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Fernando Cardoso de Sousa e Joana Dias
GABINETE ACADÉMICO DE INVESTIGAÇÃO E MARKETING
Coordenação: Isa Guerreiro
Lagos, 17 de Novembro de 2007
XIII Congresso do Algarve
Criminalidade e toxicodependência no Algarve:
Um estudo exploratório
Criminalidade e Toxicodependência no Algarve - Um estudo exploratório
XIII Congresso do Algarve
HIPÓTESES
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“A droga constitui, conjuntamente com o terrorismo e a delinquência económica, o principal fenómeno criminal da segunda metade do presente século (…)”
Poaires C., 1998, in Análise Psicocriminal das Drogas – o Discurso do Legislador
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Sujeitos
• Procedimento por inquérito de rua com instrumentos pré-testados
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DROGA E DELITO
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A lei francesa (30 de Dezembro de 1970) definiu qualquer uso ilícito de drogas como um delito em si: o utilizador é, por definição, um delinquente
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CRIMINALIDADE RELACIONADA COM A DROGA
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A dependência de substâncias determina, apenas em certos contextos, actos de agressão ou ataques aos bens alheios. Os recursos só provêm de actos delituosos quando todos os outros sistemas estão esgotados, são insuficientes, ou quando a delinquência já estava lançada antes da toxicodependência.
A heroína e, em particular, a cocaína são as substâncias que predispõem o sujeito a cometer delitos
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Criminalidade associada à Toxicodependência
e atitudes de compra
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CASO DO ALGARVE
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• Relativamente à principal droga consumida no Algarve, constata-se que a heroína prevalece (75%), geralmente por via inalada
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O medo do crime ou a reacção emocional desencadeada pela visualização
antecipada de uma situação de risco, faz com que as pessoas adquiram certos
comportamentos de precaução >>> trancar portas, ligar alarmes e tornar-se fechado na
convivência social, até outros que resultam em consequências sociais e económicas
consideráveis, tais como evitar intencionalmente áreas urbanas marcadas como “áreas
perigosas”, que se constituem como uma espécie de “fronteiras” para grande parte da
população
Outro fenómeno igualmente importante nas relações sociais: o medo altruísta - o
medo de que outras pessoas importantes e pelas quais se teme pela segurança - crianças,
esposas, parentes, etc., - sejam colocadas em situação de risco >>> pode resultar na
adopção de comportamentos anti-sociais, mesmo em situações que, na realidade, não se
constituem como uma ameaça
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ESTEREÓTIPOS E ALARME SOCIAL
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A reacção contra o grupo minoritário pode ser desproporcionalmente maior que a “ameaça” que ele supostamente oferece. A história já nos mostrou que efeitos podem ser produzidos em casos extremos, nos quais os estereótipos sociais são exacerbados - ex. a institucionalização do apartheid na África do Sul, Ku-Klux-Klan, skin-heads - São evidentes os prejuízos pessoais e sociais para o grupo minoritário ao qual foi atribuído o estereótipo. Porém, menos evidentes são as consequências para a sociedade, geradora do estereótipo.
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SALAS DE CHUTO
• Embora as experiências das salas de consumo assistido não sejam excepcionais, os resultados são positivos;• Em Portugal, a iniciativa depende da posição das autarquias. Algumas unidades encontram-se em processo de estruturação e estarão, a médio prazo, em funcionamento em bairros e outras zonas degradadas dos grandes centros;• Os sinais de abertura manifestados por algumas câmaras, contribuem para o optimismo do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), que vê nestes equipamentos uma porta de entrada dos toxicodependentes para o tratamento;
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Comparação do número de sujeitos que vive ou não perto de locais de consumo de droga, por local de residência
Local de Residencia
Co
un
t140
120
100
80
60
40
20
0
Viver proximo local
Sim
Não
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Contra Institucionais Salas de chuto
São agressivosSão criminososConsumo penalizadoEvita toxicodependentesAumento da criminalidade
Devem ser ajudadosForças de segurança eficazesAutarquia eficazEficácia das InstituiçõesCampanhas de prevenção
Distribuição de drogaExistência de salas de chuto
1º Estudo (Estereótipos)
Factores Descritivos Mais Importantes de cada Factor
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Comparação das médias obtidas, em cada factor, pelos indivíduos que associam vs.
que não associam os crimes à toxicodependência
Diferença Significativa para p<.01√
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Comparação das médias de “Vítimas que Não Associam” e “Não Vítimas”
Não Vítimas
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Comparação das médias obtidas em cada factor por indivíduos residentes no Litoral e
no Interior algarvio
Litoral Interior
√ Diferença Significativa para p<.01
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Estimated Marginal Means of Contra os toxicodependentes
Sotavento e Barlavento
BarlaventoSotavento
Estim
ate
d M
arg
ina
l M
ea
ns
3,8
3,7
3,6
3,5
3,4
3,3
Associa Toxic_Não as
Associa
Não associa
Correspondência entre local de residência (Barlavento-Sotavento) e o grau em que os
sujeitos associam os crimes de que foram vítimas à toxicodependência, em relação às
médias obtidas no factor Contra os Toxicodependentes
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InteriorLitoral
Residência Litoral Interior
3,00
2,95
2,90
2,85
2,80
2,75
2,70
2,65
Es
tim
ate
d M
arg
ina
l M
ea
ns
Não associa
Associa
Associa Toxic_Não associa
Estimated Marginal Means of Intervenção institucional
Correspondência entre local de residência (Litoral-Interior) e o grau em que os sujeitos
associam os crimes de que foram vítimas à toxicodependência, em relação às médias
obtidas no factor Intervenção Institucional
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1.355 ---------------------------------------------------------------------------------ocupação 1.314 ! ! ! .908 ! ! ! .868 ! ! fugir .827 ! ! ! .786 ! ! ! .583 ! ! liberali .543 ! ! ! .502 ! ! ! .462 ! ! ! .421 ! ajuda fseguranca ! .381 ! ! ! .340 ! ! reabilitação ! .299 ! ! ! .259 ! ! ! .218 ! ! ! .178 ! ! ! .137 ! prevenção ! ! .096 ! ! ! .015 ---------------------------------------------------------+-- --------------------------------------- -.025 ! ! não ! -.066 ! ! ! -.431 ! ! ! -.472 ! ! ! -.512 voluntario ! ! -.553 ! ! ! -.593 ! ! ! -.634 ! ! ! -.675 ! ! penalização ! -.715 ! ! ! -1.324 ! ! ! -1.365 ! ! ! -1.405 ! outros ! ! -1.446 ------------------------------------------------------------------------------------------------- -1.024 -.611 -.199 .213 .626
Mapa perceptivo resultante da análise factorial de correspondências das respostas dos sujeitos que não foram vítimas de actos criminosos
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XIII Congresso do Algarve938 --------------------------------------------------------------------------------------------prevenção .903 ! ! ! .868 ! ! ! .659 ! ! ! .625 ! ! ajuda ! .590 ! ! ! .311 ! ! ! .277 ! ! outros .242 ! ! ! .172 ! ! ! .137 ! ! ! .103 reabilitação ! ! .068 ! ! ! .033 ---------------------------------------------------------------------+------------------------- -.002 ! ! ! -.037 ! ! ! -.071 ! fseguranca ! ! -.106 ! ! ! -.141 ! penalização ! ! -.176 ! ! ! -.211 ! ! ! -.280 ! ! ! -.315 ! ! ocupação ! -.350 ! ! ! -.559 ! ! ! -.594 ! ! ! -.628 ! ! não ! -.663 ! ! ! -1.150 ! ! ! -1.185 ! ! ! -1.220 ! ! liberali -1.255 ! ! ! -1.394 ! ! ! -1.429 combater ! legalização ! -1.464 ----------------------------------------------------------------------------------------------- -.927 -.611 -.295 .021 .337
Mapa perceptivo resultante da análise factorial de correspondências das respostas dos sujeitos que foram vítimas de actos criminosos, que associam à toxicodependência
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Intolerância Consumidor SegurançaFrequenta estab. comerciais mais caros evitar toxicodependentes.
Deixa de comprar em estab. comerciais se esses locais passarem a ser frequentados por toxicodependentes
Desagrada-lhe a presença de toxicodependentes nos estab. comerciais que frequenta
Abandona locais de lazer que sejam frequentados por toxicodependentes
Desloca-se a um estab. comercial produtos de qualidade mesmo que se encontre zona de risco
Vai a estab. comerciais mal frequentados, se estes tiverem produtos a preços mais apelativos
Segurança essencial para a compra casa
Estab. comerciais que frequenta são sempre seguros
2º Estudo (Comportamentos de Consumo)
Factores Descritivos Mais Importantes de cada Factor
Bens baixo envolvimento Bens elevado envolvimento
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Médias obtidas pelos sujeitos com ou sem experiência com toxicodependência e níveis de receio
Escala de três termos Nível Receio (Muito=1;Pouco=2 e Nada =3 )
Diferença Significativa para p<.01√
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CONCLUSÕES
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RECOMENDAÇÕES
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