Lucila Pesce - OAPI II - Avaliação do aprendizado
Avaliação do aprendizado, em ambientes digitais de formação
de educadores
Pesce, L. & BRAKLING, K. In: SILVA, M. & SANTOS, E. (orgs.). Avaliação da aprendizagem em educação on-line. São Paulo: Loyola, 2006.
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Objetivo
Refletir sobre a avaliação do aprendizado, em distintos programas de formação de educadores em EaD realizados pela PUC/SP.
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Método
Investigação das possibilidades de implementação da avaliação formativa nos programas de formação de educadores em EaD, a partir da análise dos discursos de quatro mediadores neles atuantes.
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Marco teórico• Avaliação formativa - Abrecht e Luckesi
• Didática – Lerner
• Aprendizado – Vygotsky
• Práxis – Freire
• Dialogia – Bakhtin
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Fundamentos da avaliação formativa
Três elementos da avaliação (LUCKESI, 2000):– Dados relevantes– Instrumentos– Utilização dos instrumentos
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Fundamentos da avaliação formativa
– caráter processual, no qual mediador e educador em formação situam-se como sujeitos ativos no processo de construção de conhecimento;
– centros de interesse, a partir do que há de essencial aos módulos de uma dada área, em termos de competências básicas;
– elaboração de objetivos iniciais, a partir do diagnóstico do público-alvo e da escuta atenta às suas necessidades e expectativas;
– acolhida dos objetivos emergentes no processo de formação;
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Fundamentos da avaliação formativa
– processo coletivo e dialogado de avaliação, que abarque: a avaliação do desempenho dos educadores em formação, a auto-avaliação desses atores sociais e sua avaliação sobre o curso, em diversos momentos;
– perspectiva diagnóstica, que redirecione as ações dos mediadores;
– construção de um aporte teórico-metodológico contribuinte à auto-formação do educador, nele inclusos os saberes de natureza conceptual, praxiológica e metarreflexiva.
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Avaliação formativa no contexto da EaD
Ferramenta telemática como rico instrumental à avaliação formativa, tendo em vista a possibilidade de mapear o percurso cognitivo de cada sujeito em formação, bem como de registrar e acompanhar o processo.
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Avaliação formativa no contexto da EaD
Linguagem escrita como fator que inibe a participação de alguns educadores: a proficiência escritora requer capacidades diferentes das necessárias à interação verbal oral.
Registro da ferramenta telemática pode viabilizar um melhor mapeamento do percurso do educador, pelo mediador.
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Avaliação formativa no contexto da EaD
Ambiente de interação digital como recurso à compreensão da dinâmica cognitiva do educador em formação.
Competência metarreflexiva: representação de seus pensamentos na tela do computador, distanciamento das próprias elaborações conceptuais, para melhor refletir sobre elas.
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Avaliação formativa no contexto da EaD
Ao invés de uma utilização da telemática inibidora da auto-expressão dos educadores, uma utilização de ambientes digitais em EaD que privilegie o diálogo e as manifestações intersubjetivas.
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Sujeitos de pesquisa
– 4 mediadoras e pesquisadoras na área de EaD (PUC/SP) .
– Mestres e doutorandas em Educação: Currículo (PUC/SP).
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Instrumento de coleta de dados– Questionário não estruturado.
– Focos:
• possibilidade de avaliação dos saberes de natureza conceptual, praxiológica e metarreflexiva dos aprendizes;
• possibilidade de se considerar as interações entre educadores e alunos como campo de avaliação;
• papel da escrita nos processos avaliativos da educação à distância;
• papel dos diferentes ambientes midiáticos no processo avaliativo;
• pertinência da concepção formativa de avaliação nos processos de formação à distância.
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Categorias de análise– Avaliação dos saberes de natureza conceptual,
praxiológica e metarreflexiva dos aprendizes.
– Interações como campo de avaliação.
– Escrita e o acompanhamento do percurso cognitivo do aluno.
– Avaliação e os diferentes recursos midiáticos.
– Avaliação formativa na EaD.
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Avaliação dos saberes de natureza conceptual, praxiológica e
metarreflexiva dos aprendizes.– Relevância dos instrumentos de avaliação
operatória: a simples enunciação de um conceito não revela a sua efetiva apropriação, (por vezes, apenas reprodução mnemônica do discurso alheio).
– Natureza das dificuldades: relação interlocutiva (‘de confiança’) e tipo de mediação feita pelos docentes.
– Memoriais Reflexivos ou Diários de Bordo como bons instrumentos para a avaliação do saber metarreflexivo.
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Interações como campo de avaliação.
– As interações: fundamentais ao processo de formação e ótimo campo para a realização da avaliação formativa.
– É preciso atentar para as condições de interação: número de alunos por docente, tipos de encontros de acompanhamento (presenciais, em videoconferências, na web...).
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Escrita e o acompanhamento do percurso cognitivo do aluno.
Cuidados:
• dificuldade com a escrita e com a ferramenta (reflexos na apresentação das aprendizagens construídas);
• necessidade de transformar os registros realizados em conteúdo do curso.
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Avaliação e os diferentes recursos midiáticos.
Os recursos, em si, como qualquer ferramenta semiótica, não são bons ou ruins, mas sim o uso que se faz deles.
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Avaliação formativa na EaD.
– Avaliação formativa inserida em uma concepção de educação não transmissiva.
– Se um programa de EaD orienta-se pela educação não transmissiva, a avaliação deve ser formativa.
– A diferença entre avaliação no presencial e em EaD evidencia-se na especificidade dos instrumentos utilizados e na especificidade das relações interlocutivas.
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Discussão dos resultados– As imagens que os interlocutores têm
constituído a respeito do processo de ensino precisam ser problematizadas.
– O processo de construção de conhecimento não acontece por superposição, mas por ressignificação constante das compreensões realizadas.
– O processo de ressignificação implica a construção de novas representações e imagens que deverão ser tematizadas.
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Discussão dos resultados– Quanto ao tipo de mediação realizada pelo
docente, um conhecimento é fundamental ao processo de formação: o didático.
– Em um processo de formação de professores a tomada de decisão sobre a orientação didática do trabalho é conhecimento que precisa ser vivenciado pelos interlocutores.
– Os procedimentos envolvidos na tomada de decisão precisam ser explicitados e tomados como objetos de reflexão.