Edição 11 – Junho de 2016
EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
UMA ABORDAGEM TRANSDISCIPLINAR
CARDOZO, Natalie França1
MARTINS, Viviane Lima2
RESUMO
Na atualidade Educação Ambiental é de grande passo para a transformação na educação das
crianças e adolescentes, devido aos grandes problemas ambientais em que cada dia vem
aumentando e até mesmo surgindo novos problemas, logo desenvolver essa percepção ambiental
para que eles mudem seus hábitos para que suas atitudes por mais que sejam pequenas, mas que
faça uma diferença já é um bom começo para que eles preservem o meio ambiente para as futuras
gerações. Os projetos ambientais visam essa conscientização, através da vivência com o meio o
contato é peça essencial do trabalho continuo.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Transformação, Vivência e Projetos.
ABSTRACT
Nowadays Environmental Education is big step for the transformation in the education of children
and adolescents, due to major environmental problems in which each day has increased and even
new problems arise as soon develop this environmental perception for them to change their habits
so that your attitudes even if they are small, but that makes a difference is already a good start for
them to preserve the environment for future generations. Environmental projects that aim to raise
awareness through experiences with the middle contact are essential piece of continuous work.
Keywords: Environmental Education, Transformation, Living and Projects.
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa buscou realizar uma discussão sobre a prática da Educação Ambiental como
tema transversal na escola, proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Os temas
transversais propõem à escola o estudo de temas sociais presentes no cotidiano, que devem ser
introduzidos, por meio de todas as disciplinas, não esquecendo a maneira a ser abordada. A
Educação Ambiental mostra aos alunos os graves problemas ambientais presentes nas sociedades de
hoje, da necessidade de repensar os caminhos a serem seguidos pela humanidade e a coragem de
mudar esse rumo da qual se caminha, e da importância que a escola assume o seu papel na
transmissão do conhecimento, bem como formadora de valores e princípios.
1 Pedagoga, Graduada em Artes Visuais e Professora na Educação Básica. E-mail: [email protected]
2 Doutora em Comunicação e Semiótica e Professora Universitária. E-mail: [email protected]
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A Educação Ambiental vem ganhando espaço nas escolas, em decorrência da importância
de se ver a relação do homem com o meio em que vive. As Políticas educacionais que são
discutidas frequentemente nos Congressos Ambientais pelo mundo, são propostas com o objetivo
de trabalhar a Educação Ambiental como hábito de vida a todos e melhor do que na escola para
criar e recriar, tonando parte do nosso dia a dia. Diante desse contexto Educação Vivenciada realiza
atividades que possibilitam a troca de informações e a formação de pessoas com responsabilidade
socioambiental. Estamos falando dos projetos, que através da vivencia de uma atividade
diferenciada está alcançando com melhor frequência a aprendizagem.
Para isso, a escola deve propiciar aos alunos oportunidades de construir uma consciência
global do que é meio ambiente, e disponibilizar ferramentas necessárias para assumirem posições
referentes à proteção do meio em que vivem. É importante propiciar a aprendizagem aos alunos por
meio da vivencia do concreto, algo substancial onde possa visualizar e tocar, viver, tento assim suas
próprias experiências e não só apenas a teoria, não ficando preso somente no papel. É importante
ressaltar, como afirma Aline Berghetti Simoni (2009)
“É por meio da experiência, da observação e da exploração de seu ambiente, é que a criança
constrói seu conhecimento, modifica situações, reestrutura seus esquemas de pensamento,
interpreta e busca soluções para fatos novos, o que favorece e muito, o desenvolvimento
intelectual da criança.”
O intuito demonstrar como a Educação Ambiental pode despertar no aluno o interesse pelo
ensino de Ciências, afim da conscientização sobre a preservação do planeta que vivemos. Em um
direcionamento, tendo em vista suas praticas por meio de projetos que incentivem a mudança de
postura diante do ensino, por meio de experiências feitas dentro e fora da sala de aula.
Os assuntos a serem abordados na escola, em aulas relacionadas ao meio ambiente (desde
ecologia, preservação da natureza, reciclagem até desenvolvimento sustentável, consumo da água,
poluição, efeito estufa, aquecimento global, ecossistemas, etc.), são de extrema necessidade na
escola para a formação do indivíduo e seu convívio em sociedade. Programas e passeios como
praticas de reforço no ensino é aceitável como fonte estimuladora na promoção da aprendizagem.
1. A Educação Ambiental
1.1 O que é Educação Ambiental?
No final do século passado, surgiu a área do conhecimento que se chamou de Ecologia.
Segundo o termo foi proposto em 1866 pelo biólogo Haeckel, que deriva de duas palavras gregas,
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oikos, que quer dizer “morada”, e logos, que significa “estudo”. Pode se entender de Ecologia como
um novo ramo das Ciências Naturais, e seu estudo passou sugerir novos campos do conhecimento
como a ecologia humana e a economia ecológica. Mas só na década de 1970 o termo passa a ser
conhecido do grande público. Com frequência, porém, ele é usado com outros sentidos e até como
sinônimo de meio ambiente.
O PCN nos faz entender-se por ecossistema o “conjunto de interações desenvolvidas
pelos componentes vivos (animais, vegetais, fungos, protozoários e bactérias) e não vivos (água,
gases atmosféricos, sais minerais e radiação solar) de um determinado ambiente”. (Secretaria do
Meio Ambiente, 1992, p.11).
Existem varias definições para Educação Ambiental, atualmente vem ganhando espaço,
em diferentes modalidades. A grande procura desse conhecimento, a amostra de sustentabilidade
através da nova formação do ecocidadão. Entende-se por educação ambiental, processos por meio
dos quais o indivíduo e o grupo constroem valores sociais, no caso a escola trabalha esses
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente,
bem de uso comum do povo, no seu dia a dia, é essencial à qualidade de vida e sua sustentabilidade.
A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa
tem a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens
estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas
causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a
comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação
superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo
no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação." (Conferência
Sub-regional de Educação Ambiental para a Educação Secundária Chosica /Peru1976).
Ainda conforme a Conferência Sub-regional de Educação Ambiental para Educação
Secundária Chosica/Peru,
A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações de
conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em
relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas
culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a
prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de
vida. (Conferência Intergoverna mental de Tbilisi, 1977).
De acordo com Trigueiro,
Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão
ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o
desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões
ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar
não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise
ambiental como uma questão ética e política. (TRIGUEIRO, 2003, 17)
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Os citados acima busca mostrar a preocupação em relação à sociedade em que estão.
Procurando a socialização crescente com a conscientização da formação, enraizando a
sustentabilidade.
Na Agenda 21, explica Educação Ambiental como o processo que busca.
(...) desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio ambiente e
com os problemas que lhes são associados. Uma população que tenha conhecimentos,
habilidades, atitudes, motivações e compromissos para trabalhar, individual e
coletivamente, na busca de soluções para os problemas existentes e para a prevenção dos
novos (...) (Capítulo 36 da Agenda 21).
“A educação, seja formal, informal, familiar ou ambiental, só é completa quando a pessoa
pode chegar nos principais momentos de sua vida a pensar por si próprio, agir conforme os seus
princípios, viver segundo seus critérios” (REIGOTA,1997, p. 13). Tendo essas informações básicas
como referência, a Educação Ambiental seja um processo dinâmico, permanente e participativo, em
que as pessoas presentes nesse processo passem a ser agentes transformadores, Ecocidadãos,
participando sempre nessa busca de alternativas para a redução de impactos ambientais, controlando
assim a sociedades do uso dos recursos naturais.
1.2 Históricos da Educação Mundial
Acontecimentos internacionais que influenciaram a Educação Ambiental mundial.
Anos 1960:
Publicação de Primavera Silenciosa, por Rachel Carlson.
Utilizada a expressão Educação Ambiental (Environmental Education) na
Conferência de Educação da Universidade de Keele, Grã-Bretanha.
Pacto Internacional sobre os Direitos Humanos - Assembleia Geral da ONU.
Fundação do Clube de Roma.
Anos 1970:
Publicação do Relatório Os Limites do Crescimento - Clube de Roma.
Conferência de Estocolmo - discussão do desenvolvimento e ambiente, conceito de
eco desenvolvimento.
Recomendação 96 - Educação e Meio Ambiente.
Registro Mundial de Programas em Educação Ambiental, EUA.
Seminário de Educação Ambiental em Jammi, Finlândia – Educação.
Ambiental é reconhecida como educação integral e permanente.
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Congresso de Belgrado - Carta de Belgrado - estabelece as metas e princípios da
Educação Ambiental.
Programa Internacional de Educação Ambiental - PIEA – UNESCO.
Reunião Sub-regional de Educação Ambiental para o Ensino Secundário,
Chosica, Peru - discussão sobre as questões ambientais na América.
Latina estarem ligadas as necessidades de sobrevivência e aos direitos humanos.
Congresso de Educação Ambiental - Brazzaville, África - reconhece a pobreza como
maior problema ambiental.
Conferência de Tbilisi, Geórgia - estabelece os princípios orientadores da EA e
enfatiza se caráter interdisciplinar, critico, ético e transformador.
Encontro Regional de Educação Ambiental para América Latina em San José, Costa
Rica.
Anos 1980:
Seminário Regional Europeu sobre Educação Ambiental para Europa e América do
Norte - assinala a importância do intercâmbio de informações e experiências.
Seminário Regional sobre Educação Ambiental nos Estados Árabes, Manama, Barein
- UNESCO/PNUMA.
Primeira Conferência Asiática sobre Educação Ambiental Nova Delhi, Índia.
Divulgação do relatório da Comissão Brundtland - Nosso Futuro Comum Congresso
Internacional da UNESCO/PNUMA sobre Educação e Formação Ambiental - Moscou - realiza a
avaliação dos avanços desde Tbilisi, reafirma os princípios de Educação ambiental e assinala a
importância e necessidade de pesquisa e da formação em Educação Ambiental.
Declaração de Caracas - ORPAL/PNUMA - sobre Gestão Ambiental na América -
denuncia a necessidade de mudar o modelo de desenvolvimento.
Primeiro Seminário sobre Materiais para a Educação ambiental,
ORLEAC/UNESCO/PIEA, Santiago, Chile.
Declaração de Haia, preparatório da Rio-92 - aponta a importância da cooperação
internacional nas questões ambientais.
Anos 1990:
Conferência Mundial sobre Ensino para Todos - Satisfação das Necessidades Básicas
de Aprendizagem, Jomtien, Tailândia - destaca o conceito de analfabetismo ambiental.
ONU declara o ano 1990 como o Ano Internacional do Meio Ambiente
Reuniões preparatórias para a Rio-92.
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Conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, UNCED, Rio-92.
Criação da Agenda 21.
Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis, Fórum das ONGs.
Carta Brasileira de Educação Ambiental, MEC.
Congresso Sul-Americano, Argentina - continuidade Rio-92.
Conferência dos Direitos Humanos, Viena.
Conferência Mundial de População, Cairo.
I Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental, Guadalajara, México.
Conferência para o Desenvolvimento Social, Copenhague - criação de um ambiente
econômico-político-social-cultural e jurídico que permita o desenvolvimento social.
Conferência Mundial da Mulher, Pequim.
Conferência Mundial do Clima, Berlim.
Conferência Hábitat II, Istambul.
II Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental, Guadalajara, México.
Conferência sobre Educação Ambiental, Nova Delhi, Índia.
Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e
Conscientização Pública para a Sustentabilidade, Thessaloniki, Grécia.
1.3 Acontecimentos no Brasil que influenciaram a Educação Ambiental
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2013):
Anos 1970:
Cria-se no Rio Grande do Sul a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural
(AGAPAN).
A Delegação Brasileira na Conferência de Estocolmo declara que o país está "aberto
à poluição, porque o que precisa é dólares, desenvolvimento e empregos" - apesar disso,
contraditoriamente, o Brasil lidera os países do Terceiro Mundo para não aceitar a Teoria do
Crescimento Zero proposta pelo Clube de Roma.
Cria-se a Secretaria Especial do Meio Ambiente, SEMA, no âmbito do Ministério do
Interior, que, entre outras atividades, contempla a Educação Ambiental.
SEMA constitui um grupo de trabalho para a elaboração de um
Documento sobre a Educação Ambiental, definindo o seu papel no contexto brasileiro.
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Seminários, Encontros e debates preparatórios à Conferência de Tbilisi são
realizados pela FEEMA, RJ.
A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul desenvolve o Projeto Natureza
(1978 -1985).
Criação de cursos voltados às questões ambientais em várias Universidades
brasileiras.
Anos 1980:
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) apresenta uma resolução,
estabelecendo diretrizes para a Educação Ambiental.
A SEMA e a Universidade de Brasília organizam o primeiro Curso de Especialização
em Educação Ambiental (1986-1988).
I Seminário Nacional sobre Universidade e Meio Ambiente.
Seminário Internacional de Desenvolvimento Sustentado e Conservação de Regiões
Estuarinas - Lagunares (Manguezais), São Paulo.
O MEC aprova o Parecer nº 226/87, do conselheiro Arnaldo Niskier - inclusão da
Educação Ambiental nos currículos escolares de 1º e 2º
Graus.
II Seminário Universidade e Meio Ambiente, Belém, Pará.
A Constituição Brasileira de 1988, art. 225 no capítulo VI - Do Meio Ambiente,
inciso VI - destaca a necessidade de promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino
e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente. Para cumprimento dos preceitos
constitucionais, leis federais, decretos, constituições estaduais e leis municipais determinam a
obrigatoriedade da Educação Ambiental.
Fundação Getúlio Vargas traduz e publica o relatório Brundtland, Nosso Futuro
Comum.
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo e a CETESB publicam a
edição-piloto do livro Educação Ambiental - Guia para Professores de 1º e 2º graus.
I Fórum de Educação Ambiental - São Paulo
Criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA), pela fusão da SEMA, SUDEPE, SUDHEVEA e IBDF, onde
funciona a Divisão de Educação Ambiental.
Programa de Educação Ambiental da Universidade Aberta da
Fundação Demócrito Rocha, por meio de encartes nos jornais de Recife e Fortaleza.
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Primeiro Encontro Nacional sobre Educação Ambiental no Ensino
Formal, IBAMA - UFRPE, Recife.
Cria-se o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) no Ministério do Meio
Ambiente (MMA), apoiando projetos que incluem a Educação Ambiental.
III Seminário Nacional sobre Universidade e Meio Ambiente, Cuiabá, Mato Grosso.
Anos 1990:
I Curso Latino-Americano de Especialização em Educação Ambiental, PNUMA -
IBAMA -CNPq -CAPES - UFMT, Cuiabá, Mato Grosso (1990 -1994)
IV Seminário Nacional sobre Universidade e Meio Ambiente, Florianópolis, Santa
Catarina.
MEC, Portaria nº 678 (14/05/91) institui que todos os currículos nos diversos níveis
de ensino deverão contemplar conteúdos de Educação Ambiental.
Projeto de Informações sobre Educação Ambiental, IBAMA – MEC.
Grupo de Trabalho para Educação Ambiental coordenado pelo MEC, preparatório à
Conferência Rio-92.
Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para Educação Ambiental, MEC-
IBAMA-Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República - UNESCO embaixada do
Canadá.
II Fórum de Educação Ambiental - São Paulo.
Criação dos Núcleos Estaduais de Educação Ambiental do IBAMA (NEAs).
Participação das ONGs do Brasil no Fórum de ONGs e na redação do Tratado de
Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis.
O MEC promove no CIAC do Rio das Pedras em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, o
Whoskshop sobre Educação Ambiental, cujo resultado se encontra na Carta Brasileira de Educação
Ambiental.
Publicação dos livros Amazônia: uma proposta interdisciplinar de Educação
Ambiental (Temas básicos) e Amazônia: uma proposta interdisciplinar de Educação Ambiental
(Documentos Metodológicos), Brasília, 1992-1994 (IBAMA - Universidades e SEDUCs da região).
Criação dos Centros de Educação Ambiental do MEC, com a finalidade de criar e
difundir metodologias em Educação Ambiental.
Aprovação do Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA), com a
participação do MMA-IBAMA-MEC-MCT-MINC.
Publicação em português da Agenda 21, feita por crianças e jovens, UNICEF.
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III Fórum de Educação Ambiental, São Paulo.
Criação da Câmara Técnica de Educação Ambiental, CONAMA.
Novos Parâmetros Curriculares do MEC que incluem a Educação Ambiental como
tema transversal do currículo.
Cursos de Capacitação em Educação Ambiental para os técnicos das SEDUCs e
DEMECs nos estados, para orientar a implantação dos Parâmetros Curriculares - convênio
UNESCO-MEC.
Criação da Comissão Interministerial de Educação Ambiental, MMA.
Criação da Comissão de Educação Ambiental do MMA.
Cursos de Educação Ambiental organizados pelo MEC - Coordenação de Educação
Ambiental para as escolas técnicas e segunda etapa de capacitação das SEDUCs e DEMECs -
convênio UNESCO-MEC.
I Teleconferência Nacional de Educação Ambiental, MEC.
IV Fórum de Educação Ambiental e I Encontro da Rede de Educadores Ambientais,
Vitória.
I Conferência Nacional de Educação Ambiental, Brasília.
Anos 2000:
2002 - Em dezembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas, durante sua 57ª
sessão, estabeleceu a resolução nº 254, declarando 2005 como o início da Década da Educação para
o Desenvolvimento Sustentável, depositando na UNESCO a responsabilidade pela implementação
da iniciativa.
2003 - Durante a XIV Reunião do Foro de Ministros de Meio Ambiente da América
Latina e Caribe, em novembro no Panamá, é oficializado o PLACEA, o Programa Latino-americano
e Caribenho de Educação Ambiental, que teve como principal protagonista a Venezuela, e como
foro de discussões, a série dos congressos ibero-americano de educação ambiental.
2004 - Em novembro é realizada na Venezuela, a reunião de trabalho de
especialistas em gestão pública da educação ambiental na América Latina e Caribe, que elaborou o
plano de implementação do PLACEA, de modo articulado com a Iniciativa Latino-americana e
Caribenha para o Desenvolvimento Sustentável.
2005 - Em janeiro é criada em Portugal, durante as XII Jornadas Pedagógicas de
Educação Ambiental da ASPEA, Associação Portuguesa de Educação Ambiental, a Rede Lusófona
de Educação Ambiental, reunindo educadores ambientais brasileiros, portugueses e outras
nacionalidades de língua portuguesa.
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1.4 PROBIO, Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira.
O Ministério do Meio Ambiente com os PCN vem desenvolvendo, desde 1996, dentro da
Secretaria de Biodiversidade e Florestas, o Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da
Diversidade Biológica Brasileira – PROBIO. Esse projeto tem como objetivo identificar ações
prioritárias para a conservação e uso sustentável da biodiversidade, apoiando subprojetos que
promovam parcerias entre os setores público e privado, gerando e divulgando conhecimentos e
informações sobre a diversidade biológica brasileira.
São 144 subprojetos ao todo, abrange uma grande variedade de temas que passam por
critérios, que vão de áreas e ações prioritárias para conservação da biodiversidade dos biomas
brasileiros, fragmentação de habitat, relação das biodiversidades tradicionais no Brasil, a
preservação de espécies ameaçadas, uso sustentável da biodiversidade em volta da Unidade de
Conservação, até temas atuais como os prognósticos sobre os efeitos das mudanças climáticas sobre
a biodiversidade, entre outros. Uma das grandes preocupações do Ministério (1992):
[...] é fazer chegar o saber adquirido por meio do desenvolvimento desses subprojetos aos
estudantes, aos tomadores de decisões, aos pesquisadores, enfim, ao grande público, e
assim temos investido em publicar livros que possam contribuir para o conhecimento e o
uso sustentável da biodiversidade brasileira.
O objetivo do PROBIO é levar o conhecimento aos professore, que por meio deles, às
crianças brasileiras. Com preparo de materiais com temas atuais, exemplos brasileiros e conteúdos
adequados à nossa realidade.
Essa ideia, concebida no âmbito do PROBIO, com a colaboração da Diretoria da Educação
Ambiental deste Ministério e do Ministério da Educação (pela sua Gerência de Educação
Ambiental), virou desafio e foi lançado à comunidade científica.
1.5 Aprendizagens de sustentabilidades das escolas
A educação está altamente entrelaçadas às atitudes sociais, sendo que a escola é vista como
base para a formação de indivíduos conscientes e responsáveis. São ecocidadãos que devem ter um
aprendizado focado na educação sustentável, podendo gerar cidadãos preocupados com os
problemas ambientais e com as preocupações seguindo de soluções devidas. Mas para isso, é
preciso mostrar a importância da sustentabilidade na escola e como ela interfere na formação dos
alunos sejam no ensino infantil, fundamental, médio ou na universidade.
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A escola como parte desse processo tem o dever de cumprir o papel dessas práticas
educativas nas escolas públicas ou particulares, seja através das matérias voltadas para o ambiental
ou projetos levados a sustentabilidade. Na teoria, a Educação Ambiental ensina como deve ser
feita a coleta seletiva, a importância de se preservar a natureza e como utilizar os recursos naturais e
minerais de forma responsável. Para Molly Carter a teoria não basta, é preciso que os estudantes
vejam na prática o que aprendem no dia a dia. Atividades extracurriculares, como visitas a
depósitos de reciclagem, plantio de árvores e ações comunitárias, ajudam a desenvolver a cidadania
das crianças. E sempre que for introduzido um novo assunto na educação escolar é preciso que se
faça uma pesquisa sobre os recursos, a qualidade e como aplicar, que serão utilizados na abordagem
do tema, desse modo o aluno aprende de forma clara e objetiva.
A sustentabilidade na escola tem o objetivo de formar cidadãos conscientes sobre os
problemas do meio ambiente, para que haja uma mudança real da situação é indispensável à ajuda
do governo, da sociedade e da própria escola.
1.6 PCN – o Meio Ambiente como tema transversal nas Escolas
A implementação do Meio Ambiente como tema transversal na escola, proposto pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), segue uma tendência internacional, Iwana Camargo
Rosa propõem, em seu texto “O Meio Ambiente Como Tema Transversal Na Escola: Limites E
Desafios”, à escola, o estudo de temas sociais relevantes, que devem ser implementados
transversalmente, por meio de todas as disciplinas. Sabendo dos graves problemas ambientais
presentes nas sociedades contemporâneas, da necessidade de repensar os caminhos seguidos pela
humanidade e da importância que a escola assume como instância de produção e transmissão do
conhecimento, bem como formadora de valores e princípios, pretendeu-se verificar a sua
contribuição nesse sentido, pautada na proposta dos PCN. A proposta foi colocada em andamento,
que se desenvolveu em escolas publica, visando compreender os desafios propostos na
implementação de meio ambiente como tema transversal. Rosa (2011, s/p) relata:
“A educação ambiental foi paulatinamente pensada e constituída, visando contribuir para a
busca de uma relação mais equilibrada entre o homem e o meio ambiente. No plano
nacional, leis e diretrizes foram encaminhadas objetivando programá-la. No ensino formal,
por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a educação ambiental foi proposta como
um dos temas transversais. Assim, por meio de análise de documentos (principalmente os
PCN — volume que trata do meio ambiente como tema transversal), pesquisa teórica
entrevista com agentes escolares e professores e questionários com alunos, realizou-se um
estudo de caso em uma escola da rede municipal de ensino, visando analisar o conteúdo
dessa proposta, sua processualidade, seu significado, seus limites e desafios. Em que pese à
importância dessa temática no mundo atual, muitas dificuldades existem para que sua
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implementação possa se dar de forma satisfatória. Apesar das prováveis contradições entre
o discurso e a prática, e das dificuldades, materiais e humanas concretas, para a execução
dessa proposta, é provável, entretanto, que ela aponte a favor de mudanças lentas, porém
significativas, na busca de uma nova relação do homem com o meio ambiente.”
A Política Nacional de Educação Ambiental está instituída pela lei de reconhecer o dever
de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações e estimular a
participação de toda a sociedade a fim de assumir a responsabilidade em sua implantação. Como
explica Suzana Machado Pádua Mestre em Educação Ambiental pela Universidade da Flórida,
EUA e doutoranda no Centro de Desenvolvimento Sustentável – UnB, abordado em seu livro A
importância da educação ambiental na proteção da biodiversidade do Brasil. Como obter apoio e
participação de comunidades locais para a conservação, vários são os processos de estimular a
participação de comunidades locais em melhorias socioambientais.
2. Integrando Conhecimentos
2.1 Metodologias de integração
Segundo alguns professores entrevistados perceberam que no desenrolar dos
procedimentos a consciência de poucos estão cada vez mais alterada e ciente dos seus deveres como
cidadão, ainda que não exercendo por completo eles mostram ser exemplos aos adultos que os
rodeiam. Como a professora de Ciências do Objetivo explicita em seu questionário é tudo
experimental o modo de relacionar a tudo que existe para eles tudo se torna real ao poder ser
tocado, estar no alcance.
As didáticas do livro “Aqui é onde eu moro, aqui nós vivemos - Escritos para conhecer,
pensar e praticar o Município Educador Sustentável” (2005) vem trazer a didática do entrosamento
nos fins propostos de acordo com o mesmo podemos ter diversas opções de atividades com
diferentes interesses prendendo a atenção e fazendo um ecocidadão. Independente da maior ou
menor participação dos alunos seja em qual for sua contribuição ele esta mostrando do seu jeito a
situação ambiental do planeta, ajudando da maneira que pode, que é a melhor possível, pensando
nas gerações futuras. Como diz o autor, Carlos Rodrigues Brandão (2005, p. 3).
“É preciso termos a coragem de mudar a nossa maneira de sentir e de pensar, de nos
relacionarmos e de agir entre nós e em nosso mundo. E esta mudança não é um acessório
ou uma fantasia. Precisamos começar a crer que dela depende a nossa própria oportunidade
de sobrevivência e a daqueles que viverão aqui onde nós estamos vivendo agora.”
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Como devemos agir? Como devemos mostrar aos alunos como fazer? As dicas de Denise
Scabin Pereira e Regina Brito Ferreira (2005), no livro Ecocidadão, vem viabilizar tudo que já está
impregnado em nossas mentes só que por algum motivo esquecemos-nos de exercer no cotidiano.
Economizar água
Poupar energia
Reduzir o volume de lixo
Combater o aquecimento global
Cuidar dos animais
Zelar pela flora
Agir como um ecoturista
Realizar e incentivar prática de agricultura ecológica
Evitar a poluição sonora e visual
2.2 Educação para o Ambiente
Educação para o ambiente esse foi o tema tratado na Conferência de Belgrado (1975),
conhecida como Encontro de Belgrado. Neste encontro foi deixado uma carta que costa as decisões
discutidas, e definidas este documento continua sendo um marco conceitual no tratamento das
questões ambientais. Dentro deles que foram lançadas as fundações para um programa mundial de
Educação Ambiental que possa tornar possível o desenvolvimento de novos conceitos e habilidades,
valores e atitudes visando à melhoria da qualidade ambiental e elevando a qualidade de vida para as
gerações presentes e futuras da nossa sociedade. Na Carta de Belgrado (1975) afirmou:
“Governos e formuladores de políticas podem ordenar mudanças e novas abordagens para o
desenvolvimento, podem começar a melhorar as condições de convívio do mundo, mas
tudo isso não passa de soluções de curto prazo, a menos que a juventude mundial receba
um novo tipo de educação. Esta implicará um novo e produtivo relacionamento entre
estudantes e professores, entre escolas e comunidades, e entre o sistema educacional e a
sociedade em geral”.
Algumas finalidades de educação para o ambiente foram determinadas pela UNESCO,
logo após a Conferência de Belgrado (1975) e são as seguintes:
"Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os
problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento, competências,
estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe permitam trabalhar
individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais, e para impedir que eles
se repitam”.
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Portanto a necessidades do estudo para ambiente é visto desde o século passado, tendo
como base as conferencias mundiais de consciência em relação às questões ambientais.
2.3 O Trabalho com Projetos Ambientais
De repente o professor que, confortavelmente, desenvolvia sua ação pedagógica
tradicionalista, se vê norteado de possibilidades de melhorias de ensino. O repensar pedagógico
necessário nos dias de hoje vem como um tufão, precisa se proteger e se abrigar antes que seja
engolido. O fato que como havia sido preparado durante a sua vida acadêmica e pela sua
experiência em sala de aula ele se vê diante de uma situação que implica novas aprendizagens e
mudanças na prática pedagógica.
A pedagogia de projetos, segundo Prado (2003), embora constitua um novo desafio para o
professor, pode fazer o aluno visualizar um modo de aprender baseado na integração entre
conteúdos das várias áreas do conhecimento, bem como entre diversas mídias (computador,
televisão, livros), disponíveis no contexto da escola. Por outro lado, esses novos desafios
educacionais ainda não se encaixam na estrutura do sistema de ensino, bem como o trabalho com a
vivencia por meio de passeios e projetos que trazem ao individuo um pouco da experiência aliando
a ludicidade, casando ao aprendizado.
Na perspectiva o professor com o uso de projetos vem servindo como base na constante
preocupação no praticar pedagógico propiciar aos alunos uma nova forma de aprender integrando as
diferentes formas nas atividades do espaço escolar.
Ainda conforme Prado (2003), a fundamentação de teórico e prática dos projetos pede por
intermédio do estudo de temas geradores que englobam palestras, oficinas e saídas a campo. Esse
processo oferece caminhos aos professores para atuarem de maneira a mais abrangente na
comunidade escolar e do bairro, fazer coleta de dados para resgatar a história da área para dar a
oportunidade de conhecer seu meio e levantar os problemas ambientais que acham que precisam de
soluções e procurar como resolve-lós. Os conteúdos trabalhados deverão ser o necessário para o
entendimento dos problemas a partir daí a coleta de dados para a elaboração de pequenos projetos
de intervenção do meio.
Considerando a Educação Ambiental um processo contínuo de educação, o método
utilizado pelo Programa de Educação Ambiental de Smith (1995) para desenvolver os projetos e os
cursos capacitação de professores conjuga os princípios gerais básicos da Educação Ambiental.
Os Princípios gerais da Educação Ambiental, segundo Smith (apud Sato, 1995):
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Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento
sistêmico;
Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os
sistemas naturais;
Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista;
Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema;
Cidadania: participar ativamente e resgatar direitos e promover uma nova ética capaz
de conciliar o ambiente e a sociedade.
Ainda segundo Smith (apud Sato, 1995),
“Educação Ambiental, como componente essencial no processo de formação e educação
permanente, com uma abordagem direcionada para a resolução de problemas, contribui
para o envolvimento ativo do público, torna o sistema educativo mais relevante e mais
realista e estabelece uma maior interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e
social, com o objetivo de um crescente bem estar das comunidades humanas.”
2.4 Projetos em Educação Ambiental: conhecendo para preservar – ambientes aquáticos.
O presente modelo de projeto foi produzidos nos arredores da comunidade Vila Baiana,
que por serem cidadãos de baixa renda foram isentos da entrada, todos inclusive dos filhos dos
respectivos alunos devidamente matriculados no Alfabetização Solidária (AlfaSol) é uma entidade
da sociedade civil criada em 1996 com a missão de disseminar e fortalecer o desenvolvimento
social por meio de práticas educativas sustentáveis. Com um modelo simples de alfabetização de
baixo custo, baseado no sistema de parcerias, como o estado de São Paulo que fornece a doações de
materiais, e neste caso com a Escola Paulo Clemente Santini, sua missão é a ampliação da oferta
pública de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil.
A experiência de lecionar o ensino de ciências de modo criativo com aparelhos e conceitos
inovadores, a fim de proporcionar a alfabetização e letramento, juntamente com conceitos
sustentáveis e melhoria de vida perante a sociedade e como bem comum apresentados no seguinte
projeto:
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Projeto Ar livre “Conhecendo Ambientes Aquáticos”
Turma de EJA 1º etapa
Escola Paulo Clemente Santini
Duração: 2h, 3 aulas.
Profa. Natalie França Cardozo
Ciências da Natureza
O estudo de Meio é uma ferramenta essencial para o professor para aproximar o aluno da
realidade do qual suas aulas tratam. Logicamente com um prévio elaboramos uma atividade bem
estimuladora aos alunos. Essa atividade os auxilia na construção do conhecimento, desenvolvendo
certas habilidades de hábitos diferentes dos desenvolvidos em salas de aulas que são muitas vezes
somente teóricas. A visita ao Aquário apresenta a oportunidade deles conhecerem ambientes e
animais diferentes, que seriam somente vistos por fotos em livros ou na internet. Uma aula que
envolve a visita ao Aquário pode abrir portas para inúmeros conteúdos, como por exemplo, os
diferentes ecossistemas aquáticos, das águas doce das cachoeiras e salgada do mar.A associação é
importante no desenrolar da aula juntamente com as descobertas dos animais existentes.
Objetivos
Enriquecer o conteúdo do trabalho desenvolvido em sala de aula. Proporcionando
experiências extras aos alunos, conhecendo o habitat dos animais aquáticos.
Estratégias
Após a aula sobre ecossistemas aquáticos usando recursos com base de livros e internet,
organizamos a visita ao Aquário para fixar os conteúdos vistos em sala. O percurso é guiado por
monitores, que apresentaram todas as características, de todos os animais, falamos do objetivo da
aula para ele e antes de revelar a espécie perguntarmos antes se alguém sabia a espécie tratada no
memento, são importantes os questionamentos dos alunos. Pedimos para eles observarem as
características e diferenças entre os ambientes, e somente depois confirmar ou complementar as
informações.
Durante a visita, os alunos anotaram suas observações e as informações do monitor,
caracterizando e diferenciando os ecossistemas aquáticos visitados. Na próxima aula da turma,
discutimos sobre os conteúdos adquiridos, organizamos a visita escrevendo na lousa as espécies que
lembravam, passamos tudo para o caderno associando a escrita com o conhecimento.
Fonte: arquivo pessoal de Natalie França Cardozo(2013)
2.5 Colhendo os frutos do trabalho com Projetos de Educação Ambiental
São abrangentes os ecossistemas aquáticos como rios, lagos, lagoas e geleiras e os recursos
hídricos subterrâneos (lençóis freáticos e reservatórios subterrâneos) e também os ecossistemas
marinhos e costeiros, como manguezais e restingas, nas áreas costeiras de mares e oceanos.
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Segundo a Agência Nacional de Águas do Brasil (ANA), sendo ela uma autarquia federal,
vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, e responsável pela implementação da gestão dos
recursos hídricos brasileiros, tem a missão de missão regular o uso das águas dos rios e lagos de
domínio da União e implementar o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos,
garantindo o seu uso sustentável, evitando a poluição e o desperdício, e assegurando água de boa
qualidade e em quantidade suficiente para a atual e as futuras gerações.
Os ecossistemas aquáticos são analisados de acordo com o bioma ao qual pertencem, como a
floresta amazônica, a caatinga, o cerrado e o pantanal, a mata atlântica e os campos sulinos, e a zona
costeira e marinha.
Na visita ao Aquário, os alunos puderam observar os diferentes ecossistemas aquáticos ao
longo do roteiro, podendo visualizar as diferenças entre eles e suas principais características,
podendo interferir e comentar tornando a flexibilidade agradável e produtiva.
O estudo do meio proporciona experiências de aprendizagem pela vivência do aluno,
promovendo o desenvolvimento de competências de acordo com a área disciplinar ao qual se
destina. Atividades nesse sentido potencializam aquisição de conhecimentos. Os métodos de estudo,
de estratégias cognitivas, além de desenvolver o trabalho cooperativo, atitudes e hábitos também
integra ao currículo escolar uma ação fora dos muros da escola, que para o aluno é fantástico,
reforçando conteúdos vistos em classe, associando ao divertimento deles. Evidente que exige
planejamento, organização, método, para que não perdermos o rumo pedagógico. As fotos a seguir
mostram como foi o projeto.
Turma do EJA, em visita ao Aqua Mundo / Guarujá
Fonte: arquivo pessoal de Natalie França Cardozo (2013)
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Na foto abaixo, é na entrada do Aqua Mundo, onde podermos ver um manguezal artificial.
Lá virmos espécies características do ambiente, que deu para fazer várias perguntas a respeito.
Fonte: arquivo pessoal de Natalie França Cardozo (2013)
Na terceira foto, o monitor pediu que todos sentassem para poder explicar sobre os pinguins.
Antes de vermos os animais, houve uma preparação onde o monitor recebeu mais dúvidas e
questionamentos.
Fonte: arquivo pessoal de Natalie França Cardozo (2013)
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3. Considerações Finais
Como vimos no decorrer da pesquisa, o desenvolvimento do conceito de Educação
Ambiental esta cada vez mais frequente com uma harmonização entre a consciência da preservação
dos recursos naturais.
A implementação da prática de Educação Ambiental nas escolas para a vida é a maneira
mais eficiente e viável de evitar que sejam causados danos futuros ao meio ambiente, fazendo assim
a transformação de um mundo sustentável e consciente das ações. Além de contribuir para o
desenvolvimento de um cidadão pleno e participativo.
Portanto afirmamos que a Educação Ambiental para uma sustentabilidade igualitária é um
processo de aprendizagem permanente que se baseia no respeito a todas as formas de vida,
cidadania e de valores morais que contribuem para a transformação humana e social e para a
preservação ecológica.
Os projetos em escolas de produções sustentáveis produzem assim como um novo campo
de estudos interdisciplinar e como um processo gerador de novos valores e conhecimentos para a
construção da racionalidade ambiental. Afirmamos que a educação ambiental é um instrumento
eficaz de superação da insustentabilidade.
Através deste breve estudo foi possível reconhecer, de um modo geral, os conceitos
abordados em salas de aula sobre Educação Ambiental. Conscientizar sobre a implementação das
ações sustentáveis logo nas séries iniciais é essencial para termos bons resultados no que se diz a
respeito da transformação do indivíduo. A sustentabilidade promovida nas escolas, com projetos
que visam promover o próprio alimento, nas hortas, reciclagem e uso de recursos que não exigem
de eletricidade nem gastos, e que acabariam indo para o lixo mais tarde, embora sejam “pequenos
passos”, podem fazer grande diferença no comportamento cidadão.
Assim, concluímos que nós, como professores e cidadãos, somos responsáveis, em grande
parte, por preparar o futuro para as novas gerações, a partir de ações que conscientizem, fazendo,
assim, o possível para não deixar que a biodiversidade se acabem, mas que sempre se renove.
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Edição 11 – Junho de 2016
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