadas à formação continuada dos
professores, etc.
O horário escolar fixa o número de horas por semana e varia de acordo com
as disciplinas constantes na grade curricular, estipula também o número de aulas
por professor. No Colégio Estadual Profª. Alvina Prestes, o Ensino Fundamental
regular é organizado por séries, assim como o Curso Formação de Docentes, da
Modalidade Normal. A organização do horário da hora/atividade dos professores é
organizada, dentro do possível, por disciplina.
A organização curricular utilizada é por disciplina.
Faz parte da parte diversificada a disciplina de Língua Estrangeira Moderna –
Inglês, para o Ensino Fundamental e as disciplinas do curso Formação de Docentes
– Nível Médio na Modalidade Normal.
Os estudos sobre o Estado do Paraná são ofertados nas disciplinas de
História e Geografia.
A periodicidade do registro de avaliações é bimestral, sendo que os registros
avaliativos são representados por notas de 0,0 a 10,0 sendo que para ser promovido
65
de uma série para a próxima subsequente é preciso que o aluno alcance a Média
6,0 nos quatro bimestres ou a média anual mínima de 24,0.
Fazem parte do calendário escolar da Escola algumas atividades extraclasse
como:
Semana de Integração Comunidade/Escola
Gincana Esportiva e Cultural - Mês de junho ou julho
Festa Junina - Mês de junho ou julho
Dia do Estudante – Mês de agosto
Festival de arte e Literatura – FALE
A Semana Cultural da Escola e os Jogos Interséries variam conforme a
realização dos Jogos Escolares, os quais são agendados pela Secretaria de Estado
da Educação.
4.4 PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA
• Projeto de Leitura;
• Festival de Arte e Literatura;
• Olimpíada de Língua Portuguesa “Escrevendo o Futuro”;
• Participação na Olimpíada de Matemática;
• Aluno(a) Destaque;
• Incentivo ao esporte e ao lazer;
• Gincanas Solidárias, Culturais e Esportivas.
• Projetos de saúde: prevenção ao uso de drogas, DSTs, Dengue,
Caramujo Africano, Diabetes, Obesidade, entre outros.
• Enfrentamento à Violência.
4.5 SISTEMATIZAÇÃO DA VIDA ESCOLAR DOS ALUNOS
4.5.1 Matrículas
Matricula é um ato formal que vincula o educando a um estabelecimento de
Ensino autorizado, conferindo-lhe a condição de aluno.
66
A matricula poderá ser requerida pelo interessado ou por seus responsáveis,
quando menor de 18 anos, e deferida pelo Diretor deste Estabelecimento no prazo
máximo de 60 dias.
Fica assegurada ao aluno não vinculado a estabelecimento de ensino, a
possibilidade de ingressar na escola a qualquer tempo, desde que se submeta ao
processo de classificação, previsto no Regimento Escolar, sendo que o controle de
frequência se fará a partir da data efetiva da matricula.
Matrícula por transferência é aquela pela qual o aluno, ao se desvincular de
um estabelecimento de ensino, vincula-se ato contínuo, a este para prosseguimento
dos estudos em curso.
4.5.2 Histórico Escolar
O Histórico Escolar do aluno é expedido pela Secretaria da Escola quando o
aluno termina a oitava série, ou quando o mesmo transfere-se, nesse caso a
Secretaria tem um prazo de trinta (30) dias para expedi-lo.
4.5.3 Frequência do aluno
O controle da frequência a presença do aluno nas atividades programadas,
sendo obrigado a participar de pelo menos 75% (setenta e cinco por cento) do total
das horas letivas previstas para a aprovação.
A partir do oitavo mês de gestação e durante três meses a estudante em
estado de gravidez ficará assistida pelo regime de exercícios domiciliares instituído
pelo Decreto Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969. O início e o fim do período em
que é permitido o afastamento serão determinados por atestado médico a ser
apresentado à direção da escola.
Em casos excepcionais, devidamente comprovados mediante atestado
médico, poderá ser aumentado o período de repouso, antes e depois do parto.
Em qualquer caso é assegurado às estudantes em estado de gravidez o
direito à prestação dos exames finais.
A frequência dos alunos é controlada pelos professores através do Registro
de Classe o qual fica arquivado na escola.
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4.5.4 Transferências
A transferência feita para este não autorizado estará automaticamente
invalidada, permanecendo o vínculo do aluno com este estabelecimento.
Os registros referentes à aprovação e a assiduidade do aluno, até a época da
transferência são atribuições exclusivas do estabelecimento de origem, devendo ser
transpostas para a documentação do aluno neste estabelecimento sem
modificações.
Respeitadas as disposições legais que regem a matéria, este
estabelecimento não poderá recusar-se a conceder a transferência a qualquer de
seus alunos para outro estabelecimento de ensino.
O aluno ao se transferir em qualquer época deverá receber deste
estabelecimento o histórico escolar contendo:
I – Identificação completa do estabelecimento de ensino;
II – Identificação completa do aluno;
III – Informação sobre:
a) Todas as séries cursadas neste estabelecimento ou em outros
frequentados anteriormente;
b) Aproveitamento relativo ao ano e série;
c) Declaração de aprovado ou reprovado.
IV - Síntese do sistema de avaliação do Rendimento escolar adotado por este
estabelecimento.
V - Assinatura do diretor e do Secretário com o respectivo carimbo contendo o
nome por extenso, o número e o ano dos respectivos atos de designação.
No caso de transferência em curso, o aluno deverá receber, além do histórico
escolar, sua ficha individual de transferência com a síntese do sistema de avaliação.
Este estabelecimento tem o prazo de 30 dias, para fornecer a transferência.
§ 1º Em caso de impossibilidade de cumprimento do prazo acima, este
estabelecimento fornecerá declaração na qual conste série para qual o aluno está
apto a se matricular, anexando cópia da matriz Curricular e compromisso de
expedição de documento definitivo com o prazo proragado de mais 30 dias.
§ 2º A direção deste estabelecimento é responsável pela observância dos
prazos estipulados, sob pena de representação juntos SEED e quando for o caso,
de outras cominações legais.
68
4.5.5 Adaptação de estudos
A adaptação de estudos é o conjunto de atividades didático-pedagógicas,
sem prejuízo das atividades normais da série em que o aluno se matricular para que
possa seguir com proveito, o novo currículo. A adaptação far-se-á pela Base
Nacional Comum. A adaptação de estudos será realizada durante o ano letivo.
Para efetivação do processo de adaptação, a secretaria deste
estabelecimento comparará o currículo, especificará as adaptações a que o aluno
estará sujeito e o professor responsável pela disciplina elaborará um plano próprio,
flexível e adequado a cada caso e, ao final do processo a secretaria da Escola
Elaborará a ata de resultados e registrará no Histórico Escolar e Relatório Final.
4.5.6 Relações com a família
A interação Escola - Família do aluno é realizada por meio de reuniões
coletivas com os pais serão realizadas bimestralmente, ou sempre que se fizer
necessário. Os pais e/ou responsáveis serão convidados para reuniões individuais e
reuniões de acompanhamento bimestralmente. Também serão convidados para as
festividades comemorativas e/ou apresentações dos alunos. Por exemplo, no início
do ano, os pais serão convidados a tomar ciência aos pais o Regimento Interno do
Colégio e as possíveis alterações do Projeto Político Pedagógico, de forma
democrática e coletiva. Bimestralmente para entregar aos pais os boletins dos
alunos, permitindo o acompanhamento da vida escolar dos alunos pela família. Isto
é necessário para atender as novas formas de relação entre escola e sociedade. A
oportunidade de interagir com a família e outras pessoas e órgãos da comunidade
interessadas em acompanhar o que fazem os estudantes, influencia positivamente o
desempenho dos alunos e das escolas. E, se for necessário, dependo dos casos,
como por exemplo: indisciplina e atos que fogem ao controle da instituição escolar é
solicitada a presença dos pais dos alunos envolvidos.
4.5.7 Recuperação de Estudos
A recuperação de notas e de conteúdos praticada pela escola é paralela.
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O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a aprovação
mediante recuperação de estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo
estabelecimento.
A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os
conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado
insuficiente.
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento
contínuo, ela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõem de condições
que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.
O estabelecimento de ensino deverá proporcionar recuperação de estudos,
preferencialmente concomitante ao período letivo, assegurado as condições
pedagógicas definidas.
A recuperação paralela poderá assumir várias formas, como: estudos de
recuperação orientados pelo professor com cometimento de tarefas, de trabalhos
específicos aos alunos de rendimento menor;
Durante o período letivo a recuperação será simultânea entre o ensinar e o
aprender, evitando assim que o aluno apresente defasagem de conteúdos;
Os estudos de recuperação serão planejados e aplicados em função das
necessidades individuais levando-se em consideração o ritmo e o nível dos alunos.
4.5.8 Promoção
Após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e de frequência
serão definidas as situações de aprovações e reprovação dos alunos:
- Serão considerados aprovados os alunos que apresentarem frequência igual ou
superior a 75% do total de horas letivas e rendimento igual ou superior a 6,0 (seis
vírgula zero).
- Serão considerados reprovados os alunos que apresentarem frequência inferior a
75% do total de horas letivas e rendimentos inferiores a 6,0.
No ano de 2014 espera-se que os índices de aprovação por conselho de
classe sejam zerados.
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4.5.9 Evasão Escolar
Os alunos evadidos são acompanhados através de Ofício do Projeto Fica e
tomadas as devidas providências conforme regulamento do Colégio e as parcerias
firmadas com o Conselho Tutelar do município.
4.6 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES
Compreendendo que a natureza da escola mudou, hoje não podemos mais
ver o educador como agente reprodutor de um conhecimento adquirido. Atualmente,
a escola é um sistema complexo que atende uma clientela imensa e diversificada.
Para tanto, o educador, hoje, precisa desempenhar tarefas específicas que
possibilitem o funcionamento desse sistema.
Faz-se necessária a atualização da prática educacional que deverá ser feita
pelo coletivo dos educadores. Essa prática implica num exame crítico e cuidadoso
do papel da educação e de cada prática específica no projeto social e político mais
abrangente.
A formação continuada dos professores visa estimular uma perspectiva crítico
- reflexiva que possibilite a busca de um investimento pessoal, livre e criativo e uma
identidade profissional.
Esta formação não se fará somente por acumulações teóricas adquiridas em
cursos, mas também por interações pessoais e troca de experiências partilhadas
entre os próprios docentes.
No Colégio Estadual Profª Alvina Prestes os professores participam das
atividades oferecidas pela SEED e pelo NRE além de outras formações, a fim de
buscarem a formação continuada.
Hora atividade
A hora-atividade é o tempo reservado para que o professor em exercício de
docência realize estudos, planejamento, participação em formações continuadas, de
preferência coletivamente, atendimento à comunidade, preparação de aulas, entre
outras, devendo, portanto ser realizada integralmente no local de exercício de sua
função, em horário normal das aulas a ele atribuídas, respeitando a Lei
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Complementar Estadual Nº 155/2013, que define, na composição da jornada de
trabalho, o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho
das atividades de interação com os educandos. Somente poderá ser cumprida fora
da escola, em atividades autorizadas pela Secretaria de Estado da Educação.
(SEED, 2015, p. 2)
A hora-atividade é feita respeitando o horário do professor, procurando
favorecer o trabalho coletivo, priorizando o encontro por áreas do conhecimento.
Como o Colégio tem um número elevado de professores que atuam em mais de
uma escola e em municípios diversos, não há a possibilidade da organização da
hora-atividade de forma 100% concentrada.
A hora-atividade é realizada sob orientação e coordenação da equipe
pedagógica que acompanha as atividades individuais e coletivas a serem
desenvolvidas pelos professores, que correspondem à reflexão e aprofundamento
de temas relativos ao trabalho pedagógico para a elaboração de propostas de
intervenção na realidade dos alunos e do colégio. Também acompanha as
atividades de estudos diante das necessidades apresentadas no Plano de Ação do
Colégio, e a constante discussão dos documentos oficiais que fundamentam a
prática pedagógica, bem como ao planejamento, execução e avaliação.
A direção sistematiza o quadro de distribuição da hora-atividade mantendo-o
em edital, permitindo seu acompanhamento e informando a comunidade escolar da
disponibilidade do horário dos professores aos seus alunos, pais e/ou responsáveis.
4.7 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico exige um constante acompanhamento para
certificação das propostas e seu andamento, as dificuldades enfrentadas para
colocá-los em ação, o que deverá ser feito para agilizá-los e o que está dando certo.
Nenhuma proposta deverá ser colocada de lado, mas sim, trabalhada, mesmo que
se tenha que buscar ajuda para alcançar esses objetivos. Portanto é de suma
importância que esse Projeto seja acompanhado na prática diária do professor,
coordenador, conselho, enfim, por todos que direta ou indiretamente estão inseridos
em seu contexto de metas e ações a serem realizados.
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No final de cada semestre, haverá reunião para uma reavaliação do Projeto
Político Pedagógico, quando estará sendo reavaliada também a sistemática de
avaliação, o planejamento, o desempenho dos profissionais de educação que atuam
na Escola, visando a melhoria e qualidade do processo ensino-aprendizagem, se a
avaliação for negativa, que direção tomar, o que precisa ser melhorado, porém se
esse balanço foi positivo, é preciso continuar com mais dinamismo ainda, buscando
os objetivos finais propostos pela Instituição.
Também será feita uma avaliação diagnóstica institucional, na qual Libâneo
(2001) afirma que “é preciso chegar até a sala de aula para obter conhecimentos
mais precisos sobre os processos de ensino e aprendizagem, as relações entre
professores e alunos, a qualidade cognitiva das aprendizagens, as práticas de
avaliação”, além de perceber como os alunos, pais, professores e funcionários veem
os setores da escola, como a biblioteca, a secretaria, a cantina, a equipe pedagógica
e a direção, a fim de sanarmos as deficiências e problemas detectados.
Estes dados são de grande importância para se conhecer melhor os alunos, o
que possibilitará aos professores elementos para o exercício de sua prática
pedagógica, além de indicar procedimentos de ensino e avaliação, nas diversas
turmas. Os dados coletados também podem oferecer um quadro da qualidade global
da escola e se sua função educativa e social estão sendo cumpridas
Figueira, março de 2015.
CHEFE NRE Equipe Técnico Pedagógica – NRE
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