BRASIL DO DIÁLOGO, DA PRODUÇÃO E DO
EMPREGO
POLÍTICA INDUSTRIAL
Departamento de
Competitividade e Tecnologia
26 de maio de 2011
Cenário Competitivo
2
A indústria de transformação representava cerca de 27% do PIB
em meados da década de 1980. Em 2010, essa participação caiu
para 15,8%
Fonte: IBGE. Elaboração: Decomtec/FIESP.
PIB da ind. transformação (% do PIB)
Redução de
11,4 p.p.
27,2%
15,8%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
0 5,000 10,000 15,000 20,000 25,000 30,000 35,000 40,000 45,000
Ind
úst
ria
(% n
o P
IB)
PIB per capita (US$ PPC) - 1970-2009
Participação da Indústria X Evolução do Crescimento
Fonte: Banco Mundial; Elaboração: DECOMTEC/FIESP
Coréia do Sul
Fonte: Banco Mundial; Elaboração: DECOMTEC/FIESP
Enquanto os países que cresceram o fizeram por meio da indústria num
primeiro estágio e somente depois se desindustrializaram, o Brasil se
desindustrializou precocemente e não conseguiu crescer.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
0 5,000 10,000 15,000 20,000 25,000 30,000 35,000 40,000 45,000
Ind
úst
ria
(% n
o P
IB)
PIB per capita (US$ PPC) - 1970-2009
Participação da Indústria X Evolução do Crescimento
Fonte: Banco Mundial; Elaboração: DECOMTEC/FIESP
EUA
AlemanhaJapão
Coréia do Sul
Fonte: Banco Mundial; Elaboração: DECOMTEC/FIESP
0%
10%
20%
30%
40%
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0 5,000 10,000 15,000 20,000 25,000 30,000 35,000 40,000 45,000
Ind
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ria
(% n
o P
IB)
PIB per capita (US$ PPC) - 1970-2009
Participação da Indústria X Evolução do Crescimento
Fonte: Banco Mundial; Elaboração: DECOMTEC/FIESP
Índia
China
EUA
AlemanhaJapão
Coréia do Sul
Fonte: Banco Mundial; Elaboração: DECOMTEC/FIESP
0%
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30%
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60%
0 5,000 10,000 15,000 20,000 25,000 30,000 35,000 40,000 45,000
Ind
úst
ria
(% n
o P
IB)
PIB per capita (US$ PPC) - 1970-2009
Participação da Indústria X Evolução do Crescimento
Fonte: Banco Mundial; Elaboração: DECOMTEC/FIESP
BrasilÍndia
China
EUA
AlemanhaJapão
Coréia do Sul
Fonte: Banco Mundial; Elaboração: DECOMTEC/FIESP
70-74
05-09
70-74
05-09
12.5%14.1% 14.6%
16.2%18.2%
20.1%18.3%
21.8%
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Evolução do Coeficiente de Importação da Indústria
Fonte: DEREX/FIESP; Elaboração: Decomtec/FIESP5
Aumento: 9,3 p. p.
no coeficiente, o
que equivale a
US$ 76 bi ou
R$ 125 bi
Se isso fosse produzido
no Brasil, seriam
gerados, direta e
indiretamente, mais
3,5 milhões de
empregos na economia
O aumento da penetração dos importados fez com que, devido aos efeitos
diretos e indiretos, a economia produzisse R$ 277 bilhões a menos. Isso
significou 3,5 milhões de postos de trabalho que deixaram de ser gerados.
Fontes: MIP e TRU/IBGE
R$ 1,00 de aumento na produção
da indústria de transformação
eleva em R$ 2,22 a produção da
economia.
6
-2.6-3.3
-4.6-3.9
-6.2 -6.9
-0.1
-10.9
3.2
-0.3
0.3
6.57.7 8.4
6.57.8
8.6
-15.00
-10.00
-5.00
0.00
5.00
10.00
2006 2007 2008 2009 2010 2011
Alta tecnologia
Média alta tecnologia
Média-baixa tecnologia
Baixa tecnologia
Fonte: Protec; Elaboração: Decomtec/FIESP
Balança comercial por intensidade tecnológica - 1º trim. (R$ bilhões)
Os setores mais prejudicados são os de maior intensidade tecnológica. Entre
2006 e 2011, o déficit do setor de alta tecnologia aumentou de US$ 2,6 bilhões
para US$ 6,9 bilhões e o de média-alta de US$ 0,1 bilhões para US$ 10,9 bilhões.
O ambiente de negócios que
penaliza a produção
7
8
0.00
5.00
10.00
15.00
20.00
25.00
30.00
0.00
50.00
100.00
150.00
200.00
250.00
Início da PITCE
Redução do IPIEx-tarifários
Crise
financeira mundial
Lançamento
do PSI
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Fontes: IPEADATA e BCB;Elaboração: Decomtec/FIESP
2010
Taxa Selic (% a.a.)
Selic
Consumo Aparente de Máq. e Equipamentos (2002=100)
Consumo Aparente deMáq. e Equipamentos
O custo do capital é bastante elevado no Brasil e determinante da baixa taxa
de investimento, especialmente se comparada aos países emergentes, como
China e Índia.
O Brasil tem o spread mais alto
do mundo, que somado à SELIC
representam 7,0% do custo dos
produtos industriais
9
Evolução das importações de bens industrializados (em US$ FOB)
0
100
200
300
400
500
600
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
(*) PR, SC, GO, MS, PE, AL, SE e TO; Excluiu-se MA e ES.Fonte: FuncexData; Elaboração: Decomtec/FIESP
Estados com benefício*Var.: + 410,8%
Demais EstadosVar.: +191,7%
(base 2001 = 100)
Guerra dos
Portos:
Estados
brasileiros
subsidiam as
importações
Enquanto a defesa comercial tenta enfrentar a penetração de produtos
subsidiados no país de origem, alguns Estados brasileiros, no sentido
contrário, subsidiam as importações em detrimento do produto nacional.
A carga tributária na indústria de transformação de 59,8% do
PIB industrial é a maior entre os setores econômicos.
10 Fontes:RFB, CONFAZ, IBGE. Elaboração DECOMTEC/FIESP. Carga Média do período 2005/09.
* Brasil Econômico (28/06/10).
A cada 26 minutos a RFB cria 1 nova regra*
Os serviços públicos não são compatíveis com a carga.
As empresas pagam 2 vezes.
Além disso, as empresas pagam os tributos antes de receberem as
vendas, exigindo capital de giro
A carga representa
40,3% do preço dos produtos
industriais
A tarifa de energia elétrica para a indústria no Brasil é uma
das mais caras do mundo
Tarifa de energia elétrica para a indústria (US$/MWh)
Fonte: EIA - Energy Information Administration. Elaboração: DECOMTEC/FIESP
O Canadá é o pais que tem a matriz de
energia mais semelhante à do Brasil,
mas sua tarifa é 64% menor
Infraestrutura
12
Classificação do Brasil entre 139 países
41º Logística
76º Telefonia Celular
82º Procedimentos alfandegários
87º Ferrovias
93º Aeroportos
105º Estradas
123º Portos
Fonte: Fórum Econômico Mundial
A melhora recente nos investimentos em educação ainda não
se refletiu em um proporcional aumento da alfabetização e
escolaridade, comprometendo a qualidade da mão de obra
do país.
• No ranking do Programa Internacional de Avaliação de
Alunos (Pisa), de 65 países emergentes e desenvolvidos, o
Brasil ficou em 53º lugar.
• No ranking do Fórum Econômico Mundial, a qualidade da
educação básica coloca o Brasil em 127º lugar dentre 139
países.
13
Educação
14
Código
NCM Descrição NCM %
72123000 Lamin. ferro/aço 101%
39204900
Chapas de
polímero cloreto
vinila 115%
72173090 Fios de ferro/aço 157%
62053000
Camisas de fibras
sintéticas –
masculina 266%
84581110 Tornos horiz. tipo
revólver 434%
Eixos da competitividade e seus efeitos
Exemplos dos resultados do ambiente
competitivo nos preços, diferença
entre Brasil e China*, em %
* (US$/kg) China: preços de exportação p/ Brasil. Brasil: preços exportação.
Fonte: Secex. Elaboração: DECOMTEC/FIESP
Propostas para
Política Industrial
15
16
Propostas
1. Aprimoramento
Institucional
Fortalecer o papel do
BNDES, FINEP e
instituições de
coordenação da PDP
17
Propostas
2. Ampliação do
Investimento Fixo
a) Crédito
Reduzir o custo
Ampliar a oferta
Facilitar o acesso
Aprimorar produtos de
financiamento ao
investimento
18
Propostas
2. Ampliação do
Investimento Fixo
b) Desoneração
Drawback Investimento
Isenção total do IPI
Apropriação imediata dos
créditos de PIS e
COFINS
Depreciação integral no
próprio ano de aquisição
19
Propostas
3.
Readensamento
das Cadeias
Industriais
Assegurar a utilização do
conteúdo nacional como
política industrial
Compatibilizar a
regulação/normatização
setorial com os objetivos
de Política Industrial
20
Propostas
4.
Desenvolvimento
Industrial
Regional
Dinamizar as
potencialidades e
especificidades de cada
região
Fortalecer os arranjos
produtivos locais (APLs)
21
Propostas
5. Compras
Públicas
Regulamentar e aplicar lei
de preferência para
produtos nacionais (Lei
12.349/2010)
Obrigar a transferência de
tecnologia às empresas
nacionais (no caso de
compras externas)
Mobilidade Social
Fonte: Banco Central do Brasil / FVG
A expansão das classes C, B e A nos últimos anos deve continuar. O país
vem atravessando um momento bastante positivo em termos da redução da
desigualdade e aumento da renda.
?
Mas sem indústria, quem vai atender o
crescimento da demanda brasileira?
Como ser mais competitivo na produção para atender essa crescente
demanda por produtos manufaturados e para gerar os empregos
necessários à continuidade do crescimento?
DECOMTEC
José Ricardo Roriz Coelho
Departamento de Competitividade e Tecnologia
Obrigado!