III FÓRUM REGIONAL DE MEIO AMBIENTE
SALÃO DO LIVRO
FILOSOFIA
PESQUISA
PÓS-GRADUAÇÃO
Educaçãopara a preservação da Biodiversidade
Informativo da Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Pres. Prudente (SP)Ano IV - nº 26 - 2º semestre de 2010ISSN 1980-1920
Mais de 300 pessoas ouviram as propostas educativas para
a sustentabilidade ambiental e social, no III Fórum Regional de
Meio Ambiente da Unoeste, dia 21 de outubro, no VIII Encontro
Anual de Extensão, que integrou o Enepe. A diretora da Faclepp,
Alba Arana, foi a debatedora do encontro. A horta supensa,
desenvolvida pelos alunos de Ciências Biológicas, Heitor Garcia
e Thiago Nery Santiago, foi um dos projetos apresentados
durante o evento. Confira na página 10.
Tiago Troian Trevisan, 19 anos,
acadêmico do 4º termo de Letras da
Faclepp, lançou seu primeiro livro “O
Castelo Workforeh”, dia 23 de outu-
bro, durante o Salão do Livro de Pre-
sidente Prudente. Página 12
Você sabia que os filósofos po-
dem atuar em diversas áreas? O
mercado de trabalho para os filó-
sofos, diferente do que muitos pen-
sam, vai além da docência. O curso
de Filosofia da Faclepp prepara o
profissional para ministrar também
conhecimentos que compreendem
outras áreas das Ciências Humanas.
Página 9
A pesquisa sempre esteve presen-
te na Faclepp. Porém, a partir deste
segundo semestre novos projetos
estão em andamento e com um pon-
to central: a interdisciplinaridade.
Com a interação dos cursos, alunos
e docentes ampliam seus conheci-
mentos. Página 16
Física obtém conceitoPágina 8
Unoestewww.unoeste.br/faclepp
Mais de 100 cursos de extensão
presenciais. Mais de 60 de especia-
lizações presenciais e mestrado em
Educação. Página 19
02 Caderno Faclepp
ISSN 1980-1920
Caderno FACLEPP
Órgão informativo das
atividades acadêmico-
científicas e de extensão
da FACLEPP – Faculdade
de Ciências, Letras
e Educação de
Presidente Prudente (SP)
UNOESTE – Universidade
do Oeste Paulista.
www.unoeste.br
www.unoeste.br/faclepp
18 3229-1098
Direção da Faclepp
Faculdade de
Ciências, Letras
e Educação de Presi-
dente Prudente:
Profa. Dra. Alba Regina
Azevedo Arana
Fotos, projeto e
diagramação do
Caderno Faclepp
Débora André
MTb 29.050
Urbanos Comunicação
Anúncios
Bruno Takikawa
Redação de textos
Heloise Hamada
Camila Nogueira
Revisão final
Jornalista Me. Leodete
Gazoni Ferreira
MTb 29.051
Colaboradores:
Coordenadores de
cursos, professores
da Faclepp, Departa-
mento de Comunicação
da Unoeste e a jornalista
Renata Rodrigues
Impressão:
Gráfica Impress
Tiragem:
2 mil exemplares
* Os artigos assinados
são de inteira responsabili-dade de seus
autores.
Disse o poeta Renato Russo que “...o
mal do século é a solidão. Cada um de
nós imerso em sua própria arrogância,
esperando por um pouco de afeição”.
Será que ele tem alguma razão? Será
que somos todos, de alguma forma,
arrogantes? Esperamos ansiosamente
por um pouco de afeição? Infelizmente,
acho que sim. Em uma sociedade ex-
tremamente competitiva, onde nossas
crianças aprendem a competir já na es-
cola, embora ainda não conste nada ofi-
cialmente nos currículos, a arrogância
é um modo de sobrevivência pessoal.
Aprendemos a ser arrogantes para não
termos nossos espíritos atropelados.
Acho que na base dessa competição
social está a simples busca de reconhe-
cimento, de “um pouco de afeição”. Vi-
vemos solitários em nossa sociedade,
pois não podemos expor nossos pon-
tos fracos ao “inimigo”. Nossas relações
são frágeis, não toleramos críticas, so-
mos muito sensíveis a críticas. Por que?
Porque senão perderemos a “disputa”.
Que disputa? Por poder, dinheiro, sexo?
Não, por um pouco de afeição verdadei-
ra, sincera e reconfortante. Voltar ao
colo da mãe, sentir um amor profundo
e incondicional. A arrogância é um meio
de sobrevivência. Temos de intimidar o
próximo ou, se ele for mais forte, fin-
girmos estar no mesmo nível. ‘Puxa que
carro legal você comprou! Quanto você
pagou? Tem airbag duplo? Acho que
quero um também. Será que tem na cor
violeta?’. Na verdade você só quer um
carinho e um afago. Só isso...
por Gustavo Maia Souza
O mal do século
Estou à procura de uma pessoa que além
de honestidade, coragem, sensibilidade e
responsabilidade social, tenha algum tipo
de influência para me representar (e cer-
tamente a outros milhões de brasileiros)
contra o despretensioso, lamentável e
desprovido de qualquer qualidade artísti-
ca, símbolo ou logotipo da copa mundial
de futebol de 2014, cuja apresen-
tação foi silenciosa e desaper-
cebida para a maioria dos
brasileiros.
O Brasil é rico em desig-
ners com capacidade téc-
nica e criativa reconheci-
das mundialmente. Temos
os melhores em propaganda
e não podemos admitir que
o resto do mundo não admire a
criatividade conhecida em verso e
prosa por todos nós.
O símbolo que nos querem
impingir, deixa a desejar em
originalidade. As cores
não despertam a nossa
brasilidade, não emocio-
nam e é na forma estética
que ele mais peca. Falta
À procura de um parceiro
movimento que é a marca do futebol.
Como não tenho acesso à mídia, (o quar-
to poder) único veículo capaz de reverter
esta injustiça e obrigar ao nosso “queri-
do” Ricardo Teixeira, o ditador no coman-
do do nosso futebol a escolher um novo
símbolo, faço o meu apelo. Com a certeza
de uma professora de Arte, garanto que
qualquer concurso, feito com crian-
ças da escola pública fundamen-
tal, resultaria na escolha de um
belo desenho. Muito mais re-
presentativo. Seria fundamen-
tal que o júri desse concurso
fosse composto por pessoas
capacitadas com habilidades
específicas e não cantoras, mo-
delos fotográficos e muito menos o
presidente da CBF que de arte e co-
municação visual é um cego.
Por favor, um repórter sem medo, um
político respeitado, (existe sim!) um
esportista reconhecido, um artista
de vanguarda, um cientista ou
pesquisador ou outro brasileiro
que como eu queira levantar
essa bandeira, ajudem neste
embate patriótico.
por Mariângela Ferreira da Cunha Marcondes
Mariângela Marcondes - RG 3962.094 – Presidente Prudente (SP)[email protected]
opinião
03Caderno Faclepp
A Unoeste recebeu o Selo Verde
“Empresa Amiga da Cooperlix” du-
rante cerimônia solene na Semana
do Meio Ambiente promovida re-
centemente pela Secretaria Muni-
cipal de Meio Ambiente de Presi-
dente Prudente. O certificado foi
uma homenagem ao trabalho de
coleta seletiva que a Universidade
desenvolve, bem como pela parce-
ria no projeto da Cooperativa de
Trabalhadores de Produtos Reci-
cláveis (Cooperlix).
O selo foi entregue à professora
doutora Alba Regina Azevedo Ara-
na, diretora da Faclepp, no Auditó-
rio da FCT da Universidade Estadual
Mobilização Social Grupo de docentes da Faclepp integra
equipe de novos agentes mobilizadores
Unoeste recebe Selo VerdeUniversidade recebeu homenagem peloapoio e iniciativa na coleta seletiva
Professora Alba Arana represen-tou a Unoeste na solenidade de en-trega do Selo Verde
Professores da Faclepp posam ao lado de Sérgio Maia, formador de mobilizadores do MEC
Marcos Sanches
Nos dias 12 e 13 de agosto, foi
realizada a Oficina de Formação
de Mobilizadores Sociais pela Edu-
cação de Presidente Prudente, pro-
movida pela Secretaria Municipal
de Educação (Seduc), em conjun-
to com o Ministério da Educação
(MEC) e o Comitê de Mobilização
Social Pela Educação.
Durante os dois dias foram de-
senvolvidas oficinas ministradas
pelos formadores de mobilizado-
res sociais do MEC, Sérgio Maia e
Denise Raposo. O objetivo das ati-
vidades foi fortalecer a Educação
com a sensibilização das famílias
e a comunidade em geral, no Cen-
tro de Formação Permanente dos
Profissionais da Educação de Pre-
sidente Prudente (CEFORPPE).
De acordo com Sérgio Maia, atu-
almente existem 10 mil mobiliza-
dores sociais. “Precisamos de mui-
to mais para vencer os desafios da
educação brasileira. Temos que
estar preparados para lidar com
alunos e famílias reais, não com o
modelo familiar que tinhamos há
30 anos atrás, mas o da realidade
atual. Não podemos nos esquecer
que entre a família e a escola está
o estudante”.
Atuando há 48 anos como edu-
cadora e agora como membro do
Comitê de Mobilização Social Pela
Educação, a mestre Maria José Are-
nales Arantes, que também faz
parte corpo docente da Faclepp,
explica que o movimento quer re-
construir valores que foram es-
quecidos. “Eu costumo dizer que
a Educação que eu sempre esperei
e sonhei está acontecendo agora e
são chamadas várias pessoas para
entender que educar é participar,
cooperar, dar as mãos, sentir o ou-
tro, a importância do outro”.
A diretora da Faclepp, professo-
ra doutora Alba Regina Azevedo
Arana, também participou da ofi-
cina de formação de mobilizado-
res sociais. Para Arana, a oficina
é uma forma de realmente saber
o que está acontecendo, quais são
as formas de colaboração de cada
instituição, da universidade, do
professor, de pais e alunos para
estabelecer os parâmetros para
um crescimento com qualidade.
“Existem muitos entraves para a
formação de professores. O Brasil
precisa crescer muito com relação
a isso. O papel da universidade é
estar junto propondo as metas, as
diretrizes e as formas para conse-
guir com cuidado um crescimento
seguro”.
Paulista (Unesp). Na ocasião, Arana
ministrou a palestra “Coleta Seletiva
em Presidente Prudente”. A ativida-
de ocorreu no início deste mês.
Durante sua fala, Arana fez um
resumo sobre a implantação da
Cooperlix e do Projeto de Políticas
Públicas, o papel de cada parceiro
e colaborador, objetivos, metas e
a posição atual da Cooperlix.
Segundo Arana, o problema am-
biental mais grave de Presidente
Prudente é a degradação dos re-
cursos naturais associada à ero-
são do solo, desmatamento da
mata ciliar e assoreamento dos
corpos d’água. “Os resíduos sóli-
dos são despejados em locais ina-
dequados (lixão). Além disso, nem
todo lixo do município passa pela
coleta seletiva”.
Daí a importância da reciclagem
e da responsabilidade ambiental,
segundo Arana. “Como benefício
de cada processo realizado na eta-
pa de reciclagem, pode-se citar,
agregação de valor ao produto,
geração de novos empregos na co-
munidade e viabilização da forma-
ção e a sobrevivência de grupos
de cooperados”.
Para Arana, o sucesso dessa ini-
ciativa depende da integração entre
políticas e planejamento, o envolvi-
mento de amplos segmentos sociais,
a participação popular, o incremen-
to da cidadania, o estabelecimento e
a consolidação de parcerias.
Outro ponto importante abor-
dado pela docente foi o papel so-
cial da Cooperlix. De acordo com
ela, o trabalho, via cooperativa,
é essencial para a construção da
identidade de seus cooperados,
que podem formar novas redes
sociais, dando-lhes referências e
norteando suas vidas. “Pode sig-
nificar para seus cooperados um
modo de viver ou querer viver com
dignidade”.
geral
04 Caderno Faclepp
A Ética foi tema da décima primei-
ra edição da Jornada de Educação e
do Simpósio de Iniciação Científica
da Faclepp. Os eventos aconteceram
entre os dias 3 e 8 de maio, e conta-
ram com a presença de professores
e alunos nas palestras, exposições e
workshops.
Para a diretora da Faclepp, pro-
fessora doutora Alba Regina Azeve-
do Arana, o evento trouxe diálogos
muito interessantes tanto para os
acadêmicos quanto para os profes-
sores. A surpresa, segundo ela, foi
a apresentação de trabalhos orais e
painéis científicos, que superaram
as expectativas da organização,
sendo que o SIC teve 35 painéis e
45 apresentações orais, nas áreas
de Humanas, Exatas e Biológicas,
de alunos de Iniciação Científica da
Unoeste e de outras instituições.
As professoras doutora Dayene
Miralha de Carvalho e a mestre Ja-
queline Batista de Oliveira foram
responsáveis pelas atividades do
SIC. Segundo Oliveira, os avalia-
dores relataram que os trabalhos
eram de ótima qualidade e muitos
deles se destacaram obtendo ex-
celentes notas.
As atividades da programação
geral foram encerradas com a pa-
lestra “Valores Contemporâneos:
Novos Desafios para a Educação”,
ministrada pela doutora Zizi Trevi-
san, pró-reitora de Pesquisa, Pós-
Graduação e Extensão da Unoeste.
Baseando-se nos princípios atu-
ais de uma “cultura do dinheiro”,
descrita por Fredric Jameson, a
palestrante levou os ouvintes a re-
fletirem sobre a valorização atual
do comportamento individualista,
consumista e materialista.
As últimas atividades da jorna-
da aconteceram no sábado pela
manhã, onde acadêmicos de Ge-
ografia e História ministraram
um workshop sobre “As nações
da Copa do Mundo 2010” no Tea-
tro César Cava. Após o workshop,
docentes da Faclepp participaram
de almoço de confraternização na
Chácara de Zootecnia, no campus
II da Unoeste.
A docente Jaqueline Batista de Oliveira durante avaliação dos painéis
Professor Nelson Barbosa Machado Neto durante seu minicurso de semeadura de orquídeas
Vernissage da Exposição Novos Olhares
“Até que a vida nos separe” inter-pretado por Mênades & Sátiros Cia de Teatro
Acadêmicos trabalharam na organização do evento
Bianco Zamora Garcia, da UEL, ministrou a palestra sobre o tema
Ética
Jornada de Educação e SICsuperaram expectativas
jornada simpósio
05Caderno Faclepp
Trinta e três fotos de 12 aca-
dêmicos dos cursos de História,
Geografia, Ciências Biológicas e
Filosofia que participaram do cur-
so “O Olhar e o Ver”, ministrado
pelo professor Josué Pantaleão Sil-
va, da Faclepp, foram expostas em
dois eventos.
A primeira exposição ocorreu du-
rante o Sarau Literário “Raízes Pru-
dentinas”, no dia 18 de setembro,
no Centro Cultural Matarazzo. A
segunda ocorreu durante o “III Fó-
rum Regional de Meio Ambiente da
Unoeste”, no dia 21 de outubro.
“O resultado do trabalho foi mui-
to satisfatório, a criatividade dos
acadêmicos foi desenvolvida com
alegria de saber que a sua visão
de foco foi além do esperado”, en-
fatiza Josué.
No dia 23 de setembro, os acadê-
micos da Faclepp, participaram da
2ª Mostra de Projetos Acadêmicos e
Científicos do Neepegh. Foram apre-
sentados dez trabalhos nas áreas de
História, Geografia, Filosofia e Meio
Ambiente, e cerca de 30 alunos par-
ticiparam como ouvintes.
Para a professora doutora Alba
Regina Azevedo Arana, diretora da
Faclepp, os alunos demonstraram
muito envolvimento com temas rele-
vantes, o que serve de exemplo para
outros acadêmicos. “Este é um espa-
ço importante para reflexão e discus-
são do conhecimento científico”.
Na categoria de trabalhos con-
cluídos, o vencedor foi o egresso
de História, Valmir Medina Riga,
com o trabalho na área de Reli-
gião, Sociedade e Educação. Na
categoria projetos de pesquisa
em andamento, o primeiro lugar
foi para os acadêmicos do 6º ter-
mo de Ciências Biológicas, João
Wellington Borges e Williana Sou-
za Leite Marin. Premiados com
50% de bolsa no curso de Exten-
são Universitária a Distância sobre
Impacto Ambiental.
Um grupo de 18 alunos dos cur-
sos de Ciências Biológicas, Histó-
ria e Geografia da Faclepp partici-
pou do plantio de 160 mudas de
árvores nativas da região, cultiva-
das no próprio Viveiro de Plantas
da Universidade.
Essa ação faz parte do Projeto de Re-
florestamento que tem a importante
tarefa de preservar a principal nascen-
te de água doce do campus II e do solo
em torno desse manancial.
Graziella Plaça Orosco de Souza, su-
pervisora do Núcleo de Ensino, Exten-
são e Pesquisa em Geografia e História
(Neepegh) e do Acervo Educacional de
Ciências Naturais (Aecin) explica que
essa ideia veio ao encontro do anseio
dos dois espaços de promover um mo-
vimento de reflorestamento.
O acadêmico do 5º termo de Ciên-
cias Biológicas, Robson Luis Costa
dos Santos, ressaltou a importân-
cia do projeto dizendo que é vital a
conscientização das pessoas a res-
peito da natureza e que todos de-
vem cuidar do planeta, assim como
cuidam das suas casas.
Na primeira semana de outubro, 72
adolescentes do Lar Santa Filomena
fizeram uma visita ao Acervo Educa-
cional de Ciências Naturais (Aecin) da
Faclepp. Os estudantes receberam
orientações sobre os cursos da Uno-
este, mercado de trabalho, tempo de
formação, continuidade nos estudos e,
ainda, conheceram o Palácio de Espor-
tes e a Biblioteca do campus I.
“A atividade é parte do Projeto Co-
nhecimento Além da Escola (CAE), que
tem função interdisciplinar, cujo tema
profissões busca mostrar a educação
como fonte de satisfação”, ressaltou
Rose Maria de Oliveira Pontes, educa-
dora social da entidade.
As visitas fazem parte do Serviço
Educativo do Aecin, que tem por mis-
são facilitar à comunidade o acesso
aos bens culturais, promover ações
capazes de fomentar a participação
das pessoas e de estabelecer diálo-
gos interregionais e divulgar os re-
sultados dos trabalhos científicos e
técnicos desenvolvidos pelo local.
Visita Lar Santa Filomena
Exposição “O Olhar e o Ver”
Dia da Árvore
2ª Mostra de Projetos
Gisele Silva Araújo, acadêmica do 4º termo de Geografia, durante sua apresentação
Foto
Ced
ida
neepeghaecin
06 Caderno Faclepp06 Caderno Faclepp
ciências
Trinta e cinco alunos do 2º e 4º
termos de Ciências Biológicas da
Faclepp, junto com os professores,
Silvério Takao Hosomi e Luiz Wal-
demar de Oliveira, organizaram
uma excursão para “Observação
e descrição das diferentes fisio-
nomias da vegetação do Balneário
de Rancharia”. O passeio, no dia
28 de agosto, teve como objeti-
vo fazer com que os estudantes
colocassem em prática tudo que
aprenderam na sala de aula.
A egressa de Ciências Biológicas
da Faclepp, Thaís de Oliveira Mar-
tins, é pesquisadora e atualmente
se dedica a projetos que envolvem
felinos silvestres.
No início de 2011, a egressa orien-
tará o Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC) que será realizado com
pesquisas desenvolvidas na Cidade
da Criança, pela acadêmica Lívia
Donzelli Pereira, que cursa a mes-
ma graduação da egressa Thaís.
A egressa de Ciências Biológicas
da Faclepp, Amanda Seribeli, traba-
lha há cerca de um ano na empresa
Sina Bauru Alimentos Ltda, locali-
zada na cidade de Bauru (SP), onde
exerce a função de auxiliar na área
de Engenharia Química.
“A Faclepp foi a base para o início
da minha carreira profissional, me
dando todo o suporte e segurança
em busca da reflexão e soluções.
Sempre recebi boas informações de
um corpo docente altamente qualifi-
cado”, comenta a egressa.
Os alunos do 6º termo de Ciências
Biológicas da Faclepp, Bruno Carrino
e Heitor Garcia, estagiaram, durante
o mês de julho, no Projeto Tamar, na
base da cidade de Ubatuba. Os partici-
pantes tinham como principal função
a monitoria aos visitantes na base,
mas também se dividiam em limpeza
de tanques, pesca experimental, entre
outros.
Para os alunos, o período de estágio
valeu a pena. Segundo Heitor “a expe-
riência foi ótima” e é a partir dos está-
gios que pode crescer e se destacar na
faculdade. Bruno concorda com a opi-
nião do colega e acrescenta que o bom
desses programas é o que se aprende
e o contato com pessoas novas.
Dois trabalhos de iniciação cientí-
fica sobre evolução e melhoramento
genético de plantas foram apresen-
tados pelo professor orientador An-
tonio Fluminhan Júnior, no 56º Con-
gresso Brasileiro de Genética, entre
os dias 14 e 17 de setembro, no Cen-
tro de Convenções do Casa Grande
Hotel Resort, no Guarujá (SP).
Os trabalhos apresentados foram
“Seleção de Cultivares de Mamona
Adaptadas às Condições Edafocli-
máticas da Região Oeste Paulista e
Avaliação das Propriedades Físico-
Químicas do Óleo de suas Sementes”
dos acadêmicos do 5º termo de Ci-
ências Biológicas da Faclepp, Robson
Luiz Costa dos Santos e Bruno Me-
legari de Souza Almeida, e “Análise
da Instabilidade Cromossômica e
Capacidade de Regeneração de Plan-
tas em Cultivos Celulares Imortaliza-
dos de Milho”, de autoria de Priscila
Rocha Gonçalves e Franciele Souza
Soares, do 6º termo de Ciências Bio-
lógicas, que concorreu ao prêmio ca-
tegoria pôster.
Franciele enfatizou que a apresen-
tação do trabalho proporciona maior
visibilidade à pesquisa desenvolvida
na Unoeste. “É bom tudo isso ser
mostrado e apresentado a outras
instituições”.
Egressa trabalha em empresa de Bauru
Egressa orienta TCC na Cidadeda Criança
Alunos fazemestágio no Projeto Tamar
Alunos visitam Balneário de Rancharia
Faclepp é representada em Congressode Genética
Os acadêmicos Priscila Gonçal-ves, Franciele Soares, Bruno Almeida e Robson Santos
Professor Antonio Fluminhan Jú-nior durante o evento realizado no Guarujá (SP)
Heitor Garcia (abaixado de boné) durante visitação no Aquário de Ubatuba
Foto CedidaFoto Cedida
Foto Cedida
Foto Cedida
Foto Cedidabiológicas
07Caderno Faclepp
educação artística
A acadêmica Suzana Martins de
Lima, do 6º termo de Educação Artís-
tica da Faclepp, foi aprovada no con-
curso público para professor da rede
estadual, promovido pela Secretaria
de Educação do Estado de São Paulo.
“Acredito que a faculdade, com sua
estrutura e corpo docente, me prepa-
rou para esse ótimo resultado”, con-
ta a aluna que por estar em semana
de prova não teve tempo de estudar
o conteúdo exigido no edital, e fez a
prova apenas com os conhecimentos
adquiridos na universidade.
Em outubro de 1951, quase ses-
senta anos atrás, acontecia a 1ª
exposição, na Avenida Paulista,
capital, exatamente onde hoje está
localizado o prédio do Masp, num
galpão preparado para o evento,
no parque Trianon.
Com 15 anos, na flor da minha ju-
ventude e influenciada por Mer Ma-
rie du Redemptor, minha professora
de Desenho do Colégio Des Oise-
aux, incentivadora das artes, lá fui
eu conhecer a 1ª Bienal Internacio-
nal de Artes de São Paulo.
O responsável pelo evento foi Cic-
cillo Matarazzo e fazia parte de um
pacote de realizações como a cria-
ção do TBC (Teatro Brasileiro de
Comédias), em 1948, da Vera Cruz,
indústria cinematográfica e do MAM
(Museu de Arte Moderna), ambos
em 1949.
A capital dos paulistas era o centro
cultural do país.
Na 1ª Bienal, 23 países estavam re-
presentados, fora os artistas nacionais,
e 1.800 obras foram apresentadas.
Lembro-me bem das cabeças
das mulheres visitantes, com seus
chapéus que a moda obrigava. Era
chique!
Quem passa pelo calçadão do
Campus I da Unoeste pode apre-
ciar a intervenção artística “Entre
Verdes”, produzida pelo 1º ter-
mo de Artes Visuais da Faclepp.
Painéis de madeira circulares
pintados de forma harmoniosa
com repetição de módulos ori-
ginais foram pendurados entre
os troncos de árvores para pro-
mover a interação entre a arte, o
verde e o público que passa pelo
local.
Aluna é aprovada em concurso público
As Bienais de Arte de São Paulo
No dia 5 de outubro, o 2º termo
de Artes Visuais e o 6º de Educação
Artística, foram até o Spart Cultu-
ral, para aprimorar seus conheci-
mentos relacionados à arte com
a mostra “Takeo Sawada, Aquare-
las”, composta por 40 telas produ-
zidas entre 1962 e 1998. “Sawada
foi um artista representativo da
pintura aquarela. Ver suas obras
é estabelecer um contato sensível
com as formas visuais presentes
nos trabalhos expostos”, diz Zenil-
da Pasquini.
Acadêmicos visitamSpart Cultural
“Entre Verdes” divulga a artepública
Em relação aos quadros e escul-
turas, minha memória é falha para
relacionar tudo que vi e admirei,
mas posso garantir que Picasso
me impressionou tanto que na 2ª
Bienal lá estava eu a procura do
artista e me deparei com a “Guer-
nica”. Até hoje sou deslumbrada
pela mensagem deste homem,
que registrou para o mundo jamais
esquecer as violências de um go-
verno ditatorial. O mundo chorou
com a Espanha diante desta obra e
Franco foi odiado.
Era 1953 e a Bienal da Guernica,
com ficou conhecida, foi instala-
da no Pavilhão Ciccíllo Matarazzo,
concebido e projetado
por Oscar Niemeyer
e Roberto Burle Max,
no parque Ibirapuera,
hoje mais conhecido
como prédio da Bienal.
Até 1963, por seis
edições, a exposição
se repetiu. De 1965
até 1973, instalado o
regime militar no país
a arte de vanguarda é suspensa.
A partir de 1977, com núcleos te-
máticos estabelecidos, as bienais
retornam com sucesso. Das diver-
sas curadorias a de Valter Zanini
resgata o prestígio das bienais e
merece referências.
Eu que assisti a todas as 28 bie-
nais, considero a de 2000, come-
morativa dos 500 anos de desco-
brimento do Brasil, que aconteceu
também no Ibirapuera, um espetá-
culo a parte. Embarquei para a ex-
cursão cultural do curso de Artes
Visuais da Unoeste, para ver a 29ª
Bienal.
Ver, in loco, todas as bienais é ter
a certeza que minha bagagem cul-
tural cresceu em cada uma delas.
Eu sou privilegiada.
Mariângela Ferreira da Cunha Marcondes,
docente
Zenilda Pasquini
“Guernica”
artes visuais
física
08 Caderno Faclepp
A egressa de Física, da Faclepp,
Maria Salete Battilani é professo-
ra da Escola Estadual Antonio Al-
meida Prado, em Iepê (SP), e junto
com três alunos do ensino médio
participou, entre os dias 26 de se-
tembro e 1º de outubro, da VI Jor-
nada Espacial da Agência Espacial
Brasileira (AEB), em São José dos
Campos (SP).
O evento reuniu os alunos com os
melhores desempenhos na Olimpía-
da Brasileira de Astronomia e Astro-
náutica e tiveram contato com pro-
fissionais de institutos renomados
da área de física, astronomia, entre
outros. “Com certeza essa é uma ex-
periência muito importante na vida
desses estudantes e professores”,
explica Battilani.
Por ter adaptado o livro “Sobre os
Ombros de Gigantes: uma História
da Física”, do autor Alexandre Cher-
man, para uma peça teatral, a docen-
te recebeu convite para participar de
diversos EREA (Encontro Regional de
Ensino em Astronomia), e inclusive
foi a responsável por trazer o evento
para a cidade de Iepê.
Battilani também é formada em
Química e diz que mesmo atuando
no interior é possível projetar-se
nos grandes centros. “O segredo
do sucesso está na determinação
e em acreditar no seu potencial e,
principalmente, nos alunos”, diz.
Outra dica dada pela professora é
manter contato com profissionais
de outras instituições e atualizar-
se constantemente. “A Faclepp foi
muito importante na minha forma-
ção pelos profissionais competen-
tes que nela atuam e com o quais
mantenho contato e amizade até
hoje”, finaliza.
“Além de trazer grande satisfação e recompensa para professores, gesto-
res, diretoria e alunos, indica que estamos entre as melhores faculdades
do país”, comenta Cássio Fabian de Campos, novo coordenador de Física
O curso de Física Faclepp obte-
ve conceito 4 na Avaliação de Re-
novação do Reconhecimento do
Curso, realizada a cada três anos
pelo Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), do Ministério da
Educação (MEC). A vistoria foi reali-
zada entre os dias 29 de setembro
e 1º de outubro de 2010, por dois
pós-doutores em física, um da Uni-
versidade Federal do Pará (UFPA) e
outro do Centro Brasileiro de Pes-
quisas Físicas (CBPF).
Foram avaliados o corpo docente,
a organização do curso, assistência
aos alunos e questões estruturais
como os laboratórios de física, quí-
mica e informática, secretaria, di-
retoria e biblioteca. A nota varia de
1 a 5 e, segundo Cássio Fabian de
Campos, o novo coordenador de Fí-
sica, o conceito 4 demonstra a ca-
pacidade e seriedade na formação
de novos profissionais. “Além de
trazer grande satisfação e recom-
pensa para professores, gestores,
diretoria e alunos, indica que esta-
mos entre as melhores faculdades
do país”, comenta.
Mercado de trabalho - A graduação
em Física existe há 34 anos e desde
então prepara os profissionais para
atuar em diversas áreas do merca-
do. “É preciso deixar claro que o fí-
sico não é aquele profissional feito
apenas para dar aula, será docente
se ele quiser e não é uma obrigação
ou destino final”, explica Campos.
Segundo ele é possível trabalhar
em institutos de pesquisas como
a Comissão Nacional de Energia
Nuclear, Instituto de Pesos e Me-
didas, Instituto de Perícias Crimi-
nais, Centro de Desenvolvimento
Tecnológico, Petrobrás, institutos
que utilizam materiais radioativos,
institutos aeroespaciais, na área
médica, editorias, consultorias e
empresas que necessitem de um
físico para o desenvolvimento de
suas atividades.
“As áreas são amplas. O aluno
também pode dar continuida-
de aos seus estudos nas espe-
cializações, mestrados e, pos-
teriormente, em doutorado no
país e no exterior”, diz. Antes
de ingressar no corpo docente,
Campos trabalhou no laborató-
rio da Universidade Estadual de
Londrina (UEL), onde se formou,
na parte de Cristalografia que
determinava a rede cristalina de
estruturas através de difração de
raios-x. Durante o mestrado de-
senvolveu trabalhos no Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE) com a parte de propulsão
de jatos para correção de mano-
bras e alinhamentos de satélites.
“A docência é uma área maravi-
lhosa e não me arrependo de ser
professor em nenhum momento,
pois ensinar jovens e mostrar que
a física está presente no seu dia
muito mais do que pensa é fasci-
nante”, conclui.
A docente Maria Salete Battilani e o astronauta Marcos Pontes
Egressa de Física participa de eventoda Agência Espacial Brasileira
Curso obtém conceito 4 do MEC
Ector Gervasoni
Foto Cedida
09Caderno Faclepp
filosofia
O mercado de trabalho para os
filósofos, diferente do que muitos
pensam, vai além da docência. O
curso de Filosofia da Faclepp pre-
para o profissional para ministrar
também conhecimentos que com-
preendem outras áreas das Ciên-
cias Humanas. “Buscamos formar
pessoas capazes de organizar e
transmitir um pensamento com-
plexo e racional, intérprete e for-
mador de opinião”, explica o coor-
denador do curso, Gustavo Cunha
Bezerra.
Desde 2008, a Lei Federal nú-
mero 11.684 estabelece a filoso-
fia como disciplina obrigatória no
ensino médio público e particular.
“Assim, além de aumentar as va-
gas para professores, o que inclui
os concursos públicos, exige pro-
fissionais para a elaboração de ma-
teriais didáticos”, comenta Bezer-
ra. Outra novidade é a inclusão da
Filosofia nas disciplinas exigidas
do vestibular da Vunesp que, se-
gundo o próprio blog da fundação,
conduz os alunos ao hábito de re-
fletir sobre a natureza do conheci-
mento e da verdade, além das re-
lações entre o homem e o mundo.
De acordo com Bezerra, o egres-
so ainda pode atuar na análise e
julgamento de obras artísticas e
literárias, com autoria de artigos
para jornais, revistas e demais
editorias. Outra vertente é a espe-
cialização em Filosofia Clínica que
utiliza os conhecimentos da filoso-
fia acadêmica para a terapia, com
objetivo de reconhecer os conflitos
existenciais das pessoas e trabalhar
para amenizá-los. No Brasil, esse
método foi desenvolvido por Lúcio
Packter e o filósofo clínico pode tra-
balhar em clínicas particulares, hos-
pitais, escolas, empresas, institui-
ções públicas da área de humanas,
consultoria ética, pesquisas, entre
outros.
Mais uma alternativa que ganha
mercado a cada dia é a Filosofia e
Gestão, com alguns livros publica-
dos sobre o assunto, que foca o uso
do pensamento crítico na tomada de
decisão. De acordo com Rolando Al-
meida, filósofo e autor do blog A Fi-
losofia no Ensino Secundário (http://
filosofiaes.blogspot.com), um ges-
tor estará mais seguro se possuir
“formação sólida no raciocínio e
souber pensar com consequência”.
Ele ainda explica que o pensamento
crítico é baseado no conhecimento
das regras da lógica informal aplica-
das ao raciocínio em geral.
No campo da pesquisa científi-
ca, o egresso pode desenvolver
estudos sobre o comportamento
do fazer científico na contempo-
raneidade, quanto no trabalho de
revisão das teorias já existentes.
Há também quem faça a opção por
ser consultor ético, com atuação
em instituições hospitalares, na re-
visão de processos judiciais e em
ONGs de incentivo de projetos so-
ciais e culturais. “É importante res-
saltar que o filósofo pode atuar em
diversas áreas além da docência e
que são campos em crescimento”,
finaliza Bezerra.
Filósofos podem atuar em diversas áreas
Café filosófico
Novos livros
O 18º Café Filosófico, promovi-
do pela Faclepp em parceria com a
Secretaria Municipal de Cultura, foi
realizado no Salão do Livro de Pre-
sidente Prudente, no dia 16 de ou-
tubro, e fazia parte da programação
do Cinepop. Neste encontro o vídeo
“Adeus às ilusões”, do Café Filosó-
fico da CPLF/TV Cultura, do autor
Renato Janine Ribeiro, foi exibido
aos participantes e discorreu sobre
as idealizações dos apaixonados.
“Foi bastante interessante e os pre-
sentes ficaram bem atentos, pois
os exemplos eram personagens da
literatura”, explica o organizador
do evento e professor da Faclepp,
Gustavo Cunha Bezerra.
Os alunos de Filosofia já podem
contar com mais 42 obras da área,
recentemente adquiridas pela Rede
de Bibliotecas da Unoeste. Os li-
vros são de assuntos diversificados
e de autores como Marilena Chauí,
Newton Bisnotto, André Comte-Spo-
ville, Umberto Eco, Kant, Foucault,
Nietzsche, Rousseau, Satre, entre
outros. Para consultar o acervo, é só
procurar uma das três Unidades de
Informação (campi I e II da Unoes-
te e Hospital Regional de Presidente
Prudente) ou pela internet no site da
Unoeste.
Com uma ideia que partiu dos pro-
fessores e da coordenação do curso
de Geografia da Faclepp, 35 alunos,
acompanhados pelos docentes Dé-
cio Lima Vasconcelos Junior, Marcos
Lupércio Ramos e Dionízia Estevam,
foram até Poços de Caldas (MG), en-
tre os dias 5 e 7 de setembro.
“O objetivo dessa atividade foi
proporcionar vivência prática de
todas as aulas teóricas sobre re-
levo, vegetação, clima e economia
de todo o trajeto percorrido de
Prudente a Poços de Caldas”, ex-
plica Décio. Foram cerca de 620
km rodados até a cidade minei-
ra, que foi escolhida por abrigar
a maior caldeira vulcânica extinta
do planeta, águas hidrotermais,
rochas magnéticas, relevo de Ma-
res de Morros, fábricas de cristais,
cosméticos e perfumes, minera-
ção de bauxita, cachoeiras, entre
outros aspectos.
“Foi maravilhoso e emocionante
ver pessoalmente o que apenas ti-
nha visto em livros. É um conheci-
mento e uma experiência que ser-
virá para minha vida profissional,
principalmente quando for docen-
te, pois poderei falar que vi com
meus próprios olhos”, comenta a
aluna Janaína Aparecida da Silva,
do 6º termo.
Além do conhecimento in loco e
a elaboração de relatório sobre o
trabalho de campo, Décio ressalta
a importância da vivência entre os
colegas e docentes. “A Geografia
estuda toda a relação do homem
com o meio ambiente e nada me-
lhor do que ir a campo para apro-
fundar e adquirir experiência”, fi-
naliza o professor.
Alunos e docentes no Parque Varvito, em Itu (SP)
Alunos fazem trabalho de campo em Poços de Caldas (MG)
Fórum do Meio Ambiente apresenta estratégias e projetos de EducaçãoAmbiental para a região
10 Caderno Faclepp
Foto Cedida
Mais de 300 pessoas ouviram as as
propostas educativas para o desen-
volvimento local, sustentabilidade
ambiental e social, no III Fórum Re-
gional de Meio Ambiente da Unoeste,
no dia 21 de outubro, no VIII Encon-
tro Anual de Extensão (Enaext), que
integrou o Enepe.
“A participação como debatedora
propiciou um espaço importante para
aprofundar as questões a respeito do
meio ambiente e discutir a temática
ambiental tendo como foco a Educa-
ção para a Preservação da Biodiversi-
dade”, explica a Alba Regina Azevedo
Arana, diretora da Faclepp.
O Fórum contou com a presença
de várias lideranças regionais, além
do gerente de Gestão Estratégica
da diretoria de coordenação e meio
ambiente da Itaipu Binacional, Oda-
cir Fiorentin, e do pesquisador bri-
tânico associado do Jardim Botânico
Real, Philip Seaton.
A Faclepp também contribuiu com
a organização da I Exposição de Pro-
jetos Ambientais Regionais, tendo
como mediadoras as docentes Maria
Helena Pereira de Oliveira e Graziella
Plaça Orosco de Souza. Foram ex-
postos trabalhos desenvolvidos no
Neepegh como fotografias do Proje-
to “O Olhar e o Ver”, apresentação
de comunicações orais e painéis dos
projetos “Tipos de ameaças a tarta-
rugas marinhas no litoral brasileiro”,
e “Manhã de Reflorestamento em Co-
memoração ao Dia da Árvore”. A ex-
posição contou ainda com projetos
de educação ambiental regionais.
“A exposição no Fórum foi uma for-
ma de divulgar o trabalho desenvol-
vido pelo Neepegh e despertar uma
nova forma de ver o meio ambiente
que nos cerca através do olhar do
acadêmico,” explica Graziella super-
visora do Neepegh.
Hortas Suspensas - Desenvolvi-
do pelos acadêmicos de Ciências
Biológicas, Heitor Garcia e Thia-
go Nery Santiago, o projeto com
orientação dos professores Anto-
nio Fluminhan Júnior e Graziella
também fez parte da exposição.
“A importância do projeto é levar
uma alimentação saudável, livre de
agrotóxicos e que seja cultivado
em pequenos lugares, ressaltando
sempre a utilização de materiais
reciclados”, explica Heitor Garcia.
“Odacir Fiorentin, da Itaipu
Binacional, nos mostrou
de forma prática a gestão
participativa. Ou seja, os
projetos são elaborados
a partir de reuniões com
a população residente
nas microbacias para
implantação de projetos
de educação ambiental.
A proposta nasce da
necessidade real da
comunidade e não é levada
a eles sem saber o que
necessitam. É um exemplo
a ser seguido”. Maria
Helena Pereira de Oliveira,
coordenadora do curso de
Geografia
geografia
história
11Caderno Faclepp
A partir de 2010, os historiadores
passarão a ter o seu próprio dia. O
Dia Nacional do Historiador será co-
memorado em 19 de agosto, data
que remete ao natalício do intelectu-
al pernambucano Joaquim Nabuco,
que exerceu uma série de ativida-
des, como, por exemplo, a de diplo-
mata, político e historiador. Além
disto, Nabuco foi grande opositor à
escravidão e um dos fundadores da
Academia Brasileira de Letras (ABL).
Em 2011, será implantado o cur-
so de especialização Latu Sensu em
“História, Sociedade e Cultura”. Com
disciplinas como trabalho e traba-
lhadores, arte e humanidades, gê-
nero, imaginário, cultura, sociedade
e política, o curso tem por objetivo
ampliar e aprofundar as discussões
sobre os temas acima, enfocando
principalmente a História do Brasil.
Será voltado para egressos, profes-
sores da rede e demais profissionais
das Ciências Humanas. Professores
da Faclepp e professores convidados
de outras universidades farão parte
do corpo docente. As linhas de pes-
quisa serão Ensino de História, Histó-
ria e Cultura, História e Política.
Dois passos para frente e um
para traz. A profissão de historia-
dor vive um paradoxo: de um lado
a tramitação do reconhecimento
da profissão e do outro o projeto
de lei que autoriza a eliminação
completa dos autos findos e arqui-
vados há mais de cinco anos.
De acordo com o docente Ricardo
Pires de Paula, a ANPUH (Associação
Nacional de História) redigiu uma
moção de repúdio ao projeto de lei,
do qual docentes e acadêmicos da
Faclepp participaram do abaixo-as-
sinado a favor do manifesto. Leia os
principais trechos do documento:
“A ANPUH (Associação Nacional
de História) torna público seu re-
chaço ao art. 967 do Projeto de
Lei do Senado n. 166 que institui
o novo Código do Processo Civil
(Projeto de Lei nº 166), que foi
apresentado em 8 de junho de
2010. Em total desrespeito ao di-
reito de preservação da memória e
das regras arquivísticas mais ele-
mentares, este artigo do projeto
vem reforçar e dar margem a pro-
cedimentos que permitem apagar
o passado. O texto restaura, na
íntegra, o antigo artigo 1.215 do
atual Código do Processo Civil,
promulgado em 1973, que auto-
rizava a eliminação completa dos
autos findos e arquivados há mais
de cinco anos, “por incineração,
destruição mecânica ou por outro
meio adequado”. Em 1975, depois
de ampla mobilização da comu-
nidade nacional e internacional
de historiadores e arquivistas, a
vigência desse artigo foi suspen-
sa pela Lei 6.246. Além de grave
agressão à História, a proposta
também fere direitos constitucio-
nais de acesso à informação e de
produção de prova jurídica. Ape-
lamos ao Presidente desta casa e
aos senhores senadores para que
não cometam mais esta agressão
contra a história do país. Concla-
mamos a todas as instituições
que se interessam pela defesa da
memória do país que façam coro
a este nosso protesto, para que
este artigo possa ser retirado do
corpo do projeto do novo Código
do Processo Civil”.
Regulamentaçãoda profissão dehistoriador aguardaaprovação do Senado“Há muito tempo os professores de
História lutam para ter reconhecida a
profissão de historiador”. Por mais que
haja curso de bacharelado em várias
universidades, explica o docente Ri-
cardo Pires de Paula, a profissão nunca
chegou a ser regulamentada, com a
instituição de formas de ingresso, car-
reira e salários. O projeto de lei em tra-
mitação no Congresso teve sua análise
suspensa devido ao processo eleitoral
e deverá retornar aos debates somen-
te em 2011.
O projeto de lei PLS 368/09 é do se-
nador Paulo Paim e teve como relator
o senador Cristovam Buarque. Esta
aprovação não significa a proibição
do exercício por aqueles que não pos-
suem diploma de graduação, mestrado
ou doutorado em História. No entanto,
garante, em concursos públicos, vagas
aos indivíduos com formação na área.
Vagas para o magistério estão incluí-
das nesta mudança, bem como, esta-
belece a necessidade de participação
do historiador na avaliação e seleção
de documentos para preservação, na
organização de informações para ex-
posições, publicações e eventos, em
serviços de pesquisa, e, ainda, a elabo-
ração de pareceres, relatórios, planos,
projetos, laudos e trabalhos sobre te-
mas históricos.
Ao votar pela aprovação, Cristo-
vam Buarque destacou que, atual-
mente, o campo de atuação do his-
toriador não é mais restrito às salas
de aulas, museus e centro culturais.
A atuação do profissional se estende
a empresas do campo do turismo,
da publicidade, do jornalismo, do ci-
nema e da televisão. Pela crescente
importância deste ofício, o senador
vê a regulamentação como meio le-
gal de reconhecimento e valorização
da profissão.
De acordo com pesquisa realizada
pelo site CareerCast.com e publica-
da no The Wall Street Journal, no dia
5 de fevereiro de 2010, o exercício
profissional do historiador foi defini-
do como a 5ª melhor profissão nos
EUA no ano de 2009. A metodologia
da pesquisa teve como critérios ren-
da, demandas físicas, estresse, am-
biente do trabalho e empregabilida-
de. A pesquisa ainda aponta que o
salário inicial de um historiador está
em 34 mil dólares anuais.
5ª melhor profissão
Dia Nacionaldo historiador
Um atentado aMemória Nacional
Pós-graduação em História
letras
12 Caderno Faclepp
A viagem cultural para a cida-
de de São Paulo levou, recen-
temente, cerca de 35 alunos, a
coordenadora Luciane Cachefo,
e as professoras Marta Malacrida
e Sonia Molina do curso de Le-
tras da Faclepp. O passeio é feito
anualmente, proporcionando aos
alunos a oportunidade de conhe-
cer pontos históricos e turísticos
da capital.
Esse ano os estudantes visita-
ram o Museu da Língua Portu-
guesa, a Pinacoteca da cidade,
e assistiram, ainda, ao musical
“Gypsy”, da Broadway. “Nós, en-
quanto universitários, temos que
aproveitar momentos de vivência
e aprendizagem como estes”,
ressaltou o aluno Lucas Sotocor-
no da Silva.
O curso de Letras da Faclepp assis-
tiu no dia 25 de agosto, no Teatro
César Cava, a peça ‘O Grande Ceri-
monial’, da Kaus Cia. Experimental de
São Paulo. A apresentação fez parte
do XVII Festival Nacional de Teatro de
Presidente Prudente (Fentepp).
Cerca de 70 alunos foram à exibi-
ção, e aprovaram o evento. “Partici-
par de atividades deste segmento é
de grande valia, pois contribui para
um enriquecimento cultural”, conta
Renata Ninello, do 4º termo.
“Esteja o aluno como espectador
ou como figurante, o teatro é um
poderoso meio para gravar na sua
memória um determinado tema, ou
para levá-lo, através de um impac-
to emocional a refletir sobre deter-
minada questão moral”, diz Lucia-
ne Cachefo.
Recém formadas em Letras pela Fa-
clepp, Carla Nascimento, Leslie Couti-
nho e Ana Carolina Borro foram apro-
vadas em concursos públicos para o
cargo de professora de inglês.
Nascimento e Coutinho foram se-
lecionadas para lecionar a matéria
na editora TOKA, de Martinópolis,
que ganhou licitação da Prefeitura
de Presidente Prudente para ensi-
nar a Língua Inglesa no Projeto Ci-
dade Escola. Borro foi aprovada no
começo de 2010 no concurso do
Estado de São Paulo, onde con-
quistou uma vaga na Educação
Básica II.
Segundo a coordenadora do curso,
Luciane Cachefo, esse ótimo resul-
tado também é uma vitória para a
faculdade. “Isso nos motiva a melho-
rar cada vez mais e nos mostra que
estamos no caminho certo, sempre
em busca da excelência no ensino”,
afirma Luciane.
Egressas são aprovadas em concurso
Leslie Coutinho, Luciane Cachefo e Carla Nascimento
Ana Carolina Borro
Aluno lança ficção no Salão do Livro
Alunos participamdo XVII Fentepp
Viagem cultural a São Paulo
“Sempre gostei de ler. Meu pai
comprava livros desde que eu era
pequeno e aos 10 anos comecei a
escrever”. Assim, o jovem Tiago
Troian Trevisan, 19 anos, iniciou sua
fala no lançamento do seu primeiro
livro “O Castelo Workforeh”, no dia
23 de outubro, durante o Salão do
Livro de Presidente Prudente.
Tiago está no 4º termo do curso
de Letras na Faclepp, onde é bolsista
pelo ProUni (Programa Universidade
para Todos), com bolsa de 100%. A
escolha pela graduação se deve jus-
tamente pelo seu interesse na leitura
e escrita.
Durante o lançamento da obra, os
pais Wagner Luiz e Josefa Celina Tre-
visan não escondiam a satisfação de
ver o sonho do filho realizado. “Esta-
mos muito felizes por este momen-
to”, ressaltaram.
O jovem escritor sempre esteve en-
volvido em atividades do gênero. Ele
participou do Concurso Literário de
Presidente Prudente com o conto “Me-
mórias”. Já a obra “O Castelo Workfo-
reh” faz parte da série “Caçadores de
Aventura”, na qual Tiago já iniciou a
continuação intitulada “Penumbra”.
Conheça a história - “Toda manhã,
os amigos Barbara, Gustavo, James
e Shirley, quando voltavam da es-
cola para suas casas, passavam em
frente ao monstruoso e enigmático
Castelo Workforeh que pertencera
há muitos anos a uma família rica e
tradicional de Witadel – a pequena
cidade do interior onde moram –
que lhe deu nome.
Certo dia, observando o gigan-
tesco castelo, decidem entrar para
comprovarem a si mesmos se as
lendas que contam são verdadei-
ras. Aproveitando um feriado pro-
longado que se aproxima fazem
todos os preparativos para tal ta-
refa. Afinal, o que encontrarão em
seu interior?
Foto Cedida
Foto Cedida
13Caderno Faclepp
matemática
“A matemática pode ser compre-
endida como um instrumento vivo,
belo e necessário”, afirmou João Fre-
derico da Costa Azevedo Meyer, que
ministrou a palestra Modelagem Ma-
temática no 1º Movimento de Cons-
cientização à Matemática. Promovi-
do pela Unoeste em parceria com a
Universidade Estadual Paulista “Júlio
de Mesquita Filho” (Unesp), o even-
to foi realizado em 17 de agosto,
no Teatro César Cava. Cerca de 450
pessoas entre docentes, acadêmi-
cos, além de alunos e professores
do 3º ano do Ensino Médio da Rede
Pública de Ensino de Presidente Pru-
dente estiveram presentes.
O professor afirmou que o even-
to valoriza o trabalho do docente
e incentiva os alunos. “Me emocio-
nei com a receptividade do públi-
co. É gratificante colaborar com
esta atividade, que mostra a im-
portância da matemática em nos-
sas vidas”.
A docente de Química e Matemáti-
ca, Rebeca Delatore Simões Guerino,
participou do Eighth Internacional
Conferecen on Foam Materials & Te-
chnology, em Seatle, no estado de
Washington, nos Estados Unidos,
entre os dias 28 de setembro e 1º de
outubro de 2010.
“Decidi participar porque é uma
conferência de caráter internacional
e multidisciplinar (Física, Química,
Matemática e Engenharia de Mate-
riais). Os temas apresentados estão
diretamente ligados a uma das mi-
nhas linhas de pesquisa e enquanto
pesquisadora é necessário estar atu-
alizada sobre as novidades apresen-
tadas por outros centros e estabele-
cer parcerias de trabalho”, explica.
Guerino ainda fala que esses even-
tos auxiliam a elucidar dúvidas que,
muitas vezes, não são explicadas em
artigos, além de ser importante relatar
e incentivar os alunos com as experi-
ências adquiridas nessas ocasiões.
A I Semana da Matemática, pro-
movida pelo curso de Matemática
da Faclepp, foi realizada entre os
dias 13 e 15 de outubro. Segun-
do a coordenadora da graduação,
Carmen Lúcia Kohl Martinez Paz,
os temas das palestras foram esco-
lhidos juntamente com os alunos.
Para abrir a semana, os 42 partici-
pantes contaram com a presença
da professora Jaqueline Batista de
Oliveira, de Pedagogia da Faclepp,
que falou sobre “Os conflitos inter-
pessoais na escola e a relação pro-
fessor aluno”, temática trabalhada
em sua tese de doutorado.
No segundo dia, a professora Ra-
quel Gomes Oliveira, da Unesp de
Presidente Prudente, ministrou a
oficina “Investigação Matemática”. O
fechamento ficou a cargo da profes-
sora e psicóloga Renata De Luca, que
tratou sobre “Mal estar do docente”,
com informações a respeito das do-
enças relacionadas à docência.
Docente participa de evento nos EUA
I Semana da Matemática
Matemática como parte do cotidiano
Foto Cedida
Se digitar ‘ofertas de empregos
para Matemáticos’ no Google vai
gastar um bom tempo conferindo os
1.080.000 resultados da pesquisa.
Nada mal para a ciência dos núme-
ros. Sobretudo, sobram vagas nos
cursos de graduação e no mercado
de trabalho, é o que afirma João Lu-
cas Barbosa, presidente da Sociedade
Brasileira de Matemática.
Derrubar o mito de que a Matemática
é o bicho-de-sete-cabeças para a maio-
ria dos estudantes, depende muito do
que afirmam os docentes e da metodo-
logia utilizada em sala de aula.
“Quem consegue aprender a Ma-
temática considera que ela é a ciên-
cia mais fácil do mundo. E por uma
razão muito simples: na Matemáti-
ca você não precisa decorar nada.
É uma ciência lógica, você deduz
tudo. E ela é uma linguagem. A lin-
Sobram vagas para Matemáticos
guagem das ciências”, explica o
presidente.
De acordo com a coordenadora de
Matemática da Faclepp, Carmen Lú-
cia Kohl Martinez Paz, o matemático
pode atuar como professor universi-
tário ou no ensino médio e secundá-
rio, ou trabalhar em empresas.
Mas a falta de profissionais qua-
lificados na área de Matemática
vem causando um problema para
as instituições públicas. Nos con-
cursos para professor, sobram
vagas. A consequência é a valori-
zação salarial. De acordo com o
coordenador da área de Matemá-
tica do Instituto Federal de Educa-
ção, Ciência e Tecnologia do Piauí
(IFPI), professor Raimundo Mene-
zes, o salário chega a R$ 8 mil.
O egresso de Matemática Edinilson
Sales Ramos é coordenador nacional
de Merchandising da Regina Festas.
Edinilson sempre gostou de números e
seu trabalho é puramente matemático.
Ele coordena uma equipe de 135 pes-
soas e tem que lidar diariamente com
custo/benefício, faturamento, leitura e
elaboração de planogramas, entre ou-
tras coisas.
Os profissionais da Matemática
Aplicada estão atualmente trabalhan-
do ou estagiando em empresas como
Petrobrás, IBM, Banco Itaú, Dimensi,
Upside, Robeco, Risk Control.
O salário do matemático em em-
presas varia entre R$ 3 e R$ 5 mil.
O professor Aguinaldo Ricieri, físico
de formação, mas matemática por
paixão já recebeu 3 milhões de reais
por um trabalho.
Que tal começar a enxergar a Ma-
temática com outros olhos, ou me-
lhor, a partir desses números?
14 Caderno Faclepp
No final do primeiro semestre, a
professora Marli de Oliveira Rodri-
gues, de Pedagogia, participou de
dois eventos em Brasília (DF). Entre
os dias 24 e 27 de maio a docente
esteve no Seminário Internacional “A
escola aprendendo com as diferen-
ças” e o VI Seminário do Programa
“Educação Inclusiva: direito à diver-
sidade”. Os eventos contaram com
a participação de 163 cidades, que
representaram todos os estados do
país e o Distrito Federal. O objetivo
foi disseminar a política nacional de
educação especial, além de sociali-
zar práticas que obtiveram êxito no
atendimento educacional das pesso-
Entre os dias 22 e 24 de setembro,
os professores da Faclepp, Cláudio
Roberto Brocanelli, de Filosofia, Ra-
quel Rosan Christino Gitahy e Rena-
ta Portela Rinaldi, ambas de Peda-
gogia, participaram do VII Simpósio
“Científico-Cultural: Educação, Tec-
nologia e Desenvolvimento Susten-
tável - SCIENCULT”, na Universida-
de Estadual de Mato Grosso do Sul
(UEMS), na Unidade Universitária de
Paranaíba.
Durante o evento vários simpó-
sios discutiram as temáticas so-
bre Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC) e Educação,
além de palestras para o público
em geral a respeito da “Formação
de Professores e os desafios da
educação online”, ministrada por
Rinaldi. Foram lançados também
dois livros: “Educação, Tecnologia
e Desenvolvimento Sustentável” e
“Concepções e trajetórias de pes-
Raquel Rosan Christino Gitahy, Cláudio Roberto Brocanelli e Renata Portela Rinaldi
Docentes participam de evento no Mato Grosso do Sul
Docente participa de eventos no Distrito Federal
Foto Cedida
Marli de Oliveira Rodrigues
Foto Cedida
Foto Cedida
Em comemoração ao Dia das Crian-
ças, órgãos públicos, entidades so-
ciais e 20 acadêmicos do curso de
Pedagogia da Faclepp promoveram
uma grande festa para cerca de 500
crianças moradoras dos bairros Mo-
rada do Sol e Francisco Belo Galindo.
O ‘Criança Fest’ foi realizado no dia
16 de outubro, na quadra da Casa da
Sopa e contou atividades culturais,
recreativas, além da distribuição de
suco, lanches e brinquedos para to-
das as crianças. Os universitários da
Unoeste ficaram responsáveis pelas
atividades durante todo o evento.
Pedagogia participa do Criança Fest
as com deficiência. Desde 2003,
Presidente Prudente é município-
polo do Programa de Educação In-
clusiva, no qual Rodrigues é uma
das coordenadoras.
De 8 a 11 de junho, a docente
esteve no II Encontro Nacional de
Fortalecimento do Conselho Esco-
lar. Promovido pelo MEC, o aconte-
cimento teve por ação a formação
técnica de municípios, estados e
Distrito Federal, como apoio a efe-
tivação da gestão democrática da
educação, ou seja, promover uma
maior autonomia das escolas em
decidir os assuntos mais interes-
santes e adequados ao contexto
quisas em Educação”. Ambas as
publicações tiveram quatro capí-
tulos formulados com a contri-
buição dos docentes.
Brocanelli, Gitahy e Rinaldi inte-
gram também o corpo docente do
Programa de Pós-Graduação em
Educação (Mestrado) da Unoes-
te. Para eles, a participação nesse
tipo de evento e a publicação de
artigos, capítulos de livros e livros
contribuem para envolver e incen-
tivar os alunos a divulgarem os
resultados obtidos por meio das
pesquisas de dissertação nos tra-
balhos de graduação.
da comunidade onde está inserida.
“A participação nesses eventos favo-
rece a ampliação dos conhecimen-
tos nas disciplinas que ministro no
curso de Pedagogia”, comenta Ro-
drigues.
pedagogia
química
15Caderno Faclepp
Entre os dias 14 e 18 de junho
foi realizado o II Ciclo de Palestras
do curso de Química da Faclepp
da Unoeste. A abertura do evento
teve como tema “Responsabilidade
Social”, nos dias seguintes foram
abordados assuntos como a “Quí-
mica dos Agrotóxicos”, “Pesquisa e
Sustentabilidade Ambiental”, “Bio-
degradação de Polímeros”, “Intro-
dução a Tecnologia de Poliuretano
(Polímeros)”.
Para a coordenadora Patrícia Antu-
nes, o evento foi extremamente im-
portante para os acadêmicos, que par-
ticiparam e gostaram dos temas. “A
responsabilidade social é um assunto
que ajuda na formação profissional
dos alunos e, principalmente, no ama-
durecimento da cidadania”, explicou.
O aluno do 2º termo de bacharela-
do, Fernando Augusto Favoretto Ter-
carioli, foi o vencedor do Concurso de
Logomarcas de Química. A votação
ocorreu nos primeiros quinze dias de
junho no site da Unoeste. Tercarioli re-
cebeu 40 votos, conquistando assim o
1º lugar no concurso.
A premiação ocorreu no coquetel
de encerramento do II Ciclo de Pa-
lestras do curso de Química, onde o
vencedor ganhou recebeu um livro
da área, camiseta, kit da Unoeste,
e o certificado. “Fiquei surpreso em
ser escolhido, não imaginava que
teria tantos votos. Esse tipo de ativi-
dade é muito importante, foi gratifi-
cante participar”, contou Tercarioli.
O período de férias não serviu só
como descanso para os alunos de
Química, que aproveitaram a oca-
sião para conhecer a Usina Nuclear
de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
O passeio aconteceu entre 30 de ju-
nho e 3 de julho e foi uma oportuni-
dade para os acadêmicos ampliarem
seus conhecimentos na área.
“A viagem foi importante, pois
possibilitou o contato prático com
a teoria vista em sala de aula, e
também permitiu conhecer novos
lugares e pessoas”, contou a aluna
Rafaela Pereira, do 4º termo do ba-
charelado, que conheceu além da
capital carioca, as cidades de Para-
ti e Ubatuba (SP).
Os docentes da Faclepp Patrícia
Alexandra Antunes, Rebeca De-
latore Simões e Renato Sonchini
Gonçalves, os três de Química, e
Dayene Miralha de Carvalho, de Ma-
temática, participaram nos dias 9
e 10 de setembro, no Hotel Aruá,
do Workshop Internacional MAIN-
TENCE - “Materiales de Intereses
Tecnlogico”, promovido pelo De-
partamento de Física, Química e
Biologia, da Unesp de Presidente
Prudente, organizado pelos profes-
sores doutores Carlos José Leopol-
do Constantino e Aldo Eloizo Job.
Antunes fala sobre a importância
da participação nesse tipo de even-
to: “Quando se é docente, é neces-
sária uma constante atualização,
visto que tudo avança rapidamente,
tanto em universidades brasileiras
quanto nas internacionais”, diz.
Segundo os organizadores, o ob-
jetivo do evento era promover a
troca de experiências entre pesqui-
sadores de diferentes países como
Espanha, Canadá, Chile e Brasil. O
público era composto por estudan-
tes, pós-graduandos e pesquisa-
dores que trabalham com ciências
e tecnologia de materiais. As dis-
cussões tinham como denominador
comum as considerações sobre a
relação universidade-indústria e os
mecanismos de financiamento de
pesquisa. “O valor de um workshop
é poder gerar uma integração de
profissionais em âmbito interna-
cional visando a difusão de novas
ideias”, enfatizou Renato.
Ciclo de palestras
Professores da Faclepp participamde workshop internacional
Química premia vencedor do concurso
Visita a Usina Nuclearde Angra dos Reis(RJ)
Dayene Carvalho, Patrícia Antunes, Renato Gonçalves e Rebeca Simões
Foto Cedida
16 Caderno Faclepp
A pesquisa sempre esteve pre-
sente na Faclepp. Porém, a partir
deste segundo semestre novos
projetos estão em andamento e
com um ponto central: a interdisci-
plinaridade. “Com o envolvimento
de várias áreas uma mesma linha
de pesquisa torna-se mais com-
pleta, pois há uma continuidade
a partir de novas informações vin-
das de vários segmentos. Não há
estagnação, além de todos terem
o conhecimento dos resultados e
uma interação entre graduações,
alunos e professores”, ressalta a
professora e coordenadora de Pes-
quisa da Faclepp, Renata Medici
Frayne Cuba.
Um exemplo é o estudo sobre
plantas medicinais cultivadas no
Pontal do Paranapanema, cuja
ideia surgiu devido ao projeto do
professor e coordenador de Ações
Extensivas Gerais da Saúde da Pró-
Reitoria de Extensão e Ação Comu-
nitária (PROEXT), Décio Gomes de
Oliveira.
“A contribuição do curso de Quí-
mica vem por meio do aperfeiçoa-
mento da extração e identificação
química de substâncias presentes
em espécies vegetais utilizadas
para fins medicinais”, explica a pro-
fessora da graduação e orientadora
de dois projetos, Patrícia Alexandra
Antunes. No total são sete estudan-
tes envolvidos e Antunes comenta a
importância dessa atividade para os
discentes: “Mesmo que o acadêmi-
co não se torne um pesquisador, as
habilidades adquiridas na resolução
de problemas durante o desenvolvi-
Interdisciplinaridade é o ponto centralda pesquisa desenvolvida na FacleppCom a interação dos cursos, alunos e docentes ampliam seus conhecimentos
mento da pesquisa poderão ser utili-
zadas em qualquer setor de sua vida
profissional e pessoal”.
Guilherme Rodrigues Figueiredo é
um dos alunos pesquisadores e já
no 1º termo vê o valor dessa ação.
“Além do peso curricular, gera uma
proximidade com a realidade do
curso. Pretendo dar sequência a isso
futuramente e me preparar já no iní-
cio da graduação é essencial”, res-
salta Figueiredo.
Cuba ainda frisa a questão do
preparo profissional. “Na própria
missão da Unoeste fala que o tripé
da universidade é o ensino, a pes-
quisa e a extensão e através disso
há a formação de profissionais ci-
dadãos comprometidos com a res-
ponsabilidade social e ambiental”,
finaliza.
pesquisa
17Caderno Faclepp
Amaro dos Santos
Graduado em Engenharia Civil pela
UEL. É mestre em Irrigação e Dre-
nagem pela Unesp de Botucatu. Le-
ciona Desenho Técnico no curso de
Química.
Antonio Fluminhan Júnior
Embora já tenha concluído o dou-
torado em 1997, pela Universidade
de Tohoku, Japão, a aprovação para
reconhecimento do mesmo pela Uni-
versidade de São Paulo (USP), foi con-
cedida em outubro de 2010. Desta
forma, foi finalizado o processo de
reconhecimento em nível nacional, o
que significou o encerramento de um
trâmite semelhante à defesa da tese
desenvolvida na Universidade japone-
sa, novamente aqui no Brasil.
De acordo com o ARWU (Academic
Ranking of World Universities), produ-
zido pela Shanghai Ranking Consul-
tancy, China, os rankings das Univer-
sidades envolvidas são:
Tohoku University - posição 84
Universidade de São Paulo - posição
(101-150)
Camila Santos S. Tozatti
Graduada em Química Industrial
pela Unoeste. Em março de 2010,
concluiu seu mestrado em Química
pela Universidade Federal do Mato
Grosso do Sul. Leciona na Faclepp
desde o 1º semestre de 2010.
Joana Sanches Justo
Graduada em Psicologia pela UEL.
Mestre em Psicologia pela Unesp. Le-
ciona a disciplina Psicologia da Apren-
dizagem na Adolescência nos cursos
de Matemática e Física, e a disciplina
de Psicologia da Arte no curso de Ar-
tes Visuais.
Maria Alessandra B. Bôscoli
Graduada em Arquitetura pela Unifil
de Londrina. Em julho de 2010, con-
cluiu seu mestrado em Engenharia de
Edificações e Saneamento na UEL. Le-
ciona a disciplina de Desenho Técnico
no curso de Química.
Selma Bastos Z. Freitas
Graduada em Farmácia pela Univer-
sidade do Oeste Paulista. Mestre
em Fisiopatologia da Reprodução
Animal também pela Unoeste. A do-
cente é responsável pela disciplina
de Zoologia dos Invertebrados no
curso de Ciências Biológicas.
Renato Sonchini Gonçalves
Graduado em Química pela Unesp. O
docente é mestre em Química também
pela Unesp. Renato é responsável pela
disciplina de Química Orgânica III no
curso de Química.
Nelson Barbosa M. Neto
Graduado em Agronomia pela UEL
e pós-doutor pelo Iapar. O docente
é titular da disciplina de Sistemá-
tica Vegetal no curso de Ciências
Biológicas.
novos docentesqualificação
18 Caderno Faclepp
Faclepp gradua novos docentes
Unidade de Informação 1 disponibiliza novos ambientesProporcionar um ambiente mais agradável, dinâmico e
acolhedor aos docentes, funcionários e acadêmicos. Es-
tes foram os principais objetivos que nortearam a rees-
truturação da Unidade de Informação 1 da Rede de Biblio-
tecas da Unoeste, localizada no campus I.
“Com as constantes atualizações no acervo, provenien-
tes de doações ou aquisições, tivemos que fazer o rema-
nejamento dos periódicos, que nos possibilitou colocar
na parte central mais obras de bibliografia básica utiliza-
das pelos cursos de graduação, além disso, montamos
um espaço que permitirá aos docentes realizar de forma
confortável as pesquisas na unidade”, explica Regina Li-
berati Silingovschi, bibliotecária chefe da unidade.
Ela destaca outras modificações como “ampliação da
sala de vídeo e DVD para melhor atender a clientela aca-
dêmica, as estantes com as obras foram redistribuídas
com o intuito de permitir o acesso dos funcionários de
forma prática e dinâmica, além da criação de um depó-
sito que abrigará doações para outras instituições e ar-
mazenará materiais de escritório e equipamentos não-
utilizados”.
A bibliotecária acrescenta a intenção da unidade de re-
ceber da melhor maneira possível a comunidade acadê-
mica. “Buscamos sempre nos atualizar, desde o cuidado
com a infraestrutura até a manutenção das obras, através
de constantes avaliações”, completa Regina.
Espaço foi criado para atender docentes durante a re-alização de pesquisas no acervo local
Mudanças visam receber comunidade acadêmica de maneira mais confortável
Fotos:Ector Gervasoni
Cartazes, abraços e sorrisos marcaram mais uma co-
lação de grau da Faclepp. A cerimônia, realizada no dia
23 de julho, no Ginásio de Esportes do campus I, reuniu
mais de 110 formandos. Participaram alunos dos cursos
de Ciências Biológicas, Química, Pedagogia e Letras.
Os melhores alunos de cada curso receberam diploma
de mérito acadêmico: Carla Cristina Gonçalves (Letras);
Ana Laura Dias de Souza (licenciatura em Ciências Bio-
lógicas); Andreia Gonçalves da Silva (Química); Maria Ra-
quel Azevedo dos Santos (Pedagogia); e Sônia Cristina
Rossetti de Melo (bacharelado em Ciências Biológicas).
Os professores homenageados que emprestaram seus
nomes às turmas foram: César Vanderlei Nascimento
(Química); Olga Bôscoli (Pedagogia); Silvério Takao Hoso-
mi (Ciências Biológicas); e Marta Janete Malacrida (Letras).
formaturabiblioteca
19Caderno Faclepp