APRESENTAÇÃO
Instituição: UFVJM – sede em Diamantina
Curso: Bacharelado em HumanidadesDisciplina: História da Cultura e da
ArteDocente: Miliandre Garcia
SOBRE ARTE E ARTISTAS
O QUE É ARTE?
UM CAVALO PINTADO NA PAREDE DE UMA CAVERNA?
Cavalo, 15000-10000 a.C. (FR)
UMA ESCULTURA EXPOSTA NO MUSEU DO LOUVRE?
Vênus de Milo, 200 a.C. (GR)
UM GRAFITE PINTADO NO CAMINHO DE CASA?
Grafite no túnel da Dr. Arnaldo em São Paulo (BR)
UMA FOTO DA SUA MÃE LENDO JORNAL?
Aleksandr Rodtchenko. Retrato da mãe do artista, 1924 (RU)
OS SIGNIFICADOS DA ARTE
“Não prejudica ninguém dar o nome de arte a todas essas
atividades, desde que se conserve em mente que tal
palavra pode significar coisas muito diversas, em tempos e
lugares diferentes” (Gombrich, p. 15)
FRUIÇÃO ESTÉTICA
“Todos nós, quando vemos um quadro, somos fatalmente levados a recordar mil e uma coisas que
influenciam o nosso agrado ou desagrado. Na medida em que essas lembranças nos ajudam a fruir do que vemos, não temos por que nos preocupar. Só
quando alguma recordação irrelevante nos torna preconceituosos, quando instintivamente voltamos
as costas a um quadro magnífico de uma cena alpina porque não gostamos de praticar alpinismo, é que devemos sondar o nosso íntimo para desvendar as razões para a aversão que estragam um prazer,
que, de outro modo, poderíamos ter tido”. (Gombrich, p. 15)
ENTRAVES À FRUIÇÃO ESTÉTICA
O PADRÃO DE BELEZA COMO ENTRAVE
“essa propensão para admirar o tema bonito e atraente é
suscetível de converter-se num obstáculo, se nos levar a
rejeitar obras que representam um tema menos sedutor”
(Gombrich, p. 15)
A BELEZA DA IMAGEM NÃO ESTÁ NA BELEZA DO TEMA
Peter Paul Rubens . Retrato de seu filho Nicholas , c. 1620 (FL)
Albrecht Dürer. Retrato de sua mãe, 1514 (AL)
REPRESENTAÇÃO DE CRIANÇAS
Bartolomé Estebán Murillo. Crianças sem lar, 1670-5 (ES)
Pieter de Hoock. Interior com mulher descascando maçãs, 1663 (HL)
ANJOS TOCANDO ALAÚDEMelozzo da Forlì. Anjo, c. 1480 (IT)
Hans Memling. Anjo, c. 1490
A PAIXÃO DE CRISTOGuido Reni. Cristo coroado com espinhos, c. 1639-40 (IT)
Mestre Toscano. Cabeça de Cristo, 1175-1225 (IT)
O DESCONHECIMENTO DAS TÉCNICAS COMO ENTRAVE
Paolo Ucello. A batalha de San Romano, c. 1450
A EXPECTATIVA DE REALIDADE COMO ENTRAVE“os principiantes geralmente se
defrontam com outra dificuldade. Querem admirar a
perícia do artista em representar as coisas tal como eles as vêem. Gostam mais de pinturas que ‘parecem reais’”
(Gombrich, p. 24)
A REPRODUÇÃO DO REALAlbrecht Dürer. Lebre, 1502 (AL)
Rembrandt van Rijn, Elefante, 1637 (HL)
MICKEY
“Os que penetram no mundo encantado de Disney não estão preocupados com a Arte com A maiúsculo. Não assistem a seus
filmes armados dos mesmos preconceitos com que visitam uma
exposição de pintura moderna” (Gombrich, p. 25)
MICKEY SE PARECE COM UM CAMUNDONGO?
Walt Disney. Mickey (US)
Danilo Beyruth. Mickey feio, 2007 (BR)
A REPRODUÇÃO DO REALPablo Picasso. Galinha com pintos, 1941-2 (ES)
Pablo Picasso. O galo, 1938 (ES)
Ilustração para a História natural, de Buffon
DÚVIDE DAS CERTEZAS: SUAS E DOS DEMAIS
Quando julgamos encontrar “falhas” na exatidão de um quadro, devemos nos perguntar:
1)o artista teria razão para mudar aquilo que viu?
2)as coisas são como realmente as vemos?
O QUE VEMOS É, DE FATO, REALIDADE?
Théodore Géricault. Corrida de cavalos em Epsom, 1821 (FR)
Eadwerard Muybridge. Movimento de um cavalo a galope, 1876
Ilustração para a História natural, de Buffon
CORRIDA DE CAVALOS
Em fins do século XIX, as máquinas fotográficas já conseguiam reproduzir imagens em movimento. Os pintores, então, passaram a pintar o movimento das corridas da forma correta. No entanto, as pessoas em geral começaram a reclamar das imagens “erradas”
ESPÍRITO ABERTOCaravaggio. São Mateus, 1602 (IT)
Caravaggio. São Mateus, 1602 (IT)
Ilustração para a História natural, de Buffon
Encomenda de um quadro de São Mateus para o altar de uma igreja em Roma
“OBRA DE ARTE”
“O que chamamos ‘obra de arte’ não é fruto de uma
atividade misteriosa, mas objeto feito por seres humanos para seres
humanos” (Gombrich, p. 32)
O MOMENTO DE CRIAÇÃO
“A maioria das pinturas e esculturas que hoje se alinham ao longo das
paredes dos nossos museus e galerias não se destinava a ser
exibida como Arte. Foram feitas para uma ocasião definida e um propósito determinado que habitava a mente do artista quando pôs mãos à obra”
(Gombrich, p. 32)
A OBRA E O ESPAÇO
Leonardo Da Vinci, A Última ceia,1495-8 Refeitório do mosteiro de Sta. Maria delle Grazie, Milão (IT)
A COMPLEXIDADE DO TRABALHO DO ARTISTA“sua tarefa é infinitamente mais
complexa do que qualquer uma das que possamos experimentar na vida
cotidiana. Ele tem não só de equilibrar duas ou três cores, formas
ou gostos, mas fazer verdadeiros prodígios de mágica com um sem-
número dessas coisas” (Gombrich, p. 33)
AS MADONAS DE RAFAELRafael. A virgem no prado, 1505-6 (IT)
Rafael. Quatro estudos para “A virgem no prado”, 1505-6 (IT)
Ilustração para a História natural, de Buffon
BIBLIOGRAFIA
COLI, Jorge. O que é arte. São Paulo: Brasiliense, 1984.
GOMBRICH, Ernst. História da arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.