É a presença constante de uma doença ou de um agente infeccioso
em determinada área geográfica (Organização Pan-americana de
Saúde, 1992).
Endemia
Exemplo: Malária na região Norte do Brasil
Denominação da ocorrência de doença em grande número de
pessoas ao mesmo tempo (ROUQUAYROL, 1993)
Exemplo: Dengue no centro-oeste em meses de maior
incidência de chuvas
Epidemia
Ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga distribuição espacial,
atingindo várias nações (ROUQUAYROL, 1993)
Exemplo: AIDS, tuberculose, etc.
Pandemia
Período Endêmico Período Epidêmico
Mortalidade por Poliomielite
PrevalênciaNº. total de casos de uma doença num período de
tempo ou numa população. Ex: 5176 casos de tuberculose/2008 em Goiânia
IncidênciaNº. de casos novos de uma doença num certo período
de tempo. Ex: 223 casos novos de tuberculose/dezembro
2008/Goiânia
Índices Epidemiológicos
MortalidadeNº. óbitos / população.
EX: Raiva = 1/1.000.000 habitantes
LetalidadeNº. de óbitos / nº. casos da doença.
Ex: 100% para raiva, 30% para tuberculose
Índices Epidemiológicos
Matemática relacionada à transmissão de
doenças.
Epidemiologia Moderna:
Objetivos da Epidemiologia Moderna:
Determinar e isolar o agente etiológico (causador da doença).
Estudo da Forma de Transmissão:Direta (Contato – água, alimentos, ar, etc).Indireta (Vetor - Biológico ou Mecânico).
Patogenicidade – habilidade de um agente infeccioso provocar lesões.
R-Zero ou
Multiplicador da DoençaNúmero médio de indivíduos que
podem contrair a doença a partir de cada pessoa infectada.
Varia conforme a doença.
Exemplo 1: AIDS
Homossexual extrema-mente promíscuo (lem-brem-se que estamos falando da época pré-AIDS)
Morreu em 1984 – Falência renal associada à imunodeficiência
“Paciente zero” na América – Gaetan Dugas, um comissário de bordo da Canadian Air Lines.
20/02/1953
30/03/1984
Dugas
SF1
SF4
TX1
SF5
TX2
SF2
NM2
OK1
SF3
NM1
OK2
LV1
LV2LV3
BS2
BS1
CH3
CH1
CH2
SL2
SL1
ST2
ST1
BS3
SF – San Francisco / NM –Novo México / OK – Oklahoma / TX – Texas
LV – Las Vegas / BS – Boston / CH - Chicago
O caso da AIDSSe um portador de HIV tem 3 parceiros
sexuais, ele contaminará 3 outras pessoas.Se cada um deles tem apenas outros 3
parceiros, além do parceiro transmissor, no final das contas (e se ninguém morrer), só nessa primeira etapa, teremos 13 contaminados.
Seguiremos este padrão para 10 etapas.
1 indivíduo1 + 3 (31) = 4 indivíduos1 + 3 + 9 (32) = 13 indivíduos1+ 3 + 9 + 27 (33) = 40 indivíduos1+3+9+27+81 (34) = 121 indivíduos1+3+9+27+81+243 (35) = 364 indivíduos1+3+9+27+81+243+729 (36) = 1093 indivíduos1+3+9+27+81+243+729+2187 (37) = 3280 indivíduos1+3+9+27+81+243+729+2187+6561 (38) = 9841 indivíduos1+3+9+27+81+243+729+2187+6561+19683 (39) = 27794
indivíduos
Observando uma variação de SEIS MESES entre cada etapa, teremos:
Partindo da premissa que cada infectado transmite a doença para APENAS outros 3 indivíduos em um tempo de 6 meses, teremos em 54 meses, ou 4,5 anos ( 9 intervalos de tempo de 6 meses cada) um total de 27.794 indivíduos infectados e possíveis transmissores.
Obs partimos do pressuposto que NENHUM dos indivíduos morreu nesse intervalo de tempo.
Esses cálculos correspondem à realidade?
NÃO!
Por que?Um indivíduo pode contaminar muito
mais do que apenas 3 outros.Então, a situação real é muito pior do
que a calculada por nós (lembramos que a AIDS demoooooora para manifestar sintomas, e nesse período assintomático, o indivíduo pode contaminar outros...)
Exemplo 02: GripeO contágio é direto (pessoa a
pessoa).
Os sintomas manifestam-se rapidamente.
Vamos imaginar um caso semelhante à Gripe Espanhola
(1918-1919), em que o paciente morria devido à doença (mas
antes contaminava muita gente, pois no período assintomático,
ele era transmissor).
Vítima da Gripe Espanhola morta em 1918, enterrada no
permafrost do Alasca e desenterrada em 1997
por Johan Hultin e Jeffrey Taubenberger,
que conseguiram recuperar o vírus.
Gripe espanholaSupondo que um indivíduo, após
contrair essa doença, venha a óbito em um mês e que nesse período, ele transmita-a para 10 outros indivíduos, teremos o seguinte modelo matemático:
Observando uma variação de UM MÊS entre cada etapa, teremos:
Um indivíduo (100)10 indivíduos (101)100 indivíduos (102)1.000 indivíduos (103)10.000 indivíduos (104)100.000 indivíduos (105)1.000.000 indivíduos (106)10.000.000 indivíduos (107)100.000.000 indivíduos (108)1.000.000.000 indivíduos (109)
Neste caso, a sequência de
termos constitui uma progressão geométrica de
primeiro termo 1 e razão 10.
Esse é um exemplo que pode ser real?
Sim!
Então...Podemos concluir que a dissemi-nação
de uma doença segue um padrão matemático.
Cada paciente pode transmitir a doença para um número X de pessoas.
Dependendo da forma de contágio, o X varia...cada doença tem uma média diferente de contágio.
Continuando...Doenças de contágio direto (Gripe) são mais facilmente disseminadas do que uma doença sexualmente
transmissível (AIDS) ou transmitida por vetor biológico (Dengue).
Lembramos que...A Seleção Natural não elimina TODOS os
indivíduos...Qualquer doença pode ser contida
(nem que seja fazendo o isolamento TOTAL dos pacientes – o que ocorreu
com o surto de Ebola no Zaire em 1996 e com a Pneumonia Asiática na China em
2002)
Casos extremos!
Grupo único de agentes infecciosos, cuja Grupo único de agentes infecciosos, cuja distinção reside na sua organização simples, distinção reside na sua organização simples,
acelular, e no seu padrão de reprodução.acelular, e no seu padrão de reprodução.
Diferem das células vivas em:Organização simples acelular
Ausência de DNA e RNA simultaneamente no mesmo vírus (exceto Citomegalovírus)
Incapacidade de se reproduzirem independentemente de células vivas
Assim, definem-se como:Partículas formadas por estruturas protéicas repetitivas e
regulares que encerram um ácido nucléico.
Entidades potencialmente patogênicas, cujos genomas são ácidos nucléicos que se replicam no interior de células vivas, usando a maquinaria sintética celular, causando a síntese de partículas que podem transferir o genoma para outras células.
Notem que:Ambas as definições evitam as palavras “vida” e
“organismo”.
Os vírus não podem ser definidos como organismos, no sentido clássico do termo, pois:
Não possuem metabolismo próprioNão produzem energiaNão crescem e Não se dividem
Entidades biológicas acelulares não vivas, submicroscópicas e potencialmente patogênicas,
capazes de se replicarem somente em células vivas (parasitas intracelulares obrigatórios), contendo
informação genética num único ácido nucléico (DNA ou RNA) encapsulada em estrutura protéica.
Estrutura
Cápside = Cápsula Protéica
Nucleóide = ácido nucléico viral, normalmente associado a proteínas
NUCLEOCÁPSIDE = CÁPSIDE + NUCLEÓIDE
Alguns vírus consistem apenas numa nucleocápside, enquanto outros possuem ainda um invólucro derivado da membrana celular do hospedeiro.
Duas Estruturas (quatro tipos morfológicos):
Icosaédrica (I) Helicoidal (H)I ou H com invólucroComplexa (I+H)
Estrutura icosaédrica
Icosaedro = sólido regular com 20 faces triângulares e 12 vértices.
Helicoidal = Cápsides helicoidais em forma de cilindro ôco flexíveis ou rígidas.
Estrutura Helicoidal
Estrutura com invólucro
Icosaedros ou helicoidais, mas cuja cápside está envolvida numa membrana
Vírus que não são puramente icosaédricos nem puramente helicoidais, possuindo ambas as estruturas.
Estrutura Complexa
225 nm
300 nm
1.000 nm
90 nm
150 nm
Hemácia10.000 nm
E. Coli(bactéria)
24 nm
nm = nanômetro
DNA Vírus Material genético Viral incorpora-se ao material genético celular.
RNA Vírus Material Genético Viral fica no citoplasma
DNAviral RNAmviral Proteínas Virais
Transcrição Tradução
RNAmviral Proteínas Virais
Tradução
Obs Retrovírus - HIVo Vírus Envelopado.o Possui duas fitas idênticas de RNA.o Possui a enzimaTranscriptase reversa.o O HIV é um retrovírus pois possui a capacidade de produzir DNA a partir de RNA.
Envelope Lipoprotéico
Cápside
2 moléculas de RNA
Enzimas Transcriptase Reversa
Atenção: Para ser considerado retrovírus, não basta possuir RNA
é necessário a presença da enzima transcriptase reversa.
DNAviral RNAmviral Proteínas Virais
Transcrição Tradução
RNAviral
TRANSCRIÇÃO REVERSA
(Transcriptase Reversa)
https://www.youtube.com/watch?v=YQrkNlUuD9Q
Ciclo Lítico
Ciclo Lisogênico