EDEMA AGUDO DE PULMOJIMENA TEIXEIRA
CONCEITOSndrome clnica que caracteriza uma emergncia mdica, determinada pelo acmulo anormal de fluidos no compartimento extravascular pulmonar, resultando em hipoxemia, aumento do trabalho respiratrio, diminuio da complacncia pulmonar e alterao da relao ventilao- perfuso.
FISIOPATOLOGIAQF = KF (Pc Pi) KP (c i)
QF= taxa de filtrao de fluidosKF= coeficiente de transporte de guaKP= Coeficiente de transporte de protenasPc= presso hidrosttica capilarPi= presso hidrosttica intersticialc= presso coloidosmtica capilari= presso coloidosmtica intersticial
EAP CardiognicoOcorre por um desequilbrio entre a presso hidrosttica capilar elevada e a presso intersticial normal, em propores em que o lquido extravasado j no pode ser removido adequadamente.Falncia das cmaras esquerdasaumento da presso diastlica final do VEaumento da presso hidrosttica vascularque se transmite para a presso hidrosttica capilar pulmonar, que se torna maior que a presso intersticial normalextravasamento de lquido em propores maiores do que a capacidade do sistema linftico pulmonar
OUTROS MECANISMOS DE FORMAO DO EAPAumento da permeabilidade capilar pulmonarPresso coloidosmtica intravascular reduzidaAumento da presso negativa intersticialInsuficincia ps-transplantes/linfangitesCausa neurognicaFenmenos no explicados
ETIOLOGIACausas secundrias a cardiopatias:Isquemia miocrdica agudaHipertenso arterial sistmicaVavulopatiaMiocardiopatia primriaCardiopatias congnitasMixoma atrial
VALVOPATIASEstenose mitralMixoma atrialInsuficincia mitral aguda(disfuno isqumica, rotura da valva, degenerao mixomatosa)Insuficincia mitral crnica(doena reumtica)
DISFUNO VENTRICULAR SISTLICACardiopatia isqumicaCardiopatia inflamatriaCardiopatia hipertensivaValvopatias crnicas
DISFUNO VENTRICULAR DIASTLICACardiopatia hipertrfica ou restritivaIsquemiaCardiopatia hipertensiva
SOBRECARGA VOLMICA DO VEInsuficincia articaRotura do spto interventricularHipervolemia secundria a doena renal ou outras.
OBSTRUO DA VIA DE SADA DO VEEstenose articaEmergncia hipertensiva
CAUSAS NO RELACIONADAS A CARDIOPATIASLeso enceflica ou hemorragia intracranianaFeocromocitomaSARADesnutrio severaSndrome nefrticaAps drenagem torcicaAps transplantesLinfangite carcinomatosaLinfangites fibrosantes
FENMENOS NO EXPLICADOSEdema pulmonar neurognicoDevido a grandes altitudesPs cardioversoSuperdose de narcticos
DIAGNSTICOQUADRO CLNICO:Dispnia aos esforosDispnia paroxstica noturnaTosseSibilncia
SINTOMATOLOGIA DRAMTICAAnsiedadeAgitaoSentado, com os membros pendentesDispniaPrecordialgiaExpectorao rsea espumosa, associada aos demais sintomas, em casos extremos
EXAME FSICOPalidez cutnea e sudorese friaCianose de extremidadesUso da musculatura respiratria acessriaTaquipniaEstertores crepitantes audveis em extenso varivel do traxSibilncia difusaAusculta cardaca prejudicada pela respirao ruidosa, Elevaes pressricas
EXAMES COMPLEMENTARESECGGASOMETRIA ARTERIALRX TRAXECOCARDIOGRAMAHEMOGRAMA, ELETRLITOS,ENZIMAS CARDACAS, UREA E CREATININAFUNO HEPTICAPNC?
RX DO TRAX
DIAGNSTICO DIFERENCIALCrise asmticaEmbolia pulmonarExacerbao do DPOC
TRATAMENTOMEDIDAS GERAIS:MANTER O PACIENTE SENTADO:Reduzir a pr-cargaDiminuir o retorno venosoFavorecimento da musculatura Respiratria
OXIGENIOTERAPIASEMPRE INICIAR ATRAVS DOS SISTEMAS DE MSCARA, COM FLUXOS MAIS ALTOS, COM O OBJETIVO DE MANTER A SATURAO DE O2 >95%
VENTILAO MECNICA NO INVASIVA COM PRESSO POSITIVAObservar as contra-indicaes:Instabilidade hemodinmica, uso de vasopressores, arritmias;Trauma facialRisco de aspirao de secreesInabilidade de cooperarRebaixamento do sensrioSangramento gastrointestinal
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO:Nitratos:podem ser iniciados por via sublingual, ou endovenosa, se PAS>95mmHg, na dose de 0,3 a 0,5g/Kg/min(aumentar a dose a cada 5 min)Nitroprussiato de sdio:iniciar com 0,1 a 0,2g/Kg/min e aumentar a cada trs minutosDobutamina:efeito inotrpico positivo e vasodilatador menos intenso-observar taquicardiaDiurticos de ala: 40 a 80mg IV com doses maiores para IR.
SEDAOMORFINA- 2mg, (ampolas de 2mg e 10mg)a cada dois minutos , at reduzir a ansiedade gerada pela dispnia,os reflexos pulmonares e a pr-carga.Observar reduo do sensrio, hipoventilao e aumento da pCO2, que pode levar necessidade de entubao orotraqueal.Naloxane-0,4mg, a cada 3 minutos (uma ampola diluda em 10ml de SF, administrar 1ml/3min)
CASO CLNICO IPaciente 30anos, masc, pardo, admitido no hospital h 72h com PAC, em tratamento com Clavulin, evoluindo com dispnia nas ltimas 24h, com piora progressiva, associada nas ltimas 2h a taquipnia e cianose;foi encaminhado para a semi-intensiva.Havia sido moficada antibioticoterapia nas ltimas 24h para cefepime e, diante da piora do quadro, nas ltimas 12h foi ampliada antibioticoterapia para meropenem .
AO EXAME:Paciente ansioso, taquicrdico, taquipnico, om padro de esforo ventilatrio, utilizando a musculatura intercostal diafragmtica e apresentando batimento da asa do nariz, ciantico, com relato de hemoptise nas ltimas 06h.TA=110/70mmHg; FC=140bpm; FR=45inc/min; SatO2= 85%AR:estertorao e sibilncia difusa, impedindo a ausculta cardaca.
MEDIDAS GERAISOxigenioterapiaMonitorizao cardaca no invasiva/PAMNIVMNIGasometria arterialRx do traxAvaliao laboratorial
EVOLUOGasometria arterial evidenciou hipoxemia e hipercapniaManteve SatO2< 90%Rx com imagem de condensao em LID e CONGESTO PULMONAR
PRXIMA MEDIDASedao VMI foi observada secreo rsea espumosa, em grande quantidade pela cnula orotraqueal.Aps a sedao e VMI o paciente passou a cursar com choque circulatrio, sendo iniciado vasopressor e encaminhado para UTI.
CASO CLNICO IIPaciente 65, masc, branco, com diagnstico prvio de HAS, em uso de captopril, 150mg/dia e atensina, foi atendido na emergncia, com histria de dispnia em repouso com piora nas ltimas 06h, associado a chiado no peito e tosse produtiva com secreo esbranquiada, com sensao de opresso precordial, rubor facial e palpitaes.Ao exame:Paciente gravemente dispnico, com cianose de extremidades,ansioso, agitado, desorientado.TA=230/120mmHg, FC= 150bpm, FR= 40inc/min,AR:MVUD com estertores crepitantes at pices pulmonaresACV: BR taquicrdicas em 2T, B3, em rtmo de galopeABD:plano, flcido, RHA +EXT:Cianticas e edemaciadas++/IV
MEDIDAS INICIAISOXIGENIOTERAPIAMONITORIZAO CARDACAACESSO VENOSOCONTROLE DA PRESSOSEDAODIURTICO DE ALAVMNI COM PRESSO POSITIVA
COMO ADMINISTRAR O OXIGNIOSob mscara no reinalante
COMO CONTROLAR A TA?Nitroprussiato de sdio,0,1 a 0,2g/Kg, at que ocorra ontrole da TAFurosemida 40 a 80mg de 30 em 30min at que ocorra diurese
AVALIAR VMNIPaciente colaborativo?Aceita a mscaraMelhora do padro ventilatrio?Melhora da SatO2?
QUAL O PRXIMO PASSO?GASOMETRIA ARTERIAL
pH= 7,30pCO2=45pO2=60HCO3=24
AVALIAO COMPLEMENTAR:ECG : Taquicardia sinusalEnzimas cardacas, Hemograma, funo renal e heptica
RX DO TRAXSINAIS COMPATVEIS COM EAP:Congesto venosa, intersticial e alveolar.Foi observado imagem nodular de contornos irregulares, em LM , que desapareceu aps as medidas iniciais.
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