O LÚDICO NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA: ATIVIDADES COMPLEMENTARES PARA O ENSINO DO CONTEÚDO “POVOS INDÍGENAS DO BRASIL”
ALMEIDA, Ana Maria de.1 RAMOS, Odinei Fabiano (orientador)2.
RESUMO
O presente artigo é o resultado de um processo de pesquisa e ação, aplicado aos professores de história do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Prefeito Joaquim da Silva Mafra, do município de Guaratuba Paraná em 2011. O tema que norteou a pesquisa é: Fundamentos teóricos - metodológicos para o ensino de História. Nesse contexto, foi estudado e elaborado um material complementar para a prática de ensino do professor no seu dia-a-dia escolar. Objetivou agregar ludicamente atividades para serem trabalhadas paralelamente ao conteúdo Os povos indígenas no Brasil. Salienta-se que a intenção foi demonstrar como as práticas de ensino lúdicas podem ser proveitosas no ensino de História. Optou-se pelo conteúdo povos indígenas do Brasil como efeito de exemplificação, visto que poderia ser escolhido qualquer assunto/tema pertinente ao Ensino Fundamental ou Ensino Médio. Assim, a pesquisa desde o projeto de intervenção até a implementação possibilitou a conciliação entre o ensino prático e o teórico da disciplina de História, de maneira diferenciada, produtiva, valorizando o desempenho do professor e enriquecendo suas aulas. Dessa forma, é demonstrada uma das maneiras de se inovar o ensino de história através do emprego de novas metodologias, utilizando modelos de jogos e alternativas motivadoras para, sobretudo, proporcionar através de aulas criativas a realização pessoal do professor, transformando as aulas de História numa volta ao passado, com técnicas e alternativas contemporâneas. Palavras-chave: Práticas de ensino, História, ludicidade.
APRESENTAÇÃO
Na contemporaneidade são enfrentados graves problemas educacionais,
com grandes desafios a serem superados. Entre os desafios tem-se o nível de
interesse dos alunos que diminui a cada ano frente aos atrativos do mundo
1 Professora integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, 2010. Formada em
Licenciatura em ciências Sociais pelo Centro Superior de Londrina, Especialista em Educação Especial. 2 Professor Orientador Dr. Odinei Fabiano Ramos – Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras
de Paranaguá.
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moderno, os professores desmotivados, a formação continuada que nem sempre é
favorecida, falta de material adequado, entre outros. Enfim, a escolha e a definição
da temática partiram da identificação desse quadro caótico que o ensino de História
esta inserido. Como reverter isso? A resposta pode estar no método de ensino. Mas
pensar em inovar, permitir-se a fazer diferente, requer ousadia. É extremamente
difícil abrir espaços e romper com a imagem do professor “enciclopédia” do ensino
tradicional, pois o professor exerce grande influência na formação de seus
educandos, através de sua postura como profissional.
Diante da realidade enfrentada por um longo tempo como professora de
História, optei em fazer um trabalho voltado para os professores, de maneira a
verificar se as práticas de ensino de história diferenciadas podem amenizar os
problemas enfrentados em sala, devido a dicotomia ainda existente entre teoria e
prática.
Dessa forma, através da pesquisa-ação aprofundou-se inicialmente quanto
aos subsídios teóricos sobre aspectos metodológicos, recursos importantes para se
usar nas salas de aula, com novas tecnologias entre outros métodos. Pois, como o
próprio termo afirma, “pesquisa-ação” requer um estudo envolvendo-se tanto a
pesquisa e o embasamento a partir dos subsídios teóricos, como ações voltadas
para uma intervenção na realidade social/escolar.
Considerando-se essa modalidade de pesquisa o objetivo geral foi elaborar
metodologias atrativas que permitissem a conciliação entre o ensino prático e o
teórico da disciplina de História de maneira diferenciada, produtiva, valorizando o
desempenho do professor e o enriquecimento de suas aulas. Como objetivos
específicos atreveu-se em inovar o ensino de história através do emprego de novas
metodologias; utilizar modelos de jogos e alternativas motivadoras e por fim,
proporcionar recursos variados para serem usados nas práticas de ensino de
História, transformando estas em momentos de volta ao passado, com técnicas e
alternativas do mundo contemporâneo.
O lúdico relacionado ao brincar, ao jogo, aos esportes e outras atividades
humanas é bastante discutido entre os teóricos, como Piaget (1990), Vygotsky
(1988), Kishimoto (2000), Huizinga (1980), entre outros. Estes autores abordam
diferentes concepções de brincadeira, enfocando tanto a interação, as relações
sociais, e principalmente o imitar da realidade cotidiana, assimilada ao brincar, leva a
compreensão das disciplinas associadas às necessidades do ser humano.
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É importante compreender, que o lúdico é educativo, quando desperta
curiosidade. Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos,
seleciona ideias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas
compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante,
vai se socializando.
De maneira a especificar melhor a pesquisa, optou-se pelo conteúdo Os
povos Indígenas no Brasil, mas destaca-se que qualquer conteúdo de história pode
ser revertido ou aplicado com atividades lúdicas, onde o resultado será além de
ensino e aprendizagem, uma prática prazerosa para alunos e professores. Pois,
atividades lúdicas e didáticas pedagógicas adequadas, direcionam um modo
eficiente, dinâmico e divertido de ensinar e aprender.
O ENSINO DE HISTÓRIA NA ATUALIDADE
Os alunos resistem ao conhecimento de História pela maneira que é
ensinado, baseando-se ainda na repetição dos conteúdos, tornando-se assim,
cansativo e fazendo com que o professor não consiga prender a atenção de seus
alunos.
Com a aplicação de novas metodologias e do lúdico é possível despertar no
aluno o interesse, fazendo com que haja uma maior participação em construções
coletivas, valorizando e estimulando sua participação nas aulas.
Salienta-se que os professores de História com formação conservadora
tendem a ter dificuldades em repassar os conteúdos de uma forma dinâmica, que
possibilitaria uma aprendizagem sólida, prazerosa e construída pelos próprios
alunos.
Segundo Schmidt (2005), há uma década a relação entre a formação do
professor de História e o cotidiano da sala de aula já era pauta de encontros,
congressos e seminários. “Nessas discussões estava presente a necessidade de
serem realizadas mudanças, com o objetivo de se superar o ensino tradicional de
História” (SHMIDT, 2005, p. 54).
Constata – se, que essa preocupação já vem afligindo os professores da
disciplina há certo tempo, pois nada mais difícil que conciliar teoria com prática.
Debates entre profissionais da educação e educadores levaram à
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modernização dos currículos de 1º e 2º graus e a qualificação e atualização de
professores de história. Portanto, muitos esforços, recursos humanos e financeiros
foram e estão sendo dispensados neste sentido em vários estados do Brasil, por
parte de Secretarias de Educação e Instituições de Ensino Superior e de 1º e 2º
graus.
Mas no que se refere a práticas cotidianas do professor, em sala de aula, os
objetivos propostos ainda não foram atingidos e as mudanças ainda não são
satisfatórias ou até mesmo não estão acontecendo. O ensino tradicional em que o
professor é mero repassador de seus conteúdos ainda prevalece, pois é difícil para
muitos, a aceitação das mudanças, pelo medo do novo e até mesmo por
desconhecerem a maneira de mediar conhecimentos e não impô-los.
Apesar do avanço tecnológico desse século, o ensino de História tem se
baseado ainda na repetição enfadonha dos conteúdos, tornando-se monótono e
cansativo de tal maneira que o professor não consegue prender a atenção de seus
alunos.
O que se pode verificar é uma necessidade premente de repensar o ensino
de História. Assim, o que se procura é uma pratica docente que se distancie da
imagem do “professor-enciclopédia”, favorecendo a de um “professor-consultor”, que
contribua para a construção do conhecimento de seus alunos em sala de aula. O
professor fornecendo subsídios para a construção do conhecimento e ensinando o
aluno a raciocinar de forma questionadora e problematizadora, o leva à busca de
soluções, levando-o a participarem ativamente das aulas, deixando de ser um mero
expectador para tornar se ator do conteúdo que lhe é repassado, criando e
aprendendo de uma forma autônoma.
Através do lúdico e de novas metodologias é possível despertar o interesse
do aluno, para que se torne sujeito de suas ações, participando de construções
coletivas, resgatando sua autoestima, valorizando suas criações e pensando no todo
como uma maneira de soma ao seu crescimento interior, além de facilitar sua
aprendizagem.
Com isso, a interação professor aluno será facilitada oportunizando ao
professor o resgate da sua imagem e a promoção da sua realização pessoal,
através dos resultados obtidos, o que sempre lhe permitirá uma auto avaliação.
Cabe ao professor de história, portanto, a responsabilidade de ensinar o
aluno a perceber e valorizar pontos de vistas diferenciados. Com a ajuda do
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professor, o aluno tem que conseguir levantar problemas, inseri-los num conjunto
amplo de outros problemas, transformando cada aula de história temas em
problemáticas.
Se não sabemos colocar o problema, observar uma situação por vários ângulos, trabalhar inúmeras variáveis, estabelecer relações, discutir as premissas, não encontraremos o campo do provável. Se não sabemos questionar hipóteses, também não saberemos enfrentar mudanças (THEODORO, 2003, p. 53)
Através da proposta da pesquisa-ação e da demonstração e implementação
do caderno pedagógico, mostrou-se que não é difícil mudar e que mudanças
positivas podem servir para facilitar o trabalho do professor, além, de resgatar sua
autoestima e o amor pela profissão.
PERCEPÇÕES SOBRE A PRÁTICA DE ENSINO DOS PROFESSORES DE
HISTÓRIA DO COLÉGIO ESTADUAL PREFEITO JOAQUIM DA SILVA MAFRA
A pesquisa-ação é uma modalidade de pesquisa da pesquisa qualitativa-
descritiva. Este tipo de pesquisa atém-se na descrição das características de
específicas populações ou fenômenos.
Bogdan e Biklen (1994), explicam ainda que a pesquisa qualitativa é
descritiva: “pois os dados obtidos são em forma de palavras ou imagens e não de
números. Esses dados escritos encontrados na pesquisa contêm citações feitas com
base nos dados para ilustrar e substanciar apresentação” (BOGDAN e BIKLEN,
1994, p. 48).
Neste sentido a pesquisa foi a principal via para superar a reconhecida
dicotomia entre teoria e prática, contribuindo para requalificação da ação profissional
e preservando a sua legitimidade, levando as informações para a base da ação,
reflexão e estudo.
É essa linha de pensamento que aproxima a teoria e a prática que a
modalidade “pesquisa-ação” perpetua na área de educação, contribuindo ao
pesquisador, que no decorrer do processo planeja a intervenção e na sequência
implementa ações visando resultados significativos e principalmente a transformação
de comportamento na realidade escolar.
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É possível encontrar diferentes definições para a “pesquisa-ação”, conforme
também o ponto de vista de diferentes autores. Para uma compreensão mais
aprofundada, tem-se a citação a seguir, onde o autor explica que na pesquisa-ação:
[...] os conhecimentos científicos são provisórios e dependentes do contexto histórico, os professores, como homens e mulheres da prática educacional, ao invés de serem apenas os consumidores da pesquisa realizada por outros, transformam suas próprias salas de aula em objetos de pesquisa. Neste contexto, a pesquisa-ação é o instrumento ideal para uma pesquisa relacionada à prática. Além da área educacional, a pesquisa-ação pode ser aplicada em qualquer ambiente de interação social que se caracterize por um problema, no qual estão envolvidos pessoas, tarefas e procedimentos (ENGEL, 2000, p. 181).
Observa-se que essa modalidade de pesquisa é fundamental para os
estudos e reflexões voltados para a solução de problemas na educação, ou desafios
enfrentados no processo de ensino e aprendizagem.
Assim, essa foi a metodologia adotada. Primeiramente foi elaborado o
projeto de intervenção, na sequência o caderno pedagógico, com os jogos e
atividades lúdicas para serem trabalhados em sala de aula juntamente ao conteúdo
Povos indígenas no Brasil.
Na apresentação do projeto de intervenção e do caderno pedagógico foi
aplicado um questionário aos professores de História no Colégio Estadual Prefeito
Joaquim da Silva Mafra em Guaratuba-Paraná, buscando dados sobre as práticas
de ensino destes professores. Logo, após a aplicação/implementação do caderno
pedagógico foi aplicado outro questionário, para se observar como foi a
implementação, e assim refletir-se sobre as possíveis mudanças quanto as práticas
de ensino de história através do lúdico.
Assim, foi necessário o contato direto com os professores de História em
momentos específicos para a aplicação e intervenção do caderno pedagógico, para
a apresentação e discussão das atividades durante a implementação.
Salienta-se ainda, que o projeto de intervenção e o caderno pedagógico foram
usados no Grupo de Trabalhos em Rede – GTR, 2011. No qual, ficaram disponíveis
no portal do “Dia-a-dia Educação” para reflexão e discussão com outros professores
da rede estadual de ensino do Paraná. O que foi também muito proveitoso, pois
houve uma grande troca de experiências e frustrações enfrentadas no contexto
escolar.
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A seguir serão demonstrados os resultados e discussões dessa pesquisa-
ação, demonstrando-se as ações da implementação.
PERFIL DOS PROFESSORES DE HISTÓRIA DO COLÉGIO PREFEITO JOAQUIM
DA SILVA MAFRA
A metodologia de ensino de história clássica é construída com o objetivo de
acumular informações históricas, não evoluindo na mesma proporção que a
sociedade. Faz-se necessário empregar novas metodologias em que diferentes
ferramentas sejam usadas para uma nova doutrina de aprendizagem que busque
uma linguagem moderna e atual, envolvendo a abordagem de conceitos, fatos,
teorias, hipóteses e princípios que se refiram á uma construção ativa e dinâmica das
capacidades intelectuais onde o aluno possa construir símbolos, signos, ideias e
imagens que representam a realidade.
Considerando-se as metodologias de ensino tradicionais buscou-se
compreender como estão as práticas de ensino de história dos professores do
Colégio Estadual Prefeito Joaquim da Silva Mafra e seus principais anseios dentro
do contexto escolar. Assim na primeira pergunta ateve-se em saber a quanto tempo
os professores que responderam o questionaram lecionam a disciplina de história no
colégio. O que levou a notar que dos sete professores que responderam o
questionário, seis trabalham a mais de 10 anos e um a mais de cinco anos,
conforme se pode observar no Gráfico 1.
Gráfico 1 – Tempo de atuação na disciplina de História.
Mais de 10 anos
Mais de 5 anos
Mais de 2 anos
Menos de 2anos
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Fonte: A autora (2012).
É importante se compreender que o tempo licenciando muitas vezes não
determina a prática de ensino do professor, pois há professores que estão iniciando,
saem das universidades prontos para dar aula e com diferentes recursos, porém, na
prática acabam demonstrando-se despreparados. Por outro lado há professores com
mais tempo, mais experiência que atuam com diferentes recursos e aulas
significativas. Há ainda os com mais tempo que trabalham apenas na teoria, com
métodos tradicionais, presos à aulas expositivas e atividades maçantes. Enfim, o
tempo nem sempre determina a prática de ensino do professor.
Dando continuidade, a segunda pergunta do questionário, centrava-se
quanto ao uso do livro didático, as respostas variaram entre o uso contínuo e o
moderado, como observa-se no Gráfico 2:
Gráfico 2 – O uso do livro didático como base nas aulas de História
Sempre
Ás vezes
Raramente
Não utilizo
Fonte: A autora (2012).
A intenção aqui não é de criticar o uso contínuo do livro didático, mas refletir
que utilizá-lo somente como o principal recurso didático para as práticas de ensino
de história pode levar a diferentes questões problemáticas. Assim, o livro didático
deve ser utilizado mas juntamente a ele deve-se complementar com outros recursos,
principalmente no mundo atual, onde os alunos estão intimamente ligados a novas
tecnologias.
É fundamental também que o livro didático seja trabalhado seguindo-se o
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contexto e a realidade dos educandos, partindo-se dos seus saberes prévios. Como
coloca Shimidt e Cainelli (2009, p. 20):
[...] ensinar história como algo pronto e acabado, com conteúdos prédefinidos, sem levar em conta o contexto e os sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, pode levar a um ensino que não desenvolve o que é mais importante como função do ensinar história, que é orientar os problemas da vida prática. Esse sentido do ensinar história não significa não ter conteúdos para serem ensinados, mas olhar para esses conteúdos a partir da possibilidade de construir com os alunos novas questões diante de conteúdos/temas postos pela historiografia.
Implica, portanto, utilizar os conteúdos propostos de diferentes formas,
visando tornar tal conhecimento mediado, significativo para o aluno.
Dessa forma, a terceira pergunta visou verificar se os professores
costumam utilizar atividades diferenciadas nas suas aulas de história (Gráfico 3).
Gráfico 3 – Utilização de atividades diferenciadas nas aulas de História
Sempre
Ás vezes
Raramente
Não utilizo
Fonte: A autora (2012).
Percebe-se com a Gráfico 3 que os professores têm utilizado atividades
diferenciadas, logo estão comprometidos com suas práticas de ensino e
aprendizagem.
Nunes (2006, p. 2) explica que a ludicidade é uma atividade que tem valor
educacional intrínseco, mas além desse valor, ela tem sido utilizada como recurso
pedagógico. Várias são as razões que levam os educadores a recorrerem às
atividades lúdicas e a utilizá-las como um recurso no processo de ensino-
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aprendizagem, entre elas, o fato de corresponderem a um impulso natural da
criança, e neste sentido, satisfazerem uma necessidade interior, pois o ser humano
apresenta uma tendência lúdica, também porque apresentam dois elementos que a
caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo.
Na pergunta seguinte foi verificado se os professores consideram o lúdico
importante no ensino de História. As respostas demonstraram opiniões divididas
entre aqueles que consideram importante e os que acham importante em partes,
como: quando gera alguma explicação, associado à práticas de costumes e quando
voltado para teatro, história em quadrinhos e jogos de perguntas e respostas. Tendo
uma resposta negativa, como pode se observar no Gráfico 4.
Gráfico 4 – O lúdico é importante no ensino de História?
Sim
Em partes
Não
Fonte: A autora (2012).
Boa parte dos professores considera o lúdico importante, e assim estão em
acordo com o que Shimidt e Cainelli (2009) propõem para a sala de aula, discutindo
que não se trata apenas de um espaço onde se transmitem informações, mas o
espaço onde se estabelece uma relação em que interlocutores constroem
significações e sentidos, permeados entre a teoria e a prática.
A pergunta seguinte buscou observar se os professores ministram
juntamente aos conteúdos trabalhados, atividades lúdicas complementares ao
conteúdo a ser trabalhado nas aulas de história. Logo, a maioria dos professores
responderam que usam às vezes ou raramente atividades lúdicas, conforme pode se
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verificar no Gráfico 5.
Gráfico 5 – O uso de atividades lúdicas complementares aos conteúdos de
história
Sempre
Ás vezes
Raramente
Não utilizo
Fonte: A autora (2012).
O importante é saber adequar os conteúdos conforme a realidade dos
alunos, também saber diferenciar a partir da “transposição didática”, conceito
explicado por Shimidt e Cainelli (2009, p. 35):
[...] um processo de transformação científica, didática até sua tradução no campo escolar. Ela permite pensar a transformação de um saber científico e social que afeta os objetos de conhecimento em um saber ensinar, tal qual aparece nos programas, manuais, na palavra do professor, considerados não somente científicos. [...] Isso significa, então, um verdadeiro processo de criação e não somente de simplificação, redução [...]
Considerando-se a questão de transformar o saber científico didaticamente
compreensível no contexto escolar dos educandos, a próxima questão teve a
finalidade de saber quais os recursos os professores costumam usar para
complementar suas práticas de ensino de História.
As respostas demonstraram que os professores procuram principalmente
utilizar vídeos para complementar as práticas de ensino, como também dinâmica e
brincadeiras (Gráfico 6).
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Gráfico 6 – Recursos complementares às práticas de ensino de História
Vídeos,dinâmicas,brincadeiras
Apenas vídeos
Raramente
Não utilizo
Fonte: A autora (2012).
Está claro que os professores estão envolvidos e preocupados com a
transposição didática. Logo estão também cientes que que a função do educador é
facilitar o surgimento do contexto de compreensão comum, levando
instrumentos/recursos da ciência, do pensamento e das artes para enriquecer esse
espaço de conhecimento compartilhado.
Para finalizar o questionário pediu-se aos professores que descrevessem
sobre a principal dificuldade que encontram para tornar as aulas de história mais
atrativas. Entre as descrições, apontaram questões de estrutura, recursos e
materiais, dificuldades dos educandos, indisciplina e falta de interesse. Para uma
melhor compreensão selecionou-se duas descrições que representam os anseios
dos professores de história do Colégio Prefeito Joaquim da Silva Mafra:
Em primeiro lugar, o aluno precisa ter interesse e objetivo em estar na aula, em segundo, muitas vezes a indisciplina torna qualquer recurso sem atrativo, em terceiro lugar, falta mais material didático, como computador, televisão, vídeos com conteúdos [...] Tempo disponível para preparar aulas mais ricas e o desinteresse dos alunos em relação a aula, pois para eles não é importante estudar história.
Nesse sentido fala-se na necessidade de a sala de aula ser transformada
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em um espaço de conhecimentos compartilhados, pois as pesquisas já indicam que
a aprendizagem não é resultado da mera relação entre professor e aluno
individualmente, mas realiza-se em um coletivo que possui suas necessidades e
vivências culturais peculiares.
No item a seguir, tem-se a exploração de como aconteceu a implementação
do caderno pedagógico, pelos professores, os quais receberam o conteúdos, os
materiais e os recursos didáticos para aplicarem em suas praticas de ensino, para
então verificarem, o quanto o lúdico pode ser proveitoso no ensino de história.
O LÚDICO NO ENSINO DE HISTÓRIA: UMA SUGESTÃO
O caderno pedagógico foi um material elaborado para complementar a prática
de ensino do professor no seu dia-a-dia escolar, ou seja, veio agregar ludicamente
atividades que devem ser trabalhadas paralelamente ao conteúdo Os povos
indígenas no Brasil. A intenção foi de demonstrar como práticas de ensino lúdicas
podem ser proveitosas no ensino de História, optou-se pelo conteúdo povos
indígenas do Brasil, mas poderia se ter escolhido qualquer assunto/tema pertinente
ao Ensino Fundamental ou Ensino Médio.
Neste contexto, o caderno pedagógico foi direcionado à professores de
história do sétimo ano, de maneira que o lúdico não fosse oferecido como
recompensa, mas como um despertar das habilidades, da iniciativa e da descoberta.
Assim, as atividades apresentadas seguiram práticas da vida diária presente na
cultura indígena, não especificando a etnia, mas levando a reflexão geral do povo e
da cultura indígena.
Logo após a Lei 11.645 um novo olhar sobre a Cultura indígena apresentou-
se no contexto escolar, pois a referida Lei promulgada em 10 de março de 2010,
estabeleceu às diretrizes e bases da educação nacional, sobre a inclusão no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena”.
Após a discussão sobre os povos indígenas e a grande diversidade de temas
que podem ser trabalhados em sala através deste conteúdo foi apresentada uma
sequência de atividades voltadas para lendas indígenas, com demonstração de
vídeos e principalmente a sistematização do conhecimento através do assunto
exposto em cada vídeo/Lenda. Como por exemplo: Lenda do dia e da noite, Lenda
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do Guaraná, Lenda da Vitória Régia, Lenda do Uirapuru, Lenda da Mandioca e
Lenda da Cobra Grande. Esses vídeos foram pesquisados no You Tube (site que
permite o compartilhamento de vídeos em forma digital, entre os seus usuários).
Conforme se pesquisou no referido site, trata-se de vídeos simples com as lendas
dos povos indígenas adaptadas para a área da educação com o intuito de promover
a cultura dos índios do Brasil para as crianças.
Lendas indígenas são histórias fantásticas cheias de mistério sobrenatural, ligadas à feitiçaria e à magia. Nas nações indígenas essas histórias são muito importantes, possuem o poder de doutrinar os índios jovens e arredios. Algumas dessas histórias foram criadas a partir de fatos verídicos, acontecidos nas regiões onde viveram seus heróis antepassados, que se sobressaíram dentre os membros de sua tribo, pelo poder, beleza, bondade, caridade, ou outros feitos, e tornaram-se encantados. Outras referem-se à flora e fauna da região, pois segundo suas crenças, tanto as plantas como os animais, os rios, os igarapés, os lagos, as cachoeiras e o mar, possuem os seus protetores que exigem respeito e inspiram temor (MACHADO, 2010, p. 2).
Portanto, as lendas são um exemplo de como iniciar esse conteúdo, para
assim despertar o interesse e a curiosidade dos educandos, não se esquecendo de
que suas interpretações abrem-se para diferentes pontos de vista perante a cultura e
religião do povo indígena, podendo assim o educando aprender de maneira
prazerosa.
Muitas aprendizagens foram percebidas nos educandos e destacadas pelos
professores, como o reconhecimento da diversidade de grupos indígenas, a
comparação do próprio modo de vida com o observado, a expansão da competência
de interpretação, o reconhecimento e valorização da cultura indígena, entre outros.
A próxima atividade implementada pelos professores foi referente aos jogos
indígenas usados no cotidiano desses povos. Foram orientados a distribuírem o
texto impresso referente a jogos indígenas, na sequência após a reflexão partindo-se
da discussão de quais desses jogos estavam presentes nas realidade dos
educandos, deveriam possibilitar a visualização dos jogos através de vídeos. Os
jogos discutidos e visualizados foram: arco e flecha, cabo de guerra, canoagem,
corrida com tora, Xikunahity (Futebol de cabeça), arremeço de lança, luta corporal,
natação, zarabatana e Rõkrã.
No próximo momento, os professores receberam as técnicas e
demonstrações de como levar os alunos a vivenciarem os jogos indígenas,
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lembrando que muitos já fazem parte da realidade dos educandos, mas não são
praticados, pois o estilo de brincadeiras e jogos mudou muito nos alunos da
atualidade. Esta atividade foi de fundamental importância, pois além de resgatar tais
jogos disponibilizou-se o vivenciar o aprender e a valorização da cultura indígena
dentro da cultura brasileira. Foram levados os jogos, como a corda para o cabo de
guerra, o painel com o grande peixe com arco e flechas de simples manuseio para
os alunos, as toras e lanças, a bola de meia para o futebol com a cabeça, a bola
normal, entre outros.
Segundo os professores, houve participação, socialização e comentários
dos alunos como: “os jogos indígenas são brincadeiras que fazem parte da vida dos
índios e ao mesmo tempo são provas de força, agilidade, concentração”.
Considerando-se essa vivência que os professores possibilitaram aos
educandos, cabe utilizar uma citação de Shimidt e Cainelli (2009, p. 55):
Esse trabalho baseado na experiência dos alunos remete, de um lado, à compreensão de que uma das funções do ensino da História é fazer os alunos e professores, de um diálogo entre presente e passado, poderem identificar as possibilidades de intervenção e participação na realidade em que vivem. Por outro lado, é importante superar a opinião de que trabalhar com base na experiência do aluno significa valorizar sua aprendizagem espontânea.
As atividades lúdicas são importantes para a formação integral do educando
e fundamentais para a vivência e a experiência, onde assim valoriza-se realmente o
ensino e a aprendizagem no processo de vivência do educando.
Outra temática associada aos povos indígenas do Brasil, trabalhada com os
professores de maneira a estimulá-los a implementar de maneira lúdica com os
educandos, foi a questão da pintura corporal. Nesse sentido foi explicado sobre a
importância da pintura corporal indígena, destacando-se o quanto esta é associada a
religiosidade e rituais sagrados, também que há uma mudança de acordo com a
etnia, assim existindo diferentes formas e cores utilizadas pelo povo indígena na
cultura corporal.
Depois foram mostradas algumas imagens, slides e vídeos explicativos,
dando-se sugestões de atividades e práticas metodológicas baseadas no grafismo.
Os slides foram montados a partir de pesquisa feita no site Arte indígena, Ramos,
(2009). Quanto aos vídeos, foram pesquisados e baixados pelo site do You Tube,
intitulados: Pintura Corporal Indígena, Desenho e Pintura corporal Indígena e
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Grafismos indígenas.
Assim, após a exploração do material informativo os professores foram
orientados a estimularem os alunos a criarem grafismos, conforme as formas
demonstradas e por fim, a última atividade para finalizar a intervenção, os
educandos tiveram o contato um com o outro pintando partes do corpo, inspirados
na pintura corporal indígena.
Atualmente resgatar o prazer na educação, como na vida em geral, é um
dos grandes objetivos de professores, educadores e estudiosos. Sendo que a escola
desempenha um papel cada vez mais sério, onde além de ensinar está assumindo
outros papeis importantes como de formadora, educadora, conscientizadora, entre
outros relacionados à proposta de estimular e compartilhar conhecimentos, pois com
o avanço tecnológico o educando recebe tudo pronto, tendo sua criatividade podada.
Restando para a escola o dever de propor brincadeiras e jogos que os levem a um
desenvolvimento, qual será mais significativo se trabalhado através de atividades
lúdicas.
De acordo com Silva (2000), a necessidade de brincar está associada ao
pleno desenvolvimento psicológico, motor, social e afetivo. E assim, por meio do
lúdico é construído o conhecimento, já que os educandos estão inseridos em uma
vida agitada e repleta de cobrança e afazeres, onde as pessoas tem dificuldades de
brincar entre si, de saber brincar e até de entender uma brincadeira.
Neste sentido, o ambiente em que é trabalhado o lúdico transforma-se em
um espaço de educação e lazer para quem aplica como para quem participa, uma
vez que o ambiente em que há ludicidade torna-se um lugar de socialização em que
o cotidiano é transformado pela imaginação e espontaneidade.
No final da implementação os professores participaram de outro
questionário, o qual tinha a finalidade de investigar como foi a implementação do
caderno pedagógico e se os resultados foram positivos com as atividades lúdicas.
Não foram surpreendentes as respostas, uma vez que, representaram o que já se
esperava, respostas positivas e significativas dos professores, todos colocaram as
respostas afirmativas.
Assim, todos conseguiram complementar o conteúdo referente à povos
indígenas no Brasil com as atividades lúdicas, destacaram que os alunos desde o
início demonstraram-se receptivos e motivados pelas atividades. A única dificuldade
discutida foi o tempo que as atividades levavam, tanto para a preparação do espaço
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em que seriam trabalhadas, como o desenvolvimento.
Os professores alvos da intervenção, também concordaram que a aplicação
das atividades lúdicas favoreceu na aproximação entre prática e teoria no ensino da
disciplina de História. Ao final do questionário solicitou-se que descrevessem em
suas palavras os resultados positivos que alcançaram com a aplicação das
atividades propostas. Entre os depoimentos, tem-se a seguir dois, que sintetizam o
que representou a implementação do caderno pedagógico para estes professores:
Receber os materiais prontos pela professora PDE foi interessante, de maneira que despertou um anseio para aplicar a atividade e observar como ela seria recepcionada pelos alunos. E de início eles demonstraram-se preconceituosos perante o povo indígena, mas no decorrer das atividades, perceberam partes da cultura do povo indígena dentro da cultura brasileira, como por exemplo nos jogos. Enfim, o lúdico é uma maneira muito importante para a experiência e aprendizagem dos conteúdos de história, mas exige muito do professor para planejar conforme a realidade de seus educandos, como também da própria escola (PROFESSORA DE HISTÓRIA/ SÉTIMO ANO/COL. JOAQUIM MAFRA, 2011). Seguir a sequência de atividades lúdicas foi muito prazeroso, e acredito que não somente pra mim, como para os alunos, que despertaram para a cultura indígena e acabaram valorizando a mesma. Mas esta maneira de complementar a prática de ensino nem sempre é possível, depende do conteúdo, pois a disciplina de história é muito ampla e exige a construção de problemáticas que ao aluno seja permitido relacionar e solucionar (PROFESSORA DE HISTÓRIA/ SÉTIMO ANO/COL. JOAQUIM MAFRA, 2011).
Diante das descrições anteriores compreende-se que no ensino de história,
professores e alunos fazem parte de um coletivo e de um tempo social onde o lúdico
abre-se como um meio para que a aproximação (aluno, professor, conhecimento)
torne-se efetiva.
Para finalizar são demonstrados alguns depoimentos retirados do GTR
2011. Pois, além das atividades implementadas no Colégio, os materiais
desenvolvidos no PDE, 2010, ficaram disponíveis no GTR – Grupo de Trabalho em
Rede 2011, no Portal do dia-a-dia Educação, para a troca de experiência com outros
professores da rede estadual de ensino.
Entre os depoimentos verificou-se que o lúdico no ensino de história é uma
questão importante, diante de uma disciplina de cunho teórico. Também, trata-se de
um fator crítico, que exige tempo e planejamento. Logo, buscou-se discutir que não
se atém em fazer uma revolução no ensino de história, mas mostrar uma sugestão
em como se pode agregar atividades complementares e lúdicas.
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O primeiro depoimento escolhido, tem uma linguagem clara e objetiva,
demonstrando-se bastante crítico perante o ensino de história, mas ao mesmo
tempo esperançoso:
Sabemos que o sistema muitas vezes dificulta nossa prática em sala de aula, pois a preocupação é o, resultado final, notas e aprovação. Mas os alunos desta sociedade capitalista e neoliberal precisam ter conhecimento da diversidade em que vivem, serem mais afetuosos e responsáveis, tendo discernimento que suas escolhas terão consequências. Uma das diversas maneiras de termos esse objetivo alcançado seria trabalhar os temas/conteúdos através do lúdico, que se apresenta como uma importante ferramenta de ensino. Essa metodologia não deve ser vista apenas como diversão, mas como momentos para desenvolver a criatividade, para proporcionar além de mudanças cognitivas, afetivas, tão essenciais numa sociedade carente em todos os aspectos, principalmente de carinho e amor. Seu projeto está nas mãos dos professores em desenvolvê-lo, a semente foi plantada (GTR, 2011).
Vive-se cotidianamente com a falta de material didático adequado, bibliografia escassa, portanto esse projeto tem uma relevância social grande. Além disso, nos mostra que as contribuições para a prática pedagógica ultrapassam a sensação de liberdade e superação e possibilitam promover o desenvolvimento físico/mental/ interação/emotividade /afetividade (GTR, 2011).
Os professores que participaram do GTR 2011, como os que foram alvo do
projeto de intervenção, são professores comprometidos, mas não depende somente
deles, porque a realidade do contexto escolar é carregada de desafios permeados à
anos por uma educação em crise, somados com os desafios do mundo atual e das
tecnologias que cada vez mais competem com as práticas de ensino.
CONCLUSÃO
No decorrer do planejamento das atividades e no contato com os
professores para a implementação, muitas questões que antes eram obscuras e
desafiadoras foram superadas e, principalmente, os objetivos foram alcançados.
Verificou-se que o lúdico é uma forma de aproximar a teoria e a prática, não
somente nas práticas de ensino de história, como nas outras disciplinas.
Neste sentido, o papel do professor é fundamental para direcionar e intervir
quando necessário nas atividades lúdicas, trabalhando para desenvolver a
construção do conhecimento. Assim, o lúdico deve ter uma programação
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cuidadosamente planejada, tendo em vista o progresso dos alunos e o tempo
disponível. Nunca dar uma grande quantidade de jogos/atividades lúdicas por dar,
sem ter em mente uma meta a ser alcançada, pois quantidade não é qualidade.
Portanto, o lúdico só tem validade se usado na hora certa, quando há
interesse do aluno pelo seu caráter desafiador. Jamais deve ser introduzido antes
que o aluno revele maturidade para superar seu desafio e nunca quando o aluno
revelar cansaço pela atividade.
De acordo com os dados obtidos a partir da visão dos questionários,
constatou-se que o lúdico exerce um papel importante na aprendizagem e para os
professores é fundamental reunir dentro da mesma situação o brincar e o educar.
Havendo momentos tanto de uso do livro didático, como de tecnologias da
informação, brincadeiras e dinâmicas, entre outros que facilitem o processo de
ensino e aprendizagem. Principalmente no mundo pós-moderno, o qual o professor
enfrenta desafios de tornar as práticas de ensino atrativas e estimuladoras, para
então se chegar ao conhecimento científico.
Com relação ao conteúdo Povos indígenas do Brasil associá-lo à questão
do lúdico no ensino de história foi uma possibilidade muito produtiva, diante das
mudanças curriculares desencadeadas pela lei 11.645. Pois, além de trabalhar com
a cultura indígena, desenvolver o conhecimento histórico associando o passado com
o presente, os alunos passaram a valorizar, respeitar essa cultura distanciando-se
do preconceito ainda existente no contexto escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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