MARCOS ARNHOLD JUNIOR
GOVERNANÇA REGIONAL DO TURISMO: Uma proposta de avaliação da Governança Turística na percepção
de seus atores.
BALNEÁRIO CAMBORIÚ (SC) 2017
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UNIVALI UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hotelaria - PPGTH
Curso de Doutorado em Turismo e Hotelaria
GOVERNANÇA REGIONAL DO TURISMO: Uma proposta de avaliação da Governança Turística na
percepção de seus atores.
Tese apresentada ao colegiado do PPGTH como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor em Turismo e Hotelaria – área de concentração: Planejamento e Gestão do Turismo e da Hotelaria – (Linha de Pesquisa: Planejamento e Gestão do Espaço Turístico.)
Orientador: Prof. Dr. Francisco Antônio dos Anjos.
BALNEÁRIO CAMBORIÚ (SC) 2017
MARCOS ARNHOLD JUNIOR
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Aos meus pais, Marga Anete Larsen Arnhold e Marcos
Arnhold (in memorian) por me permitirem sonhar, por me
auxiliarem na realização de meus sonhos, por me ensinarem que
a família é nossa maior riqueza, por me permitirem ser tudo o
que sou. Amo vocês!
À minha esposa, Angélica Arnhold, por toda a paciência,
compreensão e por todo o companheirismo durante todos os
momentos desta etapa, assim como por todos os momentos
maravilhosos que tenho o prazer de viver com você, desde o
primeiro dia. Amo você!
À Cristine e Pedro, pela amizade e presença nos diversos
momentos necessários. Amo vocês!
À toda a família Larsen, que me garante um porto seguro em
todos os momentos. Amo vocês!
E, especialmente, à Valentina Arnhold, que generosamente,
muitas vezes abriu mão de seu maior tesouro, o tempo de
brincar, para que o papai pudesse estudar mais um pouco.
Obrigado, minha filha, minha amiga, minha companheira de
aventuras, minha inspiração. Amo você!
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AGRADECIMENTOS
Todas as conquistas sempre são construídas por várias mãos, algumas mais
próximas, outras mais distantes, mas todas importantes.
Ao longo do período de doutoramento, foram inúmeras pessoas que entraram em
minha vida e que contribuíram para que eu pudesse chegar ao resultado final, ou seja,
com uma tese construída. Mas ao mesmo tempo, estas pessoas, por muitas vezes
contribuíram com algo muito maior, minha formação como indivíduo.
Inicialmente, gostaria de agradecer especialmente ao meu orientador, Professor
Doutor Francisco Antônio dos Anjos, que incansavelmente, em qualquer momento e
em qualquer lugar, se disponibilizou para tirar quaisquer dúvidas, para instigar novas
formas de verificar o mundo científico, para realizar leituras do material e para
contribuir na construção do mesmo. Além de todo o guiamento acadêmico, agradeço
pela oportunidade dada em participar de um grupo de pesquisa exemplar. Agradeço
por ser um excelente companheiro de pesquisa em campo, e por toda a atenção e
carinho a mim dispensadas ao longo deste processo. Muito obrigado por tudo!
Gostaria também de agradecer à Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, por me
permitir ser um profissional realizado. Agradeço pela confiança e pelas conquistas
oportunizadas em minha participação nessa Instituição de Excelência no Ensino.
Ao agradecer a Universidade, é necessário reconhecer duas pessoas que me
incentivaram, quatro anos e meio atrás, a aceitar este novo desafio pessoal e
profissional.
À Professora Doutora Sílvia Regina Cabral, Coordenadora dos Cursos de
Gastronomia e Turismo e Hotelaria, companheira de ABBTUR - SC e minha Mestre
desde a fase inicial de graduação em Turismo e Hotelaria, meu agradecimento por
toda a inspiração profissional e pelos valiosos ensinamentos compartilhados
diariamente. Muito obrigado!
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Ao Professor Doutor Carlos Alberto Tomelin, companheiro turismólogo e entusiasta
da atividade turística, meu muito obrigado pelo incentivo!
Aos Professores do Programa de Doutorado em Turismo e Hotelaria da Universidade
do Vale do Itajaí – UNIVALI, que contribuíram e continuam contribuindo para minha
formação acadêmica, muito obrigado! Professora Josildete Pereira Oliveira,
Professora Yolanda Flores, Professor Luis Flores, Professor Paulo Pires e Professor
Luciano Tricárico, obrigado por tudo!
À Professora Doutora Doris Van de Meene Ruschmann, por toda a inspiração e pelo
seu precioso tempo em revisar o processo inicial do trabalho, além de todas as
contribuições quando da etapa da qualificação, o meu muito obrigado!
Ao Professor João Albino Silva, da Universidade do Algarve, que no Brasil ou em
Portugal, sempre dispensou seu valioso tempo ao auxílio na construção desta tese,
além de suas importantes contribuições durante a qualificação desta pesquisa.
À Professora Doutora Sara Anjos, pela criteriosidade nas observações e estímulo
constante nas conversas sobre a construção desta tese.
Ao Professor Doutor Sílvio Vianna, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), pelo
companheirismo nas viagens de estudo à Jericoacoara e Gramado, além de todas as
contribuições científicas apresentadas durante a etapa de qualificação.
À equipe da Secretaria do Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hotelaria da
UNIVALI, em especial à Núbia e Raísa, que sempre me auxiliaram em todos os
processos com muita cordialidade e zelo. Muito obrigado!
Aos meus colegas de Doutorado, companheiros de tantas descobertas ao longo do
Curso, muito obrigado! Vocês auxiliaram demais para que este processo fosse menos
árduo. Geovan Guimarães, Ana Lucia Olegário, Mirian Pinheiro, Marcel Waline,
Rosislene Fontana, Guilherme Velasquez, Jessica Meira, Francisco Nascimento,
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Álvaro Bahls, Gustavo Setlik, Felipe Borborema, e demais colegas, muito obrigado
pela convivência!
Um agradecimento especial é necessário aos meus colegas Melise Pereira de Lima,
Pablo Flores Limberger e Lucimari Acosta Pereira, pelo valioso auxílio no fechamento
das análises estatísticas desta tese. Sem vocês teria sido muito mais difícil. Muito,
muito obrigado! Contem sempre comigo.
Ao meu colega de Doutorado e companheiro de pesquisas de campo, Cálidon Costa,
pelas discussões teóricas e metodológicas realizadas durante nossos inúmeros
momentos compartilhados no Doutoramento. Obrigado!
Aos meus colegas professores do Curso de Turismo e Hotelaria e do Curso de
Gastronomia, obrigado pela amizade e parceria contínua na busca por melhores
formas de ensinar e aprender. Vocês me inspiram todos os dias!
Aos funcionários das Coordenações dos Cursos citados, em especial à Andressa,
Juliana, Thairine, Cristiane, Margarida, assim como aos demais funcionários e
estagiários da ACATUR, NATUR, Laboratório de Eventos, Laboratório de
Hospedagens, CAEX e Laboratórios da Gastronomia,
Às professoras Célia Uller e Emiliana Campos, Coordenadoras do Núcleo Comum e
do Curso de Relações Públicas, respectivamente, pela amizade e companheirismo ao
longo destes anos.
À Professora Doutora Marlene Huebes Novaes, por ser a pessoa que abriu as portas
de uma carreira acadêmica para mim, e que até hoje é uma docente, consultora e
pesquisadora exemplar, além de ser uma excelente colega de viagens acadêmicas.
Muito obrigado por tudo, professora!
Aos Professores Rodolfo Krause, Athos Henrique Teixeira e Paulo dos Santos Pires,
que iniciaram sendo meus Mestres e que se tornaram grandes amigos. Muito
obrigado!
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Aos meus alunos dos Cursos de Turismo e Hotelaria, Gastronomia, Relações Públicas
e todos os outros Cursos que tiver o prazer de participar, muito obrigado pelo estímulo
diário! Vocês são uma das razões disso tudo!
Aos meus irmãos de coração e compadres, Jun e Claudia, pelos inúmeros e
excelentes momentos vividos desde a época de faculdade até hoje, muito obrigado!
Aos meus amigos Fabrício, Mathias, Marco e Johannes, obrigado por estarem sempre
por perto, mesmo nos momentos em que eu não pude estar. Vocês são demais!
À minha família, à qual este trabalho é dedicado.
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“As únicas pessoas que me interessam são as loucas, aquelas que são loucas por viver, loucas por falar, loucas por serem salvas; as que desejam tudo ao mesmo tempo. As que nunca bocejam ou dizem algo desinteressante, mas que queimam e brilham, brilham, brilham como luminosos fogos de artifícios cruzando o céu.”
Jack Kerouac
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RESUMO
A presente tese tem o objetivo de identificar a governança turística na percepção dos seus atores, no Estado de Santa Catarina. Para isso foram buscados conceitos sobre a governança e seus atores, apresentando as dificuldades e particularidades deste processo de gestão pública, com o apoio de autores que aplicaram esta teoria à realidade do turismo. O mesmo também apresenta diferentes modelos relacionados à indicadores e tipologias de governança que ensaiam a construção de um instrumento de avaliação da governança turística. Com o embasamento realizado foi criado um modelo de avaliação da governança turística por meio da percepção de seus atores, dividido inicialmente em 15 categorias, e que após a realização de Análises Fatoriais Exploratórias (AFE) e Confirmatórias (AFC) foram confirmadas 12 categorias de análise, sendo elas a Promoção de parcerias, Benefícios das parcerias, Acesso às informações, Participação dos atores, Responsabilidade Socioambiental, Regulação na tomada de decisões, Monitoramento na tomada de decisões, Estrutura de gestão, Liderança na gestão, Monitoramento dos resultados, Avaliação dos resultados do turismo e Utilização dos resultados. As categorias foram utilizadas para a montagem de um formulário que foi aplicado à gestores públicos e privados / da sociedade civil organizada do turismo no Estado de Santa Catarina. Visando uma melhor compreensão da análise, o Estado foi dividido em 4 classes de destinos, com base no Programa de Regionalização do Turismo (PRT) do Ministério do Turismo. Após a divisão foram comparadas as médias das percepções das regiões por meio de testes T, utilizando o software IBM SPSS v.22. Após estas análises, foram realizadas análises fatoriais exploratórias (AFE) e análise fatorial confirmatória (AFC), que apresentaram índices significativos para provar que o modelo de avaliação da governança turística pela percepção de seus atores é estatisticamente válido. Como resultado, foi realizada a análise da governança turística do Estado de Santa Catarina pela percepção de seus atores. Palavras chave: Turismo – Governança – Avaliação – Percepção – Santa Catarina.
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ABSTRACT
This thesis aims to identify tourism governance in the perception of its actors, in the State of Santa Catarina, Brazil. For this, concepts about governance and its actors were analyzed, presenting the difficulties and peculiarities of this public management process, with the support of authors who applied this theory to the reality of tourism. It also presents different models related to indicators and typologies of governance that test the construction of an instrument of evaluation of tourism governance. Based on the foundations, a model of evaluation of tourism governance was created through the perception of its actors, initially divided into 15 categories, and after performing Exploratory Factorial Analysis (EFA) and Confirmatory Factorial Analysis (CFA), 12 categories of analysis were confirmed, such as: Promotion of partnerships, Benefits of partnerships, Access to information, Participation of stakeholders, Socio-environmental responsibility, Regulation in decision-making, Monitoring of decision-making, Management structure, Management leadership, Monitoring of results, Evaluation of results of tourism and Use of results. The categories were used to create a form that was applied to public and private managers / organized civil society in the State of Santa Catarina. In order to provide a better understanding of the analysis, the State was divided into 4 classes of destinations, based on the Tourism Regionalization Program (PRT) of the Ministry of Tourism. After the division, the mean scores for the perceptions of the actors of the regions were compared by T tests using the software IBM SPSS v.22. After these analyses, exploratory factorial analyses (EFA) and confirmatory factorial analsys (CFA) were performed, presenting significant indices to demonstrate that the evaluation model of tourism governance, in the perception of its actors, is statistically valid. As a result, the tourism governance of the State of Santa Catarina was analyzed by the perception of its actors. Key words: Tourism - Governance - Evaluation - Perception - Santa Catarina.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Marco Conceitual............................................................................. 28 Figura 2 Utilização do Termo Governança..................................................... 35 Figura 3 Características Comuns da Governança......................................... 36 Figura 4 Princípios da Boa Governança........................................................ 37 Figura 5 Nova Governança............................................................................ 47 Figura 6 Tipos de Governança...................................................................... 49 Figura 7 Passos para o Aprofundamento da discussão sobre governança
no turismo........................................................................................
50 Figura 8 Espaço ocupado pela governança no turismo................................. 52 Figura 9 Indicadores para avaliação da Governança..................................... 61 Figura 10 Variáveis de análise para a categorização dos municípios.............. 67 Figura 11 Aspectos econômicos de Santa Catarina........................................ 78 Figura 12 Mapa de Regionalização Turística de Santa Catarina...................... 84 Figura 13 Mapa da Região Turística Costa Verde e Mar.................................. 95 Figura 14 Sistema Metodológico da Tese........................................................ 98 Figura 15 Divisão do Estado de Santa Catarina em classes............................ 101 Figura 16 Sujeitos de Pesquisa....................................................................... 106 Figura 17 Indicadores de Avaliação da Governança Pública........................... 109 Figura 18 Novas regiões turísticas do Estado de Santa Catarina.................... 115 Figura 19 Teste Alscal...................................................................................... 147 Figura 20 Relações estruturais entre os componentes de análise da
governança turística na percepção de seus atores..........................
154 Figura 21 Modelo de avaliação da governança turística na percepção de
seus atores......................................................................................
169 Figura 22 Modelo sintético de avaliação da Governança Turística pela
percepção de seus atores................................................................
175
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Estudos sobre Governança.............................................................. 23 Quadro 2 Elementos e Características da Nova Governança.......................... 47 Quadro 3 Indicadores de Governança em níveis subnacionais....................... 54 Quadro 4 Indicadores propostos para a formação do índice IGovP................. 56 Quadro 5 Tipologias de governança................................................................ 58 Quadro 6 Síntese das políticas e programas de turismo no Brasil................... 62 Quadro 7 Aspectos gerais de Santa Catarina.................................................. 73 Quadro 8 Aspectos limitantes ao desenvolvimento do Turismo em Santa
Catarina............................................................................................
79 Quadro 9 Unidades de preservação da Fauna e da Flora................................ 80 Quadro 10 Infraestrutura turística em Santa Catarina........................................ 81 Quadro 11 Dados do turismo na Serra Catarinense........................................... 85 Quadro 12 Dados do turismo no Vale Europeu.................................................. 86 Quadro 13 Dados do turismo no Vale das Aguas............................................... 86 Quadro 14 Dados do turismo no Caminhos do Alto Vale.................................... 87 Quadro 15 Dados do turismo no Caminho dos Príncipes................................... 88 Quadro 16 Dados do turismo no Caminho dos Canyons.................................... 89 Quadro 17 Dados do turismo no Caminhos da Fronteira.................................... 90 Quadro 18 Dados do turismo no Encantos do Sul.............................................. 91 Quadro 19 Dados do Turismo no Vale do Contestado........................................ 92 Quadro 20 Dados do turismo no Grande Oeste.................................................. 93 Quadro 21 Dados do turismo na Grande Florianópolis....................................... 93 Quadro 22 Dados do Turismo na Costa Verde e Mar......................................... 96 Quadro 23 Divisão das análises realizadas........................................................ 102 Quadro 24 Esquema de avaliação das dimensões da Governança Turística..... 107 Quadro 25 Categorias propostas para a análise da governança turística por
meio da percepção dos atores..........................................................
110 Quadro 26 Categorização no Estado de Santa Catarina.................................... 114 Quadro 27 Teste T Santa Catarina..................................................................... 115 Quadro 28 Categorização no Caminho dos Canyons........................................ 119 Quadro 29 Categorização no Caminho dos Príncipes........................................ 119 Quadro 30 Categorização no Caminhos da Fronteira........................................ 120 Quadro 31 Categorização no Caminhos do Alto Vale......................................... 121 Quadro 32 Categorização da Costa Verde e Mar............................................... 122 Quadro 33 Avaliação da categorização em Encantos do Sul............................. 122 Quadro 34 Categorização na Grande Florianópolis........................................... 123 Quadro 35 Categorização no Grande Oeste...................................................... 124 Quadro 36 Categorização na Serra Catarinense............................................... 125 Quadro 37 Categorização no Vale das Águas.................................................... 126 Quadro 38 Categorização no Vale do Contestado............................................. 127 Quadro 39 Categorização do Vale Europeu....................................................... 129 Quadro 40 Comparação entre as médias das regiões........................................ 129 Quadro 41 Teste T – Santa Catarina.................................................................. 130 Quadro 42 Teste T – Destino Consolidado......................................................... 131 Quadro 43 Teste T – Destino em Consolidação 1.............................................. 132 Quadro 44 Teste T – Destino em Consolidação 2.............................................. 133 Quadro 45 Teste T – Destino não Consolidado.................................................. 134
14
Quadro 46 Comparativo de médias dos destinos...... ......................................... 135 Quadro 47 Comparação entre Destinos............................................................. 136 Quadro 48 Teste T – Destino Consolidado X Estado de Santa Catarina............ 136 Quadro 49 Teste T – Santa Catarina X Consolidação 1..................................... 137 Quadro 50 Teste T – Santa Catarina X Destino em Consolidação 2................... 138 Quadro 51 Teste T – Santa Catarina X Destino não Consolidado...................... 138 Quadro 52 Teste T – Destino Consolidado X Destino em Consolidação 1.......... 139 Quadro 53 Teste T – Destino Consolidado X Destino em Consolidação 2.......... 140 Quadro 54 Teste T – Destino Consolidado X Destino não Consolidado............. 141 Quadro 55 Teste T – Destino em Consolidação 1 x Destino em Consolidação
2........................................................................................................
142 Quadro 56 Teste T – Destino em Consolidação 1 X Destino não Consolidado... 142 Quadro 57 Teste T – Destino em Consolidação 2 X Destino não Consolidado... 143 Quadro 58 Comparação das discrepâncias........................................................ 145 Quadro 59 Teste de KMO e Barlett..................................................................... 149 Quadro 60 Variância total explicada................................................................... 149 Quadro 61 Matriz de Componente Rotativa........................................................ 150 Quadro 62 Alfa de Cronbach do Componente 2................................................. 151 Quadro 63 Alfa de Cronbach do Componente 1................................................. 151 Quadro 64 Pesos de Regressão Padronizados.................................................. 152 Quadro 65 Categorias não confirmadas............................................................. 155 Quadro 66 Sujeitos de pesquisa......................................................................... 156 Quadro 67 Categorias confirmadas.................................................................... 157 Quadro 68 Teste T - Santa Catarina................................................................... 159 Quadro 69 Teste T - Destino Consolidado.......................................................... 161 Quadro 70 Teste T – Destino em Consolidação 1............................................... 162 Quadro 71 Teste T – Destino em Consolidação 2............................................... 163 Quadro 72 Teste T – Destino não Consolidado.................................................. 164 Quadro 73 Comparativo Discrepâncias nos Destinos........................................ 165 Quadro 74 Comparativo de médias.................................................................... 166 Quadro 75 Principais conclusões sobre a Governança Turística em Santa
Catarina, baseado na percepção de seus atores..............................
175
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Movimento Anual de Turistas 2014 a 2016...................................... 82 Tabela 2 Receita estimada em Reais 2014 a 2016........................................ 82 Tabela 3 Permanência média estimada em todos os Meios de Hospedagem
2014 a 2016.....................................................................................
83 Tabela 4 Gasto médio estimado por turistas em reais.................................... 83 Tabela 5 Movimento estimado de turistas 2014 a 2016.................................. 83 Tabela 6 Divisão de respondentes públicos e privados / sociedade civil
organizada........................................................................................
104 Tabela 7 Cargas fatoriais utilizadas para calcular a confiabilidade composta
(CR) e a variância média extraída....................................................
152
16
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 19
1.1 Contextualização do tema .............................................................................................. 19
1.2 Estado da arte ............................................................................................................... 22
1.3 Problema de pesquisa ................................................................................................... 24
1.4 Hipóteses ....................................................................................................................... 25
1.5 Objetivos ........................................................................................................................ 26
1.6 Justificativa .................................................................................................................... 28
1.7 Relevância da pesquisa ................................................................................................. 30
1.8 Apresentação da tese .................................................................................................... 30
2. MARCO TEÓRICO .......................................................................................................... 32
2.1 A governança ................................................................................................................. 32
2.2 Princípios da boa governança ........................................................................................ 37
2.3 Governança e políticas públicas de turismo ................................................................... 39
2.4 Tipologias e avaliação da governança ........................................................................... 46
2.5 Governança do turismo no Brasil ................................................................................... 62
3. METODOLOGIA .............................................................................................................. 70
3.1 Base epistemológica ...................................................................................................... 70
3.2 Apresentação dos objetos de estudo ............................................................................. 73
3.2.1 SANTA CATARINA .......................................................................................................... 73 3.2.1.1 Serra Catarinense .................................................................................................... 84 3.2.1.2 Vale Europeu ........................................................................................................... 85 3.2.1.3 Vale das Águas ........................................................................................................ 86 3.2.1.4 Caminhos do Alto Vale ............................................................................................. 87 3.2.1.5 Caminho dos Príncipes ............................................................................................ 88 3.2.1.6 Caminho dos Canyons ............................................................................................. 89
17
3.2.1.7 Caminhos da Fronteira ............................................................................................. 90 3.2.1.8 Encantos do Sul ....................................................................................................... 90 3.2.1.9 Vale do Contestado.................................................................................................. 91 3.2.1.10 Grande Oeste ........................................................................................................ 92 3.2.1.11 Grande Florianópolis .............................................................................................. 93 3.2.1.12 Costa Verde e Mar ................................................................................................. 94
3.3 Procedimentos metodológicos ....................................................................................... 97
3.3.1 SISTEMA METODOLÓGICO .............................................................................................. 97 3.3.2 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DOS DADOS .................................................................... 100 3.3.3 DEFINIÇÃO DA AMOSTRA ............................................................................................. 103 3.3.4 DEFINIÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA .................................................................. 106
4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................................... 113
4.1 A governança turística em Santa Catarina ................................................................... 113
4.1.1 CATEGORIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS CATARINENSES ........................................................ 113 4.1.2 COMPARATIVOS DAS MÉDIAS DOS DESTINOS (TESTES T) ................................................ 130 4.1.3. VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA DO MODELO DE AVALIAÇÃO .................................................... 147
4.2 Aplicação do modelo e discussão dos resultados ........................................................ 154
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 171
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 178
APÊNDICE A – FORMULÁRIO DE PESQUISA ................................................................. 184
APÊNDICE B – TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES SANTA CATARINA ............ 186
APÊNDICE C - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES – DESTINO CONSOLIDADO. .......................................................................................................................................... 188
APÊNDICE D - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES – DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 1. .......................................................................................................... 190
APÊNDICE E - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES – DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 2. .......................................................................................................... 192
APÊNDICE F - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES – DESTINO NÃO CONSOLIDADO ................................................................................................................ 194
APÊNDICE G – TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES– DESTINO CONSOLIDADO X ESTADO DE SANTA CATARINA ...................................................................................... 196
18
APÊNDICE H - TESTE T – TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES – SANTA CATARINA X DESTINOS EM CONSOLIDAÇÃO 1 .............................................................................. 198
APÊNDICE I - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES SANTA CATARINA X DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 2 ..................................................................................................... 200
APÊNDICE J – TESTES DE AMOSTRAS INDEPENDENTES SANTA CATARINA X NÃO CONSOLIDADO ................................................................................................................ 202
APÊNDICE K - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES – DESTINO CONSOLIDADO X DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 1. ................................................................................... 204
APÊNDICE L – TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES CONSOLIDADO X DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 2 ........................................................................................................... 206
APÊNDICE M – TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES –CONSOLIDADO X DESTINO NÃO CONSOLIDADO. ....................................................................................................... 208
APÊNDICE N – TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES CONSOLIDAÇÃO 1 X CONSOLIDAÇÃO 2. .......................................................................................................... 210
APÊNDICE O - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES –CONSOLIDAÇÃO 1 X NÃO CONSOLIDADO ................................................................................................................ 212
APÊNDICE P - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES CONSOLIDAÇÃO 2 X NÃO CONSOLIDADO. ............................................................................................................... 214
APÊNDICE Q - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES SANTA CATARINA MODELO. .......................................................................................................................................... 216
APÊNDICE R - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES DESTINO CONSOLIDADO MODELO. .......................................................................................................................... 218
APÊNDICE S - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 1 MODELO. ....................................................................................................................... 220
APÊNDICE T - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 2 MODELO. ....................................................................................................................... 222
APÊNDICE U - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES DESTINO NÃO CONSOLIDADO MODELO. .......................................................................................................................... 224
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1 INTRODUÇÃO
Este capítulo inicial é composto pela contextualização do tema, seguido pelo Estado
da arte. Após os mesmos, são apresentados o problema de pesquisa, as hipóteses,
os objetivos e a justificativa. Finalizando o capítulo da introdução, são apresentadas a
relevância da pesquisa e a apresentação da estrutura desta tese.
1.1 Contextualização do tema
Nos dias atuais o modelo de gestão pública tem sido aberto para novas formas de
governar. A construção de políticas públicas que possam garantir benefícios para a
maior parcela da sociedade é uma busca constante, seja por parte do Estado, seja
por parte de lideranças empresariais e da sociedade civil organizada. Segundo
Oliveira e Pisa (2015, p.1264-1265)
Políticas públicas devem ser compreendidas como aquelas ações que um determinado governo escolhe implementar com o objetivo de atender a uma demanda pública ou resolver um problema, lembrando-se que essa escolha sofre forte influência política em função dos interesses dos diversos setores que podem por ela ser beneficiados.
Quando estas políticas atingem a participação dos demais atores da sociedade há a
busca de um consenso na definição dos objetivos voltados para a obtenção de
resultados benéficos a todos os participantes. O estímulo para que a sociedade civil
organizada participe no processo de gestão pública permite a busca pelo
desenvolvimento respeitando a vontade da população (HALL, 2011).
No ambiente desta participação na escolha dos caminhos políticos encontra-se o
conceito de governança, ganhando um grau de importância significativo, tanto em
estudos acadêmicos como nas práticas institucionais. A governança é fruto de uma
política pública repensada, no sentido de possibilitar a convergência de ações e
objetivos. No Brasil, esse pensamento surgiu com a promulgação da Constituição de
1988, que permitiu a criação de um Estado democrático de direito, possibilitando aos
cidadãos o exercício do controle na administração pública e a escolha das políticas a
serem implementadas, exigindo a ética, integridade, transparência e prestação de
20
contas como componentes do processo (OLIVEIRA e PISA, 2015). Ainda de acordo
com os autores
A partir dessa nova relação estabelecida, evolui-se então para a noção de governança, que se refere à capacidade do Estado de implementar as políticas necessárias para o alcance dos objetivos comuns e pressupõe o aperfeiçoamento dos meios de interlocução com a sociedade, ao passo que sejam promovidas ações que garantam a maior atuação do cidadão e responsabilização dos agentes públicos (Oliveira e Pisa, 2015, p. 1264).
Esse modelo de gestão tem um grau maior de complexidade, devido ao caráter
participativo, tirando a exclusividade do Estado como elemento condutor do processo.
Santos (1997, p. 341) diz que
“[...] governança não se restringe, aos aspectos gerenciais e administrativos do Estado, tampouco ao funcionamento eficaz do aparelho de Estado”, mas sim a “padrões de articulação e cooperação entre atores sociais e políticos e arranjos institucionais que coordenam e regulam transações dentro e através das fronteiras do sistema econômico, incluindo-se não apenas os mecanismos tradicionais de agregação e articulação de interesses, tais como os partidos políticos e os grupos de pressão, como também as redes sociais informais”.
Governança pode ser vista como uma forma distinta de governo, com diferentes
causas, manifestações e resultados, que levam a atividades com alta variação de
formato, conteúdos e também do seu alcance, podendo assumir a forma de um
fenômeno ou mesmo ser organizado por uma estrutura analítica. Dessa forma, a
governança acaba tendo um conceito bastante amplo atualmente, porém também um
conceito obsoleto por sua utilização sem critérios (DURÁN, 2013).
Quando aplicado o conceito de governança na atividade turística, os resultados
também aparentam serem diferenciados nos mais variados destinos. Entendendo que
a governança turística é o processo de gestão da atividade turística, que faz com que
os destinos possam ser mais ou menos organizados e consequentemente mais ou
menos atrativos aos turistas e visitantes, surge a necessidade de uma maior
compreensão sobre esta complexidade. Conforme Queiroz e Rastrollo-Horillo (2015,
pg. 47) “A governança se situa no debate atual da política e da investigação turística
como um novo enfoque de governo que dê resposta à crescente complexidade da
gestão de destinos turísticos.”
21
A forma e os processos da governança nos destinos turísticos serão essenciais para
a obtenção, ou não, dos resultados auferidos pelo mesmo. Assim, a governança terá
seu espaço na participação de todos os agentes que se interessam pela busca destas
metas compartilhadas, sendo então um modelo de governo útil para efetivamente se
praticar a busca de sustentabilidade nos destinos (QUEIROZ e RASTROLLO-
HORILLO, 2015).
Porém, há a compreensão que o processo de governança pode ser voltado não só
para as ações, mas também, para a compreensão dos resultados atingidos pelos
destinos, uma vez que os mesmos serão diferenciados em cada realidade, devido à
complexidade e particularidade das mesmas. Dias (2013, p. 32) afirma que “[...] é
importante visualizarmos a governança de uma forma mais ampla, tendo a ver com
os meios e processos, mas, ao mesmo tempo, com os resultados.”
Uma das dificuldades, ainda relacionada à governança, seria os instrumentos voltados
para avaliar seus processos e resultados. Conforme Oliveira e Pisa (2015, p. 1264)
“Na verdade, ainda faltam instrumentos avaliativos que exponham de forma sistemática e tempestiva a efetividade das ações governamentais e que tenham por base os princípios da governança pública aplicados à materialização das políticas públicas, sejam elas de Estado ou de governo”.
Alguns autores já trabalham com a sugestão de indicadores para a avaliação da
governança turística (DURÁN, 2013; QUEIROZ e RASTROLLO-HORILLO, 2015),
para a avaliação da governança pública (OLIVEIRA e PISA, 2015; RAMOS e VIEIRA,
2015) enquanto outros tratam de tipologias de governança turística com diferentes
características (HALL, 2011), porém ainda não há uma proposta efetiva de um
instrumento de avaliação ou mensuração da governança em destinos turísticos a partir
da perspectiva dos atores envolvidos na governança turística.
Sendo assim, é perceptível a importância da utilização de um instrumento que
pudesse avaliar a governança, visando apresentar percepções que possam embasar
as discussões sobre os processos, metas e resultados a serem atingidos pelo turismo,
buscando sempre a alternativa mais sustentável.
22
1.2 Estado da Arte
O tema governança vem sendo utilizado por inúmeros autores, sendo um assunto em
visível crescimento nas discussões acadêmicas, formando um corpo conceitual cada
vez mais robusto. Para este trabalho, além da obra de Rhodes (1996) e Rosenau
(2000), foram analisadas produções acadêmico-científicas produzidas a partir do ano
de 2007, publicadas em revistas científicas, além de livros e teses sobre o assunto.
A governança se divide em diversas áreas de estudo, com trabalhos refletindo essa
grande gama de interações da mesma com temas importantes para o
desenvolvimento dos locais pesquisados, assim como com o desenvolvimento,
sustentabilidade e qualidade de vida das populações. Neste sentido, a governança
pública e urbana foi assunto de diversos autores, visando identificar o papel da mesma
na gestão de cidades (BERITELLI ET AL., 2007; SHELDON e PARK, 2008; UZUN,
2010; PINSON, 2010; SEIXAS e MAS, 2010; CRESPO e CABRAL, 2010; RONCONI,
2011; MOSCARDO, 2011; PULIDO FERNANDEZ, 2014; PULIDO FERNANDEZ e
PULIDO FERNANDEZ, 2014).
Quando o objetivo é identificar a influência da governança no desenvolvimento local
busca-se identificar quais aspectos são relevantes para a irradiação do
desenvolvimento dos destinos e seu entorno por meio da relação da governança com
o desenvolvimento local e regional (FRATUCCI, 2009; SILVA e ALVES, 2010; ZAHRA,
2011; FRANÇA et al, 2012; SILVA ET AL., 2012; DIAS, 2013; MASSUKADO-
NAKATAMI e GONÇALVES, 2013).
A relação entre a sustentabilidade dos destinos e a governança também tem sido tema
de diversas pesquisas, demonstrando a inseparabilidade dos dois conceitos para o
sucesso de destinações turísticas (PONTALTI, 2008; SHELDON e PARK, 2008;
DINICA, 2009; WESLEY e PFORR, 2010; ERKUS-OZTURK e ERAYDIN, 2010;
BRAMWELL e LANE, 2011; BRAMVELL, 2011; DELGADO, 2014).
A discussão entre a interdependência da governança com as políticas públicas rendeu
inúmeros trabalhos que avaliam estas interações, tentando demonstrar seus
23
resultados em diferentes destinos (HALL, 2011; FREY, 2012; PECHLANER et al,
2012; HERNTREI, 2012; VELASCO, 2013; SAHAIDAK, 2013).
A comparação entre as governanças dos destinos também tem sido tema recorrente,
uma vez que se entende que as particularidades destas destinações poderão
influenciar nos processos e resultados que a governança obtém (BEAUMONT e
DREDGE, 2010; D’ANGELLA ET AL., 2010; ERKUS-OZTURK, 2011; HALL, 2011;
WANG e LI, 2013; TRENTIN, 2016). Além desta comparação, encontra-se também
textos destinados à realização de revisão literária sobre o tema (RUHANEN ET AL.,
2010; WANG e LI, 2013)
Outro objeto de estudo é a construção de indicadores para a avaliação da governança
turística (DURÁN, 2013; QUEIROZ e RASTROLLO-HORILLO, 2015), para a
avaliação da governança pública (OLIVEIRA e PISA, 2015; RAMOS, VIEIRA, 2015) e
tipologias de governança turística com diferentes características (HALL, 2011a).
A extensão dos estudos em governança utilizados para a elaboração desta tese está
representada no Quadro 1.
Quadro 1 – Estudos sobre Governança. Tema Autores
Governança Pública e Gestão
RONCONI, 2011; UZUN, 2010; PINSON, 2010; SEIXAS e MAS, 2010; CRESPO e CABRAL, 2010; MOSCARDO, 2011; BERITELLI ET AL., 2007; SHELDON e PARK, 2008; PULIDO FERNANDEZ, 2014; PULIDO FERNANDEZ e PULIDO FERNANDEZ, 2014.
Governança Urbana e Planejamento
SILVA e ALVES, 2010; FRANÇA et al, 2012; DIAS, 2013; ZAHRA, 2011; FRATUCCI, 2009; SILVA ET AL., 2012; MASSUKADO-NAKATAMI e GONÇALVES, 2013.
Governança e Desenvolvimento Local e Regional
PONTALTI, 2008; BRAMWELL e LANE, 2011; BRAMVELL, 2011; DINICA, 2009; WESLEY e PFORR, 2010; SHELDON e PARK, 2008; ERKUS-OZTURK e ERAYDIN, 2010; DELGADO, 2014.
Governança e Sustentabilidade
SAHAIDAK, 2013; PECHLANER et al, 2012; HALL, 2011; HERNTREI, 2012; HALL, 2011; VELASCO, 2013; FREY, 2012.
Governança e Políticas públicas
WANG e LI, 2013; ERKUS-OZTURK, 2011; BEAUMONT e DREDGE, 2010; HALL, 2011a ; D’ANGELLA ET AL., 2010; TRENTIN, 2016.
Comparativo entre Governanças de Destinos
WANG e LI, 2013; RUHANEN ET AL., 2010.
24
Indicadores de Governança
DURÁN, 2013; QUEIROZ e RASTROLLO-HORILLO, 2015; OLIVEIRA e PISA, 2015; RAMOS, VIEIRA, 2015; HALL, 2011a; PULIDO FERNANDEZ e PULIDO FERNANDEZ, 2017.
Fonte: Autor, 2017.
1.3 Problema de pesquisa
O papel da governança em relação aos resultados na atividade turística tem sido
amplamente discutido por autores do mundo todo. A atividade turística pode ser um
importante instrumento para uma destinação, pois poderá auxiliar no uso sustentável
de seu ambiente natural, além de buscar um equilíbrio social, cultural e econômico.
Este desenvolvimento, porém, depende de objetivos claros para a obtenção dos
resultados pretendidos, visando beneficiar o máximo de pessoas ao longo do
processo.
Neste contexto, as pessoas envolvidas, ou seja, os “atores”, tem uma grande
responsabilidade na condução e participação Durante todas as etapas do
planejamento e execução das políticas públicas, dos processos decorrentes das
mesmas, assim como o acompanhamento sobre os resultados obtidos pelo destino.
A avaliação deste processo de governança surge como um grande desafio para os
destinos turísticos.
O conceito de Governança tem sido associado a duas diferentes origens: as reformas
do setor público nos Estados Unidos EUA e no Reino Unido, durante os anos 80,
através da inclusão de princípios de gestão corporativa e do desenvolvimento de
parcerias público – privadas, e o chamado “corporate governance”, sistema pelo qual
as empresas são dirigidas e controladas. Na literatura especializada, este conceito
está presente em autores como Rhodes (1996), que define a Governança como
“Organização de redes inter-organizacionais, caracterizadas pela sua
interdependência, troca de recursos, regulamentos e significativa autonomia frente ao
Governo.”.
O estudo sobre a governança, suas características, suas aplicações, seus resultados
e seus possíveis indicadores para avaliação é um importante desafio, tanto para
pesquisadores, quanto para os próprios atores que fazem parte deste processo, pois
25
o mesmo permitiria identificar as particularidades de cada destino em relação aos seus
processos de governança, visando assim, um processo de planejamento e gestão do
turismo mais voltado para a garantia de consecução na busca por elementos
sustentáveis da atividade.
1.4 Contexto Geral e Hipóteses
A governança do turismo pode influenciar o sucesso de um destino turístico
(PONTALTI, 2008). Sendo assim, se entende que os atores envolvidos têm uma visão
ampla sobre o funcionamento da mesma, assim como os seus resultados dentro do
aspecto político, econômico, social e ambiental.
Como primeira hipótese desta pesquisa afirma-se que a governança influenciará
nos resultados do destino turístico (H1), uma vez que os processos decorrentes
da mesma são primordiais para o planejamento e gestão da atividade turística. Tendo
a sustentabilidade como um dos maiores objetivos da gestão do turismo, a
governança turística também deve ter seus participantes direcionados para ações que
a busquem, independente do contexto geográfico em que estejam inseridas. A
sustentabilidade geralmente necessita de ações coletivas para que possa acontecer,
e a governança é a base destas ações coletivas (BRAMWELL, 2011). A
responsabilidade para a busca da sustentabilidade deve ser um compromisso de
todas as esferas de gestão envolvidas. De acordo com Dinica (2009, p. 583)
“Em cada país, a responsabilidade para o desenvolvimento do turismo sustentável é dividida por diversos tipos de atores. Autoridades públicas de todos os níveis, agentes comerciais domésticos e estrangeiros, turistas e comunidade local – todos são atores na estrutura de governança turística e tem impactos na performance sustentável do setor”.
Uma governança direcionada para a sustentabilidade é a chave para a implementação
do processo de governança, podendo facilitar processos democráticos, direcionar e
oferecer meios para que os objetivos sejam atingidos. A governança pode ser alterada
de tempo em tempo, principalmente devido às mudanças políticas e mesmo por causa
das lições aprendidas com resultados prévios (BRAMWELL et al, 2011).
26
A segunda hipótese deste trabalho é a ideia de que é possível avaliar a governança
turística de um destino por meio da percepção de seus participantes (H2), para
identificar a gestão, os processos e resultados decorrentes dos mesmos. A
importância desta prática já foi apresentada por autores em contextos diferenciados,
propondo índices que se apoiam em indicadores públicos e resultados da iniciativa
privada (DURÁN, 2013; PULIDO-FERNANDEZ e PULIDO FERNANDEZ, 2017),
porém a avaliação sob o ponto de vista de quem vive a realidade da gestão do destino,
ou seja, os atores desta cadeia produtiva, ainda não foi efetivamente abordada. De
acordo com Bramwell e Lane (2011, p.411) “[...] governança não pode ser entendido
em isolamento de suas relações com a sociedade, incluindo os grupos sociais que
procuram influenciar o processo de governança”. Os autores chamam a atenção para
o fato de que as vontades dos grupos envolvidos irão influenciar diretamente no
processo de gestão, e por isso, devemos levar todos os aspectos em consideração
quando estudando a governança de determinada localidade. Vale ressaltar que
diversos atores podem estar envolvidos, sejam representantes de comunidades,
empresas ou do terceiro setor (BRAMWELL e LANE, 2011).
1.5 Objetivos
Entendendo a necessidade do desenvolvimento conceitual e prático sobre as
hipóteses acima apresentadas, este trabalho tem como objetivo a construção de um
instrumento de avaliação da governança turística por meio da percepção de seus
atores, para diferentes destinos turísticos, e que possa ser aplicado às diferentes
realidades apresentadas nos mesmos.
A pesquisa tem como objetivo geral Analisar a Governança Turística de um Estado
Brasileiro por meio da percepção de seus atores.
Esta análise permitirá buscar indicadores para identificar a gestão, os processos e os
resultados decorrentes, como dimensões essenciais para o planejamento e gestão do
Turismo
Para atingir o objetivo geral, foram elencados os seguintes objetivos específicos:
27
➢ Analisar as propostas de avaliação da governança encontrados na literatura da
área e de áreas afins para a composição de um instrumento de avaliação da
governança turística na percepção de seus atores.
➢ Desenvolver um modelo de avaliação da governança turística.
➢ Caracterizar os destinos turísticos a serem estudados.
➢ Aplicar o modelo de avaliação proposto nos destinos estudados.
➢ Confirmar a validade do instrumento criado por meio de análises estatísticas
confirmatórias.
Como marcos conceituais, este trabalho abordará os conceitos de governança,
princípios da boa governança, governança no turismo, tipologias de governança,
caracterização das governanças e governança do turismo no Brasil (Figura 1)
aprofundando também na busca de conceitos e exemplos de governança turística,
visando identificar indicadores para a construção de um instrumento de avaliação da
governança turística por meio da percepção de seus atores.
28
Figura 1 – Marco Conceitual
Fonte: Autor, 2017.
1.6 Justificativas
Esta pesquisa justifica-se pela carência de estudos voltados para a avaliação da
governança turística na percepção de seus atores, uma vez que os mesmos têm
importante papel neste processo, tendo a possibilidade de influenciar e serem
influenciados pelos resultados da mesma.
O destino a ser estudado é o Estado de Santa Catarina. O destino selecionado como
objeto de estudo faz parte do projeto Desenvolvimento Regional, políticas públicas
e competitividade no Turismo: estudo dos casos da Costa Verde e Mar (SC),
Serra Gaúcha (RS) e do Litoral de Jijoca de Jericoacoara (CE), aprovado no Edital
Pró-Integração 55/2013, financiado pela CAPES e Ministério da Integração Nacional,
aprovado em 2014 e desenvolvido pelo grupo de pesquisa PLAGET (Planejamento e
Gestão do Espaço Turístico) da Universidade do Vale do Itajaí, do qual o pesquisador
faz parte. Além da justaposição de esforços para o desenvolvimento do projeto, os
destinos selecionados apresentam, numa percepção panorâmica, lógicas, estratégias
Marco Conceitual
Governança
Princípios da Boa
Governança
Governança
no
Turismo
Governança do Turismo no
Brasil
Tipologias de Governança
Características da
Governança
29
e tipologias do destino diferenciadas, o que garante uma maior diversidade e
representatividade do estudo.
Esta pesquisa também justifica-se pela inserção do pesquisador de forma ativa no
programa de Regionalização do Turismo (PRT), formulado pelo Ministério do Turismo
(MTUR) e que será apresentado em um capítulo posterior, no Estado de Santa
Catarina, desde o início do seu processo, fazendo parte da equipe de consultores que
trabalhou na mobilização das então nove regiões turísticas de Santa Catarina
(passando para doze em 2017), do processo de construção dos Planos Regionais de
Desenvolvimento do Turismo e da formação das Instâncias de Governança Regionais
(IGR’s), sendo inclusive atual secretário executivo da IGR Costa Verde e Mar (Gestão
2015 – 2017).
Com a continuidade do programa de Regionalização e a formação de Governanças
no Plano Nacional de Turismo (PNT) 2013-2016, e com a perspectiva de continuidade
do mesmo também no PNT 2017 – 2020, entende-se que esta política irá buscar o
aprimoramento contínuo, tentando incitar cada vez mais a participação popular por
meio de seus representantes, visando a continuidade dos processos instituídos no
Planejamento e a busca pela obtenção dos resultados propostos para as regiões,
tornando o Brasil um país mais competitivo no mercado internacional de turismo
(MTUR, 2013).
A pesquisa justifica-se ainda, pela intenção em contribuir com as pesquisas e
bibliografias sobre a avaliação das governanças, principalmente no Brasil, buscando
a compreensão de suas particularidades e com uma aplicação efetiva de uma
metodologia que possa demonstrar os resultados destes destinos aliados à percepção
de seus atores.
30
1.7 Relevância da Pesquisa
Este estudo pretende trazer novos elementos sobre a governança no turismo e a sua
relação com percepção dos atores envolvidos, aprofundar a teoria e os modelos da
Governança, bem como apresentar e testar a validade de um instrumento de
avaliação da governança turística.
Do ponto de vista aplicado, poderá fornecer às autoridades locais e nacionais do
turismo e aos setores privados e associativos um melhor entendimento sobre a forma
como as empresas e outras organizações públicas percebem a organização e
colaboração para atingirem os seus objetivos, tendo em vista a melhoria dos
resultados do destino turístico ao qual fazem parte.
A identificação da percepção dos atores em relação aos modelos e tipologias dos
processos, da transferência de conhecimentos e de fontes de inovação, além do
significado da governança em contextos organizacionais, incluindo o papel dos
indivíduos e a caracterização das suas atividades, responsabilidades e competências
poderá, igualmente, fornecer um modelo de boas práticas para os destinos turísticos.
Espera-se que esta investigação possa contribuir ainda para uma nova agenda sobre
o atual modelo de participação dos diferentes grupos de atores ligados à
administração pública e privada na gestão dos destinos turísticos, permitindo abrir
espaço para uma reflexão sobre outros modelos organizativos baseados na
Governança.
1.8 Apresentação da tese
Este trabalho está constituído por introdução, marco teórico, metodologia, discussão
dos resultados e considerações finais.
31
A introdução apresenta a contextualização do tema, o Estado da arte, o problema de
pesquisa, as hipóteses do estudo, os objetivos do trabalho a relevância da pesquisa
e a apresentação da estrutura da tese.
O marco teórico está dividido em cinco subcapítulos. O primeiro aborda conceitos
gerais de governança, sua importância, suas particularidades e aplicações. O
segundo apresenta os princípios de boa governança, ou seja, indicadores para uma
governança que tem como objetivo a sustentabilidade. No terceiro subcapítulo é
abordada a interação entre governança, políticas públicas e turismo, demonstrando
as particularidades desta relação. Em seguida, no quarto subcapítulo, são
apresentados estudos sobre tipologias de governança e sobre a caracterização das
mesmas, diferenciando os modelos propostos e apresentando possíveis indicadores
de avaliação. No quinto subcapítulo será apresentada a governança do turismo no
Brasil, identificando políticas e ações voltadas para o desenvolvimento, gestão e
análise da mesma.
O terceiro capítulo é voltado para a apresentação da metodologia. Inicialmente será
apresentada a base epistemológica desta pesquisa. No segundo momento serão
apresentados os destinos objetos deste estudo. Em seguida, serão apresentados os
procedimentos metodológicos para a definição da amostra, aplicação do instrumento
e procedimentos para análises dos dados.
O quarto capítulo será destinado à discussão dos resultados, iniciando pela percepção
da governança no Estado de Santa Catarina, seguida pela apresentação da matriz de
avaliação.
O capítulo 5 apresentará a conclusão do trabalho e as recomendações resultantes
desta pesquisa, realizando uma síntese da matriz de avaliação, as suas contribuições,
bem como, a partir dos resultados, apresenta as limitações e recomendações para a
continuação deste processo de pesquisa.
32
2. MARCO TEÓRICO
O capítulo referente ao marco teórico é composto por teorias relacionadas à
governança; aos princípios da boa governança; governança e políticas públicas de
turismo; tipologias e avaliação da governança; e finalizando com a governança do
turismo no Brasil.
2.1 A Governança
As sociedades contemporâneas são muito diferentes das que viveram durante o
desenvolvimento e consolidação das nossas instituições políticas modernas. Suas
novas características são fruto de muitas transformações que ocasionaram diferentes
fatores, como a revolução tecnológica, a economia globalizada, o aumento da
tecnologia da informação, além da especialização da população e de organismos
sociais, além do incremento da diversidade e da complexidade da sociedade atual
(VELASCO, 2013). As novas formas de governo abriram novas possibilidades e
formas de gestão, surgindo então a governança como um novo processo. A ideia de
governança é relacionada com a ideia de governo, que por sua vez, está relacionado
com os processos de decisão coletiva para a gestão dos conflitos sociais (VELASCO,
2013).
A Governança é um conceito relacionado com a ideia de governo. É um termo que
surge pelos organismos internacionais visando observar como os governos de alguns
países, que recebem ajuda internacional, não são capazes de assumir suas funções
de governo e administração pública, pois não conseguem alterar os processos
corruptivos e a fraqueza de suas instituições. Nesta proposta de um novo pensamento
de como devem agir os governos e quais funções eles devem assumir nas sociedades
do século XXI, surge o conceito de governança (VELASCO, 2013). As interações
entre os agentes sociais de uma localidade irão permitir resultados mais justos, ao
buscarem objetivos mútuos. Para Pulido Fernandez e Pulido Fernandez (2017, p. 2)
“Governança é um processo em que diferentes agentes sociais interagem para achar
uma solução para problemas e identificar oportunidades para as diferentes
populações envolvidas.”
33
O papel da governança vem ganhando, conforme já debatido neste trabalho,
importante papel na gestão do turismo. Porém, vale relembrar que a governança
surgiu antes de sua aplicação ser direcionada para a atividade turística. A importância
da governança e da participação de diversos atores nos processos políticos é notório.
Tal situação pode ser melhor observada por meio dos estudos de Rosenau (2000, p.
15-16) que mostram a governança como
“[...] um fenômeno mais amplo que governo; abrange as instituições governamentais, mas implica também mecanismos informais, de caráter não governamental, que fazem com que as pessoas e as organizações dentro da sua área de atuação tenham uma conduta determinada, satisfaçam suas necessidades e respondam às suas demandas.”
A governança requer a abertura do espaço político entre atores públicos e privados
visando assim engajar os mesmos com uma variedade de atores não tradicionais,
incluindo as organizações não governamentais (ONG’s) e a própria comunidade
(WESLEY e PFORR, 2010). Em termos gerais, a governança representa uma
mudança nos papéis das estruturas de um governo formal e dos agentes
contemporâneos (UZUN, 2010). Estas mudanças são perceptíveis em diversos
lugares, demonstrando a mudança na percepção sobre os papeis e sobre os atores
envolvidos no desenvolvimento de suas cidades / regiões / estados / países.
Está havendo uma mudança de governo para governança. Isto é equivalente a focar menos nas instituições governamentais e mais nos processos pelos quais as instituições governamentais interagem com a sociedade civil assim como as consequências desta influência mútua entre o estado e a sociedade. Através desta transição, as funções das estruturas de governo formal e agências contemporâneas também mudaram. Existe um novo esquema de alocação das responsabilidades públicas, privadas, voluntárias e comunitárias. (UZUN, 2010, p.3)
O papel dos atores não tradicionais tem se tornado de grande importância, pois assim,
os mesmos podem participar na divisão de responsabilidades e na definição dos
objetivos em comum. O papel dos gestores tradicionais continua lá, porém com outras
funções, mais cooperativas, permitindo a representatividade e focando na
coordenação, tendo as autoridades o papel de iniciarem e/ou moderarem as
cooperações, ao invés de simplesmente darem as ordens para seus pares (UZUN,
2010).
34
A governança toma, então, uma abordagem voltada para a gestão pública, podendo
ser compreendida como um tipo de gestão do Estado, referindo-se à dimensão
governamental, articulando dimensões econômico-financeiras, institucionais,
administrativas e sociopolíticas, estabelecendo parcerias com a sociedade civil e com
o mercado, permitindo a busca pela inovação das soluções aos desafios sociais, além
de permitir o fortalecimento da democracia, pressupondo uma vontade política para a
implementação deste projeto democrático, gerando uma maior articulação entre os
atores, que terão na governança um formato institucional que abrirá a coisa pública à
participação dos diversos atores, gerando espaços públicos de participação e controle
social, a partir de suas diferentes reivindicações (RONCONI, 2011).
Apesar da clareza sobre sua importância e presença nos atuais processos
governamentais, existem diversas interpretações sobre o termo governança (Figura
2). De acordo com Rhodes (1996, p.653)
Existem ao menos seis diferentes usos para a palavra governança: - como o estado mínimo, - como governança corporativa, - como a nova gestão pública, - como boa governança, - como um sistema sociocibernético, - como redes auto organizadas.
A governança como o estado mínimo seria o termo que redefine a extensão e a forma
de intervenção pública nos mercados / sociedades para a entrega dos serviços
públicos. A governança corporativa é um termo específico sobre o sistema no qual as
organizações públicas ou privadas são dirigidas e controladas. O termo nova gestão
pública pode contar com dois significados, um voltado para a capacidade de gestão
(que se refere à introdução de métodos de gestão das empresas privadas no setor
público) e outro para novas economias institucionais. A nova economia institucional
faz referência à introdução da competição de mercado e outras estruturas de incentivo
na provisão de serviços públicos. O termo boa governança diz respeito ao exercício
do poder político em gerenciar os interesses das nações envolvendo um serviço
público eficiente, um sistema judicial independente e um corpo de leis que garantam
o cumprimento de contratos; a administração transparente de recursos públicos;
auditoria pública independente, responsável por uma legislatura representativa;
35
respeito às leis e aos direitos humanos em todos os níveis de governo; uma estrutura
institucional pluralística e imprensa livre (RHODES, 1996).
Figura 2 – Utilização do termo Governança.
Fonte: Adaptado de Rhodes (1996).
A Governança sócio cibernética destaca os limites da gestão por um ator central,
afirmando que não existe uma autoridade única soberana. Em seu lugar, está uma
multiplicidade de atores específicos para cada área; a interdependência entre estes
atores sociais, políticos administrativos; objetivos comuns; linha tênues entre os
setores públicos, privados e voluntários; e novas e múltiplas formas de ação,
intervenção e controle. A governança é o resultado de formas de governo com
interação social e política. Por fim, o uso de termo como redes auto organizadas vê a
governança como um conceito mais amplo do que governo, com serviços providos
por qualquer permuta entre o poder público, o setor privado e o terceiro setor
(RHODES, 1996).
Estado Mínimo
Governança Corporativa
Nova Gestão Pública
Boa Governança
Sistema Sociocibernético
Redes
auto-organizadas
36
Entendendo que a governança se refere a redes auto organizadas e inter-
organizacionais, as mesmas apresentam uma série de características comuns (Figura
3). Estas características são a interdependência entre as organizações, as interações
contínuas entre seus membros, interações semelhantes a jogos, e um grau de
significante autonomia do Estado (RHODES, 1996).
Figura 3 – Características comuns da governança.
Fonte: Adaptado de Rhodes (1996).
A interdependência entre organizações reconhece que a governança é mais ampla
que governo, incluindo os atores não-estatais. Mudar os limites do Estado significa
que os limites entre os setores público, privado e terceiro setor tornaram-se mutáveis
e menos claros. Em relação às interações contínuas, essa característica é causada
pela necessidade de trocar recursos e negociar objetivos comuns entre os membros
da governança. A confiança baseada em regras claras, negociadas e aceitas pelos
participantes da mesma é o que embasa a característica de interações semelhantes
a jogos. Por fim, as redes formadas na governança não são responsabilidade do
Estado; elas são auto organizadas. Apesar do estado não ocupar uma posição
soberana e privilegiada, ele pode indiretamente e imperfeitamente conduzir as redes,
configurando assim a característica de significante grau de autonomia do Estado
(RHODES, 1996).
Interdependência entre organizações
Interações contínuas entre seus membros
Interações semelhantes a jogosGrau de significante autonomia do
Estado
Características Comuns da Governança
37
A crescente importância do papel da governança motivou o interesse nas relações
sociais entre governos, empresas e comunidades. Esta perspectiva levou a um
aumento da investigação de redes aplicada aos destinos turísticos, permitindo atingir
entendimentos contextuais para reforçar o conceito de sistema do turismo. Mais
recentemente, foi demonstrada a existência de uma correlação positiva entre um
conjunto de variáveis mais relacionadas com as características pessoais dos
indivíduos (comunicação, compromisso, simpatia, compreensão e confiança) e o
desenvolvimento e sucesso de iniciativas conjuntas num contexto particular
(BERITELLI, 2011).
2.2 Princípios da boa governança
A boa governança é um conceito que acaba surgindo na tentativa de demonstração
das práticas positivas neste novo processo de gestão. Para que este conceito possa
ser assumido pelas localidades, deverão ser estabelecidos vários princípios, sendo
eles a participação, o estado de direito, a transparência, a capacidade de resposta, a
orientação para o consenso, a equidade, a efetividade e eficiência, a prestação de
contas e a visão estratégica (PULIDO FERNANDEZ e PULIDO FERNANDEZ, 2017).
De acordo com os autores, estes princípios são inter-relacionados, mutualmente
reforçados e não podem ser considerados isoladamente (Figura 4).
Figura 4 – Princípios da boa governança.
Fonte: Adaptado de Pulido Fernandez e Pulido Fernandez (2017).
•Participação
•Estado de direito
•Transparência
•Capacidade de resposta
•Orientação para o consenso
•Equidade
•Efetividade e eficiência
•Prestação de contas
•Visão estratégica
Princípios da Boa
Governança
38
Quanto à participação, se entende que todas as pessoas poderão ter voz na tomada
de decisões, seja de maneira direta ou por meio de instituições que os representam
com legitimidade de interesses. Essa ampla participação é construída na liberdade de
expressão e de associação, assim como a capacidade de participação construtiva
(PULIDO FERNANDEZ e PULIDO FERNANDEZ, 2017).
O estado de direito diz que os quadros legais devem ser justos e imparciais,
particularmente as leis sobre direitos humanos. Já em relação à transparência, esta é
construída no fluxo livre de informações, permitindo que os processos, instituições, e
informações sejam diretamente acessíveis para aqueles preocupados com a mesma,
além da necessidade de existência de informação suficiente para a compreensão e
monitoramento dos temas de interesse (PULIDO FERNANDEZ e PULIDO
FERNANDEZ, 2017).
A característica de capacidade de resposta implica no fato de que as Instituições e
processos devem tentar servir a todos os atores, respondendo às suas necessidades,
enquanto na característica de orientação ao consenso, a boa governança visará
alcançar um amplo consenso sobre o que seriam os melhores interesses do grupo e,
quando possível, sobre políticas e procedimentos para atingi-los (PULIDO
FERNANDEZ e PULIDO FERNANDEZ, 2017).
A equidade tem como objetivo permitir que todos os homens e mulheres tenham
oportunidades para melhorar ou manter seu bem-estar. A efetividade e eficiência está
vinculada aos processos e instituições, que deverão produzir resultados que supram
as necessidades ao mesmo tempo em que promovem o melhor uso dos recursos. A
prestação de contas implica que os tomadores de decisão governamentais, do setor
privado e da sociedade civil organizada deverão prestar contas ao público, assim
como às instituições envolvidas. Esta prestação de contas irá diferir, dependendo da
organização e se a decisão é interna ou externa à mesma (PULIDO FERNANDEZ e
PULIDO FERNANDEZ, 2017).
Na visão estratégica, os líderes e o público tem uma perspectiva ampla e de longo
prazo sobre a boa governança e o desenvolvimento humano, junto com um senso do
39
que é necessário para tal desenvolvimento. Há também um entendimento sobre a
complexidade histórica, cultural e social, na qual esta perspectiva é baseada. Por fim,
a participação, que é o princípio básico e fundamental da boa governança. Quanto
maior o valor dos indicadores de participação, maior será a qualidade do processo de
governança e maior será a transparência e a prestação de contas do corpo gerencial
na execução de suas tarefas (PULIDO FERNANDEZ e PULIDO FERNANDEZ, 2017).
2.3 Governança e Políticas Públicas de Turismo
Nos lugares em que ocorrem as atividades turísticas, a governança influência de uma
maneira significante a qualidade da experiência do turista (SHELDON e PARK, 2008).
O processo de gestão política vem passando por transformações ao longo das últimas
décadas. A participação das comunidades vem sendo cada vez mais comum, na
busca contínua pelo bem de todos. Este novo processo de governar é reconhecido
pelo conceito de governança. Hall (2011, p.439) diz que “governança é o ato de
governar”. Neste sentido, o poder de governar está cada vez mais ao alcance da
população, desde que este processo seja aceito por toda a sociedade e
principalmente pelo poder público. O autor ainda afirma (2011, p. 439) que “não existe
uma definição única de governança”. Historicamente,
“[...] a noção de governança ganhou importância e foi inicialmente concebida como uma abordagem teórica e analítica para compreender as novas formas e práticas de articulação político-administrativa que surgiram relacionados, por um lado à influência política crescente na União Europeia e, por outro, ao processo de metropolização”. (FREY,2012, p.124).
Em relação às suas implicações pode-se afirmar que o tema tem servido de objeto de
estudo nas mais diversas áreas, conforme afirmação de Bramwell (2011, p. 459), “[...]
o termo governança é amplamente utilizado numa variedade de círculos acadêmicos
e práticos. Ele implica nos sistemas de governar, e nas maneiras nas quais as
sociedades são governadas, regulamentadas ou estimuladas. Também sugere ação
e coordenação coletivas.”.
O crescimento das cidades, assim como a necessidade de uma maior integração com
o surgimento da União Europeia começaram a intrigar os pesquisadores, que
precisavam entender estas novas práticas (FREY, 2012). É de extrema importância
40
ressaltar o papel da governança nesse novo contexto, entendendo que a mesma é
influenciada por inúmeros fatores internos e externos.
Essa nova divisão de responsabilidades possibilita o empoderamento de participantes
anteriormente passivos em agentes da governança. Uzun (2010 p. 2) afirma que “Em
termos gerais, governança representa uma mudança nos papéis formais das
estruturas governamentais e agências contemporâneas. Há também uma mudança
na distribuição das responsabilidades entre os grupos públicos, privados, terceiro
setor e comunidades”. Este novo modelo permite uma popularização das decisões
governamentais, e consequentemente dos resultados a serem atingidos, muitas vezes
buscando objetivos comuns à maioria dos envolvidos, e, conforme Seixas e Mas
(2010, p. 1), esse novo conceito pode trazer muitas incertezas, não só teóricas, mas
também na prática, pois
“O conceito de governança tem vindo a tornar-se num dos mais relevantes, mas também mais dúbios conceitos em políticas urbanas. As perspectivas luminosas de cooperação, de participação e de construção coletiva são acompanhadas por receios sombrios de demissão pública, regimes oligárquicos e diminuição da democracia local”. (SEIXAS; MAS, 2010)
Pode-se ressaltar, porém, que a intenção principal deste novo processo de gestão é
de fazer com que as decisões sejam voltadas para o benefício da maioria, buscando
em si mesmo a regulação de seus processos e mobilização das ações sociais visando
produzir uma ordem social, envolvendo assuntos de preocupação coletiva
(BRANMWELL; LANE, 2011). Outro aspecto a ser levado em consideração quando
falamos de governança é a necessidade de uma observação de forma mais ampla,
buscando a compreensão dos meios e processos utilizados, mas ao mesmo tempo,
buscando também os resultados alcançados (DIAS, 2013). Não se pode afirmar que
o governo ou o estado não tem mais influência no processo de gestão ou na
governança, pois o mesmo ainda tem a influência para o desenvolvimento de políticas
públicas voltadas para o desenvolvimento (BRAMWELL; LANE, 2011).
Quanto ao envolvimento primordial do governo ou estado na governança, também
deve-se levar em conta que em qualquer forma de gestão é preciso que haja uma
busca harmoniosa nas formas regulatórias entre os atores envolvidos, entendendo
41
que tanto o setor público quanto o privado necessitam de consenso, buscando
objetivos comuns à sociedade como um todo, representada pelo poder público, pela
comunidade e pela iniciativa privada (SILVA et al., 2012).
Em relação ao aspecto geográfico, a governança pode ocorrer em diferentes escalas
geográficas, sejam transnacionais, nacional, estadual, regional ou local, e dessa
forma, suas dinâmicas, motivadas por situações diferentes em locais diferentes, com
suas funções e atividades moldadas pelas realidades vividas nestas diferentes
escalas espaciais (BRAMWELL e LANE, 2011). De acordo com Erkus – Ozturk (2011,
p.307) “A presença de diferentes instituições e mecanismos de decisões influencia em
como a governança se desenvolve em diferentes países e cidades”. Além da escala
espacial, Fratucci (2009, p.404) chama a atenção quando diz que “As articulações
cada vez mais intensas entre os territórios-rede do turismo apontam para a escala
regional onde, redes regionais de relações e inter-relações constituídas pelos e entre
seus agentes sociais, criam uma dimensão espaço-tempo complexa de governança
do setor”, ou seja, as relações podem ser alteradas, assim como os resultados obtidos,
ao longo do tempo.
Essas diferenças regionais interferem diretamente nos processos e resultados
buscados e atingidos pelos atores envolvidos, mas independentemente do local em
que este processo ocorre, mudanças são percebidas. Conforme Massukado-
Natakami e Gonçalves (2013, p.4)
“Ao entendimento do contexto da participação popular e do apoio e da descentralização das atividades públicas (alcançando as esferas nacionais, estaduais, regionais e municipais) como uma consequência do movimento da nova gestão pública, aparece a governança unindo a administração pública, às políticas públicas e a busca por novos métodos para governar impulsionados por mudanças sociais, econômicas e tecnológicas. “
Entende-se então que a governança pode ser uma ferramenta de busca por melhores
condições e motivadas por interesses comuns de toda a sociedade, representada por
atores não tradicionais, mas que vem sendo autorizados e estimulados em alguns
casos a participarem do processo de gestão de uma localidade, muitas vezes tendo
como objetivo o desenvolvimento sustentável em seus diversos âmbitos.
42
A atividade turística tem sido uma alternativa para diversos locais ao redor do mundo
buscarem seu desenvolvimento econômico, mas ao mesmo tempo, buscarem a
sustentabilidade ambiental, social e cultural. Tradicionalmente, o papel do turismo tem
sido reconhecido como um instrumento de desenvolvimento endógeno e, também,
com o potencial em gerar riqueza e empregos, se tudo correr bem. Uma das
circunstâncias essenciais é a governança, ou seja, coordenação, colaboração e/ou
cooperação entre os diferentes atores envolvidos no processo de desenvolvimento
turístico, de forma a garantir o efeito multiplicador do turismo na economia local
(PULIDO FERNANDEZ e PULIDO FERNANDEZ, 2017).
O processo de gestão de uma localidade turística varia de acordo com as
peculiaridades regionais, a participação de seus atores em diversos níveis (ZAHRA,
2011), entre outros aspectos relevantes. Nesse sentido, o conceito de governança
também vem ganhando força no processo de gestão do turismo. O estudo da
governança já vem sendo utilizado como um conceito de pesquisa em turismo desde
1993 (WANG e LI, 2013). Ainda conforme Hall (2011, p.437) “[...] governança é um
conceito chave na política e em políticas públicas e tem sido utilizado com maior
frequência no turismo”.
A necessidade de uma destinação turística em conseguir competir num mercado
global e cada vez mais acirrado faz com que o processo de governança desta
atividade busque a competitividade do destino, visando maximizar as mudanças
necessárias para se chegar neste estágio. Conforme Seixas e Mas (2010, p. 8)
“Muitos dos novos tipos de governança vêm da intenção e necessidade de acelerar a competitividade, em termos de transformações estruturais e crescimento econômico urbano, onde a cidade é considerada um agente coletivo que deve buscar recursos que são escassos (como investimentos econômicos, imagem, turistas, arquitetura espetacular) para garantir um lugar vantajoso no mercado urbano”.
Sendo o turismo uma atividade que afeta diretamente não só a economia de um local,
mas também o meio de vida de sua população, o processo de governança deve
garantir a inclusão dos mais variados atores, como as comunidades, os governos e o
trade turístico, pois isso possibilitará uma maior coesão na gestão e possivelmente,
uma maior relevância mercadológica para o destino (ZAHRA, 2011).
43
A governança do turismo ou governança turística seria uma nova forma de liderar os
processos de inovação, fortalecimento e mudanças das dinâmicas turísticas em um
espaço concreto, incorporando atores públicos e privados com a intenção de tomada
de decisões voltadas para a coletividade (VELASCO, 2013). O papel dos residentes
é extremamente importante neste contexto, uma vez que os mesmos serão
diretamente afetados pelos resultados do planejamento e execução das ações. De
acordo com Moscardo (2011, p. 428)
“Também incorporado nessas representações sociais de planejamento turístico levados por aqueles da esfera de desenvolvimento turístico estão as crenças sobre como as destinações turísticas devem ser gerenciadas e no papel que os residentes do destino devem tomar na governança turística”.
Além do papel do residente, ressaltamos o papel das organizações envolvidas com a
gestão do destino (Destination Management Organizations – DMOs) que tem um
importante papel nas redes de gestão e na facilitação da cooperação entre os atores.
São figuras centrais na governança de destinos turísticos, porém, tem uma maior
credibilidade baseada também na eficiência e eficácia de seus próprios resultados,
uma vez que são organizações (PECHLANER et al., 2012).
Outra figura importante na governança são as Instâncias de Governança (IG), que
servem para institucionalizar a organização de grupos de interesses comuns, no caso,
o turismo. Estes grupos podem ser privados, públicos ou mesmo parcerias político-
privadas, podendo ser compostas por empresas, associações, agências locais e
regionais de desenvolvimento, centros tecnológicos, universidades entre diversos
outros (MTUR, 2008; SAHAIDAK, 2013). Os objetivos em comum serão determinantes
para a formação desta participação, que deve ser igualitária, no sentido da divisão de
responsabilidades e também na representatividade. Conforme afirmam Queiroz e
Rastrollo – Horrillo (2015, p. 53)
A identificação dos atores deve determinar as partes interessadas no futuro do destino para garantir a consecução de metas compartilhadas. O desafio está em caracterizar as características destes atores para encontrar o equilíbrio entre as partes, e assegurar a participação efetiva da variedade de atores dotando-lhes de legitimidade e representatividade.
44
Apesar da possibilidade de sucesso em relação à participação de todos os atores, o
turismo sustentável é um objetivo muitas vezes bastante difícil de ser alcançado, uma
vez que suas necessidades perpassam diversos setores e diversos aspectos
diferenciados, como o planejamento, transporte, mudanças climáticas, taxa de
empregos e a eficiência no desenvolvimento regional (BRAMWELL, 2011). Mesmo o
turismo sendo fator de mudança para o meio ambiente e um meio de crescimento
econômico, o desenvolvimento do turismo sustentável é também um aspecto
importante para o processo de criação de políticas voltadas também para a
sustentabilidade, sendo significante aspecto para as governanças de destinos
turísticos (HALL, 2011).
Cabe ressaltar que estes processos deverão contar com a participação efetiva de
todos, cumprindo seus papéis no processo. Conforme Fratucci (2009, p. 404) “[...] tais
redes regionais só poderão contribuir para a governança do desenvolvimento turístico
no caso de serem frutos de processos democráticos, participativos e inclusivos”.
Para Lowi (1994) as políticas públicas são vistas como a solidificação das intenções
do Estado para atingir objetivos coletivos, através de programas e projetos
governamentais, tais como o combate à pobreza, a criação de novos impostos, o
controle da poluição, entre outros. Para o campo do turismo, pode-se compreender as
políticas públicas como o direcionamento dado pelo governo federal, estadual,
municipal ou regional para o desenvolvimento da atividade turística, após ter
consultado os representantes do setor turístico e da sociedade (LOHMANN e
PANOSSO NETO, 2008).
O papel das políticas públicas no turismo segundo Barreto (2003, p. 33) deve ser o de
“[...] propiciar o desenvolvimento harmônico desta atividade”, portanto é de
responsabilidade do Estado organizar uma “[...] superestrutura jurídico-administrativa
(secretarias e similares) cujo papel é planejar e controlar [...]” os investimentos que o
Estado realiza, os quais permitem o avanço da iniciativa privada, por meio da
construção de equipamentos e prestação de serviços, devendo essa administração
pública criar mecanismo que assegurem o retorno em forma de benefícios à
população.
45
Sem dúvida que a criação de estruturas administrativas é importante para o
desenvolvimento do turismo, até mesmo porque implica diretamente na ação de
governança, meio que é essencial para o equilíbrio das tomadas de decisões dos
gestores, visando incentivar e controlar, de modo a diminuir os prejuízos oriundos do
conflito de interesses, tão inerentes ao processo de formulação e implementação de
políticas públicas (BARRETO, 2003).
Neste interim, vislumbra-se a importância do papel da governança, aqui entendida
como a totalidade das diversas maneiras de se administrar problemas, de forma
integrada entre Estado e setores privados, a fim de dinamizar a atividade turística.
São considerados elementos chave para a governança a percepção que a mesma
será uma ideia ligada à função de governo, como um processo social. Além disso, é
importante, distinguir os reais processos de cooperação entre o poder público e a
iniciativa privada voltados para o desenvolvimento do turismo (VELASCO, 2013).
Estas novas relações não se submetem aos princípios de hierarquia, nem de
mercado, mas sim de abordagem de decisões coletivas sob novas perspectivas. Outro
elemento é a ideia básica de que é imprescindível aumentar o grau de cooperação e
aprofundar as relações de interação entre os atores para poder enfrentar os desafios
que buscam aumentar a competitividade de um destino ou setor em um entorno onde
o respeito aos princípios do desenvolvimento sustentável se transformou em um
desafio substancial. Seu ponto de partida é uma estrutura institucional pública que
possa exercer uma função de autoridade, voltada para a gestão de conflitos
(VELASCO, 2013).
A governança turística se constitui de processos de decisão que envolve atores
públicos e privados e que visa melhorar a gestão dos conflitos que inevitavelmente o
turismo provoca no destino. Ela é uma atividade de orientação (voltada para objetivos
concretos) e de seleção de meios e técnicas, estabelecendo margens que permitam
um trabalho conjunto entre a totalidade de atores além de projetos para novos
processos de gestão e desenvolvimento público e coletivo (VELASCO, 2013).
46
2.4 Tipologias e avaliação da governança
Na literatura sobre governança existem tentativas relacionadas ao ato de tipificar as
diferentes formas de governança. As tipologias de governança contribuem para
conceituar e para descrever o desenvolvimento dos destinos (HALL, 2011)
desempenhando um importante papel como instrumento na busca de conhecimentos,
usada para definir diferentes categorias, e para as maneiras pelas quais os conceitos
e ideias-chave podem ser organizados, utilizando métodos de categorização de modo
a facilitar estudos comparativos e sistemáticos. Os diferentes modos de governo
fazem relações entre os setores público e privado. Ao propor as tipologias, Hall (2011,
p. 438) justificou o seu trabalho afirmando que
“Explorando diferentes estruturas e imagens conceituais, é possível identificar as maneiras em que a teoria influencia como o mundo é analisado, entendido e estudado em respeito à elaboração de políticas e como, inversamente, a elaboração de políticas também afeta o desenvolvimento da teoria”.
HALL (2011) afirma que não há uma única definição de governança, mas um corpo
conceitual amplo sobre o tema, e que tal referencial teórico sugere o reconhecimento
das mudanças nas práticas políticas, causadas por diversos fatores (redes, divisões
público-privadas, globalização, etc) e que nos levam ao conceito de nova governança
(Figura 5).
47
Figura 5 – Nova governança.
Fonte: Adaptado de Hall, 2011 (Tradução livre).
Quanto às características das novas formas de governança, o autor sugere seis
elementos que afetam as relações: a participação e divisão de poder; a integração
multinível; a diversidade e descentralização; a deliberação, a flexibilidade e revisão;
e, por fim, a experimentação e criação de conhecimento (Quadro 2).
Quadro 2 – Elementos e características da Nova Governança
Elemento Características
Participação e divisão de Poder
A elaboração de políticas não é considerada de propriedade exclusiva das entidades reguladoras (legisladores), mas atores públicos e privados de diferentes níveis devem participar no processo político como parte das parcerias público-privadas.
Integração Multinível Coordenação entre diferentes níveis das necessidades governamentais para que ocorram horizontalmente e verticalmente e devem também envolver atores privados.
Diversidade e descentralização
Ao invés de uma abordagem regulatória, e legislativa comum, a diversidade de abordagens coordenadas são encorajadas.
Deliberação Maior deliberação é encorajada entre atores públicos e privados para aumentar a legitimidade democrática na elaboração de políticas públicas.
A totalidade de concepções teóricas sobre o ato de
governar.
A representação conceitual e teórica do papel do Estado na
coordenação dos sistemas socioeconômicos
Capacidade do Estado em estimular o sistema
socioeconômico e as relações entre o Estado e outras
políticas.
Coordenação e autogoverno, especialmente a respeito de redes de relacionamentos e atores de parcerias público-
privadas.
Adaptação do Estado contemporâneo ao seu
ambiente econômico e político.
48
Flexibilidade e revisão (avaliação)
Medidas legais mais suaves são geralmente aplicadas para permitir regras mais flexíveis e padrões abertos que são voluntariamente implementados e podem ser revisados com as mudanças do ambiente político.
Experimentação e criação de conhecimento
Maior encorajamento de experimentações locais nas medidas da governança, assim como na criação de conhecimento e sua partilha simultaneamente com uma observação multilateral, benchmarking e o intercâmbio de resultados e melhores práticas.
Fonte: Adaptado de Hall, 2011 (Tradução livre)
A participação de todos os atores é condição para a efetiva governança de destinos,
motivados pelos objetivos comuns, e que de acordo com a particularidade de cada
destino, o mesmo poderá ser enquadrado em uma tipologia específica. Apesar da
identificação das tipologias, ainda existe uma grande lacuna a ser preenchida em
relação à identificação dos destinos em uma tipologia de governança, uma vez que
não há indicadores consolidados para a avaliação deste processo. Conforme o
Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) (2010, p. 29)
Do ponto de vista de políticas públicas, os indicadores são instrumentos que permitem identificar e medir aspectos relacionados a um determinado conceito, fenômeno, problema ou resultado de uma intervenção na realidade. A principal finalidade de um indicador é traduzir, de forma mensurável, determinado aspecto de uma realidade dada (situação social) ou construída (ação de governo), de maneira a tornar operacional a sua observação e avaliação.
A efetividade da governança turística local na busca dos objetivos de seus atores
depende da efetividade das estruturas institucionais e seus processos, além dos
recursos e habilidades disponíveis neste destino (BEAUMONT e DREDGE, 2010). As
redes de governança, na opinião dos autores operam na maioria das vezes de forma
independente, mas tem uma convergência, reforçam e até mesmo capacitam-se
mutuamente quando os interesses são compartilhados. Continuam afirmando que
existem três tipos de governança (Figura 6), a de redes lideradas por conselhos, a de
redes lideradas por seus participantes e a de redes lideradas pelas organizações
turísticas locais.
49
Figura 6 – Tipos de Governança.
Fonte: Adaptado de Beaumont e Dredge (2010).
No ano de 2013, a Organização Mundial do Turismo (OMT), por meio de suas
publicações oficiais, lança o material intitulado “Governança para o setor turístico e
sua mensuração”. O material, de autoria de C. Durán, foi lançado em outubro de 2013
buscando demonstrar a importância da mensuração e da análise no turismo, visando
disseminar as ferramentas corretas para isso acontecer, e para servir de plataforma
ao desenvolvimento deste campo de trabalho (DURÁN, 2013).
Ao longo do texto, o autor faz uma apresentação das diferentes visões relacionadas à
governança, seguida pela abordagem conceitual sobre governança no setor turístico
e continuando com as orientações gerais para a mensuração da governança no
Tipos de Governança
Liderada por
Conselhos
Liderada pelas
organizações turísticas
locais
Liderada pelos
participantes
50
turismo. De acordo com o autor, a dificuldade da avaliação da governança se dá
também pela multiplicidade de interpretações sobre o termo. Assim, afirma Durán
(2013, p. 1) que
Alguém pode facilmente descrever a governança, no entanto, como um conceito mais citado do que compreendido. O melhor que alguém pode dizer é que mencionando o conceito, diferentes atores significam coisas diferentes. O conceito continua nebuloso, sendo usado indiscriminadamente – e muitas vezes erroneamente – servindo muitas vezes como um termo genérico. Isto não só priva o termo de utilidade analítica, mas também torna mais difícil compreender e avaliar a sua importância e as implicações para o desenvolvimento.
Quando aborda a governança no setor do turismo, o autor afirma que o termo tem sido
utilizado de forma crescente, sendo um tema relevante e atual, sendo discutido em
fóruns de vários níveis, seja por pesquisadores ou programas de governo, mas que
ainda é um termo obscuro e mal definido, cercado de confusão sobre sua definição e
sobre suas implicações na atividade (DURÁN, 2013). O mesmo prossegue afirmando
que para o aprofundamento das discussões serão necessários os seguintes passos
(Figura 7).
Figura 7 – Passos para o aprofundamento da discussão sobre governança no turismo.
Fonte: Adaptado de Durán (2013).
Itens a serem estudados para o aprofundamento da discussão sobre governança no turismo.
Identificação dos componentes básicos que poderão entrar no
conceito de governança aplicada ao turismo, estudar suas implicações
não somente para as políticas públicas que guiam o
desenvolvimento turístico, mas também as Administrações de
Turismo Público (PTA), como um fundamental componente do
governo, cujo impacto no desenvolvimento futuro do setor
também seria estudado.
Desenvolvimento de uma proposta metodológica para a construção de indicadores de governança no setor
do turismo, para o uso em determinar, explicar e avaliar o
espaço que ela ocupa em diferentes contextos, seus instrumentos e
mecanismos, assim como as implicações para o processo diretivo do turismo, reconhecendo o papel,
características e formas de participação dos atores
intervenientes na produção do turismo.
Determinação de padrões de interação e arranjos institucionais
que sejam desejáveis para uma governança efetiva no setor
turístico, com o objetivo de abrir espaços de reflexão sobre os
instrumentos do setor público, meios e mecanismos que possam
auxiliar a promover em produzir com eficiência serviços que irão somar e
ajudar a sustentar o valor da produção turística.
51
A partir destas recomendações, o autor sugere um guia geral para a mensuração da
governança no setor turístico, com duas abordagens. A primeira, relacionada ao
espaço ocupado pela governança no setor turístico, avaliando a dimensão da
capacidade diretiva da mesma, ou seja, da gestão relacionada à governança. E a
segunda, avaliando a dimensão de efetividade diretiva, ou seja, relacionado à
resultados obtidos pela governança. Em relação à mensuração, Durán (2013, p 18)
afirma que os fatos que podem ser observados seriam:
“- Meios normativos ou legais para o exercício da coordenação pública, colaboração e cooperação nas estruturas setoriais e estruturais do governo. - Meios normativos ou legais para a formação e desenvolvimento de parcerias público-privadas e relações de cooperação. - Meios legais ou normativos de garantir a corresponsabilidade, transparência e prestação de contas nas relações público-privadas. - Exercício de coordenação, colaboração e cooperação pública. - Exercício de colaboração e cooperação público-privada.”
Quanto ao espaço ocupado pela governança no turismo, o mesmo seria definido pela
capacidade e efetividade diretiva, que requerem os seus próprios recursos e que tem
graus de importância individuais nos destinos (Figura 8).
52
Figura 8 – Espaço ocupado pela governança no turismo
Fonte – adaptado de Durán, 2013.
Na avaliação da capacidade diretiva, os campos de observação seriam os meios
normativos e legais para o exercício da coordenação pública, cooperação e
colaboração nas estruturas de governo setoriais e estruturais, tendo como fatos
observáveis os Poderes e funções atribuídas à administração do turismo na área da
coordenação, colaboração e cooperação em níveis inter e intragovernamentais;
Departamentos do setor público com funções que impactam nas políticas públicas do
turismo, de acordo com o nível de governo; Áreas em que estas funções são
compartilhadas ou simultâneas (Durán, 2013).
Espaço ocupado pela governança no turismo
Dimensões
Dimensão de Capacidade Diretiva
Poderes e recursos disponíveis (para coordenação, colaboração e cooperação de uma
maneira corresponsável, transparente e com prestação de contas: inputs específicos.
Níveis de governo
Nacional
Subnacional
Tipos de recursos
Mecanismos de Coordenação (normativos,
executivos, outros)
Mecanismos de cooperação (setorial,
instrumental)
Mecanismos de colaboração
Instrumentos para garantir a corresponsabilidade,
transparência e prestação de contas.
Dimensão de Efetividade Diretiva
Exercício eficiente (de coordenação, colaboração e cooperação baseado na
corresponsabilidade, transparência e com prestação de contas: inputs específicos.
Esfera pública
Por nível de governo (intergovernamental)
Por setor de atividade (intragovernamental)
Por nível de governo de acordo com o setor de atividade ((inter / intragovernamental)
Esfera Público privada
Parcerias (terceirizações, contratos externos,
participação dos cidadãos, etc) de acordo
com o nível territorial.
53
Avaliando os meios normativos e legais para o estabelecimento e desenvolvimento
relações público-privadas colaborativas e cooperativas podem ser observados os
seguintes fatos: Estrutura reguladora de acordo com o nível de governo e responsável
pela estruturação e operação de parcerias, seja pelos campos planejados de
aplicação ou pelos campos de intervenção do Estado ou tipos de serviços públicos
turísticos já cobertos ou planejados e; outras formas de colaboração e cooperação
(redes para o intercâmbio de experiências, observatórios, etc.).
Na avaliação de meios normativos e legais de garantir a corresponsabilidade,
transparência e prestação de contas nas relações público-privada, os fatos
observáveis são: Estruturas para colaborações e cooperações público-privadas com
responsabilidades compartilhadas; Mecanismos e instrumentos para prestação de
contas baseados nos objetivos e resultados; Mecanismos e instrumentos para
avaliação dos resultados; Instrumentos para promover a empresa responsável.
Quanto à efetividade diretiva, o autor sugere que sejam observados as práticas
governamentais relacionadas ao exercício de coordenação, colaboração e
cooperação pública, observando os mecanismos existentes e instrumentos de
coordenação e cooperação pública usados para buscar objetivos prioritários da
política pública de turismo baseado na identificação de tipos de Mecanismos
(normativo, executivo); o grau de coordenação (níveis); Campos de intervenção
(setorial, intergovernamental); escopo (nacional, regional, local e internacional) e;
procedimentos para prestação de contas baseado nos objetivos e resultados e para a
avaliação destes resultados.
Finalizando o material, o autor faz um quadro que propõe a identificação da dimensão
mensurada, os resultados esperados, o nome, o método de cálculo, a unidade de
medida, a frequência e os objetivos (Quadro 3).
54
Quadro 3: Indicadores de Governança em níveis subnacionais. Dimensão Mensurada
Resultado
esperado
Nome Definição Método de cálculo Unidade de Medida Frequência Objetivos
Capacidade diretiva
Aumento da capacidade diretiva das PTA’s
1. Capacidade Institucional das PTA’s para coordenação, colaboração e cooperação pública.
Em relação ao número total de PTAs em nível subnacional, este indicador mostrará o percentual considerado competente para o exercício da coordenação, colaboração e cooperação diretiva. A base de análise será formada por todas as PTA’s relevantes no começo da mensuração.
No. de PTA’s considerado competentes em relação ao número total de PTA’s X 100
Percentual Triênio 20% de aumento anual
2. Capacidade Institucional das PTA’s para colaboração Público-Privada.
Em relação ao número total de Pta’s em nível subnacional, este indicador mostrará qual percentual considerado competente para assinar instrumentos de colaboração público-privada. A base de análise incluirá todas as pta’s relevantes no começo da mensuração.
No. de PTA’s consideradas releventes em relação ao número total de PTA’s X 100
Percentual Biênio 30% de aumento anual
3. Capacidade Institucional das PTA’s para a transparência.
Em relação ao número total de PTA’s, este indicador irá mostrar qual percentual opera baseado em normas e procedimentos para regulação do direito de acesso à informação pública.
(No. de PTA’s com normas e procedimentos que dizem respeito ao acesso público à informação / Número total de Pta’s no país) x 100
Percentual Ano 100% anual
Efetividade Diretiva
Aumento na efetividade diretiva das PTA’s
4. Grau de corresponsabilidade na gestão do turismo.
Este indicador irá mostrar qual o percentual de PTA’s tem instrumentos para colaborações público-privadas na entrega de serviços em áreas específicas da gestão do turismo.
No. de PTA’s com instrumentos para colaboração público-privada / Total de PTA’s no país x 100
Percentual Biênio 30 % de aumento anual
5. Grau de transparência e prestação de contas nas colaborações público-privadas.
Em relação ao total de quadros de colaboração público-privada em conexão com o turismo, este indicador mostrará qual o percentual é informação pública, sujeita a dois parâmetros com respeito a publicidade, inclusão, verificabilidade e responsabilidade.
No. de parcerias caracterizadas pela transparência e prestação de contas / total do número de parcerias no turismo x 100
Percentual Ano 100% anual
Grau de participação não governamental nas decisões do turismo.
Em relação ao total de PTA’s, este indicador irá mostrar qual percentual estabeleceu quadros colaborativos com redes de atores não governamentais possibilitando a participação no processo de decisão.
Percentual Ano 100% anual
55
Indicador de
Efetividade Diretiva da PTA
Amostra média da efetividade diretiva entre todas as PTA’s, ponderada de acordo com cinco indicadores: colaboração público-privada; coordenação pública intersetorial; coparticipação de empresas e setores sociais para o desenvolvimento; conformidade com os parâmetros para transparência.
Média Ano 100
Fonte: adaptado de Durán (2013).
56
O autor finaliza afirmando que os indicadores são apenas exemplos, e que podem ser
um começo para o desenvolvimento de um sistema de indicadores que possa
enriquecer o sistema de informações sobre a governança turística e áreas adjacentes
(DURÁN, 2013)
O índice de avaliação da governança pública – IgovP foi apresentado pelos autores
Oliveira e Pisa (2015), como uma ferramenta a ser utilizada para a mensuração da
governança pública visando o planejamento estatal e também a possibilidade do
controle social pelo cidadão. De acordo com os autores (2015, p. 1265)
A utilização de modelos de análise e mensuração detalhada por indicadores que tenham como substrato os princípios da governança pública representa uma inovação no sentido de ser um mecanismo eficaz de conhecimento do grau de governança praticada pela União, Distrito Federal e estados, permitindo-se, inclusive, o acompanhamento de sua evolução.
Os autores sugerem indicadores para a avaliação da efetividade, transparência e
prestação de contas (accountability), participação, equidade e a legalidade, ética e
integridade. Sugerem ainda as fontes para a pesquisa dos dados, conforme
apresentado no Quadro 4.
Quadro 4 – Indicadores propostos para a formação do índice IGovP Princípio a ser
avaliado Indicadores propostos
para agregação Fonte de pesquisa de dados
1. Efetividade 1.1 Renda média domiciliar per capita percentual 1.2 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH–M)
1.1 IBGE — Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/ cgi/tabcgi.exe?ibge/censo/cnv/rendauf.def> 1.2 Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) Brasil. Disponível em: <www.pnud.org.br /atlas/ ranking/Riiianking-IDHM-UF-2010.aspx>.
2. Transparência e Accountability
2.1 Índice de Transparência
2.1 Associação Contas Abertas. Responsabilidade: Comitê de Transparência. Disponível em: <http://indicedetransparencia.com/edicao-2010/>
3. Participação 3.1 Percentual de Eleitorado Votos Válidos versus Eleitores aptos percentual 1º. Turno 3.2 Taxa de participação em Conselhos Nacionais e Estaduais
3.1 Tribunal Superior Eleitoral. Disponível em: <www.t se.jus.br/eleicoes/eleicoes-anteriores/eleicoes-2010/ estatisticas>. 3.2 IBGE. Disponível em: <http://servicodados.ibge.gov. br/ Download/Download.ashx?u=ftp.ibge.gov.br/Perfil_ Estados/2012/Base_ESTADIC_2012_xls.zip>
4. Equidade 4.1 Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das
4.1 IBGE.Síntese de Indicadores do Censo Demográfico. Disponível em: <ftp://ftp.ibge. gov.br/Censos/
57
pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho. 4.2 Taxa de analfabetismo População de 15 ou mais por unidade da Federação segundo região. 4.3 Taxa de desemprego: percentual da população de 16 anos e mais, economicamente ativa, desocupada
Censo_Demografico_2010/Resultados_do_Universo/ Resultados_preliminares_sobre_Rendimentos/tabelas_ pdf/tab1_8_10.pdf> 4.2 IBGE. Censo Demográfico 2010-Datasus. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?ibge/ censo/cnv/alfuf.def> 4.3 IBGE. Censo Demográfico 2010-Datasus. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?ibge/ censo/cnv/desempruf.def>
5. Legalidade, Ética, Integridade
5.1 Taxa de aprovação das contas pelo TCE/ TCU, em obediência à Lei de Responsabilidade Fiscal 5.2 Direitos Humanos Taxa de trabalho infantil segundo região / unidade da Federação
5.1 Sítios institucionais dos respectivos TCEs e TCU. Diários Oficiais dos estados. 5.2 IBGE. Censo Demográfico 2010-Datasus. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi. exe?ibge/censo/cnv/trabinfuf.def>.
Fonte: Adaptado de Oliveira e Pisa (2015).
Os autores finalizam o trabalho aplicando o IGovP nos diferentes estados brasileiros,
comprovando sua eficácia como instrumento de avaliação da governança pública.
Em 2016, Trentin comparou a governança turística de dois destinos brasileiros,
utilizando pesquisa qualitativa e documental, descobrindo que as estruturas de
governança têm algumas características semelhantes, citando especialmente a
coordenação e a existência de um espaço de negociação e resolução de conflitos
(TRENTIN, 2016).
Em 2011, Hall publicou um artigo propondo a definição de tipologias de governança
turística, visando o enquadramento dos modelos de governança de destinos turísticos
em uma das quatro categorias propostas pelo autor. Após discorrer sobre a nova
governança, propõe pontos de análise para as tipologias de governança, sendo elas
Características; Temas políticos / governança; ponto de vista político (Policy
Standpoint); Modelo democrático; Foco Principal; Perfil dos atores não centrais;
Distinção entre a formulação de políticas e sua implementação; Critérios de sucesso;
Dificuldades de implementação; razões das dificuldades de implementação; Soluções
para as dificuldades de implementação; Instrumentos políticos (HALL, 2011).
58
O autor então propõe quatro tipologias, a Hierárquica, a de Redes, a comunitária e a
de mercados. No quadro 5 estão sintetizadas as quatro tipologias propostas por Hall:
Quadro 5 – Tipologias de governança. Hierárquica Comunidades Redes Mercados
Tipos de Classificação e Características
Modelo idealizado de governo democrático e da
administração pública
Ideia de que as comunidades devem
resolver seus problemas comuns com o mínimo de envolvimento do Estado
Facilitar a coordenação de interesses públicos e privados e alocação de recursos e, portanto,
aumentar a eficiência da execução da política
Acreditam no Mercado como o mais eficiente e
justo mecanismo de alocação de recursos.
Distinção entre espaço político público e privado
Baseia-se em uma imagem consensual da
comunidade e o envolvimento positivo dos
seus membros em preocupações coletivas
Variam de políticas comunitárias coerentes / triangulações políticas a coalizões para resolução
de um único assunto
A crença na capacitação dos cidadãos através do
seu papel como consumidores
Foco em bem público ou comum
Governança sem governo Regular e coordenas áreas políticas de acordo com as preferências dos atores de redes seguido
das considerações políticas publicas
Uso de critérios monetários para medir
eficiência
Comando e controle ("Top-down" ou seja, tomada de decisão de
cima para baixo)
Fomento do espírito cívico A dependência mútua entre a rede e o estado
Área de políticas para os agentes econômicos
onde eles cooperam para resolver problemas
comuns
Relações hierárquicas entre diferentes níveis do
Estado
Temas políticos / Governança
Hierarquia, controle, execução.
Complexidade, autonomia local, poder
desconcentrado, resolução de problemas
descentralizada
Networks, multiníveis de governança, direção, negociação, troca de
negociações.
Mercados, barganha, trocas e negociações.
Política de perspectiva Topo: responsáveis políticos; legisladores;
Governo central
Inferior: executores, "burocratas de nível de rua" e os funcionários
locais.
Onde negociação e a barganha têm lugar
Onde a negociação terá lugar entre consumidores
e produtores
Modelo utilizado de democracia
Elitista Participativo Híbrido / atores, papel significativo dado a grupos de interesse.
Foco no Consumidor; Empoderamento do
cidadão.
Foco Principal Eficiência: até que ponto as metas políticas
realmente são cumpridas?
O que influencia a ação em uma área problema?
Interação negociada entre metas definidas
centralmente e atores (muitas vezes local),
inovações e restrições.
Eficiência: mercados irá fornecer o resultado mais
eficiente
Atores Agentes passivos ou potenciais impedimentos
Potencialmente inovadores na política ou causadores de problemas
Tentam explicar o comportamento de todos aqueles que interagem no desenvolvimento e implementação da política
Os participantes do mercado são mais adequados para "resolver" os problemas de política
Distinção entre formulação e implementação de políticas
Atualmente e conceitualmente distintos; política é feita pelo topo e implementada pela base
Distinção desfocada: a política é muitas vezes feita e, em seguida, refeita por atores políticos particulares e institucionais
Política de ação contínua: a formulação de políticas e implementação visto como uma série de intenções de negociação em torno da qual tem lugar
Política de ação contínua
Critérios de Sucesso Quando produtos / resultados são compatíveis com os objetivos
Realização de metas (frequentemente locais)
Difícil avaliar objetivamente, o sucesso depende de perspectivas do ator
Eficiência do mercado
Falhas de implementação / déficits
Ocorrem quando produtos / resultados ficam aquém de um objetivo principal
"Os déficits" são um sinal de mudança de política, não falha. Eles são inevitáveis
Todas as políticas são modificadas como resultado da negociação (não há benchmark)
Ocorre quando os mercados não são capazes de funcionar
59
Motivo para implementação lacunas / déficits
Boas ideias, mal executadas.
Ideias ruins executadas fielmente.
Déficits são inevitáveis na medida em que as ideias abstratas para a política vão se concretizando.
Falhas de mercado; Seleção de indicadores inadequados.
Solução para implementação lacunas / déficits
Simplificar a estrutura de execução; aplicar incentivos e sanções.
Déficits são inevitáveis Déficits são inevitáveis Aumentar a capacidade de mercado
Instrumentos de política primária
Lei Auto regulação Auto regulação. Corporativismo e / ou privatização de entidades estatais
Regulamento As reuniões públicas / reuniões da câmara municipal
Programas de Certificação
Uso de preços, subsídios e incentivos fiscais para encorajar comportamentos desejados
Evidente atribuição e as transferências de poder entre diferentes os níveis do Estado
A participação do público Códigos de boas práticas A utilização de instrumentos regulatórios e legais para encorajar a eficiência do mercado
Desenvolvimento de um claro conjunto de disposições institucionais
Não intervenção As associações industriais
Instrumentos voluntários
Licenciamento, autorizações, consentimentos e normas
Instrumentos voluntários As organizações não governamentais
Sem intervenção
Transferências dos direitos de propriedade
Informação e educação associação de Voluntários
Fonte: HALL (2011) Adaptado e traduzido pelo autor.
A Governança Hierárquica conta com pouca discussão na literatura, principalmente
do turismo, pois as discussões são mais generalistas sobre o papel do governo no
turismo, assim como sobre a natureza das intervenções estatais na atividade (HALL,
2011).
A Governança Mercadológica / de Mercado, apesar da decisão do estado em permitir
a ação do mercado na governança, não quer dizer que o mesmo deixe de influenciar
o mercado. Ao invés do uso de mecanismos regulatórios impostos, o governo tem a
opção de buscar outras formar de interferir, seja por meio de incentivos financeiros,
educação dos atores e até possíveis futuras intervenções, visando encorajar o
mercado a seguir determinadas direções, geralmente buscando a auto-
regulamentação (HALL, 2011).
A Governança de redes é considerada uma opção entre a governança hierárquica e
a mercadológica. As redes têm sido propostas como um meio de integrar diferentes
visões e perspectivas políticas, apesar de que a capacidade de integração poderá
depender do grau de participação no processo de planejamento e a influência da
percepção dos ganhos por esta participação. O autor fala sobre o nível em que estas
redes podem agir para obter os resultados visando seus próprios interesses ao
60
contrário de interesses comuns, tornando-se este um desafio na sua utilização como
instrumento de políticas, muitas vezes buscando mais resultados econômicos do que
sustentabilidade (HALL, 2011).
Por fim, a Governança Comunitária (Descentralizada), tem influência do
comunitarianismo, propondo que o governo de larga escala seja substituído por
unidades espaciais em menor escala com o governo mais próximo da comunidade,
assim como uma maior participação pública na criação das políticas públicas (HALL,
2011).
Em 2015, as autoras Queiroz e Rastrillo-Horillo, em um estudo relacionado ao
levantamento do estado da arte sobre governança, propuseram, após a avaliação de
todo o material apresentado, três dimensões para a avaliação da governança em
destinos turísticos. Sendo elas a dimensão quem, que e como.
Na dimensão quem, relacionada aos atores envolvidos na governança, as autoras
propõem a avaliação dos itens legitimidade e representatividade; capacidade para
motivar a participação da variedade de atores; metas coletivas. Na dimensão que,
relacionada ao processo e resultados, a avaliação seria referente aos itens formação;
compromisso; recursos financeiros; tempo para participar; recursos tecnológicos. E
por fim, na dimensão como, também relativa a processos, as autoras sugerem a
avaliação da capacidade para fazer as regras serem respeitadas; mecanismos de
controle e sanções; capacidade de prestação de contas; instrumentos: redes e
coordenação multiníveis (nacional, regional, local), DMO; Web sites, fóruns,
conselhos, juntas, planejamento; aspectos normativos, incentivos; agências de
controle; voto, consultas populares; calendário anual de atividades (QUEIROZ e
RASTROLLO-HORILLO, 2015).
Em 2017, Pulido Fernandez e Pulido Fernandez publicam uma proposta de
indicadores (Figura 9) baseada no princípio da participação, no estado de direito, no
princípio de transparência, no princípio da capacidade de respostas, nos princípios:
da orientação consensual; da equidade; da efetividade e eficiência; da prestação de
contas; e de visão estratégica (PULIDO FERNANDEZ e PULIDO FERNANDEZ,
61
2017). Estes indicadores foram validados por especialistas em governança do turismo,
porém o modelo não foi aplicado pelos autores.
Figura 9 – Indicadores para avaliação da Governança.
Fonte: Adaptado de Pulido Fernandez e Pulido Fernandez (2017).
Após a apresentação destes trabalhos e propostas, vale ressaltar mais uma vez que,
apesar dos ensaios teóricos, nenhum dos modelos chegou a ser aplicado em uma
destinação turística, carecendo os mesmos de validação prática dos instrumentos.
Participação
Estado de direito
Transparência
Capacidade de resposta
Orientação ao consenso
Equidade
Efetividade e eficiência
Prestação de contas
Visão estratégica
62
2.5 Governança do Turismo no Brasil
A governança do turismo no Brasil é fruto de um processo longo, apoiado,
inicialmente, pela gestão pública, que buscou inserir este processo nos estados e
regiões turísticas brasileiras (MTUR, 2017).
Antes da governança turística, por meio do processo de regionalização do turismo,
houveram diversas ações que foram preponderantes para a gestão pública do turismo,
a popularização do turismo no Brasil e o processo de criação e implantação do PRT.
Em seguida é apresentado um quadro síntese das políticas e programas relacionados
ao turismo público no Brasil (Quadro 6).
Quadro 6 – Síntese das políticas e programas de turismo no Brasil
Data Ação
1963 Segundo a Embratur, nessa data, turistas estrangeiros trouxeram R$ 9 milhões para o Brasil - O país foi identificado como um pólo turístico.
1966 Criação da Empresa Brasileira de Turismo (EMBRATUR).
1966 - 1971 Implantação da hotelaria internacional (Rede Hilton).
1971 - 1972 Criação do FUNGETUR-Fundo Geral do Turismo e a inauguração da rodovia Transamazônica estimulando acesso para os demais Estados.
1972 - 1975 Em 1973, a empresa aérea VARIG inicia suas primeiras rotas internacionais e são identificados 542 projetos de novos hotéis. Foi identificado um aumento de turistas estrangeiros no Brasil. Observou-se também, um maior foco na profissionalização do turismo através do MEC (público e privado).
1975 - 1979 Desenvolvimento do turismo de negócios através da Fungetur, início da categorização de hotéis por estrelas, inauguração do Aeroporto internacional do Rio de Janeiro (Galeão) e valorização de bens culturais e materiais através do estabelecimento de áreas particulares de interesse turístico.
1979 - 1984 Implantação da FNRH (Ficha Nacional de Registro de Hóspedes) nas redes hoteleiras e boletim de ocupação. Foi constatado investimentos no país para chegada de turistas estrangeiros.
1984 - 1985 Com a posse de José Sarney na presidência, foram assumidos programas da gestão passada e foi criado um diagnóstico para o setor turístico brasileiro.
1985 - 1986 A Embratur completa 20 anos e houve um destaque no Turismo social devido a criação de programas destinados à classe média.
63
Além disso, o conselho nacional do turismo implantou uma nova proposta de políticas públicas (PNT).
1986 - 1988 Foi criada uma reserva monetária para a promoção do turismo internacional (Futur) - publicidade intensiva e início de uma preocupação com os portadores de necessidades através de programas especializados.
1988 - 1990 Em 1988 o turismo foi reconhecido como atividade econômica essencial.
1990 - 1992 Foram estabelecidas normas para guias de turismo junto com a Embratur, ela estabelece uma política pública com ênfase no turismo ecológico e um plano para o desenvolvimento do turismo no Brasil.
1992 - 1993 Desenvolvimento do turismo interno devido a investimentos regionais que impulsionaram viagens nacionais.
1994 - 1995 Observou-se um estímulo a variadas segmentações do turismo (ecoturismo, turismo rural, turismo de saúde, etc.). Criação e implantação do Programa Nacional de Municipalização do Turismo (PNMT).
1995 - 2002 Turismo brasileiro atinge 28º no ranking da OMT devido a 20 mil empregos ofertados pelo setor turístico e a 16 mil novas UH de hotéis. Ainda, foram construídos 9 aeroportos e a modernização de outros.
2003 - 2009 Em 2003 foi criado o Ministério do Turismo voltado para o desenvolvimento das atividades turísticas. Nesse período, instalou-se o Plano Nacional do Turismo elaborado pelo Conselho Nacional do Turismo, que estabeleceu diretrizes até o período de 2007. Posteriormente, surge o PNT que que dá continuidade à proposta de trabalho até o ano de 2010, revisando metas iniciais. Observou-se em 2005 um aumento de 11,8% do fluxo de turistas no Brasil. Ressalta-se ainda a criação do Programa de Regionalização do Turismo (PRT).
2010 - 2012 Revisão dos Planos e Políticas Existentes. Realização dos Mega Eventos esportivos no Brasil. Continuidade do PRT.
2013 - 2016 Plano Nacional do Turismo tem a intenção de posicionar o Brasil como uma das três maiores economias turísticas do mundo até o ano de 2022 (MTUR, 2016). Em 2011, o World Travel & Tourism Council (WTTC) considerou o setor do turismo brasileiro como o 6º lugar em geração de renda, na projeção para 2022 da mesma instituição, o Brasil deve avançar uma posição, ficando em 5º lugar. Em 2013, dentro do Programa de Regionalização do Turismo, é criado o mapa turístico brasileiro, dividindo os municípios em 5 categorias (Categorização de municípios).
Fonte: Adaptado de EMBRATUR e MTUR (2017).
Os anos 90 foram marcados por ações públicas voltadas para o turismo visando uma
mudança na gestão de cima para baixo (Governo – Comunidade), para uma
64
abordagem voltada à participação da população em sua base, os municípios
brasileiros. Neste sentido, na metade dos anos 1990, a Embratur, então responsável
pela formulação e execução da política nacional de turismo, apresentou o Programa
Nacional de Municipalização do Turismo (PNMT) (TRENTIN, 2016; MTUR, 2007). De
acordo com o Ministério do Turismo, o PNMT teve como objetivo “[...] fomentar o
desenvolvimento turístico sustentável nos municípios, com base na sustentabilidade
econômica, social, ambiental, cultural e política.”. A intenção era buscar a
descentralização do planejamento turístico utilizando um método mais participativo e
que permitisse aos gestores municipais o incremento da capacidade técnica para a
gestão do destino (TRENTIN, 2016).
Para isso, dentre as ações que o PNMT utilizava, as oficinas de capacitação tiveram
destaque, pois tinham como objetivo permitir a criação dos Conselhos Municipais de
Turismo e dos Fundos Municipais de Turismo. Estes dois componentes da gestão do
turismo visavam inserir na organização do turismo municipal o papel de colegiados
que pudessem realizar intervenções na política local, com a participação de atores do
poder público, da iniciativa privada e da comunidade, tendo voz no processo de
escolha das ações públicas relativas à atividade turística, assim como na gestão dos
recursos que pudessem vir a ser investidos no desenvolvimento de um turismo
sustentável. Dessa forma, o PNMT introduziu, no Brasil, uma organização formada
por conselhos que poderiam ser consultivos ou deliberativos, e que permitiram a
aceitação e propagação de uma gestão participativa nos destinos turísticos brasileiros
(TRENTIN, 2016). As parcerias permitiram uma maior articulação entre os diferentes
atores do turismo municipal, conforme afirmado por Trentin (2016, p.648)
O princípio da parceria articulou, nas diferentes escalas político-administrativas, o poder público com a iniciativa privada e terceiro setor, com a finalidade de reunir recursos econômicos, técnicos e financeiros, com vistas à promoção, ao fomento e ao desenvolvimento do turismo no município e no território nacional.
O Programa Nacional de Municipalização do Turismo, de acordo com os documentos
oficiais que inseriram o termo governança no contexto do turismo no Brasil, auxiliou
no reforço da tendência de criação de organismos que visavam participação na
tomada de decisões relativas as ações para o desenvolvimento e promoção do
65
turismo em âmbito local (TRENTIN, 2016). A partir deste programa, o processo de
governança no turismo estava semeado no Brasil.
O Programa de Regionalização veio a substituir o Programa Nacional de
Municipalização do Turismo, lançado pelo então Ministério da Indústria, do Comércio
e do Turismo, no ano de 1994, cujo foco era estimular o desenvolvimento do turismo
em âmbito municipal (MTUR, 2007).
O processo de regionalização tem um contexto histórico bastante extenso, tendo sido
utilizado na Europa, e que tem como modelo referencial a Alemanha; originalmente
esse país era uma coleção de 25 territórios e logo após a unificação regional, pela
primeira vez, a Europa foi dominada por um estado único regionalizado
(CARRUTHERS, 2006).
O ato de regionalizar é entendido como a divisão de uma localidade em regiões. Estas
divisões teoricamente seriam motivadas por semelhanças que fariam com que os
municípios, estados ou países se unissem em uma característica comum, podendo
ser geográfica, financeira, política, social, ou como no caso do presente estudo,
semelhanças regionais em relação ao produto turístico (MTUR, 2009).
A regionalização do turismo é ferramenta relativamente nova no Brasil, tendo sido
instituída pelo Ministério do Turismo, no Plano Nacional do Turismo 2003-2007. De
acordo com o Ministério do Turismo (2013, p. 17) o Programa de Regionalização do
Turismo – Roteiros do Brasil “[...] constitui-se uma política pública, em âmbito
territorial, a partir do Plano Nacional de Turismo 2003-2007, que determinou como
macroprograma estruturante a ‘Estruturação e Diversificação da Oferta Turística’.”.
O Programa, considerado estratégico para consecução da Política Nacional, teve
como entendimento básico a execução descentralizada e regionalizada, focada em
um planejamento coordenado e participativo ao mesmo tempo, com o intuito de
estimular a obtenção dos resultados sociais e econômicos no Brasil (MTUR, 2013).
66
Para o sucesso do processo de regionalização do turismo, a participação de entidades
representativas, órgãos colegiados (conselhos, fóruns), representantes do trade
turístico, universidades, associações e demais entidades interessadas no processo
foram fundamentais. Para se atingir os resultados almejados foi necessário um
processo de mobilização regional que culminou na formação das regiões turísticas
dentro dos estados da federação, e também na formação de uma nova entidade que
surge sob a configuração de Instâncias de Governança Regional, compostas por
entidades públicas e privadas regionais, como papel de fiscalizar, aconselhar e
acompanhar o andamento da política pública de desenvolvimento do turismo.
No ano de 2010 foi realizada a primeira avaliação do Programa visando identificar
fatores que demonstrassem os resultados preliminares obtidos; de acordo com os
dados do Ministério do Turismo (2013, p. 19)
[...] de forma empírica, a partir da observação e vivência dos atores envolvidos, já tornava evidente sua contribuição para o aumento da competitividade das regiões turísticas e da qualidade dos seus produtos, no sentido de gerar impactos positivos na economia regional e local.
Entre o final de 2012 e início de 2013 foi realizada uma consulta pública para se buscar
as orientações e as percepções das partes envolvidas, oportunizando assim a
possibilidade de opinar e destacar os aspectos positivos e negativos do processo, a
fim de auxiliar na redefinição das diretrizes de desenvolvimento do Programa de
Regionalização do Turismo, que teve seu lançamento em maio de 2013, e foi
oficialmente instituído no Plano Nacional de Turismo 2013-2016 (MTUR, 2013). A
expectativa é que o mesmo seja também incluído no PNT 2017-2020.
O Mapa do turismo Brasileiro é um instrumento de orientação do Ministério do Turismo
que foi criado visando orientar o desenvolvimento das políticas públicas, além de
permitir um recorte territorial das regiões turísticas do país. Sua primeira versão, do
ano de 2013, contou com 3.345 municípios que se dividiam em 303 regiões turísticas.
Ainda em 2013, por meio da portaria número 105 do Ministério do Turismo, foi criada
a estratégia de categorização dos municípios das Regiões Turísticas do Mapa do
Turismo Brasileiro. A finalidade deste instrumento era auxiliar na atualização do mapa,
dar direcionamento para a elaboração de políticas voltadas para as especificidades
67
de cada município, possibilitar a orientação de uma melhor distribuição e a otimização
no uso de recursos públicos, dando prioridade aos municípios, de acordo com seu
desempenho na economia do turismo, não focando agora somente nos municípios
indutores que eram priorizados no primeiro momento do PRT (MTUR, 2017).
Para a categorização, foram utilizadas pelo Ministério do Turismo indicadores que
permitiram a divisão dos municípios em cinco categorias, sendo elas A, B, C, D e E.
As variáveis são o número de ocupações formais no setor de hospedagem, número
de estabelecimentos formais no setor de hospedagem, a estimativa de fluxo turístico
doméstico e a estimativa do fluxo turístico internacional do município. Os indicadores
estão vinculados aos resultados oficiais das fontes governamentais (Figura 10).
Figura 10 – Variáveis de análise para a Categorização de Municípios.
Fonte: Adaptado de MTUR (2017).
Outro importante passo para a busca da consolidação da governança turística no
Brasil foi o estímulo à criação das Instâncias de Governança Regionais (IGR’s). O
papel destas entidades é permitir a aplicação prática dos conceitos de governança
nas realidades das regiões brasileiras. De acordo com o Mtur (2017, s.p.)
A Instância de Governança Regional é uma organização com participação do poder público e privado dos municípios componentes das regiões turísticas,
•Estudo da Demanda
Internacional -FIPE / MTUR.
•Relação Anual de Informações
Sociais - Ministério do Trabalho e
Emprego.
•Estudo da Demanda
Doméstica - FIPE / MTUR.
•Relação Anual de Informações
Sociais - Ministério do Trabalho e
Emprego.
Número de ocupações
formais no setor de hospedagem
Estimativa de fluxo turístico
doméstico
Estimativa de fluxo turístico internacional
Número de estabelecimentos
formais do setor de hospedagem
68
com o papel de coordenar o Programa em âmbito regional. Trata-se do reconhecimento e do fortalecimento das organizações geridas de forma compartilhada pelo poder público, empresários, sociedade civil e instituições de ensino dos municípios dessas regiões e, seu papel é zelar para que essa proposta seja executada. O envolvimento desses atores permite que sejam promovidas ações de mudança, com o objetivo de ampliar e incrementar a atividade turística no Brasil.
Ao longo dos anos o país tem mudado o papel do Estado na criação e gestão das
políticas públicas, permitindo uma atuação de diversos atores sociais, visando um
melhor resultado vinculado à estas ações. O governo tem assumido um papel de
cooperação com atores não governamentais que buscam, em conjunto, novas
soluções para problemas em comum (TRENTIN, 2016). As Instâncias de Governança,
permitiram o fomento e a institucionalização da governança por meio de ações
iniciadas pelo poder público, porém com o intuito de buscar união e participação dos
demais atores sociais, gerenciando possíveis conflitos e os recursos voltados para o
desenvolvimento do turismo nestes destinos.
2.6 Síntese do Marco Teórico
Após a apresentação do marco teórico, pode-se perceber que a governança tem
ganho um importante papel no processo de gestão do turismo. Apesar de algumas
divergências conceituais, é inegável a percepção que a mesma deve ser inclusiva, ou
seja, permitindo que os atores de diferentes instituições possam ser ouvidos e possam
participar do processo decisório referente aos objetivos dos destinos.
Os princípios da boa governança irão permitir que os destinos tenham uma gestão
participativa, alinhada ao estado de direito, com ações transparentes, onde haverá
capacidade de resposta aos estímulos internos e externos, orientada ao consenso,
buscando a equidade, a efetividade e eficiência nas ações, realizando prestações de
contas a todos e, por fim, apresentando uma visão estratégica sobre a atividade.
Quando aliada às políticas públicas, a governança deve adaptar-se, não se
submetendo somente ao mercado ou ao princípio hierárquico da política tradicional, e
sim levando em consideração as decisões coletivas voltadas para as resoluções dos
69
conflitos surgidos neste destino, orientando e selecionando formas de trabalho
conjunto para a resolução de problemas comuns.
Quanto às tipologias, a governança pode assumir diversos formatos, seja liderada por
conselhos, por seus participantes ou pelas organizações turísticas locais. A mesma
pode ainda assumir a forma de uma governança hierárquica, ou de uma governança
de redes, assim como uma governança comunitária ou de mercado. Vale ressaltar
que estas quatro tipologias podem criar novas governanças híbridas (HALL, 2011).
Quanto à governança do turismo no Brasil, percebe-se que a atual Política Nacional
de Turismo, por meio do Programa de Regionalização do Turismo, buscou uma
organização inicial por meio do auxílio à criação das Instâncias de Governança
Regionais, porém, percebe-se por meio das novas ações, que a preocupação em suas
últimas ações é de organizar e classificar os municípios das regiões turísticas
brasileiras. Este processo pode ser percebido de diversas maneiras por seus atores,
que irão ter diferentes visões sobre o sucesso ou fracasso do Programa de
Regionalização e, consequentemente, da governança turística em suas regiões e
também nos seus Estados de origem.
70
3. METODOLOGIA
Neste capítulo serão apresentados a base epistemológica desta tese. Em seguida,
são apresentados o Estado de Santa Catarina e todas as suas doze regiões turísticas,
sendo os mesmos os objetos deste estudo. Finalizando o capítulo, serão
apresentados os procedimentos metodológicos (sistema metodológico;
procedimentos de análise dos dados; definição da amostra; e definição dos
instrumentos de pesquisa).
3.1 Base epistemológica
O pensamento sistêmico surgiu no primeiro quartil do século vinte através de uma
crítica ao reducionismo científico. O reducionismo gera conhecimento e compreensão
dos fenômenos por dividi-los em suas partes constituintes e depois por estudar estes
elementos simples verificando as causas e efeitos. Com o pensamento sistêmico a
crença é que o mundo é um sistema, o que quer dizer que os fenômenos são
compreendidos para ser uma propriedade emergente de um todo que se relaciona
consigo mesmo. A inter-relação e a emergência são as ideias fundamentais do
pensamento sistêmico. Uma propriedade emergente de um todo surge quando um
fenômeno não pode ser totalmente compreendido em termos apenas de propriedades
das partes constituintes. "O todo é maior que a soma de suas partes", é a frase
popularizada que explica o surgimento. Com os sistemas de pensamento, então,
argumenta-se que o conhecimento válido e o entendimento significativo vêm da
construção de imagens inteiras de fenômenos, e não de sua divisão em partes
(FLOOD, 2010). O pensamento sistêmico irá considerar o que acontece no mundo
real para a sua avaliação, conforme o pensamento de Kasper (2000, p.3)
O pensamento sistêmico, conforme a acepção da expressão utilizada no presente trabalho, é a denominação dada a uma nova estrutura conceptual ou quadro de referência do processo de pensamento, fundada numa concepção essencialmente processual e dinâmica da realidade, seja ao nível da natureza, sociedade e do próprio processo de construção do conhecimento.
Como construir uma imagem completa de fenômenos sociais é a grande questão que
gerou muita controvérsia no pensamento dos sistemas sociais. Uma ideia das ciências
naturais pressupõe que todos os fenômenos são sistemas reais. O mundo social,
71
então, possuirá muitos sistemas sociais inter-relacionados. Uma abordagem de
sistemas implica em uma modelagem qualitativa e/ou quantitativa desses sistemas
sociais. Os modelos são então empregados como ferramentas de pesquisa para
descrever ou explicar um fenômeno social, ou como ferramentas de tomada de
decisão que preveem eventos e sugerem ações a serem realizadas na atualidade para
alcançar a melhoria após sua aplicação (FLOOD, 2010).
O pensamento sistêmico é um modo de pensar que mantém os indivíduos em contato
com a totalidade de sua existência. Isso permite manter em mente que o pensamento
humano não é capaz de conhecer o todo, mas é capaz de entender que não conhece
tudo, o que é bastante significativo na compreensão humana, pois reconhece a
inutilidade, e a hostilidade das formas de prática tradicionais baseadas na predição e
no controle, que são tão comuns nos arranjos organizacionais sociais. Neste sentido,
é inútil porque qualquer dinâmica social sempre permanecerá fora do controle, e é
hostil porque ataca o bem-estar espiritual das pessoas, isolando-as e tratando-as
como objetos separados, ao invés de apreciar padrões de relacionamento que nos
unam todos juntos em uma só dinâmica (FLOOD, 2010).
No entanto, o pensamento sistêmico não é uma abordagem da pesquisa-ação, mas
uma base para a pesquisa-ação que pode ampliar a ação e aprofundar a pesquisa,
ou seja, a pesquisa-ação realizada com uma perspectiva sistêmica em mente promete
construir um significado que resolva fortemente nossas experiências em um mundo
profundamente sistêmico (FLOOD, 2010). Quando se avalia sistemas sociais por meio
desta análise, precisa-se levar em consideração a existência de fatores diversos, pois
as respostas a algumas questões serão influenciadas por estes fatores, conforme
afirma Kasper (2000, p. 30)
Pensar em termos de sistemas significa buscar respostas a questões que exibem características que dependem da interdependência de vários fatores. Estes, muitas vezes, não se limitam ao conteúdo de uma única disciplina. Isso é especialmente relevante quando se trata de temas que envolvem a atividade humana em sistemas sociais, incluindo organizações de produção, onde os fatores envolvidos podem referir-se a diferentes domínios do conhecimento, em distintos níveis de investigação.
Quando aplicado ao Turismo, o pensamento sistêmico pode auxiliar na compreensão
do fenômeno como um todo, com seus componentes inter-relacionados, sendo
72
compreendidos como fatores importantes para o sucesso (ou a falta dele) nos destinos
turísticos. As pesquisas sobre a maneira com que o turismo impacta e é impactado
pelos seus atores são importantes para uma maior percepção sobre o todo.
O fenômeno turístico constitui hoje importante meio de distribuição e geração de renda e é justamente esse o principal ponto focado pelos estudiosos de maneira geral. Em inúmeros textos os benefícios sociais do turismo são esquecidos, originando assim uma visão fragmentada e superficial deste fenômeno que necessita uma interpretação minuciosa, fugindo dos textos acadêmicos reducionistas que simplesmente abordam uma ou duas de suas facetas. (PANOSSO NETTO, 2005, p.19)
O estudo do planejamento e da gestão do turismo inserida no pensamento sistêmico
irá permitir a compreensão de aspectos que tradicionalmente não são perceptíveis,
pois este assunto tradicionalmente tem sido ligado ao estudo da utilização do espaço
turístico ou aos programas que os governos locais e regionais desenvolvem. As
motivações, sejam elas de interesse setorial (espacial ou empresarial) fazem com que
os enfoques de pesquisa ainda apresentem fraquezas na tentativa da compreensão
do sistema turístico, pois utilizam-se de ferramentas de gestão não adequadas e,
consequentemente, ineficazes (ANJOS, 2004). A abrangência da atividade turística e
sua complexidade pede que suas análises considerem suas particularidades,
conforme afirma Anjos (2004, p. 16) dizendo que
É cada vez mais perceptível a abrangência do turismo, tornando o seu processo de planejamento e gestão uma ação complexa, relacionada ao ambiente heterogêneo e dinâmico dos sistemas ecológicos, econômicos e sociais que o compõe. Cada um dos sistemas indicados apresenta grande complexidade interna em virtude, tanto de sua abrangência, quanto das relações de inputs e outputs com os demais sistemas.
Por conseguinte, o presente estudo levará em consideração o pensamento sistêmico,
ao buscar a compreensão sobre a percepção dos atores públicos e privados do
turismo nos destinos objeto de estudo, o que permitirá um maior aprofundamento nas
características do pensamento de cada um dos grupos. Além disso, a comparação
das regiões turísticas de Santa Catarina, que compõem o sistema Santa Catarina,
permitirá uma maior compreensão sobre as dinâmicas da governança nas
destinações investigadas.
73
3.2 Apresentação dos objetos de estudo
Neste item serão apresentadas as características históricas, sociais, culturais,
políticas e turísticas do Estado de Santa Catarina e de suas doze regiões turísticas,
que irão compor os objetos de estudo desta tese.
3.2.1 Santa Catarina
Santa Catarina é um dos três Estados localizados na região Sul do Brasil. Seus
habitantes levam o gentílico catarinense ou santa-catarinense ou barriga verde. Sua
capital é Florianópolis e seu atual governador (2017) é João Raimundo Colombo. O
Estado conta com uma população de 6.248.436 pessoas (IBGE, 2010) sendo que a
população estimada em 2017 é de 7.001.161 pessoas. Em 2010, sua densidade
demográfica foi de 65 habitantes por km2, sendo que, em comparação com o Brasil,
Santa Catarina fica em 11º. lugar no ranking populacional do país (IBGE, 2017).
Quanto à educação, o Estado teve 837.814 matrículas, ficando na 12ª. colocação no
país. O rendimento nominal por domicílio per capita é de R$ 1.458,00 (Quadro 7),
ficando em 4º. lugar no Brasil, contando com um IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano) de 0,774, sendo o terceiro Estado do país neste quesito. Sua área territorial
é de 95.737, 954 km2, dividida em 295 municípios, sendo o 20º. Estado em tamanho
do país (IBGE, 2017). Entre as maiores cidades, destacam-se Joinville, Blumenau,
Itajaí, Balneário Camboriú, Chapecó, Criciúma, Lages e Jaraguá do Sul (SANTA
CATARINA, 2017).
Quadro 7 – Aspectos gerais de Santa Catarina
Capital Florianópolis
População estimada 2017 7.001.161
População 2010 6.248.436
Área 2016 (km²) 95.737,954
Densidade demográfica 2010 (Hab./km²) 65,27
Rendimento nominal mensal domiciliar per capita da população
residente 2016 (Reais) (1)
R$ 1.458,00
74
Número de Municípios 295
Fonte: IBGE (2017).
Em relação à sua história, Santa Catarina sempre teve um aspecto multicultural devido
ao seu processo de construção populacional por meio de imigrantes de diversas
etnias. Com a descoberta do Brasil, Santa Catarina logo entrou na rota dos
navegadores europeus, sendo que a primeira expedição significativa a chegar a Santa
Catarina foi a do português Juan Dias Solis, em 1515. Seu litoral era habitado por
índios carijós, do grupo tupi-guarani. As águas localizadas entre a Ilha de Santa
Catarina (Florianópolis) e o Continente receberam o nome de “Baía dos perdidos”
devido ao naufrágio de uma embarcação no local (SANTA CATARINA, 2017).
Quanto ao seu nome, Santa Catarina aparece, pela primeira vez, no mapa-múndi de
Diego Ribeiro, de 1529, havendo divergências sobre quem seria o responsável pela
denominação de Santa Catarina: alguns autores atribuem a Sebastião Caboto, em
homenagem à sua esposa, Catarina Medrano; outros defendem que tenha sido em
homenagem a Santa Catarina de Alexandria, festejada pela igreja católica em 25 de
novembro (SANTA CATARINA, 2017).
Com a chegada dos bandeirantes em 1637, o Estado começou a ser realmente
povoado, iniciando então a ocupação da futura capital, Nossa Senhora do Desterro,
mais tarde nomeada de Florianópolis. Em 1660, foi fundada a vila de Nossa Senhora
da Graça, hoje São Francisco do Sul e em 1714, foi criado o segundo município do
Estado, chamado de Santo Antônio dos Anjos da Laguna, atualmente Laguna (SANTA
CATARINA, 2017).
No ano de 1739, Santa Catarina passou a ser o posto português mais avançado da
América do Sul, o que motivou a ambição de espanhóis a invadirem a Ilha de Santa
Catarina, em 1777. Os espanhóis expulsaram as tropas e autoridades portuguesas
para o continente, sendo a ilha devolvida para Portugal após o Tratado de Santo
Idelfonso naquele mesmo ano (SANTA CATARINA, 2017).
75
A presença de imigrantes alemães e italianos no Estado é bastante significativa,
sendo que os imigrantes alemães chegaram na região em 1829 e os italianos em
1877, onde instalaram diversas colônias. A primeira colônia europeia em Santa
Catarina foi instalada em São Pedro de Alcântara em 1829, formada por 523 colonos
católicos vindos de Bremem, Alemanha. Já a colônia de Blumenau, no Vale do Itajaí,
foi fundada em 1850 por Hermann Blumenau (SANTA CATARINA, 2017).
O Estado também foi palco de eventos revolucionários, sendo que em 1839, acontece
a Revolução Farroupilha, que tinha como principal objetivo transformar Santa Catarina
em uma República, separada do restante do país. Os farrapos (nome dado aos
revolucionários) tomaram a cidade de Laguna nomeando-a cidade Juliana de Laguna,
onde foi instalado o Governo da República Farroupilha. Em 1845, os farrapos foram
derrotados. O Estado também esteve envolvido na Guerra do Contestado, que
aconteceu na região norte e central de Santa Catarina, iniciando no ano de 1912 e
finalizando em 1916 (SANTA CATARINA, 2017).
A primeira Constituição de Santa Catarina foi adotada em 1891. A atual Constituição
do Estado, por sua vez, foi adotada em 1989. O Poder Executivo de Santa Catarina
está centralizado no governador, que é eleito em voto direto e secreto, pela população
para mandatos de até quatro anos de duração, e podem ser reeleitos para mais um
mandato. O Poder Legislativo de Santa Catarina é constituído pela Assembleia
Legislativa de Santa Catarina, que possui um total de 40 membros eleitos diretamente
pelo sistema proporcional conforme o desempenho de cada partido nas eleições para
um mandato de 4 anos. Para os membros da Assembleia, não há limite de reeleições
(SANTA CATARINA, 2017).
A característica da colonização no Estado tem uma influência europeia bastante
grande, o que é perceptível nos traços culturais, sociais, gastronômicos,
arquitetônicos entre outros diversos aspectos. Em seu relatório sobre o Estado de
Santa Catarina apresentado em 2009, o World Travel and Tourism Council (WTTC)
afirmou que
Santa Catarina é um dos Estados brasileiros que conservam mais sinais da imigração europeia dos séculos XIX e XX, sendo que a vasta maioria de sua
76
população é descendente de europeus. Os brasileiros de origem portuguesa, sobretudo açoriana, predominam no litoral. Os descendentes de alemães formam os principais grupos étnicos no Nordeste do Estado (no Vale do Itajaí e na área em torno de Joinville), e há muitas comunidades alemãs no Oeste catarinense. Os descendentes de italianos predominam no Sul do Estado, assim como em muitas áreas do Oeste. E brasileiros de origem africana, indígena ou japonesa formam pequenas comunidades em algumas cidades. Os primeiros europeus que chegaram à região foram os espanhóis que aportaram na Ilha de Santa Catarina em 1542. Os portugueses assumiram o controle em 1675, e a capitania de Santa Catarina foi criada em 1738. Um grande número de imigrantes europeus, especialmente da Alemanha, começou a chegar no início do século XIX. Imigrantes da Itália, Polônia, Rússia, Ucrânia, Japão, Síria, Líbano e outras partes da Europa chegaram mais tarde: um dos resultados dessa história é a abundância de pequenas propriedades familiares no interior do Estado. (WTTC, 2009, p.13)
Existem ainda conjuntos históricos que representam outras etnias europeias que
também participaram, em menor escala, da colonização do Estado. A cidade de Treze
Tílias, no Meio-Oeste, foi fundada por imigrantes da Áustria, vindos da região do Tirol
e tem características de uma vila localizada nos alpes austríacos. Outros dois grupos
étnicos com contribuições arquitetônicas que merecem destaque são os poloneses e
os ucranianos (SANTA CATARINA, 2017).
O Estado de Santa Catarina conta com inúmeras evidências desta formação múltipla,
seja por meio dos casarões portugueses do Litoral, seja pela arquitetura em estilo
enxaimel no Vale do Itajaí e no Norte do Estado, ou ainda pelas tradições italianas no
Oeste do Estado, sendo exemplos concretos da diversidade cultural catarinense, hoje
complementada por uma nova leva de imigrantes que escolheram o Estado para viver.
Visando proteger as memórias desta diversidade, existem dezenas de conjuntos
arquitetônicos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan) ou pelo Estado e pelos municípios. Além do patrimônio arquitetônico e
artístico, há também os acervos de diversos museus espalhados por Santa Catarina,
como a Casa da Alfândega e o Museu Histórico de Santa Catarina, em Florianópolis;
o Museu Etnográfico Casa dos Açores, em Biguaçu; o Museu Casa de Campo
Governador Hercílio Luz, em Rancho Queimado; e o Museu Nacional do Mar, em São
Francisco do Sul (SANTA CATARINA, 2017).
O Estado conta ainda com o Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), o Teatro Governador
Pedro Ivo e o complexo cultural do Centro Integrado de Cultura (CIC), todos na
77
Capital, além de eventos consagrados, como o Circuito das Festas de Outubro,
liderado pela Oktoberfest, de Blumenau; o Festival de Dança de Joinville; a Festa do
Pinhão, em Lages; e a festa do Divino Espírito Santo, uma tradição secular transmitida
pelos açorianos e hoje celebrada principalmente na Ilha de Santa Catarina e nos
municípios litorâneos (SANTA CATARINA, 2017).
Com apenas 95,4 km2, a diversidade geográfica e humana de Santa Catarina é
evidenciada em suas oito principais regiões: Litoral, Nordeste, Planalto Norte, Vale do
Itajaí, Planalto Serrano, Sul, Meio-Oeste e Oeste. O Estado fica localizado em uma
posição estratégica no Mercosul, por estar em uma das regiões de maior desempenho
econômico do país, fazendo fronteira com o Paraná (ao Norte), Rio Grande do Sul (ao
Sul), Oceano Atlântico (Leste) e Argentina (Oeste). O horário é o de Brasilía (DF) e
uma vez por ano - geralmente entre outubro e fevereiro - adota-se o horário de verão,
quando os relógios são adiantados uma hora visando a economia de energia (SANTA
CATARINA, 2017).
O clima subtropical úmido, predominante em Santa Catarina, proporciona
temperaturas que variam de 13 a 25° C, com chuvas distribuídas durante todo o ano,
tendo quatro estações bem definidas, com verões quentes e ensolarados. No inverno,
a região do Planalto Serrano, com altitudes que atingem 1.820 metros, há a maior
ocorrência de neve no Brasil. A vegetação é variada, sendo encontrados mangues,
restingas, praias, dunas e remanescentes da Mata Atlântica (SANTA CATARINA,
2017).
Quanto aos aspectos econômicos, sua economia tem uma grande diversidade (Figura
11) e está dividida em pólos distribuídos em suas regiões, fazendo com que o Estado
tenha também uma grande diversidade de atividades, que vão da agricultura ao
turismo, permitindo assim uma maior distribuição da renda, ao invés de sua
concentração em apenas uma área. A Grande Florianópolis destaca-se nos setores
de tecnologia, turismo, serviços e construção civil. O Norte é polo tecnológico,
moveleiro e metal-mecânico. O Oeste concentra atividades de produção alimentar e
de móveis. O Planalto Serrano tem a indústria de papel, celulose e da madeira. O Sul
destaca-se pelos segmentos do vestuário, plásticos descartáveis, carbonífero e
78
cerâmico. No Vale do Itajaí, predomina a indústria têxtil e do vestuário, naval e de
tecnologia (SANTA CATARINA, 2017).
Figura 11 - Aspectos Econômicos de Santa Catarina
Fonte: SEBRAE (2013).
O Estado de Santa Catarina é dividido em Agências de Desenvolvimento Regional
(ADR’s) que estão centralizadas nas cidades de Araranguá, Blumenau, Braço do
Norte, Brusque, Caçador, Campos Novos, Canoinhas, Chapecó, Concórdia, Criciúma,
Curitibanos, Dionísio Cerqueira, Ibirama, Itajaí, Itapiranga, Ituporanga, Jaraguá do Sul,
Joaçaba, Joinville, Lages, Laguna, Mafra, Maravilha, Palmitos, Quilombo, Rio do Sul,
São Joaquim, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Seara, Taió, Timbó,
Tubarão, Videira e Xanxerê (SANTA CATARINA, 2017).
79
O turismo tem importante papel na economia de Santa Catarina, ocupando, em 2009,
12,5% do PIB (produto interno bruto) do Estado (WTTC, 2009). No estudo que
apresenta este dado, o WTTC utilizou a metodologia da conta Satélite do Turismo,
quantificando aspectos da procura por viagens e turismo, do consumo em geral, do
investimento de capital, dos gastos do governo e das exportações, traduzindo estas
informações em conceitos econômicos, e que afirmaram que o setor de viagens e
turismo é de extrema importância para o Estado, afirmando que o turismo movimentou
R$ 14,8 bilhões e gerou quase 510.000 empregos. O estudo finaliza com as previsões
de que até 2019 haverá um acréscimo de 4,5% ao ano e uma quantidade de 696.000
pessoas trabalhando com o turismo em Santa Catarina (WTTC, 2009). Apesar deste
panorama positivo, o estudo ainda apresentou aspectos considerados limitantes para
o desenvolvimento do turismo no Estado (Quadro 8).
Quadro 8 – Aspectos limitantes ao desenvolvimento do Turismo em Santa Catarina.
Aspectos limitantes
O turismo em Santa Catarina está altamente concentrado no espaço e no tempo (atividade sazonal)
Necessidade de priorização, por parte do governo, de segmentos ainda pouco desenvolvidos.
Falta de mão de obra para o setor turístico.
A carga tributária que incide sobre o setor no Brasil é extremamente elevada, tanto em Santa Catarina como nos demais Estados.
Investimentos reduzidos voltados para o setor turístico por parte dos órgãos estatais.
Diminuição do investimento em marketing turístico do Estado de Santa Catarina.
Fonte: Adaptado de WTTC (2009).
Como produtos turísticos, o Estado conta com um litoral relativamente extenso, que
soma 561 quilômetros, sendo bastante diversificado, com presença de ilhas, baías,
enseadas e lagoas, além de aproximadamente quinhentas praias, o que evidencia o
fato do destino ser de Sol e Praia. Além das praias, Santa Catarina possui diversos
locais para a preservação de sua flora e fauna (Quadro 9), sendo quatro parques
estaduais, três reservas biológicas, dois parques nacionais, uma reserva biológica
marinha, quatro florestas naturais, estações ecológicas e 22 RPPN’s (Reservas
privadas de patrimônio natural). Na serra catarinense, a cidade de São Joaquim é uma
das principais atrações, pois durante o inverno, é um dos únicos lugares do Brasil,
80
assim como em seus municípios vizinhos, que há a ocorrência de neve, motivando
turistas de todo o Brasil a visitarem a região. A cidade de Blumenau realiza um dos
maiores eventos do país, a Oktoberfest, que é uma tradicional festa de origem alemã,
e que ocorre em outubro, sendo a segunda maior oktoberfest do mundo, ficando atrás
apenas de Munique, na Alemanha. Além da festa, é possível visualizar o legado dos
imigrantes alemães, além dos italianos e portugueses na arquitetura e nos costumes
do Estado (WTTC, 2009).
Quadro 9 – Unidades de preservação da Fauna e da Flora.
Unidades Federais Unidades Estaduais
Área de Proteção Ambiental de Anhatomirim. Parque Estadual de Acaraí.
Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. Reserva Biológica do Aguaí.
Área de Proteção Ambiental da Baleia-Franca.
Parque Estadual das Araucárias.
Estação Ecológica Carijós Reserva Biológica da Canela Preta
Floresta Nacional de Caçador Parque Estadual Fritz Plaumann
Floresta Nacional de Ibirama Parque Estadual Rio Canoas
Floresta Nacional de Ibirama Reserva Biológica do Sassafrás
Floresta Nacional de Três Barras Parque Estadual da Serra do Tabuleiro
Parque Nacional da Serra do Itajaí Parque Estadual da Serra Furada
Parque Nacional das Araucárias
Parque Nacional de São Joaquim
Reserva Extrativa Marinha do Pirajubaé
Área de Relevante Interesse Ecológico da Serra da Abelha e do Rio da Prata
Parques Nacionais da Serra Geral e dos Aparados da Serra
Fonte: Adaptado de SANTA CATARINA (2017).
A importância da atividade e a ligação do Estado com o turismo fazem com que o
mesmo seja reconhecido nacionalmente e internacionalmente pela sua dinâmica
voltada ao setor. Em premiação realizada anualmente pela revista Viagem e Turismo,
tradicional meio de comunicação sobre o turismo no Brasil, Santa Catarina recebeu,
pela décima vez, o título de Melhor Estado, figurando ainda em dois prêmios, sendo a
capital, Florianópolis, considerada o Melhor Destino de Praia, enquanto o Parque Beto
81
Carrero World, localizado na cidade de Penha, no litoral norte do Estado, ficou com o
título de Melhor Parque Temático. A escolha dos vencedores leva em consideração
25 categorias analisadas por um júri de 33 especialistas e pela votação de seus
leitores (REVISTA VIAGEM E TURISMO, 2017). Segundo a Secretaria de Estado,
Turismo, Cultura e Esporte (2017), existem atualmente um total de 7.199 restaurantes
e a rede hoteleira conta com 71.425 unidades habitacionais (Quadro 10), distribuídas
em 1.944 meios de hospedagem (hotéis, pousadas, hostels, etc.). Além disso, foram
informadas 865 agências de viagem e 836 espaços de eventos em todo o Estado.
Quadro 10 – Infraestrutura turística em Santa Catarina
Municípios 295
Restaurantes 7.199
Meios de Hospedagem 1.944
Unidades Habitacionais 71.425
Agências de Viagem 865
Centros de Convenções 836
Fonte: SOL-SC (2017).
Florianópolis é o município do Estado que mais gera empregos para o setor turístico,
consequência da grande quantidade de estabelecimentos turísticos, também sendo a
maior de Santa Catarina. Apesar, disto, percebe-se que entre os anos de 2007 e 2014
o turismo obteve crescimento em todas as regiões do Estado, permitindo uma análise
de que o segmento de sol e praia já está sendo complementado por outros segmentos
turísticos presentes nas demais localidades (FIESC; FECOMÉRCIO; SEBRAE/SC,
2016).
Em relação à infraestrutura de acesso existente, Santa Catarina está servida, de Norte
a Sul, pelas rodovias BR 101, BR 116 e BR 153, e no sentido Leste-Oeste, pelas
rodovias BR 470 e BR 282, as quais possibilitam o acesso aos principais mercados
emissores de turistas do Brasil, bem como, aos principais emissores de turistas
estrangeiros como argentinos, paraguaios e uruguaios, além das rodovias estaduais,
que também cumprem este papel. Quanto à infraestrutura portuária, o Estado conta
com cinco portos de exportação e importação de produtos, e o Porto de Itajaí que
possui um Terminal de Passageiros para embarque e desembarque de passageiros
82
de Cruzeiros Marítimos. Por fim, Santa Catarina possui sete aeroportos com voos
comerciais que atendem a todas as suas regiões, disponibilizados nas cidades de
Chapecó, Lages, Jaguaruna, Criciúma/Forquilhinha, Florianópolis, Navegantes e
Joinville, sem contar os aeroportos regionais que atendem aos voos privados (FIESC;
FECOMÉRCIO; SEBRAE/SC, 2016).
Quanto aos indicadores de performance turística, em estudos realizados anualmente
pela Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esportes, Santa Catarina conta com
um aumento no movimento anual de turistas, quando comparados os anos de 2014 a
2016 (Tabela 1).
Tabela 1 - Movimento Anual de Turistas 2014 a 2016
Origem 2014 2015 2016
Nacionais 17.108.840 18.476.645 19.649.279
Internacionais 1.818.544 2.016.211 2.163.239
Total 18.927.385 20.492.856 21.812.517
Fonte: Gerencia Técnica Santur (2017).
Quanto à receita estimada em Reais, houve um decréscimo na receita nacional,
enquanto houve um acréscimo na receita internacional (Tabela 2).
Tabela 2 - Receita Estimada Em Reais 2014 a 2016.
Origem 2014 2015 2016
Nacionais R$14.295.501.255,80 R$10.193.902.158,24 R$11.687.389.141,64
Internacionais R$ 2.411.004.347,08 R$ 2.407.822.713,98 R$ 2.727.140.158,76
Total R$16.706.505.602,88 R$12.601.724.872,22 R$14.414.529.300,40
PIB 6,89% 4,95% 5,64%
Fonte: Gerencia Técnica Santur (2017).
Em relação à permanência dos turistas, percebeu-se um decréscimo na quantidade
de diárias, tanto em relação aos turistas nacionais, quanto internacionais, porém
ressalta-se que a permanência média fica em torno de uma semana para os turistas
nacionais e 11 dias para os turistas estrangeiros (Tabela 3).
83
Tabela 3 - Permanência Média Estimada em Todos os Meios de Hospedagem 2014 a 2016
Origem 2014 2015 2016
Nacionais 8,42 dias 7,09 dias 7,39 dias
Internacionais 12,12 dias 10,88 dias 11,08 dias
Total 8,77 dias 7,46 dias 7,75 dias
Fonte: Gerencia Técnica Santur (2017).
Quando avaliado o gasto médio diário estimado por turistas, percebeu-se também um
decréscimo em relação ao gasto dos turistas nacionais, enquanto os turistas
estrangeiros se mantiveram estáveis (Tabela 4).
Tabela 4 - Gasto Médio Diário Estimado por Turista em Reais 2014 a 2016
Origem 2014 2015 2016
Nacionais R$ 96,43 R$ 77,21 R$ 79,70
Internacionais R$ 112,77 R$ 107,95 R$ 111,63
Total R$ 98,00 R$ 80,24 R$ 82,87
Fonte: Gerencia Técnica Santur (2017).
Em relação ao movimento turístico percebeu-se um aumento constante, em todos os
meses do ano (Tabela 5).
Tabela 5 - Movimento Estimado de Turistas 2014 a 2016
Mês 2014 2015 2016
Janeiro 2.818.199 3.395.622 3.495.568
Fevereiro 1.894.405 2.002.378 2.122.295
Março 1.659.748 1.762.508 1.890.923
Abril 1.291.728 1.371.702 1.471.643
Maio 1.308.190 1.389.184 1.490.398
Junho 1.196.690 1.270.780 1.363.368
Julho 1.416.750 1.504.465 1.614.079
Agosto 1.455.111 1.545.201 1.657.783
Setembro 1.210.907 1.285.878 1.379.566
Outubro 1.699.585 1.804.810 1.936.307
Novembro 1.477.980 1.569.486 1.683.837
Dezembro 1.498.091 1.590.841 1.706.749
84
Total 18.927.385 20.492.856 21.812.517
Fonte: Gerencia Técnica Santur (2017).
Estes dados confirmam o contínuo desenvolvimento do Estado como destino turístico
que gera fluxos nacionais e internacionais para suas atualmente doze regiões
turísticas (Figura 12), criadas por influência do Programa de Regionalização do
Turismo, do Ministério do Turismo. As regiões são Caminhos do Alto Vale, Caminhos
da Fronteira, Caminho dos Príncipes, Caminho dos Canyons, Grande Oeste, Costa
Verde e Mar, Grande Oeste, Grande Florianópolis, Encantos do Sul, Vale das Águas,
Vale Europeu e Vale do Contestado (SANTA CATARINA, 2017; MTUR, 2017).
Figura 12 – Mapa da Regionalização Turística em Santa Catarina
Fonte: SOL (2017).
3.2.1.1 Serra Catarinense
A Serra Catarinense está localizada a aproximadamente 2 horas de automóvel, tendo
a capital como ponto de partida. A região conta com 17 municípios, sendo que a
maioria tem menos de 20 mil habitantes, e tendo o turismo rural como seu principal
atrativo. A região conta com o turismo de inverno e com festas que exaltam a cultura
85
local, como a Festa do Pinhão, realizada no município de Lages. A dinâmica turística
encontra-se em crescimento (Quadro 11), fruto da interiorização do turismo no Estado
de Santa Catarina (SANTA CATARINA, 2017).
Quadro 11 – Dados do turismo na Serra Catarinense
Municípios 18
Restaurantes 193
Meios de Hospedagem 244
Unidades Habitacionais 5213
Agências de Viagem 15
Centros de Convenções 33
Fonte: SOL-SC (2017).
Sua governança está representada pelo Conselho da Serra Catarinense
(CONSERRA), que faz parte da AMURES (Associação dos Municípios da Região
Serrana), criado em 2009, que conta com aproximadamente 33 membros
representando os 18 municípios, que são Anita Garibaldi, Bocaina do Sul, Bom Jardim
da Serra, Correia Pinto, Bom Retiro, Campo Belo do Sul, Capão Alto, Cerro Negro,
Lages, Otacílio Costa, Painel, Palmeira, Ponte Alta, Rio Rufino, São Joaquim, São
José do Cerrito, Urubici e Urupema. Seus principais cases de sucesso são a
integração de produtos da serra, a criação do website da governança e a criação do
festival Serra Catarina (SANTA CATARINA, 2017).
3.2.1.2 Vale Europeu
A região turística Vale Europeu conta com uma forte herança cultural dos
colonizadores alemães, italianos, austríacos, poloneses e portugueses, sendo esta a
grande marca dessa região, localizada no Vale do Itajaí. A mesma é famosa por sediar
a Oktoberfest de Blumenau. O Vale Europeu possui (Quadro 12), porém, muitas
outras atrações que vão da arquitetura típica à culinária, celebrada durante as Festas
de Outubro, além dos roteiros de compras pelas cidades-polo da indústria têxtil
catarinense e das celebrações religiosas que acontecem em vários de seus
municípios, sem deixar de citar o ecoturismo e o turismo rural (SANTA CATARINA,
2017).
86
Quadro 12 – Dados do turismo no Vale Europeu
Municípios 15
Restaurantes 380
Meios de Hospedagem 144
Unidades Habitacionais 5008
Agências de Viagem 74
Centros de Convenções 65
Fonte: SOL (2017).
Sua Instância de Governança Turística está em processo de reestruturação após o
desmembramento de diversos de seus municípios para a formação da região
Caminhos do Alto Vale, porém seu grupo gestor está trabalhando na atualização da
sinalização turística regional, bem como na estruturação do grupo de trabalho turismo
cervejeiro e, por fim, na parceria com a FATMA para a execução dos planos de
Unidades de Conservação (SANTA CATARINA, 2017).
3.2.1.3 Vale das Águas
O Vale das Águas conta com 11 municípios incluídos no Mapa do Turismo Brasileiro,
sendo uma das mais novas regiões turísticas do Estado. Seu principal elemento,
conforme evidenciado pelo seu nome, é a água, presente em diversos atrativos da
região. Pode-se destacar a Cachoeira Salto Saudades, em Quilombo, que é formada
por diversas quedas d’água. Além disso, existem variados estabelecimentos (Quadro
13) com águas termais, destacando-se os municípios de Palmitos, Quilombo, São
Carlos e Águas de Chapecó. O Rio Uruguai também é importante fator para o turismo
na região, porém com um potencial ainda pouco explorado. É necessário destacar
ainda o turismo religioso e o turismo rural nos municípios da região (SANTA
CATARINA, 2017).
Quadro 13 – Dados do turismo no Vale das Aguas
Municípios 18
Restaurantes 95
Meios de Hospedagem 41
Unidades Habitacionais 822
Agências de Viagem 9
87
Centros de Convenções 48
Fonte: SOL-SC (2017).
A região turística é uma das últimas a serem criadas no Estado de Santa Catarina,
desmembrando-se da região Grande Oeste e Caminhos da Fronteira. Hoje, conta com
26 municípios, tendo sua Instância de Governança Regional em fase de formalização,
mas que está voltada para a estruturação de seus destinos, ressaltando a Região dos
Lagos, as termas do Vale das Águas, a rota do Bem Viver – turismo rural e o
desenvolvimento do turismo ecológico.
3.2.1.4 Caminhos do Alto Vale
A região turística Caminhos do Alto Vale é formada por 28 municípios de pequeno e
médio porte, situada no centro geográfico de Santa Catarina, sendo um importante
corredor turístico do Mercosul. Sua colonização é formada por imigrantes europeus,
que conservam os valores e os costumes dos antepassados na gastronomia, folclore
e festa tradicionais, na arquitetura e nas tradições religiosas. A região, além do turismo
cultural (Quadro 14), tem atividades de ecoturismo e turismo de aventura.
Quadro 14 – Dados do turismo no Caminhos do Alto Vale
Municípios 26
Restaurantes 189
Meios de Hospedagem 65
Unidades Habitacionais 1576
Agências de Viagem 29
Centros de Convenções 131
Fonte: SOL-SC (2017).
A governança turística da região Caminhos do Alto Vale tem sua base na Instância de
Governança Regional e na AMAVI (Associação de Municípios do Alto Vale do Itajaí),
dos quais fazem parte 28 municípios. A IGR toma a forma de um Colegiado
organizado. Suas principais ações são o desmembramento da região turística Vale
Europeu, a criação do festival gastronômico do Alto Vale, a parceria com o Colegiado
88
de Turismo da AMAVI (COLTURISMO / AMAVI), e o incentivo ao turismo por meio da
gastronomia.
3.2.1.5 Caminho dos Príncipes
Esta região combina sua história e cultura ao desenvolvimento econômico (Quadro
15) e a preservação de sua natureza, composta por paisagens litorâneas e recantos
rurais, sendo um dos mais diversificados destinos de Santa Catarina. Seu nome
origina de um episódio histórico ocorrido em 1853, quando as terras do local onde se
situa hoje a cidade de Joinville foram incluídas no dote de casamento do príncipe de
Joinville com a princesa Francisca Carolina, irmã de D. Pedro II. A colonização alemã
predomina na maioria dos municípios, que possuem também influências dos
portugueses, italianos, suíços, húngaros, tchecos, ucranianos, noruegueses,
poloneses e japoneses. A região tem como sua principal cidade Joinville, maior cidade
e polo industrial catarinense. O município realiza importantes eventos para o Estado,
com destaque para a Festa das Flores e o Festival de Dança de Joinville. Em São
Francisco do Sul, no litoral, há um importante casario colonial e nos mais de 150
prédios históricos do Centro, sendo um deles sede do Museu Nacional do Mar, único
do gênero no Brasil (SANTA CATARINA, 2017).
Quadro 15 – Dados do turismo no Caminho dos Príncipes
Municípios 14
Restaurantes 1131
Meios de Hospedagem 210
Unidades Habitacionais 7073
Agências de Viagem 239
Centros de Convenções 97
Fonte: SOL-SC (2017).
A governança do Caminho dos Príncipes está centrada na Instância de Governança
Regional do Caminho dos Príncipes, vinculado ao seu Convention Bureau. Sua
atuação abrange a criação de parcerias com a FATMA para a execução dos planos
das Unidades de Conservação (UC), o auxílio na implantação dos Centros Regionais
de Atendimento ao Turista, em Garuva. Para o ano de 2017, a IGR está trabalhando
89
em um projeto de sinalização turística, o aumento dos registros no Cadastur, a
consolidação de sua agenda de eventos, o compartilhamento de informações e a
capacitação de seus atores (SANTA CATARINA, 2017)
3.2.1.6 Caminho dos Canyons
A região Caminho dos Canyons deve seu nome aos cânions do Parque Nacional de
Aparados da Serra e da Serra Geral, localizados no extremo sul do Estado. Sua
colonização é formada por descendentes de italianos, portugueses e alemães.
Procurado principalmente por adeptos do ecoturismo, o Caminho dos Cânions
apresenta também outras atrações no litoral e nas cidades do interior. Araranguá é a
maior delas, com boa infraestrutura de comércio e serviços (Quadro 16), além de
praias, dunas, furnas e o Morro dos Conventos, destino famoso por sua paisagem
(SANTA CATARINA, 2017).
Quadro 16 – Dados do turismo no Caminho dos Canyons
Municípios 14
Restaurantes 144
Meios de Hospedagem 75
Unidades Habitacionais 2535
Agências de Viagem 22
Centros de Convenções 42
Fonte: SOL-SC (2017).
Sua governança é representada pela Instância de Governança Regional Caminho dos
Canyons, vinculada à AMESC (Associação dos Municípios do Extremo Sul
Catarinense), que congrega os 18 municípios da região. Suas principais ações foram
o auxílio no desenvolvimento dos projetos SC Rural e Geoparque Caminho dos
Canyons do Sul. Sua gestão é coordenada para a estruturação de produtos turísticos,
assim como para sua promoção e comercialização. Outras ações regionais são a
qualificação dos profissionais do trade turístico, a elaboração de roteiros turísticos
integrados, a realização de Famtours com agências emissivas do país, o
desmembramento da região turística Encantos do Sul, a realização de seminários
regionais, a criação dos planos municipais de turismo e cultura
90
3.2.1.7 Caminhos da Fronteira
Esta região, formada por terras agrestes localizadas no extremo oeste catarinense,
fazendo fronteira com os Estados do Rio Grande do Sul e Paraná, além da Argentina.
Dezoito municípios formam esta região turística (Quadro 17), sendo São Miguel do
Oeste o mais populoso, com 36 mil habitantes (IBGE, 2010). Os segmentos mais
importantes são o ecoturismo, além do turismo cultural que conta com as tradições de
imigrantes alemães, italianos e poloneses que se misturam aos costumes gaúchos,
paranaenses e argentinos. Em Guaraciaba está um dos maiores museus rurais do
Brasil e em Dionísio Cerqueira a atração é o Marco das Três Fronteiras. Vale ressaltar
que a primeira Oktoberfest de Santa Catarina foi realizada em Itapiranga.
Quadro 17 – Dados do turismo no Caminhos da Fronteira
Municípios 10
Restaurantes 95
Meios de Hospedagem 17
Unidades Habitacionais 715
Agências de Viagem 13
Centros de Convenções 30
Fonte: SOL-SC (2017).
A Instância de Governança Caminhos da Fronteira representa os nove municípios
integrantes da região, sendo organizado em formato de Fórum. Sua criação veio da
evolução da organização local na época do PNMT. Em 2010, ainda inserida na região
turística Grande Oeste, a região se mobilizou para buscar o seu desmembramento, o
que ocorreu uno ano de 2010. Suas principais ações são a substituição da sinalização
turística da região, em parceria com a Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e
Esportes, e seu principal case de sucesso é a atividade de ecoturismo no município
de Anchieta (SANTA CATARINA, 2017).
3.2.1.8 Encantos do Sul
Na região turística Encantos do existem cidades históricas como Laguna, destinos de
ecoturismo e turismo de aventura (Quadro 18), como Imbituba, Garopaba e
Jaguaruna. No interior, os destaques vão das estâncias termais de Tubarão e Gravatal
91
aos municípios onde a cultura italiana e alemã são predominantes, como é o caso de
Urussanga, Nova Veneza, Orleans, São Martinho, Santa Rosa de Lima, Forquilhinha
e as duas maiores cidades sul-catarinenses: Tubarão e Criciúma (SANTA CATARINA,
2017)
Quadro 18 – Dados do turismo no Encantos do Sul
Municípios 11
Restaurantes 162
Meios de Hospedagem 85
Unidades Habitacionais 2606
Agências de Viagem 23
Centros de Convenções 56
Fonte: SOL-SC (2017).
A região turística Encantos do Sul tem sua governança representada pela IGR, que
foi criada em 2008. Hoje, toma forma de um conselho regional de turismo, com a
participação de 32 municípios integrantes. Suas principais ações são a parceria com
a FATMA para a execução dos planos junto às Unidades de Conservação, o auxílio
na elaboração do Rotas Cênicas - Projeto da Secretaria do Planejamento com a
participação da SOL, assim como no apoio ao projeto Geoparque (SANTA
CATARINA, 2017).
3.2.1.9 Vale do Contestado
Essa região catarinense possui um grande valor histórico em função da Guerra do
Contestado, ocorrida no início do século XX. Existem, no entanto, outras atrações
como as cachoeiras, vales e planaltos de vegetação preservada, onde o ecoturismo é
uma opção (Quadro 19). Deve-se registra a arquitetura típica das construções e a
riqueza multicultural, resultado da colonização austríaca, japonesa, italiana e alemã,
principalmente. A Rota da Amizade, formada por sete municípios, oferece um roteiro
que passa por Joaçaba, visitas às águas termais de Piratuba e às construções típicas
da austríaca Treze Tílias, degustações de vinho em Videira e Tangará, além de
passeios pela comunidade japonesa de Frei Rogério e visitas aos pomares de
Fraiburgo (SANTA CATARINA, 2017).
92
Quadro 19 – Dados do Turismo no Vale do Contestado
Municípios 33
Restaurantes 692
Meios de Hospedagem 148
Unidades Habitacionais 7103
Agências de Viagem 64
Centros de Convenções 112
Fonte: SOL-SC (2017).
O Conselho Regional de turismo do Vale do Contestado foi instituído em 2008, com o
objetivo de promover o desenvolvimento turístico regional e integrado no Vale do
Contestado. Seu núcleo gestor está vinculado à Rota da Amizade e à associação
Caminhos do Contestado e entre suas principais ações destaca-se: o apoio ao turismo
rural por meio do Programa SC Rural – turismo; o apoio na implantação da sinalização
turística regional; a participação no Núcleo estadual de Integração da faixa de
fronteira; a capacitação de atendimento ao turista em meios de hospedagem e
estabelecimentos de alimentos e bebidas, em parceria com o Senac e com a ABIH –
SC (Associação Brasileira da Indústria de Hospedagem); a realização de oficinas para
a roteirização; e a criação de um calendário regional de eventos. Ressalta-se ainda a
participação em feiras e eventos para a promoção da região (SANTA CATARINA,
2017).
3.2.1.10 Grande Oeste
A região turística Grande Oeste (Quadro 20) tem como característica a paisagem
campeira, predominante em praticamente todos os municípios, sendo que a maioria
conta com uma população inferior a 10 mil habitantes. Chapecó é o principal centro
urbano e polo econômico da região, colonizada por filhos e netos de imigrantes
italianos e alemães, oriundos principalmente do Rio Grande do Sul. As atrações
turísticas são estâncias de águas termais, o turismo rural, a gastronomia, as festas
típicas, os museus e as atividades ligadas ao ecoturismo.
93
Quadro 20 – Dados do turismo no Grande Oeste
Municípios 7
Restaurantes 122
Meios de Hospedagem 51
Unidades Habitacionais 2370
Agências de Viagem 19
Centros de Convenções 34
Fonte: SOL-SC (2017).
A região turística Grande Oeste tem seu núcleo voltado para a integração da faixa de
fronteira. Além disso, como nas demais regiões, atua em parceria com a FATMA para
a execução dos planos de Unidades de Conservação. Sua formatação se dá em forma
de conselho, com o Conselho Regional de Turismo do Grande Oeste
(CONTUROESTE), englobando 32 municípios, 04 agências de desenvolvimento
regional (ADR) e 04 associações de municípios. Seus principais cases de sucesso
estão na criação do roteiro Caminhos da Conquista, em Abelardo Luz. (SANTA
CATARINA, 2017)
3.2.1.11 Grande Florianópolis
A Região Grande Florianópolis (Quadro 21) é um dos destinos turísticos mais visitados
de Santa Catarina, sendo que a capital do Estado, Florianópolis, é famosa por suas
belezas naturais e pela qualidade de vida – a maior entre todas as capitais brasileiras.
Além da capital, existem outros atrativos nas cidades da redondeza, como as águas
termais presentes em Santo Amaro da Imperatriz, a ruralidade de Rancho Queimado,
Anitápolis, São Bonifácio e São Pedro de Alcântara, além das praias de Governador
Celso Ramos e Palhoça, onde fica a famosa praia da Guarda do Embaú. A região
conta com um grande número de praias, sendo este o seu principal atrativo (SANTA
CATARINA, 2017).
Quadro 21 – Dados do turismo na Grande Florianópolis
Municípios 10
Restaurantes 2720
Meios de Hospedagem 460
Unidades Habitacionais 14192
94
Agências de Viagem 269
Centros de Convenções 117
Fonte: SOL-SC (2017).
A Governança da região turística Grande Florianópolis é representada pela Instância
de Governança Regional da Grande Florianópolis, composta por representantes de
14 municípios. Sua forma de organização é como um Fórum, e suas principais ações
são o apoio à FATMA na elaboração do Plano Estratégico de Visitação em Parques
Estaduais, a parceria com a FECOMERCIO para a requalificação do Hotel Caldas da
Imperatriz. Atualmente está em processo de reorganização, a partir da eleição da nova
coordenação, eleita e empossada em reunião realizada no dia 12 de maio 2017 no
auditório da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina.
Seus principais cases de sucesso são a criação do Caminho Cervejeiro e o primeiro
Famtour da Guarda do Embaú.
3.2.1.12 Costa Verde e Mar
A região turística Costa Verde e Mar é composta por dez municípios, sendo eles
Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema,
Navegantes, Penha e Porto Belo. O litoral da região turística Costa Verde e Mar
(Figura 13) é um dos principais destinos turísticos do Estado de Santa Catarina, com
destaque para Porto Belo e Bombinhas, além do município de Balneário Camboriú,
que possui uma grande infraestrutura hoteleira e de comércio e serviços, praias,
parques, restaurantes internacionais e renomadas casas noturnas. Em Itajaí, onde se
encontra o maior porto pesqueiro do país, os destaques são o Terminal Marítimo de
Passageiros, infraestrutura especial para receber navios transatlânticos e os eventos
náuticos. Na região localiza-se ainda o Parque Beto Carrero World, em Penha e várias
vilas de pescadores em suas cidades litorâneas (SANTA CATARINA, 2017).
95
Figura 13 – Mapa da Região Turística Costa Verde & Mar.
Fonte: Costa Verde & Mar (2017).
As cidades de Porto Belo e Bombinhas são procuradas para o mergulho, pois
possuem fauna marinha abundante. Outra atividade que se destaca na região é o
cicloturismo, com o Circuito Costa Verde e Mar, que passa por trechos no litoral e no
interior. Há também opções para os praticantes de surfe, windsurfe, voos de ultraleve
e trekking (COSTA VERDE e MAR, 2017).
A Costa Esmeralda é um roteiro que percorre as cidades de Itapema, Porto Belo e
Bombinhas, onde o turista pode passar por cerca de 40 praias, penínsulas recortadas,
enseadas abrigadas e vilas de pescadores que ainda cultivam a cultura açoriana na
arquitetura, no folclore e na culinária típica. Outra opção é a visita à Ilha de Porto Belo,
que oferece inscrições rupestres, trilhas orientadas e outras atrações para os turistas
(COSTA VERDE e MAR, 2017). Sua infraestrutura (Quadro 22) é uma das mais
desenvolvidas do Estado de Santa Catarina (SANTA CATARINA, 2017).
96
Quadro 22 – Dados do Turismo na Costa Verde e Mar
Municípios 10
Restaurantes 1276
Meios de Hospedagem 404
Unidades Habitacionais 22212
Agências de Viagem 89
Centros de Convenções 70
Fonte: SOL-SC (2017).
A região conta com importantes eventos como a Volvo Ocean Race, realizada no
município de Itajaí, além da festa tradicional portuguesa, também no município, e
denominada de Marejada.
Sua governança é representada pelo CONVEMAR (Conselho Regional de Turismo da
Costa Verde e Mar), com representações do Consórcio Intermunicipal de Turismo
(CITMAR) da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (AMFRI), dos
Conventions Bureaux da região, da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), além do
Sebrae e demais representações da sociedade civil organizada e do poder público
(SANTA CATARINA, 2017).
As principais ações são o apoio ao projeto do Centro de Eventos de Balneário
Camboriú, projeto este que contempla a construção de três pavilhões de exposições,
salas de convenções, praças de alimentação e serviços, com um total de 33 mil m2
de área construída e previsão de conclusão para o segundo semestre de 2017. Além
disso, ressalta-se o apoio à construção do Centro Regional de Atendimento ao Turista
no município de Itapema (SANTA CATARINA, 2017).
O Consórcio Intermunicipal de Turismo contribuiu com a criação dos roteiros de
cicloturismo, de aventura e cultural, a confecção do guia náutico, a realização de
estudos de mercado (oferta e demanda), a elaboração de plano de marketing regional,
a construção de um aplicativo da região, entre outras ações. O Balneário Camboriú
com Vida Convention e Visitors Bureau atua incessantemente com o projeto Visite BC
e Região, trabalhando na captação de turistas nacionais e internacionais. A
Universidade do Vale do Itajaí realiza pesquisas relacionadas à governança e
97
regionalização (graduação, mestrado e doutorado), além de sua articulação
institucional. O Sebrae atua em parceria com municípios trabalhando em planos de
desenvolvimento e elaboração de festivais gastronômicos (SANTA CATARINA, 2017).
3.3 Procedimentos Metodológicos
Nos próximos subitens serão apresentados o sistema metodológico utilizado para a
elaboração desta tese, os procedimentos utilizados para a análise dos dados, a
definição da amostra utilizada e a definição do instrumento de pesquisa.
3.3.1 Sistema Metodológico
Os métodos utilizados para a busca do conhecimento científico irão permitir que
determinado estudo tenha credibilidade ou não. A metodologia é um processo de
planejamento das ações para a correta execução de todos os passos da investigação
científica. Conforme Matias-Pereira (2012, p. 31).
A Metodologia é a lógica do procedimento científico e tem um caráter normativo, que se diferencia claramente da teoria (substantiva). Mas os instrumentos e procedimentos usados na investigação sociológica devem satisfazer aos critérios metodológicos pressupondo, logicamente, uma teoria substantiva. Por isso, na prática da investigação, é muito difícil separar teoria e método. É inegável que uma investigação desprovida de premissas teóricas não é só infrutífera, mas impossível.
Quanto à natureza deste trabalho, o mesmo se trata de uma pesquisa aplicada, que
busca gerar conhecimentos que possam resolver problemas específicos na prática,
podendo envolver verdades e interesses locais relacionados ao trabalho. A mesma
ainda tem o caráter exploratório, pois constrói hipóteses e busca compreender
experiências práticas por meio de análises (MATIAS-PEREIRA, 2013).
Foi ainda uma pesquisa com abordagem qualitativa e quantitativa, pois utilizou de
dados numéricos, mas também de percepções obtidas por meio de instrumentos
qualitativos. Para Fachin (2006, p. 78) “A quantificação científica envolve um sistema
lógico que sustenta a atribuição de números, cujos resultados sejam eficazes”. Em
relação à abordagem qualitativa, que irá permitir a validação dos dados quantitativos,
Matias-Pereira (2013, p. 84) diz que
No método qualitativo a pesquisa é descritiva, ou seja, as informações obtidas não podem ser quantificáveis. Por sua vez, os dados obtidos são analisados
98
de forma indutiva. Nesse sentido, a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa.
Este estudo foi realizado por meio de um processo de construção de uma base teórica
que pudesse auxiliar na compreensão dos conceitos de governança, suas
características, modelos, tipologias, interfaces e implicações. Para isso, foram usados
diversos autores que apresentam produção científica, sendo os principais trabalhos
relacionados com tipologias (HALL, 2011) e indicadores de governança pública
(OLIVEIRA; PISA, 2015; RAMOS; VIEIRA, 2015) e de governança no turismo
(DURÁN, 2013; QUEIROZ; RASTROLLO-HORILLO, 2015, PULIDO FERNANDEZ;
PULIDO FERNANDEZ, 2017).
Figura 14 - Sistema metodológico da tese.
Fonte: Elaborada pelo Autor (2017).
Levantamento Bibliográfico
•Governança;
•Governança turística;
•Governança do turismo no Brasil.
Criação da Matriz de Avaliação da
Governança
•Elaboração da Matriz de Avaliação da Governança Turística pela avaliação de seus atores.
Coleta de Dados
•Região Turística das Hortênsias;
•Região Costa Verde & Mar;
•Estado de Santa Catarina.
Análise de Dados
•Comparativo entre atores públicos e privados;
•Separação das regiões do Estado de Santa Catarina;
•Comparação entre as regiões;
•Validação da matriz por meio de análises confirmatórias;
•Aplicação da matriz na Região Turística na Costa Verde & Mar e Hortênsias.
99
Esta tese contou com um sistema metodológico dividido em 04 etapas (Figura 14).
Para o desenvolvimento da mesma foram utilizados procedimentos metodológicos
que se completaram para a elaboração do documento final. Sendo assim, o primeiro
procedimento metodológico foi a realização de um levantamento bibliográfico sobre a
governança. No segundo momento, o levantamento bibliográfico buscou materiais que
falassem sobre a governança do turismo, ou governança turística. A terceira etapa da
pesquisa buscou fontes sobre a governança do turismo no Brasil. Para os três
momentos foram utilizados artigos nos bancos de dados da EBSCO e Science Direct,
além do Google Acadêmico e Bancos de Teses e Dissertações da CAPES.
Após os levantamentos bibliográficos foi construída uma matriz de avaliação da
governança turística pela percepção de seus atores, concebido pelo embasamento
dos autores, já apresentados neste trabalho, que trabalham com o conceito de
governança turística.
A coleta de dados aconteceu no Estado de Santa Catarina, sendo os dados coletados
presencialmente, com a entrega de formulários aos respondentes durante a realização
do 1º. Workshop de Planejamento Estratégico das Instâncias de Governança
Regionais de Santa Catarina, durante os dias 18 e 19 de maio de 2017, em Balneário
Camboriú, quando foram obtidas 100 respostas dos atores da governança turística do
Estado de Santa Catarina.
Após a coleta de dados os mesmos foram compilados e divididos em suas doze
regiões turísticas. A análise neste primeiro momento comparou as respostas dos
atores públicos com as dos atores privados / terceiro setor. Em seguida, os dados
foram cruzados com a Categorização dos Municípios do Programa de Regionalização
do Turismo, do Ministério do Turismo, na intenção de identificar possíveis
discrepâncias entre as regiões mais bem classificadas com as de menor classificação.
Como resultado desta etapa o Estado de Santa Catarina foi dividido em quatro
classes: Região Consolidada; Região em Consolidação 2; Região em Consolidação 3
e Região Não Consolidada. Estas classes foram obtidas por meio das médias da
100
classificação dos municípios de cada região turística, estabelecidos pelo Ministério do
Turismo. Para uma maior percepção das discrepâncias entre as regiões, foi utilizada
uma média geométrica multiplicada por 3.
O segundo passo da análise buscou a comparação entre o Estado de Santa Catarina
com as classes formadas. Para isto, utilizou-se o software de Análise IBM SPSS v.22.
O terceiro momento foi utilizado para demonstrar a validade dos resultados obtidos,
por meio de análises fatoriais confirmatórias. Após a confirmação dos resultados, foi
construído um modelo de avaliação da governança turística na percepção de seus
atores.
3.3.2 Procedimentos de Análise dos dados
Visando uma melhor compreensão de um fenômeno dentro de um contexto do qual
faz parte, a abordagem qualitativa, que vai permitir ao pesquisador a análise do
fenômeno estudado de uma forma que as informações se agreguem, levando em
consideração diferentes pontos de vista relevantes ao tema estudado e aos grupos ou
pessoas que nele estão envolvidos (GODOY, 1995).
Esta pesquisa utilizou aspectos relacionados à abordagem quantitativa para subsidiar
as análises qualitativas. A análise quantitativa envolverá a atribuição de números,
cujos resultados buscam ser eficazes para o estudo proposto (FACHIN, 2006). Para
a análise quantitativa, optou-se pela análise multivariada, que de acordo com Hair
(2005, p. 25)
[...] estão sendo amplamente aplicadas na indústria, no governo e em centros de pesquisa acadêmica. Além disso, poucas áreas de estudo ou pesquisa têm falhado na integração de técnicas multivariadas em suas “ferramentas” analíticas.
Como primeira etapa da análise, de caráter qualitativo, foram levantados dados
bibliográficos que pudessem subsidiar a montagem de uma matriz de avaliação da
governança turística por meio de seus atores, conforme já descrito anteriormente.
Após a divisão do Estado de Santa Catarina em 4 classes de dinâmica turística,
utilizando a Categorização de Municípios do Ministério do Turismo, que foram:
Consolidado; Em consolidação 1; Em consolidação 2 e Não consolidado (Figura 15),
101
foram utilizados testes paramétricos por meio do Software IBM SPSS v.22, que
permitiu avaliar as relações entre as respostas obtidas na coleta de dados,
configurando a etapa quantitativa desta pesquisa.
Figura 15 – Divisão do Estado de Santa Catarina em Classes
Fonte: Elaborada pelo Autor (2017).
O primeiro teste utilizado foi o teste T, visando identificar a igualdade ou discrepância
das médias obtidas entre os diferentes grupos respondentes. Vale ressaltar que os
cálculos realizados pelo software levam em consideração as médias e não a mediana.
O Teste T inicialmente deve ser realizado em grupos que contam com mais de 30
respondentes (n> ou = 30). Para amostras com o n menor do que 30 deve ser
realizado o teste de normalidade, visando identificar o grau de normalidade entre as
variáveis. Sendo assim, não houve necessidade do teste de normalidade de Shapiro
Wilson.
Para o teste de normalidade, deve-se considerar as duas hipóteses, para que se
possa ter certeza dos graus de normalidade dos resultados. Dessa forma, a hipótese
nula (H0) é a distribuição da amostra igual à distribuição normal. Já para a hipótese
alternativa (Ha) a distribuição da amostra será diferente da distribuição normal. Após
a realização do teste, se o resultado for maior que 0,05 (Sig > 0,05), a distribuição
será normal. Se a hipótese alternativa (Sig < 0,05) for a real, não haverá a
possibilidade de realização do Teste T.
Santa Catarina
Consolidado
Em consolidação
2
Não consolidado
Em consolidação
1
102
Quando os grupos têm mais do que 30 respondentes (n >30), é possível a realização
do Teste T. Neste caso o grupo Santa Catarina, Consolidação 1, Consolidação 2 e
Não consolidado contaram com mais de 30 respondentes, sendo necessário somente
a análise da homogeneidade das variâncias, que pode ser medida pelo teste de
Levene, que assume a hipótese nula (H0) assumindo que as variâncias são
homogêneas, com o Sig > 0.05, e a hipótese alternativa (Ha), assumindo que as
variâncias não são homogêneas.
Após a identificação da hipótese assumida por variável, é possível identificar a relação
entre as médias dos grupos por meio do teste T, que tem como hipótese nula (H0) a
identificação de que as médias do grupo A são iguais às dos grupos B (Sig > 0,05) e
que a hipótese alternativa identificará que as médias do grupo A são diferentes do
grupo B.
Os testes T dos grupos foram divididos em dois momentos. O primeiro comparando
as respostas dentro de cada grupo, e o segundo comparando entre grupos. Esses
grupos foram analisados comparando os respondentes do poder público e da iniciativa
privada. Em seguida, foi realizada a comparação entre grupos, para identificar
aproximações ou discrepâncias na percepção dos respondentes (Quadro 23).
Quadro 23 – Divisão das análises realizadas
Grupos analisados
Santa Catarina
Santa Catarina X Consolidado
Santa Catarina X Em consolidação 1
Santa Catarina X Em consolidação 2
Santa Catarina X Não consolidado
Consolidado x Em consolidação 1
Consolidado x Em consolidação 2
Consolidado x Não consolidado
Consolidação 1 x Consolidação 2
Consolidação 1 x Não consolidado
Consolidação 2 x Não consolidado
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
103
3.3.3 Definição da amostra
Uma pesquisa irá ter respaldo se a sua amostra for significativa. A ideia básica é que,
quando selecionados alguns elementos de uma população, pode-se tirar conclusões
sobre esta população. Um elemento da população são os indivíduos que estão sendo
considerados para esta avaliação. Ele será a unidade de estudo, podendo ser uma
pessoa, mas também qualquer outra coisa, como grupos, associações, entre outros.
A população de uma pesquisa é o conjunto completo dos elementos junto aos quais
se deseja buscar conclusões (COOPER, 2003).
A amostragem é um eficaz método para a definição da população pois a mesma
permite realizar este levantamento com um custo mais baixo, com uma maior sutileza,
de maneira mais veloz e também com uma maior disponibilidade dos elementos da
população necessários para a coleta (COOPER, 2003).
Para a correta definição da amostra, deve-se considerar se esta amostra retratará
bem as características da população que representa, ou seja, a mesma deverá ser
válida. Sua validade, porém, irá depender de sua acuidade e de sua precisão. A
mesma pode ser definida a partir do problema ou da questão de pesquisa, porém isto
pode não acontecer com tanta facilidade (COOPER, 2003).
Esta pesquisa teve como amostra os gestores públicos e privados / da sociedade civil
organizada do destino objetos de estudo (Tabela 6). A escolha e divisão dos
respondentes se deu pela utilização da amostragem não probabilística, que de acordo
com Cooper (2003, p. 167)
Com uma abordagem subjetiva, como a amostragem não probabilística, a probabilidade de selecionar elementos da população é desconhecida. Há diversas formas de escolher pessoas para fazer parte de uma amostra. Normalmente deixamos que a escolha de pessoas seja feita pelos trabalhadores de campo envolvidos.
104
Tabela 6 – Divisão de respondentes públicos e privados / sociedade civil organizada.
Região Gestores públicos
Gestores privados / sociedade civil
organizada
Total
Santa Catarina 54 46 100
Fonte: Elaborada pelo Autor (2017).
Uma amostragem não-probabilística cuidadosamente controlada frequentemente
produz resultados aceitáveis, de forma que o investigador nem considera a
amostragem probabilística (COOPER, 2003). Dessa forma, a escolha dos
respondentes se deu pela indicação de atores públicos e privados envolvidos com a
dinâmica turística do Estado de Santa Catarina, sendo considerados os atores que
participam das Instâncias de Governança Regionais, bem como outros atores
importantes para o processo de planejamento e gestão do turismo em suas regiões.
De acordo com Cooper (2003, p. 167)
Podemos usar os procedimentos de amostragem não probabilística porque eles atendem satisfatoriamente aos objetivos de amostragem. Embora uma amostragem aleatória nos dê um verdadeiro corte transversal da população, esse pode não ser o objetivo da pesquisa. Se não há desejo ou necessidade de generalizar um parâmetro da população, então há muito menos preocupação em saber se a amostra reflete totalmente a população. Os pesquisadores sempre têm objetivos mais limitados. Eles podem estar buscando apenas a amplitude das condições ou exemplos de variações drásticas. Isso é especialmente verdadeiro na pesquisa exploratória, em que podemos querer fazer contato apenas com certas pessoas ou casos que são claramente atípicos.
Como a intenção foi avaliar a percepção dos atores envolvidos com a governança
turística de suas regiões e do Estado, foi utilizada a amostragem intencional por
julgamento. A amostragem intencional é uma amostragem não-probabilística que irá
atender certos critérios (neste caso, serem membros ativos da governança turística
de suas regiões), sendo que os atores selecionados foram estes atores. Conforme
Cooper (2003, p. 169) “Quando usada nos estágios iniciais de um estudo exploratório,
uma amostra por julgamento é apropriada”.
Quanto ao tamanho das amostras, na análise multivariada, o tamanho da amostra irá
afetar os resultados. Conforme afirma Hair (2005, p.39)
105
A discussão sobre poder estatístico demonstrou o impacto profundo que o tamanho da amostra representa para atingir a significância estatística, tanto para tamanhos pequenos quanto grandes. Para amostras menores, a sofisticação e complexidade da técnica multivariada podem facilmente resultar em (1) baixíssimo poder estatístico para o teste identificar realisticamente resultados significantes ou (2) um “ajuste” muito fácil dos dados, de modo que os resultados são artificialmente bons porque se ajustam muito bem na amostra, mas sem poder de generalização. Um impacto semelhante também ocorre para amostras muito grandes, as quais, como anteriormente discutido, podem tornar os testes estatísticos muito sensíveis. Sempre que tamanhos de amostras excederem 200 ou 400 respondentes, o pesquisador deverá examinar todos os resultados significantes para garantir que tenham significância prática devido ao poder estatístico aumentado pelo tamanho da amostra. Tamanhos de amostra também afetam os resultados quando a análise envolve grupos de respondentes, como na análise discriminante ou em MANOVA. Tamanhos de amostra diferentes entre grupos influenciam os resultados e exigem interpretação e/ou análise adicional. Logo, um pesquisador ou usuário de técnicas multivariadas sempre deve avaliar os resultados à luz da amostra usada na análise.
Considerando o exposto pelo autor, após cada análise quantitativa será realizada uma
avaliação qualitativa visando compreender as características dos grupos que as
responderam. Em relação aos respondentes, a intenção foi buscar representatividade
na participação, ao mesmo tempo em que se buscou o conhecimento prévio sobre o
assunto pesquisado. Sendo assim, foi trabalhada uma amostra intencional, que de
acordo com Matias – Pereira (2012, p. 92) “[...] são aquelas em que são escolhidos
sujeitos que representem o bom julgamento da população universo”.
Utilizou-se como sujeitos 100 atores (Figura 16) das governanças regionais do Estado
de Santa Catarina, sendo 54 do poder público e 46 da iniciativa privada / terceiro setor.
A quantidade inferior de gestores da iniciativa privada e do terceiro setor se deu pelo
menor número de participantes destas entidades no processo de governança turística
do Estado de Santa Catarina. Os mesmos foram contatados presencialmente durante
um evento ocorrido nos dias 18 e 19 de maio de 2017, no município de Balneário
Camboriú – SC, denominado de 1º. Worshop de Planejamento Estratégico das IGR’s.
106
Figura 16 – Sujeitos de Pesquisa.
Fonte: Elaborada pelo Autor (2017).
3.3.4 Definição do instrumento de pesquisa
O estabelecimento de indicadores para a mensuração do processo de governança
turística permite a provisão de informações sobre os resultados que o turismo gera na
gestão destes destinos, facilitando a criação de um plano de ação e também de
monitoramento, visando o fortalecimento da governança deste destino, permitindo
assim, uma gestão mais sustentável do mesmo (PULIDO FERNANDEZ; PULIDO
FERNANDEZ, 2017).
Levando em consideração os autores que já trabalharam com a comparação entre as
governanças dos destinos (WANG; LI, 2013; ERKUS-OZTURK, 2011; BEAUMONT;
DREDGE, 2010; HALL, 2011a ; D’ANGELLA et al., 2010; TRENTIN, 2016) e com a
construção de indicadores para a avaliação da governança turística (DURÁN, 2013;
QUEIROZ; RASTROLLO-HORILLO, 2015, PULIDO FERNANDEZ; PULIDO
FERNANDEZ, 2017), para a avaliação da governança pública (OLIVEIRA; PISA,
2015; RAMOS; VIEIRA, 2015) e tipologias de governança turística com diferentes
características (HALL, 2011a), além de documentos oficiais do Projeto de
Desenvolvimento da Governança para o turismo da Organização Mundial do Turismo
Governança Turística
(Poder Público, iniciativa privada, Sociedade Civil
Organizada)
Poder PúblicoIniciativa Privada /
Sociedade Civil Organizada
107
(OMT, 2010). Tal documento tinha como objetivo dar diretrizes para a determinação
do espaço que a governança ocupa no setor turismo, delimitando suas dimensões e
medindo e avaliando a sua magnitude (OMT, 2010).
A governança turística, aos olhos da Organização Mundial do Turismo, é considerado
um conceito de muitas dimensões (Quadro 24), com diversas propriedades, atributos
e características articuladas em dois elementos que se inter-relacionam: a ação
diretiva do governo (coordenação, colaboração e participação dos atores) e a eficácia
diretiva (capacidade e recursos institucionais, condução dos processos, definição de
metas, soluções e oportunidades, meios, instrumentos e responsabilidades) (OMT,
2010).
Quadro 24 – Esquema de avaliação das dimensões da Governança Turística
Dimensões Áreas de interação Indicadores Tipo de medição
Ação Diretiva
Coordenação e Colaboração
Número de interações públicas por âmbito setorial e nível de governo.
Nominal
Número de interações público-privadas no âmbito setorial e níveis de governo.
Nominal
Grau de institucionalização de instrumentos normativos e programáticos.
Nominal
Participação da rede de atores
Número de parcerias público-privadas (organizações com fins lucrativos e sem fins lucrativos e/ ou cidadania).
Nominal
Frequência e intensidade de parcerias por âmbito setorial e níveis de governo.
Nominal
Existência de faculdades e competências das administrações de turismo de acordo com o nível de governo.
Nominal
Existência de ações ou práticas para a realização de metas.
Nominal
108
Eficácia Diretiva Capacidade institucional e de
recursos
Frequência de práticas para a realização de metas.
Nominal
Frequência de práticas para a prestação de contas.
Nominal
Fonte: Adaptado de OMT (2010).
No Brasil, o Tribunal de Contas da União estabeleceu indicadores para a governança
em políticas públicas (Figura 17) os quais levam em consideração a institucionalização
de políticas públicas, se referindo a aspectos, formais ou informais, da existência da
política, relacionados a capacidades organizacionais, normatização, padrões,
procedimentos, competências e recursos que possibilitam o alcance dos objetivos e
resultados da política pública. O indicador Planos e objetivos entende que a política
pública se orienta por uma formulação geral que defina sua lógica de intervenção e
por planos que permitam operacionalizar as ações necessárias, delineados, em
função das diretrizes, objetivos e metas propostas.
Quanto ao grau de governança, em uma rede de políticas públicas, o mesmo irá
depender da existência de uma ampla participação legitimada nos processos
decisórios, entre outros fatores. Espera-se que as políticas públicas contem com
organizações que possuam estruturas e processos apropriados para empreender as
atividades planejadas, assegurar o bom uso dos recursos públicos, supervisionar as
ações descentralizadas, monitorar os resultados e realimentar o processo decisório,
com vistas ao aperfeiçoamento da sua formulação e da sua própria implantação. Em
relação à coordenação e coerência, a obtenção de resultados nas políticas públicas
exige, cada vez mais, que as organizações públicas trabalhem em conjunto.
Ao trabalharem em conjunto, as organizações públicas podem melhorar e sustentar
abordagens colaborativas para atingir as metas estabelecidas. Considerando o
indicador monitoramento e avaliação, uma política pública deve possuir rotina para
acompanhar suas ações, para aferir seus resultados e os utilizar para promoção de
aperfeiçoamentos na política. O indicador gestão de riscos e controle interno visa
demonstrar instrumentos que avaliem os principais riscos de implementação durante
o desenvolvimento da política pública, o que inclui identificá-los e tratá-los. A avaliação
de riscos permitirá comunicar sobre qualquer risco significativo para a implementação
109
da política. Por fim, o indicador de prestação de contas (accountability) envolve,
principalmente, transparência, responsabilização, comunicação e prestação
sistemática de contas. Os responsáveis pela política pública devem primar por esses
aspectos, de forma a possibilitar a análise e o escrutínio do comportamento e do
desempenho dos diversos atores responsáveis pela implementação (BRASIL, 2014).
Figura 17 – Indicadores de avaliação da Governança Pública
Fonte: Brasil (2014).
Além dos trabalhos aqui apresentados, os demais autores citados foram utilizados
para a construção de um formulário de pesquisa, com 15 categorias de análise e 52
variáveis, objetivando identificar indícios de formalidade ou informalidade na
governança turística das regiões turísticas do Estado de Santa Catarina. De acordo
com Matias-Pereira (2012, p. 91)
Governançade Políticas
Públicas
Institucionalização
Planos e objetivos
Participação
CapacidadeOrganizacional e
Recursos
Coordenação e Coerência
Monitoramentoe Avaliação
Gestão de Riscose Controle
Interno
Accountability
110
[...] é uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante. O questionário deve ser objetivo, limitado em extensão e estar acompanhado de instruções. Essas instruções devem esclarecer o propósito de sua aplicação, ressaltar a importância da colaboração do informante e facilitar o preenchimento.
No formulário de pesquisa (Apêndice A) a primeira categoria visou identificar se
existem parcerias nas regiões e quem participa deste processo. Na segunda
categoria, buscou-se verificar quais os benefícios das parcerias criadas. A categoria
três foi utilizada para investigar o compartilhamento de informações (accountability).
A quarta categoria pesquisou o acesso às informações por parte dos atores. O quinto
item buscou apresentar a participação dos atores, enquanto a sexta categoria tratava
da responsabilidade dos mesmos. A responsabilidade socioambiental foi o item de
avaliação na sétima categoria. Já na oitava e nona categoria, buscou-se identificar
indícios de regulação na tomada de decisões e monitoramento na tomada de
decisões. A décima categoria visou identificar aspectos relacionados à estrutura de
gestão das regiões (formalidade ou informalidade). As categorias 11 e 12 buscavam
identificar a liderança na gestão e os objetivos das lideranças. O monitoramento dos
resultados, a avaliação dos resultados do turismo e a utilização dos resultados fecham
o formulário, nas categorias 13, 14 e 15 (Quadro 25).
Quadro 25 – Categorias propostas para a análise da governança turística por meio da percepção dos atores.
Categorias propostas Fonte
Parcerias Ronconi (2011); Sahaidak (2013); MTUR (2008); Hall (2011); Durán (2013); Trentin (2016); OMT (2010)
Benefícios das parcerias Ronconi (2011); Sahaidak (2013); MTUR (2008); Hall (2011); Durán (2013); Trentin (2016); OMT (2010)
Compartilhamento de informações
Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2017); Durán (2013); Oliveira; Pisa (2015); Brasil (2014)
Acesso às informações Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2017); Durán (2013); Oliveira; Pisa (2015); Brasil (2014)
Participação dos atores Durán (2013); Dinica (2009); Uzun (2010); Rhodes (1996); Seixas; Mas (2010); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Oliveira; Pisa (2015); OMT (2010)
Responsabilidade dos atores
Durán (2013); Dinica (2009); Uzun (2010); Rhodes (1996); Seixas; Mas (2010); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Oliveira; Pisa (2015); OMT (2010)
111
Responsabilidade socioambiental
Durán (2013); Dinica (2009); Uzun (2010); Rhodes (1996); Seixas; Mas (2010); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Oliveira; Pisa (2015); OMT (2010)
Regulação na tomada de decisões
Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2017); Velasco (2013); Trentin (2015)
Monitoramento na tomada de decisões
Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2017); Velasco (2013); Trentin (2015)
Estrutura de gestão Hall (2011); Oliveira; Pisa (2015); Velasco (2013); Uzun (2010); Rhodes (1996); Silva et al (2012); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Durán (2013); Beaumont; Dredge (2010)
Lideranças na gestão Hall (2011); Oliveira; Pisa (2015); Velasco (2013); Uzun (2010); Rhodes (1996); Silva et al (2012); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Durán (2013); Beaumont; Dredge (2010)
Objetivos das lideranças Hall (2011); Oliveira; Pisa (2015); Velasco (2013); Uzun (2010); Rhodes (1996); Silva et al (2012); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Durán (2013); Beaumont; Dredge (2010)
Monitoramento dos resultados
Velasco (2013); Bramwell et al (2011); Frey (2012); Durán (2013); Hall (2011); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Pontalti (2008); Dias (2013); Pechlaner et al (2012); Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2014); Sahaidak (2013); Massukado – Nakatami; Gonçalves (2013); MTUR (2010); Herntrei (2012)
Avaliação dos resultados do turismo
Velasco (2013); Bramwell et al (2011); Frey (2012); Durán (2013); Hall (2011); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Pontalti (2008); Dias (2013); Pechlaner et al (2012); Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2014); Sahaidak (2013); Massukado – Nakatami; Gonçalves (2013); MTUR (2010); Herntrei (2012)
Utilização dos resultados Velasco (2013); Bramwell et al (2011); Frey (2012); Durán (2013); Hall (2011); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Pontalti (2008); Dias (2013); Pechlaner et al (2012); Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2014); Sahaidak (2013); Massukado – Nakatami; Gonçalves (2013); MTUR (2010); Herntrei (2012)
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Para as respostas por parte dos entrevistados, a escala de Likert foi a escolhida, pois
a mesma permite uma escala variante entre três a dez categorias de respostas e que
solicitam que o entrevistado indique seu grau de concordância em relação às questões
e que geralmente é utilizada para medir atitudes ou opiniões (ALMEIDA; BOTELHO,
2006). No formulário aplicado, os respondentes poderiam assinalar em uma escala de
112
1 a 5, onde 1 representou total discordância com a afirmação realizada, e 5 total
concordância.
113
4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo de discussão dos resultados serão apresentadas a Governança
Turística em Santa Catarina e a aplicação do modelo proposto, bem como a discussão
dos resultados obtidos.
4.1 A Governança Turística em Santa Catarina
Para apresentar a Governança Turística no Estado de Santa Catarina, serão
apresentados a categorização dos municípios catarinenses, de acordo com o
Ministério do Turismo (2017), seguido pela demonstração dos comparativos das
médias de cada destino (Testes T) e por fim, a validação estatística do modelo de
avaliação.
4.1.1 Categorização dos Municípios Catarinenses
Para a análise da governança turística no Estado de Santa Catarina, o primeiro
aspecto buscado após a pesquisa sobre os destinos que o compõem, envolveu a
busca de dados relacionados ao desenvolvimento do turismo de Santa Catarina em
relação ao proposto pelo Programa de Regionalização do Turismo (PRT). O Estado
conta com 12 regiões turísticas compostas por municípios que apresentam diferentes
dinâmicas frente ao desenvolvimento do turismo. A mais atual avaliação dos mesmos,
por parte do Ministério do Turismo, ocorreu no ano de 2017, conforme já informado
neste trabalho. O Mapa Turístico Brasileiro é um instrumento de orientação para o
Ministério no desenvolvimento de políticas públicas, focadas na gestão, na
estruturação e na promoção da atividade turística, visando a regionalização e a
descentralização (MTUR, 2017).
Em Santa Catarina, os 251 municípios (Quadro 26) envolvidos na formação das
regiões turísticas podem ser divididos em 5 categorias, baseadas em seu
desempenho econômico. De acordo com a metodologia adotada, os municípios do
Estado que foram classificados nas categorias A, B e C contam com: 95% dos
empregos formais em meios de hospedagem; 87% dos estabelecimentos formais de
meios de hospedagem; 93% do fluxo doméstico; e contam com fluxo internacional
114
(não foram apresentados os percentuais para este item). Os municípios dos grupos D
e E apresentam características de cidades que podem servir como apoio aos destinos
geradores de fluxo turístico, fornecendo mão de obra ou insumos necessários para o
desenvolvimento do turismo (MTUR, 2017).
Quadro 26 – Categorização no Estado de Santa Catarina
CATEGORIA 2013 2016 2017
A 3 3 3
B 12 12 12
C 30 29 31
D 78 109 144
E 9 31 61
TOTAL 132 184 251
Fonte: MTUR (2017).
Na última atualização, do Mapa Turístico Brasileiro, o Estado de Santa Catarina
passou a ter duas novas regiões turísticas (Figura 18), já apresentadas, que são as
regiões turísticas Caminhos do Alto Vale e Vale das Águas. Além disso, houve um
acréscimo de 67 municípios de interesse turístico, passando de 184 para 251 cidades
(SOL, 2017).
115
Figura 18 – Novas regiões turísticas do Estado de Santa Catarina.
Fonte: SOL (2017).
Para a atualização do mapa no Brasil foram realizadas oficinas e reuniões em todas
as 27 unidades da federação e a validação do mesmo foi feita pelos Estados em seus
respectivos Conselhos Estaduais do Turismo (SOL, 2017).
A análise da governança turística do Estado de Santa Catarina foi realizada por meio
da coleta de dados obtidos pela aplicação de um formulário para os gestores públicos
e privados / da sociedade civil organizada, visando identificar discrepâncias ou
correlações em suas respostas. O primeiro teste utilizado foi o teste T, que deve ser
realizado em grupos que contam com mais de 30 respondentes (n> ou = 30). Como o
n relativo ao Estado foi igual a 100, o teste T pôde ser realizado (Quadro 27).
Quadro 27 - Teste T Santa Catarina.
Poder Público (1) / Iniciativa privada (2) N Média
Desvio
Pa
Erro padrão
116
drão
da média
Objetivos das Parcerias
1 54 3,7840
,89760
,12215
2 46 3,3261
,98254
,14487
Benefícios das parcerias
1 54 3,9815
,94595
,12873
2 46 3,6522
,99618
,14688
Compartilhamento das informações
1 54 3,5139
,84593
,11512
2 46 2,9239
,87697
,12930
Acesso às informações
1 54 3,2654
,92344
,12566
2 46 2,6377
1,03715
,15292
Participação dos atores
1 54 3,5880
,79823
,10862
2 46 3,1902
,93420
,13774
Responsabilidade dos atores
1 54 3,2639
,91813
,12494
2 46 3,0435
,83217
,12270
Responsabilidade socioambiental
1 54 3,2037
,92791
,12627
2 46 2,8750
,88624
,13067
Regulação na tomada de decisões
1 54 3,3025
,91635
,12470
2 46 3,1667
,89925
,13259
117
Monitoramento na tomada de decisões
1 54 3,1667
,74886
,10191
2 46 2,7826
1,02852
,15165
Estrutura de gestão
1 54 3,0926
,81016
,11025
2 46 2,7989
,78461
,11568
Liderança na gestão
1 54 3,1481
,74688
,10164
2 46 2,7989
,82936
,12228
Objetivos das lideranças
1 54 3,6250
,85472
,11631
2 46 3,1957
,91274
,13458
Monitoramento dos resultados
1 54 2,7346
1,08425
,14755
2 46 2,1087
1,05422
,15544
Avaliação dos resultados do turismo
1 54 2,9074
1,07070
,14570
2 46 2,2899
1,02224
,15072
Utilização dos resultados
1 54 3,3333
1,08351
,14745
2 46 2,7609
1,10591
,16306
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Após o teste T, foi realizada a análise das amostras independentes, que permitiram
identificar as discrepâncias entre as respostas dos atores avaliados.
118
Quando avaliado o Estado de Santa Catarina, percebeu-se que o sistema apresentou
várias discrepâncias nas médias entre os grupos, sendo eles os itens Objetivos das
Parcerias; Compartilhamento de informações; Acesso às informações; Participação
dos atores; Monitoramento na tomada de decisões, Liderança na gestão; Objetivos
das lideranças; Monitoramento dos resultados, Avaliação dos resultados do turismo e
Utilização dos resultados. Ressalta-se que as médias do poder público são
relativamente superiores às médias dos respondentes da iniciativa privada / sociedade
civil organizada.
Visando um maior aprofundamento desta análise estadual, foi elaborado um
levantamento dos municípios categorizados em Santa Catarina, por região, com o
intuito de apresentar um panorama do desenvolvimento turístico regional, para
possibilitar a percepção de possíveis diferenças nas opiniões de seus atores em
relação ao Estado como um todo. Para cada categoria de município foi atribuído um
peso que no final somaria a pontuação geral desta Região.
Foram realizados testes com a progressão aritmética, sendo que a categoria A valeria
10 pontos; a B valeria 8; a C valeria 6; a D valeria 4 e a E valeria 2. No segundo teste,
foi utilizada a progressão geométrica (x 2), na qual municípios A valeriam 16; B
valeriam 8; C valeriam 4; D valeriam 2 e E valeriam 1 ponto. Por fim, no terceiro teste,
a progressão geométrica seria x3, na qual A valeria 81 pontos; B 27 pontos; C 9
pontos; D 3 pontos e E, 1 ponto, sendo esta a análise que foi utilizada, devido à maior
variação entre as pontuações das regiões, permitindo assim verificar os agrupamentos
ou dispersões das mesmas com um maior distanciamento entre os grupos. Ressalta-
se que para todos os testes foram incluídos todos os municípios das regiões, inclusive
os que não fazem parte do Mapa Turístico, sendo classificados como F e tendo uma
pontuação nula.
Na região turística Caminho dos Canyons foram avaliados 15 municípios, que
somaram a média de 4.06 pontos (Quadro 28).
119
Quadro 28 – Categorização no Caminho dos Canyons.
Nº MUNICÍPIO CAT. PA (A:10,
B:8, C:6, D:4,
E:2, F:0)
PG x 2 (A:16,
B:8,C:4, D:2,
E:1, F:0)
PG x 3 (A:81,
B:27, C:9;
D:3, E:1, F:0)
1 Araranguá B 8 8 27
2 Balneário
Arroio do
Silva
D 4 2 3
3 Balneário
Gaivota
D 4 2 3
4 Ermo E 2 1 1
5 Jacinto
Machado
D 4 2 3
6 Maracajá D 4 2 3
7 Meleiro D 4 2 3
8 Morro Grande E 2 1 1
9 Passo de
Torres
D 4 2 3
10 Praia Grande D 4 2 3
11 Santa Rosa
do Sul
E 2 1 1
12 São João do
Sul
E 2 1 1
13 Sombrio D 4 2 3
14 Timbé do Sul D 4 2 3
15 Turvo D 4 2 3
Total 1 56/15 32/15 61/15
TOTAL 2 3,7777 2,1333 4,06
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A região Caminho dos Príncipes teve sua avaliação realizada com 16 municípios,
somando a média de 7,37 pontos (Quadro 29).
Quadro 29 – Categorização no Caminho dos Príncipes.
Nº MUNICÍPIO CAT. PA (A:10,
B:8, C:6, D:4,
E:2, F:0)
PG x 2 (A:16,
B:8,C:4, D:2,
E:1, F:0)
PG x 3 (A:81,
B:27, C:9;
D:3, E:1, F:0)
1 Araquari D 4 2 3
2 Balneário Barra do
Sul
D 4 2 3
3 Barra Velha C 6 4 9
4 Campo Alegre D 4 2 3
5 Corupá D 4 2 3
6 Garuva D 4 2 3
7 Guaramirim D 4 2 3
8 Itapoá C 6 4 9
9 Jaraguá do Sul C 6 4 9
10 Joinville B 8 8 27
120
11 Massaranduba D 4 2 3
12 Rio Negrinho D 4 2 3
13 São Bento do Sul C 6 4 9
14 São Francisco do Sul B 8 8 27
15 São João do Itaperiú E 2 1 1
16 Schroeder D 4 2 3
Total 2 78/16 51/16 118/16
TOTAL 2 4,875 3,1875 7,37
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A região turística Caminhos da Fronteira (Quadro 30) contou com 18 municípios
avaliados, sendo 5 deles com pontuação igual a zero, por não fazerem parte do mapa
turístico regional. Sua média geral foi 2,05.
Quadro 30 – Categorização no Caminhos da Fronteira
Nº MUNICÍPIO CAT. PA (A:10,
B:8, C:6, D:4,
E:2, F:0)
PG x 2 (A:16,
B:8,C:4, D:2,
E:1, F:0)
PG x 3 (A:81,
B:27, C:9;
D:3, E:1, F:0)
1 Anchieta D 4 2 3
2 Barra Bonita E 2 1 1
3 Belmonte E 2 1 1
4 Descanso D 4 2 3
5 Dionísio
Cerqueira
D 4 2 3
6 Guaraciaba D 4 2 3
7 Guarujá do
Sul
D 4 2 3
8 Iporã do
Oeste
D 4 2 3
9 Iraceminha E 2 1 1
10 Itapiranga D 4 2 3
11 Palma Sola E 2 1 1
12 São José do
Cedro
D 4 2 3
13 São Miguel do
Oeste
C 6 4 9
14 Bandeirante F 0 0 0
15 Paraíso F 0 0 0
16 Princesa F 0 0 0
17 Santa Helena F 0 0 0
18 Tunápolis F 0 0 0
Total 1 46/18 18/18 37/18
TOTAL 2 2,55 1,00 2,05
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
121
A região turística Caminhos do Alto Vale (Quadro 31) contou com 29 municípios
avaliados, sendo 2 deles com pontuação igual a zero, por não fazerem parte do mapa
turístico regional. Sua média geral foi 2,58.
Quadro 31 - Categorização no Caminhos do Alto Vale
Nº MUNICÍPIO CAT. PA (A:10,
B:8, C:6, D:4,
E:2, F:0)
PG x 2 (A:16,
B:8,C:4, D:2,
E:1, F:0)
PG x 3 (A:81,
B:27, C:9;
D:3, E:1, F:0)
1. Agrolândia D 4 2 3
2. Agronômica D 4 2 3
3. Atalanta E 2 1 1
4. Aurora D 4 2 3
5 Braço do
Trombudo
E 2 1 1
6 Chapadão do
Lageado
E 2 1 1
7 Dona Emma E 2 1 1
8 Ibirama D 4 2 3
9 Ituporanga D 4 2 3
10 José Boiteux D 4 2 3
11 Laurentino D 4 2 3
12 Lontras D 4 2 3
13 Mirim Doce D 4 2 3
14 Petrolândia D 4 2 3
15 Pouso
Redondo
D 4 2 3
16 Presidente
Getúlio
D 4 2 3
17 Presidente
Nereu
D 4 2 3
18 Rio do Campo D 4 2 3
19 Rio do Oeste D 4 2 3
20 Rio do Sul C 6 4 9
21 Salete D 4 2 3
22 Santa
Terezinha
D 4 2 3
23 Taió D 4 2 3
24 Trombudo
Central
D 4 2 3
25 Vidal Ramos D 4 2 3
26 Vitor Meireles E 2 1 1
27 Witmarsum E 2 1 1
28 Imbuia F 0 0 0
29 Leoberto Leal F 0 0 0
Total 1 98/29 50/29 75/29
TOTAL 2 3,379 1,7241 2,58
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
122
A região turística Costa Verde e Mar (Quadro 32) contou com 9 municípios avaliados,
sendo sua média geral foi 25,36. Esta média conferiu à região a nota mais alta do
Estado.
Quadro 32 – Categorização da Costa Verde & Mar.
Nº MUNICÍPIO CAT. PA (A:10,
B:8, C:6, D:4,
E:2, F:0)
PG x 2 (A:16,
B:8,C:4, D:2,
E:1, F:0)
PG x 3 (A:81,
B:27, C:9;
D:3, E:1, F:0)
1 Balneário
Camboriú
A 10 16 81
2 Bombinhas A 10 16 81
3 Camboriú D 4 2 3
4 Ilhota D 4 2 3
5 Itajaí B 8 8 27
6 Itapema B 8 8 27
7 Navegantes C 6 4 9
8 Penha B 8 8 27
9 Balneário
Piçarras
C 6 4 9
10 Porto Belo C 6 4 9
11 Tijucas D 4 2 3
Total 1 74/11 74/11 279/11
TOTAL 2 6,7272 6,7272 25,36
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A região turística Encantos do Sul (Quadro 33) contou com 32 municípios avaliados,
sendo 3 deles com pontuação igual a zero, por não fazerem parte do mapa turístico
regional. Sua média geral foi 4,96.
Quadro 33 – Avaliação da categorização em Encantos do Sul.
Nº MUNICÍPIO CAT. PA (A:10,
B:8, C:6, D:4,
E:2, F:0)
PG x 2 (A:16,
B:8,C:4, D:2,
E:1, F:0)
PG x 3 (A:81,
B:27, C:9;
D:3, E:1, F:0)
1 Armazém D 4 2 3
2 Braço do
Norte
D 4 2 3
3 Capivari de
Baixo
D 4 2 3
4 Cocal do Sul D 4 2 3
5 Criciúma B 8 8 27
6 Forquilhinha D 4 2 3
7 Garopaba B 8 8 27
8 Grão Pará E 2 1 1
9 Gravatal C 6 4 9
10 Içara D 4 2 3
11 Imaruí E 2 1 1
12 Imbituba B 8 8 27
123
13 Jaguaruna D 4 2 3
14 Lauro Muller D 4 2 3
15 Nova Veneza D 4 2 3
16 Orleans D 4 2 3
17 Pedras
Grandes
E 2 1 1
18 Rio Fortuna D 4 2 3
19 Sangão E 2 1 1
20 Santa Rosa
de Lima
E 2 1 1
21 São Martinho D 4 2 3
22 Siderópolis D 4 2 3
23 Treviso E 2 1 1
24 Treze de Maio E 2 1 1
25 Tubarão C 6 4 9
26 Urussanga D 4 2 3
27 Laguna C 6 4 9
28 Pescaria
Brava
E 2 1 1
29 Balneário
Rincão
E 2 1 1
30 Morro da
Fumaça
F 0 0 0
31 Paulo Lopes F 0 0 0
32 São Ludgero F 0 0 0
Total 1 116/32 73/32 159/32
TOTAL 2 3,625 2,2812 4,96
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A região turística Grande Florianópolis (Quadro 34) contou com 14 municípios
avaliados e sua média geral foi 10,28.
Quadro 34 – Categorização na Grande Florianópolis.
Nº MUNICÍPIO CAT. PA (A:10,
B:8, C:6, D:4,
E:2, F:0)
PG x 2 (A:16,
B:8,C:4, D:2,
E:1, F:0)
PG x 3 (A:81,
B:27, C:9;
D:3, E:1, F:0)
1 Águas Mornas D 4 2 3
2 Alfredo
Wagner
D 4 2 3
3 Angelina D 4 2 3
4 Anitápolis D 4 2 3
5 Antônio
Carlos
D 4 2 3
6 Biguaçu D 4 2 3
7 Governador
Celso Ramos
C 6 4 9
8 Palhoça C 6 4 9
124
9 Rancho
Queimado
D 4 2 3
10 Santo Amaro
da Imperatriz
C 6 4 9
11 São Bonifácio D 4 2 3
12 São José C 6 4 9
13 São Pedro de
Alcântara
D 4 2 3
14 Florianópolis A 10 16 81
Total 1 70/14 50/14 144/14
TOTAL 2 5 3,5714 10,28
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A região turística Grande Oeste (Quadro 35) contou com 30 municípios avaliados,
sendo 12 deles com pontuação igual a zero, por não fazerem parte do mapa turístico
regional. Sua média geral foi 1,7.
Quadro 35 – Categorização no Grande Oeste.
Nº MUNICÍPIO CAT. PA (A:10,
B:8, C:6, D:4,
E:2, F:0)
PG x 2 (A:16,
B:8,C:4, D:2,
E:1, F:0)
PG x 3 (A:81,
B:27, C:9;
D:3, E:1, F:0)
1 Abelardo Luz D 4 2 3
2 Arvoredo E 2 1 1
3 Bom Jesus E 2 1 1
4 Chapecó B 8 8 9
5 Coronel
Freitas
D 4 2 3
6 Faxinal dos
Guedes
D 4 2 3
7 Guatambú E 2 1 1
8 Ipuaçu D 4 2 3
9 Ouro Verde E 2 1 1
10 Paial E 2 1 1
11 Passos Maia E 2 1 1
12 Ponte Serrada D 4 2 3
13 São
Domingos
D 4 2 3
14 São Lourenço
do Oeste
D 4 2 3
15 Seara D 4 2 3
16 Xanxerê C 6 4 9
17 Xaxim D 4 2 3
18 Arabutã F 0 0 0
19 Campo Erê F 0 0 0
20 Cordilheira
Alta
F 0 0 0
125
21 Coronel
Martins
F 0 0 0
22 Entre Rios F 0 0 0
23 Galvão F 0 0 0
24 Ipumirim F 0 0 0
25 Jupiá F 0 0 0
26 Lajeado
Grande
F 0 0 0
27 Marema F 0 0 0
28 Novo
Horizonte
F 0 0 0
29 São
Bernardino
F 0 0 0
30 Xavantina F 0 0 0
Total 1 62/30 36/30 51/30
TOTAL 2 2,06 1,2 1,7
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A região turística Serra Catarinense (Quadro 36) contou com 18 municípios avaliados,
atingindo a média geral de 4,55.
Quadro 36 – Categorização na Serra Catarinense.
Nº MUNICÍPIO CAT. PA (A:10,
B:8, C:6, D:4,
E:2, F:0)
PG x 2 (A:16,
B:8,C:4, D:2,
E:1, F:0)
PG x 3 (A:81,
B:27, C:9;
D:3, E:1, F:0)
1 Anita
Garibaldi
D 4 2 3
2 Bocaina do
Sul
D 4 2 3
3 Bom Jardim
da Serra
D 4 2 3
4 Bom Retiro D 4 2 3
5 Capão Alto E 2 1 1
6 Campo Belo
do Sul
E 2 1 1
7 Cerro Negro E 2 1 1
8 Correia Pinto D 4 2 3
9 Lages B 8 8 27
10 Otacílio Costa D 4 2 3
11 Painel D 4 2 3
12 Palmeira E 2 1 1
13 Ponte Alta D 4 2 3
14 Rio Rufino D 4 2 3
15 São Joaquim C 6 4 9
16 São José do
Cerrito
D 4 2 3
17 Urubici C 6 4 9
18 Urupema D 4 2 3
126
Total 1 72/18 42/18 82/18
TOTAL 2 4 2,3333 4,55
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A região turística Vale das Águas (Quadro 37) contou com 33 municípios avaliados,
sendo 6 deles com pontuação igual a zero, por não fazerem parte do mapa turístico
regional. Sua média geral foi 1,84.
Quadro 37 – Categorização no Vale das Águas.
Nº MUNICÍPIO CAT. PA (A:10,
B:8, C:6, D:4,
E:2, F:0)
PG x 2 (A:16,
B:8,C:4, D:2,
E:1, F:0)
PG x 3 (A:81,
B:27, C:9;
D:3, E:1, F:0)
1 Águas de
Chapecó
D 4 2 3
2 Águas Frias E 2 1 1
3 Caibi D 4 2 3
4 Caxambú do
Sul
E 2 1 1
5 Cunha Porã D 4 2 3
6 Cunhataí E 2 1 1
7 Flor do Sertão E 2 1 1
8 Formosa do
Sul
D 4 2 3
9 Irati E 2 1 1
10 Jardinópolis E 2 1 1
11 Maravilha D 4 2 3
12 Modelo E 2 1 1
13 Mondaí D 4 2 3
14 Nova Erechim D 4 2 3
15 Nova
Itaberaba
E 2 1 1
16 Palmitos C 6 4 9
17 Pinhalzinho D 4 2 3
18 Planalto
Alegre
E 2 1 1
19 Quilombo D 4 2 3
20 Riqueza E 2 1 1
21 Santiago do
Sul
E 2 1 1
22 São Carlos D 4 2 3
23 São João do
Oeste
D 4 2 3
24 Saudades D 4 2 3
25 Serra Alta D 4 2 3
26 Sul Brasil E 2 1 1
27 União do
Oeste
E 2 1 1
127
28 Bom Jesus do
Oeste
F 0 0 0
29 Romelândia F 0 0 0
30 Saltinho F 0 0 0
31 Sta. Terezinha
do Progresso
F 0 0 0
32 São Miguel da
Boa Vista
F 0 0 0
33 Tigrinhos F 0 0 0
Total 1 84/33 43/33 61/33
TOTAL 2 2,5454 1,3030 1,8484
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A região turística Vale do Contestado (Quadro 38), maior região turística do Estado, contou
com 60 municípios avaliados, sendo 15 deles com pontuação igual a zero, por não fazerem
parte do mapa turístico regional. Sua média geral foi 3,01.
Quadro 38 – Categorização Vale do Contestado
Nº MUNICÍPIO CAT. PA (A:10,
B:8, C:6, D:4,
E:2, F:0)
PG x 2 (A:16,
B:8,C:4, D:2,
E:1, F:0)
PG x 3 (A:81,
B:27, C:9;
D:3, E:1, F:0)
1 Abdon Batista D 4 2 3
2 Água Doce D 4 2 3
3 Alto Bela
Vista
E 2 1 1
4 Arroio Trinta D 4 2 3
5 Bela Vista do
Toldo
E 2 1 1
6 Caçador C 6 4 9
7 Campos
Novos
D 4 2 3
8 Canoinhas C 6 4 9
9 Capinzal D 4 2 3
10 Concórdia C 6 4 9
11 Curitibanos D 4 2 3
12 Erval Velho D 4 2 3
13 Frei Rogério E 2 1 1
14 Ibicaré D 4 2 3
15 Iomerê D 4 2 3
16 Ipira D 4 2 3
17 Irani D 4 2 3
18 Irineópolis D 4 2 3
19 Itá C 6 4 9
20 Itaiópolis D 4 2 3
21 Joaçaba C 6 4 9
22 Lebon Régis D 4 2 3
23 Lindóia do Sul D 4 2 3
128
24 Mafra D 4 2 3
25 Major Vieira D 4 2 3
26 Monte Castelo E 2 1 1
27 Papanduva D 4 2 3
28 Peritiba D 4 2 3
29 Piratuba B 8 8 27
30 Porto União C 6 4 9
31 Pres. Castello
Branco
D 4 2 3
32 Rio das Antas D 4 2 3
33 Salto Veloso E 2 1 1
34 Santa Cecília D 4 2 3
35 Timbó Grande D 4 2 3
36 Três Barras D 4 2 3
37 Treze Tílias D 4 2 3
38 Vargeão E 2 1 1
39 Zortéa E 2 1 1
40 Videira C 6 4 9
41 Pinheiro Preto E 2 1 1
42 Tangará D 4 2 3
43 Fraiburgo D 4 2 3
44 Matos Costa E 2 1 1
45 Calmon E 2 1 1
46 Brunópolis F 0 0 0
47 Catanduvas F 0 0 0
48 Celso Ramos F 0 0 0
49 Herval
D’Oeste
F 0 0 0
50 Ibiam F 0 0 0
51 Jaborá F 0 0 0
52 Lacerdópolis F 0 0 0
53 Luzerna F 0 0 0
54 Macieira F 0 0 0
55 Monte Carlo F 0 0 0
56 Ouro F 0 0 0
57 Ponte Alta do
Norte
F 0 0 0
58 São Cristóvão
do Sul
F 0 0 0
59 Vargem F 0 0 0
60 Vargem
Bonita
F 0 0 0
Total 1 178/60 100/60 181/60
TOTAL 2 2,966 1,6666 3,01
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A região turística Vale Europeu (Quadro 39) contou com 19 municípios avaliados, sendo a
sua média geral 4,78.
129
Quadro 39 – Categorização do Vale Europeu.
Nº MUNICÍPIO CAT. PA (A:10,
B:8, C:6, D:4,
E:2, F:0)
PG x 2 (A:16,
B:8,C:4, D:2,
E:1, F:0)
PG x 3 (A:81,
B:27, C:9;
D:3, E:1, F:0)
1 Apiúna D 4 2 3
2 Ascurra E 2 1 1
3 Benedito
Novo
D 4 2 3
4 Blumenau B 8 8 27
5 Botuverá E 2 1 1
6 Brusque C 6 4 9
7 Canelinha D 4 2 3
8 Doutor
Pedrinho
D 4 2 3
9 Gaspar C 6 4 9
10 Guabiruba E 2 1 1
11 Indaial D 4 2 3
12 Luiz Alves D 4 2 3
13 Major Gercino E 2 1 1
14 Nova Trento D 4 2 3
15 Pomerode C 6 4 9
16 Rio dos
Cedros
D 4 2 3
17 Rodeio D 4 2 3
18 São João
Batista
D 4 2 3
19 Timbó D 4 2 3
Total 1 74/19 46/19 91/19
TOTAL 2 3,894 2,42 4,78
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Após a avaliação de cada uma das doze regiões, foi realizada a comparação entre as
regiões (Quadro 40) com o interesse de identificar as aproximações das médias das
regiões, sendo que as mesmas foram então divididas em 4 grupos, sendo eles Destino
Consolidado (Amarelo); Destinos em Consolidação 1 (Verde); Destinos em
Consolidação 2 (Azul) e Destinos não consolidados (Salmão).
Quadro 40 – Comparação entre as médias das regiões.
Progressão Aritmética Progressão Geométrica x 2 Progressão Geométrica x 3
Costa Verde & Mar – 6,72 Costa Verde & Mar – 6,72 Costa Verde & Mar – 25,36
Grande Florianópolis – 5,00 Grande Florianópolis – 3,57 Grande Florianópolis – 10,28
Caminho dos Príncipes – 4,87 Caminho dos Príncipes – 3,18 Caminho dos Príncipes – 7,37
Vale Europeu – 3,89 Vale Europeu – 2,42 Encantos do Sul – 4,96
130
Serra Catarinense – 4,00 Serra Catarinense – 2,33 Vale Europeu – 4,78
Encantos do Sul – 3,62 Encantos do Sul – 2,28 Serra Catarinense – 4,55
Caminho dos Canyons – 3,77 Caminho dos Canyons – 2,13 Caminho dos Canyons – 4,06
Caminhos do Alto Vale – 3,37 Caminhos do Alto Vale – 1,72 Vale do Contestado – 3,01
Vale do Contestado – 2,96 Vale do Contestado – 1,66 Caminhos do Alto Vale – 2,58
Caminhos da Fronteira – 2,55 Vale das Águas – 1,30 Caminhos da Fronteira – 2,05
Vale das Águas – 2,54 Grande Oeste – 1,20 Vale das Águas – 1,84
Grande Oeste – 2,06 Caminhos da Fronteira – 1,00 Grande Oeste – 1,70
Média Geral – 3,75 Média Geral – 2,45 Média Geral – 6,04
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Após esta análise, optou-se que a Região Costa Verde e Mar fosse identificada como
Destino Consolidado; as regiões Grande Florianópolis e Caminho dos Príncipes como
Destino em Consolidação 1; Encantos do Sul, Vale Europeu, Serra Catarinense e
Caminho dos Canyons como Destino em Consolidação 2; e as regiões que
compuseram o Destino não Consolidado são o Vale do Contestado, Caminhos do Alto
Vale, Caminhos da Fronteira, Vale das Águas e Grande Oeste. Percebeu-se que as
diferenças se dão, principalmente, pelas extremidades, ou seja, regiões com
municípios bem categorizados acabam subindo na classificação, enquanto que as
regiões com municípios com classificação mais baixa ou com municípios que não
participam do mapa regional turístico, acabaram ficando na classe de menores
médias.
4.1.2 Comparativos das médias dos Destinos (Testes T)
Visando a comparação das percepções dos atores públicos e privados nas quatro
regiões categorizadas, foram realizados os testes T e de amostras independentes.
Estado de Santa Catarina, considerando todas as suas regiões turísticas, foi o primeiro
objeto de análise (Quadro 41).
Quadro 41 - Teste T – Santa Catarina Poder Público 1 /
Iniciativa privada 2
N Média Desvio Padrão
Erro padrão da
média
Parcerias 1 54 3,7840 ,89760 ,12215
2 46 3,3261 ,98254 ,14487
Benefícios das parcerias 1 54 3,9815 ,94595 ,12873
2 46 3,6522 ,99618 ,14688
1 54 3,5139 ,84593 ,11512
131
Compartilhamento das informações
2 46 2,9239 ,87697 ,12930
Acesso às informações 1 54 3,2654 ,92344 ,12566
2 46 2,6377 1,03715 ,15292
Participação dos atores 1 54 3,5880 ,79823 ,10862
2 46 3,1902 ,93420 ,13774
Responsabilidade dos atores
1 54 3,2639 ,91813 ,12494
2 46 3,0435 ,83217 ,12270
Responsabilidade socioambiental
1 54 3,2037 ,92791 ,12627
2 46 2,8750 ,88624 ,13067
Regulação na tomada de decisões
1 54 3,3025 ,91635 ,12470
2 46 3,1667 ,89925 ,13259
Monitoramento na tomada de decisões
1 54 3,1667 ,74886 ,10191
2 46 2,7826 1,02852 ,15165
Estrutura de gestão 1 54 3,0926 ,81016 ,11025
2 46 2,7989 ,78461 ,11568
Liderança na gestão 1 54 3,1481 ,74688 ,10164
2 46 2,7989 ,82936 ,12228
Objetivos das lideranças 1 54 3,6250 ,85472 ,11631
2 46 3,1957 ,91274 ,13458
Monitoramento dos resultados
1 54 2,7346 1,08425 ,14755
2 46 2,1087 1,05422 ,15544
Avaliação dos resultados do turismo
1 54 2,9074 1,07070 ,14570
2 46 2,2899 1,02224 ,15072
Utilização dos resultados 1 54 3,3333 1,08351 ,14745
2 46 2,7609 1,10591 ,16306
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Quando avaliado o Estado de Santa Catarina, percebeu-se que houveram várias
discrepâncias nas médias entre os grupos (Apêndice B), sendo eles os itens
Promoção de parcerias, Compartilhamento de informações; Acesso às informações;
Participação dos atores; Monitoramento na tomada de decisões, Liderança na gestão;
Objetivos das lideranças; Monitoramento dos resultados, Avaliação dos resultados do
turismo e Utilização dos resultados.
Após a análise do Estado como um todo, foram analisados os quatro destinos
separadamente. A primeira região analisada foi o Destino Consolidado, formado pela
região turística Costa Verde e Mar (Quadro 42).
Quadro 42 - Teste T – Destino Consolidado Poder público (1)
/ iniciativa privada (2)
N Média Desvio Padrão
Erro padrão da
média
Parcerias 1 10 3,9000 ,54546 ,17249
2 12 3,7500 ,97572 ,28166
Benefícios das Parcerias 1 10 3,4000 ,96609 ,30551
2 12 3,8889 ,76980 ,22222
Compartilhamento de informações
1 10 3,3250 ,72696 ,22989
2 12 2,9167 ,81417 ,23503
Acesso às informações 1 10 3,4667 ,70623 ,22333
2 12 2,4444 ,85674 ,24732
Participação dos atores 1 10 3,5500 ,81479 ,25766
132
2 12 3,2500 ,87905 ,25376
Responsabilidade dos atores
1 10 3,4250 ,63519 ,20087
2 12 3,2083 ,78937 ,22787
Responsabilidade Socioambiental
1 10 3,1000 ,83500 ,26405
2 12 2,9583 ,88442 ,25531
Regulação na tomada de decisões
1 10 3,2333 ,98194 ,31052
2 12 3,0833 ,92250 ,26630
Monitoramento na tomada de decisões
1 10 3,0667 ,26294 ,08315
2 12 3,0833 1,08362 ,31282
Estrutura de gestão 1 10 3,2000 ,65405 ,20683
2 12 2,7500 ,73855 ,21320
Liderança na gestão 1 10 3,5250 ,60610 ,19167
2 12 3,2917 ,87797 ,25345
Objetivos das lideranças 1 10 3,5000 ,95015 ,30046
2 12 3,3333 ,80716 ,23301
Monitoramento dos resultados
1 10 2,4667 ,61262 ,19373
2 12 2,4167 ,98601 ,28464
Avaliação dos resultados 1 10 2,8667 ,65168 ,20608
2 12 2,7222 ,89706 ,25896
Utilização dos resultados 1 10 3,6000 ,75031 ,23727
2 12 2,9722 ,91517 ,26419
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Para o Teste T realizado no Destino Consolidado (Costa Verde e Mar) percebeu-se
pelo teste de amostras independentes (Apêndice C) que não houveram discrepâncias
entre as respostas dos dois grupos (poder público e iniciativa privada).
O segundo teste foi realizado com o Destino em Consolidação 1, composto pela região
Grande Florianópolis e pela região Caminho dos Príncipes (Quadro 43).
Quadro 43 - Teste T – Destino em Consolidação 1. Poder
Público 1 / Iniciativa Privada 2
N Média Desvio Padrão
Erro padrão da
média
Parcerias 1 11 3,4545 1,31886 ,39765
2 7 3,4762 ,83571 ,31587
Benefícios das parcerias 1 11 3,6364 ,88763 ,26763
2 7 3,4286 ,56811 ,21473
Compartilhamento das informações
1 11 3,1818 1,09025 ,32872
2 7 2,9286 ,89808 ,33944
Acesso às informações 1 11 2,7273 1,20017 ,36186
2 7 2,4762 ,92009 ,34776
Participação dos atores 1 11 3,2045 ,82020 ,24730
2 7 3,1071 ,57477 ,21724
Responsabilidade dos atores
1 11 2,5909 1,13067 ,34091
2 7 2,8214 ,90960 ,34380
Responsabilidade Socioambiental
1 11 2,5227 ,58582 ,17663
2 7 2,3214 1,00741 ,38077
Regulação na tomada de decisões
1 11 2,6364 ,65751 ,19825
2 7 3,2381 ,65868 ,24896
Monitoramento na tomada de decisões
1 11 2,7273 ,57384 ,17302
2 7 2,4286 1,03126 ,38978
Estrutura de gestão 1 11 2,5909 ,94388 ,28459
2 7 3,0714 ,40089 ,15152
133
Liderança na gestão 1 11 2,5909 ,74391 ,22430
2 7 2,7500 ,47871 ,18094
Objetivos das lideranças 1 11 2,8636 ,73624 ,22198
2 7 3,1786 ,77344 ,29233
Monitoramento dos resultados
1 11 1,6364 ,65751 ,19825
2 7 1,7143 ,75593 ,28571
Avaliação dos resultados do turismo
1 11 2,2121 1,06742 ,32184
2 7 1,8095 ,83571 ,31587
Utilização dos resultados 1 11 2,5758 1,03377 ,31169
2 7 2,1905 1,11981 ,42325
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
No grupo Consolidação 1 (Apêndice D), também não houveram discrepâncias nas
médias das respostas, havendo uma grande proximidade das médias apresentadas
pelos dois grupos.
O terceiro grupo a ser avaliado (Quadro 44) foi o Destino em Consolidação 2, formado
pelas regiões Encantos do Sul, Vale Europeu, Serra Catarinense e Caminho dos
Canyons.
Quadro 44 - Teste T – Destino em Consolidação 2. Poder Público (1) /
Iniciativa Privada (2) N Média Desvio
Padrão Erro padrão
da média
Parcerias 1 18 4,0000 ,74973 ,17671
2 12 2,7222 1,11766 ,32264
Benefícios das parcerias 1 18 4,4630 ,75959 ,17904
2 12 3,3333 1,42843 ,41235
Compartilhamento de informações
1 18 3,5833 ,81800 ,19280
2 12 2,4583 ,87148 ,25157
Acesso às informações 1 18 3,4444 ,89296 ,21047
2 12 2,1111 ,98815 ,28525
Participação dos atores 1 18 4,0278 ,60566 ,14276
2 12 2,8542 1,24526 ,35947
Responsabilidade dos atores
1 18 3,5556 ,82940 ,19549
2 12 2,7500 ,83258 ,24034
Responsabilidade socioambiental
1 18 3,5694 1,01026 ,23812
2 12 2,8542 ,92600 ,26731
Regulação na tomada de decisões
1 18 3,5000 1,03690 ,24440
2 12 3,0833 ,86603 ,25000
Monitoramento na tomada de decisões
1 18 3,2778 ,91644 ,21601
2 12 2,3611 1,11426 ,32166
Estrutura de gestão 1 18 3,2778 ,84839 ,19997
2 12 2,7917 ,89082 ,25716
Liderança na gestão 1 18 3,2917 ,71358 ,16819
2 12 2,4167 ,94948 ,27409
Objetivos da lideranças 1 18 3,9306 ,76122 ,17942
2 12 2,7500 1,06600 ,30773
Monitoramento dos resultados
1 18 3,0741 1,06369 ,25072
2 12 1,8611 1,09598 ,31638
Avaliação dos resultados 1 18 3,1111 1,26284 ,29765
2 12 1,8611 ,92614 ,26735
Utilização dos resultados 1 18 3,3889 1,21671 ,28678
2 12 2,6389 ,84636 ,24432
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
134
Na análise deste grupo (Apêndice E) foram identificados um grande número de
discrepâncias, sendo as mesmas presentes nas categorias Promoção de parcerias,
Benefícios das parcerias, Compartilhamento das informações, Acesso às
informações, Participação dos atores, Responsabilidades dos atores, Monitoramento
na tomada de decisões, Liderança na gestão, Objetivos das lideranças,
Monitoramento dos resultados, Avaliação dos resultados do turismo e Utilização dos
resultados do turismo.
O último grupo analisado foi o Destino não Consolidado (Quadro 45), formado pelas
regiões turísticas Vale do Contestado, Caminhos do Alto Vale, Caminhos da Fronteira,
Vale das Águas e Grande Oeste.
Quadro 45 - Teste T – Destino não Consolidado. Natureza da
Instituição N Média Desvio
Padrão Erro padrão
da média
Parcerias 1 16 3,7083 ,85093 ,21273
2 14 3,3571 ,77861 ,20809
Benefícios das parcerias 1 16 4,0208 ,93070 ,23268
2 14 3,8333 ,90346 ,24146
Compartilhamento de informações
1 16 3,7813 ,68845 ,17211
2 14 3,2857 ,84840 ,22674
Acesso às informações 1 16 3,2083 ,85959 ,21490
2 14 3,4048 ,93533 ,24998
Participação dos atores 1 16 3,3438 ,77929 ,19482
2 14 3,4821 ,83473 ,22309
Responsabilidade dos atores
1 16 3,2656 ,95074 ,23768
2 14 3,2857 ,65675 ,17552
Responsabilidade socioambiental
1 16 3,2813 ,87023 ,21756
2 14 3,1250 ,78293 ,20925
Regulação na tomada de decisões
1 16 3,7500 ,71492 ,17873
2 14 3,0714 ,95343 ,25482
Monitoramento na tomada de decisões
1 16 3,5208 ,75981 ,18995
2 14 2,9048 ,74454 ,19899
Estrutura de gestão 1 16 3,1719 ,64368 ,16092
2 14 2,6607 ,90727 ,24248
Liderança na gestão 1 16 3,0781 ,71133 ,17783
2 14 2,7679 ,68965 ,18432
Objetivos das lideranças 1 16 3,8438 ,61830 ,15457
2 14 3,4821 ,93780 ,25064
Monitoramento dos resultados
1 16 3,0625 1,06262 ,26566
2 14 2,4524 1,31791 ,35222
Avaliação dos resultados do turismo
1 16 3,1042 ,89209 ,22302
2 14 2,5714 1,18703 ,31725
Utilização dos resultados 1 16 3,6042 ,96008 ,24002
2 14 2,9524 1,41938 ,37935
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Neste grupo analisado houveram discrepâncias (Apêndice F) nas categorias Estrutura
de Gestão, Liderança na Gestão e Objetivos das lideranças.
135
Após as análises dos 4 destinos, foi compilado um quadro comparativo entre as
médias gerais dos destinos analisados (Quadro 46).
Quadro 46 - Comparativo de médias dos destinos. Legenda: Maiores médias – Itálico - Menores médias - Negrito
Costa Verde e Mar
Consolidação 1
Consolidação 2
Não consolidado
Santa Catarina
Parcerias 3.81 3.46 3.48 3.54 3.57
Benefícios das parcerias
3.66 3.55 4.01 3.93 3.83
Compartilhamento de informações
3.10 3.08 3.13 3.55 3.24
Acesso às informações
2.90 2.62 2.91 3.30 2.97
Participação dos atores
3.38 3.16 3.55 3.40 3.40
Responsabilidade dos atores
3.30 2.68 3.23 3.27 3.16
Responsabilidade socioambiental
3.02 2.44 3.28 3.20 3.05
Regulação na tomada de decisões
3.15 2.87 3.33 3.43 3.24
Monitoramento na tomada de decisões
3.07 2.61 2.91 3.23 2.99
Estrutura de gestão 2.95 2.77 3.08 2.93 2.95
Liderança na gestão 3.39 2.65 2.94 2.93 2.98
Objetivos das lideranças
3.40 2.98 3.45 3.67 3.42
Monitoramento dos resultados
2.43 1.66 2.58 2.77 2.44
Avaliação dos resultados do
turismo
2.78 2.05 2.61 2.85 2.62
Resultados 3.25 2.42 3.08 3.20 3.07
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Percebeu-se pelo quadro 46 que as menores médias estão presentes no Destino em
Consolidação 1, enquanto a maioria das maiores médias estão no Destino não
Consolidado, o que pode indicar uma análise mais realista no Destino em
Consolidação 1 e uma maior expectativa no Destino não Consolidado.
Finalizado o processo de análises dos quatro destinos e do Estado de Santa Catarina,
levando em consideração a percepção dos seus atores públicos e privados / da
sociedade civil organizada, optou-se pela realização de Testes T comparativos entre
136
todas as regiões, com a intenção de encontrar aproximações ou discrepâncias entre
as mesmas (Quadro 47).
Quadro 47 – Comparação entre Destinos. Grupos a serem comparados
Destino Consolidado X SC
Destino em Consolidação 1 X SC Destino em Consolidação 2 x SC Destino não Consolidado X SC
Destino Consolidado x Destino em Consolidação 1 Destino Consolidado x Destino em Consolidação 2
Destino Consolidado x Destino Não consolidado Destino em Consolidação 1 x Destino Consolidação 2
Destino em Consolidação 1 x Destino Não Consolidado Destino em Consolidação 2 x Destino não Consolidado
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A primeira análise comparativa foi realizada com o Destino Consolidado e o Estado
de Santa Catarina (Quadro 48).
Quadro 48 - Teste T – Destino Consolidado X Estado de Santa Catarina SC (2) /
Consolidado (1) N Média Desvio
Padrão Erro
padrão da média
Promoção das Parcerias 1 22 3,8182 ,79501 ,16950
2 100 3,5733 ,96059 ,09606
Benefícios das parcerias 1 22 3,6667 ,87891 ,18738
2 100 3,8300 ,97844 ,09784
Compartilhamento das informações
1 22 3,1023 ,78551 ,16747
2 100 3,2425 ,90555 ,09055
Acesso às informações 1 22 2,9091 ,93255 ,19882
2 100 2,9767 1,02193 ,10219
Participação dos atores 1 22 3,3864 ,84419 ,17998
2 100 3,4050 ,88176 ,08818
Responsabilidade dos atores
1 22 3,3068 ,71519 ,15248
2 100 3,1625 ,88219 ,08822
Responsabilidade socioambiental
1 22 3,0227 ,84483 ,18012
2 100 3,0525 ,91928 ,09193
Regulação na tomada de decisões
1 22 3,1515 ,92997 ,19827
2 100 3,2400 ,90649 ,09065
Monitoramento na tomada de decisões
1 22 3,0758 ,80298 ,17120
2 100 2,9900 ,90448 ,09045
Estrutura de gestão 1 22 2,9545 ,72225 ,15398
2 100 2,9575 ,80799 ,08080
Liderança na gestão 1 22 3,3977 ,75852 ,16172
2 100 2,9875 ,80118 ,08012
Objetivos das lideranças 1 22 3,4091 ,85755 ,18283
2 100 3,4275 ,90334 ,09033
Monitoramento dos resultados
1 22 2,4394 ,81900 ,17461
2 100 2,4467 1,11032 ,11103
Avaliação dos resultados do turismo
1 22 2,7879 ,78035 ,16637
2 100 2,6233 1,08831 ,10883
Utilização dos resultados 1 22 3,2576 ,88450 ,18858
2 100 3,0700 1,12546 ,11255
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
137
Quando da análise das amostras independentes (Apêndice G), percebeu-se
discrepância somente na categoria Liderança na Gestão.
A segunda análise considerou o Estado de Santa Catarina comparado com o Destino
em Consolidação 1 (Quadro 49).
Quadro 49 - Teste T – Santa Catarina X Consolidação 1 S C (2) /
Consolidação 1 (1)
N Média Desvio Padrão
Erro padrão da média
Promoção das Parcerias 1 18 3,4630 1,12685 ,26560
2 100 3,5733 ,96059 ,09606
Benefícios das parcerias 1 18 3,5556 ,76696 ,18078
2 100 3,8300 ,97844 ,09784
Compartilhamento de informações
1 18 3,0833 1,00000 ,23570
2 100 3,2425 ,90555 ,09055
Acesso às informações 1 18 2,6296 1,07794 ,25407
2 100 2,9767 1,02193 ,10219
Participação dos atores 1 18 3,1667 ,71743 ,16910
2 100 3,4050 ,88176 ,08818
Responsabilidade dos atores
1 18 2,6806 1,02830 ,24237
2 100 3,1625 ,88219 ,08822
Responsabilidade socioambiental
1 18 2,4444 ,75516 ,17799
2 100 3,0525 ,91928 ,09193
Regulação na tomada de decisões
1 18 2,8704 ,70608 ,16642
2 100 3,2400 ,90649 ,09065
Monitoramento na tomada de decisões
1 18 2,6111 ,76909 ,18128
2 100 2,9900 ,90448 ,09045
Estrutura de gestão 1 18 2,7778 ,79931 ,18840
2 100 2,9575 ,80799 ,08080
Liderança na gestão 1 18 2,6528 ,64248 ,15143
2 100 2,9875 ,80118 ,08012
Objetivos das lideranças 1 18 2,9861 ,74494 ,17559
2 100 3,4275 ,90334 ,09033
Monitoramento dos resultados
1 18 1,6667 ,67640 ,15943
2 100 2,4467 1,11032 ,11103
Avaliação dos resultados do turismo
1 18 2,0556 ,97853 ,23064
2 100 2,6233 1,08831 ,10883
Resultados 1 18 2,4259 1,05289 ,24817
2 100 3,0700 1,12546 ,11255
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
No teste T de amostras independentes (Apêndice H) houveram discrepâncias nas
categorias Responsabilidade dos atores, Responsabilidade socioambiental,
Monitoramento dos resultados, Avaliação dos resultados do turismo e Utilização dos
resultados do turismo.
O próximo teste foi a análise entre o Estado de Santa Catarina com o Destino em
Consolidação 2 (Quadro 50).
138
Quadro 50 - Teste T – Santa Catarina X Destino em Consolidação 2 SC (2) /
Consolidação 2 (1)
N Média Desvio Padrão
Erro padrão da média
Promoção das Parcerias 1 30 3,4889 1,09940 ,20072
2 100 3,5733 ,96059 ,09606
Benefícios das parcerias 1 30 4,0111 1,19540 ,21825
2 100 3,8300 ,97844 ,09784
Compartilhamento de informações
1 30 3,1333 ,99727 ,18208
2 100 3,2425 ,90555 ,09055
Acesso às informações 1 30 2,9111 1,13101 ,20649
2 100 2,9767 1,02193 ,10219
Participação dos atores 1 30 3,5583 1,07013 ,19538
2 100 3,4050 ,88176 ,08818
Responsabilidade dos atores
1 30 3,2333 ,90956 ,16606
2 100 3,1625 ,88219 ,08822
Responsabilidade socioambiental
1 30 3,2833 1,02498 ,18713
2 100 3,0525 ,91928 ,09193
Regulação na tomada de decisões
1 30 3,3333 ,97870 ,17869
2 100 3,2400 ,90649 ,09065
Monitoramento na tomada de decisões
1 30 2,9111 1,08254 ,19764
2 100 2,9900 ,90448 ,09045
Estrutura de gestão 1 30 3,0833 ,88409 ,16141
2 100 2,9575 ,80799 ,08080
Liderança na gestão 1 30 2,9417 ,91134 ,16639
2 100 2,9875 ,80118 ,08012
Objetivos das lideranças 1 30 3,4583 1,05676 ,19294
2 100 3,4275 ,90334 ,09033
Monitoramento dos resultados
1 30 2,5889 1,21826 ,22242
2 100 2,4467 1,11032 ,11103
Avaliação dos resultados do turismo
1 30 2,6111 1,28380 ,23439
2 100 2,6233 1,08831 ,10883
Utilização dos resultados 1 30 3,0889 1,13101 ,20649
2 100 3,0700 1,12546 ,11255
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Na análise de amostras independentes não houveram discrepâncias entre os dois
grupos (Apêndice I).
Em seguida, a análise foi realizada comparando o Estado de Santa Catarina com o
Destino não consolidado (Quadro 51).
Quadro 51 - Teste T – Santa Catarina X Destino não Consolidado. SC (2) / NC
(1) N Média Desvio
Padrão Erro padrão da
média
Promoção das Parcerias 2 100 3,5733 ,96059 ,09606
1 30 3,5444 ,82343 ,15034
Benefícios das parcerias 2 100 3,8300 ,97844 ,09784
1 30 3,9333 ,90719 ,16563
Compartilhamento de informações
2 100 3,2425 ,90555 ,09055
1 30 3,5500 ,79438 ,14503
Acesso às informações 2 100 2,9767 1,02193 ,10219
1 30 3,3000 ,88560 ,16169
Participação dos atores 2 100 3,4050 ,88176 ,08818
1 30 3,4083 ,79460 ,14507
139
Responsabilidade dos atores
2 100 3,1625 ,88219 ,08822
1 30 3,2750 ,81301 ,14844
Responsabilidade socioambiental
2 100 3,0525 ,91928 ,09193
1 30 3,2083 ,82023 ,14975
Regulação na tomada de decisões
2 100 3,2400 ,90649 ,09065
1 30 3,4333 ,88906 ,16232
Monitoramento na tomada de decisões
2 100 2,9900 ,90448 ,09045
1 30 3,2333 ,80301 ,14661
Estrutura de gestão 2 100 2,9575 ,80799 ,08080
1 30 2,9333 ,80658 ,14726
Liderança na gestão 2 100 2,9875 ,80118 ,08012
1 30 2,9333 ,70690 ,12906
Objetivos das lideranças 2 100 3,4275 ,90334 ,09033
1 30 3,6750 ,79098 ,14441
Monitoramento dos resultados
2 100 2,4467 1,11032 ,11103
1 30 2,7778 1,20768 ,22049
Avaliação dos resultados do turismo
2 100 2,6233 1,08831 ,10883
1 30 2,8556 1,05657 ,19290
Utilização dos resultados 2 100 3,0700 1,12546 ,11255
1 30 3,3000 1,22036 ,22281
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
No teste de análises independentes entre os dois grupos não foram percebidas
discrepâncias nas médias (Apêndice J).
Após os testes comparando o Estado com os Destinos, passou-se para a outra etapa,
visando comparar os Destinos entre si, sendo que a primeira comparação foi feita
entre o Destino Consolidado e o Destino em Consolidação 1 (Quadro 52).
Quadro 52 - Teste T – Destino Consolidado X Destino em Consolidação 1 Costa Verde e Mar (2) /
Consolidação 1 (1) N Média Desvio
Padrão Erro
padrão média
Promoção das Parcerias 1,00 18 3,4630 1,12685 ,26560
2,00 22 3,8182 ,79501 ,16950
Benefícios das parcerias 1,00 18 3,5556 ,76696 ,18078
2,00 22 3,6667 ,87891 ,18738
Compartilhamento de informações
1,00 18 3,0833 1,00000 ,23570
2,00 22 3,1023 ,78551 ,16747
Acesso às informações 1,00 18 2,6296 1,07794 ,25407
2,00 22 2,9091 ,93255 ,19882
Participação dos atores 1,00 18 3,1667 ,71743 ,16910
2,00 22 3,3864 ,84419 ,17998
Responsabilidade dos atores
1,00 18 2,6806 1,02830 ,24237
2,00 22 3,3068 ,71519 ,15248
Responsabilidade socioambiental
1,00 18 2,4444 ,75516 ,17799
2,00 22 3,0227 ,84483 ,18012
Regulação na tomada de decisões
1,00 18 2,8704 ,70608 ,16642
2,00 22 3,1515 ,92997 ,19827
Monitoramento na tomada de decisões
1,00 18 2,6111 ,76909 ,18128
2,00 22 3,0758 ,80298 ,17120
Estrutura de gestão 1,00 18 2,7778 ,79931 ,18840
2,00 22 2,9545 ,72225 ,15398
Liderança na gestão 1,00 18 2,6528 ,64248 ,15143
2,00 22 3,3977 ,75852 ,16172
140
Objetivos das lideranças 1,00 18 2,9861 ,74494 ,17559
2,00 22 3,4091 ,85755 ,18283
Monitoramento dos resultados
1,00 18 1,6667 ,67640 ,15943
2,00 22 2,4394 ,81900 ,17461
Avaliação dos resultados 1,00 18 2,0556 ,97853 ,23064
2,00 22 2,7879 ,78035 ,16637
Utilização dos resultados 1,00 18 2,4259 1,05289 ,24817
2,00 22 3,2576 ,88450 ,18858
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Na análise das amostras independentes foram percebidas discrepâncias nas
categorias Responsabilidade dos atores, Responsabilidade socioambiental, Liderança
na gestão, Monitoramento dos resultados, Avaliação dos resultados e Utilização dos
resultados (Apêndice K).
Seguindo com as análises, o Destino consolidado foi comparado com o Destino em
Consolidação 2 (Quadro 53).
Quadro 53 - Teste T – Destino Consolidado X Destino em Consolidação 2 Costa Verde e
Mar (1) / Consolidação 2 (2)
N Média Desvio Padrão
Erro padrão da
média
Promoção das Parcerias 1 22 3,8182 ,79501 ,16950
2 30 3,4889 1,09940 ,20072
Benefícios das parcerias 1 22 3,6667 ,87891 ,18738
2 30 4,0111 1,19540 ,21825
Compartilhamento de informações
1 22 3,1023 ,78551 ,16747
2 30 3,1333 ,99727 ,18208
Acesso às informações 1 22 2,9091 ,93255 ,19882
2 30 2,9111 1,13101 ,20649
Participação dos atores 1 22 3,3864 ,84419 ,17998
2 30 3,5583 1,07013 ,19538
Responsabilidade dos atores
1 22 3,3068 ,71519 ,15248
2 30 3,2333 ,90956 ,16606
Responsabilidade socioambiental
1 22 3,0227 ,84483 ,18012
2 30 3,2833 1,02498 ,18713
Regulação na tomada de decisões
1 22 3,1515 ,92997 ,19827
2 30 3,3333 ,97870 ,17869
Monitoramento na tomada de decisões
1 22 3,0758 ,80298 ,17120
2 30 2,9111 1,08254 ,19764
Estrutura de gestão 1 22 2,9545 ,72225 ,15398
2 30 3,0833 ,88409 ,16141
Liderança na gestão 1 22 3,3977 ,75852 ,16172
2 30 2,9417 ,91134 ,16639
Objetivos das lideranças 1 22 3,4091 ,85755 ,18283
2 30 3,4583 1,05676 ,19294
Monitoramento dos resultados
1 22 2,4394 ,81900 ,17461
2 30 2,5889 1,21826 ,22242
Avaliação dos resultados 1 22 2,7879 ,78035 ,16637
2 30 2,6111 1,28380 ,23439
Utilização dos resultados 1 22 3,2576 ,88450 ,18858
2 30 3,0889 1,13101 ,20649
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
141
Na análise das Amostras Independentes não foram evidenciadas discrepâncias entre
as opiniões dos grupos (Apêndice L).
A próxima análise foi realizada entre o Destino Consolidado e o Destino não
Consolidado (Quadro 54).
Quadro 54 – Teste T – Destino Consolidado X Destino não Consolidado. DC (1) x Não
Consolidado (2)
N Média Desvio Padrão
Erro padrão da média
Promoção das Parcerias 1 22 3,8182 ,79501 ,16950
2 30 3,5444 ,82343 ,15034
Benefícios das parcerias 1 22 3,6667 ,87891 ,18738
2 30 3,9333 ,90719 ,16563
Compartilhamento de informações
1 22 3,1023 ,78551 ,16747
2 30 3,5500 ,79438 ,14503
Acesso às informações 1 22 2,9091 ,93255 ,19882
2 30 3,3000 ,88560 ,16169
Participação dos atores 1 22 3,3864 ,84419 ,17998
2 30 3,4083 ,79460 ,14507
Responsabilidade dos atores
1 22 3,3864 ,84419 ,17998
2 30 3,4083 ,79460 ,14507
Responsabilidade socioambiental
1 22 3,0227 ,84483 ,18012
2 30 3,2083 ,82023 ,14975
Regulação na tomada de decisões
1 22 3,1515 ,92997 ,19827
2 30 3,4333 ,88906 ,16232
Monitoramento na tomada de decisões
1 22 3,0758 ,80298 ,17120
2 30 3,2333 ,80301 ,14661
Estrutura de gestão 1 22 2,9545 ,72225 ,15398
2 30 2,9333 ,80658 ,14726
Liderança na gestão 1 22 3,3977 ,75852 ,16172
2 30 2,9333 ,70690 ,12906
Objetivos das lideranças 1 22 3,4091 ,85755 ,18283
2 30 3,6750 ,79098 ,14441
Monitoramento dos resultados
1 22 2,4394 ,81900 ,17461
2 30 2,7778 1,20768 ,22049
Avaliação dos resultados do turismo
1 22 2,7879 ,78035 ,16637
2 30 2,8556 1,05657 ,19290
Utilização dos resultados 1 22 3,2576 ,88450 ,18858
2 30 3,3000 1,22036 ,22281
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Na análise das amostras independentes percebeu-se discrepâncias em duas
categorias, sendo elas Compartilhamento de Informações e Liderança na Gestão
(Apêndice M).
A próxima análise comparou as médias do Destino em Consolidação 1 com o Destino
em Consolidação 2 (Quadro 55).
142
Quadro 55 – Teste T – Destino em Consolidação 1 X Destino em Consolidação 2
Em Cons 1 (1) / Em Cons 2 (2)
N Média Desvio Padrão
Erro padrão da média
Promoção das Parcerias 1 18 3,4630 1,12685 ,26560
2 30 3,4889 1,09940 ,20072
Benefícios das parcerias 1 18 3,5556 ,76696 ,18078
2 30 4,0111 1,19540 ,21825
Compartilhamento de informações
1 18 3,0833 1,00000 ,23570
2 30 3,1333 ,99727 ,18208
Acesso às informações 1 18 2,6296 1,07794 ,25407
2 30 2,9111 1,13101 ,20649
Participação dos atores 1 18 3,1667 ,71743 ,16910
2 30 3,5583 1,07013 ,19538
Responsabilidade dos atores
1 18 2,6806 1,02830 ,24237
2 30 3,2333 ,90956 ,16606
Responsabilidade socioambiental
1 18 2,4444 ,75516 ,17799
2 30 3,2833 1,02498 ,18713
Regulação na tomada de decisões
1 18 2,8704 ,70608 ,16642
2 30 3,3333 ,97870 ,17869
Monitoramento na tomada de decisões
1 18 2,6111 ,76909 ,18128
2 30 2,9111 1,08254 ,19764
Estrutura de gestão 1 18 2,7778 ,79931 ,18840
2 30 3,0833 ,88409 ,16141
Liderança na gestão 1 18 2,6528 ,64248 ,15143
2 30 2,9417 ,91134 ,16639
Objetivos das lideranças 1 18 2,9861 ,74494 ,17559
2 30 3,4583 1,05676 ,19294
Monitoramento dos resultados
1 18 1,6667 ,67640 ,15943
2 30 2,5889 1,21826 ,22242
Avaliação dos resultados do turismo
1 18 2,0556 ,97853 ,23064
2 30 2,6111 1,28380 ,23439
Utilização dos resultados do turismo
1 18 2,4259 1,05289 ,24817
2 30 3,0889 1,13101 ,20649
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Na análise das Amostras Independentes, foram percebidas discrepâncias nas
categorias Responsabilidade Socioambiental e Monitoramento dos Resultados
(Apêndice N).
A análise seguinte foi realizada comparando as médias das respostas do Destino em
Consolidação 1 com as do Destino não Consolidado (Quadro 56).
Quadro 56 – Teste T – Destino em Consolidação 1 X Destino não Consolidado. NC (1) / C1 (2) N Média Desvio
Padrão Erro padrão
da média
Promoção das Parcerias 1 30 3,5444 ,82343 ,15034
2 18 3,4630 1,12685 ,26560
Benefícios das parcerias 1 30 3,9333 ,90719 ,16563
2 18 3,5556 ,76696 ,18078
Compartilhamento das informações
1 30 3,5500 ,79438 ,14503
2 18 3,0833 1,00000 ,23570
Acesso às informações 1 30 3,3000 ,88560 ,16169
2 18 2,6296 1,07794 ,25407
143
Participação dos atores 1 30 3,4083 ,79460 ,14507
2 18 3,1667 ,71743 ,16910
Responsabilidade dos atores
1 30 3,2750 ,81301 ,14844
2 18 2,6806 1,02830 ,24237
Responsabilidade socioambiental
1 30 3,2083 ,82023 ,14975
2 18 2,4444 ,75516 ,17799
Regulação na tomada de decisões
1 30 3,4333 ,88906 ,16232
2 18 2,8704 ,70608 ,16642
Monitoramento na tomada de decisões
1 30 3,2333 ,80301 ,14661
2 18 2,6111 ,76909 ,18128
Estrutura de gestão 1 30 2,9333 ,80658 ,14726
2 18 2,7778 ,79931 ,18840
Liderança na gestão 1 30 2,9333 ,70690 ,12906
2 18 2,6528 ,64248 ,15143
Objetivos das lideranças 1 30 3,6750 ,79098 ,14441
2 18 2,9861 ,74494 ,17559
Monitoramento dos resultados
1 30 2,7778 1,20768 ,22049
2 18 1,6667 ,67640 ,15943
Avaliação dos resultados do turismo
1 30 2,8556 1,05657 ,19290
2 18 2,0556 ,97853 ,23064
Utilização dos resultados 1 30 3,3000 1,22036 ,22281
2 18 2,4259 1,05289 ,24817
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Nesta análise foram percebidas discrepâncias nas categorias Acesso às informações,
Responsabilidade dos atores, Responsabilidade Socioambiental, Regulação na
tomada de decisões, Monitoramento na tomada de decisões, Objetivos das
lideranças, Monitoramento dos resultados, Avaliação dos resultados do turismo e
Utilização dos resultados (Apêndice O).
O Destino em Consolidação 2 foi comparado com o Destino não Consolidado, sendo
a última análise desta etapa (Quadro 57).
Quadro 57 – Teste T – Destino em Consolidação 2 X Destino não Consolidado. N C (1) / C 2
(2) N Média Desvio
Padrão Erro padrão
da média
Promoção das Parcerias 1 30 3,5444 ,82343 ,15034
2 30 3,4889 1,09940 ,20072
Benefícios das parcerias 1 30 3,9333 ,90719 ,16563
2 30 4,0111 1,19540 ,21825
Compartilhamento de informações
1 30 3,5500 ,79438 ,14503
2 30 3,1333 ,99727 ,18208
Acesso às informações 1 30 3,3000 ,88560 ,16169
2 30 2,9111 1,13101 ,20649
Participação dos atores 1 30 3,4083 ,79460 ,14507
2 30 3,5583 1,07013 ,19538
Responsabilidade dos atores
1 30 3,2750 ,81301 ,14844
2 30 3,2333 ,90956 ,16606
Responsabilidade socioambiental
1 30 3,2083 ,82023 ,14975
2 30 3,2833 1,02498 ,18713
Regulação na tomada de decisões
1 30 3,4333 ,88906 ,16232
2 30 3,3333 ,97870 ,17869
1 30 3,2333 ,80301 ,14661
144
Monitoramento na tomada de decisões
2 30 2,9111 1,08254 ,19764
Estrutura de gestão 1 30 2,9333 ,80658 ,14726
2 30 3,0833 ,88409 ,16141
Objetivos das lideranças 1 30 3,6750 ,79098 ,14441
2 30 3,4583 1,05676 ,19294
Liderança na gestão 1 30 2,9333 ,70690 ,12906
2 30 2,9417 ,91134 ,16639
Monitoramento dos resultados
1 30 2,7778 1,20768 ,22049
2 30 2,5889 1,21826 ,22242
Avaliação dos resultados do turismo
1 30 2,8556 1,05657 ,19290
2 30 2,6111 1,28380 ,23439
Utilização dos resultados 1 30 3,3000 1,22036 ,22281
2 30 3,0889 1,13101 ,20649
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A análise de amostras independentes entre estes destinos não apontou discrepâncias
entre as médias (Apêndice P).
Após a apresentação das análises dos testes T, elaborou-se um quadro para
demonstrar a frequência de discrepância entre as categorias, visando identificar quais
foram as de maior desacordo entre os grupos (Quadro 58).
145
Quadro 58 – Comparação das discrepâncias Parce
rias Benefícios das
parcerias
Compartilhamento de
informações
Acesso às
informações
Participação dos
atores
Responsabilidade dos
atores
Responsabilidade
Socioambiental
Regulação na tomada de
decisões
Monitoramento na tomada
de decisões
Estrutura de gestã
o
Liderança na gestão
Objetivos das lideran
ças
Monitoramento
dos resultado
s
Avaliação dos
resultados do turism
Utilização dos resultta
dos
Santa Catarina
Consolidado
Consolidação 1
Consolidação 2
Não consolid
ado
SC x Consolid
ado
SC X Consolid
ação 1
SC X Consolid
ação 2
SC X não consolid
ado
Consolidado X
Consolidação 1
Consolidado X
Consolidação 2
Consolidado X Não
consolidado
146
Parcerias
Benefícios das parceri
as
Compartilhamento de
informações
Acesso às
informações
Participação dos atores
Responsabilidade dos
atores
Responsabilidade
Socioambiental
Regulação na tomada
de decisõe
s
Monitoramento na
tomada de decisões
Estrutura de gestão
Liderança na gestão
Objetivos das lideran
ças
Monitoramento dos
resultados
Avaliação dos resultados do turismo
Utilização dos resultta
dos
Consolidação 1 x Consolid
ação 2
Consolidação 1 X
Não consolid
ado
Consolidação 2 X
Não consolid
ado
TOTAIS 2 1 3 4 2 4 4 2 4 0 6 3 6 5 5 Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Com essa comparação, percebeu-se que o Destino com maior quantidade de discrepâncias entre as percepções dos gestores públicos
e privados / da sociedade civil organizada foi o Destino em Consolidação 2, seguido pelo Estado de Santa Catarina. Na análise entre
os destinos, o comparativo com maior discrepância foi o Destino em Consolidação 1 com o Destino Não consolidado, seguido pelo
Destino em Consolidação 1 com o Destino consolidado. As análises relacionadas aos dados coletados serão apresentadas no item
4.1.4.
147
4.1.3. Validação Estatística do Modelo de Avaliação
Após a realização da aplicação do formulário no Estado de Santa Catarina, e da
apresentação dos dados coletados, o próximo passo foi a realização de análises
estatísticas que pudesse confirmar a aplicabilidade e eficácia do mesmo na avaliação da
governança turística na percepção dos seus atores. Para isso, foram realizados o Teste
Alscal (Figura 19), visando representar as dimensões propostas em um mapa perceptual,
permitindo assim visualizar as similaridades ou dissimilaridades que existem entre as
mesmas. No escalonamento multidimensional, a intenção é transformar os resultados em
distâncias representadas neste espaço com várias dimensões. Se os respondentes
julgarem que os objetos 1 e 2 são mais semelhantes, comparados com todas as outras
possibilidades, as técnicas de escalonamento multidimensional colocarão os dois de tal
forma que a distância entre eles na representação gráfica será menor do que a distância
deles entre quaisquer outros objetos (HAIR, 2005).
Figura 19 – Teste Alscal
Fonte: Elaborada pelo Autor (2017).
148
Com este teste foi possível verificar que as variáveis se dispersaram em quatro
quadrantes, sendo um grupo formado pelas categorias Regulação na tomada de
decisões, Responsabilidade socioambiental, Utilização dos Resultados e Monitoramento
na tomada de decisões. O segundo grupo foi formado pelas categorias Monitoramento
dos Resultados, Avaliação dos Resultados do Turismo, Liderança na Gestão e Estrutura
de Gestão. As categorias participação dos atores, Promoção das Parcerias,
Compartilhamento de informações, Objetivos das Lideranças e Acesso às informações
formaram o terceiro grupo, e por fim, o último grupo formado pelas categorias Benefícios
das Parcerias e Responsabilidade dos Atores.
Apesar da percepção visual sobre os agrupamentos, entendeu-se como necessária a
análise dos fatores comuns entre as categorias, para validar a utilização das mesmas.
Sendo assim, foram realizadas duas análises fatoriais: a exploratória (AFE) e a
confirmatória (AFC). Conforme Hair (2005, p.32)
Análise fatorial, que inclui análise de componentes principais e análise dos fatores comuns, é uma abordagem estatística que pode ser usada para analisar inter-relações entre um grande número de variáveis e explicar essas variáveis em termos de suas dimensões inerentes comuns (fatores). O objetivo é encontrar um meio de condensar a informação contida em um número de variáveis originais em um conjunto menor de variáveis estatísticas (fatores) com uma perda mínima de informação. Pelo fato de fornecer uma estimativa empírica da “estrutura” das variáveis consideradas, a análise fatorial se torna uma base objetiva para criar escalas múltiplas.
Na Análise Fatorial Exploratória (AFE), buscou-se identificar a influência dos fatores
avaliados na percepção dos atores sobre a governança turística do Estado de Santa
Catarina. O primeiro passo foi a realização do Teste de KMO e Barlett. O teste de Bartlet
busca testar a hipótese de que as variáveis não tenham correlação, para isso, é
necessário que p (sig) seja menor 0,05. O teste KMO irá avaliar a adequacidade da
análise fatorial. Os valores aceitáveis, de acordo com Hair (2005), estão entre 0,5 a 1,0.
Dessa forma, observou-se que os resultados obtidos nas duas medidas indicaram que a
análise fatorial é adequada (Quadro 59).
149
Quadro 59 – Teste de KMO e Barlett
Medida Kaiser-Meyer-Olkin de adequação de
amostragem.
,903
Teste de
esfericidade de
Bartlett
Aprox. Qui-
quadrado
920,128
df 105
Sig. ,000
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A tabela de Variância total explicada, gerada pelo SPSS após os testes KMO e Bartlett,
apresenta os autovalores de cada fator (Quadro 60). Os mesmos são apresentados após
a extração e rotação, já excluindo os valores dos fatores excluídos. Na coluna de
autovalores iniciais são mostrados os autovalores, que são os percentuais de variância
que cada um dos fatores é capaz de explicar, e o percentual de variância acumulada em
cada um dos fatores. Sendo assim percebeu-se a não confirmação dos fatores
Compartilhamento de informações, Responsabilidade dos atores e Objetivos das
Lideranças. Percebeu-se também que os dois principais itens são a Promoção de
Parcerias e os Benefícios das Parcerias, pois os mesmos têm um percentual maior de
variância, tendo um grau maior de explicação dos resultados.
Quadro 60 – Variância total explicada
Componente Valores próprios iniciais
Total % de variância % cumulativa
1 Promoção de Parcerias 6,081 50,676 50,676
2 Benefícios das parcerias 1,412 11,768 62,444
3 Acesso às informações ,847 7,061 69,505
4 Participação dos atores ,764 6,369 75,874
5 Responsabilidade
socioambiental
,684 5,702 81,576
6 Regulação na tomada de
decisões
,482 4,014 85,590
7 Monitoramento na
tomada de decisões
,388 3,232 88,822
8 Estrutura de gestão ,338 2,820 91,642
9 Liderança na gestão ,301 2,507 94,148
150
10 Monitoramento dos
resultados
,282 2,351 96,499
11 Avaliação dos
resultados do turismo
,223 1,855 98,354
12 Utilização dos
resultados
,197 1,646 100,000
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A próxima matriz gerada pelo sistema é a Matriz de Componente Rotativa (Quadro 61),
que permite visualizar os carregamentos de cada variável para os fatores que foram
extraídos. Sendo assim, observou-se a divisão das agora 12 categorias em 2 grupos. Um
contendo as categorias Promoção de Parcerias, Benefícios das Parcerias, Acesso às
informações e Participação dos atores e o segundo grupo contendo Responsabilidade
Socioambiental, Regulação na tomada de decisões, Monitoramento na tomada de
decisões, Estrutura de Gestão, Liderança na Gestão, Monitoramento dos resultados,
Avaliação dos resultados do turismo e Utilização dos resultados.
Quadro 61 – Matriz de Componente Rotativa
Componente
1 2
Parcerias ,820
Benefícios das parcerias ,815
Acesso às informações ,650
Participação dos atores ,789
Responsabilidade socioambiental
,740
Regulação na tomada de decisões
,640
Monitoramento na tomada de decisões
,775
Estrutura de gestão ,633 Liderança na gestão ,707 Monitoramento dos resultados
,745
Avaliação dos resultados do turismo
,776
Utilização dos resultados ,828 Método de Extração: Análise de Componente Principal. Método de Rotação: Varimax com Normalização de Kaiser.
a. Rotação convergida em 3 interações.
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
151
Após esta análise, é necessária a aplicação do coeficiente alfa de Cronbach, para avaliar
a confiabilidade do formulário. O alfa de Cronbach é uma ferramenta estatística que
quantifica, numa escala de 0 a 1, a confiabilidade de um formulário. O valor mínimo
aceitável para se considerar um resultado confiável é 0,7 (HAIR, 2005). Sendo assim,
foram analisados os dois grupos verificados no teste anterior, indicando que o
componente 2 (Promoção de Parcerias, Benefícios das Parcerias, Acesso às
informações e Participação dos atores) atingiu o resultado de 0,827, sendo considerado
confiável (Quadro 62).
Quadro 62 – Alfa de Cronbach do Componente 2
Estatísticas de
confiabilidade
Alfa de
Cronbach
N de itens
,827 4
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
O componente 1 (Responsabilidade Socioambiental, Regulação na tomada de decisões,
Monitoramento na tomada de decisões, Estrutura de Gestão, Liderança na Gestão,
Monitoramento dos resultados, Avaliação dos resultados do turismo e Utilização dos
resultados), apresentou um resultado de 0,901, também demonstrando sua
confiabilidade (Quadro 63).
Quadro 63 – Alfa de Cronbach do Componente 1
Estatísticas de
confiabilidade
Alfa de
Cronbach
N de itens
,901 8
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Confirmadas as confiabilidades dos dois Componentes, o estudo prosseguiu com a
análise fatorial confirmatória (AFC), que é uma abordagem que permite verificar se as
variáveis realmente estão associadas aos seus respectivos fatores pressupostos. A
mesma irá confirmar o grau de ajuste dos dados observados, utilizando a modelagem de
equações estruturais, permitindo a observação das relações entre as variáveis e os
fatores, modelados pelas regressões lineares que irão gerar uma matriz de covariâncias
152
(HAIR, 2005). A apresentação das cargas fatoriais utilizadas para calcular a
confiabilidade composta e a variância média extraída são apresentadas na Tabela 7.
Tabela 7 - Cargas fatoriais (estimate) utilizadas para calcular a confiabilidade composta (CR) e a variância média extraída.
Componente 2 Estimate Estimate** Erros** Confiabilidade (C.R.)
Variância (A.V.E)
Promoção de Parcerias 0,609 0,371 0,629
Acesso às informações 0,758 0,575 0,425
Benefícios das parcerias 0,635 0,403 0,597
Participação dos atores 0,883 0,780 0,220
2,885 2,128 1,872 0,816 0,532
Componente 1 Estimate Estimate** Erros** Confiabilidade (C.R.)
Variância (A.V.E)
Utilização dos resultados 0,767 0,588 0,412
Avaliação dos resultados do turismo 0,825 0,681 0,319
Monitoramento dos resultados 0,743 0,552 0,448
Liderança na gestão 0,674 0,454 0,546
Estrutura de gestão 0,594 0,353 0,647
Monitoramento na tomada de decisões 0,809 0,654 0,346
Regulação na tomada de decisões 0,669 0,448 0,552
Responsabilidade socioambiental 0,748 0,560 0,440
5,829 4,290 3,710 0,902 0,536
Fonte: Elaborada pelo Autor (2017).
Com isso, pode-se identificar os pesos de regressão padronizados para cada um dos
fatores (Quadro 64), permitindo assim a construção da apresentação das relações
estruturais para a avaliar a governança turística pela percepção de seus atores.
Quadro 64 – Pesos de Regressão Padronizados
Estimate
Promoção de Parcerias <--- 2 ,609
Acesso às informações <--- 2 ,758
Benefícios das parcerias <--- 2 ,635
Participação dos atores <--- 2 ,883
Utilização dos resultados <--- 1 ,767
Avaliação dos resultados do turismo <--- 1 ,825
Monitoramento dos resultados <--- 1 ,743
Liderança na gestão <--- 1 ,674
153
Estrutura de gestão <--- 1 ,594
Monitoramento na tomada de decisões <--- 1 ,809
Regulação na tomada de decisões <--- 1 ,669
Responsabilidade socioambiental <--- 1 ,748
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Por fim, o software IBM SPSS:AMOS Graphics foi utilizado para apresentar o mapa de
relações estruturais (Figura 20). O Componente 2 apresenta as relações entre suas
categorias, demonstrando que a categoria Promoção de parcerias e Benefícios das
parcerias tem uma maior ligação entre si, devido à necessidade de complementação de
suas cargas fatoriais, enquanto o componente 2 demonstra que as categorias Liderança
na gestão e Estrutura de gestão estão mais ligadas que os demais componentes, pelo
mesmo motivo das outras duas. Percebeu-se, ainda, que as categorias do componente
2 tem uma ligação com a teoria sobre parcerias na governança turística, enquanto o
componente 1 tem uma ligação com a teoria sobre a gestão da governança turística.
154
Figura 20 – Relações estruturais entre os componentes de análise da governança turística na percepção de seus atores.
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
4.2 Aplicação do Modelo e Discussão dos Resultados
Inicialmente foram propostas 15 categorias para a configuração de um modelo de
avaliação da governança turística regional na percepção de seus atores, tendo por base
a literatura a respeito do tema. A aplicação de um formulário com base nas referidas
categorias, e posteriormente realizada a tabulação e análise dos dados referentes à
Governança Regional no Estado de Santa Catarina. Na análise foram buscadas as
médias por meio dos testes T de estatísticas de quatro classes de regiões turísticas com
base na categorização dos municípios turísticos (MTUR, 2017) e de amostras
independentes. Na sequência foram realizadas análises fatoriais exploratória (AFE) e
confirmatória (AFC), que levou a confirmação de doze categorias deste modelo e não
confirmando três categorias, a saber: Compartilhamento de informações,
Responsabilidade dos Atores e Objetivos das lideranças. Desta forma foram excluídas
155
as referidas três categorias para que o modelo de avaliação da governança turística
regional proposto pudesse ser estatisticamente validado.
A pesquisa com os atores participantes da Governança Regional do Turismo de Santa
Catarina não confirmou três categorias que foram propostas para o modelo, que foram
propostas com base em uma sólida bibliografia da área de turismo (Quadro 65).
Quadro 65 – Categorias não confirmadas.
Indicador Objetivo Fontes
Compartilhamento de informações
Identificar a percepção sobre o comprometimento do poder público e da iniciativa privada em compartilhar as informações de forma transparente.
Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2017); Durán (2013); Oliveira; Pisa (2015); Brasil (2014)
Responsabilidade dos atores Identificar a percepção sobre delimitação da responsabilidade do poder público e da iniciativa privada e sobre a existência de mecanismos que asseguram esta responsabilidade.
Durán (2013); Dinica (2009); Uzun (2010); Rhodes (1996); Seixas; Mas (2010); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Oliveira; Pisa (2015); OMT (2010)
Objetivos das lideranças Identificar o comprometimento das lideranças com os objetivos do destino, com a cooperação entre as organizações, com a inovação e conhecimento e com os esforços de melhoria de qualidade nas organizações.
Hall (2011); Oliveira; Pisa (2015); Velasco (2013); Uzun (2010); Rhodes (1996); Silva et al (2012); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Durán (2013); Beaumont; Dredge (2010)
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Cumpre destacar que a exclusão destas categorias não implica no fato das mesmas não
serem importantes para a governança turística de um destino, porém tais categorias não
foram percebidas de maneira relevante pelos atores no Estado de Santa Catarina,
apresentaram baixo grau de significância para a avaliação para as regiões turísticas
156
pesquisadas. Podemos inferir que alguns fatores, tais como a dicotomia entre as opiniões
dos atores públicos e privados sobre a sua participação no processo de
compartilhamento de informações, assim como a diferença na compreensão do papel do
poder público e da iniciativa privada em relação à responsabilidade dos atores, podem
se configurar como bons indícios de motivos que levaram a tal situação. A percepção
sobre qual é o papel de cada sujeito pode ter diferentes interpretações, uma vez que este
papel de importância dos atores não tradicionais (UZUN, 2010) pode não ter sido
assimilado completamente no Estado de Santa Catarina. Quanto aos objetivos das
lideranças, as diferentes compreensões sobre os objetivos dos destinos podem surgir
pela não existência de um processo participativo que permita uma participação mais
equânime dos atores na decisão destes objetivos, seja por meio de fóruns, espaços para
debates ou outros meios (PULIDO FERNANDEZ; PULIDO FERNANDEZ, 2014;
VELASCO, 2013).
Quanto aos sujeitos de pesquisa, foram selecionados 100 atores da governança turística
do Estado de Santa Catarina, buscando um equilíbrio entre os atores do poder público e
os da iniciativa privada / sociedade civil organizada. A amostragem utilizada foi a não
probabilística, uma vez que os atores precisavam fazer parte do processo de governança
nas regiões turísticas catarinenses (Quadro 66). A percepção dos diferentes grupos é
extremamente importante, pois a coordenação, colaboração e/ou cooperação entre os
diferentes atores envolvidos no processo de desenvolvimento turístico, busca garantir o
efeito multiplicador do turismo na economia do destino (PULIDO FERNANDEZ e PULIDO
FERNANDEZ, 2017).
Quadro 66 – Sujeitos de pesquisa
Natureza da
Instituição
Quantidade Instituições que representam
Público 54 Prefeituras Municipais, Secretarias de Turismo.
Privado 46 Associações de Desenvolvimento
157
Regional, Associações de classe, Empresas do trade turístico, Universidades, Associações de Municípios, IGR’s e veículos de comunicação.
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Com as percepções destes atores, para a realização da análise com o modelo validado
pela Análise Fatorial Confirmatória, foram avaliadas as respostas das categorias
validadas pelo teste (Quadro 67), tanto na amostra completa do Estado de Santa
Catarina, como também nas classes de regiões turísticas determinados nesta pesquisa:
Destino Consolidado, Destino em Consolidação 1, Destino em Consolidação 2 e Destino
não consolidado. As categorias confirmadas estão apresentadas no quadro 64.
Quadro 67 – Categorias confirmadas
Categoria Objetivo Fontes
Promoção de parcerias
Identificar a percepção sobre a promoção de parcerias pela iniciativa privada e pelo poder público e sobre o estabelecimento de parcerias pela política pública
Ronconi (2011); Sahaidak (2013); MTUR (2008); Hall (2011); Durán (2013); Trentin (2016); OMT (2010)
Benefícios das parcerias
Identificar a percepção sobre os benefícios das parcerias em relação à experiência do turista, ao desenvolvimento sustentável do turismo e à qualidade de vida dos residentes.
Ronconi (2011); Sahaidak (2013); MTUR (2008); Hall (2011); Durán (2013); Trentin (2016); OMT (2010)
Acesso às informações
Identificar a percepção sobre a acessibilidade às informações, sua confiabilidade e sua suficiência para a tomada de decisões.
Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2017); Durán (2013); Oliveira; Pisa (2015); Brasil (2014)
Participação dos atores
Identificar a percepção sobre a participação do poder público e da iniciativa privada e sobre a existência de processos que garantam a participação
Durán (2013); Dinica (2009); Uzun (2010); Rhodes (1996); Seixas; Mas (2010); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Oliveira; Pisa (2015); OMT (2010)
158
equilibrada no planejamento e na gestão do turismo no destino.
Responsabilidade socioambiental
Identificar a percepção sobre a responsabilidade social e ambiental do destino e a participação do poder público e da iniciativa privada nesta política.
Durán (2013); Dinica (2009); Uzun (2010); Rhodes (1996); Seixas; Mas (2010); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Oliveira; Pisa (2015); OMT (2010)
Regulação na tomada de decisões
Identificar a percepção sobre os regulamentos na tomada de decisões em âmbito governamental e da iniciativa privada.
Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2017); Velasco (2013); Trentin (2015)
Monitoramento na tomada de decisões
Identificar a percepção sobre o monitoramento na tomada de decisões por parte da esfera governamental e da iniciativa privada.
Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2017); Velasco (2013); Trentin (2015)
Estrutura de gestão
Identificar a percepção sobre a informalidade e a formalidade na gestão do destino.
Hall (2011); Oliveira; Pisa (2015); Velasco (2013); Uzun (2010); Rhodes (1996); Silva et al (2012); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Durán (2013); Beaumont; Dredge (2010)
Liderança na gestão
Identificar a percepção sobre quem lidera a gestão no destino (governo municipal, órgãos regionais, governo federal / estadual, empresários / comunidade).
Hall (2011); Oliveira; Pisa (2015); Velasco (2013); Uzun (2010); Rhodes (1996); Silva et al (2012); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Durán (2013); Beaumont; Dredge (2010)
Monitoramento dos resultados
Identificar a percepção sobre a existência de um sistema de monitoramento dos resultados dos impactos do turismo no ambiente, na sociedade e cultura.
Velasco (2013); Bramwell et al (2011); Frey (2012); Durán (2013); Hall (2011); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Pontalti (2008); Dias (2013); Pechlaner et al (2012); Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2014); Sahaidak (2013); Massukado – Nakatami; Gonçalves (2013); MTUR (2010); Herntrei (2012)
Avaliação dos resultados
Identificar a percepção sobre a existência de políticas de avaliação de resultados e o envolvimento do poder público e da iniciativa privada / sociedade civil organizada na mesma.
Velasco (2013); Bramwell et al (2011); Frey (2012); Durán (2013); Hall (2011); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Pontalti (2008); Dias (2013); Pechlaner et al (2012); Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2014); Sahaidak (2013); Massukado –
159
Nakatami; Gonçalves (2013); MTUR (2010); Herntrei (2012)
Utilização dos resultados
Identificar a percepção sobre a existência da publicidade dos resultados das avaliações, sua utilização na tomada de decisões e sua comparação com outros destinos.
Velasco (2013); Bramwell et al (2011); Frey (2012); Durán (2013); Hall (2011); Queiroz; Rastrollo-Horillo (2015); Pontalti (2008); Dias (2013); Pechlaner et al (2012); Pulido Fernandez; Pulido Fernandez (2014); Sahaidak (2013); Massukado – Nakatami; Gonçalves (2013); MTUR (2010); Herntrei (2012)
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Os resultados do Teste T do Estado de Santa Catarina (Quadro 68) são apresentados a
seguir, e posteriormente foram comparados com os resultados dos testes por classes de
destinos que compõem o Estado de Santa Catarina.
Quadro 68 – Teste T - Santa Catarina Poder Público (1)
/ Iniciativa privada (2)
N Média Desvio Padrão
Erro padrão da
média
Promoção de Parcerias 1 54 3,7840 ,89760 ,12215
2 46 3,3261 ,98254 ,14487
Benefícios das parcerias 1 54 3,9815 ,94595 ,12873
2 46 3,6522 ,99618 ,14688
Acesso às informações 1 54 3,2654 ,92344 ,12566
2 46 2,6377 1,03715 ,15292
Participação dos atores 1 54 3,5880 ,79823 ,10862
2 46 3,1902 ,93420 ,13774
Responsabilidade socioambiental
1 54 3,2037 ,92791 ,12627
2 46 2,8750 ,88624 ,13067
Regulação na tomada de decisões
1 54 3,3025 ,91635 ,12470
2 46 3,1667 ,89925 ,13259
Monitoramento na tomada de decisões
1 54 3,1667 ,74886 ,10191
2 46 2,7826 1,02852 ,15165
Estrutura de gestão 1 54 3,0926 ,81016 ,11025
2 46 2,7989 ,78461 ,11568
Liderança na gestão 1 54 3,1481 ,74688 ,10164
2 46 2,7989 ,82936 ,12228
Monitoramento dos resultados
1 54 2,7346 1,08425 ,14755
2 46 2,1087 1,05422 ,15544
Avaliação dos resultados do turismo
1 54 2,9074 1,07070 ,14570
2 46 2,2899 1,02224 ,15072
Utilização dos resultados 1 54 3,3333 1,08351 ,14745
2 46 2,7609 1,10591 ,16306
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
160
Nesta análise foram identificadas discrepâncias (Apêndice Q) nas respostas dos atores
públicos e privados nas categorias acesso às informações, participação dos atores,
monitoramento na tomada de decisões, liderança na gestão, monitoramento dos
resultados, avaliação dos resultados e utilização dos resultados.
Destaca-se que na categoria acesso às informações, a percepção do poder público tem
médias superiores às da iniciativa privada / sociedade civil organizada, o que pode dar
indícios de que a informação é mais acessada pelos órgãos governamentais
Em relação à categoria participação dos atores, as médias dos gestores públicos também
foram superiores ao grupo da iniciativa privada / sociedade civil organizada, dando
indícios que a participação é mais comum entre os membros do poder público, enquanto
os empresários e demais grupos podem não estar sendo inseridos com a mesma
intensidade nos processos participativos de gestão do turismo.
Quanto à categoria monitoramento na tomada de decisões, as médias da iniciativa
privada / sociedade civil organizada foram novamente inferiores às do poder público.
Esse resultado dá indícios de que os empresários e a sociedade acabam não percebendo
com a mesma intensidade a existência deste monitoramento, ou mesmo pode
demonstrar a falta de conhecimento sobre ações relacionadas a este processo.
A categoria liderança na gestão demonstrou maiores médias para o poder público. Os
resultados dão indícios de que não há consenso sobre quais atores lideram a gestão do
destino, o que poderia ser associado à falta de uma proposta clara de gerenciamento do
turismo no Estado de Santa Catarina.
Quando avaliada a categoria percepção sobre o monitoramento dos resultados, as
médias dos atores do setor público também foram superiores às da iniciativa privada /
sociedade civil organizada. Este fato dá indícios, mais uma vez, de que a informação dos
processos não está chegando aos atores da iniciativa privada / sociedade civil organizada
161
ou que estas ações de monitoramento não estão sendo feitas com a intensidade e
profundidade que o fenômeno turístico necessita.
A categoria avaliação dos resultados teve maiores médias no grupo do poder público.
Percebeu-se indícios da falta de uma política de avaliação dos resultados, assim como a
percepção sobre o baixo envolvimento do poder público e da iniciativa privada no
desenvolvimento de políticas de avaliação.
Finalizando a análise das categorias discrepantes, a utilização dos resultados apresentou
uma percepção da iniciativa privada / sociedade civil organizada com médias inferiores
às do poder público. Este aspecto dá indícios de que não há publicidade satisfatória dos
resultados das avaliações, assim como pouca influência dos resultados na tomada de
decisões, além de baixa utilização dos mesmos para a comparação com outros destinos,
na percepção dos respondentes.
A análise das discrepâncias nas respostas pode dar evidências de que a transparência
(accountability) no processo de governança turística do Estado de Santa Catarina deva
ser um aspecto a ser trabalhado de maneira mais contundente pelos atores, uma vez que
as percepções sobre inúmeros processos são bastante diversas. A própria indicação do
Governo Federal brasileiro indica que a política pública deve zelar por estes
comportamentos e pelo desempenho dos atores envolvidos neste processo (BRASIL,
2014).
A segunda avaliação utilizando o modelo foi em relação a classe de Destino Consolidado,
que na presente pesquisa encontra-se apenas a região da Costa Verde e Mar (Quadro
69).
Quadro 69 – Teste T - Destino Consolidado Poder
Público (1) / Iniciativa privada (2)
N Média Desvio Padrão
Erro padrão da média
Promoção de Parcerias 1 10 3,9000 ,54546 ,17249
2 12 3,7500 ,97572 ,28166
Benefícios das Parcerias 1 10 3,4000 ,96609 ,30551
162
2 12 3,8889 ,76980 ,22222
Acesso às informações 1 10 3,4667 ,70623 ,22333
2 12 2,4444 ,85674 ,24732
Participação dos atores 1 10 3,5500 ,81479 ,25766
2 12 3,2500 ,87905 ,25376
Responsabilidade Socioambiental
1 10 3,1000 ,83500 ,26405
2 12 2,9583 ,88442 ,25531
Regulação na tomada de decisões
1 10 3,2333 ,98194 ,31052
2 12 3,0833 ,92250 ,26630
Monitoramento na tomada de decisões
1 10 3,0667 ,26294 ,08315
2 12 3,0833 1,08362 ,31282
Estrutura de gestão 1 10 3,2000 ,65405 ,20683
2 12 2,7500 ,73855 ,21320
Liderança na gestão 1 10 3,5250 ,60610 ,19167
2 12 3,2917 ,87797 ,25345
Monitoramento dos resultados
1 10 2,4667 ,61262 ,19373
2 12 2,4167 ,98601 ,28464
Avaliação dos resultados 1 10 2,8667 ,65168 ,20608
2 12 2,7222 ,89706 ,25896
Utilizaçãodosresultados 1 10 3,6000 ,75031 ,23727
2 12 2,9722 ,91517 ,26419
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Na análise das amostras independentes do Destino Consolidado (Apêndice R), houve
discrepância apenas na categoria acesso às informações, com médias muito inferiores
dos atores da iniciativa privada / sociedade civil organizada em relação ao poder público,
dando indícios de que na referida região as informações, se existem, não são percebidas
por este grupo de atores, além de entenderem que as informações existentes não são
confiáveis e não são suficientes para a tomada de decisões.
A análise das médias da classe - Destino em Consolidação 1 foi o próximo passo (Quadro
70).
Quadro 70 – Testes T – Destino em Consolidação 1 Poder Público
(1) / Iniciativa Privada (2)
N Média Desvio Padrão
Erro padrão
da média
Promoção de Parcerias 1 11 3,4545 1,31886 ,39765
2 7 3,4762 ,83571 ,31587
Benefícios das parcerias 1 11 3,6364 ,88763 ,26763
2 7 3,4286 ,56811 ,21473
Acesso às informações 1 11 2,7273 1,20017 ,36186
2 7 2,4762 ,92009 ,34776
Participação dos atores 1 11 3,2045 ,82020 ,24730
2 7 3,1071 ,57477 ,21724
Responsabilidade Socioambiental
1 11 2,5227 ,58582 ,17663
2 7 2,3214 1,00741 ,38077
Regulação na tomada de decisões
1 11 2,6364 ,65751 ,19825
2 7 3,2381 ,65868 ,24896
163
Monitoramento na tomada de decisões
1 11 2,7273 ,57384 ,17302
2 7 2,4286 1,03126 ,38978
Estrutura de gestão 1 11 2,5909 ,94388 ,28459
2 7 3,0714 ,40089 ,15152
Liderança na gestão 1 11 2,5909 ,74391 ,22430
2 7 2,7500 ,47871 ,18094
Monitoramento dos resultados
1 11 1,6364 ,65751 ,19825
2 7 1,7143 ,75593 ,28571
Avaliação dos resultados do turismo
1 11 2,2121 1,06742 ,32184
2 7 1,8095 ,83571 ,31587
Utilização dos resultados 1 11 2,5758 1,03377 ,31169
2 7 2,1905 1,11981 ,42325
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Não houveram discrepâncias entre as médias dos atores públicos e da iniciativa privada
/ sociedade civil organizada (Apêndice S), o que dá indícios que o processo da
governança turística neste destino é participativo e compreendido da mesma forma por
seus atores, embora, em geral, as médias dos atores do poder público tenham sido
ligeiramente superiores às da iniciativa privada / sociedade civil organizada, na maioria
das categorias.
Em seguida, analisou-se a classe - Destino em Consolidação 2 (Quadro 71).
Quadro 71 – Teste T – Destino em Consolidação 2 Poder Público (1) /
Iniciativa Privada (2)
N Média Desvio Padrão
Erro padrão da
média
Promoção de parcerias 1 18 4,0000 ,74973 ,17671
2 12 2,7222 1,11766 ,32264
Benefícios das parcerias 1 18 4,4630 ,75959 ,17904
2 12 3,3333 1,42843 ,41235
Acesso às informações 1 18 3,4444 ,89296 ,21047
2 12 2,1111 ,98815 ,28525
Participação dos atores 1 18 4,0278 ,60566 ,14276
2 12 2,8542 1,24526 ,35947
Responsabilidade socioambiental
1 18 3,5694 1,01026 ,23812
2 12 2,8542 ,92600 ,26731
Regulação na tomada de decisões
1 18 3,5000 1,03690 ,24440
2 12 3,0833 ,86603 ,25000
Monitoramento na tomada de decisões
1 18 3,2778 ,91644 ,21601
2 12 2,3611 1,11426 ,32166
Estrutura de gestão 1 18 3,2778 ,84839 ,19997
2 12 2,7917 ,89082 ,25716
Liderança na gestão 1 18 3,2917 ,71358 ,16819
2 12 2,4167 ,94948 ,27409
Monitoramento dos resultados
1 18 3,0741 1,06369 ,25072
2 12 1,8611 1,09598 ,31638
Avaliação dos resultados 1 18 3,1111 1,26284 ,29765
2 12 1,8611 ,92614 ,26735
Utilização dos resultados 1 18 3,3889 1,21671 ,28678
164
2 12 2,6389 ,84636 ,24432
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
A análise das amostras independentes (Apêndice T) de Destino em Consolidação 2,
identificou discrepâncias em oito categorias: promoção das parcerias, benefícios das
parcerias, acesso às informações, participação dos atores, monitoramento na tomada de
decisões, liderança na gestão, monitoramento dos resultados e avaliação dos resultados.
Os indícios encontrados são de que existem diferenças similares de percepções
apontadas na análise do Estado de Santa Catarina, indicando a possibilidade de o destino
ser influenciador das discrepâncias no Estado de Santa Catarina. Vale ressaltar ainda
que as médias dos atores públicos são superiores às médias da iniciativa privada /
sociedade civil organizada em todas as categorias.
A última classe - analisada individualmente foi Destino não Consolidado (Quadro 72).
Quadro 72 – Teste T – Destino não Consolidado Poder Público (1) /
Iniciativa Privada (2) N Média Desvio
Padrão Erro
padrão da média
Parcerias 1 16 3,7083 ,85093 ,21273
2 14 3,3571 ,77861 ,20809
Benefícios das parcerias 1 16 4,0208 ,93070 ,23268
2 14 3,8333 ,90346 ,24146
Acesso às informações 1 16 3,2083 ,85959 ,21490
2 14 3,4048 ,93533 ,24998
Participação dos atores 1 16 3,3438 ,77929 ,19482
2 14 3,4821 ,83473 ,22309
Responsabilidade socioambiental
1 16 3,2813 ,87023 ,21756
2 14 3,1250 ,78293 ,20925
Regulação na tomada de decisões
1 16 3,7500 ,71492 ,17873
2 14 3,0714 ,95343 ,25482
Monitoramento na tomada de decisões
1 16 3,5208 ,75981 ,18995
2 14 2,9048 ,74454 ,19899
Estrutura de gestão 1 16 3,1719 ,64368 ,16092
2 14 2,6607 ,90727 ,24248
Liderança na gestão 1 16 3,0781 ,71133 ,17783
2 14 2,7679 ,68965 ,18432
Monitoramento dos resultados
1 16 3,0625 1,06262 ,26566
2 14 2,4524 1,31791 ,35222
Avaliação dos resultados do turismo
1 16 3,1042 ,89209 ,22302
2 14 2,5714 1,18703 ,31725
Utilização dos resultados 1 16 3,6042 ,96008 ,24002
2 14 2,9524 1,41938 ,37935
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
165
A análise das amostras independentes (Apêndice U) identificou discrepâncias em duas
categorias: regulação na tomada de decisões e no monitoramento da tomada de
decisões.
Para realizar uma comparação entre as discrepâncias dos destinos, foi elaborado um
quadro síntese (Quadro 73) para permitir a visualização das categorias discrepantes por
classes de destino.
Quadro 73 – Comparativo Discrepâncias nos Destinos.
Categorias Discrepantes
Consolidado Consolidação 1
Consolidação 2
Não consolidado
Santa Catarina
Promoção das Parcerias
Benefícios das parcerias
Compartilhamento de informações
Acesso às informações
Participação dos atores
Responsabilidade dos atores
Responsabilidade socioambiental
Regulação na tomada de decisões
Monitoramento na tomada de decisões
Estrutura de gestão
Liderança na gestão
Objetivos das lideranças
Monitoramento dos resultados
Avaliação dos resultados do
turismo
Utilização dos Resultados
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Percebeu-se pela análise comparativa das classes de Destinos e do Estado de Santa
Catarina, que as classes Destino Consolidado e em Consolidação 1 mostram um padrão
166
de maior concordância entre a percepção dos atores, dando indícios de que nas regiões
onde dinâmica do turismo está mais consolidada, da mesma forma está incorporada com
maior intensidade, unificando os discursos dos diversos atores na compreensão do
processo de governança turística.
A classe - Destino em Consolidação 2, apresentou a maior quantidade de discrepâncias,
dando indícios claros de uma percepção diferenciada sobre a gestão do turismo, seus
processos e resultados entre os vários grupos podendo os mesmos influenciarem e
serem influenciados pela menor intensidade do processo de desenvolvimento do turismo
nestas regiões.
Por fim, a classe Destino não consolidado apresentou apenas duas discrepâncias
gerando indícios de que nas regiões onde o desenvolvimento turístico ainda apresenta
traços muito frágeis de consolidação as percepções dos atores públicos e da iniciativa
privada / sociedade civil organizada são mais uniformes. Uma explicação preliminar pode
estar associada ao otimismo ligado ao baixo conhecimento dos processos e resultados
gerados pelo turismo dos participantes, aproximando os resultados entre os dois grupos
pesquisados.
Quanto análise do Estado de Santa Catarina, identificou-se que os resultados foram
diretamente influenciados pela percepção dos atores da classe - Destino em
Consolidação 2, pois somente a categoria Utilização dos resultados não se repetiu
Seguindo a análise, foi montado um quadro comparativo entre as médias dos atores
públicos e da iniciativa privada / sociedade civil organizada para verificar indicação mais
altas e mais baixas por classe de destino (Quadro 74).
Quadro 74 - Comparativo de médias (mais altas em negrito e mais baixas em itálico)
Consolidado Consolidação 1
Consolidação 2
Não consolidado
Santa Catarina
Poder Público
Iniciativa
Privada
Poder Públic
o
Iniciativa
Privada
Poder Públic
o
Iniciativa
Privada
Poder Públic
o
Iniciativa
Privada
Poder Públic
o
Iniciativa
Privada
Parcerias 3.90 3.75 3.45 3.47 4.00 2.72 3.70 3.35 3.78 3.32
167
Benefícios das parcerias
3.40 3.88 3.63 3.42 4.46 3.33 4.02 3.83 3.98 3.65
Acesso às informações
3.46 2.44 2.72 2.47 3.44 2.11 3.20 3.40 3.26 2.63
Participação dos atores
3.55 3.25 3.20 3.10 4.02 2.85 3.34 3.48 3.58 3.19
Responsabilidade socioambiental
3.10 2.95 2.52 2.32 3.56 2.85 3.28 3.12 3.20 2.87
Regulação na tomada de decisões
3.23 3.08 2.63 3.23 3.50 3.08 3.75 3.07 3.30 3.16
Monitoramento na tomada de decisões
3.06 3.08 2.72 2.42 3.27 2.36 3.52 2.90 3.16 2.78
Estrutura de gestão 3.20 2.75 2.59 3.07 3.27 2.79 3.17 2.66 3.09 2.79
Liderança na gestão
3.52 3.29 2.59 2.75 3.29 2.41 3.07 2.76 3.14 2.79
Monitoramento dos resultados
2.46 2.41 1.63 1.71 3.07 1.86 3.06 2.45 2.73 2.10
Avaliação dos resultados do
turismo
2.86 2.72 2.21 1.80 3.11 1.86 3.10 2.57 2.90 2.28
Utilização dos Resultados
3.60 2.97 2.57 2.19 3.38 2.63 3.60 2.95 3.33 2.76
Fonte: Autor, 2017
Enfim, a complexidade da atividade turística faz com sejam necessários modelos de
gestão para que a resolução de conflitos de interesses (ou nesse caso, das percepções
quanto à governança turística) e o estabelecimento de estratégias que possam levar aos
objetivos de crescimento sustentável dos destinos. Para isso, a participação dos atores,
a inserção de novos objetivos e a adoção de ferramentas que possibilitem uma atuação
conjunta dos atores irá permitir um desenvolvimento sustentável do turismo (PULIDO
FERNANDEZ; PULIDO FERNANDEZ, 2014).
A governança regional do turismo deve perseguir a sustentabilidade do destino,
relacionado fortemente a questões que perpassem pelo uso mais eficiente possível aos
recursos que dispõe o destino; a participação ativa dos atores envolvidos, garantindo a
presença de todos os interesses; estabelecimento de mecanismos para que a
comunidade participe do processo de governança turística; utilização de mecanismos
para a busca do consenso; e o fluxo livre de informações que possam beneficiar a todos
(PULIDO FERNANDEZ; PULIDO FERNANDEZ, 2014). Apesar de perceber-se que os
indícios demonstram destinos que apresentam estes aspectos, de acordo com a
percepção dos seus atores no Estado de Santa Catarina, o processo está em andamento
168
para reduzir ainda mais as discrepâncias da percepção entre os diversos grupos de
atores públicos e privados/sociedade civil.
Com os resultados obtidos por meio das análises realizadas e após a representação
gráfica das relações estruturais pela Análise Fatorial Confirmatória (AFC), optou-se pela
construção de um modelo que pudesse representar as categorias e as relações da
análise da governança turística pela percepção de seus atores (Figura 21).
169
Figura 21 – Modelo de Avaliação da Governança Turística na percepção de seus atores.
Fonte: Elaborada pelo Autor, 2017.
A análise Fatorial Confirmatória apresentou dois grupos, sendo um relacionado à Gestão
da Governança Turística, com as categorias Promoção das Parcerias e Benefícios das
Parcerias que somam suas cargas fatoriais, além das categorias Acesso às informações
e Participação dos atores. O segundo grupo é relacionado à Gestão da Governança
Turística, formado pelas categorias Utilização dos resultados, Avaliação dos resultados,
Monitoramento dos resultados, Monitoramento na tomada de decisões, Regulação na
Parceria
Promoção de Parcerias
Benefícios das
Parcerias
Acesso às Informações
Participação dos Atores
Utilização dos
Resultados
Avaliação dos
Resultados
Monit. dos Resultados
Liderança
na Gestão
Estrutura de Gestão
Monit. na Tomada de
Decisões
Regulação na tomada de decisões
Resp. Socioambie
ntal
GESTÃO
Avaliação da Governança
Turística
170
tomada de decisões, Responsabilidade Socioambiental e pelas categorias Liderança na
gestão e Estrutura na gestão, que também somaram suas cargas fatoriais.
A aplicação deste modelo permitiu a avaliação da Governança Turística no Estado de
Santa Catarina, na percepção de seus gestores.
171
5. CONCLUSÃO
A governança turística é um novo e importante modelo de gestão para as regiões que
tem o turismo como atividade econômica significativa para o seu desenvolvimento em
todo o mundo. Os resultados das aplicações dos processos de uma boa governança
podem fazer com que os destinos sejam submetidos a inúmeros desafios, mas que
invariavelmente, se enfrentados de forma positiva e integrada, levarão a atividade ao
encontro dos fatores relacionados ao turismo sustentável.
Para que isso possa ocorrer, é necessário que o processo de governança seja, antes de
tudo, participativo, pois a parceria foi uma dimensão bem assinalada pela literatura e
validada pela pesquisa. Conforme já evidenciado neste trabalho, a participação efetiva
dos atores diversos permitirá que o destino otimize esforços na busca de soluções para
o bem comum, ou seja, que os objetivos deste destino respeitem as necessidades de
todos, uma vez que todos têm o mesmo espaço para expor suas necessidades e anseios.
Entende-se, porém, que a governança turística poderá ter diferentes configurações em
diferentes destinos, e que estas configurações, poderão influenciar nos resultados
atingidos pelos mesmos. Para tanto, as categorias ligadas a gestão do destino,
largamente indicadas pela literatura, também foram validadas pela pesquisa. Outro
destaque precisa ser dado a aspectos importantes para a governança turística, como as
parcerias, o acesso às informações, a participação na tomada de decisões, assim como
a sua estrutura de gestão, e a utilização dos resultados da atividade para que o destino
e seus atores possam evoluir em conjunto.
Os atores do destino têm papel importante neste processo, pois serão eles que
garantirão, por meio de sua participação, uma governança turística mais eficiente, eficaz
e efetiva na busca pelas suas metas. Um desafio, porém, é a maneira como cada um dos
atores entende esta realidade, como cada um percebe o seu papel na governança, assim
como o papel da governança, seus processos e resultados, na gestão do destino.
Levando em consideração o contexto apresentado, esta pesquisa teve como objetivo
geral avaliar a governança turística por meio da percepção dos seus atores, buscando
172
identificar a gestão, os processos e os resultados decorrentes, como dimensões
essenciais para o planejamento e a gestão do turismo.
Para que o objetivo geral pudesse ser atendido, foram propostos seis objetivos
específicos, sendo o primeiro a construção de um referencial bibliográfico e documental
sobre governança e governança turística. Este objetivo foi atingido por meio da análise
de autores nacionais e estrangeiros que investigassem esse tema, permitindo uma maior
clareza sobre os conceitos e aplicações da teoria na prática.
O segundo objetivo específico foi analisar as propostas de avaliação da governança
encontrados na literatura da área e afins para a composição de um instrumento de
avaliação da governança turística na percepção de seus atores. Este objetivo foi atingido
ao serem utilizados autores que apresentam modelos de avaliação, proposições de
categorias de análise, proposições de indicadores, além de documentos de órgãos
oficiais indicando diferentes formas de avaliar a governança. Percebeu-se, porém, que
apesar de haver uma grande produção científica sobre o tema, assim como diferentes
propostas de avaliação da governança turística, não foram encontrados modelos que
tenham sido aplicados buscando a percepção dos atores em relação à governança
turística.
O terceiro objetivo específico focou no desenvolvimento de um modelo de avaliação da
governança turística, que também foi atingido com o desenvolvimento de um modelo
contendo 15 categorias de análise, sendo elas: promoção de parcerias, benefícios das
parcerias, compartilhamento de informações, acesso às informações, participação dos
atores, responsabilidade dos atores, responsabilidade socioambiental, regulação na
tomada de decisões, monitoramento na tomada de decisões, estrutura de gestão,
liderança na gestão, objetivos das lideranças, monitoramento dos resultados, avaliação
dos resultados do turismo e utilização dos resultados.
Para atingir o quarto objetivo específico, que tinha como foco a caracterização de um
destino turístico a ser avaliado, foi realizada a apresentação do Estado de Santa Catarina,
seus aspectos históricos, econômicos, sociais e culturais. Foi também apresentada a
173
organização do turismo no Estado, por meio da apresentação de sua inserção no
Programa de Regionalização do Turismo (MTUR, 2008) e pela apresentação de suas
doze regiões turísticas. Além disso, foi desenvolvida uma classificação das regiões
turísticas a partir da categorização dos municípios no Programa de Regionalização do
Turismo, reconhecendo, por conseguinte quatro classes de destinos que integram a
governança turística de Santa Catarina, sendo elas: Destino Consolidado, Destino em
Consolidação 1, Destino em Consolidação 2 e Destino não Consolidado.
O quinto objetivo específico foi o de aplicar o modelo proposto no destino turístico
estudado, e para tanto foram selecionados 100 atores envolvidos com a governança
turística de Santa Catarina, caracterizando uma amostragem não probabilística,
intencional, uma vez que os respondentes deveriam ter atuação na atividade turística,
como membros do poder público, da iniciativa privada ou de entidades da sociedade civil
organizada ligados ao turismo. As respostas foram obtidas por meio do preenchimento
do formulário, visando identificar a percepção destes atores em relação à governança
turística no Estado de Santa Catarina.
O último objetivo específico era relativo à confirmação da validade do modelo de análise
proposto, utilizando análises estatísticas confirmatórias. Este objetivo também foi atingido
com a utilização dos softwares de análise multivariada IBM SPSS V.22 e IBM
SPSS:AMOS Graphics. O primeiro software foi utilizado para a realização dos testes de
médias (testes T), Teste Alscal e para a realização da Análise Fatorial Exploratória (AFE).
O segundo software foi utilizado para a criação do mapa de relações estruturais, dentro
da Análise Fatorial Confirmatória (AFC) que confirmou 12 das 15 categorias propostas
para a avaliação da governança turística por meio da percepção de seus atores.
A partir dos objetivos do trabalho foram apresentadas duas hipóteses para a
investigação: A governança influenciará nos resultados do destino turístico, uma vez que
os processos decorrentes são primordiais para o planejamento e gestão da atividade
turística. Após a realização da pesquisa (levantamento teórico e a aplicação do formulário
baseado no modelo do modelo de avaliação da governança turística pela percepção de
174
seus atores e análise dos dados levantados, foi possível validar a hipótese pois as
classes de destino de maior consolidação no Estado de Santa Catarina são aquelas que
seus atores tem uma visão mais clara e concorrente para o processo de governança
turística.
A segunda hipótese deste trabalho afirma que A governança turística de um destino pode
ser avaliada de forma efetiva por meio da percepção de seus participantes, para
identificar a gestão, os processos e os resultados decorrentes. Após a aplicação e análise
do formulário, seguido pela sua validação, permite-se afirmar que é possível avaliar a
governança turística do Estado de Santa Catarina pela percepção de seus atores, a partir
de um conjunto de categorias percebidos com clareza pelos atores envolvidos. Desta
forma, consideramos validada a segunda hipótese.
A partir das hipóteses validadas, o modelo proposto e validado através do instrumental
estatístico, em especial pela a análise fatorial confirmatória (AFC), foram encontrados
dois agrupamentos das categorias validadas categorias (Figura 22). O primeiro formado
por quatro categorias e o segundo por oito categorias. Após a análise e discussão dos
resultados, e com a análise do agrupamento, pode-se afirmar que um grupo é formado
por categorias que são relativas à gestão do destino e outro grupo formado por
categorias relativas às parcerias no destino.
175
Figura 22 – Modelo Sintético de Avaliação da Governança Turística pela percepção de seus atores.
Fonte: Elaborada pelo Autor (2017).
Com a aplicação do modelo para a avaliação da Governança Turística do Estado de
Santa Catarina, foi possível chegar uma série de conclusões sobre a Governança
Turística do Estado, com destaque para as apresentadas no Quadro 75.
Quadro 75 – Principais conclusões sobre a Governança Turística em Santa Catarina, baseado na percepção de seus atores.
Governança em Santa Catarina
Atores do poder público tendem a responder de maneira mais otimista em relação às categorias analisadas.
Atores da iniciativa privada tem uma visão mais conservadora sobre os processos de governança.
As regiões (Destinos) melhor classificadas apresentam menos divergências nas percepções de seus atores públicos e da iniciativa privada / sociedade civil organizada.
Assim como os destinos melhores classificados, na outra extremidade do processo, o destino não consolidado também apresenta uma maior convergência na percepção de seus atores.
Gestão do
Destino
Parcerias no
Destino
Avaliação da Governança Turística na
percepção de seus atores
176
O destino em consolidação 2, formado pelas regiões Encantos do Sul, Vale Europeu, Serra Catarinense e Caminho dos Canyons apresenta a maior divergência nas percepções de seus atores públicos e privado / da sociedade civil organizada, influenciando diretamente no resultado da percepção geral do Estado de Santa Catarina.
Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).
Com a apresentação dos resultados desta tese, percebe-se que ao mesmo tempo em
que contribuiu para o desenvolvimento da discussão teórica sobre o tema governança e
governança no turismo, permitiu o avanço em relação à aplicação prática de um modelo
que identifica a percepção dos atores da governança turística do destino, gerando novas
questões para futuras pesquisa, como também pode ser utilizada como uma ferramenta
de gestão para os órgãos envolvidos no processo de planejamento e gestão do turismo,
sejam eles públicos ou privados, de maneira consistente e contínua, voltada para o
desenvolvimento sustentável do turismo, uma vez que permitirá achar indícios
importantes para a regulação dos processos inerentes à governança turística.
Quanto às limitações desta tese, entendeu-se que a quantidade de sujeitos da pesquisa,
apesar de representar uma amostra válida para as análises realizadas, condiz apenas
com um pequeno percentual de todos os atores presentes nas doze regiões turísticas de
Santa Catarina, demonstrando uma realidade parcial do todo. Dessa forma, se entende
que uma amostra maior poderia demonstrar percepções mais amplas sobre a realidade
investigada.
Este tema não se esgota com a apresentação deste estudo, de forma que se sugere que
sejam feitos futuros estudos que possam complementar os resultados atingidos por esta
tese, como a aplicação do modelo em outras realidades, visando identificar a consistência
de sua aplicabilidade em destinos turísticos com dinâmicas diversas e em diferentes
estágios de desenvolvimento. Outra possibilidade de estudo seria a de abrir as categorias
dos atores em grupos mais específicos, permitindo descobrir a percepção de diferentes
envolvidos no processo (por exemplo hoteleiros, empresários do comércio varejista,
vereadores, etc.). Por fim, outro estudo possível seria a aplicação deste modelo visando
177
analisar a percepção dos turistas e dos membros da comunidade de um destino em
relação à governança turística de destinos diversos.
Cumpre registrar que a pesquisa foi aplicada em Santa Catarina, Brasil, que mesmo se
constituindo no Estado Brasileiro de melhor desenvolvimento turístico do país, possui
suas peculiaridades locais e regiões que possivelmente interferiram nos resultados. Da
mesma forma, o modelo proposto, apesar de estar fundamentado numa vasta literatura
da área, foi testado e validado apenas em uma realidade, e, por conseguinte, exige do
campo da pesquisa do turismo, aplicações em realidades distintas no Brasil, e fora dele,
para que o modelo proposto ganhe maior robustez, assim, como a flexibilidade
necessária para uma generalização para sua devida aplicação
178
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184
APÊNDICE A – FORMULÁRIO DE PESQUISA
As questões abaixo buscam informações relacionadas à governança do destino turístico Santa Catarina. Agradecemos sua colaboração no preenchimento da mesma. Para maiores informações sobre a pesquisa, contatar [email protected] Numa escala de 1 a 5, onde 1 representa total discordância e 5 total concordância, assinale a alternativa que mais lhe parece verdadeira.
1 PARCERIAS 1 2 3 4 5 1.1 A política pública que promove parcerias é apoiada pelo poder público.
1.2 A política pública que promove parcerias é apoiada pela iniciativa privada.
1.3 As políticas públicas estabelecem parcerias no turismo.
2 BENEFÍCIOS DAS PARCERIAS 1 2 3 4 5 2.1 As parcerias são estabelecidas visando a melhoria da qualidade da experiência do turista.
2.2 As parcerias são estabelecidas considerando o desenvolvimento sustentável do turismo.
2.3 As parcerias são estabelecidas considerando a melhoria da qualidade de vida dos residentes.
3 COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES 1 2 3 4 5 3.1 O poder público está comprometido em compartilhar informações.
3.2 A iniciativa privada está comprometida em compartilhar informações.
3.3 A iniciativa privada compartilha informações de forma transparente.
3.4 O poder público compartilha informações de forma transparente
4 ACESSO ÀS INFORMAÇÕES 1 2 3 4 5 4.1 Os mecanismos de compartilhamento de informações são acessíveis a todos.
4.2 As informações compartilhadas à disposição são confiáveis.
4.3 A informação compartilhada disponível é suficiente para orientar a tomada de decisões.
5 PARTICIPAÇÃO DOS ATORES 1 2 3 4 5 5.1 O poder público participa das decisões que afetam o turismo.
5.2 A iniciativa privada participa das decisões que afetam o turismo.
5.3 Existem processos e mecanismos que garantem a participação equilibrada entre poder público e
iniciativa privada na tomada de decisões que afetam o turismo.
5.4 O processo de planejamento do turismo é participativo.
6 RESPONSABILIDADES DOS ATORES 1 2 3 4 5 6.1 A responsabilidade do poder público no âmbito do turismo está delimitada.
6.2 A responsabilidade da iniciativa privada no âmbito do turismo está delimitada.
6.3 Existem mecanismos que asseguram a responsabilidade do poder público.
6.4 Existem mecanismos que asseguram a responsabilidade da iniciativa privada.
7 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 1 2 3 4 5 7.1 A política de responsabilidade socioambiental é assumida pelo poder público.
7.2 A política de responsabilidade socioambiental é assumida pela iniciativa privada.
7.3 O destino é reconhecido pela sua responsabilidade social.
7.4 O destino é reconhecido pela sua responsabilidade ambiental.
8 REGULAÇÃO NA TOMADA DE DECISÕES 1 2 3 4 5 8.1 O processo de tomada de decisões referente ao turismo é regulado no âmbito estadual / federal.
8.2 O processo de tomada de decisões referente ao turismo é regulado no âmbito regional / municipal.
8.3 O processo de tomada de decisões referente ao turismo é regulado no âmbito da iniciativa privada.
9 MONITORAMENTO NA TOMADA DE DECISÕES 1 2 3 4 5 9.1 O processo de tomada de decisões referente ao turismo é monitorado no âmbito federal / estadual.
9.2 O processo de tomada de decisões referente ao turismo é monitorado no âmbito regional/ municipal.
9.3 O processo de tomada de decisões referente ao turismo é monitorado pela iniciativa privada.
10 ESTRUTURA DE GESTÃO 1 2 3 4 5 10.1 O destino organiza-se numa estrutura informal, com descentralização e delegação de poderes.
10.2 O destino organiza-se numa estrutura informal, com cooperação entre as organizações.
10.3 O destino organiza-se numa estrutura formal e hierarquizada, comandada pelo poder público.
10.4 O destino organiza-se numa estrutura formal, comandada pela iniciativa privada.
11 LIDERANÇA NA GESTÃO 1 2 3 4 5 11.1 O governo municipal lidera a gestão do turismo no destino.
185
11.2 As entidades regionais lideram a gestão do turismo no destino.
11.3 O governo estadual / federal lidera a gestão do turismo no destino.
11.5 Os empresários lideram a gestão do turismo no destino.
12 OBJETIVOS DAS LIDERANÇAS 1 2 3 4 5 12.1 As lideranças estão comprometidas com os objetivos do destino.
12.2 As lideranças fomentam a colaboração e cooperação entre as organizações.
12.3 As lideranças promovem a inovação e conhecimento.
12.4 As lideranças apoiam os esforços de melhoria de qualidade nas organizações.
13 MONITORAMENTO DOS RESULTADOS 1 2 3 4 5 13.1 Os resultados sobre os impactos do turismo no ambiente são monitorados.
13.2 Os resultados sobre os impactos do turismo na sociedade e na cultura são monitorados.
13.3 Os resultados dos impactos são avaliados por um sistema de monitoramento.
14 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO TURISMO 1 2 3 4 5 14.1 A política existente avalia os resultados gerados pelos projetos turísticos.
14.2 O poder público é envolvido no desenvolvimento das políticas de avaliação dos resultados.
14.3 A iniciativa privada é envolvida no desenvolvimento das políticas de avaliação dos resultados.
15 RESULTADOS 1 2 3 4 5 15.6 Os resultados das avaliações são tornados públicos.
15.7 Os resultados das avaliações influenciam na tomada de decisões.
15.8 Os resultados do desempenho do destino turístico são comparados com destinos concorrentes.
186
APÊNDICE B – TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES SANTA CATARINA
Teste de amostras independentes
Teste de Levene
para igualdade de
variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremida
des)
Diferença
média
Erro padrão
de
diferença
95% Intervalo de
Confiança da Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas 1,145 ,287 2,434 98 ,017 ,45786 ,18811 ,08456 ,83117
Variâncias iguais não assumidas 2,416 92,174 ,018 ,45786 ,18949 ,08153 ,83420
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas ,085 ,772 1,693 98 ,094 ,32931 ,19449 -,05665 ,71527
Variâncias iguais não assumidas 1,686 93,728 ,095 ,32931 ,19531 -,05849 ,71711
Compartilhamento das informações Variâncias iguais assumidas ,006 ,940 3,418 98 ,001 ,58998 ,17262 ,24742 ,93253
Variâncias iguais não assumidas 3,408 94,304 ,001 ,58998 ,17312 ,24625 ,93370
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas 1,827 ,180 3,201 98 ,002 ,62775 ,19609 ,23862 1,01688
Variâncias iguais não assumidas 3,172 91,046 ,002 ,62775 ,19793 ,23459 1,02091
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas ,394 ,532 2,296 98 ,024 ,39775 ,17322 ,05399 ,74150
Variâncias iguais não assumidas 2,267 89,113 ,026 ,39775 ,17542 ,04920 ,74629
Responsabilidade dos atores Variâncias iguais assumidas ,465 ,497 1,249 98 ,215 ,22041 ,17651 -,12986 ,57068
Variâncias iguais não assumidas 1,259 97,604 ,211 ,22041 ,17511 -,12712 ,56794
Responsabilidade socioambiental Variâncias iguais assumidas ,015 ,903 1,802 98 ,075 ,32870 ,18239 -,03324 ,69065
Variâncias iguais não assumidas 1,809 96,694 ,074 ,32870 ,18171 -,03196 ,68937
Regulação na tomada de decisões Variâncias iguais assumidas ,000 ,995 ,745 98 ,458 ,13580 ,18229 -,22595 ,49755
Variâncias iguais não assumidas ,746 96,026 ,457 ,13580 ,18201 -,22549 ,49710
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas 8,364 ,005 2,155 98 ,034 ,38406 ,17823 ,03037 ,73774
Variâncias iguais não assumidas 2,102 80,825 ,039 ,38406 ,18271 ,02051 ,74760
187
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas ,308 ,580 1,833 98 ,070 ,29368 ,16022 -,02427 ,61163
Variâncias iguais não assumidas 1,838 96,368 ,069 ,29368 ,15980 -,02352 ,61087
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas ,080 ,778 2,215 98 ,029 ,34924 ,15767 ,03634 ,66213
Variâncias iguais não assumidas 2,196 91,553 ,031 ,34924 ,15901 ,03341 ,66506
Objetivos das lideranças Variâncias iguais assumidas ,387 ,535 2,427 98 ,017 ,42935 ,17693 ,07823 ,78047
Variâncias iguais não assumidas 2,414 93,189 ,018 ,42935 ,17787 ,07613 ,78256
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas ,167 ,684 2,914 98 ,004 ,62587 ,21480 ,19961 1,05214
Variâncias iguais não assumidas 2,920 96,268 ,004 ,62587 ,21431 ,20048 1,05127
Avaliação dos resultados do turismo Variâncias iguais assumidas ,022 ,883 2,935 98 ,004 ,61755 ,21042 ,19998 1,03512
Variâncias iguais não assumidas 2,946 96,702 ,004 ,61755 ,20963 ,20147 1,03364
Utilização dos resultados Variâncias iguais assumidas ,037 ,847 2,608 98 ,011 ,57246 ,21947 ,13692 1,00800
Variâncias iguais não assumidas 2,604 94,840 ,011 ,57246 ,21984 ,13602 1,00891
188
APÊNDICE C - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES – DESTINO CONSOLIDADO.
Teste de Levene
para igualdade de
variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremida
des)
Diferença
média
Erro
padrão de
diferença
95% Intervalo de
Confiança da
Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas 4,328 ,051 ,432 20 ,670 ,15000 ,34719 -,57423 ,87423
Variâncias iguais não assumidas ,454 17,747 ,655 ,15000 ,33028 -,54461 ,84461
Benefícios das Parcerias Variâncias iguais assumidas
,249 ,623
-
1,32
2
20 ,201 -,48889 ,36980 -1,26028 ,28250
Variâncias iguais não assumidas
-
1,29
4
17,122 ,213 -,48889 ,37778 -1,28550 ,30772
Compartilhamento de
informações
Variâncias iguais assumidas ,245 ,626
1,22
9 20 ,233 ,40833 ,33232 -,28488 1,10155
Variâncias iguais não assumidas
1,24
2 19,878 ,229 ,40833 ,32877 -,27773 1,09440
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas 2,123 ,161
3,01
2 20 ,007 1,02222 ,33935 ,31434 1,73010
Variâncias iguais não assumidas
3,06
8 20,000 ,006 1,02222 ,33323 ,32711 1,71733
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas ,050 ,825 ,824 20 ,420 ,30000 ,36426 -,45984 1,05984
Variâncias iguais não assumidas ,830 19,735 ,417 ,30000 ,36164 -,45502 1,05502
Responsabilidade dos atores Variâncias iguais assumidas ,332 ,571 ,699 20 ,493 ,21667 ,31003 -,43004 ,86337
189
Variâncias iguais não assumidas ,713 19,987 ,484 ,21667 ,30376 -,41700 ,85033
Responsabilidade
Socioambiental
Variâncias iguais assumidas ,001 ,976 ,384 20 ,705 ,14167 ,36931 -,62871 ,91204
Variâncias iguais não assumidas ,386 19,646 ,704 ,14167 ,36729 -,62538 ,90872
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,069 ,796 ,369 20 ,716 ,15000 ,40664 -,69824 ,99824
Variâncias iguais não assumidas ,367 18,791 ,718 ,15000 ,40907 -,70684 1,00684
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas 19,105 ,000 -,047 20 ,963 -,01667 ,35229 -,75153 ,71819
Variâncias iguais não assumidas -,051 12,533 ,960 -,01667 ,32368 -,71859 ,68526
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas ,232 ,635
1,49
8 20 ,150 ,45000 ,30049 -,17680 1,07680
Variâncias iguais não assumidas
1,51
5 19,902 ,146 ,45000 ,29704 -,16981 1,06981
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas 2,858 ,106 ,710 20 ,486 ,23333 ,32868 -,45229 ,91896
Variâncias iguais não assumidas ,734 19,417 ,472 ,23333 ,31776 -,43078 ,89745
Objetivos das lideranças Variâncias iguais assumidas ,626 ,438 ,445 20 ,661 ,16667 ,37440 -,61431 ,94765
Variâncias iguais não assumidas ,438 17,810 ,666 ,16667 ,38022 -,63277 ,96610
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas ,754 ,395 ,139 20 ,891 ,05000 ,35916 -,69919 ,79919
Variâncias iguais não assumidas ,145 18,658 ,886 ,05000 ,34431 -,67154 ,77154
Avaliação dos resultados Variâncias iguais assumidas 2,536 ,127 ,424 20 ,676 ,14444 ,34085 -,56656 ,85545
Variâncias iguais não assumidas ,436 19,692 ,667 ,14444 ,33095 -,54660 ,83549
Utilizaçãodosresultados Variâncias iguais assumidas ,133 ,719
1,73
5 20 ,098 ,62778 ,36180 -,12692 1,38247
Variâncias iguais não assumidas
1,76
8 19,999 ,092 ,62778 ,35509 -,11294 1,36849
190
APÊNDICE D - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES – DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 1.
Teste de Levene
para igualdade de
variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremid
ades)
Diferença
média
Erro padrão
de diferença
95% Intervalo de
Confiança da
Diferença
Inferior
Superi
or
Parcerias Variâncias iguais assumidas 1,314 ,268 -,039 16 ,970 -,02165 ,56157 -1,21211
1,1688
2
Variâncias iguais não assumidas -,043 15,990 ,967 -,02165 ,50784 -1,09827
1,0549
8
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas ,460 ,507 ,549 16 ,591 ,20779 ,37869 -,59499
1,0105
8
Variâncias iguais não assumidas ,606 15,981 ,553 ,20779 ,34312 -,51966 ,93525
Compartilhamento das
informações
Variâncias iguais assumidas ,789 ,388 ,512 16 ,615 ,25325 ,49434 -,79470
1,3011
9
Variâncias iguais não assumidas ,536 14,748 ,600 ,25325 ,47252 -,75541
1,2619
1
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas ,850 ,370 ,471 16 ,644 ,25108 ,53354 -,87996
1,3821
3
Variâncias iguais não assumidas ,500 15,279 ,624 ,25108 ,50188 -,81695
1,3191
1
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas ,196 ,664 ,273 16 ,788 ,09740 ,35672 -,65881 ,85361
Variâncias iguais não assumidas ,296 15,753 ,771 ,09740 ,32917 -,60129 ,79609
Responsabilidade dos atores Variâncias iguais assumidas ,119 ,735 -,453 16 ,657 -,23052 ,50923 -1,31003 ,84899
191
Variâncias iguais não assumidas -,476 14,936 ,641 -,23052 ,48417 -1,26288 ,80184
Responsabilidade
Socioambiental
Variâncias iguais assumidas 2,946 ,105 ,540 16 ,597 ,20130 ,37297 -,58936 ,99196
Variâncias iguais não assumidas ,480 8,621 ,643 ,20130 ,41974 -,75463
1,1572
2
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,061 ,809 -1,892 16 ,077 -,60173 ,31812 -1,27611 ,07264
Variâncias iguais não assumidas -1,891 12,908 ,081 -,60173 ,31825 -1,28977 ,08630
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas 4,344 ,054 ,795 16 ,439 ,29870 ,37595 -,49828
1,0956
8
Variâncias iguais não assumidas ,700 8,402 ,503 ,29870 ,42645 -,67658
1,2739
8
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas 1,775 ,201 -1,265 16 ,224 -,48052 ,37981 -1,28568 ,32464
Variâncias iguais não assumidas -1,490 14,527 ,158 -,48052 ,32241 -1,16968 ,20864
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas 1,000 ,332 -,501 16 ,623 -,15909 ,31772 -,83262 ,51444
Variâncias iguais não assumidas -,552 15,975 ,589 -,15909 ,28818 -,77008 ,45190
Objetivos das lideranças Variâncias iguais assumidas ,138 ,716 -,868 16 ,398 -,31494 ,36282 -1,08407 ,45420
Variâncias iguais não assumidas -,858 12,434 ,407 -,31494 ,36706 -1,11162 ,48174
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas ,280 ,604 -,232 16 ,820 -,07792 ,33654 -,79135 ,63550
Variâncias iguais não assumidas -,224 11,560 ,827 -,07792 ,34776 -,83883 ,68298
Avaliação dos resultados do
turismo
Variâncias iguais assumidas ,854 ,369 ,844 16 ,411 ,40260 ,47717 -,60896
1,4141
6
Variâncias iguais não assumidas ,893 15,136 ,386 ,40260 ,45095 -,55782
1,3630
2
Utilização dos resultados Variâncias iguais assumidas ,003 ,954 ,747 16 ,466 ,38528 ,51581 -,70820
1,4787
6
Variâncias iguais não assumidas ,733 12,132 ,477 ,38528 ,52563 -,75860
1,5291
6
192
APÊNDICE E - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES – DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 2.
Teste de Levene para
igualdade de variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremida
des)
Difere
nça
média
Erro
padrão de
diferença
95% Intervalo de
Confiança da
Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas 3,662 ,066 3,759 28 ,001
1,2777
8 ,33994 ,58145 1,97411
Variâncias iguais não assumidas 3,474 17,567 ,003
1,2777
8 ,36786 ,50356 2,05200
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas 10,185 ,003 2,824 28 ,009
1,1296
3 ,39998 ,31030 1,94896
Variâncias iguais não assumidas 2,513 15,189 ,024
1,1296
3 ,44954 ,17249 2,08677
Compartilhamento de
informações
Variâncias iguais assumidas ,187 ,669 3,596 28 ,001
1,1250
0 ,31283 ,48420 1,76580
Variâncias iguais não assumidas 3,549 22,659 ,002
1,1250
0 ,31696 ,46878 1,78122
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas ,585 ,451 3,841 28 ,001
1,3333
3 ,34716 ,62222 2,04445
Variâncias iguais não assumidas 3,761 22,015 ,001
1,3333
3 ,35450 ,59818 2,06849
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas 12,699 ,001 3,453 28 ,002
1,1736
1 ,33992 ,47733 1,86990
Variâncias iguais não assumidas 3,034 14,510 ,009
1,1736
1 ,38678 ,34677 2,00045
193
Responsabilidade dos atores Variâncias iguais assumidas ,099 ,755 2,602 28 ,015 ,80556 ,30957 ,17144 1,43967
Variâncias iguais não assumidas 2,600 23,667 ,016 ,80556 ,30981 ,16566 1,44545
Responsabilidade
socioambiental
Variâncias iguais assumidas ,075 ,787 1,962 28 ,060 ,71528 ,36449 -,03134 1,46190
Variâncias iguais não assumidas 1,998 25,141 ,057 ,71528 ,35799 -,02181 1,45237
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,770 ,388 1,149 28 ,260 ,41667 ,36275 -,32639 1,15972
Variâncias iguais não assumidas 1,192 26,444 ,244 ,41667 ,34962 -,30139 1,13473
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,810 ,376 2,463 28 ,020 ,91667 ,37225 ,15415 1,67918
Variâncias iguais não assumidas 2,366 20,465 ,028 ,91667 ,38746 ,10962 1,72372
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas ,017 ,897 1,507 28 ,143 ,48611 ,32248 -,17446 1,14668
Variâncias iguais não assumidas 1,492 22,906 ,149 ,48611 ,32576 -,18792 1,16014
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas 1,087 ,306 2,883 28 ,007 ,87500 ,30353 ,25326 1,49674
Variâncias iguais não assumidas 2,721 19,092 ,014 ,87500 ,32158 ,20214 1,54786
Objetivos da lideranças Variâncias iguais assumidas 2,166 ,152 3,546 28 ,001
1,1805
6 ,33297 ,49851 1,86261
Variâncias iguais não assumidas 3,314 18,376 ,004
1,1805
6 ,35621 ,43327 1,92784
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas ,001 ,974 3,023 28 ,005
1,2129
6 ,40119 ,39117 2,03475
Variâncias iguais não assumidas 3,005 23,226 ,006
1,2129
6 ,40368 ,37834 2,04759
Avaliação dos resultados Variâncias iguais assumidas 1,580 ,219 2,936 28 ,007
1,2500
0 ,42577 ,37785 2,12215
Variâncias iguais não assumidas 3,124 27,666 ,004
1,2500
0 ,40010 ,42999 2,07001
Utilização dos resultados Variâncias iguais assumidas 1,913 ,178 1,852 28 ,075 ,75000 ,40487 -,07934 1,57934
Variâncias iguais não assumidas 1,991 27,910 ,056 ,75000 ,37675 -,02184 1,52184
194
APÊNDICE F - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES – DESTINO NÃO CONSOLIDADO Teste de amostras independentes
Teste de
Levene para
igualdade de
variâncias
Z
Sig. teste-t
para
Igualdade
de
Médias
t
df
Sig. (2
extremid
ades)
Diferenç
a média
Erro
padrão
de
diferenç
a
95% Intervalo de
Confiança da
Diferença
Inferior Superior
Parcerias
Variâncias iguais assumidas ,007 ,934
1,173 28 ,251 ,35119 ,29941 -,26212 ,9645
0
Benefícios das parcerias
Variâncias iguais não assumidas 1,180 27,932 ,248 ,35119 ,29758 -,25845 ,96083
Variâncias iguais assumidas ,070 ,794
,558 28 ,581 ,18750 ,33601 -,50078 ,8757
8
Compartilhamento de informações
Variâncias iguais não assumidas ,559 27,673 ,581 ,18750 ,33532 -,49974 ,87474
Variâncias iguais assumidas 1,130 ,297
1,766 28 ,088 ,49554 ,28065 -,07934 1,070
41
Acesso às informações
Variâncias iguais não assumidas 1,741 25,080 ,094 ,49554 ,28467 -,09065 1,08172
Variâncias iguais assumidas ,020 ,889
-,599 28 ,554 -,19643 ,32774 -,86777 ,4749
1
Participação dos atores
Variâncias iguais não assumidas -,596 26,684 ,556 -,19643 ,32965 -,87319 ,48033
Variâncias iguais assumidas ,314 ,580
-,469 28 ,642 -,13839 ,29478 -,74223 ,4654
5
Responsabilidade dos atores
Variâncias iguais não assumidas -,467 26,854 ,644 -,13839 ,29618 -,74627 ,46948
Variâncias iguais assumidas 1,970 ,171
-,066 28 ,948 -,02009 ,30278 -,64030 ,6001
2
Responsabilidade socioambiental
Variâncias iguais não assumidas -,068 26,670 ,946 -,02009 ,29547 -,62670 ,58652
Variâncias iguais assumidas ,005 ,945
,514 28 ,611 ,15625 ,30406 -,46658 ,7790
8
Variâncias iguais não assumidas ,518 27,970 ,609 ,15625 ,30185 -,46210 ,77460
195
Regulação na tomada de decisões
Variâncias iguais assumidas ,864 ,361
2,223 28 ,034 ,67857 ,30528 ,05323 1,303
91
Monitoramento na tomada de decisões
Variâncias iguais não assumidas 2,180 23,920 ,039 ,67857 ,31125 ,03607 1,32107
Variâncias iguais assumidas ,102 ,752
2,236 28 ,033 ,61607 ,27548 ,05177 1,180
37
Estrutura de gestão
Variâncias iguais não assumidas 2,239 27,614 ,033 ,61607 ,27510 ,05221 1,17993
Variâncias iguais assumidas ,747 ,395
1,797 28 ,083 ,51116 ,28445 -,07150 1,093
83
Liderança na gestão
Variâncias iguais não assumidas 1,756 23,091 ,092 ,51116 ,29102 -,09072 1,11305
Variâncias iguais assumidas ,033 ,858
1,209 28 ,237 ,31027 ,25667 -,21549 ,8360
3
Objetivos das lideranças
Variâncias iguais não assumidas 1,211 27,680 ,236 ,31027 ,25612 -,21464 ,83518
Variâncias iguais assumidas 3,501 ,072
1,262 28 ,217 ,36161 ,28656 -,22538 ,9485
9
Monitoramento dos resultados
Variâncias iguais não assumidas 1,228 22,010 ,232 ,36161 ,29447 -,24907 ,97228
Variâncias iguais assumidas 1,700 ,203
1,403 28 ,172 ,61012 ,43476 -,28044 1,500
68
Avaliação dos resultados do turismo
Variâncias iguais não assumidas 1,383 24,989 ,179 ,61012 ,44117 -,29852 1,51876
Variâncias iguais assumidas 1,735 ,198
1,400 28 ,172 ,53274 ,38041 -,24650 1,311
98
Utilização dos resultados
Variâncias iguais não assumidas 1,374 23,954 ,182 ,53274 ,38780 -,26771 1,33319
Variâncias iguais assumidas 4,560 ,042
1,490 28 ,147 ,65179 ,43750 -,24439 1,54797
196
APÊNDICE G – TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES– DESTINO CONSOLIDADO X ESTADO DE SANTA CATARINA
Teste de Levene
para igualdade de
variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremidade
s)
Diferença
média
Erro padrão
de diferença
95% Intervalo de
Confiança da Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas 1,542 ,217 1,114 120 ,268 ,24485 ,21988 -,19051 ,68020
Variâncias iguais não
assumidas 1,257 35,871 ,217 ,24485 ,19482 -,15032 ,64002
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas ,213 ,645 -,721 120 ,472 -,16333 ,22648 -,61176 ,28509
Variâncias iguais não
assumidas -,773 33,484 ,445 -,16333 ,21139 -,59318 ,26651
Compartilhamento das
informações
Variâncias iguais assumidas 2,058 ,154 -,672 120 ,503 -,14023 ,20858 -,55319 ,27274
Variâncias iguais não
assumidas -,737 34,450 ,466 -,14023 ,19039 -,52695 ,24650
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas 1,343 ,249 -,285 120 ,776 -,06758 ,23710 -,53702 ,40187
Variâncias iguais não
assumidas -,302 33,072 ,764 -,06758 ,22355 -,52235 ,38719
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas ,690 ,408 -,090 120 ,928 -,01864 ,20612 -,42675 ,38947
Variâncias iguais não
assumidas -,093 31,901 ,926 -,01864 ,20042 -,42693 ,38966
Responsabilidade dos atores Variâncias iguais assumidas ,557 ,457 ,717 120 ,475 ,14432 ,20142 -,25447 ,54311
Variâncias iguais não
assumidas ,819 36,543 ,418 ,14432 ,17616 -,21277 ,50140
Variâncias iguais assumidas ,563 ,454 -,139 120 ,889 -,02977 ,21351 -,45252 ,39297
197
Responsabilidade
socioambiental
Variâncias iguais não
assumidas -,147 32,892 ,884 -,02977 ,20222 -,44125 ,38170
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,091 ,763 -,413 120 ,681 -,08848 ,21445 -,51307 ,33610
Variâncias iguais não
assumidas -,406 30,415 ,688 -,08848 ,21801 -,53346 ,35650
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,683 ,410 ,410 120 ,682 ,08576 ,20901 -,32806 ,49958
Variâncias iguais não
assumidas ,443 33,801 ,661 ,08576 ,19362 -,30781 ,47933
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas ,691 ,408 -,016 120 ,987 -,00295 ,18690 -,37300 ,36709
Variâncias iguais não
assumidas -,017 33,615 ,987 -,00295 ,17390 -,35650 ,35059
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas ,070 ,792 2,194 120 ,030 ,41023 ,18695 ,04008 ,78037
Variâncias iguais não
assumidas 2,273 32,163 ,030 ,41023 ,18048 ,04268 ,77777
Objetivos das lideranças Variâncias iguais assumidas ,180 ,672 -,087 120 ,931 -,01841 ,21088 -,43593 ,39912
Variâncias iguais não
assumidas -,090 32,099 ,929 -,01841 ,20393 -,43375 ,39693
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas 5,084 ,026 -,029 120 ,977 -,00727 ,25082 -,50388 ,48933
Variâncias iguais não
assumidas -,035 40,028 ,972 -,00727 ,20692 -,42547 ,41092
Avaliação dos resultados do
turismo
Variâncias iguais assumidas 4,260 ,041 ,671 120 ,503 ,16455 ,24515 -,32083 ,64992
Variâncias iguais não
assumidas ,828 41,216 ,413 ,16455 ,19881 -,23689 ,56598
Utilização dos resultados Variâncias iguais assumidas 1,799 ,182 ,733 120 ,465 ,18758 ,25601 -,31931 ,69446
Variâncias iguais não
assumidas ,854 37,612 ,398 ,18758 ,21961 -,25715 ,63230
198
APÊNDICE H - TESTE T – TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES – SANTA CATARINA X DESTINOS EM CONSOLIDAÇÃO 1
Teste de Levene para
igualdade de variâncias Teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremida
des)
Diferença
média
Erro padrão
de
diferença
95% Intervalo de Confiança da
Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas ,850 ,359 -,437 116 ,663 -,11037 ,25264 -,61075 ,39001
Variâncias iguais não
assumidas
-,391 21,675 ,700 -,11037 ,28244 -,69662 ,47588
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas 2,415 ,123 -1,128 116 ,262 -,27444 ,24334 -,75640 ,20752
Variâncias iguais não
assumidas
-1,335 28,006 ,193 -,27444 ,20556 -,69550 ,14661
Compartilhamento de
informações
Variâncias iguais assumidas ,397 ,530 -,676 116 ,501 -,15917 ,23555 -,62571 ,30738
Variâncias iguais não
assumidas
-,630 22,305 ,535 -,15917 ,25250 -,68240 ,36407
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas ,079 ,779 -1,316 116 ,191 -,34704 ,26380 -,86953 ,17546
Variâncias iguais não
assumidas
-1,267 22,843 ,218 -,34704 ,27385 -,91376 ,21969
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas 1,869 ,174 -1,083 116 ,281 -,23833 ,22010 -,67427 ,19761
Variâncias iguais não
assumidas
-1,250 27,157 ,222 -,23833 ,19071 -,62953 ,15286
Responsabilidade dos atores Variâncias iguais assumidas ,484 ,488 -2,080 116 ,040 -,48194 ,23173 -,94092 -,02297
Variâncias iguais não
assumidas
-1,869 21,737 ,075 -,48194 ,25793 -1,01723 ,05334
Variâncias iguais assumidas 1,988 ,161 -2,647 116 ,009 -,60806 ,22969 -1,06299 -,15312
199
Responsabilidade
socioambiental
Variâncias iguais não
assumidas
-3,035 26,950 ,005 -,60806 ,20033 -1,01913 -,19698
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas 2,397 ,124 -1,641 116 ,104 -,36963 ,22531 -,81588 ,07662
Variâncias iguais não
assumidas
-1,950 28,158 ,061 -,36963 ,18951 -,75773 ,01847
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,538 ,465 -1,670 116 ,098 -,37889 ,22683 -,82816 ,07038
Variâncias iguais não
assumidas
-1,870 26,239 ,073 -,37889 ,20259 -,79513 ,03735
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas ,044 ,834 -,870 116 ,386 -,17972 ,20655 -,58882 ,22938
Variâncias iguais não
assumidas
-,877 23,691 ,389 -,17972 ,20499 -,60310 ,24366
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas 1,133 ,289 -1,676 116 ,096 -,33472 ,19970 -,73024 ,06080
Variâncias iguais não
assumidas
-1,954 27,479 ,061 -,33472 ,17132 -,68596 ,01652
Objetivos das lideranças Variâncias iguais assumidas 2,097 ,150 -1,955 116 ,053 -,44139 ,22580 -,88862 ,00584
Variâncias iguais não
assumidas
-2,235 26,867 ,034 -,44139 ,19746 -,84664 -,03614
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas 5,946 ,016 -2,880 116 ,005 -,78000 ,27087 -1,31649 -,24351
Variâncias iguais não
assumidas
-4,015 36,034 ,000 -,78000 ,19428 -1,17401 -,38599
Avaliação dos resultados do
turismo
Variâncias iguais assumidas ,689 ,408 -2,067 116 ,041 -,56778 ,27471 -1,11187 -,02368
Variâncias iguais não
assumidas
-2,226 25,198 ,035 -,56778 ,25503 -1,09281 -,04275
Resultados Variâncias iguais assumidas ,105 ,747 -2,256 116 ,026 -,64407 ,28551 -1,20957 -,07858
Variâncias iguais não
assumidas
-2,364 24,534 ,026 -,64407 ,27250 -1,20583 -,08232
200
APÊNDICE I - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES SANTA CATARINA X DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 2
Teste de Levene para
igualdade de variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremidade
s)
Difere
nça
média
Erro
padrão de
diferença
95% Intervalo de
Confiança da
Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas ,947 ,332 -,408 128 ,684
-
,08444 ,20686 -,49376 ,32487
Variâncias iguais não assumidas -,379 43,142 ,706
-
,08444 ,22252 -,53316 ,36428
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas 1,124 ,291 ,843 128 ,401 ,18111 ,21474 -,24380 ,60602
Variâncias iguais não assumidas ,757 41,339 ,453 ,18111 ,23918 -,30180 ,66402
Compartilhamento de
informações
Variâncias iguais assumidas 1,048 ,308 -,566 128 ,573
-
,10917 ,19300 -,49104 ,27271
Variâncias iguais não assumidas -,537 44,327 ,594
-
,10917 ,20335 -,51891 ,30057
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas 1,477 ,227 -,301 128 ,764
-
,06556 ,21808 -,49707 ,36596
Variâncias iguais não assumidas -,285 44,169 ,777
-
,06556 ,23040 -,52984 ,39873
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas 1,690 ,196 ,794 128 ,429 ,15333 ,19314 -,22882 ,53549
Variâncias iguais não assumidas ,715 41,512 ,478 ,15333 ,21435 -,27940 ,58607
Responsabilidade dos atores Variâncias iguais assumidas ,049 ,825 ,383 128 ,702 ,07083 ,18495 -,29512 ,43678
Variâncias iguais não assumidas ,377 46,591 ,708 ,07083 ,18804 -,30754 ,44921
Responsabilidade
socioambiental
Variâncias iguais assumidas ,765 ,383 1,174 128 ,242 ,23083 ,19656 -,15810 ,61977
Variâncias iguais não assumidas 1,107 43,936 ,274 ,23083 ,20849 -,18938 ,65104
201
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,498 ,482 ,486 128 ,628 ,09333 ,19221 -,28699 ,47365
Variâncias iguais não assumidas ,466 44,975 ,644 ,09333 ,20036 -,31023 ,49689
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas 3,003 ,086 -,400 128 ,690
-
,07889 ,19729 -,46926 ,31149
Variâncias iguais não assumidas -,363 41,880 ,718
-
,07889 ,21736 -,51757 ,35979
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas ,913 ,341 ,732 128 ,466 ,12583 ,17191 -,21433 ,46599
Variâncias iguais não assumidas ,697 44,535 ,489 ,12583 ,18051 -,23783 ,48949
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas ,600 ,440 -,266 128 ,791
-
,04583 ,17224 -,38664 ,29498
Variâncias iguais não assumidas -,248 43,325 ,805
-
,04583 ,18467 -,41818 ,32651
Objetivos das lideranças Variâncias iguais assumidas 1,374 ,243 ,158 128 ,875 ,03083 ,19574 -,35647 ,41814
Variâncias iguais não assumidas ,145 42,510 ,886 ,03083 ,21304 -,39894 ,46061
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas 1,057 ,306 ,602 128 ,549 ,14222 ,23641 -,32556 ,61000
Variâncias iguais não assumidas ,572 44,446 ,570 ,14222 ,24860 -,35865 ,64309
Avaliação dos resultados do
turismo
Variâncias iguais assumidas 2,169 ,143 -,052 128 ,959
-
,01222 ,23638 -,47995 ,45550
Variâncias iguais não assumidas -,047 42,276 ,963
-
,01222 ,25842 -,53364 ,50920
Utilização dos resultados Variâncias iguais assumidas ,000 ,988 ,081 128 ,936 ,01889 ,23455 -,44520 ,48298
Variâncias iguais não assumidas ,080 47,559 ,936 ,01889 ,23517 -,45407 ,49185
202
APÊNDICE J – TESTES DE AMOSTRAS INDEPENDENTES SANTA CATARINA X NÃO CONSOLIDADO
Teste de Levene para
igualdade de variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremid
ades)
Diferenç
a média
Erro
padrão de
diferença
95% Intervalo de
Confiança da Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas 1,123 ,291 ,149 128 ,882 ,02889 ,19386 -,35470 ,41248
Variâncias iguais não assumidas ,162 54,836 ,872 ,02889 ,17841 -,32867 ,38645
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas ,584 ,446 -,516 128 ,607 -,10333 ,20041 -,49989 ,29322
Variâncias iguais não assumidas -,537 50,954 ,593 -,10333 ,19237 -,48954 ,28287
Compartilhamento de
informações
Variâncias iguais assumidas ,497 ,482 -1,676 128 ,096 -,30750 ,18352 -,67062 ,05562
Variâncias iguais não assumidas -1,798 53,631 ,078 -,30750 ,17098 -,65035 ,03535
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas ,540 ,464 -1,565 128 ,120 -,32333 ,20664 -,73221 ,08555
Variâncias iguais não assumidas -1,690 54,261 ,097 -,32333 ,19128 -,70678 ,06011
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas ,355 ,552 -,019 128 ,985 -,00333 ,17960 -,35871 ,35204
Variâncias iguais não assumidas -,020 52,294 ,984 -,00333 ,16977 -,34395 ,33729
Responsabilidade dos atores Variâncias iguais assumidas ,546 ,461 -,623 128 ,534 -,11250 ,18048 -,46961 ,24461
Variâncias iguais não assumidas -,652 51,233 ,518 -,11250 ,17267 -,45911 ,23411
Responsabilidade
socioambiental
Variâncias iguais assumidas 1,021 ,314 -,834 128 ,406 -,15583 ,18689 -,52563 ,21396
Variâncias iguais não assumidas -,887 52,779 ,379 -,15583 ,17572 -,50831 ,19664
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,059 ,809 -1,029 128 ,305 -,19333 ,18789 -,56510 ,17843
Variâncias iguais não assumidas -1,040 48,527 ,304 -,19333 ,18592 -,56704 ,18037
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,319 ,573 -1,325 128 ,188 -,24333 ,18371 -,60683 ,12017
Variâncias iguais não assumidas -1,413 53,026 ,164 -,24333 ,17226 -,58885 ,10218
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas ,144 ,705 ,144 128 ,886 ,02417 ,16813 -,30851 ,35684
Variâncias iguais não assumidas ,144 47,820 ,886 ,02417 ,16797 -,31359 ,36193
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas ,456 ,501 ,333 128 ,739 ,05417 ,16254 -,26745 ,37578
203
Variâncias iguais não assumidas ,357 53,337 ,723 ,05417 ,15191 -,25048 ,35881
Objetivos das lideranças Variâncias iguais assumidas 2,345 ,128 -1,352 128 ,179 -,24750 ,18301 -,60961 ,11461
Variâncias iguais não assumidas -1,453 53,725 ,152 -,24750 ,17034 -,58905 ,09405
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas ,192 ,662 -1,404 128 ,163 -,33111 ,23588 -,79783 ,13561
Variâncias iguais não assumidas -1,341 44,730 ,187 -,33111 ,24687 -,82841 ,16619
Avaliação dos resultados do
turismo
Variâncias iguais assumidas ,022 ,881 -1,032 128 ,304 -,23222 ,22507 -,67756 ,21312
Variâncias iguais não assumidas -1,048 48,946 ,300 -,23222 ,22149 -,67733 ,21288
Utilização dos resultados Variâncias iguais assumidas ,097 ,756 -,963 128 ,337 -,23000 ,23890 -,70271 ,24271
Variâncias iguais não assumidas -,921 44,832 ,362 -,23000 ,24962 -,73281 ,27281
204
APÊNDICE K - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES – DESTINO CONSOLIDADO X DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 1.
Teste de Levene para
igualdade de variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremid
ades)
Diferença
média
Erro
padrão de
diferença
95% Intervalo de
Confiança da Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas 2,822 ,101 -1,167 38 ,251 -,35522 ,30440 -,97145 ,26101
Variâncias iguais não assumidas -1,127 29,681 ,269 -,35522 ,31508 -,99898 ,28854
Benefíciosdasparcerias Variâncias iguais assumidas 1,251 ,270 -,421 38 ,676 -,11111 ,26401 -,64558 ,42336
Variâncias iguais não assumidas -,427 37,816 ,672 -,11111 ,26037 -,63829 ,41607
Compartilhamentodeinformações Variâncias iguais assumidas 2,355 ,133 -,067 38 ,947 -,01894 ,28219 -,59020 ,55233
Variâncias iguais não assumidas -,066 31,913 ,948 -,01894 ,28914 -,60796 ,57008
Acessoàsinformações Variâncias iguais assumidas 1,099 ,301 -,879 38 ,385 -,27946 ,31789 -,92299 ,36407
Variâncias iguais não assumidas -,866 33,903 ,392 -,27946 ,32262 -,93517 ,37625
Participaçãodosatores Variâncias iguais assumidas ,203 ,655 -,875 38 ,387 -,21970 ,25108 -,72798 ,28859
Variâncias iguais não assumidas -,890 37,929 ,379 -,21970 ,24696 -,71967 ,28028
Responsabilidadedosatores Variâncias iguais assumidas 1,427 ,240 -2,267 38 ,029 -,62626 ,27629 -1,18558 -,06695
Variâncias iguais não assumidas -2,187 29,392 ,037 -,62626 ,28635 -1,21157 -,04096
Responsabilidadesocioambiental Variâncias iguais assumidas ,371 ,546 -2,258 38 ,030 -,57828 ,25615 -1,09683 -,05974
Variâncias iguais não assumidas -2,284 37,668 ,028 -,57828 ,25323 -1,09106 -,06550
Regulaçãonatomadadedecisões Variâncias iguais assumidas ,950 ,336 -1,057 38 ,297 -,28114 ,26609 -,81982 ,25753
Variâncias iguais não assumidas -1,086 37,823 ,284 -,28114 ,25886 -,80526 ,24297
Monitoramentonatomadadedecis
ões
Variâncias iguais assumidas ,001 ,975 -1,855 38 ,071 -,46465 ,25044 -,97164 ,04235
Variâncias iguais não assumidas -1,864 37,013 ,070 -,46465 ,24934 -,96985 ,04055
Estruturadegestão Variâncias iguais assumidas ,207 ,651 -,734 38 ,467 -,17677 ,24081 -,66426 ,31073
Variâncias iguais não assumidas -,726 34,747 ,472 -,17677 ,24332 -,67086 ,31733
205
Liderançanagestão Variâncias iguais assumidas ,550 ,463 -3,306 38 ,002 -,74495 ,22532 -1,20109 -,28881
Variâncias iguais não assumidas -3,362 37,940 ,002 -,74495 ,22155 -1,19348 -,29642
Objetivosdaslideranças Variâncias iguais assumidas ,814 ,373 -1,645 38 ,108 -,42298 ,25715 -,94356 ,09760
Variâncias iguais não assumidas -1,669 37,839 ,103 -,42298 ,25349 -,93621 ,09025
Monitoramentodosresultados Variâncias iguais assumidas ,091 ,765 -3,205 38 ,003 -,77273 ,24107 -1,26076 -,28470
Variâncias iguais não assumidas -3,268 37,992 ,002 -,77273 ,23645 -1,25139 -,29407
Avaliaçãodosresultados Variâncias iguais assumidas 1,009 ,322 -2,635 38 ,012 -,73232 ,27796 -1,29502 -,16962
Variâncias iguais não assumidas -2,575 32,230 ,015 -,73232 ,28438 -1,31143 -,15321
Utilizaçãodosresultados Variâncias iguais assumidas ,782 ,382 -2,716 38 ,010 -,83165 ,30621 -1,45155 -,21175
Variâncias iguais não assumidas -2,668 33,310 ,012 -,83165 ,31169 -1,46556 -,19774
206
APÊNDICE L – TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES CONSOLIDADO X DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 2
Teste de Levene
para igualdade de
variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremid
ades)
Diferença
média
Erro
padrão de
diferença
95% Intervalo de Confiança
da Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas 3,023 ,088 1,193 50 ,238 ,32929 ,27595 -,22497 ,88355
Variâncias iguais não assumidas 1,253 49,997 ,216 ,32929 ,26271 -,19838 ,85697
Benefíciosdasparcerias Variâncias iguais assumidas 1,176 ,283 -1,143 50 ,259 -,34444 ,30143 -,94989 ,26100
Variâncias iguais não assumidas -1,197 49,996 ,237 -,34444 ,28766 -,92222 ,23333
Compartilhamentodeinformações Variâncias iguais assumidas 3,913 ,053 -,121 50 ,904 -,03106 ,25664 -,54654 ,48442
Variâncias iguais não assumidas -,126 49,701 ,901 -,03106 ,24738 -,52802 ,46589
Acessoàsinformações Variâncias iguais assumidas 3,598 ,064 -,007 50 ,995 -,00202 ,29535 -,59525 ,59121
Variâncias iguais não assumidas -,007 49,246 ,994 -,00202 ,28665 -,57799 ,57395
Participaçãodosatores Variâncias iguais assumidas 2,192 ,145 -,624 50 ,535 -,17197 ,27553 -,72538 ,38144
Variâncias iguais não assumidas -,647 49,689 ,520 -,17197 ,26564 -,70561 ,36167
Responsabilidadedosatores Variâncias iguais assumidas ,749 ,391 ,314 50 ,755 ,07348 ,23395 -,39641 ,54338
Variâncias iguais não assumidas ,326 49,714 ,746 ,07348 ,22545 -,37940 ,52637
Responsabilidadesocioambiental Variâncias iguais assumidas 1,574 ,216 -,974 50 ,335 -,26061 ,26763 -,79816 ,27695
Variâncias iguais não assumidas -1,003 49,250 ,321 -,26061 ,25973 -,78250 ,26128
Regulaçãonatomadadedecisões Variâncias iguais assumidas ,542 ,465 -,676 50 ,502 -,18182 ,26905 -,72223 ,35859
Variâncias iguais não assumidas -,681 46,671 ,499 -,18182 ,26691 -,71887 ,35523
Monitoramentonatomadadedecis
ões
Variâncias iguais assumidas 4,112 ,048 ,602 50 ,550 ,16465 ,27366 -,38501 ,71431
Variâncias iguais não assumidas ,630 49,985 ,532 ,16465 ,26148 -,36056 ,68985
Estruturadegestão Variâncias iguais assumidas 2,146 ,149 -,560 50 ,578 -,12879 ,23017 -,59110 ,33353
Variâncias iguais não assumidas -,577 49,354 ,566 -,12879 ,22308 -,57700 ,31943
207
Liderançanagestão Variâncias iguais assumidas ,607 ,440 1,910 50 ,062 ,45606 ,23873 -,02344 ,93556
Variâncias iguais não assumidas 1,966 49,128 ,055 ,45606 ,23203 -,01019 ,92231
Objetivosdaslideranças Variâncias iguais assumidas 1,381 ,246 -,179 50 ,858 -,04924 ,27453 -,60065 ,50217
Variâncias iguais não assumidas -,185 49,427 ,854 -,04924 ,26580 -,58328 ,48479
Monitoramentodosresultados Variâncias iguais assumidas 7,979 ,007 -,498 50 ,620 -,14949 ,30003 -,75212 ,45313
Variâncias iguais não assumidas -,529 49,694 ,599 -,14949 ,28277 -,71755 ,41856
Avaliaçãodosresultados Variâncias iguais assumidas 8,499 ,005 ,572 50 ,570 ,17677 ,30898 -,44383 ,79736
Variâncias iguais não assumidas ,615 48,561 ,541 ,17677 ,28743 -,40098 ,75452
Utilizaçãodosresultados Variâncias iguais assumidas 1,515 ,224 ,581 50 ,564 ,16869 ,29042 -,41464 ,75201
Variâncias iguais não assumidas ,603 49,753 ,549 ,16869 ,27964 -,39306 ,73044
208
APÊNDICE M – TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES –CONSOLIDADO X DESTINO NÃO CONSOLIDADO.
Teste de Levene para
igualdade de variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremid
ades)
Diferença
média
Erro
padrão de
diferença
95% Intervalo de
Confiança da
Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas ,087 ,769 1,202 50 ,235 ,27374 ,22781 -,18384 ,73131
Variâncias iguais não assumidas 1,208 46,292 ,233 ,27374 ,22656 -,18223 ,72970
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas ,045 ,832 -1,061 50 ,294 -,26667 ,25134 -,77149 ,23816
Variâncias iguais não assumidas -1,066 46,208 ,292 -,26667 ,25009 -,77001 ,23668
Compartilhamento de
informações
Variâncias iguais assumidas ,599 ,443 -2,017 50 ,049 -,44773 ,22193 -,89349 -,00196
Variâncias iguais não assumidas -2,021 45,698 ,049 -,44773 ,22154 -,89375 -,00171
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas ,250 ,619 -1,538 50 ,130 -,39091 ,25420 -,90148 ,11966
Variâncias iguais não assumidas -1,525 44,020 ,134 -,39091 ,25627 -,90737 ,12556
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas ,085 ,771 -,096 50 ,924 -,02197 ,22899 -,48191 ,43797
Variâncias iguais não assumidas -,095 43,772 ,925 -,02197 ,23117 -,48793 ,44399
Responsabilidade dos atores Variâncias iguais assumidas ,085 ,771 -,096 50 ,924 -,02197 ,22899 -,48191 ,43797
Variâncias iguais não assumidas -,095 43,772 ,925 -,02197 ,23117 -,48793 ,44399
Responsabilidade
socioambiental
Variâncias iguais assumidas ,014 ,905 -,796 50 ,430 -,18561 ,23316 -,65392 ,28270
Variâncias iguais não assumidas -,792 44,626 ,432 -,18561 ,23424 -,65750 ,28629
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,006 ,939 -1,108 50 ,273 -,28182 ,25444 -,79287 ,22923
Variâncias iguais não assumidas -1,100 44,204 ,277 -,28182 ,25624 -,79817 ,23453
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,100 ,753 -,699 50 ,488 -,15758 ,22540 -,61030 ,29514
Variâncias iguais não assumidas -,699 45,411 ,488 -,15758 ,22539 -,61143 ,29628
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas ,156 ,694 ,098 50 ,922 ,02121 ,21677 -,41419 ,45662
Variâncias iguais não assumidas ,100 47,940 ,921 ,02121 ,21307 -,40720 ,44962
209
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas ,092 ,763 2,269 50 ,028 ,46439 ,20463 ,05338 ,87541
Variâncias iguais não assumidas 2,244 43,493 ,030 ,46439 ,20690 ,04727 ,88152
Objetivos das lideranças Variâncias iguais assumidas ,632 ,430 -1,156 50 ,253 -,26591 ,23005 -,72799 ,19617
Variâncias iguais não assumidas -1,141 43,201 ,260 -,26591 ,23298 -,73570 ,20389
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas 4,569 ,037 -1,135 50 ,262 -,33838 ,29807 -,93707 ,26030
Variâncias iguais não assumidas -1,203 49,756 ,235 -,33838 ,28126 -,90337 ,22661
Avaliação dos resultados do
turismo
Variâncias iguais assumidas 3,547 ,065 -,254 50 ,801 -,06768 ,26677 -,60349 ,46814
Variâncias iguais não assumidas -,266 49,991 ,792 -,06768 ,25474 -,57933 ,44398
Utilização dos resultados Variâncias iguais assumidas 1,774 ,189 -,138 50 ,890 -,04242 ,30650 -,65805 ,57320
Variâncias iguais não assumidas -,145 49,999 ,885 -,04242 ,29190 -,62872 ,54387
210
APÊNDICE N – TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES CONSOLIDAÇÃO 1 X CONSOLIDAÇÃO 2.
Teste de Levene para
igualdade de variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremida
des)
Diferenç
a média
Erro
padrão de
diferença
95% Intervalo de
Confiança da Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas ,010 ,922 -,078 46 ,938 -,02593 ,33083 -,69184 ,63999
Variâncias iguais não assumidas -,078 35,228 ,938 -,02593 ,33292 -,70163 ,64977
Benefíciosdasparcerias Variâncias iguais assumidas 3,231 ,079 -1,445 46 ,155 -,45556 ,31528 -1,09018 ,17907
Variâncias iguais não assumidas -1,607 45,726 ,115 -,45556 ,28340 -1,02609 ,11498
Compartilhamentodeinformações Variâncias iguais assumidas ,028 ,867 -,168 46 ,867 -,05000 ,29763 -,64910 ,54910
Variâncias iguais não assumidas -,168 35,857 ,868 -,05000 ,29784 -,65412 ,55412
Acessoàsinformações Variâncias iguais assumidas ,386 ,538 -,849 46 ,400 -,28148 ,33144 -,94864 ,38568
Variâncias iguais não assumidas -,860 37,328 ,395 -,28148 ,32740 -,94466 ,38170
Participaçãodosatores Variâncias iguais assumidas 3,682 ,061 -1,375 46 ,176 -,39167 ,28475 -,96484 ,18151
Variâncias iguais não assumidas -1,516 45,329 ,137 -,39167 ,25839 -,91200 ,12866
Responsabilidadedosatores Variâncias iguais assumidas ,186 ,669 -1,941 46 ,058 -,55278 ,28477 -1,12600 ,02044
Variâncias iguais não assumidas -1,881 32,508 ,069 -,55278 ,29380 -1,15087 ,04531
Responsabilidadesocioambiental Variâncias iguais assumidas 3,231 ,079 -3,011 46 ,004 -,83889 ,27858 -1,39964 -,27814
Variâncias iguais não assumidas -3,248 43,906 ,002 -,83889 ,25826 -1,35942 -,31836
Regulaçãonatomadadedecisões Variâncias iguais assumidas 3,614 ,064 -1,749 46 ,087 -,46296 ,26468 -,99573 ,06981
Variâncias iguais não assumidas -1,896 44,286 ,065 -,46296 ,24418 -,95499 ,02907
Monitoramentonatomadadedecis
ões
Variâncias iguais assumidas 3,784 ,058 -1,028 46 ,309 -,30000 ,29172 -,88721 ,28721
Variâncias iguais não assumidas -1,119 44,542 ,269 -,30000 ,26819 -,84031 ,24031
Estruturadegestão Variâncias iguais assumidas ,744 ,393 -1,200 46 ,236 -,30556 ,25453 -,81791 ,20680
Variâncias iguais não assumidas -1,232 38,847 ,225 -,30556 ,24809 -,80742 ,19631
Liderançanagestão Variâncias iguais assumidas 2,033 ,161 -1,178 46 ,245 -,28889 ,24516 -,78236 ,20459
211
Variâncias iguais não assumidas -1,284 44,664 ,206 -,28889 ,22498 -,74212 ,16434
Objetivosdaslideranças Variâncias iguais assumidas 3,766 ,058 -1,661 46 ,103 -,47222 ,28427 -1,04443 ,09999
Variâncias iguais não assumidas -1,810 44,665 ,077 -,47222 ,26087 -,99776 ,05331
Monitoramentodosresultados Variâncias iguais assumidas 10,416 ,002 -2,943 46 ,005 -,92222 ,31337 -1,55300 -,29144
Variâncias iguais não assumidas -3,370 45,821 ,002 -,92222 ,27366 -1,47313 -,37132
Avaliaçãodosresultadosdoturism
o
Variâncias iguais assumidas 2,859 ,098 -1,579 46 ,121 -,55556 ,35187 -1,26384 ,15273
Variâncias iguais não assumidas -1,689 43,222 ,098 -,55556 ,32884 -1,21862 ,10751
Utilizaçãodosresultadosdoturism
o
Variâncias iguais assumidas ,091 ,765 -2,016 46 ,050 -,66296 ,32879 -1,32478 -,00115
212
APÊNDICE O - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES –CONSOLIDAÇÃO 1 X NÃO CONSOLIDADO
Teste de Levene para
igualdade de variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremid
ades)
Diferenç
a média
Erro
padrão de
diferença
95% Intervalo de
Confiança da
Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas 2,498 ,121 ,289 46 ,774 ,08148 ,28233 -,48681 ,64978
Variâncias iguais não assumidas ,267 27,956 ,791 ,08148 ,30520 -,54373 ,70669
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas ,701 ,407 1,477 46 ,147 ,37778 ,25582 -,13716 ,89271
Variâncias iguais não assumidas 1,541 40,706 ,131 ,37778 ,24518 -,11748 ,87304
Compartilhamento das
informações
Variâncias iguais assumidas 1,280 ,264 1,787 46 ,081 ,46667 ,26118 -,05905 ,99239
Variâncias iguais não assumidas 1,686 29,805 ,102 ,46667 ,27675 -,09869 1,03202
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas ,690 ,410 2,339 46 ,024 ,67037 ,28657 ,09354 1,24720
Variâncias iguais não assumidas 2,226 30,614 ,034 ,67037 ,30116 ,05584 1,28490
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas ,754 ,390 1,057 46 ,296 ,24167 ,22867 -,21863 ,70196
Variâncias iguais não assumidas 1,085 38,886 ,285 ,24167 ,22280 -,20904 ,69237
Responsabilidade dos atores Variâncias iguais assumidas 1,162 ,287 2,219 46 ,031 ,59444 ,26791 ,05517 1,13372
Variâncias iguais não assumidas 2,092 29,695 ,045 ,59444 ,28421 ,01375 1,17514
Responsabilidade
socioambiental
Variâncias iguais assumidas ,294 ,590 3,216 46 ,002 ,76389 ,23756 ,28571 1,24207
Variâncias iguais não assumidas 3,284 38,327 ,002 ,76389 ,23261 ,29313 1,23465
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas 1,469 ,232 2,286 46 ,027 ,56296 ,24632 ,06715 1,05877
Variâncias iguais não assumidas 2,422 42,292 ,020 ,56296 ,23247 ,09391 1,03202
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,078 ,782 2,640 46 ,011 ,62222 ,23573 ,14773 1,09671
Variâncias iguais não assumidas 2,669 37,186 ,011 ,62222 ,23314 ,14991 1,09453
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas ,007 ,933 ,649 46 ,520 ,15556 ,23968 -,32689 ,63800
Variâncias iguais não assumidas ,651 36,198 ,519 ,15556 ,23912 -,32932 ,64043
213
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas ,268 ,607 1,376 46 ,175 ,28056 ,20387 -,12982 ,69093
Variâncias iguais não assumidas 1,410 38,697 ,167 ,28056 ,19897 -,12200 ,68311
Objetivos das lideranças Variâncias iguais assumidas ,024 ,879 2,984 46 ,005 ,68889 ,23085 ,22422 1,15356
Variâncias iguais não assumidas 3,030 37,673 ,004 ,68889 ,22734 ,22852 1,14925
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas 5,825 ,020 3,572 46 ,001 1,11111 ,31107 ,48497 1,73725
Variâncias iguais não assumidas 4,084 45,864 ,000 1,11111 ,27209 ,56337 1,65885
Avaliação dos resultados do
turismo
Variâncias iguais assumidas ,438 ,512 2,609 46 ,012 ,80000 ,30662 ,18281 1,41719
Variâncias iguais não assumidas 2,661 38,157 ,011 ,80000 ,30068 ,19139 1,40861
Utilização dos resultados Variâncias iguais assumidas ,226 ,637 2,525 46 ,015 ,87407 ,34623 ,17715 1,57099
Variâncias iguais não assumidas 2,621 40,157 ,012 ,87407 ,33351 ,20011 1,54804
214
APÊNDICE P - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES CONSOLIDAÇÃO 2 X NÃO CONSOLIDADO.
Teste de Levene para
igualdade de variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremid
ades)
Diferença
média
Erro
padrão de
diferença
95% Intervalo de
Confiança da Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas 2,714 ,105 ,222 58 ,825 ,05556 ,25078 -,44644 ,55755
Variâncias iguais não assumidas ,222 53,748 ,826 ,05556 ,25078 -,44728 ,55839
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas 1,742 ,192 -,284 58 ,778 -,07778 ,27398 -,62621 ,47066
Variâncias iguais não assumidas -,284 54,084 ,778 -,07778 ,27398 -,62706 ,47150
Compartilhamento de
informações
Variâncias iguais assumidas 2,340 ,132 1,790 58 ,079 ,41667 ,23278 -,04929 ,88262
Variâncias iguais não assumidas 1,790 55,238 ,079 ,41667 ,23278 -,04979 ,88312
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas 3,167 ,080 1,483 58 ,144 ,38889 ,26226 -,13609 ,91387
Variâncias iguais não assumidas 1,483 54,845 ,144 ,38889 ,26226 -,13673 ,91451
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas 2,251 ,139 -,616 58 ,540 -,15000 ,24335 -,63712 ,33712
Variâncias iguais não assumidas -,616 53,523 ,540 -,15000 ,24335 -,63799 ,33799
Responsabilidade dos atores Variâncias iguais assumidas ,611 ,438 ,187 58 ,852 ,04167 ,22273 -,40418 ,48751
Variâncias iguais não assumidas ,187 57,285 ,852 ,04167 ,22273 -,40430 ,48763
Responsabilidade
socioambiental
Variâncias iguais assumidas 2,297 ,135 -,313 58 ,755 -,07500 ,23968 -,55477 ,40477
Variâncias iguais não assumidas -,313 55,340 ,756 -,07500 ,23968 -,55526 ,40526
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,589 ,446 ,414 58 ,680 ,10000 ,24140 -,38322 ,58322
Variâncias iguais não assumidas ,414 57,473 ,680 ,10000 ,24140 -,38332 ,58332
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas 3,945 ,052 1,309 58 ,196 ,32222 ,24608 -,17037 ,81481
Variâncias iguais não assumidas 1,309 53,497 ,196 ,32222 ,24608 -,17125 ,81570
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas 1,108 ,297 -,687 58 ,495 -,15000 ,21849 -,58736 ,28736
Variâncias iguais não assumidas -,687 57,519 ,495 -,15000 ,21849 -,58744 ,28744
215
Objetivos das lideranças Variâncias iguais assumidas 4,143 ,046 ,899 58 ,372 ,21667 ,24100 -,26574 ,69907
Variâncias iguais não assumidas ,899 53,732 ,373 ,21667 ,24100 -,26656 ,69989
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas 1,378 ,245 -,040 58 ,969 -,00833 ,21057 -,42984 ,41318
Variâncias iguais não assumidas -,040 54,622 ,969 -,00833 ,21057 -,43040 ,41373
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas ,195 ,661 ,603 58 ,549 ,18889 ,31319 -,43803 ,81581
Variâncias iguais não assumidas ,603 57,996 ,549 ,18889 ,31319 -,43803 ,81581
Avaliação dos resultados do
turismo
Variâncias iguais assumidas 1,743 ,192 ,805 58 ,424 ,24444 ,30356 -,36320 ,85209
Variâncias iguais não assumidas ,805 55,930 ,424 ,24444 ,30356 -,36368 ,85257
Utilização dos resultados Variâncias iguais assumidas ,054 ,817 ,695 58 ,490 ,21111 ,30378 -,39697 ,81919
Variâncias iguais não assumidas ,695 57,668 ,490 ,21111 ,30378 -,39704 ,81927
216
APÊNDICE Q - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES SANTA CATARINA MODELO.
Teste de Levene
para igualdade de
variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremida
des)
Diferença
média
Erro padrão
de diferença
95% Intervalo de
Confiança da
Diferença
Inferior
Superi
or
Parcerias Variâncias iguais assumidas 1,145 ,287 2,434 98 ,017 ,45786 ,18811 ,08456 ,83117
Variâncias iguais não assumidas 2,416 92,174 ,018 ,45786 ,18949 ,08153 ,83420
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas ,085 ,772 1,693 98 ,094 ,32931 ,19449 -,05665 ,71527
Variâncias iguais não assumidas 1,686 93,728 ,095 ,32931 ,19531 -,05849 ,71711
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas 1,827 ,180 3,201 98 ,002 ,62775 ,19609 ,23862
1,0168
8
Variâncias iguais não assumidas 3,172 91,046 ,002 ,62775 ,19793 ,23459
1,0209
1
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas ,394 ,532 2,296 98 ,024 ,39775 ,17322 ,05399 ,74150
Variâncias iguais não assumidas 2,267 89,113 ,026 ,39775 ,17542 ,04920 ,74629
Responsabilidade
socioambiental
Variâncias iguais assumidas ,015 ,903 1,802 98 ,075 ,32870 ,18239 -,03324 ,69065
Variâncias iguais não assumidas 1,809 96,694 ,074 ,32870 ,18171 -,03196 ,68937
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,000 ,995 ,745 98 ,458 ,13580 ,18229 -,22595 ,49755
Variâncias iguais não assumidas ,746 96,026 ,457 ,13580 ,18201 -,22549 ,49710
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas 8,364 ,005 2,155 98 ,034 ,38406 ,17823 ,03037 ,73774
Variâncias iguais não assumidas 2,102 80,825 ,039 ,38406 ,18271 ,02051 ,74760
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas ,308 ,580 1,833 98 ,070 ,29368 ,16022 -,02427 ,61163
217
Variâncias iguais não assumidas 1,838 96,368 ,069 ,29368 ,15980 -,02352 ,61087
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas ,080 ,778 2,215 98 ,029 ,34924 ,15767 ,03634 ,66213
Variâncias iguais não assumidas 2,196 91,553 ,031 ,34924 ,15901 ,03341 ,66506
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas ,167 ,684 2,914 98 ,004 ,62587 ,21480 ,19961
1,0521
4
Variâncias iguais não assumidas 2,920 96,268 ,004 ,62587 ,21431 ,20048
1,0512
7
Avaliação dos resultados do
turismo
Variâncias iguais assumidas ,022 ,883 2,935 98 ,004 ,61755 ,21042 ,19998
1,0351
2
Variâncias iguais não assumidas 2,946 96,702 ,004 ,61755 ,20963 ,20147
1,0336
4
Utilização dos resultados Variâncias iguais assumidas ,037 ,847 2,608 98 ,011 ,57246 ,21947 ,13692
1,0080
0
Variâncias iguais não assumidas
2,604 94,840 ,011 ,57246 ,21984 ,13602 1,0089
1
218
APÊNDICE R - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES DESTINO CONSOLIDADO MODELO.
Teste de amostras independentes
Teste de Levene para
igualdade de variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremid
ades)
Diferença
média
Erro
padrão de
diferença
95% Intervalo de
Confiança da
Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas 4,328 ,051 ,432 20 ,670 ,15000 ,34719 -,57423 ,87423
Variâncias iguais não assumidas ,454 17,747 ,655 ,15000 ,33028 -,54461 ,84461
Benefícios das Parcerias Variâncias iguais assumidas ,249 ,623 -1,322 20 ,201 -,48889 ,36980 -1,26028 ,28250
Variâncias iguais não assumidas -1,294 17,122 ,213 -,48889 ,37778 -1,28550 ,30772
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas 2,123 ,161 3,012 20 ,007 1,02222 ,33935 ,31434 1,73010
Variâncias iguais não assumidas 3,068 20,000 ,006 1,02222 ,33323 ,32711 1,71733
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas ,050 ,825 ,824 20 ,420 ,30000 ,36426 -,45984 1,05984
Variâncias iguais não assumidas ,830 19,735 ,417 ,30000 ,36164 -,45502 1,05502
Responsabilidade
Socioambiental
Variâncias iguais assumidas ,001 ,976 ,384 20 ,705 ,14167 ,36931 -,62871 ,91204
Variâncias iguais não assumidas ,386 19,646 ,704 ,14167 ,36729 -,62538 ,90872
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,069 ,796 ,369 20 ,716 ,15000 ,40664 -,69824 ,99824
Variâncias iguais não assumidas ,367 18,791 ,718 ,15000 ,40907 -,70684 1,00684
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas 19,105 ,000 -,047 20 ,963 -,01667 ,35229 -,75153 ,71819
Variâncias iguais não assumidas -,051 12,533 ,960 -,01667 ,32368 -,71859 ,68526
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas ,232 ,635 1,498 20 ,150 ,45000 ,30049 -,17680 1,07680
Variâncias iguais não assumidas 1,515 19,902 ,146 ,45000 ,29704 -,16981 1,06981
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas 2,858 ,106 ,710 20 ,486 ,23333 ,32868 -,45229 ,91896
Variâncias iguais não assumidas ,734 19,417 ,472 ,23333 ,31776 -,43078 ,89745
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas ,754 ,395 ,139 20 ,891 ,05000 ,35916 -,69919 ,79919
219
Variâncias iguais não assumidas ,145 18,658 ,886 ,05000 ,34431 -,67154 ,77154
Avaliação dos resultados Variâncias iguais assumidas 2,536 ,127 ,424 20 ,676 ,14444 ,34085 -,56656 ,85545
Variâncias iguais não assumidas ,436 19,692 ,667 ,14444 ,33095 -,54660 ,83549
Utilizaçãodosresultados Variâncias iguais assumidas ,133 ,719 1,735 20 ,098 ,62778 ,36180 -,12692 1,38247
Variâncias iguais não assumidas 1,768 19,999 ,092 ,62778 ,35509 -,11294 1,36849
220
APÊNDICE S - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 1 MODELO.
Teste de Levene para
igualdade de variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremid
ades)
Difere
nça
média
Erro
padrão de
diferença
95% Intervalo de Confiança
da Diferença
Inferior Superior
Timestamp Variâncias iguais assumidas 1,366 ,260 -,697 16 ,496 00:15:27,400
Variâncias iguais não assumidas -,746 15,477 ,467 00:13:59,860
Parcerias Variâncias iguais assumidas 1,314 ,268 -,039 16 ,970
-
,02165 ,56157
-
1,21211 1,16882
Variâncias iguais não assumidas -,043 15,990 ,967
-
,02165 ,50784
-
1,09827 1,05498
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas ,460 ,507 ,549 16 ,591 ,20779 ,37869 -,59499 1,01058
Variâncias iguais não assumidas ,606 15,981 ,553 ,20779 ,34312 -,51966 ,93525
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas ,850 ,370 ,471 16 ,644 ,25108 ,53354 -,87996 1,38213
Variâncias iguais não assumidas ,500 15,279 ,624 ,25108 ,50188 -,81695 1,31911
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas ,196 ,664 ,273 16 ,788 ,09740 ,35672 -,65881 ,85361
Variâncias iguais não assumidas ,296 15,753 ,771 ,09740 ,32917 -,60129 ,79609
Responsabilidade
Socioambiental
Variâncias iguais assumidas 2,946 ,105 ,540 16 ,597 ,20130 ,37297 -,58936 ,99196
Variâncias iguais não assumidas ,480 8,621 ,643 ,20130 ,41974 -,75463 1,15722
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas
,061 ,809
-
1,89
2
16 ,077 -
,60173 ,31812
-
1,27611 ,07264
Variâncias iguais não assumidas
-
1,89
1
12,908 ,081 -
,60173 ,31825
-
1,28977 ,08630
Variâncias iguais assumidas 4,344 ,054 ,795 16 ,439 ,29870 ,37595 -,49828 1,09568
221
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais não assumidas ,700 8,402 ,503 ,29870 ,42645 -,67658 1,27398
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas
1,775 ,201
-
1,26
5
16 ,224 -
,48052 ,37981
-
1,28568 ,32464
Variâncias iguais não assumidas
-
1,49
0
14,527 ,158 -
,48052 ,32241
-
1,16968 ,20864
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas 1,000 ,332 -,501 16 ,623
-
,15909 ,31772 -,83262 ,51444
Variâncias iguais não assumidas -,552 15,975 ,589
-
,15909 ,28818 -,77008 ,45190
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas ,280 ,604 -,232 16 ,820
-
,07792 ,33654 -,79135 ,63550
Variâncias iguais não assumidas -,224 11,560 ,827
-
,07792 ,34776 -,83883 ,68298
Avaliação dos resultados do
turismo
Variâncias iguais assumidas ,854 ,369 ,844 16 ,411 ,40260 ,47717 -,60896 1,41416
Variâncias iguais não assumidas ,893 15,136 ,386 ,40260 ,45095 -,55782 1,36302
Utilização dos resultados Variâncias iguais assumidas ,003 ,954 ,747 16 ,466 ,38528 ,51581 -,70820 1,47876
Variâncias iguais não assumidas ,733 12,132 ,477 ,38528 ,52563 -,75860 1,52916
222
APÊNDICE T - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES DESTINO EM CONSOLIDAÇÃO 2 MODELO.
Teste de Levene para
igualdade de variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremid
ades)
Diferença
média
Erro
padrão de
diferença
95% Intervalo de
Confiança da
Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas 3,662 ,066 3,759 28 ,001 1,27778 ,33994 ,58145 1,97411
Variâncias iguais não assumidas 3,474
17,56
7 ,003 1,27778 ,36786 ,50356 2,05200
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas 10,185 ,003 2,824 28 ,009 1,12963 ,39998 ,31030 1,94896
Variâncias iguais não assumidas 2,513
15,18
9 ,024 1,12963 ,44954 ,17249 2,08677
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas ,585 ,451 3,841 28 ,001 1,33333 ,34716 ,62222 2,04445
Variâncias iguais não assumidas 3,761
22,01
5 ,001 1,33333 ,35450 ,59818 2,06849
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas 12,699 ,001 3,453 28 ,002 1,17361 ,33992 ,47733 1,86990
Variâncias iguais não assumidas 3,034
14,51
0 ,009 1,17361 ,38678 ,34677 2,00045
Responsabilidade
socioambiental
Variâncias iguais assumidas ,075 ,787 1,962 28 ,060 ,71528 ,36449 -,03134 1,46190
Variâncias iguais não assumidas 1,998
25,14
1 ,057 ,71528 ,35799 -,02181 1,45237
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,770 ,388 1,149 28 ,260 ,41667 ,36275 -,32639 1,15972
Variâncias iguais não assumidas 1,192
26,44
4 ,244 ,41667 ,34962 -,30139 1,13473
Variâncias iguais assumidas ,810 ,376 2,463 28 ,020 ,91667 ,37225 ,15415 1,67918
223
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais não assumidas 2,366
20,46
5 ,028 ,91667 ,38746 ,10962 1,72372
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas ,017 ,897 1,507 28 ,143 ,48611 ,32248 -,17446 1,14668
Variâncias iguais não assumidas 1,492
22,90
6 ,149 ,48611 ,32576 -,18792 1,16014
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas 1,087 ,306 2,883 28 ,007 ,87500 ,30353 ,25326 1,49674
Variâncias iguais não assumidas 2,721
19,09
2 ,014 ,87500 ,32158 ,20214 1,54786
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas ,001 ,974 3,023 28 ,005 1,21296 ,40119 ,39117 2,03475
Variâncias iguais não assumidas 3,005
23,22
6 ,006 1,21296 ,40368 ,37834 2,04759
Avaliação dos resultados Variâncias iguais assumidas 1,580 ,219 2,936 28 ,007 1,25000 ,42577 ,37785 2,12215
Variâncias iguais não assumidas 3,124
27,66
6 ,004 1,25000 ,40010 ,42999 2,07001
Utilização dos resultados Variâncias iguais assumidas 1,913 ,178 1,852 28 ,075 ,75000 ,40487 -,07934 1,57934
Variâncias iguais não assumidas 1,991
27,91
0 ,056 ,75000 ,37675 -,02184 1,52184
224
APÊNDICE U - TESTE DE AMOSTRAS INDEPENDENTES DESTINO NÃO CONSOLIDADO MODELO.
Teste de Levene
para igualdade de
variâncias teste-t para Igualdade de Médias
Z Sig. t df
Sig. (2
extremida
des)
Difere
nça
média
Erro padrão
de diferença
95% Intervalo de Confiança
da Diferença
Inferior Superior
Parcerias Variâncias iguais assumidas ,007 ,934 1,173 28 ,251 ,35119 ,29941
-
,26212 ,96450
Variâncias iguais não assumidas 1,180 27,932 ,248 ,35119 ,29758
-
,25845 ,96083
Benefícios das parcerias Variâncias iguais assumidas ,070 ,794 ,558 28 ,581 ,18750 ,33601
-
,50078 ,87578
Variâncias iguais não assumidas ,559 27,673 ,581 ,18750 ,33532
-
,49974 ,87474
Acesso às informações Variâncias iguais assumidas ,020 ,889 -,599 28 ,554
-
,19643 ,32774
-
,86777 ,47491
Variâncias iguais não assumidas -,596 26,684 ,556
-
,19643 ,32965
-
,87319 ,48033
Participação dos atores Variâncias iguais assumidas ,314 ,580 -,469 28 ,642
-
,13839 ,29478
-
,74223 ,46545
Variâncias iguais não assumidas -,467 26,854 ,644
-
,13839 ,29618
-
,74627 ,46948
Responsabilidade
socioambiental
Variâncias iguais assumidas ,005 ,945 ,514 28 ,611 ,15625 ,30406
-
,46658 ,77908
Variâncias iguais não assumidas ,518 27,970 ,609 ,15625 ,30185
-
,46210 ,77460
225
Regulação na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,864 ,361 2,223 28 ,034 ,67857 ,30528 ,05323 1,30391
Variâncias iguais não assumidas 2,180 23,920 ,039 ,67857 ,31125 ,03607 1,32107
Monitoramento na tomada de
decisões
Variâncias iguais assumidas ,102 ,752 2,236 28 ,033 ,61607 ,27548 ,05177 1,18037
Variâncias iguais não assumidas 2,239 27,614 ,033 ,61607 ,27510 ,05221 1,17993
Estrutura de gestão Variâncias iguais assumidas ,747 ,395 1,797 28 ,083 ,51116 ,28445
-
,07150 1,09383
Variâncias iguais não assumidas 1,756 23,091 ,092 ,51116 ,29102
-
,09072 1,11305
Liderança na gestão Variâncias iguais assumidas ,033 ,858 1,209 28 ,237 ,31027 ,25667
-
,21549 ,83603
Variâncias iguais não assumidas 1,211 27,680 ,236 ,31027 ,25612
-
,21464 ,83518
Monitoramento dos resultados Variâncias iguais assumidas 1,700 ,203 1,403 28 ,172 ,61012 ,43476
-
,28044 1,50068
Variâncias iguais não assumidas 1,383 24,989 ,179 ,61012 ,44117
-
,29852 1,51876
Avaliação dos resultados do
turismo
Variâncias iguais assumidas 1,735 ,198 1,400 28 ,172 ,53274 ,38041
-
,24650 1,31198
Variâncias iguais não assumidas 1,374 23,954 ,182 ,53274 ,38780
-
,26771 1,33319
Utilização dos resultados Variâncias iguais assumidas 4,560 ,042 1,490 28 ,147 ,65179 ,43750
-
,24439 1,54797
Variâncias iguais não assumidas 1,452 22,383 ,160 ,65179 ,44890
-
,27826 1,58183