Os Hebreus
• Embora não tenham sido tão poderosos quanto os
egípcios e as civilizações mesopotâmicas, os
hebreus também foram importantes para a
Antiguidade Oriental, com significativas realizações.
• A história hebraica se desenvolveu na região da
Palestina, localizada entre a Síria (Norte), o monte
Sinai (Sul) a Arábia (Leste) e o Mar Mediterrâneo
(Oeste). Essa região é banhada pelo Rio Jordão, um
dos rios que compõem a região do crescente fértil.
• Hoje, a maior parte do território Palestino encontra-
se dentro do Estado de Israel, principal motivo dos
conflitos entre judeus (israelenses) e palestinos.
• Na Antiguidade, a região da Palestina
também era conhecida como Terra de Canaã
(por causa de seus primeiros habitantes, os
cananeus) e Terra Prometida (pois a crença
hebraica dizia que aquela região havia sido
prometida por Deus aos hebreus).
• A Palestina também foi ocupada por outros
povos na Antiguidade, contudo, os hebreus
foram predominantes.
• A religião dos hebreus era o Judaísmo, a
primeira grande religião monoteísta da
História da Humanidade, que depois servirá
de base para o desenvolvimento do
Cristianismo e do Islamismo.
• O livro sagrado dos hebreus é a Torá, e boa
parte dela é conhecida no mundo cristão
como o Antigo Testamento da Bíblia Sagrada.
• O Deus dos judeus era Jeová, ou Iavé
• A economia hebraica caracterizou-se principalmente pelo pastoreio e pela agricultura, esta última restrita às margens do Rio Jordão
• Camponeses, pastores e escravos formavam a base da população, sempre submetidos ao trabalho, aos impostos e ao exército. No topo da sociedade estavam os aristocratas, os sacerdotes (também chamados de Rabinos) e os monarcas.
• A unidade dos hebreus foi construída tendo por base a religião, que também servia e serve até hoje como fator de identidade nacional.
• O Governo Hebreu foi formado progressivamente, com os patriarcas, juízes e reis, atingindo seu apogeu no governo de Salomão.
A Era dos Patriarcas
• Foi nessa era que o povo hebreu se estabeleceu na Palestina. Organizavam-se em clãs familiares e tinham como chefe os patriarcas, que além de chefe político também era o chefe militar.
Segundo a Bíblia Abraão foi o primeiro patriarca que, orientado por Deus, deixou a cidade de UR, na região Mesopotâmica da Caldeia, e dirigiu-se para a Palestina, que seria a Terra Prometida por Deus.
Os patriarcas seguintes foram Isaac e Jacó (ou Israel) que, segundo a Bíblia teriam deixado 12 filhos, que então deram origem às 12 tribos hebraicas.
• As sucessivas guerras contra os cananeus e
filisteus (povos que também habitavam a
região da palestina), levaram o povo hebreu a
abandonar a região, rumo ao Egito.
Já vimos este período quando estudamos a
invasão dos Hicsos ao Egito, que foram
seguidos pelos Hebreus e levaram ao
desenvolvimento do sentimento nacionalista
no povo Egípcio. Além disso também
introduziram a utilização de diversas
ferramentas, armas e o uso do cavalo.
• Quando os egípcios expulsaram os hicsos, muitos estrangeiros começaram a ser perseguidos, em grande parte devido ao desenvolvimento do sentimento nacionalista e, entre esse estrangeiros estavam os hebreus, que acabaram escravizados.
Segundo a Bíblia, Moisés liderou o povo hebreu para fora do Egito e de volta para a Palestina, acontecimento que ficou conhecido como Êxodo Hebraico, onde Moisés e os Hebreus ficaram 40 anos vagando pelo deserto. É durante esse êxodo que ocorre a famosa travessia do Mar Vermelho e também onde Moisés teria recebido os Dez Mandamentos (ou Decálogo), quando passava pelo Monte Sinai.
• Entretanto, foi somente com Josué,
sucessor de Moisés, que os hebreus
finalmente chegam à Palestina.
Atualmente, a saída dos hebreus do Egito
é comemorada na Páscoa Judaica.
A Era dos Juízes
• Quando chegaram à Palestina, a Terra Prometida por Deus, ou Canaã, os hebreus novamente entraram em guerra com o filisteus pelo domínio da região.
Para tal, todas as12 tribos nomearam um juiz, que seria o chefe político, militar e religioso de cada tribo e encarregado de enfrentar os filisteus, dentre os quais se destacaram Gideão, Sansão, Jefté e Samuel.
Samuel, ao aliar-se com as demais tribos na luta contra um inimigo comum, os filisteus, irá lançar a base para a união hebraica, que formará uma nova ordem política entre eles, a monarquia.
A Era da Monarquia
• O primeiro rei dos hebreus foi Saul, nomeado
por Samuel em 1012 a.C. Davi foi seu
sucessor e quem, segundo a Bíblia, derrotou
o filisteu Golias (ou o Gigante Golias como
ele é mais conhecido).
Ao derrotar os filisteus, Davi transforma a
cidade de Jerusalém na Capital do Estado
hebraico.
Hoje, a estrela de Davi figura na bandeira do
Estado de Israel.
• A estrela de Davi também foi utilizada pelos
nazistas para identificar os judeus, seus
estabelecimentos comerciais e residencias
durante o período da Segunda Guerra Mundial
• Davi manteve um exército judeu permanente, dado as instabilidades da região, além de criar um Estado burocrático, ambos sustentados por pesados impostos.
Em 996 a.C, Salomão assume o trono, tomando medidas que irão desenvolver o comércio e aumentar as riquezas do Estado hebreu.
Como consequência dessa prosperidade, grandiosas obras públicas serão construídas, como o Templo de Jerusalém, dedicado ao Deus Jeová (ou Iavé), onde eram guardados os Dez Mandamentos (ou Decálogo).
Nessa época se consagraram definitivamente várias festas atuais do povo judeu: o Sabat (dia do descanso), a Páscoa (o Êxodo do Egito) e o Pentecostes (quando Moisés recebe os Dez Mandamentos).
• Após a morte de Salomão, o luxo da corte
hebraica ira provocar disputas pelo trono
que, somadas aos altos impostos, levarão
ao fim da unidade política do povo hebreu,
fato chamado de Cisma Hebraico.
O Cisma Hebraico
• As disputas pelo trono de Salomão irão dividir os hebreus em dois reinos: O Reino de Israel, com dez tribos e a Capital em Samaria; e o Reino de Judá, com duas tribos e a capital em Jerusalém. Essa divisão, ou cisão, enfraqueceu o povo hebreu frente os demais povos que disputavam a região da Palestina.
Dessa forma, em 721a.C, o Reino de Israel foi conquistado pelos assírios de Sargão II e, em 586a.C, o Reino de Judá foi conquistado por Nabucodonosor da Babilônia.
• Nabucodonosor irá escravizar o povo hebreu
novamente, dando início ao período da
história hebraica conhecido como cativeiro
da Babilônia.
Somente quando o Imperador Ciro I, da
Persia, conquista a Babilônia, é que os
hebreus irão voltar para a Palestina e
reconstruir um Estado Hebraico na região,
porém agora como mais uma província
Persa.
• Após o domínio Persa, os hebreus foram
conquistados pelos greco-macedônicos
(comandados por Alexandre o Grande) e, em
seguida, pelos romanos (período em que
Jesus Cristo nasce entre eles).
A Diáspora Hebraica
• Os altos impostos cobrados pelos romanos e
a opressão geravam insatisfação e revoltas
por parte dos hebreus, que geravam mais
violência por parte dos romano. Diante dessa
situação instável, em 70 a.C, no governo do
Imperador Romano Tito, Jerusalém será
destruída.
• A destruição de Jerusalém ira fazer com que os hebreus se dispersem por outras regiões, fato que ficou conhecido como Diáspora Hebraica ou Fim do Estado Hebraico, que só voltaria a existir novamente em 1948, com a criação do Estado de Israel pela ONU.
• A criação do Estado de Israel gerou conflitos entre os judeus (ou hebreus) e os palestino (árabes), uma vez que estes últimos, por já habitarem a região a muito tempo (desde a diáspora hebraica na Antiguidade), foram contra a criação de Israel. Estes conflitos perduram até hoje
Fenícios
• Localizada ao Norte da Palestina, região do
atual Líbano, a Fenícia destacouse por ser
uma civilização de comerciantes e
navegantes.
• Os fenícios nunca possuíram uma unidade
política e se organizavam em cidades-estado
autônomas. Sua história vai se dividir entre a
ascensão e queda de cada uma delas, onde
podemos destacar: Bilbos, 2500 à 1500 a.C,
Sidon, de 1500 à 1300 a.C e Tiro, de 1100 à
500 a.C.
• A religião fenícia era monoteísta e seus
deuses eram os astros: Baal, o Sol e
Astartéia, a Lua.
• Por darem muito valor a estas divindades em
forma de astros, desenvolveram muito a
astronomia e a matemática, que eram
utilizadas para calcular o movimento dos
astros, sendo elas umas de suas várias
contribuições à humanidade.
• Como comerciantes e navegantes, fundaram
diversos entrepostos comerciais nas
regiões em volta do Mar Mediterrâneo,
relacionando-se com todos os povos da
região.
• Dentre essas feitorias, algumas destacaram-
se, como Cartago, no Norte da África. A
importância de Cartago será vista quando
estudarmos Roma e as guerras Púnicas.
• Uma das maiores contribuições fenícias foi a
criação de um sistema de escrita prático e
simples contendo 22 letras, necessidade de
um povo que possuía contato com inúmeros
outros povos e culturas diferentes.
• A escrita fenícia será aprimorada mais tarde
pelos gregos e romanos, transformando-se no
nosso alfabeto atual.
• A sociedade fenícia dividia-se em dois grupo:
a aristocracia, formada pelos comerciantes
e armadores (construtores de navios), que
comandavam as cidades-estado; e as
camadas populares, formadas pelos
trabalhadores livres e escravos.
• Dessa forma, o poder político nas cidades-
estado ficava nas mãos dos ricos
comerciantes marítimos, formando uma
tassalocracia.
Persas
• Com uma economia baseada na agricultura, assim como todos os outros povos da Antiguidade Oriental e todos aqueles que também habitavam a região do crescente fértil, A pérsia localizava-se a leste da Mesopotâmia, onde atualmente fica o Irã. Sua civilização foi o produto da fusão de dois povos, os medos e os persas.
• Após o surgimento do reino persa, alguns de seus governantes destacaram-se por suas realizações no campo político e militar e militar, são eles:
• Ciro I (559 – 529 a.C), foi o unificador
definitivo do Estado persa. Também expandiu
o Estado Persa sobre a Mesopotâmia,
conquistando a região em 539 a. C.
Ao conquistar a Mesopotâmia, Ciro I liberta o
povo hebreu, que até então vivia como
escravo no chamado cativeiro da Babilônia,
permitindo que os mesmo formem novamente
um Estado hebreu que, contudo, passou a
ser mais uma província do Império Persa.
• Cambises (529 – 522 a.C), foi o conquistador do Egito, que passou às mãos dos persas em 525 a.C.
• Dario I (512 – 484 a.C), foi o responsável pela organização administrativa do Império Persa, que o dividiu em províncias chamadas satrápias. Essas províncias eram controladas pelos governadores, também chamados de sátrapas. Estes, por sua vez, eram fiscalizadas pelos fiscais reias, também chamados de “olhos e ouvidos do rei”.
assim, o poder político concentrava-se nas mãos do Imperador, que junto de uma elite rica, burocratas e sacerdotes, exploravam os camponeses e escravos, base da sociedade persa, utilizando-se para isso a chamada servidão coletiva.
• Como governante, Dario I deu grande apoio ao desenvolvimento comercial através da construção de estradas que cortavam todo o Império e, dentre elas a Estrada Real, que ia da Ásia Menor à Capital do Império, Susa. Dario I também criou uma moeda nacional única, o dárico. Com ela, ele assegurava a unidade comercial do Império.
• O esquema administrativo persa, por ser muito eficiente, será aperfeiçoado e utilizados pelos povos que irão ocupar a região posteriormente.
• O governo de Dario e tido como o apogeu do Império Persa e, é durante esse governo que começa sua decadência
Na tentativa de expandir o Império Persa sobre a Ásia Menor, acabou entrando em guerra com os gregos, episódio que ficou conhecido historicamente como Guerras Médicas.
Derrotados pelos greco-macedônicos nas Guerras Médicas, o Império Persa inicia uma longa e progressiva decadência, até serem conquistados definitivamente por Alexandre o Grande (ou Alexandre Mágno) da Macedônia, em 330 a.C.
A Religião Persa
• A religião persa era chamada de Zoroastrismo ou Mazdeísmo pois, segundo a crença persa, foi o deus Zoroastro ou Zaratrusta que havia criado essa religião (do mesmo jeito que o Cristianismo tem esse nome porque foi criado por Jesus Cristo).
• O Zoroastrismo era dualista, ou seja, acreditavam na existência de apenas duas divindades: Ormuz-Mazda (que seria o deus do bem, da luz e do espiritual), e Arimã (o deus do mal, das trevas.
• Tinham como livro sagrado o Zend-Avesta e acreditavam na vida após a morte e na vinda de um messias salvador, ou seja, eram messiânicos.
• Muitos dos fundamentos do Zoroastrismo
influenciaram a formação do Judaísmo e do
Cristianismo, como a dualidade entre bem e
mal e o messianismo.
• Com isso podemos dizer que a religião foi a
contribuição mais importante dos persas para
a Humanidade.