MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE
ORIENTAÇÕES PARA A PRODUÇÃO DA
DISSERTAÇÃO DO MESTRADO
Rosália Corrêa
Belém/Pará
2012
APRESENTAÇÃO
Durante o período de existência do Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente
foram produzidas muitas dissertações de excelente qualidade. Entretanto, estas
produções não apresentavam uniformidade no que se refere às suas estruturas
físicas. Os mestrandos elaboravam as suas dissertações com base nas diferentes
orientações que recebiam dos seus orientadores e, até mesmo, buscando
informações em sites que esclarecem sobre as normas que orientam a elaboração
do trabalho escrito. O resultado disso era o desacordo entre os modelos de
dissertações adotadas pelos mestrandos e a total ausência de padronização. Outro
desacordo que se destaca nesta produção acadêmica corresponde ao procedimento
metodológico. Sabemos que os próprios livros de metodologia sugerem essa
confusão, quando classificam tipos de métodos; tipos de pesquisas, técnicas de
pesquisa e abordagens de formas diferentes. Porém, para os alunos que estão
executando as suas pesquisas e carecem de esclarecimentos para assumirem uma
metodologia adequada aos seus objetos de estudo, esta confusão causa incertezas
e insegurança. Portanto, adotar um padrão de estrutura física da dissertação e a
orientação de alguns autores acerca da definição dos elementos que compõem o
procedimento metodológico das pesquisas, parece muito proveitoso para as
produções futuras e àquelas que estão em andamentos. Ressalto que tal orientação
não representa um estímulo ao distanciamento dos autores que apresentam outras
definições e menos ainda à limitação da criatividade dos pesquisadores, apenas
indica uma direção a ser seguida. É com este propósito que apresento estas
orientações para os nossos alunos/mestrandos.
Professora Rosália Corrêa
SUMÁRIO
1 CONHECIMENTO E CIÊNCIA 5
2 O MÉTODO CIENTÍFICO 6
3 A PESQUISA CIENTÍFICA 8
3.1 TÉCNICAS DE PESQUISA 9
3.2 TIPOS DE PESQUISA 10
3.2.1 Tipos de pesquisa quanto à sua natureza 10
3.2.2 Tipos de Pesquisa quanto à abordagem do problema proposto 10
3.2.3 Tipo de pesquisa quanto aos objetivos 11
3.2.4 Tipo de pesquisa quanto aos procedimentos técnicos 11
4 O PROJETO DE PESQUISA 11
4.1DEFINIÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA 11
4.2 PROCEDIMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE
PESQUISA:
12
4.3 ESTRUTURA FÍSICA DO PROJETO 13
4.4 ESCLARECIMENTOS SOBRE OS ELEMENTOS DA ESTRUTURA DO
PROJETO DE PESQUISA
14
4.5 A PROPOSTA DE PESQUISA E O VÍNCULO COM AS LINHAS DE
PESQUISA DO CURSO
15
4.6 A PROPOSTA DE PESQUISA E O VÍNCULO COM OS PROJETOS EM
DESENVOLVIMENTO
16
5 A DISSERTAÇÃO 16
5.1 DEFINIÇÃO DE DISSERTAÇÃO (colocar modelo da estrutura da
Dissertação conforme a ABNT)
16
5.2 ESTRUTURA FÍSICA DA DISSERTAÇÃO 17
5.3 ESCLARECIMENTOS SOBRE OS ELEMENTOS DA ESTRUTURA DA
DISSERTAÇÃO
17
6 A ORIENTAÇÃO DA DISSERTAÇÃO 20
6.1 ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR ORIENTADOR E A RELAÇÃO
ORIENTADOR/ORIENTANDO
20
6.2 A FREQUENCIA DOCENTE/DISCENTE 21
7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 21
7.1 A QUALIFICAÇÃO DA DISSERTAÇÃO 21
7.2 A DEFESA DA DISSERTAÇÃO 21
8 A RELAÇÃO DAS DISCIPLINAS COM A PRODUÇÃO DA DISSERTAÇÃO
E A AVALIAÇÃO DAS DISCIPLINAS
22
9 A SUBMISSÃO AO COMITÊ DE ÉTICA 22
REFERÊNCIAS 23
ANEXO 1: MODELOS DE CAPA E FOLHA DE ROSTO DO PROJETO DE
PESQUISA
24
ANEXO 2: MODELOS DE CAPA; FOLHA DE ROSTO; FICHA
CATALOGRÁFICA E FOLHA DE APROVAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
25
ANEXO 3: MODELO DE FOLHA DE FREQUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO 27
ANEXO 4: MODELO DE FICHA DE AVALIAÇÃO DA QUALIFICAÇÃO 28
ANEXO 5: FICHA DE AVALIAÇÃO DA DEFESA DO MESTRADO 29
ANEXO 6: ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO PAPER 30
1 CONHECIMENTO E CIÊNCIA
A noção de conhecimento advém da clareza de que existem, e sempre
existirão, lacunas a serem preenchidas, por novas descobertas, nas diferentes áreas
do universo científico. Partindo dessa perspectiva, a busca por respostas para
superar tais falhas pressupõe uma relação entre o sujeito que deseja conhecer e o
objeto a ser conhecido. E, considerando que o sujeito procura respostas para o seu
desconhecimento, significa que ele questiona. Portanto, o ponto de partida para o
conhecimento é o questionamento sobre algo ainda ignorado, e os elementos desse
processo podem ser pensados nesta ordem: o sujeito pensante; o objeto ignorado; o
questionamento sobre o objeto ignorado, e a assimilação do objeto pelo sujeito.
Nessa direção é possível dizer que o conhecimento ocorre quando o sujeito que
identificou o objeto ignorado superou esse desconhecimento ao encontrar a resposta
para o seu questionamento. Esse é o princípio do conhecimento.
A TRAJETÓRIA DO CONHECIMENTO:
SUJEITO REFLEXIVO OBJETO IGNORADO QUESTIONAMENTO
SOBRE O OBJETO IGNORADO ASSIMILAÇÃO DO OBJETO PELO
SUJEITO = CONHECIMENTO
A ilustração acima pressupõe que o conhecimento parte de um sujeito
reflexivo, aquele que consegue olhar o mundo a sua volta, pensar sobre o que vê;
identificar lacunas e questionar sobre elas. E a academia, pela dinâmica dos
acontecimentos no seu cotidiano, é um espaço que fomenta esse processo,
valorizando continuamente as novas descobertas. Portanto, o aluno mestrando deve
se ocupar, constantemente, da tarefa de refletir e questionar sobre o mundo que o
circunda, procurando respostas nas diferentes fontes que estão ao seu alcance.
O conhecimento é um processo continuo que não se esgota, ao absorver um
objeto antes ignorado, o sujeito desperta para o fato de que essa resposta trouxe, no
seu conteúdo, novos questionamentos que necessitam de outras respostas, os quais
também vão originar novas perguntas e assim sucessivamente. Assim, as respostas
encontradas sempre trazem pistas para outros questionamentos, e eliminam
qualquer possibilidade de finitude do processo do conhecimento que sempre irá se
adequar ao tempo e ao espaço nos quais ele acontece.
Se o conhecimento é um processo, a ciência é um dos seus resultados. A
ciência é um tipo de conhecimento que, pelas suas especificidades, garante um
resultado mais exato, objetivo, seguro, embora passível de críticas e de
questionamentos, e sua validade não é eterna e nem absoluta. A ciência é o
conhecimento que a academia tende a valorizar com mais afinco, porque ela
responde, com maior rigor, aos questionamentos que são levantados sobre os
objetos desconhecidos e, além de responder, é também capaz de fazer
recomendações baseadas em orientações mais sólidas e seguras. Tudo isso faz da
ciência um conhecimento reconhecido e credibilizado pela academia.
Porém, vale destacar que essa posição privilegiada da ciência deve-se ao
método científico, este elemento garante à ciência a precisão dos seus resultados.
Ao adotar o método científico, o cientista está se amparando num recurso que lhe
permite desenvolver o processo do conhecimento com disciplina, rigor, segurança e
o mais próximo possível da exatidão, em relação aos dados que ele produz.
Entretanto, é necessário lembrar que não existe ciência totalmente verdadeira, as
falhas sempre estarão presentes, e isso é salutar na medida em que elas estimulam
novos resultados.
A academia é responsável por produzir e reproduzir ciência e isso envolve
todos aqueles que dela participam. Docentes e discentes são parte do processo de
construção do conhecimento científico e devem interagir a partir de uma relação de
troca de informação e parceria, superando a relação que prevaleceu no passado de
transmissor (professor) e receptor (aluno) do conhecimento.
Para isso o aluno mestrando deve conhecer o método científico e a sua
aplicação na produção científica, para que possa reconhecer e valorizar este recurso
nas suas elaborações individuais, associando-o às perspectivas teóricas que serão
utilizadas adequadamente aos seus objetos de estudo.
2 O MÉTODO CIENTÍFICO
O Método Científico reúne um conjunto de elementos práticos e teóricos que
se destinam a indicar o rumo apropriado para descobrir as respostas dos
questionamentos que são feitos sobre o objeto de estudo. É o recurso que facilita o
alcance dos resultados esperados. Ele aponta a direção que deve ser seguida, a
partir das teorias e das técnicas a serem utilizadas na busca do conhecimento.
Porém, é necessário esclarecer que a escolha de determinadas teorias e técnicas
não são aleatórias, ela está em conformidade com o objeto de estudo selecionado.
Alguns estudiosos da Metodologia Científica (GIL, 1994; FACHIN, 1993, e
outros) dividem o Método Científico em dois eixos: geral ou de raciocínio e
específicos ou de procedimento. Para eles, os métodos de raciocínio são aqueles
que consideram os fundamentos e a forma lógica de pensar o objeto estudado,
estes métodos estão relacionados ao plano geral da pesquisa. Já os métodos de
procedimentos correspondem à aplicação prática adotada na investigação do objeto
de estudo e estão relacionados às etapas mais concretas da pesquisa.
Os métodos dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico
são formas de pensar racionalmente o objeto de estudo, enquanto os demais
métodos são formas de proceder para garantir a apreensão do objeto.
A dedução consiste em pensar o objeto partindo de uma premissa geral para
se chegar a situações específicas, neste caso a conclusão deverá ser compatível
com a premissa geral. Esta forma de raciocínio parte do complexo para o simples; a
indução consiste na relação inversa, parte-se de uma situação específica para se
chegar a uma conclusão que representa uma sucessão de fatos semelhantes. Neste
caso, parte-se do simples para o complexo; o método hipotético-dedutivo tem origem
na percepção de uma lacuna no conhecimento e sugere a elaboração de hipóteses
que devem ser testadas na tentativa de falseá-las e encontrar respostas o mais
próximo possível da verdade; o método dialético é uma forma de raciocínio que
prevê contradições inerentes ao objeto de estudo e que a superação de tais
contradições sugerem novas “verdades” passíveis de outras contradições; o método
fenomenológico corresponde ao conhecimento do objeto de estudo a partir das
noções de quem vivencia a experiência.
Os métodos comparativo, histórico, estatístico, ecológico, sistêmico e
etnográfico, são exemplos de métodos de procedimento. O método comparativo
busca identificar similitude e diferenças entre dois ou mais fenômenos estudados; o
método histórico pretende identificar ocorrências do passado que possam explicar
determinadas situações do presente; o método estatístico é aplicado ao estudo de
certos aspectos da realidade quando se quer medir o grau de correlação entre dois
ou mais fenômenos; o método ecológico corresponde ao estudo das relações
existentes entre o homem e o meio em que vive, consiste na análise do processo de
interação entre os fatos sociais e os elementos da natureza; o método sistêmico
parte do princípio de que a mudança de qualquer um dos elementos que compõe o
sistema implica na alteração de todos os outros, os fenômenos são compreendidos
como um todo estruturado e devem ser analisados dessa forma; o método
etnográfico tem origem na antropologia social, e o seu significado etimológico pode
ser “descrição cultural”, pois corresponde ao estudo da sociedade e da cultura, seus
valores e práticas, a partir de sua “descrição densa”, a qual ultrapassa a mera
compilação de fatos externos ao pesquisador; o método experimental reproduz o
fenômeno investigado em condições criadas pelo pesquisador, o qual seleciona
unidades de estudo equivalentes e aplica estímulos diferenciados a cada uma delas,
é o chamado grupo de controle, o objeto de estudo é submetido à influência de
determinadas variáveis, sob condições controladas, para que sejam observados os
resultados. Estes são apenas alguns exemplos de métodos, mas vale ressaltar que
existem outros, que podem ser utilizados, dependendo do objeto a ser investigado.
3 A PESQUISA CIENTÍFICA
É um exercício prático de busca e apreensão do conhecimento. Trata-se de
uma prática intelectual e técnica submetida a uma organização prévia, a qual prevê
disciplina, estudo, sistematização, análise e interpretação.
A pesquisa científica obedece à lógica do ciclo, o qual reúne três etapas:
Planejamento; execução e resultados, nesta ordem.
PLANEJAMENTO EXECUÇÃO RESULTADOS
A etapa do Planejamento corresponde à elaboração do Projeto de Pesquisa,
o qual corresponde à materialização de um planejamento que nos permite realizar a
pesquisa com objetividade, clareza, exatidão e sem perda de tempo, utilizando as
informações adquiridas com critérios pré-estabelecidos e disciplina. Para a
elaboração desta etapa o pesquisador define, inicialmente, o assunto sobre o qual
deseja pesquisar; o seu objeto de estudo e a problematização deste objeto. A partir
daí, ele elabora os demais elementos que compõem o Projeto.
Depois da elaboração do Projeto segue-se a etapa da execução que consiste
da busca das informações necessárias para alcançar os objetivos pretendidos e
para responder aos questionamentos e/ou superar lacunas do conhecimento acerca
do objeto de estudo apresentado no Projeto. Esta etapa também é conhecida como
Coleta dos dados.
A etapa final, que corresponde aos Resultados, é elaborada a partir da
obtenção dos dados, da análise e interpretação destes. Segundo a orientação de
Triviños (1996, p.161), o processo de análise segue esta ordem: “forma: pré-análise
(organização do material), descrição analítica dos dados (codificação, classificação,
categorização), interpretação referencial (tratamento e reflexão)”.
Para Gil (1999, p.166):
A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de tal forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos.
O resultado da pesquisa pode ser apresentado por meio de diferentes formas
de trabalho, dependendo dos propósitos da pesquisa. As formas de apresentar o
resultado são as seguintes: Relatórios de Pesquisa; Artigo Científico; Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC); Monografia; Dissertações; Teses e Comunicações para
apresentação em eventos. Cada uma dessas formas de apresentação do resultado
possui estrutura distinta, que deve ser considerada pelo pesquisador.
3.1 TÉCNICAS DE PESQUISA
São recursos utilizados pelo pesquisador por ocasião da realização da
coleta de dados, através dos quais ele obtém as informações necessárias para
alcançar o resultado previsto. São exemplos de técnicas de pesquisa:
A Observação
O Questionário
O Formulário
Entrevista (Dirigida ou Informal)
Grupo Focal;
Análise de discurso
Análise de Conteúdo
História de vida
História oral
Pesquisa Bibliográfica
3.2 TIPOS DE PESQUISA
Em relação aos tipos de pesquisa, foi considerada a classificação de Gil
(2002) para fins de organização do procedimento metodológico.
3.2.1 Tipos de pesquisa quanto à sua natureza:
Pesquisa Pura, Teórica ou Básica: desenvolve conhecimentos novos,
úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista;
Pesquisa Aplicada: realizada com o propósito de gerar conhecimentos
para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos;
3.2.2 Tipos de Pesquisa quanto à abordagem do problema proposto:
Pesquisa Qualitativa: busca interpretar o fenômeno que investiga. É a
interpretação das interpretações dos sujeitos sobre as suas perspectivas, os
fatos que testemunham e as suas práticas. Privilegia a análise de
microprocessos por meio do estudo das ações sociais dos indivíduos e dos
grupos, e parte do princípio de que o homem é produto e produtor de um
constructo mental intersubjetivo, o qual orienta a sua percepção sobre a
realidade Este tipo de pesquisa dispensa medidas numéricas e análises
estatísticas, seu foco são os aspectos mais profundos e subjetivos do objeto
de estudo;
.Pesquisa Quantitativa: A pesquisa quantitativa pressupõe a
mensuração dos dados de um universo pesquisado ou de uma amostra que
o represente de forma estatisticamente comprovada. A amostra pode ser
aleatória ou por extratos pré-definidos. Este tipo de pesquisa é apropriado
quando o pesquisador trata o objeto como uma realidade externa e objetiva e
ele pretende realizar uma análise das relações entre os fatores que estão
presentes no universo pesquisado. Para isso, o pesquisador busca medidas
quantificáveis de variáveis e inferências a partir de amostras, usa medidas
numéricas para testar construções científicas e hipóteses, ou busca padrões
numéricos relacionados a conceitos cotidianos;
3.2.3 Tipo de pesquisa quanto aos objetivos:
Exploratória: Visa proporcionar maior familiaridade com o problema
com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses para pesquisas
posteriores;
Descritiva: realiza a descrição das características do fenômeno ou o
estabelecimento de relações entre variáveis;
Explicativa: identifica os fatores que determinam ou contribuem para a
ocorrência dos fenômenos. Explica a razão, o “porquê” das coisas
3.2.4 Tipo de pesquisa quanto aos procedimentos técnicos:
Bibliográfica: elaborada a partir de material já publicado, constituído
principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material
disponibilizado na Internet;
Documental: elaborada a partir de materiais que não receberam
tratamento analítico;
Estudo de caso: corresponde ao estudo profundo de uma unidade
social (instituição, grupos; comportamento, etc.) que permita um conhecimento
amplo e detalhado.
Levantamento: considera a interrogação direta das pessoas cujo
comportamento ou situação se deseja conhecer.
4 O PROJETO DE PESQUISA
4.1 DEFINIÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA
Consiste na proposta da pesquisa que será realizada, reunindo todos os
elementos necessários para efetivá-la. Estes elementos indicam os procedimentos
teóricos e práticos que orientam a pesquisa. O Projeto de Pesquisa corresponde à
primeira etapa do ciclo da Pesquisa (Planejamento) apresentada no tópico 5
Pesquisa Científica, sendo o ponto de partida para a produção da Dissertação. A
composição do Projeto obedece à seguinte estrutura, conforme a NBR 15287, de
1/0/2011 (ABNT):
TEMA;
PROBLEMA DA PESQUISA;
HIPÓTESE
OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICOS);
JUSTIFICATIVA;
REFERENCIAL TEÓRICO OU REVISÃO TEÓRICA;
METODOLOGIA;
CRONOGRAMA;
ORÇAMENTO;
REFERÊNCIAS
APÊNDICES E/OU ANEXOS.
4.2 PROCEDIMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA:
Escolher a área de especialização (Assunto) que possui maior conhecimento,
tendo em vista as disciplinas que cursou na fase teórica do mestrado. Se
escolher uma área sobre a qual não dispõe de nenhum conhecimento teórico
ou não participou de nenhuma pesquisa, certamente levará mais tempo para
produzir a dissertação;
Delimitar com precisão o tema a ser investigado;
Conversar com os orientadores e pesquisadores da especialidade escolhida,
a fim de obter esclarecimentos sobre especificidades do tema que poderão
ser estudados, e também para obter informações sobre a bibliografia;
Iniciar as leituras por obras de caráter geral, resenhas e conclusões de
dissertações e teses onde, em geral, estão indicadas as linhas de pesquisas
futuras. O objetivo dessas leituras é a delimitação do problema ou questão a
investigar;
Escolher o método a ser empregado no estudo, pois a qualidade da
dissertação depende da adequação do método ao tema, aos objetivos e às
hipóteses; isso determina, na maioria das vezes, a estrutura de todo o
trabalho.
4.3 ESTRUTURA FÍSICA DO PROJETO
Estrutura Elementos Apresentação
Pré-textuais CAPA FOLHA DE ROSTO LISTA DE ILUSTRAÇÃO LISTA DE TABELAS LISTA DE SIGLAS LISTA DE SÍMBOLOS SUMÁRIO
Obrigatória Obrigatória Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatória
Textuais 1 INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA 1.2 PROBLEMA 1.3 HIPÓTESE 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 Objetivo Geral 1.4.2 Objetivos Específicos 1.5 JUSTIFICATIVA 2 REFERENCIAL TEÓRICO 3 METODOLOGIA 4 CRONOGRAMA 5 ORÇAMENTO
Obrigatória Obrigatória Obrigatória Obrigatória Obrigatória Obrigatória Obrigatória Obrigatória Obrigatória Obrigatória Obrigatória Opcional
Pós-textuais REFERÊNCIAS GLOSSÁRIO APÊNDICE ANEXO
Obrigatória Opcional Opcional Opcional
4.4 ESCLARECIMENTOS SOBRE OS ELEMENTOS DA ESTRUTURA DO
PROJETO DE PESQUISA
Modelos de Capa e Folha de Rosto estão apresentados no anexo 1.
TEMA (OBJETO DE ESTUDO) é uma especificidade que se origina da área
de especialização (assunto), considerando a generalidade do assunto e a
impossibilidade de alcança-lo em sua amplitude, o pesquisador define um
quadro menor para investigar. O pesquisador deve contextualizar de forma
sucinta o tema de sua pesquisa com vistas à situação ou o contexto no qual o
problema será inserido;
PROBLEMA DA PESQUISA indica qual a dificuldade que se pretende
resolver/ responder ou a lacuna do conhecimento a ser superada. Em geral, é
um questionamento sobre algo que desconhecemos e que será respondido
com a realização da pesquisa. Vale lembrar que a pergunta deve ser clara,
direta e objetiva, o que certamente facilitará a obtenção da resposta no
decorrer da pesquisa;
HIPÓTESE é uma suposição relacionada ao problema da pesquisa,
elaborada a partir do conhecimento teórico e prático acerca do assunto.
Responde de forma provisória ao problema da pesquisa. Com a descoberta
da investigação a hipótese pode ser refutada ou corroborada.
OBJETIVO GERAL Indica uma ação ampla, ou seja, a meta que se deseja
alcançar com a realização da pesquisa. Por ser uma ação o verbo utilizado
deve ser na forma verbal de infinito: identificar, compreender, descobrir,
caracterizar, descrever, levantar, traçar, analisar, explicar, etc.;
OBJETIVOS ESPECÍFICOS são ações pormenorizadas e como tal também
são apresentados como indicação das metas que levarão à realização do
objetivo geral;
JUSTIFICATIVA demonstra a importância do objeto de estudo pesquisado,
apresentando dados gerais que possam justificar a pesquisa sobre o tema
para os avanços de ordem científica, social, profissional, institucional e
pessoal, além de informar as motivações pessoais da escolha. Sua
elaboração pressupõe um conhecimento prévio sobre o assunto, sendo que
isso é alcançado com as informações obtidas por meio de leituras.
REFERENCIAL TEÓRICO constitui um quadro teórico cujo pesquisador
circunscreve o seu objeto de estudo com vistas a explicá-lo, utilizando os
seus conceitos e buscando identificar categorias analíticas para a sua
pesquisa, visando à proposição do desenho metodológico. Destaco o que o
diz Minayo (1994, p.19) sobre teoria: “é um conhecimento de que nos
servimos no processo de investigação como um sistema organizado de
proposições, que orientam a obtenção dos dados e a análise dos mesmos, e
de conceitos, que veiculam o seu sentido”.
METODOLOGIA consiste na descrição do procedimento metodológico que vai
orientar a realização da pesquisa. Este procedimento inclui os métodos
utilizados (de raciocínio e de procedimento); os tipos de pesquisa; a
abordagem; as técnicas; o local de realização da pesquisa, no caso de
pesquisa de campo; os sujeitos pesquisados (os informantes); e o universo ou
amostra (população total ou parcial), em casos de pesquisas que envolvem o
método estatístico;
CRONOGRAMA é um mapa das atividades da pesquisa e o período em que
elas deverão ocorrer. O cronograma é flexível, mas o pesquisador deve tentar
obedecê-lo com o maior rigor possível, para alcançar os melhores resultados
em sua pesquisa;
ORÇAMENTO Diz respeito às despesas com a pesquisa referente a todos os
recursos materiais e humanos que serão utilizados. Para fins de Dissertação,
este não é um elemento obrigatório;
REFERÊNCIAS: listagem dos autores utilizados para a elaboração do Projeto.
Deve ser apresentada na ordem alfabética do sobrenome dos autores;
APÊNDICE: apresenta elementos complementares elaborados pelo próprio
pesquisador. Em geral no apêndice consta o modelo do instrumento da
pesquisa que será utilizado na coleta dos dados (questionário, formulário ou
roteiro de entrevista).
ANEXOS: elementos complementares que não são de autoria do autor do
Projeto.
4.5 A PROPOSTA DE DISSERTAÇÃO E O VÍNCULO COM AS LINHAS DE
PESQUISA DO CURSO
A compatibilidade entre os temas de dissertações e as linhas do curso é um
dos critérios que indica a existência de sintonia e coerência entre as partes que
integram um Programa de Pós-graduação, ao mesmo tempo em que demonstra a
qualidade do curso no sentido do avanço do conhecimento e da produção científica.
Com vistas a manter a qualidade do curso e promover a ampliação das
produções acadêmicas, o Programa estabelece à adequação das propostas dos
alunos mestrandos às duas linhas gerais abaixo relacionadas.
a) Gestão, Planejamento e Dinâmica Socioambiental Urbana;
b) Planejamento, Tecnologia e Infraestrutura em Ambientes construídos.
4.6 A PROPOSTA DE DISSERTAÇÃO E O VÍNCULO COM OS PROJETOS EM
DESENVOLVIMENTO
A participação dos alunos mestrandos nos Projetos de pesquisas dos docentes
do Programa de Mestrado é outro critério que valoriza o curso. Os alunos devem
conhecer os projetos em desenvolvimento e deles extrair sub-temas para as suas
dissertações. Com isso, os alunos se vinculam aos Projetos do
professores/orientadores, na condição de participante dos grupos de pesquisa do
Programa.
5 A DISSERTAÇÃO
5.1 DEFINIÇÃO DE DISSERTAÇÃO
A dissertação é uma produção acadêmica que discorre sobre determinado tema,
de forma abrangente e sistemática com vistas ao título de mestre. Sua elaboração
não prevê originalidade, mas requer uma revisão bibliográfica cuidadosa, a
sistematização das ideias apresentadas e conclusões sobre o tema estudado.
De acordo com Pereira (1989), a Dissertação deve revelar conhecimento da
bibliografia atualizada em relação ao tema em estudo e capacidade de
sistematização de ideias oriundas de informações pertinentes. Para Severino (2002,
p. 152), a Dissertação “deve demonstrar uma proposição e não apenas explanar um
assunto”.
É necessário que o aluno mestrando assimile a seriedade da pesquisa que
resultará na elaboração da sua dissertação e obedeça às etapas pré-definidas com
disciplina e rigor. A qualidade da dissertação depende da forma como a pesquisa foi
conduzida. A eficiência na elaboração da dissertação também depende da escolha
de um método adequado ao objeto de estudo e dos objetivos propostos.
Depois de concluída a redação da dissertação e a sua defesa, o aluno poderá
tirar do seu conteúdo elementos para a produção de um artigo e apresentá-lo para
publicação em uma revista de circulação nacional.
Conforme a subseção 3.10 da NBR 14724:2011 (ABNT), Dissertação é:
[...] documentação que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando a obtenção do título de mestre.
Com base na seção 4 da referida norma segue, abaixo, a estrutura da
Dissertação.
5.2 ESTRUTURA FÍSICA DA DISSERTAÇÃO
Estrutura Elementos Apresentação
Pré-textuais CAPA FOLHA DE ROSTO FOLHA DE APROVAÇÃO DEDICATÓRIA AGRADECIMENTO EPÍGRAFE RESUMO EM PORTUGUÊS RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA LISTA DE ILUSTRAÇÃO LISTA DE TABELAS LISTA DE SIGLAS LISTA DE SÍMBOLOS SUMÁRIO
Obrigatória Obrigatória Obrigatória Opcional Opcional Opcional Obrigatória Obrigatória Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatória
Textuais INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO CONCLUSÃO
Obrigatória Obrigatória Obrigatória
Pós-textuais
REFERÊNCIAS GLOSSÁRIO APÊNDICE ANEXO
Obrigatória Opcional Opcional Opcional
5.3 ESCLARECIMENTOS SOBRE OS ELEMENTOS DA ESTRUTURA DA
DISSERTAÇÃO
Modelo de Capa; de Folha de rosto; Ficha Catalográfica e Folha de aprovação estão
apresentados no anexo 2.
O RESUMO é uma síntese da discussão que será apresentada posteriormente
em detalhes. É apresentado num único parágrafo com, no máximo 500
(quinhentas) palavras para dissertações e teses. O resumo deve ser escrito, em
letras de tamanho inferior às do corpo do texto e com entrelinhamento simples.
Abaixo deste deverão constar, no mínimo 03 (três) e no máximo 05 (cinco)
palavras-chave, separadas por ponto;
O SUMÁRIO apresenta as principais divisões, seções e outras partes da
dissertação, na mesma ordem em que o conteúdo é apresentado,
acompanhadas dos respectivos números das páginas. Os títulos das seções
primárias são apresentados em letras maiúsculas e em negrito, os títulos das
seções secundárias, em letras maiúsculas sem negrito, e das seções terciárias
com a primeira letra maiúscula e com negrito (exemplo em anexo). O
alinhamento de todas essas divisões e subdivisões é junto à margem esquerda.
Os números das páginas são alinhados pela margem direita superior, e o título
SUMÁRIO deve ser centralizado;
A INTRODUÇÃO é o primeiro capítulo da Dissertação, no qual deve constar:
uma formulação clara do tema; a sua justificativa; a problemática que foi
levantada; os objetivos pretendidos; a exposição metodológica que orientou a
busca da solução do problema e uma síntese relacionando as partes
constituintes do trabalho. Não deverá apresentar resultados nem conclusões;
DESENVOLVIMENTO corresponde à parte principal do texto que contém a
exposição ordenada e pormenorizada do assunto de forma clara, objetiva e
precisa. O conteúdo é dividido em capítulos, sendo que cada capítulo tratará de
um subtema derivado do tema geral proposto. Essa exposição supõe três
momentos: explicação (tornando evidente o que estava implícito, obscuro ou
complexo); discussão (comparando as várias posições que se contrapõem) e
demonstração (aplicando a argumentação apropriada à natureza do trabalho,
partindo de verdades estabelecidas para a produção de novas verdades). A
palavra DESENVOLVIMENTO não deve constar no conteúdo da Dissertação;
CONCLUSÃO ou CONSIDERAÇÕES FINAIS é a parte final do texto, onde se
afirma, sinteticamente, a ideia central do trabalho e dos pormenores
apresentados no texto; os comentários sobre a contribuição da pesquisa e a
abertura para novas propostas. Neste item do trabalho também são admitidas
sugestões e/ou recomendações.
REFERÊNCIAS corresponde à listagem das obras que foram citadas no
conteúdo da Dissertação. O sistema de ordenação das Referências, adotado é o
de ordem alfabética, sem a separação por tipo de obra. As referências devem
ser alinhadas somente à margem esquerda do texto, de forma a se identificar
cada documento e apresentadas em espaço simples (1,0), separadas entre si
por espaço 1,5.
GLOSSÁRIO é uma lista de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou
de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas
definições. É apresentada em ordem alfabética.
APÊNDICE é um elemento opcional que consiste em um texto ou documento
elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação.
ANEXO outro elemento opcional que consiste em um texto ou documento não
elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração.
A NBR 14724:2011 (ABNT), também recomenda que os trabalhos acadêmicos
sejam elaborados em papel formato A4 de cor branca ou papel reciclado; com
margens superior e esquerda 3 cm e inferior e direita 2 cm; o trabalho deve ser
digitado em cor preta com fonte de tamanho 12 para todo o conteúdo, exceto as
citações com mais de três linhas, as notas de rodapé, as legendas e fontes das
ilustrações e das tabelas, a paginação e os dados internacionais de catalogação na
publicação (ficha catalográfica colocada no verso na folha de rosto), que devem ser
em tamanho menor e uniforme(recomenda-se fonte 10). O trabalho deve ser digitado
com espaçamento 1,5 entre as linhas, exceto as citações de mais de três linhas, as
notas de rodapé, as referências, as legendas das ilustrações e das tabelas, o texto
que aparece na folha de rosto e na folha de aprovação onde consta o tipo do
trabalho, o objetivo, o nome da instituição e a área de concentração, que devem ser
digitados em espaço simples. Para efeito de paginação, todas as folhas devem ser
contadas sequencialmente a partir da folha de rosto, mas a numeração deve constar
a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior
direito da folha, a 2 cm da borda superior. A NBR 14724:2011 não estabelece um
tipo de fonte mas recomenda-se para a Dissertação Time New Roman ou Arial.
Os autores que constam no conteúdo do trabalho podem ser citados das
seguintes formas: por meio de citação direta; de citação indireta; de citação da
citação (com o uso do apud) ou em notas de rodapé.
6 A ORIENTAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
6.1 ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR ORIENTADOR E A RELAÇÃO
ORIENTADOR/ORIENTANDO
Neste item cabe destacar a relevância do caráter profissional desta relação.
Professor/orientador e aluno/mestrando devem entender a orientação como uma das
fases do processo de construção da Dissertação. Dessa forma, devem firmar um
compromisso que prevê disciplina e prazos de ambos os lados, para garantir o êxito
da orientação e a qualidade do trabalho final.
Orientar, neste caso, significa empoderar o orientando a buscar os recursos
necessários para a sua produção, incentivando-o a despertar para a sua capacidade
de pesquisar e de descobrir o melhor caminho para ter um resultado exitoso, por
meio de esclarecimentos acerca do objeto de estudo apresentado pelo orientando;
da metodologia adequada; da indicação bibliográfica pertinente e da correção da
produção do orientando durante todo o processo de construção da Dissertação.
Mas, vale lembrar que a orientação não é uma “camisa de força” que tira do
orientando a possibilidade de ser criativo e de realizar o seu estudo sobre um tema
que considera relevante, pois, embora a vinculação do objeto de estudo dos
alunos/orientandos às linhas de pesquisas previamente definidas e aos Projetos de
Pesquisas desenvolvidos pelos professores/orientadores seja uma exigência do
Mestrado, isso não significa que o professor /orientador deva escolher o objeto de
estudo do seu orientando, o que cabe a ele são os esclarecimentos sobre a forma
como este objeto de estudo pode se adequar às tais exigências.
Ao aluno/orientando cabe, inicialmente, a tarefa de refletir sobre as disciplinas
do curso, a sua vivencia acadêmica e a própria realidade ao seu redor para construir
um objeto de estudo sobre o qual pretende investigar. Esta tarefa exige leitura,
estudo e observação constantes para evitar situações que se repetem nos cursos de
pós-graduação a exemplo do aluno que, no final do curso, ainda não sabe o que
quer pesquisar e acredita que é dever do orientador elaborar um objeto de estudo
para ele. Portanto, o aluno mestrando deve estar atento para as disciplinas
cursadas; para as leituras e atualização de bibliografias visando à elaboração do seu
trabalho final e a sua autonomia intelectual.
6.2 A FREQUÊNCIA DOCENTE/DISCENTE
A frequência docente/discente no processo de orientação é um aspecto que
tende a acelerar e facilitar a elaboração da Dissertação, pois ambos estão em
contato permanente e revisando a produção. Numa situação contrária, as
dificuldades e lacunas do trabalho se perdem nos longos espaços de tempo dos
encontros entre orientando e orientador, e só serão identificadas no momento da
qualificação, quando serão apontadas pelos avaliadores.
Com vistas a facilitar as etapas da orientação, no sentido de manter
orientador e orientando em sintonia acerca do conteúdo; das discussões; da
indicação de bibliografia; das dificuldades e pendências, a orientação será
acompanhada pelas folhas de frequência docente e discente que constam no anexo
3.
7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
7.1 A QUALIFICAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
A qualificação da Dissertação é o momento em que o aluno/mestrando terá a
oportunidade de fazer revisões, ajustes e acréscimos na sua produção, com base
nas avaliações e sugestões dos professores que formam a banca de qualificação.
Mas para que isso aconteça é necessário que esta produção já esteja avançada ao
ponto de incluir as opiniões consideradas pertinentes. Para isso, além do Projeto,
deve ser apresentado um capítulo indicando o avanço do conteúdo teórico e as
primeiras iniciativas do trabalho de campo, como os contatos iniciais com os
informantes e o teste da técnica pretendida, para que os avaliadores possam refletir
sobre o procedimento metodológico adotado.
Com vistas ao esclarecimento acerca da avaliação, consta a ficha de avaliação
da qualificação no anexo 4.
7.2 A DEFESA DA DISSERTAÇÃO
A defesa da dissertação corresponde à avaliação final da Dissertação por uma
Banca Examinadora composta pelo Professor Orientador, e 2 (dois) docentes com
título de doutor. Este é o momento crucial para o aluno/mestrando pois, dependendo
da qualidade do trabalho, ele será aprovado ou não.
Conforme o Art. 45, Capítulo XIV (Do Exame de Defesa) disposto no
Regulamento 2012: Será considerado aprovado na defesa da Dissertação, o aluno
que obtiver nota mínima igual ou superior a sete (7,0) pontos de cada examinador. O
prazo da defesa deve ser após 30 (trinta) dias do depósito.
Para conhecimento do aluno sobre os critérios adotados pela Banca que avalia
a produção e defesa da Dissertação, consta a ficha de avaliação no anexo 5.
8 A RELAÇÃO DAS DISCIPLINAS COM A PRODUÇÃO DA DISSERTAÇÃO E A
AVALIAÇÃO DAS DISCIPLINAS
As disciplinas do Mestrado visam promover conhecimento e reflexão acerca
de determinados assuntos para a produção da Dissertação. Nesse sentido, a
avaliação de tais disciplinas deve ser um meio de demonstrar em que medida o
aluno assimilou o conteúdo ministrado e foi capaz de produzir sobre este conteúdo.
Para isso, após o final de cada disciplina será exigido do aluno um produto, a critério
do professor, com o prazo de entrega 30 (trinta) dias após o final da disciplina.
Trabalhos do tipo paper1 e seminários de textos são indicações apropriadas para
finalizar as disciplinas. No anexo 6 constam as orientações sobre o paper.
9 A SUBMISSÃO AO COMITÊ DE ÉTICA
O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNAMA é o colegiado institucional de
natureza técnico-científica, responsável pela avaliação e acompanhamento dos
aspectos éticos de todas as pesquisas envolvendo seres humanos. Para isso, o
CEP fornece para preenchimento dos pesquisadores proponentes: o modelo dos
1 Paper é uma síntese de pensamentos aplicados a um tema específico. Deverá ser original e reconhecer a fonte do material utilizado. Em português, a palavra corresponde a ensaio, conforme Medeiros (2008).
TERMOS DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO2 (TCLEs), que consiste
em um documento onde consta o contrato do pesquisador com o sujeito da pesquisa, e
estão divididos em TCLEs para pesquisas com “maiores” e TCLEs para pesquisa
com “menores”; do Protocolo de Pesquisa, documento onde constam as
especificidades da proposta de pesquisa submetida, e também informa, por meio do
seu Regimento Interno3, às exigências aos pesquisadores em relação à submissão
dos Projetos (art 16º do Capítulo III); ao material necessário para a submissão (art.
20º do capítulo IV) e aos prazos que devem ser observados pelos pesquisadores
(art. 21º do capítulo IV).
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e documentação – Artigo em publicação periódica científica impressa- apresentação. Rio de Janeiro, 2011. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15287: informação e documentação – Projeto de Pesquisa- apresentação. Rio de Janeiro, 2011. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação – Trabalhos Acadêmicos- apresentação. Rio de Janeiro, 2011. FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia: São Paulo: Atlas, 1993. GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1995. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. _____________________. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999. MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2008. MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 22 ed..Petrópolis - RJ: Vozes, 1994.
2 Conforme orientações do CEP, “O TCLE é um documento que expressa o compromisso de cumprimento de cada uma das exigências definidas na Resolução CNS 196/96, configurando-se, assim, em uma declaração elaborada pelo pesquisador, em que ele esclarece, ao sujeito voluntário, a pesquisa pretendida”. 3 Consultar Comitê de Ética em Pesquisa. Regimento Interno CEP UNAMA. http://www.unama.br/novoportal/cep/
PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. O equívoco dos mestrados. In: Isto é Senhor, n. 1019, 29 março 1989. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico.22 ed. Revista e ampliada. São Paulo: Cortez, 2002. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas , 1987.
ANEXO 1: MODELOS DE CAPA E FOLHA DE ROSTO DO PROJETO DE PESQUISA
CAPA
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA- UNAMA
Marina de Oliveira Cardoso
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL URBANA: um estudo sobre as iniciativas para proteger o meio ambiente contra a queima de combustíveis fósseis do setor de transporte, com base no indicador pegada ecológica
BELÉM 2012
FOLHA DE ROSTO
Marina de Oliveira Cardoso
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL URBANA: um estudo sobre as iniciativas das cidades brasileiras para defender o meio ambiente contra a queima de combustíveis fósseis do setor de transporte.
Projeto de Pesquisa apresentada ao Programa de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano da Universidade da Amazônia para efeito de Avaliação da primeira etapa da Pesquisa Científica.. Orientador: Prof. Dr. Antônio dos Santos Brito
BELÉM
2012
ANEXO 2: MODELOS DE CAPA; FOLHA DE ROSTO; FICHA CATALOGRÁFICA E FOLHA DE APROVAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
CAPA
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA- UNAMA
Marina de Oliveira Cardoso
AS CIDADES BRASILEIRAS E O MOVIMENTO SUSTENTÁVEL: iniciativas para proteger o meio ambiente urbano contra a queima de combustíveis fósseis do setor de transporte.
BELÉM 2012
FOLHA DE ROSTO
Marina de Oliveira Cardoso
AS CIDADES BRASILEIRAS E O MOVIMENTO SUSTENTÁVEL: iniciativas para proteger o meio ambiente urbano contra a queima de combustíveis fósseis do setor de transporte.
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano da Universidade da Amazônia como requisito para obtenção do título de Mestre. Orientador: Prof. Dr. Antônio dos Santos Brito
BELÉM
2012
FICHA CATALOGRÁFICA (colocada no verso da folha de rosto)
Cardoso, Marina de Oliveira
As cidades brasileiras e o movimento sustentável: iniciativas para proteger o meio ambiente urbano contra a queima de combustíveis fósseis do setor de transporte / Marina de Oliveira Cardoso. 2012. 190 f.
Orientador: Dr. Antônio dos Santos Brito. Dissertação de Mestrado – Universidade da Amazônia-UNAMA, Curso de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano, Belém, PA, 2012.
1. Sustentabilidade ambiental. 2. Cidades sustentáveis. 3. Iniciativas protetivas do meio ambiental. I. Brito, Antônio dos Santos. II. Universidade da Amazônia. Curso de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano. III. Título.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Marina de Oliveira Cardoso
AS CIDADES BRASILEIRAS E O MOVIMENTO SUSTENTÁVEL: iniciativas para proteger o meio ambiente urbano contra a queima de combustíveis fósseis do setor de transporte
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano da Universidade da Amazônia como requisito para obtenção do título de Mestre.
Banca Examinadora _____________________ Prof. Dr. (Orientador) _____________________ Prof. Dr. (Examinador) _____________________ Prof. Dr. (Examinador) Apresentado em: ___/___/___ Nota:___________
BELÉM 2012
ANEXO 3: MODELO DE FOLHA DE FREQUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO PROGRAMA DE MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE URBANO
FREQUÊNCIA DE ORIENTAÇÃO
ORIENTADOR(A): ___________________________________________________________________
ORIENTANDO: ___________________________________________________________________
DATA; ______/_______________/________
HORÁRIO: ___________________________________________
LOCAL: ___________________________________ ASSUNTO TRATADO: ___________________________________________________________________ _________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
Assinatura do Orientador
Assinatura do Orientando
OBS: ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
ANEXO 4: MODELO DE FICHA DE AVALIAÇÃO DA QUALIFICAÇÃO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO PROGRAMA DE MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE URBANO
FICHA DE AVALIAÇÃO DA QUALIFICAÇÃO
Item a ser avaliado Pontuação Nota do Professor A
Nota do Professor
B
Nota do Professor
C 1- Apresentação oral do Projeto de
pesquisa com domínio e segurança quanto aos seus elementos (o aluno deve demonstrar conhecimento do seu projeto para não ser necessária a leitura dos slides que servirão apenas para orientar a apresentação).
0-1,5
2- Tema e problema da pesquisa correspondente à linha de pesquisa informada, elaborados de forma clara e objetiva.
0-1
3- Referencial teórico compatível com o problema e com a metodologia, destacando as teorias adotadas e os conceitos que serão utilizados.
0-1
4- Metodologia de acordo com os objetivos propostos.
0-1,5
5- Uso adequado de recursos didáticos, no máximo 10 (dez) slides com o máximo de 08 (oito) linhas cada um.
0-1
6- Apresentação das referências (autores citados no conteúdo).
0-0,5
7- Uso de linguagem acadêmica, evitando expressões e afirmações do senso comum, sentimentalismos e comparações com fatos relacionados com a vida pessoal.
0-1
8- Obediência ao tempo estabelecido (até 20 minutos)
0-0,5
9- O Projeto escrito deve obedecer às normas da ABNT.
0-2
NOTA GERAL
ANEXO 5: FICHA DE AVALIAÇÃO DA DEFESA DO MESTRADO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO PROGRAMA DE MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE URBANO
FICHA DE AVALIAÇÃO DA DEFESA DA DISSERTAÇÃO
Item a ser avaliado Pontuação Nota do Professor A
Nota do Professor B
Nota do Professor C
1-Defesa oral das ideias, resultados e interpretações contidas na Dissertação de forma clara, simples e objetiva (o aluno deve demonstrar conhecimento do conteúdo da sua dissertação para não ser necessária a leitura dos slides que servirão apenas para orientar a apresentação).
0-2
2-Introduzir o trabalho esclarecendo como ocorreu o processo da pesquisa e de que forma chegou aos resultados que apresentará posteriormente, mostrando a metodologia adequada.
0-1
3-Apresentar os resultados esclarecendo a correspondência destes com os objetivos e com o problema da pesquisa.
0-1
4-Uso de linguagem acadêmica, evitando expressões e afirmações do senso comum, sentimentalismos e comparações com fatos relacionados com a vida pessoal.
0-1
5-Uso adequado de recursos didáticos, no máximo 10 (dez) slides com o máximo de 08 (oito) linhas cada um.
0-1
6-Apresentação das referências (autores citados no conteúdo).
0-1
7-Obediência ao tempo estabelecido (até 20 minutos)
0-1
8-A Dissertação na forma escrita obedece as normas da ABNT.
0-2
NOTA GERAL
ANEXO 6: ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO PAPER
A Estrutura do paper segue a mesma recomendada para os artigos científicos NBR
6022 Maio de 2003 (ABNT)
1 Elementos pré-textuais a) TÍTULO E SUBTÍTULO (se houver); b) NOME (s) do(s) autor(es); c) RESUMO na língua do texto; d) PALAVRAS-CHAVE na língua do texto. 2 Elementos textuais a) INTRODUÇÃO; b) DESENVOLVIMENTO; c) CONCLUSÃO. 3 Elementos pós-textuais a) TÍTULO, E SUBTÍTULO (se houver) em língua estrangeira; b) RESUMO em língua estrangeira; c) PALAVRAS-CHAVE em língua estrangeira; d) NOTA (s) explicativa(s); e) REFERÊNCIAS; f) GLOSSÁRIO; g) APÊNDICE(s); h) ANEXO(os)