ÍNDICE
7. O POTENCIAL DO AGRONEGÓCIO NO PAC ............................................................... 591
7.1. CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DO PAC..................................................... 593
7.2. CONCEITO DE CADEIAS PRODUTIVAS ................................................................ 595
7.3. MERCADO ............................................................................................................. 600
7.3.1. Projecções ...................................................................................................... 600
7.3.2. Projecções da Sondotécnica .......................................................................... 602
7.3.3. Analises efectuadas – Projecções de oferta/ actual ...................................... 604
7.3.4. Projecções de consumo interno de alimentos ............................................... 613
7.3.5. Mercado e importação de alimentos .............................................................. 622
7.3.5.1. Importação de alimentos e segurança alimentar............................................... 623
7.4. MODELO DE EXPLORAÇÃO DO PAC ...................................................................... 626
7.4.1. Culturas .......................................................................................................... 627
7.4.2. Cadeias produtivas agro-industriais .............................................................. 631
7.4.3. Parâmetros da avaliação económica ............................................................. 637
7.4.3.1. Horizonte de análise dos projectos .................................................................. 637
7.4.3.2. Investimentos ................................................................................................ 638
7.4.3.3. Depreciação e valor residual ........................................................................... 641
7.4.3.4. Manutenção e seguros .................................................................................... 641
7.4.3.5. Reinvestimentos ............................................................................................. 642
7.4.3.6. Custos de produção dos cultivos, dos equipamentos de irrigação e frutícolas ..... 642
7.4.3.7. Financiamento para os investimentos .............................................................. 644
7.4.3.8. Valor pela concessão do direito de exploração e uso das terras ......................... 644
7.4.3.9. Impostos ....................................................................................................... 646
7.4.3.10. Produtividade e preços de venda das culturas .................................................. 646
7.4.3.11. Orçamentos de custos e receitas ..................................................................... 648
7.4.3.12. Fluxos de caixa .............................................................................................. 649
7.4.3.13. Indicadores da viabilidade económica .............................................................. 649
7.5. AVALIAÇÃO ECONÓMICA DOS MÓDULOS TIPO DE PRODUÇÃO .......................... 652
7.5.1. Módulo de Produção Tipo I ............................................................................ 652
7.5.1.1. Investimentos ................................................................................................ 652
7.5.1.2. Programação dos cultivos ............................................................................... 655
7.5.1.3. Custos de produção anuais ............................................................................. 656
7.5.1.4. Produção ....................................................................................................... 657
7.5.1.5. Fluxos de caixa .............................................................................................. 659
7.5.1.6. Indicadores da viabilidade económica .............................................................. 661
7.5.2. Módulo de Produção Tipo II........................................................................... 662
7.5.2.1. Investimentos ................................................................................................ 662
7.5.2.2. Programação dos cultivos ............................................................................... 665
7.5.2.3. Custos de produção anuais ............................................................................. 666
7.5.2.4. Produção ....................................................................................................... 667
7.5.2.5. Fluxos de caixa .............................................................................................. 669
7.5.2.6. Indicadores da viabilidade económica .............................................................. 671
7.5.3. Módulo de Produção Tipo III ......................................................................... 672
7.5.3.1. Investimentos ................................................................................................ 672
7.5.3.2. Programação dos cultivos ............................................................................... 675
7.5.3.3. Custos de produção anuais ............................................................................. 676
7.5.3.4. Produção ....................................................................................................... 676
7.5.3.5. Fluxos de caixa .............................................................................................. 679
7.5.3.6. Indicadores da viabilidade económica .............................................................. 681
7.5.4. Módulo de Produção Tipo IV .......................................................................... 682
7.5.4.1. Investimentos ................................................................................................ 682
7.5.4.2. Programação da sementeira, recuperação e melhoramento da pastagem .......... 685
7.5.4.3. Custos de produção anuais ............................................................................. 686
7.5.4.4. Produção ....................................................................................................... 686
7.5.4.5. Fluxos de caixa .............................................................................................. 688
7.5.4.6. Indicadores da viabilidade económica .............................................................. 690
7.5.5. Resultados das projecções dos Módulos Tipo - Conclusões e Recomendações ..
....................................................................................................................... 690
7.5.6. Áreas de Produção de Hortaliças, Fruticultura e Mandioca ........................... 691
7.5.6.1. Investimentos ................................................................................................ 691
7.5.6.2. Custos de produção anuais ............................................................................. 694
7.5.6.3. Produção ....................................................................................................... 695
7.5.6.4. Fluxos de caixa – Hortícolas ............................................................................ 697
7.5.6.5. Fluxos de caixa – Frutícolas ............................................................................ 701
7.5.6.6. Fluxos de caixa – Mandioca ............................................................................. 705
7.5.6.7. Indicadores da viabilidade económica .............................................................. 709
7.6. CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DO PAC – CENÁRIOS DE EXPLORAÇÃO ................ 711
7.7. AVALIAÇÃO DAS EMPRESAS ÂNCORA ................................................................. 718
7.7.1. Empresa Âncora de Grãos .............................................................................. 722
7.7.1.1. Mercado de óleo de soja e grãos ..................................................................... 723
7.7.1.2. Produção de grãos ......................................................................................... 724
7.7.1.3. Armazenagem ................................................................................................ 725
7.7.1.4. Esmagadora/refinadora .................................................................................. 727
7.7.1.5. Avaliação económica – Empresa Âncora de Grãos ............................................ 730
7.7.2. Empresa Âncora Avícola ................................................................................. 733
7.7.2.1. Mercado avícola ............................................................................................. 734
7.7.2.2. Produção de grãos ......................................................................................... 735
7.7.2.3. Armazenagem ................................................................................................ 736
7.7.2.4. Extrusora de soja ........................................................................................... 738
7.7.2.5. Fábrica de ração ............................................................................................ 741
7.7.2.6. Incubadora .................................................................................................... 743
7.7.2.7. Produção aves de corte .................................................................................. 744
7.7.2.8. Matadouro de aves ......................................................................................... 746
7.7.2.9. Avaliação económica – Empresa Âncora Avícola ............................................... 749
7.7.3. Empresa Âncora Bovina ................................................................................. 751
7.7.3.1. Mercado da carne bovina ................................................................................ 753
7.7.3.2. Integração Lavoura-Pecuária ........................................................................... 754
7.7.3.3. Matadouro de bovinos .................................................................................... 756
7.7.3.4. Avaliação económica – Empresa Âncora de Bovinos .......................................... 759
7.7.4. Empresa Âncora Florestal .............................................................................. 762
7.7.4.1. Produção de madeira ...................................................................................... 765
7.7.4.2. Autoclave ....................................................................................................... 766
7.7.4.3. Serração ........................................................................................................ 768
7.7.4.4. Avaliação económica – Empresa Âncora Florestal ............................................. 770
7.7.5. Cadeia Produtiva – Mandioca – Fecularia ...................................................... 773
7.7.5.1. Avaliação económica ...................................................................................... 778
7.7.6. Empresa Âncora Frutícola .............................................................................. 781
7.7.6.1. Produção de Frutícolas ................................................................................... 782
7.7.6.2. Packing House para frutícolas ......................................................................... 784
7.7.6.3. Processamento das frutas ............................................................................... 785
7.7.6.4. Avaliação económica – Empresa Âncora Frutícola ............................................. 788
7.8. AVALIAÇÃO DAS EMPRESAS AGRO-INDUSTRIAIS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS
CORRELACIONADAS ............................................................................................ 791
7.8.1. Moinho de Calcário ......................................................................................... 791
7.8.1.1. Avaliação Económica – Moinho de Calcário ...................................................... 794
7.8.2. Unidade de Beneficiamento de Sementes – UBS ........................................... 796
7.8.2.1. Avaliação Económica - UBS ............................................................................. 799
7.8.3. Unidade de Processamento de Arroz ............................................................. 801
7.8.3.1. Avaliação Económica – Processamento de Arroz ............................................... 805
7.8.4. Packing House para Hortaliças ...................................................................... 807
7.8.4.1. Avaliação Económica – Packing House de hortaliças ......................................... 809
7.8.5. Misturadora de Fertilizantes .......................................................................... 812
7.8.6. Fábrica de Ração e Misturadora de sal mineral e sal proteinado .................. 814
7.8.7. Empresas de Mecanização Agrícola ............................................................... 817
7.8.8. Empresa de Transporte .................................................................................. 822
7.8.8.1. Avaliação Económica – Empresa de Transporte ................................................ 822
7.9. CRONOGRAMAS DE IMPLANTAÇÃO E AVANÇO DAS EMPRESAS ÂNCORA E
EMPRESAS CORRELACIONADAS PROJECTADAS PARA O PAC ............................ 825
7.10. RESULTADOS DAS PROJECÇÕES DAS EMPRESAS ÂNCORA E DAS EMPRESAS DAS
ACTIVIDADES CORRELACIONADAS .................................................................... 831
ANEXOS ........................................................................................................................ 835
FIGURAS ....................................................................................................................... 857
FOTOS ........................................................................................................................... 858
GRÁFICOS ..................................................................................................................... 860
QUADROS...................................................................................................................... 862
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 870
ABREVIAÇÕES
ASS África Subsariana
ANGOP Agência Angola Press
ANIP Agência Nacional para o Investimento Privado
ASS África Subsariana
BDA Banco de Desenvolvimento
BIOCOM Companhia de Bioenergia de Angola, Ltda
CAM Companhia de Alimentos de Malanje
CCA Arsénio de Cobre Cromado
CNC Conselho Nacional de Carregadores CODEVASF Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco do Parnaíba
CRIP Certificado de Registo do Investidor Privado
CV Cavalo Vapor
ENSAN Estratégia Nacional de Segurança Alimentar
FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura
FAOSTAT Divisão de Estatística da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura
ILP Integração Lavoura Pecuária
ILPF Integração Lavoura Pecuária Floresta
KpK Kulunga pala Kukula (Educar para Desenvolver na língua local kimbundu)
NFC Não Produzido a Partir de Sumo Concentrado
NPK Nitrogénio (Azoto) – Fósforo – Potássio
PAC Pólo Agro-industrial de Capanda
PASAN Plano de Acção de Segurança Alimentar
PAYBACK Tempo de Retorno do Capital Investido ou Ponto de Equilíbrio
PDPAC Plano do Desenvolvimento do Pólo Agro-Industrial de Capanda
PEDLP Plano de Desenvolvimento a Médio Prazo
PENSA Centro de Conhecimento do Agronegócio
PIB Produto Interno Bruto
PRNT Poder Relativo de Neutralização Total
SC Sementeira Convencional (Plantio Convencional)
SEDIAC Sociedade de Estudo e Desenvolvimento Industrial, Agrícola e Comercial
SD Sementeira Directa (Plantio Direto)
SODEPAC Sociedade de Desenvolvimento do Pólo Agro-industrial de Capanda
TIR Taxa Interna de Rentabilidade
UBS Unidade de Beneficiamento de Sementes
UA Unidade Animal (1 UA = peso do animal vivo de 450kg)
UEA Unidade Educacional Agrária
UN Unidade de Negócio
USP Universidade de São Paulo
VAL Valor Actual Líquido
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591
7. O POTENCIAL DO AGRONEGÓCIO NO PAC
Neste capítulo apresenta-se a caracterização e as oportunidades de investimento no PAC,
assim como, os cenários de exploração com as respectivas capacidades de produção.
Os trabalhos que hora são apresentados, foram desenvolvidos com base nos diagnósticos e
estudos elaborados por uma equipa multidisciplinar de técnicos, onde se consideraram os aspectos
sociais, ambientais e económicos do local, da Província e do País, tratados nos capítulos anteriores e
complementados neste. Integram portanto todo o ciclo de implantação de um negócio, desde a sua
concepção e marcos legais incluindo todos os elos das cadeias produtivas e chegada ao mercado.
Com base nessas informações, foram elaborados perfis de projectos agro-silvo-pastoris e
agro-industriais que mais se adequam às necessidades de mercado e das condições edafo-climáticas,
de altitude e relevo do PAC, bem como as políticas do Executivo em promover a Segurança Alimentar
do País e o bem-estar da população angolana.
Estes perfis são modelos produtivos que foram detalhadamente estudados visando apresentar
projectos com grande tendência ao sucesso para os empreendedores que pretendem investir no
agronegócio de Angola.
Os potenciais investidores no PAC podem adoptar outros tipos ou modelos de exploração
agro-produtivos, mas para efeito deste estudo, após análise técnica económica e financeira, foram
definidos os modelos mais apropriados para a actual conjuntura e da área apta para o
desenvolvimento agro-silvo-pastoril.
O Pólo Agro-industrial de Capanda detém condições privilegiadas que permitem uma
expectativa de produção em bases tecnológicas avançadas e sustentáveis, tendo como pontos
positivos:
Disponibilidade de terra e de água;
Energia eléctrica;
A rede de vias de transporte;
Jazidas de calcário no PAC, de fósforo e de potássio no País;
A existência de empreendimentos agro-produtivos;
O Projecto de Agricultura familiar e desenvolvimento social;
592
592
Instituições de Investigação, de Extensão Rural e Ensino de Agro, bem como a futura
Unidade Educacional Agrária (UEA);
Institucionalidade da SODEPAC.
A vocação para cultivos e criações de animais, a capacidade de produção de alimentos e agro-
industrialização no Pólo Agro-industrial de Capanda foi apurada de forma sistemática desde a
avaliação da disponibilidade e caracterização dos solos e clima até ao mercado consumidor final dos
produtos para consumo “in natura” e industrializados. Esquematicamente, esta etapa do trabalho foi
desenvolvida da seguinte forma:
Figura 7.1. Esquematização da metodologia de elaboração e avaliação do Potencial do Agronegócio do PAC
FONTE: Elaboração CAMPO.
593
593
Os Temas de Condições edafo-climáticas, atributos ambientais e de quantificação das áreas
aptas para a agricultura, assim como as directrizes das Boas Práticas Agrícolas (BPA) são
apresentados nos Capítulos 4, 5 e 6 deste documento. A Avaliação do Impacto Macroeconómico do
PAC está apresentada no Capítulo 8. Os demais temas serão desenvolvidos neste capítulo.
A metodologia considerada para definir a área útil do PAC utilizou dados oriundos do mapa de
Capacidade de Uso das Terras (ver Capítulo 5. e Anexo 5.5.) e do mapa Áreas para
Conservação Ambiental (ver os Capítulos 4 a 5, e Anexo 5.9). De posse dos dois mapas e com o
uso do geoprocessamento realizou-se o cruzamento das informações e descontaram-se todas as
áreas de protecção sobrepostas às de capacidade de uso. Além da sobreposição, também exclui-se
da somatória da área útil a área da BIOCOM – Companhia de Bioenergia de Angola, Lda. que se
destina exclusivamente ao cultivo da cana-de-açúcar.
7.1. Concepção de desenvolvimento do PAC
Conforme descrito no Capítulo 1. Contextualização – Angola Hoje, o processo histórico vivido
por Angola resultou na desestruturação organizacional e na fragmentação da sua base produtiva.
Com o advento da Paz em 2003, o Governo Federal, que já vinha tomando decisões pontuais ainda
no decurso dos conflitos, acentuou de forma considerável o processo de reconstrução do país,
notadamente na definição de um novo marco legal, da reestruturação administrativa e, também, da
recuperação, modernização e ampliação das infra-estruturas.
A despeito do bom grau de funcionalidade alcançado, alguns aspectos ainda carecem de
recomposição, principalmente aqueles que não dependem exclusivamente do Executivo, mas também
da participação dos agentes privados, tanto empresariais quanto individuais. Ou seja, a recomposição
do tecido produtivo depende não só do ordenamento jurídico e estímulos governamentais, mas
também – e principalmente – da mudança de hábitos e comportamentos, superando as incertezas
arraigadas durante longo período e iniciando uma nova era de confiança e participação, individual e
empresarial.
Neste aspecto, particular importância assume a desarticulação do sistema logístico,
principalmente do agronegócio. Este é aqui mencionado na sua acepção mais ampla – a produção de
inputs (insumos), o tratamento primário da produção agrícola (limpeza, secagem, classificação),
circulação, preparação para a comercialização através do processamento, armazenagem e
embalagem, comercialização, etc. A destruição das vias de comunicação e das estruturas de
594
594
produção associada às incertezas de circulação de mercadorias levaram a uma postura, por parte dos
produtores rurais, de simples produção para consumo próprio, eventualmente com pequenos
excedentes comercializáveis (frequentemente através de escambo) apenas nas redondezas da região
de produção.
Acrescente-se a estes aspectos a desarticulação ocorrida na formação dos recursos humanos,
notadamente nos níveis intermediários de produção – técnicos agrícolas e pecuários, operadores e
pessoal de manutenção de máquinas, etc., tornando difícil a obtenção dos recursos humanos nas
quantidades e níveis apropriados de qualificação para proceder à produção.
A visão estratégica para a implantação do PAC parte exactamente do esforço de superação
desse “status quo”: o Plano propõe uma postura de integração da produção desde a área de
produção até à prateleira do retalhista ou mesmo o consumidor final, contemplando tanto a
produção, com acesso aos inputs (insumos) indispensáveis a uma agro-pecuária moderna, quanto o
processamento e distribuição do produto. Note-se que o principal obstáculo à criação de um processo
doméstico de suprimentos – ou seja, segurança alimentar – é a falta de escala na produção dos
inputs (insumos) para a agro-indústria (principalmente as matérias primas agrícolas), criando o
paradoxo tradicional: não há processamento por falta de matérias-primas e não há matérias-primas
por falta de unidades de processamento demandantes. O desafio está na ruptura desse ciclo vicioso a
partir de um ataque simultâneo às carências e incertezas.
Especificamente na área do PAC, há que se registar a realidade encontrada no trabalho
conduzido com a Diagonal1 nos seus bairros rurais: a percepção e a vontade de desenvolvimento
expressada pela população, notadamente no que tange a oportunidades de emprego, perspectivas de
educação e qualificação, alternativas de mercado e inclusão social, todos aspectos necessários de
consideração na estratégia a ser adoptada.
Assim sendo, dado que a tradição local reside na produção esparsa e de subsistência, há que
procurar instrumentos de modernização para permitir uma produção em escala suficiente para alterar
esse perfil, gerando excedentes capazes de alimentar as cadeias produtivas. Ou seja, conceber um
“Projecto Integral”, que contemple a produção, o processamento, a logística e agregue “know how”
(conhecimentos) a este tipo de empreendimento, sem descuidar da consideração das políticas
governamentais – locais e nacionais – e dos aspectos socioculturais, da região e do País. Optou-se
assim pela proposição de implantação de projectos estruturantes, através de uma estratégia de
Cadeias Produtivas e Empresas Âncora, que têm como finalidade assegurar a integridade de todas as 1 Cf. Diagonal, op. cit.
595
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etapas da produção até ao mercado, produzir abastecimento e garantir a ocorrência dos benefícios
sociais e económicos desejados com a integração da produção familiar local.
Note-se que a estratégia aqui proposta permite o ataque simultâneo em várias frentes que,
estando desarticulados na actualidade, geram a situação descrita: as produções individuais não
ocorrem pela inexistência de um mercado consumidor assegurado – no caso, a unidade de
processamento industrial; o não investimento em unidades industriais decorre da incerteza de
disponibilidade de matérias-primas. A simultaneidade proposta para implantação dos vários
segmentos da cadeia produtiva romperá o mencionado ciclo vicioso, propiciando a emergência de um
processo de desenvolvimento económico e social equilibrado e sustentável.
Como resultado, esperam-se do PAC impactos significativos em aspectos estratégicos tais
como a segurança alimentar, a substituição de importações, a qualificação da mão-de-obra, o
surgimento de uma nova classe empreendedora rural, a geração de renda, emprego e o atendimento
às prioridades definidas pelas instâncias governamentais através de um ordenamento jurídico e
estratégias de desenvolvimento, económico e social.
7.2. Conceito de Cadeias Produtivas2
Cadeia Produtiva é uma sequência de operações que conduzem à produção de bens. A sua
articulação é influenciada pelas possibilidades ditadas pela tecnologia e é definida pelas estratégias
dos agentes que apontam à obtenção de lucros. As relações entre os agentes são de
interdependência ou complementaridade e são determinadas por forças hierárquicas. Ou seja, é a
visão sistémica do agronegócio, que vislumbra o todo, as suas partes relevantes e os seus inter-
relacionamentos. É a substituição do enfoque segmentado (produção agrícola, agro-indústria,
mercado) para o enfoque que permita visualizar o agronegócio de forma completa. Nesse sentido, há
que considerar o sistema agro-industrial como um todo sequencial e integrado, harmonizando as suas
etapas em termos de temporalidade, quantidade e competitividade.
Neste contexto, assume posição estratégica a Empresa Âncora para cumprir a função de
propiciar uma coordenação eficiente e minimizadora dos custos de transacção no estabelecimento de
pólos de produção.
2 Fonte: CAMPO, Companhia de Promoção Agrícola: Plano Negócios para Fruticultura Irrigada no Município de Patos de Minas – MG. Prefeitura Municipal de Patos de Minas, Estado de Minas Gerais, Brasília. 2002.
596
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No geral, a natureza da Empresa Âncora pode ser adequadamente caracterizada como “um
conjunto de contratos”. Estes determinam as suas relações bilaterais com os demais agentes da
Cadeia Produtiva: produtores, fornecedores e compradores, onde as diversas transacções ou
agronegócio da Empresa Âncora na cadeia produtiva são realizados maioritariamente em “mercados
contratuais”, nos quais as decisões não são necessariamente determinadas pelos preços (e custos de
produção), tal como ocorre nos “mercados abertos”, mas pelos “custos de transacção” envolvidos.
Da discussão desse modelo conceptual deduz-se que, independentemente do funcionamento
dos mecanismos de mercado, a transparência na identificação das vantagens e dos riscos comerciais
das partes contratantes, a equidade na sua divisão contratual, bem como a gestão eficaz dos
contratos parecem ser, entre outros, requisitos indispensáveis para assegurar a estabilidade destes. A
Empresa Âncora, por sua vez, precisa manter a estabilidade dos diversos contratos para poder atingir
a necessária eficácia na gestão e coordenação do sistema de agronegócio da respectiva cadeia
produtiva e a sua própria sustentabilidade.
As peculiaridades do agronegócio em Angola, como comentado no tópico anterior, requerem,
pela sua desarticulação actual, de um agente coordenador do sistema de agronegócio, no nível da
respectiva cadeia produtiva, que possa gerir com eficiência a logística de inputs (insumos) e da
distribuição dos produtos desde as fazendas (áreas de produção) até aos mercados, racionalizar o
uso dos recursos ambientais e hídricos, introduzir e difundir a tecnologia mais adequada e adoptar
um rigoroso sistema de controlo de qualidade.
Assim, as transacções características da Empresa Âncora são, de algum modo, similares às de
uma empresa montadora de automóveis, que coordena uma complexa cadeia industrial de
fornecedores de peças e acessórios e de distribuidores dos produtos finais, as quais são realizadas
em diversos “mercados contratuais”. Nesses mercados, as transacções, os respectivos contratos e o
comportamento dos agentes não são determinados exclusivamente pelos custos de produção dos
respectivos produtos e serviços, mas também, e prioritariamente, pelos seus “custos de transacção”
(de organização, supervisão e gerência; de controlo de qualidade; de administração do conjunto de
transacções com os produtores; de assistência técnica; de gestão de produtos e matérias-primas em
processo; de transportes; de compra e fornecimento de inputs (insumos), entre outros).
A partir disso deduz-se que, independentemente do funcionamento dos mecanismos de
mercado, a transparência na identificação das vantagens e dos riscos comerciais das partes
contratantes, a equidade na sua repartição contratual e a gestão eficaz dos contratos parecem ser
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condições “sine qua non” para que a Empresa Âncora possa atingir a almejada eficácia na gestão e
coordenação do sistema de agronegócio na respectiva cadeia produtiva.
São frequentes os casos de sucesso dessa modalidade em todo o mundo, inclusivamente no
Brasil. Aí, talvez o contexto mais importante onde essa modalidade de organização da produção se
aplicou é a avicultura que, por sua vez, expandiu-se para outros sectores como a suinicultura, tabaco
e outros. Esses são sistemas fortemente baseados no sistema de integração e fomento agro-
pecuário, onde o controlo quantitativo, qualitativo e financeiro é monitorizado pelas empresas, que
estabelecem um regime de parceria junto aos produtores rurais.3
No caso de criação de animas, o sistema de integração funciona, em geral, da seguinte
maneira: o produtor fornece a matéria-prima, parte do investimento (instalações, mão-de-obra
operacional, manutenção) e o seu know-how (conhecimento prático). Já a indústria fornece a
tecnologia que deve ser empregada na produção, os animais de alto valor genético, o alimento
específico e a assistência técnica necessária ao produtor. O sistema de integração implantado no
Brasil nos anos 1960 viabilizou a consolidação da produção em cadeia, harmonizando a actividade
dos criadores com a dos matadouros. Estima-se que 90% da avicultura industrial brasileira esteja sob
o sistema integrado entre produtores e frigoríficos4. Como resultado, o Brasil é hoje o fornecedor de
40% do mercado mundial de galináceos.
Afirma ainda Rodrigues: “O crescimento do mercado foi, também, baseado em outro
importante factor: o desenvolvimento de um processo de produção integrado. Sob esse sistema, os
produtores são responsáveis pelo desenvolvimento das aves, que somente vão para as processadoras
no momento certo para abate e processamento da carne. Em contrapartida, as empresas provêem os
produtores de animais de um dia e completam a assistência técnica fornecendo desde rações a
remédios. A integração é, assim, um tipo de sistema cooperativo aperfeiçoado, representando a união
entre o capital das companhias e a força de trabalho do produtor. Graças ao processo de produção
integrado, o produtor goza de garantia de mercado para as suas aves. O sistema integrado permite
uma produção em larga escala”.
A evolução das exportações de carne de frangos do Brasil é apresentada no Gráfico 7.1. a
seguir.
3 O mercado de cooperativas no sul do Brasil. Boletim Infosuínos Fev 2012 No. 7. http://br.merial.com/suinos/infosuinos/2012/janeiro/mercado/mercado.asp, acessado em 10/05/2012. 4 RODRIGUES, João Carlos: The roots of success: Quality, sanitary control and a competitive product explain why brazil is the world’s largest chicken meat exporter. http://www.brazilianchicken.com.br/publicacoes/br-chicken-01.pdf, acessado em 10/05/2012.
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Gráfico 7.1. Brasil – Evolução da exportação de carne de frango
FONTE: Rodrigues, op. cit.
As principais características do modelo são descritas por análise de Guerreiro para o Desenbahia5:
Vantagens dos Produtores/Integrados
Terciarização de parte do processo produtivo em que o integrado não é produtor, mas um
prestador de serviços (os animais são propriedade da empresa e o integrado é responsável
pelo seu trato);
Parceria regida por contrato que especifica normas técnicas e jurídicas;
Criação de uma fonte de renda estável para o produtor; e
Viabilização de um fluxo contínuo e padronizado de matéria-prima para a indústria.
Responsabilidades
a) Empresa:
Fornecer pintos de um dia, rações e medicamentos;
Prestar assistência técnica;
Transportar aves e rações; e
Remunerar o integrado conforme o resultado técnico.
b) Produtor/Integrado:
Investir em instalações e equipamentos;
Fornecer mão-de-obra para cuidados dos aviários e para carga e descarga das aves; 5 GUERREIRO, Luis Fernando, MATTA, J.P.R e MACÊDO, W: Agro-indústria na Bahia. Diagnóstico e Perspectivas da Cadeia Produtiva. Agência de Fomento do Estado da Bahia – Desenbahia, Estudo Sectorial 03/02, Ago. 2002.
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Fornecer água, gás e energia eléctrica;
Seguir orientações técnicas e sistemas de controlo indicados pela empresa;
Permitir livre acesso dos técnicos aos aviários; e
Aderir a um sistema de retenção de fundo de igualização das prestações.
Assim sendo e à luz da tendência de industrialização da agricultura, das modernas teorias da
firma e dos custos de transacção, parece legítimo e conveniente conceituar o modelo de Empresa
Âncora como “um conjunto interconectado de contratos” (nexus of contracts), cujo objectivo central é
a coordenação eficaz do sistema de agronegócio numa determinada cadeia produtiva agro-industrial.
No caso de Angola e do PAC em particular e, tendo em vista a desagregação actual dos elos que
compõem as cadeias, uma Empresa Âncora precisa assegurar o fluxo continuo entre os inputs, a
produção agrícola e as plantas de processamento industrial.
Por mais que a tendência actual seja a de uma agricultura industrial, o conceito de Empresa
Âncora, também se pode aplicar para a organização da produção da agricultura familiar a partir da
sua estabilidade e do desenvolvimento das condições de mercado.
600
600
7.3. Mercado
7.3.1. Projecções
Por mais simples que seja um projecto, há um aspecto que a literatura especializada omite
com frequência: a sua elaboração é, essencialmente, uma prospecção sobre “o que vai ocorrer no
futuro”, ou seja, envolve um grande padrão de incertezas. A evolução das variáveis
macroeconómicas, em especial no actual mundo globalizado e com várias das economias centrais em
crise, agrega um grande componente de aleatoriedade às análises. A isso acrescente-se o
comportamento humano, variável essencial e pouco previsível com as transformações sociais
(principalmente fruto das facilidades de comunicação) por que passa a humanidade neste início de
novo milénio.
Esses aspectos, conjuntamente com a complexidade do PAC, geram, como consequência,
dificuldades na projecção das variáveis económicas de seu interesse. Mais ainda, a trajectória de
longo prazo de algumas dessas variáveis não se deve reproduzir no futuro: o PAC é ele mesmo um
esforço de alterar a tendência histórica do desenvolvimento social e da evolução económica da região
e do País, resgatando sucessos anteriores e agregando modernidade e eficiência, ou seja, rompendo
o “status quo”.
Assim, somente se podem neutralizar tais incertezas partindo de premissas conservadoras e
operando com hipóteses de trabalho que, tanto quanto possível, apresentem resultados confiáveis
mesmo que nem todas as expectativas se concretizem. Este é o ponto de partida desta análise:
“desviar o erro” para a segurança na tomada de decisão.
No caso específico de Angola, três componentes contribuem para as dificuldades naturais
desse procedimento, principalmente quando se trata de projectar as variáveis económicas e sociais
necessárias à avaliação da viabilidade macroeconómica e financeira do PAC.
O primeiro remete à recente estabilidade política, com a decorrente ruptura de tendências
passadas de desorganização social. A esse período segue-se o esforço, ao longo de não mais de uma
década, de reconstrução do tecido legal, administrativo, económico e social de Angola, ou seja, uma
forte ruptura com a tendência histórica de longo prazo das variáveis sociais e económicas do país. A
consequência imediata é a dificuldade ao utilizar a mais comum das técnicas de projecção – a série
de tempo de longo prazo, onde, a partir da trajectória passada (de longo prazo) de uma dada
variável (por exemplo, o PIB), projecta-se o seu comportamento futuro. O fim das hostilidades e das
incertezas delas decorrentes é por si só uma alteração significativa de qualquer perspectiva de
601
601
tendência de longo prazo, o que aliado ao processo de reconstrução do País, torna discutível a
premissa básica da técnica: a hipótese de que o futuro reproduzirá o passado.
O segundo componente diz respeito à própria disponibilidade de dados que retratem o
passado de forma confiável. Como comentado no Capítulo 1, os dados estatísticos disponíveis são
esparsos e não raras vezes conflituantes, tornando sem sentido a utilização de quaisquer métodos
estatísticos ou econométricos mais sofisticados: qualquer modelo matemático alimentado com dados
frágeis apresenta resultados igualmente pouco confiáveis.
O terceiro e mais preocupante aspecto ligado às previsões ou antevisões de futuro é a forte
dependência do PIB angolano do petróleo. A rubrica “petróleo e refinados” corresponde a quase
metade do PIB e mais de 90% das exportações, o que significa que variações no preço internacional
do óleo – variável de comportamento extremamente volátil e completamente fora do raio de acção do
Executivo de Angola – afectam significativamente as contas nacionais do país.
Dadas as dificuldades de utilização de séries de tempo, procurou-se uma análise utilizando
cross section6, tentando encontrar uma associação entre a renda per capita e o consumo per capita
dos produtos de interesse com a utilização dos dados de vários países. Note-se que a principal
limitação dessa técnica é ignorar as diferenças culturais, considerando que o consumo se dá
exclusivamente em função do nível de renda per capita e desconsiderando aspectos exógenos à
renda, como tradições culturais, condições edafo-morfológicas e climatológicas da região, aspectos
conjunturais no momento da colecta dos dados e demais variáveis que, com frequência, são
importantes condicionantes dos usos e gostos das populações.
O outro problema dessa técnica é que, para as projecções, tem-se que projectar
individualmente as duas variáveis exógenas do modelo, ou seja, o PIB e a população, não fugindo,
pois, das dificuldades de bases de dados e nas características específicas de Angola já mencionadas
(dependência do preço do petróleo e mudança de trajectória de longo prazo).
Nos tópicos a seguir descrevem-se as alternativas tentadas para estimar o potencial de
demanda e consumo dos produtos a serem produzidos no PAC.
6 Cross section – Cruzamento de dados para uma ou mais variáveis estáticas no tempo.
602
602
7.3.2. Projecções da Sondotécnica
A versão original do PAC de 20067 que este documento tem por objectivo actualizar, adoptou
a metodologia tradicional, projectando separadamente a procura e a oferta futura de Angola para os
produtos de interesse. Nas projecções de consideraram duas cross sections internacionais,
seleccionando-as para alguns produtos. Foram, segundo o Relatório da Sondotécnica, dois os
modelos utilizados, um considerando 14 países, inclusive Angola, em 2002 e 2003 segundo o seu
consumo médio per capita, e o segundo considerou 23 países, também incluindo Angola em 2002 e
2003, derivando daí as elasticidades da renda da demanda por esses produtos.
Em seguida, foi projectada a renda per capita de Angola para o horizonte do planeamento,
estimando o consumo médio per capita para os anos da projecção a partir do consumo médio per
capita de cada produto, em 2002/3. Essa base de dados permitiu estimar a demanda futura de cada
um dos produtos estudados.
As projecções de oferta foram realizadas a partir da regressão linear por série de tempo da
oferta desses produtos na década anterior ao estudo, e a comparação das duas séries – oferta e
demanda – permitiu a elaboração do balanço alimentar do país. Esse saldo se constituiria, então, no
mercado futuro para os produtos do Pólo.
Os resultados obtidos foram os apresentados no Quadro 7.1. a seguir.
7 Cf. SONDOTÉCNICA, op. cit.
603
Quadro 7.1. Angola – Projecções de oferta, demanda e excedente (Sondotécnica)
2003 2010 2015 2020 2003 2010 2015 2020 2003 2010 2015 2020Milho 545,2 699,0 834,2 969,4 845,2 837,4 958,0 1.095,7 300,0 138,4 123,8 126,2 Mandioca 5.669,3 8.437,0 10.501,6 12.566,3 5.699,3 5.382,1 5.843,7 6.265,8 30,0 3.054,9- 4.658,0- 6.300,4- Feijão 66,1 71,2 71,9 72,6 66,1 150,7 183,0 223,5 - 79,5 111,1 150,9 Batata-doce 438,5 604,4 755,9 907,3 438,5 389,2 384,8 359,6 - 215,2- 371,1- 547,7- Batata 27,0 26,2 26,3 26,4 27,0 25,6 27,9 29,9 - 0,5- 1,6 3,5 Açúcar 360,0 436,8 484,5 532,3 613,8 657,7 698,7 880,0 253,8 220,9 214,2 347,7 Tomate 13,0 12,0 11,3 10,7 13,0 15,5 20,3 26,7 - 3,5 9,0 16,0 Citrus 78,0 75,6 74,1 72,6 79,0 108,9 126,7 147,8 3,4 33,3 52,6 75,1 Abacaxi 40,0 43,6 46,4 49,2 40,0 78,8 109,9 152,0 - 35,1 63,5 102,8 Arroz 16,0 11,7 8,8 5,9 59,9 89,4 102,2 120,2 43,9 77,7 93,4 114,3 Gergelim 1,7 1,6 1,5 1,4 1,7 1,7 1,8 1,7 - 0,1 0,3 0,3 Óleos vegetais 74,0 79,7 83,6 87,6 160,0 223,3 273,6 342,9 85,9 143,6 190,0 255,3 Óleos de soja - - - - 81,3 111,8 143,4 184,6 81,2 111,8 143,4 184,6 Óleos de palma 58,3 63,9 67,9 71,9 67,2 77,7 100,0 129,1 9,0 13,8 32,1 57,2 O. o. vegetais 13,5 13,8 14,1 14,3 13,5 33,8 30,3 29,2 - 20,0 16,2 14,9 Carne bovina 85,0 103,2 114,0 124,8 104,6 183,0 240,0 313,6 19,6 79,8 126,0 188,8 Carne de frango 7,7 8,1 8,4 8,7 106,6 177,3 263,2 382,3 98,8 169,2 254,8 373,6 Carne suína 27,9 29,9 30,8 31,8 30,3 53,0 69,3 90,8 2,4 2,4 38,5 59,0 Carne caprina 10,5 14,6 17,1 14,9 10,5 22,6 29,5 38,7 - 7,9 12,4 23,8 Leite 195,0 238,6 265,1 291,5 217,5 501,3 701,5 972,5 22,5 262,7 436,4 681,0 Ovos 4,3 4,5 4,6 4,7 12,4 44,5 56,4 90,2 8,1 40,0 51,8 85,5 Banana 300,0 315,3 321,9 328,5 300,0 421,6 491,9 575,4 - 106,3 170,0 246,9 Amendoim 30,0 34,8 38,2 41,7 30,0 41,0 46,9 53,6 - 6,2 8,7 11,9
Produtos Oferta em Toneladas Demanda em Toneladas Demanda exedente em Toneladas
FONTE: Sondotécnica, op. cit.
604
604
7.3.3. Analises efectuadas – Projecções de oferta/ actual
Para preservar a metodologia anterior, tentou-se realizar cross sections utilizando estatísticas
mais recentes, através dos dados de consumo aparente per capita disponíveis no site da FAO8 e do
PIB per capita disponíveis no site do FMI9. A utilização de dados per capita apresenta a vantagem de
eliminar distorções decorrentes de variações muito grandes oriundas do porte dos países,
neutralizando os efeitos de distorção estatística causada por grandes variações de contingentes
populacionais e renda.
Procedeu-se a vários ensaios, partindo inicialmente de todos os países africanos e americanos
(Américas Central e do Sul) localizados entre os trópicos de Câncer e Capricórnio – ou seja, com
influência cultural africana a partir das migrações dos séculos passados, bem como de condições
climáticas gerais próximas, o que seria um potencial indicador, mesmo que grosseiro, de possibilidade
de produção agro-pecuária e hábitos alimentares similares. A análise considerou um total de 41
países.
O ensaio frustrou-se: para nenhum dos produtos estudados foi obtido R2 (coeficiente de
correlação) superior a 0,3, ou seja, menos de 30% do consumo per capita do produto era explicado
pela renda per capita do país. Foram ainda realizados vários outros ensaios utilizando a mesma
metodologia, eliminando ora países com renda per capita ou muito maior ou muito menor que a de
Angola, ora países com pequeno contingente de afrodescendentes, todas com igual fracasso.
Apenas como exemplo, apresentam-se a seguir as cross sections elaboradas para o consumo
de arroz e de mandioca para os países considerados. A escolha é bastante representativa por tratar-
se de produtos de consumo fartamente disseminado na maioria dos países da região e de estatísticas
distintas: as de arroz são razoavelmente confiáveis, na medida em que para o seu consumo há que
passar por processamento – donde a captura de informações primárias tendem a ser mais completas,
enquanto as de mandioca são, em vários casos, menos fidedignas, pelo auto-consumo principalmente
entre as populações mais carentes.
8 http://faostat.fao.org/default.aspx 9 http://www.fmi.org/
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Gráfico 7.2. Exemplo - Cross section para o consumo de arroz
Gráfico 7.3. Exemplo - Cross section para o consumo de mandioca
Note-se que os R2 de 0,0055 e de 0,0002 sinalizam que, ao contrário do que se esperava
encontrar, o consumo não é associado à renda per capita10. É ainda de se mencionar que uma
alteração de especificação do ajustamento para, por exemplo, uma curva exponencial ou potencial
em nada contribuiria para um incremento dos resultados: os R2 obtidos devem-se a uma quase
perfeita aleatoriedade dos valores. Visualiza-se pelo gráfico que não há qualquer correspondência
10 O fator R² ou também chamado Coeficiente de determinação.
606
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entre a renda per capita e o consumo per capita, ou seja, qualquer outra especificação de curva
nada agregaria à solução do problema.
Optou-se, então, por abandonar o esforço de projecções individuais dos produtos, passando-
se a trabalhar com 7 grupos de alimentos: cereais, raízes, açúcar e adoçantes, óleos vegetais,
vegetais, frutas e carnes, ou seja, conjuntos de produtos substitutos entre si. A premissa – de uso
frequente em estudos desse tipo – é que, com números mais agregados relativos a produtos que se
substituem em termos de hábitos e/ou benefícios alimentares, erros individuais se compensem
estatisticamente, diminuindo o erro total.
A despeito de pequenas melhorias nos R2, os resultados foram igualmente frustrantes, tanto
para o universo dos 41 países quanto para os subconjuntos anteriormente tentados.
Abandonou-se, então, esta linha de análise, passando-se a estudar directamente os dados de
séries temporais disponíveis para Angola, buscando alternativas de relação de causalidade para o
consumo dos vários produtos, com melhor sucesso. Deve-se levar em conta, entretanto, que tal
análise não permitiu a utilização de séries estatísticas na extensão temporal adequada recomendável
– pelo menos duas vezes o período de tempo da projecção desejada – devido à já mencionada
ruptura de tendência histórica verificada na última década.
Note-se que esse procedimento justifica-se mais ainda nas condições específicas de Angola: a
desestruturação dos canais de comercialização, cuja recomposição somente se acelerou
recentemente, levou – como já comentado neste documento – a que as trocas se dessem em grande
parte em pequenas feiras ou mesmo por escambo, práticas que não raras vezes fazem com que a
produção efectiva – ou seja, aquela que incorpora essas pequenas produções – não seja capturada
pelas estatísticas básicas.
Trabalhou-se, assim, com os dados da FAOSTAT (op. cit.) numa série dos últimos 10 anos
disponíveis, obtendo-se os resultados exibidos no Quadro 7.2. a seguir. As regressões entre consumo
aparente e população apresentaram, de um modo geral, resultados satisfatórios, à excepção do
grupo “frutas”, conforme visualizado nos Gráficos 7.4. a 7.17. que se seguem.
Outro ensaio tentado limitou-se a examinar a mera série de tempo do consumo aparente,
igualmente conseguindo resultados satisfatórios – excepção, novamente, ao consumo aparente de
frutas, único exercício que apresentou R2 inferior a 0,80. Os números obtidos são apresentados na
sequência.
607
Quadro 7.2. Angola – Consumo aparente e produção doméstica de grupos de produtos e população
Consumo aparente 1000t 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998Cereais 1.728 1.686 1.372 1.564 1.492 1.347 1.257 1.203 1.169 1.021Raízes 10.191 10.110 9.593 9.280 7.563 7.140 5.918 4.694 3.345 3.360Açúcar 295 293 288 285 284 221 185 156 204 172Óleos vegetais 230 219 201 182 167 146 129 123 117 116Vegetais 355 388 384 382 335 328 317 306 265 284Frutas 467 465 465 461 461 470 457 453 431 473Carne 355 326 303 268 282 258 204 219 189 194
Produção doméstica 1000t 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998Cereais 728 721 868 665 713 715 584 508 539 606Raízes 10.165 10.088 9.573 9.458 7.705 7.125 5.916 4.684 3.331 3.426Açúcar 73 68 54 53 55 55 55 53 55 54Óleos vegetais 77 75 75 71 70 67 66 65 64 68Vegetais 275 273 273 271 271 271 271 266 241 263Frutas 450 450 450 450 450 450 451 447 423 461Carnes 139 139 140 127 139 139 140 140 139 138
POPULAÇÃO 17.555 17.089 16.618 16.135 15.647 15.164 14.704 14.280 13.896 13.547
FONTE: FAOSTAT, op. cit.
608
Gráfico 7.4. Consumo cereais vrs população Gráfico 7.5. Consumo raízes vrs população
Gráfico 7.6. Consumo adoçantes vrs população
Gráfico 7.7. Consumo óleos vegetais vrs população
609
Gráfico 7.8. Consumo vegetais vrs população Gráfico 7.9. Consumo frutas vrs população
Gráfico 7.10. Consumo carne vrs população
610
Gráfico 7.11. Consumo aparente cereais / anos Gráfico 7.12. Consumo aparente raízes / anos
Gráfico 7.13. Consumo aparente açúcar / anos
Gráfico 7.14. Consumo aparente óleos vegetais / anos
611
Gráfico 7.15. Consumo aparente vegetais / anos Gráfico 7.16. Consumo aparente carne / anos
Gráfico 7.17. Consumo aparente frutas / anos
612
612
Ainda outra possibilidade seria utilizar os dados do site FAO Countrystat, apresentados nos
Quadros 1.11. e 1.12. do Capítulo 1. O inconveniente daquela fonte é a não disponibilidade tanto de
vários produtos de interesse quanto de séries decenais completas, o que prejudica significativamente
o tratamento matemático envolvido nas regressões. Alguns dados, entretanto, são de interesse dessa
análise, tais como o milho, mandioca e tubérculos (batatas-rena e doce), cujas regressões individuais
são apresentadas na sequência.
Gráfico 7.18. Produção agrícola – produtos seleccionados
Note-se que, à excepção do exercício elaborado para tubérculos, os resultados são bem inferiores aos
da outra simulação.
613
613
7.3.4. Projecções de consumo interno de alimentos
Dada a similaridade dos resultados das regressões elaboradas, bem como a frustração dos
resultados alcançados a partir de outras metodologias, elegeu-se para as projecções de produção
deste Master Plan (Plano Director) a simples série de tempo. Por outro lado, dadas as dificuldades
estatísticas encontradas nas produções individuais, optou-se pela adopção das taxas de crescimento
por categorias de produtos, melhores resultados das regressões apresentadas no tópico anterior.
Já para o consumo aparente, tendo em vista as dificuldades de projectar as variáveis
independentes da regressão que associava o consumo aparente à população, renda, elasticidade-
renda, etc. em função das imprecisões dos dados mais recentes e das oscilações da economia
mundial nos últimos anos – inclusivamente do preço do petróleo – admitiu-se como válidas as taxas
encontradas pela versão anterior do Master Plan (Plano Director), elaboradas a partir de dados
prévios a estes fenómenos.
Cabe aqui uma observação de ordem prática. Observa-se, a olho nu, que a produção esperada
do Pólo Agro-industrial de Capanda contribui, de forma significativa, para a segurança alimentar de
Angola, para o processo de substituição da importação de alimentos e os outros aspectos económicos
e sociais anteriormente mencionados, porém per se, não é a solução global do problema: constitui-
se, sim, em mais um componente da constelação de providências tomadas pelo Executivo para
equacionar o tema.
Assim sendo, as projecções da produção e do consumo dos produtos objecto de análise
servem apenas como referência, no sentido de demonstrar que, independentemente da imprecisão
das suas projecções, existe espaço pleno de mercado para os seus excedentes. Igualmente, o
impacto do PAC em aspectos sociais, como na segurança alimentar, na melhoria da dieta da
população, no balanço de pagamentos entre outros serve como importante indicativo da
oportunidade da implantação do empreendimento, a despeito das imprecisões salientadas.
Isso posto, fez-se a comparação entre as taxas de crescimento encontradas no PDPAC11 com
aquelas obtidas nos exercícios acima. Os resultados são apresentados nos Quadros 7.3. e 7.4. a
seguir.
11 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO DESENVOLVIMENTO RURAL - MINADER: Plano de Desenvolvimento do Pólo Agro-industrial de Capanda - PDPAC. Odebrecht/Minader, 2006.
614
614
Quadro 7.3. Angola – Taxas de crescimento da produção, produtos seleccionados
1998-2003 2003-2007 1998-2007 2003-2010 2010-2015 2015-2020 2003-2020Cereais 3,31 0,52 2,06 3,44 3,46 2,95 3,30Raízes 17,60 7,17 12,84 5,67 4,39 3,73 4,72Açúcar 0,37 7,33 3,41 2,81 2,11 1,87 2,32Óleos Vegetais 0,58 2,41 1,39 1,12 0,98 0,93 1,02Vegetais 0,60 0,37 0,50 -1,14 -1,73 0,00 -0,98Frutas -0,48 0,00 0,00 0,57 0,32 0,36 0,43Carnes 0,14 0,00 0,08 2,53 1,73 1,15 1,89
Produtos
Taxas de Crescimento Anual (% a.a.)
MASTER PLANVersão actual
MASTER PLANVersão anterior
FONTE: Elaboração CAMPO.
Quadro 7.4. Angola – Taxas de crescimento do consumo aparente, produtos seleccionados
1998-2003 2003-2007 1998-2007 2003-2010 2010-2015 2015-2020 2003-2020Cereais 7,88 3,74 6,02 0,34 2,74 2,78 1,76Raízes 17,62 7,74 13,12 -0,88 1,54 1,24 0,45Açúcar 10,55 0,95 6,18 0,99 1,22 4,71 2,14Óleos Vegetais 7,56 8,33 7,90 4,84 4,12 4,63 4,57Vegetais 3,36 1,46 2,51 11,19 4,11 4,25 7,01Frutas -0,51 0,32 -0,14 5,51 3,63 3,72 4,43Carnes 7,77 5,92 6,94 8,21 6,67 6,53 7,26
PRODUTOS
Taxas de Crescimento Anual (% a.a.)MASTER PLANVersão actual
MASTER PLANVersão anterior
FONTE: Elaboração CAMPO.
Como se observa dos Quadros 7.3. e 7.4. acima, as taxas obtidas pelas duas metodologias
divergem significativamente, não só pela diferença de procedimentos adoptados como também pelos
períodos de base considerados nas projecções. Outros aspectos, tais como fontes de informação e
grau de agregação dos produtos podem ainda ser causas acessórias das divergências verificadas.
Apenas como exemplificação da diversidade de dados, tomem-se os quantitativos de produção
referentes a 2003. Nesse ano, a produção angolana de milho, segundo a FAO e apresentada no
Quadro 1.12. do Capítulo 1, seria de 618,7 mil toneladas, enquanto no trabalho da Sondotécnica o
número disponível é de 545,2 mil. Outro exemplo é o arroz, que pela Sondotécnica teria uma
produção de 16,0 mil toneladas, enquanto segundo a FAO esse dado seria de 6,9. Ainda no tema, a
produção de batata-doce, em 2003, teria sido de 543,3 toneladas segundo a FAO e de 438,5 segundo
a Sondotécnica, diferenças todas superiores a 15%. Note-se que essas diferenças potencializam-se
quando da elaboração das projecções, que se constituem em progressões geométricas – ou seja, as
diferenças também crescem a taxas geométricas.
615
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No que diz respeito às fontes de dados utilizadas, uma consideração é importante: durante as
entrevistas realizadas junto a autoridades do Executivo de Angola para a elaboração deste Master
Plan (Plano Director) foi recomendado aos consultores, pelos representantes do Ministério da
Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas12, a utilização dos dados da FAO, pois os mesmos
são actualizados e alimentados periodicamente pelo próprio Ministério.
Dado o forte grau de imprecisão em relação ao comportamento da produção decorrente da
série de análises desenvolvidas, onde os dados são por vezes conflituantes e os resultados de
fiabilidade apenas relativa, optou-se por uma solução “ad hoc”.
Para a produção, adoptou-se, como procedimento básico, a projecção de cada produto para o
período 2003-2020 pela taxa de crescimento observada pela tipificação do produto (grupos de
produtos), partindo-se, entretanto, da produção apontada para 2010 pela FAO Countrystat, Quadro
1.11. para a produção agrícola, e Quadro.1.15. para a evolução do rebanho, (ambos do Capítulo 1).
As estatísticas de produção de carne apresentam taxas de crescimento que podem ser
consideradas incompatíveis com as taxas de crescimento dos respectivos rebanhos, como pode ser
visualizado no Quadro 7.5. a seguir.
Quadro 7.5. Angola – Rebanho animal e produção de carne em 2010: taxas de crescimento anual 2005 – 2010
do Rebanho da Produção de
Carne
Bovinos 1,30% 19,60%Caprinos 1,70% 7,80%Ovinos 1,70% 3,10%Suínos 6,80% 14,20%Galináceos 18,00% 57,20%
Discirminação
Taxas de Crescimento Anual
FONTE: Elaboração CAMPO com dados primários do Capítulo 1, Quadro 1.16.
Muito embora se possa admitir um importante ganho de produtividade nos criatórios, o
diferencial entre as taxas de crescimento é de porte tal que sugere algum factor não explicitado nas
estatísticas. A despeito de não se dispor de um fundamento maior, a principal suspeita que se levanta
é que o crescimento verificado na produção de carne inconsistente com o crescimento do rebanho
12 Entrevista com Filismino da Costa, Chefe do Departamento de Projectos e Planeamento do MINARDERP, Engenheiro Joaquim Duarte, e Domingos Silva, Luanda, 07/02/2012.
616
616
deve-se a uma forte redução do abate clandestino e/ou doméstico – aspecto abordado no Tópico
1.3.1. do Capítulo 1. – devido à maior presença do Estado na actividade, inibindo a prática.
Assim sendo, optou-se por estimar o crescimento da produção de carnes tendo como ano-
base directamente a produção de carnes ao invés de elaborar uma evolução de rebanho,
procedimento por vezes utilizado. Como taxa de crescimento anual, adoptou-se para todas as carnes
a mesma taxa, procedimento similar ao adoptado para a projecção dos produtos agrícolas.
Grupo por grupo de produtos, tem-se, para os grupos de interesse dessas projecções, as seguintes
considerações quanto à taxa de crescimento a adoptar:
Cereais: A produção sofreu uma forte desaceleração do crescimento no período 2002 – 2007,
porém pode – e deve – voltar a acelerar com as novas prioridades das políticas
governamentais em curso. O consumo aparente, por sua vez, também teve um grande
crescimento inicial desacelerando em seguida. Como o consumo de milho e arroz são
produtos substitutos, considerou-se mais adequado a projecção de ambos os produtos pela
taxa comum encontrada na rubrica “cereais”: adoptou-se a taxa de crescimento de 3,74%
para o consumo de ambos.
Óleos Vegetais: A sua procura é dividida em duas vertentes, sendo uma humana (óleo
refinado) e outra animal (farelo para rações). Por outro lado, a produção actual é muito
pequena, havendo muito pouca tradição dessa produção no país. O crescimento deve, pois,
ser pouco significativo salvo em projectos específicos como o PAC.
Massamba/Sorgo: Apresenta problema similar ao dos óleos vegetais, pelo que se adoptou
para a sua produção a série histórica e para o consumo a mesma adoptada para os óleos
vegetais, 8,33% a.a.
Vegetais (hortícolas): Trata-se da categoria de produtos onde as estatísticas são as menos
confiáveis, na medida em que no contexto angolano, salvo algumas excepções, se referem a
produtos típicos de produção para auto-consumo. Observa-se, pelo Quadro 1.11. do Capítulo
1, uma variação de difícil credibilidade: entre 2007 e 2008 a produção teria um crescimento
de 900%, não havendo qualquer fenómeno que explicasse tal evolução. Por outro lado, os
dados da FAO Countrystat apresentam, para épocas anteriores, crescimento entre 1,46% a.a.
e 3,36% a.a. Também as estimativas da Sondotécnica apresentam valores significativamente
inferiores àquela taxa. Por outro lado, não se dispõe de volumes de importação de monta
significativa para essa categoria. Trata-se, entretanto, do produto essencial a uma dieta
617
617
balanceada, pelo que foi admitido que existe plena capacidade de absorção num mercado em
progressiva qualificação alimentar. Não foram elaboradas projecções específicas para esses
produtos.
Carnes: A taxa de crescimento do consumo é fortemente condicionada pela renda: trata-se
de componente alimentar “nobre”, cuja demanda responde imediatamente quando da
melhoria da economia como um todo. Também aqui os produtos são substitutos entre si,
como considerado para os cereais. Adoptou-se então para taxa de crescimento da produção
1,89% a.a. e do consumo 5,92% a.a.
A seguir, o Quadro 7.6. apresenta o resumo das taxas de crescimento da produção adoptadas,
e o Quadro 7.7. apresenta as projecções de produção consideradas.
Quadro 7.6. Taxas de crescimento da produção adoptadas
Produção (t) Taxas de
Crescimento Anual
Arroz 3,30%Milho 3,30%Soja 1,02%Sorgo 1,02%Feijão 1,02%Carne bovina 1,89%Carne suína 1,89%Carne ovina 1,89%Carne galináceos 1,89%
FONTE: Elaboração CAMPO.
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Quadro 7.7. Angola – Estimativa da produção futura
Produção (t) 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020Arroz 17.697 18.281 18.884 19.507 20.151 20.816 21.503 22.213 22.946 23.703 24.485Milho 1.072.737 1.108.137 1.144.706 1.182.481 1.221.503 1.261.813 1.303.452 1.346.466 1.390.900 1.436.799 1.484.214Soja 6.087 6.149 6.212 6.275 6.339 6.404 6.469 6.535 6.602 6.669 6.737Sorgo 46.787 47.264 47.746 48.233 48.725 49.222 49.724 50.232 50.744 51.262 51.784Feijão 250.117 250.117 250.117 250.117 250.117 250.117 250.117 250.117 250.117 250.117 250.117Carne bovina 8.402 8.561 8.723 8.887 9.055 9.227 9.401 9.579 9.760 9.944 10.132Carne caprina 354 361 368 374 382 389 396 404 411 419 427Carne ovina 43 44 45 45 46 47 48 49 50 51 52Carne suína 801 816 832 847 863 880 896 913 930 948 966Carne galinácea 10.156 10.348 10.544 10.743 10.946 11.153 11.363 11.578 11.797 12.020 12.247
Produção (t) 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030Arroz 25.293 26.128 26.990 27.881 28.801 29.751 30.733 31.747 32.795 33.877Milho 1.533.193 1.583.788 1.636.053 1.690.043 1.745.814 1.803.426 1.862.939 1.924.416 1.987.922 2.053.524Soja 6.806 6.875 6.945 7.016 7.088 7.160 7.233 7.307 7.381 7.457Sorgo 52.313 52.846 53.385 53.930 54.480 55.036 55.597 56.164 56.737 57.316Feijão 250.117 250.117 250.117 250.117 250.117 250.117 250.117 250.117 250.117 250.117Carne bovina 10.324 10.519 10.717 10.920 11.126 11.337 11.551 11.769 11.992 12.218Carne caprina 435 443 452 460 469 478 487 496 505 515Carne ovina 53 54 55 56 57 58 59 60 61 63Carne suína 984 1.003 1.022 1.041 1.061 1.081 1.101 1.122 1.143 1.165Carne galinácea 12.479 12.715 12.955 13.200 13.449 13.703 13.962 14.226 14.495 14.769
FONTE: Elaboração CAMPO.
619
619
Quanto ao consumo aparente, adoptou-se como ano-base utilizado 2007, último dado
estatístico disponível. Assim, no que diz respeito aos alimentos de interesse do PAC, tem-se as
seguintes taxas anuais de crescimento do consumo:
Quadro 7.8. Produtos de Interesse – Taxas anuais de crescimento do consumo adoptadas (% a.a.)
Consumo (t)Taxas de
Crescimento Anual
Arroz 3,74%Milho 3,74%Soja 8,33%Sorgo 8,33%Feijão 8,33%Carne bovina 5,92%Carne caprina 5,92%Carne ovina 5,92%Carne suína 5,92%Carne galinácea 5,92%
FONTE: Elaboração CAMPO.
Na sequência, o Quadro 7.9. apresenta a projecção do consumo, e o Quadro 7.10. o
saldo/défice no abastecimento.
620
Quadro 7.9. Angola – Estimativa do consumo futuro
Consumo (t) 2007 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019Arroz 219.260 244.793 253.948 263.445 273.298 283.520 294.123 305.123 316.535 328.373 340.655Milho 651.465 727.327 754.529 782.749 812.023 842.393 873.899 906.582 940.489 975.663 1.012.153Soja 71.200 90.516 98.056 106.224 115.073 124.658 135.042 146.291 158.477 171.679 185.979Sorgo 46.787 59.480 64.435 69.802 75.617 81.916 88.739 96.131 104.139 112.814 122.211Feijão 113.142 143.837 155.818 168.798 182.859 198.091 214.592 232.468 251.832 272.810 295.535Carne bovina 111.000 131.904 139.712 147.983 156.744 166.023 175.852 186.262 197.289 208.968 221.339Carne caprina+ovina 11.000 13.072 13.845 14.665 15.533 16.453 17.427 18.458 19.551 20.709 21.935Carne suína 80.000 95.066 100.694 106.655 112.969 119.656 126.740 134.243 142.190 150.608 159.524Carne galinácea 145.000 172.307 182.507 193.312 204.756 216.877 229.716 243.315 257.720 272.977 289.137
Consumo (t) 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030Arroz 353.395 366.612 380.323 394.548 409.304 424.612 440.492 456.966 474.057 491.787 510.180Milho 1.050.007 1.089.277 1.130.016 1.172.279 1.216.122 1.261.605 1.308.789 1.357.738 1.408.517 1.461.196 1.515.845Soja 201.472 218.254 236.435 256.130 277.465 300.578 325.616 352.740 382.123 413.954 448.437Sorgo 132.391 143.419 155.366 168.308 182.328 197.516 213.969 231.793 251.101 272.018 294.677Feijão 320.153 346.822 375.712 407.009 440.913 477.641 517.428 560.530 607.222 657.804 712.599Carne bovina 234.443 248.322 263.022 278.593 295.086 312.555 331.058 350.657 371.416 393.404 416.693Carne caprina+ovina 23.233 24.608 26.065 27.608 29.243 30.974 32.808 34.750 36.807 38.986 41.294Carne suína 168.968 178.971 189.566 200.788 212.675 225.265 238.601 252.726 267.687 283.534 300.319Carne galinácea 306.254 324.384 343.588 363.928 385.473 408.293 432.464 458.065 485.183 513.906 544.329
FONTE: Elaboração CAMPO.
621
Quadro 7.10. Angola – Estimativa do balanço futuro produção/consumo
Produção – Consumo (t) 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020Arroz -235.667 -244.561 -253.791 -263.368 -273.307 -283.620 -294.322 -305.428 -316.952 -328.910Milho 353.608 361.957 370.458 379.110 387.914 396.870 405.978 415.237 424.647 434.207Soja -91.907 -100.012 -108.798 -118.319 -128.639 -139.822 -151.942 -165.077 -179.310 -194.734Sorgo -17.171 -22.056 -27.383 -33.190 -39.517 -46.407 -53.907 -62.070 -70.949 -80.607Feijão 94.299 81.319 67.258 52.026 35.525 17.649 -1.715 -22.693 -45.418 -70.036Carne bovina -131.152 -139.261 -147.857 -156.968 -166.625 -176.861 -187.710 -199.209 -211.395 -224.311Carne caprina+ovina -13.441 -14.253 -15.113 -16.025 -16.991 -18.014 -19.099 -20.247 -21.465 -22.754Carne suína -99.877 -105.823 -112.121 -118.793 -125.860 -133.347 -141.277 -149.677 -158.576 -168.002Carne galinácea -172.159 -182.768 -194.013 -205.931 -218.564 -231.952 -246.141 -261.180 -277.117 -294.007
Produção – Consumo (t) 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030Arroz -341.319 -354.196 -367.557 -381.423 -395.811 -410.741 -426.233 -442.310 -458.992 -476.302Milho 443.915 453.772 463.774 473.921 484.209 494.637 505.201 515.899 526.726 537.679Soja -211.448 -229.559 -249.184 -270.449 -293.490 -318.456 -345.507 -374.816 -406.573 -440.980Sorgo -91.107 -102.520 -114.923 -128.398 -143.036 -158.934 -176.196 -194.937 -215.281 -237.361Feijão -96.705 -125.595 -156.892 -190.796 -227.524 -267.311 -310.413 -357.105 -407.687 -462.482Carne bovina -237.998 -252.504 -267.876 -284.166 -301.429 -319.722 -339.106 -359.647 -381.412 -404.475Carne caprina+ovina -24.121 -25.568 -27.102 -28.727 -30.448 -32.272 -34.204 -36.251 -38.419 -40.717Carne suína -177.986 -188.563 -199.766 -211.633 -224.204 -237.520 -251.625 -266.565 -282.391 -299.155Carne galinácea -311.905 -330.873 -350.973 -372.273 -394.843 -418.760 -444.103 -470.957 -499.411 -529.560
FONTE: Elaboração CAMPO.
622
7.3.5. Mercado e importação de alimentos
O período entre a Revolução Verde, iniciado na década de 60, até aos primórdios deste
milénio, foi marcado pelo avanço tecnológico e a redução de custos dos produtos agrícolas, o que
reflectiu uma tendência de queda nos preços internacionais das commodities agrícolas.
Entretanto, nos últimos anos essa tendência reverteu e os preços estão a ficar acima da média
histórica, como por exemplo, no caso da soja que mantinha uma média histórica de US$ 6,50 por
bushel13 e está actualmente com o dobro desse valor, a US$ 13,00.
Os principais factores apontados como responsáveis pelo aumento dos preços das
commodities agrícolas nos últimos anos são a:
i. Elevação da renda nos países emergentes, principalmente da China, que gerou
mudanças nos hábitos alimentares;
ii. Crescimento da população mundial.
Além disso, nos países desenvolvidos, tradicionais na agricultura, está a escassear a
disponibilidade de terras para ampliar a sua produção, situação agravada pelo avanço dos
biocombustíveis. Estes concorrem por matéria-prima e para além de reduzir a oferta de produtos
alimentares, exemplo o etanol com origem no milho.
É importante referir-se ao impacto negativo das mudanças climáticas que se faz sentir no
decréscimo da produção agrícola em várias regiões do globo.
No que diz respeito ao consumo de proteína, essencial para a dieta humana, historicamente, é
possível estabelecer uma relação clara entre o aumento de renda per capita e o aumento do
consumo das três principais fontes de proteína de origem animal, as carnes frango, suína e bovina.
Como a população continuará a crescer e com a tendência do aumento de renda, a
expectativa é que o mundo consumirá mais alimentos. No que respeita ao consumo de carne, em
2001, o consumo per capita foi de 38 Kg, com PIB per capita mundial de US$ 5.611,00. Como a
projecção do PIB per capita no mundo para 2030 é de US$ 7.600,00, o consumo de carne
13Um bushel é uma medida de volume em seco, usada primariamente para medir o volume de commodities secas, por exemplo: 1 bushel de soja = 27,2155 quilogramas.
623
aumentará para 45 kg por pessoa por ano. De acordo com a ONU, em 2030, a população mundial
deve chegar aos 8,3 mil milhões de pessoas, 20% maior do que é hoje. Logo, o consumo de carnes,
deverá ser no mínimo 30% maior que o actual14.
7.3.5.1. Importação de alimentos e segurança alimentar
Em Angola, um dos efeitos do período de conflitos foi a acentuada queda da produção
agrícola e da capacidade do País de se auto-sustentar em termos alimentares.
Consequentemente, o País passou de participante activo nas exportações agro-pecuárias – na
década de 70 posicionava-se como 4º maior exportador mundial de café e sisal15, além de outros
produtos – para forte importador. Actualmente Angola depende do mercado internacional para
satisfazer cerca de 80% das suas necessidades de alimentos, sendo auto-suficiente apenas na
produção de mandioca e banana.
O Quadro 7.11. que se apresenta abaixo demonstra a participação da importação dos
produtos alimentares e agrícolas mais representativos em relação ao volume total importado por
Angola de 2008 a 2011, tendo estes produtos, uma participação de 14,8% em média do total das
importações no período.
Dos produtos alimentares e agrícolas mais representativos importados, em ordem decrescente
de volume tem-se: açúcar, arroz, carne de frango, farinha de trigo e de cereais, os óleos alimentares,
seguidos da carne bovina e suína, legumes de vagem e ovos. Na consideração sobre divisas gastas,
conforme se observa no Gráfico 7.19. abaixo, o primeiro item de importação é carne de frango e o
segundo farinha de trigo.
No caso dos fertilizantes, numa análise rápida, os insumos (inputs) deverão crescer na pauta
de importação, pois Angola detém um grande potencial agrícola e ainda pouco explorado, associada à
baixa capacidade interna instalada de produção de adubos e fertilizantes químicos.
14Fontes: BARROS, Alexandre L. Mendonça; MENEGATTIi, Ana Laura. Soja: orgulho do país tem ameaças no horizonte. 2011. ROPPA, Luciano. Perspectivas da produção Mundial de carnes, 2007 a 2015. 15 Fonte: VICENTE, Paulo – Assistente do representante da FAO: País tem potencial em terras aráveis. Cf. ANGOP – Agência Angola Press, Luanda, 21/10/2011, acessado em 20/03/2012.
624
Quadro 7.11. Importação de produtos alimentares e agrícolas mais representativos de 2008 a 2011 e sua participação no volume total importado (em mil toneladas)16
Em 2011, segundo o relatório de Alfândegas, dos 20 principais produtos importados, 8 foram
de alimentos e 5 estão ligados à cadeia do petróleo. Os oito produtos alimentares representaram US$
1,23 mil milhões do total das importações de US$ 6,8 mil milhões referentes a estes 20 produtos
principais.
Gráfico 7.19. Os vinte principais produtos importados em 2011 em milhares dólares americanos17
16 Fonte: Conselho Nacional de Carregadores, 2008 a 2011. 17 Fonte: Direcção Nacional das Alfândegas: Relatório 2011 das Alfândegas de Angola.
625
Por outro lado, o potencial de produção interna destes produtos, actualmente importados, é
elevado, uma vez que pouco mais de 4% da disponibilidade de terras é aproveitado com agricultura
comercial e, segundo a FAO a área agricultável no País é de 55 milhões de hectares18.
Para superar os desafios da oferta de alimentos, o Executivo angolano tem estimulado,
através de incentivos fiscais, crédito e mesmo investimentos directos à recomposição da estrutura
produtiva, tendo em vista tanto o equilíbrio da balança comercial através da substituição de
importações, como a garantia da segurança alimentar da sua população, a diversificação da economia
e a geração de oportunidades de trabalho, reduzindo com isso, a dependência externa.
Dentro desse contexto, está a Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (ENSAN), alicerçada pelo Plano de Acção de Segurança Alimentar e Nutricional
(PASAN). Esta estratégia tem enquadramento no Programa Estratégico de Desenvolvimento
de Longo Prazo (PEDLP-2025) e no seu Plano de Desenvolvimento a Médio Prazo 2009-
2013 bem como nas várias políticas sectoriais.
Igualmente, é nesse contexto e consoante as directrizes maiores para o sector emanadas pelo
Executivo, que se insere o PAC, não apenas no componente da produção agrícola, mas também no
processamento, conservação dos alimentos e, não menos importante, na logística de distribuição,
isto é, com uma lógica de reactivação de cadeias produtivas entretanto segmentadas actualmente.
Essas, associadas às condições físicas da região descritas nos Capítulos 3. Aspectos Sociais
do PAC e Directrizes de Actuação, 4. O Meio Ambiente e o PAC, e 5. Recursos Naturais
Estratégicos para o Uso Produtivo tal como a disponibilidade de tecnologias apropriadas
comentadas no Capítulo 5. Tecnologia para Agricultura em clima tropical, são as condições
gerais de contorno que balizam as opções de produção no PAC.
18Fonte: FAO/AGL – TERRASTAT. http://www.fao.org/ag/agl/agll/terrastat/wsrout1.asp? countrysel=AGO&search2=Show+all+statistics+%21, acessado em 25/03/2012.
626
7.4. Modelo de exploração do PAC
Conforme apresentado anteriormente, o Pólo Agro-industrial de Capanda compreende uma
área de 411 mil hectares, dos quais aproximadamente 293 mil hectares são aptos para o
desenvolvimento agro-produtivo, 113 mil hectares de área destinadas à conservação ambiental e
cerca de 5 mil hectares urbanizados e/ou com ocupação humana.
Dos 293 mil hectares aptos para a agricultura, 33 mil hectares estão direccionados para o
empreendimento de exploração e processamento de cana-de-açúcar pela BIOCOM, para os 260 mil
hectares restantes, desenvolveram-se estudos para definir o modelo de exploração, considerando e
cruzando informações ambientais e sociais do PAC, das políticas públicas e de mercado.
Ainda dentro da área de 260 mil hectares, conforme já mencionado, a existência de
empreendimentos produtivos que estão a explorar áreas com cereais, oleaginosas e mandiocas, por
citar alguns, como a Fazenda Pungo Andongo e Pedras Negras e, a Companhia de Alimentos de
Malanje. Também, não menos importante, há de destacar a produção de hortaliças, mandioca e
frutas pela agricultura familiar.
Para a ocupação escalonada e ordenada da área de 260 mil hectares, foram seleccionadas as
formas de exploração e respectivas culturas com base nos estudos e levantamentos das condições
edafo-climáticas, de altitude e revelo, bem como, das políticas públicas e dos aspectos sociais e, das
necessidades de mercado conforme já abordado. Com isso, para as grandes culturas de ciclo curto
(grãos) mecanizáveis, para a pastagem e a floresta, que necessitam de escala para serem rentáveis,
definiu-se os módulos de produção viável para o avanço da área.
Enquanto que, para hortícolas, frutícolas e mandioca, devido às suas especificidades,
características técnicas de produção, comercialização e evidentemente dos aspectos sociais da região
do PAC, a dimensão das parcelas de produção não tem definido um módulo mínimo mas, uma área
total que viabilize uma unidade de processamento que organize a produção. Mesmo assim, para estas
culturas, foram elaborados estudos que indicam o tamanho da área adequada para investidores que
adoptarão elevadas tecnologias de produção.
Complementarmente, foram concebidas as Empresas Âncora capazes de integrar as etapas
das suas respectivas cadeias produtivas para viabilizar o processamento e o acesso ao mercado
consumidor.
627
Nos tópicos a seguir serão apresentadas as premissas, concepções e resultados económicos
dos modelos de exploração apontados, com base neste estudo, contêm as melhores oportunidades
de negócios para o PAC.
7.4.1. Culturas
As culturas seleccionadas como sendo as mais promissoras para a implantação na área do
PAC foram escolhidas levando-se em conta diversos factores dos quais pode-se destacar:
Considerando-se estas premissas, os cultivos que melhor atendem aos requisitos são:
Para os cultivos anuais (grãos) foram elaborados três módulos de produção, sendo um voltado
exclusivamente para a agricultura (Módulo Tipo I), outro com a incorporação da pecuária no sistema
de integração entre a agricultura e pecuária (Módulo Tipo II) e o terceiro incorporando o componente
florestal no sistema Integração Lavoura Pecuária – ILPF (Módulo Tipo III). Além dos módulos com
grãos, foi projectado um módulo exclusivo para a actividade pecuária (Módulo Tipo IV).
As áreas de exploração dos Módulos de Produção Tipo são:
Módulo Tipo I – agricultura de sequeiro em 3.000 ha, sendo 100 ha irrigado;
Módulo Tipo II – sistema de produção: integração lavoura-pecuária (ILP) em 3.000
ha de sequeiro (2.550 ha de agricultura e 450 ha de pastagem, sistema com rotação
constante agricultura / pastagem);
Módulo Tipo III – sistema de produção: integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF)
em 3.000 ha (2.300 ha de agricultura e 700 ha com floresta consorciada com
pastagem);
Módulo Tipo IV – exclusivo para a actividade pecuária, com 3.000 ha de pastagem.
628
No que diz respeito à produção de hortícolas e frutícolas, de acordo com os estudos
anteriores19, a produção dessas culturas em regime de regadio ocupa uma área de 2.160 ha e 11.340
ha em módulos de 10 ha e 210 ha cada, respectivamente. Este cenário é exequível, desde que
compatível com a dinâmica do mercado.
Actualmente, numa fase inicial pode-se arrancar com a produção de 540 ha de hortícolas e
500 ha de frutícolas em regime de regadio. A produção destas áreas viabiliza as unidades de
processamento que se encarregarão de organizar os segmentos das respectivas cadeias produtivas.
Mais adiante apresenta-se com maior detalhe este tema.
O cultivo da mandioca foi programado para uma área de 12.000 ha de sequeiro. Cabe
salientar que o ciclo da mandioca aqui considerado é de 18 meses. Como parte da produção desta
raiz foi planificada para ser processada por uma ou mais unidades agro-industriais, foram
projectados dois sistemas de produção, um desenvolvido de forma empresarial e outro para
agricultura familiar.
O cultivo exclusivo de floresta, apesar do potencial maior de área para este tipo de exploração
no PAC20, para o arranque inicial, foi projectada uma área 2.100 ha onde será plantada de forma
escalonada ano-a-ano e estará a cargo da agro-indústria dessa cadeia produtiva.
Nos próximos tópicos deste Capítulo, serão detalhadas as análises técnicas e de viabilidade
económica dos temas acima abordados.
O primeiro nível de análise elaborada neste estudo foi da viabilidade económica ao nível do
módulo produtivo (Módulos Tipo I, II, III e IV) e áreas ou módulos mínimos de hortícolas, frutícolas e
mandioca. A sua utilidade reside no facto de este ser o primeiro nível de decisões: com a
comprovação pelos empreendedores do retorno adequado para os seus investimentos, pode-se
considerar o PAC como um todo viável.
Para esta análise, foram apuradas as estimativas de capacidade de produção da área, a
viabilidade – da óptica da iniciativa privada – da implantação dos empreendimentos e,
consequentemente, a geração de novas riquezas para a região em questão.
19 PDPAC – Plano de Desenvolvimento do Pólo Agro-industrial de Capanda, Setembro de 2006. 20 No PDPAC – Plano de Desenvolvimento do Pólo Agro-industrial de Capanda, Setembro de 2009, a área de floresta de eucalipto é de 30.720 ha, divididas em 2 módulos e a madeira seria processada por 2 unidades de serração.
629
Conforme citado, para os Módulos Tipo I, II, III e IV, foi realizada a análise económica para
verificar a atractividade dos mesmos. No Quadro 7.12. apresentam-se as características dos Módulos
de produção.
Quadro 7.12. Caracterização dos Módulos Tipo de produção
Módulos de Produção Área Características Culturas
Tipo I 3.000 ha Grãos Arroz, Milho, Soja, Massambala e Feijão
Tipo II 3.000 ha Integração
Lavoura-Pecuária ILP
Arroz, Milho, Soja, Massambala e
Pastagem
Tipo III 3.000 ha Integração
Lavoura-Pecuária + Floresta
Arroz, Milho, Soja Massambala, Pastagem
e Floresta
Tipo IV 3.000 ha Pecuária Pastagem
FONTE: Elaboração CAMPO.
O tamanho das áreas de cada Módulo Tipo (3.000 hectares) foi definido em função de uma
série de requisitos tais como: para que a agricultura empresarial tenha atractividade e retorno
económico, a produção deve ter uma escala que justifique os altos investimentos, principalmente na
abertura e correcção da terra, no parque de máquinas e equipamentos agrícolas que são
dimensionados para as actividades e particularidades climáticas da região e custo de produção.
Outro aspecto considerado, foi que, caso um Módulo Tipo de produção tenha uma baixa
viabilidade económica, da mesma forma a atractividade pelas agro-indústrias diminui por parte do
investidor.
A diversidade de Módulos Tipo tem por objectivo disponibilizar aos potenciais investidores
opções no que se refere a produtos, valor de investimento, custeio e resultados.
No que diz respeito à produção de hortícolas, frutícolas, mandioca e floresta foram planeadas
as seguintes formas de exploração:
Hortícolas – planeado o cultivo em 540 ha irrigado de cenoura, pimento e tomate. A
produção será direccionada para o consumo “in natura” e organizada pelo Packing House
630
(Casa de Embalagem) onde será classificada, embalada, comercializada e distribuída conforme
a procura e as exigências do mercado. A gestão do Packing House poderá ser assegurada por
investidores, uma ou mais associações ou cooperativas de agricultores médios e familiares,
que terão áreas de cultivo de diversos tamanhos. Diante disso, no Tópico 7.5.6. são
apresentados os estudos para investimentos numa área de 1 ha e mais duas opções de
tamanhos de áreas de produção, sendo uma das opções os serviços de mecanização
contratados a empresas da especialidade e, na segunda opção, foram considerados os
investimentos na sua totalidade. Outro estudo realizado, que se apresenta no Tópico 7.8.4.
diz respeito à avaliação económica de um Packing House para a gestão da cadeia produtiva
de hortícola para a área de 540 ha.
Frutícolas – planeado o cultivo de 500 ha irrigados de laranja, maracujá, goiaba e manga. A
produção terá dois destinos. A maior parte será direccionada para o consumo “in natura” que
remunera mais a produção e a parte não adequada para o consumo fresco, será processada.
É recomendado que a área cultivo seja um dos componentes da Empresa Âncora da cadeia
produtiva, que dessa forma, poderá suportar financeira e tecnicamente as condições de longo
prazo, altos investimentos e especificidade da produção. Igualmente, como para as hortícolas,
no Tópico 7.5.6., são apresentados estudos para investimento em 1 ha e 2 opções de
tamanho de área, bem como os estudos da avaliação económica de uma Empresa Âncora
para a gestão da produção e comercialização de uma área de 500 ha de frutícolas,
contemplados no Tópico 7.7.6.
Mandioca – a área de cultivo foi planeada em 12.000 ha. O cultivo poderá ser realizado pela
agricultura familiar e agricultores de médio porte com diversos tamanhos de área, tendo a
comercialização dois destinos conforme a remuneração: para consumo fresco ou para
processamento. Também poderá ser cultivada em grande escala por uma ou mais Empresas
Âncora que organizarão a produção conforme o destino que se dará para o produto resultante
do processamento (farinhas ou amido/fécula). No Tópico 7.5.6. apresentam-se os estudos
para os investimentos em 1 ha e o tamanho de uma área de produção viável com os
investimentos na sua totalidade. Também no Tópico 7.7.5. estão os estudos da avaliação
económica de uma Empresa Âncora para a gestão da cadeia produtiva da mandioca produzida
numa área de 12.000 ha.
631
Floresta (reflorestamento) – a área planeada para o arranque da cadeia florestal é de 2.100
ha, plantada de forma escalonada até ao 14º ano para que, dessa forma, se obtenha
ininterruptamente madeira para serração. No 14º ano a primeira parcela de plantio estará
pronta para este tipo de corte e processamento. O primeiro corte de desbaste será no 7º ano
para lenha e carvão, o segundo corte no 10º para os troncos serem tratados em autoclave
para postes e outros fins. A área reflorestada é um dos componentes da Empresa Âncora
dessa cadeia produtiva devido ao longo prazo para geração de receita. No Tópico 7.7.4.
encontram-se os estudos da avaliação económica de uma Empresa Âncora com uma área de
2.100 ha de cultivo de floresta.
7.4.2. Cadeias produtivas agro-industriais
O Modelo de Exploração do Pólo Agro-industrial de Capanda, como tem sido mencionado,
está projectado sob a óptica de desenvolvimento de cadeias produtivas agro-pecuárias e respectivo
processamento, com o objectivo de organizar a produção de forma encadeada e integrada nos seus
diversos segmentos do agronegócio.
O desenvolvimento da Cadeia Produtiva está fundamentado na estrutura de gestão e no papel
de liderança e integração promovido por Empresas Âncora21 junto aos demais elementos da cadeia.
As Empresas Âncora deverão ter porte suficiente para promover o arranque dos segmentos de
produção agrícola e/ou pecuária e de industrialização. A existência dessas empresas deverá
constituir-se num factor de atracção para novos empreendedores tanto na produção quanto na
prestação de serviços.
Na fase inicial da implantação do PAC, o investidor terá que garantir o funcionamento de
todos os elos de determinada cadeia produtiva (Empresa Âncora Integral22). Será portanto necessária
uma concentração, como por exemplo o caso da cadeia avícola apresentado mais adiante, uma vez
que para garantir a produção de frango é necessário ter assegurada a produção de soja e milho. Com
a evolução da estruturação das cadeias, surgirão fornecedores de soja e de milho e assim deixará de
ser necessário que a empresa avícola tenha a sua própria produção (Empresa Âncora Semi-
21 A cooperação vertical é forte entre as Empresas Âncora e as empresas fornecedoras e existe um objectivo de promover o desenvolvimento da cadeia produtiva como um todo. Estas Empresas Âncora são caracterizadas, entre outros aspectos, por: posicionamento estratégico no mercado, atitude dinâmica e pró-activa em relação à gestão e à inovação tecnológica, e poder de barganha para estabelecimento de modos de gestão mais eficientes nas suas relações com clientes e fornecedores (FINEP/MCT, 2010). 22 Empresa Âncora Integral – que assegura ou domina toda a produção de matéria(s) prima(s) necessárias para atender a capacidade de processamento das suas unidades agro-industriais.
632
integral23). Este desdobramento também deverá ocorrer na oferta de serviços de apoio às cadeias,
por exemplo em armazenamento, transporte, entre outros.
As unidades agro-industriais foram dimensionadas de forma modular poderão ser replicadas
conforme a oferta de matéria-prima que serão produzidas tanto no PAC como na sua vizinhança,
conforme a procura e dinâmica do mercado.
A seguir são apresentadas as Cadeias Produtivas com as suas respectivas Empresas Âncora
com maior potencialidade e as que já se encontram em fase de implantação na área do PAC. Note-se
que em qualquer caso o investidor deve avaliar a organização da cadeia a montante e a jusante do
seu investimento, assegurando que os elos da cadeia estão efectivos:
1. Grãos – produção de soja, milho e massambala/sorgo, armazenagem e complexo
soja (óleo refinado e farelo)
A produção de grãos, principalmente a de soja, milho e sorgo, é
fundamental e estruturante, pois esses componentes são a base
para a transformação de produtos primários em alimentos mais
nobres e de maior valor acrescentado como a proteína animal e
óleo alimentar. Esta Empresa Âncora poderá liderar, além das
actividades acima referidas, outros segmentos da produção de
grãos tais como o de arroz, de feijão e os seus respectivos
processamentos.
2. Avícola – produção de grãos, armazenagem, processamento de soja, fábrica de
ração, incubadora, aviários e matadouro de aves
A produção de carne avícola tem um papel de destaque no PAC
por se tratar de proteína animal, componente fundamental para a
alimentação humana, de produção em ciclo curto e um dos
principais produtos importados. Como Angola não conta ainda com
uma produção de grãos suficiente para atender à necessidade da
produção de aves em larga escala, é importante que o PAC conte
com uma Empresa Âncora Integral.
23 Empresa Âncora Semi-integral – que assegura ou domina pelo menos um terço da produção de matéria(s) prima(s) necessárias para atender a capacidade de processamento.
633
3. Bovina – sistema de produção através da integração lavoura-pecuária e matadouro
A região do PAC apresenta diversas áreas com pasto estabelecido,
porém a produção bovina ainda é insignificante. O potencial da
região procura uma Empresa Âncora para liderar e dar início a esta
cadeia. Com o estabelecimento desta Empresa Âncora, outros
investidores deverão iniciar a produção de bovinos, principalmente
na Integração Lavoura Pecuária, para atender à capacidade da
indústria. A carne bovina tem um grande peso na pauta de
importação.
4. Florestal – produção de floresta comercial, tratamento de madeira (autoclavagem)
e serração
Várias finalidades e demandas para os produtos florestais podem
ser citadas: i) lenha e carvão utilizados na confecção de alimentos
em Angola, que também será consumida pelas futuras agro-
indústrias e aviários; ii) postes eléctricos, estacas e esticadores
(autoclavados) para as cercas da pecuária e outros fins; e iii)
madeira tratada e/ou serrada para a construção civil e produção de
móveis. A necessidade de se estabelecer uma Empresa Âncora
Florestal capaz de dar o arranque inicial neste sector é portanto
fundamental e estruturante.
5. Mandioca – produção de amido/fécula (complementar a indústria em fase de
instalação de farinha torrada e de bombo - CAM24)
Em Angola e na Região do PAC a produção de mandioca é
tradicional e contribui para a sua auto-suficiência alimentar
familiar. É em boa parte do País a principal fonte de energia
alimentar (carboidrato), sendo processada de forma artesanal em
farinha torrada e fuba de bombo, para preparar o “funge”. Próximo
da cidade de Malanje, a CAM está a instalar uma agro-indústria
para processar a mandioca em farinha torrada e fuba de bombo.
Para este propósito, além de cultivar 2.000 hectares próprios,
pretende adquirir também de terceiros. De forma complementar
24 CAM ‐ Companhia de Alimentos de Malanje.
634
para a Cadeia Produtiva da Mandioca, é apresentado o projecto de
uma feculária, com o objectivo principal de produção de amido
para fins alimentares.
6. Cana-de-açúcar – em fase de implantação pela BIOCOM25
Está em fase de implantação, a BIOCOM, com previsão de
arranque para o ano de 2014 e consolidação em 2017, quando
terá capacidade de esmagar 2,0 milhões de toneladas de cana-de-
açúcar, produzindo 215 mil toneladas de açúcar e 33 mil m³ de
etanol. A área de produção própria da BIOCOM será de 33 mil
hectares de cana, podendo adquirir de terceiros que estejam
próximos da unidade fabril.
A BIOCOM é um caso típico de uma Empresa Âncora, que pretende
liderar e gerir toda a cadeia produtiva. Igualmente mostra o poder
de atracção de outros investimentos no domínio da prestação de
serviço e de potenciais fornecedores de diversos tipos de
suprimentos, tais como, a empresa prestadora de serviço de
abertura de áreas e a intenção expressa de uma concessionária de
máquinas agrícolas, fornecedora da BIOCOM, de se instalar em
Cacuso, que beneficiará os produtores em geral.
7. Frutícola – Consumo “in natura” e Processamento
O cultivo de frutícolas (laranja, maracujá, goiaba e manga) está
planeado numa superfície de 500 ha irrigados.
A produção poderá ter dois destinos: a de melhor qualidade deve
ser priorizada (remunera melhor) e direccionada para atender a
procura de consumo “in natura”; a produção destas frutas serão
organizadas um Packing House26. A produção com qualidade
inferior (aspecto visual) será transformada em sumo integral NFC27
(laranja) e polpa integral natural asséptica (maracujá e goiaba) e
em compotas. Estes produtos são de alta qualidade para a
25 Companhia de Bioenergia de Angola. 26 Packing House: armazém de recepção, classificação, embalagem e expedição. 27 Sumo de laranja integral NFC (Not From Concentrate ou Não Produzido a partir de Concentrado), esse processo preserva melhor a qualidade de sabor e nutrientes.
635
indústria de sumos prontos para beber, não são concentrados e
congelados, preservando com isso a qualidade de sabor e nutrição.
São embalados a granel e poderão atender uma parcela da
demanda interna em Angola.
Outras Agro-indústrias correlacionadas e complementares igualmente têm
potencial. São destinadas a garantir uma infra-estrutura de apoio às actividades agro-
produtivas, a exemplo:
8. Moinho de calcário
O calcário é um insumo (input) fundamental para a agricultura em
solos tropicais, caracterizados pela acidez que prejudica o
desenvolvimento dos cultivos. A aplicação do calcário corrige o pH
do solo, além de ser fonte dos nutrientes cálcio e magnésio. O
PAC tem no seu perímetro diversas jazidas de rochas calcárias e,
duas delas, que foram analisadas, apresentam excelentes
resultados para aplicação agrícola. Perante isso, o investimento
num moinho de calcário afigura-se importante para atender a
procura do PAC e de áreas adjacentes.
9. Unidade de beneficiamento de sementes – UBS
O conhecimento e a capacidade de produzir sementes são
estruturantes não só para o PAC, como também para o País.
Apesar da disponibilidade de tecnologia de sementes para
condições semelhantes às do PAC, as utilizadas actualmente são
importadas, e não foram desenvolvidas para as particularidades
locais e do País. Aliado a isso, as condições climáticas e de altitude
do PAC, oferecem as condições favoráveis para a produção de
sementes de elevada qualidade.
10. Unidade de processamento de arroz
A cultura de arroz está prevista no planeamento de exploração do
PAC, tanto para a abertura das áreas como para rotação de
culturas. O arroz é um dos principais produtos importados, além
disso, os subprodutos do processamento são importantes: o farelo
636
como fonte de energia de alta qualidade para a ração animal e a
palha ou casca como cama para os pavilhões de criação de
frangos.
11. Packing House para hortícolas
A produção de hortícolas no Pólo já é realizada no eixo Capanda –
Cacuso pela agricultura familiar organizada pelo projecto Kulonga
pala Kukula (KpK) e está em fase de expansão. Também na área
irrigada, de acordo com os estudos em curso, o planeamento
contempla, na fase de arranque, a produção de hortaliças em 540
ha. Para agregar valor à produção e atender aos padrões de
qualidade que as redes de supermercado exigem, a produção de
hortaliças deve passar por uma classificação e embalagem antes
de ser expedida. A infra-estrutura necessária para isso é um
Packing House.
Empresas prestadoras de serviços que se configuram como potenciais actividades
correlatas à produção:
12. Empresas de mecanização agrícola
A importância da existência de uma ou mais empresas de
mecanização agrícola decorre da necessidade de atender
empreendedores de pequeno e médio porte no sector primário, e
apoiar a agricultura familiar, que carecem destes equipamentos
devido aos elevados custos de aquisição. Portanto, uma ou mais
empresas de mecanização para atender este público e eventuais
necessidades dos grandes investidores é justificadamente
necessária.
13. Empresas de transporte da produção e de insumos (inputs)
Com a implementação do PAC haverá necessidade de transportar
a produção primária, assim como, os insumos (inputs) e outros
meios para a produção. Por isso, existe potencial para o
estabelecimento de uma ou mais empresas de transporte
rodoviário, principalmente para o transporte interno de produtos a
637
granel, desde os campos de produção até às unidades agro-
indústrias e os insumos (inputs) dos locais de venda ou
armazenagem até às áreas de cultivo.
Nos tópicos anteriores, apresentaram-se os conceitos, premissas e directrizes para a definição
das culturas e agro-indústrias. Nos próximos estão contemplados as premissas e os aspectos técnicos
adoptados para o desenvolvimento e avaliação económica das actividades de produção primária,
agro-industriais e de prestação de serviços do PAC.
7.4.3. Parâmetros da avaliação económica
Definidas as culturas, módulos e áreas de produção, bem como as agro-indústrias e empresas
âncora com as suas próprias áreas de produção, apresentam-se os parâmetros que são comuns a
mais de um módulo de produção bem como às agro-indústrias tais como o horizonte de análise dos
projectos, os custos de aberturas de terras, custos de produção, financiamento, produtividade por
cultura entre outras.
7.4.3.1. Horizonte de análise dos projectos
O estudo estipulou um horizonte de análise de 15 anos para os Módulos Tipo I, II e III e 25
anos para os Módulos Tipo IV28. Para as áreas de produção de hortícolas, frutícolas e mandioca o
horizonte de análise foi de 15 anos. Este também será o prazo inicial do contrato de concessão de
uso das terras.
Para os projectos das empresas âncora, agro-indústrias correlatas e empresas prestadoras de
serviço, o horizonte de análise considerado foi de 20 anos, à excepção da Empresa Âncora Florestal
para a qual o horizonte foi de 28 anos.
Importante enfatizar que este é um prazo sugerido para os módulos e áreas, empresas e
agro-indústrias, apurado em função do tempo de retorno financeiro dos empreendimentos. Para
outras propostas produtivas podem ser solicitados diferentes prazos de concessão que, conforme
justificada a necessidade de dilatação de prazos de concessão, serão estudados pela SODEPAC caso-
a-caso.
28 A dilatação do prazo de análise e concessão dos Módulos Tipo IV deve-se ao prazo de retorno do capital investido na actividade pecuária.
638
Os contratos de concessão deverão ser renovados automaticamente havendo interesse das
duas partes (Sodepac e Investidores) caso não haja qualquer quebra no regulamento institucional
regido pela Sodepac que leve ao encerramento do mesmo.
7.4.3.2. Investimentos
Os principais investimentos apurados para a implantação dos Módulos Tipo e Áreas de
produção, bem como para as Empresas Âncora e Agro-Indústrias que têm áreas próprias de
produção são:
Abertura de áreas, correcção e conservação de solos (aplicação de calcário, de
fosfato e construção de curvas de nível de base larga/terraços);
Máquinas e equipamentos agrícolas;
Animais (vacas matrizes e touros);
Mudas para a fruticultura;
Obras e benfeitorias;
Outros (5% dos demais investimentos que inclui estudos e projectos (inclusive
ambiental), obtenções de licenças, entre outros.
Os investimentos em máquinas, equipamentos, animais, obras e benfeitorias são bastante
específicos para os projectos sugeridos e serão apresentados mais adiante. Para a abertura de áreas,
correcção e conservação de solos, considerou-se dois casos, um para agricultura (mais completo e
exigente) e outro para a pecuária, alguns investimentos por serem similares para todos os
segmentos, foram considerados para todos os projectos agro-pecuários e agro-industriais:
Abertura de áreas, correcção e conservação de solos
Foi estimado um prazo de 3 anos para a abertura total das áreas de cada Módulo Tipo. O
custo dos insumos (inputs ) e serviços estimados para a abertura e adequação de um hectare dentro
da área do Projecto é de US$ 1.700,36 para os Módulos Tipo I, II e III e US$ 831,36 para os Módulos
Tipo IV.
O custo de abertura de áreas, correcção e conservação de solos muitas vezes é o
investimento mais significativo para a implantação de uma área ou módulo de produção. Diante da
grande necessidade de recursos, é prática comum em projectos de desenvolvimento agrícola de
outros países a disponibilização de benefícios para estas actividades. Este é um tema que poderá ser
negociado um incentivo ou benefício junto das entidades governamentais responsáveis.
639
A discriminação dos custos apurados para a abertura e melhorias de áreas para agricultura
(grãos, hortícolas e frutícolas e floresta) é apresentada a seguir no Quadro 7.13.
Quadro 7.13. Abertura / Limpeza de Área / Correcção e Conservação de Solos – Agricultura
Unit. ha %798,16 46,94
Calcário ton 3,0 140,00 420,00 24,70 Fosfato ton 0,6 520,00 286,00 16,82 Formicida/cupinicida (Salalé) kg 0,8 115,20 92,16 5,42 Gesso ton - 91,00 - -
902,20 53,06 Aplicação de Formicida/Cupinicida dh 0,2 6,00 1,20 0,07 Desmatamento HTE 1,1 120,00 132,00 7,76 Enleiramento HTE 1,7 120,00 204,00 12,00 Gradagem pesada (2x) hm 3,0 50,00 150,00 8,82 Catação de raízes (2x) dh 10,0 6,00 60,00 3,53 Tractor com carreta hm 1,0 50,00 50,00 2,94 Distribuição de calcário hm 0,5 50,00 25,00 1,47 Incorporação de calcário hm 1,5 50,00 75,00 4,41 Distribuição de fosfato hm 0,5 50,00 25,00 1,47 Incorporação de fosfato hm 1,0 50,00 50,00 2,94 Distribuição de gesso hm - 50,00 - - Incorporação de gesso hm - 50,00 - - Apoio dh 10,0 6,00 60,00 3,53 Transporte interno hm 0,5 50,00 25,00 1,47 Marcação de curvas de nível de base larga (terraços) ha 1,0 25,00 25,00 1,47 Construção de curvas de nível de base larga (terraços) hm 0,4 50,00 20,00 1,18
1.700,36 100,00
DESMATAMENTO/LIMPEZA DE ÁREA/CORRECÇÃO E CONSERVAÇÃO DE SOLOS - AGRICULTURA
DISCRIMINAÇÃO Unid.Qtde.
ha Custo (US$)
Insumos
Serviços
TOTAL
hm = Hora Máquina, hp = Hora Pulverizador Autopropelido, HTE = Hora Trator de Esteira, dh = Dia Homem, ha = Hectare.
1 - Calagem: para o cálculo da necessidade de calcário, aplica-se como média o PRNT (Poder Relativo de Neutralização Total) em 80%. FONTE: Elaboração CAMPO.
Para o cálculo da necessidade de calcário, foi utilizado como média o PRNT (Poder Relativo de
Neutralização Total) em 80%.
No Quadro 7.14. apresenta-se a discriminação dos custos apurados para a abertura e
melhorias de áreas para pecuária.
640
Quadro 7.14. Abertura / Limpeza de Área / Correcção e Conservação de Solos – Pecuária
Unit. ha %475,16 57,15
Calcário ton 1,3 140,00 175,00 21,05 Fosfato ton 0,4 520,00 208,00 25,02 Formicida/Cupinicida (Salalé) kg 0,8 115,20 92,16 11,09 Gesso ton - 91,00 - -
356,20 42,85 Aplicação de Formicida/Cupinicida dh 0,2 6,00 1,20 0,14 Desmatamento HTE - 120,00 - - Enleiramento HTE - 120,00 - - Gradagem pesada (1x) hm 1,5 50,00 75,00 9,02 Catação de raízes (1x) dh - 6,00 - - Tractor com carreta hm - 50,00 - - Distribuição de calcário hm 0,5 50,00 25,00 3,01 Distribuição de fosfato hm 0,5 50,00 25,00 3,01 Incorporação de calcário e fosfato hm 1,5 50,00 75,00 9,02 Transporte interno hm 0,5 50,00 25,00 3,01 Apoio dh 10,0 6,00 60,00 7,22 Transporte interno hm 0,5 50,00 25,00 3,01 Marcação de curvas de nível de base larga (terraços) ha 1,0 25,00 25,00 3,01 Construção de curvas de nível de base larga (terraços) hm 0,4 50,00 20,00 2,41
831,36 100,00
3 - Os módulos de produção voltados à pecuária deverão preferencialmente se localizar nas áreas abertas (desmatadas), desta forma não está programado o investimento nas operações de desmatamento, enleiramento e catação de raízes.
4 - A incorporação do calcário e fosfato será realizada simultaneamente.
Insumos
Serviços
TOTALhm = Hora Máquina, hp = Hora Pulverizador Autopropelido, HTE = Hora Trator de Esteira, dh = Dia Homem, ha = Hectare.
1 - Calagem: O módulo de produção com exploração da pecuária, preferencialmente deve ser realizada em solos com classe textural de Areia Franca ou Franco Arenoso. Devido à característica do solo e à intensidade de uso e manejo da pastagem, recomenda-se elevar a saturação de bases do solo para no máximo a 45%. Para o cálculo da necessidade de calcário, utilizamos como média o PRNT (Poder Relativo de Neutralização Total) em 80%.
2 - Fosfato: O fósforo é o nutriente muito importante na formação das pastagens. Como normalmente os solos de Savana são pobres em fósforo, a recomendação é para atender as gramíneas forrageiras que se situam entre as espécies de grau muito exigentes em fertilidade, como exemplo os Panicum.
DISCRIMINAÇÃO Unid.Qtde.
ha Custo (US$)
DESMATAMENTO/LIMPEZA DE ÁREA/CORRECÇÃO E CONSERVAÇÃO DE SOLOS - PECUÁRIA
FONTE: Elaboração CAMPO.
Para o Módulo Tipo IV de produção com exploração da pecuária, a calagem ou correcção de pH, deve
ser realizada preferencialmente em solos com classe textural de areia franca ou franco arenoso.
Devido à característica do solo e à intensidade de uso e maneio da pastagem, recomenda-se elevar a
saturação de bases do solo para no máximo a 45%. Para o cálculo da necessidade de calcário,
utilizou-se como média o PRNT (Poder Relativo de Neutralização Total) em 80%.
O fósforo é um nutriente muito importante na formação das pastagens. Como normalmente
os solos de “Savana” também são pobres em fósforo, a recomendação é para atender as gramíneas
forrageiras que se situam entre as espécies de grau muito exigentes em fertilidade, como exemplo os
Panicum.
641
Os Módulos de produção voltados à pecuária deverão preferencialmente localizar-se nas áreas
abertas, desta forma não está programado o investimento nas operações de desmatamento,
enleiramento e catação de raízes para a área total.
A incorporação do calcário e fosfato será realizada simultaneamente.
Outros investimentos
O item “outros” que representa 5% dos demais investimentos inclui estudos e projectos
(inclusive ambientais), obtenção de licenças, contratos, além de outros custos para implementação do
projecto. A composição destes itens foi dimensionada da seguinte forma:
2% - Elaboração do estudo de viabilidade económica;
2% - Projectos, licenças e taxas ambientais;
1% - Elaboração de contratos.
7.4.3.3. Depreciação e valor residual
A depreciação foi calculada pelo método linear, utilizando-se as seguintes premissas:
Quadro 7.15. Depreciação e Valor Residual
Descrição Benfeitorias Máquinas e Equipamentos
Veículos
Depreciação
Vida útil (anos) 30 10 10
Valor Residual 0% 20% 20%
Método Linear
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.4.3.4. Manutenção e seguros
Nos projectos industriais utilizou-se as seguintes taxas de manutenção e seguro sobre o valor
dos bens:
Quadro 7.16. Manutenção e Seguros
Descrição Benfeitorias Máquinas e Equipamentos
Veículos
Manutenção 3% 3% 5%
Seguro 1% 2% 3% FONTE: Elaboração CAMPO.
642
7.4.3.5. Reinvestimentos
Para a manutenção da qualidade dos solos foi prevista a recalagem a cada cinco anos. O
custo estimado é de US$ 257,50 para os módulos I, II e III e US$ 100,00 para os módulos tipo IV.
Estão previstos também os reinvestimentos em máquinas, equipamentos e veículos após dez
anos de operação dos projectos:
O valor residual foi utilizado para aquisição para complementar o reinvestimento;
Ao final dos projectos o valor residual de investimentos fixos e semifixos foram considerados
no fluxo de caixa.
7.4.3.6. Custos de produção dos cultivos, dos equipamentos
de irrigação e frutícolas
No Quadro 7.17. a seguir, são apresentados os custos de produção por hectare (custeio/ciclo)
dimensionados para os Módulos de Produção Tipo I, II, III e IV, para hortaliças, frutícolas e
mandioca, bem como o custo (investimento) por hectare dos equipamentos de irrigação e no caso da
fruticultura, o custo de implantação até ao inicio de produção e o custo de produção anual. Os
detalhes destes custos são apresentados no Anexo 7.1.
643
Quadro 7.17. Custos de Produção dos cultivos, dos Equipamentos de Irrigação e Frutícola
Arroz - SC Sequeiro 1.060,33 Eucalipto Anos 2 e 3 270,50 Arroz - SD Sequeiro 1.128,68 Eucalipto Anos 4 a 14 224,50 Arroz ILP - SC Sequeiro 1.146,83 Hortícolas1 27.000,00 Arroz ILP - SD Sequeiro 1.203,68 Goiaba Ano 1 4.351,02 Milho - SD Sequeiro 1.440,61 Goiaba Ano 2 1.559,54 Milho - SD Irrigado 1.600,53 Goiaba Ano 3 2.614,27 Milho ILP - SD Sequeiro 1.510,61 Goiaba Ano 4 3.333,94 Milho ILP - SD Irrigado 1.890,11 Goiaba Ano 5 ao 20 3.334,06 Soja - SC Sequeiro 1.021,26 Laranja Ano 1 4.554,73 Soja - SD Sequeiro 1.061,36 Laranja Ano 2 1.233,54 Soja ILP- SC Sequeiro 1.081,26 Laranja Ano 3 2.186,28 Soja ILP- SD Sequeiro 1.141,36 Laranja Ano 4 ao 8 4.473,25 Soja semente irrigada 1.689,06 Laranja Ano 9 ao 18 5.763,31 Massambala/Sorgo - SC Sequeiro 456,23 Manga Ano 1 3.710,41 Massambala/Sorgo - SD Sequeiro 367,78 Manga Ano 2 1.277,41 Massambala/Sorgo ILP - SC Sequeiro 591,23 Manga Ano 3 2.591,67 Massambala/Sorgo ILP - SD Sequeiro 487,78 Manga Ano 4 3.063,57 Massambala/Sorgo 2ª Campanha - SD Seq. 439,28 Manga Ano 5 4.344,90 Feijão - SD Irrigado 1.321,22 Manga Ano 6 ao 20 4.901,72 Trigo - SD Irrigado 1.684,90 Maracujá Ano 1 17.379,77 Formação de pasto 387,00 Maracujá Ano 2 6.540,71 Manutenção de pasto 323,75 Mandioca Indústria - SC Sequeiro 1.719,46 Eucalipto Ano 1 640,40 Mandioca Agr. Familiar - SC Sequeiro 1.139,25
Pivot central (adequado para rega em grãos) 4.750,00 Irrigação localizada (gota a gota e micro-asp.)2 10.000,00
SD - Sementeira Directa (Plantio Direto) / SC - Sementeira Convencional (Plantio Convencional) / ILP - Integração Lavoura-Pecuária. 1 Hortícolas: O Valor indicado corresponde à média anual dos três cultivos (cenoura, pimento, tomate). 2 Para hortícolas e frutícolas.
Custo de Produção (US$/ha)
Investimento em Equipos de Irrigação (US$/ha)
FONTE: Elaboração CAMPO.
Os principais custos para a agro-indústria são descriminados abaixo sem valores devido à
especificidade de cada unidade de processamento:
Custos de produção:
Aquisição de matéria-prima;
Energia eléctrica (linha de produção e bombagem de água);
Mão-de-obra e encargos sociais (79,85% sobre salários);
Embalagens;
Manutenção e seguros de máquinas, equipamentos, veículos e benfeitorias;
Custos administrativos;
Combustível e lubrificantes;
Alimentação da mão-de-obra;
Assistência técnica.
644
Demais custos:
Depreciação;
Impostos;
Juros.
7.4.3.7. Financiamento para os investimentos
Para os Módulos Tipo de produção e Agro-indústria foram elaborados fluxos de caixa e
apurados os Indicadores da viabilidade económica para os projectos utilizando ou não recursos de
terceiros, ou seja, financiamento.
As premissas consideradas foram uma média das adoptadas pelo BDA – Banco de
Desenvolvimento de Angola.
Maior detalhe sobre as condições de financiamento do BDA e fontes externas apresentadas
no Capítulo 9 do Master Plan (Plano Director). As condições gerais consideradas para a avaliação do
projecto são:
Quadro 7.18. Condições de Financiamento29
% Considerado 80% Prazo Total 1 Anos Carência 3 Anos Amortização 7 Anos Taxa de Juros 6,70% ao ano
7.4.3.8. Valor pela concessão do direito de exploração e uso
das terras
Para determinar o valor pela Concessão do Direito de Exploração e Uso das Terras, foram
considerados os aspectos de interesse da Sodepac tendo em vista os benefícios e as facilidades de
infra-estruturas que o PAC oferece, por outro lado, também se considerou um valor que não
comprometa a atractividade para os futuros empreendedores, uma vez que, os mesmos investirão
altas somas, tanto em recursos próprios como através de financiamentos bancários, que se não
remunerar adequadamente o capital próprio e gerar receita para amortização do financiamento,
deixarão de investir no PAC.
29 A linha de crédito do BDA pode financiar até 90% do valor dos investimentos para implantação dos projectos. Para esta análise, foi considerado um financiamento de apenas 80% do total.
645
Diante dessas premissas, elaboram-se cenários para chegar a um determinado valor que foi
utilizado para os cálculos de viabilidade económica dos empreendimentos. O valor adoptado prevê
um aumento progressivo até chegar a US$ 25,00 por hectare ano, quando a área já estiver em plena
e adequada capacidade de produção.
No caso dos Módulos Tipo e parcelas de produção, o valor considerado será cobrado apenas
sobre áreas aptas para actividades agro-silvo-pastorís. Áreas de preservação e de protecção
ambiental, ou superfícies que não podem ser utilizadas, mas que estão dentro do perímetro
concedido, não pagarão pelo uso. Os valores considerados são os seguintes:
Ano 0 = 0 (US$ 0.00 / ha aberto) devido aos altos investimentos iniciais
(desmatamento e limpeza, conservação e correcção de solo);
Ano 1 = 30% (US$ 7,50 / ha aberto para cultura);
Ano 2 = 60% (US$ 15,00 / ha aberto para cultura);
Ano 3 = 100% (US$ 25,00 / ha aberto para cultura).
Quadro 7.19. Valor pelo uso da Concessão de Terras
Valores (US$) Ano 1 Ano 2 Ano 3 Custo por hectare 7,5 15 25
Para projectos que contemplam apenas a actividade pecuária – tais como o Módulo Tipo IV –
está prevista uma carência de 5 (cinco) anos para o início do pagamento destes valores. Isto deve-se
ao longo período de maturação do projecto que apenas começará a produzir a partir do quinto ano
de operação.
Para os Projectos Âncora e que incluem agro-indústrias os valores a serem pagos pelo uso da
concessão deverão ser negociados directamente com a Sodepac.
646
7.4.3.9. Impostos
A carga tributária incidente sobre os empreendimentos a implantar no PAC é a seguinte:
Imposto do Selo
Imposto Industrial
1% sobre a receita bruta;
20% sobre o lucro para a agricultura (lucro da agricultura);
35% sobre o lucro para a agro-indústria (lucro industrial)
Cabe destacar que o empreendedor também pode pleitear alguns benefícios que actualmente
são concebidos pelo Estado. O pleito para a isenção do Imposto Industrial “II” bem como "isenções"
dos impostos e taxas de importação deve ser solicitado no momento em que se apresenta o projecto
de investimento na ANIP (Agência Nacional para o Investimento Privado), para obter o CRIP
(Certificado de Registo do Investidor Privado). Neste certificado já devem estar definidos os
benefícios ou exonerações.
7.4.3.10. Produtividade e preços de venda das culturas
No decorrer dos anos, com o uso de tecnologias, a qualidade dos solos e das sementes
tendem a melhorar, assim, a produtividade das culturas igualmente tendem a aumentar. No Quadro
7.20. que se apresenta a seguir, demonstra a evolução da produtividade das culturas, que se utilizou
para os estudos de viabilidade económica.
647
Quadro 7.20. Produtividade estimada das culturas30
Evolução da Produtividade (t/ha)1
Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07 Ano 08 Ano 09 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15
Arroz - SC 2,5 3,0 - - - - - - - - - - - - -
Arroz ‐ SD - - 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6
Milho ‐ SD - - 6,0 6,6 7,2 7,2 7,2 7,2 7,2 7,2 7,2 7,2 7,2 7,2 7,2
Soja ‐ SC 1,8 2,2 - - - - - - - - - - - - - Soja ‐ SD - 2,2 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6
Massambala/Sorgo ‐ SC 2,5 3,0 - - - - - - - - - - - - -
Massambala/Sorgo ‐ SD - 3,0 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5
Massambala/Sorgo 2ª Campanha ‐ SD 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5
Feijão irrigado ‐ SC 1,5 1,8 - - - - - - - - - - - - -
Feijão irrigado ‐ SD - - 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1
Soja semente irrigada ‐ SC 1,0 1,4 - - - - - - - - - - - - -
Soja semente irrigada ‐ SD - - 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0
Milho irrigado ‐ SD - - 8,4 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 Trigo irrigado ‐ SD - - 4,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0
Hortícolas ‐ Irrigado 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0
Goiaba ‐ Irrigado - - 15,7 20,0 25,7 25,7 25,7 25,7 25,7 25,7 25,7 25,7 25,7
Laranja ‐ Irrigado - - - 6,7 15,0 26,6 33,3 40,0 33,3 33,3 33,3 33,3 33,3
Manga ‐ Irrigado - - 3,0 8,0 12,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0
Maracujá ‐ Irrigado 15,0 25,0 15,0 25,0 15,0 25,0 15,0 25,0 15,0 25,0 15,0 25,0 15,0
Mandioca Indústria - 15,0 - 15,0 - 15,0 - 15,0 - 15,0 - 15,0 - 15,0 - Mandioca Agricultura Familiar - 9,0 - 9,0 - 9,0 - 9,0 - 9,0 - 9,0 - 9,0 -
Eucalipto (m3/ha) - - - - - - 90,0 - - - - - - 180,0 -
Eucalipto (postes/ha) - - - - - - 90,0 - - - - - - 110,0 - 1 Produtividades médias consideradas para a região em função do tipo de solos, clima, relevo e tecnologia de produção adoptada. SD - Sementeira Directa (Plantio Direto) / SC - Sementeira Convencional (Plantio Convencional).
Produtividade Estimada nos Módulos de Produção (t/ha)
Os preços médios de venda utilizados para a elaboração dos estudos são apresentados no
Quadro 7.21. para os produtos agro-pecuários e florestais e no Quadro 7.22. para os produtos agro-
industrializados e para a prestação de serviços para as actividades de apoio à produção agrícola.
Quadro 7.21. Preços de venda dos produtos agro-pecuários31
Milho1 400,00 Frutícolas irrigada6 1.853,75
Soja1 650,00 Bovino3 8.000,00
Massambala/Sorgo2 280,00 Frango7 1.536,00
Arroz3 560,00 Madeira para lenha/carvão (m³)3 45,00
Feijão1 1.200,00 Madeira para serração (m³)8 110,00
Mandioca4 150,00 Poste para energia eléctrica8 100,00
Hortícolas irrigada5 1.497,78 -
1 Preços praticados na Fazenda SEDIAC Wako Kungo, Província de Kwanza Sul.2 Preço considerado em 70% do valor do milho - relação praticada no mercado brasileiro.3 Valor referencial de Angola. Pesquisa local, Abril 2012. 4 Valor referencial de mercado local, Angola - valor compatível ao preço pago pela indústria de fécula/amido no Brasil, Abril 2012. 5 Valor referencial de Angola. Pesquisa local - Nosso Super, Abril 2012. 6 Valor referencial de Angola para frutas "in natura". Pesquisa local, Abril 2012. 7 Valor referencial praticado no mercado brasileiro adaptado para Angola. 8 Valor referencial do Brasil convertido para US$.
PREÇOS PARA VENDA DOS PRODUTOS AGRO-PECUÁRIOS (US$ /ton)
30 Nota: Produtividades médias consideradas para a região em função do tipo de solos, clima, relevo e tecnologia de produção adoptada. 31 Nota: Valores médios praticados em Junho de 2012.
648
Quadro 7.22. Preços de venda dos produtos agro-industrializados e de prestação de serviço para apoio à produção agrícola32
Soja – Farelo extrusado (US$/ton)7 607,65 Bovino – Dianteiro (US$/ton)³ 10.000,00
Soja – Farelo desolventizado (US$/ton)8 585,15 Bovino – Traseiro (US$/ton)³ 14.000,00
Soja – Óleo Bruto (US$/ton)4 1.420,68 Bovino – Miúdos (US$/ton)³ 8.000,00
Soja – Óleo Refinado (US$/ton)1 1.918,89 Frango – Carcaça (US$/ton)3 2.500,00
Mandioca – Fécula (US$/ton)4 696,18 Frango – Miúdos (US$/ton)3 5.000,00
Semente Beneficiada Milho (US$/ton)³ 13.400,00 Frango – Resíduos (US$/ton)3 1.000,00
Semente Beneficiada Soja (US$/ton)³ 6.000,00 Hortícolas pós Packing House (US$/ton)6 2.995,56
Semente Beneficiada Sorgo (US$/ton)³ 3.000,00 Maracujá In Natura - Packing House (US$/ton)3 2.500,00
Semente Beneficiada Arroz (US$/ton)³ 1.580,00 Goiaba In Natura - Packing House (US$/ton)3 1.400,00
Arroz Beneficiado (US$/ton)² 1.000,00 Laranja In Natura - Packing House (US$/ton)3 1.800,00
Arroz – Farelo (US$/ton)³ 400,00 Manga In Natura - Packing House (US$/ton)3 1.715,00
Arroz – Palha (US$/ton)¹ 100,00 Polpa Integral – Maracujá (US$/ton)1 1.690,00
Madeira – Serrada (US$/m³)¹ 406,25 Polpa Integral – Goiaba (US$/ton)1 650,00
Madeira – Tratada (poste) (US$/m³)¹ 475,00 Sumo Integral NFC de Laranja (US$/ton)1 910,00
Madeira – Serragem/Pó de madeira (US$/m³) 14,38 Calcário (US$/ton)³ 50,00
Madeira – Cavaco (US$/m³)¹ 28,13 -
Frete (US$/km rodado)5 6,00 Hora Máquina (US$/HM)5 100,00
Taxa Armazenagem de Soja (US$/ton)¹ 25,17 Taxa Armazenagem de Milho (US$/ton)1 26,45
¹ Cotação do preço do produto/serviço no Brasil com acréscimo baseado na valorização em Angola.
² Cotação do preço do Brasil, estimando o valor em 178% do valor da matéria prima (tonelada de grão de arroz em casca).
³ Cotação Angola. 4 Cotação do CEPEA de maio de 2012 com acréscimo baseado na valorização em Angola.5 Determinado para viabilizar o negócio.6 Dobro do preço de compra de matéria-prima (hortícolas).7 Cotação do CEPEA de maio de 2012, estimando o valor em 93% do valor da matéria prima (tonelada de grão de soja).8 Cotação do CEPEA de maio de 2012, estimando o valor em 90% do valor da matéria prima (tonelada de grão de soja).
PREÇOS PARA VENDA DOS PRODUTOS AGRO-INDUSTRIALIZADOS (US$)
PREÇOS DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (US$)
7.4.3.11. Orçamentos de custos e receitas
Definidos os fluxos de produção de cada projecto, todos os dados de receitas e custos serão
agrupados no Orçamento de Custos e Receitas para apurar o lucro tributável e impostos a recolher.
Note-se que esta informação é essencial para a elaboração do Fluxo de Caixa que será apresentado
mais adiante.
32 Nota: Valores médios praticados em Junho de 2012.
649
Serão elaborados dois orçamentos de custos e receitas - com e sem financiamento – esta
análise irá demonstrar a viabilidade do projecto do ponto de vista do empreendedor e do projecto
como um todo.
7.4.3.12. Fluxos de caixa
O saldo líquido apurado ano-a-ano com a implantação dos projectos será apresentado nos
fluxos de caixa (com e sem financiamento). Estes são os valores efectivamente necessários para a
sua avaliação, na medida em que são eles que apresentam as estimativas de saídas de numerário
(investimentos e custos) e entradas (receitas). Note-se que, nesta demonstração, não são
considerados os custos imputados (que são considerados no Orçamento de Custos e Receitas), tais
como depreciação. São, entretanto, considerados os desembolsos com os investimentos, que são
ignorados no Orçamento de Custos e Receitas.
7.4.3.13. Indicadores da viabilidade económica
Os Indicadores da viabilidade económica foram elaborados para quatro cenários de
implantação33:
Projecto sem financiamento e sem incentivos fiscais;
Este Cenário demonstra a avaliação sob a óptica do Empreendimento como um todo, sem
considerar a participação de agentes financeiros no projecto;
Projecto sem financiamento e com incentivos fiscais;
Para o caso de projectos com incentivos fiscais o investidor recebe o incentivo pelo seu
empreendedorismo. O Executivo, que no caso deixará de ser remunerado por impostos será
privilegiado por aspectos macroeconómicos e sociais tais como a substituição de importações
e geração de empregos.
Projecto com financiamento e sem incentivos fiscais; e
Com a entrada do financiamento, a avaliação do projecto ocorre sob a óptica do capital
investido pelo empreendedor (contrapartida). Por exemplo, em um empreendimento com
investimento de US$ 10 milhões sendo 80% financiado (US$ 8 milhões) os indicadores da
viabilidade referem-se ao capital do investidor – ou seja – US$ 2 milhões. O capital financiado
pelo banco terá taxa de rentabilidade igual à taxa de juros cobrada e tempo de retorno igual
ao prazo do financiamento.
33 Os projectos com financiamento utilizam os valores médios da linha do BDA; Os cenários com incentivos fiscais prevêem a isenção total do Imposto Industrial durante o período do horizonte de análise de cada Projecto.
650
Projecto com financiamento e com incentivos fiscais.
Os indicadores de viabilidade adoptados para a avaliação dos Módulos, das Empresas Âncora e
das Agro-Indústrias que serão instaladas no PAC são:
Taxa Interna de Rentabilidade – TIR
Este critério trata da determinação da taxa média geométrica anual de rentabilidade do
Projecto, determinando qual seria a taxa de desconto (i) que geraria o valor actual (VAL) igual
a zero. Ou: a TIR estima qual seria a taxa de rentabilidade que o Projecto renderia se, em vez
de ser implementado, os recursos disponíveis para investimentos fossem aplicados em um
rendimento fixo anual. A TIR mostra quanto teríamos que receber de juros anuais para igualar
os ganhos desta aplicação àqueles propiciados pelo Projecto. Em outras palavras: uma TIR de
6% significa que o Projecto renderia o equivalente a, por exemplo, uma aplicação que
pagasse 6% ao ano.
Valor Actual Líquido – VAL
Trata-se do valor actual (no ano zero, ou seja, no momento da realização dos investimentos)
dos ganhos líquidos de um Projecto – em outras palavras, os benefícios menos os custos,
inclusive de investimento – descontados à taxa do custo de oportunidade de capital
considerada para a tomada de decisão. Dessa forma, utilizam-se os conceitos básicos de
matemática financeira em que se descontam, ao Custo de Oportunidade do Capital, todos os
saldos líquidos obtidos no Fluxo de Caixa e subtrai-se deste valor o somatório dos
investimentos actualizados à mesma taxa de desconto.
A taxa de desconto utilizada deve ser a mesma durante todo o horizonte de planeamento,
visto que, matematicamente, se trata de um polinómio. Ademais, este valor deverá ser
sempre positivo, reflectindo assim a preferência por uma quantia maior no futuro a uma
menor (equivalente) no momento da tomada de decisão.
Os resultados possíveis são os seguintes
VAL > 0: o Valor Actual Líquido é maior que zero, significando que o Projecto
remunera os investimentos realizados à taxa prevista e sobra adicionalmente um valor
positivo;
VAL < 0: o Valor Actual Líquido é menor que zero, significando que o Projecto não
remunera os investimentos realizados à taxa prevista e o valor negativo representa o
défice para alcançar a taxa desejada de remuneração mínima;
651
VAL = 0: o Valor Actual Líquido é zero, significando que o Projecto remunera os
investimentos realizados exactamente à taxa desejada. Este resultado caracteriza
também o alcance da chamada Taxa Interna de Rentabilidade (TIR), o próximo critério
a ser comentado.
Tempo de retorno de capital ou Payback
Este é o critério mais simples de ser calculado, e serve como indicador do tempo necessário
para que os desembolsos com o Projecto sejam integralmente recuperados. O seu cálculo é
efectuado pela soma acumulada dos valores anuais das receitas líquidas futuras do fluxo de
caixa do Projecto até alcançar o valor investido inicialmente. Os seus resultados são em geral
apresentados em anos (e, eventualmente, em meses), e sinalizam uma primeira visão do risco
associado à implementação do Projecto: quanto mais rapidamente o investimento for
recuperado, menor o seu risco.
Admite-se geralmente que quanto menor o período de Payback menor o risco por assumir-se
que, quanto mais desfasados no tempo os efeitos do Projecto, menor a acuidade da previsão,
pelos imponderáveis que podem vir a ocorrer.
Além disso, o critério Payback serve como um indicador de comparação com outros
empreendimentos no mesmo sector, no caso de ser disponível o conhecimento de um
resultado padrão para o tipo de Projecto em análise.
652
7.5. Avaliação económica dos Módulos Tipo de Produção
7.5.1. Módulo de Produção Tipo I
O Módulo de Produção Tipo I foi dimensionado com área total agricultável de 3.000 ha, sendo
destes 100 ha irrigados, com actividade de produção essencialmente agrícola com a produção de
arroz, feijão irrigado, milho sequeiro e irrigado, soja e massambala/sorgo em sistema de sementeira
directa34 rotacionada.
7.5.1.1. Investimentos
O valor da abertura e melhorias da área é US$ 5,1 milhões, a estimativa da necessidade de
investimentos para os Módulos de Produção Tipo I são de US$ 5,2 milhões em máquinas,
equipamentos, edificações, veículos e equipamento de irrigação e, US$ 516 mil (outros
investimentos) totalizando um investimento de US$ 10,8 milhões durante os três primeiros anos –
período de implantação do empreendimento.
Conforme apresentado no Tópico 7.4.7. Parâmetros da Avaliação, estão previstos
reinvestimentos em máquinas e equipamentos após 10 anos de uso dos mesmos. Estes valores serão
considerados nos fluxos de caixa apresentados mais adiante.
Os investimentos são apresentados nos quadros a seguir. No Quadro 7.23. está descrita a lista
de máquinas e alfaias agrícolas e no Quadro 7.24. os investimentos em benfeitorias (edificações),
veículos e equipamento de irrigação.
34 Sementeira Directa: Outro termo usado é Plantio Direto (BRA).
653
Quadro 7.23. Módulo de Produção Tipo I – Investimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas
Unitário Total
Tractor 4 x 4 de 180/200 CV 6 164.528,00 987.168,00
Tractor 4 x 4 de 120/140 CV 4 101.700,00 406.800,00
Sementeira adubadeira 15 linhas c/ kit de sementeira directa 4 79.552,00 318.208,00
Grade aradora (para tractor de 180/200 CV) 3 30.736,00 92.208,00
Grade niveladora (para tractor de 180/200 CV) 3 21.922,00 65.766,00
Pulverizador autopropelido 2 220.350,00 440.700,00
Distribuidor de calcário de 7 toneladas 1 29.154,00 29.154,00
Carreta tanque (semi-reboque cisterna) 6.000 litros 2 16.837,00 33.674,00
Carreta agrícola graneleira de 14 toneladas e sistema descarga 2 29.154,00 58.308,00
Guincho hidráulico abastecimento fertilizante (para acoplar no tractor) 1 19.775,00 19.775,00
Cultivador com kit para adubação de cobertura 4 8.814,00 35.256,00
Subsolador (para tractor de 180/200 CV) 1 25.651,00 25.651,00
Colheitadeira automotriz / Combinada - axial (soja, arroz e feijão) 3 422.620,00 1.267.860,00
Plataforma/cabeça para colher milho 2 105.994,00 211.988,00
Conjunto hidráulico lâmina hidráulica (para tractor 120/140 CV) 2 23.617,00 47.234,00
Distribuidor de adubo e sementes 2 10.961,00 21.922,00
Roçadeira de arrasto 2 11.752,00 23.504,00
Terraceador (para construção das curvas de nível) 22X26" 1 39.550,00 39.550,00
Conjunto oficina rural 1 12.430,00 12.430,00
Triturador de restos vegetais 1 16.159,00 16.159,00
Máquina para tratamento de sementes 1 9.605,00 9.605,00
Carreta agrícola (plataforma) de 10 toneladas 1 10.170,00 10.170,00
TOTAL 4.173.090,001 - O dimensionamento das máquinas e equipamentos foi realizado para atender a demanda durante a abertura da área (1.000 ha/ano) e o plantio no mesmo ano agrícola. Para atender a demanda considera-se a utilização das máquinas em dois turnos diários.2 - A especificação das máquinas e equipamentos para atender uma área deste porte muitas vezes não são encontradas no mercado local. Assim, o preço mencionado refere-se ao produto importado com acréscimo no valor de 13% (despesas aduaneiras/portuárias e o frete marítimo e seguro).
MÓDULO TIPO IInvestimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas
ESPECIFICAÇÃO Qtde.Valor (US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
654
Quadro 7.24. Módulo de Produção Tipo I – Investimentos em Benfeitorias (obras), Veículos e Equipamento de Irrigação
Unitário Total
Casa residencial pré-moldada (1) m2 120 750,00 90.000,00
Alojamento com refeitório (1) m2 240 500,00 120.000,00
Barracão de máquinas e insumos (1) m2 500 300,00 150.000,00
Grupo gerador 150 kVA un. 1 40.000,00 40.000,00
Grupo gerador 30 kVA un. 1 23.000,00 23.000,00
Reservatório de água vertical metálico + base 20.000 L un. 1 30.000,00 30.000,00
Poço profundo + encamisamento + bomba un. 1 42.000,00 42.000,00
Tanque de combustível com patas metálicas para 10.000 L un. 1 10.000,00 10.000,00
Carrinha (pickup) cabina dupla un. 1 35.000,00 35.000,00
Motociclo 250cc un. 2 7.000,00 14.000,00
Camião 4 a 5 toneladas un. 1 40.000,00 40.000,00
Irrigação
Equipamento de irrigação para 100 ha, adutora, grupo gerador e bomba un. 1 440.000,00 440.000,00
Casa de motobomba un. 1 7.000,00 7.000,00
Tanque de combustível para 10.000 L un. 1 10.000,00 10.000,00
TOTAL 1.051.000,001 - O dimensionamento das máquinas e equipamentos foi realizado para atender a demanda durante a abertura da área (1.000 ha/ano) e o plantio no mesmo ano agrícola. Para atender a demanda considera-se a utilização das máquinas em dois turnos diários.2 - A especificação das máquinas e equipamentos para atender uma área deste porte muitas vezes não são encontradas no mercado local. Assim, o preço mencionado refere-se ao produto importado com acréscimo no valor de 13% (despesas aduaneiras/portuárias e o frete marítimo e seguro).
ESPECIFICAÇÃO Unid. Qtde.Valor (US$)
MÓDULO TIPO IInvestimentos em Benfeitorias (Obras), Veículos e Equipamento de Irrigação
FONTE: Elaboração CAMPO.
O item mais significativo dos investimentos é a abertura e melhoramento das áreas que
representa 47% do total, seguido pelos investimentos em máquinas e equipamentos agrícolas com
38%. A composição gráfica dos investimentos iniciais é:
Gráfico 7.20. Módulo de Produção Tipo I – Representatividade dos Investimentos
FONTE: Elaboração CAMPO.
655
7.5.1.2. Programação dos cultivos
Os cultivos deverão ser iniciados logo após a abertura de parcelas da área (a abertura é
projectada durante três anos com 1.000 hectares ao ano). A projecção das culturas é estabilizada
após cinco anos.
Note-se que a programação supera os 3.000 hectares agricultáveis previstos para este
módulo. Isto decorre por haver a possibilidade durante o ano agrícola de ter uma campanha de
sequeiro e uma segunda-campanha em 30 a 40% da área aproveitando as chuvas de Fevereiro a
Abril e na área irrigada de 100 ha, mais de 2 campanhas anuais, maximizando com isso o uso da
terra e dos equipamentos.
Quadro 7.25. Módulo de Produção Tipo I – Programação da Sementeira (ha)
(em hectares)
CULTURAS Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 a 15
Arroz - SC 250 500 500 250 - Arroz - SD - - - - - Milho - SD - - 500 750 1.250 Milho - SD Irrigado 100 100 100 Feijão - SD Irrigado 50 50 50 Soja - SC 500 500 500 500 - Soja - SD - 500 1.000 1.000 1.500 Massambala/Sorgo - SC 250 500 500 250 - Massambala/Sorgo - SD - - - 250 250 Massambala/Sorgo - 2ª Campanha 300 600 900 900 900
Total 1.300 2.600 4.050 4.050 4.050
TIPO I
NOTA: SC – Sementeira Convencional; SD - Sementeira Directa.
FONTE: Elaboração CAMPO.
656
Gráfico 7.21. Módulo de Produção Tipo I – Programação da Sementeira (ha)
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.5.1.3. Custos de produção anuais
Os custos de produção estimados para cada tipo de cultura foram apresentados no Tópico
7.4.7. “Parâmetros da Avaliação” e detalhados no Anexo 7.1. deste documento. Dentre eles estão
incluídos as sementes, defensivos, fertilizantes e demais itens do custo além da mão-de-obra
necessária.
No Quadro 7.26. contempla-se o custo de produção do Módulo Tipo I ao longo dos anos de
implantação e na estabilização.
Quadro 7.26. Módulo de Produção Tipo I – Custos de Produção
(Valores em US$)
CULTURAS Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 a 15
Arroz - SC 265.084 530.167 530.167 265.084 - Arroz - SD - - - - - Milho - SD - - 720.304 1.080.456 1.800.760 Milho - SD Irrigado 160.053 160.053 160.053 Feijão - SD Irrigado 66.061 66.061 66.061 Soja - SC 510.629 510.629 510.629 510.629 - Soja - SD - 530.679 1.061.357 1.061.357 1.592.036 Massambala/Sorgo - SC 114.056 228.113 228.113 114.056 - Massambala/Sorgo - SD - - - 91.944 91.944 Massambala/Sorgo 2ª Campanha 131.783 263.565 395.348 395.348 395.348
Total 1.021.551 2.063.152 3.672.031 3.744.987 4.106.201
TIPO I
NOTA: SC - Sementeira Convencional; SD – Sementeira Directa.
FONTE: Elaboração CAMPO.
657
7.5.1.4. Produção
Conforme demonstrado no Quadro 7.27., o principal produto do Módulo de Produção Tipo I é
o milho que, cultivado em 1.350 hectares, sendo 1.250 ha de sequeiro e 100 ha irrigados, que
deverão gerar uma produção anual de 9.900 ton. A projecção da produção total de grãos é de 17.030
ton. apresentada no quadro e gráfico a seguir.
Quadro 7.27. Módulo de Produção Tipo I – Projecção da Produção
(em toneladas)
CULTURAS Unid. Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07 Ano 08 Ano 09 Ano 10
Arroz t 625 1.375 1.375 750 - - - - - - Milho t - - 3.840 5.850 9.900 9.900 9.900 9.900 9.900 9.900 Feijão t 105 105 105 105 105 105 105 105 Soja t 900 2.200 2.600 2.600 3.900 3.900 3.900 3.900 3.900 3.900 Massambala/Sorgo t 1.375 2.875 3.625 3.875 3.125 3.125 3.125 3.125 3.125 3.125
TIPO I
FONTE: Elaboração CAMPO.
Gráfico 7.22. Módulo de Produção Tipo I – Projecção da Produção
FONTE: Elaboração CAMPO.
Definidos todos os parâmetros de análise e realizada a projecção dos investimentos, custos,
produção e receitas deste módulo, pode-se elaborar os Orçamentos de Custos e Receitas e os Fluxos
de Caixa do Projecto.
658
Conforme mencionado no Tópico 7.4.7. Parâmetros da Avaliação Económica, foram
elaborados quatro cenários para a verificação da viabilidade de cada módulo35:
Projecto sem financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto sem financiamento e com incentivos fiscais;
Projecto com financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto com financiamento e com incentivos fiscais.
A seguir, nos Quadros 7.28. a 7.31. estão apresentados os Fluxos de Caixa para o Módulo de
Produção Tipo I para os cenários anteriormente citados.
35 Nota: Os projectos com financiamento utilizam os valores médios da linha do BDA; Os cenários com incentivos fiscais prevêem a isenção total do Imposto Industrial durante o período do horizonte de análise de cada Projecto.
659
7.5.1.5. Fluxos de caixa
Quadro 7.28. Módulo de Produção Tipo I – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e sem Incentivos Fiscais Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 1.320 3.005 5.137 5.661 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 8.331 7.496 7.496 7.496 7.496 10.108
Receitas Operacionais 0 1.320 3.005 5.137 5.661 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 835 0 0 0 0 2.612
Saídas 7.441 2.743 3.903 3.954 4.135 5.071 5.071 5.071 4.814 4.814 9.244 5.071 5.071 4.814 4.814 4.814Investimentos 7.441 1.700 1.700 0 0 258 258 258 0 0 4.431 258 258 0 0 0Custos de Produção 1.022 2.063 3.672 3.745 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106Impostos sobre receita 13 30 51 57 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Impostos sobre lucro 0 87 183 268 557 557 557 557 557 557 557 557 557 557 557Uso da Concessão 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*)
SALDO -7.441 -1.423 -898 1.183 1.526 2.425 2.425 2.425 2.682 2.682 -914 2.425 2.425 2.682 2.682 5.294
ACUMULADO -7.441 -8.863 -9.762 -8.578 -7.052 -4.628 -2.203 222 2.904 5.587 4.673 7.098 9.523 12.205 14.887 20.182Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
Quadro 7.29. Módulo de Produção Tipo I – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e com Incentivos Fiscais Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 1.320 3.005 5.137 5.661 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 8.331 7.496 7.496 7.496 7.496 10.108
Receitas Operacionais 0 1.320 3.005 5.137 5.661 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 835 0 0 0 0 2.612
Saídas 7.441 2.743 3.816 3.771 3.867 4.514 4.514 4.514 4.256 4.256 8.687 4.514 4.514 4.256 4.256 4.256Investimentos 7.441 1.700 1.700 0 0 258 258 258 0 0 4.431 258 258 0 0 0Custos de Produção 1.022 2.063 3.672 3.745 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106Impostos sobre receita 13 30 51 57 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*)
SALDO -7.441 -1.423 -811 1.366 1.794 2.982 2.982 2.982 3.240 3.240 -356 2.982 2.982 3.240 3.240 5.852
ACUMULADO -7.441 -8.863 -9.674 -8.308 -6.514 -3.532 -549 2.433 5.673 8.913 8.557 11.539 14.521 17.761 21.001 26.853Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
FONTE: Elaboração CAMPO.
660
Quadro 7.30. Módulo de Produção Tipo I – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e sem Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 5.953 2.680 4.365 5.137 5.661 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 8.331 7.496 7.496 7.496 7.496 10.108
Receitas Operacionais 1.320 3.005 5.137 5.661 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496Financiamento 5.953 1.360 1.360 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 835 0 0 0 0 2.612
Saídas 7.441 3.141 4.306 4.419 5.450 6.535 6.673 6.607 6.283 6.217 10.581 5.491 5.276 4.814 4.814 4.814Investimentos 7.441 1.700 1.700 0 0 258 258 258 0 0 4.431 258 258 0 0 0Custos de Produção 1.022 2.063 3.672 3.745 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106Impostos sobre receita 13 30 51 57 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Impostos sobre lucro 0 0 67 152 453 467 483 500 516 533 550 555 557 557 557Uso da Concessão 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*) 0 399 490 581 1.431 1.569 1.693 1.610 1.527 1.444 1.361 428 207 0 0 0
SALDO -1.488 -461 59 718 211 961 823 889 1.213 1.279 -2.250 2.005 2.220 2.682 2.682 5.294
ACUMULADO -1.488 -1.949 -1.890 -1.172 -961 0 823 1.711 2.924 4.204 1.953 3.958 6.178 8.861 11.543 16.837Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
Quadro 7.31. Módulo de Produção Tipo I – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e com Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 5.953 2.680 4.365 5.137 5.661 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 8.331 7.496 7.496 7.496 7.496 10.108
Receitas Operacionais 1.320 3.005 5.137 5.661 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496 7.496Financiamento 5.953 1.360 1.360 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 835 0 0 0 0 2.612
Saídas 7.441 3.141 4.306 4.352 5.298 6.082 6.207 6.124 5.783 5.700 10.048 4.941 4.721 4.256 4.256 4.256Investimentos 7.441 1.700 1.700 0 0 258 258 258 0 0 4.431 258 258 0 0 0Custos de Produção 1.022 2.063 3.672 3.745 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106 4.106Impostos sobre receita 13 30 51 57 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*) 0 399 490 581 1.431 1.569 1.693 1.610 1.527 1.444 1.361 428 207 0 0 0
SALDO -1.488 -461 59 785 363 1.414 1.289 1.372 1.713 1.796 -1.717 2.555 2.775 3.240 3.240 5.852
ACUMULADO -1.488 -1.949 -1.890 -1.105 -742 671 1.961 3.333 5.046 6.841 5.124 7.679 10.454 13.693 16.933 22.785Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
FONTE: Elaboração CAMPO.
661
661
7.5.1.6. Indicadores da viabilidade económica
Apurados os Fluxos de Caixa, procedeu-se à verificação da viabilidade económica do módulo.
Para este módulo produtivo, conforme se pode observar no Quadro 7.32. abaixo, os
indicadores demonstram altas taxas de atractividade para os investimentos. O melhor dos cenários
apresentados no que se refere à Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) é o do Projecto “com
financiamento e com incentivos”. Neste caso a TIR do capital investido pelo empreendedor é de
33,46%. Valor bastante atractivo para empreendimentos agrícolas.
Em relação a valores absolutos, o melhor cenário é o “sem financiamento e com incentivos”.
Neste caso, além de uma remuneração de 5% ao ano para o capital investido, o empreendedor
poderá apurar US$ 13,4 milhões no final de 15 anos.
Quadro 7.32. Módulo de Produção Tipo I – Indicadores da Viabilidade Económica
ÁREA 3.000 hectares
Abertura de Áreas 5.101 PAYBACK 7 PAYBACK 7 PAYBACK 5 PAYBACK 5
4.173 Taxas VAL3 TAXAS VAL3 TAXAS VAL3 TAXAS VAL3
1.051 0% 20.182 0% 26.853 0% 16.837 0% 22.785
516 5% 9.175 5% 13.443 5% 8.915 5% 12.619
10.841 10% 2.983 10% 5.850 10% 4.744 10% 7.159
8.673 15% -687 15% 1.321 15% 2.432 15% 4.0731 Investimentos realizados nos anos 0,1 e 2; 2 Incentivos fiscais: Imposto industrial reduzido a 0% (zero); 3 Valores em US$ 1.000.
Sem Financiamento sem incentivos fiscais
Sem Financiamento com incentivos fiscais
Com Financiamentosem incentivos fiscais2
Com Financiamento com incentivos fiscais2
Obras
Outros (5%)
27,23% TIR 33,46%INVESTIMENTO1TIR 13,86% TIR 17,06% TIR
Valores em US$ 1.000
Máquinas e Equip.
TOTAL
FINANCIAMENTO
FONTE: Elaboração CAMPO.
662
7.5.2. Módulo de Produção Tipo II
O Módulo de produção tipo II possui área total agricultável de 3.000 ha com actividade agro-
pecuária e cultura de arroz, milho, soja, massambala/sorgo (2.550 ha) e pastagem (450 ha)
adoptando-se o sistema de produção Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e sistema de sementeira
directa36 rotacionado.
A adopção do sistema ILP deve-se , principalmente, à utilização de uma tecnologia
desenvolvida para o clima tropical, que proporciona a optimização da área no período entre
campanhas de sequeiro e diversificação da fonte de renda, com grãos e carne (bovinicultura de
corte).
7.5.2.1. Investimentos
O valor estimado para a abertura e melhorias da área é de US$ 5,1 milhões, máquinas,
equipamentos, benfeitorias, veículos e estruturação para pecuária foram dimensionados em US$ 7,2
milhões conforme apresentado nos Quadros 7.33. e 7.34. a seguir. Outros investimentos (5%) foram
estimados em US$ 618 mil.
O investimento total para este módulo é estimado em US$ 12,9 milhões a ser realizado nos
três primeiros anos. Após cinco anos de operação, haverá necessidade de reinvestimentos na
recalagem de terras, aquisição de novas máquinas e equipamentos no décimo ano.
36 Sementeira Directa: Outro termo usado é Plantio Direto (BRA).
663
Quadro 7.33. Módulo de Produção Tipo II – Investimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas
Unitário Total
Tractor 4 x 4 180/200 CV 6 164.528,00 987.168,00
Tractor 4 x 4 120/140 CV 4 101.700,00 406.800,00
Plantadeira adubadeira 15 linhas c/ kit PD 4 79.552,00 318.208,00
Grade aradora 180/200 CV 3 30.736,00 92.208,00
Grade intermediária 180/200 CV 1 25.538,00 25.538,00
Grade niveladora 180/200 CV 3 21.922,00 65.766,00
Pulverizador motorizado - UNIPORT 2 220.350,00 440.700,00
Distribuidor de calcário 7 t 1 29.154,00 29.154,00
Carreta tanque 6.000 L 2 16.837,00 33.674,00
Carreta agrícola graneleira - reboque 2 29.154,00 58.308,00
Guincho hidráulico abastecimento fertilizante 1 19.775,00 19.775,00
Cultivador adubador para cobertura 4 8.814,00 35.256,00
Subsolador - Tractor 180/200 CV 1 25.651,00 25.651,00
Colheitadeira automotriz / Combinada - axial (soja, arroz e feijão) 3 422.620,00 1.267.860,00
Plataforma para colher milho 2 105.994,00 211.988,00
Conjunto hidráulico 120/140 CV 2 23.617,00 47.234,00
Distribuidor de adubo e sementes 2 10.961,00 21.922,00
Roçadeira de arrasto 3 11.752,00 35.256,00
Terraceador TSTA 22X26" 1 39.550,00 39.550,00
Conjunto oficina rural 1 12.430,00 12.430,00
Perfurador de solo - 03 puas 1 5.876,00 5.876,00
Máquina para tratamento de sementes 1 9.605,00 9.605,00
Triturador de restos vegetais 1 16.159,00 16.159,00
Carreta agrícola 10 t 1 10.170,00 10.170,00
TOTAL 4.216.256,001 - O dimensionamento das máquinas e equipamentos foi realizado para atender a demanda durante a abertura da área (1.000 ha/ano) e o plantio no mesmo ano agrícola. Para atender a demanda considera-se a utilização das máquinas em dois turnos diários.2 - A especificação das máquinas e equipamentos para atender uma área deste porte muitas vezes não são encontradas no mercado local. Assim, o preço mencionado refere-se ao produto importado com acréscimo no valor de 13% (despesas aduaneiras/portuárias e o frete marítimo e seguro).
MÓDULO TIPO IIInvestimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas
ESPECIFICAÇÃO Qtde.Valor (US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
664
Quadro 7.34. Módulo de Produção Tipo II – Investimentos em Benfeitorias (obras),Veículos e Estruturação da Pecuária
Unitário Total
Casa residencial premoldada (1) m2 120 750,00 90.000,00
Alojamento com refeitório (1) m2 240 500,00 120.000,00
Barracão de máquinas e insumos (1) m2 500 300,00 150.000,00
Grupo gerador 150 kVA un. 1 40.000,00 40.000,00
Grupo gerador 30 kVA un. 1 23.000,00 23.000,00
Reservatório de água vertical metálico + base 20.000 L un. 1 30.000,00 30.000,00
Poço profundo + encamisamento + bomba un. 1 42.000,00 42.000,00
Tanque de combustível com patas metálicas para 10.000 L un. 1 10.000,00 10.000,00
Carrinha, cabina dupla un. 1 35.000,00 35.000,00
Motociclo 250cc un. 2 7.000,00 14.000,00
Camião 4 a 5 toneladas un. 1 40.000,00 40.000,00
Estruturação da pecuária bovina de corte
Bebedouro und. 15 3.224,00 48.360,00
Cocho com 5 metros linear und. 30 2.500,00 75.000,00
Curral (1 de 2055 m²) m2 2055 65,00 133.575,00
Cerca Praça de alimentação km 2,25 5.000,00 11.250,00
Cerca elétrica km 96,2 2.500,00 240.500,00
Aquisição de novilhas Animal 1200 1.500,00 1.800.000,00
Aquisição de touros Animal 48 2.000,00 96.000,00
TOTAL 3.041.100,40
20590 2,06 42.415,40
1 - O dimensionamento das máquinas e equipamentos foi realizado para atender a demanda durante a abertura da área (1.000 ha/ano) e o plantio no mesmo ano agrícola. Para atender a demanda considera-se a utilização das máquinas em dois turnos diários.2 - A especificação das máquinas e equipamentos para atender uma área deste porte muitas vezes não são encontradas no mercado local. Assim, o preço mencionado refere-se ao produto importado com acréscimo no valor de 13% (despesas aduaneiras/portuárias e o frete marítimo e seguro).
Mangueira ou tubo PVC + acessórios (para distribuição de água aos bebedouros) m
ESPECIFICAÇÃO Unid. Qtde.Valor (US$)
MÓDULO TIPO IIInvestimentos em Benfeitorias (Obras), Veículos e Equipamento de Irrigação
FONTE: Elaboração CAMPO.
O item de investimento mais representativo para o Módulo de Produção Tipo II é a abertura e
melhoramentos da área que representa 39 % do total. Outro item de grande representatividade são
as máquinas e equipamentos com 32 %, seguidos pela aquisição de animais que representa 15 % do
total dos investimentos. A composição gráfica dos investimentos iniciais é:
665
Gráfico 7.23. Módulo de Produção Tipo II – Representatividade dos Investimentos
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.5.2.2. Programação dos cultivos
Os cultivos são realizados de acordo com a abertura e melhoramento da área, que está
prevista para três anos. A maior parte da área de cultivo disponível será utilizada para o milho e soja
que totalizam 2,4 mil hectares.
Quadro 7.35. Módulo de Produção Tipo II – Programação da sementeira das culturas
(em hectares)
CULTURAS Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 a 15
Arroz - SC 225 225 225 - - Arroz ILP - SC - 225 225 225 - Milho ILP - SD - - 425 700 1.125 Soja - SC 425 425 425 - - Soja ILP - SD - 425 850 1.275 1.275 Massambala/Sorgo - SC 200 200 200 - - Massambala/Sorgo ILP - SD - 200 200 350 150 Massambala/Sorgo - 2ª Campanha 300 600 900 900 900 Pastagem 150 150 150 - -
Total 1.300 2.450 3.600 3.450 3.450
TIPO II
NOTA: SC - Sementeira Convencional; PD - Sementeira Directa.
FONTE: Elaboração CAMPO.
666
Gráfico 7.24. Módulo de Produção Tipo II – Programação da sementeira das culturas
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.5.2.3. Custos de produção anuais
Os custos anuais de produção totalizam US$ 3,6 milhões a partir do ano 6. A cultura mais
onerosa é o milho ILP - SC a um custo de US$ 1.510 / hectare / ano, conforme se observa no Quadro
7.36. a seguir. Igualmente, são apresentados no Anexo 7.1 deste documento.
No Quadro 6.37. contempla-se o custo de produção do Módulo Tipo II ao longo dos anos de
implantação e na estabilização.
Quadro 7.36. Módulo de Produção Tipo II – Custos de Produção
(Valores em US$)
CULTURAS Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 a 15
Arroz - SC 238.575 238.575 238.575 - - Arroz ILP - SC - 258.038 258.038 258.038 - Milho ILP - SD - - 642.008 1.057.426 1.699.434 Soja - SC 434.034 434.034 434.034 - - Soja ILP - SD - 485.077 970.154 1.455.231 1.455.231 Massambala/Sorgo - SC 91.245 91.245 91.245 - - Massambala/SorgoILP - SD - 97.555 97.555 170.721 73.166 Massambala/Sorgo 2ª Campanha 131.783 263.565 395.348 395.348 395.348 Pastagem 58.050 96.900 135.750 77.700 38.850
Total 953.687 1.964.989 3.262.707 3.414.463 3.662.029
TIPO II
NOTA: SC - Sementeira Convencional; PD - Sementeira Directa.
FONTE: Elaboração CAMPO.
667
7.5.2.4. Produção
Estima-se que o Módulo Tipo II poderá produzir quantidades superiores a 14 mil toneladas de
grãos por ano além da pecuária. A cultura mais representativa é o milho com uma produção de 8,1
mil toneladas / ano no momento da estabilização da produção. Conforme se pode observar no
quadro e no Gráfico 7.25. a seguir:
Quadro 7.37. Módulo de Produção Tipo II – Projecção da Produção
(em toneladas)
CULTURAS Unid. Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07 Ano 08 Ano 09 Ano 10
Arroz t 563 1.238 1.238 675 - - - - - - Milho t - - 2.550 4.620 8.100 8.100 8.100 8.100 8.100 8.100 Soja t 765 1.870 2.210 3.315 3.315 3.315 3.315 3.315 3.315 3.315 Massambala/Sorgo t 1.250 2.600 3.350 3.375 2.775 2.775 2.775 2.775 2.775 2.775 Carne (Carcaça) t - - - - 104 212 208 210 208 208
TIPO II
FONTE: Elaboração CAMPO.
No gráfico 7.25. a seguir apresenta-se a representatividade da produção deste módulo.
Gráfico 7.25. Módulo de Produção Tipo II – Projecção da Produção
FONTE: Elaboração CAMPO.
Definidos todos os parâmetros de análise e realizada a projecção dos investimentos, custos,
produção e receitas deste módulo, pode-se elaborar os Orçamentos de Custos e Receitas e os Fluxos
de Caixa do Projecto.
668
Conforme apresentado no Tópico 6.4.3. “Parâmetros da Avaliação Económica”, foram
elaborados quatro cenários para a verificação da viabilidade de cada módulo37:
Projecto sem financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto sem financiamento e com incentivos fiscais;
Projecto com financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto com financiamento e com incentivos fiscais.
A seguir, nos Quadros 7.38. a 7.41. serão apresentados os Fluxos de Caixa para o Módulo de
Produção Tipo II.
37 Nota: Os projectos com financiamento utilizam os valores médios da linha do BDA; Os cenários com incentivos fiscais prevêem a isenção total do Imposto Industrial durante o período do horizonte de análise de cada Projecto.
669
7.5.2.5. Fluxos de caixa
Quadro 7.38. Módulo de Produção Tipo II – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e sem Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 1.162 2.637 4.088 5.326 7.005 7.869 7.836 7.853 7.835 8.680 7.837 7.837 7.837 7.835 12.413
Receitas Operacionais 0 1.162 2.637 4.088 5.326 7.005 7.869 7.836 7.853 7.835 7.837 7.837 7.837 7.837 7.835 7.837FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 843 0 0 0 0 4.577
Saídas 9.576 2.673 3.755 3.422 3.815 4.620 4.761 4.754 4.500 4.496 8.970 4.754 4.754 4.497 4.496 4.497Investimentos 9.576 1.700 1.700 0 0 258 258 258 0 0 4.474 258 258 0 0 0Custos de Produção 954 1.975 3.282 3.434 3.672 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623Impostos sobre receita 12 26 41 53 70 79 78 79 78 78 78 78 78 78 78Impostos sobre lucro 0 31 51 263 546 726 720 723 720 720 720 720 720 720 720Uso da Concessão 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*)
SALDO -9.576 -1.511 -1.118 666 1.511 2.385 3.108 3.082 3.353 3.339 -290 3.083 3.083 3.340 3.339 7.917
ACUMULADO -9.576 -11.087 -12.205 -11.539 -10.028 -7.644 -4.535 -1.454 1.899 5.238 4.947 8.030 11.113 14.453 17.791 25.708Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
Quadro 7.39. Módulo de Produção Tipo II – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e com Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 1.162 2.637 4.088 5.326 7.005 7.869 7.836 7.853 7.835 8.680 7.837 7.837 7.837 7.835 12.413
Receitas Operacionais 0 1.162 2.637 4.088 5.326 7.005 7.869 7.836 7.853 7.835 7.837 7.837 7.837 7.837 7.835 7.837FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 843 0 0 0 0 4.577
Saídas 9.576 2.673 3.724 3.371 3.552 4.074 4.034 4.034 3.777 3.777 8.250 4.034 4.034 3.777 3.777 3.777Investimentos 9.576 1.700 1.700 0 0 258 258 258 0 0 4.474 258 258 0 0 0Custos de Produção 954 1.975 3.282 3.434 3.672 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623Impostos sobre receita 12 26 41 53 70 79 78 79 78 78 78 78 78 78 78Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*)
SALDO -9.576 -1.511 -1.087 717 1.774 2.930 3.835 3.802 4.076 4.058 430 3.803 3.803 4.060 4.058 8.637
ACUMULADO -9.576 -11.087 -12.174 -11.457 -9.683 -6.753 -2.918 883 4.959 9.017 9.447 13.250 17.053 21.113 25.171 33.808Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
FONTE: Elaboração CAMPO.
670
Quadro 7.40. Módulo de Produção Tipo II – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e sem Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 7.661 2.523 3.997 4.088 5.326 7.005 7.869 7.836 7.853 7.835 8.680 7.837 7.837 7.837 7.835 12.413
Receitas Operacionais 1.162 2.637 4.088 5.326 7.005 7.869 7.836 7.853 7.835 7.837 7.837 7.837 7.837 7.835 7.837Financiamento 7.661 1.360 1.360 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 843 0 0 0 0 4.577
Saídas 9.576 3.186 4.328 4.066 5.466 6.406 6.673 6.586 6.253 6.169 10.564 5.174 4.959 4.497 4.496 4.497Investimentos 9.576 1.700 1.700 0 0 258 258 258 0 0 4.474 258 258 0 0 0Custos de Produção 954 1.975 3.282 3.434 3.672 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623Impostos sobre receita 12 26 41 53 70 79 78 79 78 78 78 78 78 78 78Impostos sobre lucro 0 0 0 124 421 619 633 656 672 692 712 717 720 720 720Uso da Concessão 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*) 0 513 604 696 1.790 1.911 2.019 1.920 1.820 1.721 1.621 428 207 0 0 0
SALDO -1.915 -664 -332 21 -140 598 1.196 1.249 1.600 1.665 -1.884 2.663 2.878 3.340 3.339 7.917
ACUMULADO -1.915 -2.579 -2.911 -2.889 -3.029 -2.431 -1.234 15 1.615 3.281 1.396 4.059 6.937 10.277 13.616 21.533Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
Quadro 7.41. Módulo de Produção Tipo II – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e com Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 7.661 2.523 3.997 4.088 5.326 7.005 7.869 7.836 7.853 7.835 8.680 7.837 7.837 7.837 7.835 12.413
Receitas Operacionais 1.162 2.637 4.088 5.326 7.005 7.869 7.836 7.853 7.835 7.837 7.837 7.837 7.837 7.835 7.837Financiamento 7.661 1.360 1.360 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 843 0 0 0 0 4.577
Saídas 9.576 3.186 4.328 4.066 5.342 5.985 6.053 5.954 5.597 5.497 9.872 4.462 4.241 3.777 3.777 3.777Investimentos 9.576 1.700 1.700 0 0 258 258 258 0 0 4.474 258 258 0 0 0Custos de Produção 954 1.975 3.282 3.434 3.672 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623 3.623Impostos sobre receita 12 26 41 53 70 79 78 79 78 78 78 78 78 78 78Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*) 0 513 604 696 1.790 1.911 2.019 1.920 1.820 1.721 1.621 428 207 0 0 0
SALDO -1.915 -664 -332 21 -16 1.019 1.816 1.882 2.256 2.338 -1.192 3.375 3.595 4.060 4.058 8.637
ACUMULADO -1.915 -2.579 -2.911 -2.889 -2.905 -1.886 -70 1.812 4.068 6.405 5.213 8.588 12.184 16.244 20.302 28.939Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
FONTE: Elaboração CAMPO.
671
7.5.2.6. Indicadores da viabilidade económica
Os resultados da avaliação do Módulo de Produção Tipo II apresentaram um empreendimento
bastante atractivo e com altas taxas de rentabilidade. Para os quatro cenários de referência, a menor
TIR (Taxa Interna de Rentabilidade) foi estimada em 13,06% enquanto a maior de 26,80%.
O maior tempo para o retorno do capital investido é de 8 anos e o VAL (Valor Actual Líquido)
descontado à taxa de 10% pode chegar a US$ 8 milhões.
Quadro 7.42. Módulo de Produção Tipo II – Indicadores da Viabilidade Económica
ÁREA 3.000 hectares
5.101 PAYBACK 8 PAYBACK 7 PAYBACK 7 PAYBACK 7
4.216 Taxas VAL3 TAXAS VAL3 TAXAS VAL3 TAXAS VAL3
1.145 0% 25.708 0% 33.808 0% 21.533 0% 28.939
1.896 5% 11.195 5% 16.274 5% 10.730 5% 15.283
618 10% 3.148 10% 6.482 10% 5.134 10% 8.061
12.976 15% -1.546 15% 733 15% 2.104 15% 4.061
10.381 1 Investimentos realizados nos anos 0,1 e 2; 2 Incentivos fiscais: Imposto industrial reduzido a 0% (zero); 3 Valores em US$ 1.000.
26,80%Valores em US$ 1.000
INVESTIMENTO1TIR 13,06% TIR 15,86%
Outros (5%)
Abertura de Áreas
Máquinas e Equip.
Obras
Animais
Sem Financiamento sem incentivos fiscais
Sem Financiamento com incentivos fiscais
Com Financiamentosem incentivos fiscais2
Com Financiamento com incentivos fiscais2
TIR 21,67% TIR
TOTAL
FINANCIAMENTO
FONTE: Elaboração CAMPO.
672
7.5.3. Módulo de Produção Tipo III
Para o Módulo de produção Tipo III foi dimensionado uma área total agricultável de 3.000 ha
com o sistema de produção de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), sendo 2.300 ha com
agricultura e consorciado com pasto e 700 ha com floresta, também consorciada com pasto. As
culturas programadas são arroz, milho, soja, massambala/sorgo, pastagem e floresta de eucalipto. As
culturas anuais serão conduzidas em sistema de plantio directo38 rotacionado.
A adopção do sistema ILPF deve-se , principalmente, por ser uma tecnologia desenvolvida
para agricultura tropical, por optimizar o módulo de produção e a diversificação de renda,
proveniente de agricultura, pecuária e floresta.
7.5.3.1. Investimentos
Para este módulo, estima-se um investimento de US$ 5,1 milhões para a abertura de terras,
US$ 4,6 milhões para máquinas e equipamentos, US$ 534 mil para as benfeitorias (obras civis) e
veículos, US$ 607 mil para outros e US$ 1,8 milhões para a estruturação da pecuária de corte. O
investimento total está estimado em US$ 12,7 milhões durante os três primeiros anos – período de
implantação do empreendimento.
Conforme apresentado no Tópico 7.4.7. “Parâmetros da Avaliação Económica” estão previstos
reinvestimentos em máquinas e equipamentos após 10 anos de uso dos mesmos.
Os investimentos em Máquinas, Equipamentos são apresentados no Quadro 7.43. a seguir.
38 Sementeira Directa: Outro termo usado é Plantio Direto (BRA).
673
Quadro 7.43. Módulo de Produção Tipo III – Investimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas
Unitário Total
Tractor 4 x 4 180/200 CV 6 164.528,00 987.168,00
Tractor 4 x 4 120/140 CV 4 101.700,00 406.800,00
Plantadeira adubadeira 15 linhas c/ kit PD 4 79.552,00 318.208,00
Grade aradora 180/200 CV 3 30.736,00 92.208,00
Grade intermediária 180/200 CV 1 25.538,00 25.538,00
Grade niveladora 180/200 CV 3 21.922,00 65.766,00
Pulverizador motorizado - UNIPORT 2 220.350,00 440.700,00
Distribuidor de calcário 7 t 1 29.154,00 29.154,00
Carreta tanque 6.000 L 3 16.837,00 50.511,00
Carreta agrícola graneleira - reboque 2 29.154,00 58.308,00
Guincho hidráulico abastecimento fertilizante 1 19.775,00 19.775,00
Cultivador adubador para cobertura 4 8.814,00 35.256,00
Subsolador - tractor 180/200 CV 1 25.651,00 25.651,00
Colheitadeira automotriz / Combinada - axial (soja, arroz e feijão) 4 422.620,00 1.690.480,00
Plataforma para colher milho 2 105.994,00 211.988,00
Conjunto hidráulico 120/140 CV 2 23.617,00 47.234,00
Distribuidor de adubo e sementes 2 10.961,00 21.922,00
Roçadeira de arrasto 3 11.752,00 35.256,00
Terraceador TSTA 22X26" 1 39.550,00 39.550,00
Conjunto oficina rural 1 12.430,00 12.430,00
Perfurador de solo - 03 puas 1 5.876,00 5.876,00
Máquina para tratamento de sementes 1 9.605,00 9.605,00
Triturador de restos vegetais 1 16.159,00 16.159,00
Carreta agrícola 10 t 1 10.170,00 10.170,00
TOTAL 4.655.713,001 - O dimensionamento das máquinas e equipamentos foi realizado para atender a demanda durante a abertura da área (1.000 ha/ano) e o plantio no mesmo ano agrícola. Para atender a demanda considera-se a utilização das máquinas em dois turnos diários.2 - A especificação das máquinas e equipamentos para atender uma área deste porte muitas vezes não são encontradas no mercado local. Assim, o preço mencionado refere-se ao produto importado com acréscimo no valor de 13% (despesas aduaneiras/portuárias e o frete marítimo e seguro).
MÓDULO TIPO IIIInvestimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas
ESPECIFICAÇÃO Qtde.Valor (US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
Para as benfeitorias (obras civis), veículos e estruturação da pecuária, o investimento previsto é
apresentado no Quadro 7.44.
674
Quadro 7.44. Módulo de Produção Tipo III – Investimentos em Benfeitorias (obras), Veículos e Estruturação da Pecuária
Unitário Total
Casa residencial premoldada (1) m2 120 750,00 90.000,00
Alojamento com refeitório (1) m2 240 500,00 120.000,00
Barracão de máquinas e insumos (1) m2 300 300,00 90.000,00
Grupo gerador 150 kVA un. 1 40.000,00 40.000,00
Grupo gerador 30 kVA un. 1 23.000,00 23.000,00
Reservatório de água vertical metálico + base 20.000 L un. 1 30.000,00 30.000,00
Poço profundo + encamisamento + bomba un. 1 42.000,00 42.000,00
Tanque de combustível com patas metálicas para 10.000 L un. 1 10.000,00 10.000,00
Carrinha, cabina dupla un. 1 35.000,00 35.000,00
Motociclo 250cc un. 2 7.000,00 14.000,00
Camião 4 a 5 toneladas un. 1 40.000,00 40.000,00
Estruturação da pecuária bovina de corte
Bebedouro und. 12 3.224,00 38.688,00
Cocho com 5 metros linear und. 24 2.500,00 60.000,00
Curral (1 de 2055 m²) m2 2055 65,00 133.575,00
Cerca Praça de alimentação km 1,8 5.000,00 9.000,00
Cerca eléctrica km 78,1 2.500,00 195.250,00
Aquisição de novilhas Animal 875 1.500,00 1.312.500,00
Aquisição de touros Animal 35 2.000,00 70.000,00
TOTAL 2.386.652,80
Mangueira ou Tubo PVC + acessórios (para distribuição de água aos bebedouros) m 16330 2,06 33.639,80
1 - O dimensionamento das máquinas e equipamentos foi realizado para atender a demanda durante a abertura da área (1.000 ha/ano) e o plantio no mesmo ano agrícola. Para atender a demanda considera-se a utilização das máquinas em dois turnos diários.2 - A especificação das máquinas e equipamentos para atender uma área deste porte muitas vezes não são encontradas no mercado local. Assim, o preço mencionado refere-se ao produto importado com acréscimo no valor de 13% (despesas aduaneiras/portuárias e o frete marítimo e seguro).
MÓDULO TIPO IIIInvestimentos em Benfeitorias (Obras), Veículos e Equipamento de Irrigação
ESPECIFICAÇÃO Unid. Qtde.Valor (US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
O item de investimento mais representativo é a abertura e melhoramento de áreas, que
representa 40% do total dos investimentos, seguido de máquinas e equipamentos com 36%. A
aquisição de animais para este módulo representa 11% do total dos investimentos.
Gráfico 7.26. Módulo de Produção Tipo III – Representatividade dos Investimentos
FONTE: Elaboração CAMPO.
675
7.5.3.2. Programação dos cultivos
As principais culturas para este módulo são os grãos que ocuparão 2.320 hectares dos 3.000
hectares disponíveis no momento da maturidade do projecto. No Quadro 7.45. a seguir, apresenta-
se a programação da sementeira das culturas ao longo dos anos.
Quadro 7.45. Módulo de Produção Tipo III – Programação da Sementeira das Culturas
(em hectares)
CULTURAS Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 a 15
Arroz - SC 200 200 200 - - Arroz ILP - SD - 200 200 200 - Milho ILP - SD - - 400 850 1.050 Soja - SC 410 410 410 - - Soja ILP - SD - 410 820 1.230 1.230 Massambala/Sorgo - SC 200 200 200 - - Massambala/Sorgo ILP - SD - 200 200 100 50 Massambala/Sorgo - 2ª Campanha 250 500 750 750 750 Pastagem 140 140 140 - - Floresta 50 50 50 50 50
Total 1.250 2.310 3.370 3.180 3.130
TIPO III
NOTA: SC - Sementeira Convencional; SD - Sementeira Directa
FONTE: Elaboração CAMPO.
A representação gráfica da programação de culturas é a seguinte:
Gráfico 7.27. Módulo de Produção Tipo III – Programação da Sementeira das Culturas
FONTE: Elaboração CAMPO.
676
7.5.3.3. Custos de produção anuais
Os custos de produção estimados para cada tipo de cultura foram apresentados no Tópico
6.4.3. – “Parâmetros da Avaliação” e detalhados no Anexo 7.1. deste documento. Dentre eles estão
incluídos as sementes, defensivos, fertilizantes e demais itens do custeio além da mão-de-obra
necessária. O Quadro 7.46. contempla o custo de produção do Módulo Tipo III ao longo dos anos de
implantação e na estabilização.
Quadro 7.46. Módulo de Produção Tipo III – Custos de Produção
(Valores em US$)
CULTURAS Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 a 15
Arroz - SC 212.067 212.067 212.067 - - Arroz ILP - SD - 240.737 240.737 240.737 - Milho ILP - SD - - 604.243 1.284.017 1.586.138 Soja - SC 418.715 418.715 418.715 - - Soja ILP - SD - 467.956 935.913 1.403.869 1.403.869 Massambala/Sorgo - SC 91.245 91.245 91.245 - - Massambala/Sorgo ILP - SD - 97.555 97.555 48.778 24.389 Massambala/Sorgo 2ª Campanha 109.819 219.638 329.456 329.456 329.456 Pastagem 54.180 93.030 131.880 77.700 38.850 Floresta 32.020 45.545 59.070 70.295 81.520
Total 918.046 1.886.488 3.120.882 3.454.852 3.464.223
TIPO III
NOTA: SC - Sementeira Convencional; SD - Sementeira Directa.
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.5.3.4. Produção
Estima-se que o Módulo Tipo III poderá produzir quantidades próximas a 12 mil toneladas de
grãos por ano além da pecuária. A cultura mais representativa é o milho com uma produção de 7,2
mil toneladas/ano e 153 toneladas/ano de carne em carcaça, no momento da estabilização da
produção.
A produção de madeira para energia tem o seu início apenas após sete anos de cultura. No
caso da utilização para serração e postes de energia a produção tem início apenas no 14º ano. O
Quadro 6.47. e o Gráfico 6.28. que se apresentam a seguir demonstram os números dessa produção.
677
Quadro 7.47. Módulo de Produção Tipo III – Projecção da Produção
(em toneladas)
CULTURAS Unid. Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07 Ano 08 Ano 09 Ano 10
Arroz t 500 1.100 1.100 600 - - - - - - Milho t - - 2.400 5.610 7.560 7.560 7.560 7.560 7.200 7.200 Soja t 738 1.640 2.706 3.198 3.198 3.068 2.938 2.808 2.808 2.678 Massambala/Sorgo t 1.125 2.350 3.025 2.225 2.050 2.050 2.050 2.050 2.050 2.050 Carne (Carcaça) t - - - - 84 149 158 153 153 153
TIPO III
(em toneladas)
CULTURAS Unid. Ano 14 Ano 15
Madeira para energia m3 4.500 4.500 a partir do ano 07Madeira para serraria m3 6.750 6.750 anos 14 e 15 Poste para energia un. 5.500 5.500 anos 14 e 15
TIPO III
FONTE: Elaboração CAMPO.
Gráfico 7.28. Módulo de Produção Tipo III – Projecção da Produção
FONTE: Elaboração CAMPO.
Definidos todos os parâmetros de análise e realizada a projecção dos investimentos, custos,
produção e receitas deste módulo, pode-se elaborar os Orçamentos de Custos e Receitas e os Fluxos
de Caixa do Projecto.
Conforme apresentado no Tópico 7.4.7 “Parâmetros da Avaliação Económica”, foram
elaborados quatro cenários para a verificação da viabilidade de cada módulo39:
39 Nota: Os projectos com financiamento utilizam os valores médios da linha do BDA; Os cenários com incentivos fiscais prevêem a isenção total do Imposto Industrial durante o período do horizonte de análise de cada projecto.
678
Projecto sem financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto sem financiamento e com incentivos fiscais;
Projecto com financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto com financiamento e com incentivos fiscais.
Nos Quadros 7.48. a 7.51. a seguir, serão apresentados os Fluxos de Caixa para o Módulo de
Produção Tipo III.
679
7.5.3.5. Fluxos de caixa
Quadro 7.48. Módulo de Produção Tipo III – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e sem Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 1.075 2.340 4.182 5.282 6.353 6.783 6.970 6.846 6.703 7.550 6.476 6.331 6.246 7.454 11.667
Receitas Operacionais 0 1.075 2.340 4.182 5.282 6.353 6.783 6.970 6.846 6.703 6.619 6.476 6.331 6.246 7.454 7.454FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 931 0 0 0 0 4.212
Saídas 9.350 2.637 3.633 3.305 3.815 4.310 4.332 4.334 4.014 3.933 8.792 4.055 3.974 3.662 3.877 3.877Investimentos 9.350 1.700 1.700 0 0 258 258 258 0 0 4.913 258 258 0 0 0Custos de Produção 918 1.886 3.121 3.455 3.464 3.380 3.334 3.288 3.224 3.178 3.113 3.049 3.003 2.957 2.957Impostos sobre receita 11 23 42 53 64 68 70 68 67 66 65 63 62 75 75Impostos sobre lucro 0 0 95 242 450 552 599 583 568 560 545 529 521 770 770Uso da Concessão 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*)
SALDO -9.350 -1.562 -1.293 877 1.467 2.042 2.451 2.636 2.832 2.770 -1.242 2.421 2.357 2.584 3.578 7.790
ACUMULADO -9.350 -10.912 -12.205 -11.327 -9.860 -7.818 -5.367 -2.731 100 2.870 1.628 4.049 6.406 8.990 12.567 20.357Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
Quadro 7.49. Módulo de Produção Tipo III – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e com Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 1.075 2.340 4.182 5.282 6.353 6.783 6.970 6.846 6.703 7.550 6.476 6.331 6.246 7.454 11.667
Receitas Operacionais 0 1.075 2.340 4.182 5.282 6.353 6.783 6.970 6.846 6.703 6.619 6.476 6.331 6.246 7.454 7.454FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 931 0 0 0 0 4.212
Saídas 9.350 2.637 3.633 3.210 3.573 3.860 3.780 3.736 3.431 3.366 8.232 3.511 3.445 3.141 3.107 3.107Investimentos 9.350 1.700 1.700 0 0 258 258 258 0 0 4.913 258 258 0 0 0Custos de Produção 918 1.886 3.121 3.455 3.464 3.380 3.334 3.288 3.224 3.178 3.113 3.049 3.003 2.957 2.957Impostos sobre receita 11 23 42 53 64 68 70 68 67 66 65 63 62 75 75Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*)
SALDO -9.350 -1.562 -1.293 972 1.709 2.492 3.004 3.234 3.415 3.338 -682 2.966 2.886 3.105 4.347 8.560
ACUMULADO -9.350 -10.912 -12.205 -11.233 -9.524 -7.032 -4.028 -794 2.621 5.959 5.276 8.242 11.128 14.233 18.580 27.140Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
FONTE: Elaboração CAMPO.
680
Quadro 7.50. Módulo de Produção Tipo III – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e sem Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 7.480 2.435 3.700 4.182 5.282 6.353 6.783 6.970 6.846 6.703 7.550 6.476 6.331 6.246 7.454 11.667
Receitas Operacionais 1.075 2.340 4.182 5.282 6.353 6.783 6.970 6.846 6.703 6.619 6.476 6.331 6.246 7.454 7.454Financiamento 7.480 1.360 1.360 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 931 0 0 0 0 4.212
Saídas 9.350 3.138 4.225 3.894 5.430 6.063 6.211 6.135 5.737 5.578 10.359 4.475 4.178 3.662 3.877 3.877Investimentos 9.350 1.700 1.700 0 0 258 258 258 0 0 4.913 258 258 0 0 0Custos de Produção 918 1.886 3.121 3.455 3.464 3.380 3.334 3.288 3.224 3.178 3.113 3.049 3.003 2.957 2.957Impostos sobre receita 11 23 42 53 64 68 70 68 67 66 65 63 62 75 75Impostos sobre lucro 0 0 0 105 328 447 513 517 521 533 537 526 521 770 770Uso da Concessão 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*) 0 501 592 683 1.752 1.875 1.984 1.887 1.789 1.692 1.594 428 207 0 0 0
SALDO -1.870 -703 -525 288 -148 290 572 835 1.109 1.125 -2.809 2.001 2.152 2.584 3.578 7.790
ACUMULADO -1.870 -2.573 -3.098 -2.809 -2.958 -2.668 -2.096 -1.261 -152 973 -1.836 165 2.317 4.902 8.479 16.269Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
Quadro 7.51. Módulo de Produção Tipo III – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e com Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 7.480 2.435 3.700 4.182 5.282 6.353 6.783 6.970 6.846 6.703 7.550 6.476 6.331 6.246 7.454 11.667
Receitas Operacionais 1.075 2.340 4.182 5.282 6.353 6.783 6.970 6.846 6.703 6.619 6.476 6.331 6.246 7.454 7.454Financiamento 7.480 1.360 1.360 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 931 0 0 0 0 4.212
Saídas 9.350 3.138 4.225 3.894 5.325 5.735 5.764 5.623 5.220 5.057 9.826 3.938 3.652 3.141 3.107 3.107Investimentos 9.350 1.700 1.700 0 0 258 258 258 0 0 4.913 258 258 0 0 0Custos de Produção 918 1.886 3.121 3.455 3.464 3.380 3.334 3.288 3.224 3.178 3.113 3.049 3.003 2.957 2.957Impostos sobre receita 11 23 42 53 64 68 70 68 67 66 65 63 62 75 75Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*) 0 501 592 683 1.752 1.875 1.984 1.887 1.789 1.692 1.594 428 207 0 0 0
SALDO -1.870 -703 -525 288 -43 618 1.019 1.348 1.626 1.646 -2.276 2.538 2.678 3.105 4.347 8.560
ACUMULADO -1.870 -2.573 -3.098 -2.809 -2.852 -2.235 -1.215 132 1.758 3.404 1.127 3.665 6.344 9.449 13.796 22.356Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
FONTE: Elaboração CAMPO.
681
7.5.3.6. Indicadores da viabilidade económica
Apurados os Fluxos de Caixa, procedeu-se à verificação da viabilidade económica do
Módulo Tipo III.
Para este módulo produtivo, os indicadores demonstram altas taxas de atractividade para
os investimentos. O melhor dos cenários apresentados no que se refere à Taxa Interna de
Rentabilidade (TIR) é o do Projecto “com financiamento e com incentivos”. Neste caso a TIR do
capital investido pelo empreendedor é de 21,88%. Valor bastante atractivo para empreendimentos
agrícolas.
Em relação a valores absolutos, o melhor cenário é o “sem financiamento e com
incentivos”. Neste caso, além de uma remuneração de 5% ao ano para o capital investido, o
empreendedor poderá apurar US$ 12 milhões ao final de 15 anos.
Quadro 7.52. Módulo de Produção Tipo III – Indicadores da Viabilidade Económica
ÁREA 3.000 hectares
5.101 PAYBACK 8 PAYBACK 8 PAYBACK 10 PAYBACK 7
4.656 Taxas VAL3 TAXAS VAL3 TAXAS VAL3 TAXAS VAL3
1.004 0% 20.357 0% 27.140 0% 16.269 0% 22.356
1.383 5% 7.849 5% 12.073 5% 7.403 5% 11.100
607 10% 999 10% 3.760 10% 2.958 10% 5.310
12.751 15% -2.954 15% -1.072 15% 635 15% 2.915
10.200 1 Investimentos realizados nos anos 0,1 e 2; 2 Incentivos fiscais: Imposto industrial reduzido a 0% (zero); 3 Valores em US$ 1.000.
Sem Financiamento sem incentivos fiscais
Sem Financiamento com incentivos fiscais
Com Financiamentosem incentivos fiscais2
Com Financiamento com incentivos fiscais2
17,15% TIR 21,88%Valores em US$ 1.000
INVESTIMENTO1TIR 11.04% TIR 13,65% TIR
Abertura de Áreas
Máquinas e Equip.
Obras
Animais
Outros (5%)
TOTAL
FINANCIAMENTO
FONTE: Elaboração CAMPO.
682
7.5.4. Módulo de Produção Tipo IV
O Módulo de Produção Tipo IV possui uma área total de pastagem de 3.000 ha com
actividade exclusivamente de pecuária.
A selecção da actividade de pecuária de corte (ciclo completo: cria, recria e engorda) deu-
se em função do aproveitamento de áreas marginais para a agricultura mecanizada, também do
aproveitamento de áreas com pasto existente, que provavelmente já foram utilizadas para este fim
e devido à aptidão de investidores para essa actividade.
7.5.4.1. Investimentos
Para o Módulo IV, exclusivo para pecuária de corte, estima-se um investimento de US$ 2,5
milhões para a abertura e melhoramentos da área. Os módulos de produção voltados à pecuária
deverão preferencialmente localizar-se nas áreas que já se encontram desmatadas, desta forma
não está programado o investimento nas operações de desmatamento, enleiramento e catação de
raízes o que reduz este valor. De qualquer forma haverá a necessidade de investimentos na
aplicação de calcário, fosfato, pó químico para o controlo de salalé (térmita)/formicida e gesso,
representando um custo de US$ 831,00 por hectare.
Para máquinas e equipamentos agrícolas estima-se um investimento de US$ 1 milhão, para
as benfeitorias (obras civis) e veículos o valor de US$ 500 mil. Para a estruturação da pecuária de
corte estima-se a necessidade de US$ 6,4 milhões, dos quais US$ 2,4 milhões apenas para a
aquisição de animais, US$ 700 mil para as benfeitorias (bebedouros, cochos de sal, curral e
cercas), e US$ 3,3 milhões para a implantação, formação e manutenção da pastagem (custeio). O
investimento total com custeio está estimado em US$ 10,4 milhões durante os três primeiros anos
– período de implantação do empreendimento.
Conforme apresentado no Tópico 7.4.7. “Parâmetros da Avaliação Económica” estão
previstos reinvestimentos em máquinas e equipamentos após 10 anos de uso dos mesmos.
Os investimentos são apresentados nos Quadros 7.53. e 7.54. a seguir.
683
Quadro 7.53. Módulo de Produção Tipo IV – Investimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas
Unitário Total
Tractor 4 x 4 180/200 CV 3 164.528,00 493.584,00
Tractor 4 x 4 120/140 CV 2 101.700,00 203.400,00
Distribuidora de adubo e sementes 2 10.961,00 21.922,00
Grade aradora 180/200 CV 2 30.736,00 61.472,00
Grade niveladora 180/200 CV 2 21.922,00 43.844,00
Distribuidor de calcário 7 t 1 29.154,00 29.154,00
Guincho hidráulico abastecimento fertilizante 1 19.775,00 19.775,00
Subsolador - tractor 180/200 CV 1 25.651,00 25.651,00
Conjunto hidráulico 120/140 CV 1 23.617,00 23.617,00
Roçadeira de arrasto 4 11.752,00 47.008,00
Terraceador TSTA 22X26" 1 39.550,00 39.550,00
Conjunto oficina rural 1 12.430,00 12.430,00
Perfurador de solo - 03 puas 1 5.876,00 5.876,00
TOTAL 1.027.283,001 - O dimensionamento das máquinas e equipamentos foi realizado para atender a demanda durante a abertura da área (1.000 ha/ano) e o plantio no mesmo ano agrícola. Para atender a demanda considera-se a utilização das máquinas em dois turnos diários.2 - A especificação das máquinas e equipamentos para atender uma área deste porte muitas vezes não são encontradas no mercado local. Assim, o preço mencionado refere-se ao produto importado com acréscimo no valor de 13% (despesas aduaneiras/portuárias e o frete marít imo e seguro).
MÓDULO TIPO IVInvestimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas
ESPECIFICAÇÃO Qtde.Valor (US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
684
Quadro 7.54. Módulo de Produção Tipo IV – Investimentos em Benfeitorias (obras), Veículos e Estrutura da Pecuária
Unitário Total
Casa residencial pré-moldada (1) m2 120 750,00 90.000,00
Alojamento com refeitório (1) m2 120 500,00 60.000,00
Barracão de máquinas e insumos (1) m2 250 300,00 75.000,00
Grupo gerador 30 kVA un. 1 23.000,00 23.000,00
Poço profundo + encamisamento + bomba un. 2 42.000,00 84.000,00
Reservatório de água vertical metálico + base 20.000 L un. 2 30.000,00 60.000,00
Tanque de combustível com patas metálicas para 10.000 L un. 1 10.000,00 10.000,00
Carrinha, cabina dupla un. 1 35.000,00 35.000,00
Motociclo 250cc un. 2 7.000,00 14.000,00
Camião 4 a 5 toneladas un. 1 40.000,00 40.000,00
Estruturação da pecuária bovina de corte
Bebedouro und. 15 3.224,00 48.360,00
Cocho com 5 metros linear und. 30 2.500,00 75.000,00
Curral (2 de 2055 m²) m2 4110 65,00 267.150,00
Cerca Praça de alimentação km 2,25 5.000,00 11.250,00
Cerca convencional km 22,63 5.000,00 113.150,00
Cerca elétrica km 73,55 2.500,00 183.875,00
Mangueira ou Tubo PVC + acessórios m 20590 2,06 42.415,40
Aquisição de novilhas Animal 1500 1.500,00 2.250.000,00
Aquisição de touros Animal 60 2.000,00 120.000,00
TOTAL 3.062.200,401 - O dimensionamento das máquinas e equipamentos foi realizado para atender a demanda durante a abertura da área (1.000 ha/ano) e o plantio no mesmo ano agrícola. Para atender a demanda considera-se a utilização das máquinas em dois turnos diários.2 - A especificação das máquinas e equipamentos para atender uma área deste porte muitas vezes não são encontradas no mercado local. Assim, o preço mencionado refere-se ao produto importado com acréscimo no valor de 13% (despesas aduaneiras/portuárias e o frete marítimo e seguro).
MÓDULO TIPO IVInvestimentos em Benfeitorias (Obras), Veículos e Equipamento de Irrigação
ESPECIFICAÇÃO Unid. Qtde.Valor (US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
Neste Módulo, a representatividade dos principais itens de investimento – abertura,
melhoramentos da área e, aquisição de animais - é praticamente a mesma, 33% e 32%
respectivamente, conforme apresentado no Gráfico 7.29. a seguir.
Gráfico 7.29. Módulo de Produção Tipo IV – Representatividade dos Investimentos
FONTE: Elaboração CAMPO.
685
7.5.4.2. Programação da sementeira, recuperação e
melhoramento da pastagem
A única cultura prevista para este Módulo é a pastagem que deverá ser realizada de acordo
com a abertura e melhoramentos da área, prevista para três anos. No Quadro 7.55. e Gráfico
7.30. a seguir, apresenta-se a programação de sementeira e manutenção da pastagem ao longo
dos anos.
Para o Módulo Tipo IV, também foi considerado a marcação e construção dos terraços,
bem como a sementeira e manutenção anual da pastagem.
Quadro 7.55. Módulo de Produção Tipo IV – Programação da Sementeira, Recuperação e Melhoramento da Pastagem
(em hectares)
CULTURAS Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 a 15
Pastagem (implantação) 1.000 1.000 1.000 - - Pastagem (manutenção) 1.000 2.000 3.000 3.000
Total 1.000 2.000 3.000 3.000 3.000
TIPO IV
FONTE: Elaboração CAMPO.
Gráfico 7.30. Módulo de Produção Tipo IV – Programação da Sementeira, Recuperação e Melhoramento da Pastagem (ha)
FONTE: Elaboração CAMPO.
686
7.5.4.3. Custos de produção anuais
O custo de produção estimado para as pastagens é de US$ 387,00 para a formação
(sementeira e recuperação) do pasto e de US$ 323,75 para a sua manutenção.
O Quadro 7.56. contempla o custo de produção do Módulo Tipo IV ao longo dos anos de
implantação e na estabilização.
Quadro 7.56. Módulo de Produção Tipo IV – Custos de Produção
(Valores em US$)
CULTURAS Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 a 15
Pastagem 774.000 1.097.752 1.421.504 971.256 971.256 Total 774.000 1.097.752 1.421.504 971.256 971.256
TIPO IV
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.5.4.4. Produção
A produção terá o seu início apenas após cinco anos de implantação do Módulo, que é
quando ocorre a estabilização das vacas matrizes no rebanho. Estima-se uma produtividade de
aproximadamente 265 toneladas de carne em carcaça ao ano, quando o rebanho se estabiliza,
conforme apresentados no Quadro 7.57. e no Gráfico 6.31. a seguir.
Quadro 7.57. Módulo de Produção Tipo IV – Projecção da Produção
(em toneladas)
CULTURAS Unid. Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07 Ano 08 Ano 09 Ano 10
Carne (Carcaça) ton - - - - 138 267 266 263 261 260
TIPO IV
Produção estabelecida a partir do 6º ano.
FONTE: Elaboração CAMPO.
687
Gráfico 7.31. Módulo de Produção Tipo IV – Projecção da Produção
FONTE: Elaboração CAMPO.
Definidos todos os parâmetros de análise e realizada a projecção dos investimentos, custos,
produção e receitas deste módulo, pode-se elaborar os Orçamentos de Custos, Receitas e os
Fluxos de Caixa do Projecto.
Conforme apresentado no Tópico 7.4.7. “Parâmetros da Avaliação Económica”, foram
elaborados quatro cenários para a verificação da viabilidade de cada módulo40:
Projecto sem financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto sem financiamento e com incentivos fiscais;
Projecto com financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto com financiamento e com incentivos fiscais.
A seguir, nos Quadros 7.58. a 7.61. serão apresentados os Fluxos de Caixa para o Módulo de
Produção Tipo IV.
40 Nota: Os projectos com financiamento utilizam os valores médios da linha do BDA; Os cenários com incentivos fiscais prevêem a isenção total do Imposto Industrial durante o período do horizonte de análise de cada projecto.
688
7.5.4.5. Fluxos de caixa
Quadro 7.58. Módulo de Produção Tipo IV – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e sem Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25Entradas 0 0 0 0 0 1.107 2.133 2.129 2.105 2.090 2.284 2.080 2.082 2.080 2.082 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.286 2.080 2.080 2.080 2.080 10.122
Receitas Operacionais 0 0 0 0 0 1.107 2.133 2.129 2.105 2.090 2.078 2.080 2.082 2.080 2.082 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 205 0 0 0 0 0 0 0 0 0 205 0 0 0 0 8.042
Saídas 5.817 1.605 1.929 1.422 971 1.082 1.298 1.309 1.224 1.235 2.368 1.341 1.341 1.241 1.241 1.341 1.341 1.341 1.241 1.241 2.368 1.341 1.341 1.241 1.241 1.341Investimentos 5.817 831 831 0 0 100 100 100 0 0 1.127 100 100 0 0 100 100 100 0 0 1.127 100 100 0 0 100Custos de Produção 774 1.098 1.422 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971Impostos sobre receita 0 0 0 0 11 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 198 194 184 178 174 174 174 174 174 174 174 174 174 174 174 174 174 174 174 174Uso da Concessão 0 0 0 0 0 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*)
SALDO -5.817 -1.605 -1.929 -1.422 -971 25 835 820 881 855 -84 739 741 839 841 739 739 739 839 839 -83 739 739 839 839 8.781
ACUMULADO -5.817 -7.422 -9.351 -10.773 -11.744 -11.720 -10.885 -10.065 -9.184 -8.329 -8.413 -7.674 -6.934 -6.094 -5.254 -4.515 -3.775 -3.036 -2.197 -1.358 -1.440 -701 38 877 1.716 10.498Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
Quadro 7.59. Módulo de Produção Tipo IV – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e com Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25Entradas 0 0 0 0 0 1.107 2.133 2.129 2.105 2.090 2.284 2.080 2.082 2.080 2.082 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.286 2.080 2.080 2.080 2.080 10.122
Receitas Operacionais 0 0 0 0 0 1.107 2.133 2.129 2.105 2.090 2.078 2.080 2.082 2.080 2.082 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 205 0 0 0 0 0 0 0 0 0 205 0 0 0 0 8.042
Saídas 5.817 1.605 1.929 1.422 971 1.082 1.100 1.115 1.040 1.057 2.194 1.167 1.167 1.067 1.067 1.167 1.167 1.167 1.067 1.067 2.194 1.167 1.167 1.067 1.067 1.167Investimentos 5.817 831 831 0 0 100 100 100 0 0 1.127 100 100 0 0 100 100 100 0 0 1.127 100 100 0 0 100Custos de Produção 774 1.098 1.422 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971Impostos sobre receita 0 0 0 0 11 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 0 0 0 0 0 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*)
SALDO -5.817 -1.605 -1.929 -1.422 -971 25 1.033 1.014 1.065 1.033 89 913 915 1.013 1.015 913 913 913 1.013 1.013 91 913 913 1.013 1.013 8.955
ACUMULADO -5.817 -7.422 -9.351 -10.773 -11.744 -11.720 -10.687 -9.673 -8.608 -7.576 -7.486 -6.573 -5.658 -4.645 -3.630 -2.717 -1.804 -891 122 1.135 1.226 2.139 3.052 4.065 5.078 14.033Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
FONTE: Elaboração CAMPO.
689
Quadro 7.60. Módulo de Produção Tipo IV – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e sem Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25Entradas 4.654 665 665 0 0 1.107 2.133 2.129 2.105 2.090 2.284 2.080 2.082 2.080 2.082 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.286 2.080 2.080 2.080 2.080 10.122
Receitas Operacionais 0 0 0 0 1.107 2.133 2.129 2.105 2.090 2.078 2.080 2.082 2.080 2.082 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080Financiamento 4.654 665 665 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 205 0 0 0 0 0 0 0 0 0 205 0 0 0 0 8.042
Saídas 5.817 1.917 2.285 1.822 2.037 2.199 2.397 2.362 2.232 2.197 3.284 1.546 1.441 1.241 1.241 1.341 1.341 1.341 1.241 1.241 2.368 1.341 1.341 1.241 1.241 1.341Investimentos 5.817 831 831 0 0 100 100 100 0 0 1.127 100 100 0 0 100 100 100 0 0 1.127 100 100 0 0 100Custos de Produção 774 1.098 1.422 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971Impostos sobre receita 0 0 0 0 11 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 137 144 146 151 158 170 173 174 174 174 174 174 174 174 174 174 174 174 174 174Uso da Concessão 0 0 0 0 0 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*) 0 312 356 401 1.066 1.116 1.160 1.103 1.046 988 931 209 101 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
SALDO -1.163 -1.252 -1.620 -1.822 -2.037 -1.092 -264 -234 -127 -107 -1.000 534 640 839 841 739 739 739 839 839 -83 739 739 839 839 8.781
ACUMULADO -1.163 -2.415 -4.036 -5.858 -7.895 -8.987 -9.251 -9.485 -9.612 -9.718 -10.718 -10.184 -9.544 -8.705 -7.864 -7.125 -6.386 -5.647 -4.807 -3.968 -4.051 -3.312 -2.572 -1.733 -894 7.887Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
Quadro 7.61. Módulo de Produção Tipo IV – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e com Incentivos Fiscais Valores em US$ 1.000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25Entradas 4.654 665 665 0 0 1.107 2.133 2.129 2.105 2.090 2.284 2.080 2.082 2.080 2.082 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.286 2.080 2.080 2.080 2.080 10.122
Receitas Operacionais 0 0 0 0 1.107 2.133 2.129 2.105 2.090 2.078 2.080 2.082 2.080 2.082 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080 2.080Financiamento 4.654 665 665 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 205 0 0 0 0 0 0 0 0 0 205 0 0 0 0 8.042
Saídas 5.817 1.917 2.285 1.822 2.037 2.199 2.260 2.218 2.086 2.046 3.126 1.376 1.268 1.067 1.067 1.167 1.167 1.167 1.067 1.067 2.194 1.167 1.167 1.067 1.067 1.167Investimentos 5.817 831 831 0 0 100 100 100 0 0 1.127 100 100 0 0 100 100 100 0 0 1.127 100 100 0 0 100Custos de Produção 774 1.098 1.422 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971 971Impostos sobre receita 0 0 0 0 11 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 0 0 0 0 0 8 23 48 65 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75Serviço da Dívida(*) 0 312 356 401 1.066 1.116 1.160 1.103 1.046 988 931 209 101 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
SALDO -1.163 -1.252 -1.620 -1.822 -2.037 -1.092 -128 -89 19 44 -842 704 813 1.013 1.015 913 913 913 1.013 1.013 91 913 913 1.013 1.013 8.955
ACUMULADO -1.163 -2.415 -4.036 -5.858 -7.895 -8.987 -9.115 -9.204 -9.185 -9.140 -9.982 -9.278 -8.465 -7.452 -6.437 -5.524 -4.611 -3.698 -2.685 -1.672 -1.580 -667 246 1.259 2.272 11.227Nota: Impostos sobre receita = Imposto do Selo (1%); Impostos sobre lucro = Imposto Industrial (20%); (*) Serviço da Dívida = Amortização + Juros.
FONTE: Elaboração CAMPO.
690
7.5.4.6. Indicadores da viabilidade económica
Apesar do Módulo Tipo IV ser o de menor investimento total em relação aos Módulos Tipo I, II
e III, os resultados da avaliação apontaram baixos índices de viabilidade desse módulo. Isto decorre
principalmente do alto valor para a aquisição de animais e dos altos custos de manutenção da
manada, além do longo período para o início de entrada de recursos.
Entretanto, a diminuição das importações de carnes, alimento nobre e rico em proteínas, é
uma das metas do Executivo do País. Tendo em vista a importância deste alimento para Angola, é
recomendável que sejam negociadas junto às entidades competentes acções que possam incentivar a
prática da pecuária principalmente no que se refere a incentivos para a aquisição das matrizes até
que o País possua um rebanho representativo.
Da forma que foi concebido este módulo, os indicadores de viabilidade são:
Quadro 7.62. Módulo de Produção Tipo IV – Indicadores da Viabilidade Económica
ÁREA 3.000 hectares
2.494 PAYBACK 22 PAYBACK 18 PAYBACK 25 PAYBACK 22
1.027 Taxas VAL3 TAXAS VAL3 TAXAS VAL3 TAXAS VAL3
1.232 0% 10.498 0% 14.033 0% 7.887 0% 11.227
2.370 5% -1.777 5% -38 5% -2.213 5% -610
356 10% -6.054 10% -5.105 10% -5.042 10% -4.190
7.480 15% -7.654 15% -7.091 15% -5.651 15% -5.158
5.984 1 Investimentos realizados nos anos 0,1 e 2; 2 Incentivos fiscais: Imposto industrial reduzido a 0% (zero); 3 Valores em US$ 1.000.
Sem Financiamento sem incentivos fiscais
Sem Financiamento com incentivos fiscais
Com Financiamentosem incentivos fiscais2
Com Financiamento com incentivos fiscais2
TIR 3,26% TIR 4,53%Valores em US$ 1.000
INVESTIMENTO1TIR 3,85% TIR 4,98%
TOTAL
FINANCIAMENTO
Abertura de Áreas
Máquinas e Equip.
Obras
Animais
Outros (5%)
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.5.5. Resultados das projecções dos Módulos Tipo - Conclusões e
Recomendações
Os Módulos de Produção Tipo I a III apresentaram plena viabilidade da forma como foram
concebidos. A viabilidade é ainda maior quando forem beneficiados com os incentivos fiscais.
Recomenda-se a negociação junto ao BDA ou com outros agentes financeiros, linhas de
crédito específicas com maior prazo tendo em vista o Payback do Módulo tipo III (sem incentivos
fiscais) ocorrer apenas após 10 anos.
691
O Módulo Tipo IV apresenta uma viabilidade económica baixa, recomenda-se a busca de
benefícios ou de subsídios, principalmente para a aquisição dos animais que tem o maior custo
actualmente devido à baixa oferta de animais (vacas e touros) para a formação de novas manadas.
O Quadro 7.63. apresenta os indicadores de viabilidade económica para os Módulos de
Produção.
Quadro 7.63. Módulos de Produção – Indicadores da Viabilidade Económica
TIR PAY-BACK TIR PAY-
BACK TIR PAY-BACK TIR PAY-
BACK
TIPO I 3.000 ha (Grãos)Arroz, Milho, Soja,
Massambala e Feijão 10.841,43 8.673,14 13,86% 7 17,06% 7 27,23% 5 33,46% 5
TIPO II 3.000 ha(Integração Lavoura-
Pecuária)Arroz, Milho, Soja,
Massambala e Pastagem 12.976,36 10.381,09 13,06% 8 15,86% 7 21,67% 7 26,80% 7
TIPO III 3.000 ha(Integração Lavoura-Pecuária + Floresta)
Arroz, Milho, Soja Massambala, Pastagem e
Floresta 12.750,62 10.200,49 11,04% 8 13,65% 8 17,15% 10 21,88% 7
TIPO IV 3.000 ha (Pecuária) Pastagem 7.479,74 5.983,79 3,85% 22 4,98% 18 3,26% 25 4,53% 22
(1) Investimento realizado nos anos 0, 1 e 2; (2) Valores em US$ 1.000,00; (3) Incentivos Fiscais: Imposto Industrial reduzido a 0% (zero).
FINANCIAMENTO (80% do
investimento) (2)
INDICADORES DA VIABILIDADE ECONÓMICA
SEM FINANCIAMENTO COM FINANCIAMENTO
SEM INCENTIVOS FISCAIS
COM INCENTIVOS FISCAIS (3)
SEM INCENTIVOS FISCAIS
COM INCENTIVOS FISCAIS (3)
MÓDULOS DE PRODUÇÃO TAMANHO CARACTERÍSTICAS CULTURAS
VALOR DO INVESTIMENTO
(1) (2)
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.5.6. Áreas de Produção de Hortaliças, Fruticultura e Mandioca
Para que os futuros empreendedores interessados em investir na produção de hortaliças,
frutícolas e mandioca tenham os parâmetros de investimentos e viabilidade económica, foram
realizados estudos indicativos dos investimentos para 1 ha e duas opções de tamanho de áreas para
a produção de hortícolas, frutícolas e mandioca.
Os estudos foram desenvolvidos para as 2 opções de dimensão de áreas considerando uma
rentabilidade adequada para o investidor. A primeira opção considera os investimentos indicativos
para cada cultura com excepção da aquisição das máquinas e alfaias agrícolas, uma vez que serão
contratados de empresas de mecanização agrícola. Na segunda opção foram considerados os
investimentos na sua totalidade.
7.5.6.1. Investimentos
Para a abertura de área, correcção do solo e aquisição do equipamento de irrigação, os
valores por hectare das 3 culturas apresenta uma sensível diferença entre elas. O principal item dessa
diferença é o equipamento de irrigação, item fundamental para a produção de hortícolas e frutícolas,
692
em função dos altos custos de produção e investimentos, a irrigação é um factor ou ferramenta que
minimiza os riscos de perdas e aumenta consideravelmente a produtividade.
O Quadro 7.64. contempla os investimentos para a abertura de área, correcção do solo,
aquisição do equipamento de irrigação e implantação dos cultivos até ao início da produção de 1 ha
de hortícolas, frutícolas e mandioca. No caso das hortícolas e da mandioca, os custos de sementes e
estacas (mandioca), bem como os insumos em geral , são considerados custos de produção por
serem culturas de ciclo curto, portanto não fazem parte dos investimentos. Quanto às frutícolas, as
mudas são consideradas custos de investimentos, assim como, os outros custos até ao inicio da
produção por se tratarem de culturas de ciclo longo com início de produção após o primeiro ano de
plantio.
Quadro 7.64 Investimentos para a Implantação de 1,0 ha de Hortícolas, Frutícolas e Mandioca
Abertura, melhoramento e correção do soloEquipamento de irrigação localizada Abertura, melhoramento e correção do soloEquipamento de irrigação localizada
Implantação do pomar e custos até inicio da produção
Mandioca 760,00 Abertura, melhoramento e correcção do solo
Frutícolas 18.000,00
CULTURAS VALOR DO
INVESTIMENTO(US$)
ITENS CONSIDERADOS COMO INVESTIMENTOS
Hortícolas 11.700,00
FONTE: Elaboração CAMPO.
Conforme mencionado acima, os investimentos considerados na primeira opção de dimensão
de área para as 3 culturas foram: abertura de área, correcção de solos, equipamentos de irrigação
(frutícolas e hortícolas), obras e benfeitorias e veículos de apoio à produção. Nesse caso, não se
consideraram os investimentos na aquisição de máquinas e alfaias agrícolas, já que os serviços de
mecanização serão contratados de empresas de mecanização agrícola. A segunda opção de dimensão
de área, considera os investimentos na sua totalidade, excluindo o equipamento de irrigação para a
cultura de mandioca, que terá a sua produção em sequeiro.
O investimento para a abertura de área e correcção do solo da cultura de mandioca, levou em
consideração que esta actividade deverá ser desenvolvida em área praticamente aberta e
preferencialmente em solos com classe textural “franco arenoso”. Com esse tipo de solo e
adoptando-se um manejo adequado, tem-se obtido boa produtividade com a aplicação de calcário
693
para elevar a saturação por bases do solo para 25%. Da mesma forma, embora o fósforo não seja
extraído em grandes quantidades pela mandioca, a resposta da cultura à adubação fosfatada tem
sido significativa em solos tipo de savana.
É relevante informar que, na área de produção de mandioca, para aumentar a rentabilidade e
atender as exigências fitossanitárias da cultura, foi prevista a rotação de cultura com sorgo, assim, na
opção que se considera os investimentos em máquinas e equipamentos agrícolas, está incluído o
investimento nas alfaias necessárias para esta cultura.
Estão previstos reinvestimentos em máquinas e equipamentos agrícolas (alfaias) após 10 anos
de uso.
Os Quadros 7.65. a 7.67. apresentam os investimentos para as áreas de produção de
hortícolas e frutícolas (com investimentos e sem investimentos em máquinas e equipamentos
agrícolas) e, os investimentos para a área de produção de 450 ha de mandioca consorciada com
sorgo.
Quadro 7.65. Investimentos para a produção de hortícolas em 5,0 ha (investimentos completos) e 4,0 ha (sem investimentos em máquinas e equipamentos agrícolas)
Unitário Total Unitário Total
Tractor 4 x 4 110 CV 1 83.000,00 83.000,00 Casa residencial pré-moldada m2 85 750,00 63.750,00
Micro Tractor com enxada rotativa 1 25.000,00 25.000,00 Barracão de máquinas e insumos m2 150 300,00 45.000,00
Sementeira de hortaliças 1 35.000,00 35.000,00 Grupo gerador 30 kVA un. 1 23.000,00 23.000,00
Grade aradora 12x32" 1 20.000,00 20.000,00 Carrinha, cabina dupla un. 1 35.000,00 35.000,00
Encanteirador 1 2.200,00 2.200,00 Poço profundo + encamisamento + bomba un. 1 42.000,00 42.000,00
Pulverizador com barra de 8 m 1 18.000,00 18.000,00
Carreta agrícola pequena 1 4.800,00 4.800,00
Ferramentas em geral Kit 1 10.000,00 10.000,00
Irrigação
SUB-TOTAL 188.000,00 SUB-TOTAL 298.750,00
INVESTIMENTO TOTAL 486.750,00
ÁREA DE PRODUÇÃO HORTÍCOLAS - 5,0 ha Investimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas Construções e Estruturas de Apoio
ESPECIFICAÇÃO Qtde.Valor (US$)
ESPECIFICAÇÃO Unid. Qtde.Valor (US$)
Equipamento de irrigação para 5 ha, adutora, grupo gerador e bomba un. 1 50.000,00 50.000,00
Reservatório de água vertical metálico + base 20.000 L un. 1 30.000,00 30.000,00
Nota: Para área de produção de 4,0 ha, serão contratados os serviços de Empresa(s) de mecanização agrícola, os investimentos necessários para construções e estruturas de apoio são similares ao de 5,0 ha. No que diz respeito ao equipamento de irrigação, o investimento para área de 4,0 ha é de aproximadamente US$ 40.000,00.
FONTE: Elaboração CAMPO.
694
Quadro 7.66. Investimentos para a produção de frutícolas em 20,0 ha (investimentos completos) e 12,0 ha (sem os investimentos em máquinas e equipamentos agrícolas)
Unitário Total Unitário Total
Tractor 4 x 4 110 CV 1 83.000,00 83.000,00 Casa residencial pré-moldada m2 85 750,00 63.750,00
Grade aradora 14x32" 1 28.000,00 28.000,00 Barracão de máquinas e insumos m2 150 300,00 45.000,00
Sulcador 1 25.651,00 25.651,00 Grupo gerador 30 kVA un. 1 23.000,00 23.000,00
Pulverizador Atomizador 1 71.000,00 71.000,00 Carrinha, cabina dupla un. 1 35.000,00 35.000,00
Poço profundo + encamisamento + bomba un. 1 42.000,00 42.000,00
Ferramentas em geral Kit 1 10.000,00 10.000,00
Irrigação
SUB-TOTAL 207.651,00 SUB-TOTAL 448.750,00
INVESTIMENTO TOTAL 656.401,00
un. 1
ÁREA DE PRODUÇÃO FRUTÍCOLAS - 20,0 ha Investimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas Construções e Estruturas de Apoio
Valor (US$)
Reservatório de água vertical metálico + base 20.000 L un. 1 30.000,00 30.000,00
ESPECIFICAÇÃO Qtde.Valor (US$)
ESPECIFICAÇÃO Unid. Qtde.
Equipamento de irrigação para 20 ha, adutora, grupo gerador e bomba 200.000,00 200.000,00
Nota: Para área de produção de 12,0 ha, serão contratados os serviços de Empresa(s) de mecanização agrícola, os investimentos necessários para construções e estruturas de apoio são similares ao de 20,0 ha. No que diz respeito ao equipamento de irrigação, o investimento para área de 12,0 ha é de aproximadamente US$ 120.000,00.
FONTE: Elaboração CAMPO.
Quadro 7.67. Investimentos para a produção de mandioca em 450 ha consorciada com sorgo (investimentos completos)
Unitário Total Unitário Total
Trator 4 x 4 120 CV 1 90.000,00 90.000,00 Casa residencial pré-moldada m2 85 750,00 63.750,00
Grade aradora 12x32" 1 20.500,00 20.500,00 Barracão de máquinas e insumos m2 150 300,00 45.000,00
Grade niveladora 48x20" 1 19.000,00 19.000,00 Grupo gerador 30 kVA un. 1 23.000,00 23.000,00
Plantadeira convencional 8 linhas 1 55.000,00 55.000,00 Carrinha, cabina dupla un. 1 35.000,00 35.000,00
Plantadeira 4 linhas hidráulica para mandioca 1 34.500,00 34.500,00 Poço profundo + encamisamento + bomba un. 1 42.000,00 42.000,00
Afofador 2 linhas 1 9.000,00 9.000,00
Roçadeira frontal 1 15.000,00 15.000,00
Guincho 1 7.500,00 7.500,00 Ferramentas em geral Kit 1 10.000,00 10.000,00
Carreta agrícola 10 t. 1 10.170,00 10.170,00 - SUB-TOTAL 260.670,00 SUB-TOTAL 248.750,00
INVESTIMENTO TOTAL 509.420,00
un. 1 30.000,00 30.000,00
ÁREA DE PRODUÇÃO DE MANDOCA CONSORCIADA COM SORGO - 450 ha Investimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas Construções e Estruturas de Apoio
ESPECIFICAÇÃO Qtde.Valor (US$)
ESPECIFICAÇÃO Unid. Qtde.Valor (US$)
Reservatório de água vertical metálico + base 20.000 L
FONTE: Elaboração CAMPO.
A implantação das opções de tamanho das áreas de produção das respectivas culturas foi
prevista para ser realizada em um ano.
7.5.6.2. Custos de produção anuais
Os custos de produção estimados para as 3 culturas foram apresentados no Tópico 7.4.7.
Parâmetros de Avaliação, e detalhados no Anexo 7.1. Entre eles estão incluídos as sementes, estacas
(mandioca), fertilizantes, agroquímicos, mão-de-obra e serviços de mecanização agrícolas. Para o
item de mecanização agrícola, uma das opções é contratar de empresas prestadoras de serviços de
mecanização e a outra é com a utilização das máquinas e alfaias próprias. Cabe informar que, o valor
adoptado para o aluguer de máquinas agrícolas foi utilizado o que está a ser praticado na região,
que é superior quando comparado com o valor de máquinas próprias.
695
Conforme poderá ser observado no Quadro 7.95. Indicadores da viabilidade económica,
apresentado mais adiante, para a cultura de mandioca em larga escala, somente é rentável quando
há investimentos nas máquinas agrícolas e se aproveita a área para rotação agrícola com sorgo, uma
vez que, o maior peso no custo de produção é a mecanização agrícola e quando se contrata uma
empresa para prestar esse serviço, este item representa 83% dos custos operacionais.
7.5.6.3. Produção
A produção anual das 2 opções de áreas de produção de hortícolas, frutícolas e mandioca são
apresentadas nos Quadros 7.68. a 7.70.
Quadro 7.68. Hortícolas – Opções de Áreas – Projecção da Produção (em toneladas)
Opção 1 - Área 4 ha Ano 1 Ano 2 Ano 3Pimento 27 27 27Tomate 133 133 133Cenoura 80 80 80Total 240 240 240
Opção 2 - Área 5 ha Ano 1 Ano 2 Ano 3Pimento 33 33 33Tomate 167 167 167Cenoura 100 100 100Total 300 300 300
FONTE: Elaboração CAMPO.
Quadro 7.69. Frutícolas – Opções de Áreas – Projecção da Produção (em toneladas)
Opção 1 - Área 12 ha Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10Laranja - - - 20 45 80 100 120 100 100 Maracujá 45 75 45 75 45 75 45 75 45 75 Goiaba - - 47 60 77 77 77 77 77 77 Manga - - 9 24 36 45 45 45 45 45 Total 45 75 101 179 203 277 267 317 267 297
Opcão 2 - Área 20 ha Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10Laranja - - - 34 75 133 167 200 167 167 Maracujá 75 125 75 125 75 125 75 125 75 125 Goiaba - - 79 100 129 129 129 129 129 129 Manga - - 15 40 60 75 75 75 75 75 Total 75 125 169 299 339 462 445 529 446 495
FONTE: Elaboração CAMPO.
696
Quadro 7.70. Mandioca – Projecção da Produção (em toneladas)
Mandioca - - 100 1.500 100 1.500 Sorgo 350 875 250 750 250 750 Total 350 875 350 2.250 350 2.250
Área 450 ha Ano 1 Ano 3 Ano 3
Área colhida (ha)
Produção (ton)
Área colhida (ha)
Produção (ton)
Área colhida (ha)
Produção (ton)
FONTE: Elaboração CAMPO.
Como pode ser observado, devido à cultura da mandioca ter um ciclo praticamente bianual,
sempre que uma área é colhida, uma outra área de mesma dimensão está em fase de
desenvolvimento vegetativo.
Definidos todos os parâmetros de análise e realizada a projecção dos investimentos, custos,
produção e receitas das 2 opções de tamanhos de área, podem-se elaborar os Orçamentos de Custos
e Receitas e os Fluxos de Caixa do Projecto.
Foram elaborados dois cenários para a verificação da viabilidade de cada área de produção de
hortícolas, frutícolas e mandioca41:
Projecto com aluguer de máquinas sem financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto com aluguer de máquinas sem financiamento e com incentivos fiscais;
Projecto com aluguer de máquinas com financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto com aluguer de máquinas com financiamento e com incentivos fiscais;
Projecto com aquisição de maquinas sem financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto com aquisição de maquinas sem financiamento e com incentivos fiscais;
Projecto com aquisição de maquinas com financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto com aquisição de maquinas com financiamento e com incentivos fiscais.
A seguir, são apresentados os Fluxos de Caixa para as opções de tamanho de áreas nos:
Quadros 7.71. a 7.78. de Hortícolas;
Quadros 7.79 a 7.86 de Frutícolas;
Quadros 7.87 a 7.94 de Mandioca.
41 Nota: Os projectos com financiamento utilizam os valores médios da linha do BDA; Os cenários com incentivos fiscais prevêem a isenção total do Imposto Industrial durante o período do horizonte de análise de cada projecto.
697
7.5.6.4. Fluxos de caixa – Hortícolas
Quadro 7.71. Hortícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, sem incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 4 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 0 359 359 359 359 359 359 359 359 367 359 359 359 359 504
Receitas Operacionais 0 0 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 144
Saídas 296 130 176 176 176 177 177 177 176 176 217 177 177 176 176 176Investimentos 296 0 0 0 0 1 1 1 0 0 41 1 1 0 0 0Custos de Produção 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130Impostos sobre receita 0 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43 43Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*)
SALDO -296 -130 183 183 183 182 182 182 183 183 150 182 182 183 183 328
ACUMULADO -296 -425 -242 -59 124 307 489 671 854 1.037 1.188 1.370 1.552 1.735 1.919 2.246
Quadro 7.72. Hortícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, com incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 4 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 0 359 359 359 359 359 359 359 359 367 359 359 359 359 504
Receitas Operacionais 0 0 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 144
Saídas 296 130 133 133 133 135 135 135 133 133 175 135 135 133 133 133Investimentos 296 0 0 0 0 1 1 1 0 0 41 1 1 0 0 0Custos de Produção 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130Impostos sobre receita 0 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*)
SALDO -296 -130 226 226 226 225 225 225 226 226 193 225 225 226 226 370
ACUMULADO -296 -425 -199 27 253 478 702 927 1.153 1.379 1.572 1.797 2.022 2.248 2.474 2.844 FONTE: Elaboração CAMPO.
698
Quadro 7.73. Hortícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – com financiamento, sem incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 4 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 236 0 359 359 359 359 359 359 359 359 367 359 359 359 359 504
Receitas Operacionais 0 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359Financiamento 236 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 144
Saídas 296 146 189 189 223 222 220 218 215 214 253 177 177 176 176 176Investimentos 296 0 0 0 0 1 1 1 0 0 41 1 1 0 0 0Custos de Produção 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130Impostos sobre receita 0 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 40 40 40 40 40 41 41 42 42 43 43 43 43 43Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*) 0 16 16 16 50 47 45 43 41 38 36 0 0 0 0 0
SALDO -59 -146 171 171 137 138 139 141 144 146 115 182 182 183 183 328
ACUMULADO -59 -205 -34 136 273 411 550 691 835 981 1.096 1.278 1.460 1.643 1.827 2.154(*)Amortização + Juros
Quadro 7.74. Hortícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – com financiamento, com incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 4 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 236 0 359 359 359 359 359 359 359 359 367 359 359 359 359 504
Receitas Operacionais 0 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359 359Financiamento 236 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 144
Saídas 296 146 149 149 183 182 180 177 174 172 211 135 135 133 133 133Investimentos 296 0 0 0 0 1 1 1 0 0 41 1 1 0 0 0Custos de Produção 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130 130Impostos sobre receita 0 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*) 0 16 16 16 50 47 45 43 41 38 36 0 0 0 0 0
SALDO -59 -146 210 210 176 178 180 182 185 188 157 225 225 226 226 370
ACUMULADO -59 -205 5 216 392 569 749 931 1.117 1.305 1.461 1.686 1.911 2.137 2.363 2.734(*)Amortização + Juros
FONTE: Elaboração CAMPO.
699
Quadro 7.75. Hortícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – sem financiamento, sem incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 5 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 0 449 449 449 449 449 449 449 449 497 449 449 449 449 693
Receitas Operacionais 0 0 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 48 0 0 0 0 243
Saídas 495 135 195 195 195 196 196 196 195 195 434 196 196 195 195 195Investimentos 495 0 0 0 0 1 1 1 0 0 239 1 1 0 0 0Custos de Produção 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135Impostos sobre receita 0 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 56 56 56 56 56 56 56 56 56 56 56 56 56 56Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*)
SALDO -495 -135 254 254 254 253 253 253 254 254 63 253 253 254 254 498
ACUMULADO -495 -630 -376 -122 132 385 638 891 1.145 1.400 1.462 1.715 1.968 2.222 2.476 2.974
Quadro 7.76. Hortícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – sem financiamento, com incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 5 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 0 449 449 449 449 449 449 449 449 497 449 449 449 449 693
Receitas Operacionais 0 0 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 48 0 0 0 0 243
Saídas 495 135 140 140 140 141 141 141 140 140 379 141 141 140 140 140Investimentos 495 0 0 0 0 1 1 1 0 0 239 1 1 0 0 0Custos de Produção 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135Impostos sobre receita 0 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*)
SALDO -495 -135 310 310 310 308 308 308 310 310 118 308 308 310 310 553
ACUMULADO -495 -630 -320 -11 299 607 916 1.224 1.534 1.844 1.962 2.270 2.579 2.889 3.198 3.751 FONTE: Elaboração CAMPO.
700
Quadro 7.77. Hortícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – com financiamento, sem incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 5 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 396 0 449 449 449 449 449 449 449 449 497 449 449 449 449 693
Receitas Operacionais 0 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449Financiamento 396 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 48 0 0 0 0 243
Saídas 495 162 216 216 273 271 268 265 261 258 494 196 196 195 195 195Investimentos 495 0 0 0 0 1 1 1 0 0 239 1 1 0 0 0Custos de Produção 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135Impostos sobre receita 0 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 50 50 50 51 52 52 53 54 55 56 56 56 56 56Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*) 0 27 27 27 83 79 76 72 68 64 60 0 0 0 0 0
SALDO -99 -162 233 233 176 178 181 184 189 192 3 253 253 254 254 498
ACUMULADO -99 -261 -28 205 382 560 741 925 1.114 1.305 1.308 1.561 1.814 2.068 2.322 2.820(*)Amortização + Juros
Quadro 7.78. Hortícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – com financiamento, com incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 5 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 396 0 449 449 449 449 449 449 449 449 497 449 449 449 449 693
Receitas Operacionais 0 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449 449Financiamento 396 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 48 0 0 0 0 243
Saídas 495 162 166 166 223 220 216 213 208 204 439 141 141 140 140 140Investimentos 495 0 0 0 0 1 1 1 0 0 239 1 1 0 0 0Custos de Produção 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135 135Impostos sobre receita 0 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*) 0 27 27 27 83 79 76 72 68 64 60 0 0 0 0 0
SALDO -99 -162 283 283 227 229 233 237 242 246 58 308 308 310 310 553
ACUMULADO -99 -261 23 306 532 762 994 1.231 1.473 1.718 1.776 2.085 2.393 2.703 3.013 3.566(*)Amortização + Juros
FONTE: Elaboração CAMPO.
701
7.5.6.5. Fluxos de caixa – Frutícolas
Quadro 7.79. Frutícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, sem incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 12 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 0 178 178 178 178 178 178 178 178 202 178 178 178 178 362
Receitas Operacionais 0 0 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24 0 0 0 0 184
Saídas 483 49 80 72 91 80 98 80 98 82 219 82 99 82 99 82Investimentos 483 0 0 0 0 0 0 0 0 0 120 0 0 0 0 0Custos de Produção 49 58 49 72 59 81 59 81 61 83 61 83 61 83 61Impostos sobre receita 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2Impostos sobre lucro 0 19 21 17 19 15 19 15 19 15 19 15 19 15 19Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*)
SALDO -483 -49 98 105 87 97 80 97 80 96 -18 96 78 96 78 280
ACUMULADO -483 -533 -435 -330 -243 -146 -66 31 111 207 189 285 363 458 537 817
Quadro 7.80. Frutícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, com incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 12 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 0 178 178 178 178 178 178 178 178 202 178 178 178 178 362
Receitas Operacionais 0 0 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24 0 0 0 0 184
Saídas 483 49 60 51 74 61 83 61 83 63 205 63 85 63 85 63Investimentos 483 0 0 0 0 0 0 0 0 0 120 0 0 0 0 0Custos de Produção 49 58 49 72 59 81 59 81 61 83 61 83 61 83 61Impostos sobre receita 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*)
SALDO -483 -49 117 127 103 116 95 116 95 114 -3 114 93 114 93 299
ACUMULADO -483 -533 -416 -289 -186 -69 25 142 237 351 348 462 555 669 762 1.061 FONTE: Elaboração CAMPO.
702
Quadro 7.81. Frutícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – com financiamento, sem incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 12 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 387 0 178 178 178 178 178 178 178 178 202 178 178 178 178 362
Receitas Operacionais 0 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178Financiamento 387 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24 0 0 0 0 184
Saídas 483 75 101 93 167 153 168 148 162 143 277 82 99 82 99 82Investimentos 483 0 0 0 0 0 0 0 0 0 120 0 0 0 0 0Custos de Produção 49 58 49 72 59 81 59 81 61 83 61 83 61 83 61Impostos sobre receita 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2Impostos sobre lucro 0 14 16 11 15 11 16 13 17 14 19 15 19 15 19Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*) 0 26 26 26 81 77 74 70 66 63 59 0 0 0 0 0
SALDO -97 -75 77 85 11 24 10 30 16 34 -76 96 78 96 78 280
ACUMULADO -97 -172 -95 -10 0 25 34 64 80 115 39 134 213 308 386 666(*)Amortização + Juros
Quadro 7.82. Frutícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, com incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 12 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 387 0 178 178 178 178 178 178 178 178 202 178 178 178 178 362
Receitas Operacionais 0 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178 178Financiamento 387 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24 0 0 0 0 184
Saídas 483 75 86 77 156 139 157 131 149 126 264 63 85 63 85 63Investimentos 483 0 0 0 0 0 0 0 0 0 120 0 0 0 0 0Custos de Produção 49 58 49 72 59 81 59 81 61 83 61 83 61 83 61Impostos sobre receita 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*) 0 26 26 26 81 77 74 70 66 63 59 0 0 0 0 0
SALDO -97 -75 91 101 22 39 21 46 28 52 -62 114 93 114 93 299
ACUMULADO -97 -172 -81 20 42 81 102 148 177 228 166 281 374 488 581 880(*)Amortização + Juros
FONTE: Elaboração CAMPO.
703
Quadro 7.83. Frutícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – sem financiamento, sem incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 20 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 0 296 296 296 296 296 296 296 296 377 296 296 296 296 624
Receitas Operacionais 0 0 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 82 0 0 0 0 328
Saídas 785 87 78 142 122 170 129 172 129 178 542 178 134 178 134 178Investimentos 785 0 0 0 0 0 0 0 0 0 408 0 0 0 0 0Custos de Produção 87 33 113 87 148 96 150 96 157 103 157 103 157 103 157Impostos sobre receita 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3Impostos sobre lucro 0 42 26 31 19 29 19 29 17 28 17 28 17 28 17Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*)
SALDO -785 -87 218 154 174 126 167 124 167 118 -164 118 162 118 162 446
ACUMULADO -785 -872 -654 -500 -326 -200 -34 90 257 375 211 329 491 609 771 1.217
Quadro 7.84. Frutícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – sem financiamento, com incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 20 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 0 296 296 296 296 296 296 296 296 377 296 296 296 296 624
Receitas Operacionais 0 0 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 82 0 0 0 0 328
Saídas 785 87 36 116 90 151 100 154 100 160 514 160 106 160 106 160Investimentos 785 0 0 0 0 0 0 0 0 0 408 0 0 0 0 0Custos de Produção 87 33 113 87 148 96 150 96 157 103 157 103 157 103 157Impostos sobre receita 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*)
SALDO -785 -87 260 180 206 145 196 142 196 136 -136 136 190 136 190 464
ACUMULADO -785 -872 -612 -432 -227 -82 115 257 453 589 453 588 778 914 1.104 1.567 FONTE: Elaboração CAMPO.
704
Quadro 7.85. Frutícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – com financiamento, sem incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 20 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 628 0 296 296 296 296 296 296 296 296 377 296 296 296 296 624
Receitas Operacionais 0 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296Financiamento 628 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 82 0 0 0 0 328
Saídas 785 129 112 176 245 289 243 281 233 277 636 178 134 178 134 178Investimentos 785 0 0 0 0 0 0 0 0 0 408 0 0 0 0 0Custos de Produção 87 33 113 87 148 96 150 96 157 103 157 103 157 103 157Impostos sobre receita 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3Impostos sobre lucro 0 34 18 23 12 23 14 26 15 27 17 28 17 28 17Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*) 0 42 42 42 132 126 120 114 108 102 96 0 0 0 0 0
SALDO -157 -129 184 120 51 7 53 15 63 19 -259 118 162 118 162 446
ACUMULADO -157 -286 -102 18 69 76 129 144 207 226 -33 85 247 365 527 973(*)Amortização + Juros
Quadro 7.86. Frutícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – com financiamento, com incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 20 ha)
Valores em US$ 1,000DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15
Entradas 628 0 296 296 296 296 296 296 296 296 377 296 296 296 296 624Receitas Operacionais 0 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296 296Financiamento 628 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 82 0 0 0 0 328
Saídas 785 129 78 158 222 277 219 268 207 262 609 160 106 160 106 160Investimentos 785 0 0 0 0 0 0 0 0 0 408 0 0 0 0 0Custos de Produção 87 33 113 87 148 96 150 96 157 103 157 103 157 103 157Impostos sobre receita 0 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Serviço da Dívida(*) 0 42 42 42 132 126 120 114 108 102 96 0 0 0 0 0
SALDO -157 -129 218 138 74 19 77 28 89 34 -232 136 190 136 190 464
ACUMULADO -157 -286 -68 70 143 162 239 267 356 390 158 294 484 619 809 1.273(*)Amortização + Juros
FONTE: Elaboração CAMPO.
705
7.5.6.6. Fluxos de caixa – Mandioca
Quadro 7.87. Mandioca – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, sem incentivos fiscais (450 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 245 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 559
Receitas Operacionais 0 245 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 124
Saídas 588 480 420 423 423 423 423 423 423 423 423 423 423 423 423 423Investimentos 588 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Custos de Produção 474 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408Impostos sobre receita 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1Uso da Concessão 3 5 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9Serviço da Dívida(*)
SALDO -588 -235 15 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 137
ACUMULADO -588 -823 -807 -795 -783 -770 -758 -746 -733 -721 -708 -696 -684 -671 -659 -522
Quadro 7.88. Mandioca – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, com incentivos fiscais (450 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 245 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 559
Receitas Operacionais 0 245 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 124
Saídas 588 480 418 422 422 422 422 422 422 422 422 422 422 422 422 422Investimentos 588 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Custos de Produção 474 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408Impostos sobre receita 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 3 5 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9Serviço da Dívida(*)
SALDO -588 -235 17 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 138
ACUMULADO -588 -823 -806 -792 -779 -765 -752 -739 -725 -712 -699 -685 -672 -658 -645 -507 FONTE: Elaboração CAMPO.
706
Quadro 7.89. Mandioca – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – com financiamento, sem incentivos fiscais (450 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 471 245 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 559
Receitas Operacionais 245 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435Financiamento 471 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 124
Saídas 588 511 450 453 520 516 511 507 502 498 493 423 423 423 423 423Investimentos 588 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Custos de Produção 474 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408Impostos sobre receita 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1Uso da Concessão 3 5 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9Serviço da Dívida(*) 0 32 32 32 99 94 90 85 81 76 72 0 0 0 0 0
SALDO -118 -266 -15 -18 -85 -81 -76 -72 -67 -63 -58 12 12 12 12 137
ACUMULADO -118 -384 -398 -416 -502 -583 -659 -731 -798 -861 -919 -907 -895 -882 -870 -733 (*)Amortização + Juros
Quadro 7.90. Mandioca – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – com financiamento, com incentivos fiscais (450 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 471 245 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 559
Receitas Operacionais 245 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435Financiamento 471 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 124
Saídas 588 511 450 453 520 516 511 507 502 498 493 422 422 422 422 422Investimentos 588 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Custos de Produção 474 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408 408Impostos sobre receita 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 3 5 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9Serviço da Dívida(*) 0 32 32 32 99 94 90 85 81 76 72 0 0 0 0 0
SALDO -118 -266 -15 -18 -85 -81 -76 -72 -67 -63 -58 13 13 13 13 138
ACUMULADO -118 -384 -398 -416 -502 -583 -659 -731 -798 -861 -919 -906 -892 -879 -866 -728 (*)Amortização + Juros
FONTE: Elaboração CAMPO.
707
Quadro 7.91. Mandioca – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – sem financiamento, sem incentivos fiscais (450 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 245 435 435 435 435 435 435 435 435 487 435 435 435 435 690
Receitas Operacionais 0 245 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 52 0 0 0 0 255
Saídas 849 337 317 320 320 320 320 320 320 320 580 320 320 320 320 320Investimentos 849 0 0 0 0 0 0 0 0 0 261 0 0 0 0 0Custos de Produção 332 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286Impostos sobre receita 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 21 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20Uso da Concessão 3 5 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9Serviço da Dívida(*)
SALDO -849 -92 118 115 115 115 115 115 115 115 -93 115 115 115 115 370
ACUMULADO -849 -941 -822 -707 -592 -476 -361 -245 -130 -15 -108 8 123 238 354 724
Quadro 7.92. Mandioca – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – sem financiamento, com incentivos fiscais (450 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 0 245 435 435 435 435 435 435 435 435 487 435 435 435 435 690
Receitas Operacionais 0 245 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435FinanciamentoValor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 52 0 0 0 0 255
Saídas 849 337 296 299 299 299 299 299 299 299 560 299 299 299 299 299Investimentos 849 0 0 0 0 0 0 0 0 0 261 0 0 0 0 0Custos de Produção 332 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286Impostos sobre receita 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 3 5 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9Serviço da Dívida(*)
SALDO -849 -92 139 136 136 136 136 136 136 136 -73 136 136 136 136 390
ACUMULADO -849 -941 -801 -666 -530 -394 -259 -123 13 148 75 211 347 482 618 1.008 FONTE: Elaboração CAMPO.
708
Quadro 7.93. Mandioca – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – com financiamento, sem incentivos fiscais (450 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 679 245 435 435 435 435 435 435 435 435 487 435 435 435 435 690
Receitas Operacionais 245 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435Financiamento 679 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 52 0 0 0 0 255
Saídas 849 382 353 356 453 448 443 437 432 427 682 320 320 320 320 320Investimentos 849 0 0 0 0 0 0 0 0 0 261 0 0 0 0 0Custos de Produção 332 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286Impostos sobre receita 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 12 11 11 12 14 15 16 18 19 20 20 20 20 20Uso da Concessão 3 5 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9Serviço da Dívida(*) 0 45 45 45 143 136 130 123 117 110 104 0 0 0 0 0
SALDO -170 -137 82 79 -18 -13 -8 -2 3 8 -195 115 115 115 115 370
ACUMULADO -170 -307 -225 -146 -164 -177 -185 -187 -184 -176 -372 -256 -141 -25 90 460(*)Amortização + Juros
Quadro 7.94. Mandioca – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – com financiamento, com incentivos fiscais (450 ha) Valores em US$ 1,000
DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15Entradas 679 245 435 435 435 435 435 435 435 435 487 435 435 435 435 690
Receitas Operacionais 245 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435 435Financiamento 679 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Valor Residual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 52 0 0 0 0 255
Saídas 849 382 341 345 442 435 429 422 416 409 664 299 299 299 299 299Investimentos 849 0 0 0 0 0 0 0 0 0 261 0 0 0 0 0Custos de Produção 332 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286 286Impostos sobre receita 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4Impostos sobre lucro 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Uso da Concessão 3 5 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9Serviço da Dívida(*) 0 45 45 45 143 136 130 123 117 110 104 0 0 0 0 0
SALDO -170 -137 94 90 -7 -0 6 13 19 26 -176 136 136 136 136 390
ACUMULADO -170 -307 -213 -123 -130 -130 -124 -112 -92 -67 -243 -108 28 164 299 690(*)Amortização + Juros
FONTE: Elaboração CAMPO.
709
7.5.6.7. Indicadores da viabilidade económica
Apurados os Fluxos de Caixa, procedeu-se à verificação da viabilidade económica das opções
de áreas de produção de hortícolas, frutícolas e mandioca.
O Quadro 7.95. apresenta os indicadores económicos das opções de tamanho de áreas para
a produção de hortícolas, frutícolas e mandioca. A primeira opção para cada cultura considera os
investimentos indicativos de implantação com excepção da aquisição de equipamentos agrícolas, já
que os serviços de mecanização serão contratados a empresas de mecanização agrícola. Na segunda
opção foram considerados os investimentos na sua totalidade: abertura de áreas, correcção de
solos, equipamentos de irrigação (frutícolas e hortícolas) e agrícolas, obras e benfeitorias e veículos
de apoio à produção.
Quadro 7.95. Áreas de Produção de Hortícolas, Frutícolas e Mandioca – Indicadores da Viabilidade Económica
TIR PAYBACK TIR PAYBACK TIR PAYBACK TIR PAYBACK
4 ha * 295.501,44 236.401,15 34,19% 4 40,95% 3 65,35% 3 79,58% 2
5 ha ** 495.201,80 396.161,44 31,18% 4 37,17% 4 65,42% 3 78,65% 2
12 ha * 483.468,99 386.775,19 12,55% 7 15,69% 6 23,02% 4 30,29% 3
20 ha ** 784.671,87 627.737,49 12,36% 7 15,50% 6 24,42% 4 32,57% 3
450 ha * 588.162,00 470.529,60 Inviável Após 15 anos Inviável Após 15 anos Inviável Após 15 anos Inviável Após 15 anos
450 ha ** 848.832,00 679.065,60 6,96% 11 9,33% 8 8,59% 14 12,69% 12
(1) Isenção do pagamento do Imposto Industrial. (*) Com aluguer de máquinas e alfaias para as operações de mecanização agrícola. (**) Com máquinas e alfaias agrícolas incluídas nos investimentos.
COM INCENTIVOS FISCAIS (1)
Hortícolas
Frutícolas
Mandioca
CULTURAS TAMANHOVALOR DO
INVESTIMENTO (US$)
FINANCIAMENTO (80% DO
INVESTIMENTO)
INDICADORES DA VIABILIDADE ECONÓMICA
SEM FINANCIAMENTO COM FINANCIAMENTO
SEM INCENTIVOS FISCAIS COM INCENTIVOS FISCAIS (1) SEM INCENTIVOS FISCAIS
FONTE: Elaboração CAMPO.
Nos cenários estudados a avaliação das áreas para a produção de hortícolas apresenta plena
viabilidade, tanto com o aluguer quanto com a aquisição de máquinas para os serviços de
mecanização agrícola. As Taxas Internas de Rentabilidade (TIR) variam entre 31,2% e 79,6% com
um período de reembolso do capital investido (Payback) entre 2 e 4 anos, nas actuais circunstâncias
de mercado.
A produção de frutícolas, nas áreas dimensionadas também configuram investimentos
rentáveis, tanto com o aluguer quanto com a aquisição de máquinas e alfaias agrícolas. Tendo TIRs
entre 12,4 % e 32,6% e Paybacks entre 3 e 7 anos.
710
Pela complexidade do maneio da sua produção e pelo seu elevado grau de perecibilidade,
estes produtos (hortícolas e frutícolas) requerem uma integração plena na respectiva cadeia
produtiva, facto que deve merecer a devida atenção dos investidores.
Na produção da mandioca em rotação com o sorgo, a viabilidade ocorre apenas no cenário
de aquisição das máquinas e equipamentos agrícolas. Neste caso, as TIRs variam entre 6,96% e
12,69% e o Payback entre 8 e 14 anos. No cenário de aluguer de máquinas e equipamentos, a
contratação de serviços de mecanização agrícola, representaria 83% dos custos operacionais o que
inviabilizaria o investimento.
711
7.6. Capacidade de produção do PAC – Cenários de exploração
A capacidade de produção total do Pólo Agro-industrial de Capanda, que se apresenta neste
tópico, foi dimensionada a partir da capacidade produtiva dos Módulos de Produção Tipo I, II, III e
IV, da produção de cana-de-açúcar, hortícolas, frutícolas, mandioca e madeira.
Para o dimensionamento das unidades agro-industriais que processarão a produção do PAC,
quantificou-se a produção dos Módulos, das hortícolas, frutícolas, mandioca e madeira. No que diz
respeito à produção de cana-de-açúcar, por já estar em fase de implantação a área de cultivo e a
unidade industrial, não se realizaram os estudos detalhados mas foram utilizados os dados
fornecidos pela BIOCOM.
A área apta para o desenvolvimento agro-silvo-pastoril do PAC é de aproximadamente
293.000 ha, dos quais, em 260.000 ha foi dimensionada a capacidade produtiva de sequeiro e
dos dois cenários de exploração em regime de regadio: um com área irrigada de 13.500 ha e o
outro para 50.000 ha irrigados.
A produção da cana-de-açúcar será realizada em 33.000 ha com uma expectativa de
produção de 2.000.000 de toneladas que serão processados em açúcar e etanol e, com os resíduos
do esmagamento da cana, será gerada energia eléctrica.
O grande volume de produção primária será proveniente dos Módulos Tipo I, II, III e IV que
praticamente na sua totalidade serão processados, bem como para cana-de-açúcar. O
processamento pelas unidades agro-industriais transformará a produção em produtos mais nobres e
de maior valor acrescentado. A projecção da produção primária das culturas seleccionadas e dos
principais produtos processados para a área de sequeiro de 293.000 ha, assim como, para os
cenários de 13.500 ha e 50.000 ha irrigados, figuram no quadro a seguir.
712
Quadro 7.96. Projecção da Produção do PAC
ha ha Milho 84.148 641.469 ton 109.300 876.663 ton Soja 97.085 250.211 ton 118.760 306.566 ton Massambala/Sorgo 66.575 176.430 ton 55.315 147.250 ton Cana-de-açúcar 33.000 2.000.000 ton 33.000 2.000.000 ton Mandioca 12.000 82.038 ton 12.000 82.038 ton Feijão 7.330 15.393 ton 25.580 53.718 ton Arroz 1.473 4.418 ton 1.205 3.615 ton Hortícolas 540 32.400 ton 540 32.400 ton Frutícolas (in natura e processamento) 500 14.040 ton 500 14.040 ton Carne Bovina (carcaça) - 8.005 ton - 8.734 ton Carne de Frango (Peso vivo) - 36.664 ton - 36.664 ton Óleo de soja alimentar - 59.532 ton - 59.532 ton Farelo de soja (para ração animal) - 230.868 ton - 230.868 ton Açúcar (de cana) - 215.000 ton - 215.000 ton Etanol (de cana) - 33.000 m³ - 33.000 m³ Madeira para energia 69.300 m³ 37.800 m³ Madeira para serração 103.950 m³ 56.700 m³ Madeira para poste tratado 84.700 und. 46.200 und.
9.350 5.100
Actividades de Produção Potencial de Produção Total no PAC 293.000 ha*
Com 13.500 ha irrigados Com 50.000 ha irrigados Produção Produção
(*) De uma área total de 411 mil ha, 293 mil ha estão reservados para a produção, 113 mil ha estão destinados à preservação ambiental e 5 mil ha de ocupação humana / urbana. Para as áreas de produção de grãos irrigados previram-se 2,5 campanhas anuais, seguindo um planeamento e calendário agrícola de longo prazo com vista à optimização da área irrigada e rotação de culturas. Quanto aos produtos hortícolas previram-se 1,67 campanhas anuais.
FONTE: Elaboração CAMPO.
Observa-se com os dados do quadro acima, um incremento de aproximadamente 36,4% na
produção das principais culturas irrigadas (milho, soja e feijão) quando comparado o cenário de
13.500 ha irrigados com o de 50.000 ha irrigado, ambos somados com a produção de sequeiro
dessas culturas. Este acréscimo na produção, demonstra a importância e o peso que a irrigação
exerce no aumento da produção, uma vez que é possível, para estas culturas, obter até 2,5
campanhas anuais.
Quando se compara a produção dessas culturas irrigadas (milho, soja, feijão, frutícolas e
hortícolas) entre 13.500 ha de sequeiro e os mesmo 13.500 ha irrigados o incremento é de 282,9%
e a comparação para 50.000 ha de sequeiro e irrigados, o incremento é de 234,6%.
Na maturação do PAC, com o cenário de 13.500 ha irrigados e 260.000 ha de sequeiro, a
produção anual de grãos será da ordem de 1,07 milhões de toneladas; de mandioca 82 mil
toneladas; de hortaliças 32,4 mil toneladas; de frutícolas 9,7 mil toneladas; de frangos vivos 36,6 mil
toneladas e bovino em carcaça cerca de 9,3 mil toneladas; de madeira para uso múltiplo 203 mil
713
metros e postes de madeira para energia 84,7 mil unidades. No Quadro 7.97. a seguir, apresenta-se
a produção no decorrer dos anos, até ao 20º ano quando se estima a estabilização e maturação do
PAC.
Quadro 7.97. Capacidade de Produção do PAC – 260.000 hectares produtivos (sequeiro), dos quais 13.500 hectares irrigados42
(em toneladas)
PRODUÇÃO - Toneladas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
MILHO - - 54.981 131.214 225.426 280.758 336.090 391.422 445.962 500.502
SOJA 5.219 17.616 43.460 76.826 110.675 133.005 155.049 176.807 198.565 220.037
MASSAMBALA/SORGO 8.188 25.265 47.128 67.723 85.038 102.353 119.668 136.983 154.298 171.613
MANDIOCA - - - 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038
FEIJÃO - - 4.715 9.429 14.144 14.322 14.501 14.679 14.858 15.036
ARROZ 3.681 11.780 19.879 24.296 24.296 24.296 24.296 24.296 24.296 24.296
HORTÍCOLAS ("in natura") - - 10.800 21.600 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400
FRUTÍCOLAS ("in natura" e processamento) 1.500 2.500 3.096 6.446 8.282 12.375 13.040 15.704
CARNE BOVINA (Carcaça) - - - - 647 1.714 2.621 3.520 4.415 5.311
FRANGO (Peso vivo) - - 12.221 24.443 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664
MADEIRA ENERGIA (m³) - - - - - - 9.900 19.800 29.700 39.600
MADEIRA SERRAÇÃO (m³) - - - - - - - - - -
MADEIRA POSTE (Und.) - - - - - - - - - -
PRODUÇÃO - Toneladas Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
MILHO 554.250 607.206 641.469 659.664 657.288 654.912 652.536 650.160 648.576 646.992
SOJA 236.290 245.365 250.211 250.705 248.989 247.559 246.415 245.557 244.699 244.127
MASSAMBALA/SORGO 180.740 180.978 176.430 173.150 173.150 173.150 173.150 173.150 173.150 173.150
MANDIOCA 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038
FEIJÃO 15.215 15.393 15.393 15.393 15.393 15.393 15.393 15.393 15.393 15.393
ARROZ 20.615 12.516 4.418 - - - - - - -
HORTÍCOLAS ("in natura") 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400
FRUTÍCOLAS ("in natura" e processamento) 13.040 14.040 13.040 14.040 13.040 14.040 13.040 14.040 13.040 14.040
CARNE BOVINA (Carcaça) 6.210 7.108 8.005 8.903 9.333 9.331 9.321 9.316 9.316 9.316
FRANGO (Peso vivo) 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664
MADEIRA ENERGIA (m³) 49.500 59.400 69.300 79.200 89.100 99.000 99.000 99.000 99.000 99.000
MADEIRA SERRAÇÃO (m³) - - - 14.850 29.700 44.550 59.400 74.250 89.100 103.950
MADEIRA POSTE (Und.) - - - 12.100 24.200 36.300 48.400 60.500 72.600 84.700
260.000 ha de sequeiro, dos quais 13.500 hectares irrigados
FONTE: Elaboração CAMPO.
Graficamente, a projecção da produção do PAC irrigando 13.500 dos 260.000 hectares
disponíveis para a agricultura, pecuária e floresta é a seguinte:
42 Nota: Grãos, Mandioca, Hortaliças, Carne Bovina (carcaça = rendimento de 50% do peso vivo) e Frango Vivo em toneladas. Madeira Energia e Serração em m3 e Madeira Poste em unidades. Hortícolas: Cenoura, Pimento e Tomate; Frutícolas: Laranja, Maracujá, Goiaba e Manga.
714
Gráfico 7.32. Projecção da produção – com 13.500 ha irrigados e 260.000 ha de sequeiro
FONTE: Elaboração CAMPO.
No cenário de 260.000 ha de sequeiro, dos quais 50.000 ha são irrigados, na maturação a
produção anual esperada é de aproximadamente 1,4 milhões de toneladas de grão; de mandioca 82
mil toneladas; de hortaliças 32,4 mil toneladas; de frutícolas 14.040 mil toneladas (consumo “in
natura” e processamento); de frangos vivos 36,6 mil toneladas e bovina em carcaça, cerca de 9,3
mil toneladas; de madeira para uso múltiplo 111 mil metros e postes de madeira para energia 46,2
mil unidades.
No Quadro 7.98. a seguir, apresenta-se a produção no decorrer dos anos, até ao 20º ano
quando se estima a estabilização e maturação do PAC.
715
Quadro 7.98. Capacidade de Produção do PAC - 260.000 hectares produtivos (sequeiro), dos quais 50.000 hectares irrigados43
(em toneladas)
PRODUÇÃO - Toneladas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
MILHO - 46.166 114.456 191.685 286.491 381.297 476.094 570.891 665.256 759.621
SOJA 4.252 26.539 55.998 86.501 119.214 151.772 184.170 216.413 248.655 280.742
MASSAMBALA/SORGO 6.688 20.635 38.468 55.825 70.258 84.690 99.123 113.555 127.988 142.420
MANDIOCA - - - 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038
FEIJÃO - 5.771 11.720 17.669 23.619 29.568 35.516 41.465 47.413 53.361
ARROZ 3.013 9.640 16.268 19.883 19.883 19.883 19.883 19.883 19.883 19.883
HORTALIÇAS ("in natura") - - 10.800 21.600 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400
FRUTÍCOLAS ("in natura" e processamento) 1.500 2.500 3.096 6.446 8.282 12.375 13.040 15.704
CARNE BOVINA (Carcaça) - - - - 531 1.566 2.600 3.500 4.288 5.308
FRANGO (Peso vivo) - - 12.221 24.443 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664
MADEIRA ENERGIA (m³) - - - - - - 5.400 10.800 16.200 21.600
MADEIRA SERRAÇÃO (m³) - - - - - - - - - -
MADEIRA POSTE (Und.) - - - - - - - - - -
PRODUÇÃO - Toneladas Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
MILHO 804.099 848.145 876.663 892.944 891.648 890.352 889.056 887.760 886.896 886.032
SOJA 294.290 301.894 306.566 307.840 306.904 306.124 305.500 305.032 304.564 304.252
MASSAMBALA/SORGO 150.165 150.650 147.250 144.325 144.325 144.325 144.325 144.325 144.325 144.325
MANDIOCA 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038 82.038
FEIJÃO 53.540 53.718 53.718 53.718 53.718 53.718 53.718 53.718 53.718 53.718
ARROZ 16.870 10.243 3.615 - - - - - - -
HORTALIÇAS ("in natura") 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400 32.400
FRUTÍCOLAS ("in natura" e processamento) 13.040 14.040 13.040 14.040 13.040 14.040 13.040 14.040 13.040 14.040
CARNE BOVINA (Carcaça) 6.329 7.350 8.371 9.391 9.881 9.867 9.854 9.974 10.207 10.208
FRANGO (Peso vivo) 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664 36.664
MADEIRA ENERGIA (m³) 27.000 32.400 37.800 43.200 48.600 54.000 54.000 54.000 54.000 54.000
MADEIRA SERRAÇÃO (m³) - - - 8.100 16.200 24.300 32.400 40.500 48.600 56.700
MADEIRA POSTE (Und.) - - - 6.600 13.200 19.800 26.400 33.000 39.600 46.200
260.000 ha de sequeiro, dos quais 50.000 hectares irrigados
Nota: Grãos, Mandioca, Hortaliças, Carne Bovina (carcaça = rendimento de 50% do peso vivo) e Frango Vivo em toneladas. Madeira Energia e Serração em m3 e Madeira Poste em unidades. Hortícolas: Cenoura, Pimento e tomate; Frutícolas: Laranja, Maracujá, Goiaba e Manga.
FONTE: Elaboração CAMPO.
Graficamente, a produção projectada é a seguinte:
43 Nota: Grãos, Mandioca, Hortaliças, Carne Bovina (carcaça = rendimento de 50% do peso vivo) e Frango Vivo em toneladas. Madeira Energia e Serração em m3 e Madeira Poste em unidades. Hortícolas: Cenoura, Pimento e tomate; Frutícolas: Laranja, Maracujá, Goiaba e Manga.
716
Gráfico 7.33. Projecção da produção – com 260.000 ha de sequeiro, dos quais 50.000 ha são irrigados
FONTE: Elaboração CAMPO.
Nota-se que a produção de grãos aumentou significativamente com o cenário de 50.000 ha
irrigados, quando se compara com o de 13.500 ha irrigados, em compensação, a produção de
massambala/sorgo e arroz teve uma pequena redução, pois a cultura seria de sequeiro, enquanto
que a produção de madeira teve uma redução mais significativa, devido ao facto de a área irrigada
avançar sobre a área que estava destinada ao Sistema de Produção, Integração de Lavoura,
Pecuária e Floresta (ILPF).
No período de análise de 20 anos, o incremento no volume da produção de grãos é de
aproximadamente 29% quando comparado aos dois cenários: cenário de 50.000 ha produzirá 20
milhões de toneladas enquanto no cenário de 13.500 ha, 15,5 milhões de toneladas. Com esse
incremento na produção e com o efeito que resulta no bem-estar social, é plenamente justificável o
investimento em infra-estruturas de irrigação e, para o empreendedor, os investimentos nos
equipamentos para o regadio.
717
No Capítulo 8, será apresentado o impacto macroeconómico gerado pela produção primária e
pela agro-industrialização. Sendo a avaliação das Empresas Âncora e as suas respectivas cadeias
produtivas, das actividades correlacionadas e das empresas prestadoras de serviços tema que se
apresenta no tópico seguinte.
718
7.7. Avaliação das Empresas Âncora
O modelo de desenvolvimento do PAC, conforme citado anteriormente, foi planeado e
baseado em Cadeias Produtivas, para que, dessa forma, se garanta a integridade da produção, do
processamento e da comercialização/distribuição, de maneira a agregar os elos, viabilizando a
atracção de novos investimentos satélites na produção primária, na industrialização e em serviços de
apoio à produção.
Essa concepção é necessariamente sistémica, pois as cadeias produtivas deverão arrancar de
forma integral, com avanço sincronizado à produção agro-pecuária.
O fluxograma a seguir apresenta a delimitação de onde se realizaram as análises em relação
aos segmentos da cadeia produtiva, partindo da indústria de inputs (insumos), passando para a
produção de grãos e florestas e seu processamento, produção pecuária até chegar à indústria
frigorífica.
Figura 7.2. Fluxograma global de produtos entre segmentos das Cadeias Produtivas
FONTE: Elaboração CAMPO.
Na figura acima, observa-se que parte da produção da indústria de processamento
(esmagadora de soja, processamento de arroz e fábrica de ração) é direccionada para a produção
pecuária.
As oito principais Cadeias Produtivas potenciais identificadas para o PAC são:
1. Grãos (complexo soja, milho, massambala/sorgo, arroz e feijão),
2. Carne avícola;
3. Carne bovina;
719
4. Florestal;
5. Cana-de-açúcar;
6. Mandioca;
7. Horticultura;
8. Fruticultura.
Outras agro-indústrias correlacionadas e complementares igualmente têm potencial. Estão
destinadas a garantir as infra-estruturas de apoio às actividades agro-produtivas, a exemplo:
9. Moinho de Calcário;
10. Unidade de Beneficiamento de Sementes UBS;
11. Processadora de Arroz;
12. Packing House para Hortaliças;
13. Misturadora de Fertilizantes;
14. Misturadora de Sal.
Empresas prestadoras de serviços que se configuram como potenciais actividades
correlacionadas à produção:
15. Empresa(s) de mecanização agrícola;
16. Empresa(s) de transporte da produção e insumos (inputs).
A cadeia produtiva da cana-de-açúcar já está em processo de exploração e de implantação
de áreas de cultivo e da unidade fabril de açúcar e etanol, diante disso não está contemplado no
estudo de viabilidade económica. Como mencionado anteriormente essa cadeia produtiva está sob
liderança da BIOCOM, que tem o papel típico de Empresa Âncora. Nada impede que outros
empreendimentos se desenvolvam no PAC dedicados à cana-de-açúcar, é uma questão de mercado.
No que diz respeito à cadeia produtiva de hortaliças, a gestão da mesma será efectuada por
um Packing House (Casa de Embalagem), que será apresentado nos estudos de viabilidade
económica para uma unidade, que poderá ser replicada conforme o aumento da produção. A
produção, será oriunda dos agricultores familiares, assim como de produtores de médio e,
inclusivamente de grande porte.
720
A próxima Figura 7.3. apresenta o fluxograma global das Cadeias Produtivas projectadas,
organizado por segmentos (Figura 7.2.), Unidades de Negócios (UNs) e Conjuntos de Unidades de
Negócios. O fluxo de produtos internos (oriundos do PAC) está representado por setas vermelhas e
o fluxo de entrada de insumos externos ao PAC, por setas azuis.
Uma UN refere-se a um negócio específico dentro de uma empresa cuja produção implica
processos específicos de gestão, compra de insumos (inputs), tecnologia de produção
(processamento) e geração de um ou mais produtos (outputs).
Um Conjunto de Unidades de Negócios é formado quando a entrada de insumos e/ou a saída
de produtos têm a origem e/ou o destino idêntico(s), respectivamente.
Considerou-se que a maior parte dos insumos (inputs) produtivos como fertilizantes,
defensivos, medicamentos veterinários, equipamentos, máquinas e material genético deverão vir de
fora da área do projecto, inclusive do exterior. Esses produtos deverão abastecer as actividades de
produção de grãos, hortícolas, frutícolas e mandioca, de eucalipto e pecuária. Já o calcário é
encontrado em várias jazidas no perímetro do PAC.
722
7.7.1. Empresa Âncora de Grãos
A produção de grãos, principalmente a de soja, milho e sorgo, é fundamental e estruturante,
pois esses componentes são a base para a transformação de produtos primários em alimentos mais
nobres e de maior valor agregado como a proteína animal e óleo alimentar. Diante disso, é
importante que o PAC tenha uma Empresa Âncora para liderar e organizar a cadeia produtiva de
grãos. Igualmente, a mesma Empresa Âncora, poderá liderar outros segmentos da produção de
grãos tais como o de arroz e de feijão e seus respectivos processamentos.
A Empresa Âncora de Grãos produzirá aproximadamente 1/3 da soja que será processada na
esmagadora e na refinadora. O milho é parte fundamental do projecto, pois é necessário à rotação
de cultivos. Essa Empresa Âncora prestará também serviço de limpeza e armazenagem do milho.
Nesse contexto a Empresa Âncora de Grãos conta com três unidades de negócios, que englobam a
produção de grãos, a armazenagem e a indústria esmagadora e refinadora de soja, todas descritas a
seguir.
Figura 7.4. Fluxograma da Empresa Âncora de Grãos
FONTE: Elaboração CAMPO.
723
Foto 7.1. Ilustração – Indústria de complexo soja, armazenagem e fábrica de ração – Cooperativa Granol – Brasil.
Foto 7.2. Ilustração – Óleo de soja alimentar na linha de envase e de embalagem.
7.7.1.1. Mercado de óleo de soja e grãos
Segundo dados do CNC (Conselho Nacional de Carregadores) Angola importou 170,6 mil
toneladas de óleo de soja e palma em 2008, 128,3 mil ton em 2009, 177,9 mil ton em 2010 e 238,0
mil ton em 2011 (figura abaixo), representando o óleo de soja neste último ano um valor de US$
149,05 milhões. O volume importado representou 1,4% do valor das importações44.
Figura 7.5. Histórico de importação de óleo de soja e palma em Angola
FONTE: CNC – Angola (2008 a 2011)
Mercado de Óleo Alimentar em Angola
entre 2005 e 201145:
O consumo interno de Óleo Alimentar
subiu 3,25% em média ao ano;
A produção local manteve-se constante;
As importações cresceram a uma TCMA
(taxa crescimento média ao ano) de 7,7%;
Em 2010, o peso das importações foi de
73% do óleo alimentar consumido no país.
Com a implantação e a maturação do primeiro módulo agro-industrial de esmagamento e
refinamento de soja, a produção de 28.873 toneladas por ano de óleo alimentar permitirá substituir
12% do volume importado, assim como, disponibilizará para o mercado 115.400 toneladas de farelo
44 TIMS – SNA (2012): Relatório Anual de 2011 das Alfândegas de Angola. 45 Deloitte 2011.
724
de soja e 308.500 toneladas de milho para as fábricas de ração animal e, no caso do milho, também
para alimentação humana.
Com a produção de soja na maturação do PAC serão necessárias duas plantas industriais de
esmagadora e refinadora de soja, que juntas produzirão 59.532 toneladas de óleo de soja refinado,
capaz de substituir 25% da importação de óleo alimentar anual actual e disponibilizar 230.868
toneladas de farelo de soja para as fábricas de ração animal.
No que respeita ao milho, na maturidade do PAC, a produção será de 650.000 toneladas de
milho para as fábricas de ração animal e/ou para alimentação humana.
7.7.1.2. Produção de grãos
Relacionado à produção de grãos, visando abastecer a demanda apresentada pela Empresa
Âncora de Grãos serão necessários 21.000 hectares de produção, dos quais 6.000 serão irrigados e
15.000 de sequeiro. Conforme apresentado na figura abaixo, na estabilização do projecto,
anualmente, a safra de verão contará com 6.000 ha de soja que receberá irrigação complementar,
outros 12.000 ha de soja e 3.000 ha de milho em sequeiro. Na 2ª safra serão plantados 6.000 ha de
milho irrigado, totalizando 27.000 hectares por ano na estabilização, que ocorrerá no 5º ano.
Quadro 7.99. Descrição de áreas plantadas com soja e milho para a Empresa Âncora de Grãos
Áreas (ha)
Área irrigada 6.000 Área de sequeiro 15.000 Área de cultivo 21.000
Safra de verão Área (ha)
Soja irrigada 6.000 Soja sequeiro 12.000 Milho sequeiro 3.000 Total Sequeiro 21.000
2ª Safra Área (ha)
Milho irrigado 6.000 Total ano 27.000
Agricultura
.
FONTE: Elaboração CAMPO.
725
A projecção dessa Unidade de Negócio levou em consideração os seguintes preços de venda:
1) Tonelada de soja em US$ 650,00;
2) Tonelada de milho em US$ 400,00.
O Investimento total para a implantação dessa produção de grãos (soja e milho), até ao 5º
ano é de US$ 149,81 milhões.
7.7.1.3. Armazenagem
O processo de armazenagem consiste na realização de serviços de limpeza, secagem e
armazenamento que visam suprir a Empresa Âncora de Grãos com soja para a unidade de
esmagamento/refinamento de óleo e milho para a venda junto a unidades de produção de ração
animal ou consumo humano.
O fluxograma básico de funcionamento de uma unidade de armazenamento segue o definido
abaixo.
Figura 7.6. Fluxograma básico de uma unidade armazenamento – Produção de Grãos
FONTE: Elaboração CAMPO.
No funcionamento dessa unidade, o camião com grãos proveniente dos campos em fase de
colheita é pesado e a amostra para análise de impurezas e humidade é colectada.
Subsequentemente o descarregamento é feito na moega. Desse local, os grãos seguem para a pré-
limpeza na qual ocorre a remoção do excesso de impurezas para que o percentual chegue ao
máximo de 3%. Os grãos são limpos novamente para que o percentual não ultrapasse 1%. Estes
são em seguida secados e armazenados em silos até à sua comercialização. No momento oportuno,
o produto é expedido em camiões.
726
Com base na demanda apresentada pela Empresa Âncora de Grãos e pelo PAC, foi
projectada uma bateria de 3 armazéns com capacidade de armazenagem de 60 mil toneladas cada,
totalizando 180 mil toneladas.
Quadro 7.100. Capacidade de armazenagem de uma e de três baterias de armazéns projectados
Grão Capac. (ton)Soja 20.000 Milho 40.000 Total (um armazém) 60.000
Grão Capac. (ton)Soja 60.000 Milho 120.000 Total (três armazéns) 180.000
Bateria de três armazéns
ArmazenagemUm armazém
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção dessa Unidade de Negócio levou em consideração as premissas definidas abaixo:
1) Para cálculo das receitas foram adoptadas as taxas de serviço de recepção,
armazenagem, expedição, limpeza, quebra técnica e secagem. Sendo assim, o preço
global dos serviços de armazenamento de milho e soja foi definido em:
Milho = US$ 26,45 a tonelada;
Soja = US$ 25,17 a tonelada.
2) Foi adoptado que a matéria-prima chegará com no máximo 3% de impurezas para o
armazém visando garantir a fluidez adequada do processo;
3) Tendo em vista que a humidade de entrada dos grãos afecta directamente nos custos
e taxas de serviço, os grãos recebidos teriam os percentuais de humidade distribuídos
conforme o quadro abaixo, o que foi utilizado para definir os custos médios e valores
de venda do serviço.
727
Quadro 7.101. Percentual de sementes de milho e soja que chegam com as humidades definidas
% de humidade do grão na chegada menor que 13,5%
14 a 15% 14 a 16% 14 a 17% 14 a 18% 14 a 19% 14 a 20% 14 a 21% 14 a 22% 14 a 23% 14 a 24%
% de soja na faixa de humidade 36,00% 11,00% 10,00% 9,00% 8,00% 7,00% 6,00% 5,00% 4,00% 3,00% 2,00%
% de humidade do grão na chegada menor que 13,5%
14 a 15% 14 a 16% 14 a 17% 14 a 18% 14 a 19% 14 a 20% 14 a 21% 14 a 22% 14 a 23% 14 a 24%
% de milho na faixa de humidade 30,00% 8,00% 8,00% 8,00% 8,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00%
FONTE: Elaboração CAMPO.
Os investimentos necessários para implantar os 3 armazéns - com capacidade estática de
60.000 toneladas cada - são de US$ 27,94 milhões.
Quadro 7.102. Investimento total necessário – Armazenagem
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 11.575.746,00
Investimentos semi-fixos 14.828.940,85
Outros investimentos 1.535.930,21
INVESTIMENTO TOTAL 27.940.617,06
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.1.4. Esmagadora/refinadora
Essa UN apresenta duas plantas industriais interligadas, que realizam dois tipos de processamento, o
esmagamento de soja e o refino de óleo bruto. O processo da esmagadora consiste na prensagem
mecânica aliada à extracção por solventes, que gera dois produtos: i) o farelo de soja
desolventizado46 e ii) o óleo bruto de soja direccionado para o refino.
O fluxograma básico de processamento de uma unidade integrada de esmagamento e refino
de soja é apresentado na figura abaixo.
46 Desolventizado : que passou por processo da retirada do solvente utilizado para extracção de óleo bruto, gerando um farelo de soja. A composição do farelo de soja desolventizado fornece cerca de 4.204 kcal/kg de Energia Bruta e 43,09 % de PB (Mendes et al. 2004).
728
Figura 7.7. Fluxograma básico de uma unidade de moinho de soja e refinadora de óleo de soja
FONTE: Elaboração CAMPO.
A parte de esmagamento de soja consiste basicamente na preparação da matéria-prima
para extracção do óleo bruto, que envolve actividades de pré-limpeza, descasque,
trituração/laminação e cozimento. A seguir o material é levado à prensagem mecânica e extracção
de óleo bruto com uso de solvente. O óleo bruto obtido é direccionado para tanques onde aguarda
pelo refino, e o farelo de soja desolventizado pode ser destinado para produção de ração animal.
No refino, o óleo bruto é submetido a quatro processos: i) degomagem (colocar uma nota
com a definição) com finalidade de separar os fosfatídeos do óleo, ii) neutralização dos ácidos
graxos livres, iii) branqueamento para retirar produtos prejudiciais à sua estabilidade, e iv)
desodorização.
729
Os produtos obtidos no processo são: farelo de soja desolventizado e óleo de soja refinado.
Com base na demanda apresentada pela Empresa Âncora de Grãos, foi projectada uma
unidade de esmagadora de soja com capacidade para 600 toneladas/dia, assim como refinadora de
óleo de soja anexa com capacidade para 140 toneladas/dia. Considerando 242 dias de trabalho (11
meses) essas unidades terão capacidade de esmagar 145.200 toneladas de soja e refinar 33.880
toneladas de óleo bruto que irão gerar 28.873 toneladas de óleo refinado. Um mês é destinado à
manutenção da planta industrial.
Quadro 7.103. Capacidade de processamento de uma unidade de esmagadora/refinadora de soja e rendimento percentual dos produtos obtidos
Descrição Quantidade Descrição Quantidade
Capacidade (ton/dia) 600 Capacidade (ton/dia) 140
Meses de funcionamento 11 Meses de funcionamento 11
Capacidade (ton/ano) 145.200 Capacidade (ton/ano) 33.880
RendimentoQuantidade
(ton) Rendimento Quantidade
Farelo de soja (79,50%) 115.434 Óleo bruto em refinado (%) 97,00%
Óleo Bruto (20,50%) 29.766 Óleo Refinado (ton) 28.873
Esmagadora de soja Refinadora de soja
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção dessa Unidade de Negócio levou em consideração as premissas definidas abaixo:
1) Os rendimentos do processo realizado na esmagadora e refinadora, definidos para
uma tonelada de soja processada foram:
Farelo de soja desolventizado = 79,50%;
Óleo Bruto de soja = 20,5% dos quais 97% são convertidos em óleo
refinado.
2) Para determinação das receitas, o preço de venda adoptado foi:
Tonelada de farelo de soja desolventizado - US$ 585,15;
Preço da tonelada do óleo refinado (em caixas com 20 embalagens de 900
ml cada) - US$ 1.918,89.
A implantação da unidade de esmagadora/refinadora de soja com as capacidades definidas
acima, requerem um investimento na ordem de US$ 52,31 milhões.
730
Quadro 7.104. Investimento total necessário – Esmagadora/Refinadora de Soja
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 13.078.304,15
Investimentos semi-fixos 32.957.806,00
Outros investimentos 6.274.731,98
INVESTIMENTO TOTAL 52.310.842,13
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.1.5. Avaliação económica – Empresa Âncora de Grãos
Abaixo, podem-se observar os investimentos previstos em cada unidade de negócio, que
totalizam US$ 230,1 milhões.
Gráfico 7.34. Investimentos necessários para cada unidade de negócio na Empresa Âncora de Grãos
FONTE: Elaboração CAMPO.
A seguir são apresentados os investimentos e reinvestimentos no período do projecto. O
investimento inicial ao longo de quatro anos de implantação da Empresa Âncora, totalizando US$
184,05 milhões da parcela financiada (80 % de US$ 230,1 milhões). Os reinvestimentos decorrem
da recalagem a cada 5 anos e da reposição de máquinas, equipamentos e veículos após dez anos de
uso.
731
Gráfico 7.35. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa Âncora de Grãos (em milhões US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
O próximo gráfico apresenta a evolução do resultado económico do fluxo de caixa ano-a-ano,
que demonstra a capacidade de pagamento do projecto e o cúmulo do projecto em US$ 557,6
milhões.
Gráfico 7.36. Evolução resultado económico na Empresa Âncora de Grãos
FONTE: Elaboração CAMPO.
Finalmente, é apresentada a Taxa Interna de Rentabilidade - TIR no 20º ano e o Payback
para os quatro cenários: “com” e “sem” financiamento e essas duas situações com incentivo fiscal.
Ao lado, encontra-se o Valor Actual Líquido - VAL no 20º ano para os mesmos cenários, com
diferentes taxas de atractividade.
732
Figura 7.8. TIR no 20º ano e Payback; VAL n 20º ano nos diferentes cenários projectados na Empresa Âncora de Grãos
Taxas VAL Taxas VAL
0% 436.018 0% 660.477
5% 138.169 5% 256.249
10% 3.745 10% 71.329
15% -61.291 15% -19.719
Taxas VAL Taxas VAL
0% 620.066 0% 844.524
5% 313.452 5% 431.533
10% 171.061 10% 238.645
15% 98.750 15% 140.322
Com Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Com Financiamento e com Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e com Incentivos Fiscais
FONTE: Elaboração CAMPO.
733
7.7.2. Empresa Âncora Avícola
A produção de carne avícola tem um papel de destaque no PAC por se tratar de proteína
animal fundamental para a alimentação humana e de produção em ciclo curto.
Como o país não conta ainda com uma produção de grãos suficiente para atender à
demanda da indústria de proteína animal de aves, essa unidade de negócios foi projectada para ser
auto-suficiente, contando com as seguintes unidades de negócios hierarquizadas: incubadora,
produção de soja e milho, armazenagem, extrusora de soja, fábrica de ração produção de aves de
corte e matadouro de aves. No primeiro momento os ovos férteis serão importados (figura abaixo).
Figura 7.9. Fluxograma da Cadeia Produtiva da Avicultura
FONTE: Elaboração CAMPO.
734
Foto 7.3. Incubadora – ovos férteis. Foto 7.4. Incubadora: pintos de 1 dia – “sexagem”.
Foto 7.5. Módulo de pavilhões de aviários – Distrito Federal – Brasil.
Foto 7.6. Interior de uma unidade de matadouro de aves.
A Empresa Âncora Avícola produzirá todo grão que necessitará para fabricar ração, bem
como todas as aves serão abatidas em sua agro-indústria. Futuramente, na consolidação do PAC,
esta Empresa Âncora poderá ampliar a sua planta de abates e desenvolver um sistema de
integração de outros produtores.
7.7.2.1. Mercado avícola
Segundo dados do CNC (Conselho Nacional de Carregadores) Angola importou 147,5 mil ton
de carne de frango em 2008, 166,7 mil ton em 2009, 388,2 mil ton em 2010 e 278,5 mil ton em
2011 (figura abaixo), representando neste último ano um valor de US$ 267,1 milhões, quando foi o
4º item na pauta de importação. O volume importado representa 94% da carne de aves consumida
no país, chegando a 13,7 kg per capita por ano.
As importações de frango congelado apresentaram uma Taxa Média de Crescimento Anual
(TCMA) de 18,33% entre 2005 e 2010. Deve-se considerar que a economia de Angola deverá
735
triplicar até 2015 (tendo 2009 como base). A tendência, portanto, é de um aumento significativo de
consumo de proteína animal, principalmente da carne de frango, a mais popular.
Figura 7.10. Histórico de importação de carne de frango em Angola
Fonte: CNC – Angola (2008 a 2011).
Mercado de Carne de Frango em Angola entre 2005 e
201147:
O consumo interno de frango congelado subiu
17,23% em média ao ano;
A produção local manteve-se constante;
As importações cresceram a uma TCMA de 18,3%;
Em 2010, o peso das importações foi de 96% da
carne de frango consumida no país.
Importações de frango congelado48:
Representou US$ 267,1 milhões e
Foi o 4º item da pauta de importação.
Diante do mercado existente e das suas potencialidades, aliada com as condições favoráveis
de produção de soja e milho no PAC, bem como a sua posição privilegiada em relação ao mercado e
facilidades logísticas, a produção de carne de frango mostra-se com grande potencial de
investimento.
Com a implantação do módulo, no quarto ano a Empresa Âncora produzirá aproximadamente
14 milhões de aves, que serão convertidas em 30.310 toneladas de carne por ano, permitindo
substituir 11% do volume actualmente importado.
7.7.2.2. Produção de grãos
Relacionado à produção de grãos, visando abastecer a demanda apresentada pela Empresa
Âncora Avícola serão necessários 11.000 hectares de produção, dos quais 5.000 serão irrigados e
6.000 de sequeiro. Conforme apresentado na figura abaixo, a safra de verão contará com 5.000 ha
de soja que receberá irrigação complementar, outros 4.000 ha de soja e 2.000 ha de milho em
sequeiro. Na 2ª safra serão plantados 5.000 ha de milho irrigado, totalizando 16.000 hectares por
ano na estabilização, que ocorrerá no 4º ano.
47 Deloitte 2011. 48 Relatório Anual das Alfândegas de Angola, 2011.
736
Quadro 7.105. Descrição de áreas plantadas com soja e milho para a Empresa Âncora Avícola (7)
Áreas (ha)
Área irrigada 5.000 Área de sequeiro 6.000 Área de cultivo 11.000
Safra de verão Área (ha)
Soja sequeiro 5.000 Soja sequeiro 4.000 Milho sequeiro 2.000 Total Sequeiro 11.000
2ª Safra Área (ha)
Milho irrigado 5.000 Total ano 16.000
Agricultura
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção dessa Unidade de Negócio levou em consideração as premissas definidas abaixo:
1) Preço de venda da tonelada de soja em US$ 650,00;
2) Preço de venda da tonelada de milho em US$ 400,00.
O Investimento total para a implantação dessa produção de grãos (milho e soja), até ao 5º
ano é de US$ 69,38 milhões.
7.7.2.3. Armazenagem
O processo de armazenagem consiste da realização de serviços de limpeza, secagem e
armazenamento que visam suprir a Empresa Âncora Avícola com soja e milho para a produção de
ração para as aves.
O fluxograma básico de funcionamento de uma unidade de armazenamento é o mesmo
apresentado no Tópico anterior da Empresa Âncora de Grãos (Figura 7.6).
No funcionamento dessa unidade, o camião com grãos proveniente dos campos em fase de
colheita é pesado e a amostra para análise de impurezas e humidade é colectada.
Subsequentemente o descarregamento é feito na moega. Desse local, os grãos seguem para a pré-
limpeza na qual ocorre a remoção do excesso de impurezas para que o percentual chegue até no
máximo 3%. Os grãos são limpos novamente para que o percentual não ultrapasse 1%. Estes são
737
então secados e armazenados em silos até à sua comercialização. No momento oportuno, o produto
é expedido em camiões.
Com base na demanda apresentada pela Empresa Âncora Avícola, foi projectada uma
unidade armazenadora com capacidade de armazenagem de 60.000 toneladas. Abaixo podem ser
visualizadas as premissas adoptadas e investimentos necessários para o projecto.
Quadro 7.106. Capacidade estática do armazém para soja e milho
Grão Capac. (ton)Soja 20.000 Milho 40.000 Total 60.000
ArmazenagemUm armazém
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção dessa Unidade de Negócio, levou em consideração as premissas definidas
abaixo:
1) Para o cálculo das receitas foram adoptadas as taxas de serviço de recepção,
armazenagem, expedição, limpeza, quebra técnica e secagem. Sendo assim o
preço global dos serviços de armazenamento de milho e soja foram calculados
em:
Milho = US$ 26,45 a tonelada;
Soja = US$ 25,17 a tonelada.
2) Foi adoptado que a matéria-prima deverá chegar com no máximo 3% de
impurezas para as actividades do armazém visando garantir fluidez adequada do
processo conforme os parâmetros nas recomendações técnicas;
3) Tendo em vista que a humidade de entrada dos grãos afecta directamente nos
custos e taxas de serviço, os grãos recebidos teriam os percentuais de humidade
distribuídos conforme o quadro abaixo, o que foi utilizado para definir os custos
médios e valores de venda do serviço.
738
Quadro 7.107. Percentual de sementes de milho e soja que chegam com as humidades definidas
% de humidade do grão na chegada menor que 13,5%
14 a 15% 14 a 16% 14 a 17% 14 a 18% 14 a 19% 14 a 20% 14 a 21% 14 a 22% 14 a 23% 14 a 24%
% de soja na faixa de humidade 36,00% 11,00% 10,00% 9,00% 8,00% 7,00% 6,00% 5,00% 4,00% 3,00% 2,00%
% de humidade do grão na chegada menor que 13,5%
14 a 15% 14 a 16% 14 a 17% 14 a 18% 14 a 19% 14 a 20% 14 a 21% 14 a 22% 14 a 23% 14 a 24%
% de milho na faixa de humidade 30,00% 8,00% 8,00% 8,00% 8,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00%
FONTE: Elaboração CAMPO.
Os investimentos necessários para implantar o armazém - com capacidade estática de
60.000 toneladas - são de US$ 9,19 milhões.
Quadro 7.108. Investimento total necessário – Armazém
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 3.858.852,00
Investimentos semi-fixos 4.781.013,62
Outros investimentos 552.851,46
INVESTIMENTO TOTAL 9.192.717,08
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.2.4. Extrusora de soja
O processo de extrusão de soja consiste na prensagem mecânica a altas temperaturas,
visando obter farelo de soja extrusado semi integral49 para alimentação das aves na Empresa Âncora
e óleo bruto de soja para comercialização. Este último poderá ser destinado para a Empresa Âncora
de Grãos para o refino.
O fluxograma básico de funcionamento de uma unidade de extrusão de soja segue o definido
abaixo.
49 Semi‐integral ‐ farelo de soja que passou por processo de extrusão. No processo de extrusão a soja tem os seus factores anti‐nutricionais e indesejáveis desactivados, aumentando também a sua palatabilidade e digestibilidade. O processo aumenta a conservação, e torna o óleo mais presente no produto (aumenta a energia) (Lucato 2012). A composição dessa soja semi‐integral extrusada fornece cerca de 4.863 kcal/kg de Energia Bruta e 42,18 % de PB (Mendes et al. 2004).
739
Figura 7.11. Fluxograma básico de uma extrusora de soja
FONTE: Elaboração CAMPO.
O processo tem início com a recepção da soja, quando o material é verificado quanto ao
padrão de limpeza e humidade. Em seguida a soja é descarregada em silo pulmão, e depois
encaminhada para a extrusão e prensagem para retirada do óleo. O óleo bruto vai para o tanque de
armazenamento e o composto (torta) é arrefecido e moído para ser transformado em farelo. Por
fim, o farelo é encaminhado para o silo de expedição, a partir do qual são expedidos ou carregados
os camiões para transportar até à fábrica de ração.
Os produtos obtidos a partir da extrusão da soja são: farelo de soja semi-integral extrusado e
óleo de soja bruto.
Com base na demanda apresentada pela Empresa Âncora Avícola, foi projectada uma
unidade de extrusão com 4 linhas, cada uma com capacidade para 6.000 toneladas/ano, totalizando
24.000 toneladas/ano.
740
Quadro 7.109. Capacidade de processamento da extrusora e rendimento percentual dos produtos gerados
Descrição Capacidade (ton/ano)
Por linha 6.000
04 linhas 24.000
Rendimento Percentagem
Farelo de soja 87%
Óleo bruto 13%
Extrusora de soja
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção dessa Unidade de Negócio, levou em consideração as premissas definidas
abaixo:
1) Os rendimentos do processo realizado na extrusora de soja definidos para uma
tonelada de soja processada foram:
Farelo de soja semi-integral extrusado = 87%;
Óleo Bruto de soja = 13%;
2) Para determinação das receitas, o preço de venda adoptado foi:
Preço da tonelada de farelo de soja extrusado - calculado em 93% do valor
da tonelada de grãos de soja, resultando em US$ 607,65 a tonelada;
Preço da tonelada do óleo refinado - calculado em 25% acima do valor
comercializado no Brasil, resultado de US$ 1.420,68.
A implantação da extrusora de soja com as capacidades definidas acima, requerem um
investimento na ordem de US$ 2,50 milhões.
Quadro 7.110. Investimento total necessário – Extrusora de Soja
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 288.360,00
Investimentos semi-fixos 1.312.764,57
Outros investimentos 900.236,86
INVESTIMENTO TOTAL 2.501.361,43
FONTE: Elaboração CAMPO.
741
7.7.2.5. Fábrica de ração
O processo de fabricação de ração tem o objectivo de fornecer para a Empresa Âncora
Avícola, ração inicial, ração de crescimento e ração de engorda para as aves. O fluxograma básico
de funcionamento de uma fábrica de ração segue o definido abaixo.
Figura 7.12. Fluxograma básico de uma fábrica de ração
FONTE: Elaboração CAMPO.
No processo acima, a matéria-prima é pesada e tem amostras recolhidas, sendo armazenada,
enquanto se aguarda o resultado da análise laboratorial. A partir daí, as matérias-primas vão para a
moagem que tem como objectivo a redução do tamanho das partículas. A ração então é formulada,
o sistema é programado e acontece a dosagem e fabricação. A mistura dos ingredientes pode
ocorrer em três fases: mistura a seco, adição de líquidos e uma nova fase de mistura. A mistura
então é descarregada no pós-misturador podendo ser encaminhada para ração triturada, peletizada
ou distribuída nos silos. Finalmente, acontece o carregamento nos camiões e a pesagem para
expedição.
742
Os produtos obtidos na fábrica de ração são: ração inicial, ração de crescimento e ração de
engorda.
Com base na demanda apresentada pela Empresa Âncora Avícola , foi projectada uma
unidade com capacidade para processamento de 60 toneladas/hora. Sendo assim a capacidade
produtiva da fábrica é de cerca de 126.720 toneladas ano.
De acordo com o demandado, a unidade fabril trabalhará para processar cerca de 72.935
toneladas/ano de ração no cenário estável. Sendo assim a unidade pode vir a ter um excedente de
produção na faixa das 53.784 toneladas/ano, se vier a operar na sua capacidade total.
Quadro 7.111. Necessidade de Ração e Capacidade de Produção da Fábrica de Ração
Descrição (kg/ano)
Capacidade 126.720.000
Necessidade 72.935.271
Saldo 53.784.729
Fábrica de ração
FONTE: Elaboração CAMPO.
Para a determinação das receitas, foram adoptados os seguintes preços:
1) Ração Inicial = US$ 636,00 a tonelada;
2) Ração de Crescimento = US$ 640,80 a tonelada;
3) Ração de Engorda = US$ 612,00 a tonelada.
Os investimentos necessários para implantação da fábrica de ração dimensionada são na
ordem de US$ 8,7 milhões.
Quadro 7.112. Investimento total necessário – Fábrica de Ração
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 689.590,00
Investimentos semi-fixos 5.379.143,24
Outros investimentos 2.673.742,55
INVESTIMENTO TOTAL 8.742.475,79
FONTE: Elaboração CAMPO.
743
7.7.2.6. Incubadora
Para o arranque, num primeiro momento os ovos serão importados, e na medida do
crescimento da cadeia produtiva, caso tenha viabilidade, esses poderão vir a ser produzidos
localmente.
O processo de incubação tem o objectivo de realizar o tratamento de ovos para a produção
de pintos visando fornecer à Empresa Âncora Avícola, especificamente à UN (Unidade de Negócios)
de criação de aves.
O fluxograma básico de funcionamento de um incubadora de aves apresenta-se abaixo.
Figura 7.13. Fluxograma básico de um incubadora
FONTE: Elaboração CAMPO.
No processo os ovos férteis são armazenados num pavilhão e depois transportados para a
sala de ovos da incubadora. Estes vão para a máquina incubadora onde permanecem por 18 ou 19
dias, quando são transferidos para as bandejas da máquina de nascedouro. Após o nascimento os
pintinhos são retirados quando a maioria deles estão secos e com penugem. Depois são separados
dos fragmentos da casca, classificados em pintinhos de primeira e/ou descarte, contados e
colocados em caixas. Por fim, são expedidos para as granjas de recria em veículos adequados para
esse tipo de transporte.
Com base no demandado pela cadeia, foi projectada a incubadora com capacidade para
120.000 ovos/dia, totalizando cerca de 31,68 milhões de ovos/ano, cuja ocupação será de 13,96
milhões de ovos/ano. O saldo, ou capacidade ociosa, poderá ser utilizada para venda de pintos no
mercado do PAC e adjacências. A análise económica considerou apenas o consumo próprio.
744
Quadro 7.113. Capacidade, necessidade e capacidade ociosa da incubadora
Descrição Capacidade (ovos/ano)
Produção 31.680.000
Necessidade 13.958.904
Saldo 17.721.096
Incubadora
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção dessa Unidade de Negócio, levou em consideração as premissas definidas
abaixo:
1) Para determinação das receitas o preço de venda do pinto de 1 dia considerado foi
de US$ 0,40 a unidade que leva em consideração a embalagem e o frete. Para a
comercialização serão utilizadas embalagens p/ 100 pintos;
2) Foi considerado perda de 0,88% antes da incubação.
Os investimentos necessários projectados para a implantação da incubadora são na ordem
de US$ 9,2 milhões.
Quadro 7.114. Investimento total necessário – Incubadora
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 2.020.530,00
Investimentos semi-fixos 5.929.734,38
Outros investimentos 1.281.691,48
INVESTIMENTO TOTAL 9.231.955,86
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.2.7. Produção aves de corte
A criação de aves de corte será realizada em 9 núcleos distintos, cada qual com 9 pavilhões
de capacidade de 30.000 aves alojadas. Logo, cada núcleo terá capacidade de 270.000 aves
alojadas e o conjunto de 9 núcleos a capacidade de 2.430.000 de aves alojadas.
745
Quadro 7.115. Quantificação dos aviários, núcleos de produção, capacidade de alojamento, ciclo e capacidade de produção total
Descrição Quantidade
Núcleos 9 Aviários/núcleo 9 Área de cultivo 81
Descrição Avesalojadas
Por aviário 30.000 Por núcleo 270.000 Total alojada 2.430.000
Descrição Valor
Ciclo (dias) 63 Ciclos/ano 5,8 Aves viáveis 99%Total ano 13.958.904
Avicultura
FONTE: Elaboração CAMPO.
O processo de avanço dos núcleos será realizado em três anos:
Ano 3 – 3 módulos de 9 pavilhões cada = 27 pavilhões;
Ano 4 – 6 módulos de 9 pavilhões cada = 54 pavilhões;
Ano 5 estabilização – 9 módulos de 9 pavilhões cada = 81 pavilhões.
A projecção dessa Unidade de Negócio levou em consideração as premissas definidas abaixo:
1) Número de aves por lote (pavilhão) = 30.000 aves;
2) Número total de aves alojadas = 2.430.000 aves a partir do 5º ano;
3) Idade de entrada dos pintos = 1 dia;
4) Período de alojamento = 48 dias;
5) Vazio Sanitário = 15 dias;
6) Ciclo total = 63 dias;
7) Ciclos por ano = 5,8;
8) Percentual de aves viáveis = 99,15 %;
9) Mortalidade = 5,30%;
10) Conversão alimentar média = 1,90;
11) Peso de Venda = 2,75 kg;
12) Necessidade de palha de arroz por pavilhão aviário/ano = 15 toneladas;
13) Produção de cama de frango por pavilhão aviário/ano = 200 m³;
746
14) O preço de venda considerado para o quilograma do animal vivo foi de US$ 1,54.
Os investimentos necessários para implantação dos 9 núcleos de produção de aves totalizam US$
21,04 milhões.
Quadro 7.116. Investimento total necessário – Produção de Aves de Corte
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 9.466.533,75
Investimentos semi-fixos 7.480.572,26
Outros investimentos 4.094.044,12
INVESTIMENTO TOTAL 21.041.150,13
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.2.8. Matadouro de aves
A quantidade de cabeças de frango abatidas será directamente ligada à parte de produção de
aves seguindo o definido abaixo:
Ano 3 – cerca de 19.000 cabeças abatidas dia;
Ano 4 – cerca de 34.000 cabeças abatidas dia;
Ano 5 estabilização – cerca de 50.000 cabeças abatidas dia.
O fluxograma básico de funcionamento de um matadouro de aves apresenta-se a seguir.
748
O processo de abate de aves segue a seguinte ordem: recepção das aves e condicionamento
na área de descanso; descarregamento e pendura; atordoamento; sangria; escaldagem; depenagem
e lavagem pós-depenagem; pré-inspecção; corte dos pés e processamento; rependura e transpasse;
extracção da cloaca; corte abdominal; eventração; inspecção post mortem; evisceração e
processamento dos miúdos; remoção de pulmão e traqueia; remoção de cabeça, pescoço e pré-
resfriamento de miúdos e miudezas; revisão de carcaça; lavagem final; pré-resfriamento de
carcaças; inserção do pacote de miúdos; embalagens primária e secundária; resfriamento e
congelamento; estocagem (armazenagem) e finalmente expedição.
Os produtos obtidos no abate de frangos são: carcaça de frango, miúdos e resíduos.
Quadro 7.117. Capacidade e dias de abate por ano, peso vivo, rendimento de carcaça, mortalidade no transporte e condenação de carcaça no abate
Descrição Quantidade
Aves/dia 50.000 Dias de abate 264 Aves/ano 13.200.000
Descrição Quantidade
Peso vivo (kg) 2,75 Rendimento 83,5%Mortalidade 0,25%Condenação 0,60%Produção carne kg/ano 30.310.499
Matadouro de Aves
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção dessa Unidade de Negócio, levou em consideração as premissas definidas
abaixo:
1) O peso vivo de abate considerado foi de 2,75 kg/cabeça, com rendimento de carcaça
de 83,5%;
2) Para a determinação das receitas foram adoptados os preços de venda abaixo:
Carcaça – US$ 2.500,00 a tonelada;
Miúdos – US$ 5.000,00 a tonelada;
Resíduos – US$ 1.000,00 a tonelada.
3) A mortalidade adoptada para o trajecto do campo para o matadouro foi de 0,25% e
mais 0,6% de condenação de animais;
749
Os investimentos necessários para implantação da unidade de abate de aves totalizam US$
36,51 milhões.
Quadro 7.118. Investimento total necessário – Matadouro de Aves
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 17.587.631,74
Investimentos semi-fixos 13.336.366,05
Outros investimentos 5.582.101,97
INVESTIMENTO TOTAL 36.506.099,76
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.2.9. Avaliação económica – Empresa Âncora Avícola
Abaixo, pode-se observar os investimentos previstos em cada unidade de negócio, que
totalizam US$ 156,6 milhões.
Gráfico 7.37 Investimentos totais necessários para cada Unidade de Negócio na Empresa Âncora Avícola
FONTE: Elaboração CAMPO.
A seguir são apresentados os investimentos e reinvestimentos no período do projecto. O
investimento inicial ao longo de cinco anos de implantação da empresa âncora, totalizando US$
125,28 milhões da parcela financiada (80 %). Os reinvestimentos decorrem da recalagem a cada 5
anos e da reposição de máquinas, equipamentos e veículos após dez anos de uso.
750
Gráfico 7.38. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa Âncora Avícola (em milhões US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
O próximo gráfico apresenta a evolução do resultado económico do fluxo de caixa ano-a-ano, que
demonstra a capacidade de pagamento do projecto e o cúmulo do projecto em US$ 624,0 milhões.
Gráfico 7.39. Evolução Resultado económico na Empresa Âncora Avícola
‐
100,0
200,0
300,0
400,0
500,0
600,0
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
USDMILHÃO
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Resultado (0,2) (4,1) 9,8 27,8 29,4 24,3 23,2 24,1 25,1 26,2 27,3 38,4 44,1 46,4 46,6 46,7 46,8 47,2 47,6 47,6
Custos 0,2 10,3 83,8 155,5 226,1 231,2 232,3 231,4 230,4 229,3 228,2 217,1 211,4 209,1 208,9 208,8 208,7 208,3 207,9 207,9
Receitas ‐ 6,2 93,6 183,3 255,5 255,5 255,5 255,5 255,5 255,5 255,5 255,5 255,5 255,5 255,5 255,5 255,5 255,5 255,5 255,5
Resultado acumulado (0,2) (4,3) 5,5 33,3 62,6 86,9 110,1 134,2 159,2 185,4 212,7 251,1 295,1 341,5 388,1 434,8 481,6 528,8 576,4 624,0
RESULTADO ECONÓMICO DA EMPRESA ÂNCORA DE AVES ‐ US$ (milhão)
Resultado Custos Receitas Resultado acumulado
FONTE: Elaboração CAMPO.
Finalmente, é apresentada a Taxa Interna de Rentabilidade - TIR no 20º ano e o Payback
para os quatro cenários: com e sem financiamento e essas duas situações com incentivo fiscal. Ao
lado, encontra-se o Valor Actual Líquido - VAL no 20º ano para os mesmos cenários, com diferentes
taxas de atractividade.
751
Figura 7.15. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados na Empresa Âncora Avícola
Taxas VAL Taxas VAL
0% 678.088 0% 483.535
5% 305.713 5% 200.888
10% 127.494 10% 66.313
15% 35.698 15% -2.502
Taxas VAL Taxas VAL
0% 608.813 0% 803.366
5% 320.200 5% 425.024
10% 180.201 10% 241.382
15% 106.434 15% 144.635
Com Financiamento esem Incentivos Fiscais
Sem Financiamento
Com Financiamento e com Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e com Incentivos Fiscais
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.3. Empresa Âncora Bovina
A região do PAC apresenta diversas áreas com gramíneas estabelecidas, porém a produção
bovina ainda é insignificante. O potencial da região demanda uma Empresa Âncora para liderar e dar
o arranque nesta cadeia. Com o estabelecimento desta Empresa Âncora, outros investidores deverão
iniciar a produção de bovinos, principalmente na Integração Lavoura-Pecuária, para atender a
capacidade da indústria.
A Empresa Âncora Bovina conta com duas unidades de negócios, que englobam a produção
de grãos e bovinos no sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e o frigorífico de bovinos. Essa
empresa produzirá aproximadamente 1/3 dos bovinos que serão abatidos no frigorífico. O restante
será adquirido de outros produtores circunvizinhos à área e dos empreendedores que vierem a se
instalar no Pólo, tendo a opção de buscar animais a até 500 km de distância.
753
Foto 7.7. Bovinicultura de corte, sistema ILP. Foto 7.8. Matadouro de bovino.
7.7.3.1. Mercado da carne bovina
Segundo dados do CNC (Conselho Nacional de Carregadores) Angola importou 78,2 mil
toneladas de carne bovina em 2008, 63,12 mil ton em 2009, 94,71 mil ton em 2010 e 134,04 mil ton
em 2011 (figura abaixo), representando a carne bovina desossada e derivados neste último ano um
valor de US$ 229,3 milhões. O volume importado representa 1,2% do valor das importações (TIMS –
SNA (2012) apud Relatório Anual de 2011 das Alfândegas de Angola).
Ainda segundo relatório do Deloitte (2011), o consumo interno de carne bovina e suína no
país subiu 0,61% em média ano entre 2005 e 2010.
Figura 7.17. Histórico de importação de carne bovina em Angola
Fonte: CNC – Angola (2008 a 2011)
Segundo relatório da Deloitte (2011), entre 2005 e 2010:
O consumo interno de carne bovina e suína subiu 0,61% em média ao ano;
A produção local manteve-se constante; Em 2010, o peso das importações foi de
50% da carne de frango consumida no país.
Segundo o Relatório Anual das Alfândegas de Angola (2011), as importações de carne bovina desossada e derivados:
Representou US$ 229,3 milhões e 1,2 % do total importado por Angola.
754
Esse módulo de produção permitirá abater 6.600 animais/ano e produzir cerca de 1.782
toneladas de carne, o que substituirá 1,3% do volume actualmente importado. Na maturidade do
PAC, a produção bovina gerará 9.300 toneladas/ano de carne, representando 7,1% da importação
actual desta carne (sendo necessário aqui a implantação de três módulos de abate de bovinos).
7.7.3.2. Integração Lavoura-Pecuária
Foi adoptado como referência o Módulo Tipo II - Integração Lavoura-Pecuária, por
apresentar maior sustentabilidade técnico-económica. Para atingir a escala necessária foram
projectados dois módulos de 3.000 ha, que totalizam 6.000 ha, dos quais 4.500 ha serão cultivados
com grãos e 1.500 ha ficarão destinados exclusivamente à pecuária. O sistema de rodízio será
apresentado a seguir.
Quadro 7.119. Descrição de sistema ILP implantado para a Empresa Âncora de Bovinos
Áreas (ha)
Área agricultura 4.500 Área de pecuária 1.500 Área de cultivo 6.000
Distribuição Área (ha)
Soja ILP sequeiro 3.000Milho ILP sequeiro 1.500Pastagem 1º ando 1.500Total 6.000
Lavoura
Integração Lavoura Pecuária
FONTE: Elaboração CAMPO.
O maneio é representado conforme o modelo esquemático da figura abaixo, onde cada uma
das quatro áreas conta com 1.500 ha. Inicialmente as áreas 1 e 2 serão abertas e cultivadas com
arroz ou pastagem, respectivamente. No segundo ano, ambas as áreas serão cultivadas com soja,
quanto à área 4 será plantada com arroz e a 3 com capim, sendo no ano seguinte cultivadas com
pastagem e soja, respectivamente.
A área da propriedade é de 6.000 ha de ILP, cuja distribuição no sistema de maneio a partir
do 3º ano, tem duas áreas de soja (1.500 ha cada), uma de pasto com 1.500 ha e uma de milho
consorciado com capim de 1.500 ha.
755
Figura 7.18. Modelo esquemático de ocupação de solos e rotação de culturas
1 2 1 2 1 2 1 2 1 2
4 3 4 3 4 3 4 3 4 3
1 2 1 2 1 2 1 2 1 2
4 3 4 3 4 3 4 3 4 3
Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Ano base Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Área disponível Pastagem Arroz ou sorgo Milho consorciado com pastagem Soja
FONTE: Elaboração CAMPO.
Será analisada a evolução de uma única área ao longo de quatro anos, e em seguida
explicado o rodízio das quatro áreas. Para fins didácticos, considera-se que o sistema ILP inicia na 1ª
safra com milho consorciado com capim em 1.500 ha. No período seco subsequente, a área ficará
com pastagem e permanecerá assim por um período chuvoso e outro seco (2ª safra). Nas 3ª e 4ª
safras, a área será cultivada com soja em sementeira directa. Na próxima safra reinicia-se o
processo. Desta forma, a pastagem implantada será sempre de primeiro ano, com alta fertilidade
permitindo altas lotações.
Para garantir uma margem de segurança, no Sistema ILP projectou-se uma lotação de 4
UA/ha no verão. Portanto, quando o sistema estiver estabilizado, no período das águas a capacidade
será de aproximadamente 6.000 UA na área de ILP (4 UA x 1.500ha). No verão, no Sistema ILP uma
das áreas é de pasto (1.500 ha) e outra de milho consorciado com capim (1.500 ha). No período
seco, o maneio contará com mais 1.500 ha de pasto, após a colheita do milho. Essa estratégia tem a
vantagem de diminuir pela metade a pressão de pastagem, para uma taxa de lotação de 2 UA/ha na
área de pastagem para o período de inverno.
Porém essa lotação será na prática ainda menor. Considerando que os 3.000 ha cultivados
com soja podem ser aproveitados com sorgo ou milheto na 2ª safra de sequeiro, toda a área estará
disponível para pastagem, podendo-se atingir um mínimo de 01 (uma) UA/ha.
Serão adquiridos 120 touros e 3.000 novilhas ao longo de três anos. Será realizado um ciclo
completo para garantir o suprimento de animais para o matadouro , garantindo 1/3 da sua
capacidade com aproximadamente 22 mil cabeças a partir do 6º ano de projecto. Os demais índices
técnicos adoptados foram os mesmos do Módulo Tipo II.
756
Os preços de venda adoptados para a determinação das receitas de Unidade de Negócio
foram:
1) Preço de venda da tonelada de soja em US$ 650,00;
2) Preço de venda da tonelada de milho em US$ 400,00;
3) Preço de venda da tonelada de boi em US$ 3.000,00.
Para a implantação dessa produção são necessários os investimentos abaixo apresentados
até ao 5º ano, sendo assim o total necessário é de US$ 23.809.021,80:
Quadro 7.120. Investimento total necessário – Lavoura-Pecuária (até 5º ano)
Descrição Valor total (US$)
Investimentos - Agricultura 15.717.184,00
Investimentos - Pecuária 8.091.837,82
INVESTIMENTO TOTAL 23.809.021,82
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.3.3. Matadouro de bovinos
O matadouro terá como produto final dois quartos dianteiros, e dois traseiros, bem como
miúdos, distribuídos na proporção abaixo em relação ao animal abatido que renderá 50%:
Dianteiro - 26%
Traseiro - 24%
Miúdos - 1%
Os 50% de subprodutos, constituídos em vísceras, couro e osso, não foram considerados
para a análise, pela falta de curtume e informações disponíveis de mercado, mas esses produtos
também contam com potencial futuro de mercado.
O fluxograma básico de funcionamento de um matadouro de bovinos apresenta-se a seguir.
757
Figura 7.19. Fluxograma básico de um matadouro de bovinos
FONTE: Elaboração CAMPO.
Nesse processo os animais são desembarcados dos camiões e “tocados” para os currais.
Aqueles que necessitam de observação são separados e, caso necessário, abatidos em carácter de
emergência. Os outros animais esperam em currais separados por lote para serem conduzidos até à
linha de abate. Durante a condução os animais são lavados com água clorada. O processo de
atordoamento deixa os animais inconscientes para serem içados e presos num trilho aéreo para a
sangria, que acontece pela secção dos grandes vasos sanguíneos do pescoço com uma faca. Depois
da sangria é feita a esfola, quando a pele é retirada, a qual pode ser salgada, estocada e expedida.
A carcaça segue para remoção da cabeça (enviada para inspecção), casco e chifres. As
partes condenadas vão para a graxaria, juntamente com os cascos e chifres, e as aprovadas são
758
lavadas para serem retiradas as partes comestíveis. A carcaça passa então pela pré-evisceração e
depois pela a evisceração, que consiste na retirada das vísceras abdominais e pélvicas, intestinos,
bexiga e estômagos. Essas partes são então inspeccionadas. Se condenadas, vão para a graxaria, se
aprovadas, são processadas. A partir do intestino são produzidas as tripas e estas são salgadas e
expedidas. O bucho é esvaziado e pode ser salgado ou cozido para então ser refrigerado e
posteriormente expedido. Sem as vísceras a carcaça segue para o corte, longitudinais que dividem
essa ao meio.
Após os cortes as partes são inspeccionadas, limpas e lavadas. Por fim, estas são resfriadas
antes de serem expedidas50.
Conforme apresentado anteriormente os produtos obtidos no abate de bovinos são:
dianteiro, traseiro e vísceras bovinas.
Com base na demanda apresentada pela Empresa Âncora de Bovinos , foi projectado um
matadouro de bovinos com capacidade de abate para 25 cabeças por dia. Considerando 264 dias de
trabalho essa unidade tem capacidade para abater cerca de 6.600 cabeças por ano.
Quadro 7.121. Capacidade de Abate do Matadouro de Bovinos e Origem dos Animais
Descrição Capac. (cab)
Abate/dia 25 Abate/ano 6.600
Descrição Capac. (ton)
Carne/ano 1.782Descrição %
Produção própria 33,3%Produção de terceiros 66,7%
Matadouro de Bovinos
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção dessa Unidade de Negócio, levou em consideração as premissas definidas
abaixo:
1) Para determinação das receitas foram adoptados os seguintes preços de venda:
Dianteiro = US$10,00 o quilo;
Traseiro = US$14,00 o quilo;
Miúdos = US$8,00 o quilo. 50 FONTE: Pereira & Freitas, 2006.
759
2) Foi considerado 1% de perdas antes do abate;
3) O rendimento do processo considerado foi de 50%.
Os investimentos necessários para implantação de uma unidade de abate de bovinos
totalizam US$ 1,65 milhões.
Quadro 7.122. Investimento total necessário – Matadouro de Bovinos
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 488.070,00
Investimentos semi-fixos 846.443,30
Outros investimentos 319.531,99
INVESTIMENTO TOTAL 1.654.045,29
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.3.4. Avaliação económica – Empresa Âncora de Bovinos
Abaixo, pode-se observar os investimentos previstos em cada unidade de negócio, que
totalizam US$ 25,46 milhões.
Gráfico 7.40. Investimentos totais necessários para cada Unidade de Negócio na Empresa
Âncora Bovina
Agricultura Pecuária Matadouro
15,72
8,09
1,65
US$(milhão)
25,46 US$ milhões
FONTE: Elaboração CAMPO.
A seguir são apresentados os investimentos e reinvestimentos no período do projecto. O
investimento inicial ao longo de três anos de implantação da empresa âncora, totalizando US$ 20,3
milhões da parcela financiada (80 %). Os reinvestimentos decorrem da recalagem a cada 5 anos e
da reposição de máquinas, equipamentos e veículos após dez anos de uso.
760
Gráfico 7.41. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa Âncora Bovina (em milhões US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
O próximo gráfico apresenta a evolução do resultado económico do fluxo de caixa ano-a-ano,
que demonstra a capacidade de pagamento do projecto e o cúmulo do projecto em US$ 147,8
milhões.
Gráfico 7.42. Evolução Resultado económico na Empresa Âncora Bovina (em milhões US$)
‐20,00
‐
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Saldo ‐0,22 0,07 1,01 2,31 3,33 7,36 8,60 8,50 9,11 9,54 9,71 9,82 9,84 9,84 9,84 9,84 9,84 9,84 9,84 9,84
Custos 1,96 4,36 8,46 10,89 18,19 17,59 20,54 19,90 20,70 20,79 20,64 20,54 20,53 20,53 20,53 20,53 20,53 20,53 20,53 20,53
Receita 1,74 4,43 9,47 13,20 21,52 24,96 29,14 28,39 29,81 30,33 30,35 30,37 30,37 30,37 30,37 30,37 30,37 30,37 30,37 30,37
Saldo acumulado ‐0,22 ‐0,16 0,85 3,16 6,50 13,86 22,46 30,96 40,07 49,60 59,31 69,13 78,98 88,82 98,66 108,5 118,3 128,1 138,0 147,8
Saldo Custos Receita Saldo acumulado
FONTE: Elaboração CAMPO.
Finalmente, é apresentada a Taxa Interna de Rentabilidade - TIR no 20º ano e o Payback
para os quatro cenários: com e sem financiamento e essas duas situações com incentivo fiscal. Ao
lado, encontra-se o Valor Actual Líquido - VAL no 20º ano para os mesmos cenários, com diferentes
taxas de atractividade.
761
Figura 7.20. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados na Empresa Âncora Bovina
Taxas VAL Taxas VAL
0% 102.486 0% 154.758
5% 38.392 5% 65.397
10% 10.014 10% 25.030
15% -3.320 15% 5.576
Taxas VAL Taxas VAL
0% 122.789 0% 175.061
5% 57.728 5% 84.732
10% 28.471 10% 43.487
15% 14.334 15% 23.230
Com Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Com Financiamento e com Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e com Incentivos Fiscais
FONTE: Elaboração CAMPO.
762
7.7.4. Empresa Âncora Florestal
O cultivo de florestas no perímetro do PAC pode ser realizado nas áreas marginais para
agricultura e no sistema ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), apresentando por tanto
grande potencial.
Tanto no País como na região do PAC o consumo de lenha para cozinhar os alimentos é
usual. A instalação de agro-indústrias e de aviários também demandarão fontes de energia, tanto de
lenha quanto de carvão. A instalação de unidades de produção, principalmente, as de bovinicultura,
criará um mercado para estacas e esticadores tratados por autoclavagem para serem usados nas
cercas de vedação da pastagem. Além disso, a construção civil demandará madeira tratada e/ou
serrada, como pilares, tábuas, vigotas e caibros. E finalmente, a demanda por móveis, aliada aos
outros usos citados, indicam a necessidade de se estabelecer uma Empresa Âncora Florestal capaz
de dar o arranque inicial neste sector.
A opção para o cultivo do eucalipto foi baseada nas seguintes características:
1) Rusticidade;
2) Velocidade de crescimento;
3) Versatilidade no seu múltiplo uso.
Nada impede que se opte por outra espécie de madeira de floresta, dependendo da
finalidade da utilização do cultivo.
A Empresa Âncora Florestal conta com três unidades de negócios, que englobam a produção
de madeira, uma autoclave e uma serração, tratando-se de uma actividade de médio a longo prazo
a empresa deverá ter suporte financeiro para aguentar esse período sem receitas.
Como as unidades agro-industriais são modulares, outras poderão ser construídas quando a
ampliação de oferta de madeiras expandir.
Devido ao ciclo longo da produção de madeira o autoclave será instalado no 6º ano e
começará a operar no 7º ano. A serração será instalada no 13º ano e iniciará a sua operação no 14º
ano.
764
Foto 7.9. Madeira tratada para diversos fins. Ao fundo floresta plantada de eucalipto.
Foto 7.10. Unidade de tratamento de madeira por autoclave.
Foto 7.11. Máquina de autoclave para tratamento de madeira.
Foto 7.12. Edificação construída com madeira tratada e alvenaria.
Foto 7.13. Postes de eucalipto tratados. Foto 7.14. Cerca com estacas de madeira com tratamento por autoclave e cultivo de eucalipto.
765
7.7.4.1. Produção de madeira
A produção de madeiras deverá ser escalonada em plantios de 150 hectares/ano durante 14
anos, totalizando 2.100 hectares de floresta, cujo plantio será no espaçamento de 3x3m.
Quadro 7.123. Produção (m³/ha) de madeira no 1º e 2º corte
Antes Depois
Plantio 0 3x3 1.111
1º Corte 7 3x3 6x9 1.111 25 833 152
2º Corte 14 6x9 185 20 167 168
Produção Florestal
Cortes Ano Espaçamentos Árvores no corte
Produtividade (m³/ano)
Produção (m³/ha)
Estratégia de Corte e Produtividade
Aproveita-mento
FONTE: Elaboração CAMPO.
O primeiro corte aos 7 anos gerará madeira para autoclavagem (postes e estacas) e para
produção de carvão, quando será realizado um raleamento para o espaçamento de 6 x 9 m,
adequado para o aumento de diâmetro das árvores remanescentes, visando o uso futuro para
serração. A produtividade nesse período foi calculada como 25 m³/ano por hectare, cuja colheita
gerará 152 m³/ha no primeiro corte.
O segundo corte aos 14 anos será raso e produzirá madeira para serração, autoclavagem e
energia. A produtividade nesse período foi calculada como 20 m³/ano por hectare, cuja colheita de
madeira será na ordem de 168 m³/ha no segundo corte.
O replantio terá início no 15º ano na área plantada no 1º ano (a) que foi serrada no 14º ano,
conforme apresentado no Quadro abaixo.
766
Quadro 7.124. Cronograma básico de épocas de plantio e de colheita
Sistema de Plantio e Colheita (150 ha/ano ‐ Total 2.100 ha)
Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Plantio a b c d e f g h i j k l m n
Corte 7 anos a b c d e f g h
Corte 14 anos a
Ano 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Plantio a b c d e f g h i j k l m n
Corte 7 anos i j k l m n a b c d e f g h
Corte 14 anos b c d e f g h i j k l m n a
FONTE: Elaboração CAMPO.
Para o cálculo do custo de produção do eucalipto, além dos custos de plantio e manutenção,
foram considerados os gastos com colheita e transporte até à agro-indústria.
Para a implantação dessa produção de eucalipto são necessários US$ 3.950.723,00,
aplicados ao longo de 14 anos.
7.7.4.2. Autoclave
A unidade de autoclave, tem como objectivo efectuar o tratamento da madeira que deve ser
implantada no 6º ano para operar a partir do 7º ano.
O fluxograma básico de funcionamento de um autoclave apresenta-se a seguir.
Figura 7.22. Fluxograma básico de um autoclave
FONTE: Elaboração CAMPO.
767
O processo de autoclavagem na madeira de eucalipto acontece através das seguintes etapas:
secagem após a qual as toras são agrupadas em vagonetas com auxílio de tractor auto-carregável e
colocadas na autoclave. Dá-se então o processo de retirada do ar presente nas células da madeira,
por pressão negativa (vácuo) e posterior injecção do CCA (arseniato de cobre cromatado) sob alta
pressão. Por fim, as vagonetas são puxadas para fora da máquina e armazenadas para expedição.
Com base na área de plantio escalonado a autoclave projectada tem a capacidade de
processamento de 105 m³ de madeira por dia. Considerando-se 242 dias de trabalho, essa unidade
terá capacidade de processar 25.410 m³ de madeira por ano, suficiente para atender a colheita de
150 hectares, projectada em 22.800 m³.
Quadro 7.125. Capacidade de tratamento de madeira por processo, por dia e por ano
Descrição Capac. (m³)
m³/processo 35
m³/dia (3 processos) 105
m³/ano - Capacidade 25.410
Autoclave
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção dessa Unidade de Negócio levou em consideração as premissas definidas abaixo:
1) A madeira será descascada manualmente, de preferência na área de colheita ou no
pátio da fábrica;
2) Para a determinação das receitas, o preço adoptado para a madeira tratada foi de
US$ 475,00 por m³.
Os investimentos necessários para implantação de uma unidade de autoclave são de US$
3,03 milhões.
768
Quadro 7.126. Investimento total necessário – Autoclave
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 871.650,00
Investimentos semi-fixos 1.668.950,17
Outros investimentos 494.681,15
INVESTIMENTO TOTAL 3.035.281,32
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.4.3. Serração
A indústria de serração será implantada no 13º ano e iniciará as operações no 14º, quando
haverá a colheita da primeira área.
O fluxograma básico de funcionamento de uma serração apresenta-se a seguir.
Figura 7.23. Fluxograma básico de uma serração
FONTE: Elaboração CAMPO.
O processo de uma serração consiste na realização em cinco etapas principais: i) o
recebimento da madeira em tora no pátio; ii) o desdobro, que consiste na transformação de toras
em madeira serrada através de sucessivos cortes feitos em serras de fita, circular e destopadeira; iii)
a secagem ao ar livre ou em pavilhões; iv) a armazenagem, que também pode acontecer ao ar livre
ou em armazém aberto; v) e por fim, a expedição da madeira.
769
Os produtos obtidos no processo de serração são: madeira serrada, serragem e cavaco.
Para a Empresa Âncora de Florestal foi projectada uma unidade de serração com capacidade
de processamento de 80 m³ de madeira por dia. Considerando 242 dias de trabalho essa unidade
tem capacidade de processar 19.360 m³ de madeira por ano.
Os rendimentos do processo realizado na serração definidos para a madeira processada estão
apresentados no quadro abaixo.
Quadro 7.127. Capacidade de serração e rendimento do processo
Descrição Capac. (m³)
m³/dia 80
m³/ano (242 dias) 19.360
Rendimento Quantidade
Madeira Serrada 50,00%
Serragem 6,73%
Cavaco 34,70%
Cascas 8,58%
Serração
FONTE: Elaboração CAMPO.
Para determinação das receitas, o preço de venda adoptado foi de:
Madeira Serrada = US$ 406,25 por m³;
Serragem = US$ 14,38 por m³;
Cavaco = US$ 28,13 por m³.
Os investimentos necessários para implantação de uma unidade de serração são de US$
2,85 milhões.
770
Quadro 7.128. Investimento total necessário – Serração
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 825.575,00
Investimentos semi-fixos 1.406.906,50
Outros investimentos 620.390,00
INVESTIMENTO TOTAL 2.852.871,50
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.4.4. Avaliação económica – Empresa Âncora Florestal
Abaixo, pode-se observar os investimentos previstos em cada unidade de negócio, que
totalizam US$ 13,8 milhões.
Gráfico 7.43. Investimentos totais necessários para cada Unidade de Negócio na Empresa Âncora Florestal
SERRAÇÃO AUTOCLAVE FLORESTA DE EUCALIPTO
2,9 3,0
4,0 US$
(milhão)
13,8 TOTAL US$ milhões
FONTE: Elaboração CAMPO.
A seguir são apresentados os investimentos e reinvestimentos no período do projecto. O
investimento inicial ao longo de quatro anos de implantação da empresa âncora, totalizando US$
11,03 milhões da parcela financiada (80 %). O investimento da autoclave é realizado no 6º ano para
operar a partir do 7º ano, enquanto a serração será implantada no 13º ano para operar a partir do
14º ano. Os reinvestimentos decorrem do replantio a partir do 15º ano.
771
Gráfico 7.44. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa Âncora Florestal (em milhões US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
O próximo gráfico apresenta a evolução do resultado económico do fluxo de caixa ano-a-ano,
que demonstra a capacidade de pagamento do projecto e o cúmulo do projecto em US$ 90,2
milhões.
Gráfico 7.45. Evolução Resultado económico na Empresa Âncora Florestal
‐
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
USD
(milhão)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Resultado (0,1) (0,1) (0,2) (0,3) (0,4) (0,7) 5,3 5,0 4,7 4,6 4,8 4,9 4,8 8,1 8,2 8,3 8,3 8,4 8,4 8,4
Custos 0,1 0,1 0,2 0,3 0,4 0,7 4,1 4,4 4,7 4,7 4,6 4,5 4,6 8,1 8,0 8,0 7,9 7,8 7,8 7,8
Receitas ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 9,4 9,4 9,4 9,4 9,4 9,4 9,4 16,2 16,2 16,2 16,2 16,2 16,2 16,2
Resultado acumulado (0,1) (0,2) (0,4) (0,7) (1,1) (1,8) 3,5 8,5 13,2 17,8 22,6 27,5 32,2 40,3 48,5 56,7 65,1 73,4 81,8 90,2
Resultado Custos Receitas Resultado acumulado
FONTE: Elaboração CAMPO.
Finalmente, é apresentada a Taxa Interna de Rentabilidade - TIR no 20º ano e o Payback
para os quatro cenários: com e sem financiamento e essas duas situações com incentivo fiscal. Ao
772
lado, encontra-se o Valor Actual Líquido - VAL no 20º ano para os mesmos cenários, com diferentes
taxas de atractividade.
Figura 7.24. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados na Empresa Âncora Florestal
Taxas VAL Taxas VAL
0% 65.700 0% 116.394
5% 23.107 5% 43.711
10% 6.789 10% 16.272
15% -196 15% 4.645
Taxas VAL Taxas VAL
0% 73.571 0% 250.499
5% 30.603 5% 80.415
10% 13.944 10% 30.662
15% 6.648 15% 13.396
Com Financiamento esem Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Com Financiamento e com Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e com Incentivos Fiscais
FONTE: Elaboração CAMPO.
773
7.7.5. Cadeia Produtiva – Mandioca – Fecularia
A produção de mandioca em Angola garante a auto-suficiência para uso alimentar desse
produto no País. Na região do PAC, o cultivo é tradicional e, principalmente, é processado de forma
artesanal em fuba de bombo, para preparar o “funge”, tradicional prato da culinária Angolana e das
províncias centrais e do norte, sendo também, a principal fonte de energia alimentar (carboidrato).
Próximo da cidade de Malanje, a Companhia de Alimentos de Malanje plantará 2.000
hectares próprios e necessitará de mais 846 hectares de mandioca de produtores tercerizados para
abastecer a sua fábrica de farinha torrada e de fuba de bombo, principal fonte de energia alimentar
na região do PAC.
Portanto, de forma complementar para a Cadeia Produtiva da Mandioca, é apresentado neste
Master Plan (Plano Director) o projecto de uma fecularia para produção de amido com o objectivo
principal de produção de amido para fins alimentícios, uma vez que a fécula de mandioca (amido)
tem a sua utilização vinculada a diversas industrias51:
Indústria Alimentícia - produtos de panificação e massas (creme de confeiteiro,
recheios, etc.), confeitaria (caramelos e balas, etc.), pratos prontos congelados,
margarinas, molhos de salada, produtos derivados de leite (achocolatados, iogurtes), pão
de queijo, sobremesas instantâneas, alimentos enlatados, snacks e sorvetes, enchimentos
para embutidos de carne (mortadelas, salsichas, e outros produtos desse género).
Indústria Farmacêutica – componente para enchimento de comprimidos antibióticos,
vacinas e vitaminas.
Indústria Têxtil - engomagem para aumentar a eficácia e o rendimento dos teares,
agentes de acabamento (amaciadores de tecidos), espessantes para estampagem
(aumentam a nitidez e a duração das estampas nos tecidos), melhoram a resistência dos
fios e ajudam a dar brilho aos tecidos.
Indústria do Papel - massa (aumentando a resistência do papel), superfície (aumento
da resistência superficial do papel), acabamento (agente para acabamentos coloridos) e
cola (em adesivos).
Indústria de Higiene – talcos, cremes dentais, cosméticos.
Indústria de Couro - para amaciar o couro.
51 ABAM – Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca, 2012. Quadro de aplicações por sector no uso do amido de mandioca. Acesso em 27/06/2012. Disponível em: http://www.ebs.ind.br.
774
Indústria de Embalagens - produção dos chamados plásticos biodegradáveis
(ecologicamente correctos).
Indústria de Limpeza - detergentes líquidos.
Indústria Metalúrgica - produção de moldes e flotação e separação de metais.
Extracção de petróleo e gás - reguladores de viscosidade nas lamas de perfuração,
evitando desmoronamentos.
Agroquímicos - produção de defensivos (melhora a fixação do produto na planta).
Materiais de construção - gessos e morteiros de aplicação manual, gessos e morteiros
de projecção, colas para gesso e rejuntes e secagem de concretos e tijolos.”
Na Figura 7.25. encontram-se as utilizações do amido/ fécula na industria alimentícia e de
fármacos.
Figura 7.25. Árvore de Amido – Utilização na industria alimentícia e de fármacos
A instalação da unidade fabril de amido/fécula não terá de ser feita necessariamente pela
CAM, pode ser por uma ou mais Empresas Âncora que se instalarão conforme a procura do mercado
pelos produtos acima mencionados.
776
Foto 7.15. Estacas e raiz de mandioca. Foto 7.16. Descarga de mandioca a granel para processamento.
Foto 7.17. Unidade fabril de uma fecularia. Estado do Mato Grosso do Sul – Brasil.
Foto 7.18. Máquinas do interior da fecularia.
Foto 7.19. Fécula/Amido acondicionada em sacos de 1,0 tonelada em armazém a aguardar expedição.
Foto 7.20. Fécula/Amido acondicionada em sacos de 25 kg em armazém a aguardar expedição.
O fluxograma básico de funcionamento de uma feculária apresenta-se a seguir.
777
Figura 7.27. Fluxograma básico de uma fecularia de mandioca
FONTE: Elaboração CAMPO.
O processo de funcionamento de uma fecularia inicia-se com a recepção das raízes de
mandioca que são pesadas na plataforma de descarga. Uma pré-limpeza é feita para remover a
sujeira antes de lavar com água. As raízes são lavadas e descascadas simultaneamente. A moagem
é responsável por soltar o amido da mandioca. O amido é separado das fibras da raiz. O “leite”
obtido depois da extracção é purificado e concentrado pela adição de água e posterior
centrifugação. O amido concentrado é então desidratado e secado. Após a secagem o amido é
embalado em sacos e armazenado ou expedido para o mercado. Igualmente as fibras resultantes do
processo são armazenadas em silos para posterior destino com alimento suplementar para bovinos.
Durante o processo de fabricação são realizadas análises laboratoriais para controlar a
qualidade do produto.
Os produtos obtidos em uma fecularia de mandioca são: fécula, bagaço, casquinha e
resíduos.
Com base na demanda apresentada, o módulo de fecularia foi projectado para processar
cerca de 16,66 toneladas de raiz de mandioca por hora, considerando 242 dias de trabalho são cerca
de 32 mil toneladas processadas. Baseado na produção dos 12.000 ha de mandioca do PAC serão
necessários 3 módulos de fecularia.
778
Quadro 7.129. Capacidade de produção de uma fecularia por dia e ano, e rendimento dos produtos gerados.
Descrição Capac. (ton)
Toneladas/Dia 133
Toneladas/Ano 32.267
Rendimento %
Fécula 26,00%
Casquinha 3,00%
Bagaço 40,00%
Demais Resíduos 31,00%
Fecularia
FONTE: Elaboração CAMPO.
O rendimento do processo gera 26% de fécula a partir da matéria-prima (mandioca), único
produto comercializado considerado na avaliação:
1) Para determinação das receitas, o preço de venda da fécula adoptado foi de US$
696,18 a tonelada.
2) Para o abastecimento da fecularia são necessários 12.000 hectares de mandioca.
O Investimento total para a implantação de um módulo de fecularia de mandioca é de US$
7,25 milhões.
Quadro 7.130. Investimento total necessário – Fecularia de Mandioca
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 1.806.750,00
Investimentos semi-fixos 4.332.198,84
Outros investimentos 1.115.067,96
INVESTIMENTO TOTAL 7.254.016,80
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.5.1. Avaliação económica
A seguir são apresentados os investimentos e reinvestimentos no período do projecto. O
investimento inicial será realizado no primeiro ano, totalizando US$ 5,8 milhões da parcela
779
financiada (80 %). Os reinvestimentos no 11º ano decorrem da reposição de máquinas,
equipamentos e veículos após dez anos de uso.
Gráfico 7.46. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na fecularia (em milhões US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
O próximo gráfico apresenta a evolução do resultado económico do fluxo de caixa ano-a-ano,
que demonstra a capacidade de pagamento do projecto e o cúmulo do projecto em US$ 7,6
milhões.
Gráfico 7.47. Evolução Resultado económico na Fecularia
(1,0)
‐
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
USD
(milhão)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Resultado Econômico 0,9 0,5 0,5 (0,3) (0,3) (0,3) (0,2) (0,2) (0,2) (0,1) 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7
Custos Totais 5,6 5,4 5,4 6,2 6,2 6,1 6,1 6,0 6,0 6,0 5,1 5,1 5,1 5,1 5,1 5,1 5,1 5,1 5,1 5,1
Receitas 6,5 5,8 5,8 5,8 5,9 5,8 5,8 5,8 5,8 5,8 5,8 5,8 5,8 5,8 5,8 5,8 5,8 5,8 5,8 5,8
Resultado Acumulado 0,9 1,4 1,8 1,5 1,2 0,9 0,7 0,5 0,3 0,2 0,9 1,7 2,4 3,1 3,9 4,6 5,3 6,1 6,8 7,6
Resultado Económico da Fecularia ‐US$ (milhão)
Resultado Econômico Custos Totais Receitas Resultado Acumulado
FONTE: Elaboração CAMPO.
780
Finalmente, é apresentada a Taxa Interna de Rentabilidade - TIR no 20º ano e o Payback
para os quatro cenários: com e sem financiamento e essas duas situações com incentivo fiscal. Ao
lado, encontra-se o Valor Actual Líquido - VAL no 20º ano para os mesmos cenários, com diferentes
taxas de atractividade.
Figura 7.28. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados da Fecularia de Mandioca
Taxas VAL Taxas VAL
0% 65.700 0% 116.394
5% 23.107 5% 43.711
10% 6.789 10% 16.272
15% -196 15% 4.645
Taxas VAL Taxas VAL
0% 73.571 0% 250.499
5% 30.603 5% 80.415
10% 13.944 10% 30.662
15% 6.648 15% 13.396
Com Financiamento esem Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Com Financiamento e com Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e com Incentivos Fiscais
FONTE: Elaboração CAMPO.
781
7.7.6. Empresa Âncora Frutícola
Para os estudos de avaliação da Empresa Âncora Frutícola considerou-se que as áreas de
produção das frutícolas irrigadas (laranja, maracujá, goiaba e manga) serão uma componente ou
uma unidade de negócio da Empresa, caso tenha produção de terceiros, a mesma poderá ser
adquirida pela Empresa Âncora. A produção poderá ter dois destinos: a de melhor qualidade deve
ser priorizada e direccionada para atender a procura de consumo fresco (que remunera melhor),
essas frutas serão classificadas e embaladas em um Packing House antes da comercialização e
distribuição. A produção com qualidade inferior (aspecto visual) poderá ser processada numa
unidade de sumo de laranja integral NFC (NFC: Not From Concentrate ou não produzido a partir de
sumo concentrado), polpa integral natural asséptica (maracujá e goiaba) e compota.
Estes produtos são de alta qualidade para a indústria de sumos prontos para beber, esse tipo
de processamento preserva o sabor e o valor nutricional próximo ao original, são embalados a
granel e poderão atender uma parcela da demanda interna que actualmente é importada pelas
indústrias de sumo instaladas em Angola.
Também o processamento de goiaba e manga pode ser destinado a compotas, entretanto
nesse estudo não se contempla essa modalidade de processamento. Nesse contexto a Empresa
Âncora Frutícola conta com três unidades de negócios, que englobam a produção, o packing house
(casa de embalagem) o processamentos das frutas.
Foto 7.21. Processamento de maracujá em polpa integral.
Foto 7.23. Frutas frescas “in natura” à venda em supermercado.
Foto 7.22. Processamento de maracujá em polpa integral.
782
Figura 7.29. Fluxograma da Empresa Âncora Frutícola
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.6.1. Produção de Frutícolas
A produção das frutícolas será numa área de 500 ha irrigados, distribuídos em 250 ha de
laranja, 100 ha de maracujá, 90 ha de goiaba e 60 ha de manga conforme se apresenta no quadro
a seguir.
783
Quadro 7.131. Descrição de áreas plantadas com laranja, maracujá, goiaba e manga para a Empresa Âncora Frutícola
Áreas (ha)
Laranja 250 Maracujá 100 Goiaba 90 Manga 60 Área de cultivo 500
Fruticultura
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção da produção das frutícolas é de 14.040 toneladas/ano, dos quais 50% terá
destino para o consumo “in natura” e 50% para o processamento na estabilização da produção de
estas frutícolas.
Para a manga, considerou-se que 100% terá como destino o mercado para consumo fresco. Diante
disso, serão 7.470 toneladas/ano para o consumo “in natura” e 6.570 toneladas para o
processamento.
Cabe destacar novamente que o cultivo de frutícolas requer altos investimentos e o inicio da
produção comercial é de médio a longo prazo (laranja, goiaba e manga), diante disso é mais
adequado que a produção seja inicialmente assumida pela Empresa Âncora Frutícola para suportar
financeiramente e tecnicamente tais condições.
A projecção dos seguintes preços de venda para a determinação das receitas das Unidades
de Negócios foram:
1) Tonelada de laranja para mercado “in natura” para processamento no packing
house em US$ 1.260,00;
2) Tonelada de laranja padrão industrial para processamento na processadora de
polpa em US$ 252,00;
3) Tonelada de maracujá para mercado “in natura” para processamento no packing
house em US$ 1.750,00;
4) Tonelada de maracujá padrão industrial para processamento na processadora de
polpa em US$ 350,00;
5) Tonelada de goiaba para mercado “in natura” para processamento no packing
house em US$ 980,00;
784
6) Tonelada de goiaba padrão industrial para processamento na processadora de
polpa em US$ 196,00;
7) Tonelada de manga para mercado “in natura” no packing house em US$ 1.200,00.
O Investimento total para a implantação dessa produção de frutas (goiaba, laranja, maracujá
e manga), até ao início da produção comercial é de US$ 12.374.932,27.
7.7.6.2. Packing House para frutícolas
O processo no packing house, visa atender às exigências das redes de comercialização e
preparar as frutícolas para o consumo fresco, uma vez que, a maioria das frutas são importadas com
elevada qualidade.
O fluxograma básico de funcionamento de um packing house de frutas apresenta-se a
seguir.
Figura 7.30. Fluxograma básico de um packing house para frutícolas
FONTE: Elaboração CAMPO.
O processamento de frutas no packing house começa pela recepção que pode ser feita
manual ou automatizada numa esteira, ou ainda em tanques de água. A selecção caracteriza-se
pela retirada e eliminação antes da classificação de frutos danificados, deformados e com presença
de doenças. A limpeza constitui-se na lavagem e secagem. A aplicação de cera ou polimento é feito
através de um spray e depois o produto passa por um túnel de secagem. O processo de classificação
pode ser feito de três maneiras: por diâmetro, por peso e por cor. Após a classificação o produto é
embalado geralmente em caixas descartáveis ou retornáveis. O carregamento e a transferência das
embalagens da unidade de beneficiamento para o interior do camião pode ser manual ou acontecer
através de transportadoras de “pallets”. Por fim, após o carregamento o produto é distribuído para
os pontos de venda.
785
Com base na capacidade da Empresa Âncora Frutícola, o packing foi projectado para
processar cerca de 32 toneladas por dia de frutas, considerando 242 dias de trabalho, apresenta
uma capacidade para processar cerca de 7.744 toneladas de frutas por ano.
A projecção dessa Unidade de Negócio levou em consideração as premissas definidas abaixo:
Para cálculo das receitas foram adoptados os preços de venda definidos abaixo:
Laranja = US$ 1.800,00 a tonelada;
Maracujá = US$ 2.500,00 a tonelada;
Goiaba = US$ 1.400,00 a tonelada;
Manga = US$ 1.715,00 a tonelada.
O Investimento total para a implantação de um módulo de packing house é de US$ 1,14
milhões.
Quadro 7.132. Investimento total necessário – Packing House de Frutícolas
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 322.500,00
Investimentos semi-fixos 253.981,06
Outros investimentos 565.697,76
INVESTIMENTO TOTAL 1.142.178,82
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.6.3. Processamento das frutas
Essa UN apresenta duas linhas para processamento da frutas, com uma linha para sumo
integral NFC de laranja e a outra linha para polpa integral natural principalmente para maracujá e
goiaba.
Os fluxogramas de processamento das 2 linhas processadoras das frutas são apresentados
nas figuras abaixo.
786
Figura 7.31. Fluxograma básico da unidade com as linhas de processamento de frutícolas:
Linha – processamento de laranja em sumo integral NFC
Linha – processamento em polpa integral – Maracujá
Linha – processamento em polpa integral – Goiaba
FONTE: Elaboração CAMPO.
A unidade de processamento da Empresa Âncora Frutícola, foi projectada com capacidade
para processamento de 16 toneladas/dia de maracujá e goiaba e 24 toneladas/dia de laranja.
Considerando 242 dias de trabalho (11 meses) essas unidades terão capacidade de processar 3.872
toneladas de maracujá e goiaba e 5.808 toneladas de laranja. Um mês é destinado à manutenção da
planta industrial.
787
Quadro 7.133. Capacidade de processamento da unidade e rendimento percentual dos produtos obtidos
Descrição Quantidade
Goiaba e Maracujá (ton/ano) 3.872
Laranja (ton/ano) 5.808
Rendimento Rendimento
Sumo Integral NFC de Laranja 55%
Polpa Integral de Maracujá 30%
Polpa Integral de Goiaba 90%
Processadora de Polpa de Frutas
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção dessa Unidade de Negócio levou em consideração as premissas definidas abaixo:
Os rendimentos do processo realizado nas linhas da processadora de polpa de frutas,
definidos para uma tonelada de fruta processada foram:
Sumo integral NFC de laranja: 55%;
Polpa integral de maracujá: 30%;
Polpa integral de Goiaba: 90%.
Para determinação das receitas, o preço de venda adoptado foi:
Tonelada de sumo integral NFC de laranja: US$ 910,00;
Tonelada de polpa integral de maracujá: US$ 1.690,00;
Tonelada de polpa integral de goiaba - US$ 650,00;
A implantação da unidade de processamento de frutas de duas linhas e com as capacidades
definidas acima, requerem um investimento na ordem de US$ 5,90 milhões.
788
Quadro 1.134. Investimento total necessário – Processadora de Sumo NFC e Polpa Integral de Frutas
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 1.057.500,00
Investimentos semi-fixos 4.470.925,23
Outros investimentos 377.874,95
INVESTIMENTO TOTAL 5.906.300,18
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.7.6.4. Avaliação económica – Empresa Âncora Frutícola
A seguir apresentam-se os investimentos previstos em cada unidade de negócio, que
totalizam US$ 20,0 milhões.
Gráfico 7.48. Investimentos necessários para cada unidade de negócio na Empresa Âncora Frutícola
FRUTICULTURA PACKING HOUSE ‐ FRUTAS SUMO E POLPA DE FRUTAS
12,4
1,1
5,9
US$(milhão)
19,4 TOTAL US$ milhões
FONTE: Elaboração CAMPO.
Na sequência são apresentados os investimentos e reinvestimentos no período do projecto. O
investimento inicial será a partir do 2º ano do projecto e ao longo de quatro anos de implantação da
Empresa Âncora, totalizando US$ 14,60 milhões da parcela financiada (80 % de US$ 20,0 milhões).
Os reinvestimentos decorrem da reposição de máquinas, equipamentos e veículos após dez anos de
uso.
789
Gráfico 7.49. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa Âncora Frutícola (em milhões US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
O próximo gráfico apresenta a evolução do resultado económico do fluxo de caixa ano-a-ano,
que demonstra a capacidade de pagamento do projecto e o cúmulo do projecto em US$ 144,6
milhões. US$ 144,6 milhões.
Gráfico 7.50. Evolução resultado económico na Empresa Âncora Frutícola
(20,0)
‐
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Ano 11
Ano 12
Ano 13
Ano 14
Ano 15
Ano 16
Ano 17
Ano 18
Ano 19
Ano 20
US$MILHÃO
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9Ano 10
Ano 11
Ano 12
Ano 13
Ano 14
Ano 15
Ano 16
Ano 17
Ano 18
Ano 19
Ano 20
Resultado (0,5) (0,6) (1,9) 2,8 0,2 2,8 3,3 8,7 8,3 13,0 8,6 11,3 10,0 12,6 11,0 11,0 11,0 11,0 11,0 11,0
Custos 0,5 0,6 8,0 7,4 9,7 13,4 16,1 20,8 21,8 23,4 24,5 23,4 23,1 22,1 22,1 22,1 22,1 22,1 22,1 22,1
Receitas ‐ ‐ 6,1 10,2 9,9 16,3 19,5 29,5 30,1 36,5 33,1 34,7 33,1 34,7 33,1 33,1 33,1 33,1 33,1 33,1
Resultado acumulado (0,5) (1,0) (2,9) (0,1) 0,0 2,9 6,2 14,9 23,2 36,3 44,9 56,2 66,2 78,8 89,8 100,7 111,7 122,7 133,6 144,6
RESULTADO ECONÓMICO DA EMPRESA ÂNCORA DE FRUTAS ‐ US$ (milhão)
Resultado Custos Receitas Resultado acumulado
FONTE: Elaboração CAMPO.
790
Finalmente, é apresentada a Taxa Interna de Rentabilidade - TIR no 20º ano e o Payback
para os quatro cenários: “com” e “sem” financiamento e essas duas situações com incentivo fiscal.
Ao lado, encontra-se o Valor Actual Líquido - VAL no 20º ano para os mesmos cenários, com
diferentes taxas de atractividade.
Figura 7.32. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados na Empresa Âncora Frutícola
38,05%
21,05%
39,01%
21,58%
TIR
6
9
6
9
Payback
Com financiamento Sem financiamento
Com financ. e incentivo fiscal Sem financ. e com incentivo fiscal
Taxas VAL Taxas VAL
0% 146.913 0% 153.597
5% 63.561 5% 66.955
10% 25.666 10% 27.535
15% 7.361 15% 8.469
Taxas VAL Taxas VAL
0% 162.451 0% 169.136
5% 78.359 5% 81.753
10% 39.792 10% 41.661
15% 20.873 15% 21.980
Com Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Sem Financiamento esem Incentivos Fiscais
Com Financiamento e com Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e com Incentivos Fiscais
FONTE: Elaboração CAMPO.
Como pode ser observado nos resultados acima a unidade de processamento das frutas
apresenta inviabilidade económica na sua implantação, tendo em vista o alto preço de compra das
frutas para processamento no mercado de Angola e o baixo preço de venda do sumo integral NFC
de laranja e da polpa integral natural observado no mercado internacional nesse momento. A
viabilidade dessa Empresa Âncora é assegurada pela alta rentabilidade da produção agrícola e do
Packing House.
Por outro lado, a produção de frutícolas tem entre 20 a 30% de frutas de qualidade inferior
que, se não tiver uma unidade processadora esse volume da produção é perdida, igualmente o
mercado internacional pode sofrer mudanças elevando o actual preço da polpa integral e do sumo
NFC.
791
7.8. Avaliação das empresas agro-industriais e prestadoras de serviços
correlacionadas
Outras agro-indústrias e empresas prestadoras de serviços correlacionados e
complementares também têm potencial e são destinadas a garantir uma infra-estrutura de apoio às
actividades agro-produtivas. Neste tópico são apresentadas as avaliações económicas destas
unidades de negócios.
As unidades de negócios são; moinho de calcário; misturadora de fertilizantes; Unidade de
Beneficiamento de Sementes (UBS), fábrica de ração e misturadora de sal, unidade de
processamento de arroz, Packing House de hortícolas, empresa de mecanização agrícola e empresa
de transporte.
A implantação destas unidades dependerão do avanço de implantação do PAC e de
demandas e ofertas por ele geradas.
7.8.1. Moinho de Calcário
Jazidas de calcário são encontradas em quase todo território angolano, inclusive na área do
PAC. O seu processamento implica investimentos de porte relativamente pequeno, na ordem de
US$ 4 milhões – pelo que, não apresenta qualquer obstáculo ao desenvolvimento agrícola.
O calcário é um input fundamental para a agricultura em solos típicos dos trópicos,
caracterizados pela acidez que prejudica o desenvolvimento das culturas. A aplicação do calcário
corrige o pH do solo, além de ser fonte dos nutrientes cálcio e magnésio. O PAC tem no seu
perímetro, diversas jazidas de rochas calcárias, e duas delas, que foram analisadas, apresentam
excelentes resultados para a aplicação agrícola. Perante isso, o investimento num moinho de
calcário afigura-se importante para atender a procura do PAC e áreas adjacentes.
792
Foto 7.24. Jazida de rocha calcária nas margens da rodovia EN 230.
Foto 7.25. Moinho de calcário (foto ilustrativa).
Foto 7.26. Aplicação de calcário e preparo de solo – BIOCOM.
Foto 7.27. Aplicação de calcário (foto ilustrativa).
Conforme projectado o avanço da implantação do PAC, entre o terceiro e o décimo ano de
projecto, o PAC deverá demandar aproximadamente 100 mil toneladas de calcário por ano. No início
do projecto o processo de correcção de solos consumirá uma quantidade maior, porém na
maturidade do PAC, a recalagem demandará pouco menos de 50 mil toneladas (figura abaixo). Essa
queda só ocorrerá após 10 anos de projecto, sendo viável a sua implantação em jazidas já
exploradas para brita na área. Além disso, é possível atender a procura futura das áreas produtivas
circunvizinhas ao PAC.
793
Gráfico 7.51. Procura potencial do PAC de Calcário
FONTE: Elaboração CAMPO.
Visando atender a procura acima, seriam necessários dois módulos de moinho de calcário
igual ao descrito nos tópicos a seguir.
Tal unidade de processamento segue o fluxograma básico de funcionamento definido abaixo.
Figura 7.33. Fluxograma básico do moinho de calcário
FONTE: Elaboração CAMPO.
No processo de funcionamento do moinho, a rocha de calcário é lavrada e enviada para a
unidade. Neste, o minério é britado em três etapas para ser fragmentado sendo peneirado em cada
uma delas. As impurezas são descartadas e o minério aproveitável passa pela moagem e por um
processo de humidificação sendo separado em lotes que atendem às especificações da empresa. No
moinho, ainda é necessário o Sector de Controlo de Qualidade para monitorar o processo. Por fim o
produto é carregado, pesado e expedido.
794
O módulo de moinho de calcário foi projectado para processar cerca de 30 toneladas por
hora, considerando 242 dias de trabalho são cerca 58.080 toneladas processadas.
Quadro 7.135. Capacidade de produção do moinho de calcário por hora e ano
Descrição Capac. (ton)
Toneladas/Hora 30 Total 60.000 Toneladas/Ano 58.080
Moinho de Calcário
FONTE: Elaboração CAMPO.
Para a determinação das receitas o preço da tonelada de calcário foi definido em US$ 50,00
(livre a bordo ou carregado no meio de transporte. FOB – Free on bord).
O Investimento total para a implantação de um módulo de moinho de calcário é de US$
4,10 milhões.
Quadro 7.136. Investimento total necessário – Moinho de Calcário
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 500.730,00
Investimentos semi-fixos 3.411.042,86
Outros investimentos 195.588,64
INVESTIMENTO TOTAL 4.107.361,50
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.8.1.1. Avaliação Económica – Moinho de Calcário
A seguir são apresentados os investimentos e reinvestimentos no período do projecto. O
investimento inicial será realizado no primeiro ano, totalizando US$ 3,30 milhões da parcela
financiada (80 %). Os reinvestimentos no 11º ano decorrem da reposição de máquinas,
equipamentos e veículos após dez anos de uso.
795
Gráfico 7.52. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados no Moinho de Calcário (em milhões US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
O próximo gráfico apresenta a evolução do resultado económico do fluxo de caixa ano-a-ano,
que demonstra a capacidade de pagamento do projecto e o cúmulo do projecto em US$ 13,2
milhões.
Gráfico 7.53. Evolução Resultado económico no Moinho de Calcário
(2,0)
‐
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
USD(milhão)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Resultado Econômico 0,3 0,9 0,9 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,5 (1,7) 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,8
Custos Totais 0,4 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9
Receitas 1,6 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1
Resultado Acumulado 0,3 1,2 2,0 2,4 2,8 3,3 3,7 4,2 4,6 5,1 3,4 4,4 5,4 6,4 7,4 8,4 9,4 10,4 11,4 13,2
Resultado Económico do Moinho de Calcário ‐ US$ (milhão)
Resultado Econômico Custos Totais Receitas Resultado Acumulado
FONTE: Elaboração CAMPO.
796
Finalmente, é apresentada a Taxa Interna de Rentabilidade - TIR no 20º ano e o Payback
para os quatro cenários: com e sem financiamento e essas duas situações com incentivo fiscal. Ao
lado, encontra-se o Valor Actual Líquido - VAL no 20º ano para os mesmos cenários, com diferentes
taxas de atractividade.
Figura 7.34. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados do Moinho de Calcário
Taxas VAL Taxas VAL
0% 12.059 0% 22.277
5% 4.931 5% 10.807
10% 1.716 10% 5.422
15% 138 15% 2.658
Taxas VAL Taxas VAL
0% 15.345 0% 25.563
5% 8.060 5% 13.936
10% 4.704 10% 8.409
15% 2.995 15% 5.515
Com Financiamento e com Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e com Incentivos Fiscais
Com Financiamento esem Incentivos Fiscais
Sem Financiamento esem Incentivos Fiscais
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.8.2. Unidade de Beneficiamento de Sementes – UBS
A instalação de uma Unidade de Beneficiamento de Sementes é estratégica para o PAC e
será viável na medida em que a área de plantio se expandir. A região conta com condições
climáticas favoráveis para a produção de sementes, principalmente quando a produção for irrigada
devido ao período seco, que propicia a colheita de sementes com baixo percentual de água,
garantindo alta qualidade às mesmas. Diante desse potencial, a UBS poderia tornar-se uma unidade
de negócio (UN) das Empresas Âncora das cadeias produtivas de grãos e avícola ou mesmo de
empreendimento individual.
Com a projecção de implantação do PAC, a demanda de sementes de arroz, milho, soja,
sorgo e feijão agregadas crescerá linearmente até ao 10º ano, quando se estabilizará em cerca de
10 mil toneladas (figura abaixo). Para atendimento de tal demanda será instalada uma unidade de
beneficiamento de sementes de acordo com o descrito nos tópicos a seguir.
797
Gráfico 7.54. Demanda potencial do PAC de sementes de arroz, feijão, milho, soja e sorgo
FONTE: Elaboração CAMPO.
Visando processar a demanda acima, seriam necessários dois módulos de UBS igual ao
descrito nos tópicos a seguir.
O fluxograma básico de funcionamento da UBS apresenta-se a seguir.
Figura 7.35. Fluxograma básico da UBS
FONTE: Elaboração CAMPO.
No processo de funcionamento de uma UBS, após a recepção, as sementes podem ser
direccionados para depósitos ou silos, enquanto aguardam beneficiamento, ou serem transportadas
directamente para a linha de beneficiamento. Ao entrar na linha é executada a pré-limpeza para
retirada das impurezas (folhas, palhas, entre outros) seguida de secagem para adequação da
humidade das sementes. Após, o material passa por uma nova limpeza visando a retirada de
impurezas remanescentes, sendo então feita a separação/classificação por maquinas separadoras
como as de peneira, de cilindro e outras. Em seguida, as sementes podem ser “tratadas” com
798
produtos químicos para protecção de ataques de fungos e insectos. Após essa etapa podem ser
ensacadas e armazenadas enquanto aguardam expedição.
Visando atender a demanda do PAC por sementes, é necessário que seja instalado um
módulo de unidade beneficiadora de sementes com capacidade de processamento de 4,8 toneladas
por hora, considerando 242 dias de trabalho são cerca de 9.292,80 toneladas/ano. Sendo assim
seriam necessários mais turnos de trabalho para processamento de toda demanda do PAC.
Quadro7.137. Capacidade de produção da UBS por dia e ano, e rendimento do aproveitamento dos produtos processados
Descrição Capac. (ton)Toneladas/Dia 38
Toneladas/Ano (242 dias) 9.293
Rendimento QuantidadeMilho 80,00%Sorgo 80,00%Soja 65,00%
Arroz 80,00%
UBS
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção dessa Unidade de Negócio levou em consideração as premissas definidas abaixo:
1) Os preços de venda de sementes beneficiadas adoptados foram:
Arroz Semente: US$ 1.580,00 a tonelada;
Sorgo Semente: US$ 3.000,00 a tonelada;
Milho Semente: US$ 13.400,00 a tonelada;
Soja Semente: US$ 6.000,00 a tonelada.
2) Os rendimentos de sementes adoptados foram:
Milho: 80%;
Sorgo: 80%;
Soja: 65%;
Arroz: 80%.
3) A UBS projectada apresenta um sistema de armazenagem própria em sistema de silos
adequados para essa finalidade, com capacidade estática de 16.000 toneladas.
O Investimento total para a implantação de uma unidade UBS é de US$ 6,62 milhões.
799
Quadro 7.138. Investimento total necessário – UBS
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 1.682.580,00
Investimentos semi-fixos 3.887.887,82
Outros investimentos 1.052.289,29
INVESTIMENTO TOTAL 6.622.757,11
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.8.2.1. Avaliação Económica - UBS
A seguir são apresentados os investimentos e reinvestimentos no período do projecto. O
investimento inicial será realizado no primeiro ano, totalizando US$ 5,3 milhões da parcela
financiada (80 %). Os reinvestimentos no 11º ano decorrem da reposição de máquinas,
equipamentos e veículos após dez anos de uso.
Gráfico 7.55. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na UBS
FONTE: Elaboração CAMPO.
O próximo gráfico apresenta a evolução do resultado económico do fluxo de caixa ano-a-ano,
que demonstra a capacidade de pagamento do projecto e o cúmulo do projecto em US$ 198,4
milhões.
800
Gráfico 7.56. Evolução Resultado económico na UBS
‐
50,0
100,0
150,0
200,0
USD(milhão)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Resultado Econômico 0,3 0,8 3,2 5,0 7,8 9,7 11,6 11,6 11,7 11,7 12,5 12,5 12,5 12,5 12,5 12,5 12,5 12,5 12,5 12,5
Custos Totais 1,5 2,9 6,7 11,4 15,5 18,3 21,1 21,1 21,1 21,0 20,2 20,2 20,2 20,2 20,2 20,2 20,2 20,2 20,2 20,2
Receitas 1,8 3,7 9,9 16,4 23,3 28,0 32,7 32,7 32,7 32,7 32,7 32,7 32,7 32,7 32,7 32,7 32,7 32,7 32,7 32,7
Resultado Acumulado 0,3 1,1 4,4 9,4 17,2 26,8 38,5 50,1 61,8 73,5 86,0 98,5 111,0 123,5 136,0 148,5 160,9 173,4 185,9 198,4
Resultado Económico da UBS ‐ US$ (milhão)
Resultado Econômico Custos Totais Receitas Resultado Acumulado
FONTE: Elaboração CAMPO.
Finalmente, é apresentada a Taxa Interna de Rentabilidade - TIR no 20º ano e o Payback
para os quatro cenários: com e sem financiamento e essas duas situações com incentivo fiscal. Ao
lado, encontra-se o Valor Actual Líquido - VAL no 20º ano para os mesmos cenários, com diferentes
taxas de atractividade.
Figura 7.36. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados da UBS
126,52%
52,22%
155,77%
65,66%
TIR
2
4
23
Payback
Com financiamento Sem financiamento
Com financ. e incentivo fiscal Sem financ. e com incentivo fiscal
Taxas VAL Taxas VAL
0% 197.382 0% 309.998
5% 102.856 5% 163.483
10% 57.436 10% 92.794
15% 33.836 15% 55.909
Taxas VAL Taxas VAL
0% 202.680 0% 315.296
5% 107.902 5% 168.529
10% 62.252 10% 97.611
15% 38.443 15% 60.516
Com Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Com Financiamento e com Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e com Incentivos Fiscais
FONTE: Elaboração CAMPO.
801
7.8.3. Unidade de Processamento de Arroz
O cultivo de arroz está previsto no planeamento de exploração do PAC tanto para o primeiro
cultivo logo após a abertura da área devido à sua rusticidade em termos de correcção do pH do solo,
como também para a rotação de cultura. Além de ter comprovada potencialidade na Fazenda Pungo
Andongo, em outras regiões da província de Malanje esta actividade está a retornar, não havendo
entretanto, neste momento uma unidade de processamento.
O processamento do arroz além de agregar valor ao produto (pronto para cozinhar), gera
dois subprodutos importantes para o PAC. O farelo de arroz é uma fonte de energia de alta
qualidade para fabricação de ração ou de sal proteinado. E a palha de arroz, utilizada como cama
para os pavilhões de criação de frango da cadeia avícola, é um input (insumo) indispensável para a
produção de aves.
A província de Malange cultivou 230 e 242 ha de arroz em 2009 e 2010, produzindo 138 e
165 toneladas52, respectivamente. O cultivo desse cereal ocorre principalmente na região do Songo,
entretanto, o processamento não está a ser executado por nenhuma unidade para esse fim, pois as
plantas anteriormente existentes foram destruídas durante o período de conflito.
Segundo dados do CNC53 Angola importou 342,7 mil toneladas de arroz em 2008, 186,8 mil
ton em 2009, 295,8 mil ton em 2010 e 282,2 mil ton em 2011 (gráfico abaixo).
Gráfico 7.57. Histórico de importação do arroz em Angola
Nesse contexto a abertura de áreas com a produção de arroz durante os primeiros anos
projectados de implantação, resultará numa produção inicial maior, atingindo 24 mil ton por ano 52 http://www.countrystat.org/ago/cont/inctables/pageid/2_sub_national_statistics/a_production/pt 53 Conselho Nacional de Carregadores – CNC 2008 a 2011..
802
entre o 4º e o 10º ano do PAC (gráfico abaixo), cujo processamento gerará 15,79 mil toneladas de
arroz descascado. Tem potencial para substituir cerca de 10% da demanda de importação.
Gráfico 7.58. Produção potencial do PAC de arroz em casca
FONTE: Elaboração CAMPO.
Visando processar essa oferta de cerca de 24 mil toneladas/ano seriam necessários três
módulos de processamento de arroz, igual ao descrito nos tópicos a seguir.
O fluxograma básico de funcionamento da unidade de processamento de arroz apresenta-se
a seguir.
Figura 7.37. Fluxograma básico de processamento de arroz
FONTE: Elaboração CAMPO.
A sequência do processamento de arroz segue abaixo:
1) Recepção e pesagem da matéria-prima;
2) Classificação da amostra e descarga na moega que segue para o silo pulmão;
803
3) Limpeza primária (pré-limpeza);
4) Secagem, que tem o objectivo de deixar o grão na humidade necessária para a
armazenagem, realizada em silos armazenadores;
5) Limpeza secundária, seguindo para o descascador;
6) Os grãos não descascados são separados pelo separador de marinheiro;
7) Retirada do farelo para deixar a superfície do grão branca e lisa, feita no brunidor;
8) O material é então polido, passando pelo resfriador e por processo de classificação;
9) Depois os grãos passam pelo seleccionador electrónico, que retira os grãos
defeituosos;
10) Brilhador; e
11) Por fim, os grãos são empacotados em embalagens de 01, 02 ou 05 kg e embalados
em fardos de 30 kg que serão carregados para comercialização.
Os produtos obtidos no processamento de arroz são: grão de arroz processado pronto para
cozinhar, palha de arroz e farelo de arroz.
A unidade de processamento de arroz foi projectado para processar 4,8 toneladas de arroz
em casca por hora, considerando 242 dias de trabalho são cerca de 9.292,80 toneladas processadas.
804
Quadro 7.139. Capacidade de produção de uma e três linhas de processamento de arroz por dia e ano, e rendimento dos produtos gerados
Descrição Capac. (ton)
Toneladas/Dia 38 Toneladas/Ano 9.293
Descrição Capac. (ton)
Toneladas/Dia 115 Toneladas/Ano 27.878
Grão Processado 67,00%Palha de Arroz 16,50%Resíduos 16,50%
Rendimento
Beneficiamento de ArrozUma linha
Três linhas para atender ao PAC
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção dessa Unidade de Negócio levou em consideração as premissas definidas abaixo:
1) No rendimento percentual de arroz foi considerado:
Grão Processado = 67% do processado
Palha de arroz (casca) = 16,50% do processado
Resíduos (farelo de arroz) = 16,50% do processado
2) O preço adoptado de venda do grão de arroz processado foi de US$ 1.000,00 a
tonelada;
3) O preço adoptado de venda do grão de arroz processado foi de US$ 1.000,00 a
tonelada;
4) O preço de venda adoptado de palha de arroz foi de US$ 100,00 a tonelada.
O Investimento total para a implantação de uma unidade de processamento de arroz é de
US$ 3,03 milhões.
Quadro 7.140. Investimento total necessário – Processamento de Arroz
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 620.200,00
Investimentos semi-fixos 1.214.321,70
Outros investimentos 1.195.895,01
INVESTIMENTO TOTAL 3.030.416,70
FONTE: Elaboração CAMPO.
805
7.8.3.1. Avaliação Económica – Processamento de Arroz
A seguir são apresentados os investimentos e reinvestimentos no período do projecto. O
investimento inicial será realizado no primeiro ano, totalizando US$ 1,9 milhões da parcela
financiada (80 %). Os reinvestimentos no 11º ano decorrem da reposição de máquinas,
equipamentos e veículos após dez anos de uso.
Gráfico 7.59. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados no processamento de arroz (em milhões US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
O próximo gráfico apresenta a evolução do resultado económico do fluxo de caixa ano-a-ano,
que demonstra a capacidade de pagamento do projecto e o cúmulo do projecto em US$ 10,3
milhões.
806
Gráfico 7.60. Evolução resultado económico do processamento de arroz
‐
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
USD(milhão)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Resultado Econômico 0,3 0,6 0,6 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7
Custos Totais 2,9 6,4 6,4 6,7 6,7 6,7 6,7 6,6 6,6 6,6 6,3 6,3 6,3 6,3 6,3 6,3 6,3 6,3 6,3 6,3
Receitas 3,1 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0
Resultado Acumulado 0,3 0,8 1,4 1,7 2,0 2,3 2,7 3,0 3,4 3,7 4,4 5,0 5,7 6,3 7,0 7,7 8,3 9,0 9,6 10,3
Resultado Econômico Custos Totais Receitas Resultado Acumulado
FONTE: Elaboração CAMPO.
Finalmente, é apresentada a Taxa Interna de Rentabilidade - TIR no 20º ano e o Payback
para os quatro cenários: com e sem financiamento e essas duas situações com incentivo fiscal. Ao
lado, encontra-se o Valor Actual Líquido - VAL no 20º ano para os mesmos cenários, com diferentes
taxas de atractividade.
Figura 7.38. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados da processadora de arroz
Taxas VAL Taxas VAL
0% 9.310 0% 19.419
5% 4.196 5% 11.077
10% 1.833 10% 7.038
15% 642 15% 4.880
Taxas VAL Taxas VAL
0% 11.718 0% 17.010
5% 6.490 5% 8.783
10% 4.023 10% 4.848
15% 2.736 15% 2.785
Sem Financiamento e com Incentivos Fiscais
Com Financiamento e com Incentivos Fiscais
Com Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e sem Incentivos Fiscais
FONTE: Elaboração CAMPO.
807
7.8.4. Packing House para Hortaliças
A produção de hortaliças no PAC já é realizada no eixo Capanda – Cacuso pela agricultura
familiar sob a tutela do projecto Kulonga pala Kukula (KpK) e está em fase de expansão, também na
área irrigada, está planeada a produção de hortaliças em 540 ha.
Para agregar valor à produção e atender aos padrões de qualidade que as grandes redes de
supermercado exigem, a produção de hortaliças deve passar por uma classificação e embalagem
antes de ser distribuída. A infra-estrutura necessária para tal actividade baseia-se na implantação
de uma Casa de Embalagem ou como é mais conhecida Packing House.
Foto 7.28. Interior de um Packing House de hortícolas de uma cooperativa de agricultores familiares (COOPERTAQUARA) no Distrito Federal – Brasília – Brasil.
Foto 7.29. Mesa de selecção e classificação do Packing House de hortícola da Cooperativa citada na foto anterior.
Foto 7.30. Hortícolas classificadas e embaladas em caixas plásticas, prontas para o carregamento e expedição. COOPERTAQUARA – DF - Brasil.
Foto 7.31. Hortícolas processadas em embaladas em porções individuais. COOPERTAQUARA – DF – Brasil.
808
A projecção da produção de hortícolas do PAC para o processamento é de cerca de 32,40 mil
toneladas a partir do 5º ano. Visando processar essa oferta, seriam necessários nove módulos de
packing house, igual ao descrito nos tópicos a seguir.
Gráfico 7.61. Produção potencial de hortícolas no PAC (mil toneladas)
FONTE: Elaboração CAMPO.
O fluxograma básico de funcionamento de um packing house se apresenta a seguir.
Figura 7.39. Fluxograma básico do packing house de hortícolas
FONTE: Elaboração CAMPO.
No processo, as hortaliças são recebidas no packing house manualmente, com o uso de
caixas plásticas. É feita a selecção e retirada das hortaliças que não têm qualidade para o consumo
fresco. Na sequência é feita a limpeza, etapa primordial no sistema de processamento. Após a
limpeza é feita a classificação (por calibre, tamanho ou diâmetro) e posterior a essa etapa, são
embaladas e resfriadas durante o período de armazenagem. Por fim, os produtos são carregados e
distribuídos aos pontos de vendas.
809
O módulo de packing house foi projectado para processar cerca de 15 toneladas por dia de
hortaliças, considerando 242 dias de trabalho são cerca 3.630 toneladas processadas.
Quadro 7.141. Capacidade de processamento de um packing house por dia e ano, e % de perdas de hortaliças processadas
Descrição Capac. (ton)
Toneladas/Dia 15 Toneladas/Ano (242 dias) 3.630
Rendimento Quantidade
Perdas 30,00%
PACKING HOUSE
FONTE: Elaboração CAMPO.
A projecção dessa Unidade de Negócio levou em consideração as premissas definidas abaixo:
1) Foi adoptada a perda de 30% no processamento das hortaliças;
2) O preço de venda adoptado de hortaliças foi de US$ 2.995,56 a tonelada.
O Investimento total para a implantação de um módulo de packing house é de US$ 1,00
milhão.
Quadro 7.142. Investimento total necessário – Packing House de hortaliças
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 322.500,00
Investimentos semi-fixos 253.981,06
Outros investimentos 423.984,89
INVESTIMENTO TOTAL 1.000.465,95
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.8.4.1. Avaliação Económica – Packing House de hortaliças
A seguir são apresentados os investimentos e reinvestimentos no período do projecto. O
investimento inicial será realizado no segundo ano, totalizando US$ 0,8 milhões da parcela
financiada (80 %). Os reinvestimentos no 12º ano decorrem da reposição de máquinas,
equipamentos e veículos após dez anos de uso.
810
Gráfico 7.62. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados no Packing House (em milhões US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
O próximo gráfico apresenta a evolução do resultado económico do fluxo de caixa ano-a-ano,
que demonstra a capacidade de pagamento do projecto e o cúmulo do projecto em US$ 10,2
milhões.
Gráfico 7.63. Evolução Resultado económico do Packing House (milhão de US$)
(2,0)
‐
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Resultado Econômico ‐ (0,1) 0,3 0,4 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7
Custos Totais ‐ 0,1 2,8 4,2 7,1 7,1 7,1 7,1 7,1 7,1 7,1 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9 6,9
Receitas ‐ ‐ 3,0 4,6 7,6 7,6 7,6 7,6 7,6 7,6 7,6 7,6 7,6 7,6 7,6 7,6 7,6 7,6 7,6 7,6
Resultado Acumulado ‐ (0,1) 0,2 0,6 1,1 1,6 2,1 2,7 3,2 3,7 4,3 4,9 5,6 6,3 6,9 7,6 8,3 8,9 9,6 10,2
Resultado Econômico Custos Totais Receitas Resultado Acumulado
FONTE: Elaboração CAMPO.
Finalmente, é apresentada a Taxa Interna de Rentabilidade - TIR no 20º ano e o Payback
para os quatro cenários: com e sem financiamento e essas duas situações com incentivo fiscal. Ao
lado, encontra-se o Valor Actual Líquido - VAL no 20º ano para os mesmos cenários, com diferentes
taxas de atractividade.
811
Figura 7.40. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados do Packing House
67,84%
28,16%
86,37%
38,26%
TIR
3
5
34
Payback
Com financiamento Sem financiamento
Com financ. e incentivo fiscal Sem financ. e com incentivo fiscal
Taxas VAL Taxas VAL
0% 9.742 0% 16.429
5% 4.785 5% 8.431
10% 2.428 10% 4.583
15% 1.216 15% 2.579
Taxas VAL Taxas VAL
0% 10.543 0% 17.230
5% 5.547 5% 9.193
10% 3.155 10% 5.310
15% 1.912 15% 3.275
Sem Financiamento e com Incentivos Fiscais
Com Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Com Financiamento e com Incentivos Fiscais
FONTE: Elaboração CAMPO.
812
7.8.5. Misturadora de Fertilizantes
Apesar do Master Plan (Plano Director) não prever inicialmente a implantação de uma
misturadora de fertilizantes NPK (Nitrogénio ou Azoto, Fósforo e Potássio), existem iniciativas de
prospecção e mesmo de produção agrícola em regiões de Angola e países vizinhos, que poderão
viabilizar a sua instalação no período de implantação ou na maturidade do PAC. A viabilidade dá-se
quando pelo menos um produto seja produzido no próprio País.
O País conta com inúmeros jazigos de fosfato mineral, ocorrências de sais de potássio e
enxofre associado ao gesso54. No que respeita a potássio e fósforo, iniciativas de exploração
encontram-se em fase de estudos, como é o caso da exploração de fósforo na província do Zeire. A
principal fonte de azoto é a indústria petroleira. Diante disso uma misturadora poderia ser viável
adquirindo parte de produtos no país e outra parte do exterior.
Nesse contexto a demanda de fertilizantes (NPK) do PAC será crescente, como pode ser
observado no gráfico abaixo, estabilizando-se a partir do 12º ano em cerca de 110 mil toneladas.
Gráfico 7.64. Demanda potencial do PAC de Formulado NPK
FONTE: Elaboração CAMPO.
Visando atender à procura acima projectada é necessário apenas um módulo de misturadora,
projectado para misturar cerca de 90 toneladas por hora, considerando 242 dias são cerca de
174.240 toneladas processadas.
54 Fonte: DIÁRIO DA REPÚBLICA: Resolução Nº 22/2004.
813
Quadro 7.143. Capacidade de produção de uma misturadora de fertilizantes por hora e ano
Descrição Capac. (ton)
Toneladas/Hora 90 Toneladas/Ano 174.240
Misturadora de Fertilizantes
FONTE: Elaboração CAMPO.
Tal módulo seria capaz de atender toda a demanda do PAC assim como substituir toda a
demanda de importação de fertilizantes observada em Angola (2011), conforme observado no
gráfico a seguir.
Gráfico 7.65. Histórico de importação de fertilizantes em Angola55
FONTE: CNC.
O fluxograma básico de funcionamento de uma misturadora de fertilizantes segue o definido
abaixo.
Figura 7.41. Fluxograma básico de uma misturadora de fertilizantes
FONTE: Elaboração CAMPO.
55 Cf. Conselho Nacional de Carregadores (CNC).
814
No processo de funcionamento de uma misturadora de fertilizantes a matéria-prima chega à
unidade e é depositada em silos. Dos silos e com base em dosagem pré-definida é executada a
mistura que é então encaminhada para novo silo, aguardando a expedição. A expedição pode ser
efectuada de duas formas: i) carregamento directo em camiões podendo ser em bags geralmente de
uma tonelada ou a granel; ii) ensacamento realizado em embalagens menores que então podem ser
carregadas nos camiões para expedição.
O Investimento total para a implantação de um módulo de misturadora de fertilizantes é de
US$ 4,87 milhões, apresentado no quadro a seguir.
Quadro 7.144. Investimento total necessário – Misturadora de Fertilizantes
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 1.035.937,50
Investimentos semi-fixos 3.607.180,35
Outros investimentos 232.155,89
INVESTIMENTO TOTAL 4.875.273,74
FONTE: Elaboração CAMPO.
Cabe informar que não se realizou o estudo de viabilidade económica para essa unidade de negócio,
devido à dificuldade de identificar preços de matérias-primas, bem como, as divergências de preços
de venda ao consumidor final do fertilizante.
7.8.6. Fábrica de Ração e Misturadora de sal mineral e sal proteinado
A pecuária de corte é uma das actividades potenciais para ser explorada no PAC, portanto,
necessitará de sal mineral e de suplemento nutricional à ração proteinada. Na consolidação do PAC
a demanda de sal mineral e de proteinado somados, será da ordem de 10 mil toneladas/ano,
acrescenta-se a isso, as fazendas de pecuária de larga escala existentes nas proximidades do PAC
(Fazenda Pandora, Catoca, Agritrade, por citar algumas), que actualmente utilizam um produto
similar importado.
Com base na demanda anual do PAC demonstrada no gráfico abaixo, foi projectada uma
fábrica misturadora de sal mineral com capacidade de 3 toneladas hora, em conjunto com uma
815
fábrica de ração com capacidade de 60 toneladas/hora. Considerando 242 dias, a produção de sal
seria de 5.808 toneladas e 116.160 toneladas de ração.
Gráfico 7.66. Demanda potencial do PAC de sal mineral e proteinado
FONTE: Elaboração CAMPO.
Quadro 7.145. Capacidade de produção de uma fábrica de ração e misturadora de sal por hora e ano
Descrição Capac. (ton)
Toneladas/Hora - Ração 60 Toneladas/Hora - Sal 3 Toneladas/Ano - Ração 116.160 Toneladas/Ano - Sal 5.808
Fábrica de Ração e Sal
FONTE: Elaboração CAMPO.
Com base na necessidade projectada seriam necessários dois módulos de fábrica de ração
com misturadora de sal, igual ao descrito nos tópicos a seguir.
O fluxograma básico de funcionamento da fábrica de ração e misturadora de sal segue o
definido abaixo.
816
Figura 7.42. Fluxograma básico de uma fábrica de ração
Figura 7.43. Fluxograma básico de uma misturadora de sal
FONTE: Elaboração CAMPO.
No processo da parte de ração, a matéria-prima é pesada e são recolhidas amostras, sendo
armazenada, enquanto se aguarda o resultado da análise laboratorial. A partir daí, a matéria-prima
vai para a moagem que tem como objectivo a redução do tamanho das partículas. A ração então é
817
formulada, o sistema é programado e acontece a dosagem e fabricação. A mistura dos ingredientes
pode ocorrer em três fases: mistura a seco, adição de líquidos e uma nova fase de mistura. A
mistura então é descarregada no pós-misturador podendo ser encaminhada para ração triturada,
peletizada ou distribuída nos silos. A ração preparada ou pronta, pode ser acondicionada em sacos
ou ir directamente dos silos para o camião (a granel) para pesagem e distribuição.
No que diz respeito à misturadora de sal, a matéria-prima chega e é sujeitada à pré-limpeza
e moagem caso necessário. Subsequentemente os ingredientes são pesados e carregados
manualmente em moega que os encaminha para mistura. Após a mistura é então feito o ensaque e
estocagem dos produtos acabados que aguardam expedição.
Os produtos que podem ser obtidos são: ração, sal comum e sal proteinado.
O investimento total para a implantação de um módulo de fábrica de ração e misturadora de
sal é de US$ 6,70 milhões. apresentado no quadro a seguir.
Quadro 7.146. Investimento total necessário – Fábrica de Ração e Misturadora de Sal
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 869.590,00
Investimentos semi-fixos 5.520.393,24
Outros investimentos 319.499,16
INVESTIMENTO TOTAL 6.709.482,40
FONTE: Elaboração CAMPO.
Cabe informar que não se realizou o estudo de viabilidade económica para essa unidade de
negócio, devido à dificuldade de identificar preços de matérias-primas, bem como, a divergências
de preços de venda do sal mineral e de ração para bovinos.
7.8.7. Empresas de Mecanização Agrícola
Para um arranque estruturado das actividades, um parque de máquinas agrícola com
respectivas alfaias proporciona um suporte importante aos futuros empreendedores de porte médio
e da agricultura familiar, que carecem destes equipamentos devido aos elevados custos de
aquisição. Portanto, uma ou mais empresas de mecanização para atender este público e eventuais
necessidades sazonais dos grandes investidores é justificadamente necessária.
818
Entretanto, as empresas prestadoras de serviço de mecanização agrícola deverão ter um
parque de máquinas e veículos de apoio com respectivos operadores de tal porte que atenda as
demandas em função dos cultivos e das condições locais, principalmente climáticas devido aos
curtos períodos ou janelas favoráveis para a realização das actividades das campanhas anuais de
sequeiro.
Foto 7.32. Mecanização agrícola: aplicação de calcário Foto 7.33. Mecanização agrícola: construção de canteiros de hortícolas.
Foto 7.34. Mecanização agrícola: aplicação de agroquímicos em cultivo de laranja.
Foto 7.35. Mecanização agrícola: colheita de grãos.
Nesse contexto o parque de máquinas foi dimensionado para atender 48.000 hectares,
durante a etapa de abertura de áreas e manutenção, ou seja entre 18 a 20% da área de 260.000 ha
aptos para o desenvolvimento agrícola, não considerando os 33.000 ha da BIOCOM.
819
A projecção dessa Unidade de Negócio levou em consideração as premissas:
1) Necessidade de um Parque de máquinas de abertura de área dimensionado para
6.000 ha por ano;
2) Implantação de um parque de máquinas para cultivo de 6.000 ha a cada ano,
durante 8 anos. No final do período serão 8 parques de máquinas para cultivo;
3) Projecção realizada com base na curta janela de plantio e colheita da região;
4) Maior necessidade de máquinas durante os 8 primeiros anos devido à abertura de
áreas;
5) O valor médio na Hora Máquina cobrada, foi definido em US$ 100,00.
Vale destacar que actualmente a Mecanagro (Empresa Nacional de Mecanização Agrícola),
conta com unidades com parques de máquinas em Malanje e Cacuso, que prestam serviço de
mecanização agrícola a todos os tipos de produtores rurais (da agricultura familiar ao
empreendimento de grande escala).
O Investimento total para a implantação do parque de máquinas é de US$ 74,01 milhões,
cujos detalhes de máquinas e equipamentos utilizados se apresenta no Anexo 7.1.
Quadro 7.147. Investimento total necessário – Empresa de Mecanização Agrícola
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 575.000,00
Investimentos semi-fixos 71.952.962,57
Outros investimentos 1.483.128,67
INVESTIMENTO TOTAL 74.011.091,24
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.8.7.1. Avaliação Económica – Empresa de Mecanização Agrícola
A seguir são apresentados os investimentos e reinvestimentos no período do projecto. O
investimento inicial será realizado ao longo de dez anos, totalizando US$ 59,2 milhões da parcela
financiada (80 %). Os reinvestimentos a partir do 11º ano decorrem da reposição de máquinas,
equipamentos e veículos após dez anos de uso.
820
Gráfico 7.67. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa de Mecanização Agrícola (em milhões US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
O próximo gráfico apresenta a evolução do resultado económico do fluxo de caixa ano-a-ano,
que demonstra a capacidade de pagamento do projecto e o cúmulo do projecto em US$ 96,4
milhões.
Gráfico 7.68. Evolução do Resultado económico da Empresa de Mecanização Agrícola
‐
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
USD(milhão)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Resultado Econômico 3,4 4,1 5,1 3,8 4,1 4,5 4,9 5,3 1,1 0,6 2,5 2,7 3,7 4,7 5,6 6,5 7,4 8,2 9,0 9,0
Custos Totais 6,2 8,1 10,2 14,6 17,3 20,0 22,7 25,3 23,4 23,9 22,1 21,8 20,8 19,9 18,9 18,0 17,2 16,3 15,5 15,5
Receitas 9,6 12,2 15,3 18,4 21,4 24,5 27,6 30,6 24,5 24,5 24,5 24,5 24,5 24,5 24,5 24,5 24,5 24,5 24,5 24,5
Resultado Acumulado 3,4 7,5 12,7 16,4 20,5 25,0 29,9 35,2 36,3 37,0 39,5 42,2 45,9 50,6 56,2 62,7 70,1 78,4 87,4 96,4
Resultado Económico da Parque de Máquinas‐US$ (milhão)
FONTE: Elaboração CAMPO.
Finalmente, é apresentada a Taxa Interna de Rentabilidade - TIR no 20º ano e o Payback
para os quatro cenários: com e sem financiamento e essas duas situações com incentivo fiscal. Ao
821
lado, encontra-se o Valor Actual Líquido - VAL no 20º ano para os mesmos cenários, com diferentes
taxas de atractividade.
Figura 7.44. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados da Empresa de Mecanização Agrícola
19,52%
2,37%
38,21%
8,40%
TIR
7
19
4
12
Payback
Com financiamento Sem financiamento
Com financ. e incentivo fiscal Sem financ. e com incentivo fiscal
Taxas VAL Taxas VAL
0% 28.781 0% 174.226
5% -19.933 5% 85.164
10% -39.178 10% 44.765
15% -46.860 15% 24.701
Taxas VAL Taxas VAL
0% 87.990 0% 115.017
5% 36.456 5% 28.775
10% 14.649 10% -9.061
15% 4.626 15% -26.785
Com Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e com Incentivos Fiscais
Com Financiamento e com Incentivos Fiscais
FONTE: Elaboração CAMPO.
822
7.8.8. Empresa de Transporte
A projecção da Empresa de Transporte foi realizada para atender 25% da demanda de
cargas na consolidação do PAC que ocorrerá durante o período de colheita estimado em 2 meses. O
restante do tempo efectuará a movimentação interna dos produtos, bem como o transporte dos
inputs (insumos) necessários para os cultivos.
A projecção dessa Unidade de Negócio levou em consideração as premissas definidas abaixo:
Utilização de camiões com capacidade de carga de 27 toneladas;
Adopção de no máximo 2 viagens por dia para cada camião, percorrendo 50 km por
viagem;
O valor cobrado para o frete do km rodado foi fixado em US$ 6,00, sendo definido
como valor mínimo para viabilizar o empreendimento;
As projecções foram baseadas no transporte de 25% da produção durante a época da
colheita dos grãos no PAC (30 dias 1ª colheita e 30 dias 2ª colheita).
O Investimento total para a implantação de uma empresa de transporte é de US$ 13,72
milhões.
Quadro 7.148. Investimento total necessário – Empresa de Transporte
Descrição Valor total (US$)
Investimentos fixos 775.000,00
Investimentos semi-fixos 12.195.299,00
Outros investimentos 756.932,90
INVESTIMENTO TOTAL 13.727.231,90
FONTE: Elaboração CAMPO.
7.8.8.1. Avaliação Económica – Empresa de Transporte
A seguir são apresentados os investimentos e reinvestimentos no período do projecto. O
investimento inicial será realizado ao longo de dez anos, totalizando US$ 11,0 milhões da parcela
financiada (80 %). Os reinvestimentos a partir do 11º ano decorrem da reposição de máquinas,
equipamentos e veículos após dez anos de uso.
823
Gráfico 7.69. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa de Transporte (em milhões US$)
FONTE: Elaboração CAMPO.
O próximo gráfico apresenta a evolução do resultado económico do fluxo de caixa ano-a-ano,
que demonstra a capacidade de pagamento do projecto e o cúmulo do projecto em US$ 30,2
milhões.
Gráfico 7.70. Evolução do Resultado económico na Empresa de Transporte
(5,0)
‐
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
USD(milhão)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Resultado Econômico (0,6) (0,2) 0,2 0,1 0,4 0,7 1,0 1,2 1,4 1,7 2,0 2,0 1,9 2,1 2,3 2,5 2,7 2,8 3,0 3,1
Custos Totais 0,8 1,0 1,5 2,5 3,2 3,9 4,7 5,5 6,2 7,0 6,7 6,7 6,8 6,6 6,4 6,2 6,0 5,9 5,7 5,6
Receitas 0,2 0,8 1,7 2,6 3,6 4,6 5,7 6,7 7,7 8,7 8,7 8,7 8,7 8,7 8,7 8,7 8,7 8,7 8,7 8,7
Resultado Acumulado (0,6) (0,8) (0,7) (0,5) (0,1) 0,6 1,6 2,8 4,2 5,9 7,9 9,8 11,8 13,9 16,2 18,7 21,3 24,1 27,1 30,2
Resultado Econômico Custos Totais Receitas Resultado Acumulado
FONTE: Elaboração CAMPO.
Finalmente, é apresentada a Taxa Interna de Rentabilidade - TIR no 20º ano e o Payback
para os quatro cenários: com e sem financiamento e essas duas situações com incentivo fiscal. Ao
824
lado, encontra-se o Valor Actual Líquido - VAL no 20º ano para os mesmos cenários, com diferentes
taxas de atractividade.
Figura 7.45. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados da Empresa de Transporte
25,87%
8,32%
32,97%
12,93%
TIR
6
12
69
Payback
Com financiamento Sem financiamento
Com financ. e incentivo fiscal Sem financ. e com incentivo fiscal
Taxas VAL Taxas VAL
0% 25.051 0% 48.386
5% 6.199 5% 18.030
10% -2.094 10% 4.372
15% -5.940 15% -2.165
Taxas VAL Taxas VAL
0% 36.033 0% 59.368
5% 16.658 5% 28.489
10% 7.889 10% 14.355
15% 3.610 15% 7.384
Sem Financiamento e sem Incentivos Fiscais
Com Financiamento e com Incentivos Fiscais
Sem Financiamento e com Incentivos Fiscais
Com Financiamento e sem Incentivos Fiscais
FONTE: Elaboração CAMPO.
825
7.9. Cronogramas de implantação e avanço das Empresas Âncora e
Empresas Correlacionadas projectadas para o PAC
A sequência de cronogramas que se apresentam a seguir são da implantação do parque
industrial e empresas prestadoras de serviços e estão definidos em função do crescimento da
produção agro-pecuária.
Quadro 7.149. Cronograma de implantação das Unidades de Negócios da Empresa Âncora de Grãos
EMPRESA ÂNCORA Grãos Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Produção de Grãos
Armazém
Moinho de Soja/Refinadora de Óleo de Soja
FONTE: Elaboração CAMPO.
Como pode ser observado, é recomendado que a implantação da unidade industrial
(armazenagem e processamento), se inicie um ano antes da primeira produção de grãos, devido ao
maior prazo de montagem da industria em relação à produção de soja e para que, tenha armazém
para depositar a soja para ser esmagada quando arrancar com a unidade industrial. Cabe salientar
que no ano 1, a área de produção é aberta e melhorada para a produção de soja no ano seguinte.
826
Quadro 7.150. Cronograma de implantação das Unidades de Negócios da Empresa Âncora Avícola
EMPRESA ÂNCORA Avícola Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Produção de Grãos
Armazém
Extrusora de Soja
Fábrica de Ração
Incubadoras
Produção de Aves
Matadouro de Aves
FONTE: Elaboração CAMPO.
A analogia é a mesma para a Empresa Âncora de Grãos, iniciar com a implantação da
unidade de armazenagem e extrusora de óleo de soja, enquanto a área de produção é aberta e
melhorada. Quando os pavilhões de criação de frango puderem receber os pintos, a fábrica de ração
e o matadouro já devem estar em operação.
Quadro 7.151. Cronograma de implantação das Unidades de Negócios da Empresa Âncora de Bovinos
EMPRESA ÂNCORA Bovina Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Integração Lavoura-Pecuária
Matadouro de Bovinos
FONTE: Elaboração CAMPO.
A criação de bovinos deve iniciar já com a pastagem formada logo após a colheita da
primeira campanha, com isso, quando o Matadouro estiver pronto para operar, haverá animais para
abater.
827
Quadro 7.152. Cronograma de implantação das Unidades de Negócios da Empresa Âncora Florestal
EMPRESA ÂNCORA Florestal Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Produção de Madeira
Serração
Autoclave (Tratamento de madeira)
FONTE: Elaboração CAMPO.
A instalação da unidade de tratamento da madeira (autoclave), deve iniciar no sexto ano
para que no 7º quando puder operar, já tenha árvores prontas ou em ponto de ser cortada e tratada
para postes de energia ou estacas de cercas. A unidade de serração, somente deve estar pronta
para operar no 14º ano, quando tiver árvores com diâmetro para serrar.
Quadro 7.153. Cronograma de implantação das Unidades de Negócios da Empresa Âncora Frutícola
EMPRESA ÂNCORA Frutícola Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Produção de Frutas
Packing House de Frutas
Processadora de Polpa de Frutas
FONTE: Elaboração CAMPO.
A produção de frutas, geralmente dá-se a partir do 2º e 3º ano de implantação dos
pomares, assim, o Packing House deverá ser implantado a partir do segundo ano de implantação
dos pomares. A unidade de processamento, só justifica ser implantada e operativa quando os
pomares das espécies seleccionadas estiverem em plena capacidade de produção, o que acontece
no quinto ano.
828
Quadro 7.154. Cronograma de implantação das Empresas das Actividades correlacionadas e da Fecularia da Cadeia Produtiva de Mandioca
EMPRESAS Correlacionadas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Moinho de Calcário
Unidade de Beneficiamento de Sementes - UBS
Processadora de Arroz
Packing House para Hortícolas
Empresa de Mecanização Agrícola
Empresa de Transporte
Fecularia (Cadeia Produt. de Mandioca)
FONTE: Elaboração CAMPO.
A produção de hortaliça somente inicia a partir do 2º ano de implantação da área de cultivo,
o primeiro ano é para a abertura e melhoramentos da área e, para a instalação do equipamento de
irrigação, portanto, o Packing House deve estar operacional no segundo ano, juntamente com a
primeira produção de hortícolas. A UBS e a Processadora de Arroz, devem iniciar a implantação no
primeiro ano, assim com a primeira colheita de grãos poderão processar. Também vale-se disso a
Fecularia de Mandioca, que ao final de um ano de instalação já poderá processar a produção de
mandioca.
A implantação do Moinho de Cálcario já justifica a instalação imediata, pois há procura pelas
unidades de produção já em fase de ampliação e implantação (Fazenda Pungo Andongo e Pedras
Negras, BIOCOM e Projecto Quizenga). As empresas de prestação de serviços de Mecanização
Agrícola e de Transporte, com a previsão da procura por estes serviços confirmada, poderão entrar
em operação no primeiro ano.
Para acompanhar a expansão futura da produção primária, adoptou-se como premissa que
os módulos industriais serão replicados para absorver a produção agro-pecuária. Portanto, o estudo
não prevê a ampliação de plantas industriais, mas sim a implantação de novas unidades de negócios
independentes, quando houver necessidade.
Com base no cronograma de produção total prevista do PAC, a seguir apresenta-se a
previsão da replicação de módulos das plantas agro-industriais das Empresas Âncora que gerenciam
829
as respectivas cadeias produtivas. Vale destacar que a Empresa Âncora Avícola não terá replicação
visto que essa apresenta apenas um módulo, assim como o parque de máquinas e a empresa de
transporte.
830
Quadro 7.155. Cronograma de início de operação dos Módulos Agro-industriais ao longe de vinte (20) anos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Grãos Moinho/Refinadora + Armazéns 2 1 1
Avícola Matadouro + Fábrica de Ração 1 1
Bovina Matadouro 4 1 1 1 1
Autoclave 4 1 1 1 1
Serração 5 1 1 1 1 1
Mandioca Feculária 3 3
Packing House 1 1
Processadora 1 1
Calcário Moinho 2 1 1
UBS Unidade de Beneficiamento de Sementes 1 1
Arroz Processadora 3 1 1 1
Hortícola Packing House 9 3 3 3
Frutícola
MÓDULOS AGRO-INDUSTRIAISA N O SNúmero de
Modúlos
Florestal
FONTE: Elaboração CAMPO.
831
7.10. Resultados das projecções das Empresas Âncora e das Empresas das
Actividades Correlacionadas
Seguindo os parâmetros de avaliação apresentados, os projectos das empresas âncora e das
actividades correlacionadas com os Indicadores da viabilidade económica foram elaborados para
quatro cenários de implantação:
Projecto sem financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto com financiamento e sem incentivos fiscais;
Projecto sem financiamento e com incentivos fiscais;
Projecto com financiamento e com incentivos fiscais.
Todas as Empresas Âncora apresentaram viabilidade económica nas diversas simulações,
com excepção da fecularia, que analisada sem financiamento, nem incentivo demonstrou baixa
atractividade em função dos preços praticados no mercado internacional de fécula. Para a Fecularia,
com incentivos fiscais melhoram a TIR em 2 a 5% pontos percentuais, enquanto o financiamento
apresenta um impacto maior na atractividade. Entretanto, devido à natureza de longo prazo de
alguns projectos, principalmente da Empresa Âncora Florestal, os prazos de carência, e mesmo os
prazos de amortização precisam ser negociados caso-a-caso para ajustar a capacidade de
pagamento. Enquanto todas Empresas Âncora tiveram o horizonte de projecto de 20 anos, a
Florestal precisou de 28 anos de análise.
A Empresa Âncora Frutícola apresenta viabilidade económica no conjunto de actividades,
devendo priorizar as unidades de negócios para atender o mercado de consumo fresco de frutas. Os
segmentos de produção das frutas e Packing House apresentam boa atractividade. A unidade de
processamento, devido ao alto valor de mercado das frutas para consumo fresco em Angola e pelo
baixo valor no mercado internacional de polpa natural integral e sumo integral NFC, não apresenta
viabilidade, porém é um segmento que pode vir a melhorar a rentabilidade e é importante para
aproveitar a produção de qualidade inferior que não passa na classificação para consumo “in
natura”.
No Quadro 7.156. contempla os indicadores da viabilidade económica das Empresas Âncora
de grãos, avícola, de bovinos, florestal ou madeireira, da mandioca (fecularia) e frutícola.
832
Quadro 7.156. Empresas Âncora – Indicadores da Viabilidade Económica
TIR PAYBACK TIR PAYBACK TIR PAYBACK TIR PAYBACK
Empresa Âncora Grãos29.766 ton de óleo refinado, 115.434 ton de farelo de soja308.500 ton de milho
230.059,39 184.047,51 10,21% 10 12,57% 9 42,76% 3 46,58% 3
Empresa Âncora Avícola
30.310 ton de carne de aves 156.596,36 125.277,09 14,77% 10 18,24% 7 45,91% 4 51,85% 4
Empresa Âncora Bovinos
1.420 ton de carne 25.463,06 20.370,45 13,65% 10 17,70% 8 33,48% 6 40,37% 6
Empresa Âncora Madeireira
8.820 m³ de madeira serrada26.772 m³ de madeira autoclavada
13.789,60 11.031,68 14,79% 10 19,05% 9 31,91% 7 37,59% 7
Empresa Âncora Mandioca (Fecularia)
8.390 ton de fécula 7.254,02 5.803,21 4,78% 17 10,88% 10 53,20% 2 91,30% 2
Empresa Âncora Frutícola
7.744 ton de laranja, maracujá e goiaba para o consumo "in natura"1.415 ton de polpa integral de maracujá e goiaba 2.300 ton de sumo NFC de laranja
19.423,41 15.538,73 21,05% 9 21,58% 9 38,05% 6 39,01% 6
(1) Produção industrial por ano após a estabilização; (2) Valores em US$ 1.000,00; (3) Incentivos fiscais: Imposto Industrial reduzido a 0% (zero).
EMPRESA ÂNCORA
CAPACIDADE (1) VALOR DO INVESTIMENTO (2)
FINANCIAMENTO (80% DO INVESTIMENTOS)
(2)
INDICADORES DA VIABILIDADE ECONÓMICA
SEM INCENTIVOS FISCAIS
COM INCENTIVOS FISCAIS (3) SEM INCENTIVOS FISCAIS COM INCENTIVOS FISCAIS (3)
SEM FINANCIAMENTO COM FINANCIAMENTO
FONTE: Elaboração CAMPO.
As Agro-indústrias das Empresas das Actividades Correlacionadas de processamento de
arroz, Packing House de Hortaliças e UBS apresentaram em ordem crescente alta atractividade
mesmo em condições de 100% de capital próprio. Nas mesmas condições, sem financiamento ou
incentivo fiscal, a TIR do moinho de calcário também apresenta viabilidade e em menor grau a
empresa de transporte e o parque de máquinas. Esse último, entretanto, carece de financiamento e
condições especiais de incentivo para aumentar a atractividade.
O Quadro 7.157. a seguir , contempla os indicadores da viabilidade económica das empresas
de actividades correlacionadas e complementares para o PAC.
833
Quadro 7.157. Empresas de Actividades Correlacionadas – Indicadores da Viabilidade Económica
TIR PAYBACK TIR PAYBACK TIR PAYBACK TIR PAYBACK
UBS 9.293 ton por ano 6.622,76 5.298,21 52,22% 4 65,66% 3 126,52% 2 155,77% 2
Beneficiadora de Arroz 9.293 ton por ano 3.030,42 2.424,34 20,97% 5 33,71% 3 103,32% 2 148,42% 2
Moinho de calcário 58.080 ton por ano 4.107,36 3.285,88 15,64% 7 26,52% 4 81,02% 2 117,85% 2
Packing House 3.630 ton por ano 1.000,47 800,37 28,16% 5 38,26% 4 67,84% 3 86,37% 3
Empresa de Transporte Atendimento de todo o PAC 13.727,23 10.981,78 8,32% 12 12,93% 9 25,87% 6 32,97% 6
Empresa de Mecanização Agrícola
48.000 hectares atendidos 74.011,09 59.208,87 2,37% 19 8,40% 12 19,52% 7 38,21% 4
(1) Produção industrial por ano após a estabilização; (2) Valores em US$ 1.000,00; (3) Incentivos fiscais: Imposto Industrial reduzido a 0% (zero).
SEM INCENTIVOS FISCAIS COM INCENTIVOS FISCAIS (3) EMPRESA CORRELATA CAPACIDADE (1) VALOR DO
INVESTIMENTO (2)
FINANCIAMENTO (80% DO INVESTIMENTO)
(2)
INDICADORES DA VIABILIDADE ECONÓMICA
SEM FINANCIAMENTO COM FINANCIAMENTO
SEM INCENTIVOS FISCAIS
COM INCENTIVOS FISCAIS (3)
FONTE: Elaboração CAMPO.
Por fim, com base na produção do Pólo, anualmente as quantidades de alimentos e outros
produtos apresentam-se no Quadro 7.158. a seguir.
834
Quadro 7.158. Produções esperadas nas unidades de negócios agro-industriais com base na produção do Pólo Agro-industrial de Capanda (toneladas)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
FARELO DESOLVENTIZADO (ton) 4.149 14.005 29.477 50.930 72.765 90.518 108.043 125.340 142.638 159.708 172.630 179.844 183.697 184.090 182.725 181.588 180.679 179.997 179.315 178.860
ÓLEO REFINADO (ton) 1.038 3.502 7.371 12.736 18.196 22.635 27.017 31.343 35.669 39.937 43.168 44.972 45.936 46.034 45.693 45.409 45.181 45.011 44.840 44.726
CARCAÇA DE FRANGO (ton) - - 8.113 16.225 24.338 24.338 24.338 24.338 24.338 24.338 24.338 24.338 24.338 24.338 24.338 24.338 24.338 24.338 24.338 24.338
MIÚDOS AVÍCOLA (ton) - - 1.990 3.981 5.971 5.971 5.971 5.971 5.971 5.971 5.971 5.971 5.971 5.971 5.971 5.971 5.971 5.971 5.971 5.971
RESÍDUOS AVÍCOLA (ton) - - 1.996 3.993 5.989 5.989 5.989 5.989 5.989 5.989 5.989 5.989 5.989 5.989 5.989 5.989 5.989 5.989 5.989 5.989
DIANTEIRO BOVINO (ton) - - - - 330 874 1.337 1.795 2.252 2.709 3.167 3.625 4.083 4.540 4.760 4.759 4.754 4.751 4.751 4.751
TRASEIRO BOVINO (ton) - - - - 304 806 1.232 1.655 2.075 2.496 2.919 3.341 3.763 4.184 4.387 4.386 4.381 4.378 4.379 4.379
MIÚDOS BOVINO (ton) - - - - 13 34 52 70 88 106 124 142 160 178 187 187 186 186 186 186
MADEIRA TRATADA (m³) - - - - - - 18.240 18.240 18.240 18.240 18.240 18.240 18.240 18.240 22.124 33.185 44.247 55.309 66.371 77.433
MADEIRA SERRADA (m³) - - - - - - - - - - - - - 7.425 14.850 22.275 29.700 37.125 44.550 51.975
SERRAGEM (m³) - - - - - - - - - - - - - 999 1.999 2.998 3.998 4.997 5.996 6.996
CAVACO (m³) - - - - - - - - - - - - - 5.153 10.306 15.459 20.612 25.765 30.918 36.071
Mandioca - Fecularia FÉCULA (ton) - - - 21.330 21.330 21.330 21.330 21.330 21.330 21.330 21.330 21.330 21.330 21.330 21.330 21.330 21.330 21.330 21.330 21.330
GOIABA ""IN NATURA"" (ton) - - - - 1.730 1.101 1.416 1.416 1.416 1.416 2.317 2.317 2.317 2.317 2.317 2.317 2.317 2.317 2.317 2.317
MARACUJÁ "IN NATURA" (ton) - - 1.500 2.500 1.500 2.500 1.500 2.500 1.500 2.500 1.500 2.500 1.500 2.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500
LARANJA "IN NATURA" (ton) - - - - - 1.665 3.745 6.659 8.323 9.988 8.323 8.323 8.323 8.323 8.323 8.323 8.323 8.323 8.323 8.323
MANGA "IN NATURA" (ton) - - - - 180 480 720 900 900 900 900 900 900 900 900 900 900 900 900 900
POLPA INTEGRAL DE GOIABA (ton) - - - - - 650 811 1.042 1.042 1.042 1.042 1.042 1.042 1.042 1.042 1.042 1.042 1.042 1.042 1.042
POLPA INTEGRAL DE MARACUJÁ (ton) - - - - - 1.690 375 225 375 225 225 225 225 225 225 225 225 225 225 225
SUMO INTEGRAL NFC DE LARANJA (ton) - - - - - 910 375 843 1.498 1.873 1.873 1.873 1.873 1.873 1.873 1.873 1.873 1.873 1.873 1.873
SEMENTE DE MILHO (ton) - - 144 331 567 716 866 1.015 1.163 1.310 1.455 1.598 1.683 1.725 1.719 1.712 1.705 1.699 1.694 1.690
SEMENTE DE SOJA (ton) 246 739 1.846 2.953 4.059 4.789 5.510 6.221 6.932 7.634 8.090 8.299 8.252 8.196 8.140 8.093 8.056 8.028 8.000 7.981
SEMENTE DE SORGO (ton) 33 98 182 259 324 390 455 521 586 652 684 684 666 655 655 655 655 655 655 655
SEMENTE DE ARROZ (ton) 118 353 589 707 707 707 707 707 707 707 589 353 118 - - - - - - -
ARROZ BENEFICIADO (ton) 2.466 7.893 13.319 16.278 16.278 16.278 16.278 16.278 16.278 16.278 13.812 8.386 2.960 - - - - - - -
PALHA DE ARROZ (ton) 607 1.944 3.280 4.009 4.009 4.009 4.009 4.009 4.009 4.009 3.401 2.065 729 - - - - - - -
FARELO DE ARROZ (ton) 607 1.944 3.280 4.009 4.009 4.009 4.009 4.009 4.009 4.009 3.401 2.065 729 - - - - - - -
Hortícola - Packing House HORTALIÇAS "IN NATURA" (ton) - - 7.560 15.120 22.680 22.680 22.680 22.680 22.680 22.680 22.680 22.680 22.680 22.680 22.680 22.680 22.680 22.680 22.680 22.680
PRODUÇÃO GERADAMÓDULOS
AGRO-INDUSTRIAIS
A N O S
Bovina - Matadouro
Florestal
Avícola - Matadouro
Frutícola
Grãos - Moinho/Refinadora
Arroz - Processadora
UBS
FONTE: Elaboração CAMPO.
835
ANEXOS
Anexo 7.1. Custos de Produção por Cultivo ................................................................. 835
Arroz – Sementeira Convencional Sequeiro .......................................................................... 835
Arroz – Sementeira Directa Sequeiro .................................................................................. 835
Arroz ILP – Sementeira Convencional Sequeiro .................................................................... 835
Arroz ILP – Sementeira Directa Sequeiro ............................................................................ 835
Milho – Sementeira Directa Sequeiro .................................................................................. 835
Milho ILP – Sementeira Directa Sequeiro ............................................................................ 835
Milho – Sementeira Directa Irrigado ................................................................................. 835
Milho ILP – Sementeira Directa Irrigado ............................................................................. 835
Soja – Sementeira Convencional Sequeiro ........................................................................... 835
Soja – Sementeira Directa Sequeiro ................................................................................... 835
Soja ILP – Sementeira Convencional Sequeiro ..................................................................... 835
Soja ILP – Sementeira Directa Sequeiro ............................................................................. 835
Soja Semente – Sementeira Directa Irrigado ....................................................................... 835
Massambala (Sorgo) – Sementeira Convencional Sequeiro ........................................ 835
Massambala (Sorgo) – Sementeira Directa Sequeiro ............................................................ 835
Massambala (Sorgo) ILP – Sementeira Convencional Sequeiro ............................................. 835
Massambala (Sorgo) ILP – Sementeira Directa Sequeiro ...................................................... 835
Massambala (Sorgo) 2ª Campanha – Sementeira Directa Sequeiro ...................................... 835
Feijão – Sementeira Directa Irrigado ............................................................................... 835
Formação de Pasto ........................................................................................................ 835
Manutenção de Pasto e Animais ...................................................................................... 835
Eucalipto Ano 1 .............................................................................................................. 835
Eucalipto Anos 2 e 3 ....................................................................................................... 835
Eucalipto Anos 4 a 14 ..................................................................................................... 835
Hortícolas – Cenoura Irrigado .................................................................................... 835
Hortícolas – Cenoura Irrigado .................................................................................... 835
Hortícolas – Pimento Irrigado .................................................................................... 835
Hortícolas – Tomate Irrigado ..................................................................................... 835
Frutícolas – Goiaba Irrigado ...................................................................................... 835
Frutícolas – Laranja Irrigado ..................................................................................... 835
Frutícolas – Manga Irrigado ...................................................................................... 835
Frutícolas – Maracuaja Irrigado ................................................................................ 835
836
Anexo 7.1. Custos de Produção por Cultivo
hm = Hora Máquina
hp = Hora Pulverizador Autopropelido
hc = Hora Colheita
dh = Dia Homem
UA = Unidade Animal (450 kg de peso vivo)
O Sistema de Plantio Convencional consiste no preparo de solo com uma aração ou gradagem
pesada e duas gradagens (com grade destorroadora e niveladora).
Para as Culturas (cultivos) Anuais, as grades pesadas são as mais utilizadas por promoverem
maior rendimento por hectare devido às altas velocidades de trabalho e pela habilidade de trabalhar
em solos recém-desmatados, onde o sistema radicular da vegetação traz sérios problemas para os
arados.
A Sementeira Directa (Plantio Direto) é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo
não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadoras especiais.
Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a
adequada cobertura e contacto da semente com o solo.
A Integração Lavoura-Pecuária (ILP) consiste em diferentes sistemas produtivos de grãos,
fibras, carne, leite e agro-energia, implantados na mesma área, em consórcio, em rotação ou em
sucessão, envolvendo o plantio de grãos e de pastagens (Trecenti et al., 2009).
837
Unit. ha %729,73 68,82
Semente de arroz kg 80,0 1,58 126,40 11,92 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,4 770,00 269,50 25,42 Ureia kg 100,0 0,75 75,00 7,07 Fungicida (Tratamento de sementes) L 0,7 40,00 28,00 2,64 Inseticida (Tratamento de sementes L 1,4 32,00 44,80 4,23 Herbicida L 0,2 621,00 93,15 8,78 Inseticida L 1,1 12,94 14,23 1,34 Fungicida kg e L 1,1 71,50 78,65 7,42
330,60 31,18 Gradagem pesada hm 1,0 50,00 50,00 4,72 Gradagem niveladora (2x) hm 1,0 50,00 50,00 4,72 Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,94 Tratamento de sementes dh 0,1 6,00 0,60 0,06 Adubação e plantio hm 0,8 50,00 40,00 3,77 Adubação de cobertura hm 0,1 50,00 5,00 0,47 Aplicação de herbicida hp 0,3 50,00 15,00 1,41 Aplicação de inseticida (3x) hp 1,0 50,00 50,00 4,72 Aplicação de fungicida hp 0,3 50,00 15,00 1,41 Colheita mecânica hc 0,5 100,00 50,00 4,72 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 1,41 Mão de obra dh 5,0 6,00 30,00 2,83
1.060,33 100,00
Unit. ha %888,08 78,68
Semente de arroz kg 80,0 1,58 126,40 11,20 Semente de massango/milheto kg 40,0 1,00 40,00 3,54 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,4 770,00 308,00 27,29 Ureia kg 150,0 0,75 112,50 9,97 Dessecante L 5,5 7,70 42,35 3,75 Fungicida (Tratamento de sementes) L 0,7 40,00 28,00 2,48 Inseticida (Tratamento de sementes L 1,4 32,00 44,80 3,97 Herbicida L 0,2 621,00 93,15 8,25 Inseticida L 1,1 12,94 14,23 1,26 Fungicida kg e L 1,1 71,50 78,65 6,97
240,60 21,32 Aplicação de dessecante hp 0,3 50,00 15,00 1,33 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,89 Tratamento de sementes dh 0,1 6,00 0,60 0,05 Adubação e plantio hm 0,8 50,00 40,00 3,54 Adubação de cobertura hm 0,1 50,00 5,00 0,44 Aplicação de herbicida hp - 50,00 - - Aplicação de inseticida (3x) hp 1,0 50,00 50,00 4,43 Aplicação de fungicida hp 0,3 50,00 15,00 1,33 Colheita mecânica hc 0,5 100,00 50,00 4,43 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 1,33 Plantio de milheto hm 0,2 50,00 10,00 0,89 Mão de obra dh 5,0 6,00 30,00 2,66
1.128,68 100,00
2 - Para as culturas anuais, as grades pesadas são as mais utilizadas por promoverem maior rendimento por hectare devido às altas velocidades de trabalho e pela habilidade de trabalhar em solos recém-desmatados, onde o sistema radicular da vegetação traz sérios problemas para os arados.
1 - A sementeira directa é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
Insumos
1 - O sistema de sementeira convencional consiste no preparo de solo com uma aração ou gradagem pesada e duas gradagens (com grade destorroadora e niveladora).
hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia HomemTOTAL
ARROZ - SEMENTEIRA CONVENCIONAL SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
Insumos
Serviços
Serviços
TOTALhm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
ARROZ - SEMENTEIRA DIRECTA SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
838
Unit. ha %811,23 70,74
Semente de arroz kg 80,0 1,58 126,40 11,02 Semente de capim kg 10,0 12,00 120,00 10,46 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,3 770,00 231,00 20,14 Ureia kg 100,0 0,75 75,00 6,54 Fungicida (Tratamento de sementes) L 0,7 40,00 28,00 2,44 Inseticida (Tratamento de sementes L 1,4 32,00 44,80 3,91 Herbicida L 0,2 621,00 93,15 8,12 Inseticida L 1,1 12,94 14,23 1,24 Fungicida kg e L 1,1 71,50 78,65 6,86
335,60 29,26 Gradagem pesada hm 1,0 50,00 50,00 4,36 Gradagem niveladora (2x) hm 1,0 50,00 50,00 4,36 Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,87 Tratamento de sementes dh 0,1 6,00 0,60 0,05 Adubação e plantio hm 0,8 50,00 40,00 3,49 Adubação de cobertura/Plantio de ca hm 0,2 50,00 10,00 0,87 Aplicação de herbicida hp 0,3 50,00 15,00 1,31 Aplicação de inseticida (3x) hp 1,0 50,00 50,00 4,36 Aplicação de fungicida hp 0,3 50,00 15,00 1,31 Colheita mecânica hc 0,5 100,00 50,00 4,36 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 1,31 Mão de obra dh 5,0 6,00 30,00 2,62
1.146,83 100,00
Unit. ha %968,08 80,43
Semente de arroz kg 80,0 1,58 126,40 10,50 Semente de capim kg 10,0 12,00 120,00 9,97 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,4 770,00 308,00 25,59 Ureia kg 150,0 0,75 112,50 9,35 Dessecante L 5,5 7,70 42,35 3,52 Fungicida (Tratamento de sementes) L 0,7 40,00 28,00 2,33 Inseticida (Tratamento de sementes L 1,4 32,00 44,80 3,72 Herbicida L 0,2 621,00 93,15 7,74 Inseticida L 1,1 12,94 14,23 1,18 Fungicida kg e L 1,1 71,50 78,65 6,53
235,60 19,57 Aplicação de dessecante hp 0,3 50,00 15,00 1,25 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,83 Tratamento de sementes dh 0,1 6,00 0,60 0,05 Adubação e plantio hm 0,8 50,00 40,00 3,32 Adubação de cobertura/Plantio de ca hm 0,2 50,00 10,00 0,83 Aplicação de herbicida hp - 50,00 - - Aplicação de inseticida (3x) hp 1,0 50,00 50,00 4,15 Aplicação de fungicida hp 0,3 50,00 15,00 1,25 Colheita mecânica hc 0,5 100,00 50,00 4,15 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 1,25 Mão de obra dh 5,0 6,00 30,00 2,49
1.203,68 100,00
1 - A sementeira directa é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
ARROZ ILP - SEMENTEIRA DIRECTA SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
2 - Para as culturas anuais, as grades pesadas são as mais utilizadas por promoverem maior rendimento por hectare devido às altas velocidades de trabalho e pela habilidade de trabalhar em solos recém-desmatados, onde o sistema radicular da vegetação traz sérios problemas para os arados.
3 - A integração lavoura-pecuária (ILP), consiste em diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia, implantados na mesma área, em consórcio, em rotação ou em sucessão, envolvendo o plantio de grãos e de pastagens (Trecenti et al., 2009).
TOTAL
1 - O sistema de sementeira convencional consiste no preparo de solo com uma aração ou gradagem pesada e duas gradagens (com grade destorroadora e niveladora).
hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
ARROZ ILP - SEMENTEIRA CONVENCIONAL SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
Insumos
Serviços
TOTAL
Insumos
Serviços
2 - A integração lavoura-pecuária (ILP), consiste em diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia, implantados na mesma área, em consórcio, em rotação ou em sucessão, envolvendo o plantio de grãos e de pastagens.
839
Unit. ha %1.169,01 81,15
Semente de milho kg 20,0 13,40 268,00 18,60 Semente de massango/milheto kg 40,0 1,00 40,00 2,78 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,5 770,00 385,00 26,72 Fertilizante nitrogenado kg 200,0 0,75 150,00 10,41 Cloreto de Potássio kg 150,0 0,76 114,00 7,91 Dessecante L 8,0 7,70 61,60 4,28 Inseticida (Tratamento de sementes L 0,2 102,00 20,40 1,42 Inseticida L 0,5 46,12 23,06 1,60 Herbicida L 3,8 15,86 60,27 4,18 Fungicida L 1,2 38,90 46,68 3,24
271,60 18,85 Aplicação de dessecante hp 0,3 50,00 15,00 1,04 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,69 Tratamento de sementes dh 0,1 6,00 0,60 0,04 Adubação e plantio hm 0,5 50,00 25,00 1,74 Adubação de cobertura hm 0,3 50,00 15,00 1,04 Aplicação de herbicida hp - 50,00 - - Aplicação de inseticida (5x) hp 1,5 50,00 75,00 5,21 Aplicação de fungicida hp 0,3 50,00 15,00 1,04 Colheita mecânica hc 0,5 100,00 50,00 3,47 Transporte interno hm 0,4 50,00 20,00 1,39 Plantio de massango/milheto hm 0,2 50,00 10,00 0,69 Mão de obra dh 6,0 6,00 36,00 2,50
1.440,61 100,00
Unit. ha %1.249,01 82,68
Semente de milho kg 20,0 13,40 268,00 17,74 Semente de capim kg 10,0 12,00 120,00 7,94 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,5 770,00 385,00 25,49 Fertilizante nitrogenado kg 200,0 0,75 150,00 9,93 Cloreto de Potássio kg 150,0 0,76 114,00 7,55 Dessecante L 8,0 7,70 61,60 4,08 Inseticida (Tratamento de sementes L 0,2 102,00 20,40 1,35 Inseticida L 0,5 46,12 23,06 1,53 Herbicida L 3,8 15,86 60,27 3,99 Fungicida L 1,2 38,90 46,68 3,09
261,60 17,32 Aplicação de dessecante hp 0,3 50,00 15,00 0,99 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,66 Tratamento de sementes dh 0,1 6,00 0,60 0,04 Adubação e plantio hm 0,5 50,00 25,00 1,65 Adubação de cobertura/Plantio de ca hm 0,3 50,00 15,00 0,99 Aplicação de herbicida hp - 50,00 - - Aplicação de inseticida (5x) hp 1,5 50,00 75,00 4,96 Aplicação de fungicida hp 0,3 50,00 15,00 0,99 Colheita mecânica hc 0,5 100,00 50,00 3,31 Transporte interno hm 0,4 50,00 20,00 1,32 Mão de obra dh 6,0 6,00 36,00 2,38
1.510,61 100,00
2 - A integração lavoura-pecuária (ILP), consiste em diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia, implantados na mesma área, em consórcio, em rotação ou em sucessão, envolvendo o plantio de grãos e de pastagens (Trecenti et al., 2009).
1 - A sementeira directa é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
Qtde. Custo (US$)
1 - A sementeira directa é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
Insumos
Insumos
MILHO - SEMENTEIRA DIRECTA SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
Serviços
TOTAL
MILHO ILP - SEMENTEIRA DIRECTA SEQUEIRO
hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
Serviços
TOTAL
DISCRIMINAÇÃO Unid.
840
Unit. ha %1.326,93 82,91
Semente de milho kg 20,0 13,40 268,00 16,74 Semente de massango/milheto kg 40,0 1,00 40,00 2,50 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,6 770,00 462,00 28,87 Fertilizante nitrogenado kg 250,0 0,75 187,50 11,71 Cloreto de Potássio kg 200,0 0,76 152,00 9,50 Dessecante L 8,0 7,70 61,60 3,85 Inseticida (Tratamento de sementes L 0,2 102,00 20,40 1,27 Inseticida L 0,5 46,12 23,06 1,44 Herbicida L 3,8 15,86 60,27 3,77 Fungicida L 1,2 38,90 46,68 2,92 Combustível L 500,0 0,42 0,42 0,03 Peças de reposição USD 1,0 5,00 5,00 0,31
273,60 17,09 Aplicação de dessecante hp 0,3 50,00 15,00 0,94 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,62 Tratamento de sementes dh 0,1 6,00 0,60 0,04 Adubação e plantio hm 0,5 50,00 25,00 1,56 Adubação de cobertura hm 0,3 50,00 15,00 0,94 Aplicação de herbicida hp - 50,00 - - Aplicação de inseticida (5x) hp 1,5 50,00 75,00 4,69 Aplicação de fungicida hp 0,3 50,00 15,00 0,94 Colheita mecânica hc 0,5 100,00 50,00 3,12 Transporte interno hm 0,4 50,00 20,00 1,25 Irrigação dh 2,0 6,00 12,00 0,75 Mão de obra dh 6,0 6,00 36,00 2,25
1.600,53 100,00
Unit. ha %1.616,51 85,52
Semente de milho kg 20,0 13,40 268,00 14,18 Semente de capim kg 10,0 12,00 120,00 6,35 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,6 770,00 462,00 24,44 Fertilizante nitrogenado kg 250,0 0,75 187,50 9,92 Cloreto de Potássio kg 200,0 0,76 152,00 8,04 Dessecante L 8,0 7,70 61,60 3,26 Inseticida (Tratamento de sementes L 0,2 102,00 20,40 1,08 Inseticida L 0,5 46,12 23,06 1,22 Herbicida L 3,8 15,86 60,27 3,19 Fungicida L 1,2 38,90 46,68 2,47 Combustível L 500,0 0,42 210,00 11,11 Peças de reposição USD 1,0 5,00 5,00 0,26
273,60 14,48 Aplicação de dessecante hp 0,3 50,00 15,00 0,79 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,53 Tratamento de sementes dh 0,1 6,00 0,60 0,03 Adubação e plantio hm 0,5 50,00 25,00 1,32 Adubação de cobertura hm 0,3 50,00 15,00 0,79 Aplicação de herbicida hp - 50,00 - - Aplicação de inseticida (5x) hp 1,5 50,00 75,00 3,97 Aplicação de fungicida hp 0,3 50,00 15,00 0,79 Colheita mecânica hc 0,5 100,00 50,00 2,65 Transporte interno hm 0,4 50,00 20,00 1,06 Irrigação dh 2,0 6,00 12,00 0,63 Mão de obra dh 6,0 6,00 36,00 1,90
1.890,11 100,00
1 - A sementeira directa é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
1 - A sementeira directa é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
MILHO - SEMENTEIRA DIRECTA IRRIGADO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
Insumos
Serviços
TOTALhm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
2 - A integração lavoura-pecuária (ILP), consiste em diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia, implantados na mesma área, em consórcio, em rotação ou em sucessão, envolvendo o plantio de grãos e de pastagens).
hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
Insumos
Serviços
TOTAL
MILHO ILP - SEMENTEIRA DIRECTA IRRIGADO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
841
Unit. ha %581,06 56,90
Semente soja kg 85,0 0,98 83,30 8,16 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,4 770,00 308,00 30,16 Inoculante dose 2,5 3,57 8,93 0,87 Fungicida (Tratamento de sementes) kg e L 0,2 124,63 19,94 1,95 CoMol L 0,2 15,00 3,00 0,29 Inseticida L 1,7 13,82 23,49 2,30 Herbicida L 1,8 27,77 48,60 4,76 Fungicida L 1,5 57,20 85,80 8,40
440,20 43,10 Gradagem pesada hm 1,0 50,00 50,00 4,90 Gradagem niveladora (2x) hm 1,0 50,00 50,00 4,90 Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,98 Tratamento de sementes dh 0,2 6,00 1,20 0,12 Adubação e plantio hm 0,6 50,00 30,00 2,94 Aplicação de herbicida hp 0,3 50,00 15,00 1,47 Aplicação de inseticida (4x) hp 2,0 50,00 100,00 9,79 Aplicação de fungicida (3x) hp 1,5 50,00 75,00 7,34 Colheita mecânica hc 0,7 100,00 70,00 6,85 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 1,47 Mão de obra dh 4,0 6,00 24,00 2,35
1.021,26 100,00
Unit. ha %721,16 67,95
Semente soja kg 85,0 0,98 83,30 7,85 Semente de massango/milheto kg 40,0 1,00 40,00 3,77 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,5 770,00 346,50 32,65 Inoculante dose 2,5 3,57 8,93 0,84 Fungicida (Tratamento de sementes) kg e L 0,2 124,63 19,94 1,88 CoMol L 0,2 15,00 3,00 0,28 Dessecante L 8,0 7,70 61,60 5,80 Inseticida L 1,7 13,82 23,49 2,21 Herbicida L 1,8 27,77 48,60 4,58 Fungicida L 1,5 57,20 85,80 8,08
340,20 32,05 Aplicação de dessecante hp 0,3 50,00 15,00 1,41 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,94 Tratamento de sementes dh 0,2 6,00 1,20 0,11 Adubação e plantio hm 0,6 50,00 30,00 2,83 Aplicação de herbicida hp 0,3 50,00 15,00 1,41 Aplicação de inseticida (3x) hp 1,5 50,00 75,00 7,07 Aplicação de fungicida (3x) hp 1,5 50,00 75,00 7,07 Colheita mecânica hc 0,7 100,00 70,00 6,60 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 1,41 Plantio de milheto hm 0,2 50,00 10,00 0,94 Mão de obra dh 4,0 6,00 24,00 2,26
1.061,36 100,00 hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
1 - A sementeira directa é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
Insumos
Serviços
TOTAL
Serviços
TOTAL
SOJA - SEMENTEIRA DIRECTA SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
2 - Para as culturas anuais, as grades pesadas são as mais utilizadas por promoverem maior rendimento por hectare devido às altas velocidades de trabalho e pela habilidade de trabalhar em solos recém-desmatados, onde o sistema radicular da vegetação traz sérios problemas para os arados.
1 - O sistema de sementeira convencional consiste no preparo de solo com uma aração ou gradagem pesada e duas gradagens (com grade destorroadora e niveladora).
Insumos
SOJA - SEMENTEIRA CONVENCIONAL SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
842
Unit. ha %701,06 64,84
Semente soja kg 85,0 0,98 83,30 7,70 Semente de capim kg 10,0 12,00 120,00 11,10 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,4 770,00 308,00 28,49 Inoculante dose 2,5 3,57 8,93 0,83 Fungicida (Tratamento de sementes) kg e L 0,2 124,63 19,94 1,84 CoMol L 0,2 15,00 3,00 0,28 Inseticida L 1,7 13,82 23,49 2,17 Herbicida L 1,8 27,77 48,60 4,49 Fungicida L 1,5 57,20 85,80 7,94
380,20 35,16 Gradagem pesada hm 1,0 50,00 50,00 4,62 Gradagem niveladora (2x) hm 1,0 50,00 50,00 4,62 Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,92 Tratamento de sementes dh 0,2 6,00 1,20 0,11 Adubação e plantio hm 0,6 50,00 30,00 2,77 Aplicação de herbicida hp 0,3 50,00 15,00 1,39 Aplicação de inseticida (4x) hp 2,0 50,00 100,00 9,25 Plantio de capim hm 0,3 50,00 15,00 1,39 Colheita mecânica hc 0,7 100,00 70,00 6,47 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 1,39 Mão de obra dh 4,0 6,00 24,00 2,22
1.081,26 100,00
Unit. ha %801,16 70,19
Semente soja kg 85,0 0,98 83,30 7,30 Semente de capim kg 10,0 12,00 120,00 10,51 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,5 770,00 346,50 30,36 Inoculante dose 2,5 3,57 8,93 0,78 Fungicida (Tratamento de sementes) kg e L 0,2 124,63 19,94 1,75 CoMol L 0,2 15,00 3,00 0,26 Dessecante L 8,0 7,70 61,60 5,40 Inseticida L 1,7 13,82 23,49 2,06 Herbicida L 1,8 27,77 48,60 4,26 Fungicida L 1,5 57,20 85,80 7,52
340,20 29,81 Aplicação de dessecante hp 0,3 50,00 15,00 1,31 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,88 Tratamento de sementes dh 0,2 6,00 1,20 0,11 Adubação e plantio hm 0,6 50,00 30,00 2,63 Aplicação de herbicida hp 0,3 50,00 15,00 1,31 Aplicação de inseticida (3x) hp 1,5 50,00 75,00 6,57 Aplicação de fungicida (3x) hp 1,5 50,00 75,00 6,57 Colheita mecânica hc 0,7 100,00 70,00 6,13 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 1,31 Plantio de milheto hm 0,2 50,00 10,00 0,88 Mão de obra dh 4,0 6,00 24,00 2,10
1.141,36 100,00
TOTAL
SOJA ILP- SEMENTEIRA CONVENCIONAL SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
Insumos
Serviços
hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
1 - O Plantio Direto é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
SOJA ILP - SEMENTEIRA DIRECTA SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde.
3 - A integração lavoura-pecuária (ILP), consiste em diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia, implantados na mesma área, em consórcio, em rotação ou em sucessão, envolvendo o plantio de grãos e de pastagens (Trecenti et al., 2009).
2 - A integração lavoura-pecuária (ILP), consiste em diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia, implantados na mesma área, em consórcio, em rotação ou em sucessão, envolvendo o plantio de grãos e de pastagens.
1 - O sistema de sementeira convencional consiste no preparo de solo com uma aração ou gradagem pesada e duas gradagens (com grade destorroadora e niveladora).
hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
Custo (US$)
Insumos
Serviços
TOTAL
2 - Para as culturas anuais, as grades pesadas são as mais utilizadas por promoverem maior rendimento por hectare devido às altas velocidades de trabalho e pela habilidade de trabalhar em solos recém-desmatados, onde o sistema radicular da vegetação traz sérios problemas para os arados.
843
Unit. ha %1.280,86 75,83
Semente certificada kg 85,0 6,00 510,00 30,19 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,5 770,00 346,50 20,51 Inoculante dose 2,5 3,57 8,93 0,53 Fungicida (Tratamento de sementes) kg e L 0,2 124,63 19,94 1,18 CoMol L 0,2 15,00 3,00 0,18 Dessecante L 8,0 7,70 61,60 3,65 Inseticida L 1,7 13,82 23,49 1,39 Herbicida L 1,8 27,77 48,60 2,88 Fungicida L 1,5 57,20 85,80 5,08 Combustível L 400,0 0,42 168,00 9,95 Peças de reposição USD 1,0 5,00 5,00 0,30
408,20 24,17 Aplicação de dessecante hp 0,3 50,00 15,00 0,89 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,59 Tratamento de sementes dh 0,2 6,00 1,20 0,07 Adubação e plantio hm 0,6 50,00 30,00 1,78 Aplicação de herbicida hp 0,3 50,00 15,00 0,89 Aplicação de inseticida (3x) hp 1,5 50,00 75,00 4,44 Aplicação de fungicida (3x) hp 1,5 50,00 75,00 4,44 Colheita mecânica hc 0,7 100,00 70,00 4,14 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 0,89 Irrigação dh 2,0 6,00 12,00 0,71 Mão de obra dh 15,0 6,00 90,00 5,33
1.689,06 100,00
1 - A sementeira directa é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
Serviços
TOTALhm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
Insumos
SOJA SEMENTE- SEMENTEIRA DIRECTA IRRIGADO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
844
Unit. ha %209,23 45,86
Semente de massambala/sorgo kg 10,0 3,00 30,00 6,58 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,2 770,00 115,50 25,32 Fungicida (Tratamento de sementes) L 0,1 170,00 17,00 3,73 Herbicida L 3,0 13,35 40,05 8,78 Inseticida L 0,5 13,35 6,68 1,46
247,00 54,14 Gradagem pesada hm 1,0 50,00 50,00 10,96 Gradagem niveladora (2x) hm 1,0 50,00 50,00 10,96 Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 2,19 Adubação e plantio hm 0,8 50,00 40,00 8,77 Aplicação de herbicida hp 0,3 50,00 15,00 3,29 Aplicação de inseticida hp 0,5 50,00 25,00 5,48 Colheita mecânica hc 0,3 100,00 30,00 6,58 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 3,29 Mão de obra dh 2,0 6,00 12,00 2,63
456,23 100,00
Unit. ha %230,78 62,75
Semente de massambala/sorgo kg 10,0 3,00 30,00 8,16 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,2 770,00 115,50 31,41 Fungicida (Tratamento de sementes) L 0,1 170,00 17,00 4,62 Dessecante L 8,0 7,70 61,60 16,75 Inseticida L 0,5 13,35 6,68 1,81
137,00 37,25 Aplicação de dessecante hp 0,3 50,00 15,00 4,08 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 2,72 Adubação e plantio hm 0,5 50,00 25,00 6,80 Aplicação de herbicida hp - 50,00 - - Aplicação de inseticida hp 0,3 50,00 15,00 4,08 Colheita mecânica hc 0,3 100,00 30,00 8,16 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 4,08 Plantio de milheto hm 0,3 50,00 15,00 4,08 Mão de obra dh 2,0 6,00 12,00 3,26
367,78 100,00 hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
TOTAL
1 - A sementeira directa é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
MASSAMBALA (SORGO) - SEMENTEIRA CONVENCIONAL SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
Insumos
Serviços
Serviços
TOTAL
MASSAMBALA (SORGO) - SEMENTEIRA DIRECTA SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
Insumos
1 - O sistema de sementeira convencional consiste no preparo de solo com uma aração ou gradagem pesada e duas gradagens (com grade destorroadora e niveladora).
2 - Para as culturas anuais, as grades pesadas são as mais utilizadas por promoverem maior rendimento por hectare devido às altas velocidades de trabalho e pela habilidade de trabalhar em solos recém-desmatados, onde o sistema radicular da vegetação traz sérios problemas para os arados.
845
Unit. ha %329,23 55,69
Semente de massambala/sorgo kg 10,0 3,00 30,00 5,07 Semente de capim kg 10,0 12,00 120,00 20,30 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,2 770,00 115,50 19,54 Fungicida (Tratamento de sementes) L 0,1 170,00 17,00 2,88 Herbicida L 3,0 13,35 40,05 6,77 Inseticida L 0,5 13,35 6,68 1,13
262,00 44,31 Gradagem pesada hm 1,0 50,00 50,00 8,46 Gradagem niveladora (2x) hm 1,0 50,00 50,00 8,46 Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 1,69 Adubação e plantio hm 0,8 50,00 40,00 6,77 Aplicação de herbicida hp 0,3 50,00 15,00 2,54 Aplicação de inseticida hp 0,5 50,00 25,00 4,23 Plantio de capim hm 0,3 50,00 15,00 2,54 Colheita mecânica hc 0,3 100,00 30,00 5,07 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 2,54 Mão de obra dh 2,0 6,00 12,00 2,03
591,23 100,00
Unit. ha %350,78 71,91
Semente de massambala/sorgo kg 10,0 3,00 30,00 6,15 Semente de capim kg 10,0 12,00 120,00 24,60 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,2 770,00 115,50 23,68 Fungicida (Tratamento de sementes) L 0,1 170,00 17,00 3,49 Dessecante L 8,0 7,70 61,60 12,63 Inseticida L 0,5 13,35 6,68 1,37
137,00 28,09 Aplicação de dessecante hp 0,3 50,00 15,00 3,08 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 2,05 Adubação e plantio hm 0,5 50,00 25,00 5,13 Aplicação de herbicida hp - 50,00 - - Aplicação de inseticida hp 0,3 50,00 15,00 3,08 Plantio de capim hm 0,3 50,00 15,00 3,08 Colheita mecânica hc 0,3 100,00 30,00 6,15 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 3,08 Mão de obra dh 2,0 6,00 12,00 2,46
487,78 100,00
Insumos
Serviços
TOTAL
MASSAMBALA (SORGO) ILP - SEMENTEIRA DIRECTA SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
1 - O sistema de sementeira convencional consiste no preparo de solo com uma aração ou gradagem pesada e duas gradagens (com grade destorroadora e niveladora).
2 - Para as culturas anuais, as grades pesadas são as mais utilizadas por promoverem maior rendimento por hectare devido às altas velocidades de trabalho e pela habilidade de trabalhar em solos recém-desmatados, onde o sistema radicular da vegetação traz sérios problemas para os arados.3 - A integração lavoura-pecuária (ILP), consiste em diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia, implantados na mesma área, em consórcio, em rotação ou em sucessão, envolvendo o plantio de grãos e de pastagens (Trecenti et al., 2009).
MASSAMBALA (SORGO) ILP - SEMENTEIRA CONVENCIONAL SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
2 - A integração lavoura-pecuária (ILP), consiste em diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia, implantados na mesma área, em consórcio, em rotação ou em sucessão, envolvendo o plantio de grãos e de pastagens.
Insumos
Serviços
TOTAL
1 - A sementeira directa é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
846
Unit. ha %312,28 71,09
Semente de massambala/sorgo kg 10,0 3,00 30,00 6,83 Semente de capim kg 10,0 12,00 120,00 27,32 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,1 770,00 77,00 17,53 Fungicida (Tratamento de sementes) L 0,1 170,00 17,00 3,87 Dessecante L 8,0 7,70 61,60 14,02 Inseticida L 0,5 13,35 6,68 1,52
127,00 28,91 Aplicação de dessecante hp 0,3 50,00 15,00 3,41 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm - 50,00 - - Adubação e plantio hm 0,5 50,00 25,00 5,69 Aplicação de herbicida hp - 50,00 - - Aplicação de inseticida hp 0,3 50,00 15,00 3,41 Plantio de capim hm 0,3 50,00 15,00 3,41 Colheita mecânica hc 0,3 100,00 30,00 6,83 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 3,41 Mão de obra dh 2,0 6,00 12,00 2,73
439,28 100,00
Serviços
TOTALhm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem1 - A sementeira directa é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
MASSAMBALA (SORGO) 2ª CAMPANHA - SEMENTEIRA DIRECTA SEQUEIRO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
Insumos
Unit. ha %958,62 72,56
Semente de feijão kg 50,0 2,78 139,00 10,52 Fertilizante formulado NPK + Micro t 0,4 770,00 308,00 23,31 Ureia kg 200,0 0,75 150,00 11,35 Adubo foliar kg 2,0 20,00 40,00 3,03 Fungicida (Tratamento de sementes) kg e L 0,2 126,31 20,21 1,53 CoMol L 0,2 15,00 3,00 0,23 Dessecante L 5,5 7,70 42,35 3,21 Inseticida L 1,7 13,82 23,49 1,78 Fungicida L 1,2 54,30 62,45 4,73 Herbicida L 0,8 22,65 18,12 1,37 Combustível L 350,0 0,42 147,00 11,13 Peças de reposição US$ 1,0 5,00 5,00 0,38
362,60 27,44 Aplicação de dessecante hp 0,3 50,00 15,00 1,14 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 0,76 Tratamento de sementes dh 0,1 6,00 0,60 0,05 Adubação e plantio hm 0,5 50,00 25,00 1,89 Aplicação de herbicida hp - 50,00 - - Aplicação de inseticida (3x) hp 1,5 50,00 75,00 5,68 Aplicação de fungicida (2x) hp 1,0 50,00 50,00 3,78 Colheita mecânica hc 1,0 100,00 100,00 7,57 Transporte interno hm 0,3 50,00 15,00 1,14 Irrigação dh 2,0 6,00 12,00 0,91 Mão de obra dh 10,0 6,00 60,00 4,54
1.321,22 100,00 hm = Hora Máquina hp = Hora Pulverizador Autopropelido hc = Hora Colheita dh = Dia Homem
Insumos
Serviços
TOTAL
1 - A sementeira directa é a semeadura, na qual a semente é colocada no solo não revolvido (sem prévia aração ou gradagem leve niveladora), usando-se semeadeiras especiais. Um pequeno sulco ou cova é aberto com profundidades e larguras suficientes para garantir a adequada cobertura e contato da semente com o solo.
FEIJÃO - SEMENTEIRA DIRECTA IRRIGADO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
847
Unit. ha %237,00 61,24
Semente de capim kg 15 12,00 180,00 46,51 Fertilizante formulado NPK t 0 570,00 57,00 14,73 Ureia kg - 0,75 - - Cloreto de potássio kg - 0,76 - -
150,00 38,76 Gradagem pesada hm 1 50,00 50,00 12,92 Gradagem niveladora (2x) hm 1 50,00 50,00 12,92 Manutenção de terraços hm 0 50,00 10,00 2,58 Adubação e plantio hm 0 50,00 10,00 2,58 Adubação de cobertura hm - 50,00 - - Roçagem hm 50,00 - - Mão de obra dh 5 6,00 30,00 7,75
387,00 100,00
Unit. ha %237,75 73,44
Fertilizante formulado NPK + Micro t 0 570,00 85,50 26,41 Controle sanitário animal (ano) Animal 1 20,00 28,40 8,77 Suplementação proteinado (UA/ano) UA 1 103,21 123,85 38,26
86,00 26,56 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora (2x) hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm 0 50,00 10,00 3,09 Adubação e plantio hm - 50,00 - - Adubação de cobertura (1x) hm 0 50,00 10,00 3,09 Roçagem hm 1 50,00 30,00 9,27 Mão de obra dh 5 6,00 30,00 9,27 Manutenção cerca elétrica dh 1 6,00 6,00 1,85
323,75 100,00 UA = Unidade Animal (450 kg de peso vivo) hm = Hora Máquina dh = Dia Homem
UA = Unidade Animal (450 kg de peso vivo) hm = Hora Máquina dh = Dia Homem
Insumos
Serviços
TOTAL
Serviços
TOTAL
MANUTENÇÃO DE PASTO E ANIMAIS
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
Insumos
FORMAÇÃO DE PASTO
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
848
Unit. ha %438,40 68,46
Muda de eucalipto + 10% un. 1.222 0,20 244,40 38,16 Fertilizante formulado NPK t 0,2 770,00 154,00 24,05 Ureia kg - 0,75 - - Cloreto de potássio kg - 0,76 - - Formicida kg 4 10,00 40,00 6,25
202,00 31,54 Gradagem pesada hm 1 50,00 50,00 7,81 Gradagem niveladora hm 0,50 50,00 25,00 3,90 Manutenção de terraços hm 0,2 50,00 10,00 1,56 Subsolagem e marcação de sulcos hm 1,5 50,00 75,00 11,71 Adubação e plantio dh 2,0 6,00 12,00 1,87 Adubação de cobertura dh - 6,00 - - Capina manual dh 5,0 6,00 30,00 4,68 Desrama dh - 6,00 - -
640,40 100,00
Unit. ha %198,50 73,38
Muda de eucalipto + 10% un. - 0,20 - - Fertilizante formulado NPK t - 770,00 - - Ureia kg 150 0,75 112,50 41,59 Cloreto de potássio kg 100 0,76 76,00 28,10 Formicida kg 1 10,00 10,00 3,70
72,00 26,62 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm - 50,00 - - Subsolagem e marcação de sulcos hm - 50,00 - - Adubação e plantio dh - 6,00 - - Adubação de cobertura dh 2,0 6,00 12,00 4,44 Capina manual dh 5,0 6,00 30,00 11,09 Desrama dh 5,0 6,00 30,00 11,09
270,50 100,00
Unit. ha %188,50 83,96
Muda de eucalipto + 10% un. - 0,20 - - Fertilizante formulado NPK t - 770,00 - - Ureia kg 150 0,75 112,50 50,11 Cloreto de potássio kg 100 0,76 76,00 33,85 Formicida kg - 10,00 - -
36,00 16,04 Gradagem pesada hm - 50,00 - - Gradagem niveladora hm - 50,00 - - Manutenção de terraços hm - 50,00 - - Subsolagem e marcação de sulcos hm - 50,00 - - Adubação e plantio dh - 6,00 - - Adubação de cobertura dh 2,0 6,00 12,00 5,35 Capina manual dh 2 6,00 12,00 5,35 Desrama dh 2,0 6,00 12,00 5,35
224,50 100,00
hm = Hora Máquina dh = Dia Homem
hm = Hora Máquina dh = Dia Homem
EUCALIPTO (3m x 3m => 1.111 plantas/ha)Desbaste no Ano 7 (energia) e Corte final no Ano 14 (madeira para serraria + postes energia)
Insumos
Serviços
TOTAL
Insumos
EUCALIPTO ANOS 4 a 14
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
EUCALIPTO ANO 1
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
Insumos
Serviços
TOTAL
Serviços
TOTAL
EUCALIPTO ANOS 2 e 3
DISCRIMINAÇÃO Unid. Qtde. Custo (US$)
hm = Hora Máquina dh = Dia Homem
849
Produtividade esperada: 30.000 kg/ha
Qtde. Total5.695,00
A.1. Preparo do soloGradagem aradora hm Tp 75cv. 4x2 + gr. Aradora 50,00 3,00 150,00 Gradagem niveladora (2x) hm Tp 75cv. 4x2 + gr. Niveladora 50,00 2,50 125,00 Subsolagem hm Tp 75cv. 4x2 + subsolador 50,00 3,50 175,00 Calagem /Aplicação Termofosfato hm Tp 75cv. 4x2 + distr. Calcário 2,3 m³ 50,00 5,60 280,00 A.2. PlantioPreparo de Canteiros / Plantio hm Tp 75cv. 4x2 + roto-encanteirador 50,00 12,00 600,00 A.3. Tratos culturaisAdubação básica hm Tp 75cv. 4x2 + cultivador/adubador 50,00 4,30 215,00 Semeadura hm Tp 75cv. 4x2 + adubadeira semeadeira 50,00 8,20 410,00 Desbaste Dia homem 6,00 65,00 390,00 Adubação em cobertura (2x) hm Tp 75cv. 4x2 + adubadeira semeadeira 50,00 6,00 300,00 Aplicação de herbicida (2x) hm Tp 75cv. 4x2 + pulv. barra 600 L 50,00 6,00 300,00 Aplicação de inset. E fungic. (17x) hm Tp 75cv. 4x2 + pulv. barra 600 L 50,00 45,00 2.250,00 Transporte interno hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 50,00 10,00 500,00
9.659,56 B.1. Fertilizantes/Corretivos *Calcário dolomítico US$/tonelada 140,00 3,00 420,00 Análise de solo US$/unidade 30,00 0,30 9,00 Termofosfato US$/tonelada 924,00 1,00 924,00 Fertilizante formulado 04-30-16 US$/tonelada 770,00 2,00 1.540,00 Fertilizante formulado 20-00-30 US$/tonelada 770,00 0,40 308,00 B.2. Sementes/Mudas/Mat. PlantioSementes US$/kg/pacote 216,80 4,00 867,20 B.3. Defensivos agrícolasFungicidas US$/kg/Litro 1.080,92 Herbicidas US$/Litro 103,98 3,00 311,94 Inseticidas US$/Litro 38,00 2,00 76,00 B.4. Outros insumos utilizadosEmbalagem US$/caixa 29 kg 3,50 1.035,00 3.622,50 B.5. Equipamento de irrigaçãoManutenção US$/ha 1,00 500,00 500,00
7.144,50 Beneficiamento (do arranquio até acondicionamento em caixas) US$/caixa 29 kg 6,70 1.035,00 6.934,50 Carga/Descarga Dia homem 6,00 35,00 210,00
TOTAL 22.499,06
Observações: (1,2,3x) número de vezes que a operação é efetuada por ciclo. (*) Fertilizantes: valores médios. É necessário fazer análise do solo. O custo do equipamento de irrigação não está incluso no custo de produção. Preços convertidos para US$ a partir das informações do Agrianual 2011 (Brasil). Fonte: Agrianual, 2011.
HORTÍCOLAS
Operações mecanizadas
Insumos
Pós-Colheita
hm = Hora Máquina Tp = Trator de pneus Te = Trator de esteiras
CENOURA - IRRIGADO (US$/ha/Campanha)
DISCRIMINAÇÃO ESPECIFICAÇÃO Valor Unit.
850
Produtividade esperada: 20.000 kg/ha
Qtde. Total5.191,47
A.1. Preparo do soloSubsolagem hm Tp 75cv. 4x2 + subsolador 50,00 3,50 175,00 Gradagem aradora hm Tp 75cv. 4x2 + gr. Aradora 50,00 4,50 225,00 Gradagem niveladora (2x) hm Tp 75cv. 4x2 + gr. Niveladora 50,00 2,50 125,00 Calagem /Aplicação Termofosfato hm Tp 75cv. 4x2 + distr. Calcário 2,3 m³ 50,00 4,60 230,00 Sulcamento hm Tp 75cv. 4x2 + sulcador de 1 linha 50,00 9,00 450,00 A.2. Tratos culturaisAdubação básica hm Tp 75cv. 4x2 + cultivador/adubador 50,00 14,00 700,00 Adubação em cobertura hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 50,00 30,00 1.500,00 A.3. ColheitaColheita e Classificação hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 50,00 23,00 1.150,00 A.4. IrrigaçãoIrrigação Equipamento Irrigação 636,47 1,00 636,47
1.794,00 B.1. Preparo do soloCalagem Dia homem 6,00 2,00 12,00 B.2. PlantioPlantio manual Dia homem 6,00 6,00 36,00 Estaqueamento Dia homem 6,00 30,00 180,00 Amarração Dia homem 6,00 30,00 180,00 B.3. Tratos culturaisAdubação básica Dia homem 6,00 1,00 6,00 Desbrota Dia homem 6,00 45,00 270,00 Adubação em cobertura Dia homem 6,00 10,00 60,00 Pulverização Dia homem 6,00 20,00 120,00 Controle de ervas daninhas Dia homem 6,00 35,00 210,00 B.4. ColheitaColheita e Classificação Dia homem 6,00 80,00 480,00 B.5. IrrigaçãoIrrigação Dia homem 6,00 40,00 240,00
11.047,90 C.1. Fertilizantes/Corretivos *Calcário dolomítico US$/tonelada 140,00 1,50 210,00 Análise de solo US$/unidade 30,00 0,30 9,00 Termofosfato US$/tonelada 1155,00 0,50 577,50 Nitrato de Cálcio US$/tonelada 1400,00 0,50 700,00 Fertilizante formulado 04-14-08 US$/tonelada 770,00 2,00 1.540,00 Fertilizante formulado 14-07-28 US$/tonelada 770,00 0,50 385,00 C.2. Sementes/Mudas/Mat. PlantioSementes / Formação de Mudas US$/mil sementes 116,50 15,00 1.747,50 Estacas US$/mil estacas 75,00 15,00 1.125,00 Fitilho US$/rolo 500 metros 40,00 15,00 600,00 C.3. Defensivos agrícolasAcaricidas US$/Litro 34,00 8,00 272,00 Fungicidas US$/kg/Litro 126,35 17,00 2.147,95 Herbicidas US$/Litro 103,98 6,50 675,87 Inseticidas US$/Litro 37,00 12,00 444,00 Espalhante Adesivo US$/Litro 28,52 4,00 114,08 Manutenção US$/ha 1,00 500,00 500,00
TOTAL 18.033,37
Observações: (1,2,3x) número de vezes que a operação é efetuada por ciclo. (*) Fertilizantes: valores médios. É necessário fazer análise do solo. O custo do equipamento de irrigação não está incluso no custo de produção. Preços convertidos para US$ a partir das informações do Agrianual 2011 (Brasil). Fonte: Agrianual, 2011.
Insumos
hm = Hora Máquina Tp = Trator de pneus Te = Trator de esteiras
Operações manuais
PIMENTO - IRRIGADO (US$/ha)
DISCRIMINAÇÃO ESPECIFICAÇÃO Valor Unit.
Operações mecanizadas
851
Produtividade esperada: 50.000 kg/ha
Qtde. Total3.627,91
A.1. Preparo do soloGradagem aradora hm Tp 75cv. 4x2 + gr. Aradora 50,00 2,50 125,00 Gradagem niveladora (2x) hm Tp 75cv. 4x2 + gr. Niveladora 50,00 2,50 125,00 Calagem hm Tp 75cv. 4x2 + distr. Calcário 2,3 m³ 50,00 1,50 75,00 A.2. PlantioTransplante das mudas hm Tp 75cv. 4x2 + semeadeira adubadora 50,00 2,00 100,00 A.3. Tratos culturaisAdubação básica hm Tp 75cv. 4x2 + cultivador/adubador 50,00 2,00 100,00 Adubação em cobertura hm Tp 75cv. 4x2 + cultivador/adubador 50,00 4,00 200,00 Pulverização hm Tp 75cv. 4x2 + pulverizador 50,00 19,00 950,00 A.4. ColheitaColheita mecânica US$/tonelada 22,00 50,00 1.100,00 Transporte Hora de Camião 54,11 4,00 216,44 A.5. IrrigaçãoIrrigação Equipamento Irrigação 636,47 1,00 636,47
294,00 B.1. Preparo do soloCalagem Dia homem 6,00 2,00 12,00 Capinas Dia homem 6,00 16,00 96,00 B.2. PlantioTransplante das mudas Dia homem 6,00 15,00 90,00 B.3. IrrigaçãoIrrigação Dia homem 6,00 16,00 96,00
5.072,92 C.1. Fertilizantes/Corretivos *Calcário dolomítico US$/tonelada 140,00 2,00 280,00 Análise de solo US$/unidade 30,00 0,30 9,00 Fertilizante formulado 04-14-08 US$/tonelada 770,00 1,00 770,00 Fertilizante formulado 08-20-20 US$/tonelada 770,00 1,50 1.155,00 Esterco de galinha US$/tonelada 150,00 10,00 1.500,00 C.2. Sementes/Mudas/Mat. PlantioSementes híbridas US$/lata 100 gramas 52,76 2,00 105,52 C.3. Defensivos agrícolasFungicidas US$/kg/Litro 86,55 8,00 692,40 Herbicidas US$/Litro 103,98 2,00 207,96 Inseticidas US$/Litro 37,00 8,00 296,00 Espalhante Adesivo US$/Litro 28,52 2,00 57,04
TOTAL 8.994,83
Observações: (1,2,3x) número de vezes que a operação é efetuada por ciclo. (*) Fertilizantes: valores médios. É necessário fazer análise do solo. O custo do equipamento de irrigação não está incluso no custo de produção. Preços convertidos para US$ a partir das informações do Agrianual 2011 (Brasil). Fonte: Agrianual, 2011.
Operações manuais
Insumos
hm = Hora Máquina Tp = Trator de pneus Te = Trator de esteiras
TOMATE - IRRIGADO (US$/ha)
DISCRIMINAÇÃO ESPECIFICAÇÃO Valor Unit.
Operações mecanizadas
852
Espaçamento: 7,0 x 5,0 m Produtividade esperada: Ano 3 = 55 kg/plantaDensidade (plantas/ha): 286 Ano 4 = 70 kg/plantaMódulo ideal: 5,0 ha Ano 5 ao 20 = 90 kg/planta
Qtde. Total Qtde. Total Qtde. Total Qtde. Total Qtde. Total949,71 734,69 1.395,21 943,28 943,28
A.1. Preparo do soloGradagem pesada (2x) hm Tp 75cv. 4x2 + gr. Aradora 25,83 3,10 80,07 - - - - Gradagem niveladora (2x) hm Tp 75cv. 4x2 + gr. niv. 28x22" 27,52 1,40 38,53 - - - - Calagem hm Tp 75cv. 4x2 + distr. Calcário 2,3 m³ 28,05 3,34 93,69 - - - - A.2. ImplantaçãoSulcamento da linha de plantio (2x) hm Tp 75cv. 4x2 + sulcador 1 linha 23,53 1,08 25,41 - - - - A.3. Tratos culturaisEscarificação hm Tp 75cv. 4x2 + escaficador 23,70 2,16 51,20 Pulverização (10,10,8,10x) hm Tp 75cv. 4x2 + pulv. Atomiz. 2000 L 34,26 14,80 506,98 14,80 506,98 23,80 815,29 9,24 316,52 9,24 316,52 Roçagem (2x) hm Tp 75cv. 4x2 + roçad. Hidráulica 24,05 2,20 52,91 3,30 79,37 5,50 132,28 4,40 105,83 4,40 105,83 Adubação de cobertura (3x) hm Tp 75cv. 4x2 + adubadora 25,68 3,93 100,91 5,15 132,23 6,09 156,37 7,69 197,45 7,69 197,45 Aplicação de herbicida hm Tp 75cv. 4x2 + pulv. barra 34,26 - 0,47 16,10 0,94 32,20 1,88 64,40 1,88 64,40 A.4. ColheitaTransporte interno hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 - - 11,22 259,08 11,22 259,08 11,22 259,08
792,66 385,44 561,42 1.208,09 1.208,09 B.1. Preparo do soloCalagem Dia homem 6,00 3,34 20,04 - - - - Análise de solo Dia homem 6,00 0,50 3,00 0,50 3,00 0,50 3,00 0,50 3,00 0,50 3,00 Locação de curvas de nível US$/ha 7,98 1,00 7,98 - - - - B.2. ImplantaçãoSulcamento Dia homem 6,00 2,17 13,02 - - - - Marcação de covas Dia homem 6,00 9,56 57,36 - - - - Plantio Dia homem 6,00 32,55 195,30 - - - - B.3. Tratos culturaisCapina manual (3x) Dia homem 6,00 48,51 291,06 28,30 169,80 - - - Desbrota ou Poda Dia homem 6,00 2,57 15,42 4,11 24,66 13,96 83,76 - - Poda por empreita US$/ha 406,25 - - - 1,00 406,25 1,00 406,25 Combate à formiga (6x) Dia homem 6,00 10,38 62,28 10,38 62,28 2,52 15,12 1,26 7,56 1,26 7,56 Adubação de cobertura Dia homem 6,00 5,40 32,40 5,15 30,90 6,09 36,54 15,38 92,28 15,38 92,28 Pulverização Dia homem 6,00 14,80 88,80 14,80 88,80 - - - Inspeção de pragas/doenças Dia homem 6,00 - - 0,50 3,00 0,50 3,00 0,50 3,00 B.4. IrrigaçãoIrrigação Dia homem 6,00 1,00 6,00 1,00 6,00 1,00 6,00 1,00 6,00 1,00 6,00 B.5. ColheitaTransporte interno Dia homem 6,00 - - 69,00 414,00 115,00 690,00 115,00 690,00
2.608,64 439,42 657,64 1.182,58 1.182,69 C.1. Fertilizantes (*)Calcário US$/tonelada 140,00 2,00 280,00 - - - - Superfosfato Simples US$/kg 0,52 52,00 27,04 15,00 7,80 30,00 15,60 43,00 22,36 43,00 22,36 Cloreto de Potássio US$/kg 0,76 - 43,00 32,68 86,00 65,36 300,00 228,00 300,00 228,00 Fertilizante formulado US$/kg 0,77 80,00 61,60 - - - - Uréia US$/kg 0,75 - 60,00 45,00 115,00 86,25 350,00 262,50 350,00 262,50 Esterco de galinha US$/tonelada 93,75 2,86 268,13 - - - - Zinco US$/kg 1,99 0,60 1,19 - - - - Boro US$/kg 3,41 0,30 1,02 - - - - C.2. FitossanitáriosEspalhante adesivo US$/Litro 28,52 0,40 11,41 0,40 11,41 1,20 34,23 2,00 57,05 2,00 57,05 Fungicida US$/kg 6,59 3,00 19,77 3,00 19,77 12,70 83,70 14,00 92,27 14,00 92,27 Inseticida US$/Litro/kg 41,95 2,60 109,08 4,73 198,45 7,10 297,88 10,00 419,55 10,00 419,55 Formicida US$/kg 10,00 10,44 104,40 10,44 104,40 3,48 34,80 2,97 29,70 2,97 29,70 Isca para Mosca US$/Litro 6,68 - - - 3,57 23,83 3,57 23,83 Herbicidas US$/Litro 11,36 - 0,96 10,91 1,92 21,82 2,58 29,32 2,59 29,43 C.3. Mudas/MateriaisMudas de goiaba US$/unidade 6,00 286,00 1.716,00 - - - - Análise de solo US$/unidade 30,00 0,30 9,00 0,30 9,00 0,30 9,00 0,30 9,00 0,30 9,00 Análise de folha US$/unidade 30,00 - - 0,30 9,00 0,30 9,00 0,30 9,00
TOTAL 4.351,02 1.559,54 2.614,27 3.333,94 3.334,06
Observações: (1,2,3x) número de vezes que a operação é efetuada por ano, a partir do primeiro ano. (*) Fertilizantes: valores médios. É necessário fazer análise do solo. O custo do equipamento de irrigação não está incluso no custo de produção. Preços convertidos para US$ a partir das informações do Agrianual 2011 (Brasil). Fonte: Agrianual, 2011.
hm = Hora Máquina Tp = Trator de pneus Te = Trator de esteiras
GOIABA - IRRIGADO (US$/ha)
DISCRIMINAÇÃO ESPECIFICAÇÃOValor Unit.
FASE IMPROD. FORMAÇÃO MANUTENÇÃO PRODUÇÃO CRESCENTE MANUTENÇÃO P.
ESTÁVELANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ao 20
Operações mecanizadas
Operações manuais
Insumos
853
Espaçamento: 7,0 x 3,5 m Produtividade esperada: (em caixas de 40,8 kg)Densidade (plantas/ha): 408 Ano 4 = 0,40 cx/planta Ano 7 = 2,00 cx/plantaMódulo: 100 ha Ano 5 = 0,90 cx/planta Ano 8 = 2,40 cx/plantaProdutividade média: 1,52 cx/planta Ano 6 = 1,60 cx/planta Ano 9 ao 18 = 2,00 cx/planta
Qtde. Total Qtde. Total Qtde. Total Qtde. Total Qtde. Total892,22 483,69 736,54 1.349,60 1.608,67
A.1. Preparo do soloGradagem pesada (2x) hm Tp 75cv. 4x2 + gr. ar. 16x26" 25,89 3,10 80,27 - - - - Gradagem niveladora (2x) hm Tp 75cv. 4x2 + gr. niv. 28x22" 27,52 1,40 38,53 - - - - Calagem hm Tp 75cv. 4x2 + distr. Calcário 2,3 m³ 28,05 1,55 43,48 - 1,00 28,05 0,50 14,03 0,50 14,03 Construção de niveladas hm Tp 75cv. 4x2 + terrac. arrasto 14x26" 32,20 0,70 22,54 - - - - Construção de carreadores hm Te 105cv. 72,39 0,40 28,95 - - - - A.2. ImplantaçãoSulcamento da linha de plantio (2x) hm Tp 75cv. 4x2 + sulcador 1 linha 23,53 6,00 141,17 - - - - Adubação de cova hm Tp 75cv. 4x2 + adubadora 25,68 1,55 39,80 - - - - Distribuição de mudas hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 1,50 34,64 - - - - Quebra vento hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 2,50 57,73 0,50 11,55 - - - Replantio hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 0,30 6,93 0,20 4,62 0,10 2,31 - - A.3. Tratos culturaisPulverização (9,9,15x) hm Tp 75cv. 4x2 + pulv. pistola 2000 L 32,25 4,05 130,61 5,40 174,15 12,00 387,00 - - Pulverização (14x) hm Tp 75cv. 4x2 + atomizador 2000 L 42,36 - - - 19,60 830,22 25,20 1.067,42 Roçagem (4x) hm Tp 75cv. 4x2 + roçad. Hidráulica 24,05 6,00 144,31 6,00 144,31 6,00 144,31 6,00 144,31 6,00 144,31 Combate à Mosca (12x) hm Tp 75cv. 4x2 + pulv. 400 L 27,15 - - - 4,80 130,34 4,80 130,34 Gradagem nas entrelinhas hm Tp 75cv. 4x2 + gr. niv. 28x22" 27,52 1,00 27,52 1,00 27,52 1,00 27,52 - - Aplicação de herbicida (1,2,2,2x) hm Tp 75cv. 4x2 + pulv. Barras 25,80 - 1,00 25,80 2,00 51,60 2,00 51,60 2,40 61,92 Adubação (4x) hm Tp 75cv. 4x2 + adubadora 25,68 3,20 82,16 3,20 82,16 3,20 82,16 2,40 61,62 2,40 61,62 Manutenção de carreadores hm Tp 75cv. 4x2 + plaina traseira 22,64 0,60 13,58 0,60 13,58 0,60 13,58 0,60 13,58 0,60 13,58 A.4. ColheitaColheita hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 - - - 4,50 103,91 5,00 115,45
284,49 102,36 101,22 904,21 1.281,65 B.1. Preparo do soloCalagem Dia homem 6,00 0,25 1,50 - 0,25 1,50 0,13 0,78 0,13 0,78 Loc. niv. terr. carr. Dia técnico 157,35227 0,20 31,47 - - - - B.2. ImplantaçãoSulcamento da linha de plantio (2x) Dia homem 6,00 0,40 2,40 - - - - Preparo estaca/Demarcação cova Dia homem 6,00 3,00 18,00 - - - - Abertura de cova Dia homem 6,00 2,00 12,00 - - - - Adubação de cova Dia homem 6,00 1,00 6,00 - - - - Distribuição de mudas Dia homem 6,00 1,00 6,00 - - - - Plantio Dia homem 6,00 8,00 48,00 - - - - Replantio Dia homem 6,00 0,40 2,40 0,20 1,20 0,10 0,60 - - B.3. Tratos culturaisPulverização (9,9,15x) Dia homem 6,00 0,90 5,40 1,44 8,64 3,00 18,00 - - Capina manual (2x) Dia homem 6,00 8,00 48,00 2,00 12,00 1,00 6,00 - - Desbrotas (4,2,1x) Dia homem 6,00 2,00 12,00 1,00 6,00 0,50 3,00 - - Adubação (4x) Dia homem 6,00 2,40 14,40 3,20 19,20 4,00 24,00 0,30 1,80 0,30 1,80 Poda de limpeza Dia homem 6,00 - - - - 10,00 60,00 Combate à formiga (12x) Dia homem 6,00 6,00 36,00 2,40 14,40 1,20 7,20 0,60 3,60 0,60 3,60 Limpeza pomar / Podas Dia homem 6,00 - - - 1,20 7,20 1,20 7,20 Inspeção de pragas/doenças Dia homem 6,00 5,82 34,92 5,82 34,92 5,82 34,92 7,32 43,92 7,32 43,92 B.4. IrrigaçãoIrrigação Dia homem 6,00 1,00 6,00 1,00 6,00 1,00 6,00 1,00 6,00 1,00 6,00 B.5. ColheitaColheita/Carregamento Empreita (cx. 40,8 kg) 1,05 - - - 800,00 840,91 1.102,00 1.158,35
3.378,02 647,49 1.348,52 2.219,44 2.872,98 C.1. Fertilizantes (*)Calcário US$/tonelada 140 3,35 469,00 - 2,00 280,00 1,00 140,00 1,00 140,00 Superfosfato Simples US$/tonelada 520 0,11 57,20 0,22 114,40 0,28 145,60 0,28 145,60 0,35 182,00 Cloreto de Potássio US$/tonelada 760 - 0,04 30,40 0,07 53,20 0,17 129,20 0,22 167,20 Sulfato de amônio US$/tonelada 750 0,16 120,00 0,32 240,00 0,40 300,00 0,80 600,00 0,99 742,50 Uréia US$/tonelada 750 0,01 7,50 0,02 15,00 0,03 22,50 0,01 7,50 0,02 15,00 Esterco de galinha US$/tonelada 93,75 1,20 112,50 - - - - Sulfato de Zinco US$/kg 0,84 - 0,60 0,50 1,80 1,51 6,00 5,05 9,00 7,57 Sulfato de Manganês US$/kg 1,45 - 0,40 0,58 1,20 1,75 4,00 5,82 6,00 8,73 Ácido Bórico US$/kg 1,20 - 0,20 0,24 0,60 0,72 2,00 2,41 3,00 3,61 C.2. FitossanitáriosEspalhante US$/Litro 4,26 0,12 0,51 0,24 0,73 3,11 2,14 9,11 2,94 12,51 Óleo mineral US$/Litro 3,01 0,43 1,29 0,86 2,59 8,70 26,20 25,36 76,37 34,78 104,74 Acaricida US$/Litro 14,74 0,37 5,45 0,74 10,91 2,21 32,57 6,43 94,77 8,82 129,99 Fungicida US$/kg 22,74 - - 4,16 94,59 12,13 275,82 16,64 378,37 Inseticida US$/Litro 15,14 6,77 102,47 13,53 204,80 23,75 359,49 44,70 676,60 61,30 927,86 Formicida US$/kg 10,00 2,00 20,00 1,50 15,00 1,00 10,00 0,50 5,00 0,50 5,00 Isca para Mosca US$/Litro 6,68 - - - 3,57 23,83 3,57 23,83 C.3. HerbicidasPós Emergente US$/Litro 6,28 - 2,08 13,07 2,75 17,28 3,56 22,37 3,83 24,07 C.4. MudasMudas de laranja US$/unidade 6,00 408,00 2.448,00 - - - - Mudas para quebra vento US$/unidade 1,14 30,00 34,09 - - - -
TOTAL 4.554,73 1.233,54 2.186,28 4.473,25 5.763,31
Observações: (1,2,3x) número de vezes que a operação é efetuada por ano, a partir do primeiro ano. (*) Fertilizantes: valores médios. É necessário fazer análise do solo. O custo do equipamento de irrigação não está incluso no custo de produção. Preços convertidos para US$ a partir das informações do Agrianual 2011 (Brasil). Fonte: Agrianual, 2011.
hm = Hora Máquina Tp = Trator de pneus Te = Trator de esteiras
LARANJA - IRRIGADO (US$/ha)
DISCRIMINAÇÃO ESPECIFICAÇÃOValor Unit.
FASE IMPRODUTIVA FORMAÇÃO MANUTENÇÃO P. CRESCENTE
MANUTENÇÃO P. ESTÁVEL
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ao 8 ANO 9 ao 18
Operações mecanizadas
Operações manuais
Insumos
854
Espaçamento: 8,0 x 6,0 m Produtividade esperada:Densidade (plantas/ha): 208 Ano 3 = 3,0 t/ha Ano 5 = 12,0 t/ha Módulo ideal: 20 ha Ano 4 = 8,0 t/ha Ano 6 ao 20 = 15,0 t/ha
Qtde. Total Qtde. Total Qtde. Total Qtde. Total Qtde. Total Qtde. Total1.375,51 891,08 1.176,76 1.343,59 2.145,24 #####
A.1. Preparo do soloGradagem pesada (2x) hm Tp 90cv. 4x4 + gr. ar. 16x26" 33,36 3,10 103,41 - - - - - Gradagem niveladora (2x) hm Tp 90cv. 4x4 + gr. niv. 28x22" 34,99 1,40 48,98 - - - - - Calagem hm Tp 75cv. 4x2 + distr. Calcário 2,3 m³ 28,05 1,55 43,48 - 0,50 14,03 - - 0,50 14,03 Construção de niveladas hm Tp 90cv. 4x4 + terrac. arrasto 14x26" 39,67 0,70 27,77 - - - - - Subsolagem hm Tp 90cv. 4x4 + subsolador 5 hastes 33,40 3,40 113,55 - - - - - Construção de carreadores hm Te 110cv. 72,39 0,40 28,95 - - - - - A.2. ImplantaçãoSulcamento da linha de plantio (2x) hm Tp 75cv. 4x2 + sulcador 1 linha 23,53 6,00 141,17 - - - - - Transporte interno para gesso hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 - - - 0,40 9,24 0,40 9,24 0,40 9,24 Adubação de cova hm Tp 75cv. 4x2 + adubadora 25,68 1,55 39,80 - - - - - Distribuição de mudas hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 1,30 30,02 - - - - - Tutoramento hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 1,00 23,09 - - - - - Quebra vento hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 2,50 57,73 0,50 11,55 - - - - Replantio hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 0,40 9,24 - - - - - A.3. Tratos culturaisAplicação de herbicida (1,4,4,4,4,4x) hm Tp 75cv. 4x2 + pulv. Pistola 32,25 1,80 58,05 4,00 129,00 4,00 129,00 4,00 129,00 4,00 129,00 4,00 129,00 Roçagem (2,4,4,4,4,4x) hm Tp 75cv. 4x2 + roçad. Hidráulica 24,05 2,50 60,13 4,00 96,20 4,00 96,20 3,50 84,18 3,25 78,17 3,00 72,15 Adubação hm Tp 75cv. 4x2 + adubadora 25,68 2,50 64,19 5,00 128,38 5,00 128,38 5,00 128,38 5,00 128,38 5,00 128,38 Pulverização (2,2,11,15,15,15x) hm Tp 75cv. 4x2 + turboatomiz. 2000 L 42,36 0,90 38,12 0,90 38,12 5,55 235,09 8,25 349,45 10,50 444,76 13,50 571,83 Poda abertura copa hm Tp 75cv. 4x2 + kit poda mecânica 43,68 - - - - 6,00 262,09 3,00 131,05 Combate à Mosca (5x) hm Tp 75cv. 4x2 + pulv. 600 L 25,80 - - 2,00 51,60 2,00 51,60 2,00 51,60 2,00 51,60 Manutenção de carreadores hm Tp 75cv. 4x2 + plaina traseira 22,64 0,30 6,79 0,30 6,79 0,30 6,79 0,30 6,79 0,30 6,79 0,30 6,79 A.4. Irrigação (*)Irrigação US$/ha/ano 481,03 1,00 481,03 1,00 481,03 1,00 481,03 1,00 481,03 1,00 481,03 1,00 481,03 A.5. ColheitaColheita hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 - - 1,50 34,64 4,50 103,91 24,00 554,18 24,00 554,18
352,95 151,38 220,58 225,38 259,38 288,16 B.1. Preparo do soloCalagem Dia homem 6,00 0,25 1,50 - 0,25 1,50 - - 0,13 0,78 Loc. niv. terr. carr. Dia técnico 157,35 0,20 31,47 - - - - - B.2. ImplantaçãoSulcamento da linha de plantio (2x) Dia homem 6,00 4,00 24,00 - - - - - Preparo estaca/Demarcação cova Dia homem 6,00 1,50 9,00 - - - - - Aplicação de gesso Dia homem 6,00 - - - 0,50 3,00 0,50 3,00 0,50 3,00 Abertura de cova Dia homem 6,00 2,10 12,60 - - - - - Adubação de cova Dia homem 6,00 2,50 15,00 - - - - - Distribuição de mudas Dia homem 6,00 1,00 6,00 - - - - - Plantio Dia homem 6,00 4,00 24,00 - - - - - Tutoramento Dia homem 6,00 1,50 9,00 - - - - - Replantio Dia homem 6,00 2,00 12,00 - - - - - B.3. Tratos culturaisPulverização (2,2,11,15,15,15x) Dia homem 6,00 1,00 6,00 2,00 12,00 3,00 18,00 4,00 24,00 4,00 24,00 4,00 24,00 Capina manual (4,3,2x) Dia homem 6,00 7,60 45,60 5,20 31,20 2,10 12,60 - - - Desbrota das mudas (3x) Dia homem 6,00 10,50 63,00 - - - - - Adubação Dia homem 6,00 1,50 9,00 2,50 15,00 2,50 15,00 2,50 15,00 3,00 18,00 3,00 18,00 Poda de formação Dia homem 6,00 5,00 30,00 10,00 60,00 10,00 60,00 4,00 24,00 2,00 12,00 - Poda de frutificação Dia homem 6,00 - - 1,50 9,00 2,50 15,00 3,00 18,00 3,50 21,00 Limpeza das panículas Dia homem 6,00 1,00 6,00 2,00 12,00 3,00 18,00 4,00 24,00 Indução floral Dia homem 6,00 2,50 15,00 2,50 15,00 1,50 9,00 1,50 9,00 Proteção frutos contra sol Dia homem 7,00 1,50 10,50 3,00 21,00 4,00 28,00 6,00 42,00 Regulador de crescimento Dia homem 8,00 1,00 8,00 1,00 8,00 1,00 8,00 0,50 4,00 Combate à formiga (12x) Dia homem 6,00 6,00 36,00 2,40 14,40 1,20 7,20 0,60 3,60 0,60 3,60 0,60 3,60 B.4. IrrigaçãoIrrigação Dia homem 6,00 3,13 18,78 3,13 18,78 3,13 18,78 3,13 18,78 3,13 18,78 3,13 18,78 B.5. ColheitaColheita Dia homem 6,00 - - 6,00 36,00 10,00 60,00 15,00 90,00 18,00 108,00 Transporte interno Dia homem 6,00 - - 0,50 3,00 1,00 6,00 1,50 9,00 2,00 12,00
##### 234,95 ##### ##### ##### #####C.1. Fertilizantes (**)Calcário US$/tonelada 140,00 3,00 420,00 - 1,50 210,00 - - 1,00 140,00 Superfosfato Simples US$/tonelada 520,00 0,16 83,20 0,32 0,48 249,60 0,60 312,00 0,80 416,00 1,00 520,00 Cloreto de Potássio US$/tonelada 760,00 0,08 60,80 0,16 121,60 0,25 190,00 0,35 266,00 0,40 304,00 0,50 380,00 Sulfato de amônio US$/tonelada 750,00 0,02 15,00 0,02 15,00 0,06 45,00 0,10 75,00 0,10 75,00 0,10 75,00 Sulfato de Zinco US$/kg 0,84 2,50 2,10 1,00 0,84 10,80 9,08 14,40 12,11 20,50 17,24 20,50 17,24 Sulfato de Magnésio US$/tonelada 313,64 0,05 15,68 0,20 62,73 0,25 78,41 0,30 94,09 0,32 100,36 0,35 109,77 Ácido Bórico US$/kg 1,20 0,35 0,42 3,60 4,34 4,80 5,78 7,00 8,43 7,00 8,43 7,00 8,43 Nitrato de cálcio US$/tonelada 477,27 - - 0,06 28,64 0,10 47,73 0,12 57,27 0,15 71,59 Gesso US$/tonelada 113,64 - - 1,00 113,64 - - 2,00 227,27 C.2. FitossanitáriosRegulador de crescimento US$/Litro 96,14 - - 1,50 144,20 2,00 192,27 3,00 288,41 2,50 240,34 Espalhante US$/Litro 4,26 0,03 0,13 0,10 0,43 0,20 0,85 0,40 1,70 0,50 2,13 0,75 3,19 Fungicida US$/kg 27,26 0,04 1,11 0,09 2,45 2,03 55,23 15,48 421,97 21,88 596,46 21,88 596,46 Inseticida US$/Litro 22,11 - - 1,00 22,11 1,00 22,11 1,50 33,16 1,50 33,16 Formicida US$/kg 10,00 2,00 20,00 1,50 15,00 1,00 10,00 0,50 5,00 0,50 5,00 0,50 5,00 Isca para Mosca US$/Litro 6,68 - - 4,10 27,39 4,10 27,39 4,10 27,39 4,10 27,39 C.3. HerbicidasPós Emergente US$/Litro 6,28 1,50 9,43 2,00 12,57 0,70 4,40 1,40 8,80 1,50 9,43 1,50 9,43 C.4. MudasMudas de manga US$/unidade 6,00 220,00 1.320,00 - - - - - Mudas para quebra vento US$/unidade 1,14 30,00 34,09 - - - - -
TOTAL 3.710,41 1.277,41 2.591,67 3.063,57 4.344,90 4.901,72
Observações: (1,2,3x) número de vezes que a operação é efetuada por ano, a partir do primeiro ano. (*) Irrigação: Nos anos 2, 3, 4, 5 ao 10 foram considerados 10% depreciação e 2,5% manutenção sobre o valor do equipamento de irrigação. (**) Fertilizantes: valores médios. É necessário fazer análise do solo. O custo do equipamento de irrigação não está incluso no custo de produção. Preços convertidos para US$ a partir das informações do Agrianual 2011 (Brasil).Fonte: Agrianual, 2011.
hm = Hora Máquina Tp = Trator de pneus Te = Trator de esteiras
ANO 6 ao 20
Insumos
MANGA - IRRIGADO (US$/ha)
Operações mecanizadas
Operações manuais
DISCRIMINAÇÃO ESPECIFICAÇÃO Valor Unit.FASE IMPRODUTIVA FORMAÇÃO MANUTENÇÃO P.
ESTÁVELANO 1 ANO 2 ANO 3
MANUTENÇÃO PROD. CRESCENTE
ANO 4 ANO 5
855
Espaçamento: 2,5 x 2,5 m Produtividade esperada: Densidade (plantas/ha): 1.600 Ano 1 = 15 t/ha Módulo ideal: 5,0 ha em função da infra-estrutura Ano 2 = 25 t/ha
Qtde. Total1.807,32 4.018,91
A.1. Preparo do soloGradagem pesada (2x) hm Tp 90cv. 4x4 + gr. ar. 16x26" 33,36 2,00 66,72 - - Gradagem niveladora (2x) hm Tp 90cv. 4x4 + gr. niv. 28x22" 34,99 1,00 34,99 - - Calagem hm Tp 75cv. 4x2 + distr. Calcário 2,3 m³ 28,05 1,50 42,08 - - Construção de niveladas hm Tp 75cv. 4x2 + terrac. De arrasto 14x2 32,20 1,00 32,20 - - A.2. ImplantaçãoSulcamento da linha de plantio hm Tp 75cv. 4x2 + sulcador 1 linha 23,53 2,00 47,06 - - Distribuição de palanques hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 1,50 34,64 - - Distribuição de mudas hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 1,50 34,64 - - A.3. Tratos culturaisPulverização (12x) hm Tp 75cv. 4x2 + pulv. Atomiz. 400 L 29,79 36,00 1.072,43 105,60 3.145,80Roçagem (3x) hm Tp 75cv. 4x2 + roçad. Hidráulica 24,05 4,00 96,20 6,00 144,31A.4. IrrigaçãoManutenção da irrigação US$/ha/ano 151,53 1,00 151,53A.5. ColheitaTransporte interno hm Tp 75cv. 4x2 + carreta 4t 23,09 15,00 346,36 25,00 577,27
1.576,39 1.269,00 B.1. Preparo do soloAnálise de solo (fert./nematóide) US$/unidade 60 1,00 60,00 - - Calagem Dia homem 6,00 0,25 1,50 - - Locação de niv. Terr. Carr. Dia técnico 83,79 0,50 41,89 - - B.2. ImplantaçãoCerca tela ao redor da área Dia homem 6 4,00 24,00 - - Quebra vento (Napier) Dia homem 6,00 1,00 6,00 - - Coveamento/Palanqueamento Dia homem 6 12,00 72,00 - - Prep. Estaca/Demarc.cova Dia homem 6,00 3,00 18,00 - - Estiramento do arame Dia homem 6 2,00 12,00 - - Abertura de cova Dia homem 6,00 1,50 9,00 - - Amarração de guias Dia homem 6 4,00 24,00 - - Plantio Dia homem 6,00 3,00 18,00 - - B.3. Tratos culturaisPulverização (12x) Dia homem 6,00 6,00 36,00 24,00 144,00Capina manual na linha (3x) Dia homem 6 12,00 72,00 16,00 96,00Adubação de cobertura (5x) Dia homem 6,00 10,00 60,00 5,00 30,00Polinização manual Dia homem 6 96,00 576,00 96,00 576,00Desbrota, Poda de formação e limpe Dia homem 6,00 20,00 120,00 - - Combate à formiga Dia homem 6 1,00 6,00 0,50 3,00Inspeção de pragas/doenças Dia homem 6,00 5,00 30,00 5,00 30,00B.4. IrrigaçãoIrrigação Dia homem 6,00 1,00 6,00 1,00 6,00B.5. ColheitaColheita Dia homem 6,00 64,00 384,00 64,00 384,00
13.996,06 1.252,80 C.1. Fertilizantes (*)Calcário US$/tonelada 140,00 2,00 280,00 - - Superfosfato Simples US$/tonelada 520,00 0,80 416,00 - - Fertilizante formulado US$/tonelada 770,00 0,90 693,00 0,45 346,50Uréia US$/tonelada 750,00 0,50 375,00 0,25 187,50Esterco de galinha US$/tonelada 93,75 3,00 281,25 - 0,00Micronutrientes FTE US$/tonelada 750,00 0,25 187,50 - 0,00C.2. FitossanitáriosEspalhante adesivo US$/Litro 4,51 4,00 18,05 4,00 18,05Fungicida US$/kg 14,65 10,00 146,48 15,00 219,72Inseticida US$/Litro 45,73 1,50 68,59 4,50 205,77Formicida US$/kg 10,00 2,00 20,00 1,00 10,00Bactericida US$/kg/Litro 75,79 2,10 159,16 3,50 265,26C.3. MudasMudas teladas em tubetes US$/unidade 4,50 1.600,00 7.200,00 - - C.4. MudasEspaldeira de 01 fio 3.853,08 - - Cerca tela 297,95 - -
17.379,77 - 6.540,71
Observações: (1,2,3x) número de vezes que a operação é efetuada por ano, a partir do primeiro ano. (*) Fertilizantes: valores médios. É necessário fazer análise do solo. O custo do equipamento de irrigação não está incluso no custo de produção. Preços convertidos para US$ a partir das informações do Agrianual 2011 (Brasil).Fonte: Agrianual, 2011.
hm = Hora Máquina Tp = Trator de pneus Te = Trator de esteiras
DISCRIMINAÇÃO ESPECIFICAÇÃO Valor Unit.PRODUÇÃO
ANO 1 ANO 2
MARACUJÁ - IRRIGADO (US$/ha)
Operações mecanizadas
Operações manuais
Insumos
TOTAL
857
FIGURAS
Figura 7.1. Esquematização de metodologia de elaboração e avaliação do Potencial do
Agronegócio do PAC ............................................................................................... 592
Figura 7.2. Fluxograma global de produtos entre segmentos das Cadeias Produtivas ................ 718
Figura 7.3. Fluxograma geral das Cadeias Produtivas potenciais .............................................. 721
Figura 7.4. Fluxograma da Empresa Âncora de Grãos ............................................................. 722
Figura 7.5. Histórico de importação de óleo de soja e palma em Angola ................................... 723
Figura 7.6. Fluxograma básico de uma unidade armazenamento – Produção de Grãos .............. 725
Figura 7.7. Fluxograma básico de uma unidade de moinho de soja e refinadora de óleo de soja 728
Figura 7.8. TIR no 20º ano e Payback; VAL n 20º ano nos diferentes cenários projectados na
Empresa Âncora de Grãos ....................................................................................... 732
Figura 7.9. Fluxograma da Cadeia Produtiva da Avicultura ....................................................... 733
Figura 7.10. Histórico de importação de carne de frango em Angola ........................................ 735
Figura 7.11. Fluxograma básico de uma extrusora de soja ...................................................... 739
Figura 7.12. Fluxograma básico de uma fábrica de ração ........................................................ 741
Figura 7.13. Fluxograma básico de um incubadora ................................................................. 743
Figura 7.14. Fluxograma básico de um matadouro de aves ..................................................... 747
Figura 7.15. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados na
Empresa Âncora Avícola .......................................................................................... 751
Figura 7.16. Fluxograma da Empresa Âncora de Bovinos ......................................................... 752
Figura 7.17. Histórico de importação de carne bovina em Angola............................................. 753
Figura 7.18. Modelo esquemático de ocupação de solos e rotação de culturas .......................... 755
Figura 7.19. Fluxograma básico de um matadouro de bovinos ................................................. 757
Figura 7.20. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados na
Empresa Âncora Bovina .......................................................................................... 761
Figura 7.21. Fluxograma da Empresa Âncora Florestal ............................................................ 763
Figura 7.22. Fluxograma básico de um autoclave .................................................................... 766
Figura 7.23. Fluxograma básico de uma serração ................................................................... 768
Figura 7.24. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados na
Empresa Âncora Florestal ........................................................................................ 772
Figura 7.25. Árvore de Amido – Utilização na industria alimentícia e de fármacos ..................... 774
Figura 7.26. Fluxograma da Empresa Âncora de Mandioca ...................................................... 775
Figura 7.27. Fluxograma básico de uma fecularia de mandioca ................................................ 777
Figura 7.28. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados da
Fecularia de Mandioca............................................................................................. 780
858
Figura 7.29. Fluxograma da Empresa Âncora Frutícola ............................................................ 782
Figura 7.30. Fluxograma básico de um packing house de frutas .............................................. 784
Figura 7.31. Fluxograma básico da unidade com as linhas de processamento de frutícolas: ....... 786
Figura 7.32. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados na
Empresa Âncora Frutícola ........................................................................................ 790
Figura 7.33. Fluxograma básico do moinho de calcário ............................................................ 793
Figura 7.34. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados do
Moinho de Calcário ................................................................................................. 796
Figura 7.35. Fluxograma básico da UBS ................................................................................. 797
Figura 7.36. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados da
UBS ....................................................................................................................... 800
Figura 7.37. Fluxograma básico de processamento de arroz .................................................... 802
Figura 7.38. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados da
processadora de arroz ............................................................................................. 806
Figura 7.39. Fluxograma básico do packing house de hortícolas............................................... 808
Figura 7.40. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados do
Packing House ........................................................................................................ 811
Figura 7.41. Fluxograma básico de uma misturadora de fertilizantes ........................................ 813
Figura 7.42. Fluxograma básico de uma fábrica de ração ........................................................ 816
Figura 7.43. Fluxograma básico de uma misturadora de sal ..................................................... 816
Figura 7.44. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados da
Empresa de Mecanização Agrícola ............................................................................ 821
Figura 7.45. TIR no 20º ano e Payback; VAL no 20º ano nos diferentes cenários projectados da
Empresa de Transporte ........................................................................................... 824
FOTOS
Foto 7.1. Ilustração – Indústria de complexo soja, armazenagem e fábrica de ração – Cooperativa
Granol – Brasil. ....................................................................................................... 723
Foto 7.2. Ilustração – Óleo de soja alimentar na linha de envase e de embalagem. .................. 723
Foto 7.3. Incubadora – ovos férteis. ...................................................................................... 734
Foto 7.4. Incubadora: pintos de 1 dia – “sexagem”. ................................................................ 734
Foto 7.5. Módulo de pavilhões de aviários – Distrito Federal – Brasil. ....................................... 734
Foto 7.6. Interior de uma unidade de matadouro de aves. ...................................................... 734
Foto 7.7. Bovinicultura de corte, sistema ILP. ......................................................................... 753
859
Foto 7.8. Matadouro de bovino. ............................................................................................. 753
Foto 7.9. Madeira tratada para diversos fins. Ao fundo floresta plantada de eucalipto. .............. 764
Foto 7.10. Unidade de tratamento de madeira por autoclave. .................................................. 764
Foto 7.11. Máquina de autoclave para tratamento de madeira. ................................................ 764
Foto 7.12. Edificação construída com madeira tratada e alvenaria. .......................................... 764
Foto 7.13. Postes de eucalipto tratados. ................................................................................. 764
Foto 7.14. Cerca com estacas de madeira com tratamento por autoclave e cultivo de eucalipto. 764
Foto 7.15. Estacas e raiz de mandioca. .................................................................................. 776
Foto 7.16. Descarga de mandioca a granel para processamento. ............................................. 776
Foto 7.17. Unidade fabril de uma fecularia. Estado do Mato Grosso do Sul – Brasil. ................. 776
Foto 7.18. Máquinas do interior da fecularia. .......................................................................... 776
Foto 7.19. Fécula/Amido acondicionada em sacos de 1,0 tonelada em armazém a aguardar
expedição. ............................................................................................................. 776
Foto 7.20. Fécula/Amido acondicionada em sacos de 25 kg em armazém a aguardar expedição.776
Foto 7.21. Processamento de maracujá em polpa integral. ...................................................... 781
Foto 7.23. Frutas frescas “in natura” à venda em supermercado. ............................................. 781
Foto 7.22. Processamento de maracujá em polpa integral. ...................................................... 781
Foto 7.24. Jazida de rocha calcária nas margens da rodovia EN 230. ....................................... 792
Foto 7.25. Moinho de calcário (foto ilustrativa). ...................................................................... 792
Foto 7.26. Aplicação de calcário e preparo de solo – BIOCOM. ................................................ 792
Foto 7.27. Aplicação de calcário (foto ilustrativa). ................................................................... 792
Foto 7.28. Interior de um Packing House de hortícolas de uma cooperativa de agricultores
familiares (COOPERTAQUARA) no Distrito Federal – Brasília – Brasil. ......................... 807
Foto 7.29. Mesa de selecção e classificação do Packing House de hortícola da Cooperativa citada
na foto anterior. ..................................................................................................... 807
Foto 7.30. Hortícolas classificadas e embaladas em caixas plásticas, prontas para o carregamento e
expedição. COOPERTAQUARA – DF - Brasil. ............................................................. 807
Foto 7.31. Hortícolas processadas em embaladas em porções individuais. COOPERTAQUARA – DF
– Brasil. ................................................................................................................. 807
Foto 7.32. Mecanização agrícola: aplicação de calcário ............................................................ 818
Foto 7.33. Mecanização agrícola: construção de canteiros de hortícolas. .................................. 818
Foto 7.34. Mecanização agrícola: aplicação de agroquímicos em cultivo de laranja. .................. 818
Foto 7.35. Mecanização agrícola: colheita de grãos. ................................................................ 818
860
GRÁFICOS
Gráfico 7.1. Brasil – Evolução da exportação de carne de frango ............................................. 598
Gráfico 7.2. Exemplo - Cross section para o consumo de arroz ................................................ 605
Gráfico 7.3. Exemplo - Cross section para o consumo de mandioca.......................................... 605
Gráfico 7.4. Consumo cereais vrs população ........................................................................... 608
Gráfico 7.5. Consumo raízes vrs população ............................................................................. 608
Gráfico 7.6. Consumo adoçantes vrs população ...................................................................... 608
Gráfico 7.7. Consumo óleos vegetais vrs população ................................................................ 608
Gráfico 7.8. Consumo vegetais vrs população ......................................................................... 609
Gráfico 7.9. Consumo frutas vrs população ............................................................................. 609
Gráfico 7.10. Consumo carne vrs população ........................................................................... 609
Gráfico 7.11. Consumo aparente cereais / anos ...................................................................... 610
Gráfico 7.12. Consumo aparente raízes / anos ........................................................................ 610
Gráfico 7.13. Consumo aparente açúcar / anos ....................................................................... 610
Gráfico 7.14. Consumo aparente óleos vegetais / anos ........................................................... 610
Gráfico 7.15. Consumo aparente vegetais / anos .................................................................... 611
Gráfico 7.16. Consumo aparente carne / anos ........................................................................ 611
Gráfico 7.17. Consumo aparente frutas / anos ........................................................................ 611
Gráfico 7.18. Produção agrícola – produtos seleccionados ....................................................... 612
Gráfico 7.19. Os vinte principais produtos importados em 2011 em milhares dólares americanos624
Gráfico 7.20. Módulo de Produção Tipo I – Representatividade dos Investimentos .................... 654
Gráfico 7.21. Módulo de Produção Tipo I – Programação da Sementeira (ha) ........................... 656
Gráfico 7.22. Módulo de Produção Tipo I – Projecção da Produção .......................................... 657
Gráfico 7.23. Módulo de Produção Tipo II – Representatividade dos Investimentos .................. 665
Gráfico 7.24. Módulo de Produção Tipo II – Programação da sementeira das culturas ............... 666
Gráfico 7.25. Módulo de Produção Tipo II – Projecção da Produção ......................................... 667
Gráfico 7.26. Módulo de Produção Tipo III – Representatividade dos Investimentos ................. 674
Gráfico 7.27. Módulo de Produção Tipo III – Programação da Sementeira das Culturas ............ 675
Gráfico 7.28. Módulo de Produção Tipo III – Projecção da Produção ........................................ 677
Gráfico 7.29. Módulo de Produção Tipo IV – Representatividade dos Investimentos .................. 684
Gráfico 7.30. Módulo de Produção Tipo IV – Programação da Sementeira, Recuperação e
Melhoramento da Pastagem (ha) ............................................................................. 685
Gráfico 7.31. Módulo de Produção Tipo IV – Projecção da Produção ........................................ 687
Gráfico 7.32. Projecção da produção – com 13.500 ha irrigados e 260.000 ha de sequeiro ........ 714
861
Gráfico 7.33. Projecção da produção – com 260.000 ha de sequeiro, dos quais 50.000 ha são
irrigados ................................................................................................................. 716
Gráfico 7.34. Investimentos necessários para cada unidade de negócio na Empresa Âncora de
Grãos ..................................................................................................................... 730
Gráfico 7.35. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa Âncora de
Grãos ..................................................................................................................... 731
Gráfico 7.36. Evolução resultado económico na Empresa Âncora de Grãos ............................... 731
Gráfico 7.37 Investimentos totais necessários para cada Unidade de Negócio na Empresa Âncora
Avícola ................................................................................................................... 749
Gráfico 7.38. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa Âncora
Avícola ................................................................................................................... 750
Gráfico 7.39. Evolução Resultado económico na Empresa Âncora Avícola ................................. 750
Gráfico 7.40. Investimentos totais necessários para cada Unidade de Negócio na Empresa Âncora
Bovina ................................................................................................................... 759
Gráfico 7.41. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa Âncora Bovina760
Gráfico 7.42. Evolução Resultado económico na Empresa Âncora Bovina .................................. 760
Gráfico 7.43. Investimentos totais necessários para cada Unidade de Negócio na Empresa Âncora
Florestal ................................................................................................................. 770
Gráfico 7.44. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa Âncora
Florestal ................................................................................................................. 771
Gráfico 7.45. Evolução Resultado económico na Empresa Âncora Florestal ............................... 771
Gráfico 7.46. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na fecularia ............... 779
Gráfico 7.47. Evolução Resultado económico na Fecularia ....................................................... 779
Gráfico 7.48. Investimentos necessários para cada unidade de negócio na Empresa Âncora
Frutícola ................................................................................................................. 788
Gráfico 7.49. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa Âncora
Frutícola ................................................................................................................. 789
Gráfico 7.50. Evolução resultado económico na Empresa Âncora Frutícola ................................ 789
Gráfico 7.51. Procura potencial do PAC de Calcário ................................................................. 793
Gráfico 7.52. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados no Moinho de Calcário 795
Gráfico 7.53. Evolução Resultado económico no Moinho de Calcário ........................................ 795
Gráfico 7.54. Demanda potencial do PAC de sementes de arroz, feijão, milho, soja e sorgo ...... 797
Gráfico 7.55. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na UBS ...................... 799
Gráfico 7.56. Evolução Resultado económico na UBS .............................................................. 800
Gráfico 7.57. Histórico de importação do arroz em Angola ....................................................... 801
862
Gráfico 7.58. Produção potencial do PAC de arroz em casca .................................................... 802
Gráfico 7.59. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados no processamento de
arroz ...................................................................................................................... 805
Gráfico 7.60. Evolução resultado económico do processamento de arroz ................................. 806
Gráfico 7.61. Produção potencial de hortícolas no PAC (mil toneladas) ..................................... 808
Gráfico 7.62. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados no Packing House ...... 810
Gráfico 7.63. Evolução Resultado económico do Packing House (milhão de US$) ...................... 810
Gráfico 7.64. Demanda potencial do PAC de Formulado NPK ................................................... 812
Gráfico 7.65. Histórico de importação de fertilizantes em Angola ............................................. 813
Gráfico 7.66. Demanda potencial do PAC de sal mineral e proteinado ...................................... 815
Gráfico 7.67. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa de
Mecanização Agrícola .............................................................................................. 820
Gráfico 7.68. Evolução do Resultado económico da Empresa de Mecanização Agrícola .............. 820
Gráfico 7.69. Evolução dos investimentos e reinvestimentos projectados na Empresa de Transporte823
Gráfico 7.70. Evolução do Resultado económico na Empresa de Transporte ............................. 823
QUADROS
Quadro 7.1. Angola – Projecções de oferta, demanda e excedente (Sondotécnica) ................... 603
Quadro 7.2. Angola – Consumo aparente e produção doméstica de grupos de produtos e
população .............................................................................................................. 607
Quadro 7.3. Angola – Taxas de crescimento da produção, produtos seleccionados ................... 614
Quadro 7.4. Angola – Taxas de crescimento do consumo aparente, produtos seleccionados ...... 614
Quadro 7.5. Angola – Rebanho animal e produção de carne em 2010: taxas de crescimento anual
2005 – 2010 ........................................................................................................... 615
Quadro 7.6. Taxas de crescimento da produção adoptadas ..................................................... 617
Quadro 7.7. Angola – Estimativa da produção futura .............................................................. 618
Quadro 7.8. Produtos de Interesse – Taxas anuais de crescimento do consumo adoptadas (% a.a.)619
Quadro 7.9. Angola – Estimativa do consumo futuro ............................................................... 620
Quadro 7.10. Angola – Estimativa do balanço futuro produção/consumo .................................. 621
Quadro 7.11. Importação de produtos alimentares e agrícolas mais representativos de 2008 a
2011 e sua participação no volume total importado (em mil toneladas) ...................... 624
Quadro 7.12. Caracterização dos Módulos Tipo de produção ................................................... 629
Quadro 7.13. Abertura / Limpeza de Área / Correcção e Conservação de Solos – Agricultura ..... 639
Quadro 7.14. Abertura / Limpeza de Área / Correcção e Conservação de Solos – Pecuária ........ 640
863
Quadro 7.15. Depreciação e Valor Residual ............................................................................ 641
Quadro 7.16. Manutenção e Seguros ..................................................................................... 641
Quadro 7.17. Custos de Produção dos cultivos, dos Equipamentos de Irrigação e Frutícola ....... 643
Quadro 7.18. Condições de Financiamento ............................................................................. 644
Quadro 7.19. Valor pelo uso da Concessão de Terras .............................................................. 645
Quadro 7.20. Produtividade estimada das culturas .................................................................. 647
Quadro 7.21. Preços de venda dos produtos agro-pecuários .................................................... 647
Quadro 7.22. Preços de venda dos produtos agro-industrializados e de prestação de serviço para
apoio a produção agrícola ....................................................................................... 648
Quadro 7.23. Módulo de Produção Tipo I – Investimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas653
Quadro 7.24. Módulo de Produção Tipo I – Investimentos em Benfeitorias (obras), Veículos e
Equipamento de Irrigação ....................................................................................... 654
Quadro 7.25. Módulo de Produção Tipo I – Programação da Sementeira (ha) .......................... 655
Quadro 7.26. Módulo de Produção Tipo I – Custos de Produção .............................................. 656
Quadro 7.27. Módulo de Produção Tipo I – Projecção da Produção .......................................... 657
Quadro 7.28. Módulo de Produção Tipo I – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e sem
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 659
Quadro 7.29. Módulo de Produção Tipo I – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e com
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 659
Quadro 7.30. Módulo de Produção Tipo I – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e sem
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 659
Quadro 7.31. Módulo de Produção Tipo I – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e com
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 660
Quadro 7.32. Módulo de Produção Tipo I – Indicadores da Viabilidade Económica .................... 661
Quadro 7.33. Módulo de Produção Tipo II – Investimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas663
Quadro 7.34. Módulo de Produção Tipo II – Investimentos em Benfeitorias (obras),Veículos e
Estruturação da Pecuária......................................................................................... 664
Quadro 7.35. Módulo de Produção Tipo II – Programação da sementeira das culturas .............. 665
Quadro 7.36. Módulo de Produção Tipo II – Custos de Produção ............................................. 666
Quadro 7.37. Módulo de Produção Tipo II – Projecção da Produção ........................................ 667
Quadro 7.38. Módulo de Produção Tipo II – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e sem
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 669
Quadro 7.39. Módulo de Produção Tipo II – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e com
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 669
864
Quadro 7.40. Módulo de Produção Tipo II – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e sem
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 669
Quadro 7.41. Módulo de Produção Tipo II – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e com
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 670
Quadro 7.42. Módulo de Produção Tipo II – Indicadores da Viabilidade Económica ................... 671
Quadro 7.43. Módulo de Produção Tipo III – Investimentos em Máquinas e Equipamentos
Agrícolas ................................................................................................................ 673
Quadro 7.44. Módulo de Produção Tipo III – Investimentos em Benfeitorias (obras), Veículos e
Estruturação da Pecuária......................................................................................... 674
Quadro 6.45. Módulo de Produção Tipo III – Programação da Sementeira das Culturas ............ 675
Quadro 7.46. Módulo de Produção Tipo III – Custos de Produção ............................................ 676
Quadro 6.47. Módulo de Produção Tipo III – Projecção da Produção ....................................... 677
Quadro 7.48. Módulo de Produção Tipo III – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e sem
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 679
Quadro 7.49. Módulo de Produção Tipo III – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e com
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 679
Quadro 7.50. Módulo de Produção Tipo III – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e sem
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 680
Quadro 7.51. Módulo de Produção Tipo III – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e com
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 680
Quadro 7.52. Módulo de Produção Tipo III – Indicadores da Viabilidade Económica ................. 681
Quadro 7.53. Módulo de Produção Tipo IV – Investimentos em Máquinas e Equipamentos Agrícolas683
Quadro 7.54. Módulo de Produção Tipo IV – Investimentos em Benfeitorias (obras), Veículos e
Estrutura da Pecuária .............................................................................................. 684
Quadro 7.55. Módulo de Produção Tipo IV – Programação da Sementeira, Recuperação e
Melhoramento da Pastagem .................................................................................... 685
Quadro 7.56. Módulo de Produção Tipo IV – Custos de Produção ............................................ 686
Quadro 7.57. Módulo de Produção Tipo IV – Projecção da Produção ........................................ 686
Quadro 7.58. Módulo de Produção Tipo IV – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e sem
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 688
Quadro 7.59. Módulo de Produção Tipo IV – Fluxo de Caixa do Projecto sem Financiamento e com
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 688
Quadro 7.60. Módulo de Produção Tipo IV – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e sem
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 689
865
Quadro 7.61. Módulo de Produção Tipo IV – Fluxo de Caixa do Projecto com Financiamento e com
Incentivos Fiscais .................................................................................................... 689
Quadro 7.62. Módulo de Produção Tipo IV – Indicadores da Viabilidade Económica .................. 690
Quadro 7.63. Módulos de Produção – Indicadores da Viabilidade Económica ............................ 691
Quadro 7.64 Investimentos para a Implantação de 1,0 ha de Hortícolas, Frutícolas e Mandioca . 692
Quadro 7.65. Investimentos para a produção de hortícolas em 5,0 ha (investimentos completos) e
4,0 ha (sem investimentos em máquinas e equipamentos agrícolas) .......................... 693
Quadro 7.66. Investimentos para a produção de frutícolas em 20,0 ha (investimentos completos) e
12,0 ha (sem os investimentos em máquinas e equipamentos agrícolas) .................... 694
Quadro 7.67. Investimentos para a produção de mandioca em 450 ha consorciada com sorgo
(investimentos completos) ...................................................................................... 694
Quadro 7.68. Hortícolas – Opções de Áreas – Projecção da Produção (em toneladas) ............... 695
Quadro 7.69. Frutícolas – Opções de Áreas – Projecção da Produção (em toneladas)................ 695
Quadro 7.70. Mandioca – Projecção da Produção (em toneladas) ............................................ 696
Quadro 7.71. Hortícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, sem
incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 4 ha) .............................................................. 697
Quadro 7.72. Hortícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, com
incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 4 ha) .............................................................. 697
Quadro 7.73. Hortícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – com financiamento, sem
incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 4 ha) .............................................................. 698
Quadro 7.74. Hortícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – com financiamento, com
incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 4 ha) .............................................................. 698
Quadro 7.75. Hortícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – sem financiamento, sem
incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 5 ha) .............................................................. 699
Quadro 7.76. Hortícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – sem financiamento, com
incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 5 ha) .............................................................. 699
Quadro 7.77. Hortícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – com financiamento, sem
incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 5 ha) .............................................................. 700
Quadro 7.78. Hortícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – com financiamento, com
incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 5 ha) .............................................................. 700
Quadro 7.79. Frutícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, sem
incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 12 ha) ............................................................ 701
Quadro 7.80. Frutícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, com
incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 12 ha) ............................................................ 701
866
Quadro 7.81. Frutícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – com financiamento, sem
incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 12 ha) ............................................................ 702
Quadro 7.82. Frutícolas – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, com
incentivos fiscais (Opção 1 – Área de 12 ha) ............................................................ 702
Quadro 7.83. Frutícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – sem financiamento, sem
incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 20 ha) ............................................................ 703
Quadro 7.84. Frutícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – sem financiamento, com
incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 20 ha) ............................................................ 703
Quadro 7.85. Frutícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – com financiamento, sem
incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 20 ha) ............................................................ 704
Quadro 7.86. Frutícolas – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – com financiamento, com
incentivos fiscais (Opção 2 – Área de 20 ha) ............................................................ 704
Quadro 7.87. Mandioca – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, sem
incentivos fiscais (450 ha) ....................................................................................... 705
Quadro 7.88. Mandioca – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – sem financiamento, com
incentivos fiscais (450 ha) ....................................................................................... 705
Quadro 7.89. Mandioca – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – com financiamento, sem
incentivos fiscais (450 ha) ....................................................................................... 705
Quadro 7.90. Mandioca – Fluxo de caixa com aluguer de máquinas – com financiamento, com
incentivos fiscais (450 ha) ....................................................................................... 706
Quadro 7.91. Mandioca – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – sem financiamento, sem
incentivos fiscais (450 ha) ....................................................................................... 707
Quadro 7.92. Mandioca – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – sem financiamento, com
incentivos fiscais (450 ha) ....................................................................................... 707
Quadro 7.93. Mandioca – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – com financiamento, sem
incentivos fiscais (450 ha) ....................................................................................... 708
Quadro 7.94. Mandioca – Fluxo de caixa com aquisição de máquinas – com financiamento, com
incentivos fiscais (450 ha) ....................................................................................... 708
Quadro 7.95. Áreas de Produção de Hortícolas, Frutícolas e Mandioca – Indicadores da Viabilidade
Económica ............................................................................................................. 709
Quadro 7.96. Projecção da Produção do PA ............................................................................ 712
Quadro 7.97. Capacidade de Produção do PAC – 260.000 hectares produtivos (sequeiro), dos quais
13.500 hectares irrigados ........................................................................................ 713
Quadro 7.98. Capacidade de Produção do PAC - 260.000 hectares produtivos (sequeiro), dos quais
50.000 hectares irrigados ........................................................................................ 715
867
Quadro 7.99. Descrição de áreas plantadas com soja e milho para a Empresa Âncora de Grãos 724
Quadro 7.100. Capacidade de armazenagem de uma e de três baterias de armazéns projectados726
Quadro 7.101. Percentual de sementes de milho e soja que chegam com as humidades definidas727
Quadro 7.102. Investimento total necessário – Armazenagem ................................................. 727
Quadro 7.103. Capacidade de processamento de uma unidade de esmagadora/refinadora de soja
e rendimento percentual dos produtos obtidos ......................................................... 729
Quadro 7.104. Investimento total necessário – Esmagadora/Refinadora de Soja ....................... 730
Quadro 7.105. Descrição de áreas plantadas com soja e milho para a Empresa Âncora Avícola (7)736
Quadro 7.106. Capacidade estática do armazém para soja e milho .......................................... 737
Quadro 7.107. Percentual de sementes de milho e soja que chegam com as humidades definidas738
Quadro 7.108. Investimento total necessário – Armazém ........................................................ 738
Quadro 7.109. Capacidade de processamento da extrusora e rendimento percentual dos produtos
gerados ................................................................................................................. 740
Quadro 7.110. Investimento total necessário – Extrusora de Soja ............................................ 740
Quadro 7.111. Necessidade de Ração e Capacidade de Produção da Fábrica de Ração ............ 742
Quadro 7.112. Investimento total necessário – Fábrica de Ração ............................................. 742
Quadro 7.113. Capacidade, necessidade e capacidade ociosa da incubadora ............................ 744
Quadro 7.114. Investimento total necessário – Incubadora ..................................................... 744
Quadro 7.115. Quantificação dos aviários, núcleos de produção, capacidade de alojamento, ciclo e
capacidade de produção total .................................................................................. 745
Quadro 7.116. Investimento total necessário – Produção de Aves de Corte .............................. 746
Quadro 7.117. Capacidade e dias de abate por ano, peso vivo, rendimento de carcaça, mortalidade
no transporte e condenação de carcaça no abate ..................................................... 748
Quadro 7.118. Investimento total necessário – Matadouro de Aves .......................................... 749
Quadro 7.119. Descrição de sistema ILP implantado para a Empresa Âncora de Bovinos ........... 754
Quadro 7.120. Investimento total necessário – Lavoura-Pecuária (até 5º ano) ......................... 756
Quadro 7.121. Capacidade de Abate do Matadouro de Bovinos e Origem dos Animais .............. 758
Quadro 7.122. Investimento total necessário – Matadouro de Bovinos ..................................... 759
Quadro 7.123. Produção (m³/ha) de madeira no 1º e 2º corte ................................................ 765
Quadro 7.124. Cronograma básico de épocas de plantio e de colheita ..................................... 766
Quadro 7.125. Capacidade de tratamento de madeira por processo, por dia e por ano ............. 767
Quadro 7.126. Investimento total necessário – Autoclave ........................................................ 768
Quadro 7.127. Capacidade de serração e rendimento do processo ........................................... 769
Quadro 7.128. Investimento total necessário – Serração ......................................................... 770
868
Quadro 7.129. Capacidade de produção de uma fecularia por dia e ano, e rendimento dos
produtos gerados. .................................................................................................. 778
Quadro 7.130. Investimento total necessário – Fecularia de Mandioca ..................................... 778
Quadro 7.131. Descrição de áreas plantadas com laranja, maracujá, goiaba e manga para a
Empresa Âncora Frutícola ........................................................................................ 783
Quadro 7.132. Investimento total necessário – Packing House de Frutas .................................. 785
Quadro 7.133. Capacidade de processamento da unidade e rendimento percentual dos produtos
obtidos................................................................................................................... 787
Quadro 1.134. Investimento total necessário – Processadora de Sumo NFC e Polpa Integral de
Frutas .................................................................................................................... 788
Quadro 7.135. Capacidade de produção do moinho de calcário por hora e ano ......................... 794
Quadro 7.136. Investimento total necessário – Moinho de Calcário .......................................... 794
Quadro7.137. Capacidade de produção da UBS por dia e ano, e rendimento do aproveitamento
dos produtos processados ....................................................................................... 798
Quadro 7.138. Investimento total necessário – UBS ................................................................ 799
Quadro 7.139. Capacidade de produção de uma e três linhas de processamento de arroz por dia e
ano, e rendimento dos produtos gerados ................................................................. 804
Quadro 7.140. Investimento total necessário – Processamento de Arroz .................................. 804
Quadro 7.141. Capacidade de processamento de um packing house por dia e ano, e % de perdas
de hortaliças processadas ........................................................................................ 809
Quadro 7.142. Investimento total necessário – Packing House de hortaliças ............................. 809
Quadro 7.143. Capacidade de produção de uma misturadora de fertilizantes por hora e ano ..... 813
Quadro 7.144. Investimento total necessário – Misturadora de Fertilizantes ............................. 814
Quadro 7.145. Capacidade de produção de uma fábrica de ração e misturadora de sal por hora e
ano ........................................................................................................................ 815
Quadro 7.146. Investimento total necessário – Fábrica de Ração e Misturadora de Sal ............. 817
Quadro 7.147. Investimento total necessário – Empresa de Mecanização Agrícola .................... 819
Quadro 7.148. Investimento total necessário – Empresa de Transporte ................................... 822
Quadro 7.149. Cronograma de implantação das Unidades de Negócios da Empresa Âncora de
Grãos ..................................................................................................................... 825
Quadro 7.150. Cronograma de implantação das Unidades de Negócios da Empresa Âncora Avícola826
Quadro 7.151. Cronograma de implantação das Unidades de Negócios da Empresa Âncora de
Bovinos .................................................................................................................. 826
Quadro 7.152. Cronograma de implantação das Unidades de Negócios da Empresa Âncora
Florestal ................................................................................................................. 827
869
Quadro 7.153. Cronograma de implantação das Unidades de Negócios da Empresa Âncora
Frutícola ................................................................................................................. 827
Quadro 7.154. Cronograma de implantação das Empresas das Actividades correlacionadas e da
Fecularia da Cadeia Produtiva de Mandioca .............................................................. 828
Quadro 7.155. Cronograma de início de operação dos Módulos Agro-industriais ao longe de vinte
(20) anos ............................................................................................................... 830
Quadro 7.156. Empresas Âncora – Indicadores da Viabilidade Económica ................................ 832
Quadro 7.157. Empresas de Actividades Correlacionadas – Indicadores da Viabilidade Económica833
Quadro 7.158. Produções esperadas nas unidades de negócios agro-industriais com base na
produção do Pólo Agro-industrial de Capanda (toneladas) ......................................... 834
870
BIBLIOGRAFIA
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por sector no uso do amido de mandioca. Junho 2012.
AGRIANUAL 2011, Anuário da Agricultura Brasileira. AgraFNP, SP, Outubro 2010.
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BARROS, Alexandre L. Mendonça; MENEGATTIi, Ana Laura. Soja: orgulho do país tem ameaças no
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http://br.merial.com/suinos/infosuinos/2012/janeiro/mercado/mercado.asp, acessado em
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VICENTE, Paulo (Assistente do representante da FAO): País tem potencial em terras aráveis. Cf.
ANGOP – Agência Angola Press, Luanda, 21/10/2011, acessado em 20/03/2012.
ENTREVISTAS
FILISMINO DA COSTA (Chefe do Departamento de Projectos e Planeamento do MINARDERP),
Engenheiro JOAQUIM DUARTE, E DOMINGOS SILVA, Luanda, 07/02/2012.
SITES CONSULTADOS
ANGOP – AGÊNCIA ANGOLAPRESS
http://portalangop.co.ao
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA ALIMENTAÇÃO E AGRICULTURA FAO
FAOSTAT
http://faostat.fao.org/default.aspx
FAO COUNTRYSTAT ANGOLA
http://www.countrystat.org/home.aspx?c=AGO
FOOD MARKETING INSTITUTE
http://www.fmi.org/
CONSELHO NACIONAL DE CARREGADORES DE ANGOLA – CNC
http://www.cnc-angola.com/
SERVIÇO NACIONAL DAS ALFÂNDEGAS
www.alfandegas.gov.ao