8/18/2019 Machado de Assis, Cem Anos de Uma Cartografia Inacabada
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M A C H A D O D E AS SIS .
I O O A N O S D E U M A
C A R T O G R A F I A I N A C A B A D A
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R E P Ú B L I C A F E D E R A T I V A D O B R A S I L
P r e s id e n te d a R e p ú b l i c a
Luiz Inác io Lula da S i lva
Min i s tr o d a C u l tu r a
Juca Ferreira
F U N D A Ç Ã O B I B L I O T E C A N A C I O N A L
Pres idente
Mu n iz S o d r é
D ir e to r a e x e c u t iv a
Cél ia Porte l la
D ir e to r a d o C e n tr o d e
P r o c e s s o s T é c n ic o s
L i a n a G o m e s A m a d e o
D ir e to r a d o C e n tr o d e R e fe r ê n c ia
e D i f u s ã o
C a r m e n M o r e n o
C o o r d e n a d o r G e r a l d e P e s q u i s a
e E d i to r a ç ã o
O s c a r M. C . G o n ç a lv e s
C o o r d e n a ç ã o d e E v e n to s e P r o je to s E s p e c ia i s
S u e ly D ia s
E X P O S I Ç Ã O
C u r a d o r ia
M a r c o L u c c h e s i
P r o d u ç ã o
I m a g o E s c r i tó r io d e A r te
Ma r ia C la r a R o d r ig u e s
D e s i g n d a e x p o s i ç ã o
Lei la Scaf Rodr igues
P r o g r a m a ç ã o v i s u a l
A f f l a l o + A s s o c i a d o s D e s i g n
B i t i z A f f la lo , G ló r ia A f f la lo e L u iz A r b e x
Jornal v ir tua l
Pat Kilgore
A s s i s t e n te d e p r o d u ç ã o
P a b l o M a t o s
O r g a n i z a ç ã o
Ma r c o L u c c h e s i e R a q u e l Ma r t in s R ê g o
A p o i o L o g í s t i c o
R a q u e l F á b io
T a r s o T a v a r e s
P e s q u i s a i c o n o g r á f i c a
Pr isc i la Sere jo Martins
A s s i s t e n te s d e P e s q u i s a
F e r n a n d a C u r y
M a r l o n M a g n o A b r e u d e C a r v a l h o
M i c h e l e M a g a l h ã e s
Renan Pere ira
F o to g r a f ia
C lá u d io d e C a r v a lh o X a v ie r
H é l io G a r c ia
J a im e A c io l i
E D I T O R I A L
C o o r d e n a ç ã o e d i t o r i a l
R a q u e l Ma r t in s R ê g o e V e r ô n ic a L e s s a
P r o je to G r á f i c o e d ia g r a m a ç ã o
A f f l a l o + A s s o c i a d o s D e s i g n
B i t i z A f f la lo , G lo r ia A f la l lo e L u iz A r b e x
P a d r o n iz a ç ã o e r e v i s ã o
B e n ja m in A lb a g l i N e to
F r a n c i s c o Ma d u r e ir a
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A C H A D O D E A S SIS .
I O O A N O S D E U M A
C A R T O G R A F I A I N A C A B A D A
C a t á l o g o d a e x p o s i ç ã o r e a l i z a d a n a
F u n d a ç ã o B i b l i o t e c a N a c i o n a l
23 de setembro a 8 de novembro de 2008
Rio de Janeiro , 2008
M I N I S T É R I O I ) A C U L T U R A
F u n d a ç ã o B I B L I O T E C A N A C I O N A L
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B i b l i o t e c a N a c i o n a l ( B r a s il ) .
M a c h a d o d e A s s i s :
i o o a n o s d e u m a c a r t o g r a f i a i n a c a b a d a . - R i o d e J a n e i r o :
F u n d a ç ã o B i b l i o t e c a N a c i o n a l , 2 0 0 8 .
Ê 4 p . : i l . ( a l g u m a s c o l . ) ; 2 5 c m .
C u r a d o r i a : M a r c o L u c c h e s i .
C a t á l o g o d a e x p o s i ç ã o r e a l i z a d a n a F u n d a ç ã o B i b l i o t ec a
N a c i o n a l , n o R i o d e J a n e i r o , d e 2 3 d e s e t e m b r o a 0 8 d e
n o v e m b r o d e 2 0 0 8 .
I S B N 9 7 8 - 8 5 - 3 3 3 - 0 5 0 0 - 7
1 . A s s i s , M a c h a d o d e , 1 8 3 9 - 1 9 0 8 - E x p o s i ç õ e s . 2 . B i b l i o t e c a
N a c i o n a l ( B r a s il ) - E x p o s i ç õ e s . I . L u c c h e s i , M a r c o . I I . T í t u l o .
C D D 0 1 6 . B 8 6 9 3
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Com esta exposição, que é uma das maiores já real izadas até hoje , homenageamos
Machado de Assis no centenário de sua morte . Um motivo part icu lar de orgulho
é que tudo se fez com o r iquíssimo acervo da Bib l ioteca Nacional e com a part i -
c ipação de todas as suas d iv isões. Aqui se de l ineia um Machado que atravessa em
cheio a Modernidade, narrando o universal da aventura humana com as nuances
especialíssimas da paisagem carioca e, no limite, incitando a se repensar alguns dos
desaf ios que nos movem e enriquecem, a part i r do prisma mult icu ltural e pol iglota
d e n o ssa c u l t u r a . C o m i s t o , p r e t e n d e m o s r e m e m o r a r M a c h a d o n ã o c o m o u m p o n t o
perdido no tempo, mas como o escr i tor contemporâneo das muitas e d iversas mo-
dernidades.
A Bib l ioteca Nacio nal se pro põ e, através dessa f igura parad igmá tica
de nossas le tras, a promover um diálogo cu ltural mais amplo, que contemple os
especialistas e críticos de sua obra, mas sem deixar de lado uma visão de cidadania
sol idária , inc lusiva, democrát ica . Isto é o que a obra de Machado nos mostra em não
raros momentos, cr i t icando o sistema pol í t ico do Segundo Reinado, a escrav idão e
os v íc ios de uma democracia formal e aparente . A própria b iograf ia de Machado
de Assis coincide contradi tór ia e luminosamente com a possíve l b iograf ia de muitas
vozes, de muitos rostos e expressões, que se desenvolvem soberbamente na narrat iva
desse que é um de nossos maiores escritores.
M u n i z S o d r é
Presidente da Fundação Bib l ioteca Nacional
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Marco Lucchesi
Cu r a d o r
Cada um de nós t raz uma idéia de Machado.
Idéia vaga, talvez, difusa, mas eminentemente
sua, apaixonada e intransfer ível . Como se guardás-
semos um fino véu que se estendesse sobre a cidade
do Rio de Janeiro.
Paisagem pela qual vamos fascinados e diante de
cuja natureza suspiramos.
To do um rosár io de ruas e de igrejas - M ata- Ca-
valos, Santa Luzia , Latoeiros e Candelár ia . Nomes-
guias e sonoridades perdidas. Morros derrubados.
Praias ausentes. Tudo o que perdemos move-se ainda
nas páginas de uma cidade-livro. Cheia de árvores
e de contradições, por vezes dolorosas. Chácaras e
quintais comprid os. Aque les mesm os quintais que as-
sist iram aos amores de Bentinho e Capitu e dentro de
cuja educação sent imental nos formamos.
Machado nos vem desde a escola - com "A car-
tomante" ou a "Missa do galo" - até a revelação
inesperada de Brás Cubas; quando já consideramos
nossa aquela terra ficcional, totalmente nossa, e por
usucapião.
E assim aprendemos a ver as coisas que nos cercam.
Herdamos parte essencial de sua l íngua. O corte
da frase. A espessura do substantivo. A parcimônia
de atr ibutos. Mas, ac ima de tudo, o modo de sondar
a extensão de nosso abismo. Sabemos que o Cruzeiro
do Sul está muito alto "para não discernir os risos e
as lágr imas dos mortais" . Mas acreditamos que "a l -
guma coisa escapa ao naufrágio das i lusões" . Esse
fraseado lapidar salta dos l ivros e cria instrumentos
de sentir. E não são apenas as frases. As personagens
também se deslocam do papel e vagam incertas pelas
ruas do Rio. Tal como as cr iaturas de Dostoievski em
São Petersburgo.
Sabemos onde moram e para onde vão.
Aquelas ruas e praças são como espelhos que re-
fletem distâncias desde sempre intangíveis.
Emerge desse mundo, José Dias com seu passo
estudado. Marcela , tão ávida de esplendores. A seve-
ra beleza de Guiomar. E o sorriso-lágrima de Helena.
O piano de Fidél ia em Botafogo. E Quincas Borba
nas escadarias da igreja de São Francisco.
Mas há também seres de carne e osso, contem-
porâneos de Machado, que lhe habitam as páginas,
adquirindo foros de eternidade ficcional, como o
"ateniense" Francisco Otaviano. A longa tr isteza
de Alencar no Passeio Públ ico. As mãos t rêmulas de
Monte Alverne, apalpando o espaço que não podia
ver. As meias de seda preta e os calçados de fivela do
porteiro do Senado.
Para Machado de Assis a Histór ia podia ser compa-
rada aos
fios do tecido q ue a mão do tecelão vai compon-
do, para servir aos olhos vindouros; com os seus
vários aspectos morais e políticos. Assim como
os há sólidos e brilhantes, assim também os há
frouxos e desmaiados, não contando a multidão
deles que se perde nas cores de que é feito o fun-
do do quadro.
O centro e o fun do. As cores vivas e desm aiadas.
A trama singular. Machado de Assis terá fixado o
sent imento exato daqueles dias, que parecem ul tra-
passar o próprio tempo, como se fossem o patr imô-
nio da memória coletiva e quase atemporal.
A exposição da Bibl ioteca Nacional é dedicada
aos amigos e leitores de Machado. A idéia t inha de
ser abrangente e republicana. E a escolha não podia
não ser biográfica neste centenário, quando se rede-
senha o rosto de Machado.
Se a crít ica avançou nesse território, ainda resta
muito que fazer no espaço continental de sua obra.
Falta uma biografia mais apurada, que retifique as
anteriores, de Lúcia Miguel Pereira, Magalhães Jú-
nior, Luis Viana Filho e Jean-Michel Massa - cujo
livro
A juventude de Machado de Assis
constituiu um
passo decisivo. O labirinto de pseudônimos, decla-
rados ou não, ainda espera pelo fio de Ariadne. E a
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M a r c F e r r e z .
Panorama apresentando os
bairros da Glória e do Catete.
[ 1 8 9 - ] .
Só assim teremos uma grande li teratura .
aborrece e nos mata, que não ref lete nem discute , que abate por capricho
ou levanta por vaidade; estabelecei a cr í t ica pensadora, s incera, perseverante ,
e levada - será esse o meio de reerguer os ân imos , promover os e s t ímulos ,
guiar os estreantes , corrigir os talentos fe i tos; condenai o ódio , a
camaradagem e a indiferença — essas três chagas da crít ica de hoje;
„ ( M a c h a d o d e A s s i s .
ponde, em lugar deles , a s inceridade, a sol ic i tude e a just iça — e so ass im
Diário do Rio de Janeiro,
que teremos uma grande l i t eratura ."
8
out.1865)
I O - I I
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O N O V O M U N D O .
c h a d o d e A s s is p u b l i c a d o
jornal O Novo Mundo.
° v a Y o r k , 1 4 m a r . 1 9 7 3 .
Ia noticia
na edade
icn como
icral das
110 do in-
Hiclor ilo
s im como
Primeiros
magní f i co
lor ico do
•união de
ao prélo.
OMAJI TÍ 1-
:," " ni . i .-
geral da
itricto de
i lontes .—
intitulada
0 Tlieatro
prélo.
i t lnista e
te fizeram
eatros de
para nm
oróm, pe-
ne muito
i dvogado
•"o, escre-
ne se pu-
s, mas de
mhra im-
Memorin
, nos m o
a m e s m a
IRAI, , e m
' R A X C I S C O
uella Fa-
is ontras
a-se qne
?reiro 011
I I . t l F . R M E
is qne se
1 Dtniz—
no a uma
romance .
F i da l gos
am a não
ilterario,
- " A F a -
le i tor "—
>
e s m e r n -
n q u i s t á r a
ic portu-
> s e fará
a s ob r a s
um ro-
) A V I D D E
0." Ain-irtnenses
' A N -
0 subido
minis tros
prélo um
mprehen-u o regi-
1 gove r no
l inio cas-
u ult imu-
romance
)lha Jor-
edige. E
f " »
K S n , A s n ,
'
a , l i l
l '«blicar um Com -
pê nd i o de
Poét ica
o
Estylo.
T„ L
B
.
1 T
V
V r a :
Í
, u
submetteu á approvução da
Juncta Consultiva d'Instrucção Publica umas
carti lhas pam a primeira infancia; e o Comuiis-
sario dos Estudos do Districto (Açoriano) de
Angra do Heroísmo publicou outro trabalho do
mesmo gênero. A U G U S T O J O S É D A C I
N U A .
lente
ua bschola Politeclmica está dando ao prélo l i -
vrinnos de leitura para criança?, modelados
pelas obras a l temaus do mesmo genero.
C A S T I L H O E M E L L O .
N O T I C I A D A A U T U A I ,
L I T T E R A T U R A B R A Z I L E I R A
i k s t i s c t o
D I ; N A C I ON A LI D A D E.
Q L E M examina a actual l i tteratura brazi leira
reconhece-lhe logo, como primeiro traço, certo
insti i .c to de nacionalidade. Poesia, romance,
todas as formas l i tterariaa do pensamento bus-
cam vestir-se com as cores do pniz, e não l ia
negar que s imi lhante p reoccup ação é sy mpto.
ma de vital idade e abono de futuro. A s tra-
dicções de
G O N S A L V E S D I A S , P O R T O A L E G R E
e
M A G A L H Ã E S
são ass im cont inuadas pe la geração
já feita e pela que ainda agora madruga, como
aquelles continuaram as de J O S É U A S I I . I O D A
G A M A B S A N C T A R I T A
D U R Ã O . Escusado é dizer a
vantagem deste universal accordo. Interrogando
a vida brazi leira e a natureza americana, prosa-
dores e poe tas achar ão al i farto man ancial de
inspiração c irão dando physionomla própria ao
pensa men to nacional . Esta outra independên-
cia não tem Septe de Septembro nem campo de
Ypiranga; não se fará 11'nm dia, mas pausada-
mente. para sabir mais duradoura ; não será
obra de uma geração nem duas; muitas traba-
lharão para el la até perfazel-a de todo.
Sente-se aquelle instineto até nas manifesta-
ções da opinião, al iás mal formada ainda, res-
iricta em extremo, pouco sol icita, e ainda me-
nos apaixonada nestas questões dc poes ia c
l i tteratura. l i a nel la um instineto que leva a
applaudir principalm ente as obra* que trazem
os toques nac ionae s. A juventu de li tteraria,
sobretudo, faz de3te ponto uma qu estão de legi-
t imo amor-proprio. Nem toda ella terá medita-
do os poemas de U R U C U A Y e C A R A M U R Ô com
aquel la at tenção que taes obras es tão pedindo;
mas os nomes de B A S I L I O D A G A M A e D U R Ã O são
citados e amados, como precursores da poesia
brazi leira. A razão é que el les buscaram em
roda de si os elementos de uma poesia nova, e
deram os primeiros traços de nossa physionomla
litteraria, emquanto que outros, G O N Z A G A por
exemplo, respirando al iás 03 ares da patria,
não souberam desl igar-se das faixas da Arcadia
nem do3 prec eitos do tempo . Adm ira-se-lhes
o talento, mas nã o se lhes perdoa o ca jado e a
pastora, e nisto l ia mais erro que acerto.
Dado que as condições de3te escr ipto o per-
mittissein, nã o tomaria eu sobre mim a defeza do
mau gosto dos poetas arcndicos nem o fatal es-
ti t . . ( i que essa eschola produziu nas l l tteraturas
portugueza e brazi leira. Não
m o
parece, todavia,
justa a censyra aos nossos poetas coloniaes, is-
cados duquelle mal; nem egualmente justa a de
não haverem trabalhado para a independencia
l itteraria, quando a independencia polít ica jazia
ainda no ventre do futuro, e mais que tudo,
quan do entro a metróp ole e a colonia creura a
historia a homogeneidade das tradicçoes, dos
costumes e da educação . As mesmas obras de
B A S I L I O D A G A M A
e
D U R Ã O
quiseram antes os-
soniilidade litteraria . Mas si isto é verdade, j
não é m enos certo que tudo é m atéria «le poesia, 1
uma vez que traga as condições i lo bel lo ou os
el> inento s de qne elle se com põe . Os que, com o''
o Sr. V A R N I I A O K N , negam tudo aos primeiros
povos deste paiz , esses podem logicamente ex-
clui l-os da poesia côntemp orunea. Parece-me,
entretanto, que, depois das mem órias que a
este respeito escreveram os Sr3. M A G A L H Ã E S e
G O N S A L V E S D I A S , não é l icito arredar o elemen-
to indiano da nossa applicação iutel lectual .
Erro seria consl ltui l-o um exclusivo palrimonio
da litteratura brazileira; erro egual fóra certa-
mente a sua absoluta exc lusão . As tribus in-
dígenas, cujos U 3 0 3 e costumes J O Ã O F R A N C I S C O ;
L I S B O A cotejava com 0 l ivro de T Á C I T O e os I
achava tão sini i lhantes aos dos antigos Germa- ,
nos, desuppareceram , é coito, da região que ,
por tanto tempo fóra sua ; m as a raça mi-
nadora que as freqüentou, colheu informações
preciosas e nol-as transmittiu como verdadeiros ;
elementos poéticos. A piedade, a mingua rem 1
outros arg ume ntos dc maior val ia, devera ao j
menos inc l inara imaginação dos poetas para os
povos que primeiro bobeiam os ares destas re-
giõe s, con sorc ian do 11a litteratura 03 q ue 11 fa-
talidade da historia divorciou.
Esta é hoje a opin ião triumphante. Ou lá
nos costumes puramente indianos, taes quaes os
vemos nos
Tymbiras,
de G O N S A L V E S D I A S , 0 11 j á
na lueta do elemento barbnro com o civi i isado,
tem a imaginação l i tteraria do nosso tempo ido
buscar algun s quadros de siugu lar effelto, dos
quaes citarei , por exemplo, r. Iracema, do Sr. I
J. DE ALENCAR, uma das primeiras obras desse |
fecundo e bri lhante escriptor.
Comprchcndcndo que não está na vida in-
diana todo o palrimonio da l i tteratura brazi lei-
ra, mas apenas um legado, tão brazi leiro como
universal , não se l imitam os nossos escriptorcs
a essa só fonte de inspiração. Os costum es ci-
vi l izados, ou já do tempo colonial , ou já do tem-
po de hoje, egualmente ol íerecem á imaginação
bôa e larga matéria de estudo. N ão men os que
el les, os co nvida a natureza american a, cuja
magnificência e esplendor, naturalmente desa.
l iam a poetas e prosadores. O roma nce sobre-
tudo apoderou -se de todos es ses elemen tos de
invonção, a que devemos, entre outros, os l ivros
dos Srs.
B E R N A R D O G U I M A R Ã E S ,
que bri lhante e
ingenuamente nos pinta os costumes da região
em que nasceu, J . D E A L E N C A R , M A C E D O , S I L -
V I O D I N A S T E (Escraguolle Taunay), F R A N K L I N
TAVORA, e alguns inais.
Devo accresc entar que ne3te ponto m anifes-
ta-se ás vezes unia opinião, que tenho por errô-
nea; é a que só reconhece espirito nacional nas
obras que tractou de n ssump to local , doctrina
que, a ser exac ta, l imitaria muito os cabed aes
da nossa l i tteratura. G O N S A L V E S D I A S , por
exemplo, com poesias próprias seria admittido
110 pauthcon nacional; se exceptuarmoa os
Tymbiras, os outros poem as americanos, e cer-
to numero de composições , pertencem os seus
versos pelo assum pto a toda a mais h umanidade,
cujas aspirações, enthusiasm o, fnique sas e do-
res geralm ente can tam ; e excluo dahi as bel las
Scxtilhas lu Frei Antãu, que essas pertencem
unicamente á l i tteratura portugueza, não
só
pelo assumpto quo o poeta extrahlu dos histo-
riadores lusitanos, mas até pelo estylo que el le
habilmente fez antiquad o. O mesm o acuiitece
com os seus dram as, nenhum dos q uae s teeiu
por tlieatro o Brazll. Iria longo si tives se do
citar outros exe mp los de casa, e n ão acabaria
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C h a r g e p u b l i c a d a n a
Semana lllustrada.
R i o d e J a n e i r o , 1 6 f e v . 1 8 7 8 .
M a c h a d o d e A s s i s .
Ideal do crítico. P u b l i c a d o n o
j o r n a l Diário do Rio de Janeiro.
R i o d e J a n e i r o , 8 o u t . 1 8 6 5 .
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w , a « u m ,u u u u m
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R a f a e l C a s t r o y O r d o n e z .
Rua do Ouvidor.
R i o d e J a n e i r o , 1 8 6 2 .
A simpatia é o meu léxico .
que as d izem; e las própr ias gas tam-se . Quando menos , adoecem. A anemia é
um dos seus ma les f reqüentes ; o e s fa l fa m ento é outro . Só um long o repo uso , ,
( M a c h a d o d e A ss i s. Gazeta de
as pode rest i tuir ao que eram, e torná-las prestáveis ." Notícias, u m a r . 1893)
C h a r g e p u b l i c a d a n o
j o r n a l A Pacotilha.
R i o d e J a n e i r o , n . 2 3 , 1 8 6 5 .
à d i r e i t a : M a c h a d o d e A s s i s .
T r a d u ç ã o d e O corvo, d e
E d g a r A l l a n P o e , p u b l i c a d a
n o j o r n a l A Estação.
R i o d e J a n e i r o , 2 . 8 f e v . 1 8 8 3 .
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a o b r u m a s , p e n s i u » q u e o s a m o r SIM a p r o v e i t a n d o o i i v j » j
p a r l e m e m c a v a l g . n l a s V
NA..
i u I ' t r o p o l i i , F r i l . i ir p r t , T h . r c o p o l i s , s e Í»{IIC ,
p e r f e i t a m e n t e a n i a \ i m a : H óa i - j m a n a f ar . .
M e s m o l V t r o p o l i s , q u e e o l i u e a io i e t i r » p r - ( e r i d o d a s i
l l u m i u o u j e a , s ó l ia t l o i t d i v e r t i m e n t o s .
0 h o t e l D r a g am ; : » o n d e s e f a l i i u m p o u c o i l a v i - la a l h e i a ;
•: OS b a i l e * d o ( á i í s i u ó P e l r o p o l i t a n o , a o s d " M i i » ; : o « .
d o i n l u " :> s , s i m p o r q u e . S . M p o s s a h o n r a i - o s
t o m s u a a u g u ü i p r e s e n ç a .
M a s f n i r q u é n ã o ã p u l u l a s , a s l e i g a s ' •
P o r q u e . e s m a r i d o s n ã o ÍOIUMII S e a . l o a o s s a h h a d o s ,
q u a n t i a j u s t a m e n t e S . M . d e
. .ce.
K j i l á so i \ú » t e m p o c m
o a i t ' i s d i z i a m a o s s e u s m i n i s t r o s V o u v e r / a i r a , d e p o i s
v l i v c r t e m p o t r a t a r e m o s d a p o l í t i c a .
H o j e a s / r r a s (i i s s i m d e p o i s d o s m i n i s t r o s .
) . ' n * , a l a n l c r i a q u e s e v a e , l e i t o r a » ; a m p a r a e - n c o m a
i n l l i i t K i i d >s \ n i s o s e n c a u o u c i l a s e m o r r e c o m p l e t a -
m e n t e ú m i n g u a .
l l e p o i s i s s o d e c i d a d e s d o c a m p o . . . A c o n t e c e m u i t a v e z
q u e u m a j o v e n a d m i r a a s m a n e i r a s d ' u i n b e l l o m a r t ce l u t,
e l o g i a a s u a d i s ü n c i á o , a n o b r e z a d e s e u c a r a c t e r .
A ' s v e z e s m e s m o » e i u l l a i n m a , f a l i » d e l l o c o m o a r t i s t a ,
c o m o a m o r o s a , t a l v e z , — c e n t r e t a n t o s e l li e p e r g u n t a m :
— Q u e r c a s a r « o : n e l l e ?
M i a , c o m o d e s p e r t a n I o r e p e n t i n a m e n t e d ' u i n s o n h o ,
e x c l a m a : — « < l h n á o , e u p r e l i r o o p r i m o J ú l i o
•' o q u e e u s i n l o q u a o d o d e i x o 1 c o r t e p e l o c a m p o c q u e i
m e d i z e m : « l ' u i s q u e s e n h o r a c h a i s t o d e l i c i o s o , H o p r o -
p i c i o á s u a s a ú d e , p o r q u e n ã o e s t a b e l e c e a q u i a s u a r e s i -
d e n c i a i l e v e r S o .
N â ' i . e u p r e l i r o m e t i p r i m o J n i i . .
( i m e u p r i m o J ú l i o é a ( . ' . V l e c o m t o J o i o s s e u s d e i t e i i - s ,
[ ' : ia a s u a c h i n a , a s s i a s m a l u c e i a d a s r u a s e c a r r o ç a s , e o s
r i d i a i l o s e d i s , u n s d e p e r m e i o o s r a p t o s d e m o c a s g o r a d o s ,
a u n i d a d e , o e s p i r i t o , o i m p r e v i s t o e o s t h e a l r o s - • •
•
• •
V : \o c o m e ç a n d o d e a n i m a r - s e u m p o u c o o s n o s s o s t h e a l r o * .
H e v o l t a d a s p r o v i l i c i a s e m a i s i n f e l i z e s d o t | ii e M a r i a
A n g i i t e m o , u m a c o m p a n h i a n a l ' h e i i i \ D i a m a t i r a e o u t r a '
n o P r í n c i p e i m p e r i a l .
N a r u a d ' A j u i l a s u b i o : , s e e n . 1 o Hmpmtnior A - ;
iihcim enire nenhures, d r a m a e m c i n c o a c t o s u o i lO q u a d r o s •
— o i l o o c i n e : I r e / .e , m a u n u i a e i o , n n i n ç r o f a t í d i c o ,
l i e » r i l i e i n e n à " li c a v a j a m a i s a n e - s a , q u a n d o e r a m t r e z e a
j a n t a r c o m i d a s .t c h e g a v a p n . i d o s e .
K ' de A . I tOi i r j . '
1
ti s e d ' K i u i e r v o d r a m a ; e p e l o s n o m e s
d o s a u t t r ê s j á l i e i a •. i l o r a s a b e n d o q u e a p e ç a é g r a n d e ,
l o n g a , m u i t o l o n g a , d o e n t r e c h o c o m p l i c a d i s s i m o , b e m
t r a m a d o , b e m d e s e n v o l v i d o e b e m d e s a t a d o f i n a l m e n t e ;
q u e t e m s ; e n a s c o m r n o i e n t e s , s c e u h s q u e e s p a n l a m . e s t a -
t e l a m o e s p e c t a d o r ; s e o n a s e m i i u i p a r a I o d o s o s g o s t o s .
M o d e s t a m e n t e e i i s ce n a d a e m e d i o c it s m e u t o r e p r e s e n t a d a
E u c i t a r e i e n t r e t a n t o o h r . s i u u u : • q u e d e o r e l e v o a o
p a p e l d e p t u t o g o n i s l a , e . . .
K o c ü o — e n t r a u m r n. » u a p e ç a q u e se p . t r l o u e d m o
u m p e r f e i t o c a v a l h e i r o . — l i ' u u n t ' c o i i iò e n s a ç à o .
0 1 S o n o r o s Sinai ile Come i iile t i v e r a m m a i s u m a e d i ç ã o , j
f o r a m l e p r e s e n t a d o » n o f r i n & i p e í r a p e r i â t -
'/nifcnl
t / t C
— f a z e n d o o S r . M a e l i a do o p a p e l d o" C a » p i r - - / t "
M l • •r i'
J a m a i s o a . : b . r M a c h a d o U n l m a t a t ó t d o t li u p a p e l s e : i o ; :
n a \ i d i d o pa l co f o r a s e m p r e u m i n i c i f q u l o p r o c u r a t a |
s e n ã o f a z e r r i r .
O u a n d o c o r r e u p o r t a n t o a m . v a d e q u e e l le i a f a z e r u p a p e l
q u e f o i u m d o s s u c c e s s o j t i o a r i t s l i f r a n e e z l t a b e l l y e u m a <
g l o r i a d o C u i l h e r m e d e A g u i a r , to d o s d u v i d a r a m , e . . .
K o t l i e a t r o o t i c b e u - s e .
o i , b u s c a v a
S a x t r d a q u e l l e s l i v r o s q u e e s t u d a a
R e p o u s o ( u m v a « j • t d o r e s n i ; ; . : a d o r a
D e s t a s s a u d a d e s i m m o r t a e s
P e l a q u e o r a n o s c e u s a n j o s c h a m a m L e n o r a .
K q u e n i n g u é m c h a m a r á m a i s .
I • r u m o r t r i s t e , v a g o . b r a n d o
l ), is c o r t i n a s ia a c c o r d a n d »
D e n t r o o m m e u c o r a ç ã o u m \ ' - ro r n á o v t b i d o .
N u n c a p o r e l le p a d e c i d o .
K m l i m . p o r a n p l a c a l - o a q u i n o p e i t o ,
L e v a n t e i - m e u c p r o m p t o , e : CI«>m o f l c i t o .
i D i s > e ) e v i s it a a m i g a ' e r e t a r d a d a
- O u . - b a t e a - i a s h o r a s t a e s :
t u , p a l a v r a i m u a e d i l e c r a ,
I J e n ò r a . t u , c o m o u m s u s p i r o e s c a s s o ,
U a m i n h a t r i s t e b o c c a s . u - ;
E o é c h o . q u e t e o u v i u , m u r m u r o u - t e 110 e s p a ç o :
| *o i i s s u a p e n a s , n a d a m a i s .
E n t r o c o ' .i a l m a i n c e n d i a i a .
L 0 4 0 d e p o i s o . í t r . i p a n ç a I a
S o a u m p o u c o m a i s f o r t e ; e . n v o l t a n d o - m e , d i e o :
«• S e ü u r a m e n t e , h a n o p o s t i g o
• A l g u m a c ou >. t q u e s u s s u r r a . A b r a m o s .
K i a . í V ir a '> t e m ^ r . . i a , v e i a m o s
. \ e x p l i c a .*. » d « i i s o m v s t e r i o s >
8/18/2019 Machado de Assis, Cem Anos de Uma Cartografia Inacabada
18/68
J . G u t i e r r e z .
Ministério da Agricultura.
R i o d e J a n e i r o , 1 8 9 5 .
Circulares que o vento leva .
" C i r c u l a r e s q u e o v e n t o l e v a ; a p o l í t i c a e ra b o a , f á c i l e d a v a g a n h o
a t o d o s , a o s d e f o r a c o m o a o s d e d e n t r o . M a s a s c i r c u l a r e s s ã o
c o m o a s i lu s õ e s: v e r d e i a m a l g u m t e m p o , a m a r e l e c e m e c a e m l o g o ;
'
0 r
( M a c h a d o d e A s s i s,
d e p o i s v ê m o u t r a s ." Gazeta de Notícias, 17 s e t . 1 8 9 6 )
6 17
à d i r e i t a : M a c h a d o d e A s s i s .
Ofício ao chefe da Diretoria-Geral
de Contabilidade. 1 fe v . 1 8 9 3 .
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E u g e n e C i c é r i ; P h i l i p p c B e n o i s t .
A s praias St. Luzia e a Glória.
[ 1 8 5 1 ] .
A his tór ia dos subúrbios .
" E m v ã o p a s sa v a m a s g e r a ç õ e s , e l e n ã o p a s sa v a . C h a m a v a - se J o ã o . N o i v o s
casavam, e le repicava às bodas; cr ianças nasc iam, e le repicava ao bat izado;
pais e mães morr iam, e le dobrava aos funerais . Acompanhou a h is tór ia da
c i d a d e . V e i o a f e b re a m a r e l a , o c ó l e r a - m o r b o , e J o ã o d o b r a n d o . Os p a r t i d o s
subiam ou ca íam, João dobrava ou repicava , sem saber de les . Um dia
começou a Guerra do Paraguai , e durou c inco anos; João repicava e dobrava,
dobrava e repicava pe los mortos e pe las v i tór ias . Quando se decretou
o ventre- l ivre das escravas , João é que repicou. Quando se fez a abol ição
c o m p l e t a , q u e m r e p i c o u f o i J o ã o . U m d i a p r o c l a m o u - se a R e p ú b l i c a , J o ã o
repicou por ela, e repicaria pelo Império, se o Império tornasse.
Não lhe atr ibuas incons is tênc ia de opiniões; era o of íc io . João não sabia de
mortos nem de v ivos; a sua obr igação de 1853 era serv ir à Glór ia , tocando
os s in os, e toc ar os s in os para servir à Gló ria, alegr em ente ou tristem ente, , , ,
( M a c h a d o d e A s s i s .
c o n f o r m e a o r d e m . " Gazeta de Notícias, 4 n o v . 1 9 0 0 )
1 6 - 1 9
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D e s m o n s .
Panorama da cidade de Rio de
Janeiro tomado do morro de St.
Antônio a vôo de pássaro.
[ 1 8 5 4 ] -
Tenho par t icu lar amor às borbole tas .
"É meu velho costume levantar-me cedo e ir ver as belas rosas , frescas
murtas , e as borboletas que de todas as partes correm a amar no meu
jardim. Tenho part icular amor às borboletas . Acho nelas algo das minhas
idé ias , que vão com igua l pres teza , senão com a mesma graça ."
( M a c h a d o d e A s s i s .
Gazeta de Notícias, 1 9 f ev . 1 8 9 3 )
Z O - 2 I
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a d o d e A s s is e A r t h u r
Illustraçãu Brazileira.
J a n e i r o , i j u l . 1 8 7 7 .
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e s q u e r d a : U m a d a s c u r i o s i d a d e s
e x p o s i ç ã o f o i r e t i r a d a d o
a u t ó g r a f o s d e E r n e s t o
N o v e r s o d o s u g e s t i v o
Valsando (Ao Senna)
t a l v e z e s c r i t o e m h o m e n a g e m
0
o r g a n i z a d o r d a s a s s i n a t u r a s - ,
a c h a d o d e A s s i s e s c r e v e :
Quem foi o inventor dos álbunst
Não fui eu.
Machado de Assis
'1-1-89
L o g o a b a i x o , a p r ó x i m a p e s s o a
a a u t o g r a f a r o á l b u m d e S e n n a
a p r o v e i t a o g r a c e j o e e m e n d a :
Nem eu.
Leopoldina M. de Vasconcelos.
2 0 - 4 - 9 0
a c i m a : O r g a n i z a d o p o r L e o n o r
P e r e i r a d e M e l o , L a u r i n d a S a n t o s
L o b o e F . G u i m a r ã e s , o á l b u m d e
a u t ó g r a f o s é c o m p o s t o p o r f o l h a s
s o l t a s c o n t e n d o t e x t o s , d e s e n h o s
e d e d i c a t ó r i a s d e p e r s o n a l i d a d e s
c o m o J o ã o d o R i o , E u c l i d e s d a
C u n h a e A f r â n i o P e i x o t o .
O s o r g a n i z a d o r e s f o r a m
c o n t e m p l a d o s c o m o a u t ó g r a f o
d e M a c h a d o d e A s s i s , s u b s c r e v e n d o
o s s e g u i n t e s v e r s o s :
Aqui vae um nome velho, não
menos velho que escasso, não menos
escasso que triste.
Machado de Assis
3 de setembro 1907
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Die Rua Direita in
Rio de Janeiro. I 1 8 5 - ] .
Eu o mais encolhido dos caramujos .
a l e i , que a regente sanc ionou , e todos sa ímos à rua . S im, também eu sa í à
rua , eu o mais enco lh ido dos caramujos , também eu entre i no prés t i to , em
carruagem aberta , se me fazem favor , hóspede de um gordo amigo ausente ;
to do s resp iravam fe l i c idade , tud o era de l í r io . Verda de iramen te , fo i o ún ico „ , , ,
( M a c h a d o d e A s s i s .
dia de de l í r io públ ico que me lembra ter v i s to ." Gazeta de Notícias, 14 m a i o 1 8 9 3 )
16- 26
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P u b l i c a d o n a
Semana lllustrada.
J a n e i r o , 1 8 j a n . 1 8 6 3 .
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D e s m o n s .
Panorama da cidade de Rio de
Janeiro tomado do morro de
St. Antônio a vôo de pássaro.
[ 1 8 5 4 ] -
A vida é uma ópera e uma grande ópera .
c lube . O sa lão do fundo , tão vas to como o da frente , serv ia aos concer tos
e ench ia -se de uma porção de homens de vár ia nação , vár ia l íngua , vár io
emprego , para ouv ir as peças do grande mestre que dava nome ao c lube ,
( M a c h a d o d e A s s i s
e as de tantos outros que formam com e le a ga ler ia da ar te c láss ica ."
Gazeta de Notícias,
5 j u l . 1 8 9 6 )
Bilhete de Machado de Assis
a Ramos da Paz.
i o u t . 1 8 8 3 .
16-28
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L o u i s B u v e l o t .
Praça da Constituição. 1 8 4 5 .
Acompanha r o povo .
O teatro é para o povo o que o Coro era para o antigo teatro grego; uma
inic iat iva de moral e c ivi l ização. Ora, não se pode moral izar fatos de pura
abstração em prove i to das soc iedades ; a ar te não deve desva irar -se no do ido
inf in i to das concepções idea i s , mas ident i f i car - se com o fundo das massas ;
cop iar , acom pan har o po vo em seus d iversos m ovim ento s , nos vár ios m od os . . , , ,
( M a c h a d o d e A s s i s .
e trans form açõe s da sua a t iv idade ." o Espelho, 25 s e t . 1 8 5 9 )
D o m i n g o s J a c y M o n t e i r o .
P a r e c e r p a r a a p e ç a O pomo da
discórdia, d e M a c h a d o d e A s s i s .
R i o d e J a n e i r o , 2 1 m a r . 1 8 6 4 .
1 6 - 2 9
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A C H A D O D E A S SIS E O R O S T O D A C I D A D E
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E u g e n e C i c é r i ; P h i l i p p e B c n o i s t .
A Prainha (da Saúde).
[ 1 8 5 2 ] .
Se eu for a contar as memórias da infância,
deixo a semana no meio,
remonto os t empos
e faço um volume .
16-33
Era expor um copo che io d 'água ao sereno , e despejar dentro um ovo
de gal inha. De manhã ia-se ver a forma do ovo; se era navio, a pessoa
t inha de embarcar; se era uma casa, v ir ia a ser proprietária , etc . Consulte i
uma vez o bom do santo; v i c laramente v i s to - v i um nav io ; t inha de
embarcar . Ainda não embarque i , mas , enquanto houver nav ios no mar ,
não perco a e sperança ."
( M a c h a d o d e A s s i s .
Gazeta de Notícias,
1 6 d e z . 1 8 9 4 )
8/18/2019 Machado de Assis, Cem Anos de Uma Cartografia Inacabada
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(À memória de minha irmã)
Foste a rosa desfolhada
Na urna da eternidade,
Pr'a sorrir mais animada,
Mais bela, mais perfumada
Lá na etérea imensidade.
Rasgaste o manto da v ida,
E anjo subiste ao céu
Como a f lor enlanguecida
Que o vento pô-la caída
E p ou c o a p ou c o mor r e u
Tu'alma foi um perfume
Erguido ao sólio div ino;
Levada ao celeste cume
Co' os An j os or aste ao N u me
N as har mon i as d u m hi n o.
Parece que no céu bem negra nuvem
Já marcou meu destino pelo mundo
Tenho de ti saudades, ó meu anjo.
No meu peito o pesar é tão profundo
Se perdi minha mãe sendo tão moço,
Se padeço de ti tanta saudade,
Não posso existir no mundo tr iste;
É melhor eu morrer nesta idade
A memória de minha mãe)
Há uma dor que não se apaga d 'alma,
Lágrima triste que pendente existe
Da face do infeliz:
É gemido que mata e não se acalma,
Que torce o coração, e se persiste,
A existência maldiz.
Essa dor eu senti quando vi morta
Minha terna mãe. . . perdão, meu Deus.
Se quero já morrer;
Esta vida de dor perder que importa?
Quero com minha mãe morar nos céus,
Com os anjos v iver .
Eu perdi minha mãe... era uma santa,
Que t inha a minha v ida neste mundo,
M i n h' a lma e me u amor
E foi o meu pesar, minha ânsia tanta,
Que a v ida quis deixar num ai profundo,
Morrer também de dor .
Só lágrimas de sangue eu sinto agora
Afogaram-me os olhos, e o martír io
Emurcheceu-me a v ida;
Eu tenho pouca idade, mas embora,
Sente apagar-se da existência o círio
M i n h' a lma amor te c i d a .
Maldigo minha vida, por seu fi lho
A minha pobre mãe chama nos céus
Quando eu rezo por e la;
Choro vendo que só no mundo tr i lho;
Quero com minha mãe v iver , meu Deus,
No céu, bem junto dela
8/18/2019 Machado de Assis, Cem Anos de Uma Cartografia Inacabada
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G e o r g e L e u z i n g e r .
Rio de Janeiro e seu porto do
Livramento. [18-]
à d i r e i t a : A s s e n t o d e b a t i s m o
d e M a c h a d o d e A s s i s . C a p e l a d e
N o s s a S e n h o r a d o L i v r a m e n t o .
1 3 n o v . 1 8 3 9 .
1 6 - 3 5
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39/68
h a d o d e A s s i s a o s 2 5 a n o s .
sra. D. P. J. A.
P u b l i c a d o
Periódico dos Pobres.
d e J a n e i r o , 3 o u t . 1 8 5 4 .
8/18/2019 Machado de Assis, Cem Anos de Uma Cartografia Inacabada
40/6838 39
8/18/2019 Machado de Assis, Cem Anos de Uma Cartografia Inacabada
41/68
Semana lllustrada,
e n t a n d o su c e s s o d e 1 8 6 4 ,
M a c h a d o d e A s s i s l e v a d o
p o r G o n ç a l v e s D i a s .
s arlequins: p o e s i a .
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M A C H A D O I D E A S S I S
e algumas personagens do seu aovo romance
Iiisurrciçüo.
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E u g e n e C i c é r i ; P h i l i p p e B e n o i s t .
Rio de Janeiro tomado de
Boa-Vista da Tijuca.
[1852 . ] .
Nenhum escr i tor teve em mais a l to grau
a alma brasileira .
houvesse tratado assuntos nossos . Há um modo de ver e de sent ir , que dá a
nota ínt ima da nac ional idade , independente da face externa das co isas . [ . . . ]
O nosso Alencar juntava a esse dom a natureza dos assuntos , t i rados da v ida
ambiente e da h is tór ia loca l . Outros o f izeram também; mas a expressão do
seu gênio era mais v igorosa e mais ínt ima."
( M a c h a d o d e A s s i s . D i s c u r s o
p r o f e r i d o n o l a n ç a m e n t o d a
p r i m e i r a p e d r a d a e s t á t u a d e J o s é
d e A l e n c a r , 1 8 9 7 )
à d i r e i t a , a c i m a :
R a f a e l B o r d a l o P i n h e i r o . C h a r g e
p u b l i c a d a n o j o r n a l O Mosquito.
R i o d e J a n e i r o , 9 s e t . 1 8 7 6 .
à d i r e i t a , a b a i x o :
M a c h a d o d e A s s i s. T r e c h o e m
p r o s a q u e a c o m p a n h a p o e m a
s e m t í t u l o . [ 1 8 7 6 ] .
1 6 - 4 5
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D e s m o n s .
Panorama da cidade de Rio de
Janeiro tomado do morro de
St. Antônio a vôo de pássaro.
[ 1 8 5 4 ] -
A obra em si mesma é tudo .
"Mas eu a inda espero angar iar as s impat ias da opinião , e o pr imeiro
remédio é fugir a um prólogo expl íc i to e longo. O melhor prólogo é o que
contém menos co isas , ou o que as d iz de um je i to obscuro e truncado.
C o n se g u i n t e m e n t e , e v i t o c o n t a r o p r o c e s so e x t r a o r d i n á r i o q u e e m p r e g u e i n a
c o m p o s i ç ã o d e s t a s M e m ó r i a s , t r a b a l h a d a s c á n o o u t r o m u n d o . S e r i a c u r i o so ,
mas n imiamente extenso , e , a l iás , desnecessár io ao entendimento da obra .
( M a c h a d o d e A s s i s .
A ob ra em si m es m a é tud o: se te agradar, fino leitor, pa go -m e da tarefa ; se ^ , , ,.
w
T r e c h o d o l i v r o
Memórias
te não agradar , pago- te com um piparote , e adeus . póstumas de Brás Cubas)
Brás Cubas ."
1 6 - 4 7
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F o l h a d e r o s t o d a p r i m e i r a
e
d i ç ã o d e Memórias póstumas
de
Brás Cubas.
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J o s e p h A l f r e d M a r t i n e t .
O Passeio Público. 1 8 4 7 .
Retór ica dos namorados .
" R e t ó r i c a d o s n a m o r a d o s , d á - m e u m a c o m p a r a ç ã o e x a t a e p o é t i c a p a r a d i z e r
o que foram aqueles o lhos de Capi tu . Não me açode imagem capaz de d izer ,
sem quebra da d ignidade do es t i lo , o que e les foram e me f izeram. Olhos de
ressaca? Vá, de ressaca . É o que me dá idé ia daquela fe ição nova. Traz iam
não se i que f lu ido mister ioso e enérgico , uma força que arrastava para
dentro, como a vaga que se ret ira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser
arrastado, agarre i -me às outras partes v iz inhas , às ore lhas , aos braços , aos
cabelos espalhados pe los ombros; mas tão depressa buscava as pupi las , a
ond a que sa ía de las v inha cresc end o, cava e escura , am eaç an do envo lver-m e, , , , , , , , .
1
( M a c h a d o d e A s s i s,
p u x a r - m e e t r a g a r - m e . " T r e c h o d o l i v r o Dom Casmurro)
1 6 - 4 9
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J a n e i r o , [ 1 0 a g o . 1 9 0 6 ] .
M a c h a d o d e A s s i s ,
i r a P a s s o s , J o a q u i m N a b u c o
A m é r i c o d o s S a n t o s , A l o í s i o d
a C o l ô m b i a .
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M a r c F e r r e z .
[ T e m p l o d a V i t ó r i a ] .
R i o d e J a n e i r o ,
[
1 0 j u l . 1 8 7 0 ] .
O povo mudaria de governo,
sem tocar nas pessoas .
"Santos receava os fuz i lamentos ; por exemplo , se fuz i lassem o imperador ,
e com e le as pessoas de soc iedade? Recordou que o Terror . . . Aires t i rou- lhe
o Terror da cabeça . As ocas iões fazem as revo luções , d i s se e le , sem in tenção
de r imar, mas gostou que r imasse , para dar forma f ixa à idéia .
De p o i s , l e mb r o u a í n d o l e b r a n d a d o p o v o . O p o v o mu d a r i a d e g o v e r n o ,
s e m t o c a r n a s p e s s o a s . "
( M a c h a d o d e A s s i s .
T r e c h o d o l i v r o
Esaú e Jacó)
COLLECÇAO OOf AUTORES CELEBREI
L I T T E R A T U R A B R A S I L E I R A
E S A Ú
E
J A C O B
M C H D O D E S S I S
(Ja AuxJrmla B,nlk a)
L I V R A R I A C A R N I E R
10 — OIM*R. I« I SM>I
RIO DE JANEIRO I PAR IS
F o l h a d e r o s t o d a p r i m e i r a
e d i ç ã o d e
Esaú e Jacó.
1 6 - 5 1
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° l h a d e r o s t o d a p r i m e i r a
e (
% ã o d e Poesias completas.
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M a c h a d o d e A s s i s .
C a r i a a Salvador de Mendoüí'
R i o d e J a n e i r o , 6 m a r . i ? 0 4 '
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R e p r o d u ç ã o d e f o t o g r a f i a t i r a d a
P o r o c a s i ã o d e u m a l m o ç o
o f e r e c i d o a L ú c i o d e M e n d o n ç a .
R i o d e J a n e i r o , 3 m a r . 1 9 0 1 .
N a f o t o , s e n t a d o s : J o ã o R i b e i r o ,
M a c h a d o d e A s s i s , L ú c i o d e M e n d o n ç a ,
S i lv a R a m o s . E m p é : R o d o l f o A m o e d o ,
A r t h u r A z e v e d o , I n g l ê s d e S o u z a ,
O l a v o B i l a c , J o s é V e r í s s i m o ,
S o u z a B a n d e i r a , F i l i n t o d e A l m e i d a ,
G u i m a r ã e s P a s s o s , V a l e n t i m M a g a l h ã e s ,
H e n r i q u e B e r n a r d e l l i , R o d r i g o O t á v i o
e H e i t o r P e i x o t o .
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E u g e n e C i c é r i .
Laranjeiras.
| i 8 - | .
Foi-se a melhor parte da minha vida .
"Foi - se a melhor parte da minha v ida , e aqui e s tou só no mundo . [ . . . ] Aqui
me f i c o , p o r o r a n a me s ma c a s a , n o me s mo a p o s e n t o , c o m o s me s mo s
a d o r n o s s e u s . Tu d o me l e mb r a a mi n h a me i g a Ca r o l i n a . Co mo e s t o u à ( M a c h a d o d e A s s is .
be ira do e terno aposento , não gas tare i mui to tempo em recordá- la . Trecho de carta a Joaquim
Nabuco, 1 0 n o v . 1 9 0 4 )
Irei vê- la , e la me esperará."
C a s a d e M a c h a d o d e A s s i s
n o C o s m c V e l h o .
5 4 - 5 5
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D . C a r o l i n a .
Renascença.
R i o d e J a n e i r o , j u n . 1 9 3 9 -
M a c h a d o d e A s s i s .
Renascença.
R i o d e J a n e i r o , s e t . 1 9 0 8 .
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S i l o g e u B r a s i l e i r o .
R i o d e J a n e i r o , [ 1 9 3 - ] .
Papel , amigo papel , não recolhas
tudo o que escrever esta pena vadia .
Não, pape l . Quando sent ires que ins i s to nessa nota , e squ iva- te da minha
mesa e foge. A janela aberta te mostrará um pouco de te lhado, entre a rua e
o céu , e a li ou aco lá acharás descan so . Co m igo , o mais que pod es achar ,
w
. , , , . _
( M a c h a d o d e A s s i s . T r e c h o
é e s q u e c i me n t o , q u e é mu i t o , ma s n ã o é t u d o . . . " d o l i v r o Memor ial de Aires)
1 6 - 5 7
O a p e r i t i v o d o s i n t e l e c t u a i s
- M a c h a d o , J . V e r í s s i m o ,
E u c l i d e s d a C u n h a e W a l f r i d o
R i b e i r o , n a T e r r a s s e d o s
C a s t e l l õ e s . R e v i s t a Fon-Fon,
R i o d e J a n e i r o . 4 m a i o 1 9 0 7 .
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visita de Machado de
j a n . 1 9 0 7 .
b a i x o : O E s c r i t ó r i o d e D i r e i t o s
u t o r a i s ( E D A ) f u n c i o n a d e s d e
1 8 9 8 n o B r a s i l , c o m o o b j e t i v o
d e r e g i s t r a r a s o b r a s i n t e l e c t u a i s ,
g a r a n t i n d o a o a u t o r o d i r e i t o
s o b r e a s u a c r i a ç ã o . N o p r i m e i r o
l i v r o t o m b o d o E D A , e x i s t e m s e t e
r e g i s t r o s d e o b r a s d e M a c h a d o
a i n d a e m v i d a . O l i v r o
Dom
Casmurro,
u m a d a s o b r a s - p r i m a s
d e M a c h a d o , f o i r e g i s t r a d o n a
f o l h a 1 9 , s o b o n ú m e r o 1 8 7 .
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J . G u t i e r r e z .
C o r r e i o e R u a i ° d e M a r ç o .
R i o d e J a n e i r o , 1 8 9 5
Aposentadoria da vida .
A mo r t e , p o r e x e mp l o , b e m p o d i a s e r t ã o - s o me n t e a a p o s e n t a d o r i a
da v ida , com prazo cer to . Ninguém ir ia por molés t ia ou desas tre , mas
por natura l inva l idez ; a ve lh ice , tornando a pessoa incapaz , não
a por ia a cargo dos seus ou dos outros . Como i s to andar ia ass im desde
o princípio das coisas , ninguém sentir ia dor nem temor, nem os que
se fossem, nem os que f icassem. Podia ser uma cerimônia domést ica ou
públ ica ; entrar ia nos cos tumes uma re fe ição de desped ida , f ruga l , não
tr i s te , em que os que iam morrer d i s sessem as saudades que l evavam,
f izessem reco m end açõ es , desse m conse lhos e , se fossem a legres ,
contassem anedotas a legres . Mui tas f lores , não perpétuas , nem dessas
outras de cores carregada s , ma s c laras e v ivas , co m o de núpc ias . , , ,
( M a c h a d o d e A s s i s .
E melhor ser ia não haver nada , a lém das desped idas verba is e amigas . . ."
Gazeta de Notícias,
6 se t . 1 8 9 6 )
1 6 - 5 9
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d e M a c h a d o
A s s i s . R e v i s t a F o n - P o n ,
d e J a n e i r o , 1 0 o u t . 1 9 0 8 .
adeus da Academia a Machado
R i o d e J a n e i r o : C a s a d e
B a r b o s a , 1 9 5 8
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L A Ç Ã O D E O B R A S D A E X P O S I Ç Ã O
A S P A R A U M D I C I O N Á R I O
cegos. Marmota
, R io de J ane i ro , n . 931 , p . i , 5
Ideal do crítico. Diário do
R io de J ane i ro , ano 45 , n . 243 ,
Novo Mundo: pe r iód ic o i l lu s t r ado
Semana Illustrada,
J ane i ro , 16 fev . 1878 . C harg e .
Pareceres censórios para
Conservatório Dramático Brasileiro. Rio de
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n u s c r i t o e i m p r e s s o . L o c a l i z a ç ã o n o a c e r v o :
T O R d as Chrysalidas r e p r o d u z
A Pacotilha, R io de
O R D O N E Z , R a fa e l. La Comision
Destinada al Pacífico. 1 po r ta - fó l io .
p a p e l a l b u m i n a d o , p & b . L o c a l i z a ç ã o n o
v o : I C O N F O T O S - A R M .
3
. 9 . 2 (
5
o) .
canto XXV do
T r a d u ç ã o d e M a c h a d o d e A s si s.
Instrucção Pública
, R io de J ane i ro , ano 4 ,
Instrucção Pública , R io de J ane i ro , ano 2 ,
Os trabalhadores do mar.
Diário do Rio
R io de J ane i ro , ano 46 , n . 64 , p . 1 ,
0 0 0 0 5 I
6 8
l
P O E , E dgar A l lan . O corvo. T r a d u ç ã o d e
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L o c a l i z a ç ã o n o a c e r v o : P R C - S P R 0 0 0 6 1 .
A S S IS , Machado de . A S em ana . Gazeta de
Noticias, R io de J ane i ro , p . i , 19 f ev . 1893 .
L o c a l i z a ç ã o n o a c e r v o : P R C - S P R 0 0 0 6 1 .
8/18/2019 Machado de Assis, Cem Anos de Uma Cartografia Inacabada
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E u o m a i s e n c o l h i d o d o s c a r a m u j o s .
G U T I E R R E Z , J . C o r r e i o e R u a i ° d e M a r ç o .
In: . Coleção de fotografias dos festejos
nacionais no dia 15-11-1994, oferecido ao
Presidente da República Dr. Prudente José de
Moraes Barros pela Comm issão Militar de
Festejos. R io d e Jan e i r o : J . Gu t i e r r ez , 1 8 9 5 .
L o ca l i zação n o ace r v o : I C ON R es .
A S S I S , M a c h a d o d e . Carta ao Visconde do
Rio Branco referindo-se à passagem da data
comemorativa da promulgação da Lei do
Ventre Livre. R io d e Jan e i r o , 3 0 se t . 1 8 7 6 .
id o c . ( 2 p . ) . C o leção R io B r an co . Or ig in a l e
a u t ó g r a f o . M a n u s c r i t o . L o c a l i z a ç ã o n o a c e r v o :
M S S 1 - 3 2 , 3 6 , 0 2 5 .
A S S IS , M a c h a d o d e . P a e c o n t r a M ã e .
In : . Relíquias de casa velha. R io d e Jan e i r o :
Garnier , 1906. (Sér ie Bib l io teca Universal) .
L o ca l i zação n o ace r v o : SOR 7 4 , 1 , 3 0 .
A S S I S , M a c h a d o d e . H y m n o P a t r i o t i c o .
Semana lllustrada, R io d e Jan e i r o , n . 1 1 o ,
p . 8 7 1 - 8 7 2 , 1 8 j an . 1 8 6 3 . L o ca l i zação n o
ace r v o : PR - SOR 0 2 3 3 4 [ 1 - 8 ] .
A S S IS , M a c h a d o d e . A S e m a n a . Gazeta de
Notícias, R io de Jan eiro , p . 1 , 11 nov. 18 94.
L o c a l i z a ç ã o n o a c e r v o : P R C - S P R 0 0 0 6 1 .
A v id a e u m a ó p e r a
[ R e t r a t o d e A u g u s t a C a n d i a n i ] .
1 f o to g r a f i a . L o ca l i zação n o ace r v o : DI MAS.
C O N C E R T O d a d o p e l o C l u b M o z a r t n a
n o u t e d e d e z d e D e z e m b r o 1 8 7 0 . A s p e c t o
d o sa l ão p r in c ip a l n a n o i t e d a i n au g u r ação .
Vida Fluminense, R io d e Jan e i r o , n . 1 3 6 ,
2 4 d ez . 1 8 7 0 . L o ca l i zação n o ace r v o :
PR SOR 0 2 1 5 4 [ 1 - 4 ]
K L U M B , R e v e r t H e n r i q u e . Le Morro do
Castello, Rio de Janeiro [ca . 1860] : vue prise
de la porte de la Forterèsse. C o le ção D . T e r e sa
C r i s t i n a Mar i a . L o ca l i zação n o ace r v o :
I C O N F O T O S - F I C H . 1 .2 ( 1 2 8) .
D E S M O N S . P r a n c h a 5. P a n o r a m a d a c i d a d e
d e R i o d e J a n e i r o t o m a d o d o m o r r o d e
S t An tô n i o a v ô o d e p á ss a r o . I n : .
Panorama da cidade de Rio de Janeiro. Par is:
I m p . L em er c i e r , [ 1 8 5 4 ] . L o ca l i zação n o ace r v o :
I C O N E : g : I I - D e s m o n s ( p a s t a s 1 - 2 ) .
A S S IS , M a c h a d o d e . Bilhete a Francisco Ramos
Paz a respeito do Cassino Fluminense. [S. 1.], 1
o u t . 1 8 8 3 . 1 d o e . (1 p . ) . C o leç ão R am o s P az .
O r i g i n a l e a u t ó g r a f o . M a n u s c r i t o . L o c a l i z a ç ã o
n o ace r v o : MSS 1 - 0 4 , 0 2 , 0 4 4 .
ASSI S , M ac h a d o d e . L u a d a e s t i v a . I n : .
N A P O L E À O , A r t h u r . Ecos do passado:
i ° á l b u m d e r o m a n c e s : p a r a c a n t o c o m
a c o m p a n h a m e n t o d e p i a n o . R i o d e J a n e i r o :
N a r c i s o , A r t h u r N a p o l e ã o & M i g u e z , [ 1 8 - ] .
L o ca l i zação n o ace r v o :
D I M A S I m p é r i o ; N - V I I - 3 1
L E O N A R D O , L u i z a . I n o c ê n c i a : r o m a n c e .
[ Pa r o l e s p o r tu g a i se s d e ) L o u i s Gu im ar ães
Jú n i o r ; [ p a r o l e s f r an ça i se s d e ] J . M . M ac h a d o
d e Ass i s . [ R io d e Jan e i r o ] : Na r c i so & Ar th u r
Na p o l eão , [ 1 9 -] . 1 p a r t i t u r a , 3 p . P i an o .
( Sé r i e So u v en i r s e t R eg r e t s ) . N . d e ch ap a :
1 9 0 4 . L o ca l i zação n o ace r v o :
D I M A S I m p é r i o ; N - V I - 4 5 .
P I N H E I R O , R a f a e l B o r d a l o . A o s a m i g o s d a
h a r m o n i a . . . O Mosquito, Rio de Jan eiro , 2 se t .
1 8 7 6 . C h a r g e . L o ca l i zação n o ace r v o :
B R - S O R 2 1 4 7 .
[ Pr o g r am a d as ap r e sen taçõ es m u s i ca i s d o C lu b
B ee th o v en ] , R io d e Jan e i r o , 2 7 ju n . 1 8 8 6 ; 1 2
ag o . 1 8 8 7 . L o ca l i zação n o ace r v o : DI MAS.
[ R e t r a t o d e A r t h u r N a p o l e ã o ] .
[ S. 1., 1 8 - ]. 1 f o to g r a f i a . L o ca l i zação : DI M AS .
A c o m p a n h a r o p o v o
Fr o n t i sp í c io d o n o v o th ea t r o São L u iz
in au g u r ad o n o d i a 1 d e Jan e i r o d e 1 8 7 0 . Vida
Fluminense , R io d e Jan e i r o , n . 1 0 6 , 8 j an . 1 8 7 0 .
L o ca l i zação n o ace r v o : PR SOR 0 2 1 5 4 ( 1 - 4 ] .
D U N L O P , C h a r l e s J . T h e a t r o L í r ic o .
In: .
Rio Antigo.
F o t o g r a f i a s d e A u g u s t o
Mal t a , Mar c Fe r r ez , Geo r g e L eu z in g e r , E .
A . Mo r t im er e o u t r o s . V in h e t a s d e Ân g e lo
Ag o s t in i . R io d e Jan e i r o : L aem m er t , [ 1 9 5 5 ] .
L o ca l i zação n o ace r v o : I C ON 6 . 3 . 4 v o lu m e I
B U V E L O T , L o u i s . Praça da Constituição.
[ S . I .] : L i th . Hea to n e R e n sb u r g , 1 8 4 5 .
L o ca l i za ção n o ace r v o : I C O N C l , 1 , 2 7 .
A S S I S , M a c h a d o d e . As forcas caudinas:
comédia em dois atos. [S.I. : 19-J. 67 p.
O r i g i n a l . M a n u s c r i t o . L o c a l i z a ç ã o n o a c e r v o :
M S S 5 0 , 4 , 0 0 2 .
M O N T E I R O , D o m i n g o s J ac y. Pareceres
censórios para o Conservatório Dramático
Brasileiro. R io d e Jan e i r o , 2 1 m ar . 1 8 6 4 .
C o l e ç ã o C o n s e r v a t ó r i o D r a m á t i c o B r a s i l e i r o .
O r i g i n a l e a u t ó g r a f o . M a n u s c r i t o e i m p r e s s o .
Pa r ece r p a r a a p eça O pomo da discórdia, de
Mach ad o d e Ass i s . L o ca l i zação n o ace r v o :
M S S 4 9 , 7 , 0 1 7
D U M A N O I R ; C L A I R V I L L E ; C O R D I E R , J .
Os burgueses de Paris: comédia em três atos
e seis quadros. T r a d u z i d a p o r M a c h a d o d e
Assis . [S. I . : 18- ] . 71 p . Cópia . Manuscr i to .
L o ca l i zação n o ace r v o : MSS 1 6 , 1 , 0 1 4 .
A S S I S , M a c h a d o d e . Os deuses de casaca.
R io d e Jan e i r o : T y p . d o I m p e r i a l I n s t i t u to
Ar t í s t i co , 1 8 6 6 . B ib l io th eca d e Fr an c i sco
R a m o s P a z . C o n t é m d e d i c a t ó r i a e a u t ó g r a f o .
L o ca l i zação n o ace r v o : SOR 8 0 , 1 , 6 .
A S S I S , M a c h a d o d e . Tu só, tu, puro amor.
R io d e Jan e i r o : L o m b ae r t s ô c C . , 1 8 8 1 .
L o ca l i zação n o ace r v o : SOR 8 0 . 1 . 1 6 .
A S S IS , M a c h a d o d e . Theatro de Machado de
Assis. Rio de Janeiro: T y p . d o Diá r io d o R io
d e Jan e i r o , 1 8 6 3 . L o ca l i zação n o ace r v o : SOR
8 0 . 1 . 3 .
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Fotos dc Carolina jovem
A C H A D O D E A SS IS E O R O S T O D A C I D A D E
S c c u f o r a c on t a r a s me mór i a s da i n f â nc i a ,
d e i x o a s e m a n a n o m e i o , r e m o n t o o s t e m p o s
e f a ç o um vo l ume
LEU ZIN G E R , G e o r g e . R i o d e J a n e i ro e
seu por to do Livramento . In: .
Álbum
de pbotogravuras do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro: [ s . n . , i8 - | . i v . Fotogravura co lor ida
à mão , em três fo lhas. Gravura de G. & C.
Lo c a l i z a ç ã o n o a c e r v o : IC O N A R M
28 . 5 . 3 .
MA R TIN ET, J . A . Cemeterio Inglez na
Gamboa.
[Rio de Janeiro] : Off ic ina Heaton e
R e n sb u r g , [18- ] . Litograf ia p&b. Loca l ização
n o a c e r v o : IC O N V o l .
113
Mart inet .
CICÉRI, Eugène; BENOIST, Phi l ippe .
Prancha n.
5:
a Prainha (da Saúde). Litografia.
In: . Série de nove vistas do Rio de Janeiro.
Litogravura. Paris: Imp. Lemercier,
[ 1852) .
Lo c a l i z a ç ã o n o a c e r v o : IC O N V o l .
1 1 5
Cicéri.
A S S EN TO d e b a t i sm o d e Ma c h a d o d e A ss i s .
Capela de Nossa Senhora do Livramento , 13
n o v . 1 8 3 9 . Fac-símile . 1 f . Assina do pe lo
v igár io José Francisco da Si lva Cardoso .
F u n d o / C o l e ç ã o D e c i m a l . Lo c a l i z a ç ã o n o a c e r v o :
MS S 1 - 46 , 14 , 12 .
A LMA N A K A d m i n i s t r a t i v o Me r c a n t i l e
Industr ia l do Rio de Janeiro para o Anno
Bisssexto de
1 8 4 4 .
Rio de Janeiro: Typ.
Universa l de Laemmert , 1 8 4 6 . Lo c a l i z a ç ã o
n o a c e r v o : S O R P 0 1 A , 0 1 , 1
- 16 .
A S S IS , Ma c h a d o d e .
Chrysalidas.
Rio de
Janeiro: Garnier,
1 8 6 4 .
Loca l ização no acervo:
S O R 8 0 . 1 . 4 .
P o l í t i c os , poe t a s , d r a ma t u r gos
M A C H A D O d e A s s i s a o s
25
a n o s , s e n t a d o ,
a p o i a n d o - se a u m a m e sa .
[ 1 8 6 4 ] .
1 fo tograf ia .
Loca l ização no acervo:
I C O N R e t . 2 / F i o - 10 b.
P A N TEO N d a S e m a n a I l l u s t r a d a :
representando sucessos de
1 8 6 4 ;
entre eles, a
p u b l i c a ç ã o d a s
Crisálidas. Semana Illustrada,
[Rio de Janeiro ,
186- ] .
1 fo tograf ia . Loca l ização
no acervo: ret .
2/F4.
ASSIS, Machado de . Ela . Marmota Fluminense:
jorna l de modas e var iedades, Rio de Janeiro , n .
539» P- 3»
1 2
Í
an
-
j
8 5 5 - Lo c a l i z a ç ã o n o a c e r v o :
PR-SOR 00284 [ 3 ] -
ASSIS, Mac had o de . Soneto : à l ima . sra . D. P. J .
A . Periódico dos Pobres: fo lha cr í t ica not ic iosa e
recreat iva , Rio de Janeiro , ano
5,
n.
1 0 3 ,
p.
4, 3
o u t . 1 8 5 4 . Loca l ização no acervo:
P R - S O R
0 2 2 8 0 [ 3 ] .
1 6 - 6 3
ASSIS, Machado de . Versos a Corina .
Correio Mercantil
, Rio de Janeir o, n.
80,
p. 2, 21 mar. 1 8 6 4 . Loca l ização no acervo:
PR-SPR
00001 [ 29 ] .
ASSIS, Machado de . Ao proscrito Ch.
Ribeyrollez.
[S. 1.], 1 8 5 9 . Ma n u sc r i t o .
A u t ó g r a f o .
2
p . Loca l ização no acervo:
MS S 1
- 07 , 10 , 041 .
ASSIS, Machado de . Os arlequins. [S. 1.],
1864 .
Ma n u sc r i t o . A u t ó g r a f o
4
p . Loca l ização no
acervo: MSS 1- 0 7 ,1 0 , 043 .
ASSIS, Machado de .
Uma flor? Uma lágrima.
[S. 1.], out. 1 8 5 8 . Ma n u sc r i t o . A u t ó g r a f o . 2 p.
Loca l ização no acervo: MSS 1
- 07 , 10 , 044 .
C O N S U LTA P ú b li c a 1 8 5 4 - 5 6 . Do reg istro de
le i tores da Bibl io teca Naciona l , contém re lação
de obras emprestadas a Machado de Assis e
respect ivas datas. Loca l ização no acervo:
MS S I - 1 6 ,
0 4 , 2 0 .
ASSIS, Machado de . Desencantos: phantasia
dramática. Rio de Janeiro: Paula Brito,
1861 .
Local ização no acervo: SOR 80 . 1 . 1 .
A cr í t ica dec idi rá se a obra
c or r e sponde a o i n t u i t o
M A C H A D O d e A s s i s a o s
3 4
anos e José de
Alencar.
Arcbivo Contemporâneo
, Rio de
Janeiro , ano 1 , n .
10, 30
jan.
1 8 7 3 .
Capa . 1
fo tograf ia . Loca l ização no acervo:
IC O N R e t .
2 ^ 7 - 7 3 .
[Retrato de Carolina Xavier de Novais) . [S. 1. ,
18 - ) . Reprod ução . 1 fo tograf ia . Loca l iza ção
no acervo: MSS Coleção Paulo Tacla .
(Retrato de Carolina Xavier de Novais] . [S. 1. ,
[18- ] .
Reproduçã o . 1 fo tograf ia . Loca l ização no
acervo: MSS Coleção Paulo Tacla .
KLUMB, Revert Henrique . [Passe io Públ ico ] ,
Rio de Janeiro [ca. 1 8 6 0 ] . Lo c a l i z a ç ã o n o
a c e r v o : IC O N F O TO S - F IC H . 1 . 2 ( 5 ) .
KLUMB, Revert Henrique . [Passe io Públ ico ] ,
Rio de Janeiro [ca . 1 8 6 0 ] . Lo c a l i z a ç ã o n o
a c e rv o : IC O N F O TO S - F IC H . 1. 2 ( 24 ) .
KLUMB, Revert Henrique. L'Eglise da Lapa,
et le Couvent de S
a
Thereza , Rio de Janeiro
[ca. 1860] .
vue prise de la terrasse du Jardin
Public R. H. Klumb. Loca l izaç ão no acervo:
IC O N F O TO S - F IC H . 1 . 2 ( 1
14) .
D ES MO N S . P r a n c h a
10:
panorama da c idade
de Rio de Janeiro . Vista da Glór ia tomado do
Passeio Público . In: .
Panorama da cidade de
Rio de Janeiro.
Paris: Imp. Lemercier, [ 1854] .
Litogravura . Loca l ização no acervo:
ICON E:g:II-Desmons (pastas 1-2) .
Os manuscr i tos da Bibl io teca Naciona l não
deixam de produzir surpresas. Uma delas
ve io da Coleção Paulo Tacla , jorna l ista de
ascendência s ír ia , radicado no Rio de Janeiro ,
que dedicou vár ias décadas de sua v ida a
promover a união luso-brasi le ira .
Em 1 9 6 5 , u m d e se u s c o r r e sp o n d e n t e s
portugueses , o professor Manuel Corrêa de
Barros, v is i tou a Universidade do Estado
da Guanabara , onde lhe o fertaram as obras
c o m p l e t a s d e Ma c h a d o d c A ss i s . O f a t o
é mencionado numa carta a Paulo Tacla ,
acresc ido de uma importante informação:
em sua juventude , Caro l ina Xavier de Novais ,
esposa de Machado de Assis , fora muito
amiga da avó do remetente , Antónia Amél ia
Mo u t i n h o d e S o u sa .
Manuel Corrêa de Bastos se refere a essa l igação
de forma casua l , uma "co inc idência" que ,
segundo e le , ve io se somar às recordações de sua
v iagem ao Brasi l . Paulo Tacla , porém, parece ter
se interessado em saber mais - e o resultado fo i
uma troca de correspondência que culminou,
cm janeiro de 1966 , no env io de reproduções
de fo tograf ias e documentos re la t ivos à amizade
entre os Mout inho de Sousa e os Xavier de
N o v a i s .
Segundo apurou Barros, sua avó era amiga
d e C a r o l i n a p e l o m e n o s d e sd e 1 8 6 0 , h a v e n d o
também grande int imidade entre os irmãos
d e a m b a s , A n t ô n i o Mo u t i n h o d e S o u sa e
Faust ino Xavier de Nova is . Sousa esteve no
Brasi l entre 1859 e 1863 , e já em 1860 conhecia
Ma c h a d o d e A ss i s , q u e l h e d e d i c o u u m p o e m a
por ocasião de seu casamento . Barros informa
ainda que há mais retratos dc Caro l ina no
P o r t o , b e m c o m o l i v r o s e o u t r o s d o c u m e n t o s
c o m d e d i c a t ó r i a s d e Ma c h a d o d e A ss i s a
A n t ô n i o Mo u t i n h o d e S o u sa .
Coincidência ou s incronic idade? O fa to é
que esse achado inesperado , num dos úl t imos
pacotes da Coleção Paulo Tacla a serem
abertos, e justamente no momento em que se
p r e p a r a o c a t á l o g o d a Ex p o s i ç ã o Ma c h a d o d e
Assis , nos enche de entusiasmo .
Ana Lúcia Merege
D i v i sã o d e Ma n u sc r i t o s d a
F u n d a ç ã o B i b l io t e ca N a c i o n a l
8/18/2019 Machado de Assis, Cem Anos de Uma Cartografia Inacabada
65/68
M A C H A D O d e A s s i s e a l g u n s p e r s o n a g e n s d o
s e u r o m a n c e Ressurreição. Semana Illustrada,
n . 5 9 7 , 1 8 7 2 . 1 f o to g r a f i a . L o ca l i zaç ão n o
a c e rv o : I C O N R e t . 2 / F 3 .
R E S S U R R E I Ç Ã O , r o m a n c e d e M a c h a d o d e
Assis . O Mosquito, R io de Jan eir o , n . 138 , p . 3 ,
4 m a io 1 8 7 2 . L o ca l i zação n o ace r v o :
PR - SOR 2 1 4 7 [ 2 ] .
ASSI S , Mach ad o d e . A S . E x . o s r . co n se lh e i r o
Jo sé d e Alen ca r . Correio Mercantil, Rio de
Jan eiro , an o 25 , n . 6o , p . 2 , 1 mar . 186 8.
L o ca l i zação n o ace r v o : PR - SPR 0 0 0 0 1 [ 5 1 ] .
A S S IS , M a c h a d o d e . Carta a Jose Carlos
Rodrigues. R io d e Jan e i r o , 2 5 j an . 1 8 7 3 .
2 f . , 3 p . Au tó g r a f o . Or ig in a l . C o leção Jo sé
C ar lo s R o d r ig u es . L o ca l i zação n o ace r v o :
MSS I - 0 3 , 0 1 , 0 4 4 .
A S S IS , M a c h a d o d e . Carta a Ramos Paz.
[S. 1.] , 19 nov. [18-J. 2Í. , 4p. Original.
A u t ó g r a f o . C o l e ç ã o R a m o s P a z . L o c a l i z a ç ã o
n o ace r v o : MSS 1 - 4 , 2 , 4 8 .
A S S I S , M a c h a d o d e . Contos fluminenses. R io
d e Jan e i r o : Ga r n i e r . L o ca l i zação n o ace r v o :
S O R 8 1 . 3 . 1 3 .
A S S IS , M a c h a d o d e . Phalenas. R io d e Jan e i r o :
Ga r n i e r , 1 8 7 0 . L o ca l i zação n o ace r v o :
F B N / S O R 8 0 , 1 , 8 .
A S S I S , M a c h a d o d e . Ressurreição. R io d e
Jan e i r o : Ga r n i e r , ( 1 8 7 2 ] . L o ca l i zação n o
a c e r v o : S O R O R - 8 0 , 1 , 3 3 .
A S S I S , M a c h a d o d e . Histórias da meia-noite.
R io d e Jan e i r o : Ga r n i e r , [ 1 8 7 3 ] . ( C o l l ecção
d o s Au to r e s C e leb r e s d a L i t t e r a tu r a B r a s i l e i r a ) .
L o ca l i zação n o ace r v o : FB N/SOR 8 1 . 3 . 1 6 .
A S S IS , M a c h a d o d e . A mão e a luva. Rio
d e Jan e i r o : Go m es d e Ol iv e i r a : T y p . d o
Glo b o , 1 8 7 4 . ( Sé r i e B ib l io t eca d o Glo b o ) .
C o leção B ib l io th eca d e Fr an c i sco R am o s Paz .
L o ca l i zação n o ace r v o : SOR 8 0 . 1 . 1 1 .
Ne n h u m esc r i t o r t ev e em m a i s
a l to g r au a a lm a b r a s i l e i r a
C I C É R I , E u g èn e ; B E NOI ST , Ph i l i p p e .
Pr an c h a n . 1 : R io d e Jan e i r o t o m ad o d e B o a
Vista da Ti j uca . In : . Série de nove vistas
do Rio de Janeiro. L i to g r av u r a . Pa r i s : I m p .
L em er c i e r , [ 1 8 5 2 ] . L o ca l i zação n o ace r v o :
I C ON Vo l 1 1 5 C icé r i .
L E U Z I N G E R , G e o r g e . ( B o a ] V i s t a , T i j u c a : l a d o
d i r e i t o . [ 1 8 6 5 - 1 8 7 4 ) . 1 f o to , p ap e l a l b u m in ad o ,
p ô cb . L o ca l i zação n o ace r v o :
I C O N F O T O S - A R M . 9 - 2 . 4 ( i 5 ) .
D E S M O N S . P r a n c h a 1 1 . P a n o r a m a d a
c id ad e d e R io d e Jan e i r o t o m ad o d a ch áca r a
d o Sr . B a r ão d e Mau á a v ô o d e p á ssa r o .
In: . Panorama da cidade de Rio de
Janeiro. L i to g r a v u r a . Pa r i s : I m p . L em er c i e r ,
[ 1 8 5 4 ] . L o ca l i zação n o ace r v o :
I C ON E :g : I I - Desm o n s ( p a s t a s 1 - 2 ) .
ASSI S , Mach ad o d e . [ Po em a sem t í t u lo ] . R io
d e Jan e i r o , 2 5 ag o . 1 8 7 6 . 2 p . Or ig in a l e
a u t ó g r a f o . M a n u s c r i t o . P r i m e i r o v e r s o :
" Ó C r i s t o , e m q u e a l m a p e n e t r o u t e u n o m e " .
An ex o : t ex to em p r o sa . C o leção L i t e r a tu r a .
L o ca l i zação n o ace r v o : MSS 1 - 0 7 , 1 0 , 4 2 .
C O N T R A T O c e l e b r a d o e n t r e M a c h a d o d e
Ass i s e o ed i to r B ap t i s t e - L o u i s Ga r n i e r p a r a a
p r im e i r a ed i ção d a o b r a Helena do Vale. Rio
d e Jan e i r o , 2 9 ab r . 1 8 7 6 . 2 d o e . ( 1 p . ) . Or ig in a l
e au tó g r a f o . I n c lu i o r ec ib o d a im p o r t ân c i a
p ag a p o r e s t e c