Escopo Conceitual
Estudos de Iconologia – Erwin Panofsky. Editorial Estampa, Lisboa, 1986, p.19-37 - Introdução.
Iconografia Ramo de estudo da História da Arte que trata do
conteúdo temático das obras de arte, enquanto algo diferente de sua forma.
Forma: estrutura geral de cor, linhas e volumes que constitui nosso mundo visual;
Conteúdo temático ou significado: possui diferentes níveis, articulados.
Significado factual (quando identifico formas visíveis, com certos objetos que conheço através da experiência e quando identifico a mudança de suas relações),
Significado expressivo (matizes psicológicos em relação ao objeto – empatia)
-> Significados primários ou naturais
Conteúdos I - Conteúdo temático primário ou natural – formas
puras reconhecidas por determinadas estruturas -> Mundo dos motivos artísticos
II – Conteúdo secundário ou convencional: combinação dos motivos artísticos com temas ou conceitos (Imagens, histórias e alegorias *)
III – Significado intrínseco ou Conteúdo – concebendo as formas puras, os motivos, as imagens, as histórias e as alegorias como manifestações de princípios fundamentais -> VALORES SIMBÓLICOS
Imagens, histórias e alegorias
• Campo mais restrito da iconografia
• As imagens que transmitem a idéia, não de pessoas ou objetos concretos e isolados, mas noções gerais – a Fé, a Luxúria, a Sabedoria – que se chamam personificações ou símbolos.
• Assim, as alegorias, enquanto opostas à história, definem-se com combinações de personificações ou símbolos. Elementos sobrepostos
Valores simbólicos Sua descoberta e sua interpretação é o objeto da
iconografia num sentido mais profundo: um método de interpretação que surge como síntese desse processo
A identificação correta dos motivos é a condição prévia de análise iconográfica no sentido mais estrito, a análise correta das imagens, histórias e alegorias é a condição prévia para uma análise iconográfica mais profunda.
Como chegar a isso? Descrição pré-iconográfica: mundo dos motivos,
identificados em nossa experiência. Necessidade de ampliar nossa experiência (fontes documentais, comparação com outras imagens) – História do estilo
Análise iconográfica: trata das imagens, história e alegorias. Familiaridade com temas e conceitos. História dos tipos.
Análise Iconológica: Intuição sintética. História dos Símbolos. Outras fontes. Civilizações Diferentes, idéias filosóficas, religiosas, políticas, econômicas. Estilo de uma época.
HISTÓRIA E TRADIÇÃO Objeto de Interpretação
I. Conteúdo temático primário ou natural – (A) factual, (B) expressivo – constituindo o mundo dos motivos artísticos.
II. Conteúdo temático secundário ou convencional, constituindo o mundo das imagens, histórias e alegorias.
III. Significado intrínseco ou conteúdo, que constitui o mundo dos valores “simbólicos”.
Ato de Interpretação
I – Descrição pré-iconográfica (análise pseudoformal)
II – Análise Iconográfica no sentido mais estrito da palavra
III – Interpretação iconográfica em sentido mais profundo (síntese iconográfica)
HISTÓRIA E TRADIÇÃO Bagagem para a
Interpretação
I – Experiência prática (familiaridade com os objetos e as ações)
II – Conhecimento das fontes literários (familiaridade com os temas e conceitos específicos)
III- Intuição sintética (familiaridade com as tendências essenciais do espírito humano)
Principio Controlador da Interpretação
I. História do estilo (compreensão da maneira pela qual, sob condições históricas diferentes, objetos ou ações foram expressos por formas
II – História dos tipos (compreensão da maneira pela qual, sob condições históricas diferentes, temas ou conceitos, específicos foram expressos por objetos ou ações)
III – História dos sintomas culturais ou simbólicos em geral (compreensão da maneira pela qual, sob condições históricas diferentes, tendências essenciais do espírito humanos foram expressas por temas e