1
IGOR EDUARDO COUTINHO MADEIRA
PERFIL DAS HOSPITALIZAÇÕES NO ANO DE 2008 DECORRENTES
DE ACIDENTES DE TRÂNSITO NA CIDADE DE GOVERNADOR
VALADARES/MG
Monografia submetida ao Curso de
Psicologia da Faculdade de Ciências
Humanas e Sociais da Universidade Vale
do Rio Doce, como requisito parcial para
obtenção do título de Graduado em
Psicologia.
Orientador: João Carlos Muniz
Martinelli
Colaborador: Elizabete Maria de A.
Godinho
Governador Valadares
2009
2
IGOR EDUARDO COUTINHO MADEIRA
PERFIL DAS HOSPITALIZAÇÕES NO ANO DE 2008 DECORRENTES
DE ACIDENTES DE TRÂNSITO NA CIDADE DE GOVERNADOR
VALADARES/MG
Monografia Apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Graduado em Psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Vale do Rio Doce
Governador Valadares, _____ de _________________de__________.
Banca Examinadora:
__________________________________________________________________
Prof. MSc. João Carlos Muniz Martinelli – Orientador
Universidade Vale do Rio Doce
__________________________________________________________________
Prof.MSc. Marco Antônio Amaral Chequer
Universidade Vale do Rio Doce
__________________________________________________________________
Profa. Ana Maria Germano Rezende
Universidade Vale do Rio Doce
3
Dedico esse trabalho a quem sonhou e
acreditou que esse momento se tornaria
possível: Sra. Rosane Coutinho, minha
amada mãe.
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo privilégio concedido e por demonstrar sua fidelidade
em todos os momentos e circunstâncias, sei que com essa parceria o sucesso é
garantido.
À minha mãe pelo incentivo e apoio incondicional, por patrocinar e acreditar
que esse sonho se tornaria possível.
Aos meus avôs que mesmo acompanhando esse processo de uma forma
distante torceram para que ele acontecesse. Amo vocês.
À Kelle, pela paciência, apoio e compreensão dos obstáculos a serem
enfrentados e por abrir mão de seu “tempo” para que esse momento se tornasse
uma realidade. Amo-te minha linda!
Ao Caio Madeira, meu filho, minha continuidade, que mesmo sem entender
nada me acompanhou durante todo o processo de pesquisa, foram muitos “ná, ná,
nás” tomados juntos, obrigado por tornar os meus dias mais alegres, te amo minha
flechinha incendiada (Sl. 127,4).
Ao professor João Carlos Muniz Martinelli, um grande amigo e responsável
por toda a minha formação em Análise do Comportamento e pesquisa, obrigados
pelos anos de orientações, incentivo e pelas inúmeras referências bibliográficas
adicionais cedidas. Espero que essa parceria de produção científica dure por muitos
anos.
Aos professores do Núcleo de Estudo em Análise do Comportamento e
Prática Cultural – ACPC: Marco Antônio, Dora e Tatiana. Devo a vocês uma grande
parcela do que sou como um cientista do comportamento.
Aos meus amigos Lucas Nápoli e Thalles Contão, vocês foram peças
fundamentais em todos esses anos, foram horas e mais horas de intensas
discussões filosóficas; aprendi e continuarei aprendendo muito com vocês.
À Dra Márcia Magalhães por abrir as portas do Hospital Municipal para que
essa pesquisa fosse realizada.
À Professora Elizabete Godinho pela colaboração e disponibilidade na
presente pesquisa.
Aos professores da Banca Examinadora: João Carlos, Marco Antônio e Ana
Germano. Obrigado por avaliarem esse trabalho.
5
Ao Governo Federal e Univale pela bolsa de estudos concedida, por acreditar
que jovens com potenciais podem mudar o destino e a história desse país.
Aos meus irmãos Max e Gabriel por serem companheiros em todas as horas
e por estarem presentes em momentos importantes da minha vida
Aos meus tios, primos e amigos que mesmo atuando indiretamente,
contribuíram para a realização deste trabalho.
6
A ciência fornece sua própria sabedoria.
Conduz a uma nova concepção do
assunto, um novo modo de pensar sobre
aquela parte do mundo a que se dedicou.
Burrus Frederic Skinner
7
RESUMO
O uso de indicadores hospitalares de morbimortalidade associados aos acidentes de trânsito tem sido útil no entendimento da freqüência de danos e óbitos, gastos públicos e conhecimento da população assistida por esse serviço. O presente estudo tem como objetivo verificar o perfil dos dados clínicos e das vítimas internadas no Hospital Municipal da cidade de Governador Valadares/MG, decorrentes de acidentes de trânsito. Foram levantadas informações relativas às internações de pacientes vítimas de acidente de trânsito em prontuários médicos de um Hospital Municipal, no período de Janeiro a Dezembro de 2008. Foram encontrados 11.838 prontuários médicos relativos às internações hospitalares no período, sendo 582 casos (4,9%) referentes a internações devido a acidentes de trânsito. Quanto ao perfil da vítima: 80,8% do sexo masculino, solteiro (61,3%), Idade: 10-19 anos (15,8%), 20-29 anos (30,5%) e 30-39anos(19,9%). Foram mais freqüentes vítimas do estado de Minas Gerais (98,0%), do município de Governador Valadares (53,5%) e residentes no bairro Santa Rita (3,6%), Altinópolis (3,4%), Turmalina (2,4%) e Zona Rural de Governador Valadares (2,1%). Os meses com maior número de internações foram: Janeiro (9,2%), Fevereiro (11,0%), Março (9,8%) e Maio (10,5%). Os diagnósticos principais prevalentes foram de S06.8 (16,0%), S82.2 (6,3%) e S82.5 (5,5%); as classes dos diagnósticos principais mais freqüentes nos prontuários médicos foram S06 (19,7%), S82 (17%) e S72 (9,9%); e, o secundário W19.9 (16,0%), V29.9 (15,4%) e V19.9 (5,5%), conforme o CID-10. Quanto ao perfil clínico das vítimas, dos 582 prontuários analisados 578 (99,3%) continham informações sobre o diagnóstico clínico inicial do paciente. Nas classes dos diagnósticos secundários apenas 58% dos prontuários médicos continham tais registros. Os motivos pelos quais os pacientes receberam alta estiveram presentes em 98% (n=570) dos prontuários. Conclui-se que para o período foram observados índices elevados de internações para vítimas do sexo masculino, crianças-adolescentes e adultos jovens da cidade de Governador Valadares apresentando diagnósticos de Fratura Intracraniana e acidentes envolvendo ciclistas e motociclistas; a maioria dos pacientes ficou internada no período de 1 a 5 dias e teve alta por melhora do quadro clínico inicial. A maioria dos diagnósticos iniciais foi preenchida e em parte dos diagnósticos secundários não foram especificados os acidentes de trânsito.
Palavras-chave: acidentes de trânsito; diagnóstico; internação hospitalar.
8
ABSTRACT
Using indicators of hospital morbimortality associated with traffic accidents has been useful in understanding the frequency of injuries and deaths, public spending and distributes of the population to be assisted by this service. Others this study aims to investigate the profile of clinical data and the victims to the Hospital Municipal de Governador Valadares in the year 2008 due to car accident. Were raised in the medical records of a municipal hospital, reports informations on the inside informations of patients suffering from car accident in the period January to December 2008 in Governador Valadares. We evaluated the medical records of 11,838 inside. Does hospital in 2008, there was a total 582 reported cases of domestic. Hospital informations involving car accidents. The profile of the victim: 80.8% male, Single (61.3%), Age: 10-19 years (15.8%), 20-29 years (30.5%) and 30-39 years (19.9%). Were more frequent in the state of Minas Gerais (98.0%) in the municipality of Governador Valadares (53.5%) residents in the neighborhood and Santa Rita (3.6%), Altinópolis (3.4%), Turmalina (2, 4%) and Rural Area of Governador Valadares (2.1%). The months with higher number of internations were: January (9.2%), February (11.0%), March (9.8%) and May (10.5%). The prevalent diagnosis were S06.8 (16.0%), S82.2 (6.3%) and S82.5 (5.5%); the class of the most common main diagnoses in the medical records were S06 (19 , 7%), S82 (17%) and S72 (9.9%), and the secondary W19.9 (16.0%), V29.9 (15.4%) and V19.9 (5.5 %), according to ICD-10. The clinical profile of victims, the data report that of 582 medical records reviewed 578 (99.3%) contained information about the initial clinical diagnosis of patient. In the class of secondary diagnoses only 58% of medical records containing such records.The reason why patients were discharged were present in 98% (n = 570) of medical records. It follows that for the period were found elevated rates of hospitalization for male victims, children, adolescents and young adults in the city of Governador Valadares presenting diagnoses Fracture Intracranial and accidents involving cyclists and motorcyclists, most of the patients was hospitalized during 1 to 5 days and were discharged after improvement of the clinical picture. Most of the intial diagnosis has been completed and part been completed and part of the secondary diagnoses were not specified traffic accidents.
Keywords: Traffic accidents; behavior; hospitalization
9
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Horário das Internações Hospitalares no Hospital Municipal de
Governador Valadares MG por Turno ....................................................................... 40
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Idade dos Pacientes Internados no Hospital Municipal de Governador
Valadares - MG ......................................................................................................... 37
Tabela 2- Sexo dos Pacientes Internados no Hospital Municipal de Governador
Valadares – MG ........................................................................................................ 38
Tabela 3 – Estado Civil dos Pacientes Internados .................................................... 38
Tabela 4 – Estados (UF) dos Pacientes Internados no Hospital Municipal de
Governador Valadare - MG ...................................................................................... 39
Tabela 5 – Dia das internações hospitalares no Hospital Municipal de Governador
Valadares – MG ........................................................................................................ 39
Tabela 6 – Frequência mensal das internações hospitalares por acidentes de trânsito
.................................................................................................................................. 41
Tabela 7 – Período de Internação dos Pacientes no Hospital Municipal de
Governador Valadares Vítimas de Acidentes de Trânsito ......................................... 42
Tabela 8 – Dia da Alta Hospitalar .............................................................................. 43
Tabela 9 – Frequencia mensal das Altas Hospitalares ............................................. 43
Tabela 10 – Motivo da Alta Hospitalar em Pacientes Vítimas de Acidentes de
Trânsito Internados no Hospital Municipal de Governador Valadares no ano de 2008
.................................................................................................................................. 44
Tabela 11 – Avaliação da Frequência dos Dados Preenchidos nos Prontuários
Médicos ..................................................................................................................... 45
11
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 14
2.1. Geral................................................................................................................... 14
2.2. Específicos ......................................................................................................... 14
2.2.1 – Dados sobre as vítimas ................................................................................. 14
2.2.2 – Dados sobre internação e resultados ............................................................ 14
2.2.3 – Dados sobre o Registro ................................................................................. 14
3 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 15
3.1 O trânsito e suas definições ................................................................................ 15
3.2 A psicologia e sua relação com o trânsito ........................................................... 16
4 A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS SOBRE ACIDENTES DE TRÂNSITO NO
BRASIL ..................................................................................................................... 19
5 ALGUNS ESTUDOS SOBRE ACIDENTES DE TRÂNSITO ................................. 21
5.1 Os acidentes de trânsito em Governador Valadares ........................................... 22
6 O SIH/SUS COMO UMA FONTE DE INFORMAÇÃO SOBRE AS INTERNAÇÕES
HOSPITALARES ...................................................................................................... 28
7 CARACTERIZAÇÃO DA MACROREGIÃO LESTE E DO HOSPITAL MUNICIPAL
DE GOVERNADOR VALADARES ........................................................................... 32
8 METODOLOGIA .................................................................................................... 35
8.1 fontes de dados: .................................................................................................. 35
8.2 Critério de inclusão e exclusão ............................................................................ 35
8.3 Procedimentos .................................................................................................... 35
9 RESULTADOS ....................................................................................................... 37
9.1 Dados sobre as vítimas ....................................................................................... 37
9.2 Dados sobre a internação ................................................................................... 39
9.2.1 Dados sobre os gêneros .................................................................................. 44
8.3 Dados sobre o registro ........................................................................................ 44
10 DISCUSSÃO ........................................................................................................ 46
12
10 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 53
ANEXO(S) ................................................................................................................. 59
13
1 INTRODUÇÃO
O interesse na investigação de acidentes de trânsito e aspectos relacionados
faz parte de uma das áreas de pesquisa ativas no país. Isto se dá devido aos altos
índices de morbimortalidade observados e sua relevância na área de saúde pública.
Diversos estudos apontam que a vitimização no trânsito é responsável por
danos materiais, biológicos e sociais, além dos altos custos financeiros para o
sistema de saúde e que, dependendo do impacto do acidente sobre a vítima,
quando não ocorre a morte do acidentado, este se encontra sujeito a danos físicos
permanentes.
O Núcleo de Estudos em Análise do Comportamento e Prática Cultural vem
incentivando e realizando pesquisas envolvendo os usuários das vias publicas
dentro do programa de pesquisas denominado “Cidadão em Trânsito”. Este
programa visa conhecer e propor indicadores para mudanças nas práticas
institucionais e humanas que interferem no bem estar e na qualidade da saúde
coletiva no ambiente trânsito.
O presente estudo tem como objetivo levantar o perfil dos dados clínicos e
das vítimas internadas no Hospital Municipal de Governador Valadares, no ano de
2008, em decorrência de acidentes de trânsito.
A fim de tornar claro o objetivo aqui apresentado, esse trabalho está dividido
em: objetivos geral e específicos; revisão de literatura abrangendo a definição do
que é o trânsito e a sua relação com a psicologia, a importância dos estudos sobre
acidentes de trânsito no Brasil e na cidade de Governador Valadares, enfocando as
pesquisas já realizadas pelo Núcleo de Estudos em Análise do Comportamento e
Prática cultural, a caracterização do SIH/SUS como fonte de informações para
pesquisas sobre internações hospitalares e do hospital Municipal de Governador
Valadares-MG; método, enfatizando os procedimentos adotados para a coleta e
tabulação dos dados; resultados, descrevendo os dados coletados para a presente
pesquisa; discussão, fazendo um paralelo com os dados coletados e os diversos
estudos já realizados e, por fim, a conclusão do trabalho.
14
2 OBJETIVOS
2.1. GERAL:
Levantar o perfil dos dados clínicos e das vítimas de acidentes de trânsito,
internadas no Hospital Municipal de Governador Valadares no ano de 2008.
2.2. ESPECÍFICOS:
2.2.1 – Dados sobre as vítimas:
Levantar dados sócio-demográficos: idade, sexo, estado civil, estado,
município e bairro de residência.
2.2.2 – Dados sobre internação e resultados:
Verificar dia, mês e hora da internação;
Verificar o diagnóstico clínico inicial (principal);
Verificar o diagnóstico secundário;
Verificar o período da internação dos pacientes;
Verificar dia, mês e hora da alta;
Verificar o motivo da alta;
Verificar se houve óbito ou não;
2.2.3 – Dados sobre o Registro:
Levantar a freqüência dos registros nos prontuários médicos, em relação à
idade, sexo, estado civil, diagnóstico principal, diagnóstico secundário,
registro da alta, hora da alta e motivo da alta.
15
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 O TRÂNSITO E SUAS DEFINIÇÕES
O Código de Trânsito Brasileiro (LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE
1997) define trânsito em seu Art. 1º, como:
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.
E ainda, quanto aos direitos individuais e coletivos,
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito.
Segundo Batista (1985), o fenômeno “trânsito” é produzido a partir de
comportamentos de indivíduos e de seus efeitos no ambiente, sendo que este
ambiente, por suas características físicas, possibilitaria a ocorrência de certos
comportamentos impedindo a ocorrência de outros.
Rozestraten (1988) afirma que o trânsito é
“o conjunto de deslocamentos de pessoas e veículos nas vias públicas, dentro de um sistema convencional de normas, que tem por fim assegurar a integridade de seus participantes ”(ROZESTRATEN, 1988, p.4)
E prossegue afirmando que:
O sistema funciona através de uma série bastante extensa de normas e construções e é constituído de vários subsistemas, dentre os quais os três principais são: o homem, a via e o veículo. O homem aqui é o subsistema mais complexo e, portanto, tem maior probabilidade de desorganizar o sistema como um todo (ROZESTRATEN, 1988, p.5)
Para Vasconcellos (1998) o trânsito é o conjunto de todos os deslocamentos
diários feitos pelas calçadas e vias da cidade, e que parece nas ruas na forma da
movimentação geral dos pedestres e veículos.
Segundo Martinelli, Chequer & Bullerjhann (2007 a, b), o trânsito poderia
também ser definido como a inter-relação de contingências entrelaçadas em que
16
comportamentos individuais e práticas culturais da produção e uso do ambiente
físico e social, estão associados direta e indiretamente à mobilidade humana.
O trânsito não pode ser encarado simplesmente como um problema técnico,
mas deve ser visto como uma questão social e política, pois está intimamente
relacionado com as características da sociedade e com modelo de gestão
econômico adotado. De acordo com Vasconcelos (1998), para compreender o
trânsito não é suficiente discutir os problemas do dia-a-dia, como
congestionamentos e acidentes, faz-se necessário também analisar a forma como
as pessoas dele participam, os seus interesses e necessidades.
No perímetro urbano das cidades são realizadas milhares de viagens por dia
com motivos e meios de transporte variados. Os motoristas ao circularem pelas ruas
tendem a fazer o percurso o mais depressa possível sem interrupções de pedestres,
ciclistas e motociclistas. Quando um pedestre se desloca pelas ruas, talvez deseje
fazê-lo de forma mais rápida, segura e acessível, contando com uma melhor “fluidez”
na sua passagem. Passageiros de ônibus necessitam de um transporte público
eficiente, seguro, e com um ponto de ônibus próximo ao seu local de interesse para
embarque e desembarque. No decorrer de suas viagens, as pessoas no trânsito
mudam seus objetivos, ora desejam segurança, acessibilidade, rapidez ou várias
coisas ao mesmo tempo (BULLERJHANN, 2006).
3.2 A PSICOLOGIA E SUA RELAÇÃO COM O TRÂNSITO
A Psicologia do Trânsito pode ser definida como uma área da Psicologia que
estuda, através de métodos científicos válidos, os comportamentos humanos no
trânsito e os fatores e processos externos e internos, conscientes e inconscientes
que os provocam ou os alteram (ROZESTRATEN, 1988).
Para Hoffman (2005, p.3),
A Psicologia do Trânsito pode ser conceituada como o estudo do comportamento do usuário das vias e dos fenômenos/processos psicossociais subjacentes ao comportamento. O conceito é amplo, pois o comportamento do condutor tem sido estudado em relação a
17
uma diversidade de questões, tais como: procura visual, dependência de campo; estilo de percepção; atitudes; percepção de risco; procura de emoções, atribuição, estilo de vida, e carga de trabalho/trabalho penoso; estresse e representação social. Estas questões indicam a pluralidade de abordagens que constituem a fundamentação teórica para a pesquisa em Psicologia do Trânsito.
De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (1992, p.5) o psicólogo do
transito
Desenvolve pesquisa científica no campo dos processos psicológicos, psicossociais e psicofísicos relacionados ao problema do trânsito, Realiza exames psicológicos de aptidão profissional em candidatos a habilitação para dirigir veículos automotores (“Psicotécnicos”), Assessora no processo de elaboração e implantação de sistemas de sinalização de trânsito, especialmente no que concerne a questões de transmissão, recepção e retenção de informações, Participa de equipes multiprofissionais voltadas à prevenção de acidentes de trânsito, Desenvolve, na esfera de sua competência, estudos e projetos de educação de trânsito, Contribui nos estudos e pesquisas relacionados ao comportamento individual e coletivo na situação de trânsito, especialmente nos complexos urbanos, Estuda as implicações psicológicas do alcoolismo e de outros distúrbios nas situações de trânsito, Avalia a relação causa-efeito na ocorrência de acidentes de trânsito, levantando atitudes-padrão nos envolvidos nessas ocorrências e sugerindo formas de atenuar as suas incidências, Aplica e avalia novas técnicas de mensuração da capacidade psicológica dos motoristas, Colabora com a justiça e apresenta, quando solicitado, laudos, pareceres, depoimentos etc; Servindo como instrumentos comprobatórios para melhor aplicação da lei e justiça; Atua como perito em exames para motorista, objetivando sua readaptação ou reabilitação profissional.
Rozestraten (1988) relata que a Psicologia do Trânsito investiga o
comportamento dos participantes do trânsito indistintamente, não excluindo
ninguém. Ela é uma das psicologias aplicadas mais abrangente e mais extensa,
incluindo muito mais categorias de indivíduos do que a psicologia escolar, a
psicologia organizacional e a psicologia clínica, por exemplo.
Uma das questões analisadas e estudadas pela psicologia do trânsito é
aquela relacionada à ocorrência de acidentes, ou seja, o que faz com que os
acidentes de trânsito atinja proporções alarmantes na sociedade? Quais fatores
estão associados a sua ocorrência? Qual a freqüência e perfil dos acidentes em uma
cidade? De que forma essa informação pode ser útil na definição de políticas
públicas e de controle do comportamento no trânsito? (Rozestraten, 1988).
18
Para Rozestraten (1983), o acidente é uma conseqüência durável e
desagradável, pautando-se em um erro de comportamento de usuários no trânsito.
As conseqüências decorrentes de acidentes automobilísticos são bastante
conhecidas em nosso meio, destacando-se a grande quantidade de vítimas, que na
maioria das vezes sofrem seqüelas em virtude do acidente sofrido quando não leva
à fatalidade, a alteração substancial da mobilidade e circulação nas cidades e a
sobrecarga nos serviços e gastos públicos em saúde. Estas e outras conseqüências
expõem o acidente de trânsito como um problema de saúde pública, e por envolver
o comportamento humano, os acidentes de trânsito acabam sendo um dos pontos
cruciais de estudo da Psicologia do Trânsito (BULLERJHANN, 2006).
19
4 A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS SOBRE ACIDENTES DE TRÂNSITO NO
BRASIL
Andrade & Mello Jorge (2000) afirmam que na atualidade os acidentes de
transporte terrestre, em especial os de veículo a motor, representam, em vários
locais do mundo, a principal causa de morte não natural.
Pelo elevado número de vítimas jovens atingidas e pelos impactos sociais e
econômicos que provocam, os acidentes de trânsito têm sido alvo de grande
preocupação no Brasil (PEREIRA & LIMA, 2006). De acordo com Mello Jorge &
Koizumi (2004) eles representam um quarto das mortes violentas do país e
respondem por 20% das internações hospitalares, ocupando o segundo lugar no
conjunto de mortes por causas externas.
Os acidentes de trânsito se tornaram um importante problema de saúde
pública e que sobrecarregam o setor de saúde, em decorrência dos elevados
percentuais de internação e dos altos custos hospitalares, além de gerarem diversos
problemas para a sociedade tais como: perdas materiais, despesas previdenciárias
e grande sofrimento para as vítimas e seus familiares (SANTOS et al, 2008).
De acordo com Malvestio e Souza (2008), os acidentes de trânsito trazem
conseqüências para a sociedade, como óbitos ou seqüelas às vítimas, gastos com
seguridade e um elevado consumo de recursos médico-hospitalares e tecnológicos.
Segundo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2003), no Brasil,
ano de 2001, os acidentes de trânsito produziram custos estimados em R$3,6
bilhões, com base em preços de abril de 2003, para as 49 aglomerações urbanas
estudadas. Ao considerar a totalidade de áreas urbanas, estimam-se custos da
ordem de R$5,3 bilhões.
De acordo com Waksman & Pirito (2005), a realização de pesquisas sobre o
trânsito é fundamental para a promoção de programas de prevenção e controle dos
acidentes automobilísticos, visto que auxiliam o conhecimento da realidade dos
acidentes, possibilitando a elaboração de políticas e programas a fim de evitar um
maior índice de mortes e de acidentados no Brasil e no mundo .
Os estudos realizados no Brasil sobre acidentes automobilísticos apontam a
diversidade de medidas e especialidades que vêm se interessando pelo tema.
Alguns estudos procuram retratar a realidade dos acidentes em cidades, regiões ou
20
mesmo no país, outros descrevem a epidemiologia em grupos específicos e
aspectos metodológicos relacionados aos estudos sobre acidentes de trânsito
(BULLERJHANN, 2006).
Considerando as fontes de informações, dados sobre acidentes de trânsito
são obtidos geralmente em bancos de dados de órgãos públicos como Polícia Militar
(Boletins de Ocorrência – BO), Corpo de Bombeiros e Secretarias Municipais de
Transporte. Alguns estudos procuram retratar dados obtidos em ambientes
hospitalares e Institutos Médico-Legais. Iniciativas em ampliar os estudos para
outras fontes de dados podem ser úteis como fonte comparativa da qualidade dos
dados obtidos por órgãos públicos (SARAIVA, MARTINELLI & CHEQUER, 2005).
De acordo com Andrade & Mello Jorge (2001), os registros policiais
propiciam, em geral, dados mais detalhados sobre as circunstâncias dos acidentes
de trânsito, o tipo de veículo envolvido, condições climáticas e da pista no momento
do acidente, entretanto com relação à qualidade da informação, é preciso que ela
seja aprimorada para que possa fornecer elementos precisos sobre os aspectos
epidemiológicos relativos à identificação do falecido, ao acidente ou violência que
levou à morte, e o óbito propriamente dito. A importância da qualidade da
informação sobre as circunstâncias dos acidentes e violências produtoras de lesões
(causas externas de morbimortalidade) é ressaltada, considerando sua utilidade
para o adequado planejamento de ações preventivas, o que já vem sendo
destacado há vários anos, tanto no Brasil como em outros países (ANDRADE &
MELLO JORGE, 2001).
21
5 ALGUNS ESTUDOS SOBRE ACIDENTES DE TRÂNSITO
Malvestio & Souza (2008) publicaram uma pesquisa realizada na cidade de
São Paulo com o objetivo de analisar as variáveis clínicas e pré-hospitalares
associadas à sobrevivência de vítimas de acidente de trânsito. Foram analisados
dados de 175 pacientes, entre 12 e 65 anos, vitimados por algum tipo de acidente de
trânsito, no período de abril de 1999 a março de 2003. A análise dos dados
identificou que as vítimas que tiveram menor probabilidade de sobrevivência durante
todo o período de internação hospitalar apresentaram lesões graves no abdome,
tórax ou membros inferiores, com flutuação negativa da freqüência respiratória e
necessitaram de intervenções avançadas ou compressões torácicas, porém, as
lesões encefálicas foram associadas ao óbito tardio. Os autores concluíram que o
reconhecimento das variáveis envolvidas na sobrevivência de vítimas de acidentes
de trânsito pode auxiliar na determinação de protocolos e na tomada de decisão
para a realização de intervenções pré-intra-hospitalares e, consequentemente,
maximizar a sobrevivência.
Gusmão & Pittela (1999) realizaram um estudo sobre a explosão lobar em
vítimas de acidente de trânsito. O objetivo da pesquisa foi estudar do ponto de vista
anatomopatológico a explosão lobar e sua associação com outras lesões
encefálicas traumáticas, especialmente a fratura de crânio e a lesão axonal difusa,
em vítimas fatais de acidentes de trânsito. Para isso, foram estudadas 120 vítimas
fatais de acidente de trânsito, todas foram necropiciadas no Instituto Médico Legal
de Belo Horizonte, no período de 1989 a 1993. Observou-se que a explosão lobar foi
observada em 12 pacientes (10%). O lobo acometido foi o frontal em seis pacientes,
o temporal em dois e ambos os lobos em quatro pacientes. A fratura de crânio
ocorreu em 8 pacientes e a hipertensão intracraniana em metade dos casos. Nove
pacientes foram admitidos em coma e três faleceram imediatamente após o
acidente. De acordo com os autores, todos os casos de explosão lobar estavam
associados à lesão axonal difusa, associação essa que explica a alteração grave de
consciência observada à admissão dos pacientes.
Pittela & Gusmão (2000) realizaram um estudo de caráter anatomopatológico
sobre a contusão cerebral em vítimas fatais de acidente de trânsito. Estudaram 120
vítimas de acidentes de trânsito (2000) com idade média de 37,5 anos; houve
predomínio do sexo masculino com 90 casos (75,0%) para 30 do sexo feminino
22
(25,0%). A sobrevida variou entre zero (morte instantânea e nas primeiras 24 horas)
e 28 dias, sendo a média de 1,7 dias. Oitenta e três pacientes (69,2%) faleceram
nas primeiras 24 horas e 37 (30,8%) apresentaram sobrevida igual ou superior a um
dia. O óbito ocorreu no local do acidente em 41 (34,2%) pacientes e no hospital nos
restantes (65,8%) dos casos. A fratura do crânio foi identificada em 96 (80,0%)
pacientes.
Pereira & Lima (2006) realizaram uma pesquisa com o objetivo de identificar
as ocorrências assistidas por um serviço de atendimento pré-hospitalar e
caracterizar as decorrentes de acidente de trânsito em relação ao horário, dia da
semana e configuração da equipe envolvida. Foram avaliadas 6430 fichas referentes
às ocorrências de solicitação de socorro atendidas. Observou-se que a incidência de
trauma foi de 35,2%, os acidentes de trânsito representaram 57,9% das ocorrências
de trauma, superando as quedas (26,9%). Os acidentes de trânsito relacionaram-se
aos atropelamentos numa proporção de 30,7% das ocorrências e às colisões 69,3%.
As ocorrências aconteceram com regulação médica, apresentando maior frequência
(37,7%) no turno da tarde, seguido do turno da noite (25,5%) e manhã (23,8%). Os
atendimentos às ocorrências de acidente de trânsito distribuíram-se em todos os
dias da semana, com relativa concentração nos finais de semana (32,2%) e no mês
de agosto. Em relação à equipe envolvida no atendimento, identificou-se que a
equipe de suporte básico constituída por um auxiliar ou técnico em enfermagem e
um motorista foi a que mais realizou atendimentos (1.107), atingindo um percentual
de 84,5%. A participação do médico aconteceu em 8,3% das ocorrências.
5.1 Os acidentes de trânsito em Governador Valadares
A cidade de Governador Valadares foi fundada em 17 de janeiro de 1938 e
está situada no Estado de Minas Gerais, mais especificamente na Região Leste.
Com uma área de 2348 km2 e uma temperatura média anual de 25,6° C (ROCHA &
MARTINELLI, 2004), possui uma população estimada para o ano de 2007 de
260.396 habitantes (fonte: IBGE1). Caracteriza-se como um pólo econômico do
médio Vale do Rio Doce, exercendo uma importante e significativa influência sobre
1 IBGE – cidades - http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1
23
as regiões nordeste e leste de Minas Gerais, além de alguns municípios do estado
do Espírito Santo.
De acordo com Rocha e Martinelli (2004), a cidade de Governador Valadares
possui uma posição Geográfica favorável ao seu desenvolvimento, visto que a
cidade situa-se à margem esquerda do Rio Doce, a 324 quilômetros de Belo
Horizonte e a 410 quilômetros de Vitória. O município é cortado por importantes
rodovias federais, as BR-116, BR-259 e BR-381 integradas ao Corredor de
Exportação Centroleste. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE, 2007), o setor terciário (comércio e serviço) é responsável por
cerca de 80% do PIB local, o setor secundário (indústria) com cerca de 18% e o
setor primário (agropecuária e extrativismo) pelo restante.
Atualmente, Governador Valadares é um município em plena fase de
expansão e desenvolvimento industrial, caracterizando-se como a maior cidade do
Leste de Minas Gerais. A frota de veículos, segundo estimativa do IBGE para o ano
de 2008, soma 77.364 mil veículos, sendo 39.438 Automóveis, 2.801 caminhões,
566 caminhões trator, 5.074 caminhonetes, 222 Micro-ônibus, 24.334 Motocicleta,
4.616 Motonetas, 312 Ônibus e 1 Trator de Rodas. A cidade de Governador
Valadares tem a bicicleta como transporte tradicional de sua população. Estima-se
que haja mais de 140 mil veículos desse tipo na cidade, estando disponível para sua
circulação mais de 30 km de ciclovias (GEIPOT, 2001), ainda que recentemente
tenha se observado a diminuição na quilometragem disponível de ciclovias (ROCHA
& MARTINELLI, 2004).
Martinelli, Chequer e Monteiro (2004) identificaram comportamentos de
ciclistas em Governador Valadares-MG no uso das vias centrais da cidade, em
situação de cruzamentos em áreas de grande fluxo, a fim de verificar a ocorrência
de comportamentos de risco, respeito às leis de trânsito, uso de equipamentos
exigidos pelo Código de Trânsito e manuseio do veículo sob condições de
segurança. Observou-se que o maior número de usuários foi composto por homens
adultos (59,5%), seguido de mulheres adultas (17.5%). O uso de equipamentos de
segurança obrigatórios é quase inexistente, sendo o mais freqüente a sinalização
nos pedais (41,5%). O uso de ciclovias, quando existem, tem seu uso feito de forma
inadequada por parte dos usuários: 21,6% saem da ciclovia durante o percurso;
40,7% andam no meio da via pública; 33,2% conduzem à esquerda; 24,7% cruzam a
via com sinal aberto para os veículos motorizados; 23,7% acompanham o
24
movimento do veículo; 38,2% cruzam a via em direção ao outro lado da pista; 69,2%
não diminuem a velocidade ao cruzar a via. O perfil do usuário mais freqüente e a
inobservância da sinalização e das leis de trânsito, somados à baixa freqüência dos
itens de segurança nos veículos, sugere que a emissão de comportamentos do
ciclista nas áreas observadas é de risco. Fazendo-se necessário, maior atenção por
parte dos órgãos públicos e educativos a orientação da população no compromisso
do cumprimento da lei e cuidado na utilização dos espaços urbanos, a fim de
aumentar a segurança no trânsito.
Moraes (2003) e Martinelli, Bullerjhann & Moraes (2004) levantaram a
incidência e prevalência de acidentes automobilísticos em Governador Valadares e
outros municípios, tendo como base dados documentais (Boletim de Ocorrência -
BO) registrados no Corpo de Bombeiros da cidade. Foi realizada a análise
documental de 258 registros de acidentes automobilísticos no período de 2001 a
2003. Desses, 224 ocorreram em Governador Valadares, 27 em outros municípios e
7 ocorrências não estavam disponíveis dentre os registros arquivados. Apenas 7%
das causas presumíveis foram informadas, sendo a perda de controle responsável
por 2,7% do total. Outras causas com incidência relevante foram: efetuar manobra
para evitar acidente, perda de freio e sinais de alcoolismo. Em Governador
Valadares, a freqüência de acidentes aumentou a partir do segundo semestre de
2002, com maior incidência nos meses de janeiro, julho e dezembro. De acordo com
o comparativo mensal dos acidentes ocorridos de julho de 2001 a julho de 2003, os
meses com maior incidência de acidentes foi janeiro de 2003, com 21, o mês de
julho de 2003 com 20 e dezembro de 2002 com 19. Foram notificados 224 acidentes
que resultaram em 334 vítimas, sendo 28 fatais, a maioria foi do sexo masculino,
com idades entre 21 a 50 anos. As vítimas não fatais também apresentaram maior
incidência entre o sexo masculino, com idade mais freqüente entre 21 e 30 anos. As
vítimas cuja situação não foi informada correspondem a 11,1% do total,
evidenciando que o número de informações ignoradas a respeito da situação da
vítima (fatal ou não) é alto. No período de julho de 2001 a junho de 2002, a maior
incidência de acidentes foi no final de semana. No domingo, os horários em que
mais ocorreram acidentes foi de 18h às 21h. Na sexta-feira e no sábado, os
horários com maior incidência foram de 22h à 01h. Na segunda-feira, os horários
entre 18h as 21h apresentaram uma freqüência elevada em relação ao demais dias
da semana. No período de julho de 2002 a junho de 2003, os acidentes também
25
tiveram maior incidência no final de semana, mas sua distribuição foi mais uniforme
do que no período de julho de 2001 a junho de 2002. No domingo, os horários em
que mais ocorreram acidentes foi de 14h às 15h; no sábado, de 18h às 21h e na
sexta-feira, de 14h às 17h e de 22h à 1h. Os tipos de acidentes que prevaleceram
de acordo com os registros nos BOs foram choque, com 17%; colisão, com 14,3% e
abalroamento com 11,7%. O tipo de veículo com maior incidência foi o carro, com
47,3% e depois, a moto, com 22,4%.
Martinelli, Chequer e Bullerjhann (2006) levantaram a incidência e prevalência
de acidentes automobilísticos e aspectos comportamentais relacionados, na cidade
de Governador Valadares, no período de 2001 a 2003. O material utilizado como
fonte de informações para essa pesquisa foram registros do 6º Batalhão da Polícia
Militar de Governador Valadares. Verificaram que no período de janeiro de 2001 a
dezembro de 2002 registrou-se um total de 4.212 acidentes automobilísticos. Os
resultados da pesquisa descrevem que o bairro da cidade onde ocorreu o maior
número de acidentes foi o centro (34%) no horário entre 16h às 16h59min. A maior
incidência de acidentes ocorreu nos meses de agosto (5,3%) e dezembro (5,3%) de
2002. A maioria dos acidentes ocorreu ao longo do dia (45,4%), considerando que
houve maior incidência entre 11h e 19h59min, sendo que, o horário de maior
ocorrência foi de 13h às 13h59min (7,7%). Os dias da semana em que ocorreu
maior número de acidentes foram sexta-feira (16,7%) e sábado (15,7%). Os tipos de
acidentes mais freqüentes foram, respectivamente, abalroamento (47,9%) e choque
(30,1%). Quanto à variável sinalização, a maioria dos acidentes ocorreu em vias não
sinalizadas (19,3%) com velocidade permitida de 40 Km/h. As causas presumíveis
dos acidentes neste período, conforme registros, foram em sua maioria a falta de
atenção (33,9%).
Martinelli, Pereira, Chequer & Bullerjhann (2007) verificaram o perfil dos
acidentes de trânsito na cidade de Governador Valadares, no período de Janeiro a
Dezembro de 2007 a partir de casos registrados em Boletins de Ocorrência (BOs) do
6º e 43º Batalhão da Polícia Militar/MG. Nesse período foram registrados 1714
acidentes de trânsito, sendo os mais freqüentes: abalroamento (54%), choque
mecânico (31%) e colisão (13%). Em relação aos veículos envolvidos: automóvel
(60,2%), motocicletas (14,2) e caminhões (12,5%). Dentre os locais da cidade de
Governador Valadares/MG destacaram-se a Rua Israel Pinheiro (7,9%); Avenida JK
(7,6%), Avenida Minas Gerais (6,3%), e os bairros Centro (37,7%), Vila Bretas
26
(8,6%) e Lourdes (7,3%). Os meses de maior ocorrência foram: março (12,1%), abril
(11%), dezembro (10,3%) e maio (10,0%); nos dias da semana ressaltam-se o
sábado (17%), sexta-feira (16,1%) e segunda-feira (15%) e nos horários de 13 horas
às 20 horas. Quanto ao perfil dos condutores 82,3% eram do sexo masculino,
casados (58,7%) com idade entre 18 a 47 anos (76,4%). Quanto ao perfil das
vítimas 53% eram do sexo masculino e tiveram lesão leve (61,8%). Observaram uma
diminuição nos registros de acidentes em relação aos anos de 2001 e 2002. Em
grande parte dos BOs não havia o registro de dados. Condutores e vítimas do sexo
masculino, jovens e adultos jovens foram os mais freqüentes, e a falta de atenção do
condutor foi o comportamento mais mencionado como causa do acidente.
Martinelli, Tavares, Bullerjhann e Chequer (2008) investigaram a incidência de
atropelamentos e aspectos ambientais e comportamentais relacionados, na cidade
de Governador Valadares, no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2006. Para
a coleta de dados procedeu-se ao levantamento de informações contidas em
Boletins de Ocorrência – BO – do 6º Batalhão da Polícia Militar do Estado de Minas
Gerais. Observaram-se 738 atropelamentos ocorrendo em 247 endereços e em 67
bairros, e em maior freqüência em vias principais que dão acesso ao centro da
cidade. Verificou-se uma diminuição nos casos registrados a partir do ano de 2002,
havendo aumento do índice a partir de 2005, sendo o maior número de casos
ocorrendo no ano de 2006 (n=151). Quanto ao mês, destacaram-se julho (10,4%),
dezembro (10,0%) e setembro (9,5%). Os dias da semana com maiores índices
foram sexta-feira/sábado (33,5%). Quanto aos horários destacou-se de 16h as 21h
(44,2%). Quanto ao local, destacou-se o Centro (24,7%), região II (27,4%) e ruas
(61,9%), em maior parte em área comercial. A velocidade permitida na via mais
freqüente foi 40 km (14,0%). O turno em que ocorreu a maior parte dos acidentes foi
o diurno (56%), com condições de tempo bom (17,7%), tipo de pavimentação asfalto
(12,4%) e vias planas (9,9). O número de vítimas variou de 1 a 3, na maioria do sexo
masculino, e idade mais freqüente daqueles com 50 anos ou mais (19%). Os
condutores foram em sua maioria do sexo masculino (53%), com idade de até 29
anos (24%), Categoria CNH foi AB (10,8%) e tempo de habilitação 1 a 5 anos(11%).
Quanto ao veículo, as motos foram os veículos mais freqüentes (19,4%), seguidas
de carro (14,9%). Verificou-se ausência de dados para a maior parte das categorias
de registros nos BOs, impossibilitando a precisão nas medidas observadas.
Segundo os autores, chama a atenção os maiores índices de atropelamento na
27
região central (centro e bairros adjacentes), no mês de julho, dezembro e setembro,
no fim de semana (sex/sab),e acometendo jovens e idosos, sendo os condutores em
sua maioria jovens e com pouco tempo de habilitação e usuários de moto.
Observaram ainda índices elevados para o dia de domingo, um dado importante
quando se considera que há menor número de veículos em circulação nesse dia. No
período pesquisado foi observado uma variabilidade em alguns dados encontrados e
distribuição sazonal diferenciada conforme o ano, ainda que a distribuição espacial
mantivesse alguma regularidade como quando se tem o centro da cidade como local
de maior risco. A concentração de casos no final de semana pode revelar padrões
culturais e individuais relacionados, o que merecerá outras investigações dirigidas
para averiguar esses dados. Uma medida mais atual dos dados torna-se importante,
não apenas para verificar se há manutenção de ausência de registros de dados em
dias atuais, como também, devido a mudanças recentes na estrutura do trânsito da
cidade, podendo revelar ou não queda de índices principalmente na área central a
partir de 2007. Presume-se que muitos casos de acidentes não sejam notificados,
principalmente considerando a evidência de muitos casos com apenas lesões leves,
sem maiores prejuízos para as vítimas, portanto, podendo ocasionar sub-notificação.
Para os autores, conforme observações casuais, os atropelamentos envolvendo
bicicletas são muito pouco notificados, cabendo a tomada de medidas para melhor
registro e acompanhamento dos casos existentes.
Os estudos descritos apontam à necessidade de ampliar a fonte de dados e
acompanhar a ocorrência de novos índices de acidentes e fatores relacionados na
cidade de Governador Valadares (ROCHA & MARTINELLI, 2004; MORAES, 2003;
MARTINELLI, CHEQUER & BULLERJHANN, 2006), de forma a entender a evolução
das práticas envolvidas no ambiente trânsito e seus efeitos comportamentais:
individuais e sociais, portanto, culturais (MARTINELLI & CHEQUER, 2005;
CHEQUER, MARTINELLI, BULLERJHANN & NUNES, 2005).
28
6 O SIH/SUS COMO UMA FONTE DE INFORMAÇÃO SOBRE AS INTERNAÇÕES
HOSPITALARES
A causa de morte por fatores externos tiveram seu crescimento no Brasil a
partir da década de 80, quando elas passaram a ocupar a segunda posição dentre
os óbitos. “No Brasil, o acidente de trânsito é apontado como a segunda causa de
morte de jovens, sendo a primeira na região sul” (FUNDAÇÃO NACIONAL DE
SAÚDE, 2000). Não são os jovens os únicos gravemente feridos ou mortos nos
acidentes, eles geralmente envolvem outras pessoas, familiares e amigos, que tem
suas vidas marcadas por um prejuízo muitas vezes irreversível (PANICHI &
WAGNER, 2006). No mundo inteiro, as análises dos fatores externos são feitas
utilizando dados de mortalidade, pois eles são facilmente obtidos de forma
sistematizada, além de apresentarem melhor qualidade da informação. Já a análise
da morbidade por estas causas vem exigindo criações de grandes bancos de dados
desenhados especificamente para essa finalidade (MELLO JORGE & KOIZUMI,
2004).
O banco de dados “Major Trauma Outcome Study - MTOS” dos Estados
Unidos é reconhecido como o de maior impacto na análise da morbidade hospitalar
por trauma. Os seus estudos são fundamentais para a avaliação da gravidade e das
intervenções em trauma (CHAMPION, 1999) apud Mello Jorge (2004).
No Brasil, não há banco de dados similares, porém, os dados do Sistema de
Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) têm possibilitado
importantes análises quanto à morbidade hospitalar. Vale enfatizar que a partir de
1997, os registros hospitalares relacionados com lesões e envenenamentos (CID-
10) tiveram o acréscimo do tipo de causa externa como diagnóstico secundário
(OLIVEIRA, 2006). De acordo com Tomimatsu et al (2008,p.3)
É obrigatório, desde Janeiro de 2008, atribuir código do capítulo XX(Causas
Externas de Morbidade e Mortalidade) da Classificação Internacional de
Doenças (CID) 10ª Revisão ao campo “ diagnóstico secundário ” da AIH nos
casos de internação pelo SUS por causas acidentais ou violentas. Dessa
forma além de proporcionar conhecimento sobre as consequências do
acidente ou violência (fraturas, queimaduras, ferimentos entre outros) que
teriam sua codificação no campo “diagnóstico principal” (Capítulo XIX da
29
CID-10), o sistema também possibilitaria conhecer por meio do” diagnóstico
secundário”, as” causas” dessas lesões(por exemplo atropelamento,
acidente de moto, agressão, tentativa de suicídio). Assim o sistema contribui
para as análises da situação e das tendências dessas internações e,
consequentemente, para subsidiar as intervenções preventivas necessárias.
O Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-
SUS) é o maior sistema de informação nacional, registrando cerca de 11,5 milhões
de internações/ano (BRASIL, 2008). Seu objetivo principal é a remuneração de
internações ocorridas nos hospitais públicos e privados, conveniados com o SUS. A
autorização de Internação Hospitalar (AIH) é o documento que compõe cada registro
de sua base de dados (TOMIMATSU et al, 2008).
O SIH/SUS foi concebido para operar o sistema de mapeamento de
internações dos hospitais contratados e tem apresentado melhoras gradativas ao
longo de sua existência. Sua abrangência limita-se às internações no âmbito do
SUS, excluindo as que são custeadas diretamente ou cobertas por planos de Saúde
(MELLO JORGE & KOIZUMI, 2004). De acordo com Risi jr. (2002), esse sistema
reúne informações sobre cerca de 70% das internações hospitalares do país,
entretanto, apesar da limitação quantitativa e de haver problemas quanto à
qualidade das informações, alguns autores como Lecovitz & Pereira (1993), Lebrão,
Mello Jorge & Laurenti (1997) referem-se que as estatísticas hospitalares permitem
um quadro quase completo da mortalidade mais grave da população, qual seja a
que leva à hospitalização.
Um estudo realizado por Koizumi, Lebrão & Mello Jorge (2000) com o objetivo
de verificar a morbimortalidade por traumatismo cranioencefálico no município de
São Paulo, mostraram que as pesquisas anteriores utilizando os dados do SIH/SUS
e enfocando o traumatismo craniano, demonstraram que o perfil dos pacientes que
são internados por essa causa é diferente daquele verificado na mortalidade por
causas externas, e que a morbimortalidade precisa ser considerada nesses dois
conjuntos, tanto na assistência em trauma como também nos programas que visam
a prevenção.
Utilizando o SIH/SUS como fonte de dados, observa-se que nas internações
hospitalares, as quedas predominaram atingindo quase metade de todas as
internações por causas externas, os acidentes de transporte aparecem em segundo
30
lugar com proporções próximas a 20%, e as agressões atingem cerca de 6%
(MELLO JORGE & KOIZUMI, 2004).
O Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde
(SIH/SUS) permite uma análise de dados sobre acidentes e violências (MELIONE &
MELLO JORGE, 2008). De acordo com Melione & Mello Jorge (2008), embora esse
sistema seja criticado como fonte de informação epidemiológica, por seu caráter de
controle de pagamento, ele cobre todo o território nacional e seus dados encontram-
se disponíveis para o público em geral, em meio eletrônico, com defasagem de
cerca de dois meses. Para Tomimatsu (2008, p.01)
Apesar das limitações inerentes às características administrativas, e ao fato
de não ser universal, pois abrange somente as internações pagas pelo
SUS, o SIH/SUS apresenta várias vantagens: tem coleta rotineira em um
grande número de unidades hospitalares, é disponibilizado ao público
interessado em pouco tempo, abrange aproximadamente 70% das
internações brasileiras e conta com informações epidemiológicas
importantes, as quais permitem inúmeras análises da situação de
morbidade hospitalar e de avaliação de serviços. Além disso, o Sistema
vem sendo utilizado para avaliação de outros sistemas de informação, tais
como o de nascidos vivos, ou como fonte complementar de dados sobre
doenças e agravos para fins de vigilância epidemiológica. Assim contribuiu
com subsídios para o planejamento de ações, no apoio à vigilância em
saúde e na avaliação das intervenções.
Apesar da importância da informação sobre os diagnósticos “principais” e
“secundários” nas internações para análise de situações de saúde, poucos trabalhos
avaliaram a qualidade desses dados no SIH/SUS (Tomimatsu, 2008) De acordo com
Tomimatsu (2008, p.3) na
Revisão de literatura de Bittencourt et al abrangendo o período 1984-2003 identificou apensas três estudos, todos anteriores à primeira portaria do Ministério da Saúde que determinou a inclusão do código da causa externa no campo “ diagnóstico secundário ”. Após a emissão dessa portaria, apenas um trabalho foi detectado na revisão de literatura especializada enfocando a qualidade da informação sobre internações por causas externas no SIH/SUS.
31
Utilizando o SIH/SUS como fonte de dados, Marchese e Scatena (2008)
apresentaram a caracterização das vítimas de violências e acidentes em serviços e
emergência no município de Alta Floresta-MT e identificaram que entre as
internações 58,5% foram fraturas, 29% em membros inferiores e o sexo masculino
apresentou maior número de internações com diagnóstico de fratura.
Os estudos realizados por Melione e Mello Jorge (2008) com bases no
SIH/SUS investigaram a morbidade hospitalar por causas externas no município de
São José dos Campos/SP, concluiu-se que a cada três internações pelo SUS
decorrentes de acidentes de trânsito no período de 1998 a 2002 uma internação
estava relacionada à ocorrência de óbito.
Os pesquisadores que investigam os custos das causas externas e os
acidentes e violências utilizando o SIH/SUS adotam metodologias diversas. De
acordo com Rodrigues et al (2009)
Alguns autores analisaram os dados disponíveis sobre as internações hospitalares para esse grupo de causas, tais como Jorge & Koizumi, Feijo & Portela, Mendonça et al e Lunes. Esse tipo de abordagem tem a vantagem de trabalhar com informações bastante detalhadas sobre todas as internações realizadas pelo SUS, que são registradas nas guias de Autorização para Internação Hospitalar (AIH) do SIH. Com bases nesses dados, que disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), é possível recuperar os procedimentos realizados em cada internação e seus respectivos valores, além do motivo de saída (se alta ou óbito), local de internação, características dos pacientes, sendo todas as informações desagregadas por tipo de causa de acordo com o CID-10.
Assim, pode-se concluir que os acidentes de trânsito são apontados como
grandes responsáveis pelas internações hospitalares no Brasil. Em 2005, foram
registradas cerca de 800 mil internações por acidentes de trânsito no SIH/SUS
(TOMIMATSU, 2008). Apesar de, em geral, essas causas apresentarem menor
tempo de internação, seu custo é superior ao observado nas internações por causas
naturais (MINAYO et al 2003), representando impacto significativo para os recursos
públicos de saúde.
32
7 CARACTERIZAÇÃO DA MACROREGIÃO LESTE E DO HOSPITAL MUNICIPAL DE
GOVERNADOR VALADARES
De acordo com o Plano Diretor de Regionalização - PDR, o Estado de Minas
Gerais está dividido em 13 macrorregiões e 75 microrregiões, 20 das quais
multipolares, 24 pólos complementares onde foram considerados os parâmetros
populacionais, economia de escala, fluxos assistenciais, distância e infra-estrutura
de transporte (SES-MG, 2008).
A macrorregião Leste de Minas Gerais é Bipolar, ou seja, tem dois pólos de
forma complementar, um situado em Governador Valadares e outro em Ipatinga.
Possui 85 municípios, uma população de 1.407.089 habitantes e sete microrregiões.
Estão sob a jurisdição da Gerência Regional de Saúde de Governador
Valadares/GRS-GOVAL 51 (cinqüenta e um) municípios e pela Gerência Regional
de Saúde Coronel Fabriciano/GRS-CEL FAB 34 (trinta e quatro) municípios (SES-
MG, 2008).
Pertencem a GRS-GOVAL as microrregiões de Governador Valadares, Santa
Maria do Suaçuí/São João Evangelista (Bipolar-pólos complementares), Resplendor
e Mantena e sob a jurisdição da GRS- Coronel Fabriciano as microrregiões de
Coronel Fabriciano, Caratinga e Ipatinga (SES-MG, 2008).
A Macrorregião Leste de Minas Gerais possui sob jurisdição da Gerência
Regional de Saúde de Governador Valadares 51 (cinqüenta e um) municípios e 23
hospitais (SES-MG, 2008). Foi implantada em Dezembro de 2005 uma Central de
Regulação Macrorregional que através do sistema SUSFÀCIL realiza internações
hospitalares e pretende em curto prazo, implantar o fluxo ambulatorial de exames e
consultas especializadas na média e alta complexidade através do mesmo. A central
de Regulação funciona 24 horas/dia, 07 dias/semana com 08 médicos, sendo um
Coordenador e 22 operadores distribuídos em 04 turnos (VIANA, 2008).
Através da Central de Regulação são regulados 1020 leitos disponibilizados
para o atendimento do SUS, nas diversas especialidades: Cirurgia Buco Maxilo
Facial, Cirurgia Cardiológica, Cirurgia Endocrinológica, Cirurgia Geral, Cirurgia
Ginecológica, Cirurgia Obstétrica, Cirurgia Nefrológica/Urológica, Cirurgia
Oftalmológica, Cirurgia Ortopédica/Traumatológica, Cirurgia Otorrinolaringológica,
Cirurgia Plástica, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Toráxica, Clínica Geral, AIDS,
33
Cardiologia, Dermatologia, Gastroenterologia, Hemotologia, Neurocirurgia,
Nefrologia/Urologia, Neonatologia, Neurologia, Oncologia, Pediatria e Pneumologia
(VIANA, 2008).
Dos vinte e três hospitais existentes na Macrorregião Leste sob jurisdição da
GRS-GOVAL, sete foram contemplados com investimentos do PRO-HOSP
(Programa Hospitalar que visa o Fortalecimento da Qualidade da Assistência aos
Usuários do SUS), sendo dois macrorregionais, o Hospital Municipal de Governador
Valadares e a Beneficência Bom Samaritano de Governador Valadares e cinco
microrregionais dentre eles o Hospital São Vicente de Paulo de Tarumirim, a
Fundação Municipal Hospitalar de São João Evangelista, o Hospital Santa Maria
Eterna de Santa Maria do Suaçuí, o Hospital Nossa Senhora do Carmo de
Resplendor e o Hospital Evangélico de Mantena (VIANA, 2008).
Sob jurisdição administrativa da GRS-GOVAL encontra-se 51 (cinqüenta e
um) municípios, são eles: Água Boa, Aimorés, Alpercata, Alvarenga, Cantagalo,
Capitão Andrade, Central de Minas, Conselheiro Pena, Coroaci, Cuparaque, Divino
das Laranjeiras, Divinolândia de Minas, Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho,
Frei Inocêncio, Frei Lagonegro, Galiléia, Goiabeira, Gonzaga, Governador
Valadares, Itabirinha, Itanhomi, Ituêta, Jampruca, José Raydan, Mantena, Marilac,
Mathias Lobato, Mendes Pimentel, Nacip Raydan, Nova Belém, Paulistas, Peçanha,
Resplendor, Santa Efigênia de Minas, Santa Maria do Suaçui, Santa Rita do Ituêto,
São Félix de Minas, São Geraldo da Piedade, São Geraldo do Baixio, São João do
Manteninha, São João Evangelista, São José da Safira, São José do Jacuri, São
Pedro do Suaçui, São Sebastião do Maranhão, Sardoá, Sobrália, Tarumirim,
Tumiritinga e Virgolândia (VIANA, 2008).
O Hospital Municipal de Governador Valadares está inserido numa
macrorregião que atende mais de 60 municípios, sendo o único hospital público
existente na cidade especializado para o atendimento urgência e emergência. É uma
instituição de extrema importância para a população local (VIANA, 2008).
O hospital atende a população de toda a região do Vale do Rio Doce
estimada em cerca de 1.000.000 de habitantes. Seu atendimento diário em Pronto
Socorro é em média de 450 pacientes (320/adulto e 130/infantil) ou cerca de
12.500/mês (informações obtidas diretamente no PROHOSP do Hospital Municipal
de Governador Valadares) (VIANA, 2008).
34
Apresenta um perfil assistencial para atendimento de urgência/emergência,
cirurgias e especialização clínica. Para atender a sua “vocação” (cirurgia de
emergência, alta complexidade, gestação de alto risco, etc.) vem, nos últimos dois
anos, investindo em sua estrutura física, material e pessoal. Os registros das
internações hospitalares ocorridas no Hospital Municipal de Governador Valadares
são anotados de acordo com informações do servidor público da central de leitos,
Reinald Willy, nos prontuários médicos, pois fornecem dados mais completos a
respeito do histórico hospitalar do paciente; no sistema SUSFÁCIL e no banco de
dados SPS-Data, que pauta-se em registros sociais a respeito do paciente.
35
8 MÉTODO
8.1 FONTES DE DADOS:
Foram utilizados registros do Hospital Municipal de Governador Valadares,
contendo dados relativos à internação de pacientes vítimas de acidentes de trânsito
em Governador Valadares, no período de 2008. A coleta de dados foi realizada de
julho a setembro de 2009, utilizando-se os arquivos (prontuários médicos).
8.2 Critérios de inclusão/exclusão
Foram consideradas no presente estudo, internações ocorridas no período de
01 de Janeiro de 2008 a 31 de Dezembro de 2008. As internações que ocorreram
em 2007 com registro de alta em 2008 e os pacientes internados em 2008 com
registro de alta em 2009 não foram inseridos na pesquisa. Foram inseridos na
pesquisa somente os laudos que continham registros de internações e altas
realizadas em 2008.
8.3 Procedimentos:
Os dados foram coletados no período de Junho a Setembro de 2009 no
Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME) do Hospital Municipal de
Governador Valadares - MG.
Para a realização da coleta de dados foi elaborada uma planilha no SPSS
17.0 for Windows®, A tabulação e análise dos registros foram realizadas em Outubro
de 2009 utilizando o Excel 2007 e o SPSS 17.0 for Windows. A verificação dos
dados possibilitou a obtenção de informações sobre a qualidade e freqüência dos
registros nos prontuários médicos, pois conforme o CRM (2006) e de acordo com a
Organização Mundial de Saúde, o prontuário conterá, do enfermo, data do
nascimento ou idade aproximada, sexo, estado civil, registro de internação e alta,
diagnóstico provisório, relatório das intervenções cirúrgicas, descrição do estado de
saúde na ocasião da alta e o motivo desta, causa de óbito, diagnóstico principal e
36
outros diagnósticos. Nesse sentido, conseguiu-se o levantamento do perfil clínico
das internações como: data e hora da internação, diagnóstico clínico e secundário,
tipos de lesões, transferências para outros estabelecimentos de saúde, data/hora da
alta e óbitos. Quanto ao perfil das vítimas foi possível verificar a idade, sexo, estado
civil, Estado município e bairro onde reside (vide quadro abaixo).
Quadro 1 – Registros coletados
Perfil Variáveis
Perf
il c
lín
ico
das
inte
rnaçõ
es
Dia da semana e hora da internação
Diagnóstico Principal
Diagnóstico Secundário
Período de internação dos pacientes
Transferências para outros estabelecimentos
Dia da alta
Mês da Alta
Horário da alta
Motivo da Alta
Ocorrência de Óbitos
Perf
il d
as
vít
imas
Idade
Sexo
Estado Civil
Estado de Residência
Município de Residência
Bairro de Residência
Qu
alid
ad
e d
os
dad
os
Idade
Sexo
Estado Civil
Diagnóstico principal
Diagnóstico Secundário
Registro da Alta
Hora da Alta
Motivo da Alta
37
9 RESULTADOS
Foram observados 11.838 prontuários médicos contendo dados relativos à
internação de pacientes no Hospital Municipal de Governador Valadares - MG, no
ano de 2008. Do total de prontuários encontrados, 582 (4,9%) foram selecionados e
analisados por preencherem o critério de internações devido a acidentes
automobilísticos. Para fins de análise de estudo, estes foram divididos de acordo
com as categorias propostas nos objetivos deste trabalho.
9.1 DADOS SOBRE AS VÍTIMAS
Quanto às vítimas, verificou-se a idade dos pacientes internados, o sexo, o
estado civil, o município e o estado de residência.
No que se refere à idade dos pacientes, observou-se maior frequência em
pacientes entre 10-19 anos (n=92/15,8%), entre 20-29 anos (n=178/30,5%), entre
30-39 anos de idade (n=116/19,9%) e 40-49 anos (n=76/13,1%) (Ver Tabela1).
Tabela 1 – Idade dos Pacientes Internados no Hospital Municipal de Governador Valadares-MG
IDADE F F%
0-9 anos 34 5,8%
10-19 anos 92 15,8%
20-29 anos 178 30,5%
30-39 anos 116 19,9%
40-49 anos 76 13,1%
50-59 anos 49 8,4%
60-69 anos 24 4,2%
70-79 anos 10 1,7%
80-89 anos 03 0,5%
Total 582 100%
Quanto ao sexo dos pacientes, 111 (19,2%) corresponderam ao sexo
feminino e 471 (80,8%) ao sexo masculino (Ver Tabela 2).
38
Tabela 2- Sexo dos Pacientes Internados no Hospital Municipal de Governador Valadares - MG
Sexo F F%
Masculino 471 80,8%
Feminino 111 19,2%
Total 582 100%
Quanto ao Estado Civil dos pacientes internados, observou-se maior
frequência em solteiros (61,3%) e casados/amasiados (30,0%) (Ver Tabela 3).
Tabela 3 – Estado Civil dos Pacientes Internados
Estado Civil F F%
Solteiro (a) 357 61,3%
Casado/amasiado (a) 154 30,0%
Divorciado (a) 14 2,4%
Viúvo (a) 13 2,3%
Outros 08 1,4%
Sem Registro 15 2,6%
Total 582 100%
Quanto ao local de residência verificou-se que (53,5%) são residentes na
cidade de Governador Valadares e 46,5% em outras cidades (Ver anexo A). Dos
residentes na cidade de Governador Valadares, a maioria dos pacientes são
moradores dos bairros Santa Rita (3,6%), Altinópolis (3,4%), Turmalina (2,4%) e
Zona Rural de Governador Valadares (2,1%) (Ver Anexo B). Os bairros dos demais
municípios somam um total de 46,8%. Pode-se observar que a maioria dos
pacientes internados residem no Estado de Minas Gerais(98%). (Ver Tabela 4).
39
Tabela 4 – Estados (UF) dos Pacientes Internados no Hospital Municipal de Governador Valadares- MG
Estado (UF) F F%
Bahia 01 0,2% Espírito Santo 04 0,7% Minas Gerais 571 98,0% Pará 01 0,2% Rio de Janeiro 01 0,2% Rio Grande do Sul 01 0,2% Santa Catarina 01 0,2% São Paulo 02 0,3%
Total 582 100%
9.2 DADOS SOBRE A INTERNAÇÃO
Os dados da internação buscam verificar o dia, mês e hora da internação, o
diagnóstico clínico inicial e secundário dos pacientes internados, o período da
internação dos pacientes; o dia, o mês, a hora, o motivo da alta, bem como a
ocorrência de óbitos.
A maioria das internações ocorreram na Segunda-feira (n = 93/16%), no
Sábado (n = 95/16, 3%) e no Domingo (n = 124/21, 3%) (Ver Tabela 5) no intervalo
entre 20h00 – 20h59m.(7,4%), 21h00-21h59m.(8,1%) e 22h00-22h59m (8,4%) (Ver
Anexo C). Os turnos da Tarde (26,3%) e da noite (40,5%) apresentaram o maior
número de internações hospitalares (Ver Gráfico 2). Observa-se o maior número de
internações em mulheres aos sábados (3,8%) e homens aos domingos (18%).
Tabela 5 – Dia das Internações Hospitalares no Hospital Municipal de Governador Valadares
- MG
Dia da semana F F%
Domingo 124 21,4%
Segunda-feira 93 16,0%
Terça-feira 56 9,6%
Quarta-feira 67 11,5%
Quinta-feira 58 9,9%
Sexta-feira 89 15,4%
Sábado 95 16,3%
Total 582 100%
40
Gráfico 2 – Horário das Internações Hospitalares no Hospital Municipal de Governador Valadares
- MG por Turno
Do total de internações, observa-se que as segundas-feiras apresentam
padrões semelhantes de internações nos períodos da manhã (4,1%), tarde (4,0%) e
noite (4,8%). As terças feiras tiveram o maior número internações no período da
noite (3,6%), as quartas feiras nos períodos da tarde (4,5%) e noite (4,3%). As
quintas-feiras tiveram 27(4,6%) internações no período da noite. Nas sextas-feiras
há um elevado número de internações no período da noite (8,1%), nos sábados o
período com maior número de internações são turno da tarde (4,0%) e noite (4,6%).
No domingo destaca-se o período da tarde (6,2%) e da noite (8,1%) (Ver Anexo D).
Os meses com maior números de casos de internações notificados foram
Janeiro (n=53), Fevereiro (n=64), Março (n=57) e Maio (n=61) (Ver Tabela 6).
Verificou-se que o domingo apresentou maior índice de internações em junho
(2,6%); as segundas-feiras em março (2,2%); terças-feiras (1,9%) em junho e março;
as quartas-feiras (2,1%) em janeiro; as quintas-feiras apresentaram 1,7% das
internações em maio; as sextas-feiras tiveram os meses de março, maio, junho e
julho com 1,9% e os sábados apresentaram 2,7% das internações em fevereiro.
41
Durante o turno da noite, os meses que tiveram maior número de internações
foram Fevereiro (4,8%), Março (4,5%), Abril (3,1%), Maio (5,5%), Julho (2,4%),
Agosto (3,8%), Setembro (3,3%) e Outubro (3,6%). Os meses de Janeiro e Junho
tiveram o maior número de internações no período da tarde com 3,3% e 3,1%,
respectivamente. No mês de Novembro destacam-se as internações no período da
Manhã e Noite com 2,6% e no mês de Dezembro o período da tarde e da noite,
ambos com 1,7% das internações (Ver Anexo D).
Tabela 6 – Frequência Mensal das Internações Hospitalares por Acidentes de Trânsito.
Mês F F%
Janeiro 53 9,2%
Fevereiro 64 11,0%
Março 57 9,8%
Abril 44 7,5%
Maio 61 10,5%
Junho 48 8,2%
Julho 42 7,2%
Agosto 50 8,6%
Setembro 44 7,5%
Outubro 49 8,4%
Novembro 42 7,3%
Dezembro 28 4,8%
Total 582 100%
Quanto ao perfil clínico das vítimas, pode-se observar um elevado número de
internações contendo os seguintes códigos como Diagnóstico Principal (conforme
CID-10): S06.8(16%), S82.2(6,3%), S82.8(5,5%) e S72.3(4,5%) (Ver Anexo E).Dos
diagnósticos principais analisados percebe-se a predominância de homens para os
seguintes códigos: S06(12,5%), S82.2(4,8%), S82.8(4,1%) e S72.3(3,8%). Observa-
se que o diagnóstico principal S06.8 apresentou o maior índice das internações no
mês de fevereiro com 2,2% e junho com 2,1%, sendo mais freqüente nos Domingos
(4,3%), nas segundas-feiras (2,1%) e quartas-feiras (2,4). O diagnóstico principal
S82.2 ocorreu em maior número nos meses de Janeiro (1,7%) e Março (1,2%), com
relação aos dias da semana, percebe-se sua frequência nas segundas-feiras (1,4%)
e nos sábados (1,5%).O diagnóstico principal S82.8 não teve variação durantes os
42
meses, mas esteve presente em 1,4% das internações ocorridas no domingo e 1,2%
das internações do sábado. Observa-se que os pacientes que apresentaram o
diagnóstico principal S06.8 ,2,5% tem idade entre 10- 19 anos, 4,1% entre 20-29
anos,3,4% entre 30-39 anos. Para o diagnóstico S72.3, 2,1% tem idade entre 20-29
anos. No diagnóstico S82.2, 2,6% tem idade entre 20-29 anos. Dos pacientes que
apresentaram o código S82.8, 1,4% tem idade entre 20-29 anos e 15,5% entre 30-
39 anos.
Em relação ao Diagnóstico Secundário, pode-se observar uma maior
frequência nos seguintes códigos: W19. 9(16%), V29.9(15,4%) e V19.9(16,0%) ( Ver
Anexo F). O diagnóstico secundário W19.9 esteve mais presente no mês de Abril
(2,2%), Maio (2,6%) e Junho (2,2%) nos dias de segunda-feira (2,9%), quinta-
feira(2,4%) e sexta-feira (3,4%). O diagnóstico secundário V29.9 teve maior
frequência nos meses de Fevereiro (2,7%) e Março (2,1%) e nos dias de segunda-
feira (2,6%), sábado (3,6%) e domingo (3,8%). Dos pacientes que apresentaram o
diagnóstico secundário V29.9, 6,5% tem idade entre 20-29 anos, 3,1% entre 30-39
anos, 2,4% entre 40-49 anos. Para o diagnóstico W19.9, 2,7% dos pacientes tinham
idade entre 10-19 anos, 5% entre 20-29 anos e 3,8% entre 30-39 anos.
Dos 582 casos de internação, 373(64%) pacientes ficaram internados no
período de 1 a 5 dias, 142(24,4%) pacientes de 6 a 10 dias e 37(6,4%) pacientes de
11 a 15 dias(Ver Tabela 7). Percebe-se que os pacientes que apresentaram os
diagnósticos secundários V.29.9 e W19. 9 ficaram internados de 1 a 10 dias(21,4%)
, sendo a maioria homens - n=82 ( V29.9), n=72(W19.9).
Tabela 7 – Período de Internação dos Pacientes no Hospital Municipal de Governador Valadares
Vítimas de Acidentes de Trânsito
Período de Internação F F%
1 - 5 dias 373 64,0%
6 - 10 dias 142 24,4%
11 - 15 dias 37 6,4%
16 - 20 dias 09 1,5%
Acima de 21 dias 12 2,2%
Sem Registro 09 1,5%
Total 582 100%
43
Em relação à alta hospitalar 14,6% (n=85) ocorreram na terça-feira, 17,8%
(n=104) na quarta-feira e 17,7% (n=103) na quinta-feira (Ver Tabela 8), os meses
com maior frequência de alta hospitalar foram: Janeiro (8,7%), Fevereiro (8,9%),
Março (10,2%) e Maio (9,6%) (Ver Tabela 9). Em 97,8% dos prontuários médicos
não houve o registro dos horários da Alta hospitalar (Ver Anexo G). Nota-se que os
pacientes que tiveram o diagnóstico principal S06.0 apresentaram o maior índices de
altas (13,0%).
Tabela 8 – Dia da Alta Hospitalar
Dia da Semana F F%
Domingo 62 10,6% Segunda - feira 79 13,6% Terça - feira 85 14,6% Quarta - feira 104 17,8% Quinta - feira 103 17,7% Sexta - feira 70 12,1% Sábado 70 12,1% Sem Registro 09 1,5%
Total 582 100%
Tabela 9 – Frequencia mensal das Altas Hospitalares
Mês F F%
Janeiro 51 8,7
Fevereiro 52 8,9
Março 59 10,2
Abril 43 7,4
Maio 56 9,6
Junho 50 8,6
Julho 50 8,6
Agosto 44 7,5
Setembro 42 7,3
Outubro 49 8,4
Novembro 44 7,5
Dezembro 33 5,7
Sem Registro 9 1,5
Total 582 100%
Dos 582 casos de internação hospitalar, podemos destacar que 75,8% dos
pacientes internados receberam alta por apresentar melhora em seus quadros
44
clínicos, 10,3% foram transferidos para outros estabelecimentos de saúde e apenas
3,9% sofreram óbito (Ver Tabela 10) (Ver Anexo H).
Tabela 10 – Motivo da Alta Hospitalar em Pacientes Vítimas de Acidentes de Trânsito internados
no Hospital Municipal de Governador Valadares no ano de 2008
Motivo da Alta Hospitalar F F%
A pedido do paciente 08 1,4% Com previsão de retorno para acompanhamento do paciente
07 2,2%
Encerramento administrativo 01 0,3%
Evasão 03 0,5%
Melhorado 442 75,8%
Óbito 23 3,9%
Por mudança de procedimento 05 0,9%
Por outros motivos 16 2,7%
Por recuperação 02 0,3%
Transferido para outro Estabelecimento
60 10,3%
Sem Registro 10 1,7%
Total 582 100%
9.2.1 – Dados sobre Gênero
Quanto ao gênero, 111 mulheres foram internadas no período vítimas de
acidentes de trânsito, 20,7% têm idade entre 10-19 anos e 25,2% possuem de 20 a
29 anos. 18% das mulheres tiveram no diagnóstico principal (conforme CID-10)
S06.8 e 7,2% o código S82.8. Em relação ao diagnóstico secundário, observa-se
que 45,9% dos prontuários médicos femininos estão sem registro e 14,4% possuem
como causa secundária o código W19.9. 71(64%) mulheres ficaram internadas no
período de 1 a 5 dias, enquanto 26,1% ficaram internadas no período de 6 a 10 dias
e 83,8% das mulheres tiveram melhora em seu quadro clínico, por isso receberam
alta. Quanto aos homens, percebe-se que 31,8% possuem idade entre 20-29 anos,
15,5% tiveram como diagnóstico principal o código S06.8 e 17,4% o código V29.9
como diagnóstico secundário. 302 homens ficaram internados no período de 1 a 5
dias e 74,1% tiveram melhora em seus quadros clínicos (Ver Anexo I).
9.3 DADOS SOBRE O REGISTRO
45
Buscou-se levantar a frequência dos registros nos prontuários médicos, em
relação à idade, sexo, estado civil, diagnóstico principal, diagnóstico secundário,
registro da alta, hora da alta e motivo da alta (Ver Tabela 11).
Observou-se que, em relação à idade dos pacientes, todos os prontuários
(n=582) foram preenchidos corretamente.
Com relação ao sexo dos pacientes, os 582 prontuários médicos possuíam as
informações correspondentes. No que se refere ao Estado Civil, 97,6% dos
prontuários médicos foram preenchidos, enquanto 2,4% não possuíam nenhum
registro informando o Estado Civil dos Pacientes internados.
Quanto ao perfil clínico das vítimas, os dados informam que dos 582
prontuários médicos analisados 578(99,3%) continham informações sobre o
diagnóstico clínico inicial do paciente. Enquanto que na classe dos diagnósticos
secundários apenas 58% dos prontuários médicos continham tais registros.
As análises da frequência dos registros da Alta Hospitalar mostraram que
apenas 1,5% dos prontuários médicos não possuíam informações sobre a data da
alta. As informações referentes à hora da Alta apareceram em 2,0% dos prontuários
médicos, enquanto 98,0% não possuíam tais informações. O motivo pelo qual os
pacientes receberam alta estiveram presentes em 98% (n=570) dos prontuários
médicos, apenas 2,0% (n=12) não continham tais dados.
Tabela 11 – Avaliação da frequência dos dados existentes nos prontuários médicos
Variável
Presente Ausente Total
F F% F F% F F%
Idade 582 100 % 0 0,0% 582 100%
Sexo 582 100% 0 0,0% 582 100%
Estado Civil 567 97,6% 15 2,4% 582 100%
Diagnóstico Principal 578 99,3% 4 0,7% 582 100%
Diagnóstico Secundário 337 58% 245 42% 582 100%
Registro da Alta Hospitalar 573 98,5% 9 1,5% 582 100%
Hora da Alta 12 2% 570 98% 582 100%
Motivo da Alta 570 98% 12 2% 582 100%
46
10 DISCUSSÃO
A análise dos dados demonstrou que as internações decorrentes de acidentes
de trânsito representaram aproximadamente 5% das internações do Hospital
Municipal no ano de 2008. Esse percentual é semelhante ao apresentado por
Marchese, Scatena e Ignotti (2008) que investigaram a caracterização das vítimas
de violência e acidentes em serviços de emergência no município de Alta Floresta –
MT. Os autores descobriram que dos 7.394 atendimentos realizados pelo serviço de
emergência de Alta Floresta no trimestre estudado, 583(7,9%) foram prestados às
vitimas de acidentes e violências. Dentre as ocorrências, 559(95,9) foram
decorrentes de acidentes e 24(4,1%) por violência.
Oliveira (2006), referindo-se aos dados do Ministério da Saúde para o ano de
2005, aponta que 9% das internações ocorridas no Brasil pelo Sistema Único de
Saúde decorreram de lesões e traumatismos por causas externas. Dessas
internações, 41,8% foram por quedas, 15,8% por acidentes de transporte e 10%
devidas às agressões e 7,8% às lesões autoprovocadas.
Observa-se pelos dados analisados que o perfil sócio-demográfico das
vítimas internadas decorrentes de acidentes de trânsito são em sua maioria do sexo
masculino, solteiros, com idade entre 10-19 anos, 20-29 anos e 30-39anos, o que
caracteriza acidentes envolvendo crianças, adolescentes e adultos jovens. Tais
resultados são semelhantes aos de diversos autores nacionais que apontam a
predominância do sexo masculino entre as vítimas de acidentes de transito com
idade entre 10 e 39 anos (MARÍN & QUEIRÓZ, 2000; ANDRADE & MELLO-JORGE,
2000; MELLO-JORGE & GAWRYSZEWSKI, 1997; BARROS et al, 2003; BASTOS,
ANDRADE & CORDONI, 1999; MARTINELLI, CHEQUER E MONTEIRO, 2004;
MARTINELLI, CHEQUER & BULLERJHANN, 2006).
A maioria dos pacientes internados reside na cidade de Governador
Valadares e no Estado de Minas Gerais. As internações hospitalares ocorreram em
sua maioria nos dias de segunda-feira, no sábado e no domingo, nos intervalos
entre 20h00min-22h59min, ou seja, no turno noturno. Pesquisando as características
dos acidentes de trânsito e das vítimas atendidas em serviço pré-hospitalar em
cidade do Sul do Brasil, no período de 1997/2000, Bastos, Soares & Andrade (2005)
afirmaram que a distribuição das vítimas por horário de ocorrência do acidente nos
47
diferentes anos de estudo foi muito semelhante, tendo sua maior concentração nos
horários da noite (18h às 23h59min).
Ao investigar acidentes automobilísticos em Governador Valadares e
aspectos ambientais e comportamentais relacionados, Martinelli, Chequer &
Bullerjhann (2006) afirmaram que, com relação aos dias da semana em que
ocorreram os acidentes, a distribuição dos valores é semelhante nos dois anos
investigados (2001-2002); entretanto, há uma elevação desses índices nos valores
obtidos no Sábado e no Domingo.
Queiroz e Oliveira (2003) constataram que entre os acidentes, a maioria
ocorreu em fins de semana ou feriados, considerados nessa pesquisa das 20h00min
de sexta-feira ou véspera de feriado até as 06h00min da segunda-feira ou 24h00min
do feriado. Verificou-se uma elevada quantidade de internações nos meses de
Janeiro, Fevereiro, Março e Maio e um decréscimo muito grande nas internações no
mês de Dezembro.
As conclusões acima contrastam com os registrados por Martinelli, Pereira,
Chequer, & Bullerjhann (2007) quando investigaram acidentes de trânsito na cidade
de Governador Valadares/MG no ano de 2007 (período de janeiro a dezembro),
utilizando os Boletins de Ocorrência da Polícia Militar de Minas Gerais. Os autores
verificaram que os meses com maior freqüência de acidentes foram março (12,1%),
abril (11%), dezembro (10,3%) e maio (10,0%). Outubro (4,4%) e novembro (3,9%)
registraram menor número de ocorrências. Entre os meses de março e novembro
observou-se um perfil descendente no número de ocorrências registradas.
Quanto ao perfil clínico das vítimas, observamos que a maioria das vítimas
sofreu de traumatismos intracranianos por queda e em sua maioria foram ciclistas e
motociclistas. De acordo com Marchese, Scatena e Ignotti (2008) os acidentes de
transporte causaram algum tipo de lesão em 96,7% das vítimas, sobressaindo-se as
fraturas (31,4%), os cortes/perfurações/lacerações (20,1%) e entorses/luxações
(15,1%). As partes do corpo mais atingidas foram os membros inferiores (49,4%), os
membros superiores (45,2%) e a cabeça (22,6%). Dentre os acidentes de transporte
terrestres, os condutores ou passageiros de motocicleta foram as principais vítimas.
A maioria dos pacientes ficou internada de 1 a 10 dias, tiveram alta em
grande proporção nos meses de Janeiro, Fevereiro, Março e Maio entre terça-feira e
quinta-feira, por apresentar melhora em seus quadros clínicos; somente 10% dos
pacientes foram transferidos para outros estabelecimentos de saúde por ausência
48
de procedimentos hospitalares ou por condições de atendimento. Dos 582 laudos
analisados, 3,9% dos pacientes sofreram óbitos.
Realizando um levantamento da mortalidade em hospital geral de Dourados -
MS por causas externas envolvendo trânsito, Areias et al (2008) observou que no
ano de 2006 ocorreram um total de 160 óbitos, 65 foram por causas externas,
totalizando 40 % dos casos de óbitos. 81% eram do sexo masculino enquanto que
19% eram do sexo feminino. Os homens são as principais vítimas da violência e dos
acidentes, contribuindo com o maior número de mortos e de traumatizados, este fato
decorre devido a uma maior exposição de homens às atividades de risco, trabalhos
braçais, profissões que utilizam motocicletas, entre outros (AREIAS et al, 2008).
Os registros dos horários da alta hospitalar ficaram comprometidos, pois é
considerado como alta somente o momento em que o paciente retira-se do hospital
e não o momento em que o médico registra no prontuário, nesse sentido, a alta é
considerada como “Alta física” e não como “Alta clínica”. Supõe que por falta de
pessoal que faça tal fiscalização, os únicos horários de alta encontrados nos
prontuários médicos foram por motivos de óbitos.
Em relação à qualidade das informações disponíveis, observou-se que os
dados referentes à idade e sexo dos pacientes foram todos preenchidos. Os dados
que informavam o estado civil dos pacientes constavam em 97,6 % dos prontuários
médicos. Quanto aos dados clínicos observou-se que todos os prontuários médicos
possuíam o diagnóstico principal, porém 42% não possuíam o diagnóstico
secundário. Outro dado importante se refere à qualidade da informação dos
diagnósticos principais e secundários, quando podemos observar que 99% dos
diagnósticos principais não correspondem a códigos da CID -10 relativos aos
acidentes de trânsito (Ver anexo G); em relação ao diagnóstico secundário 36,4%
(Ver Anexo H).
No que concerne a frequência dos dados em relação à alta hospitalar,
podemos observar que somente em 1,5 % dos prontuários médicos a data da alta
não foi registrada. O motivo pelo qual os pacientes receberam alta apareceu em
98% dos prontuários médicos.
De acordo com Silva & Neto (2007) registrar informações nos prontuários
médicos é tarefa e dever diário de todos os profissionais da área de saúde. Quanto a
esse aspecto ele completa dizendo (2007, p.1):
49
A reunião dos dados fornecidos pelo paciente, responsáveis legais ou ambos e dos resultados obtidos em qualquer tipo de exame constitui o chamado prontuário médico, também denominado prontuário do paciente ou do cliente, ou mesmo registro médico, trata-se portanto, de um documento de extrema relevância que visa, acima de tudo, demonstrar a evolução da pessoa assistida e, subsequentemente, direcionar o melhor procedimento terapêutico ou de reabilitação, além de assinalar todas as medidas associadas, bem como a ampla variabilidade de cuidados preventivos adotados pelos profissionais de saúde.
Para Prestes Jr. & Rangel (2007) as normas do Conselho Federal de
Medicina preceituam que o médico não poderá deixar de preencher corretamente o
prontuário médico. Tal observância é de fundamental importância, pois sendo o
atendimento prestado ao paciente uma ação multidisciplinar, todos os envolvidos
ficarão informados sobre as condições clínicas, evolução, resultados de exames e
procedimentos realizados nos pacientes.
Quanto à importância do preenchimento do prontuário médico o Conselho
Regional de Medicina do Distrito Federal (2006, p.11-12) afirma:
A importância dos registros completos é fundamental em caso de intercorrências que exijam intervenção de médicos plantonistas, visto que estes ficarão cientes da evolução da doença pelo exame do prontuário. Além disso, é a forma de ligação e de comunicação entre os variados setores assistenciais.
De acordo com Mezzomo (1991) para o paciente, o prontuário possibilita
atendimento e tratamento mais rápido e eficiente, mediante os dados em registro,
simplifica ou dispensam interrogatórios e exames complementares já realizados,
com redução do custo de atendimento e do tempo de permanência hospitalar. Para
o médico é defesa legal como provas documentais em processos com tramitação
nos Conselhos de classe e Tribunais de Justiça, facilita o trabalho na elaboração da
diagnose e instituição do tratamento. Permite, a qualquer tempo, a realização de
repetidas avaliações sobre diagnóstico, tratamento e resultados obtidos e
comparação com outro prontuário médico do paciente na instituição de saúde,
50
fornecendo condições para que outro médico assuma o atendimento quando
necessário.
51
11 CONCLUSÃO
Rozestraten (1988) resume o que vêm a ser o trânsito e as classes de
variáveis que o compõe descrevendo que o trânsito funciona através de uma série
bastante extensa de normas e construções, e é constituído de vários subsistemas,
dentre os quais os três principais são: o homem, a via e o veículo. O homem é
considerado um subsistema complexo e com maior probabilidade de desorganizar o
sistema como um todo.
A psicologia do trânsito procura descrever e investigar a emissão de
comportamentos no trânsito considerando diversos objetos de estudo e a interação
de variáveis comportamentais e ambientais. Sob essa abordagem, o acidente de
trânsito é um problema social e um erro do comportamento humano, que traz
conseqüências para os evolvidos e familiares, quando não leva a óbito ou a
seqüelas permanentes (ROZESTRATEN, 1983, 1985, 1986; BATISTA, 1985;
VASCONCELOS, 1998; HOFFMANN, 2005).
A presente pesquisa serve para auxiliar e criar subsídios para
investigações futuras junto às pacientes internados vítimas de acidentes de trânsito.
Apesar de algumas limitações, este estudo conseguiu traçar o perfil clínico e sócio-
demográfico das vítimas internadas no Hospital Municipal de Governador Valadares
no ano de 2008 vítimas de acidentes de trânsito, o que poderá oferecer subsídios
para ações preventivas e de controle, em relação tanto à morbidade quanto à
mortalidade.
Observou-se com esse estudo o predomínio do sexo masculino, crianças,
adolescentes e jovens adultos entre as vítimas de acidentes de trânsito; programas
de educação para o trânsito e técnicas pedagógicas adequadas poderiam ser
desenvolvidas e implantadas, visando atingir esse grupo de risco. Os ciclistas e
motociclistas foram as principais vítimas durante o ano de 2008, deveria ser dada
uma atenção especial para esse grupo no sentido de desenvolver ações preventivas
e de controle dos acidentes de trânsito em Governador Valadares – MG.
De acordo com os resultados desse estudo, em relação aos dias e horários
de maior ocorrência de acidentes, a fiscalização por parte da polícia de trânsito
poderia ser intensificadas nos finais de semana e nos horários da noite durante os
meses de janeiro, fevereiro, março e maio.
52
Quanto ao preenchimento dos prontuários médicos, percebemos que os
diagnósticos principais e secundários fazem poucas referências aos acidentes de
trânsito, o que pode ser identificado somente pela folha de Evolução da
Enfermagem. Propõe-se que a equipe de saúde do Hospital Municipal de
Governador Valadares faça menção aos acidentes de trânsito nos diagnósticos
principais ou secundários, o que facilitaria uma maior identificação do caso clínico do
paciente como a facilitação na coleta de dados de pesquisas nessa área.
Outra observação importante pauta-se no atendimento do Hospital Municipal
à pacientes de outras regiões, o que gera uma sobrecarga em sua capacidade de
atendimento. Propõe-se que os gestores de saúde melhorem as condições de
assistências primárias, secundárias e terciárias em unidades básicas de saúde –
UBS e em hospitais de pequeno porte, a fim de evitar várias transferências
realizadas por falta de condições de execução de procedimento hospitalar, e que
obedeçam as diretrizes propostas pela central de regulação, utilizando o sistema
susfácil como o passaporte para internações no Hospital Municipal de Governador
Valadares e região, o que diminuiria o volume de internações e um bom atendimento
ao paciente.
Temos que destacar que é importante a realização desse estudo em outros
estabelecimentos de saúde, visto que essa fonte de informação é de caráter não
universal, pois se restringe somente às internações do Sistema Único de Saúde -
SUS, ocorridas no Hospital Municipal de Governador Valadares – MG, excluindo
uma boa parcela da população que são atendidas por sistemas privados ou cobertas
pelos planos de saúde. Para que os dados de pesquisa se tornem representativos
dos casos atendidos no município, propõe-se a construção de um banco de dados
que interligue os hospitais do Leste de Minas Gerais e que forneçam informações à
respeito dos pacientes vítimas de acidentes de trânsito.
53
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, S. M.; MELLO JORGE, M. H. P. Acidentes de transporte terrestre em cidade da Região Sul do Brasil: avaliação da cobertura e qualidade dos dados. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 17, n. 6, dez. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000600028&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 02 fev. 2009.
____________________________________. Características das vítimas por acidentes de transporte terrestre em municípios da região Sul do Brasil. Revista de Saúde Pública. Vol. 34, n° 2, p 149 – 156.2000.
BARROS, A.J.D, et al. Acidentes com vítimas: sub-registro, caracterização e letalidade. Cad Saúde Pública 2003; 19:979-86.
BASTOS, Y. G. L.; ANDRADE, S. M.; SOARES, D. A. Características dos acidentes de trânsito e das vítimas atendidas em serviço pré-hospitalar em cidade do Sul do Brasil, 1997/2000. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, jun. 2005. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2005000300015&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 02 out. 2009. doi: 10.1590/S0102-311X2005000300015.
BASTOS, Y.G.L; ANDRADE, S.M.; CORDONI JR., L. Acidentes de trânsito e o novo Código de Trânsito Brasileiro em cidade da Região Sul do Brasil. Inf Epidemiol. SUS 1999; 8:37-45.
BATISTA, C. G. Estudo observacional das Relações Comportamento/ambiente no Trânsito. Psicologia & Trânsito, Uberlândia, 1, 1, p 6-19.1985.
BRASIL. Lei nº. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Código Nacional de Trânsito. Disponibilidade: http://www.denatran.gov.br/ctb_compilado.htm, Acessado em: Nov de 2009.
BULLERJHANN, P.B.Conhecendo a metodologia empregada nos estudos sobre acidentes de trânsito no Brasil: Um estudo no banco de dados da Scientific Eletronic Library online(Scielo) Saúde Pública.2006.74f. monografia – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Vale do Rio Doce, Governador Valadares, 2006.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (1992). Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil. Disponível em: http://www.pol.org.br/pol/export/sites/default/pol/legislacao/legislacaoDocumentos/atr_prof_psicologo.pdf. Acesso em: 09 nov. 2009
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO DISTRITO FEDERAL (2006). Prontuário médico do paciente – guia para uso prático. Disponível em: www.crmdf.org.br/sistemas/biblioteca/files/7.pdf. Acesso em: 31 abr. 2009
54
DE ROSE. O que é comportamento? In: BANACO, R.A. (org). Sobre Comportamento e Cognição, vol. 1. Santo André, SP: ESETec, 1ª ed. Cap.9 p.80-84.2001.
FREITAS, J. P. P.; RIBEIRO, L. A.; JORGE, M. T. Vítimas de acidentes de trânsito na faixa etária pediátrica atendidas em um hospital universitário: aspectos epidemiológicos e clínicos. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 12, dez. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007001200028&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 fev. 2009.
FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Estudos epidemiológicos. Recuperado em 10 nov. 2009. Acessado em: http:// www.portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/estudos_epidemiologicos.pdf
GEIPOT (2001). Planejamento Cicloviário Nacional. Ministério dos Transportes. Brasília. Disponível em: www.geipot.gov.br. Acesso em: 15 fev.2009.
GUSMAO, S. S.; PITTELLA, J. E. H. Explosão lobar em vítimas fatais de acidente de trânsito: frequência e associação com outras lesões encefálicas traumáticas. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v. 57, n. 4, Dec. 1999 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1999000600012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 5 Nov. 2009.
HOFFMANN, M. H.; CRUZ, R. M Síntese histórica da Psicologia do Trânsito no Brasil. In: HOFFMANN, M. H; CRUZ, R. M; ALCHIERI, J.C. (Orgs) Comportamento Humano no Trânsito. São Paulo: Casa do Psicólogo. 2003.
HOFFMANN, M. H. Comportamento do condutor e fenômenos psicológicos. Psicol. pesqui. transito, dez. 2005, vol.1, no.1, p.17-24. ISSN 1808-9100.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2008). Cidades, Minas Gerais, Governador Valadares – Frota 2008. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acesso em 23 de novembro de 2009.
INSTITUTO PESQUISA ECONOMICA APLICADA. Impactos Sociais e econômicos dos acidentes de transito nas aglomerações urbanas brasileiras. Disponibilidade e acesso: http://www.ipea.gov.br/Destaques/textos/relatorio.pdf , acesso em 23 de fevereiro de 2009.
KOIZUMI, M.S; MELLO JORGE, M.H.P. Primeirano V. Morbimortalidade por traumatismo crânio encefálico no município de São Paulo. 81-89. 2000.
LEBRÃO, M.L. Análise da fidedgnidade dos dados estatísticos hospitalares disponíveis na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo em 1974. Rev. Saúde Pública, 1997.
LEBRÃO, M.L; MELLO JORGE; LAURENTI, R. Morbidade hospitalar por lesões e envenenamentos. Rev. Saúde Pública. 1997
55
LECOVITZ, E. PEREIRA, T.R.C. SIH/SUS (Sistema AIH): uma análise do sistema público de remuneração das internações hospitalares no Brasil, 1983-1991. Rio de Janeiro, 1993.
MALVESTIO, M. A. A.; SOUSA, R. M. C. Sobrevivência após acidentes de trânsito: impacto das variáveis clínicas e pré-hospitalares. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 42, n. 4, ago. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102008000400009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 fev. 2009.
MARCHESE, V. S.; SCATENA, J.H. G.; IGNOTTI, E. Caracterização das vítimas de acidentes e violências atendidas em serviço de emergência: Município de Alta Floresta, MT (Brasil). Rev. bras. epidemiol. [online]. 2008, vol.11, n.4, p. 648-659. ISSN 1415-790X. doi: 10.1590/S1415-790X2008000400012.
MARÍN, L.; QUEIROZ M.S. A atualidade dos acidentes de trânsito na era da velocidade: uma visão geral. Cad Saúde Pública. 16:7-21. 2000.
MARTINELLI, J. C. M.; BULLERJHANN, Paula Barcellos ; MORAES, A. B. T. Incidência e Prevalência de Acidentes Automobilísticos: Análise Documental de Resgistros do Corpo de Bombeiro/GV. In: XIII Encontro da ABPMC e II ABA, 2004, Campinas. Incidência e Prevalência de Acidentes Automobilísticos: Análise Documental de Resgistros do Corpo de Bombeiro/GV, 2004.
MARTINELLI, J. C. M, CHEQUER, M. A. A, BULLERJHANN, P. B. Cidadão em Trânsito: a cidade em foco. In: E.N.P.Cillo & M.R.M.Santos (Orgs.), Ciência do Comportamento: conhecer e avançar, pp.160-178. 2007 a.
_________________________Incidência e prevalência dos acidentes automobilísticos em Governador Valadares e aspectos ambientais e comportamentais relacionados, no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2002. In: E.N.P.Cillo & M.R.M.Santos (Orgs.), Ciência do Comportamento: conhecer e avançar, pp.179-192. 2007b.
________________________Incidência e Prevalência de Acidentes Automobilísticos em Governador Valadares e Aspectos Comportamentais Relacionados, (Análise documental de registros do 6º batalhão da polícia militar de Governador Valadares),2006.
MARTINELLI, J. C. M. ; CHEQUER, M. A. A.; MONTEIRO, M. C. S. M.. Análise do Comportamento do Ciclista em Cruzamento da Região Central de Governador Valadares: Versão final. Resumos XIII Encontro da Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental e II Meeting of Association for Behavior Analysis, 2004, Campinas.
MARTINELLI, J.C.M; PEREIRA, C.M.; CHEQUER,M.A.A; BULLERJHANN, P.B – Acidentes automobilísticos e aspectos comportamentais e ambientais relacionados no período de janeiro a dezembro de 2007, na cidade de Governador Valadares/MG; Universidade Vale do Rio Doce, Governador Valadares, MG, 2007.
MARTINELLI, J. C. M.; TAVARES, N.B.; BULLERJHANN, P. B; & CHEQUER, M. A. A (2008) Perfil dos atropelamentos em Governador Valadares no ano de 2003 a
56
2006, de acordo com os registros do 6º Batalhão da Polícia Militar. XVIII IEA World Congresso f Epidemiology/VII Congresso Brasileiro de Epidemiologia. Setembro 2008. Porto Alegre/RS, Anais Livro de Resumo/Revista Brasileira de Epidemiologia (CD-rom), ABRASCO.
MELIONE, L. P. R. Morbidade hospitalar e mortalidade por acidentes de transporte em São José dos Campos, São Paulo. Rev. bras. epidemiol., São Paulo, v. 7, n. 4, dez. 2004 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2004000400009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 fev. 2009. doi: 10.1590/S1415-790X2004000400009.
MELIONE, L.P.R.; MELLO JORGE. Morbidade hospitalar por causas externas no Município de São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil. Disponível em: http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v17n3/v17n3a06.pdf. Acesso em: 04 Nov 2009.
MELLO JORGE, M.H.P; KOIZUMI,M.S. Gastos governamentais do SUS com internações hospitalares por causas externas: análise no Estado de São Paulo,2000. Rev. Brasileira de Epidemiologia, 2004.
MELLO-JORGE, M.H.P.; GAWRYSZEWSKI V.P.; LATORRE, M.R.D.O. Análise dos dados de mortalidade. Rev Saúde Pública 1997; 31(4 Suppl):5-25.
MEZZOMO, A.A. Serviço do prontuário do paciente, 4.ª ed., São Paulo: Cedas;
1991.
MINAYO, M.C.S et al. Análise da qualidade das estatísticas vitais brasileiras: a experiência de implantação do SIM e do SINASC. Ciência Saúde Coletiva. 2007.
MORAES, A.B.T.Incidência e Prevalência de Acidentes Automobilísticos em Governador Valadares e em outros municípios: aspectos comportamentais relacionados a partir de análise documental de registros do Corpo de Bombeiros. Trabalho de conclusão do curso de Psicologia. Orientador: João Carlos Muniz Martinelli. Governador Valadares: UNIVALE/FHS. 2003.
OLIVEIRA, L. R.; MELLO JORGE, M. H. P. de. Análise epidemiológica das causas externas em unidades de urgência e emergência em Cuiabá/Mato Grosso. Rev. bras. epidemiol. São Paulo, v. 11, n. 3, set. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2008000300009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 fev. 2009.
OLIVEIRA, L.R. Subsídios para implantação de um sistema de vigilância de causas externas no município de Cuiabá – MT. tese de doutorado. Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
PANICHI, R.M.D; WAGNER, A. Comportamento de Risco no Trânsito: Revisando a Literatura sobre as Variáveis Preditoras da Condução Perigosa na População Juvenil. Revista Interamericana de Psicologia. V.40, n.2. Disponível em: http://www.psicorip.org/Resumos/PerP/RIP/RIP036a0/RIP04018.pdf. Acessos em 04 nov.2009.
57
PEREIRA, W. A. P.; LIMA, M. A. D. S. Atendimento pré-hospitalar: caracterização das ocorrências de acidente de trânsito. Acta paul. enferm., São Paulo, v. 19, n. 3, Sept. 2006 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002006000300004&lng=en&nrm=iso>. access on 10 Nov. 2009
PITTELLA, J. E. H.; GUSMAO, S. S. Contusão cerebral em vítimas fatais de acidente de trânsito: frequência e associação com outras lesões cranioencefálicas. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v. 57, n. 3B, Sept. 1999 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1999000500018&lng=en&nrm=iso>. access on 19 Nov. 2009.
PRESTES JR.; L. C. L.; RANGEL, M. Prontuário médico e suas implicações médico-legais na rotina do colo-proctologista. Rev bras. colo-proctol., Rio de Janeiro, v. 27, n. 2, jun. 2007 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-98802007000200004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 02 nov. 2009. doi: 10.1590/S0101-98802007000200004.
QUEIROZ, M. S.; OLIVEIRA, P. C. P. Acidentes de trânsito: uma visão qualitativa no Município de Campinas, São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública [online]. 2002, vol.18, n.5 [citado 2009-11-02], pp. 1179-1787 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2002000500010&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0102-311X. doi: 10.1590/S0102-311X2002000500010.
RISI JR, J.B. et al. Indicadores Básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações RIPSA: Brasília; 2002.
ROCHA, M. S. N.; MARTINELLI, J. C. M (2004) Planejamento e Oferta do Sistema Cicloviário em Governador Valadares: base para estudos comportamentais. Governador Valadares.
RODRIGUES, R. I. et al . Os custos da violência para o sistema público de saúde no Brasil: informações disponíveis e possibilidades de estimação. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, Jan. 2009 . Available from <http://www.scielosp.org/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2009000100003&lng=en&nrm=iso>. access on 12 Nov. 2009. doi: 10.1590/S0102-311X2009000100003.
ROZESTRATEN, R. J. A. Psicologia do Trânsito: conceitos e processos básicos. São Paulo: EPU: Editora da Universidade de São Paulo. 1988.
_______________________. A Psicologia Social e o trânsito. Psicol. cienc. prof. [online]. 1986, vol.6, no.2 [citado 10 de março de 2009], p.22-23. Disponível na World Wide Web: http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98931986000200007&lng=pt&nrm=iso . ISSN 1414-9893.
______________________. A relação da Psicologia do Trânsito com outras áreas da psicologia, Psic.& Trânsito, Uberlândia, 2, 1, p 53 – 64 jul./1985.
58
__________________________________________. A Psicologia do Trânsito: sua definição e área de atuação, Psicologia & Trânsito, Uberlândia, 1, 1, p 6 –19. 1983.
SANTOS, A. M. R. et al . Perfil das vítimas de trauma por acidente de moto atendidas em um serviço público de emergência. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 8, ago. 2008 . Disponível em: ttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2008000800021&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 30 Dez. 2008.
SARAIVA, L. C.; MARTINELLI, J. C. M.; CHEQUER, M. A. A.. Acidentes automobilísticos na mídia impressa, de agosto de 2004 a julho de 2006. In: XV Encontro da Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental, 2006, Brasília. Anais do XV Encontro da Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS, Plano Diretor de Regionalização. Disponível em: <http//www.saude.mg.gov.br> acesso em: 03 de Março de 2008.
SILVA, F. G.; TAVARES-NETO, J. Avaliação dos prontuários médicos de hospitais de ensino do Brasil. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, ago. 2007 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022007000200002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 02 nov. 2009. doi: 10.1590/S0100-55022007000200002.
SOARES, D. F. P. P.; BARROS, M. B. A. Fatores associados ao risco de internação por acidentes de trânsito no Município de Maringá-PR. Rev. bras. epidemiol, São Paulo, v. 9, n. 2, jun. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2006000200006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 fev. 2009.
TOMIMATSU, M.F.A.I.et al. Qualidade da informação sobre causas externas no Sistema de informações Hospitalares. Revista Saúde Pública. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/2009nahead/250.pdf. Acesso em: 04 nov. 2009.
VASCONCELOS, E. A. O que é trânsito? 3ª Ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1998.
VIANA, F. A. Plano de monitoramento e avaliação das instituições contempladas pelo programa de fortalecimento e melhoria da qualidade dos hospitais do sistema único de saúde em Minas Gerais. Monografia (Especialização em Gestão Hospitalar PRO-HOSP IV), Belo Horizonte: Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, 2008.
WAKSMAN, R.D.; PIRITO, R.M.B.K. O pediatra e a segurança no trânsito. Jornal de Pediatria, 2005.
59
ANEXO(S)
60
ANEXO A – MUNICIPIO DE RESIDÊNCIA DOS PACIENTES INTERNADOS NO
HOSPITAL MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES
Tabela 1 – Município de Residência dos Pacientes Internados no Hospital Municipal de
Governador Valadares - MG
Municípios Estado (UF) Frequência Percentual (%)
Aimorés MG 06 1,0%
Alpercata MG 07 1,2%
Alvarenga MG 02 0,3%
Belo Horizonte MG 02 0,3%
Betim MG 01 0,2%
Bom Despacho MG 01 0,2%
Campinas SP 01 0,2%
Candido Sales BA 01 0,2%
Capitão Andrade MG 07 1,2%
Cariacica ES 01 0,2%
Carmésia MG 01 0,2%
Central de Minas MG 08 1,4%
Colatina ES 01 0,2%
Conselheiro Pena MG 13 2,4%
Contagem MG 02 0,3%
Coroaci MG 10 1,7%
Cruzeiro do Oeste PA 01 0,2%
Dionísio MG 01 0,2%
Divino das Laranjeiras MG 04 0,7%
Dom Cavati MG 01 0,2%
Engenheiro Caldas MG 06 1,0%
Fernandes Tourinho MG 02 0,3%
Frei Inocêncio MG 11 1,9%
Galiléia MG 03 0,5%
Getúlio Vargas RS 01 0,2%
Goiabeira MG 05 0,9%
Gonzaga MG 07 1,2%
Governador Valadares MG 312 53,5%
Gravatal SC 01 0,2%
Guanhães MG 01 0,2%
Ipatinga MG 02 0,3%
Itabirinha de Mantena MG 06 1,0%
Itanhomi MG 15 2,6%
Itueta MG 06 1,0%
Jampruca MG 03 0,5%
Mantena MG 01 0,2%
Marataizes ES 01 0,2%
61
Marilac MG 03 0,5%
Mathias Lobato MG 05 0,9%
Mendes Pimentel MG 07 1,2%
Nacip Raydan MG 01 0,2%
Nova Iguaçu RJ 01 0,2%
Nova Modica MG 01 0,2%
Nova União MG 01 0,2%
Peçanha MG 02 0,3%
Periquito MG 07 1,2%
Resplendor MG 13 2,2%
Santa Efigênia de Minas MG 04 0,7%
Santa Rita do Itueto MG 01 0,2%
São Felix de Minas MG 04 0,7%
São Geraldo da Piedade MG 08 1,4%
São Geraldo do Baixio MG 03 0,5%
São João do Manteninha MG 04 0,7%
São João Evangelista MG 01 0,2%
São José da Safira MG 08 1,4%
São José do Divino MG 03 0,5%
São Paulo SP 01 0,2%
Sardoá MG 06 1,0%
Sobrália MG 10 1,7%
Taparuba MG 01 0,2%
Tarumirim MG 12 2,1%
Tumiritinga MG 09 1,5%
Vila Velha ES 01 0,2%
Virginópolis MG 01 0,2%
Virgolândia MG 08 1,4%
Sem Registro - 01 0,4%
Total 582 100%
62
ANEXO B – BAIRRO DOS PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL
MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES – MG
Tabela – 2 Bairro dos pacientes internados no Hospital Municipal
Go
ve
rna
dor
Va
lad
are
s
BAIRROS F F% Altinópolis 20 3,40%
Azteca 1 0,20%
Baguari 1 0,20%
Bela Vista 3 0,50%
Capim 1 0,20%
Carapina 7 1,30%
Ceasa 1 0,20%
Centro 12 2,10%
Chonim de Baixo 2 0,30%
Chonim de Cima 3 0,50%
Conjunto Sir 5 0,90%
Conquista 4 0,70%
Distrito Industrial 1 0,20%
Elvamar 2 0,30%
Esperança 5 0,90%
Esplanada 3 0,50%
Fraternidade 4 0,70%
Goiabal 1 0,20%
Grã Duquesa 6 1,00%
Ilha dos Araújos 3 0,50%
Jardim Alice 3 0,50%
Jardim Atalaia 4 0,70%
Jardim do Trevo 7 1,20%
Jardim Ipê 9 1,50%
Jardim Pérola 5 0,90%
Jardim Primavera 2 0,30%
JK 1 0,20%
JK III 2 0,30%
Kennedy 1 0,20%
Lagoa Santa 1 0,20%
Lourdes 9 1,50%
Mãe de Deus 3 0,50%
Maria Eugênia 1 0,20%
Monte Carmelo 1 0,20%
Morada do Acampamento 1 0,20%
Nossa Senhora das Graças 6 1,00%
Nova Floresta 2 0,30%
63
Nova Santa Rita 2 0,30%
Nova Vila Bretas 2 0,30%
Palmeiras 6 1,00%
Parque Ibituruna 1 0,20%
Penha do Cassiano 1 0,20%
Penha 1 0,20%
Planalto 6 1,00%
Pontal 4 0,70%
Rio Corrente 1 0,20%
Santa Efigênia 4 0,70%
Santa Helena 15 2,60%
Santa Paula 1 0,20%
Santa Rita 21 3,60%
Santa Terezinha 4 0,70%
Santo Antônio do Pontal 1 0,20%
Santo Antônio 12 2,10%
Santo Antônio Porto 1 0,20%
Santos Dumont I 4 0,70%
São Cristovão 4 0,70%
São Geraldo 1 0,20%
São Paulo 4 0,70%
São Pedro 2 0,30%
São Raimundo 9 1,50%
São Vitor 3 0,50%
Turmalina 14 2,40%
Universitário 1 0,20%
Vale do Sol 1 0,20%
Vale Pastoril 1 0,20%
Vera Cruz 3 0,50%
Vila Bretas 6 1,00%
Vila do Sol 1 0,20%
Vila dos Montes 5 0,90%
Vila Isa 10 1,70%
Vila Mariana 1 0,20%
Vila Nova Floresta 1 0,20%
Vila Rica GV 2 0,30%
Zona Rural 12 2,10%
De
ma
is
Mu
nic
ípio
s Aeroporto um 10 0,20%
Alvorada 1 0,20%
Antônio de Matos 1 0,20%
Barreiro 1 0,20%
Benedives 1 0,20%
Bom Jardim 1 0,20%
64
Bom Jardim 1 0,20%
Bom Jesus da Vista Alegre 1 0,20%
Brasilandia 1 0,20%
Brejauba 1 0,20%
Cacutá 1 0,20%
Calixto 1 0,20%
Centro 102 17,50%
Centro Aimorés 1 0,20%
Centro Alvarenga 1 0,20%
Centro ba 1 0,20%
Centro Central de Minas 1 0,20%
Centro Coroaci 2 0,30%
Centro CP 1 0,20%
Centro DVL 2 0,30%
Centro galiléia 1 0,20%
Centro Gonzaga 3 0,50%
Centro itanhomi 1 0,20%
Centro Itanhomi 1 0,20%
Centro Mantena 1 0,20%
Centro Matias lobato 1 0,20%
Centro mendes pimentel 2 0,30%
Centro MT 2 0,30%
Centro Periquito 1 0,20%
Centro RS 1 0,20%
Centro SGP 1 0,20%
Centro SJE 1 0,20%
Centro Sobrália 2 0,30%
Centro Sta Efigenia 1 0,20%
Centro tumiritinga 1 0,20%
Centro Tumiritinga 2 0,30%
Centro Virgolândia 2 0,30%
Cidade Industrial 1 0,20%
Cidade Nova 1 0,20%
Conjunto Confisco 1 0,20%
Corrego do Urucu 1 0,20%
Corrego H O 1 0,20%
Dos Operários 1 0,20%
Era Nova 3 0,50%
Estrela do Sul 1 0,20%
Expedicionario Alicio 1 0,20%
Ferruginha 1 0,20%
65
Floresta 1 0,20%
Gameleira 1 0,20%
Honório Fraga ES 1 0,20%
Jardim Horizonte Azul 1 0,20%
Jardim Industrial 1 0,20%
Jardim Lisa 1 0,20%
Jardim Teresópolis 1 0,20%
Marfim 1 0,20%
Morro da Caixa D' água 1 0,20%
Morro da Matriz 1 0,20%
Nações 1 0,20%
Nilópolis 1 0,20%
Norte de Itueta 1 0,20%
Nossa Senhora Aparecida 1 0,20%
Nossa Senhora de Fátima 2 0,30%
Padre Angelo 1 0,20%
Padre Piter 1 0,20%
Pedra Corrida 3 0,50%
Petrolândia 1 0,20%
Plaltino Soares 1 0,20%
Plautino Soares 1 0,20%
Quatituba 2 0,30%
Roseno 1 0,20%
Sanches 1 0,20%
Santa Rita Tarumirim 1 0,20%
São Francisco do Jataí 1 0,20%
São José 1 0,20%
São José do Acacio 1 0,20%
São José Itueto 1 0,20%
São Paulo 1 0,20%
São Tomé do Rio Doce 1 0,20%
São Vicente 3 0,50%
São Vicente do Rio Doce 2 0,30%
Sol Nascente 1 0,20%
Soteco 1 0,20%
Vila Eugênia 2 0,30%
Vila Fonseca 1 0,20%
Vila Independência 1 0,20%
Vila Palestina ES 1 0,20%
66
Vila Santo Agostinho 1 0,20%
Vila Verde 1 0,20%
Zona rural demais municípios 62 10,70%
Sem Registro 1 0,30%
Total 582 100%
67
ANEXO C – HORA DA INTERNAÇÃO DOS PACIENTES INTERNADOS NO
HOSPITAL MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES - MG
Gráfico 1 – Hora da internação dos pacientes internados no Hospital Municipal de Governador
Valadares - MG
68
ANEXO D – FREQUÊNCIA DAS INTERNAÇÕES HOSPILATARES POR TURNO,
DIA DA SEMANA E MÊS.
Tabela 3 – Frequência das internações hospitalares por turno dias da semana e mês.
Variáveis Madrugada Manhã Tarde Noite Sem Registro Total
F F% F F% F F% F F% F F% F F%
Dia
s d
a Se
man
a
Segunda-feira 16 2,70% 24 4,10% 23 4,00% 28 4,80% 2 0,30% 124 21,30%
Terça-feira 4 0,70% 17 2,90% 13 2,20% 21 3,60% 1 0,20% 67 11,50%
Quarta-feira 2 0,30% 14 2,40% 26 4,50% 25 4,30% 0 0,00% 58 10,00%
Quinta-feira 6 1,00% 12 2,10% 13 2,20% 27 4,60% 0 0,00% 95 16,30%
Sexta-feira 7 1,20% 15 2,60% 19 3,30% 47 8,10% 1 0,20% 93 16,00%
Sábado 12 2,10% 18 3,10% 23 4,00% 27 4,60% 0 0,00% 89 15,30%
Domingo 7 2,90% 24 4,10% 36 6,20% 47 8,10% 0 0,00% 56 9,60%
Total 64 11,00% 124 21,30% 153 26,30% 237 40,70% 4 0,70% 582 100%
Mês
Janeiro 7 1,20% 8 1,40% 19 3,30% 18 3,10% 1 0,20% 53 9,10%
Fevereiro 5 0,90% 13 2,20% 17 2,90% 28 4,80% 1 0,20% 49 8,40%
Março 7 1,20% 8 1,40% 16 2,70% 26 4,50% 0 0,00% 42 7,20%
Abril 6 1,00% 10 1,70% 10 1,70% 18 3,10% 0 0,00% 28 4,80%
Maio 3 0,50% 12 2,10% 14 2,40% 32 5,50% 0 0,00% 64 11,00%
Junho 4 0,70% 12 2,10% 18 3,10% 14 2,40% 0 0,00% 57 9,80%
Julho 5 0,90% 11 1,90% 11 1,90% 14 2,40% 1 0,20% 44 7,60%
Agosto 7 1,20% 13 2,20% 7 1,20% 22 3,80% 1 0,20% 61 10,50%
Setembro 3 0,50% 8 1,40% 14 2,40% 19 3,30% 0 0,00% 48 8,20%
Outubro 6 1,00% 10 1,70% 12 2,10% 21 3,60% 0 0,00% 42 7,20%
Novembro 7 1,20% 15 2,60% 5 0,90% 15 2,60% 0 0,00% 50 8,60%
Dezembro 4 0,70% 4 0,70% 10 1,70% 10 1,70% 0 0,00% 44 7,60%
Total 64 11,00% 124 21,30% 153 26,30% 237 40,70% 4 0,70% 582 100%
Gráfico 3 . Distribuição da freqüência do turno x dia da semana
69
Gráfico 4 . Distribuição da freqüência do turno x mês
70
ANEXO E – DIAGNÓSTICO PRINCIPAL DOS PACIENTES INTERNADOS NO
HOSPITAL MUNICIPAL VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO
Tabela 4 – Diagnóstico Principal dos Pacientes Internados no Hospital Municipal vítimas de
Acidentes de Trânsito
Diagnóstico Principal (CID-10) F F%
Sem Registros
4 0,70%
G93.6 Outros transtornos do encéfalo 1 0,20%
I26.0 Embolia pulmonar 1 0,20%
I62.0 Outras hemorragias intracranianas não-traumáticas 1 0,20%
I62.1 Hemorragia extradural não-traumática 1 0,20%
I62.9 Hemorragia extradural não-traumática 1 0,20%
J96.0 Hemorragia extradural não-traumática 2 0,30%
L90.8 Hemorragia extradural não-traumática 1 0,20%
L98.8 Hemorragia extradural não-traumática 1 0,20%
L98.9 Hemorragia extradural não-traumática 3 0,50%
L99.8 Hemorragia extradural não-traumática 1 0,20%
M00.9 Hemorragia extradural não-traumática 1 0,20%
M23.5 Instabilidade crônica do joelho 1 0,20%
M67.1 Outra contratura de tendão (bainha) 1 0,20%
M84.0 Defeito de consolidação da fratura 1 0,20%
M84.1 Ausência de consolidação da fratura [pseudo-artrose] 1 0,20%
M84.8 Outros transtornos da continuidade do osso 2 0,30%
R69 Causas desconhecidas e não especificadas de morbidade
21 3,60%
S01.1 Ferimento da pálpebra e da região periocular 1 0,20%
S01.5 Ferimento da pálpebra e da região periocular 3 0,50%
S02.2 Fratura dos ossos nasais 1 0,20%
S02.4 Fratura dos ossos malares e maxilares 8 1,40%
S02.6 Fratura de mandíbula 14 2,40%
S02.7 Concussão cerebral 2 0,30%
S06.0 Concussão cerebral 9 1,50%
S06.1 Edema cerebral traumático 1 0,20%
S06.2 Traumatismo cerebral difuso 1 0,20%
S06.3 Traumatismo cerebral focal 3 0,50%
S06.4 Hemorragia epidural 2 0,30%
S06.5 Hemorragia subdural devida a traumatismo 4 0,70%
S06.8 Outros traumatismos intracranianos 93 16%
S06.9 Traumatismo intracraniano, não especificado 2 0,30%
S08.0 Avulsão do couro cabeludo 1 0,20%
S12.2 Fratura de outras vértebras cervicais especificadas
2 0,30%
S14.1 Outros traumatismos e os não especificados da medula cervical
3 0,50%
S14.2 Traumatismo da raiz nervosa da coluna cervical
1 0,20%
71
S22.0 Fratura de vértebra torácica 1 0,20%
S27.0 Pneumotórax traumático 3 0,50%
S27.1 Hemotórax traumático 1 0,20%
S31.8 Ferimento de outras partes e de partes não especificadas do abdome
1 0,20%
S32.4 Fratura do acetábulo 5 0,90%
S32.8 Fratura de outras partes da coluna lombossacra e da pelve e de partes não especificadas
6 1%
S35.7 Traumatismo de vasos múltiplos ao nível do abdome, do dorso e da pelve
1 0,20%
S36.0 Traumatismo do baço 3 0,50%
S36.4 Traumatismo do intestino delgado 1 0,20%
S36.5 Traumatismo do cólon 1 0,20%
S36.7 Traumatismo de múltiplos órgãos intra-abdominais 3 0,50%
S36.8 Traumatismo de outros órgãos intra-abdominais
3 0,50%
S36.9 Traumatismo do baço 1 0,20%
S37.0 Traumatismo do rim
1 0,20%
S37.2 Traumatismo da bexiga 1 0,20%
S42.0 Fratura da clavícula 2 0,30%
S42.2 Fratura da extremidade superior do úmero 4 0,70%
S42.3 Fratura da diáfise do úmero 5 0,90%
S42.4 Fratura da extremidade inferior do úmero 1 0,20%
S42.8 Fratura de outras partes do ombro e do braço 1 0,20%
S42.9 Fratura da cintura escapular, parte não especificada 1 0,20%
S43.0 Luxação da articulação do ombro 2 0,30%
S43.1 Luxação da articulação acromioclavicular 3 0,50%
S52.0 Fratura da extremidade superior do cúbito [ulna] 8 1,40%
S52.1 Fratura da extremidade superior do rádio 2 0,30%
S52.2 Fratura da diáfise do cúbito [ulna] 1 0,20%
S52.3 Fratura da diáfise do rádio
3 0,50%
S52.4 Fratura das diáfises do rádio e do cúbito [ulna] 4 0,70%
S52.5 Fratura da extremidade distal do rádio 7 1,20%
S52.6 Fratura da extremidade distal do rádio e do cúbito [ulna] 4 0,70%
S52.8 Fratura de outras partes do antebraço 9 1,50%
S52.9 Fratura do antebraço, parte não especificada 2 0,30%
S53.1 Luxação do cotovelo, não especificada 1 0,20%
S53.7 Luxação, entorse e distensão das articulações e dos ligamentos do cotovelo
1 0,20%
S61.1 Ferimento de dedo(s) com lesão da unha 1 0,20%
S61.8 Ferimento de outras partes do punho e da mão 1 0,20%
S62.0 Fratura do osso navicular [escafoíde] da mão 1 0,20%
S62.1 Fratura de outro(s) osso(s) do carpo 2 0,30%
S62.2 Fratura do primeiro metacarpiano
1 0,20%
S62.3 Fratura de outros ossos do metacarpo 4 0,70%
S62.6 Fratura de outros dedos
8 1,40%
S62.8 Fratura de outras partes e de partes não especificadas do punho e da mão
1 0,20%
S63.0 Luxação do punho
3 0,50%
S66.0 Traumatismo do músculo flexor longo e tendão do polegar ao nível do punho e da mão
1 0,20%
72
S66.1 Traumatismo do músculo flexor e tendão de outro dedo ao nível do punho e da mão
1 0,20%
S66.8 Traumatismo de outros músculos e tendões ao nível do punho e da mão
2 0,30%
S66.9 Traumatismo de músculo e tendão não especificado ao nível do punho e da mão
1 0,20%
S68.1 Amputação traumática de um outro dedo apenas (completa) (parcial)
1 0,20%
S68.2 Amputação traumática de dois ou mais dedos somente (completa) (parcial)
1 0,20%
S69.7 Traumatismos múltiplos do punho e da mão
1 0,20%
S71.8 Ferimentos de outras partes e das não especificadas da cintura pélvica
1 0,20%
S72.0 Fratura do colo do fêmur 9 1,50%
S72.2 Fratura subtrocantérica 2 0,30%
S72.3 Fratura da diáfise do fêmur 26 4,50%
S72.4 Fratura da extremidade distal do fêmur
11 1,90%
S72.7 Fraturas múltiplas do fêmur 4 0,70%
S72.8 Fraturas de outras partes do fêmur 5 0,90%
S72.9 Fratura do fêmur, parte não especificada 1 0,20%
S73.0 Luxação da articulação do quadril 1 0,20%
S81.8 Ferimento de outras partes da perna 6 1%
S81.9 Ferimento da perna, parte não especificada 1 0,20%
S82.0 Fratura da rótula [patela]
10 1,70%
S82.1 Fratura da extremidade proximal da tíbia
8 1,40%
S82.2 Fratura da perna, incluindo tornozelo 37 6,40%
S82.3 Fratura da extremidade distal da tíbia 2 0,30%
S82.4 Fratura do perônio [fíbula]
2 0,30%
S82.5 Fratura do maléolo medial 3 0,50%
S82.6 Fratura do maléolo lateral 2 0,30%
S82.8 Fratura de outras partes da perna 32 5,50%
S82.9 Fratura da perna, parte não especificada
3 0,50%
S83.1 Luxação do joelho
3 0,50%
S83.7 Traumatismo de estruturas múltiplas do joelho 4 0,70%
S85.0 Traumatismo da artéria poplítea 1 0,20%
S86.1 Traumatismo de outro(s) músculo(s) e tendão(ões) do grupo muscular posterior ao nível da perna
1 0,20%
S91.0 Ferimento do tornozelo
2 0,30%
S91.3 Ferimento de outras partes do pé
1 0,20%
S92.0 Fratura do calcâneo 2 0,30%
S92.2 Fratura de outros ossos do tarso 2 0,30%
S92.3 Fratura de ossos do metatarso 2 0,30%
S92.4 Fratura do hálux 2 0,30%
S92.5 Fratura de outro artelho
1 0,20%
S92.7 Fraturas múltiplas do pé
3 0,50%
S92.9 Fratura do pé não especificada
2 0,30%
S93.0 Luxação da articulação do tornozelo 2 0,30%
S96.0 Traumatismo do músculo e tendão do músculo flexor longo do(s) artelho(s) ao nível do tornozelo e do pé
1 0,20%
S96.8 Traumatismo de outros tendões e músculos ao nível do tornozelo e do pé
1 0,20%
T00.9 Traumatismos superficiais múltiplos não especificados 1 0,20%
T01.0 Ferimentos envolvendo múltiplas regiões do corpo 1 0,20%
73
T01.1 Ferimentos envolvendo o tórax com o abdome, parte inferior do dorso e da pelve
1 0,20%
T01.2 Ferimentos envolvendo regiões múltiplas do(s) membro(s) superior(es)
7 1,20%
T01.3 Ferimentos envolvendo múltiplas regiões do(s) membro(s) inferior(es)
8 1,40%
T01.6 Ferimentos envolvendo regiões múltiplas do(s) membro(s) superior(es) com membro(s) inferior(es)
1 0,20%
T01.8 Ferimentos envolvendo outras combinações de regiões do corpo
2 0,30%
T01.9 Ferimentos múltiplos não especificados
2 0,30%
T02.2 Fraturas envolvendo regiões múltiplas de um membro superior
3 0,50%
T02.3 Fraturas envolvendo regiões múltiplas de um membro inferior
2 0,30%
T02.6 Fraturas envolvendo regiões múltiplas do(s) membro(s) superior(es) com inferior(es)
1 0,20%
T02.7 Fraturas envolvendo tórax com parte inferior do dorso e pelve com membro(s)
1 0,20%
T02.8 Fraturas envolvendo outras combinações de regiões do corpo
2 0,30%
T02.9 Fraturas múltiplas não especificadas
2 0,30%
T03.9 Luxações, entorses e distensões múltiplas, não especificadas
1 0,20%
T06.5 Traumatismos de órgãos intratorácicos com órgãos intra-abdominais e pélvicos
1 0,20%
T06.8 Outros traumatismos especificados envolvendo regiões múltiplas do corpo
8 1,40%
T06.9 Outros traumatismos especificados envolvendo regiões múltiplas do corpo
1 0,20%
T11.1 Ferimento do membro superior, nível não especificado 4 0,70%
T13.1 Ferimento de membro inferior, nível não especificado 1 0,20%
T22.0 Queimadura do ombro e do membro superior, exceto punho e mão, grau não especificado
1 0,20%
T93.2 Seqüelas de outras fraturas do membro inferior 1 0,20%
V29.9 Motociclista [qualquer] traumatizado em um acidente de trânsito não especificado
1 0,20%
W84.1 Riscos não especificados à respiração - habitação coletiva
1 0,20%
Z03.9 Observação por suspeita de doença ou afecção não especificada
13 2,30%
Total 582 100%
74
ANEXO F – DIAGNÓSTICO SECUNDÁRIO DOS PACIENTES INTERNADOS NO
HOSPITAL MUNICIPAL VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO
Tabela 5 – Diagnóstico Secundário dos Pacientes Internados no Hospital Municipal vítimas
de Acidentes de Trânsito
Diagnóstico Secundário (CID-10) F F%
Sem Registro 245 42,0%
L08.9 01 0,2%
S06.8 02 0,3%
S32.3 01 0,2%
S36.9 01 0,2%
S52.6 01 0,2%
S72.0 01 0,2%
S72.3 01 0,2%
S82.6 01 0,2%
T01.2 01 0,2%
T01.3 01 0,2%
T06.8 01 0,2%
T06.9 01 0,2%
T08 02 0,3%
T13.1 01 0,2%
V02.9 01 0,2%
V09.3 01 0,2%
V09.9 03 0,5%
V19.3 04 0,7%
V19.9 32 5,5%
V20.9 14 2,4%
V28.2 03 0,5%
V28.5 01 0,2%
V29 01 0,2%
V29.2 01 0,2% V29.3 01 0,2%
V29.9 90 15,4%
V39.9 02 0,3%
V40.9 01 0,2%
V49.9 18 3,1%
V69.3 01 0,2%
V69.9 02 0,3%
V80.4 01 0,2%
V89.9 19 3,3%
V99 15 2,6%
W17.9 11 1,9%
W18.0 01 0,2%
W18.7 01 0,2%
W18.8 02 0,3%
W18.9 01 0,2%
W19.0 01 0,2%
W19.9 93 16%
Total 582 100%
75
ANEXO G – HORÁRIO DAS ALTAS HOSPITALARES
Tabela 6 – Hora das Altas Hospitalares dos Pacientes Vítimas de Acidentes de Trânsito Internados
No Hospital Municipal de Governador Valadares.
Hora F F%
00h00min - 00h59min 01 0,2%
01h00min - 01h59min 00 0,0% 02h00min - 02h59min 01 0,2%
03h00min - 03h59min 01 0,2%
04h00min - 04h59min 00 0,0%
05h00min - 05h59min 00 0,0%
06h00min - 06h59min 01 0,2%
07h00min - 07h59min 00 0,0%
08h00min - 08h59min 00 0,0%
09h00min - 09h59min 01 0,2%
10h00min - 10h59min 00 0,0%
11h00min - 11h59min 00 0,0%
12h00min - 12h59min 01 0,2%
13h00min - 13h59min 00 0,0%
14h00min - 14h59min 00 0,0%
15h00min - 15h59min 00 0,0%
16h00min - 16h59min 00 0,0%
17h00min - 17h59min 01 0,2%
18h00min - 18h59min 01 0,2%
19h00min - 19h50min 01 0,2%
20h00min - 20h59min 00 0,0%
21h00min - 21h59min 00 0,0%
22h00min - 22h59min 00 0,0%
23h00min - 23h59min 01 0,2%
Sem Registro 570 97,8%
Total 582 100%
76
ANEXO H - MOTIVO DA ALTA HOSPITALAR
A pedido do paciente - Pedido do paciente e da família para receber alta.
Com previsão de retorno para acompanhamento do paciente – Paciente não
necessita mais de internação, porém voltará ao hospital para ser reavaliado.
Encerramento administrativo – Alta relacionada ao não pagamento da AIH.
Evasão – Paciente “fugiu ” do estabelecimento de saúde.
Melhorado – Melhora do quadro clínico inicial.
Óbito – Falecimento do paciente.
Por mudança de procedimento – Hospital não tem condições de realizar o
procedimento hospitalar adequado.
Por outros motivos – Alta não especificada no prontuário médico.
Por recuperação – Estabilização do quadro clínico inicial.
Transferido para outro estabelecimento – Paciente foi removido para outro
estabelecimento de saúde por falta de vagas, falta de médico plantonista ou por
ausência de procedimento clínico.
77
ANEXO I – FREQUÊNCIA DOS DADOS DAS VÍTIMAS POR GÊNERO
Tabela 7 – Frequência dos Dados das Vítimas de Acordo com o Gênero
Variáveis
Masculino Feminino
F F% F F%
IDA
DE
10-19 anos 69 14,6% 23 20,7%
20 -29 anos 150 31,8% 28 25,2%
30 – 39 anos 99 21,0% 17 15,3%
40 – 49 anos 63 13,4% 13 11,7%
50 – 59 anos 37 7,9% 12 10,8%
60 – 69 anos 20 4,2% 04 3,6%
70 – 79 anos 08 1,7% 02 1,8%
80 – 89 anos 02 0,4% 01 0,9%
Total 471 100% 111 100%
DIA
GN
ÓS
TIC
O P
RIN
CIP
AL
R69 17 3,9% 04 3,6%
S02.6 09 1,9% 05 4,5%
S06.8 73 15,5% 20 18,0%
S72.3 22 4,7% 04 3,6%
S82.2 28 5,9% 09 8,1%
S82.8 24 5,1% 08 7,2%
Demais diagnósticos 298 63% 61 55%
Total 471 100% 111 100%
DIA
GN
ÓS
TIC
O
SE
CU
ND
ÁR
IO
V19. 9 24 5,1% 08 7,2%
V29.9 82 17,4% 08 7,2%
V49.9 13 2,8% 05 4,5%
W 19.9 77 16,3% 16 14,4%
Sem Registro 194 41,2% 51 45,9%
Demais diagnósticos 81 17,2% 23 20,8%
Total 471 100% 111 100%
Pe
río
do
da I
nte
rna
çã
o
1-5 dias 302 64,0% 71 64%
6-10 dias 113 24,0% 29 26,1%
11-15 dias 31 6,6% 06 5,4%
16-20 dias 07 1,5% 02 1,8%
Acima de 21 dias 11 2,3% 01 0,9%
Sem Registro 07 1,5% 02 1,8%
Total 471 100% 111 100%
78
A pedido 08 1,7% 00 0,0%
Com previsão de retorno para acompanhamento do paciente 15 2,3% 00 0,0%
Mo
tiv
o d
a A
lta
Encerramento Administrativo 01 0,2% 00 0,0%
Evasão 03 0,6% 00 0,0%
Melhorado 349 74,1% 93 83,8%
Óbito 18 3,8% 05 4,5%
Por mudança de procedimento 05 1,1% 00 0,0%
Por outros motivos 13 2,8% 03 2,7%
Por recuperação 01 0,2% 01 0,9%
Transferido 54 11,5% 06 5,4%
Sem Registro 08 1,7% 02 1,8%
Total 471 100% 111 100%
Gráfico 5 . Distribuição percentual por sexo e faixa etária
Gráfico 6 . Distribuição percentual por sexo e diagnóstico principal
79
Gráfico 7 . Distribuição percentual por sexo x diagnóstico secundário
Gráfico 8 . Distribuição percentual por sexo x período de internação
Gráfico 9 . Distribuição percentual por sexo x motivo da alta
80
ANEXO J – FOLHA DE HISTÓRIA E EVOLUÇÃO CLÍNICA
81
ANEXO K – EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
82
ANEXO L – PRESCRIÇÃO MÉDICA, POSOLOGIA E OBSERVAÇÕES
83
ANEXO M – SUMÁRIO DE ALTA HOSPITALAR