Os Lusíadas Luís Vaz de Camões
1. Os LusíadasCanto de louvor ao povo portuguêsEngrandece a bravura dos lusitanos
1. Os LusíadasGênero literário: Epopéia/poesia
épica (narrativa poética de fundo histórico. Com elementos mitológicos e heroicos)
Divisão: - 10 cantos - 1102 estrofes com 8 versos (oitava rima: AB AB AB CC) - 8816 versos decassílabos
1. Os LusíadasPartes: P - Proposição I - Invocação D - Dedicatória N - Narração E - Epílogo
1. Os LusíadasNarração:
- Plano terrenal/humano: * Viagem de Vasco da Gama para as Índias * Luta entre os portugueses e os povos
orientais da África e da Índia * História de Portugal
- Plano divinal/mítico: * Intervenção dos deuses pagãos Baco x Vênus
As armas e os barões assinaladosQue, da Ocidental praia Lusitana,Por mares nunca dantes
navegados,Em perigos e guerras esforçadosMais do que prometia a força
humana,E entre gente remota edificaramNovo reino, que tanto sublimaram; Camões. Os Lusíadas,
Canto I.
1. Os LusíadasCanto III - Episódio de Inês de
Castro
Século XIVD. Afonso IVD. PedroConstançaInês de Castro: aquela que
depois de morta foi rainha
Amor: grande tirano
Tu, só tu, puro amor, com força crua,
Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa à molesta morte sua,Como se fora pérfida inimiga.Se dizem, fero amor, que a sede
tuaNem com lágrimas tristes se
mitiga,É porque queres, áspero e tirano,Tuas aras banhar em sangue
humano Camões. Os lusíadas,
Canto III.
1. Os LusíadasCanto IV - O velho do Restelo
Postura contrária às navegações e à política mercantilista
Crítica ao desejo de mando, ambição e fama
Ó Glória de mandar, ó vã cobiçaDesta vaidade a quem chamamos fama!Ó fraudulento gosto, que se atiçaC’uma aura popular, que honra se
chama!Que castigo tamanho e que justiçaFazes do peito vão que muito te ama!Que mortes, que perigos, que tormentas,Que crueldades neles expr’imentas! Camões. Os Lusíadas, Canto
IV.
1. Os LusíadasCanto V - O gigante Adamastor
Personificação do Cabo das Tormentas
Simboliza os perigos do mar
E disse: “Ó gente ousada, mais que quantas
No mundo cometeram grandes cousas:Tu, que por guerras cruas, tais e tantas,E por trabalhos vãos nunca repousas,Pois os vedados términos quebrantasE navegar meus longos mares ousas, Que eu tanto tempo guardo e tenho,Nunca arados de estranho ou próprio
lenho; Camões. Os Lusíadas,
Canto V.
1. Os LusíadasCanto IX - X - A ilha dos amores
Entregam-se aos prazeres na Ilha dos Amores
A ilha era um presente de Vênus, como recompensa pela bravura demonstrada
A Máquina do Mundo
“Sigamos estas Deusas, e vejamosSe fantásticas são, se verdadeiras.”Isto dito, velozes mais que gamos,Se lançam a correr pelas ribeiras.Fugindo as Ninfas vão por entre os
ramosMas, mais industriosas que ligeiras,Pouco e pouco sorrindo e gritos dando,Se deixam ir dos galgos alcançando. Camões. Os Lusíadas,
Canto IX.
“Vês aqui a grande Máquina do Mundo,Etérea e elemental, que fabricadaAssim foi do Saber, alto e profundo,Que é sem princípio e meta limitada.Quem cerca em derredor este rotundoGlobo e sua superfície tão limada,É Deus: mas o que é Deus ninguém
entende,Que a tanto engenho humano não seestende” Camões. Os Lusíadas,
Canto X.