Estacas moldadas in loco perfuradas com circulação de
água, método rotativo ou rotativo-percursivo em diâmetros
variando de 100 a 410 mm e executadas com injeção de
argamassa ou calda de cimento sob baixa pressão.
Utiliza-se um tubo de revestimento em
cuja extremidade é acoplada uma
coroa de perfuração adequada às
características geológicas da obra.
Devido ao seu processo executivo a estaca raiz é uma
estaca de argamassa armada, com fuste contínuo rugoso e
armada ao longo de seu comprimento. Ela atende as
especificações quanto à resistência da argamassa, interação
ferro-argamassa, proteção e recobrimento da armadura,
entre outras.
Podem ser executadas na vertical ou inclinadas, com
limitação de pé direito ou da área de trabalho, devido às
dimensões reduzidas do equipamento de perfuração.
Alinhando-se a isto, podemos salientar também: a alta
produtividade obtida; a possibilidade de atravessar qualquer
tipo de terreno inclusive rocha, matacão, concreto armado e
alvenaria; a ausência de vibração; de descompressão do
terreno e o baixo nível de poluição sonora.
Indicada para reforços de fundação, complementação de
obras(ampliações), locais de difícil acesso e em obras onde é
necessário ultrapassar camadas rochosas, fundações de
obras com vizinhança sensível a vibrações ou poluição
sonora, ou ainda, para obras de contenções de taludes.
As estacas-raiz suportam grandes cargas de compressão e de tração;
Podem atingir grandes profundidades; Pode ser executada tanto em solo quanto em rocha e não
provoca ruídos e vibrações; Podem ser executadas com maiores inclinações (0 à 90º); Reforço de fundações; Chegam a lugares de difícil acesso. Outros sistemas exigem espaços maiores para receber o
maquinário; Não provocam vibração ou choque na execução.
Custo elevado; Alto consumo de cimento; Alto consumo de ferragens; Impacto ambiental; Desperdício de água; Obra alagada devido ao consumo excessivo de água; A água que remove a terra do buraco forma muita lama; Exige equipamento especial; Tem necessidade de controle construtivo apurado.
Os equipamentos necessários para a execução da estaca
raiz são:
PERFURATRIZ
BOMBA
TUBO
METÁLICO
TUBO DE
INJEÇÃO
MISTURADOR
TANQUE DE
ÁGUA
1. Liberação formal da(s) estaca(s) a serem executada(s), no tocante à sua locação e cotas, de acordo com o desenvolvimento dos trabalhos.
2. Posicionar a perfuratriz
3. Verificar a verticalidade
e/ou ângulo de inclinação
de acordo com a
característica da estaca.
4. Centrar o tubo de
revestimento no piquete de
locação da estaca.
PERFURAÇÃO:
É efetuado pelo sistema rotativo
ou roto-percussivo, utilizando um
tubo de revestimento em cuja
extremidade é acoplada uma
coroa de perfuração adequada às
características geológicas da
obra. A perfuração pode-se dar
também internamente a uma
camisa metálica cravada até o
impenetrável.
No caso de ser necessário atravessar camadas de concreto,
matacões ou rocha, utiliza-se martelo de fundo com “bits”
acoplado a hastes com diâmetro inferior ao diâmetro interno do
tubo de revestimento.
O material proveniente
da perfuração é
eliminado
continuamente pelo
refluxo do fluído de
perfuração através do
interstício criado entre
o tubo de revestimento
e o solo, devido à
diferença existente
entre diâmetros (Ø
coroa > Ø tubo),
lubrificando ainda a
coluna e facilitando a
descida do tubo.
Concluída a perfuração da estaca com a inclinação e profundidade previstas, procede-se à colocação da armadura que tem o comprimento do fuste da mesma .
A armadura pode ser constituída por monobarra ou feixe de aço; várias barras de aço com estribo helicoidal formando uma “gaiola”, tubo metálico, ou ainda uma mescla dessas alternativas.
ARMAÇÃO:
Pode ainda absorver esforços horizontais que provocam
esforços de compressão e tração no fuste se a estaca for
inclinada e de flexão se ela for executada na vertical. Nesse
caso, deve ser utilizada armadura periférica para resistir a
esforços ou empuxos horizontais. Ressalva-se que, em
função do diagrama de atrito lateral, a seção da armadura ao
longo do fuste pode ser variável.
ARMAÇÃO:
A concretagem é efetuada sob pressão, rigorosamente
controlada e variável entre 0,0 a 0,4 MPa (dependendo do tipo
do solo), utilizando-se uma argamassa de elevada
resistência, obtida pela mistura de areia peneirada e cimento,
na proporção de 600 Kg de cimento para 1 m³ de areia, com
fator água/cimento entre 0,4 a 0,6 considerando-se as
características da areia empregada.
CONCRETAGEM:
Inicialmente, coloca-se o tubo de
concretagem até o fundo da
perfuração lançando a argamassa de
baixo para cima, garantindo-se a troca
do fluído de perfuração pela
argamassa .
Estando toda perfuração preenchida
com argamassa, coloca-se um tampão
no topo do revestimento precedendo-
se a retirada do mesmo com o
emprego de um extrator hidráulico e,
concomitantemente executa-se a
injeção de ar comprimido que é
controlado para evitar deformações
excessivas do terreno, garantindo a
integridade do fuste e também a
perfeita aderência da estaca com
terreno.
CONCRETAGEM:
Essas operações são repetitivas,
e deve-se adicionar argamassa para o
completo preenchimento do tubo
visando o seu nível sempre acima da
coroa de perfuração. A retirada do
revestimento poderá ser executada
também com o próprio equipamento
de perfuração.
Ressalva-se, que a pressão do ar
aplicada é determinada pela absorção
do terreno e deve também evitar a
laminação da argamassa aplicada.
Procedendo-se como acima, é
permitido no dimensionamento
estrutural da estaca considerar a
resistência da argamassa, reduzindo
sensivelmente a armadura necessária
e obtendo um custo final menor.
Com este trabalho pudemos compreender um pouco
melhor o funcionamento desta Estaca Raiz em uma obra.
Estudando as vantagens e desvantagens, sua metodologia e
seus processos construtivos. Esperamos que tenhamos
passado de forma clara nosso conhecimento para turma que
todos possam ter aprendido um pouco mais, como nós
aprendemos.