Hidrologia
Evapotranspiração
Carlos Ruberto Fragoso Jr.http://www.ctec.ufal.br/professor/crfj/
Marllus Gustavo Ferreira Passos das Neveshttp://www.ctec.ufal.br/professor/mgn/
Ctec - Ufal
• Conceito Geral
• Fatores que afetam a evapotranspiração
• Medição da evaporação
• Evaporação em lagos e reservatórios
• Estimativa da evapotranspiração– Medição– Cálculo
Evapotranspiração
Evaporação (E) – Processo pelo qual se transfere água do solo e das massas líquidas para a atmosfera. No caso da água no planeta Terra ela ocorre nos oceanos, lagos, rios e solo.
Transpiração (T) – Processo de evaporação que ocorre através da superfície das plantas. A taxa de transpiração é função dos estômatos, da profundidade radicular e do tipo de vegetação.
Conceito Geral - Evapotranspiração
Ocorre quando o estado da água é transformado de líquido para gasoso devido à energia solar
Móleculas da água líquida rompem a barreira da superfície (liberando energia)
É necessário que o ar não esteja saturado
Evaporação
Definições
Definições
quantidade de energia que uma molécula de água líquida precisa para romper a superfície e evaporar
calor latente de evaporação
Transpiração desde as raízes até as folhas, pelo sistema condutor, pelo estabelecimento de um gradiente de potencial desde o solo até o ar
Transpiração no Sistema Solo Planta Atmosfera
Local de maior resistência ao fluxo
O gradiente de tensão de vapor de água também favorece o fluxo
Quanto mais seco estiver o ar (menor Umidade Relativa), maior será esse gradiente
proporcional à resistência ao fluxo da água na planta
Evapotranspiração (ET) Processo simultâneo de transferência de água para a atmosfera através da evaporação (E) e da transpiração (T).
TEET
Potencial (ETP)
Real (ETR)
Transpiração no Sistema Solo Planta Atmosfera
Definições
ETP Quantidade de água transferida para a atmosfera por evaporação e transpiração, em uma unidade de tempo, de uma superfície extensa, completamente coberta de vegetação de porte baixo e bem suprida de água (Penman,1956)
ETR Quantidade de água transferida para a atmosfera por evaporação e transpiração, nas condições reais (existentes) de fatores atmosféricos e umidade do solo. A ETR é igual ou menor que a evapotranspiração potencial (Gangopadhyaya et al, 1968)
• Umidade do ar
• Temperatura do ar
• Velocidade do vento
• Radiação solar
• Tipo de solo
• Vegetação (transpiração)
Fatores que afetam
• Quanto maior a temperatura, maior a pressão de saturação do vapor de água no ar, isto é, maior a capacidade do ar de receber vapor.
• Para cada 10oC, P0 é duplicada
Temperatura (oC) 0 10 20 30P0 (atm) 0,0062 0,0125 0,0238 0,0431
Temperatura
Temperatura
Umidade relativa medida do conteúdo de vapor de água do ar em relação ao conteúdo de vapor que o ar teria se estivesse saturado
sw
w100UR
onde UR é a umidade relativa; w é a massa de vapor pela massa de ar e ws é a massa de vapor por massa de
ar no ponto de saturação.
% em
Umidade do Ar
Ar com umidade relativa de 100% está saturado de vapor, e ar com umidade relativa de 0% está completamente isento de vapor
Também pode ser expressa em termos de pressão parcial de vapor.
Lei de Dalton cada gás que compõe um a mistura exerce uma pressão parcial, independente da pressão dos outros gases, igual à pressão que se fosse o único gás a ocupar o volume
No ponto de saturação a pressão parcial do vapor corresponde à pressão de saturação do vapor no ar, e a equação anterior pode ser reescrita como:
Umidade do Ar
onde UR é a umidade relativa; e é a pressão parcial de vapor no ar e es é pressão de saturação.
se
e100UR % em
• O vento renova o ar em contato com a superfície que está evaporando (superfície da água; superfície do solo; superfície da folha da planta).
• Com vento forte a turbulência é maior e a transferência para regiões mais altas da atmosfera é mais rápida, e a umidade próxima à superfície é menor, aumentando a taxa de evaporação
Vento
Vento remove ar úmido da superfície onde ocorre ET menos umidade mais ET
A quantidade de energia solar que atinge a Terra no topo da atmosfera está na faixa das ondas curtas. Na atmosfera e na superfície terrestre a radiação solar é refletida e sofre transformações:
Radiação Solar
• parte da energia incidente é refletida pelo ar e pelas nuvens (26%)• parte é absorvida pela poeira, pelo ar e pelas nuvens (19%)• parte da energia que chega a superfícies é refletida de volta para o espaço ainda sob a forma de ondas curtas (4% do total de energia incidente no topo da atmosfera)
Radiação SolarA energia absorvida pela terra e pelos oceanos aquecimento destas superfícies depois emitem radiação de ondas longas
Além disso, o aquecimento das superfícies aquecimento do ar que está em contato fluxo de calor sensível (ar quente), e o fluxo de calor latente (evaporação)
Finalmente, a energia absorvida pelo ar, pelas nuvens e a energia dos fluxos de calor latente e sensível retorna ao espaço na forma de radiação de onda longa, fechando o balanço de energia
Radiação Solar
• Solos arenosos úmidos tem evaporação maior do que solos argilosos úmidos
Solo e vegetação
A vegetação:
•Controla a transpiração•Pode agir fechando os estômatos•Busca a umidade de camadas profundas do solo
Solo e vegetação
Umidade do solo uma das variáveis mais importantes na transpiração
Solo úmido plantas transpiram livremente taxa de transpiração controlada pelas variáveis atmosféricas
Solo começa a secar fluxo de transpiração começa a diminuir
Condições ideais de umidade do solo ETP
Condições reais de umidade do solo ETR
Determinação da evaporação e da ET
Relação entre a evaporação e a pressão de vapor, com a introdução do efeito do vento
Leva em conta a radiação solar: efetiva de ondas curtas, efetiva de ondas longas, a energia de evaporação, calor sensível por condução, características aerodinâmicas método de Penman
Ajuste por regressão das variáveis envolvidas
Medida direta tanque classe A, ...
Baseia-se na equação da continuidade do lago ou reservatório
Evaporação
Lisímetros e umidade do solo
ETP Método de thornthwaite, método de Blaney-Criddle. Para determinar ET ET = ETP .kc, onde kc coeficiente de cultura (determinado em lisímetros)
Baseados na variável meteorológica radiação. Equação de Jesen e Haise, ...
Chamada de equação de Penman adaptar o cálculo da evaporação de superfícies livres para a superfície de interesse ETP
Para intervalos de tempo superiores a 1 semana
Evapotranspiração
• Tanque classe A• Evaporímetro de Piché
Evaporímetros medição direta
• O mais usado forma circular com um diâmetro de 121 cm e profundidade de 25,5 cm• Construído em aço ou ferro galvanizado• Pintado na cor alumínio• Instalado numa plataforma de madeira a 15 cm da superfície do solo• permanecer com água variando entre 5,0 e 7,5 cm da borda superior.
Tanque classe A
Tanque classe A
Tanque "Classe A" – US Weather Bureau
• O fator que relaciona a evaporação de um reservatório e do tanque classe A oscila entre 0,6 e 0,8, sendo 0,7 o valor mais utilizado
Tanque classe A
Fonte : Sabesp
Tanque classe A
Tanque classe A
Tanque classe A
• manutenção da água entre as profundidades recomendadas evita erros de até 15%• a água deve ser renovada turbidez evita erros de até 5%• as paredes sofrem com a influência da radiação e da transferência de calor sensível superestimação da evaporação• próximos a cultivos de elevada estatura subestimação da evaporação
Constituído por um tubo cilíndrico, de vidro, de aproximadamente 30 cm de comprimento e um centímetro de diâmetro, fechado na parte superior e aberto na inferior
A extremidade inferior tapada, depois do tubo estar cheio com água destilada, com um disco de papel de feltro, de 3 cm de diâmetro, que deve ser previamente molhado com água
Este disco é fixo depois com uma mola. A seguir, o tubo é preso por intermédio de uma argola a um gancho situado no interior do abrigo
Evaporímetro de Piché
Evaporímetro de Piché
• Piché é pouco confiável
Evaporímetro de Piché
• Medição (mais complicada)• Cálculo
Estimativa da evapotranspiração
• Lisímetro– Depósitos enterrados, abertos na parte
superior, preenchidos com solo e vegetação característica
– Controle das variáveis:• Peso• Medir chuva• Coletar água percolada• Coletar água escoada• Superfície homogênea
Lisímetros medição direta
Lisímetros medição direta
Precipitação no solo drenagem para o fundo do aparelho água é coletada e medida
O depósito é pesado diariamente, assim como a chuva e os volumes escoados de forma superficial e que saem por orifícios no fundo
ET calculada por balanço hídrico entre 2 dias subseqüentes
ET = P - Qs – Qb – ΔV
E evapotranspiraçãoP chuva (medida num pluviômetro)Qs escoamento superficial (medido)Qb é o escoamento subterrâneo (medido no fundo do tanque)ΔV variação de volume de água (medida pelo peso)
Lisímetros medição direta
Lisímetros medição direta
Lisímetros medição direta
Lisímetros medição direta
http://jararaca.ufsm.br/websites/matasul-ufsm/1ca53f95af2a6c15feea202899377cc9.htm
Cálculo da ETP baseado na temperatura
Thornthwaite: empírica, caracterizada por um único fator, a temperatura média. Foi desenvolvida para climas temperados (inverno úmido e verão seco).
E = c Ta
t = temperatura de cada mês ºCT = temperatura média ºC
Blaney-Criddle: também utiliza a temperatura média e horas do dia com insolação, para regiões semi-áridas
ETP=(0,457 T + 8,13) pET = ETP . Kc
p = % luz diáriakc = é o coeficiente de cultura.
Cálculo da ETP baseado na temperatura
a
I
T1016ET
12
1j
1,514
j
5
TI
Para estimar evapotranspiração potencial mensalT = temperatura média do mês (oC)a = parâmetro que depende da regiãoI = índice de temperatura
0,49239I101,792I107,71I106,75a 22537
Thornthwaite
j cada um dos 12 meses do anoTj temperatura média de cada um dos 12 meses
ExemploMês Temperatura
Janeiro 24,6
Fevereiro 24,8
Março 23,0
Abril 20,0
Maio 16,8
Junho 14,4
Julho 14,6
Agosto 15,3
Setembro 16,5
Outubro 17,5
Novembro 21,4
Dezembro 25,5
Calcule a evapotranspiração potencial mensal para o mês de Agosto de 2006 em Porto Alegre onde as temperaturas médias mensais são dadas na figura abaixo.
Suponha que a temperatura média de agosto de 2006 tenha sido de 15,3°C
Exemplo
O primeiro é o cálculo do coeficiente I a partir das temperaturas médias obtidas da tabela. O valor de I é 96. A partir de I é possível obter a= 2,1. Com estes coeficientes, a evapotranspiração potencial é:
mm/mês 53,196
16,51016E
2,1
Portanto, a evapotranspiração potencial estimada para o mês de agosto de 2006 é de 53,1 mm/mês.
• Usando a temperatura e a umidade do ar
• Usando a temperatura e a radiação solar
• Equações de Penmann (insolação, temperatura, umidade relativa, velocidade do vento)
Mais Equações de cálculo da ET
• Jensen Haise
• Turc
• Grassi
• Stephens – Stewart
• Makkink
Métodos baseados na temperatura e radiação
Métodos baseados na temperatura do ar e na umidade
• Blaney-Morin
• Hamon
• Hargreaves
• Papadakis
Equações combinadas
•Penman evaporação•Christiansen•Van Bavel•Penman - Monteith ampliação de Penman para ETR de uma superfície vegetada
• Combina – poder evaporante do ar
• temperatura, umidade, velocidade do vento
– poder evaporante da radiação
W
a
s
a
dspAL 1
rr
1
ree
cGR
E
Penman
Penman
Em que se baseia a equação de Penman?
• Radiação efetiva de ondas curtas• Radiação atmosférica de ondas longas
• Radiação atmosférica de ondas longas• Fluxo de calor por condução• Fluxo de calor por perda por evaporação
VC• Energia de entrada • Energia de
saída
W.m-2
Penman
Em que se baseia a equação de Penman?
W.m-2
• Radiação no topo da atmosfera (Stop) • Radiação incidente de onda curta (Ssup)• Radiação efetiva de ondas curtas Radiação líquida na superfície (RL)
Sto
p
Ss
up R
L
.Ss
up
ondas curtas
)(1SR SUPL αTOPssSUP SN
nbaS
Penman
Em que se baseia a equação de Penman?
• Radiação no topo da atmosfera (Stop) função da latitude, distância sol-terra e época do ano
ondas curtas
Penman
Em que se baseia a equação de Penman?
ondas longas
• Ln radiação líquida de ondas longas que deixa a superfície terrestre
W.m-2
pa
ra a
su
pe
rfíci
e
4n 273,2)(TσεfL
f fator de correção devido à cobertura de nuvensT [ºC] temperatura média do ar a 2 m do solo emissividade da superfícies constante (σ = 4,903.10-9 MJ.m-2.ºK-4.dia-1)
Penman - Monteith
Penman + introdução de um fator de resistência que leva em consideração o stress de umidade da vegetação e do solo
W
a
s
a
dspAL
rr
ree
cGR
E
1
1
Penman - Monteith
água; da específica massa ][kg.m
ar; do específica massa ][kg.m
solo; o para energia de fluxo ]s.[MJ.m G
;superfície na líquida radiação ]s.[MJ.m R
vapor; do saturação de pressão da variação de taxa ]C[kPa.
o;vaporizaçã de latentecalor ][MJ.kg
água; da evaporação de taxa ][m.s E
3-W
3-A
-12-
-12-L
-1
-1
-1
T002361,0501,2
Penman - Monteith
ca;aerodinâmo aresistênci ]s.m[ r
vegetação; da al superficiaresistênci ]s.m[ r
0,66);( icapsicrométr constante ]C[kPa.
vapor; do pressão ][kPa e
vapor; do saturaçãode pressão ][kPa e
);C. MJ.kg10.013,1(C úmido ar do específico calor ]C.[MJ.kg C
1-a
1-s
1-
s
s
113p
-1-1p
m2a
s U34,0r
r
Penman - Monteith
•Massa específica do ar T275
P3,486ρ A
A
PA é a pressão atmosférica em kPaT é a temperatura do ar a 2m da superfície em ºC
• Massa específica do água
594634
23W
2W
WWW
W
T106,536332T101,120083T101,001685
T109,09529T106,793952999,845259ρ
TW é a temperatura da água em ºC
Penman - Monteith
• Pressão de saturação do vapor (es)
T237,3
T17,27exp0,6108eS
T é a temperatura do ar a 2m da superfície em ºC
• Pressão real de vapor de água no ar (ed)
100
URee Sd
UR é a umidade relativa do ar em %
Penman - Monteith
• Calor latente de vaporização (λ) T0,0023612,501λ
em MJ.kg-1
T é a temperatura do ar a 2m da superfície em ºC
• Constante psicrométrica (γ) )(constante0,66γ
• taxa de variação da pressão de saturação do vapor com a temperatura do ar (Δ)
2s
T237,3
e4098Δ
T é a temperatura do ar a 2m da superfície em ºC
Penman - Monteith
• Resistência aerodinâmica (ra)
m10hparau
94r
m10hparaz
10ln
u
6,25r
m,10a
2
0m,10a
• um,10 é a velocidade do vento a 10 m de altura em m/s• h é a altura da vegetação em m• z0 é a rugosidade da superfície (z0 = h/10)
Penman - Monteith
• Resistência aerodinâmica (ra)
Penman - Monteith
• Resistência aerodinâmica (ra)
Representa a dificuldade com que a umidade, que deixa a superfície das folhas e do solo, é dispersada pelo meio
Na proximidade da vegetação o ar tende a ficar mais úmido, dificultando o fluxo de evaporação
A velocidade do vento e a turbulência contribuem para reduzir a resistência aerodinâmica, trocando o ar úmido próximo à superfície que está fornecendo vapor, como as folhas das plantas ou as superfícies líquidas, pelo ar seco de níveis mais elevados da atmosfera.
Penman - Monteith
• Resistência aerodinâmica (ra)
Inversamente proporcional à altura dos obstáculosenfrentados pelo vento, porque são estes que geram a turbulência
Penman - Monteith
• Velocidade do vento a 10 m de altura
0
0m,2m,10
z2
ln
z10
ln
uu
• um,2 é a velocidade do vento a 2 m de altura em m/s• z0 é a rugosidade da superfície (z0 = h/10)
Estações climatológicas normalmente dispõe de dados de velocidade do vento medidas a 2 m de altura. Para converter estes dado a uma altura de referência de 10m é utilizada a equação ao lado
Penman - Monteith
• Resistência superficial da vegetação (rs)
Valores de referência (boas condições de umidade)– Grama: rs = 69 s/m (ETP)– Florestas superficiais: rs = 100 s/m
2ma
s U0,34r
r
Penman - Monteith
• Fluxo de energia para o solo (G)
Por simplicidade, G pode ser considerado nulo
3dd TT0,38G
• Td é a temperatura do solo no dia que se deseja calcular a ET• T3d é a temperatura do solo 3 dias antes
• Radiação líquida na superfície (RL)
)(1SR SUPL α• SSUP é a radiação de atinge a superfície (MJ.m-2.s-1) – valor medido • α é o albedo, parcela da radiação incidente que é refletida (depende do uso e da cobertura vegetal - tabelado)
Penman - Monteith
Penman - Monteith
• Nem sempre estações meteorológicas medem a radiação que atinge a superfície (SSUP);
• Quando existem apenas dados de horas de insolação ou da fração de cobertura de nuvens, estima-se a radiação que atinge a superfície através de equações empíricas
Penman – Monteith analogia com circuito elétrico
Fluxo evaporativo corrente elétrica
Déficit de pressão de vapor no ar (pressão de saturação do vapor menos pressão parcial real: es-ed) Diferença de potencial (Voltagem)
Resistência: combinação de resistência superficial e resistência aerodinâmica Resistência elétrica
W
1
a
s
dspAL
rr
1
eeGR
E arc
W
1
a
s
dspAL
rr
1
eeGR
E arc
Penman - Monteith
Resistência superficial combinação, para o conjunto da vegetação, da resistência estomática das folhas
Representa a resistência ao fluxo de umidade do solo, através das plantas, até a atmosfera
É diferente para os diversos tipos de plantas e depende de variáveis ambientais (umidade do solo, temperatura do ar e radiação recebida pela planta)
A maior parte das plantas exerce um certo controle sobre a resistência dos estômatos podem controlar a rs
Penman - Monteith
W
1
a
s
dspAL
rr
1
eeGR
E arc
Resistência estomática das folhas depende da disponibilidade de água no solo
Em condições favoráveis valores de resistência estomática e, em conseqüência, os de resistência superficial são mínimos
ETR
ETP
Umidade do solo Smx
ETR = evapotranspiração depende da umidade do solo
Relações
Relações
Períodos de estiagem mais longos ET retira umidade do solo ET diminui
A redução da ET não ocorre imediatamente
Para valores de umidade do solo entre a capacidadede campo e um limite ET não é afetada pelaumidade do solo
A partir deste limite ET diminuída mínimo(normalmente zero) no ponto de murcha permanente
Neste ponto rS atinge valores altíssimos
Penman – Monteith passos
1. Obter o dia Juliano (J) para a data que se deseja calcular a ET
2. Obter a latitude (), em graus, do local que se deseja calcular a ET
3. Calcular a declinação solar em radianos
4. Calcular a distância relativa da terra ao sol (dr)
1,405J365
2sen0,4093
πδ
J365
2cos0,0331dr
π
5. Calcular o ângulo ao nascer do sol em radianos (ωs)
δω tantanarccoss é a latitude do local em radianos é declinação solar em radianos
Penman – Monteith passos
6. Calcular a insolação máxima (N) para a localização desejada
s
24N ω
π
7. Calcular a radiação solar que atinge o topo da atmosfera (STOP), em MJ.m-2.dia-1
)( ss sencoscossensend
100015,392S r
WTOP
é a latitude do local em radianos é declinação solar em radianosωs é o ângulo do sol ao nascer em radianos
Penman – Monteith passos
8. Calcular a radiação solar que atinge o topo da superfície (SSUP), em MJ.m-2.dia-1
TOPssSUP SN
nbaS
N insolação máxima possível em horasn isolação medida em horas a fração de atinge a superfície em dias encobertos (quando n=0)b fração de atinge a superfície em dias sem nuvens (quando n = N)
Penman – Monteith passos
• Quando não existem dados locais medidos que permitam estimativas mais precisas, são recomendados os valores de 0,25 e 0,50, respectivamente, para os parâmetros as e bs;
• Quando a estação meteorológica dispõe de dados de insolação, a equação acima é utilizada com n medido e N estimado pela equação. Quando a estação dispõe de dados de fração de cobertura, utiliza-se o valor de n/N diretamente
Penman – Monteith passos
9. Calcular a radiação solar líquida na superfície (RL) )(1SR SUPL
• Estime a evapotranspiração média, em mm/dia, através da equação de Penman-Monteith para a cidade de Maceió (posto Inmet Ufal), no sábado, dia 23/04/2011
Exercício
Abrir planilha Acessar http://www.inmet.gov.br/ observações estações automáticas ou convencionais localizar a estação da Ufal no mapa colocar a latitude na planilha clicar em dados escolher data e baixar os dados podem ser colocados no Excel
Exercício
Dados meteorológicos
• Baseados na temperatura : Thorntwaite- muito limitado e tende a subestimar a evapotranspiração;
Blaney-Criddle: utilizado para irrigação e considera o tipo de cultura
• Radiação ou combinado: Método Penman: utiliza dados climáticos como temperatura, radiação solar, insolação, umidade do solo e velocidade do vento
Comentários sobre os métodos de estimativa
• Evapotranspiração potencial : é a evaporação do solo e a transpiração das plantas máxima que pode ser transferida para atmosfera. Com base nas condições climáticas e características das plantas é possível estimar a ETP
• Evapotranspiração real: é a o total transferido para a atmosfera de acordo com a disponibilidade hídrica existente (umidade do solo) e a resistência das plantas.
Evapotranspiração
• Método de estimativa simples com base nos dados precipitação e vazão de uma bacia.
• A equação da continuidadeS(t+1)=S(t) + (P –E - Q)dt
• Desprezando a diferença entre S(t+1) – S(t) Q= P- E
• Simplificação aceita para dt longos como o um ano ou seqüência de anos
Balanço hídrico
• Exemplo: Uma bacia (Rio Passo Fundo) com Precipitação média1.941 mm e Vazão de 803 mm (valores médios de 10anos). A evaporação real é E= 1941 – 803 = 1137 mm
O coeficiente de escoamento é a relação entre Q/P
C = 803/1941 = 0,41
ou 41% da precipitação gera escoamento.
Balanço hídrico
mm/ano m3/s
A = Área da baciaQ = vazão
1000365 . 24 . 3600
)2km(A)ano/mm(Q)s/3m(Q
Conversão de unidades
Reservatórios são criados para regularizar a vazão dos rios, aumentando a disponibilidade de água e de energia nos períodos de escassez
A criação de um reservatório, entretanto, cria uma vasta superfície líquida que disponibiliza água para evaporação, o que pode ser considerado uma perda de água e de energia
Evaporação em reservatórios
A evaporação da água em reservatórios estimada a partir de medições de Tanques de Classe A
Entretanto é necessário aplicar um coeficiente de redução em relação às medições de tanque a água do reservatório normalmente está mais fria do que a água do tanque, que tem um volume pequeno e está completamente exposta à radiação solar
Evaporação em reservatórios
Assim, para estimar a evaporação em reservatórios e lagos costuma-se considerar que esta tem um valor de aproximadamente 60 a 80% da evaporação medida em Tanque Classe A na mesma região, isto é:
Onde Ft tem valores entre 0,6 e 0,8.
ttanquelago FEE
Evaporação em reservatórios
Evaporação em lagos e reservatórios
Reservatório de Sobradinho
constituindo-se no maior lago artificial do mundo, está numa das regiões mais secas do Brasil
área superficial de 4.214 km2
Evaporação direta deste reservatório é estimada em 200 m3.s-1 10% da vazão regularizada do rio São Francisco Esta perda é superior à vazão prevista para o projeto de transpiração do rio São Francisco
• Um rio cuja vazão média é de 34 m3/s foi represado por uma barragem para geração de energia elétrica. A área superficial do lago criado é de 5.000 hectares.
Medições de evaporação de um tanque classe A correspondem a 1.500 mm por ano.
Qual é a nova vazão média a jusante da barragem após a formação do lago?
Exercício
1000365 . 24 . 3600
)km(A)ano/mm(E)s/m(E
23
E = 1.500 x 0,7 mm/ano
E = 1,66 m3/s
Q = 34 – 1,66 = 32,34 m3/s
Redução de 4,9 % da vazão
Solução
• Deseja-se construir um reservatório em um rio, cuja bacia possui uma área de 50 km2. A área de inundação do reservatório é de 10 km2. Estime qual deve ser a redução de vazão média disponível na bacia. Considere que a evaporação potencial da superfície da água é de 1.400 mm por ano. A evaporação estimada por balanço hídrico antes da construção do reservatório foi de 1.137 mm por ano. Nestas mesmas condições, a vazão média era de 1,41 m3/s e a precipitação de 1.941 mm por ano.
Exercício
• ET após a construção
ET = (0,7.1.400.10 + 1.137.40)/50 = 1.105,6 mm/ano
• Q após a construção
Q = 1.941 - 1.105,6 = 835,4 mm/ano
• Redução de Q
Qantes = 1,41 m3/s
Qdepois = 835,4 mm/ano = 1,325 m3/s
Redução de 6,45%
Exercício