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Inimigos naturais das pragas da vinha: insectos e aracnídeos. Quem são e onde estão?
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FICHA TÉCNICA
Título: Inimigos naturais das pragas da vinha: insectos e aracnídeos. Quem são e onde estão?Edição: ADVID - Associação para o Desenvolvimento da Viticultura DurienseAutores: Fátima Gonçalves, Cristina Carlos, Laura Torres.Fotografias: Cristina Carlos, Fátima Gonçalves, Susana Sousa
Ano: 2013Tiragem: 500 exemplaresDistribuição: ADVID – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura DurienseISBN: 978-989-98368-2-2Depósito Legal: 374497/14
Design: www.hldesign.pt
Prefácio
O manual é uma excelente ferramenta para técnicos, viticultores e interessados na matéria, providenciando de uma forma simples e sistematizada a informação sobre artrópodes auxiliares da cultura da vinha. As fotografias complementam exemplarmente o texto, permitindo dissipar eventuais dúvidas e ajudam a identificar no campo aqueles antagonistas, pelo que recomendo vivamente a sua leitura e divulgação.
Rui Soares, Real Companhia Velha
O manual sobre "Inimigos Naturais das pragas da vinha: insectos e aracnídeos" é uma prova do resultado frutuoso do trabalho de cooperação na investigação e disseminação de conhecimento entre diferentes tipos de instituições, fórmula que quando correctamente balanceada entre o saber fazer, o saber científico e a capacidade de divulgação, permite a apresentação de uma obra para que todos os que trabalham em viticultura ou interessados nestas matérias possam utilizar e usufruir.
José Manso, Presidente da Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense
AgradecimentosAs autoras agradecem a Luís Crespo, Roberto Canovai, Marta Goula, Lara Pinheiro
e Claire Villemant o apoio dado na identificação de, respectivamente, aranhas, coccínelídeos, heterópteros, sírfídeos e himenópteros.
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ÍNDICE
1 | Introdução ......................................................................................................................................................................................07
2 | Ácaros ..............................................................................................................................................................................................09
3 | Aranhas e opiliões ...................................................................................................................................................................15
4 | Coleópteros ................................................................................................................................................................................23
5 | Neurópteros ................................................................................................................................................................................31
6 | Heterópteros ..............................................................................................................................................................................35
7 | Dípteros ............................................................................................................................................................................................41
8 | Himenópteros ...........................................................................................................................................................................47
9 | Medidas de valorização ...................................................................................................................................................53
10 | Referências bibliográficas ........................................................................................................................................59
11 | Glossário ......................................................................................................................................................................................63
12 | Anexos ..........................................................................................................................................................................................65
Nota das autorasAs pressões socioeconómicas que se fazem sentir sobre a vitivinicultura, em espe-
cial as resultantes da globalização dos mercados e da necessidade de ter em atenção o conceito de desenvolvimento sustentável, afectam de modo particular a protecção da vinha, no sentido da redução do uso de pesticidas. Este objectivo foi a força dina-mizadora do projecto EcoVitis − desenvolvido na forma de uma parceria entre a Real Companhia Velha (na qualidade de promotor), a Sogevinus Quintas S.A., a Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro −, que esteve na base da elaboração do presente documento. Nele se dão a conhecer os principais grupos de insectos e aracnídeos, identificados no âmbito do projecto, que exercem limitação natural sobre as pragas da vinha, e indicam-se também práticas consideradas relevantes na maximização do valioso serviço por eles prestado. É nosso desejo que o mesmo possa servir para encorajar o uso destas prá-ticas, de modo a contribuir para a sustentabilidade, quer económica, quer ambiental, da indústria do vinho.
Fátima Gonçalves
Cristina Carlos
Laura Torres
Dezembro de 2013
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1Introdução
Inimigos naturais das pragas das vinhas, também designados “antagonistas” ou “auxiliares”, são organismos que actuam como factores reguladores das populações de pragas, frequentemente impedindo que estas causem prejuízos.
Nestes auxiliares, destacam-se os artrópodes (insectos, ácaros e aranhas) que, ha-bitualmente, se agrupam em predadores, parasitóides e parasitas.
Os predadores são organismos com vida livre em todos os estados de desenvol-vimento, cujos estados imaturos necessitam de mais de um indivíduo (presa) para completarem o desenvolvimento. Têm, em geral, tamanho maior do que as presas. Estas são normalmente procuradas, capturadas e ingeridas ou sugadas de imediato. Os adultos podem ter o mesmo regime alimentar que os imaturos ou consumir outros alimentos, tais como pólen, néctar e meladas. Alguns predadores como os coccinelí-deos, crisopídeos e certos grupos de ácaros são extremamente ágeis, caçando activa-mente as suas presas.
Os parasitóides são indivíduos de vida livre apenas no estado adulto, cujos estados imaturos se desenvolvem total ou parcialmente à custa de um organismo de outra espécie (hospedeiro) ao qual acabam por provocar a morte. Os parasitóides podem ser endoparasitóides, quando se desenvolvem no interior do corpo do hospedeiro e ectoparasitóides, quando se desenvolvem no seu exterior. A maior parte dos adultos alimenta-se de néctar, meladas ou pólen; contudo em algumas espécies, as fêmeas necessitam de incluir uma fonte proteica na sua alimentação, obtendo-a através da perfuração do corpo do hospedeiro, para consumo da sua hemolinfa.
Os parasitas são organismos que vivem e se alimentam de um hospedeiro maior, podendo enfraquecê-lo, mas raramente lhe provocando a morte.
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2Ácaros
Os parasitas são organismos que vivem e se alimentam de um hospedeiro maior, podendo enfraquecê-lo, mas raramente lhe provocando a morte.
Figura 1.3 | Ninfa de cigarrinha-verde atacada por parasita, neste caso um eritraeídeo.
Figura 1.1 | Larva de crisopa a predar uma lagarta de traça-da-uva (à esquerda) e adulto de mírideo a predar um afídeo (à direita).
Figura 1.2 | Larva de ectoparasitóide a parasitar uma lagarta de traça-da-uva (à esquerda) e adulto de endoparasitóide a emergir de uma pupa de traça-de-uva (à direita).
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2 | ÁCAROSOs ácaros são aracnídeos caracterizados por: • no estado adulto, possuírem quatro pares de patas;• não possuírem antenas nem asas;• terem corpo ovóide ou piriforme e aspecto em geral brilhante e não segmen-
tado.Apesar dos ácaros mais conhecidos pelos viticultores serem os tetraniquídeos
(p. ex.: aranhiço-amarelo e aranhiço-vermelho), em virtude dos prejuízos que fre-quentemente causam à vinha, existem ácaros (predadores e parasitas) que limi-tam a acção das espécies nocivas, quer de outros ácaros, quer mesmo de alguns insectos. Na vinha referem-se em particular as famílias dos fitoseídeos, anistídeos e eritraeídeos.
2.1 | Fitoseídeos
2.1.1 | Morfologia Ácaros de pequenas dimensões (em geral menos de 0,5 mm de comprimento),
patas compridas e corpo ovóide ou piriforme, brilhante, de cor esbranquiçada, embora devido à transparência do tegumento, possa, consoante o alimento inge-rido, apresentar coloração ou manchas avermelhadas, alaranjadas ou amareladas.
2.1.2 | Papel no ecossistema vitícolaOs fitoseídeos são, sem dúvida, os principais agentes de limitação natural das
populações de ácaros fitófagos, nomeadamente ácaros tetraniquídeos, embora também exerçam acção importante sobre outros ácaros. Trata-se de predadores dotados de grande mobilidade, podendo ser encontrados na folhagem durante o período vegetativo e ao nível do solo ou no ritidoma, durante o Inverno.
Num estudo efectuado na Região Demarcada do Douro (R.D.D.), Kampimo-dromus aberrans foi a espécie de fitoseídeo mais abundante nas vinhas situadas a Norte do Douro e com baixa pressão de pesticidas, enquanto a Sul e em locais mais húmidos dominou Typhlodromus pyri. No Quadro 1 indicam-se as espécies apontadas por Rodrigues (2012) como tendo maior importância na limitação na-tural das populações dos principais ácaros que atacam a vinha.
Figura 2.1 | Fitoseídeos: os ácaros predadores com maior importância na vinha.
Espécie de fitoseídeo
Praga
acariose-do
-nó-curto
aranhiço-
-amarelo
aranhiço-
-vermelhoerinose
Amblyseius andersoni x x x
Euseius stipulatus x
Kampimodromus aberrans x x x x
Phytoseius plumifer x x
Typhlodromus phialatus x x
Typhlodromus pyri x x x x
Typhlodromus rhenanoides x x
Quadro 2.1 | Espécies de fitoseídeos com importância na limitação de ácaros fitófagos da vinha (Rodrigues, 2012)
1312
2.2 | Anistídeos
2.2.1 | Morfologia Ácaros de dimensões relativamente grandes (até 3 mm de comprimento), cor-
po oblongo fazendo lembrar o de um caranguejo, de cor vermelha ou laranja e patas compridas.
2.2.2 | Papel no ecossistema vitícolaOs anistídeos são frequentemente observados nas inflorescências da videira,
caracterizando-se pelo facto de, quando incomodados, se movimentarem de forma descoordenada e muito rápida. Alimentam-se de ácaros tetraniquídeos, tripes, cigarrinhas e afídeos.
2.3 | Eritraeídeos
2.3.1 | MorfologiaÁcaros de corpo oval, densamente peludo e cor avermelhada; patas longas
adaptadas para correr.
2.3.2 | Papel no ecossistema vitícolaOs eritraeídeos são parasitas na fase de larva (assemelhando-se a pequenas “car-
raças”) e predadores livres, quando adultos; observam-se frequentemente a parasi-tar ninfas de cigarrinha-verde.
Figura 2.2 | Os anistídeos são importantes predadores de cigarrinha-verde.
Figura 2.3 | Na vinha, observam-se com frequência ninfas de cigarrinha-verde parasitadas por eritraeídeos.
Figura 2.4 | Os opiliões também são frequentemente parasitados por eritraeídeos.
1514
3Aranhas e opiliões
1716
3 | ARANHAS E OPILIÕESAs aranhas e opiliões são aracnídeos e como tal caracterizam-se por:• possuírem quatro pares de patas; • terem o corpo dividido em duas partes (cefalotórax e abdómen);• serem desprovidos de asas e antenas.
3.1 | Aranhas
3.1.1 | Morfologia As aranhas caracterizam-se por terem o corpo nitidamente dividido em cefalo-
tórax e abdómen; a forma e coloração são muito variadas; possuem entre seis e oito olhos, diferindo o número e padrão de distribuição entre famílias.
3.1.2 | Papel no ecossistema vitícola As aranhas são os predadores mais frequentemente observados na vinha. Na
sua maior parte exercem predação sobre insectos, podendo utilizar várias técnicas para capturar as suas presas: algumas constroem teias, outras saltam, correm ou dissimulam-se no meio em que estão inseridas, usando o factor surpresa para caçar. Muitas espécies vivem na vegetação, enquanto outras vivem na superfície do solo, tendo preferência por solos com resíduos vegetais. A forma do corpo, pa-drão de distribuição dos olhos, tipo de teia que elaboram e comportamento, são características que contribuem para a identificação da família a que pertencem.
Na R.D.D., é frequente observarem-se indivíduos das famílias dos salticídeos e tomisídeos a alimentarem-se de insectos nas videiras, embora também se pos-sam ver dictinídeos e araneídeos; no solo são frequentes os clubionídeos e lico-sídeos.
Figura 3.1 | Aranhas frequentemente observadas na vinha: salticídeo (A); tomisídeos (B, C), araneí-deo (D), licosídeo (E) e dictinídeo (F).
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Quadro 3.1 | - Aranhas identificadas na Região Demarcada do Douro e quintas onde foram observadas (Carlos et al., dados não publicados; Gonçalves et al., dados não publicados)
Família/ Espécie
Quintas
Car
valh
as
Cid
rô
Gra
nja
Acip
rest
es
S. L
uíz
Arn
ozel
o
Agelenidae
Agelena sp. x
Malthonica lusitanica x x x
Malthonica sp. x x
Tegenaria bucculenta x x
Tegenaria montigena x
Tegenaria ramblae x
Tegenaria sp. x x x x x x
Araneidae
Mangora acalypha x
Mangora sp. x x
Clubionidae
Clubiona sp. x
Corinnidae
Castianeira badia x
Dictynidae
Dictyna cf. civica x x
Marilynia bicolor x x x
Nigma sp. x x x x
Gnaphosidae
Callilepis concolor x x x
Callilepis sp. x x
Gnaphosa alacris x
Haplodrassus dalmatensis x
Leptodrassus albidus x x x
Leptodrassex sp. x
Micaria albovittata x x
Micaria sp. x x x x
Nomisia exornata x
Família/ Espécie
Quintas
Car
valh
as
Cid
rô
Gra
nja
Acip
rest
es
S. L
uíz
Arn
ozel
o
Nomisia sp. x x x x
Setaphis carmeli x
Synaphosus sauvage x
Trachyzelotes sp. x
Zelotes egregioides x x
Zelotes fulvopilosus x
Zelotes fuzeta x x x
Zelotes semirufus x x x x x x
Hahniidae
Hahnia nava x x
Linyphiidae
Frontinellina frutetorum x x
Meioneta fuscipalpa x x x
Pelecopsis bucephala x x
Prinerigone vagans x
Typhochrestus bogarti x
Lycosidae
Alopecosa albofasciata x x
Arctosa personata x x
Arctosa sp. x
Pardosa hortensis x
Pardosa proxima x x
Pardosa sp. x x x x
Pirata sp. x
Miturgidae
Cheiracanthium sp. x
Nemesiidae
Nemesia athiasi x
Oecobiidae
Oecobius machadoi x
2120
Família/ Espécie
Quintas
Car
valh
as
Cid
rô
Gra
nja
Acip
rest
es
S. L
uíz
Arn
ozel
o
Oonopidae
Oonops sp. x
Oxyopidae
Oxyopes lineatus x
Oxyopes sp. x x x
Philodromidae
Philodromus sp. x x
Thanatus vulgaris x x
Thanatus sp. x
Pisauridae
Pisaura sp. x x
Salticidae
Ballus sp. x x
Chalcoscirtus infimus x x
Cyrba algerina x
Euophrys sulfurea x x
Euophrys sp. x
Evarcha sp. x
Heliophanus sp. x x
Icius subinermis x
Icius sp. x x
Myrmarachne sp. x x
Neaetha sp. x x
Pellenes sp. x
Phlegra sp. x
Salticus scenicus x
Scytodidae
Scytodes thoracica x
Scytodes velutina x x x x
Scytodes sp. x
Família/ Espécie
Quintas
Car
valh
as
Cid
rô
Gra
nja
Acip
rest
es
S. L
uíz
Arn
ozel
o
Sicariidae
Loxosceles rufescens x
Theridiidae
Dipoena sp. x x
Episinus sp. x x
Euryopis episinoides x x
Steatoda incomposita x
Thomisidae
Ozyptila pauxilla x x x x
Ozyptila sp. x x x x
Runcinia grammica x
Synema globosum x
Synema sp. x x
Tmarus sp. x x
Thomisus sp. x x
Xysticus bufo x x x x
Xysticus kochi x
Xysticus sp. x x x x
Titanoecidae
Titanoeca monticola x x
Uloboridae
Hyptiotes sp. x
Uloborus sp. x
Zodariidae
Zodarion alacre x x x x
Zodarion duriense x x x
Zodarion styliferum x x x x x x
Zodarion sp. x x x
Quadro 3.1 (cont.) | - Aranhas identificadas na Região Demarcada do Douro e quintas onde foram observadas (Carlos et al., dados não publicados; Gonçalves et al., dados não publicados)
2322
3.2 | OPILIÕES
3.2.1 | Morfologia e comportamentoNos opiliões o corpo, quando visto pelo lado dorsal, parece constituído por uma
única região; o abdómen é geralmente segmentado e possuem um par de olhos situados a meio do cefalotórax.
Frequentemente perdem uma ou mais patas, num fenómeno denominado autotomia (libertam-se das patas, que se mantêm em movimento, por forma a confundir os predadores).
3.2.2 | Papel no ecossistema vitícolaOs opiliões alimentam-se de pequenos insectos, embora algumas espécies
também possam consumir material em decomposição (animal ou vegetal) e fun-gos.
Figura 3.2 | Os opiliões distinguem-se das aranhas porque o seu corpo parece ser constituído por uma única região e por possuírem apenas um par de olhos.
4Coleópteros
2524
4 | COLEÓPTEROS Os coleópteros são insectos que se caracterizam por possuírem:• asas anteriores espessadas e endurecidas (designadas élitros), sob as quais se
protegem as asas posteriores que são membranosas;• armadura bucal do tipo trituradora.Pela importância que desempenham na limitação natural das populações
de inimigos da vinha, destacam-se, na ordem dos coleópteros, as famílias dos coccinelídeos, clerídeos, cantarídeos, malaquídeos, carabídeos e estafilinídeos. De entre estas famílias, a melhor conhecida é sem dúvida a dos coccinelídeos, à qual pertencem os insectos vulgarmente designados “joaninhas”, amplamente utilizadas em programas de luta biológica a nível mundial.
4.1 | COCCINELÍDEOS
4.1.1 | Morfologia Os adultos possuem corpo arredondado e tamanho pequeno a médio (0,8 a 16
mm de comprimento); as asas são de cores normalmente vistosas, apresentan-do manchas ou desenhos de forma variada. Os ovos têm forma de barrilete, e cor amarelada, que escurece à medida que decorre o desenvolvimento embrionário. As larvas são alongadas, de cores variadas, embora frequentemente escuras, por vezes com manchas amareladas ou alaranjadas; possuem patas bem desenvolvidas; al-gumas espécies apresentam o corpo revestido por secreções cerosas de cor branca. As pupas têm forma hemisférica e cor amarela-acastanhada.
4.1.2 | Papel no ecossistema vitícola Os coccinelídeos são, quer no estado adulto, quer imaturo, maioritariamente preda-
dores de insectos de corpo mole como afídeos (espécies afidífagas), cochonilhas (espé-cies coccidífagas) e ácaros (espécies acarífagas). Os ovos são normalmente colocados em grupo junto às colónias de potenciais presas. Quando estas escasseiam, os adultos podem sobreviver à custa de néctar, polén e meladas produzidas por outros insectos; contudo, nestas condições, geralmente não se reproduzem.
Na vinha, é particularmente conhecida a limitação natural que exercem sobre co-chonilhas e ácaros, embora também existam espécies que se alimentam de traça--da-uva.
Figura 4.1 | Joaninha-de-sete-pintas, Coccinella septempunctata: adulto em postura (A), larva (B), pupa (C) e adulto (D).
Figura 4.2 | Adulto de Scymnus interruptus, frequentemente observado em vinhas e, possivelmente, predador de cochonilha-algodão.
Figura 4.3 | As larvas de alguns coccinelídeos têm o corpo coberto de filamentos semelhantes aos da cochonilha-algodão, o que lhes permite exercerem predação sobre este insecto sem serem importunadas por formigas.
2726
4.3 | CLERÍDEOS
4.3.1 | Morfologia Os adultos são de tamanho médio (5-12 mm de comprimento), corpo esguio
com coloração variável, apresentando frequentemente manchas ou faixas de co-res vivas; o protórax é mais estreito do que a cabeça e a base dos élitros; os olhos são proeminentes.
4.3.2 | Papel no ecossistema vitícolaSão predadores, quer no estado adulto quer larvar, alimentando-se preferen-
cialmente de insectos que escavam galerias em casca e troncos (nomeadamente coleópteros); os adultos de algumas espécies também se podem alimentar de pólen, observando-se, com frequência, sobre flores.
Figura 4.5 | Adulto de
cantarídeo.
Família/ Espécie
Quintas
Car
valh
as
Cid
rô
Gra
nja
Acip
rest
es
S. L
uíz
Arn
ozel
o
Adalia (Adalia) bipunctata x x x
Adalia (Adalia) decempunctata x x x
Clitostethus arcuatus x
Coccinella (Coccinella) septempunctata x x x x x x
Coccinula quatuordecimpustulata x x
Henosepilachna argus x
Platynaspis luteorubra x x x x
Propylea quatuordecimpunctata x x x
Rhyzobius chrysomeloides x x x
Rhyzobius forestieri x x x
Rodolia cardinalis x x x
Scymnus (Scymnus) bivulnerus x x x
Scymnus (Scymnus) interruptus x x x x x x
Scymnus (Mimopullus) marinus x x x
Scymnus (Pullus) subvillosus x x x
4.2 | CANTARÍDEOS
4.2.1 | Morfologia Os adultos são de tamanho pequeno a grande (2 – 30 mm de comprimento),
corpo esguio, com coloração que vai desde o amarelado ao vermelho e preto, ge-ralmente pubescente; possuem olhos proeminentes.
4.2.2 | Papel no ecossistema vitícolaOs cantarídeos são predadores, quer no estado adulto quer larvar, alimentando-se
de outros insectos. Os adultos de algumas espécies também se podem alimentar de pólen e por isso se observam, com frequência, sobre flores.
Quadro 4.1 | Coccinelídeos identificados na Região Demarcada do Douro e quintas onde foram observados (Carlos et al., dados não publicados; Gonçalves et al., dados não publicados)
Figura 4.4 | Adultos de cantarídeos.
Figura 4.5 | Adulto de
cantarídeo.
Figura 4.5 | Adultos de Trichodes sp., frequentemente observados durante a Primavera, em flores.
2928
4.4 | MALAQUÍDEOS
4.4.1 | Morfologia Os adultos são de tamanho pequeno a médio (3-10 mm de comprimento), e
têm o corpo com aspecto mole, alongado, achatado e geralmente mais largo na zona oposta à cabeça; a extremidade do abdómen é geralmente exposta; apre-sentam cores brilhantes.
4.4.2 | Papel no ecossistema vitícolaEnquanto as larvas são exclusivamente predadoras, os adultos alimentam-se
sobretudo de pólen e néctar de flores, embora nalgumas espécies também se alimentem de insectos.
4.5 | CARABÍDEOS
4.5.1 | Morfologia Os adultos são de tamanho pequeno a grande (1-80 mm de comprimento), com
formas e cores variadas, embora a maior parte tenha cores escuras com reflexos metalizados; algumas espécies apresentam os élitros soldados, outras têm o tórax proeminente, frequentemente mais estreito do que o abdómen; as patas são longas, o que lhes permite uma rápida locomoção (raramente voam). As larvas têm corpo alongado, cabeça grande e mandíbulas evidentes.
4.5.2 | Papel no ecossistema vitícolaOs carabídeos são predadores tanto no estado adulto como larvar. Vivem essen-
cialmente no solo, onde se alimentam de insectos e outros invertebrados. Contudo, também podem subir à vegetação para procurar as suas presas. Os adultos têm hábitos nocturnos escondendo-se, durante o dia, sob pedras, folhas, cascas de ár-vores e outros detritos. Durante uma noite, um carabídeo adulto pode consumir o equivalente ao seu peso.
4.6 | ESTAFILINÍDEOS
4.6.1 | Morfologia Os adultos são de tamanho pequeno a grande (1-40 mm de comprimento), e
têm o corpo delgado e mole, forma cilíndrica a espalmada; a coloração é normal-mente escura; os élitros são muito curtos e truncados, deixando visível a maior parte do abdómen; frequentemente erguem a extremidade do abdómen, fazendo lembrar pequenos escorpiões.
Figura 4.6 | Adultos de malaquídeos.
Figura 4.7 | Adultos de carabídeos. Na vinha, são frequentemente encontrados debaixo do ritidoma
das videiras.
3130
5Neurópteros
4.6.2 | Papel no ecossistema vitícolaÀ semelhança dos carabídeos, os estafilinídeos são predadores tanto no estado
adulto como larvar; vivem essencialmente no solo, podendo subir à vegetação para caçar.
Figura 4.8 | Adultos de estafilinídeos.
3332
5 | NEURÓPTEROSOs neurópteros são insectos que se caracterizam por possuir:• corpo mole;• antenas compridas;• armadura bucal trituradora;• dois pares de asas membranosas e muito nervuradas que, quando em
repouso, se dispõem ao longo do corpo, em forma de telhado. As famílias com maior importância, do ponto de vista da limitação natural dos
inimigos da vinha, são as dos crisopídeos, hemerobídeos e coniopterigídeos.
5.1 | CRISOPÍDEOS
5.1.1 | MorfologiaOs adultos são de dimensão pequena a média (cerca de 12 mm de compri-
mento) e cor frequentemente verde, por vezes acastanhada ou avermelhada; têm olhos grandes, brilhantes e irisados, de forma semi-esférica. Os ovos, em geral fi-xos na extremidade de um pedúnculo (colocados isoladamente ou em grupo), são de cor branca-esverdeada, que passa a acinzentada no final do desenvolvimento embrionário. As larvas, de dimensão média (cerca de 8 mm de comprimento no máximo desenvolvimento), têm aspecto afunilado, fazendo lembrar vagamente minúsculos crocodilos; são esbranquiçadas a esverdeadas, com estrias averme-lhadas, castanhas ou negras; apresentam, lateralmente, pequenas verrugas com pêlos longos; têm armadura bucal constituída por duas mandíbulas robustas. Os casulos, onde pupam, têm forma esférica, aspecto sedoso e cor esbranquiçada.
5.1.2 | Papel no ecossistema vitícola Os crisopídeos são predadores generalistas, muito abundantes no ecossiste-
ma vitícola, onde se alimentam de inimigos da cultura como a traça-da-uva, a cigarrinha-verde, ácaros e cochonilhas. Algumas espécies desta família, como a crisopa-comum, Chrysoperla carnea, são predadoras apenas no estado larvar, alimentando-se, enquanto adultos, de substâncias açucaradas de origem natu-ral (como pólen, néctar e meladas), enquanto outras também são predadoras no estado adulto ou têm comportamento alimentar misto.
5.2 | HEMEROBÍDEOS
5.2.1 | MorfologiaOs adultos são de dimensão pequena a média (6-15 mm de comprimento),
têm cores sombrias, em geral pardacentas e as asas revestidas por finos pêlos. As larvas têm corpo fusiforme, delgado e alongado.
5.2.2 | Papel no ecossistema vitícola Os hemerobídeos são predadores tanto no estado larvar como adulto, alimen-
tando-se preferencialmente de ácaros e insectos de corpo mole.
Figura 5.1 | Principais fases de desenvolvimento dos crisopídeos: ovos (A), larva (B), pupa (C) e adulto (D).
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5.3 | CONIOPTERIGÍDEOS
5.3.1 | MorfologiaOs adultos são de dimensão pequena (2,5-5 mm de comprimento) e aspecto
frágil, com o corpo coberto por uma substância pulverulenta esbranquiçada; têm antenas compridas. As larvas, de aspecto piriforme, são afiladas na parte posterior do corpo e têm patas finas e compridas.
5.3.2 | Papel no ecossistema vitícola Os coniopterigídeos são predadores, tanto no estado larvar como adulto, ali-
mentando-se de artrópodes de corpo mole como ácaros, cochonilhas e afídeos; os adultos também se podem alimentar de substâncias açucaradas de origem natural, como meladas.
Figura 5.2 | Adultos de hemerobídeo.
Figura 5.3 | Adulto (à esquerda) e larva (à direita) de coniopterigídeo.
6Heterópteros
3736
6 | HETERÓPTEROSOs heterópteros são insectos que passam por metamorfoses simples, isto é,
os estados imaturos, que neste caso se designam ninfas, assemelham-se aos adultos, embora as asas e o aparelho reprodutor não estejam ainda totalmente desenvolvidos. Caracterizam-se por possuírem:
• dois pares de asas bem desenvolvidas, sendo que as anteriores têm a parte basal espessada e coriácea (hemiélitros) e as posteriores são totalmente mem-branosas; em repouso a zona apical das asas anteriores fica sobreposta; a parte basal das asas delimita, no tórax, uma zona triangular;
• armadura bucal do tipo picador-sugador. As principais espécies de heterópteros predadores incluem-se nas famílias dos
nabídeos, mirídeos, antocorídeos e reduvídeos. Na vinha observam-se frequente-mente indivíduos pertencentes a duas outras famílias, isto é ligaeídeos e pentato-mídeos, cujo papel se desconhece, mas que, no caso de algumas espécies, poderão também ser predadoras.
6.1 | NABÍDEOS
6.1.1 | MorfologiaOs adultos são de tamanho pequeno a médio (3-12 mm de comprimento), e
Figura 6.1 | Ligaeídeo e pentatomídeo.
têm o corpo delgado, de cor amarelada, acinzentada ou acastanhada; possuem cabeça e rostro alongados, antenas compridas e patas anteriores raptórias, que lhes permitem agarrar as presas; a zona membranosa dos hemiélitros têm di-versas nervuras. As ninfas têm coloração escura, lembrando vagamente formigas.
6.1.2 | Papel no ecossistema vitícola Os nabídeos são predadores generalistas, tanto no estado de ninfa como de adul-
to. Alimentam-se de ácaros, cigarrinhas e larvas de lepidópteros; o género Nabis sp. é apontado como sendo importante predador da traça-da-uva.
6.2 | MIRÍDEOS
6.2.1 | MorfologiaOs adultos têm dimensões pequenas a médias (até 10 mm de comprimento) e
coloração variada (verde, castanha, preta ou vermelha); a nervação da zona mem-branosa do hemiélitro apresenta uma ou duas células fechadas. As ninfas têm aspecto semelhante ao dos adultos, tendo apenas as asas menos desenvolvidas.
6.2.2 | Papel no ecossistema vitícolaEmbora a maioria dos mirídeos sejam fitófagos, esta família inclui espécies
que são predadoras, tanto no estado adulto como no imaturo, de ácaros, afídeos
Figura 6.2 | Os nabídeos são predadores de outras espécies de artrópodos. Nas imagens, adultos
de Himacerus sp.
Figura 6.1 | Apesar de, na vinha, se desconhecer o papel dos pentatomídeos (à esquerda) e ligaeídeos (à direita), admite-se que algumas espécies sejam predadoras de outros artrópodos.
3938
e outros insectos de corpo mole. Na vinha, destaca-se Malacocoris chlorizans, um importante predador da cigarrinha-verde, cujas ninfas se podem confundir com as da praga. Distinguem-se delas porque, quando incomodadas, movimentam--se de forma rápida e para a frente, ao contrário das de cigarrinha-verde, que se deslocam de lado e de forma mais lenta.
6.3 | ANTOCORÍDEOS
6.3.1 | MorfologiaOs adultos são de tamanho pequeno a médio (1,5-5 mm de comprimento), e
têm corpo oval alongado e achatado dorso-ventralmente, de cor castanha-escura ou negra brilhante; a nervação da zona membranosa do hemiélitro não possui células fechadas. As ninfas têm forma de pêra e cor amarelada ou castanha--avermelhada.
6.3.2 | Papel no ecossistema vitícola Os antocorídeos são predadores tanto no estado de ninfa como de adulto. Ali-
mentam-se de pequenos artrópodos como tripes, afídeos, cicadelídeos, ácaros, e ovos e lagartas de lepidópteros. Na vinha refere-se o género Orius sp., apontado como predador de ovos e lagartas de traça-da-uva, para além de aranhiço-ver-melho, acariose-do-nó-curto e erinose.
Figura 6.3 | Ninfa e adulto de Malacocoris chlorizans, predador da cigarrinha-verde.
6.4 | REDUVÍDEOS
6.4.1 | MorfologiaOs adultos têm tamanho médio a grande (4-40 mm de comprimento), colora-
ção escura matizada de castanho, branco, vermelho ou laranja; a cabeça é estreita, dando a impressão de ter um pequeno pescoço; as patas do tipo raptórias são longas e com pêlos finos que ajudam a prender as presas.
6.4.2 | Papel no ecossistema vitícola Os reduvídeos são predadores tanto no estado de ninfa como de adulto, ali-
mentando-se essencialmente de insectos, nomeadamente afídeos, cigarrinhas e lagartas.
Figura 6.4 | Ninfa (à esquerda) e adulto (à direita) de antocorídeo.
Figura 6.5 | Adulto de Rhynocoris sp.
4140
Família/ Espécie
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Anthocoridae
Orius (Orius) niger x x x x x
Anthocoris nemoralis x x x
Lygaeidae
Geocoris (Geocoris) megacephalus x x
Miridae
Deraeocoris (Knightocapsus) lutescens x x x x
Heterotoma cf. planicornis x x x
Deraeocoris (Deraeocoris) ruber x x
Deraeocoris (Camptobrochis) serenus x x x x x x
Nabidae
Nabis (Nabis) mediterraneus x x x
Himacerus (Aptus) mirmicoides x x
Prostemma bicolor x
Quadro 6.1 - Heterópteros predadores identificados na Região Demarcada do Douro e quintas onde foram obser-vados (Carlos et al., dados não publicados; Gonçalves et al., dados não publicados)
7Dípteros
4342
7 | DÍPTEROS Os dípteros, ordem a que pertencem insectos como as moscas e os mosquitos,
são caracterizados por possuírem:• um único par de asas (as asas posteriores transformaram-se em estruturas
com forma de clava, denominadas halteres ou balanceiros); • armadura bucal do tipo sugador, adaptada para picar ou lamber; • olhos grandes, que ocupam grande parte da cabeça.Nesta ordem destacam-se, pela importância que desempenham na limitação
populacional de inimigos da vinha, as famílias dos sirfídeos e dos cecidomídeos, onde se incluem espécies predadoras, e a dos taquinídeos e pipunculídeos, de que fazem parte espécies parasitóides.
7.1 | SIRFÍDEOS
7.1.1 | Morfologia Os adultos são de tamanho médio a grande, e têm cores vistosas brilhantes,
apresentando listas ou manchas amarelas num fundo escuro por vezes metalizado. Muitas espécies lembram abelhas ou vespas, semelhança que é, por vezes, notável. Contudo nenhum destes sirfídeos pica. Observam-se frequentemente a pairar so-bre as flores, batendo as asas com rapidez, lembrando minúsculos helicópteros. Os ovos têm forma oval e cor branca-acinzentada. As larvas têm aspecto vermiforme e coloração muito variada (branca, verde, acastanhada). As pupas têm forma de gota e coloração semelhante à das larvas.
7.1.2 | Papel no ecossistema vitícola Os sirfídeos são predadores apenas no estado larvar, alimentando-se de afí-
deos, cochonilhas e outros insectos de corpo mole; os adultos alimentam-se de polén, néctar e outras substâncias açucaradas de origem natural (p. ex.: meladas secretadas por outros insectos). São predadores interessantes do ponto de vista da limitação natural dos inimigos das culturas particularmente porque os adultos possuem grande mobilidade, assegurando uma rápida recolonização das culturas, tanto na Primavera como após a ralização de tratamentos fitossanitários.
Nesta família, a espécie Xanthandrus comtus está referida como sendo um importante predador de lagartas de traça-da-uva.
7.2 | CECIDOMÍDEOS
7.2.1 | Morfologia Os adultos são muito pequenos, de cor acastanhada e com patas relativamente
longas comparativamente ao corpo. As larvas têm coloração amarela, laranja ou vermelha.
7.2.2 | Papel no ecossistema vitícola Os cecidomídeos são predadores no estado larvar, enquanto os adultos se ali-
mentam de meladas produzidas por outros insectos e de néctar. Na vinha, estes insectos estão referenciados como sendo importantes preda-
dores de cochonilha-algodão e de ácaros eriofídeos, responsáveis pela acariose--do-nó-curto e pela erinose.
Figura 7.1 | Principais estados de desenvolvimento dos sirfídeos: ovo (A), larva (B), pupa (C) e adulto (fêmea de Episyphus balteatus) (D).
4544
Figura 7.2 | Na vinha observam-se com frequência larvas de cecidomídeos do género Dicrodiplosis a alimentarem-se em colónias de cochonilha-algodão (à esquerda). À direita mostra-se um adulto.
Figura 7.3 | Ovo de taquinídeo sobre o corpo de uma lagarta de traça-da-uva (à esquerda) e adulto correspondente (à direita).
7.3 | TAQUINÍDEOS
7.3.1 | Morfologia Os adultos são de tamanho pequeno a grande (2-20 mm de comprimento), de
cor cinzenta-acastanhada e corpo revestido de sedas espessas (muito semelhantes a moscas domésticas). As larvas têm forma cilíndrica e cor esbranquiçada e as pupas têm forma de barrilete e cor castanha.
7.3.2 | Papel no ecossistema vitícola Os taquinídeos são importantes parasitóides de lagartas, embora também parasitem
insectos de outras ordens como hemípteros, coleópteros e ortópteros. Os ovos são colo-cados na vegetação por forma a serem consumidos pelos hospedeiros, ou na superfície ou interior do corpo deste; o desenvolvimento larvar decorre no interior do hospedeiro; os adultos possuem vida livre e alimentam-se de meladas produzidas por outros insectos e de néctar. Na vinha, são referidos como parasitóides de traça-da-uva.
7.4 | PIPUNCULÍDEOS
7.4.1 | MorfologiaAdultos de tamanho pequeno (2-11,5 mm) e coloração escura; olhos compostos
muito grandes que ocupam a quase totalidade da cabeça; asas longas e estreitas.
7.4.2 | Papel no ecossistema vitícolaTrata-se de uma família bem
conhecida, em parte devido ao facto de as larvas serem, até onde se sabe, parasitóides de auque-norrincos (p. ex.: cicadelídeos e cercopídeos), com excepção dos indivíduos do género Nephrocerus, que parasitam adultos de tipulí-deos. Os adultos alimentam-se de meladas excretadas por auque-norrincos. As fêmeas depositam os ovos em ninfas jovens ou, mais raramente, em adultos dos seus hospedeiros. Na vinha, admite-se que possam desempenhar um importante papel na limitação natural de cigarrinha-verde e da cigarrinha-da-flavescência-dourada.
Figura 7.4 | Adulto de pipunculídeo.
4746
8Himenópteros
4948
8 | HIMENÓPTEROS
Os himenópteros são insectos que se caracterizam por possuírem: • dois pares de asas membranosas e translúcidas, pouco nervuradas, sendo as
anteriores maiores do que as posteriores;• armadura bucal do tipo triturador ou lambedor-sugador;• ovipositor geralmente bem desenvolvido;• antenas relativamente longas.Nesta ordem incluem-se insectos como as abelhas, abelhões, vespas e formi-
gas, sendo uma ordem associada a importantes serviços do ecossistema, como a polinização e a limitação natural de pragas das culturas. Neste contexto, desta-ca-se o papel desempenhado por “vespinhas” parasitóides, de aparência, biologia e hospedeiros muito diversos, de entre as quais, se referem em particular as es-pécies incluídas nas superfamílias dos calcidóideos, icneumonóideos e crisidóideos.
8.1 | CALCIDÓIDEOS
8.1.1 | Morfologia Os adultos têm dimensões muito pequenas (0,5-3 mm de comprimento), co-
loração escura metalizada (com reflexos azuis, verdes bronzeados ou purpúreos), asas com poucas nervuras e antenas com menos de 14 artículos.
8.1.2 | Papel no ecossistema vitícola Sendo parasitóides, os estados imaturos dos calcidóideos vivem na dependên-
cia de um hospedeiro, enquanto os adultos possuem vida livre e alimentam-se de substâncias açucaradas como pólen, néctar ou meladas. Normalmente parasitam ovos e estados imaturos jovens de insectos. Destaca-se, pela sua importância na limitação natural dos inimigos da vinha, a famílias dos eulofídeos, que inclui o pa-rasitóide Elachertus affinis, considerado o principal inimigo natural da traça-da--uva na R.D.D.; salientam-se ainda as famílias dos calcidídeos e pteromalídeos, que incorporam parasitóides da traça-da-uva, dos encirtídeos, que compreende parasitóides da cochonilha-algodão, nomeadamente Anagyrus sp. próx. pseudo-cocci, e dos mimarídeos, de que fazem parte parasitóides de cigarrinhas, designa-damente Anagrus atomus, referido como o principal agente de limitação natural da cigarrinha-verde.
Figura 8.1 | Lagarta de traça-da-uva parasitada pelo eulofídeo Elachertus affinis (à esquerda) e respectivo adulto (à direita), considerado o principal parasitóide da traça-da-uva.
Figura 8.2 | Adulto de Brachymeria sp., calcidídeo parasitóide de traça-da-uva.
Figura 8.3 | Adulto de Anagyrus sp. próx. pseu-dococci, encirtídeo parasitóide da cochonilha-al-godão, comum na R.D.D.
Figura 8.4 | Na família dos mimarídeos incluem-se importantes parasitóides de cigarrinhas-da- -vinha.
5150
8.2 | ICNEUMONÓIDEOS
8.2.1 | MorfologiaAdultos de dimensão pequena a grande (1-27 mm de comprimento), de cor
negra, castanha ou alaranjada, asas geralmente bem desenvolvidas, com nervação mais desenvolvida do que a dos calcidóideos, e antenas com 13 ou mais artículos.
8.2.2 | Papel no ecossistema vitícola O comportamento dos icneumonóideos é muito semelhante ao dos calcidói-
deos. Pelo papel desempenhado na limitação natural de inimigos da vinha, desta-cam-se nesta superfamília, os icneumonídeos e os braconídeos, onde se conhecem importantes espécies de parasitóides de traça-da-uva.
8.3 | CRISIDÓIDEOS
8.3.1 | MorfologiaAdultos de dimensão pequena (quase sempre inferior a 7 mm), brilhantemen-
te coloridos e com o corpo fortemente esculpido; alguma espécies apresentam dimorfismo sexual acentuado, em que as fêmeas não têm asas e apresentam adaptações morfológicas muito características (p. ex.: terem aparência de formi-gas), enquanto os machos são alados.
8.3.2 | Papel no ecossistema vitícola Pelo papel que podem ter na limitação natural de pragas da vinha, destacam-
-se na superfamília dos crisidóideos, as famílias dos driinídeos e betilídeos. Os driinídeos são parasitóides de auquenorrincos e em particular de cigarrinhas, po-dendo desempenhar um importante papel na limitação natural de cigarrinha-ver-de e cigarrinha-da-flavescência-dourada. São das poucas famílias de parasitói-des em que a larva inicia o desenvolvimento no interior do corpo do hospedeiro, desenvolvendo posteriormente uma estrutura em forma de saco, que projecta para fora do abdómen do hospedeiro, onde termina o desenvolvimento. Os be-tilídeos são maioritariamente parasitóides externos (ectoparasitóides) de larvas de coleópteros e microlepidópteros.
Figura 8.5 | Adulto de Campoplex capitator, icneumonídeo parasitóide de lagartas de traça-da-uva.
Figura 8.6 | Adulto de Ascogester quadriden-tata, braconídeo parasitóide de lagartas de traça-da-uva, muito frequente na R.D.D.
Figura 8.7 | Os driinídeos são importantes parasitóides de cigarrinhas da vinha. Nas imagens, observa-se uma cigarrinha parasitada (à esquerda) e um adulto de driinídeo (à direita).
Figura 8.8 | Adulto de betílideo.
5352
Família/ Espécie Hospedeiro
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Braconidae
Ascogaster quadridentada traça-da-uva x x
Chalcididae
Brachymeria sp. traça-da-uva x x
Encyrtidae
Anagyrus próx pseudococci cochonilha-algodão x x
Ericydnus sp. cochonilha-algodão x
Leptomastidea sp. cochonilha-algodão x x
Eulophidae x
Elachertus affinis traça-da-uva x x x x x x
Ichnemonidae
Campoplex capitator traça-da-uva x x x x
Quadro 8.1 - Himenópteros identificados na Região Demarcada do Douro e quintas onde foram observados (Carlos et al., 2013; Gonçalves et al., dados não publicados)
9Medidas de valorização
5554
9 | MEDIDAS DE VALORIZAÇÃOA presença e actuação de inimigos naturais das pragas depende, em grande
parte, da criação de condições que assegurem a sua sobrevivência, reprodução e actividade neste ecossistema intervencionado pelo homem.
Deste ponto de vista, deve evitar-se a sua destruição pelos pesticidas, não usando os mais tóxicos para estes auxiliares e, sempre que possível, reduzindo as doses e o número de aplicações dos que for indispensável usar (Anexos 1.1, 1.2, 1.3).
As mobilizações do solo devem ser reduzidas ao estritamente necessário, por afectarem negativamente as populações de artrópodos que aí habitam, como as aranhas, os carabídeos e os estafilinídeos; pela mesma razão, devem evitar-se solos demasiado limpos, aconselhando-se a manutenção dos resíduos resultan-tes dos cortes da vegetação e da trituração da lenha de poda, de forma a criar uma espécie de “mulching” onde esses auxiliares se possam abrigar.
A instalação/manutenção de infra-estruturas ecológicas na parcela ou na sua vizinhança (num raio de cerca de 150 m) é fortemente recomendada por pro-porcionar aos auxiliares locais de abrigo e refúgio, quando as condições lhe são adversas, designadamente em termos climáticos ou em resultado da realização de tratamentos fitossanitários. Incluem-se nestas infra-estruturas os muros de pedra, fendas rochosas, amontoados de lenha e comunidades vegetais como o enrelvamento do solo, pequenos bosques e sebes.
Figura 9.1 | Os muros de pedra e árvores antigas desempenham uma importante função ecológica, ao providenciar refúgio para a fauna auxiliar da vinha.
5756
Para além de servir como local de refúgio, a vegetação herbácea e arbustiva envolvente das parcelas (bordaduras de caminhos, entrelinhas e taludes) dispo-nibiliza aos auxiliares alimento alternativo e/ou suplementar, para quando este é escasso no interior da cultura. As plantas que compõem estas infra-estrutu-ras ecológicas (Anexo 2), podem facultar-lhes néctar e polén (importante para a alimentação de alguns adultos), assim como presas/hospedeiros alternativos, na forma de insectos/ácaros que não atacam a vinha). Os afídeos, por exemplo, frequentemente observados em ervilhacas, leitugas e funcho-bravo, excretam meladas que são extremamente ricas em açúcares e muito importantes para a sobrevivência e reprodução de auxiliares como crisopídeos e sirfídeos. No caso dos ácaros fitoseídeos, a existência nas vinhas, de um coberto vegetal que inclua plantas produtoras de pólen, é particularmente importante para o desenvolvi-mento das suas populações no início do Verão. Os cortes a efectuar a esta ve-getação deverão ser sempre realizados por forma a evitar a sua total destruição e permitir que aqueles organismos se possam refugiar para outros locais (cortes alternados, se possível a partir do centro das parcelas para a bordadura).
Figura 9.2 | As comunidades vegetais que constituem as matas (A), o revestimento dos taludes (B), as sebes (C) e o coberto da entrelinha (D) são importantes infra-estruturas que providenciam alimento alternativo e abrigo das condições desfavoráveis, à fauna auxiliar.
As sebes asseguram a sobrevivência de inúmeras espécies da fauna, tendo importante função na valorização de mimarídeos do género Anagrus, que são dos principais parasitóides de ovos da cigarrinha-verde. Como demonstrado por vários autores, a actuação destes indivíduos na vinha é incrementadas pela pre-sença, na vizinhança das parcelas, de sebes de roseiras-bravas, ameixeiras-bravas, aveleiras e silvas. Por sua vez os ácaros fitoseídeos (K. aberrans e T. pyri) benefi-ciam da presença de sebes que incluam a madressilva, a aveleira, o sabugueiro e o lódão. De notar que K. aberrans, sendo muito sensível aos pesticidas, é frequente nas plantas que constituem as sebes e tem grande facilidade de dispersão pelo vento, o que lhe confere a capacidade de recolonizar rapidamente as parcelas de vinha.
Figura 9.4 | Os adultos de sirfídeos alimentam--se de pólen de plantas da família das asterá-ceas. Na imagem, uma fêmea de Sphaerophoria scripta, um dos sirfídeos mais frequentemente observados na vinha.
Figura 9.5 | As flores de apiáceas, por possuírem nectários expostos, são procuradas por muitos insectos que se alimentam do seu néctar. Na imagem um adulto de crisopa-comum a alimen-tar-se numa inflorescência de cenoura-brava.
Figura 9.3 | As plantas da família das fabáceas, como a ervilhaca, frequentes no coberto vegetal herbáceo da vinha, facultam presas às larvas de sirfídeos (à esquerda) e coccinelídeos (à direita), na forma de afídeos que não atacam a cultura, permitindo o seu desenvolvimento atempado.
5958
Figura 9.6 | O funcho-bravo é hospedeiro de afídeos, que não atacando a vinha, constituem impor-tantes fontes alimentares para os inimigos naturais das pragas. Nas imagens, observam-se ovos de crisopídeos (A) e sirfídeo (B) colocados junto a uma colónia de afídeos, assim como uma larva (C) e um adulto (D) de coccinelídeo Scymnus aptezi a alimentar-se de afídeos.
Figura 9.7 | As sebes de madressilvas são par-ticularmente interessantes na valorização dos ácaros predadores, que nelas encontram abun-dância de presas, tal como eriofídeos e tetrani-quídeos, estados imaturos de outros pequenos artrópodos e também pólen.
Figura 9.8 | As roseiras-bravas são hospedeiras de cigarrinhas que, não atacando a vinha, permitem a sobrevivência, no Inverno, de parasitóides do género Anagrus. Durante o período de actividade vegetativa, parte da população destes auxiliares desloca-se para a vinha, para parasitar os ovos de cigarrinhas nocivas à cultura, como é o caso da cigarrinha--verde.
10Referências bibliográficas
6160
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11Glossário
6564
11 | Glossário
Abdómen – região do corpo dos artrópodos situada após o tórax ou o cefalotórax consoante se trate de insectos ou de aracnídeosBalanceiros – pequenas estruturas situadas de cada lado do mesotórax, repre-sentando as asas posteriores (dípteros) (ver halteres)Cefalotórax – região do corpo dos aracnídeos constituída por segmentos cefálicos e torácicos Coriáceo – duro como o couroÉlitros – asa anterior espessa, coriácea ou córnea (coleópteros)Hemiélitro – asa anterior dos heterópterosHalteres – ver balanceirosNinfa - estado imaturo dos insectos que passam por metamorfoses simples; estado imaturo de ácaros, possuindo quatro pares de patasProtórax – segmento do tórax dos insectos mais próximo da cabeça, onde se localiza o primeiro par de patas (patas anteriores) Raptórias – modificadas como garrasRostro – estruturas protraídas das peças bucais dos insectos sugadoresTórax – região do corpo situada atrás da cabeça, que apresenta as patas e as asas
12ANEXOS
6766
SUB
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NC
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lidad
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Coccinelídeos
Coleópteros do solo
Sirfídeos
Crisopídeos
Antocorídeos
Nabídeos
Himenópterosparasitóides
Ácaros fitoseídeos
Aranhas
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7776
Anexo 2 | Plantas com interesse na valorização de inimigos naturais das pragas da vinha, e organismos valorizados
Almeiroa, Crepis capillaris Arruda, Ruta montana
Cenoura-brava, Daucus carota Énula-peganhosa, Inula viscosa
Erva-polvilhenta, Andryala integrifolia Ervilhaca-comum, Vicia sativa
herbáceas
Espargo-silvestre-menor, Asparagus acutifolius Funcho-bravo, Foeniculum vulgare
Hipericão, Hypericum perforatum Leituga, Hypochoeris radicata
Malva, Malva sp. Nabiça, Brassica napus
herbáceas
7978
Pampilho-de-micão, Coleostephus myconis Saruga, Bromus diandrus
Tremocilha, Lupinus luteus Trevo-comum, Trifolium pratense
Trevo-branco, Trifolium repens Urtiga, Urtiga dioica
herbáceasAnexo 2 (cont.) | Plantas com interesse na valorização de inimigos naturais das pragas da vinha, e organismos valorizados
Alecrim, Rosmarinus officinalis Bela-luz, Thymus mastichina
Esteva, Cistus ladanifer Estevinha, Cistus salvifolius
Giesta-branca, Cytisus multiflorus Giesta-negral, Cytisusb scoparius
arbustivas
8180
Madressilva, Lonicera sp. Rosêlha, Cistus albidus
Rosmaninho, Lavandula stoechas Silva, Rubus sp.
arbustivasAnexo 2 (cont.) | Plantas com interesse na valorização de inimigos naturais das pragas da vinha, e organismos valorizados
Abrunheiro-bravo, Prunus spinosa Espinheiro, Crataegus monogyna
Folhado, Viburnum tinus Medronheiro, Arbutus unedo
Sabugueiro, Sambucus nigra Salgueiro, Salix sp.
arbóreas
82
Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do projecto EcoVitis “Maximização dos serviços do ecossistema vinha".
Co-financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural – Ministério da Agricultura e do Mar – Fundo
Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural – A Europa investe nas zonas rurais.