Observatório das Metrópoles
Projeto INCT – 2009/2011
Estudo sobre as formas de provisão da moradia e seus impactos na re-configuração espacial das metrópoles
Coordenadores: Luciana Corrêa do Lago e Adauto Cardoso
Década de 2000:
Retomada dos financiamentos públicos para o setor imobiliário.
Reestruturação do setor imobiliário Novas empresas construtoras/incorporadoras surgem no mercado com produção em grande escala, direcionada não apenas às classes superiores, mas alcançando os setores médios baixos e populares nas periferias das metrópoles.
Retomada do financiamento para habitação popular, seja em áreas periféricas, seja em áreas mais centrais.
Expansão da produção habitacional por autogestão coletiva, em especial através de cooperativas de moradores.
Manutenção da autogestão individual (autoconstrução) como principal alternativa de acesso à moradia, com maior desenvolvimento da subcontratação de serviços, através de redes locais.
Alterações na localização dos sub-mercados imobiliários formais e informais.
Alterações nas condições de disputa pelo território e pelo fundo públicoentre os capitais do setor imobiliário eentre o capital imobiliário e os cidadãos.
Objetivos:
1. Investigar três formas de produção da moradia – empresarial, associativa e auto-construída - direcionadas às “classes média-baixa e popular” e suas localizações na metrópole. Obs: produção estatal.
2. investigar as possibilidades de democratização do acesso à “moradia digna”, colocando em pauta (i) quais elementos caracterizam a qualidade de tal moradia, com destaque para a sua localização, (ii) as diferentes funções do Estado nesse processo e (iii) as condições e as barreiras para a difusão de formas de produção associativas.
Base de informações:
1. Condições de financiamento federal, estadual e municipal.2. Marcos regulatórios.3. Localização espacial e acessibilidade (serviços).4. Qualidade da habitação.5. Quantidade de unidades.6. Custos fundiários e de produção.
Produção associativa
Produção empresarial
Auto-construção
Equipes:
RJ: nacional/RMRJ
SP: RMSP/S. André
POA: RMPOA
GO: RMGO
FO: RMFO
BH: RMBH
BE: Belém (?)
Equipe:
RJ: nacional/RJ/SP/
RMPOA/BH/SA (?)
Equipes:
RJ: RMRJ
FO: RMFO
Política Habitacional
condições de financiamento (normas e processos); marcos regulatórios.
Equipe RJ - coordenação
1. Política habitacional no Governo Lula:
1.1. A nova política habitacional e a redistribuição dos recursos públicos:
- Da promoção pública para a privada: Enfraquecimento dos municípios como promotores dos novos empreendimentos (SNHIS) e a entrada do setor privado como responsável (definição dos projetos e tipologias, custos, localização, público alvo) (PMCMV).
- Regulação: MCidades e CEF, atribuindo aos municipios controle sobre localização e qualidade dos empreendimentos. Porém, os municípios não tem condições políticas nem capacidade administrativa para cumprir essa função. Os novos instrumentos previstos do Estatuto da Cidade e nos PDs não têm sido utilizados. Mesmo municípios com delimitação de ZEIS em áreas vazias, não utilizam essas áreas para localização dos novos empreendimentos populares.
- Controle social: Fim do controle social, sobre os novos empreendimentos de HIS, como definido no âmbito do SNHIS, tanto a nível federal quanto local.
1.2. O papel da burocracia na democratização do acesso aos recursos: estrutura administrativa e estrutura de interesses no campo da política habitacional: Caixa Econômica e Prefeituras.
- Diferenças nos procedimentos burocráticos da CEF e das Prefeituras entre os programas MCMV Empresarial (agilidade) e MCMV Entidades (morosidade). Em ambos, baixa capacidade de absorver inovações projetuais e tecnológicas.
- A dimensão de processo e de aprendizagem dos agentes envolvidos é uma percepção comum aos que estão diretamente envolvidos com a implementação desse tipo de programa. E os próprios técnicos da CEF fazem parte desse processo de aprendizagem em sua relação com os novos agentes da política habitacional e suas peculiaridades – as entidades e movimentos sociais – em contraposição aos tradicionais agentes – as construtoras e empreiteiras.
Financiamento Habitacional no BrasilUnidades - 1970/2009
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
450.000
19
70
19
72
19
74
19
76
19
78
19
80
19
82
19
84
19
86
19
88
19
90
19
92
19
94
19
96
19
98
20
00
20
02
**
20
04
**
20
06
**
20
08
FGTS
SBPE*
Fonte: Banco Central, ABECIP e Caixa(*)O nº de moradias financiadas com recursos do SBPE é obtido pela soma dos financiamentos para a aquisição de imóveis (novos e usados) e para a construção (que a partir de Janeiro de 1998 inclui também Materiais de Construção, Reforma e Ampliação)(**) No FGTS inclui unidades habitacionais financiadas nos programas Carta de Crédito Individual, Mat. de Construção,Imóvel na Planta/Apoio à Produção e Pró-Moradia.
Crise do BNH
Collor
Sarney
FHC
Lula
1.3. Financiamento habitacional.
1.3. Financiamento habitacional.
Entre 2003 e 2009, o volume de investimentos públicos para o setor habitacional foi ampliado em aproximadamente 600%, saindo do patamar de R$ 5,7 bilhões para cerca de R$ 69,2 bilhões em 2009, totalizando R$ 154,3 bilhões. Segundo dados do governo, teriam sido beneficiadas mais de 4,6 milhões de famílias (BRASIL/MCID/SNH, 2010). Outro fato relevante foi o redirecionamento dos investimentos para as famílias de mais baixa renda, através do FNHIS, do FDS (Programa Crédito Solidário), do FAR (Programa de Arrendamento Residencial) e do FGTS (Programa Pró-Moradia) que, a partir de 2009, ganharam um rótulo comum: PMCMV.
Em algumas regiões do país, é significativa e expansão da produção habitacional por autogestão coletiva, em especial através de cooperativas, em função da criação de programas federais específicos para essa forma de produção, que já aportaram, em três anos, cerca de R$ 600 milhões para a produção de 28 mil unidades habitacionais.
2. Produção Empresarial:
2.1. Relações entre a reestruturação do setor imobiliário e o Programa MCMV:
- Desde 2004 começa um processo de reestruturação com abertura de capital na bolsa e com progressiva diversificação geográfica e de público alvo e com forte concentração do capital no setor:
- Maio de 2009: 22 empresas de capital aberto e as 5 maiores cias controlavam 58% do mercado habitacional no RJ e 27% em São Paulo. A Cyrella, maior empresa, atua em 11 estados.
- A crise de 2009, atinge essas empresas no momento em que estavam com parte significativa do capital imobilizada em reservas fundiárias. Nessa conjuntura, o Programa MCMV veio resolver essa barreira ao desenvolvimento do processo de acumulação do setor.
- O MCMV reduz enormemente os riscos das empresas, tornando a atuação para baixa renda mais rentável e segura.
2.2. A produção empresarial para baixa renda: avaliação da produção nas metrópoles.
1. Periferização da produção.
2. Distribuição intra-metropolitana desigual.
3. Ampliação da escala (grande empreendimentos).
4. Qualidade da moradia (estudos de caso).
Periferização (diferenciada entre as metrópoles)
Região Metropolitana
Empreendimentos no Município Pólo
Total unidades Município pólo
Empreendimentos nos outros
municípios da RM
Total de unidades
outros municípios
Total de unidades na
RM
RM Rio Branco 10 1873 0 0 1873RM Belém 0 0 8 2379 2379RM Palmas 5 934 0 0 934RM Porto Velho 2 480 0 0 480RM Boa Vista 3 1050 0 0 1050
Subtotal 20 4337 8 2379 6716RM Salvador 16 5908 16 7412 13320RM Fortaleza 2 352 6 1224 1576RM Natal 0 0 17 4534 4534RM São Luiz 9 3000 52 14851 17851RM João Pessoa 2 828 0 0 828RM Recife 0 0 2 848 848RM Teresina 10 4355 7 2892 7247RM Aracajú 1 281 1 251 532
Subtotal 40 14724 101 32012 46736RM Goiania 8 2752 6 2208 4960RM Brasília 0 0 2 303 303RM Campo Grande 8 1572 0 0 1572RM Cuiabá 5 2243 6 2380 4623
Subtotal 21 6567 14 4891 11458RM Belo Horizonte 0 0 14 3256 3256RM São Paulo 3 680 22 3694 4374RM Campinas 3 2920 0 0 2920RM Santos 0 0 14 1600 1600RM Rio de Janeiro 23 8510 22 5527 14037
Subtotal 29 12110 72 14077 26187RM Curitiba 11 2757 4 1343 4100RM Londrina 16 3469 2 240 3709RM Maringá 1 108 1 343 451RM Porto Alegre 3 992 13 2668 3660RM Florianópoles 0 0 1 320 320
Subtotal 31 7326 21 4914 12240141 45064 216 58273 103337
sul
sude
ste
cent
ro-
oest
eno
rdes
teno
rte
TotalFonte: Ministério das Cidades. Posição 04/05/2010
Periferização – Rio de Janeiro
Periferização – São Paulo
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.00020
00
2002
2004
2006
2008
2010
total
até 130 mil
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
% Pólo
% RM
Fonte: Embraesp
Periferização Belo Horizonte
Distribuição intra-metropolitana dos empreendimentos
No caso da RMRJ, até maio de 2010 não haviam sido ainda aprovados projetos nos municípios de: Niterói, Maricá, Tanguá, Itaboraí, Nilópolis, Paracambi, Mangaratiba, Magé, São João de Meriti, Guapimirim, Itaguaí, Japeri e Belford Roxo. Se alguns destes apresentam altas densidades e pouca área disponível para novos empreendimentos, o que justificaria a sua exclusão, outros estão exatamente situados em áreas de forte dinâmica demográfica e urbana, caso de Itaboraí, onde se desenvolve as obras do novo pólo petroquímico e onde a demanda por moradia e o conseqüente crescimento de assentamentos precários vem se revelando um processo extremamente preocupante. Destaca-se aqui que, deixada a oferta ao sabor do mercado, grande parte do território ficará desassistida, apesar das pretensões universalistas do programa.
Ampliação da escala (grandes empreendimentos)
Região Metropolitana
Numero de Empreendimentos
com aprovações em etapas
Numero de etapas
aprovadas
Total de unidades
Média de empreendimentos
agrupados na Região
Média de unidades por empreendimentos
agrupados na Região
RM Rio Branco 2 5 915RM Belém 1 2 712RM Palmas 1 2 224RM Porto Velho 1 2 480RM Boa Vista 1 2 1000Subtotal 6 13 3331RM Salvador 6 19 8259RM Fortaleza 1 3 688RM Natal 4 12 3333RM São Luiz 9 49 17851RM João Pessoa 0 0 0RM Recife 1 2 848RM Teresina 4 10 4548RM Aracajú 0 0 0Subtotal 25 95 35527RM Goiania 4 10 3392RM Brasília 1 2 303RM Campo Grande 2 6 991RM Cuiabá 3 6 2563Subtotal 10 24 7249RM Belo Horizonte 4 9 1636RM São Paulo 4 14 3194RM Campinas 0 0 0RM Santos 2 13 1100RM Rio de Janeiro 11 37 12846Subtotal 21 73 18776RM Curitiba 3 8 2725RM Londrina 2 12 3192RM Maringá 0 0 0RM Porto Alegre 3 6 1112RM Florianópoles 0 0 0Subtotal 8 26 7029
70 231 71912 3,30 1027,31
3,48 894,10
3,25 878,63
Fonte: Ministério das Cidades. Posição de contratação PMCMV (0 - 3 Salários Mínimos): 04/05/2010
2,17 555,17
3,80 1421,08
2,40 724,90
nort
eno
rdes
tece
ntro
- oe
ste
sude
ste
sul
Total Brasil
Ampliação da escala (São Paulo)
Grandes Empreendimentos do 2º semestre/2010
Tipo Data Local Total de UnidadesVERTIC jul/09 SANTO ANDRÉ 300
VERTIC set/09 PARQUE BRISTOL 333
VERTIC out/09 CAJAMAR 304
VERTIC nov/09 GUARULHOS 1568
VERTIC dez/09 GUARULHOS 336
VERTIC dez/09 FERRAZ DE VASCONCELOS 355
Embraesp
A produção em Goiânia:
- Reestruturação da política habitacional nos anos recentes e a entrada da iniciativa privada como instância de produção para a população de baixa renda, a partir dos novos programas PAC Habitação e Minha Casa Minha Vida. Isto vem significando uma inflexão no atendimento habitacional e a consolidação do mercado popular de habitação.
- O desempenho do Estado de Goiás nas contratações dos Programas MCMV e Crédito Solidário, por exemplo, permite observar esse dinamismo no mercado popular de modo especial quando comparado à média nacional: em junho de 2010 o Estado de Goiás já detinha a posição de líder nacional nas contratações do MCMV (1º lugar em contratações, com 27 mil unidades habitacionais contratadas, o equivalente a 97,8% da meta estipulada para o Estado de 27.613 unidades até o fim de 2010).
No âmbito do Programa MCMV, tanto os de origem do Fundo de Arrendamento Residencial – FAR, quanto os do Programa Nacional de Habitação Urbana – PNHU, vê a sua maior presença na RMG, Entorno do DF, Sudoeste e Sudeste de Goiás;
A produção em Fortaleza:
Como resultados preliminares, é possível constatar o início da atuação do mercado imobiliário privado nas faixas de renda inferiores (0 a 3 salários mínimos) a partir de 2005. No entanto, a quantidade de empreendimentos nesta faixa de renda ainda é pouco representativa, se comparada à produção total.No que se refere à produção para a faixa intermediária – principal objeto de análise – constatou-se uma retomada do aumento da produção para a faixa de 3 a 6 salários mínimos a partir de 2006, com a exceção de 2009, o ano da rise imobiliária.
No que se refere à distribuição espacial dos empreendimentos por faixa de renda, o dados confirmam uma a existência de uma organização espacial “centro rico periferia pobre”, com uma tendência de concentração de imóveis para faixas de renda superiores na zona leste da cidade. Este é o setor de cidade que tem recebido mais investimentos urbanos de grande porte como a abertura de corredores viários seguidos de instalação de serviços para a classe alta.Os cartogramas de 2001 até 2010 não revelaram nenhuma tendência dealteração nesta organização espacial, a despeito da aprovação do plano diretorem 2009 que incluiu várias manchas de ZEIS de vazios em bairros valorizados.
Estudos de caso
• Avaliar:– Acessibilidade:
• Trabalho• Vizinhança equipamentos e infra-estrutura
– Tipologias / qualidade do projeto– Problemas de execução da obra– Pós-obra: condomínio, normas, custos, etc.– Perfil e opinião dos moradores
Metodologia
IPPURPesquisa de campo: análise de empreendimento da Construtora Tenda na RMRJInstituto de Pesquisa
e Planejamento Urbano e Regional
Produção habitacional para os setores médio e popular: Programa Minha Casa, Minha Vida - RJ
Estudo de Caso: Residencial Málaga Garden – Campo Grande - RJ
Bolsistas : Bernardo Kuehn Orientador: Adauto L. Cardoso
Bianca Soares Colaboradores: Flávia Araújo Thayssa Rodrigues Thêmis Aragão
LocalizaçãoPesquisa Empreendimento Residencial Málaga Garden
MetodologiaLocalizaçãoPesquisa Empreendimento Residencial Málaga Garden
IPPUR
PRODUÇÃO HABITACIONAL PARA OS SETORES MÉDIO E POPULAR: PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA - RJ
Estudo de caso: Residencial Málaga Garden - Campo Grande – RJInstituto de Pesquisa
e Planejamento Urbano e Regional
Localização dos Empreendimentos enquadrados no Programa MCMV - RJ
Fonte: Secretaria Municipal de Habitação – SMHElaboração: Observatório das Metrópoles
O empreendimento Residencial Málaga Garden está inserido na faixa de renda de 0-3 salários mínimos do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Perfil dos Moradores (amostragem – aprox. 10%)
- Renda Familiar
MetodologiaLocalizaçãoPesquisa Empreendimento Residencial Málaga Garden
IPPUREstudo de caso: Residencial Málaga Garden - Campo Grande – RJInstituto de Pesquisa
e Planejamento Urbano e Regional
Observa-se que o perfil médio dos entrevistados são casais sem filhos, ou com somente um filho, com escolaridade média e renda familiar inserida nas faixas de 0-3 e 3-6 salários mínimos (SM). Ressalte-se que, segundo informações da Prefeitura, o empreendimento foi enquadrado para a faixa de 0-3 SM. Segundo outras informações haveria uma prática recorrente da empresa em fazer contratos duplos com os adquirentes, um para o valor do subsídio outro para o valor excedente.
PRODUÇÃO HABITACIONAL PARA OS SETORES MÉDIO E POPULAR: PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA - RJ
Acesso ao Imóvel(amostragem – aprox. 10%)
- Principais motivos de acesso
- 100% dos entrevistados se inseriram no programa MCMV;
- A média do valor do imóvel corresponde a R$ 60.300 em planta (início de 2009) e R$ 78.000 após a entrega das chaves aos primeiros moradores (atualmente).
MetodologiaLocalizaçãoPesquisa Empreendimento Residencial Málaga Garden
IPPUREstudo de caso: Residencial Málaga Garden - Campo Grande – RJInstituto de Pesquisa
e Planejamento Urbano e Regional
57%
9%
13%
22%
Fugir do aluguel.
Facilidade de acesso ao crédito
Morar perto do trabalho
Melhores serviços e comércio local
Investimento imobiliário
Outros (Sair da violência; casa própria; maior espaço do apartamento)
PRODUÇÃO HABITACIONAL PARA OS SETORES MÉDIO E POPULAR: PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA - RJ
Elaboração: Observatório das Metrópoles
MetodologiaLocalizaçãoPesquisa Empreendimento Residencial Málaga Garden
IPPUREstudo de caso: Residencial Málaga Garden - Campo Grande – RJInstituto de Pesquisa
e Planejamento Urbano e Regional
RES. MÁLAGA GARDEN _ Centro do Rio de Janeiro 2,0h __ 55,7km _ Centro de Campo Grande 20min __ 11,5km _ Centro de Santa Cruz 25min __ 12,6km
CAMPO GRANDE
SANTA CRUZ
RIO DE JANEIRO
COND. MÁLAGA GARDEN
Localização do estudo de caso – Residencial Málaga Garden
PRODUÇÃO HABITACIONAL PARA OS SETORES MÉDIO E POPULAR: PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA - RJ
Elaboração: Observatório das Metrópoles
MetodologiaLocalizaçãoPesquisa Empreendimento Residencial Málaga Garden
IPPUREstudo de caso: Residencial Málaga Garden - Campo Grande – RJInstituto de Pesquisa
e Planejamento Urbano e Regional
O entorno imediato é definido principalmente pelo Conjunto Campinho, projetado pela Secretaria Municipal de Habitação, e pelo Res. Gibraltar Garden.
CONJUNTO CAMPINHO
AV. BRASIL
EST. DO TINGUÍ
EST. DO CAMPINHO
RES. GIBRALTAR GARDEN
RIO DO CAMPINHO
RES. MÁLAGAGARDEN
Localização do Residencial Málaga Garden e entorno imediato
PRODUÇÃO HABITACIONAL PARA OS SETORES MÉDIO E POPULAR: PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA - RJ
Elaboração: Observatório das Metrópoles
MetodologiaLocalizaçãoPesquisa Empreendimento Residencial Málaga Garden
CAMPO GRANDE (20min)
SANTA CRUZ (25min)
RIO DE JANEIRO(2h)
COND. MÁLAGA GARDEN
DEL CASTILHO (1h30min)
ÁGUA SANTA (2h)
SÃO JOÃO DE MERITI(1h)
BARRA DA TIJUCA (2h)
CASCADURA (1h)
GARDÊNIA AZUL (1h30min)
GUADALUPE (2h)
ENG. DE DENTRO (1h45min)
BANGU(1h30min)
MESQUITA(40min)
VIGÁRIO GERAL (2h)
MÉIER (2h)
DUQUE DE CAXIAS (1h30min)
REALENGO (40min)
AP5
AP3
IPPUREstudo de caso: Residencial Málaga Garden - Campo Grande – RJInstituto de Pesquisa
e Planejamento Urbano e Regional
1 2 3 4 6
Observa-se que a maioria dos moradores se utiliza dos meios de transportes públicos (ônibus, van/ kombi, trem).
Elaboração: Observatório das Metrópoles
Mapa de deslocamento CASA – TRABALHO
PRODUÇÃO HABITACIONAL PARA OS SETORES MÉDIO E POPULAR: PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA - RJ
3. A produção associativa por autogestão:Em algumas regiões do país, é significativa e expansão da produção habitacional por autogestão coletiva, em especial através de cooperativas, em função da criação de programas federais específicos para essa forma de produção, que já aportaram, em três anos, cerca de R$ 600 milhões para a produção de 28 mil unidades habitacionais.
FDS/Crédito Solidário entre 2007 e 2010: R$381 milhões; 21 mil unidades.FDS/MCMVE entre 2009 e 2010: R$212 milhões; 6 mil e 300 unidades.
Crédito Solidário em Goiás:
Maior concentração dos empreendimentos na RM de Goiânia e Entorno do DF, com apenas um projeto no Centro e ao Norte do Estado (nos municípios de Jaraguá e Nova Crixás), certamente um reflexo da presença dos movimentos sociais organizados nas regiões de maior desenvolvimento e concentração populacional;
São Paulo:
Concentração na metrópole.
Rio Grande do Sul:
Dispersão no estado.
Qualidade dos projetos e da construção habitacional frente à produção empresarial, estatal e por autogestão individual.
São PauloUnião Nacional - Zona Oeste
Crédito Solidário/Autogestão 62m²
CDHU/Gov. do Estado de SP/Autogestão
Crédito Solidário/Autogestão56m² = R$ 40.000,00(R$ 30.000,00 da CEF + R$ 10.000,00 do Gov. Est. a fundo perdido)
“Colinas”zona oeste de SP
São PauloUnião Nacional - Zona Leste – Conj. Paulo Freire
Acessibilidade: CEU ao lado com posto de saúde. 1 hora e meia do Centro e do
ABC. Transporte precário.
São PauloUnião Nacional - Zona Leste – Conj. Paulo Freire
FNHIS e COHAB (terreno)Área= 55m² Custo final = R$ 62.000,00
Flexibilidade nos projetos
São PauloConjunto São Marcos (MutirãoErundina).
Da habitação ao bairro.
Propriedade coletiva
Vila Patrimonial – zona sul de São Paulo. Crédito Solidário = R$30.000,00/unid.
CDHU = R$15.000,00/unid. (fundo perdido)
Custo do imóvel = R$45.000,00
24 prestações de R$125,00
Área do imóvel = 54m²
Qualidade do projeto e da construção.
Acessibilidade.
Viamão – RMPOACrédito Solidário/Autogestão (Cooperat. Habit. Dos Correios e Assoc. Mor.) 43m² = R$ 9.200,00
Viamão – RMPOAMinha Casa Minha Vida/Produção Empresarial43m² = R$ 67.000,00
Redução dos custos frente à produção empresarial.
Alvorada – RMPOACrédito Solidário/Autogestão (Cooperativa Habitacional dos Correios)43m² = R$ 22.000,00
Alvorada – RMPOAMinha Casa Minha Vida/Produção Empresarial45m²
Assessoria técnica: mediação com a burocracia, qualidade do projeto e da construção.
O tipo de assessoria técnica de que dispõe a entidade no canteiro de obra tem sido apontada como elemento fundamental para o melhor andamento do processo, com o cumprimento do cronograma de desembolso, redução do desperdício e aumento da qualidade das habitações produzidas.
A assessoria que vem sendo prestada às entidades tem origem diversa. Podem ser profissionais comprometidos com a causa social, que se propõem a prestar serviços a um preço reduzido, abaixo do praticado no mercado, ou mesmo ONGs voltadas para essa finalidade.
Algumas experiências habitacionais ampliam o sentido dominante, no que se refere à qualidade da construção, à abrangência da noção de “moradia”, à localização/acessibilidade e à propriedade.
4. A auto-construção da moradia popular:
FORTALEZANossas constatações iniciais indicam a diversidade sócio-habitacional e morfológica presente nestas áreas, confirmando a unicidade de cada ZEIS. Chama atenção o quadro de densidade destas áreas e a intensidade de ocupação dos lotes, evidenciando-se a necessidade de remanejamentos parciais das unidades habitacionais, bem como a precariedade dos processos construtivos.Da mesma forma, as condições de acessibilidade às redes de infra-estrutura e a mobilidade comprometida pelo desenho espontâneo na maior parte das áreas reforça a necessidade de reflexões projetuais específicas para cada uma delas, trazendo a tona a necessidade de vinculação da regulamentação das ZEIS tipo I – ocupações irregulares às do tipo III – denominadas vazios urbanos.
O presente trabalho foi desenvolvido a partir do acompanhamento da construção da casa da Sra. Eunice de Alencar, 69 anos, costureira aposentada e pensionista. A construção está situada na Estrada Velha do Rosário, nº 16, Parque Independência/Jardim Primavera, Duque de Caxias – RJ.
A autogestão individual na construção de uma casa em Duque de Caxias
2009/2010
Projeto: As formas de provisão de moradia e seus impactos na re-configuração espacial das metrópoles.
Autoconstrução Habitacional
Estudo de caso : Autoconstrução da Casa da Dona Eunice
Localização: A casa fica situada na Estrada Velha do Rosário, nº 16, Parque Independência, Saracuruna, Duque de Caxias – RJ.
Características do Lote:O terreno possui 10,50m de frente, com 15,00 de extensão e 2,50 de servidão.
Fonte: Google Maps
A casa foi idealizada com 2 andares, porém apenas o térreo foi construído:
Andar Térreo : 6 cômodosÁrea = 64m²
- 1 sala, - 1 quarto, - 1 cozinha,- 2 banheiros e a área.
Entrada
Terreno Mão de Obra Material de Construção0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
Gastos Totais da Obra
Series1
Gastos
Terreno R$ 19.800,00
Mão de Obra R$ 13.050,00
Material de Construção R$ 16.832,66
TOTAL 49.682,66
Construção:
Mão de Obra: O total de gasto com mão de obra até o momento foi de R$ 13.050,00 (treze mil reais e cinqüenta).Material: O gasto com material de construção até o momento foi de R$ 16.832,66 (dezesseis mil oitocentos e trinta e dois reais e sessenta e seis centavos).
Tempo: O tempo de construção é de 11 meses. O início da obra foi em 10 de março de 2009.
Os desperdícios: erros na construção, estrutura e canalização refeita.
ENDEREÇOS:Citylar Saracuruna Av. Presidente Roosevelt, s/n – Qd. 19 – Lte. 06Citylar Jardim Primavera Estrada do Rosário, 20Farol da Primavera Rua Jornalista Moacir Padilha, 351 – Jardim Primavera.Louro da primavera Av. Visconde de Itauna – Jardim Primavera.Forte Saracuruna Av. Presidente Roosevelt, s/n – Qd 62 – Lte. 19.Líder de Saracuruna Av. Presidente Roosevelt, nº 771 – Saracuruna
Fonte: Google Maps
Localização Lojas de Materiais de construção.
-Forma de Pagamento.
As formas de Pagamento são dinheiro, cartão de crédito, financiamento e em algumas pagamento com cartão da própria loja.
No caso do projeto da casa da Dona Eunice , a forma de pagamento em sua maioria foi feita com cartão de crédito / parcelamento.
Fotos da Obra