UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SECRETARIADO EXECUTIVO
PAMELLA LEITE BRAGA
O SECRETARIADO EXECUTIVO E AS COMPETÊNCIAS SOCIAIS
FLORIANÓPOLIS
2018
PAMELLA LEITE BRAGA
O SECRETARIADO EXECUTIVO E AS COMPETÊNCIAS SOCIAIS
Trabalho de conclusão de curso submetido ao Curso de
Secretariado Executivo da Universidade Federal de
Santa Catarina para a obtenção do Grau de Bacharel em
Secretariado Executivo.
Orientadora: Prof. Dra. Cibele Barsalini Martins
Coorientadora: Prof. Me. Katia Denise Moreira
FLORIANÓPOLIS
2018
PAMELLA LEITE BRAGA
O SECRETARIADO EXECUTIVO E AS COMPETÊNCIAS SOCIAIS
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
“Bacharel em Secretariado Executivo”, e aprovado em sua forma final pelo Curso de
Secretariado Executivo.
Florianópolis, 07 de Fevereiro de 2018.
__________________________
Prof.ª Dr.ª Maria Ester Moritz
Coordenadora do Curso de Secretariado Executivo
Banca Examinadora:
__________________________
Prof.ª Dr.ª Cibele Barsalini Martins
Orientadora
Universidade Federal de Santa Catarina
__________________________
Me. Claudia Prim Corrêa
Universidade Federal de Santa Catarina
__________________________
Me. Luci Mari Aparecida Rodrigues
Universidade Federal de Santa Catarina
Dedico aos meus pais Agostinha M. L. Braga e
Everaldo Braga, à minha irmã Daiane L. Braga
e a todos que me apoiaram de alguma forma.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida, sempre dar esperança e força para
continuar e por ter me proporcionado chegar até aqui.
Aos meus pais, Agostinha Maura Leite Braga e Everaldo Braga, por todo o amor,
incentivo, confiança, suporte, educação e zelo para comigo. A minha irmã, Daiane Leide
Braga, que mesmo estando longe, está ali me apoiando, amando-me, incentivando-me e
quando preciso puxando a minha orelha (virtualmente). Por mesmo numa fase difícil da
minha vida, eles estão ali comigo “segurando a barra”.
A minha orientadora, pelo sim dado, pela paciência, pelo apoio, tempo depositado e
por acreditar na minha capacidade.
Aos meus amigos de classe, por fazerem essa caminhada de 4 anos e meio ter sido
mais leve, divertida (nem sempre) e menos trabalhosa.
Ao meu grupo de amigas que estamos juntas há quase nove anos Bianca, Gabriela,
Rafaela, Flora e Luiza, por todas as risadas, por todo o apoio, paciência, zelo e amor dado.
Ao quarteto mais lindo do universo (Bruna, Rodrigo e Pedro) por todas as músicas
cantadas, todas as experiências compartilhadas, todo o amor abençoado e toda a calmaria a
mim proporcionada.
Aos meus familiares, por todas as reuniões de família, “com direito a tudo o que se
tem direito e um pouco mais”, todo o carinho, amor, preocupação, risadas e união.
A todos que de alguma forma contribuíram no meu amadurecimento, crescimento
profissional/espiritual, tornaram meus dias melhores e me deram forças para continuar essa
caminhada, o meu muito OBRIGADA!
“All our dreams can come true if we have the
courage to pursue them.”
Walter E. Disney
RESUMO
Em um contexto global mercadológico, a profissão Secretário Executivo depara-se com uma
premissa de aptidão social cada vez mais presente, a qual antes escassa, pois apenas
competências técnicas eram requisitadas na profissão. Indaga-se se tal exigência está prevista
nas leis que regem a profissão. Desse modo, objetiva-se verificar, em linhas teóricas, de que
modo as competências sociais estão associadas ao contexto das competências secretariais.
Para tanto, procede-se à realização de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, em
que se utilizou o método dedutivo, com os dados coletados em pesquisas bibliográficas e
documentais. Assim sendo, observa-se que com os dados elencados baseados nas leis e
códigos da profissão, as competências sociais estão presentes nos marcos legais da profissão,
o que permite concluir que a presença das competências sociais está tanto na parte prática
quanto na teórica da profissão.
Palavras-chave: Secretariado Executivo. Competências sociais. Marcos legais.
ABSTRACT
In a global marketing context, the Executive Secretary profession faces an increasingly
present social aptitude, which was previously scarce considering only technical skills were
required in the profession. It is questioned if this requirement is foreseen in the laws that
govern the profession, in this way. It aims to verify, in theoretical lines, how social
competences are associated to the context of secretarial competences. To do so, a descriptive
research of qualitative approach is carried out, using the deductive method, with the data
collected in bibliographical and documentary researches. Thus, it was possible to observe,
taking into consideration on the data listed based on the laws and codes of the profession, that
social competences are present in the legal frameworks of the profession, which allows to
conclude that the presence of social competences is in both the practical and the theoretical
part of the profession.
Keywords: Executive Secretary; social skills; legal frameworks.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Desdobramento CHA ............................................................................................. 23
Quadro 2 - Natureza das competências sociais ........................................................................ 25
Quadro 3 - Perfil do profissional Secretário ............................................................................. 27
Quadro 4 - Competências contemporâneas dos profissionais de Secretariado Executivo ....... 30
Quadro 5 - Perfil do profissional secretário.............................................................................. 30
Quadro 6 - Categorias analíticas ............................................................................................... 35
Quadro 7 - Competências sociais dentro das competências secretariais .................................. 36
Quadro 8 - Atribuições do cargo de Secretário Executivo com demanda de competência social
.................................................................................................................................................. 36
Quadro 9 - Diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação de Secretariado
Executivo com demanda de competência social ...................................................................... 37
Quadro 10 - Código de Ética do profissional de secretariado com demanda de competência
social ......................................................................................................................................... 37
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 17
1.1 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 18
1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 19
1.1.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 19
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 19
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................................... 19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 21
2.1 O CONCEITO DE COMPETÊNCIA ................................................................................ 21
2.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS COMPETÊNCIAS SOCIAIS ....................................... 24
2.3 AS COMPETÊNCIAS SECRETARIAIS .......................................................................... 26
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 33
4 ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS ..................................................................... 35
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 38
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 40
17
1 INTRODUÇÃO
É fato notório que a profissão secretarial evoluiu ao longo dos anos, acompanha o
desenvolvimento da humanidade e sobrevive a diferentes realidades, sejam elas políticas,
econômicas e sociais (NATALENSE, 1998). Na mesma direção, Castelo (2007) disserta sobre
a capacidade do secretariado em se modificar constantemente, ao adaptar-se as necessidades
mercadológicas, rompendo barreiras e ofertando às organizações um perfil profissiográfico
multifacetado.
Em termos de desafios no âmbito secretarial ressalta-se que se trata de uma profissão
que atua direta e constantemente com outras pessoas, as quais têm posicionamentos, opiniões
e culturas diferentes e, nesse sentido, espera-se do profissional secretário comportamento
interpessoal adequado, devido a sua interação intensa com todos aqueles que formam o
ambiente organizacional em que atua (REHFELDT, 2003). No mesmo sentido, Genghini e
Martins (2013) comentam sobre o importante papel que o secretário assume na interação entre
os departamentos, visto que sua atuação ocorre nas áreas de interseção entre o comando e o
staff, momento em que tem que administrar funções, processos, rotinas, estilos e costumes, às
vezes, destoantes de suas próprias concepções ideológicas.
Genghini e Martins (2013) ressaltam, ainda, que os profissionais de secretariado atuam
como agentes catalisadores e facilitadores do processo de comunicação, uma vez que a sua
atuação exige maturidade emocional, perfil de gestor e capacidade de tomar decisões que
facilitam a interação organizacional. Complementando, Abraão (2013) diz que o secretário
executivo possui várias competências, as quais algumas podem ser acentuadas, como aquelas
associadas ao relacionamento interpessoal, à resiliência e à ética.
Sobre as competências secretariais, evidencia-se o dito por Amaral et al. (2012),
quando explicam que o profissional de secretariado deve saber como desenvolver
competências que lhe proporcionem melhores índices de desempenho, com base nos quatro
pilares que são regidos pela formação profissional, quais sejam: assessorar, gerir informações
e pessoas, empreender e consultar. No entanto, antes de tratar das competências secretariais, é
preciso abordar a concepção de competência, que tem suas origens nos tempos medievais,
alinhada a matéria jurídica (ISAMBERT-JAMATI, 1997) e que encontrou espaço no campo
organizacional a partir dos anos 1970, com os estudos de McClelland (1973), introdutor da
competência no campo de avaliação de pessoas, associado ao trabalho.
Assim, a partir da ideologia mais contemporânea, a competência é a soma de
conhecimento, saber fazer (habilidade) e saber ser (atitude) em um contexto determinado
18
(DURAND, 1998). Na mesma linha teórica, Fleury e Fleury (2001, p. 187) explicam que a
competência compreende “[...] um saber agir responsável e reconhecido, que implica
mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades que agreguem valor
econômico à organização e valor social ao indivíduo”.
Andrade e Garbelini (2015) acrescentam que a competência é uma aptidão social e
comunicativa e, nessa direção, destaca-se a competência social, que Zarifian (1999)
caracteriza como o saber ser, ação essa que inclui atitudes relacionadas ao comportamento do
indivíduo, que abrangem três domínios principais: a autonomia, a responsabilização e a
comunicação. A competência social envolve ainda, segundo Del Prette e Del Prette (1999), a
capacidade de avaliar situações sociais e determinar o que é esperado ou exigido, reconhecer
os sentimentos e intenções dos outros e selecionar comportamentos sociais mais apropriados
para um determinado contexto.
Inseridas no campo secretarial, as competências são discutidas por Bortolotto e Willers
(2005), Neiva e D’Elia (2009), Cordeiro (2009), Bond e Oliveira (2011), Leal e Fiates (2013),
Leal e Dalmau (2014) e Moreira et al (2015). No entanto, não se observou nos trabalhos
desses pesquisadores o aprofundamento nas discussões sobre as competências sociais. Assim,
considerada a possibilidade de exploração do tema no campo secretarial, principalmente pela
aproximação da concepção de competência social, ou seja, domínio da habilidade social e do
comportamento adaptativo, na busca pelo equilíbrio, que tem como base a maximização das
trocas positivas entre os interlocutores (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 1999), a realidade da
profissão secretarial, tem-se como questão problema deste estudo: como as competências
sociais associam-se ao contexto das competências secretariais?
1.1 OBJETIVOS
De forma a alcançar a resposta para a pergunta problema deste estudo, foram traçados
objetivos, a serem alcançados no decorrer de sua elaboração. De acordo com Marconi e
Lakatos (2003) a especificação do objetivo de uma pesquisa, responde às questões para quê?
e para quem?, as quais estão alinhadas a uma visão global e abrangente do tema, por meio do
objetivo geral e a um caráter mais particularizado, mediante a definição dos objetivos
específicos.
19
1.1.1 Objetivo Geral
Verificar, em linhas teóricas, de que modo as competências sociais estão associadas ao
contexto das competências secretariais.
1.1.2 Objetivos Específicos
a) apresentar a evolução das competências secretarias;
b) averiguar se há aproximação entre o contexto das competências secretariais e
aquelas sociais.
c) investigar se as competências sociais são elementos previstos nos marcos legais da
profissão.
1.2 JUSTIFICATIVA
O desenvolvimento deste estudo se justifica a partir do teorizado por Roesch (1999),
ou seja, sob três dimensões: importância, oportunidade e viabilidade. Assim, considera-se
importante verificar a necessidade de haver aptidão social no contexto do secretariado
executivo, pois se acredita que, além da exigência em termos de tecnicidade, há também de se
ter domínio naquilo que se refere ao relacionamento interpessoal. Nessa direção, Carvalho
(1998) explica que, atualmente, o secretário executivo é um assessor executivo e
administrador de informações, que precisa dominar mais do que práticas nas rotinas de
escritório, como por exemplo ter liderança, confiabilidade, espírito de equipe, criatividade,
ética, descrição, dinamismo e ser polivalente.
Entende-se relevante associar a competência social à questão secretarial, visto que não
foram encontrados outros estudos que aprofundem tal esfera da competência, já que essa é
uma discussão mais recente sobre o tema. Por fim, considerou-se o estudo viável, visto que a
pesquisadora obteve acesso aos materiais necessários para a realização da pesquisa e havia
tempo hábil para desenvolvimento do estudo.
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO
Este trabalho foi estruturado em cinco seções, iniciando-se com este primeiro que é
introdutório, no qual é apresentada uma contextualização sobre o tema a ser investigado, o
20
problema de pesquisa, os objetivos estabelecidos para responder a pergunta central e a
justificativa. No segundo capítulo, constituído pela fundamentação teórica, discute-se as
vertentes que alicerçaram a pesquisa, tais como, competências e a relação entre competências
e o secretariado. O terceiro capítulo traz os procedimentos metodológicos, os quais definem
os caminhos, em termos científicos, para o desenvolvimento do estudo. A apresentação e
análise dos dados e resultados são expostos no quarto capítulo e, por fim, no quinto, as
considerações finais encerram a pesquisa.
21
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesta seção é apresentado o arcabouço teórico utilizado como base deste estudo.
Dessa maneira, foram utilizados os seguintes autores: Brandão (1999), Ferreira (1995), Dubar
(1998), Durand (2000), Fleury e Fleury (2001), Dutra (2002), Leme (2005) e Bispo (2006)
para tratarem do tema competências e Ravem (1984), Cabalo (1987), Yeates e Selman (1989),
Chanlat (1992), Rubin e Rose-Krasnor (1992), Del Prette e Del Prette (1996), Ciarrochi et al
(2003), Oliveira (2003), Jardim (2007), Taborsky e Oliveira (2012), para as reflexões sobre
competências sociais. As competências secretariais são discutidas com base em Portela e
Schumacher (2006), Castelo (2007) Neiva e D´elia (2009), Nonato (2009), Leal (2015).
2.1 O CONCEITO DE COMPETÊNCIA
O termo competência tem suas origens no latim e representa a capacidade de se
apreciar e resolver certo assunto (FERREIRA, 1995). No entanto, é preciso distinguir que se
trata de um fenômeno que tem origem na idade média em bases jurídicas, cujo entendimento
era o da “[...] faculdade atribuída a alguém ou a uma instituição para apreciar e julgar certas
questões.” (BRANDÃO, 1999, p. 22).
Ainda, segundo o autor, a extensão do conceito se deu, por meio dos estudos de
Chomsky (1955), quando o associa a capacidade do sujeito em se pronunciar sobre um
assunto em específico. E mais tarde amplia-se, a partir das pesquisas de McClelland (1973),
quando a competência passa a ser utilizada “[...] na linguagem empresarial de forma mais
genérica, significando a qualidade que capacita o indivíduo a realizar determinado trabalho.”
(BRANDÃO, 1999, p.22).
Desde então, a competência vem sendo explorada no contexto acadêmico sob a
influência de duas grandes correntes: a americana, cujos destaques teóricos são os estudos de
McClelland (1973), Boyatzis (1982) e Spencer & Spencer (1993), e a francesa, pelos
trabalhos de Le Boterf (1994), Zarifian (1996), Perrenoud (1999) e Durand (2000). No âmbito
brasileiro, adotou-se, pelos pesquisadores, um posicionamento misto entre as duas correntes,
visto que elas não são concorrentes.
Assim, destacam-se, no contexto nacional, os conceitos de Fleury e Fleury (2001, p.
188) “um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir
conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor
social ao indivíduo.” e o de Dutra (2002), que apresenta o fenômeno como um conjunto de
22
conhecimentos, habilidades e atitudes necessários para o sujeito exercer seu trabalho e
também a entrega da pessoa em si para a organização.
Vale destacar que a partir do conceito mais contemporâneo da competência, os
teóricos a compreendem como um mecanismo que funciona efetivamente a partir de três
dimensões, o CHA (Conhecimento, Habilidade e Atitudes), conforme ilustra a Figura 1:
Figura 1 - Dimensões da Competência
Fonte: Elaborado pela autora com base em Durand (2000)
Para Durand (2000) o conhecimento está associado ao acesso aos dados e a capacidade
de reconhecê-los como informações aceitáveis, as habilidades com o agir de forma concreta
de acordo com o objetivo e as atitudes ao comportamento, identidade, motivação, englobando
aspectos cognitivos, técnicos, sociais e afetivos relacionados ao trabalho. Dubar (1998)
apresenta as competências divididas em dois grupos: as técnicas e as comportamentais. A
primeira “adquire-se pela própria prática, uma vez que os saberes estão intimamente ligados
ao know-how e incorporados às pessoas - trata-se de saberes em ato, em situação e, portanto,
ligados a contextos específicos”. (DUBAR, 1998, p. 6) e a segunda, “requer conhecimentos
formalizados, o respeito metódico aos procedimentos e a instauração de saberes de um outro
tipo, ao mesmo tempo abstratos, formais e processuais” (DUBAR, 1998, p. 6).
CONHECIMENTO
HABILIDADES
ATITUDES
23
Leme (2005), de outra forma, explica que as competências técnicas se referem àquilo
que o profissional precisa saber para desempenhar sua função, enquanto as comportamentais
são aquelas que demonstram o diferencial competitivo do profissional e têm impacto em seus
resultados. O Quadro 1 apresenta o alinhamento entre as concepções ora apresentadas.
Quadro 1 - Desdobramento CHA
Conhecimentos Saber Competência Técnica
Habilidades Saber fazer
Atitudes Querer fazer Competência Comportamental
Fonte: Leme (2005, p. 18)
Sobre o desdobramento do CHA, é importante destacar o exposto por Xavier (2002),
quando afirma que as dimensões da competência permitem a adoção dos melhores processos e
a realização dos melhores resultados de um modo racional, previsível, consciente. Nesse
sentido, Bispo (2006, p. 1) traz interessante reflexão sobre a importância que a competência
comportamental vem assumindo:
Se antes a habilidade técnica era considerada fator preponderante na contratação de
um profissional, hoje os selecionadores procuram algo mais quando entrevistam o
candidato e buscam identificar se o entrevistado possui as chamadas competências
comportamentais. Para isso, as empresas e as consultorias têm recorrido cada vez
mais à adoção da seleção por competências - metodologia que permite a realização
do mapeamento do perfil de competências e identifica a presença ou a ausência
dessas no repertório comportamental do candidato. Geralmente, a seleção por
competências vem sendo aplicada em candidatos que possuem experiências
anteriores, mas como os processos sempre podem ser adaptados às novas realidades,
já há quem utilize essa metodologia até mesmo na seleção de estagiários e de
trainees.
Acerca da competência comportamental vale mencionar que é caracterizada pelo
comportamento real, são atributos de cada indivíduo (conhecimentos, habilidades, motivações
e características pessoais) que refletem um desempenho efetivo (SANDBERG, 2000).
Diferente da competência técnica, a comportamental não se adquire por meio de cursos e
formações, ela é característica da personalidade de cada um, existindo diversos tipos de
competências comportamentais, entre elas:
Intelectual: são competências essenciais para reconhecer, analisar e solucionar um
problema utilizando a capacidade de pensar de forma estratégica, agir de maneira
proativa, prevenir erros e compartilhar conhecimentos.
Social: esse tipo de competência está diretamente relacionado ao comportamento
que o indivíduo assume, tanto no ambiente de trabalho como em sua vida pessoal.
Comportamental: as competências comportamentais demonstram a capacidade que
um profissional tem em ser proativo, tomar iniciativas, inovar, empreender, mudar
as coisas à sua volta, aprender coisas novas, criar, agir de forma ética e procurar
fazer tudo o que faz com a maior qualidade possível.
24
Organizacional: são competências que envolvem a compreensão do funcionamento,
das finalidades da organização, bem como o papel da mesma e sua relação com a
sociedade.
Comunicação: essas competências têm a ver com a forma como o profissional se
expressa e se comunica com as pessoas com as quais ele se relaciona ao exercer sua
função. (BONA, 2017)
Conforme o exposto nessa seção pode-se perceber que além do domínio técnico, a
competência evolve também ações comportamentais. Observa-se que nos dias atuais, esse
comportamento, cada vez mais, se vincula à socialização com as demais pessoas, tanto na
vida pessoal, quanto no ambiente de trabalho, fato que tem sido associado à competência
social, apresentada na próxima seção.
2.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS COMPETÊNCIAS SOCIAIS
A relação humana ou social é elemento obrigatório na vida organizacional e se
estrutura a partir de valores, sejam eles implícitos ou explícitos (CHANLAT, 1992). O autor
explica, ainda que essas relações definem as regras de ação, os julgamentos e as condutas do
ambiente e, que nenhuma interação fica alheia a essas regras.
Diante de tal posicionamento, associa-se a ele a concepção de competências sociais,
que para Jardim (2007) são imprescindíveis para a pessoa se inter-relacionar de modo efetivo
e satisfatório. No entanto, o autor alerta para a característica de tais competências não serem
um traço inato no indivíduo, visto que se alinham à coerência entre comportamentos,
pensamentos, sentimentos e valores interiorizados e, sendo assim, são apreendidas na
interação com os que o rodeiam.
Sob essa perspectiva, pode-se encontrar na literatura algumas definições sobre o que é
competência social e, entre elas, está o apresentado por Caballo (1987), que a define como um
conjunto de comportamentos emitidos por um indivíduo no contexto interpessoal, que
expressa sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou direitos desse indivíduo de um modo
adequado à situação, respeitando este comportamento nos demais e que, geralmente, resolvem
uma situação, ao mesmo tempo em que minimiza o aparecimento de problemas futuros. Para
Rubin e Rose-Krasnor (1992) trata-se da capacidade de alcançar objetivos pessoais na
interação social, ao mesmo tempo que mantém relacionamentos positivos com os outros ao
logo do tempo e em todas as situações.
Para Del Prette e Del Prette (1996, p. 6) competências sociais “[...] correspondem a
um universo mais abrangente das relações interpessoais e se estendem para além da
assertividade, incluindo as aptidões de comunicação, de resolução de problemas, de
25
cooperação.” Os autores complementam associando a essas competências a capacidade do
indivíduo de auto avaliar-se ou ser avaliado por outros; apresentar um desempenho que
garanta simultaneamente: a consecução dos objetivos de uma situação interpessoal, a
manutenção ou melhoria da sua relação com o interlocutor, incluindo-se aí a busca de
equilíbrio do poder e das trocas nessas relações, a manutenção ou melhoria da autoestima e a
manutenção ou ampliação dos direitos humanos socialmente estabelecidos.
Ciarrochi et al (2003) compreendem a competência social como a capacidade de
interagir habilmente com os outros para atingir os objetivos ou necessidades e a capacidade de
se comunicar de forma clara, fato que permite aos indivíduos experimentarem interações
positivas e, assim, resolverem os conflitos efetivamente. Além disso, os autores chamam a
atenção para a questão de a competência social não ser só percebida pela qualidade das
interações com as outras pessoas, mas também, à capacidade de criar e manter o suporte
social. Taborsky e Oliveira (2012) associam a competência social à capacidade que um
indivíduo tem de otimizar seu comportamento social, em termos de flexibilização e
adaptação.
Observa-se que as definições ora apresentadas seguem um mesmo alinhamento
teórico, ou seja, englobam o desejo pessoal a sua consequência social e, nesse sentido,
apresenta-se o compreendido por Ravem (1984) sobre a natureza das competências sociais.
Para o autor, elas dependem de alguns elementos essenciais, os quais estão dispostos no
Quadro 2:
Quadro 2 - Natureza das competências sociais
Motivação e habilidade para:
Engajamento em atividades de alto nível, como, por
exemplo: iniciativa, exercer responsabilidades,
analisar a forma de operar as organizações.
Engajamento em atividades valiosas, como, por
exemplo: influenciar pessoas nas
organizações/comunidades ou gerenciar aspectos
sociais ou o próprio movimento
organizacional/sociedade.
Contribuir para com o clima e suporte organizacional
e também para promover o encorajamento naqueles
que desejam inovar ou encontrar melhores meios para
realização de uma tarefa.
Compreender como as
pessoas/organizações/sociedade operam, assim como,
seu próprio papel nos ambientes em que haja
coletividade.
Fonte: Ravem (1984)
26
Destaca-se que os elementos apontados por Ravem (1984) associam-se ao posto por
Del Prette e Del Prette (1996), sobre o modelo cognitivo para o desenvolvimento desse tipo
de competência, o qual parte do pressuposto de que o desempenho social adequado do
indivíduo é mediado por habilidades sócio cognitivas, aprendidas na interação do ser com o
seu meio social. Os autores explicam que se trata de organizar cognições e comportamentos
em um curso integrado de ação dirigido a objetivos sociais ou interpessoais culturalmente
aceitos, avaliando e modificando continuamente o comportamento dirigido ao objetivo, de
modo a maximizar a probabilidade de alcançá-los.
Sobre o desenvolvimento de competências e conhecimentos sócio cognitivos, vale
destacar o exposto por Yeates e Selman (1989), quando explicam que esse processo inclui a
capacidade de regulação emocional, ação que equilibra o comportamento em contextos
específicos. Dessa maneira, o exposto pelos autores associa-se à concepção de Oliveira (2003,
p. 36) sobre a competência social estar alicerçada em um constructo de “[...] comportamentos
e habilidades cognitivas sociais e emocionais de que o indivíduo necessita para uma
adaptação de êxito ao meio social”.
Em síntese, o desenvolvimento de competências não engloba apenas a questão técnica,
mas também a capacidade e agilidade para resolver problemas, controlar a emoção e lidar
com situações imprevistas, ou seja, elementos que envolvem a questão social. Acredita-se que
a competência social é matéria integrante do contexto secretarial e, nesse sentido, a próxima
seção aborda as competências secretarias.
2.3 AS COMPETÊNCIAS SECRETARIAIS
A profissão Secretário Executivo tem se modificado constantemente ao longo dos
anos. Com um breve histórico, a atividade na Idade Antiga era exercida por escribas. Com a
revolução comercial, com o marcar do capitalismo, a profissão ressurge. A partir de 1860,
com a Revolução Industrial, a profissão se solidifica (Mazulo e Liendo, 2010).
No Brasil, na década de 1950, observa-se a valorização de trabalho da mulher na
função. Naquela época, percebe-se o engrandecimento da profissão, pois o mercado começa a
solicitar um profissional que tenha uma melhor qualificação. Então, em 1970 começam a
aparecer cursos superiores na área. E na década de 1980, com a regulamentação, a função
passa a ser profissão (Mazulo e Liendo, 2010). Conforme Neiva e D’Elia (2009), o secretário
moderno, atua em uma constante conexão entre pessoas, com uma demanda administrativa,
gerencia informações e organiza o “meio de campo” para que haja qualidade na tomada de
27
decisões e resolução de problemas e mesmo as atividades que acompanham a profissão há
mais tempo se modificaram conforme quadro abaixo:
Quadro 3 - Perfil do profissional Secretário
Como era Como fica
Digitação. Coordenação do sistema de informação com o uso de
rotinas automatizadas (editores de texto, agendas,
telefones e banco de dados).
Envio e recebimento de correspondência. Coordenação do fluxo de papéis no departamento e
triagem, bem como decisões sobre assuntos de rotina.
Provisão, para o departamento, de material necessário
à realização da rotina administrativa.
Coordenação de compras, cotação de preços com
fornecedores alternativos e administração de custos do
departamento.
Organização de reuniões. Sistemas integrados (rede) fazem esse trabalho. O
secretário programa os equipamentos, organiza a
infraestrutura e participa de muitas delas.
Atendimento ao telefone. Atendimento global ao cliente, secretário como
ombudsman, o que vai exigir maior conhecimento da
empresa e de seus clientes.
Manutenção de arquivos. Organização do sistema de dados e informações em
arquivos manuais e eletrônicos.
Fonte: Neiva e D’Elia (2009, p. 36).
Em termos regulatórios, o primeiro marco legal, que dispõe sobre a profissão
secretarial é a lei n. 6.556, de 5 de setembro de 1978, que em seu Art. 3º traz as seguintes
atribuições:
a) executar tarefas relativas à anotação e redação, inclusive em idiomas estrangeiros; b) datilografar e organizar documentos; c) outros serviços de escritório, tais como: recepção, registro de compromissos e
informações, principalmente junto a cargos diretivos da organização. (BRASIL,
1976)
Tempos depois, em 1985, a profissão foi regulamentada, por meio da lei n. 7.377, de
30 de setembro de 1985, complementada pela lei nº 9.261, de 10 de janeiro de 1996, a qual
define o secretário executivo como o “[...] profissional diplomado no Brasil por curso superior
de Secretariado, legalmente reconhecido, ou diplomado no exterior por curso superior de
Secretariado, cujo diploma seja revalidado na forma da Lei” (BRASIL, 1996). No documento,
de 1985 estão descritas no artigo 4º, as atribuições do profissional de secretariado, quais
sejam:
28
I - planejamento, organização e direção de serviços de secretaria; II - assistência e
assessoramento direto a executivos; III - coleta de informações para a consecução de
objetivos e metas de empresas; IV - redação de textos profissionais especializados,
inclusive em idioma estrangeiro; V - interpretação e sintetização de textos e
documentos; VI - taquigrafia de ditados, discursos, conferências, palestras de
explanações, inclusive em idioma estrangeiro; VII - versão e tradução em idioma
estrangeiro, para atender às necessidades de comunicação da empresa; VIII - registro
e distribuição de expediente e outras tarefas correlatas; IX - orientação da avaliação
e seleção da correspondência para fins de encaminhamento à chefia; X -
conhecimentos protocolares. (BRASIL, 1985).
Acredita-se que para o cumprimento de suas atribuições, o secretário executivo precise
de competências específicas, as quais são desenvolvidas, principalmente, durante a formação
superior, visto o estabelecido pela Resolução n. 3, de 23 de junho de 2005, que institui as
diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação em Secretariado Executivo. De
acordo com o documento, o curso superior deve possibilitar as seguintes competências e
habilidades:
I - capacidade de articulação de acordo com os níveis de competências fixadas pelas
organizações;
II - visão generalista da organização e das peculiares relações hierárquicas e inter-
setoriais;
III - exercício de funções gerenciais, com sólido domínio sobre planejamento,
organização, controle e direção;
IV - utilização do raciocínio lógico, crítico e analítico, operando com valores e
estabelecendo relações formais e causais entre fenômenos e situações
organizacionais;
V - habilidade de lidar com modelos inovadores de gestão;
VI - domínio dos recursos de expressão e de comunicação compatíveis com o
exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações
interpessoais ou inter-grupais;
VII - receptividade e liderança para o trabalho em equipe, na busca da sinergia;
VIII - adoção de meios alternativos relacionados com a melhoria da qualidade e da
produtividade dos serviços, identificando necessidades e equacionando soluções;
IX - gerenciamento de informações, assegurando uniformidade e referencial para
diferentes usuários;
X - gestão e assessoria administrativa com base em objetivos e metas departamentais
e empresariais;
XI - capacidade de maximização e otimização dos recursos tecnológicos;
XII - eficaz utilização de técnicas secretariais, com renovadas tecnologias,
imprimindo segurança, credibilidade e fidelidade no fluxo de informações; e
XIII - iniciativa, criatividade, determinação, vontade de aprender, abertura às
mudanças, consciência das implicações e responsabilidades éticas do seu exercício
profissional. (BRASIL, 2005).
Natalense (1995, p. 32) afirma que “o secretário terá sempre as mesmas
responsabilidades que seu executivo, porém atuando numa linha hierárquica e funcional
diferente”. Dessa forma, funções gerenciais como: planejar, organizar e controlar “os recursos
humanos e os recursos materiais para que a empresa possa alcançar resultados de acordo com
os objetivos traçados” (NATALENSE, 1995, p. 25), também são responsabilidades
29
secretariais.Ainda sobre as competências secretariais vale destacar que, por se tratar de um
profissional com característica polivalente, sua atuação envolve várias áreas, que exigem
inúmeras competências e, sendo assim, para que se possa obter êxito dentro das organizações,
elas devem ser sempre aprimoradas durante a vida profissional (Lessa e Schell, 2015).
Para Wamser (2010, p. 51) as competências essenciais para o profissional de
secretariado são: a) Competência técnica na área de gestão: é importante para garantir o
domínio e a aplicação de métodos secretariais e gerenciais em áreas
específicas de atuação, fazendo uso de ferramentas, materiais,
procedimentos, normas e sistemas corporativos.
b) Competência comunicacional: primordial para conhecimento e aplicação
dos princípios técnicos da comunicação oral e escrita, com o objetivo de
aprimorar a comunicação com clientes internos e externos e garantir a
qualidade da informação.
c) Competência social: fundamental para a convivência harmoniosa com as
pessoas no ambiente profissional e social, por intermédio do
relacionamento e da comunicação interpessoal, administração de conflitos e
trabalho em equipe.
Entende-se que o desenvolvimento de tais competências embasa a formação de um
perfil diferenciado, que inclui características como: visão holística da organização;
posicionamento social significativo; proatividade e contribuição com ideias e visões
diferenciadas; utilização da tecnologia como principal instrumento de trabalho e
conhecimento sobre teorias administrativas que o auxiliem a interpretar ambientes
organizacionais (PORTELA; SCHUMACHER 2006). Castelo (2007) justifica a reformulação
do perfil secretarial como uma adaptação às transformações sociais, mercadológicas e
organizacionais, para garantir uma inserção estruturada e de excelência do profissional no
mercado de trabalho. Tais mudanças traçam competências contemporâneas para a profissão,
conforme se observa no quadro 4.
30
Quadro 4 - Competências contemporâneas dos profissionais de Secretariado Executivo
Fonte: Moreira et al (2016).
Ainda sobre as mudanças profissiográficas Nonato Junior (2009) ressalta que devido
ao elevado nível de complexidade organizacional, diversas competências foram agregadas à
profissão e seu aparato técnico, tático e estratégico foi quase inteiramente reformulado. O
Quadro 5 ilustra a evolução do perfil em três momentos distintos:
Quadro 5 - Perfil do profissional secretário
Ontem Década de 90 Séc. XXI
Formação dispersiva,
autodidatismo.
Existência de cursos específicos
para formação.
Amadurecimento profissional - código
de ética.
Falta de qualquer requisito para
aprimoramento.
Cursos de reciclagem e de
conhecimentos peculiares.
Constante aprimoramento e
desenvolvimento contínuo.
Ausência de política para
recrutamento e seleção.
Exigência de qualificação e
definição de atribuições e plano
de carreira.
Visão holística e trabalho em equipe,
consciência profissional.
Organizações burocráticas com
tarefas isoladas.
Organizações participativas,
tarefas definidas, trabalho com
qualidade, criatividade e
participação.
Organizações empreendedoras, trabalho
em equipe, visão global, metodologia
flexível, divisão de responsabilidade.
Tarefas traçadas pela chefia. Tarefas definidas pelo novo
estilo gerencial.
Tarefas globais com autonomia para
execução.
31
Secretário com função. Secretário como função.
Secretário com reconhecimento
profissional e comprometido com
resultados.
Objetivo de trabalho determinado
pelo poder da chefia.
Objetivo de trabalho defenido
pela necessidade do mercado.
Objetivo do trabalho definido pela
equipe empreendedora.
Falta de recursos. Domínio em informática e outros
conhecimentos.
Necessidade constante de
aprimoramento e de novos
conhecimentos e de visão do negócio.
Chefia. Executivo. Parceria.
Fonte: Neiva e D´elia (2009, p. 37)
Vale destacar que acompanham a evolução do perfil, as questões da ética e, nesse
sentido, é aprovado no dia 7 de junho de 1989 o Código de Ética do profissional de
secretariado, do qual se destacam os artigos dos capítulos V, VI, VII, conforme segue:
Capítulo V - Das Relações entre Profissionais Secretários Art.8º. - Compete às Secretárias e Secretários:
1. Manter entre si a solidariedade e o intercâmbio, como forma de
fortalecimento da categoria;
2. Estabelecer e manter um clima profissional cortês, no ambiente de trabalho,
não alimentando discórdia e desentendimento profissionais;
3. Respeitar a capacidade e as limitações individuais, sem preconceito de cor,
religião, cunho político ou posição social;
4. Estabelecer um clima de respeito à hierarquia com liderança e competência.
Art.9º. - É vedado aos profissionais: 1. Usar de amizades, posição e influências obtidas no exercício de sua função,
para conseguir qualquer tipo de favoritismo pessoal ou facilidades, em detrimento de
outros profissionais;
2. Prejudicar deliberada mente a reputação profissional de outro secretário;
3. Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro,
contravenção penal ou infração a este Código de Ética.
Capítulo VI - Das Relações com a Empresa Art.10º. - Compete ao Profissional, no pleno exercício de suas atividades:
1. Identificar-se com a filosofia empresarial, sendo um agente facilitador e
colaborador na implantação de mudanças administrativas e políticas;
2. Agir como elemento facilitador das relações interpessoais na sua área de
atuação;
3. Atuar como figura-chave no fluxo de informações desenvolvendo e mantendo
de forma dinâmica e contínua os sistemas de comunicação.
Art.11º. – É vedado aos Profissionais: 1. Utilizar-se da proximidade com o superior imediato para obter favores
pessoais ou estabelecer uma rotina de trabalho diferenciada em relação aos demais;
2. Prejudicar deliberadamente outros profissionais, no ambiente de trabalho.
Capitulo VII - Das Relações com as Entidades da Categoria Art.12º. - A Secretária e o Secretário devem participar ativamente de suas entidades
representativas, colaborando e apoiando os movimentos que tenham por finalidade
defender os direitos profissionais.
Art.13º. - Acatar as resoluções aprovadas pelas entidades de classe.
Art.14º. - Quando no desempenho de qualquer cargo diretivo, em entidades da
categoria, não se utilizar dessa posição em proveito próprio.
Art.15º. - Participar dos movimentos sociais e/ou estudos que se relacionem com o
seu campo de atividade profissional.
32
Art.16º. - As Secretárias e Secretários deverão cumprir suas obrigações, tais como
mensalidades e taxas, legalmente estabelecidas, junto às entidades de classes a que
pertencem.
Observa-se que tanto os marcos legais, como as características do perfil
contemporâneo do secretariado imputam ao profissional a necessidade de uma percepção
consistente sobre o ambiente e aos elementos a ele relacionados, como as pessoas, os códigos
ditos e aqueles implícitos na linguagem não verbal e o equilíbrio emocional (NEIVA;
D’ELIA, 2009). Ou seja, há fundamentos de que as competências sociais são relevantes aos
profissionais de Secretariado Executivo e, nessa direção, Leal (2015) expressa que tais
competências capacitam o sujeito, no sentido de aliarem seus conhecimentos e técnicas em
prol de um comportamento proativo e ético, “[...] que lhes permita trabalhar com outras
pessoas e motivá-las, através de boa comunicação, da assertividade, do profissionalismo e da
capacidade de negociação.” (LEAL, 2015, p. 126). O alinhamento entre os marcos legais,
características da profissão, competências secretariais e competências sociais é detalhado na
quarta seção deste estudo. O próximo capítulo abordará os procedimentos metodológicos
realizados para o êxito da pesquisa.
33
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A fim de alcançar a cientificidade deste estudo, nesse capítulo serão apresentados os
procedimentos metodológicos que sustentaram o desenvolvimento da pesquisa. Assim, fez-se
uso do método dedutivo, visto que, a partir de princípios caracterizados verdadeiros, foi
possível chegar às conclusões esperadas (Gil, 2002), ou seja, partindo da premissa de que a
competência social é elemento que compõe o perfil profissiográfico do secretariado,
buscaram-se elementos documentais e bibliográficos que sustentassem tal pressuposto.
Trata-se ainda de uma pesquisa básica que, de acordo com Gerhardt e Silveira (2009,
p. 34), tem como objetivo “[...] gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da Ciência,
sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais”. Nesse sentido,
pretendeu-se conhecer como as competências sociais estão presentes na profissão do
Secretário Executivo, sem o intuito de aplicação daquilo que se obtiver como resultado.
A pesquisa é descritiva quanto aos objetivos, pois se tem como meta a descrição de um
campo específico, pretendendo esclarecer correlações entre os objetos estudados (Gil, 1999),
Neste estudo, foram descritas as relações entre a competência social e o contexto secretarial.
Em termos de abordagem o estudo é de abordagem qualitativa que, conforme Lakatos
e Marconi (2001, p. 269), “Fornece análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos,
atitudes, tendências de comportamento etc”. Assim, buscou-se detalhar a manifestação das
competências sociais no campo secretarial, a partir de documentos legais e bibliografia que
tratassem do tema.
Nessa direção, a estratégia da pesquisa é bibliográfica e documental, uma vez que se
utiliza de registros bibliográficos e documentais como fonte principal de dados (SAUNDERS;
PHILIP; THORNHILL 2009). Associada a estratégia, em termos de técnicas de coleta de
dados, fez-se uso de teoria propriamente dita, que “[...] abrange toda bibliografia já tornada
pública em relação ao tema estudado, [...] e sua finalidade é colocar o pesquisador em contato
direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto [...]”
(LAKATOS; MARCONI 2001, p. 183). Sob tal lógica, buscou-se material em periódicos
científicos, google scholar, e livros publicados até Janeiro de 2018, que abordam sobre
competências, competências sociais e secretariais.
A técnica documental, que busca informações “[...] em fontes primárias, como
documentos escritos ou não, pertencentes a arquivos públicos; arquivos particulares de
instituições e domicílios, e fontes estatísticas” (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 183),
34
também foi utilizada. Desse modo, neste estudo foram empregados documentos legais que
regulamentam a profissão secretarial como leis, códigos e resoluções.
No que diz respeito à análise dos dados, a de conteúdo descrita por Bardin (2011) foi
a escolha para esta pesquisa, já que tem por objetivo explicitar e sistematizar o conteúdo de
mensagens ou expressões, alicerçados em índices passíveis ou não de quantificação, por meio
de um conjunto de técnicas, incumbindo ao analista a tarefa de criar condições analíticas
adaptáveis à natureza daquilo que se procura conhecer. Assim, buscou-se, a partir da análise
da concepção das competências sociais conhecer se tais elementos estão presentes no contexto
das competências secretariais. No capítulo que segue, são apresentados os dados e os
resultados alcançados a partir deles.
35
4 ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS
Estabelecidos o objetivo geral, verificar, em linhas teóricas, de que modo as
competências sociais estão associadas ao contexto das competências secretariais, e os
específicos, a) apresentar a evolução das competências secretarias; b) averiguar se há
aproximação entre o contexto das competências secretariais e aquelas sociais. c) investigar se
a competência social é elemento previsto nos marcos legais da profissão e associado a ele o
construto teórico deste estudo, e associado a eles o constructo teórico deste estudo, o qual está
focado na correlação existente entre as competências do profissional de Secretariado
Executivo e as competências sociais, apresenta-se nesta seção a análise dos dados e
resultados.
Como primeiro passo de análise foram extraídas categorias analíticas do arcabouço
teórico, Quadro 4. O objetivo era o de extrair unidades-chave do conceito de competências
sociais para fins de busca, nas competências secretarias, de elementos que aproximassem uma
teoria de outra.
Quadro 6 - Categorias analíticas
TEÓRICO CONCEITO CATEGORIAS ANALÍTICAS
Caballo
(1987)
Conjunto de comportamentos emitidos por um
indivíduo no contexto interpessoal, que expressa
sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou
direitos desse indivíduo de um modo adequado
à situação, respeitando este comportamento nos
demais e que, geralmente, resolvem uma
situação, ao mesmo tempo em que minimiza o
aparecimento de problemas futuros.
- comportamento interpessoal;
- resolver situações, ao mesmo tempo
em que se minimiza o aparecimento de
problemas futuros.
Rubin e Rose-
Krasnor
(1992)
Capacidade de alcançar objetivos pessoais na
interação social, ao mesmo tempo que mantem
relacionamentos positivos com os outros ao
longo do tempo e em todas as situações.
- interação social;
- relacionamentos positivos
Del Prette e
Del Prette
(1996)
Correspondem a um universo mais abrangente
das relações interpessoais e se estendem para
além da assertividade, incluindo as aptidões de
comunicação, de resolução de problemas, de
cooperação.
- relações interpessoais;
- comunicação;
- resolução de problemas;
- cooperação
Taborsky e
Oliveira (2012)
Capacidade que um indivíduo tem de otimizar
seu comportamento social, em termos de
flexibilização e adaptação.
- comportamento social
Fonte: elaborado pela autora com base em Caballo (1987), Rubin e Rose Krasnor (1992), Del Prette e Del Prette
(1996) e Taborsky e Oliveira (2012).
36
Na sequência, buscou-se na teoria sobre competências secretarias dados que
possibilitassem a identificação da competência social. Assim, identificou-se que, conforme
quadro 6, há atividades ligadas diretamente às competências sociais e outras não mencionadas
que de alguma forma também está presente a competência social, mas com menor relação.
Sendo essa análise feita com quesitos mais técnicos, pois os comportamentais em sua
totalidade estão relacionados às competências sociais, visto que são referentes ao modo de
agir perante as outras pessoas.
Quadro 7 - Competências sociais dentro das competências secretariais
Competência Secretarial Competência Social
Pensamento estratégico;
Mediação de conflitos;
Programador de soluções.
Resolução de problemas e
minimizar problemas futuros
Planejamento Resolução de problemas
Cooperativismo;
Contribuição com ideias;
Proatividade.
Cooperação
Gerenciamento de informações;
Comunicação.
Comunicação
Fonte: elaborado pela autora com base em Moreira et al (2016) e quadro 5
O terceiro passo da análise de dados foi o de identificar nos marcos legais a presença
de elementos associados a competência social. Observa-se que na Lei 6.556, que envolve a
questão secretarial, não foram encontrados indícios de competências sociais.
Na Lei, 7.377, de 30 de setembro de 1985, não há menção sobre competências, no
entanto, por meio das atribuições, dispostas no art. 4º, foi possível identificar a necessidade de
o profissional possuir tais competências sociais.
Quadro 8 - Atribuições do cargo de Secretário Executivo com demanda de competência social
II - assistência e assessoramento direto a executivos;
III - coleta de informações para a consecução de objetivos e metas de empresas;
VII - versão e tradução em idioma estrangeiro, para atender às necessidades de comunicação da empresa.
VIII - registro e distribuição de expediente e outras tarefas correlatas.
Fonte: elaborado pela autora com base no art. 4º da lei n. 7377 de 30/09/1985
Dentro das atribuições do cargo de Secretário Executivo contidas na lei n. 7377, pode-
se observar atividades com a presença de competências sociais, tais como comunicação,
cooperação, resolução de problemas e relações interpessoais. Nas demais atribuições também
37
se exige algum grau de competência social, mas considerou-se menor do que a competência
técnica exigida.
Quadro 9 - Diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação de Secretariado
Executivo com demanda de competência social
II - visão generalista da organização e das peculiares relações hierárquicas e inter-setoriais;
III - exercício de funções gerenciais, com sólido domínio sobre planejamento, organização, controle e
direção;
IV - utilização do raciocínio lógico, crítico e analítico, operando com valores e estabelecendo relações formais
e causais entre fenômenos e situações organizacionais;
VI - domínio dos recursos de expressão e de comunicação compatíveis com o exercício profissional,
inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou inter-grupais;
VII - receptividade e liderança para o trabalho em equipe, na busca da sinergia;
VIII - adoção de meios alternativos relacionados com a melhoria da qualidade e da produtividade dos serviços,
identificando necessidades e equacionando soluções;
IX - gerenciamento de informações, assegurando uniformidade e referencial para diferentes usuários;
XIII - iniciativa, criatividade, determinação, vontade de aprender, abertura às mudanças, consciência das
implicações e responsabilidades éticas do seu exercício profissional.
Fonte: elaborado pela autora com base Resolução n. 3 de 23/06/2005
Como pode ser observado no quadro 9, as competências sociais estão expressivamente
presentes nas diretrizes curriculares do curso. Sendo elas relacionadas à interação social,
comunicação e cooperação, resolução de problema. Afirma-se estarem ligadas às
competências sociais, a partir de que tenha a habilidade e motivação em contribuir e dar
suporte organizacional, buscar compreender como o meio em que está inserido opera e
engajar-se em aspectos sociais (Ravem, 1984).
Quadro 10 - Código de Ética do profissional de secretariado com demanda de competência
social
Capítulo V - Das Relações entre Profissionais Secretários
Art.8º. - Compete às Secretárias e Secretários:
Manter entre si a solidariedade e o intercâmbio, como forma de fortalecimento da categoria;
Estabelecer e manter um clima profissional cortês, no ambiente de trabalho, não alimentando discórdia e
desentendimento profissionais;
Respeitar a capacidade e as limitações individuais, sem preconceito de cor, religião, cunho político ou
posição social;
Estabelecer um clima de respeito à hierarquia com liderança e competência.
Capítulo VI - Das Relações com a Empresa
Art.10º. - Compete ao Profissional, no pleno exercício de suas atividades:
Identificar-se com a filosofia empresarial, sendo um agente facilitador e colaborador na implantação de
mudanças administrativas e políticas;
Agir como elemento facilitador das relações interpessoais na sua área de atuação;
Atuar como figura-chave no fluxo de informações desenvolvendo e mantendo de forma dinâmica e
contínua os sistemas de comunicação.
Fonte: Elaborado pela autora com base no Código de Ética do profissional de secretariado publicado no D.O. de
07/06/1989.
38
Observa-se com maior frequência e ênfase o domínio da comunicação.
Cooperativismo e interação social no código de ética, por se tratar de ética, a qual conforme
Sá (2000, p. 15) é “a ciência da conduta humana perante o ser e seus semelhantes”, a
competência social está bastante presente uma vez que é prevista a habilidade de se adaptar ao
meio social (Oliveira, 2003).
Tais evidências expostas e elencadas dentro dos marcos legais constatam com essa
relação abrangente entre a relação da pessoa com os outros, estendendo-se para além de
assertividade, ao incluir a comunicação, a adaptação com o meio em que está inserido, a
cooperação e resolução de problemas (Del Prette e Del Prette, 1996). Por fim, por meio da
análise descrita, pode-se constatar que há associação legal entre as competências sociais e os
ditos legais da profissão de Secretário Executivo. Tal análise é estimulante, pois caracteriza a
evolução/modernização da profissão, adaptando-se conforme as necessidades atuais de
mercado.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A profissão de Secretário Executivo modifica-se constantemente, agregando, ao passar
dos anos, mais funções e valores. As competências técnicas estiveram presentes na profissão
desde suas primeiras aparições, porém nos dias atuais, além da técnica, ao desempenhar a
função pode-se perceber a necessidade de ser hábil socialmente. Exige-se uma interação
social que antes era quase extinta. Não apenas interação social, como também moldar-se
conforme o ambiente de trabalho, um grau de comunicação, ao qual antes era menor. Tal
aptidão social na prática percebe-se ao exercer a profissão, porém é legalmente exigida tal
habilidade? Ao denominar-se secretário executivo, está previsto tal competência?
Este trabalho teve como objetivo verificar a inserção das competências sociais dentro
da profissão de Secretário Executivo, lembrando que se tem como parâmetro a legalidade
brasileira. Conforme dados analisados, pode-se concluir que a profissão tem a competência
social presente em suas leis e códigos de conduta. Tendo sido respondida a pergunta
problema: como as competências sociais associam-se ao contexto secretarial? Sendo elas
associadas aos diversos incisos das atribuições, presente no código de ética e também nas
diretrizes curriculares que regem o curso.
Ao que cabe sobre os objetivos específicos, onde recaptula-se o primeiro – apresentar
a evolução das competências secretariais -, o segundo – averiguar o contexto de atuação
secretarial – e o terceiro – investigar se a competência social é elemento previsto nos marcos
39
legais da profissão – foram explanados na análise de dados, ao fazer a interposição das
competências sociais nas atribuições, diretrizes curriculares e código de ética atuais da
profissão, a análise de diversos conceitos de competências sociais e as mudanças legais na
profissão secretarial.
Sugere-se para estudos futuros a aplicabilidade na prática das competências sociais na
profissão do secretariado executivo, podendo a mesma ser de um setor específico ou a
comparação entre setores distintos e o quão presente essa competência está em cada um, como
também o levantamento da percepção de secretários executivos sobre a necessidade dessa
competência e a possibilidade de terapias e cursos para o aprimoramento/aprendizado da
mesma.
40
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