UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE MARACUJAZEIRO
AMARELO SOB SALINIDADE E USO DE BIOFERTILIZANTE E
COBERTURA
JOSÉ LUCÍNIO DE OLIVEIRA FREIRE
AREIA – PB
FEVEREIRO – 2011
JOSÉ LUCÍNIO DE OLIVEIRA FREIRE
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE MARACUJAZEIRO
AMARELO SOB SALINIDADE E USO DE BIOFERTILIZANTE E
COBERTURA
AREIA – PB
FEVEREIRO – 2011
JOSÉ LUCÍNIO DE OLIVEIRA FREIRE
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB
SALINIDADE E USO DE BIOFERTILIZANTE E COBERTURA
Prof. Dr. Lourival Ferreira Cavalcante
CCA/UFPB – Orientador
Tese apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Agronomia da
Universidade Federal da Paraíba,
como parte dos requisitos para
obtenção do título de “Doutor em
Agronomia”. Área de Concentração:
Solos e Nutrição das Plantas.
AREIA - PB
FEVEREIRO – 2011
Ficha Catalográfica elaborada na Seção de Processos Técnicos da
Biblioteca Setorial do CCA, UFPB, Campus II, Areia – PB.
F866r Freire, José Lucínio de Oliveira.
Crescimento e desenvolvimento de maracujazeiro amarelo sob salinidade e uso de biofertilizante e cobertura. / José Lucínio de Oliveira Freire. - Areia: UFPB/CCA, 2011. 185 f. il.
Tese (Doutorado em Agronomia) - Centro de Ciências Agrárias.
Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2011.
Bibliografia.
Orientador: Lourival Ferreira Cavalcante.
1. Maracujá 2. Maracujazeiro amarelo – fertilidade 3. Irrigação –
salinidade – taxa de crescimento I. Cavalcante, Lourival Ferreira
(Orientador) II. Título.
UFPB/CCA CDU: 634.776.3(043.2)
v
DEDICATÓRIA
Ao Deus de Abraão, Deus de Isaque, Deus de Jacó, Deus de Davi. Meu
SENHOR e meu DEUS, a quem me prosto em honra, louvor e glorificações pela eterna
misericórdia e por ter me ajudado até aqui, fortalecendo a minha fé na certeza de dias
melhores que virão.
Ao meu pai, LUIZ PAULINO FREIRE. Não tivemos tempo de uma despedida
recíproca, mas sei do orgulho que sentia daquele que, segundo a lenda, era o filho
predileto. Os seus atributos qualitativos de humildade, honestidade e destemor se
cristalizaram em mim no meu dia a dia.
À minha mãe, MARIA DE OLIVEIRA FREIRE, para quem, pessoas simples
como nós só dispõem de um tiro a disparar no alvo da conquista social: a dedicação aos
estudos. É um beneplácito divino e um privilégio único ser filho de D. Maria e de Luiz
Paulino.
Aos meus irmãos Luciano, Luciene, Lúcia, Lucélia, Lucelma, Lucineudo,
Lucion e descendentes — e são dezenas deles —, representantes do meu povo, da minha
mais pura história. A cada um devo as orações, as torcidas a favor e o carinho da
admiração com mão dupla.
À minha esposa querida e amada, MADELE MARIA BARROS DE OLIVEIRA
FREIRE — detentora de um monte de bondades cristalizadas numa única criatura
divina —, sempre comigo “na saúde, na doença, na alegria e na tristeza”. Comigo há 23
anos, dividindo e se abancando nos acampamentos de nômades que somos. Privilegiou-
me em ser a MÃE dos meus filhos Luíza Gabriela, Lucion Sobrinho e do pequenino
Davi. A este quarteto, somando-se aos retrocitados, devo a completude, o supedâneo de
um lar abençoado por Deus e o estímulo-mor por fitar metas que, sem eles, seriam
inalcançáveis. Com eles, os obstáculos, transpu-los todos.
À minha tia Chaguinha e aos meus primos Joaquim Branco e Raynério, a quem
nutro um respeito e uma admiração ímpares.
Às minhas amigas Williana Brito, Valéria Feitosa e Cristina Ercília pela
bondade de serem minhas amigas, verdadeiramente.
Aos meus alunos do ontem, do hoje e do amanhã, pela divisão dos sonhos de
dias melhores.
vi
AGRADECIMENTOS
Tenho a certeza de que a gratidão é um sentimento que alegra ao SENHOR.
Lembro-me da parábola dos dez leprosos curados por Jesus, quando, somente um,
dentre os dez, voltou ao Templo para render graças ao Pai pelo milagre alcançado. E foi
justamente um samaritano, aquele que respondeu à pergunta do Mestre: “Onde estão os
seus amigos? Onde estão?”
Não quero constar da relação das pessoas ingratas, nem comungar com os que
não se acostumaram a dizer MUITO OBRIGADO. Acima e muito além de tudo,
exclamo como o poeta bíblico: “Que darei eu ao meu SENHOR por todos os benefícios
que me tem concedido?” Que ecoe aos quatro cantos a minha gratidão ao Nosso Senhor
Jesus Cristo por todas as bênçãos derramadas.
Com sentimento de justiça e ternura no coração, sou extremamente grato aos que
se seguem no suporte à concretização deste ideal:
à Universidade Federal da Paraíba: por três vezes recorri aos bancos escolares do
Centro de Ciências Agrárias e, nas três vezes, retornei melhor, mais preparado e mais
bem sucedido;
ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Campus Crato,
nas pessoas dos seus Diretores Joaquim Rufino Neto e Éder Cardozo Gomes pela
concessão da liberação e a confiança de que eu bem representaria a Instituição, e
colegas de trabalho;
ao CNPq e CAPES pelo suporte financeiro da pesquisa e bolsa de estudos;
ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Salinidade — INCTSal —
pelas sugestões e amparo na condução dos trabalhos experimentais;
ao Professor Dr. Lourival Ferreira Cavalcante pela adoção como orientado por
me permitir habitar o seu acampamento de profícuas pesquisas em prol da agricultura
do semiárido. A seriedade, competência e infatigável dedicação ao trabalho se
cristalizaram na minha mente e se traduziram numa admiração, respeito e consideração
ímpares;
ao Professor Dr. José Ferreira da Costa Filho, pela bondade no fornecimento de
informações sobre agrometeorologia;
vii
aos Coordenadores do Curso de Pós-Graduação em Agronomia do Centro de
Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, os professores Riselane
Alcântara de Lucena Bruno e Ademar Pereira de Oliveira, sempre solícitos aos meus
apelos de ajuda;
aos mestres do Curso: Alberício Pereira de Andrade, Francisco Assis de
Oliveira, Ivandro de França da Silva, Jacob da Silva Souto, José Ferreira da Costa Filho,
Lourival Ferreira Cavalcante, Rejane Maria Nunes Mendonça, Ricardo Elesbão Alves e
Walter Esfrain Pereira.
aos Professores Doutores Pedro Dantas Fernandes, José Francismar de Medeiros
e Francisco Assis de Oliveira, pela enorme contribuição no acabamento do produto final
dos meus esforços;
ao Professor Dr. Antônio Lucineudo de Oliveira Freire, um instrumento de
consulta constante, não somente na seara da Fisiologia Vegetal, mas como se
comportar com maturidade na ciclotimia de um curso de Doutorado;
a todos os colegas que cruzaram o meu caminho no Curso, em especial, a minha
deferência pela amizade desinteressada e companheirismo recíproco, de Thiago Dias,
Tarcísio Gondim, Saulo Gondim, Alex Matheus, Adriana Diniz, Belísia Diniz, Vinícius
Campos, Stella Prazeres, Adeilson do Nascimento e Sherly Aparecida;
aos funcionários dos Laboratórios do Departamento de Solos e Engenharia Rural
do CCA/UFPB: José do Patrocínio Alves, Sula, Roberval, Ednaldo, Montesquieu,
Gilson e Marielza pela paciência e contribuições;
à Secretária do Curso, Cícera Eliane, pela presteza em todas os meus reclamos e
solicitações;
a José Amaro e todos os colaboradores e guardiões do trabalho no Sítio
Macaquinhos — “Santuário das Teses sobre maracujazeiro amarelo, salinidade e
biofertilizante do CCA” —, pela amizade e auxílio, sem precedentes, na condução do
experimento.
A todos a minha sincera GRATIDÃO.
viii
SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS....................................................................................... xi
LISTA DE FIGURAS........................................................................................ xii
LISTA DE APÊNDICES.................................................................................... xxiv
RESUMO............................................................................................................ xxvii
ABSTRACT........................................................................................................ xxix
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................
1.1. Objetivo geral.....................................................................................
1.2. Objetivos específicos..........................................................................
1
4
4
2. REVISÃO DE LITERATURA..................................................................... 5
2.1. Aspectos econômicos, botânicos, edafoclimáticos e culturais do
maracujazeiro amarelo................................................................................
5
2.2. Salinidade nas plantas em geral e no maracujazeiro
amarelo........................................................................................................
7
2.3. Biofertilizante bovino.......................................................................... 11
2.3.1. Considerações gerais.................................................................
2.3.2. Efeitos do biofertilizante bovino no solo e nas plantas.............
2.3.3. Biofertilizante de esterco bovino e salinidade...........................
2.4. Fluorescência da clorofila a, trocas gasosas e clorofila a em plantas
sob condições de salinidade.................................................................
11
12
13
15
2.5. Consumo hídrico de plantas................................................................. 17
2.6. Necessidades hídricas do maracujazeiro amarelo................................
2.7. Cobertura morta...................................................................................
20
23
3. MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................... 25
3.1. Localização do experimento, clima e solo da área experimental....... 25
3.2. Fatores em estudo, tratamentos e delineamento experimental ........ 28
3.3. Instalação do experimento e dotação hídrica dos tratamentos.................. 29
3.4. Preparo, aplicação do biofertilizante bovino e uso da cobertura morta........ 31
3.5. Implantação e manejo da cultura do maracujazeiro amarelo.....................................................................................................
34
ix
3.6. Variáveis analisadas...................................................................................... 35
3.6.1. Fertilidade e salinidade do solo................................................... 35
3.6.2. Avaliações fenométricas das plantas........................................... 36
3.6.3. Composição mineral das plantas................................................. 37
3.6.4. Fluorescência da clorofila a........................................................ 38
3.6.5. Trocas gasosas............................................................................. 38
3.6.6. Teores de clorofila a, b, total e carotenóides.............................. 39
3.6.7. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo............................... 40
3.6.8. Produção do maracujazeiro amarelo............................................
3.6.9. Eficiência agronômica do uso da água maracujazeiro amarelo...
42
43
3.7. Análises estatísticas............................................................................ 43
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................. 44
4.1. Fertilidade e salinidade do solo.......................................................... 44
4.2. Crescimento e desenvolvimento das plantas...................................... 68
4.3. Composição mineral das plantas....................................................... 77
4.3.1. Macronutrientes na matéria seca foliar....................................... 77
4.3.2. Micronutrientes na seca foliar..................................................... 87
4.4. Fluorescência da clorofila a e eficiência fotoquímica........................ 98
4.4.1. Fluorescência inicial (F0)............................................................ 98
4.4.2. Fluorescência máxima (Fm)........................................................ 101
4.4.3. Fluorescência variável (Fv)......................................................... 102
4.4.4. Relação Fv/F0............................................................................. 104
4.4.5. Rendimento quântico potencial (Fv/Fm)..................................... 105
4.5. Trocas gasosas.................................................................................... 108
4.5.1. Concentração interna de CO2 (Ci)............................................... 108
4.5.2. Condutância estomática (gs)....................................................... 110
4.5.3. Taxa transpiratória (E)................................................................. 112
4.5.4. Taxa fotossintética (A)............................................................... 113
4.6. Teores de clorofila a, b, total e carotenóides...................................... 115
4.7. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo....................................... 121
4.7.1. Condições térmicas no ambiente dos lisímetros......................... 121
4.7.2. Evapotranspiração da cultura (ETc)............................................ 124
x
4.7.3. Evapotranspiração de referência (ET0) e coeficientes de cultivo
(Kc)...............................................................................................
135
4.7.4. Condutividade elétrica da solução lixiviada (CESL)................... 139
4.8. Produção.............................................................................................
4.8.1. Abscisão das flores do maracujazeiro amarelo.............................
4.8.2. Número de frutos por planta..........................................................
4.8.3. Massa média dos frutos.................................................................
4.8.4. Produção de frutos por planta.......................................................
4.9. Eficiência agronômica de uso de água (EAUA)................................
5. CONCLUSÕES..............................................................................................
140
140
142
143
145
146
149
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................... 150
7. APÊNDICES................................................................................................... 174
xi
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1. Composição física, química e salinidade do substrato
(solo + esterco bovino) utilizado nos tratamentos.
Remígio, PB, 2010..........................................................
27
Tabela 2. Composição química do biofertilizante bovino e das
águas utilizadas nas irrigações do maracujazeiro
amarelo. Remígio, PB, 2010..........................................
33
Tabela 3. Valores médios de alturas de plantas, período de poda
da haste principal e diâmetros caulinares para
determinações das taxas de crescimento absoluto e
relativo de altura e diâmetro caulinar do maracujazeiro
amarelo............................................................................
36
Tabela 4. Valores da temperatura (o C) na superfície do substrato
(SS), a 5 cm de profundidade, na superfície externa da
cobertura morta (SECM), na superfície externa dos
lisímetros (SEL) e variações de temperatura entre os
tratamentos sem e com cobertura (∆t), nas diferentes
fases diferentes fases fenológicas de maracujazeiro
amarelo irrigado com água não salina (NS) e salina (S),
no solo sem (SB) e com biofertilizante bovino (CB),
sem (SC) e com cobertura morta
(CC).................................................................................
123
Tabela 5. Evaporação do tanque Classe “A” (ECA), evapotranspiração de referência (ET0) e valores médios de ECA e ET0 nas distintas fases fenológicas do maracujazeiro amarelo no período de setembro de 2009 a abril de 2010 no Sítio Macaquinhos, Remígio, PB......................................................................................
135
xii
LISTA DE FIGURAS Página
Figura 1.
Localização geográfica do município de Remígio, PB................
25
Figura 2. Distribuição mensal de chuvas (A) e valores de temperaturas
máximas, médias e mínimas do ar durante a condução do
experimento, de setembro de 2009 a abril de 2010
(B).................................................................................................
26
Figura 3. Curva característica de retenção de água do substrato composto
de solo e esterco bovino. Remígio, PB, 2010..............................
28
Figura 4. Arranjo espacial na área experimental do maracujazeiro amarelo
cultivado em recipientes plásticos utilizados como lisímetros de
pressão....................................................................
29
Figura 5. Disposição dos recipientes plásticos utilizados como lisímetros,
posição dos drenos e dos recipientes coletores da suspensão
lixiviada.................................................................................
30
Figura 6. Disposição da camada de brita e da areia lavada de rio na face inferior
dos recipientes plásticos utilizados como lisímetros de
pressão..........................................................................................
30
Figura 7. Procedimento da irrigação do maracujazeiro amarelo e tanque Classe
“A” instalado no local do experimento.................................................
31
Figura 8. Preparo e aplicação do biofertilizante bovino nos recipientes
plásticos utilizados como lisímetros de pressão..................................
32
Figura 9. Disposição da cobertura morta no ambiente superficial dos
recipientes plásticos utilizados como lisímetros de pressão...........
34
Figura 10. Leitura das variáveis de fluorescência da clorofila a em
maracujazeiro amarelo com utilização do instrumento Plant
Efficiency Analyser – PEA II®....................................................
38
Figura 11. Medições de trocas gasosas no maracujazeiro amarelo com
analisador de gás carbônico a infravermelho portátil (IRGA).....
39
Figura 12. Medição de temperatura com termômetro digital nos recipientes
plásticos usados como lisímetros de pressão.............
41
Figura 13. Leitura da condutividade elétrica da suspensão lixiviada após
irrigação do maracujazeiro amarelo com água de baixa (0,5 dS
xiii
m-1) e alta salinidade (4,5 dS m-1)................................................ 42
Figura 14. Valores de pH do solo em função da irrigação com água não
salina e salina, em substratos sem e com biofertilizante comum
cultivados com maracujazeiro amarelo em floração....................
44
Figura 15. Teores de matéria orgânica no solo cultivado com maracujazeiro
amarelo irrigado com água não salina, salina e submetido às
condições de biofertilização e cobertura morta na época da
floração........................................................................
46
Figura 16. Teores de H+ + Al
3+ em substratos com maracujazeiro amarelo,
no estádio de floração, irrigado com água não salina e salina, em
solo sem e com cobertura.......................................................
47
Figura 17. Teores de fósforo extraível do solo na fase de florescimento do
maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina (A)
e em lisímetros sem e com biofertilizante bovino
(B)..................................................................................................
48
Figura 18. Valores de potássio no solo na fase de florescimento do
maracujazeiro amarelo em função da aplicação de água não
salina e salina em substratos sem e com biofertilizante, sem e
com cobertura morta......................................................................
49
Figura 19. Valores de cálcio no solo em função da aplicação de água não
salina e salina em substratos sem e com biofertilizante comum
cultivados com maracujazeiro amarelo à época da
floração..........................................................................................
51
Figura 20. Teores de magnésio no solo na floração do maracujazeiro
amarelo tratado com biofertilizante bovino..................................
53
Figura 21. Valores de sódio no solo à época da floração do maracujazeiro
amarelo em função da aplicação de água não salina e salina em
substratos sem e com biofertilizante, sem e com cobertura
morta..............................................................................................
54
Figura 22. Capacidade de troca catiônica (CTCpH 7) à época da floração no
solo cultivado com maracujazeiro amarelo irrigado com água
não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino...................
55
Figura 23. Teores de boro no solo cultivado com maracujazeiro amarelo
xiv
irrigado com água não salina, salina e submetidas às condições
de biofertilização e cobertura morta na época da
floração...........................................................................................
57
Figura 24. Teores de ferro no solo cultivado com maracujazeiro amarelo
submetido à irrigação com água não salina e salina, sem e com
biofertilizante bovino, na época de floração..................................
58
Figura 25. Teores de manganês no solo cultivado com maracujazeiro
amarelo submetido às condições de uso de biofertilizante
bovino, na época de floração.......................................................
59
Figura 26. Teores de zinco no solo cultivado com maracujazeiro amarelo
submetido à irrigação com água não salina e salina, sem e com
biofertilizante bovino (A) e sob condições de aplicação de
biofertilizante e cobertura morta (B), na época de floração...........
61
Figura 27. Valores da salinidade no extrato de saturação (CEes), no final do
experimento, no solo sob irrigação com água salina e não salina,
sem e com biofertilizante bovino (A) e irrigado com água salina
e não salina, sem e com cobertura morta (B).................................
62
Figura 28. Valores da salinidade no extrato de saturação (CEes), no final do
experimento, no solo sem e com biofertilizante bovino, sem e
com cobertura............................................................................
63
Figura 29. Percentagem de sódio trocável (PST) do solo em função da
aplicação de água não salina e salina em substratos sem e com
biofertilizante, sem e com cobertura morta, cultivados com
maracujazeiro amarelo na floração..............................................
64
Figura 30. Percentagem de sódio trocável (PST) do solo cultivado com
maracujazeiro amarelo, ao final do experimento, em função da
aplicação de água não salina e salina em substratos sem e com
biofertilizante...............................................................................
66
Figura 31. pH do extrato de saturação do solo (pHes) no final do
experimento com maracujazeiro amarelo irrigado com água
salina e não salina, sem e com biofertilizante bovino (A) e
irrigado com água salina e não salina, sem e com cobertura
morta (B)........................................................................................
67
xv
Figura 32. pH do extrato de saturação do solo (pHes) no final do
experimento com maracujazeiro amarelo sem e com aplicação de
biofertilizante, sem e com cobertura morta...............................
68
Figura 33. Taxa de crescimento absoluto em altura (TCAA) de plantas de
maracujazeiro amarelo irrigadas com água não salina, salina e
submetidas às condições de biofertilização e cobertura
morta...............................................................................................
69
Figura 34. Taxa de crescimento relativo em altura (TCRA) de plantas de
maracujazeiro amarelo irrigadas com água de baixa e alta
salinidade, no solo sem e com biofertilizante................................
71
Figura 35. Taxa de crescimento absoluto em diâmetro caulinar (TCADC) de
plantas de maracujazeiro amarelo irrigadas com água de baixa e
alta salinidade, sem e com biofertilizante (A) e sem e com
cobertura morta (B)........................................................................
72
Figura 36. Taxa de crescimento relativo em diâmetro caulinar (TCRDC) do
maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina (A),
sem e com biofertilizante bovino (B).....................................
73
Figura 37. Período de poda dos ramos laterais em plantas de maracujazeiro
amarelo irrigadas com água não salina e salina (A) e efeitos do
biofertilizante bovino e cobertura morta sobre o período de poda
dos ramos laterais do maracujazeiro amarelo (B)..........................
74
Figura 38. Efeitos da irrigação com água não salina e salina sobre o
comprimento dos internódios (A) e número de ramos produtivos
em plantas de maracujazeiro amarelo (B)......................................
76
Figura 39. Diâmetro do caule de plantas aos 217 dias sob irrigação com
água não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino (A),
sem e com biofertilizante e cobertura morta (B)............................
77
Figura 40. Teores de nitrogênio na matéria seca foliar do maracujazeiro
amarelo sob condições de irrigação com água não salina e salina,
no solo sem e com biofertilizante e cobertura morta.....................
78
Figura 41. Teores de fósforo na matéria seca foliar do maracujazeiro
amarelo irrigado com água não salina e salina...............................
79
Figura 42. Teores de potássio na matéria seca foliar do maracujazeiro
xvi
amarelo sob condições de irrigação com água não salina e salina,
sem e com biofertilizante e cobertura morta..................................
81
Figura 43. Teores de cálcio na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo
irrigado com água não salina e salina (A), sem e com
biofertilizante (B)...........................................................................
83
Figura 44. Teores de magnésio na matéria seca foliar do maracujazeiro
amarelo irrigado com água não salina e salina (A), sem e com
biofertilizante (B)...........................................................................
84
Figura 45. Teores de enxofre na matéria seca foliar do maracujazeiro
amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com
biofertilizante bovino (A) e sem e com biofertilizante e cobertura
morta (B)........................................................................................
86
Figura 46. Teores de boro na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo
irrigado com água não salina e salina, sem e com
biofertilizante...............................................................................
87
Figura 47. Teores de cobre na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo
irrigado com água não salina e salina, sem e com
biofertilizante...............................................................................
88
Figura 48. Teores de ferro na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo
irrigado com água não salina e salina, sem e com
biofertilizante..................................................................................
90
Figura 49. Teores de manganês na matéria seca foliar do maracujazeiro
amarelo irrigado com água não salina e salina (A), sem e com
biofertilizante (B).........................................................................
92
Figura 50. Teores de zinco na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo
irrigado com água não salina e salina (A), sem e com
biofertilizante (B)...........................................................................
92
Figura 51. Teores de sódio na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo
irrigado com água não salina e salina, sem e com
biofertilizante...............................................................................
94
Figura 52. Relação Na+/Ca2+ na matéria seca foliar do maracujazeiro
amarelo irrigado com água não salina e salina (A) e tratamentos
sem e com biofertilizante (B).........................................................
95
xvii
Figura 53. Relação Na+/Mg2+ na matéria seca foliar do maracujazeiro
amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com
biofertilizante................................................................................
96
Figura 54. Relação Na+/K+ na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo
em tratamento sem e com cobertura do solo (A) e irrigado com
água não salina e salina, sem e com biofertilizante
(B)...................................................................................................
97
Figura 55. Fluorescência inicial (F0) no início da floração do maracujazeiro
amarelo irrigado com água não salina (0,5 dS m-1) e salina (4,5
dS m-1)............................................................................................
98
Figura 56. Fluorescência inicial (F0) no início da floração do maracujazeiro
amarelo irrigado nos tratamentos sem e com biofertilizante
bovino (A) e sem e com cobertura morta (B).................................
99
Figura 57. Fluorescência inicial (F0) no final da fase produtiva do
maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina (A)
e em função da utilização do biofertilizante bovino e cobertura
morta (B)........................................................................................
100
Figura 58. Fluorescência máxima (Fm) no final da fase produtiva do
maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina.......
102
Figura 59. Fluorescência variável (Fv) do maracujazeiro amarelo irrigado
com água não salina e salina, no início da floração (A) e no final
da fase produtiva (B)......................................................................
103
Figura 60. Relação Fv/F0 no início da floração do maracujazeiro amarelo
sob condições de irrigação com água não salina, salina em covas
sem e com biofertilizante bovino e cobertura morta......................
104
Figura 61. Relação Fv/F0 no final da fase produtiva do maracujazeiro
amarelo irrigado com água não salina e salina (A), sem e com
biofertilizante bovino (B)...............................................................
105
Figura 62. Rendimento quântico potencial (FvFm) do maracujazeiro amarelo
no início da floração e irrigado com água não salina e
salina...............................................................................................
106
Figura 63. Rendimento quântico potencial (FvFm) ao final da fase produtiva
do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina
xviii
(A), sem e com biofertilizante bovino (B)..................................... 107
Figura 64. Concentração interna de CO2 (Ci) em folhas de maracujazeiro
amarelo em solo sem e com biofertilizante bovino na época da
floração (A) e irrigado com água não salina e salina, sem e com
biofertilizante, no encerramento da fase produtiva (B)..................
110
Figura 65. Condutância estomática em folhas de maracujazeiro amarelo
irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante
bovino e cobertura morta no encerramento da fase produtiva.......
111
Figura 66. Taxa transpiratória no encerramento da fase produtiva do
maracujazeiro amarelo em solo sem e com biofertilizante e
cobertura morta...............................................................................
112
Figura 67. Fotossíntese líquida no encerramento da fase produtiva do
maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina.......
114
Figura 68. Teores de clorofila a em folhas de maracujazeiro amarelo
irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante
bovino e cobertura morta................................................................
116
Figura 69. Teores de clorofila b em folhas de maracujazeiro amarelo sob
condições de irrigação com água não salina e salina, sem e com
biofertilizante bovino e cobertura morta........................................
118
Figura 70. Teores de clorofila total em folhas de maracujazeiro amarelo
irrigado com água não salina e salina, sem e com cobertura
morta (A) e sem e com biofertilizante, sem e com cobertura
morta (B)........................................................................................
119
Figura 71. Teores de carotenóides no tecido foliar do maracujazeiro
amarelo sob condições de irrigação com água não salina, salina
em covas sem e com biofertilizante bovino e cobertura morta......
120
Figura 72. Temperaturas médias diárias da superfície do substrato e da
cobertura morta (A) e da superfície exterior dos lisímetros (B)
com maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e
salina, sem e com biofertilizante, sem e com cobertura
morta...............................................................................................
122
Figura 73. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo irrigado com água
não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino, sem e com
xix
cobertura morta no estádio de crescimento apical das plantas
(Fase I)..........................................................................................
124
Figura 74. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo irrigado com água
não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino, sem e com
cobertura morta no estádio de crescimento dos ramos laterais e
produtivos (Fase II)........................................................................
127
Figura 75. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo irrigado com água
não salina e salina, no solo sem e com biofertilizante bovino,
sem e com cobertura morta no estádio de florescimento,
frutificação e amadurecimento dos frutos (Fase
III)..................................................................................................
129
Figura 76. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo irrigado com água
não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino (A), sem e
com cobertura do solo (B) no estádio de repouso vegetativo após
a colheita dos frutos (Fase IV).......................................................
131
Figura 77. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo em função da
utilização do biofertilizante bovino e cobertura morta no estádio
de repouso vegetativo após a colheita dos frutos (Fase
IV).................................................................................................
132
Figura 78. Consumo hídrico total ou evapotranspiração acumulada da
cultura do maracujazeiro amarelo sob condições de irrigação
com água não salina e salina, sem e com biofertilizante e
cobertura do solo............................................................................
134
Figura 79. Valores médios dos coeficientes de cultivo (Kc) de
maracujazeiro amarelo no estádio de crescimento apical (Fase I)
no solo sem e com biofertilizante bovino (A), sem e com
cobertura morta (B)........................................................................
136
Figura 80. Coeficiente de cultivo de maracujazeiro amarelo, nos estádio
fenológico de crescimento dos ramos laterais e produtivos (Fase
II) (A) e floração e frutificação (Fase III) (B), sob irrigação com
água não salina e salina, sem e com biofertilizante e cobertura
morta...............................................................................................
137
Figura 81. Coeficiente de cultivo (Kc) no estádio de repouso vegetativo
xx
após a colheita dos frutos de plantas irrigadas com água não
salina e salina, sem e com biofertilizante bovino (A), sem e com
cobertura morta (B)........................................................................
138
Figura 82. Condutividade elétrica da suspensão lixiviada (CESL) nos
lisímetros cultivados com maracujazeiro amarelo irrigado com
água não salina e salina, sem e com biofertilizante, sem e com
cobertura morta...............................................................................
139
Figura 83. Abscisão floral em plantas de maracujazeiro amarelo irrigadas
com água de baixa e alta salinidade (A), sem e com cobertura
morta (B)........................................................................................
140
Figura 84. Número de frutos por planta de maracujazeiro amarelo irrigados
com água não salina e salina em lisímetros sem e com
biofertilizante bovino (A), sem e com cobertura morta (B)...........
142
Figura 85. Massa média dos frutos do maracujazeiro amarelo irrigado com
água não salina e salina, em substrato sem e com
biofertilizante...............................................................................
144
Figura 86. Efeitos na produção por planta em solo sem e com cobertura (A)
e de maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e
salina, em substrato sem e com biofertilizante (B)........................
145
Figura 87. Eficiência agronômica de uso de água (EUA) em maracujazeiro
amarelo no solo sem e com cobertura (A) e sob condições de
salinidade da água de irrigação, no solo sem e com
biofertilizante bovino (B)...............................................................
147
xxi
LISTA DE APÊNDICES
Página
Apêndice 1. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes a matéria orgânica (MO), acidez potencial (H + Al), pH, fósforo (P) e potássio (K) no solo na época da floração do maracujazeiro amarelo.................................................................
175
Apêndice 2. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores de cálcio (Ca), magnésio (Mg), sódio (Na) e capacidade de troca catiônica (CTC) no solo na época da floração do maracujazeiro amarelo.........................
175
Apêndice 3. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores de ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn) e boro (B) no solo na época da floração do maracujazeiro amarelo............................................................
176
Apêndice 4. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, dos valores de porcentagem de sódio trocável (PST), pH do extrato de saturação (pHes) e condutividade elétrica do extrato de saturação (CEes), na floração(1) ao final do experimento(2) em solo cultivado com maracujazeiro............
176
Apêndice 5. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes às taxas de crescimento absoluto e relativo em altura (TCAA, TCRA), taxas de crescimento absoluto e relativo em diâmetro caulinar (TCADC, TCRDC) do maracujazeiro amarelo............................................................
177
Apêndice 6. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes a comprimento de internódios (CI), número de ramos produtivos (NRP) e diâmetro caulinar (DC) do maracujazeiro amarelo............................................................
177
Apêndice 7. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S) no tecido foliar do maracujazeiro amarelo.............................................
178
Apêndice 8. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores de boro (B), ferro (Fe), cobre (Cu), manganês (Mn) e zinco (Zn) no tecido foliar do maracujazeiro amarelo............................................................
178
Apêndice 9. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores de sódio (Na), relações sódio/cálcio (Na/Ca), sódio/magnésio (Na/Mg) e sódio/potássio (Na/K) no tecido foliar do maracujazeiro amarelo.............................
179
xxii
Apêndice 10. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes à fluorescência inicial (F0), fluorescência máxima (Fm) e fluorescência variável (Fv) do maracujazeiro amarelo no início da floração (1) e encerramento da fase produtiva (2).
179
Apêndice 11. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes à fluorescência inicial (F0), fluorescência máxima (Fm) e fluorescência variável (Fv) do maracujazeiro amarelo no início da floração (1) e encerramento da fase produtiva (2).
180
Apêndice 12. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes à concentração interna de CO2 (Ci), condutância estomática (gs) e taxa transpiratória (E) e fotossíntese líquida (A) do maracujazeiro amarelo no início da floração (1) e encerramento da fase produtiva (2)...................................
180
Apêndice 13. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes à fotossíntese líquida (A) do maracujazeiro amarelo no início da floração (1) e encerramento da fase produtiva (2)............................................................................
181
Apêndice 14. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores de clorofila a (Cla), clorofila b (Clb), relação Cla/Clb, clorofila total (CT) e carotenóides (CRT) no tecido foliar do maracujazeiro amarelo..................................
181
Apêndice 15. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos valores médios de evapotranspiração da cultura (ETc) nas fases I a IV da planta e consumo hídrico total (ETcTOTAL) do maracujazeiro amarelo............................
182
Apêndice 16. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos valores médios de coeficientes de cultivo (Kc) nas fases I a IV do maracujazeiro amarelo.............................
182
Apêndice 17. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes à abscisão de flores (ABF), número de frutos por planta (NFP), massa média (MMF) e produção de frutos (PF) do maracujazeiro amarelo...............................................
183
Apêndice 18. Apêndice 19. Apêndice 20.
Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes à condutividade elétrica da suspensão lixiviada (CESL) e eficiência agronômica do uso de água (EAUA) do maracujazeiro amarelo...........................................................
Valores médios dos dados do balanço hídrico para do consumo hídrico referentes à precipitações (mm), volume de água aplicada (L) e volume de água drenada (L) nas fase de crescimento apical (Fase I) do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina (NS) e salina (S), no solo sem (SB) e com (CB) biofertilizante, sem (SC) e com (CC) cobertura morta........................................... Valores médios dos dados do balanço hídrico para do consumo hídrico referentes à precipitações (mm), volume de água aplicada
183
184
xxiii
Apêndice 21. Apêndice 22.
(L) e volume de água drenada (L) na fase de crescimento dos ramos laterais e produtivos (Fase II) do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina (NS) e salina (S), no solo sem (SB) e com (CB) biofertilizante, sem (SC) e com (CC) cobertura morta Valores médios dos dados do balanço hídrico para do consumo hídrico referentes à precipitações (mm), volume de água aplicada (L) e volume de água drenada (L) na fase de floração e frutificação (Fase III) do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina (NS) e salina (S), no solo sem (SB) e com (CB) biofertilizante, sem (SC) e com (CC) cobertura morta................. Valores médios dos dados do balanço hídrico para do consumo hídrico referentes à precipitações (mm), volume de água aplicada (L) e volume de água drenada (L) na fase de encerramento da produção e repouso vegetativo (Fase IV) maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina (NS) e salina (S), no solo sem (SB) e com (CB) biofertilizante, sem (SC) e com (CC) cobertura morta...........................................................................................
184
185
185
xxiv
JOSÉ LUCÍNIO DE OLIVEIRA FREIRE. Crescimento e desenvolvimento de
maracujazeiro amarelo sob salinidade e uso de biofertilizante e cobertura. Areia,
Centro de Ciências Agrárias, UFPB, fevereiro de 2011. 185p. Tese. Programa de Pós-
Graduação em Agronomia. Orientador: Prof. Dr. Lourival Ferreira Cavalcante.
RESUMO
Um experimento foi conduzido entre setembro de 2009 e abril de 2010 no
município de Remígio, PB, para se avaliar as respostas do maracujazeiro amarelo
(Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Degener) relacionadas à fertilidade e salinidade
edáfica, fenometria quantitativa, eficiência fotossintética, trocas gasosas, nutrição
mineral, consumo hídrico, produção e eficiência agronômica do uso de água pelas
plantas. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, no esquema
fatorial 2 x 2 x 2, referente à irrigação com água não salina (0,5 dS m-1) e salina (4,5 dS
m-1), sem e com biofertilizante bovino, sem e com cobertura morta, com três repetições
e três plantas por parcela, em recipientes plásticos circulares utilizados como lisímetros
de pressão, com 130 dm3 de volume e drenos na parte inferior para a lixiviação do
excesso de sais. A irrigação com água salina eleva a capacidade de troca catiônica e,
conjuntamente com o biofertilizante, aumenta os teores de potássio, cálcio e sódio no
solo. No início da floração, as plantas dos tratamentos com biofertilizante estão
adequadamente supridas em nitrogênio, magnésio, enxofre, cobre, manganês e zinco e a
irrigação com água salina eleva os teores de sódio nas folhas e provoca desequilíbrio na
acumulação foliar de potássio, cálcio e magnésio. A água salina e o biofertilizante
elevam e a cobertura morta reduz a condutividade elétrica do solo. As plantas sob
estresse salino apresentam atividade fotoquímica do fotossistema II e fotossíntese
líquida inibidas, resultando em menores massas médias dos frutos e produção da
cultura. A elevada abscisão das flores resulta na baixa produtividade das plantas, com
maiores prejuízos nos tratamentos com água salina, sem biofertilizante e sem cobertura
morta. O consumo hídrico é reduzido nas plantas sob estresse salino e a eficiência
agronômica do uso de água é superior nas plantas tratadas com biofertilizante e no solo
com cobertura morta.
xxv
PALAVRAS-CHAVE: Fertilidade do solo; taxas de crescimento; fluorescência; trocas
gasosas; consumo hídrico.
xxvi
JOSÉ LUCÍNIO DE OLIVEIRA FREIRE. Growth and development of yellow
passion fruit under salinity and use of biofertilizier in coverage. Areia, Centro de
Ciências Agrárias, UFPB, february Fo the 2011. 185p. Thesis. Post-Graduation in
Agronomy. Adviser: Prof. Dr. Lourival Ferreira Cavalcante.
ABSTRACT
An experiment was conducted between September 2009 and April 2010 in
Remigio, Paraiba State, to evaluate the responses of yellow passion fruit (Passiflora
edulis Sims f. flavicarpa Degener) related to fertility and soil salinity, fenometric
quantitative, photosynthetic efficiency, gás Exchange, mineral nutrition, water
consumption yield and water use efficiency by plants. The experimental design was
randomized blocks in a 2x2x2 factorial, related to irrigation with not saline (0.5 dS m-1)
and saline water (4.5 dS m-1), soil with and without biofertilizer, with and without
mulch, in three replications. Three plants were maintained in plastic containers used as
pressure circular lysimeters with 130 dm3 volume and drains to the leaching of salts
excess. The irrigation with saline water raises the cation exchange capacity, and
together with the biofertilizer increases levels of potassium, calcium and sodium in soil.
At the beginning of flowering, plants that received biofertilizer are adequately provided
in nitrogen, magnesium, sulfur, copper, manganese, zinc, and irrigation with saline
water increases the leaves sodium contents and causes imbalance in the leaf
accumulation of potassium, calcium and magnesium. The saline water and biofertilizer
increases, whereas mulch reduce the electrical conductivity of soil. Salt stress inhibits
the photosystem II photochemical activity and net photosynthesis, results lower fruit
weight average and crop yield. The high flower abscission results in low productivity of
plants, with high losses in treatments with saline water, soil without fertilizer and
without mulch. The water consumption is reduced in plants under salt stress and water
use agronomic efficiency was higher in plants treated with fertilizer and soil mulch.
KEYWORDS: Soil fertility, growth rates, fluorescence, gas exchange, water use.
1
1. INTRODUÇÃO
No agronegócio brasileiro, a fruticultura irrigada é uma expressiva fonte
geradora de divisas para o País e de empregos diretos e indiretos na cadeia produtiva.
Para Freitas et al. (2009), esse segmento da economia é um dos mais importantes da
agricultura brasileira, respondendo por mais de 25% do valor da produção agrícola
nacional.
Com contribuição significativa no desempenho da fruticultura, principalmente
em níveis de médio e pequeno produtor, insere-se a exploração da cultura do
maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.), com relevante papel
socioeconômico. O Brasil ocupa a posição de maior produtor e consumidor mundial de
maracujá e o suco da sua fruta é o terceiro mais produzido no País (AGRIANUAL,
2009).
Em 2009, a produtividade nacional da cultura do maracujazeiro amarelo foi de
14,1 t ha-1, o que, segundo Ruggiero (2000), é considerada muito baixa, em comparação
com o potencial biológico da cultura em produzir entre 40 a 45 t ha-1 ano-1, em
condições adequadas de manejo. No Estado da Paraíba, no mesmo ano, a produção total
da cultura foi de 6.533 toneladas e rendimento de 8,5 t ha-1 (IBGE, 2010).
Na região semiárida do Nordeste brasileiro, o manejo da cultura depende da
irrigação, em muitos casos com uso de água com alto teor de sais (GUILHERME et al.,
2005), o que pode induzir modificações fisiológicas e comprometer o crescimento e
desenvolvimento das plantas. Para Cavalcante et al. (2006), nessa região, além da
variabilidade espaço-temporal das chuvas, a qualidade da água, muitas vezes, limita a
capacidade produtiva de muitas culturas, inclusive a do maracujazeiro amarelo,
principalmente quando o solo não possui condições físicas para lixiviação dos sais e
aeração suficiente à expansão radicular. Entretanto, a expansão das áreas agrícolas
insuficiente à demanda populacional, o elevado volume de água utilizada na agricultura,
a redistribuição irregular das pluviosidades e redução da disponibilidade de água de boa
qualidade, nas regiões áridas e semiáridas, verifica-se a necessidade de se utilizar águas
salinas na produção agrícola.
Para Ayers e Westcott (1999), água de irrigação que possui condutividade
elétrica entre 0,70 e 3,00 dS m-1 (C1) e acima de 3,00 dS m-1 (C3) são consideradas,
respectivamente, de riscos moderado e severo de salinidade.
2
A salinidade é um dos estresses abióticos que mais limita o crescimento e a
produtividade das plantas em todo o mundo. No maracujazeiro amarelo, são relatados
reflexos negativos decorrentes da irrigação de plantas com águas de diferentes níveis de
salinidade na germinação de sementes (MEZA; ARIZALETA; BAUTISTA, 2007),
consumo hídrico (FREIRE et al., 2011), atributos biométricos de mudas e plantas
(SOARES et al., 2002; CAVALCANTE et al., 2005a; COSTA et al., 2005), teores de
pigmentos fotossintéticos foliares (FREIRE et al., 2010b), produção (NASCIMENTO,
2010) e atributos qualitativos externos e internos dos frutos (COSTA et al., 2001;
CAVALCANTE et al., 2003; FREIRE et al., 2010a; NASCIMENTO, 2010).
Submetidas a estresses abióticos ou ambientais as plantas expõem sintomas de
alterações no estado funcional das membranas dos tilacóides dos cloroplastos que
provocam mudanças nas características dos sinais de fluorescência, quantificados nas
folhas pela fluorescência inicial (F0), máxima (Fm) e variável (Fv) da clorofila a, além
do rendimento quântico potencial (Fv/Fm) (BAKER e ROSENQVST, 2004). A
exposição a níveis de 0,4 a 6,0 dS m-1 não influenciaram as variáveis de F0, Fm, Fv e
Fv/Fm em cultivares de amendoinzeiros (Arachis hipogaea L.), embora tenha
comprometido os componentes de crescimento e produtivos das plantas (CORREIA et
al., 2009). Em avaliações de porta-enxertos de mangueiras, Lucena (2009) verificou que
o aumento da salinidade da água de irrigação promoveu declínio no rendimento
quântico potencial com danos no aparelho fotossintético. As plantas apresentaram
reduções nas variáveis de trocas gasosas como condutância estomática, taxa
transpiratória e fotossíntese líquida quando submetidas a estresse salino, semelhante ao
observado por Cruz et al. (2003) em limão cravo.
Embora a irrigação seja uma ferramenta de manejo que contribua para ganhos
quantitativos e qualitativos no cultivo do maracujazeiro amarelo, em razão de
incrementos na produtividade, uniformidade, continuidade de produção e melhorias nos
atributos externos e internos dos frutos (FREIRE et al., 2010a), para Cavalcante et al.
(2003), a inconveniência da sensibilidade das culturas aos sais da água e do solo
evidencia a necessidade de pesquisas que tenham como meta a obtenção de tecnologias
viáveis para os produtores e que possam minimizar os efeitos deletérios da salinidade às
plantas, já que é, quase obrigatória, a utilização de águas salinas na agricultura em
regiões semiáridas.
3
A utilização de técnicas e de biofertilizante produzido a partir da fermentação
anaeróbica do esterco bovino fresco, com o intuito de reduzir os efeitos depressivos da
salinidade da água, ou do solo, são possibilidades testadas nos últimos anos para
minimizar os problemas de salinização dos solos e proporcionarem o uso de águas
salinas na agricultura irrigada. Campos e Cavalcante (2009) verificaram que o uso do
biofertilizante bovino, semelhante ao observado por Sousa et al. (2008), Campos et al.
(2009) e Rebequi et al. (2009), respectivamente com maracujazeiro amarelo,
mamoneira e limão Cravo, reduziu os efeitos negativos da salinidade da água nos
componentes de crescimento de pimentão. Freire et al. (2010a) relataram os efeitos
positivos do biofertilizante bovino e da cobertura morta na qualidade pós-colheita do
maracujazeiro amarelo irrigado com águas de baixa e alta salinidade.
A cobertura morta com restos vegetais emanados da própria propriedade rural,
além do objetivo meio de redução a temperatura no ambiente edáfico e de manter a
umidade do solo, vem sendo utilizada com a finalidade de diminuir a evaporação da
água disponibilizada às plantas, evitando o incremento da concentração salina e
promovendo depleção nos quantitativos de sais na superfície do solo e próximo à zona
radicular (STAMETS e CHILTON, 1983; COSTA, 2007).
Com o uso da cobertura morta em maracujazeiro amarelo, Andrade et al. (2009)
obtiveram uma produtividade 25,56 t ha-1, superior em mais de 6,0 t ha-1 ao rendimento
de plantas sem o uso dessa prática protetiva do solo.
4
1.1. OBJETIVO GERAL
Avaliar respostas comportamentais do maracujazeiro amarelo irrigado com água
de baixa e alta salinidade, em solo sem e com biofertilizante bovino, sem e com
cobertura, relacionadas à fertilidade e salinidade edáfica, fenometria quantitativa,
eficiência fotoquímica e fotossintética, nutrição mineral, produção, consumo hídrico e
eficiência agronômica do uso de água das plantas.
1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) diagnosticar o estado nutricional do maracujazeiro amarelo e as variáveis de
fertilidade, físicas e de salinidade do solo na fase plena de fluxo floral das
plantas;
b) estabelecer referências do comportamento fenométrico do maracujazeiro
amarelo em ambiente de lisimetria, sob salinidade, uso de biofertilizante bovino
e cobertura morta;
c) analisar a eficiência fotossintética das plantas em distintas fases fenológicas;
d) averiguar o comportamento produtivo do maracujazeiro amarelo;
e) referenciar a produção de frutos com a parâmetros fotossintéticos das plantas;
f) quantificar o consumo hídrico do maracujazeiro amarelo irrigado sob condições
de salinidade da água, biofertilização e cobertura morta;
g) quantificar a eficiência agronômica de uso da água do maracujazeiro amarelo.
5
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Aspectos econômicos, botânicos, edafoclimáticos e culturais do maracujazeiro
amarelo
A terminologia maracujazeiro é denominação genérica de, aproximadamente,
500 espécies de maracujá, a maioria nativa da América tropical, entratanto, os cultivos
comerciais do Brasil se baseiam na espécie Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.,
conhecida como maracujá amarelo ou azedo (BRUCKNER et al., 2002).
No Brasil, o cultivo em escala comercial do maracujazeiro amarelo se iniciou no
começo da década de 70. Hoje, com os avanços científicos e tecnológicos nos sistemas
de produção e na área de pós-colheita de frutas, com o desenvolvimento da
agroindústria, o país detém a posição de maior produtor mundial da fruta (SILVA et al.,
2008) e maior exportador de suco concentrado e polpa de maracujazeiro , juntamente o
com a Colômbia, Equador e Peru, responde por 90% do mercado mundial
(AGRIANUAL, 2009).
O Nordeste, com área colhida, quantidade produzida e rendimento médio de,
respectivamente, 37.037 ha, 529.102 t de frutos e 14,28 t ha-1, é a região que responde
por 70% da produção nacional de maracujá amarelo. O Estado da Bahia é o maior
produtor do país e as maiores produtividades com a cultura do maracujazeiro amarelo
são obtidas nos Estados do Espírito Santo (27,21 t ha-1) e Ceará (23,12 t ha-1) (IBGE,
2010). No campo, emprega de 100 a 250 homens ha-1 ano-1, com maiores produtividades
obtidas em plantios irrigados (SILVA et al., 2006).
O maracujá amarelo se destaca entre as frutas tropicais pela qualidade sensorial
e farmacoterapeutica de seus frutos, teores equilibrados de sais minerais e vitaminas A e
C, além da cultura ser uma frutífera de ciclo relativamente curto e de fácil manejo, com
retorno econômico rápido (ROCHA et al., 2001; GURGEL et al., 2007).
O sistema radicial das plantas é axial ou pivotante (60% das raízes a 30 cm de
profundidade), caules cilíndricos ou 3 – 5 angulado, semi-flexíveis e trepadores,
apresentando gavinhas solitárias nas axilas das folhas que servem de suporte, folhas
alternas, inteiras ou lobadas, flores hermafroditas, actinomorfas, isoladas ou aos pares
nas folhas. A flor é auto-incompatível, isso significa que é dependente da polinização
6
cruzada para fecundação, não sendo o pólen transportado pelo vento devido sua grande
massa e elevada viscosidade, necessitando, portanto, de um agente polinizador. O fruto
do maracujazeiro amarelo tem a forma ovóide ou globosa, com polpa mucilaginosa,
com sementes epígeas (LIMA e BORGES, 2004).
A propagação do maracujazeiro amarelo pode ser por via sexuada ou assexuada.
Os pomares comerciais são estabelecidos por mudas obtidas por sementes. Deste modo,
a elevada heterozigose existente determina uma alta variabilidade das plantas,
decorrendo, deste fato, a falta de uniformidade dos pomares. A propagação vegetativa,
realizada por meio de estaquia ou enxertia, é utilizada na manutenção de materiais de
plantio com boas características agronômicas, favorecendo a multiplicação de plantas
produtivas tolerantes a pragas e doenças. Por ser uma planta trepadeira, exige um
sistema de sustentação para sua condução, em sua maioria, em espaldeiras simples, com
um fio de arame liso número 12 (SILVA et al., 2004; LIMA e TRINDADE, 2004).
O maracujazeiro amarelo se desenvolve bem nos mais diversos tipos de solo,
desde os mais arenosos aos de textura mais argilosa, desde que sejam profundos,
apresentem boas qualidades químicas, bem drenados e com pH superior a 5,0. As áreas
de declividade plana a suavemente ondulada, com até 8% de declividade, e que tenham
solos com disponibilidade adequadas de oxigênio são as mais apropriadas ao cultivo do
maracujazeiro amarelo (COSTA et al., 2000; LIMA e BORGES, 2004; MACEDO,
2006).
Por ser uma trepadeira lenhosa, com crescimento rápido e vigoroso, com plantas,
em cultivos na região Nordeste apresentando florescimento contínuo, a absorção de
nutrientes deve ser constante. Estudos sobre a extração de nutrientes pelo maracujazeiro
amarelo mostram que o nitrogênio, potássio e o cálcio são os mais absorvidos, sendo o
manganês, zinco, cobre, boro e o ferro os micronutrientes absorvidos pelas plantas nessa
ordem seqüencial (BORGES, 2004), com pequenas variações na ordem de absorção dos
macros e micronutrientes em trabalhos desenvolvidos com a cultura no Estado da
Paraíba (MESQUITA et al., 2006; GONDIM et al., 2009 ).
Embora sendo de origem tropical, o maracujazeiro amarelo pode ser cultivado
em quase todas as regiões subtropicais. Dos elementos climáticos, a temperatura,
precipitação pluviométrica, umidade relativa e luminosidade exercem importante
influência sobre a longevidade e o rendimento da cultura. Os fatores climáticos afetam a
absorção e a acumulação de nutrientes pelo maracujazeiro amarelo. Os processos
7
biológicos da cultura estão relacionados à temperatura. O maracujazeiro amarelo se
adapta melhor a regiões com temperaturas médias mensais entre 21 e 32 oC. A faixa de
temperatura entre 21 e 23 oC é considerada como a mais favorável ao crescimento da
plantas, situando-se o ótimo entre 23 e 25 oC. Temperaturas elevadas associadas a
ventos constantes e baixa umidade relativa do ar ocasionam dessecação dos tecidos pela
transpiração excessiva e impedem o desenvolvimento das plantas (SOUSA et al., 2001;
LIMA e BORGES, 2004).
A produtividade da cultura é afetada pela radiação solar, temperatura e número
de horas diárias de brilho solar. Fatores como estresse hídrico e deficiências
nutricionais, associados a dias curtos e baixas temperaturas do ar e do solo, restringem o
crescimento e o potencial produtivo do maracujazeiro amarelo (SOUSA; FOLEGATTI;
FRIZZONE, 2003). Em avaliações de cinco regimes de radiação utilizando telas de
sombreamento, Lucas (2002) constatou que os maiores níveis de sombreamento
reduziram a área foliar e o número de flores abertas do maracujazeiro amarelo reduziu
com a diminuição da radiação. Para Lima e Borges (2004), as regiões semiáridas
brasileiras, com fotoperíodo acima de 11 horas diárias de luz, associadas a altas
temperaturas e elevada luminosidade anual, permitem o florescimento e produção
contínuos do maracujazeiro amarelo, desde que haja suprimento adequado de água e
nutrientes.
Um problema enfrentado por produtores no Platô da serra de Cuité, região que
mais produz maracujá amarelo no Estado da Paraíba, é a perda da longevidade das
plantas, com relatos de plantios que estão sendo erradicados com ano e meio após
implantados. Alguns anos antes, um pomar de maracujazeiro amarelo produzia, de
maneira economicamente viável, por até três anos.
2.2. Salinidade nas plantas em geral e no maracujazeiro amarelo
Nas regiões de clima árido e semiárido, é frequente a água conter sais solúveis
em excesso, sendo que, a sua utilização, sem uma fração de lixiviação adequada, pode
provocar a salinização dos solos, reduzindo o crescimento, o desenvolvimento e os
teores de macronutrientes catiônicos no tecido foliar das plantas (GARCIA et al., 2007;
BAAGHALIAN et al., 2008).
8
A salinidade é um dos mais importantes estresses ambientais que reduz a
evapotranspiração das culturas e, consequentemente, o seu rendimento (PEREIRA e
ALVES, 2010). Em ambientes salinos, a forma de controlar o acúmulo de sais no solo é
pela lixiviação, que pode ser proporcionada pela precipitação pluvial ou pela aplicação
de uma lâmina de água de irrigação superior à requerida pela cultura, fazendo com que
uma fração da água aplicada percole abaixo da zona radicular, lixiviando parte dos sais
acumulados (MEDEIROS; NASCIMENTO; GHEYI, 2010).
Os mecanismos fisiológicos primários das plantas que promovem redução no
crescimento das plantas submetidas ao estresse salino se manifestam, inicialmente,
em escala de horas ou dias, resultantes dos efeitos osmóticos dos sais presentes no
solo, que ocasionam estresse hídrico. Posteriormente, após semanas ou meses de
exposição ao estresse salino, os declínios na atividade meristemática e no
alongamento celular decorrem quando os sais absorvidos se acumulam nos diferentes
tecidos vegetais, provocando desequilíbrio nutricional, toxicidade iônica e
consequentes distúrbios funcionais e injúrias no metabolismo das plantas (MUNNS e
TESTER, 2008; SILVA et al., 2009).
Os efeitos negativos dos sais nas plantas estão associados ao desbalanço
nutricional em decorrência da redução da disponibilidade de K+, Ca
2+ e Mg
2+ pela alta
concentração de Na+ no solo ou na água de irrigação; à toxidez por elevado teor de
íons como o Na+, Cl
-1 ou SO4
2- nas plantas, com prejuízos nas funções dos sistemas
enzimáticos e síntese protéica. Essas inconveniências interferem na estrutura e na
função de enzimas ou na função do K+ e ao efeito osmótico, restringindo a absorção de
água pelas raízes, sob baixo potencial hídrico da solução do solo, resultando em
diminuição na turgescência celular, abertura estomática e assimilação líquida de CO2.
Nessas condições, provocam declínio da eficiência fotossintética, comprometendo o
crescimento, desenvolvimento e o potencial produtivo das culturas (LACERDA et al.,
2001; ZHU, 2001; WAHOME; JESCH; GRITTNER, 2001; GARCIA-SANCHEZ et al., 2002;
YOKOI; BRESSAN e HASEGAWA, 2002; LACERDA et al., 2003; EPSTEIN e BLOOM, 2006;
SILVEIRA et al., 2010). Entretanto, para Hasegawa et al. (2000), Ashraf e Harris (2004) e
Neves et al. (2008), esses efeitos dependem de muitos outros fatores como espécie,
9
cultivar, estádio fenológico das plantas, intensidade e duração do estresse salino,
manejo cultural e condições edafoclimáticas.
De acordo com Paranichyanakis e Chartzoulakis (2005) e para Esteves e Suzuki
(2008), espécies vegetais com tolerância à salinidade devem controlar o transporte
desses íons na folha e proporcionar acúmulo no tecido radicial. A salinidade, tanto de
solos como de águas, é uma das principais causas da queda de rendimento das
culturas, em razão dos efeitos de natureza osmótica, tóxica e/ou nutricional. Algumas
frutíferas produzem rendimentos aceitáveis sob condições salinas, em virtude da
melhor adaptação osmótica, com maior capacidade de absorção de água, mesmo em
ambientes com potenciais osmóticos muito baixos (FLOWERS, 2004). Conforme Silveira
et al. (2010), os primeiros efeitos causados pelo excesso de sais às plantas são de
natureza biofísica, destacando-se os efeitos osmóticos com restrições ao transporte de
água no interior das células vegetais. Em seguida, desencadeia-se uma sequência de
reações, moduladas por hormônios, que levam a restrição à abertura estomática e
assimilação fotossintética do CO2.
As respostas das plantas à salinidade são complexas e de difícil compreensão por
envolver vários genes e diversos mecanismos fisiológicos e bioquímicos (HASEGAWA
et al., 2000).
A classificação do maracujazeiro amarelo como planta sensível à salinidade,
conforme Ayers e Westcot (1999), diverge na literatura. Esses autores afirmaram que,
por apresentar sensibilidade à salinidade, deveria ocorrer declínio produtivo da cultura
quando a condutividade elétrica do ambiente radicular das plantas atingisse valores
superiores a 1,3 dS m-1. No entanto, Cavalcante et al. (2002a), após irrigação com água
de salinidade de 0,5, 1,5 e 2,5 dS m-1, Soares et al. (2002), com águas de 1,0 a 8,0 dS
m-1, e Macedo (2006), com água de 3,6 dS m-1, concluíram que a cultura se comporta
como moderadamente tolerante aos sais. Constataram, também, que os efeitos da
salinidade da água às plantas se intensificam com a idade, onde, aos 32 e 77 dias, após a
germinação, os níveis limiares foram, respectivamente, de 5,61 e 2,73 dS m-1.
Em estudos relacionados aos efeitos da salinidade da água de irrigação aos
níveis de 0,5; 1,0; 2,0; 3,0; 4,5 e 6,0 dS m-1 em substratos com 0,34 e 1,41 dm3 de
volume sobre a germinação de sementes e algumas variáveis de crescimento inicial do
maracujazeiro amarelo, Cavalcante et al. (2002b) concluíram que a salinidade da água
10
inibe a germinação das sementes, o crescimento e desenvolvimento das plantas,
principalmente em substratos de menor volume. Verificaram que os efeitos da
salinidade foram mais agressivos sobre o crescimento em altura, diâmetro do caule, área
foliar e biomassa das plantas que na germinação das sementes e que a irrigação com
águas de salinidade superior a 1,0 dS m-1 não possibilitam a produção de mudas com
qualidade para cultivo.
Na avaliação de efeitos da salinidade da água aos níveis de 0,75; 2,5; 4,5 e 6,0
dS m-1 sobre a germinação de sementes de maracujazeiro amarelo, Meza; Arizaleta;
Bautista (2007) verificaram que 79% germinaram nos tratamentos com água de mais
baixa salinidade, contrariamente ao observado nos tratamentos com água de teor salino
mais elevado, que apresentaram a menor taxa de germinação (49%).
Santos (2004), Costa et al. (2005), Cruz et al. (2006) e Sousa et al. (2008)
observaram que o crescimento de plântulas de maracujazeiro amarelo foi
significativamente inibido pelo acréscimo dos níveis de salinidade da água de irrigação.
Irrigações de mudas de maracujazeiro amarelo com águas salinas de condutividade
elétrica variando de 0,4 a 8,0 dS m-1 prejudicam o crescimento radicular das plantas
(CAVALCANTE et al., 2002b; SOARES et al., 2008).
Cavalcante et al. (2009b) avaliaram os efeitos da salinidade da água de irrigação
entre 0,4 e 4,0 dS m-1 sobre o crescimento inicial do maracujazeiro amarelo e
concluíram que o aumento do teor salino da água elevou expressivamente o caráter
salino do substrato, refletindo-se na redução do crescimento das plantas pelo diâmetro
caulinar, área foliar e produção de biomassa de raízes. Por outro lado, Andrade (1998)
não constatou efeito significativo da salinidade da água no diâmetro caulinar, número de
dias para podar a haste principal e ramos secundários das plantas de maracujazeiro
amarelo cultivadas em condições de campo, após irrigação com águas salinas de até 2,5
dS m-1 de condutividade elétrica. Soares et al. (2008) verificaram que a irrigação
suplementar durante 100 dias, na fase final do ciclo da cultura, com água de salinidade
de 5,0 dS m-1, não reduziu o diâmetro caulinar, número de dias para efetivar a poda da
haste principal e ramos secundários, número de frutos, peso médio dos frutos e
produção total do maracujazeiro amarelo.
Com relação aos atributos qualitativos, Costa et al. (2001) constataram que o
elevado nível de salinidade da água utilizado na irrigação do maracujazeiro amarelo (3,2
dS m-1) não resultou em perdas de qualidade da produção, com valores de rendimento
11
em polpa, teor de sólidos solúveis, acidez total titulável e conteúdo de vitamina C total
semelhantes ou superiores aos de plantas irrigadas com água de baixa salinidade.
Semelhantemente, na avaliação das características físicas e químicas de frutos dessa
passiflorácea irrigada com água de 0,5 a 2,5 dS m-1, Cavalcante et al. (2003)
observaram que o aumento da salinidade da água não interferiu negativamente sobre as
características qualitativas dos frutos.
2.3. Biofertilizante bovino
2.3.1. Considerações gerais
Os altos custos de produção e a necessidade de conservação concomitante dos
recursos ambientais fazem com que o homem busque novas tecnologias de manejo e
produção agropecuária numa visão de agricultura ecológica e sustentável, priorizando a
qualidade de vida humana, do produto e amenizando o nível de contaminação do solo,
água, planta, homem e todos os organismos vivos componentes dos agroecossistemas.
O crescimento populacional e o cenário industrial têm aumentado a produção de
resíduos sólidos e líquidos, demandando desenvolvimento de tecnologias e estudos que
utilizem e transformem estes materiais a fim de reduzir a agressão ao meio ambiente e
aumentar a produção alimentar (ALVES; LOPES; TAMAI, 2001; DAROLT, 2002;
FIGUEIREDO e TANAMATI, 2010).
Além das técnicas convencionais de adubação com fertilizantes minerais, uma das
alternativas utilizadas no meio agronômico é a produção e utilização dos recursos
naturais existentes na propriedade, dentre eles o biofertilizante bovino ou bioplasma —
que se refere ao efluente resultante da fermentação aeróbica ou anaeróbica de produtos
orgânicos puros ou complementados com minerais, que podem ser usados na agricultura
para vários fins (COLLARD et al., 2001; LACERDA, 2010). Para Santos e Akiba
(1996), o biofertilizante é obtido a partir da fermentação metanogênica ou anaeróbica do
esterco bovino — de preferência o bovino leiteiro estabulado —, e, quando utilizado no
vegetal, de diversas formas e concentrações, promove equilíbrio nutricional, maior
resistência e tolerância às fitomoléstias, efeito estimulante ao crescimento, maior
equilíbrio com o ecossistema e, segundo Lacerda et al. (2010), a sua aplicação na
agricultura é importante pela diversidade dos nutrientes minerais quelatizados,
12
disponibilizados na atividade biológica e como ativador enzimático do metabolismo
vegetal.
De acordo com Silva et al. (2007), os tipos de biofertilizantes líquidos
empregados na agricultura são, entre outros, o comum ou puro, supermagro, Vairo,
Agrobom e o Microgeo. Conforme Darolt (2002), a agricultura familiar utiliza o
biofertilizante bovino como adubo, agente de prevenção e controle de doenças, com
redução nos custos com insumos e defensivos químicos.
2.3.2. Efeitos do biofertilizante bovino no solo e nas plantas
Ao estudar o efeito de biofertilizantes em maracujazeiro amarelo, Collard et al.
(2001) verificaram que, em aplicações foliares, estes insumos proporcionaram maior
crescimento das plantas avaliadas em altura, diâmetro caulinar, número de ramos, de
flores, de frutos e, consequentemente, produção da cultura. Observaram que o
tratamento com biofertilizantes e adubação convencional apresentou um número de
flores 18,7% maior do que quando foi aplicado somente o biofertilizante. Para os
autores, a melhoria dos fatores de produção com o uso de biofertilizantes via foliar pode
estar associada a um fornecimento equilibrado de macro, micronutrientes e
fitohormônios, reduzindo os efeitos do distúrbio provocado por desequilíbrios de
nutrientes no solo e no ambiente radicular das plantas.
Souza e Rezende (2003) e Penteado (2004) constataram efeitos positivos do
biofertilizante bovino quando aplicado, via foliar, no crescimento, produtividade,
nutrição mineral, qualidade da produção colhida e aspectos fitossanitários de olerícolas.
Em estudos com a aplicação de biofertilizantes comum e supermagro no solo
cultivado com maracujazeiro amarelo, nas dosagens de 0.0, 0.6, 1.2, 1.8 e 2,4 L planta-1,
Cavalcante et al. (2007) não observaram interferência significativa no número de ramos
produtivos, no período do transplantio das mudas à poda do broto terminal da haste
principal e dos ramos laterais. Constataram, porém, que o biofertilizante supermagro
inibiu o diâmetro do caule e a produtividade da cultura quando em comparação com o
biofertilizante comum. A massa média dos frutos oscilou de 176 a 215 g quando foi
aplicado ao solo biofertilizante comum.
Ao utilizar o biofertilizante concentrado em macro e micronutrientes
(supermagro) em dosagens de até 4,0 L planta-1, Rodrigues et al. (2009b) verificaram
13
que a aplicação isolada desta fonte nutricional influenciou no número de frutos,
produção por planta, produtividade, diâmetros longitudinal e transversal dos frutos,
teores de K, S, B, Cu, Zn e Na no tecido foliar da plantas. Na observação do
comportamento vegetativo e produtivo do maracujazeiro amarelo submetido a
aplicações de até 20 L planta-1 ano-1 de biofertilizante bovino, em intervalos de
aplicações de um a quatro meses, Araújo et al. (2008) concluíram que a dosagem de 15
L planta-1 ano-1 no solo foi a que proporcionou maiores crescimento e produção. Na
avaliação do efeito do efluente orgânico de até 2,0 L planta-1 por cova sobre a
composição mineral foliar e a fertilidade de um solo cultivado com mamoeiro Havaí,
Menezes Junior et al. (2008) observaram que a adição do biofertilizante, exceto em
manganês, supriu as exigências nutricionais em micronutrientes e contribuiu para
elevação dos teores de boro, cobre, ferro e zinco ao longo da idade das plantas, mas a
adição do insumo não interferiu na capacidade de troca catiônica e pH da solução do
solo.
Campos et al. (2008) observaram que o biofertilizante comum, à razão de 15 L
m2 de cova, antecipou em uma semana a poda do broto terminal e dos ramos laterais do
maracujazeiro amarelo, enquanto Rodolfo Júnior et al. (2009) verificaram que a
aplicação de 2,4 L planta-1 de biofertilizante comum e supermagro (enriquecido com
minerais), 30 dias antes e a cada dois meses após o transplantio, influenciaram
positivamente o crescimento, mas não diferiram na produção do maracujazeiro amarelo
sob irrigação com água não salina.
2.3.3. Biofertilizante de esterco bovino e salinidade
Nos últimos anos, vem sendo desenvolvida uma linha de pesquisa visando
avaliar a possibilidade de redução do potencial osmótico entre as plantas e o meio, com
aumento do ajustamento osmótico ou tolerância das plantas aos sais, com o uso de
insumos orgânicos, notadamente efluentes orgânicos líquidos como o biofertilizante
bovino. Esses efluentes orgânicos, segundo Ghoulam; Foursy; Fares (2002), Vessey
(2003) e Baalousha; Motelica-Heino; Coustumer (2006) e Silveira et al. (2010) podem
estimular a liberação de substâncias húmicas e proporcionar incremento na produção de
solutos orgânicos à base de açúcares, aminoácidos livres totais, prolina e glicina betaína,
além de elevar a capacidade de as plantas se ajustar aos sais.
14
Nessa seara, Sousa et al. (2008) mencionam que a adição de biofertilizante em
solos irrigados com água salina reduziu os efeitos depressivos da salinidade às plantas
do maracujazeiro amarelo, devido o insumo orgânico ser uma fonte de compostos
bioativos (bactérias, leveduras, algas e fungos) e exercer ação positiva na nutrição,
fitossanidade das plantas e estimular a liberação de substâncias húmicas no solo.
Na avaliação do crescimento de mudas de maracujazeiro amarelo em solo salino
tratado com esterco bovino líquido ou biofertilizante, Cavalcante et al. (2009a)
apresentaram resultados evidenciando que o aumento do percentual do insumo
estimulou o crescimento das plantas em altura, diâmetro do caule, área foliar,
comprimento da raiz principal, fitomassa aérea e radicular nas mudas de maracujazeiro
amarelo. Conforme os autores citados, a aplicação do insumo orgânico ao solo, uma
semana antes da semeadura, foi mais eficiente ao crescimento das plantas e na redução
da salinidade em comparação aos resultados obtidos com aplicações 30 dias após a
emergência das plântulas.
Comportamento semelhante foi registrado, também, em mudas de goiabeira, cv.
Paluma, por Cavalcante et al. (2010b) ao concluírem que as plantas sob irrigação com
água salina em substrato com biofertilizante superaram as dos tratamentos sem o
insumo em 86,9; 72,4; 11,0; 252,4; 351 e 39,7% o crescimento em altura, diâmetro do
caule, comprimento de raízes, área foliar, biomassa das raízes e parte aérea,
respectivamente.
Resultados que evidenciam a ação atenuadora do biofertilizante bovino com
relação aos danos dos sais nas plantas foram obtidos por Campos et al. (2009) em
mamoneira, Campos e Cavalcante (2009) em pimentão, Rebequi et al. (2009) em
limoeiro, Campos et al. (2008), Freire et al. (2010a), Freire et al. (2010b), Nascimento
(2010) e Freire et al. (2011) com maracujazeiro amarelo. Na avaliação da diversidade
da macrofauna edáfica em pomar de maracujazeiro amarelo, Gondim et al. (2010)
constataram que o biofertilizante bovino sob irrigação com água salina estimulou a
população de indivíduos da macrofauna edáfica no período de estiagem.
15
2.4. Fluorescência da clorofila a, trocas gasosas e clorofila a em plantas sob
condições de salinidade
As respostas das plantas ao estresse hídrico provocado pela salinidade incluem
mudanças fisiológicas, como o fechamento estomático, redução das taxas
fotossintéticas, acúmulo de solutos orgânicos, alterações nos níveis de fitormônios e
mudanças na atuação de genes (DUDY e GILAD, 2000; SILVEIRA et al., 2010).
Em consequência do acúmulo de sais nos tecidos vegetais, o estresse salino
promove redução nos processos de síntese de adenosina trifosfato (ATP) acoplada à fase
fotoquímica da fotossíntese, além de promover alterações no processo respiratório,
assimilação do nitrogênio, metabolismo de proteínas e desbalanço hormonal (MUNNS,
2002; PRISCO e GOMES FILHO, 2010). Como a fotossíntese constitui a base da
produção de uma cultura, a absorção e uso da energia luminosa pelos vegetais podem
ser estimados através da análise da fluorescência da clorofila. Para Baker e Rosenqvist
(2004), os estresses bióticos ou abióticos promovem modificações significativas na
emissão da fluorescência da clorofila a, com alterações fisiológicas na atividade
fotossintética das folhas.
A fotossíntese ocupa uma posição central na biossíntese de plantas fornecendo
uma ligação entre o metabolismo interno da planta e o ambiente externo. Parte da
energia luminosa absorvida pelos pigmentos cloroplastídicos da folha durante a
fotossíntese é reemitida como fluorescência (GLYNN; FRASER; GILLIAN, 2003). As
avaliações de parâmetros fisiológicos como fluorescência da clorofila a e trocas gasosas
são importantes nas observações de efeitos das condições osmóticas e hídricas sobre a
eficiência fotossintética das plantas, sendo a sua redução causada por fatores
estomáticos ou não estomáticos e provoca a redução no potencial de crescimento dos
vegetais.
O estudo da fluorescência da clorofila a tem se intensificado, principalmente no
correlacionando com estudos da fotossíntese, por ser um método que, além de não
destrutivo, permite análise qualitativa e quantitativa da absorção e aproveitamento da
energia luminosa através do fotossistema II (FSII) e relações com a capacidade
fotossintética. Avalia, também, vários tipos de estresse sobre a fotossíntese, entre eles o
promovido pela salinidade, que reduzem a taxa fotossintética e o transporte de elétrons,
16
distúrbios dirigidos pela luz via fluorescência (PEREIRA et al., 2000; MOUGET e
TREMBLIN, 2002; TORRES NETTO et al., 2005).
A eficiência fotossintética máxima das plantas é expressa pela relação entre a
fluorescência variável (Fv) e a máxima (Fm). A Fv é obtida pela diferença entre a Fm e a
fluorescência inicial (F0), sendo a F0 correspondente à fração da energia absorvida pelo
complexo-antena e não transmitida aos pigmentos fotossintetizantes. As relações Fv/Fm
e Fv/F0 são as mais representativas do estado fotoquímico das folhas ou mesmo
indicadores de estresses (ZANANDREA et al. (2006).
De acordo com Cruz et al. (2009), a avaliação desses parâmetros mensura as
alterações na capacidade fotossintética das plantas em decorrência de estresses
abióticos. Em estudos com citros, verificaram que o estresse hídrico reduziu a eficiência
quântica potencial do fotossistema II das plantas. Na avaliação da emissão de
fluorescência da clorofila a em cultivares de amendoim submetidas às salinidades da
água de irrigação de 1,5 a 6,0 dS m-1, Correia et al (2009) não constataram alterações
significativas nos valores de F0, Fv, Fm e Fv/Fm.
No caso das trocas gasosas, o estresse salino prejudica a fotossíntese pela
limitação da difusão de CO2 através dos estômatos e mesófilo foliar e alterações no
metabolismo fotossintético. O fechamento estomático pode reduzir a concentração
interna de CO2, a taxa de assimilação de CO2 e condutância estomática (HASEGAWA
et al., 2000; SILVEIRA et al., 2010), como observaram Cruz et al. (2003) em limão
Cravo e Lucena (2009) em clones de mangueira.
O teor de clorofila nas folhas, conforme Taiz e Zeigher (2008), é influenciado
por fatores bióticos e abióticos, e está diretamente relacionado ao potencial de atividade
fotossintética das plantas. Os conteúdos de clorofila e carotenóides são um dos fatores
ligados à eficiência fotossintética de plantas e, consequentemente, ao crescimento,
desenvolvimento, produção e à adaptabilidade aos ambientes adversos. Os carotenóides
são pigmentos acessórios na absorção e transferência de energia radiante e protetores da
clorofila no que se refere à fotoxidação. O aumento nos teores de clorofila b é uma
característica importante, pois esta capta energia de outros comprimentos de onda e
transfere para a clorofila a, que efetivamente atua nas reações fotoquímicas da
fotossíntese (SCALON et al., 2003).
Marinho et al. (2005) expuseram plantas de coqueiro anão, na fase inicial de
produção, a níveis de salinidade da água de irrigação de 0,1 a 15,0 dS m-1 e observaram
17
redução na condutância estomática e no potencial hídrico das folhas com o incremento
da salinidade, mas sem confirmações estatísticas na eficiência do aparelho fotossintético
com o aumento da salinidade.
Pinheiro et al. (2010) observaram que o estresse salino em mamoneiras
promoveu reduções consideráveis na fotossíntese líquida na fase inicial de exposição
aos sais, em razão da limitada capacidade de síntese e maior degradação de clorofila
total, clorofila a e b. Entretanto, o estresse salino promoveu maior incremento na
síntese de carotenóides totais, indicando que, sob estresse, as plantas parecem
necessitar de rotas alternativas de dissipação de energia a fim de evitar problemas de
fotoinibição e fotoxidação.
2.5. Consumo hídrico de plantas
Dentre os fatores de produção, a água é o que mais limita o rendimento das
plantas cultivadas, principalmente em regiões com precipitações pluviais irregulares. A
irrigação suplementar constitui uma alternativa para maximizar a produtividade e
reduzir o risco do investimento realizado, propiciando um maior número de safras ao
ano com maior geração de rendas e inserção nas cadeias produtivas (SOARES et al.,
2010).
O consumo de água pelas plantas é uma função direta da demanda atmosférica
do local, do conteúdo de água no solo e da capacidade de resistência da planta à perda de
água através das folhas. No sistema solo-planta-atmosfera, a transferência de água ocorre de
forma passiva, em resposta às diferenças de potenciais de água estabelecidas entre o solo e as
células das raízes da planta (SILVA, 1996; BERNARDO; SOARES; MANTOVANI,
2008).
O manejo da água em culturas irrigadas tem como objetivo decidir como,
quando e quanto irrigar. A quantidade de água a ser aplicada é normalmente
determinada pela necessidade hídrica da cultura, podendo ser estimada através da
evapotranspiração ou por meio da tensão da água no solo. Para se determinar o momento da
irrigação, além de outros parâmetros mencionados, podem-se utilizar outras medidas de
avaliação de água no solo, como frequência de irrigação, ou considerar os sintomas de
deficiência de água nas plantas (SILVA; BARRETO, 2004). O conhecimento da
18
evapotranspiração é de grande importância na estimativa da necessidade de irrigação das
culturas, bem como para o manejo racional de recursos hídricos (BACK, 2007).
Para a avaliação das necessidades hídricas de uma cultura, podem-se utilizar
vários critérios com base nas medições climáticas. As variáveis climáticas mais
utilizadas são radiação solar, temperatura, umidade relativa do ar, velocidade do vento e
evaporação de água do solo. Com essas informações, pode-se determinar a
evapotranspiração (consumo de água em uma área cultivada) de uma cultura de
referência e, em seguida, através de coeficientes de cultivos apropriados, estimar o
consumo hídrico da cultura (COSTA et al., 2000).
Para Araújo; Costa; Santos (2007), informações de evapotranspiração de
referência (ET0), que levam estimativas da evapotranspiração das culturas (ETc), são
ferramentas importantes no manejo da irrigação. Com isso, a estimativa da
evapotranspiração pode variar com a precisão dos dados climáticos obtidos, tamanho da
série histórica e o método de estimativa utilizado, com influência na eficiência do
sistema de irrigação, em razão do dimensionamento inadequado desse sistema.
Vários modelos de balanço hídrico são empregados com a finalidade de
dimensionar sistemas de irrigação, manejar projetos ou estudar probabilidades de
ocorrências de estiagens ou excessos hídricos. Nesses modelos, utilizam-se como
entradas de água no sistema, a precipitação pluvial e/ou irrigação, e como principal
saída, a evapotranspiração das culturas. Dados de precipitação pluvial podem ser
obtidos com relativa facilidade, no entanto existe carência de informações sobre a
evapotranspiração das culturas. Devido às dificuldades de sua medida direta, é estimada
com base em valores de ET0 e no coeficiente de cultura (Kc) (BACK, 2007).
A evapotranspiração de referência (ET0) é uma técnica indireta que conduz a
uma estimativa das necessidades de água pelas plantas, uma vez que, utilizando um
coeficiente de cultura (na condição de que ele seja conhecido para a vegetação
estudada), possibilitará a determinação da lâmina de água perdida pela cultura, ou seja,
a sua evapotranspiração (FERNANDES e TURCO, 2003).
Doorenbos e Kassan (1979) apresentaram a terminologia de evapotranspiração
máxima (ETc) como um parâmetro que expressa o consumo hídrico das culturas sob
condições adequadas de suprimento de água. Esta se refere à perda de água de uma
cultura agronômica, sem restrições de água e em qualquer estágio de desenvolvimento.
19
Os métodos de estimativa da evapotranspiração estão divididos em diretos e
indiretos. Os métodos diretos estimam a ETc diretamente por lisímetros, balanço hídrico
e controle de umidade do solo, sendo difíceis e onerosos, pois exigem equipamentos e
instalações especiais. Os métodos indiretos, estimam a evapotranspiração em função da
ET0 e do Kc e necessitam do conhecimento da variáveis climáticas por meio de modelos
que estimam a ET0 (VANZELA; HERNANDEZ; FERREIRA, 2007). Como métodos
indiretos estão a utilização do tanque Classe “A” e as equações que estimam a ET0 a
partir de dados climáticos, como a de Penman, Penman-Monteith, Blaney-Cridle e
Hargreaves (SANTOS; AZEVEDO; CALDEIRA, 2001).
A ETc pode ser medida diretamente através de lisímetros ou
evapotranspirômetros ou estimada pelos métodos do balanço hídrico do solo, balanço de
energia sobre a cultura ou utilização de modelos micrometeorológicos. Os lisímetros são
reservatórios abastecidos com solo, nos quais as culturas se desenvolvem em condições
naturais, a fim de que se possam medir a quantidade de água perdida por evaporação e
transpiração, fornecendo uma estimativa direta da taxa de evapotranspiração. Dentre os
métodos de estimativa da ET0, os mais precisos são aqueles fundamentados nos processos
físicos da evaporação da água e da evapotranspiração da cultura de referência, como é o caso
dos métodos de Penman-Monteith e do tanque Classe “A”. O critério para a escolha do
método de estimativa da ET0 depende da disponibilidade dos dados existentes e do bom senso
do empreendedor agrícola, que poderá, de forma menos onerosa, ter uma informação acurada
da necessidade hídrica da cultura e, com isto, minimizar os custos do uso da água e de energia
elétrica, obtendo aumentos consideráveis na produtividade com a aplicação eficiente da água
(SILVA; BARRETO, 2004).
Para realizar estimativas de evapotranspiração da cultura (ETc), o procedimento
usual é utilizar estimativas de evapotranspiração de referência (ET0), corrigidas por um
coeficiente de cultura (Kc). É um fator importante no indicativo do consumo de água
ideal para a planta durante todo o seu ciclo. Os valores de Kc são muito utilizados para a
determinação das necessidades hídricas das plantas, tanto em termos de manejo da água
de irrigação como nos planejamentos hidroagrícolas. Os valores de Kc variam com a
cultura, com o seu estádio de desenvolvimento, comprimento do seu ciclo vegetativo,
densidade do plantio e com as condições climáticas locais. Dependendo do método de
estimativa da ET0, o Kc tem valores diferentes, o que requer critérios na escolha e na
20
utilização do método, precisando ajustar-se bem às condições locais (COSTA et al.,
2000).
O Kc é uma relação empírica entre a evapotranspiração de uma cultura (ETc),
sob condições de não estresse hídrico, e a evapotranspiração de referência (ET0). Esse
coeficiente expressa o desenvolvimento fenológico e fisiológico de uma cultura
particular em relação à evapotranspiração de referência e também representa o uso
de água de uma cultura específica, que é de importância relevante para a estimativa
do seu requerimento hídrico, necessário para o dimensionamento do sistema de
irrigação quanto para operacionalização de perímetros irrigados (CLARK et al, 1996;
PEREIRA; ALVES, 2010).
2.6. Necessidades hídricas do maracujazeiro amarelo
Informações sobre as necessidades hídricas da cultura do maracujazeiro amarelo
são ainda pouco frequentes. Dentre as exigências ambientais da cultura, a pluviosidade
anual necessária se situa na faixa de 800 a 1.750 mm, sendo que a maximização da
produção de frutos é garantida com precipitações anuais bem distribuídas, oscilando de
1.320 a 1.350 mm (SOUSA et al., 2004), ocorrendo a maior exigência hídrica no
período de emissão floral e formação dos frutos (FREIRE et al., 2011). É considerada
uma cultura muito exigente em água, necessitando em torno de 10 L ou mais por dia
para se manter suprida, haja vista que a carência hídrica no solo reduz o crescimento,
desenvolvimento, produção e qualidade dos frutos (CAVALCANTE et al., 2001).
Para Sousa (2000), o maracujazeiro amarelo requer, anualmente, em torno de
2.100 litros planta-1 de água ou 940 mm ano-1, em média. Nas condições de Piracicaba,
SP, Alencar (2000), utilizando o modelo de Penman-Monteith para estimar a
evapotranspiração de referência (ET0), verificou que o consumo hídrico do
maracujazeiro na fase vegetativa (até os 180 dias de plantio) foi de 432,9 mm, com
máximo consumo de água (4,68 mm dia-1) registrado no início da floração. Cavalcante;
Lima; Cavalcante (2001) reportam que o maracujazeiro apresentam elevada exigência
hídrica, necessitando em torno de 10,0 L água dia-1 para atender os requerimentos
fisiológicos, sem redução no crescimento, floração, produção e qualidade dos frutos.
21
O consumo médio de água pelo maracujazeiro amarelo, determinado através da
ETc em lisímetros de drenagem, foi menor que 1,10 L planta-1 dia-1 na fase inicial (até
aos 90 dias após o transplantio das mudas). A partir deste ponto, o consumo cresceu até
aos 300 dias, atingindo o máximo de 23,37 L planta dia-1 e foi reduzido para 14,52 L
planta-1 dia-1 dos 300 aos 428 dias (SOUSA et al., 2001).
Araújo et al. (2000) avaliaram os efeitos de 1,25; 2,50; 3,75 e 5,00 L de água
duas vezes por semana, sem e com cobertura morta, sobre o crescimento do
maracujazeiro amarelo cultivado em sacos de polietileno com altura de 50 cm e 36 cm
de diâmetro, no município de Remígio, PB. Constataram que a aplicação de 10,00 L
semanais de água, em dois turnos de 5,00 L a cada 72 horas, foi estatisticamente
superior sobre o desenvolvimento das plantas pelo diâmetro caulinar, emissão de ramos
produtivos, número de botões florais, produção de frutos sadios, de matéria seca das
raízes, caules e folhas e sobre a disponibilidade de águas às plantas.
Na avaliação da produção e composição foliar de plantas de maracujazeiro
amarelo em função de lâminas de irrigação e número de plantas por cova, Gondim et al.
(2009) observaram que a lâmina hídrica de 10,6 mm proporcionou maior produção por
cova com maior número de plantas e que as mesmas foram supridas adequadamente em
N, K, Ca, S, Fe e Zn, mas deficientes em P, Mg, B, Cu e Mn.
Ao avaliar o consumo de água do maracujazeiro amarelo, Alencar (2000)
constatou que o coeficiente de cultura (Kc) médio até 69 dias foi de 0,4. A partir dessa
idade, o Kc aumentou e atingiu o valor máximo de 1,10 no final do experimento aos 189
dias após o plantio, correspondendo ao início do florescimento das plantas. Sousa
(2000) observou valores de Kc na região de Piracicaba, SP, para o período
compreendido entre o transplantio e o início da floração, com base na equação de
Penman-Monteith para estimativa da ET0. Os valores obtidos foram 0,39 para o
intervalo até 60 dias após o transplantio (DAT), 0,67 de 60 a 90 DAT, 0,81 de 90 a 120
DAT, 0,91 de 120 a 150 DAT e 1,10 de 150 a 180 DAT. Silva (2001), observando a
variação do Kc no primeiro ano de produção do maracujazeiro amarelo, verificou que os
maiores valores de Kc ocorreram no período correspondente à floração, formação e
maturação dos frutos (140 a 230 DAT) com valores próximos a 1,0.
Com o objetivo de determinar a demanda hídrica e o coeficiente de cultivo do
maracujazeiro amarelo, cultivado sob irrigação localizada, e utilizando lisímetros de
drenagem, Silva e Klar (2002) obtiveram valores de 954,98 mm e 1.062,21 mm para
22
ETc e ET0, respectivamente, durante o período avaliativo de 10 meses. Os valores de Kc
variaram de 0,42 a 1,12, com os valores máximos registrados nos estádios fenológicos
de florescimento e formação dos frutos (150 e 210 dias após o transplantio das mudas
no campo).
Lucas (2002), em pesquisa com maracujazeiro amarelo, objetivando avaliar o
efeito de lâminas de irrigação e doses de potássio, aplicadas via fertirrigação por
gotejamento, verificou que a combinação de 118,5 mm de água com dose nula de
potássio propiciou uma produtividade de 14.806 kg ha-1 e 8.879 kg ha-1 quando a
dotação hídrica foi de 171,5 mm e 0,4 kg de K2O por planta.
Sousa; Alencar; Folegatti (2000) apresentaram valores de Kc, determinados a
partir de evapotranspiração da cultura obtida em lisímetro de drenagem e vários
métodos de estimativa de ET0, correspondentes a 1,24 e 1,16 para os métodos do tanque
Classe “A” e Penman-Monteith, respectivamente. Em trabalho conduzido no Estado de
São Paulo, Correa (2004) obteve um consumo hídrico total, no primeiro ciclo de
produção do maracujazeiro amarelo, de 650 mm em 447 dias. Os valores do coeficiente
de cultura (Kc) foram de 0,3 para a fase de desenvolvimento inicial, 0,4 para o
crescimento vegetativo apical, 0,5 para o crescimento vegetativo lateral e 0,9 para as
fases de florescimento, frutificação e maturação dos frutos. Silva et al. (2006) obteve
valores de Kc de 1,2 para as fases de floração e frutificação e 1,0 para a fase maturação
dos frutos.
Os resultados apresentados por Souza et al. (2009) com maracujazeiro amarelo
irrigado com água de boa qualidade no semiárido cearense corresponderam a uma
evapotranspiração acumulada de 1489, 3 mm em 296 dias de consumo, equivalente à
evapotranspiração diária de 5,81 mm dia-1. Os valores médios de coeficientes de cultivo
obtidos foram de 1,09 pelo método Penmam - Monteith - FAO e 0,88 pelo método do
tanque Classe “A”.
2.7. Cobertura morta
Na agricultura, a utilização de materiais de origem vegetal na cobertura do solo é
uma prática cultural antiga e objetiva proteger os cultivos e o solo da ação de agentes
atmosféricos, que podem provocar a sua compactação, aumentar as perdas hídricas e
causar a lixiviação dos nutrientes. Carter e Johnson (1988), Bragagnolo e Mielniczuk
23
(1990) e Souza e Rezende (2003) afirmam que a cobertura morta pode influenciar
positivamente as qualidades físicas, químicas e biológicas do solo, bem como a
diminuição da perda de água por evaporação, por reduzir as oscilações térmicas, criando
condições ótimas para o crescimento radicular.
Muitos materiais têm sido usados para a cobertura do solo, tais como restos de
culturas, palha, fragmentos de rochas, cinzas vulcânicas, esterco bovino e de aves
(YANG et al., 2006). No entanto, os mais empregados são os filmes plásticos e a palha
(UNGER, 2001; TEJEDOR; JIMENEZ; DIAS, 2002).
Para Miranda et al. (2004), a utilização de restos vegetais como cobertura do
solo apresenta vantagens potenciais como reciclagem de nutrientes, redução das perdas
de água por evaporação da superfície do solo e manutenção de níveis de umidade e
temperatura, nas camadas superficiais do solo, adequados ao desenvolvimento de raízes
e de microrganismos benéficos às plantas. A depender do material vegetal utilizado, a
prática poderá contribuir para redução do impacto ambiental causado pelo acúmulo no
campo.
No caso da influência da cobertura morta na temperatura do ambiente edáfico
superficial, Bristow (1998) assevera que, dependendo do material vegetal utilizado e do
seu albedo, a temperatura do solo poderá ser elevada ou diminuída. Para este autor, um
material mais denso e que reflete menos a luz poderá causar o aumento da temperatura
do solo, elevando a evaporação.
Em relação ao material orgânico, cobertura com capim, serragem, sabugo de
milho e palha de arroz e de trigo têm se mostrado eficiente no aumento do crescimento e
produtividade das plantas através da manutenção do teor de água do solo, do controle da
temperatura, aumento nos níveis de nitrogênio e de outros minerais (SAEED e
AHMAD, 2009).
Em cultivos de trigo na China, Yang et al. (2006) observaram que o uso da
cobertura do solo reduziu a evaporação da água do solo e os riscos da salinidade,
melhorando a produtividade da cultura. Redução na salinidade do solo com o uso da
cobertura morta também foi observada por Rahamam et al. (2004).
Costa et al. (2008a) observaram que o uso da cobertura morta no solo causou
efeitos positivos na produção de biomassa seca das plantas de amaranto e atribuíram
esses resultados às reduções nas oscilações da temperatura do solo, à maior
disponibilidade de água e de nutrientes às plantas.
24
Quando empregada associada à irrigação com água salina, Costa et al. (2008a)
verificaram que a cobertura morta reduziu o tempo médio do início da floração e
aumentou a altura e o diâmetro do caule, a área foliar e a massa seca total das plantas
de amaranto, independente do nível de salinidade da água de irrigação, por propiciar
maior disponibilidade de água às mesmas.
25
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Localização do experimento, clima e solo da área experimental
O experimento foi conduzido no período de setembro de 2009 a abril de 2010 no
município de Remígio, PB (Figura 1), inserido na Mesorregião Agreste Paraibano e
Microrregião Curimataú Ocidental (INTERPA, 2008) e georreferenciado pelas
coordenadas geográficas de 6o53’00” de latitude Sul, 36o02’00” de longitude Oeste e
altitude de 470 m.
Figura 1. Localização geográfica do município de Remígio, PB.
O clima do município, segundo Köppen, é do tipo As’, quente e seco. A umidade
relativa e a temperatura média anual do ar variam de 70 a 80% e 24º C, respectivamente
(DINIZ, 2009). O período de pluviosidade decorre de março ou abril até julho ou agosto.
A pluviosidade total no período experimental foi de 166 mm. A distribuição da
pluviosidade mensal e os dados de temperatura máxima, média e mínima do ar registrados no
período experimental se encontram na Figura 2.
26
Figura 2. Distribuição mensal de chuvas (A) e valores de temperaturas máximas, médias e mínimas do ar durante a condução do experimento, de setembro de 2009 a abril de 2010 (B).
O substrato constou de uma mistura dos primeiros 10 cm de um ARGISSOLO
AMARELO LATOSSÓLICO Eutrófico, não salino (SANTOS et al., 2006) com esterco
bovino de relação C/N 16/1, com teor de umidade de 12%, na proporção em volume de
10:1 (v/v).
Na Tabela 1, a caracterização dos atributos físicos do substrato utilizado nos
lisímetros foi efetuada conforme prescrições compiladas pela Embrapa (1997) e os
dados de fertilidade do solo e salinidade foram obtidos conforme metodologias
compiladas pela Embrapa (1997) e Richards (1954), respectivamente.
27
Tabela 1. Composição física, química e salinidade do substrato (solo + esterco
bovino) utilizado nos tratamentos. Remígio, PB, 2010.
Atributos Valores Físicos
Areia (g kg-1) 828 Silte (g kg-1) 106 Argila (g kg-1) 66 ADA (g kg-1) 26 GF (%) 60,60 ID (%) 39,60 Ds (Mg m-3) 1,26 Dp (Mg m-3) 2,73 Pt (m
3 m-3) 0,54 A/S 0,62 U0,033MPA (g kg
-1) 103,40 U0,1MPA (g kg
-1) 82,80 U1,0MPA
(g kg-1) 55,40 U1,5MPA (g kg
-1) 30,70 Adi (g kg
-1) 72,70 Classe Textural Areia franca
Complexo sortivo pH (água: 1:2,5) 6,2 P (mg dm-3) 79,85 (A) K+ (mg dm
-3) 124,00 (A) Na+ (cmolc dm
-3) 0,29 Ca2+ (cmolc dm
-3) 3,95 (M) Mg2+ (cmolc dm
-3) 1,10 (A) SB (cmolc dm
-3) 5,65 H++Al3+ (cmolc dm
-3) 1,65 Al3+ (cmolc dm
-3) Ausente CTCpH7,0 (cmolc dm
-3) 7,30 m (%) 0,00 V (%) 77,39 M.O. (g kg-1) 11,81 (B) B (mg dm-3) 0,62 (A) Fe (mg dm-3) 36,04 (A) Cu (mg dm-3) < ADL Mn (mg dm-3) 6,80 (A) Zn (mg dm-3) 1,04 (A)
Salinidade pH 6,8 CE (dS m-1) 3,10 Ca2+ (mmolc L
-1) 8,80 Mg2+ (mmolc L
-1) 5,00 K+ (mmolc L
-1) 2,40 Na+ (mmolc L
-1) 14,95 SO4
2- (mmolc L-1) 5,60
CO32- (mmolc L
-1) Ausente HCO3
- (mmolc L-1) 8,17
Cl- (mmolc L-1) 16,97
RAS (mmol L-1)1/2 5,69 PST (%) 3,97 Classificação Não salino
ADA = Argila dispersa em água; GF = Grau de floculação; ID = Índice de dispersão; Ds = Densidade do solo; Dp = Densidade de partícula, Pt = Porosidade total; A/S = Relação argila-silte; Ucc = umidade do solo em capacidade de campo; Upmp = umidade do solo em ponto de murcha permanente; Adi = água disponível; SB = Soma de bases (Ca2+ + Mg2+ + Na+ + K+); CTC = Capacidade de troca catiônica [SB + (H+ + Al3+)]; m = Saturação em alumínio; V = Saturação de bases [(SB/CTC)*100]; M.O = Matéria orgânica; ]; ADL = Aquém do limite de detecção; CE = Condutividade elétrica; PST = percentagem de sódio trocável; RAS = Razão de adsorção de sódio [Na+/ (Ca2+ + Mg2+
/2)1/2 ]; A = alto ou adequado; B = baixo; M = médio (MALAVOLTA; VITTI; OLIVEIRA, 1997).
28
Os dados da curva característica de retenção de água no substrato (Figura 3)
foram obtidos em amostras com estrutura deformada e saturadas com água no
Laboratório de Irrigação e Drenagem da Universidade Federal de Campina Grande,
utilizando câmara de Richards (1954), acoplada em placas de porcelana porosas, às
tensões de 0,01; 0,033; 0,1; 0,5; 1,0 e 1,5 MPa.
Figura 3. Curva característica de retenção de água do substrato composto de solo e esterco bovino. Remígio, PB, 2010.
3.2. Fatores em estudo, tratamentos e delineamento experimental e tratamentos
Os fatores em estudo consistiram de irrigação com águas de baixa (0,50 dS m-1)
e alta salinidade (4,50 dS m-1), em recipientes plásticos utilizados como lisímetros de
pressão, sem e com aplicação de biofertilizante bovino comum, sem e com cobertura
morta. Os tratamentos utilizados no experimento foram:
T1: A1B1C1 (água não salina, sem biofertilizante e sem cobertura morta);
T2: A1B1C2 (água não salina, sem biofertilizante e com cobertura morta);
T3: A1B2C1 (água não salina, com biofertilizante e sem cobertura morta);
T4: A1B2C2 (água não salina, com biofertilizante e com cobertura morta);
T5: A2B1C1 (água salina, sem biofertilizante e sem cobertura morta);
T6: A2B1C2 (água salina, sem biofertilizante e com cobertura morta);
T7: A2B2C1 (água salina, com biofertilizante e sem cobertura morta);
T8: A2B2C2 (água salina, com biofertilizante e com cobertura morta).
O delineamento estatístico foi em blocos casualizados, arranjados em esquema
fatorial 2 x 2 x 2, com três repetições e cada unidade experimental foi representada por
29
três plantas de maracujazeiro amarelo, transplantadas no arranjo espacial de 3,0 x 3,0 m,
para recipientes plásticos de 60 cm de diâmetro e 50 cm de altura, utilizados como
lisímetros de pressão, contendo 130 dm3 de substrato composto por solo + esterco
bovino (Figura 4).
Figura 4. Arranjo espacial na área experimental do maracujazeiro amarelo cultivado em recipientes plásticos utilizados como lisímetros de pressão. 3.3. Instalação do experimento e dotação hídrica dos tratamentos
Na parte inferior do reservatório, para lixiviação da suspensão excedente, foram
perfurados dois drenos, equidistanciados, com 1 cm de diâmetro e colocados recipientes
coletores de água de capacidade para 15 dm3, protegidos por lonas plásticas para evitar
entrada de água procedente de chuvas, para medição do volume drenado e avaliações da
salinidade da água pela condutividade elétrica do lixiviado (Figura 5).
30
Figura 5. Disposição dos recipientes plásticos utilizados como lisímetros, posição dos drenos e dos recipientes coletores da suspensão lixiviada.
Os lisímetros foram instalados sobre bases de tijolos nivelados à altura de 30 cm
acima da superfície do solo. Para impedir a obstrução dos drenos, na base interna dos
lisímetros foi colocada uma camada de 2,5 cm de brita tamanho zero sobreposta por
uma camada de 5 cm de areia lavada de rio (Figura 6).
Figura 6. Disposição da camada de brita e da areia lavada de rio na face inferior dos recipientes plásticos utilizados como lisímetros de pressão.
As irrigações das plantas foram feitas com águas de baixa (CE de 0,50 dS m-1) e alta
salinidade (CE de 4,50 dS m-1). A água de menor condutividade elétrica era proveniente de
uma fonte superficial da propriedade Macaquinhos, Remígio, PB. Semanalmente,
procedia-se à diluição de uma água de salinidade elevada (CE de 9,50 dSm-1) ,
procedente do açude Jacaré, localizado no município de Remígio, PB, para obtenção do
nível de salinidade da água dos tratamentos com água salina, conforme procedimentos
de Cavalcante et al. (2005a).
31
Aos 21 dias após o transplantio das mudas (DAT), foram iniciadas as irrigações
com água de alta salinidade, sendo os substratos irrigados até o ponto de saturação,
dando início aos tratamentos para avaliações do consumo hídrico das plantas.
As irrigações foram efetuadas diariamente, utilizando-se provetas volumétricas,
com reposição de um volume hídrico correspondente a 20% da lâmina de água
evaporada no dia precedente (GONDIM et al., 2009), medida no tanque Classe “A”
instalado em um local adjacente à área experimental (Figura 7). A frequência de
lixiviação foi de 7 (sete) dias, com utilização de uma fração de lixiviação (FL), em cada
lisímetro, de 10% do volume de água aplicado até o dia da lixiviação correspondente. A
FL foi aplicada após o substrato atingir a capacidade de campo.
Figura 7. Procedimento da irrigação do maracujazeiro amarelo e tanque Classe “A” instalado no local do experimento.
A suspensão lixiviada após as irrigações e/ou precipitações pluviais foi coletada e
mensurada em provetas volumétricas para determinações da evapotranspiração da
cultura no espaço temporal correspondente e a condutividade elétrica.
3.4. Preparo, aplicação do biofertilizante bovino e uso da cobertura morta
O biofertilizante bovino foi obtido a partir da fermentação anaeróbica do esterco
bovino fresco misturado com água não clorada, na proporção de 1:1 (100 dm3 de cada
componente), em recipiente com capacidade para 240 dm3, hermeticamente fechado por
um período mínimo de 30 dias, quando o pH foi de, aproximadamente, 7,0 (SANTOS;
AKIBA, 1996). Para a liberação do gás metano produzido pela fermentação, foi
conectada a extremidade de uma mangueira fina na extremidade superior do biodigestor
32
mantendo a outra submersa em um recipiente com água para evitar a entrada de ar
(Figura 8).
Depois de fermentado, o biofertilizante líquido foi diluído em água na proporção
de 1:1 e aplicado na superfície do substrato contido nos lisímetros uma semana antes do
plantio e a cada 90 dias, até o final do experimento em volume de 10 dm3 planta-1,
conforme sugerido por Cavalcante et al. (2007) (Figura 8). Para que cada tratamento
tivesse igualdade na dotação hídrica, inicialmente foi obtido o volume de água contido
efetivamente no biofertilizante bovino e aplicado nos tratamentos sem aplicação deste
efluente orgânico. Para isto, foi determinada a massa de 1,0 L do biofertilizante que foi
posto a secar até a obtenção da massa seca do esterco de bovino contido no mesmo. A
diferença de ambas as massas correspondeu à massa de água que foi fornecida em
acréscimo para cada tratamento.
Figura 8. Preparo e aplicação do biofertilizante bovino nos recipientes plásticos utilizados como lisímetros de pressão.
Os resultados analíticos quanto à salinidade do biofertilizante bovino e das águas
de irrigação, conforme metodologias de Richards (1954) e Embrapa (1997), constam na
Tabela 2.
33
Tabela 2. Composição química do biofertilizante bovino e das águas utilizadas nas irrigações do maracujazeiro amarelo. Remígio, PB, 2010.
Atributos Químicos Biofertilizante A1 A2
pH 6,7 6,4 7,7
CE (dS m-1 a 25o C) 2,55 0,50 4,50
RAS (mmol L-1) 0,87 2,12 0,57
Ca2+ (mmolc L-1) 13,75 1,67 2,80
Mg2+ (mmolc L-1 17,50 0,81 8,90
K+ (mmolc L-1) 3,33 0,11 0,43
Na+ (mmolc L-1) 3,42 2,37 31,96
SO42- (mmolc L
-1) 20,86 0,86 0,26
CO32- (mmolc L
-1) Ausente Ausente 0,10
HCO3- (mmolc L
-1) 2,50 1,12 3,20
Cl- (mmolc L-1) 10,00 3,14 40,80
Classificação C4S1 C1S1 C4S1
CE = Condutividade elétrica; RAS = Razão de adsorção de sódio [Na+/ (Ca2+ + Mg2+ /2)1/2 ]; A1 = Água não salina ; A2 = Água salina.
A cobertura morta foi feita com uma camada de 10 cm de capim seda (Cynodon
dactylon L.) e posta na superfície dos recipientes plásticos utilizados como lisímetros de
pressão, para onde a muda do maracujazeiro amarelo foi plantada, com reposição a cada
dois meses (Figura 9).
34
Figura 9. Disposição da cobertura morta no ambiente superficial dos recipientes plásticos utilizados como lisímetros de pressão.
3.5. Implantação e manejo da cultura do maracujazeiro amarelo
As mudas do maracujazeiro amarelo foram produzidas em sacos de polietileno
(18 cm de altura e 13 cm de diâmetro) e transplantadas em setembro de 2009, após
criteriosa seleção, padronizando-se a altura (30 cm) e número de folhas (5 pares).
A cultura foi implantada no arranjo espacial de 3,0 x 3,0 m. No centro dos
lisímetros, foi aberta uma cova com o equipamento boca de lobo para transplantio das
mudas. As plantas foram conduzidas em espaldeiras verticais, com um fio de arame liso
nº 12, situado a 2,30 m da superfície do solo, preso e esticado por mourões espaçados de
três metros. No início do crescimento das plantas, foi utilizado barbante com a
finalidade de conduzir a haste principal à espaldeira. Na fase de condução das plantas,
procedeu-se à realização de desbrotas periódicas dos ramos laterais, de maneira que se
assegurasse o crescimento de uma única haste até o arame de sustentação. A poda do
broto terminal se deu quando a haste principal ultrapassou 10 cm da espaldeira, visando
induzir a planta a emitir novos ramos secundários. As plantas foram conduzidas com
dois ramos laterais, com poda dos ramos laterais ou secundários, efetuando-se a poda
deles quando ambos atingiram 1,5 m de distância da haste principal.
Foram efetuadas as podas das gavinhas a cada dez dias durante o período de
formação da cultura, para não haver entrelaçamento com os ramos das plantas de outras
35
linhas de plantio e, também, para maior controle dos ramos das plantas nos tratamentos.
À medida que os ramos terciários se aproximaram do solo, foi feita a poda dos mesmos
a 0,30 m de distância do solo.
As adubações minerais foram realizadas conforme recomendações de São José
et al. (2000). A adubação de fundação foi feita com 150 g de superfosfato simples (20%
P2O5) por planta. O nitrogênio e o potássio foram aplicados em cobertura, fornecendo-se
10 g de uréia (45% N) aos 30 DAT e mensalmente a partir de então com 30 g de uréia e
50 g de cloreto de potássio (58% K2O) por planta e por adubação. No início da floração
foram aplicados 50 g de superfosfato simples por planta.
O controle das ervas daninhas foi feito manualmente no espaço interno dos
lisímetros. O controle de pragas e doenças foi feito preventivamente, utilizando-se os
agroquímicos recomendados para a cultura do maracujazeiro amarelo (MAPA, 2010).
A partir da primeira floração, foram realizadas polinizações manuais diárias, no
período da tarde, utilizando-se os dedos e retirando o pólen da flor de uma planta e
polinizando-se a flor de uma outra.
3.6. Variáveis analisadas
3.6.1. Fertilidade e salinidade do solo
Na floração das plantas, aos 117 dias após o transplantio, foram coletadas
amostras simples deformadas de solo, nos quatro quadrantes dos recipientes plásticos
utilizados como lisímetros de pressão, à profundidade de 0 a 20 cm, para formação de uma
amostra composta por parcela. O material foi colocado em sacos de polietileno
etiquetados e enviados para análises de fertilidade e salinidade.
Quanto à fertilidade do solo, as variáveis químicas analisadas foram: pH da
solução do solo, teores de fósforo, potássio, cálcio, magnésio, sódio, hidrogênio +
alumínio, matéria orgânica e os micronutrientes boro, cobre, ferro, manganês e zinco,
adotando-se metodologias compiladas pela Embrapa (1997).
Quanto à salinidade do solo, à mesma profundidade das análises de fertilidade,
foram determinadas no extrato de saturação a condutividade elétrica (CEes), pH, ao final
do experimento, e percentual de sódio trocável (PST) na floração e ao final do
experimento.
36
3.6.2. Avaliações fenométricas nas plantas
As avaliações da fenologia quantitativa, não destrutiva das plantas, foram feitas
com base nas taxas de crescimento absoluto e relativo (BENINCASA, 2003;
RODRIGUES, 2008) a partir dos dados de alturas inicial e final das plantas, período
para poda da haste principal, diâmetros caulinares inicial e final contidos na Tabela 3.
Tabela 3. Valores médios de alturas de plantas, período de poda da haste principal e diâmetros caulinares para determinações das taxas de crescimento absoluto e relativo em altura e diâmetro caulinar do maracujazeiro amarelo.
TRATAMENTOS
hi
(cm)
hf
(cm)
PPHP (dias)
Өi (cm)
Өf (cm)
T1 57 164 22 0,49 1,82 T2 55 165 21 0,52 1,85 T3 52 168 19 0,48 2,08 T4 45 168 18 0,50 2,13 T5 67 159 25 0,52 1,66 T6 60 162 23 0,49 1,80 T7 61 164 21 0,48 1,87 T8 69 164 22 0,50 1,93
hi = altura inicial das plantas; h2 = altura final das plantas; PPHP = período para poda da haste principal; Өi = diâmetro caulinar inicial das plantas; Өf = diâmtero caulinar final das plantas.
As alturas das plantas foram medidas semanalmente, com auxílio de uma trena
milimetrada, até à poda do meristema apical, cerca de 10 cm acima da espaldeira, do
coleto até a inserção das últimas folhas do capitel das plantas. Com o auxílio de um
paquímetro digital, modelo Digimess®, foram obtidos os diâmetros caulinares das
plantas (cm) à altura de 10 cm dos coletos.
O período para poda dos ramos laterais correspondeu ao tempo decorrido entre
os 21 dias após o transplantio das mudas e o tempo médio da poda dos ramos laterais ou
secundários da planta.
37
As taxas de crescimento absoluto e relativo em altura e diâmetro caulinar foram
baseadas nas equações 1 a 4:
TCAA = (hf – hi) * (∆t1)-1 [Eq. 1]
TCRA = (Ln hf – Ln hi) * (∆t1)-1 [Eq. 2]
TCADC = (Өf – Өi) * (∆t2)-1 [Eq. 3]
TCRDC = (Ln Өf – Ln Өi) * (∆t2)-1 [Eq. 4]
onde:
TCAA = taxa de crescimento absoluto em altura (cm dia-1);
TCRA = taxa de crescimento relativo em altura (cm cm-1dia-1);
TCADC = taxa de crescimento absoluto em diâmetro (cm dia-1);
TCRDC = taxa de crescimento relativo em diâmetro (cm cm-1dia-1);
hf = altura final da planta após a poda do meristema apical (cm);
hi = altura da planta aos 21 DAT (cm);
Ln = logaritmo neperiano;
Өf = diâmetro caulinar da planta ao final do experimento (cm);
Өi = diâmetro caulinar da planta aos 21 DAT (cm);
∆t1 = espaço temporal decorrido entre as leituras de hf e hi;
∆t2 = espaço temporal decorrido entre as leituras de Өf e Өi (196 dias).
Foi avaliado o comprimento médio dos internódios (cm) após as podas dos
ramos laterais das plantas e contado o número de ramos produtivos ao final do
experimento.
3.6.3. Composição mineral das plantas
Na floração plena das plantas (117 DAT), foram coletadas amostras individuais
da 4a folha a partir do meristema apical dos ramos produtivos intermediários e sadios
(MALAVOLTA; VITTI; OLIVEIRA, 1997), de cada unidade experimental, para
avaliação do estado nutricional das plantas, com determinação dos teores de
macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S), micronutrientes (B, Cu, Fe, Mn e Zn) e sódio na
matéria seca do tecido foliar. A assepcia das folhas foi feita em água corrente e
submersão em água deionizada. O material foi posto a secar em estufa com circulação
forçada de ar, à temperatura de 70 oC, durante 72 horas, triturado em moinho tipo
Willey TE – 650®, utilizando-se peneira de 20 mesh. As análises químicas foram
38
efetuadas no Laboratório de Química e Fertilidade do Solo do DSER/CCA/UFPB,
empregando-se as metodologias compiladas pela Embrapa (1997).
3.6.4. Fluorescência da clorofila a
As medições de emissão da fluorescência da clorofila a foram efetuadas aos 92
DAT, correspondente ao início da floração das plantas (71 dias após a aplicação dos
tratamentos) e aos 214 DAT (no final do experimento e 193 dias após a aplicação dos
tratamentos), entre 10:00’ e 11:15’ horas da manhã, na folha mediana do ramo produtivo
intermediário da planta, utilizando-se fluorômetro modulado Plant Efficiency Analyser
– PEA II® (Hansatech Instruments Co., UK). Para avaliações dos parâmetros de
fluorescência inicial (F0), fluorescência máxima (Fm), fluorescência variável (Fv),
relação Fv/F0 e rendimento quântico potencial (Fv/Fm) (MAXWELL e JOHNSON,
2000), foram colocadas pinças foliares (leaf clips) nas folhas selecionadas para as
leituras após 30 minutos de adaptação ao escuro (ROHÁCEK, 2002; KONRAD et al.,
2005), como indicado na Figura 10.
Figura 10. Leitura das variáveis de fluorescência da clorofila a em maracujazeiro amarelo com utilização do instrumento Plant Efficiency Analyser – PEA II®.
3.6.5. Trocas gasosas
Nos mesmos períodos avaliativos e horários das determinações da fluorescência
da clorofila a, foram realizadas medições das variáveis de trocas gasosas na folha
mediana e intacta do ramo produtivo intermediário da planta, com o auxílio do
analisador de gás carbônico a infravermelho portátil (IRGA), modelo LCPro+ Portable
Photosynthesis System® (ADC BioScientific Limted, UK), com temperatura ajustada a
39
25oC, irradiação de 1800 µmol fótons m-2 s-1 e fluxo de ar de 200 ml min-1 (Figura 11).
As variáveis fisiológicas analisadas foram concentração interna de CO2 (Ci – µmol mol-
1), condutância estomática (gs – mol m-2 s-1), taxa transpiratória (E – mmol m-2 s-1) e
fotossíntese líquida (A – expressa em µmol CO2 m-2 m-1).
Figura 11. Medições de trocas gasosas no maracujazeiro amarelo com analisador de gás carbônico a infravermelho portátil (IRGA). 3.6.6. Teores de clorofila a, b, total e carotenóides
A diagnose da concentração de clorofila na folha foi efetuada no pico da
floração da cultura, coletando-se a 4a folha, intacta e com botão floral na axila, do ramo
terciário da região mediana da planta. As folhas foram acondicionadas em sacos de
papel laminados e transportadas em equipamento térmico contendo gelo e pó de
serragem e conduzidas ao Laboratório de Fertilidade e Nutrição de Plantas da
Universidade Federal de Campina Grande, com manutenção sob refrigeração para
quantificação destrutiva dos pigmentos fotossintéticos.
De cada folha, foram removidos discos foliares (Ø = 1,6 cm) nos quais se
determinou a massa fresca com balança analítica de precisão de 0,0001 g. Procedeu-se à
maceração dos discos foliares em acetona a 80% em ambiente com fonte de iluminação
artificial verde de baixa intensidade (AMARANTE et al., 2008). Os extratos obtidos
foram filtrados através de papel-filtro rápido e coletados em balões volumétricos de 25
mL, completando-se o volume ao final da filtragem após 48 horas. A densidade ótica
40
dos filtrados foi lida em espectrofotômetro Carl Zeiss UV-Vis Spekol®, nos λ de 470,
647 e 663 nm, conforme Arnon (1949).
Os teores de clorofilas a, b e carotenóides nas soluções de leitura foram obtidos
de acordo com Lichtenthaler (1987), conforme equações de 5 a 7:
Clorofila a = 12,25 * A663 – 2,79 * A647 [Eq. 5]
Clorofila b = 21,50 * A647 – 5,10 * A663 [Eq. 6]
Carotenóides totais = (1000 x A470) – (1,82 C chl a) – (85,02 C chl b)
(198)-1
[Eq. 7]
Os valores obtidos foram transformados para teores de clorofila a, b e
carotenóides nas folhas, expressos em unidades de massa por massa fresca (mg g-1
matéria fresca).
3.6.7. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo
As necessidades hídricas das plantas foram avaliadas em 4 (quatro) estádios
fenológicos (Fases I a IV) das plantas, dos 21 aos 217 dias após o transplantio das
mudas (DAT), com base nas análises de dados de evapotranspiração de referência
(ET0), condições térmicas no ambiente dos lisímetros, evapotranspiração da cultura
(ETc), coeficientes de cultivo (Kc), condutividade elétrica da suspensão lixiviada (CESL)
e eficiência agronômica do uso de água pelas plantas (EAUA).
Os estádios de crescimento e as fenofases das plantas do maracujazeiro amarelo,
adaptados de Maciel; Batutista; Aular (1994) e Souza et al. (2009), foram:
Fase I: crescimento vegetativo apical (até à poda da haste principal, feita quando este
ultrapassou 10 cm do arame da espaldeira): 21 a 48 DAT;
Fase II: crescimento dos ramos laterais e produtivos (até à poda dos ramos secundários,
quando o ramo alcançou a estaca da outra planta, isto é, com até 1,50 m): 49 a 90 DAT;
Fase III: floração e frutificação: 91 a 195 DAT;
Fase IV: encerramento da fase produtiva e repouso vegetativo: 196 a 217 DAT.
A ET0 foi obtida dos valores de evaporação hídrica diária coletada do tanque
Classe “A”, conforme equação 10 (DOORENBOS e PRUITT, 1977):
[Eq. 8]
41
ET0 = Kt*ECA
onde:
ET0 = evapotranspiração de referência (mm dia-1);
Kt = coeficiente do tanque Classe “A” (0,75) (BERNARDO; SOARES; MANTOVANI,
2008);
ECA = evaporação hídrica do tanque Classe “A” (mm dia-1).
As temperaturas foram medidas com termômetro Laser Digital Md TI 920
Instrutherm® (Figura 12), a cada 3 dias, às 15 horas, na superfície do substrato, da
cobertura morta, a 5 cm de profundidade (em quatro pontos equidistantes a 20 cm do
caule da planta) e na superfície exterior nos quatro quadrantes da posição mediana dos
recipientes plásticos usados como lisímetros de pressão.
Figura 12. Medição de temperatura com termômetro digital nos recipientes plásticos usados como lisímetros de pressão.
A evapotranspiração da cultura (ETc) foi obtida para cada fase de
desenvolvimento do maracujazeiro amarelo, conforme disposto na equação 9
(RODRIGUES, 2008), com base nos dados contidos nos Apêndices 19 a 22:
ETc = [P + (VA – VD) * S-1 ] * T-1 [Eq. 9]
em que:
ETc = evapotranspiração da cultura (mm dia-1);
P = precipitação pluviométrica no período (mm);
VA = volume total de água aplicado semanalmente no lisímetro até o início da drenagem
(L);
VD = volume da suspensão drenada do lisímetro (L);
S = área do lisímetro (0,282 m2);
42
T = frequência de lixiviação (7 dias).
O coeficiente de cultivo ou da cultura (Kc) foi estimado através da relação entre a
evapotranspiração da cultura (mm dia-1) e a evapotranspiração de referência (mm dia-1),
de acordo com equação 10 (DOORENBOS e KASSAN, 1979):
Kc = ETc * ET0-1 [Eq. 10]
em que:
Kc = coeficiente de cultivo (adimensional);
ETc = evapotranspiração da cultura (mm dia-1);
ET0 = evapotranspiração de referência (mm dia-1).
A suspensão lixiviada após as irrigações foi coletada em recipientes plásticos
acoplados aos lisímetros para medição da condutividade elétrica (CESL) usando um
condutivímetro digital portátil, modelo CDR-870 Instrutherm® (Figura 13).
Figura 13. Leitura da condutividade elétrica da suspensão lixiviada após irrigação do maracujazeiro amarelo com água de baixa (0,5 dS m-1) e alta salinidade (4,5 dS m-1). 3.6.8. Produção do maracujazeiro amarelo
A partir do início da floração, diariamente até o final da fase reprodutiva do
maracujazeiro amarelo, foram coletadas e contadas as flores abortadas de cada planta
para determinação do percentual de flores abortadas (%).
A colheita foi realizada diariamente, no período de fevereiro a abril de 2010,
quando os frutos apresentavam início da maturação com aproximadamente 30% da área
com coloração amarelada (AULAR, 1995). Semanalmente os frutos foram contados e
43
pesados, para obtenção do número de frutos planta-1, massa média de frutos (g fruto-1) e
produção por planta (kg planta-1).
3.6.9. Eficiência agronômica do uso da água do maracujazeiro amarelo
A eficiência agronômica do uso de água (EAUA) foi determinada conforme
Sousa et al. (2005) através da relação entre a massa total dos frutos estimada por hectare
ou rendimento (kg ha-1) e o volume hídrico total consumido por planta (L planta-1),
considerando-se o consumo hídrico total e a área ocupada por cada planta no lisímetro
(0,282 m2), consoante disposto na equação 11.
EAUA = MTf *V-1 [Eq. 11]
onde:
EAUA = eficiência agronômica do uso de água (kg de frutos ha-1 L-1 e/ou kg de frutos
L-1);
MTf = massa total dos frutos do maracujazeiro (kg)
V = volume de água total consumido por planta (L).
3.7. Análises estatísticas
Os resultados obtidos foram submetidos às análises de variância pelo teste de F e
comparação de médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, de acordo com
Banzatto e Kronka (2006), utilizando-se o Programa SAS STAT®.
44
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Fertilidade e salinidade do solo
pH do solo
A interação salinidade da água de irrigação e biofertilizante de esterco bovino
exerceu efeitos significativos no pH da solução do solo (Apêndice 1).
O aumento da salinidade da água de irrigação reduziu o pH da solução do solo
(Figura 14), com resultados concordantes com os observados por Campos et al. (2009) e
Pessoa et al. (2010), entretanto, divergentes de Garcia et al. (2008) ao não verificarem
alterações nos valores de pH de Neossolo e um Latossolo cultivados com 30 genótipos
de feijoeiro em caixas de polietileno em casa de vegetação o solo cultivado com o
aumento da salinidade da água de irrigação de 0,5 a 10 dS m-1.
Figura 14. Valores de pH do solo em função da irrigação com água não salina e salina, em substratos sem e com biofertilizante comum cultivados com maracujazeiro amarelo em floração. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre diferentes condições de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS (Diferença Média Significativa) = 0,09.
Nos tratamentos com água de baixa salinidade, a adição do biofertilizante elevou
o pH inicial do solo no experimento de 6,2 (Tabela 1) para 6,48, na época da floração do
45
maracujazeiro amarelo. Esses resultados estão em acordo com Mitchel e Tu (2006) ao
concluírem que a adição de insumos orgânicos pode elevar o pH do solo.
Nos tratamentos com água salina e aplicação do biofertilizante, foram
registrados acréscimos de 0,11 unidades ao pH inicial do substrato. As elevações dos
valores de pH nos tratamentos com o insumo orgânico estão associadas às reduções e
incrementos, respectivamente nos teores de matéria orgânica no substrato (Figura 15).
Nesse sentido, Jiménez; Larreal; Noguera (2004) afirmam que a elevação do teor de
carbono orgânico, que atua como um regulador, inativa o H+ e aumenta o pH do solo
tratado com insumos orgânicos.
Na avaliação do aspecto salino do substrato com biofertilizante na formação de
mudas do maracujazeiro amarelo irrigado com água de diferentes salinidades, Sousa et
al. (2008) verificaram que, nos tratamentos com o biofertilizante, o pH do substrato
diminui com o aumento da condutividade elétrica da água de irrigação. Na observação
dos efeitos da salinidade da água de irrigação e do esterco bovino líquido fermentado
durante a formação de mudas de goiabeira Paluma, Cavalcante et al. (2010b)
registraram redução no pH do solo com o aumento da condutividade elétrica da água,
mas, por outro lado, constataram elevação de 5,98 para 6,32 com a aplicação do
biofertilizante.
Matéria orgânica no solo
A interação salinidade da água de irrigação x biofertilizante x cobertura do solo
interferiu significativamente nos teores de matéria orgânica do solo (Apêndice 1).
Nos tratamentos sem biofertilizante, sem e com cobertura do solo, o teor de matéria
orgânica foi superior em 8,2% e 14,1% nos tratamentos irrigados com água salina, em
comparação com os dados obtidos com água de boa qualidade (Figura 15).
Para Ciotta et al. (2003) e Costa et al. (2008b), o aumento do teor salino da água
de irrigação promove uma maior retenção da matéria orgânica no solo em virtude da
menor taxa de mineralização dos seus componentes orgânicos.
46
Figura 15. Teores de matéria orgânica no solo cultivado com maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina, salina e submetido às condições de biofertilização e cobertura morta na época da floração. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,32.
A adição do biofertilizante bovino promoveu aumentos expressivos no teor de
matéria orgânica do solo. Nos tratamentos com água não salina, os teores foram
elevados de 9,36 para 22,89 g kg-1 e de 9,66 para 26,25 g kg-1, no solo sem e com
biofertilizante bovino, respectivamente, indicando aumentos percentuais de 145% e
172%, respectivamente. No solo irrigado com água salina, o biofertilizante elevou os
teores de matéria orgânica de 128,5% e 126,7%, respectivamente, nos tratamentos sem e
com cobertura do solo morta, inferiores, entretanto, entre os tratamentos com água não
salina. Esses resultados evidenciam que a degradação biológica da matéria orgânica é
comprometida com o aumento da salinidade da água de irrigação e são condizentes com
as observações de Santos (2010).
Comparativamente ao valor inicial de 11,81 g kg-1, constata-se que o
biofertilizante, nesse tipo de cultivo, como no solo sob irrigação com água de baixa e
alta salinidade, sem ou com cobertura morta, elevou consideravelmente o teor de
matéria orgânica do solo.
47
Acidez potencial do solo (H+ + Al3+)
A acidez potencial do solo respondeu estatisticamente apenas aos efeitos da
interação salinidade da água x cobertura do solo (Apêndice 1).
O aumento da salinidade da água de irrigação de 0,5 para 4,5 dS m-1 elevou os
teores de H+ + Al3+ no solo de 0,63 para 0,72 cmolc dm-3 e de 0,66 para 0,91 cmolc dm
-3,
refletindo aumentos percentuais de 9% e 37,8% promovido pela salinidade da água no
solo sem e com cobertura (Figura 16). Os maiores valores de H+ + Al3+ nos tratamentos
com cobertura morta, possivelmente, sejam decorrentes de um maior teor de umidade
nessas condições, resultando em uma maior concentração de H+ e, com efeito, em maior
acidez potencial.
Figura 16. Teores de H+
+ Al3+ em substratos com maracujazeiro amarelo, no estádio
de floração, irrigado com água não salina e salina, em solo sem e com cobertura. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre diferentes condições de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de cobertura morta e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso de cobertura morta não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,19.
Esses resultados divergem de Paes et al. (1996) e Theodoro et al. (2003) ao
concluírem que a cobertura do solo com resíduos vegetais reduziu a acidez potencial
(H+ + Al3+) do solo.
Fósforo no solo
Os fatores isolados salinidade da água de irrigação e biofertilizante bovino
influenciaram significativamente os teores de fósforo no solo (Apêndice 1).
O aumento da salinidade da água de irrigação e o fornecimento do biofertilizante
resultaram em aumento dos teores de fósforo no solo (Figura 17). No solo irrigado com
48
água de 4,5 dS m-1, os teores de P foram de 194,1 mg dm-3, superiores em, média, 24,4
mg dm-3 aos determinados no solo irrigado com água de baixa salinidade , com aumento
de 14% (Figura 17-A). Esses resultados são divergentes de Gomes et al. (2008) ao
constatarem que o aumento da salinidade da água de irrigação reduz a disponibilidade
de fósforo no solo.
Figura 17. Teores de fósforo extraível do solo na fase de florescimento do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina (A) e em lisímetros sem e com biofertilizante bovino (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 14,70.
Para Pessoa et al. (2010), possivelmente com o pH do solo de 6,20 a 6,38
observado nos tratamentos com água salina (Figura 14), a carga superficial de partículas
do solo tenha se tornado cada vez mais negativa, aumentando a repulsão das partículas
entre o fosfato e a superfície adsorvente, com consequente diminuição da adsorção,
resultando em maior disponibilidade do macronutriente, o que foi constatado neste
trabalho, onde os teores de P no solo irrigado com água salina apresentaram valores de
194,1 mg dm-3.
A adição do biofertilizante bovino aumentou em 11,9% os teores de P no solo
com relação aos tratamentos sem o efluente orgânico, sendo elevado de 171,7 para
192,1 mg dm-3 (Figura 17-B). Pelos resultados, o biofertilizante pode reduzir a adsorção
de P no solo, em razão do teor de matéria orgânica em fornecer íons de origem orgânica
que competem com o fosfato pelos sítios de adsorção. Nesse sentido, Novais et al.
(2007) obtiveram correlação positiva entre o teor de matéria orgânica e o de P
disponível no solo, em razão da formação de pontes de cátions com o Al3+, Fe2+ e Ca2+ a
ela adsorvidos.
49
Potássio no solo
A interação dos fatores salinidade da água de irrigação, biofertilizante bovino e
cobertura morta exerceu influência significativa nos teores de potássio no solo
(Apêndice 1).
Com exceção entre os tratamentos sem biofertilizante bovino e sem cobertura do
solo, o aumento da salinidade da água de irrigação comprometeu o teor de K+ no solo.
As reduções foram mais expressivas nos tratamentos com biofertilizante e sem
cobertura, de 247,90 para 166,70 mg dm-3 (32,7%) (Figura 18). Provavelmente, os
teores de Ca2+ e Mg2+ contidos no solo tratado com biofertilizante tenham incrementado
o antagonismo, com deslocamento do K+ dos sítios de troca e lixiviação após as
irrigações. Garcia et al. (2008) não observaram efeitos significativos nos teores de K+
no solo irrigado com água salina.
Figura 18. Valores de potássio no solo na fase de florescimento do maracujazeiro amarelo em função da aplicação de água não salina e salina em substratos sem e com biofertilizante, sem e com cobertura morta. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 6,95.
O biofertilizante bovino contribuiu positivamente para incremento do teor de K+
no solo nos dois tipos de água, com superioridade nos tratamentos com água não salina.
O maior percentual de incremento foi verificado com a adição do biofertilizante nos
tratamentos sem cobertura, onde o teor de K+ no solo foi elevado de 157,5 para 248,4
50
mg dm3 (57,7%). Nos tratamentos com água salina, o teor de K+ no solo foi mais
expressivo com a aplicação de biofertilizante bovino e uso da cobertura morta, com
elevação dos teores de 140,3 para 192,5 mg dm-3, correspondendo a um incremento de
37,2%. Isso evidencia que a aplicação de biofertilizante, independentemente do nível de
salinidade da água de irrigação, eleva os teores de K+ no solo a valores admitidos como
adequados às plantas em geral, inclusive ao maracujazeiro amarelo, conforme descrito
em Cavalcanti et al. (2008).
Comparativamente com outros autores, Diniz (2009) observou redução nos
teores de K+ no solo cultivado com biofertilizante e adubação nitrogenada, mas,
Nascimento (2010) detectou teores de 200 mg dm-3 de K+ no solo em plantio de
maracujazeiro amarelo irrigado com água salina (3,6 dS m-1) e biofertilizante bovino.
Os menores valores médios de K+ no solo nos tratamentos com água salina,
possivelmente sejam reflexos da lixiviação com as lavagens semanais do solo para
avaliação do consumo hídrico pelas plantas, e também pela competição pelos sítios de
troca entre os sais solúveis e este nutriente ou do antagonismo com o Mg2+ que,
conjuntamente com o Ca2+, deslocam o K+ do complexo sortivo, principalmente em
solos irrigados com água de salinidade elevada (QUAGGIO, 2000; DING; LUO; XU,
2006).
Com exceção dos tratamentos sob irrigação com água salina e com
biofertilizante, onde o teor de K+ no solo foi elevado de 166,7 para 192,5 mg dm-3, nos
demais tratamentos a cobertura do solo não exerceu efeitos significativos nesta variável.
Na avaliação das alterações na composição química da solução do solo após irrigação
com água salina e cobertura morta, Costa et al. (2008b) verificaram redução no teor de
K no solo.
Apesar dos mais baixos teores de K+ nos tratamentos com água não salina e
salina, sem biofertilizante, os valores superam o teor do nutriente no solo no início do
experimento (124 mg dm-3). Isso evidencia ação positiva do insumo orgânico sobre a
disponibilidade de K+ no solo.
Independentemente dos tratamentos, os teores de K+ no substrato no início do
experimento (124 mg dm-3) e os apresentados na Figura 18 são considerados altos por
Cavalcanti et al. (2008).
51
Cálcio no solo
Os teores de cálcio no solo foram influenciados significativamente pela
interação salinidade da água x biofertilizante bovino (Apêndice 2).
Nos tratamentos irrigados com água de baixa salinidade, sem biofertilizante, os
teores de cálcio foram de 5,72 cmolc dm-3, superiores aos verificados no solo com água
salina em 0,61 cmolc dm-3, com incremento percentual de 11,9% (Figura 19).
Possivelmente, a salinidade promoveu a dispersão do material constituinte do substrato
(MEDEIROS; NASCIMENTO; GHEYI, 2010; SANTOS; CAVALCANTE; VITAL,
2010), contribuindo para maior lixiviação de bases trocáveis na suspensão drenada de
maior condutividade elétrica, como verificada na Figura 82, resultando em menores
valores de cálcio nos solos tratados com água salina. Dados médios apresentados por
Costa et al. (2008b) indicaram que não houve efeito significativo no teor de cálcio no
solo com o incremento da salinidade da água.
Figura 19. Valores de cálcio no solo em função da aplicação de água não salina e salina em substratos sem e com biofertilizante comum cultivados com maracujazeiro amarelo à época da floração. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre diferentes condições de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,26.
A aplicação do biofertilizante elevou os teores de cálcio no solo de forma mais
expressiva nos tratamentos com água salina, com acréscimos de 6,4%. Rodrigues et al.
(2008), em estudos sobre a fertilidade de um solo cultivado com maracujazeiro amarelo
tratado com biofertilizante supermagro, verificaram aumentos de 2,45 para 3,82 cmolc
dm-3 no solo.
52
Comparativamente, o solo irrigado com água não salina e com biofertilizante
apresentou teores de cálcio 11,4% superiores aos dos tratamentos com água salina e
com o insumo orgânico, com elevação de 5,44 para 6,06 cmolc dm-3. A inferioridade
pode ser devida à dispersão do solo provocada pela água de salinidade elevada
(MEDEIROS; NASCIMENTO; GHEYI, 2010; SANTOS; CAVALCANTE; VITAL,
2010) e com as lavagens semanais o nutriente deve ter sido lixiviado por fluxo de
massa. De acordo com Lagreid; Bockman; Kaarstad (1999) e Prates e Medeiros (2001),
a importância do biofertilizante como insumo orgânico não está nos quantitativos dos
elementos minerais da sua composição, mas na diversidade de nutrientes minerais
quelatizados e disponibilizados pela atividade biológica ao solo e às plantas e melhorias
das condições físicas dos solos.
Mesmo admitindo que o aumento da salinidade da água tenha provocado a
dispersão das argilas, elevando a macroporosidade do solo, resultando em maior
lixiviação de bases, inclusive o Ca2+ (MEDEIROS; NASCIMENTO; GHEYI, 2010;
SANTOS; CAVALCANTE; VITAL, 2010), os valores no solo na floração das plantas
estavam 29% e 38% superiores aos 3,95 cmolc dm-3 que o substrato possuía antes da
aplicação dos tratamentos sem e com biofertilizante, respectivamente. Quanto aos
tratamentos irrigados com água não salina, a superioridade foi de 45% e 53%,
respectivamente, no solo sem e com o insumo orgânico em comparação com os valores
do macronutriente antes de iniciar o experimento. Esses últimos resultados estão em
consonância com Nascimento (2010) ao avaliar a fertilidade do solo com doses de
biofertilizante bovino sob irrigação com água não salina (0,35 dS m-1) e salina (3,60 dS
m-1) e constatar aumentos nos teores de Ca2+ em relação ao valor inicial do solo
cultivado com maracujazeiro amarelo.
53
Magnésio no solo
Dentre as fontes de variação adotadas, apenas o biofertilizante exerceu ação
significativa sobre os teores de Mg2+ no solo (Apêndice 2).
Pelos dados apresentados na Figura 20, verifica-se superioridade de 15% nos
teores de magnésio no solo nos tratamentos com biofertilizante bovino.
Figura 20. Teores de magnésio no solo na floração do maracujazeiro amarelo tratado com biofertilizante bovino. Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,19.
O valor inicial de Mg2+ no início do experimento era de 1,10 cmolc dm-3 (Tabela
1), sendo elevado 43,6% e 65,4% após a aplicação dos tratamentos no solo sem e com
biofertilizante, respectivamente. Ao considerar que não foi aplicado magnésio ao solo
com aplicação de fertilizantes minerais, os aumentos em relação ao valor inicial do solo
são devidos às irrigações com água não salina e salina, que continha 0,81 e 13,75 mmol
L-1 de magnésio, respectivamente, e ao biofertilizante.
A elevação do pH da solução do solo nos tratamentos com o insumo orgânico
(Figura 14) pode ter contribuído para o aumento do teor de Mg2+ (MALAVOLTA,
2006), como verificado também por Sousa et al. (2007) e Costa et al. (2010) ao
avaliarem o teor de magnésio no solo com a aplicação de fertilizantes orgânicos.
Sódio no solo
Os teores de sódio no solo foram influenciados estatisticamente pela interação
salinidade da água x biofertilizante bovino x cobertura morta (Apêndice 2).
54
Os elevados teores de Na+ na água salina (31,96 mmolc L-1) e do biofertilizante
(3,42 mmolc L-1) promoveram a superioridade do elemento no solo (Figura 21).
Figura 21. Valores de sódio no solo na época da floração do maracujazeiro amarelo em função da aplicação de água não salina e salina em substratos sem e com biofertilizante, sem e com cobertura morta. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey (P < 0,05). DMS = 0,028.
Nos tratamentos irrigados com água não salina, o biofertilizante incrementou o
teor de sódio no solo sem cobertura morta em 12,8%. No solo irrigado com água salina,
os teores de sódio com o uso do insumo orgânico aumentaram de 0,70 para 0,98 cmolc
dm-3 e de 0,78 para 0,85 cmolc dm-3, correspondendo em aumentos percentuais de 40%
e 9%, nos tratamentos sem e com cobertura morta, respectivamente. Comparativamente,
o aumento do teor salino da água de irrigação e a aplicação do biofertilizante elevaram
os teores de Na+ no solo em mais de 100%, mais expressivamente de 0,40 (água não
salina, sem biofertilizante e sem cobertura morta) para 0,98 cmolc dm-3 (água salina,
com biofertilizante e sem cobertura). Resultados semelhantes foram registrados por
Nascimento (2010) em solo cultivado com maracujazeiro amarelo, com biofertilizante
sob irrigação com águas salinas.
Ao comparar os valores na época da floração das plantas com o teor original
(0,29 cmolc dm-3), constatam-se elevações nos teores de sódio no solo para 0,34 e 0,39
cmolc dm-3, nos tratamentos irrigados com água de baixa salinidade, e para 0,70 e 0,98
55
cmolc dm-3 no solo irrigado com água de alta salinidade, respectivamente. Pelos
resultados, a irrigação com água de 4,5 dS m-1 elevou os teores de Na+ para o máximo
de 0,98 cmolc dm-3 (T7). Solos com teores de sódio a partir desse valor, conforme
Richards (1954), podem ter a sua estruturação comprometida.
Capacidade de troca catiônica do solo
No Apêndice 2, percebe-se que a capacidade de troca catiônica sofreu influência
significativa pela interação salinidade da água x biofertilizante bovino.
Os aumentos registrados para K+, Ca2+ e Na+ (Figuras 18, 19 e 21) resultaram no
aumento da capacidade de troca catiônica nos tratamentos com água não salina e com
biofertilizante (Figura 22). A irrigação com água salina no solo sem biofertilizante
elevou a CTC dos substratos de 8,58 para 9,22 cmolc dm-3, promovendo um acréscimo
de 7,4%. Nos tratamentos sem e com biofertilizante, irrigados com água não salina, a
CTC foi elevada de 8,58 para 9,36 cmolc dm-3.
Figura 22. Capacidade de troca catiônica (CTCpH 7) à época da floração no solo cultivado com maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,20.
Os maiores teores de K+ e Ca2+, principalmente, nos tratamentos com água não
salina e com biofertilizante, possivelmente decorrentes de uma maior mineralização da
matéria orgânica do efluente orgânico, liberaram esses elementos nos sítios de troca,
aumentando a CTC. Nesse sentido, Ghoulam; Foursy; Fares (2002) e Rodrigues et al.,
56
(2009a) afirmam que a aplicação de efluentes orgânicos líquidos influem positivamente
na elevação da CTC dos solos.
No solo irrigado com água salina, a aplicação do biofertilizante bovino não
influiu na CTC, com valores variando de 9,22 a 9,38 cmolc dm-3, respectivamente em
solos sem e com o insumo orgânico. Isso evidencia que o aumento da CTC foi, em
maior parte, devido à adição do superfosfato simples, que contém 18% de cálcio, do K+
nas adubações e dos teores de potássio, cálcio e magnésio contidos na água de irrigação.
Os valores da CTC referentes aos tratamentos com água não salina e salina, com
biofertilizante, não variaram, possivelmente em decorrência de teores médios mais
elevados de Ca2+ nos tratamentos com água não salina (Figura 19), contrabalanceando a
superioridade dos tratamentos com água salina nos teores de K+ e Na+ extraíveis do solo
(Figuras 18 e 21).
Ao relacionar os valores da Figura 22 com a CTC inicial do substrato (Tabela 1)
de 7,30 cmolc dm-3, observa-se que o aumento da salinidade da água de irrigação de 0,5
para 4,5 dS m-1, no solo sem biofertilizante, aumentou a CTC do solo em 17,5% e
26,3% e, no solo com o insumo, em 28,2% e 28,5%, respectivamente.
Teores de boro no solo
A interação salinidade da água de irrigação, biofertilizante bovino e cobertura
morta exerceu efeitos significativos nos teores de boro no solo (Apêndice 3).
Conforme a Figura 23, a elevação do teor salino da água de irrigação elevou os
teores médios de boro no solo de 0,63 para 0,79 mg dm-3 entre os tratamentos sem
biofertilizante e sem cobertura morta no solo, resultando em acréscimos de 25,4% desse
micronutriente. Esses resultados são coerentes com os teores de boro, na forma de sais,
encontrados na Tabela 1. Com aplicação do biofertilizante e o uso da cobertura, os
teores de boro no solo aumentaram em 14,1% nos tratamentos com água salina, sendo
elevado de 0,92 (água não salina) para 1,05 mg dm-3.
57
Figura 23. Teores de boro no solo cultivado com maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina, salina e submetidas às condições de biofertilização e cobertura morta na época da floração. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,036.
A cobertura morta proporcionou incrementos nos teores de boro no solo, de
forma mais expressiva nos tratamentos com água não salina e sem biofertilizante, com
acréscimos de 27% e, com água salina e com cobertura morta, de 16,7%. A cobertura
morta mantém o solo mais úmido e a nível adequado e, por isso, acelera a
decomposição da matéria orgânica, o que, segundo Abreu; Lopes; Santos (2007),
proporciona maiores condições para liberação do boro no solo.
Com relação ao uso do biofertilizante bovino, percebe-se que os teores de boro
no solo aumentaram com o fornecimento do insumo orgânico. Nos tratamentos com
água de baixa salinidade, os teores de boro no solo foram mais expressivos nos
tratamentos sem cobertura morta, sendo elevado de 0,63 para 0,84 mg dm-3,
expressando um aumento de 33,3%. No solo irrigado com água de alta salinidade, a
maior elevação foi nos tratamentos com cobertura morta, com teores médios de 0,89 a
1,05 mg dm-3 (23,6%), o que ratifica as observações de Abreu; Lopes e Santos (2007)
de que os insumos orgânicos são fontes de boro para o solo. Segundo Rosolem e
Bíscaro (2007), a maior parte de boro disponível no solo está ligada à fração orgânica,
que o retém fortemente. Ao avaliar o efeito da aplicação de biofertilizante supermagro e
potássio na cultura do maracujazeiro amarelo, Rodrigues et al. (2009a) observou que a
58
adição de biofertilizante, em tratamentos sem e com potássio, aumentou a
disponibilidade de boro no solo.
Os teores de boro no solo expressos na Figura 22 são considerados altos ou
adequados por Malavolta; Vitti e Oliveira (1997) e expressam elevações de 1,6% (T1) a
69,4% (T8) com relação aos teores antes do início dos tratamentos (Tabela 1).
Teores de ferro no solo
Os teores de ferro no solo foram influenciados significativamente pela interação
salinidade da água de irrigação e biofertilizante bovino (Apêndice 3).
Apesar da tendência de declínio, os teores de ferro no variaram com o aumento
da salinidade da água de irrigação (Figura 24). Nos tratamentos sem biofertilizante, os
teores variaram de 54,6 a 55,0 mg dm-3 entre os tratamentos com água salina e não
salina, com teor adequado do micronutriente no solo de acordo com Malavolta; Vitti;
Oliveira (1997).
Figura 24. Teores de ferro no solo cultivado com maracujazeiro amarelo submetido à irrigação com água não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino, na época de floração. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 3,88.
A adição do biofertilizante nos tratamentos com água de baixa salinidade elevou
o teor de ferro no solo para 58,2 mg dm-3, mas sem diferença significativa com os
valores de 56,1 mg dm-3 nos tratamentos com água salina. A tendência desses resultados
está coerente com os relatados por Dantas (2007) ao observar que o biofertilizante
59
reduziu a disponibilidade de ferro no solo. Por outro lado, estão em conflito com os de
França et al. (2009) ao registrarem aumento nos teores de ferro no solo de 14 a 20 mg
dm-3 e 14 e de 24 mg dm-3 em função de doses de biofertilizante puro e enriquecido,
respectivamente.
Comparativamente com o valor antes do início do experimento (36,04 mg dm-3),
a interação tipo de água x biofertilizante elevou os teores de ferro do solo em 52,6%,
51,4% e em 61,5% e 55,6%, respectivamente, no solo sem e com biofertilizante bovino
sob irrigação com águas de baixa e alta salinidade.
Teores de manganês no solo
Dentre as fontes de variação estudadas, apenas o biofertilizante bovino
influenciou significativamente (Apêndice 3) e elevou a disponibilidade de manganês no
solo (Figura 25).
Figura 25. Teores de manganês no solo cultivado com maracujazeiro amarelo submetido às condições de uso de biofertilizante bovino, na época de floração. Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,55.
Os teores de manganês no solo foram elevados de 10,4 para 11,1 mg dm-3, com
aumento de 6,7% atribuído ao insumo orgânico. Ao comparar com o teor original de 6,8
mg dm-3 que o substrato possuía antes dos tratamentos, percebe-se que os teores do
micronutriente foram elevados em 53% e em 63,2% nos tratamentos sem e com
biofertilizante, respectivamente. Esses valores, conforme Borges (2004), expressam um
teor médio no solo e a elevação pode ser decorrente do aumento do pH do solo nos
tratamentos com o biofertilizante e irrigação com água não salina. Segundo Abreu;
60
Lopes e Santos (2007), a maior disponibilidade de manganês no solo ocorre na faixa de
pH de 4,0 a 6,0.
No solo tratado com biofertilizante puro em cultivo com mamoeiro, França et al.
(2009) verificaram que os conteúdos de manganês no solo cresceram linearmente com o
aumento das doses fornecidas, oscilando de 17 a 22 mg dm-3.
Teores de zinco no solo
As interações biofertilizante x salinidade da água e biofertilizante x cobertura do
solo exerceram efeitos significativos sobre os teores de zinco no solo na floração do
maracujazeiro amarelo (Apêndice 3).
O aumento da salinidade da água aplicada ao solo, sem o biofertilizante bovino,
elevou o teor de zinco no solo de 1,62 para 2,10 mg dm-3 (Figura 26-A), isto é, elevando
o teor no solo de médio para alto (MALAVOLTA; VITTI; OLIVEIRA, 1997). Com o
insumo orgânico, não houve efeito significativo entre os tratamentos com água não
salina e salina, com valores respectivos de 3,00 e 3,04 mg dm-3. Esse comportamento,
contrasta com Costa et al. (2008b) ao observarem redução nos teores de zinco em
cultivo de amaranto sob adubação à base de zinco com o aumento do teor salino da água
de irrigação.
Nos tratamentos com água de baixa e alta salinidade, o biofertilizante promoveu
acréscimos de 1,38 e 0,94 mg dm-3, respectivamente, em relação ao solo sem o
respectivo insumo. Essas elevações, conforme Vale et al. (1997), podem ser devidas ao
aumento de cálcio, que desloca o zinco de complexos e quelatos para a solução do solo,
o que evidencia coerência com os teores de cálcio no solo indicados na Figura 19, que
superam os valores antes da aplicação dos tratamentos (Tabela 1). O aumento na
disponibilidade de zinco, de acordo com Abreu; Lopes e Santos (2007), pode, também,
estar associado com a faixa de pH da solução do solo entre 5,0 e 6,5, que é compatível
com o potencial hidrogeniônico verificado na interação salinidade da água x
biofertilizante apresentada na Figura 14.
61
Figura 26. Teores de zinco no solo cultivado com maracujazeiro amarelo submetido à irrigação com água não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino (A) e sob condições de aplicação de biofertilizante e cobertura morta (B), na época de floração. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino (A) e minúsculas entre diferentes condições do uso da cobertura morta dentro das mesmas condições do uso do biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma condição do uso da cobertura morta dentro de diferentes condições do uso de biofertilizante bovino (B) não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,23.
Com relação aos fatores biofertilizante bovino e cobertura morta (Figura 26-B),
os teores de zinco no solo foram elevados com relação ao teor inicial antes dos
tratamentos (1,04 mg dm-3), com valores de 2,15 mg dm-3 (sem biofertilizante e com
cobertura morta) a 2,63 mg dm-3 (com biofertilizante e com cobertura morta), com
efeito significativo da proteção do solo entre os tratamentos ligados ao uso do
biofertilizante. Com níveis elevados de P no solo (Figura 17), Abreu; Lopes; Santos
(2007) verificaram antagonismo com zinco em cultivos de várias espécies de plantas.
Costa et al. (2008b) não observaram efeito significativo nos teores de zinco no
solo entre tratamentos com irrigação de plantas com salinidade de 0,5 a 4,0 dS m-1 e
cobertura morta em cultivo de amaranto, concordantes com as constatações deste
trabalho.
62
Condutividade elétrica do extrato de saturação
As interações salinidade da água x biofertilizante, salinidade da água x
cobertura morta e biofertilizante x cobertura morta interferiram na condição salina do
solo ao final do experimento (Apêndice 4).
A elevação do conteúdo iônico da água de irrigação aumentou, expressivamente,
a salinidade do solo ao final do experimento (Figuras 27-A e 27-B). Pelos resultados
apresentados, a condutividade elétrica foi elevada de valores abaixo de 4,0 dS m-1 nos
tratamentos com água não salina, para 6,6 e 9,2 dS m-1 (Figura 27-A) e para 7,2 e 8,6 dS
m-1 nos solos irrigados com água de alta salinidade (Figura 27-B). Isso indica que o
caráter salino do solo foi elevado de não salino até fortemente salino, em que a CEes se
situa entre 8,0 e 16,0 dS m-1 (RICHARDS, 1954; MEDEIROS; NASCIMENTO;
GHEYI, 2010).
Figura 27. Valores da salinidade no extrato de saturação (CEes), no final do experimento, no solo sob irrigação com água salina e não salina, sem e com biofertilizante bovino (A) e irrigado com água salina e não salina, sem e com cobertura morta (B). Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino (A), minúsculas entre diferentes condições de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de cobertura morta e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso de cobertura morta (B) não
diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,44.
Na avaliação dos efeitos da salinidade da água de 0,1 a 8,0 dS m-1 em solos
cultivados com cana-de-açúcar, Santana et al. (2007) observaram incremento de 0,1 a
10,2 dS m-1 na condutividade elétrica do solo. Freitas et al. (2007) verificaram aumento
na CEes de até 3,0 dS m-1 em solos irrigados com água salina.
63
A adição do biofertilizante e da cobertura morta reduziu em 28,2% e 16,2% o
teor salino em relação ao solo sem os respectivos insumos sob irrigação com água de
alta salinidade (4,5 dS m-1). No que se refere ao biofertilizante, a redução pode ser
resposta dos seus efeitos na melhoria física no aumento da porosidade total, como
verificado por Campos (2009) em solo sódico tratado com doses crescentes de
biofertilizante e por Cavalcante et al. (2010b) ao concluírem que o esterco líquido de
bovino exerce melhorias no espaço poroso do solo, contribuindo para maior dinâmica
da água. Quanto à cobertura morta, os efeitos devem ser devido ao solo se manter mais
úmido.
Ao analisar a Figura 28, observa-se redução mais expressiva da CEes de 6,4 para
4,6 dS m-1, com declínio de 28,1% no solo sem biofertilizante e com cobertura. No solo
com o insumo orgânico, a redução foi de 7,7%. Mesmo sob menor depleção entre o solo
com biofertilizante, sem e com cobertura do solo, o insumo orgânico reduziu em 18,8%
a condutividade elétrica do extrato de saturação do solo.
Figura 28. Valores da salinidade no extrato de saturação (CEes), no final do experimento, no solo sem e com biofertilizante bovino, sem e com cobertura. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre diferentes condições do uso da cobertura morta dentro das mesmas condições do uso do biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma condição do uso da cobertura morta dentro de diferentes condições do uso de biofertilizante bovino não diferem
estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,44.
Apesar dos efeitos positivos do biofertilizante (Figura 27-A) e da cobertura
morta na redução da salinidade em relação aos tratamentos sem os respectivos insumos,
os valores da CEes são suficientes para inibir o crescimento da maioria das plantas
cultivadas, como registrado por Lima et al. (2007), Sousa et al. (2008) e Rebequi et al.
(2009).
64
Percentagem de sódio trocável do solo
A interação salinidade da água de irrigação x biofertilizante x cobertura do solo
interferiu significativamente na percentagem de sódio trocável do solo (Apêndice 4).
Nos tratamentos com água não salina e sem cobertura morta, o biofertilizante
não exerceu efeito significativo na PST do solo, com elevação de 3,92 para 4,24%.
Mesmo sendo elevada de 4,16 para 4,20%, a aposição do insumo nos tratamentos com
cobertura do solo impediu o efeito significativo no teor salino (Figura 29).
Figura 29. Percentagem de sódio trocável (PST) do solo em função da aplicação de água não salina e salina em substratos sem e com biofertilizante, sem e com cobertura morta, cultivados com maracujazeiro amarelo na floração. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey (P < 0,05). DMS = 0,35.
Nos solos irrigados com água salina e sem cobertura morta, o incremento da
PST em função da aplicação do biofertilizante foi de 36,6%, sendo elevada de 7,62 para
10,41%. Menor tendência de elevação da PST foi verificada nos tratamentos com
biofertilizante e cobertura morta, com incremento de 4,9%, com os valores elevados de
8,42 para 9,04%.
A irrigação do solo com água de maior condutividade elétrica exerceu efeitos
significativos sobre a elevação da PST. Costa et al. (2008b) relataram que o aumento da
salinidade da água de irrigação proporcionou elevação da PST do solo e a cobertura
morta não exerceu efeitos sobre a redução dessa variável.
65
Entre os tratamentos com água não salina e salina, respectivamente, os valores
médios de PST foram elevados de 3,92 para 7,62% no solo sem biofertilizante e sem
cobertura, de 4,16 para 8,42 nos tratamentos sem biofertilizante e com cobertura no
solo, respectivamente. Os maiores valores de PST foram evidenciados nos tratamentos
com água salina, com biofertilizante sem e com cobertura morta, com valores
respectivos de 10,4% e 9,04%, representando elevações de 145,5% e 115,2% em
relação ao solo com água não salina.
Esses resultados apesar de inferiores aos 15% e não expressarem riscos de
sodicidade (PST) ao solo e às plantas (RICHARDS, 1954; PIZARRO, 1978; QUEIROZ
et al., 2010), indicam aumentos respostivos do nível de sodicidade inicial que era de
4,01% (Tabela 3). Mesmo admitindo que os valores ainda não causam transtornos
porque são inferiores a 15%, os aumentos percentuais atingem incrementos de 90%,
110%, 160% e 125% em relação ao solo antes da aplicação dos tratamentos.
A interação salinidade da água e cobertura morta exerceu efeitos significativos
na percentagem de sódio trocável ao final do experimento (Apêndice 4).
Na Figura 30, observa-se que não houve diferença estatística entre os
tratamentos com o mesmo tipo de água com a aplicação do biofertilizante bovino ao
final do experimento. Independentemente do uso do insumo orgânico, a elevação do
teor salino incrementou a percentagem de sódio trocável no solo de 2,37 a 4,86% (sem
biofertilizante) e de 2,32 a 4,80% (com biofertilizante), em conformidade com o que
registraram Cavalcante et al. (2005a) em avaliações com maracujazeiro amarelo em
diferentes formas de plantio. De acordo com Amorim et al. (2002), os maiores valores
percentuais de sódio trocável no solo são proporcionais aos teores de sódio.
66
Figura 30. Percentagem de sódio trocável (PST) do solo cultivado com maracujazeiro amarelo, ao final do experimento, em função da aplicação de água não salina e salina em substratos sem e com biofertilizante. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino não diferem estatisticamente entre si pelo
teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,65.
Com base em Richards (1954), por serem inferiores a 15%, os níveis de
salinidade contidos em tratamentos analisados neste trabalho não ocasionam danos à
estrutura física do solo nas condições de lisimetria avaliadas e nem ocasionam toxidez
às plantas de maracujazeiro amarelo.
Em estudo com maracujazeiro amarelo, Nascimento (2010) verificou que,
diferentemente com o observado no solo irrigado com água salina, nos tratamentos com
água não salina a PST foi elevada com a aplicação do biofertilizante, com valores de
0,26 a 0,31%, expressivamente inferiores ao deste trabalho.
pH do extrato de saturação
Assim como verificado para a CEes, as interações salinidade da água x
biofertilizante e salinidade da água x cobertura do solo exerceram ação significativa no
pH do extrato de saturação (Apêndice 4).
Nas Figuras 31-A e 31-B, percebe-se que, no final do experimento, os solos com
água de maior condutividade elétrica, independentemente do biofertilizante da cobertura
morta, apresentaram reduções no pHes, menos expressivamente nos tratamentos com o
insumo orgânico e cobertura do solo.
67
Figura 31. pH do extrato de saturação do solo (pHes) no final do experimento com maracujazeiro amarelo irrigado com água salina e não salina, sem e com biofertilizante bovino (A) e irrigado com água salina e não salina, sem e com cobertura morta (B). Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino (A), minúsculas entre diferentes condições de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de cobertura morta e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso de cobertura morta (B) não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,09.
Conforme a Figura 31-A, nos tratamentos sem e com biofertilizante, o pHes do
solo irrigado com água de baixa salinidade se manteve em 7,2. Observa-se, também,
que nos tratamentos com água salina e biofertilizante o pHes foi elevado de 6,8 para 7,1.
Aumento na mesma proporção foi observado no solo com cobertura sob irrigação com
água salina (Figura 31-B). O aumento relativo ao biofertilizante pode ser resposta ao
maior incremente de potássio, cálcio e magnésio ao solo e na cobertura do solo pela
manutenção do solo mais úmido e menos aquecido, resultando em menor lixiviação das
respectivas bases para a solução excedente (CAVALCANTE et al., 2005a).
O pHes foi influenciado significativamente pelos feitos conjuntos do
biofertilizante bovino e cobertura morta (Apêndice 4).
A cobertura morta elevou o pHes de 6,9 para 7,1 e de 7,1 para 7,2 nos
tratamentos sem e com biofertilizante bovino (Figura 32). Situação semelhante foi
apresentada por Santos (2004) ao constatar que a aplicação de biofertilizante eleva o
pHes.
68
Figura 32. pH do extrato de saturação do solo (pHes) no final do experimento com maracujazeiro amarelo sem e com aplicação de biofertilizante, sem e com cobertura morta. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre diferentes condições do uso da cobertura morta dentro das mesmas condições do uso do biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma condição do uso da cobertura morta dentro de diferentes condições do uso de biofertilizante bovino não diferem
estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,09.
4.2. Crescimento e desenvolvimento das plantas
A taxa de crescimento absoluto em altura das plantas (TCAA) foi obtida dos 21
dias após o transplantio das mudas até à poda da gema apical, conforme resultados dos
tratamentos observados na Tabela 4.
Conforme observado no Apêndice 5, a interação salinidade da água de irrigação
x biofertilizante x cobertura do solo exerceu efeitos significativos no crescimento em
altura.
Quando submetidas à irrigação com água de alta salinidade, sem biofertilizante e
sem cobertura do solo, as plantas apresentaram crescimento inferior em 34,4% em
relação às plantas irrigadas com água de baixa salinidade (Figura 33). Esse declínio
pode, segundo Hasegawa et al. (2000), Arruda et al.(2002), Correia (2005), Lima et al.
(2007), Meza; Arizaleta; Bautista (2007), Cavalcante et al. (2009b) e Farias et al.
(2009), comprometer a área foliar, resultando em menor eficiência fotossintética (Figura
63) e, como efeito, resultar na inibição do crescimento das plantas.
69
Figura 33. Taxa de crescimento absoluto em altura (TCAA) de plantas de maracujazeiro amarelo irrigadas com água não salina, salina e submetidas às condições de biofertilização e cobertura morta. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey (P < 0,05). DMS = 0,42.
O crescimento das plantas em altura foi influenciado positivamente com a adição
do insumo orgânico, com exceção, nos tratamentos com água salina e com cobertura
morta. A cobertura morta, nos dois tipos de água de irrigação, elevou a TCAA. Na
interação com água de baixa salinidade, os resultados indicaram um aumento de 39,2%
nesta variável (6,85 cm dia-1) em relação às plantas testemunhas (4,92 cm dia-1).
Nas plantas irrigadas com água salina, o uso do efluente orgânico e da cobertura
do solo estimulou a velocidade de crescimento, com acréscimos de 33,1% na TCAA
(4,87 cm dia-1), quando comparadas com as do tratamento sem biofertilizante e
cobertura do solo (3,66 cm dia-1). Esses resultados indicam eficiência de ambos os
insumos na atenuação dos efeitos da salinidade da água de irrigação, contribuindo para
o crescimento inicial do maracujazeiro amarelo, como concluíram Silva et al. (2007) em
que a cultura teve o crescimento estimulado com o uso do biofertilizante bovino ao solo.
Silva et al. (2006) e Li et al. (2008) constataram que a cobertura morta mantém o solo
menos aquecido e mais úmido e, portanto, exercendo efeito diluidor dos sais sob maior
umidade.
Para Ghoulam; Foursy; Fares (2002) e Baalousha; Motelica-Heino; Coustumer
(2006), as substâncias húmicas dos materiais orgânicos podem proporcionar
70
incrementos na produção de solutos orgânicos, como açúcares e aminoácidos livres,
elevando a capacidade das plantas se ajustarem osmoticamente aos sais. Com base nisto,
provavelmente, o biofertilizante bovino atue positivamente na redução dos efeitos
depressivos da salinidade às plantas de maracujazeiro amarelo.
De acordo com Vessey (2003) e Freire et al. (2010a), os solutos orgânicos do
biofertilizante bovino podem proporcionar condições mais adequadas ao alongamento
celular das plantas em decorrência da melhoria física do ambiente edáfico, do estímulo à
ação de proteínas e solutos orgânicos, resultando em maior disponibilidade de nutrientes
às plantas e maior atividade microbiana. A cobertura do solo aumenta a capacidade de
infiltração de água, reduz a taxa diária de evaporação em razão da reflexão da energia
radiante, conservando o solo com maior teor de umidade (STONE e MOREIRA, 2000;
SILVA et al., 2006; LI et al., 2008).
A menor taxa de crescimento absoluto em altura foi registrada nas plantas
submetidas à irrigação com água salina, sem biofertilizante e sem cobertura morta (3,66
cm dia-1).
Os fatores salinidade da água de irrigação e biofertilizante bovino, conjuntamente,
exerceram efeitos significativos na taxa de crescimento relativo em altura das plantas
(Apêndice 5).
O aumento da condutividade elétrica da água de irrigação, de 0,5 dS m-1 para 4,5
dS m-1 (Figura 34), afetou negativamente a taxa de crescimento relativo em altura
(TCRA) do maracujazeiro amarelo, mais expressivamente com a biofertilização. Os
declínios de 0,01 cm cm dia-1, equivalente ao percentual de 20,0%, e de 0,03 cm cm-1
dia-1, de 42,8%, com o aumento do teor salino da água, nos tratamentos sem e com
biofertilizante, respectivamente, evidencia o comprometimento das atividades
fisiológicas, com perdas na capacidade de crescimento e desenvolvimento das plantas
(HASEGAWA et al., 2000; TÁVORA; FERREIRA e HERNANDEZ, 2001; TAIZ e
ZEIGER, 2008). No tocante à salinidade, o comportamento dos dados se coaduna com
Costa et al. (2005), Cruz et al. (2006) e Cavalcante et al. (2009a) em que o crescimento
de plântulas de maracujazeiro amarelo foi significativamente inibido pelo acréscimo do
teor salino das águas de irrigação.
71
Figura 34. Taxa de crescimento relativo em altura (TCRA) de plantas de maracujazeiro amarelo irrigadas com água de baixa e alta salinidade, no solo sem e com biofertilizante. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino não diferem estatisticamente entre si pelo
teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,0087.
Os efeitos inibidores da salinidade no crescimento das plantas, como na taxa de
crescimento relativo, em altura, do maracujazeiro amarelo, têm sido referenciados mais
do ponto de vista da toxicidade de íons específicos, como Na+, Cl- ou SO42- do que da
ação conjunta do complexo salino ou da mistura de sais nas funções dos sistemas
enzimáticos e síntese protéica (ZHU, 2001; GARCIA-SANCHEZ et al., 2002;
WAHOME; JESCH; GRITTNER, 2002).
Entretanto, esses efeitos podem ser, também, de natureza osmótica, baixa
capacidade de ajustamento osmótico da cultura e redução do potencial total da água
provocado pelo aumento da concentração salina, resultando em estresse hídrico e
reduzindo a água disponível às plantas. Nessas condições, registram-se inibição no
alongamento celular, na abertura estomática, assimilação líquida de CO2, declínio da
eficiência fotossintética e, consequentemente, no crescimento das plantas (KASHEM et
al., 2000; LACERDA et al., 2001; VIANA; BRUCKNER; MARTINEZ, 2001;
MUNNS, 2002; YOKOI et al., 2002; LACERDA et al., 2003; FLOWERS, 2004;
MUNNS; TESTER, 2008). Esse conjunto de adversidades compromete a atividade
fisiológica, provocando perdas da capacidade de crescimento e desenvolvimento das
plantas.
As interações salinidade da água x biofertilizante bovino e salinidade da água x
cobertura morta influenciaram significativamente a taxa de crescimento absoluto em
diâmetro caulinar (TCADC) do maracujazeiro amarelo (Apêndice 5).
72
O incremento do teor salino das águas de irrigação comprometeu TCADC do
maracujazeiro amarelo, mas sempre com menor intensidade nas plantas dos tratamentos
com biofertilizante (Figura 35-A) e cobertura morta (Figura 35-B). As reduções
observadas na TCADC são justificadas pelo aumento da quantidade de sais, conforme
observações de Munns e Tester (2008).
Figura 35. Taxa de crescimento absoluto em diâmetro caulinar (TCADC) de plantas de maracujazeiro amarelo irrigadas com água de baixa e alta salinidade, sem e com biofertilizante (A) e sem e com cobertura morta (B). Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino (A), minúsculas entre diferentes condições de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de cobertura morta e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso de cobertura morta (B) não
diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,003.
Os dados médios de TCADC foram mais expressivos nos tratamentos com água de
baixa salinidade e biofertilizante bovino, com aumento de 21,6%, referente à elevação
de 0,074 a 0,090 cm dia-1. As plantas submetidas ao estresse salino com água de 4,5 dS
m-1 tiveram a TCADC elevada de 0,068 cm dia-1, nos tratamentos sem biofertilizante,
para 0,078 cm dia-1 com a adição do insumo, exibindo um aumento de 14,7%, com
redução do efeito inibidor da salinidade da água às plantas, conforme evidenciado por
Campos et al. (2009) para mamoneira (Ricinus communis L.), Cavalcante et al. (2009a)
e Gondim et al. (2010) para maracujazeiro amarelo.
A utilização da cobertura morta reduziu significativamente o crescimento caulinar
das plantas, entretanto interferiu mais significativamente nas plantas tratadas com água
salina, com acréscimos de 8,6% na TCADC (Figura 35-B), possivelmente em
decorrência do menor aquecimento da superfície do substrato (Tabela 5), contribuindo
73
para manutenção de um maior teor de umidade no solo com cobertura morta, conforme
observaram Miranda et al. (2004) e Lyra et al. (2010).
As fontes de variação salinidade da água e biofertilizante bovino, isoladamente,
exerceram influência significativa na taxa de crescimento relativo em diâmetro caulinar
(TCRDC) do maracujazeiro amarelo (Apêndice 5).
O aumento da salinidade da água de irrigação de 0,5 para 4,5 dS m-1 reduziu de
0,008 para 0,007 cm cm-1 dia-1, com declínio de 12,5%, TCRDC das plantas (Figura 36-
A). A aplicação do biofertilizante promoveu um aumento de 14,2% no crescimento,
sendo elevado de 0,007 para 0,008 cm cm-1 dia-1, conforme dispõe a Figura 36-B.
Figura 36. Taxa de crescimento relativo em diâmetro caulinar (TCRDC) do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina (A), sem e com biofertilizante bovino (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,0001.
Na avaliação do crescimento inicial do maracujazeiro amarelo, Cruz et al.
(2006) e Cavalcante et al. (2009a) observaram efeitos inibitórios de alguns parâmetros
com a elevação do conteúdo salino da água de irrigação, como observado nos
tratamentos sem biofertilizante. Nos tratamentos com o efluente orgânico, a expressão
dos seus efeitos positivos no crescimento caulinar das plantas, segundo Nardi et al.
(2002), Vessey (2003), Campos (2009), Cavalcante et al. (2009b) e Rebequi et al.
(2009), decorrem da melhoria física do ambiente edáfico, do estímulo à ação de
proteínas e solutos orgânicos, resultando em maior disponibilidade de água, nutrientes e
maior atividade microbiana às plantas.
74
A salinidade da água de irrigação e a interação biofertilizante bovino x cobertura
morta exerceram efeitos significativos no período de poda dos ramaos laterais das
plantas (Apêndice 6).
Conforme indicado na Figura 37-A, o aumento da salinidade da água de irrigação
inibiu o crescimento das plantas, retardando o período de poda dos ramos laterais em
7,5 dias, em comparação às plantas irrigadas com água de 0,5 dS m-1. Mesmo
considerando o tempo decorrido para o início dos tratamentos com água salina, o tempo
total para poda dos ramos laterais, com água de alta salinidade, foi de 97,8 dias,
semelhante ao registrado por Cavalcante et al. (2007), mas inferior aos 102 dias
registrados por Soares et al. (2008) em cultivo de maracujazeiro amarelo irrigado com
água salina (4,0 dS m-1), à variação de 118 a 128 dias apresentada por Diniz (2009) e
aos 118 dias por Nascimento (2010) em maracujazeiro sob irrigação com água salina.
Os resultados obtidos estão compatíveis com as afirmações de Tester e Davenport
(2003) de que os efeitos osmóticos restringem a disponibilidade hídrica por toxicidade e
desordens nutricionais, reduzem o crescimento e o desenvolvimento de plantas.
Figura 37. Período de poda dos ramos laterais em plantas de maracujazeiro amarelo irrigadas com água não salina e salina (A) e efeitos do biofertilizante bovino e cobertura morta sobre o período de poda dos ramos laterais do maracujazeiro amarelo (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si (A) e médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre diferentes condições do uso da cobertura morta dentro das mesmas condições do uso do biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma condição do uso da cobertura morta dentro de diferentes condições do uso de biofertilizante bovino (B) não diferem estatisticamente entre si pelo teste
de Tukey (P < 0,05). DMS (A) = 2,20; DMS (B) = 3,45.
Com base na Figura 37-B, independentemente da aplicação de biofertilizante
bovino nas covas, a cobertura morta estimulou o crescimento das plantas, reduzindo o
período de poda dos ramos laterais das plantas de 82,7 para 70 dias e de 72,2 para 67,5
75
dias nas plantas sem e com biofertilizante, respectivamente. Com isso, percebe-se que o
maior retardamento na poda dos ramos laterais ocorreu nas plantas sem os insumos, que
foi de 82,7 dias, e a maior velocidade, de 67,5 dias, foi nas plantas tratadas com ambos
os insumos.
A utilização simultânea do biofertilizante bovino e da cobertura do solo reduziu
em 18,4% o tempo para poda dos ramos laterais em comparação com as plantas onde
não se adotou esse tipo de manejo. A antecipação da poda dos ramos laterais nessas
circunstâncias pode ser resposta do biofertilizante como ativador do crescimento das
plantas, conforme afirmam Santos e Akiba (1996) e Campos et al. (2008), mas diverge
de Santos (2004) ao afirmar que o insumo orgânico aplicado ao solo não exerceu efeitos
significativos sobre a fenometria do maracujazeiro amarelo.
O comprimento de internódios dos ramos laterais do maracujazeiro amarelo foi
influenciado estatisticamente pelo fator isolado salinidade da água de irrigação
(Apêndice 6).
Na Figura 38-A, observa-se menor alongamento celular dos internódios das
plantas irrigadas com água de alta salinidade em relação às plantas tratadas com água
não salina, com valores de 9,50 cm e 10,91 cm, respectivamente, com declínio de
12,9%. Segundo Tester e Davenport (2003) e Munns e Tester (2008), isso reflete
modificações morfológicas, estruturais e metabólicas nas plantas submetidas ao estresse
dos sais.
A redução do comprimento internodal resulta no aumento do número dos ramos
produtivos nas plantas irrigadas com água de teor salino mais elevado, com
superioridade de 15,2% em relação às plantas irrigadas com água não salina (Figura 38-
B). Mesmo em condições adversas ao crescimento vegetativo, os 31,58 ramos
produtivos, obtidos em plantas irrigadas com água salina, superaram a variação de 22 a
28 ramos apresentada por Araújo et al. (2008), os 25 ramos registrados por Rodolfo
Junior; Cavalcante; Buriti (2009), em cultivo irrigado com água de boa qualidade e
adubação mineral, como também a variação de 20 a 30 ramos apresentada por
Cavalcante et al. (2007).
76
Figura 38. Efeitos da irrigação com água não salina e salina sobre o comprimento dos internódios (A) e número de ramos produtivos em plantas de maracujazeiro amarelo (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS (A) = 0,77; DMS (B) = 2,07.
Os diâmetros caulinares de plantas aos 217 DAT sofreram efeitos significativos
da ação conjunta dos fatores salinidade da água e biofertilizante bovino e biofertilizante
bovino com cobertura morta (Apêndice 6).
Entre os tratamentos sem e com biofertilizante, constataram-se aumentos de 19,3
para 21,8 mm, com acréscimos de 13%, e de 18,3 para 19,9 mm com elevação de 8,7%,
respectivamente, no diâmetro caulinar de plantas irrigadas com água não salina e salina
(Figura 39-A). Mesmo com superioridade na expressão percentual do diâmetro caulinar
nas plantas sob irrigação com água não salina, as plantas apresentaram diâmetros mais
evoluídos nas plantas tratadas com biofertilizante por qualquer nível de salinidade da
água de irrigação. Isso ratifica as observações de Campos e Cavalcante (2009) de que o
biofertilizante bovino reduz os efeitos depressivos da salinidade da água de irrigação às
plantas.
Os resultados foram inferiores à variação de 24,1 a 28,6 mm e 20,3 a 27,9 mm
obtidas, respectivamente, por Campos et al. (2008) em plantas maracujazeiro amarelo
aos 180 dias após o plantio fertilizadas com potássio em covas sem e com biofertilizante
bovino e cobertura morta, e por Nascimento (2010) em plantas da mesma cultura, aos
240 dias após o transplantio, em solo irrigado com água salina, sem e com NPK e doses
de biofertilizantes.
77
Figura 39. Diâmetro do caule de plantas aos 217 dias sob irrigação com água não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino (A), sem e com biofertilizante e cobertura morta (B). Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino (A), minúsculas entre diferentes condições de uso da cobertura morta dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma condição do uso de cobertura morta dentro de diferentes condições do uso de biofertilizante bovino (B) não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,59.
Na Figura 39-B, percebe-se a influência positiva do biofertilizante e da cobertura
do solo no diâmetro caulinar do maracujazeiro amarelo. A variação de 18,1 a 21,2 mm
no diâmetro caulinar das plantas é semelhante à verificada por Santos (2004) em plantas
de mesma idade tratadas com biofertilizante puro.
4.3. Composição mineral das plantas 4.3.1. Macronutrientes na matéria seca foliar Nitrogênio A interação salinidade da água, biofertilizante bovino e cobertura morta exerceu
ação siginificativa nos teores de nitrogênio no tecido foliar do maracujazeiro amarelo
(Apêndice 7).
Os teores de N na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo (MS) foram
reduzidos com o aumento da salinidade da água de irrigação, exceto nos tratamentos
sem biofertilizante e com cobertura morta, onde não se observou diferença significativa
(Figura 40). De acordo com Bar et al. (1997), os teores de N na matéria seca foliar das
78
plantas são reduzidos com a salinidade devido ao aumento da absorção e consumo de
cloreto pelas plantas. Ocorrem decréscimos nos teores de nitrato (NO3-) na parte aérea
em decorrência, provavelmente, de efeitos antagônicos do Cl- sobre a absorção de NO3-
ou a redução na absorção de água, como pode ser aferido na Figura 78.
Figura 40. Teores de nitrogênio na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo sob condições de irrigação com água não salina e salina, no solo sem e com biofertilizante e cobertura morta. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey (P < 0,05). DMS = 0,55.
Nas plantas irrigadas com água não salina e salina, no solo sem biofertilizante e
sem cobertura morta, os teores de N foram reduzidos de 53,99 para 51,35 g kg-1 de
matéria seca foliar, respectivamente. Nos tratamentos com biofertilizante, a maior
redução nos teores foliares de N com o aumento da salinidade da água foi observada nos
tratamentos sem cobertura morta (6,4%) com valores entre 57,83 e 54,13 g kg-1 MS.
A aplicação de biofertilizante elevou os teores de N na massa foliar do
maracujazeiro foram mais elevados, porém com maior expressividade nos tratamentos
com água não salina e cobertura morta, variando de 50,23 para 55,13 g kg-1 MS, com
acréscimos de 9,8%. Esses resultados não são respostas isoladas do biofertilizante, que,
segundo Vessey (2003), pode acelerar a disponibilidade de nutrientes às plantas. A
fertilização com uréia e os teores de matéria orgânica no solo, observados na Figura 15,
também devem ter contribuído para a elevação dos teores foliares de N nas plantas.
Nesse sentido, Bayer e Mielniczuk (2008) afirmam que a matéria orgânica é a principal
79
fonte deste nutriente no solo. Cavalcante et al. (2010a) verificaram elevação nos teores
foliares de N em quiabeiro adubado com fontes orgânicas que mais rapidamente
mineralizam este nutriente no solo.
Ao considerar, com base em Malavolta; Vitti; Oliveira (1997), que o
maracujazeiro amarelo exige nitrogênio entre 40 e 50 g kg-1 MS, as plantas na floração
plena estavam adequadamente supridas deste macronutriente, principalmente nos
tratamentos com biofertilizante.
Fósforo
Dentre as fontes de variação adotadas, apenas a salinidade da água de irrigação
interferiu significativamente no teor de fósforo pelas plantas (Apêndice 7).
Figura 41. Teores de fósforo na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina. Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,32.
Na Figura 41, verifica-se superioridade de 10% nos teores de P em plantas
tratadas com água salina, sendo os teores elevados de 3,36 para 3,70 g kg-1 MS,
coerentemente com os resultados de P extraível no solo apresentados na Figura 17.
Segundo Grant et al. (2001) e Taiz e Zeiger (2008), este nutriente é fundamental na
composição do ATP, responsável pelo armazenamento e transporte energético para
processos endergônicos como a síntese de compostos orgânicos e absorção ativa de
nutrientes, e sua deficiência restringe o processo de crescimento das plantas. Com base
nesses autores, os maiores teores de P verificados nas plantas irrigadas com água salina
podem minimizar os impactos negativos no crescimento vegetal sob essa condição.
80
Esses resultados, mesmo próximos aos teores médios de 3,39 g kg-1 MS obtidos
por Diniz (2009) com o cultivo da mesma espécie, com biofertilizante e irrigação com
água de boa qualidade, indicam que as plantas estavam deficientes em P. Para
Malavolta; Vitti e Oliveira (1997), o maracujazeiro amarelo se encontra adequadamente
suprido quando apresenta teores na matéria seca foliar deste macronutriente entre 4,0 e
5,0 g kg-1 MS.
A interação entre a salinidade e a nutrição mineral de fósforo em plantas é
complexa e dependente da espécie, da concentração de fósforo no solo e dos tipos de
sais e nível de salinidade da água de irrigação (GRATTAN e GRIEVE, 1999), o que
pode justificar as discrepâncias entre os resultados obtidos no presente estudo e os
obtidos por outros autores. Sousa et al. (2010) não observaram efeitos significativos do
aumento de salinidade de 0,8 para 5,0 dS m-1 nos teores de P no tecido foliar de milho
(Zea mays L.). Para Ferreira et al. (2007), a salinidade pode diminuir a concentração de
fósforo no tecido das plantas, em razão dos efeitos da força iônica, que reduzem a
atividade de fosfato na solução do solo, e pela diminuição da solubilidade deste
nutriente com o aumento dos níveis de NaCl. Além disso, alguns resultados
experimentais evidenciam que os teores de P em plantas cultivadas em ambientes
salinos variam durante o crescimento e o desenvolvimento da cultura (LACERDA et
al., 2006; NEVES et al., 2009).
Potássio
Os teores de potássio na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo foram
influenciados pela interação salinidade da água x biofertilizante x cobertura morta
(Apêndice 7).
A amplitude dos teores de K+ nas folhas oscilou de 17,5 entre as plantas dos
tratamentos com água salina, sem biofertilizante e sem cobertura do solo a 25,8 g kg-1
MS em plantas tratadas com água não salina, com biofertilizante e cobertura morta
(Figura 42). Os menores teores deste nutriente foram obtidos nas plantas dos
tratamentos com água salina. No solo sem o insumo orgânico e da cobertura, os teores
de K+ foram reduzidos em 24,3% com o estresse salino, apresentando valores de 23,13
para 17,50 g kg-1 MS, e nas plantas dos tratamentos com cobertura, sem biofertilizante,
a redução foi de 22,7%.
81
Figura 42. Teores de potássio na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo sob condições de irrigação com água não salina e salina, sem e com biofertilizante e cobertura morta. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey (P < 0,05). DMS = 1,35.
Em relação à salinidade da água de irrigação, a maior depleção nos teores
foliares de K+ de 25,44 para 20,68 g kg-1 MS nos tratamentos com biofertilização foi
registrada nas plantas irrigadas, respectivamente, com água não salina e salina e sem
cobertura do solo. Para Marschner (1995), Azevedo Neto e Tabosa (2000) e Ferreira et
al. (2001), a menor absorção de K+ em plantas sob estresse salino tem sido atribuída à
competição entre o Na+ e o K+ pelos sítios de absorção no plasmalema ou um maior
efluxo de K+ das raízes, como resultado direto de trocas osmoticamente induzidas na
permeabilidade do plasmalema, como também da substituição de cálcio por sódio na
membrana. Nas condições de salinidade elevada, a redução na concentração de K+
constitui em mais um inibidor ao crescimento das plantas (Figuras 33, 34 e 36-A), visto
que o potássio é o principal nutriente que exerce ação no decréscimo do potencial
osmótico (YOSHIDA, 2002; DIAS; BLANCO, 2010), como estratégia à absorção de
água e nutrientes pelas plantas sob estresse salino.
Nas plantas irrigadas com água não salina, os teores de K+ na matéria seca foliar
do maracujazeiro amarelo foram elevados de 23,13 para 25,44 g kg-1 MS no solo sem
cobertura morta. Nas plantas irrigadas com água salina, foram registrados teores de
17,50 a 20,68 g kg-1 e de 18,74 a 21,20 g kg-1 MS, no solo sem e com cobertura morta,
82
respectivamente. A contribuição positiva do biofertilizante na elevação dos teores de K+
nas folhas, possivelmente, seja decorrente das substâncias húmicas e estímulo à
produção de solutos orgânicos liberados com a mineralização desse efluente orgânico
(NARDI et al., 2002; GHOULAM; FOURSY; FARES, 2002; VESSEY, 2003;
BAALOUSHA; MOTELICA-HEINO; COUSTUMER, 2006). Quanto à cobertura do
solo, não foram registrados efeitos sobre os teores de K+ nas folhas do maracujazeiro
amarelo.
Os resultados apresentados, na maioria dos casos, são inferiores à variação de
20,64 a 23,44 g kg-1 MS apresentada por Nascimento (2010) em plantas de
maracujazeiro amarelo sob irrigação com água não salina e salina, uso de biofertilizante
e adubação mineral com NPK. Comparativamente, são inferiores às variações de 35 e
40 g kg-1 e 24 e 32 g kg-1 MS, registradas, respectivamente, por Malavolta; Vitti;
Oliveira (1997) e Cantarutti (2007) e expressam que as plantas estavam deficientes em
potássio.
Cálcio
A salinidade da água e o biofertilizante exerceram efeitos significativos sobre os
teores de Ca2+ no tecido foliar das plantas (Apêndice 7).
Na Figura 43-A, observa-se redução nos teores de Ca2+ no tecido foliar das
plantas. Os teores deste macronutriente foram de 8,10 e 6,37 g kg-1 MS de Ca2+ entre as
plantas irrigadas com água de baixa e alta salinidade, respectivamente, resultando em
perdas de 21,3%. Os resultados são inferiores aos 9,7 g kg-1 MS de Ca2+ no tecido foliar
de mudas de maracujazeiro amarelo registrados por Cruz et al. (2006) em plantas
submetidas à condição de salinidade de 3,8 dS m-1.
83
Figura 43. Teores de cálcio na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina (A), sem e com biofertilizante (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,60.
De acordo com Marschner (1995), entre as possíveis causas da redução dos
teores de cálcio no tecido foliar das plantas está o excesso de Na+ ou do SO42-, o que
pode, segundo Larcher (2006), induzir deficiência nutricional do elemento às plantas.
Para Girija; Smith; Swamy et al. (2002), o Ca2+ é responsável pelo acúmulo de prolina
na planta, possibilitando o ajustamento osmótico no citoplasma, influenciando
positivamente no metabolismo celular e no crescimento vegetal em condições de
salinidade elevada. Para Azevedo Neto e Tabosa (2000), o aumento do teor de sódio do
meio externo, como verificado na Figura 21, ocasiona inibição da acumulação de cálcio
nos tecidos das plantas, ocorrendo o deslocamento do nutriente do plasmalema das
células radiculares.
A adição do biofertilizante estimulou a absorção de cálcio, com aumento de 24%
no acúmulo na matéria seca de folhas, com os teores do elemento sendo de 6,46 para
8,01 g kg-1 MS. Os valores estão aquém da amplitude ideal de 15 a 20 g kg-1 MS
recomendada para o maracujazeiro amarelo por Malavolta; Vitti; Oliveira (1997). Isso
pode ser consequência de efeitos antagônicos do Ca2+ com outros elementos como o
Na+ e os altos teores de K+ no solo (Figura 18), promovendo redução na absorção do
elemento pelas plantas. Mesmo assim, as plantas não apresentaram sintomas visuais de
deficiência de cálcio.
84
Magnésio A acumulação de magnésio no tecido foliar das plantas, assim como verificada
para o cálcio, sofreu influência da ação isolada da qualidade da água de irrigação e da
aplicação do biofertilizante bovino ((Apêndice 7).
A elevação da salinidade da água promoveu decréscimos nos teores foliares de
magnésio nas plantas de 3,08 para 2,62 g kg-1 MS, com declínio de 14,9% provocado
pela água salina (Figura 44-A).
Figura 44. Teores de magnésio na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina (A), sem e com biofertilizante (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,39.
O valor de 2,62 g kg-1 MS é inferior aos 3,0 g kg-1 MS obtidos por Macedo
(2006) em plantas irrigadas com água salina de 3,6 dS m-1 e aos 12,0 g kg-1 MS
observados por Cruz et al. (2006) em folhas de maracujazeiro amarelo submetido, por
50 dias, a solução nutritiva com condutividade elétrica de 3,8 dS m-1. Em avaliações dos
efeitos de doses de biofertilizante bovino e adubação nitrogenada, em covas irrigadas
com água de boa qualidade, Diniz (2009) verificou teores médios de magnésio de 3,51 g
kg-1 MS em plantas de maracujazeiro amarelo. Os resultados são inferiores aos de
Nascimento (2010), após verificação que, nos tratamentos com água não salina, os
teores de Mg2+ em maracujazeiro amarelo foram reduzidos de 7,70 para 5,10 g kg-1 MS,
enquanto nas plantas submetidas ao estresse salino, foi observada depleção de 7,20 para
5,64 g kg-1 MS, com aplicação de doses de biofertilizante e adubação mineral.
O biofertilizante bovino promoveu aumentos dos teores de Mg2+ elevados em
17,6% (Figura 44-B) comparados às plantas no solo sem o insumo orgânico, com os
85
valores elevados de 2,62 para 3,08 g kg-1 MS. Essa superioridade pode ser atribuída ao
elevado teor de magnésio no substrato (Tabela 1) e no biofertilizante (Tabela 2),
resultando em maior disponibilidade no solo (Figura 20) e, com efeito, em maior
acúmulo na matéria seca do tecido foliar das plantas. Com os resultados alcançados,
provavelmente, o biofertilizante reduziu os efeitos de competição do Na+ (Figura 21)
com o Mg2+, resultando em maior disponibilização às plantas, indicando os efeitos
positivos do insumo orgânico na minimização de processos fisiológicos depressivos dos
sais às plantas (CAVALCANTE et al., 2005a; CAMPOS et al., 2007; CAVALCANTE
et al., 2007; FREIRE et al., 2010a). Além da função do magnésio nas atividades
fisiológicas das plantas, como co-fator em enzimas do metabolismo energético e na
molécula de clorofila, este íon é requerido para a integridade dos ribossomos e contribui
efetivamente para a estabilidade estrutural dos ácidos nucléicos e membranas (TAIZ;
ZEIGER, 2008).
Os níveis de magnésio nas folhas obtidos nos tratamentos de plantas irrigadas
com águas de baixa e alta salinidade, no solo sem e com biofertilizante são adequados
ao maracujazeiro amarelo, conforme Malavolta; Vitti; Oliveira (1997) que consideram
de 1,5 a 3,5 g kg-1 MS como de suprimento adequado.
Enxofre
As interações salinidade da água x biofertilizante e biofertilizante x cobertura do
solo promoveram diferenças significativas nos teores foliares de enxofre do
maracujazeiro amarelo (Apêndice 7).
No solo sem o biofertilizante, as plantas irrigadas com água de 4,5 dS m-1
tinham teores foliares de enxofre de 15,12 g kg-1 MS, portanto, 14,9% inferior ao valor
de 17,77 g kg-1 MS observado no tecido foliar de maracujazeiro amarelo tratado com
água não salina (Figura 45-A). Nos tratamentos com água não salina, o fornecimento do
insumo orgânico não interferiu nos teores do nutriente, com valores de 17,75 e 17,35 g
kg-1 MS de enxofre na matéria seca foliar das plantas.
86
Figura 45. Teores de enxofre na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino (A) e sem e com biofertilizante e cobertura morta (B). Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino (A), minúsculas entre diferentes condições de uso da cobertura morta dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma condição do uso de cobertura morta dentro de diferentes condições do uso de biofertilizante bovino (B) não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 1,34.
Os valores relativos às plantas irrigadas com água não salina e salina são
superiores à amplitude de 4,0 e 4,6 g kg-1 MS e de 9,05 a 12,82 g kg-1 MS, observada
por Cruz et al. (2006) e Nascimento (2010) em mudas e plantas adultas de
maracujazeiro amarelo irrigada com água de alta salinidade, respectivamente.
Nos tratamentos correspondentes à interação biofertilizante x cobertura morta
(Figura 45-B), verificam-se acréscimos de 21,1% com o uso da cobertura nas plantas
sem aplicação de biofertilizante, mas, não se constatam efeitos significativos com a
adoção da cobertura do solo e o insumo orgânico. Percebe-se que a aplicação do
biofertilizante foi eficiente em elevar os teores de enxofre de 14,86 para 18,02 g kg-1
MS nos tratamentos sem cobertura morta. De acordo com Bayer e Mielniczuk (2008),
os insumos orgânicos se caracterizam como fontes de N, P e S, o que justificam, aliado
aos quantitativos de sulfatos contidos nas águas de irrigação (Tabela 2), as elevações
nos teores de enxofre no tecido foliar das plantas submetidas às condições de uso de
água salina (Figura 45-A) e não utilização da cobertura morta (Figura 45-B).
Os teores de enxofre nas folhas foram superiores à amplitude de 3,0 a 4,0 g kg-1
MS suficiente à cultura do maracujazeiro amarelo, segundo Malavolta; Vitti; Oliveira
87
(1997), reflexos da biofertilização, da adubação em fundação com superfosfato simples,
que possui 18% de enxofre na sua composição química.
4.3.2. Micronutrientes na matéria seca foliar Boro
A interação salinidade da água e biofertilizante bovino exerceu efeitos
significativos sobre os teores de boro no tecido foliar do maracujazeiro amarelo
(Apêndice 8).
Os teores de boro na matéria seca das folhas das plantas foram sensivelmente
reduzidos com o aumento do teor salino da água de irrigação, nas condições sem e com
aplicação do biofertilizante (Figura 46). No solo sem o insumo orgânico, a acumulação
do nutriente no tecido foliar do maracujazeiro foi reduzida de 70,44 a 46,04 mg kg-1 MS
e no solo com o referido insumo de 71,07 para 46,51 mg kg-1 MS, expressando, em
ambas as situações, depleções de 34,6%. Esses resultados indicam a dificuldade das
plantas sob estresse salino na absorção e translocação do boro, como por Neves et al.
(2004).
Figura 46. Teores de boro na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino não diferem estatisticamente entre si pelo
teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 12,71.
Ao comparar os teores de boro no tecido foliar com o conteúdo do nutriente no
solo (Figura 23), constata-se comportamento invertido entre ambos. Nas mesmas
condições, no solo os teores de B aumentaram nos tratamentos com água salina e
88
biofertilizante e nas plantas ocorreu o inverso, isto é, o aumento da salinidade da água
de irrigação no solo com biofertilizante inibiu a absorção do micronutriente pelas
plantas.
Independentemente da condição salina da água de irrigação e do biofertilizante,
os resultados superaram os teores foliares de 30 a 35 mg kg-1 em maracujazeiro amarelo
com biofertilizante comum apresentados por Meneses (2007), mas são concordantes
com a amplitude de 48 a 220 mg kg-1 obtida por Rodrigues et al. (2009) em
maracujazeiro amarelo em solo com supermagro e 62 a 80 mg kg-1 por Rodolfo Júnior
(2007) em solo com biofertilizante comum. Superaram, também, as variações de 15,2 a
19,3 e 17,5 a 24,4 mg kg-1 obtida por Nascimento (2010) em plantas irrigadas com água
não salina e salina, com biofertilizante e NPK, respectivamente.
Mesmo com reduções em ambos os casos, as plantas estavam quantitativamente
supridas em boro, comparando-se com Malavolta; Vitti; Oliveira (1997), que
consideram plantas equilibradas neste micronutriente quando contêm na matéria seca
foliar entre 40 e 50 mg kg-1MS.
Cobre
Os teores de cobre na matéria seca foliar das plantas foram influenciados
significativamente pela interação salinidade da água x biofertilizante bovino (Apêndice
8).
Conforme se verifica na Figura 47, nos tratamentos com água não salina, os
teores de cobre foram elevados de 12,10 para 26,23 mg kg-1 entre as plantas dos
tratamentos sem e com biofertilizante bovino, aumentando em mais de 100% a absorção
do elemento.
A elevação da salinidade da água de irrigação no solo sem biofertilizante
proporcionou dos teores de cobre nas folhas de 12,10 para 28,15 mg kg-1 MS, com
acréscimos de 13,3% em relação aos tratamentos com água de boa qualidade. A
tendência dos dados está em acordo com Bosco et al. (2009), ao concluírem que o
estresse salino aumentou o conteúdo deste nutriente em berinjelas.
89
Figura 47. Teores de cobre na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino não diferem estatisticamente entre si pelo
teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 7,64.
Nos tratamentos com água de baixa salinidade, a aplicação do biofertilizante
elevou os teores do cobre a 26,38 mg kg-1 MS (117,5%), superiores aos observados por
Rodrigues et al. (2009b) na avaliação da influência do biofertilizante supermagro
aplicado em covas de maracujazeiro irrigado com água não salina.
O biofertilizante não exerceu efeitos significativos nos teores de cobre entre as
plantas irrigadas com água não salina e salina, com valores de 26,23 e 26,38 mg kg-1
MS. Os resultados se assemelham aos 27,7 mg kg-1 MS de cobre em folhas de
maracujazeiro amarelo sob irrigação com água salina registrados por Macedo (2006) e
superiores à amplitude de 7,37 a 22,92 mg kg-1 MS obtida por Nascimento (2010) com a
mesma cultura irrigada com água salina, em solo com biofertilizante e adubação mineral
com NPK.
Com a variação dos dados de 12,10 a 28,15 mg kg-1 MS nas plantas tratadas sem
biofertilizante sob irrigação com água de baixa e alta salinidade e de 26,23 a 26,38 mg
kg-1 MS, nos tratamentos com o insumo, constata-se superioridade à faixa do teor de
cobre na matéria seca do tecido foliar das plantas admitida como adequada de 10 a 20
mg kg-1 MS ao maracujazeiro amarelo (MALAVOLTA; VITTI; OLIVEIRA, 1997).
90
Ferro A interação salinidade da água e biofertilizante bovino influiu de forma
significativa nos teores de ferro na matéria seca foliar das plantas (Apêndice 8).
Quanto ao ferro na matéria seca do tecido foliar do maracujazeiro amarelo,
percebe-se que, nos tratamentos sem biofertilizante, embora os valores médios mesmo
inferiores aos obtidos nos tratamentos com água não salina, a elevação da salinidade da
água não exerceu efeitos significativos, com valores de 55,78 para 46,23 mg kg-1 MS
correspondendo a um declínio de 17,12% (Figura 48).
Figura 48. Teores de ferro na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino não diferem estatisticamente entre si pelo
teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 12,41.
Nos tratamentos com o insumo ocorreu aceleração na absorção do
micronutriente nas plantas irrigadas com água salina, quando comparadas às plantas sob
irrigação com água de baixa salinidade (Figura 48). Os teores foram elevados de 33,99
mg kg-1 MS para 47,96 mg kg-1 MS, expressando um aumento de 41,1%.
Os resultados são baixos quando comparados aos teores de 120 a 200 mg kg-1
MS exigidos pela cultura (MALAVOLTA; VITTI; OLIVEIRA, 1997). Os baixos
valores de registrados, independentemente da ação da salinidade da água e do
biofertilizante bovino, indicam que a absorção de ferro pode ter sido inibida pelo
excesso de P no solo (Figura 17). Conforme relatado por Dechen e Nachtigall (2006) e
Abreu et al. (2007), a mobilidade do ferro na planta é prejudicada pelo elevado
conteúdo de fósforo no solo.
91
Comparativamente, os valores são marcadamente mais baixos em relação aos
177,2 mg kg-1 MS obtidos por Macedo (2006) e aos 104,7 mg kg-1 MS por Nascimento
(2010) com o maracujazeiro amarelo irrigado com águas de 3,6 e 3,9 dS m-1,
respectivamente.
Manganês O fator isolado salinidade da água de irrigação exerceu efeitos significativos
sobre os teores de manganês na matéria seca foliar das plantas (Apêndice 8).
Pelos dados da Figura 49, os teores de Mn2+ na matéria seca foliar do
maracujazeiro amarelo foram reduzidos de 224,31 para 181,47 mg kg-1 MS, com
depleção de 19,1% provocada pela elevação da salinidade da água de 0,5 para 4,5 dS m-
1. Essa redução com o incremento de salinidade da água foi registrada, também, por
Bosco et al. (2009) em cultivo de berinjela (Solanum melongena L.) sob concentrações
de NaCl de 0,0 a 137,3 mmol L-1, com valores de manganês no tecido foliar sendo
diminuído linearmente de 337,0 para 102,0 mg kg-1 à medida que o teor salino
aumentava.
Mesmo com redução dos teores absorvidos com o aumento da salinidade da
água de irrigação e o manganês ser essencial à síntese de clorofila, ativação de enzimas
e participação no fotossistema II como responsável pela fotólise da água (DECHEN;
NACHTIGALL, 2006; EPSTEIN; BLOOM, 2006), os resultados evidenciam que o
aumento do teor salino da água, não comprometeram as atividades fisiológicas das
plantas relacionadas às funções do micronutriente.
De acordo com Prado e Natale (2006), os teores adequados deste micronutriente
para o maracujazeiro amarelo estão entre 40 e 250 mg kg-1 MS, o que, neste trabalho,
independentemente da salinidade da água, indicam que os valores obtidos são
suficientes para a nutrição das plantas.
92
Figura 49. Teores de manganês na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina (A), sem e com biofertilizante (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 36,88.
Zinco A salinidade da água e o biofertilizante bovino exerceram, isoladamente, efeitos
significativos nos teores de zinco na matéria seca foliar das plantas (Apêndice 8).
O aumento da salinidade da água de irrigação e a aplicação do biofertilizante
estimularam a absorção e acumulação de Zn2+ nas folhas das plantas (Figura 50).
Figura 50. Teores de zinco na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina (A), sem e com biofertilizante (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 2,49.
Nas Figuras 50-A e 50-B, percebe-se que a irrigação das plantas com água de
maior salinidade e com biofertilizante, respectivamente, elevou os teores de Zn2+ no
tecido foliar de 39,48 a 44,35 mg kg-1 MS e de 40,43 a 43,41 mg kg-1 MS.
93
Nesse sentido, embora Dechen e Natchgall (2006) e Façanha; Canella; Dobbss
(2008) relatem que alta concentração de fósforo no solo (Figura 17) possa provocar a
deficiência de Zn2+ em plantas em geral, pelos resultados registrados, as plantas se
apresentaram quantitativamente equilibradas nesse micronuriente.
Comparativamente, com maracujazeiro amarelo irrigado com água de boa
qualidade em solo com biofertilizante bovino, os resultados são compatíveis com a
amplitude de 33,87 a 61,27 mg kg-1 MS apresentada por Diniz (2009) e superiores à
variação de 28,60 e 32,0 e de 17,30 a 32,58 mg kg-1 MS registradas, respectivamente,
por Rodrigues et al. (2009b) e por Nascimento (2010) com a cultura sob irrigação com
água não salina e com aplicação de supermagro e salina (3,9 dS m-1) e biofertilizante,
respectivamente.
Os teores de Zn2+ apresentados nos tratamentos indicam que as plantas se
encontravam com suprimento ideal do micronutriente, uma vez que, conforme,
Malavolta; Vitti; Oliveira (1997), a faixa adequada no tecido foliar varia de 25 a 40 mg
kg-1 MS.
Sódio
Os teores de sódio acumulados nas folhas das plantas foram significativamente
influenciados pelo aumento do conteúdo salino da água de irrigação e pela aplicação do
biofertilizante (Apêndice 9).
No solo sem o insumo orgânico, os teores aumentaram de 5,15 para 6,41 g kg-1
MS entre plantas dos tratamentos com água não salina e salina, refletindo um aumento
de 24,5%, conforme resultados da Figura 51. Nos tratamentos com biofertilizante, nas
mesmas condições de irrigação, os teores de sódio foram elevados de 5,65 para 6,85 g
kg-1 MS, entre as plantas tratadas com água não salina e salina, com incremento de
21,23%. Em ambas as situações, os aumentos são respostas dos teores do elemento na
água de irrigação (Tabela 3) e no solo (Figura 21).
94
Figura 51. Teores de sódio na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino não diferem estatisticamente entre si pelo
teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,41.
O comportamento dos resultados está em acordo com Cavalcante et al. (2005a) e
Silva et al. (2007), ao afirmarem que a elevação da salinidade da água de irrigação é o
principal fator responsável pelo aumento da salinidade no ambiente radicular e pode
aumentar os teores de sódio no tecido vegetal. Ferreira et al. (2005) e Sousa et al.
(2010) afirmam que o acúmulo do íon sódio em excesso, no tecido foliar de plantas
principalmente, resulta na inibição do crescimento em função de sua ação tóxica sobre
o metabolismo celular.
Os resultados constantes na Figura 51 superam os 3,15 g kg-1 MS apresentados
por Macedo (2006) nas folhas de maracujazeiro amarelo irrigado com água salina (4,2
dS m-1) e à variação de 1,73 a 3,48 g kg-1 MS registrada por Nascimento (2010) com a
mesma cultura irrigada água salina (3,9 dS m-1) e aplicação de biofertilizante bovino.
Relações Na+/Ca2+, Na+/Mg2+ e Na+/K+
A salinidade da água e o biofertilizante bovino, isoladamente, exerceram efeitos
significativos na relação Na+/Ca2+ (Apêndice 9).
A relação Na+/Ca2+ foi elevada na matéria seca foliar das plantas irrigadas com
água de maior salinidade e reduzidas nas plantas dos tratamentos com biofertilizante
bovino (Figura 52).
95
Figura 52. Relação Na+/Ca2+ na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina (A) e tratamentos sem e com biofertilizante (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,12.
O aumento da salinidade da água elevou a relação Na+/Ca2+ no tecido foliar do
maracujazeiro amarelo de 0,67 para 1,07, com acréscimos de 59,7% em relação ao
observado em plantas irrigadas com água não salina. Esse aumento, segundo Marschner
(1995), reduz o deslocamento do cálcio da membrana celular, induzindo perda da sua
integridade. O aumento dessa relação com o incremento da salinidade indica acréscimos
na absorção de sódio em detrimento do cálcio, resultando em desequilíbrio iônico no
maracujazeiro amarelo. Em pupunheira (Bactris gasipaes, Kunth), Fernandes et al.
(2002) observaram que o incremento da relação provocou desordens nutricionais nas
plantas.
Para Porcelli; Boem e Lavado (1995) e Garcia et al. (2007), nas condições de
estresse salino ocorre desequilíbrio na absorção iônica pela redução radicular na
seletividade Ca2+ - Na+. Na avaliação dos efeitos de salinidade crescente do solo sobre
os teores nutricionais dos macronutrientes catiônicos e suas relações com o sódio,
Garcia et al. (2007) constataram aumentos da relação Na+/Ca2+ no tecido foliar do milho
(Zea mays L.), com reflexos negativos no desequilíbrio nutricional causado pelo
estresse salino. Resultados semelhantes foram obtidos, também, por Lima;
Campanharo; Espíndula (2007) em pimentão (Capsicum annuum L.) irrigado com águas
de níveis de salinidade de 0,0 a 2,0 dS m-1, com relação Na+/Ca2+ sendo elevada de 0,25
a 0,35.
O biofertilizante proporcionou redução na relação Na+/Ca2+ de 0,94 para 0,79,
equivalente a uma depleção de 16% em relação ao solo sem o insumo orgânico (Figura
96
52-B). Esse declínio evidencia ação positiva do biofertilizante em atenuar a ação
depressiva da salinidade da água às plantas, como comentado por Vessey (2003),
Cavalcante et al. (2005b), Campos et al. (2007) e Freire et al. (2010a).
A interação salinidade da água e biofertilizante influenciou estatisticamente a
relação Na+/Mg2+ no tecido foliar das plantas (Apêndice 9).
A elevação da salinidade da água de irrigação aumentou os valores da relação
Na+/Mg2+ na matéria seca foliar das plantas dos tratamentos sem e com biofertilizante
bovino (Figura 53).
Figura 53. Relação Na+/Mg2+ na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, no solo sem e com biofertilizante. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino não diferem estatisticamente entre si pelo
teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,39.
Nas plantas dos tratamentos com água de baixa salinidade, a aplicação do
biofertilizante não exerceu efeitos significativos na relação Na+/Mg2+, que variou de
1,58 para 1,79, entretanto, nas plantas irrigadas com água salina, a relação foi reduzida
de 2,77 a 2,36 com biofertilizante. Em comparação com a relação obtida em plantas
irrigadas com água não salina, mesmo com o aumento de 31,8% nas plantas irrigadas
com água salina e com biofertilizante, quando a relação foi elevada de 1,79 para 2,36, a
utilização do insumo reduziu os efeitos da salinidade da água de irrigação. Nesse
sentido, Ayers e Westcot (1999) afirmam que, quando as relações Na+/Mg2+ aumentam,
a absorção de sódio pelas plantas também é elevada e os desequilíbrios quanto ao cálcio
e magnésio se tornam evidentes.
A cobertura morta e a interação salinidade da água e biofertilizante bovino
exerceram efeitos significativos na relação Na+/K+ na MS (Apêndice 9).
97
A cobertura do solo com capim seda reduziu, e a água salina, tanto nas plantas
dos tratamentos sem e com biofertilizante bovino, elevou os valores da relação Na+/K+
(Figura 54).
Figura 54. Relação Na+/K+ na matéria seca foliar do maracujazeiro amarelo em tratamento sem e com cobertura do solo (A) e irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante (B). Médias seguidas de mesmas letras (A), mesmas letras minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino (B) não diferem
estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,01.
Na Figura 54-A, percebe-se que a utilização da cobertura morta reduziu a
relação Na+/K+ em 10,3%, com diminuição de 0,29 para 0,26. No que se refere à
interação salinidade da água x biofertilizante (Figura 54-B), verifica-se no solo sem o
insumo que a água salina aumentou significativamente a relação Na+/K+ de 0,21 para
0,36 e, no solo com biofertilizante, de 0,23 para 0,34, correspondendo aos incrementos
de 71,4% e 47,8%, respectivamente. A diferença entre 71,4% e 47,8% expressa a ação
positiva do biofertilizante em atenuar os efeitos prejudiciais da salinidade da água às
plantas. De acordo com Mirisola Filho (2003), Alvarez Pizarro (2006) e Morais et al.
(2007), o aumento da concentração de cloreto de sódio no substrato eleva a relação
Na+/K+ em todos os órgãos da planta.
Para Marschner (1995), altas concentrações de Na+ no solo, como indicado na
Figura 21, e nas plantas (Figura 51) podem inibir a absorção de K+ pelas plantas através
do antagonismo entre os dois íons ou poderá proporcionar o vazamento do K+ quando
há a substituição do Na+ pelo Ca2+ nas membranas celulares. Os resultados evidenciados
nas Figuras 54-A e 54-B são inferiores aos de Hasegawa et al. (2000), ao afirmarem
98
que o maracujazeiro amarelo, como planta glicófita, tolera relação Na+/K
+ foliar de até
0,60.
4.4. Fluorescência da clorofila a e eficiência fotoquímica
4.4.1. Fluorescência inicial (F0)
A fluorescência inicial da clorofila a na fase de florescimento do maracujazeiro
amarelo foi afetada significativamente pela salinidade da água de irrigação,
biofertilizante bovino e cobertura morta, isoladamente (Apêndice 10).
A irrigação das plantas com água salina (4,5 dS m-1) ocasionou uma elevação de
4% na F0 em relação às plantas tratadas com água não salina (0,5 dS m-1), sendo elevada
de 532,8 para 555,8 elétrons quantum-1 (Figura 55).
Figura 55. Fluorescência inicial (F0) no início da floração do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina (0,5 dS m-1) e salina (4,5 dS m-1). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 20,91.
Os valores de 555,8 elétrons quantum-1 da F0, evidenciam que o aparelho
fotossintético das plantas sob estresse salino foi pouco afetado, em comparação às
plantas tratadas com água não salina, em decorrência, possivelmente, do curto período
de exposição das plantas ao estresse salino, que foi de 71 dias de aplicação do
tratamento. Entretanto, em conformidade com Allakhverdiev et al. (2000), essa
elevação da F0 do maracujazeiro amarelo sob condições de alta salinidade da água de
irrigação indica o início de mudanças expressivas nas características fotossintéticas das
plantas em ambientes estressantes. Conforme Dias e Marenco (2007), o aumento em F0
99
tem sido atribuído à inativação do fotossistema II, como resultado do dano na proteína
D1, sem descartar a possibilidade de desprendimento do complexo coletor de luz do
complexo central desse fotossistema.
Situação semelhante aos resultados de F0 de plantas sob estresse salino (Figura
55) foi observada nas plantas dos tratamentos no solo sem biofertilizante (Figura 56-A)
e sem cobertura (Figura 56-B), que apresentaram valores mais elevados de F0,
respectivamente de 558,3 e 557,2 elétrons quantum-1. Os menores valores de F0 em
plantas no solo com biofertilizante, de 530,3 elétrons quantum-1, e com cobertura, de
531,5 elétrons quantum-1, evidenciam, segundo Baker e Rosenqvst (2004), efeitos
positivos na minimização da destruição do centro de reação do fotossistema II (FSII –
P680), com menor dano no aparelho fotossintético das plantas.
Figura 56. Fluorescência inicial (F0) no início da floração do maracujazeiro amarelo irrigado nos tratamentos sem e com biofertilizante bovino (A) e sem e com cobertura morta (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 20,91.
Semelhantemente ao verificado na fase de floração (Figura 56), a F0 no
encerramento da fase produtiva do maracujazeiro amarelo aumentou, de forma mais
expressiva, com o incremento da salinidade da água de irrigação (Figura 57-A). Nos
tratamentos com água não salina e salina, respectivamente, os valores desta variável
foram de 505 e 569 elétrons quantum-1 (12,7%). Para Baker e Rosenqvst (2004), o
aumento da F0 é independente dos eventos fotoquímicos e reflete destruição do centro
de reação do FSII ou diminuição na capacidade de transferência da energia de excitação
da antena para o centro de reação. Peltier e Cournac (2002) e Dias e Marenco (2006)
sugerem que o aumento da F0 em plantas sob estresse abiótico pode ser atribuído à
100
redução não fotoquímica da quinona (QA) pelo NADPH disponível no cloroplasto e
severos danos na proteína D1 do FSII.
A salinidade da água e a interação biofertilizante bovino e cobertura morta
exerceram efeitos significativos na F0 na fase final produtiva das plantas (Apêndice 10).
Figura 57. Fluorescência inicial (F0) no final da fase produtiva do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina (A) e em função da utilização do biofertilizante bovino e cobertura morta (B). Médias seguidas de mesmas letras (A), mesmas letras minúsculas entre diferentes condições de uso da cobertura morta dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma condição do uso de cobertura morta dentro de diferentes condições do uso de biofertilizante
bovino (B) não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS (A) = 27,55; DMS
(B) = 38,97.
Em avaliações da fluorescência da clorofila a em folhas de tangerineira Ponkan
(Citrus reticulata Ponkan) sob estresse hídrico, Cruz et al. (2009) verificaram elevação
de F0 em função do aumento do estresse causado por deficiência hídrica, corroborando
que o valor deste parâmetro pode aumentar quando os centros de reação do FSII estão
comprometidos ou a transferência da energia de excitação da antena para os centros de
reação está prejudicada.
Na avaliação de características para emissão de fluorescência da clorofila a em
dois materiais genéticos de amendoim, Correia et al. (2009) verificaram que a F0 não foi
influenciada pelos níveis de sais da água de irrigação (0,4; 1,5; 3,0; 4,5; 6,0 dS m-1). Em
cultivares de mangueiras, Lucena (2009) observou incrementos na F0 a partir de 15
mmol L-1 de cloreto de sódio.
Na Figura 57-B, entre plantas tratadas sem e com biofertilizante e sem cobertura,
constata-se uma depleção de 7,1% na F0, sendo reduzida de 589 para 547 elétrons
101
quantum-1, evidenciando que a utilização do insumo orgânico pode reduzir o efeito
inibitório nos centros fotossintéticos das plantas do maracujazeiro amarelo.
No solo com biofertilizante bovino, a redução de 547 para 519 elétrons quantum-1
com a utilização da cobertura morta, correspondendo a 5,1%, o que, em conformidade
com Vessey (2003) e Freire et al. (2010a), pode ser decorrência de que o biofertilizante
bovino tenha proporcionado condições mais adequadas à redução da F0, e consequente
diminuição nos efeitos inibitórios nos centros fotossintéticos das folhas do
maracujazeiro amarelo, em virtude da melhoria física do ambiente edáfico, do estímulo
à ação de proteínas e solutos orgânicos, o que resultou em maior acúmulo de N (Figura
40) e Mg (Figura 44) na matéria seca foliar das plantas, maior atividade microbiana,
maior conservação do teor de umidade e redução da temperatura do solo com a
cobertura do solo. De acordo com Dechen e Nachtigall (2006), Epstein e Bloom (2006)
e Taiz e Zeiger (2008), o Mg tem papel preponderante na elevação da capacidade
fotossintética das plantas.
4.4.2. Fluorescência máxima (Fm)
No início da floração do maracujazeiro amarelo, os tratamentos não exerceram
efeitos significativos na Fm das plantas (Apêndice 10).
Nos tratamentos com água não salina, os valores de Fm variaram de 3.095 a
2.924 elétrons quantum-1, respectivamente, nos tratamentos sem e com biofertilizante e
sem cobertura do solo. Com a irrigação com água salina, verificaram-se valores entre
2.712 e 2.999 elétrons quantum-1, respectivamente para situações sem e com
biofertilizante e sem cobertura do solo. Os dados obtidos são concordantes com Correia
et al. (2009) que não observaram efeitos significativos do incremento de salinidade na
água de irrigação em amendoim, indicando proximidade dos materiais avaliados com
relação à atividade fotoquímica.
No final da fase produtiva do maracujazeiro amarelo, a irrigação de plantas com
água de maior teor salino influenciou negativamente a Fm, com depleção de 2.256,7
para 2.048,1 elétrons quantum-1 entre plantas tratadas com água não salina e salina,
respectivamente, com queda de 9,2% na fluorescência máxima (Figura 58). Para Lucena
(2009), o estresse salino afeta negativamente a atividade fotossintética com alterações
nos parâmetros do fotossistema II.
102
Figura 58. Fluorescência máxima (Fm) no final da fase produtiva do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina. Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 200,79.
Cruz et al. (2009) obtiveram redução da Fm de 2.220 para 1.680 elétrons
quantum-1 em tangerinas (Citrus reticulata Blanco) com a elevação do estresse causado
por deficiência hídrica. Com melancieiras (Citrulus lanatus Thumb. Mansf) submetidas
a diferentes regimes hídricos, Melo et al. (2010) observaram decréscimos de 13,5% no
comportamento da Fm de plantas sob estresse hídrico, sendo os valores reduzidos de
1.792 para 1.550 elétrons quantum-1 com a elevação do déficit hídrico.
4.4.3. Fluorescência variável (Fv)
Nas fases de florescimento e final produtiva das plantas, a Fv foi influenciada
significativamente pela ação isolada da salinidade da água (Apêndice 10).
A Fv é um parâmetro da cinética rápida da fluorescência que representa o
incremento a partir da F0 até à Fm (LUCENA, 2009). No estádio fenológico de início da
floração (Figura 59-A), as plantas irrigadas com água não salina apresentaram valores
de Fv de 2.347,4 elétrons quantum-1, com superioridade de 9,6% aos 2.212,9 quantum-1
observados nas plantas sob estresse salino. Com tendência semelhante e mais
expressivamente, na Figura 59-B constata-se que a elevação do teor salino da água de
irrigação no final da fase produtiva do maracujazeiro amarelo reduziu a Fv das plantas
de 1.751,7 para 1.479,1 elétrons quantum-1, com decréscimos de 15,6%, e inibiu a
atividade fotoquímica nas folhas (MELO et al., 2010). Lucena (2009) relatou
103
decréscimos de até 40,3% na Fv de mangueira (Mangifera indica L.), cultivar Ubá, com
a elevação do teor salino da água de irrigação.
Figura 59. Fluorescência variável (Fv) do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, no início da floração (A) e no final da fase produtiva (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS (A) = 121,64; DMS (B) = 209,60.
Comparativamente, percebe-se que a exposição das plantas aos níveis de
salinidade da água por um período de tempo maior, no caso das plantas no final da fase
produtiva, reduziu a fluorescência variável da clorofila a das plantas, de 2.347,4 para
1.751,7 e de 2.212,9 para 1.479,1 elétrons quantum-1, respectivamente, nos tratamentos
com água não salina e salina. Isso evidencia que as condições abióticas analisadas
promovem danos no aparelho fotossintético das plantas, comprometendo o FSII, com o
decorrer do tempo de exposição ao fator estressante.
104
4.4.4. Relação Fv/F0
No estádio de florescimento das plantas, a relação Fv/F0 sofreu efeitos
significativos da interação salinidade da água, biofertilizante bovino e cobertura morta
(Apêndice 11).
O estresse salino reduziu de 4,53 para 3,49 e de 4,56 para 4,03 a Fv/F0 das
plantas no solo sem biofertilizante, sem cobertura morta e com biofertilizante, com
cobertura morta, respectivamente (Figura 60). Nas plantas tratadas com água não salina
e com cobertura, a utilização do biofertilizante incrementou a Fv/F0 em 11,2%, com
valores elevados de 4,10 para 4,56. Nas plantas irrigadas com água de alta salinidade, o
biofertilizante incrementou este parâmetro de 3,59 para 4,17, o equivalente a um
acréscimo de 16,1%. A utilização da cobertura morta reduziu de 4,53 para 4,10 e elevou
de 3,59 para 4,08 a Fv/F0 nas plantas tratadas com água não salina e salina,
respectivamente.
Figura 60. Relação Fv/F0 no início da floração do maracujazeiro amarelo sob condições de irrigação com água não salina, salina em covas sem e com biofertilizante bovino e cobertura morta. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey (P < 0,05). DMS = 0,22.
De acordo com Peixoto; Mata; Cambraia (2002), a relação Fv/F0 é um parâmetro
importante para amplificar as pequenas variações possíveis de Fv/Fm em plantas sob
determinadas condições de estresse. Konrad et al. (2005) observaram redução de 3,8
105
para 1,7 da Fv/F0 em cultivares de cafeeiro (Coffea arabica L.) com utilização de 0,148
mmol L-1 de alumínio, semelhantemente às reduções com o incremento na salinidade da
água neste trabalho.
As fontes de variação salinidade da água e biofertilizante bovino exerceram
efeitos significativos na relação Fv/F0 no final da fase produtiva do maracujazeiro
amarelo (Apêndice 11).
Na Figura 61-A, observa-se que as plantas irrigadas com água não salina
apresentaram Fv/F0 de 3,5, superior aos 2,6 apresentados por plantas irrigadas com água
salina, com incremento de 34,6%. A relação Fv/F0 foi elevada de 2,7 para 3,4 com a
aplicação do biofertilizante às plantas (Figura 61-B).
Figura 61. Relação Fv/F0 no final da fase produtiva do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina (A), sem e com biofertilizante bovino (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,61.
4.4.5. Rendimento quântico potencial (Fv/Fm)
Na fase de florescimento das plantas, o rendimento quântico potencial do
fotossistema II foi influenciado significativamente pela salinidade da água (Apêndice
11).
Para Baker e Rosenqvst (2004) e Correia et al. (2009), as medições da eficiência
fotoquímica do fotossistema II, estimadas através da relação entre a fluorescência
variável e a fluorescência máxima da clorofila a (Fv/Fm), relacionam-se com a
eficiência quântica da atividade fotoquímica do FSII quando todos os centros de reação
estão abertos.
106
Conforme Figura 62, o incremento no teor salino da água até o início da floração
reduziu a Fv/Fm de 0,82 para 0,77, com depleção de 6,1%. Segundo Bolhàr-
Nordenkampf et al. (1989), Pereira et al. (2000), Queiroz, Garcia e Lemos Filho (2002),
Zanella et al. (2004) e Melo et al. (2010), nestas condições, o sistema fotossintético está
intacto e não se observa inibição da atividade fotoquímica nos centros de reação do FSII
das plantas. Os valores de Fv/Fm obtidos nas plantas sob estresse salino refletem,
baseando-se em Moughet e Treblim (2002) e Zanandrea et al. (2006), o início de
variações expressivas nas taxas de conversão da energia fotoquímica e não fotoquímica
dissipada. Pelos resultados apresentados, nesse estádio de desenvolvimento, o
maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina, com Fv/Fm de 0,82, apresentou
maior atividade fotoquímica do FSII, com aumento de 6,5% com relação ao obtido com
plantas irrigadas com água salina.
Figura 62. Rendimento quântico potencial (Fv/Fm) do maracujazeiro amarelo no início da floração e irrigado com água não salina e salina. Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,03.
Semelhantemente, Zanandrea et al. (2006), em plantas de feijoeiro (Phaseolus
vulgaris L.), observaram uma elevação da Fv/Fm de 0,826 até à concentração salina da
água de 100 mmol L-1, com uma queda atingindo valores de 0,802 na concentração
salina de 200 mmol L-1. Lucena (2009) observou que mudas de mangueira irrigadas
com água salina de 45 mmol L-1 de NaCl apresentaram um declínio no rendimento
quântico potencial de até 27,9% com relação às plantas controle.
107
No final da fase produtiva do maracujazeiro amarelo, os fatores salinidade da
água de irrigação e biofertilizante bovino exerceram efeitos significativos na relação
Fv/Fm (Apêndice 11).
A irrigação com água de alta salinidade proporcionou uma depleção de 7,8% na
Fv/Fm, que foi reduzida de 0,77, nas plantas irrigadas com água não salina, a 0,71, o que,
segundo Bolhàr-Nordenkampf et al. (1989), que relatam que a relação ideal deve estar
entre 0,75 e 0,85, reflete danos fotoinibitórios nos centros de reação do FSII nas plantas
tratadas com água salina. Lucena (2009) observou declínio da Fv/Fm de 0,79 para 0,62
em cultivares de mangueira com a elevação do teor salino da água de irrigação de até 45
mmol L-1 de NaCl. Correia et al. (2009) registraram declínio de 11,2% no rendimento
quântico potencial em amendoim com a elevação da salinidade da água de irrigação de
0,4 para 6,0 dS m-1.
Figura 63. Rendimento quântico potencial (Fv/Fm) ao final da fase produtiva do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina (A), sem e com biofertilizante bovino (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,03.
Os baixos valores de Fv/Fm nas plantas sob estresse salino, provavelmente, de
acordo com Baker (1993), são decorrentes do fechamento estomático (Figura 65) e do
declínio da fotossíntese líquida (SMIRNOFF, 1993; SILVEIRA et al., 2010), conforme
Figura 67.
A aplicação do biofertilizante bovino elevou de 0,72 para 0,77 os valores de
Fv/Fm, com valores na faixa ideal às plantas, de 0,75 a 0,85, preconizada por Bolhàr-
108
Nordenkampf et al. (1989). A elevação da Fv/Fm de 0,72 para 0,77 nas plantas tratadas
com biofertilizante bovino reforça as afirmações de Cavalcante et al. (2007) e Anjos
(2010) de que o insumo orgânico, por ser fonte de compostos bioativos, exerce ação
positiva na nutrição das plantas e estimula a liberação de substâncias húmicas no solo,
favorecendo uma maior atividade da enzima redutase e redução de aminoácidos livres,
proporcionando maior acúmulo de N nas plantas, diminuindo o efeito do estresse
hídrico e salino e, possivelmente, elevando a eficiência quântica potencial da atividade
química do FSII.
Entre os valores de Fv/Fm das plantas irrigadas com água não salina e das
irrigadas com água salina, observa-se, em comparação com os valores registrados à
época da floração das plantas (Figura 62) e ao final da fase produtiva (Figura 63-A) que
a queda na eficiência quântica potencial já era previsível, uma vez que na a partir do
início da fase final do ciclo produtivo, ocorre a senescência dos órgãos vegetais,
causada por depleção nos teores de pigmentos fotossintéticos, reduções na razão FII/FI e
degradação dos componentes protéicos dos fotossistemas (FALQUETO et al., 2007).
4.5. Trocas gasosas
4.5.1. Concentração interna de CO2 (Ci)
A interação biofertilizante bovino e cobertura morta, na fase de florescimento
das plantas, e a salinidade da água, na fase final produtiva das plantas, exerceram efeitos
significativo da concentração interna de CO2 nas folhas (Apêndice 12).
No início da floração das plantas, nos tratamentos sem biofertilizante, a
cobertura morta elevou a Ci de 206,2 a 235,7 µmol mol-1, com acréscimos de 14,3%,
diferentemente dos tratamentos no solo com biofertilizante em que não se observou
efeitos significativos da cobertura do solo (Figura 64-A).
109
Figura 64. Concentração interna de CO2 (Ci) em folhas de maracujazeiro amarelo em solo sem e com biofertilizante bovino na época da floração (A) e irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante, no encerramento da fase produtiva (B). Médias seguidas de mesmas letras (A, B), mesmas letras minúsculas entre diferentes condições de uso da cobertura morta dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma condição do uso de cobertura morta dentro de diferentes condições do uso de biofertilizante bovino (A) não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS (A) = 19,93; DMS (B) = 16,88.
Nos tratamentos sem cobertura morta, observou-se maior Ci nas plantas com
biofertilizante em comparação com as que não receberam o insumo orgânico, em que a
Ci foi elevada de 206,2 para 229,3 µmol mol-1, com aumento de 11,2%. Mesmo com
tendência de redução, nos tratamentos com cobertura do solo não se observou efeito
significativo com aplicação do efluente orgânico nos valores médios de Ci. Para Lyra et
al. (2010), o uso da cobertura proporciona boas condições hídricas no solo, evitando a
manifestação de estresse hídrico o que, juntamente com a condição nutricional adequada
fornecida pelo biofertilizante bovino, fornece condições para a manutenção do
metabolismo fotossintético, conforme tendência evidenciada para a Ci nesse estádio
fenológico.
Na avaliação ao final do experimento, observa-se que o uso da água salina na
irrigação do maracujazeiro amarelo proporcionou uma elevação de 13,2% na Ci, com
valores de 229,4 µmol mol-1, nas plantas irrigadas com água não salina, e 259,7 µmol
mol-1 nas sob estresse salino (Figura 64-B), caracterizando os efeitos negativos da
salinidade no metabolismo do carbono nas plantas.
Musyimi; Netondo; Ouma (2007) observaram aumentos em torno de 300% na Ci
em plantas de abacateiro sob condições de salinidade, com reflexos negativos na taxa
fotossintética das plantas. As elevações na Ci do tecido foliar podem estar associadas à
110
queda na atividade de enzimas do metabolismo do carbono em razão da sensibilidade à
toxicidade gerada pelo teor dos íons Na+ e Cl- nas folhas (FARQUHAR; SHARKEY,
1982; PARIDA; DAS; MITTRA, 2004; PARIDA; DAS, 2005; LUCENA, 2009).
Valores considerados elevados na Ci no interior das folhas indicam que o CO2 não está
sendo utilizado para a síntese de açúcares pelo processo fotossintético, com acúmulo
deste gás, indicando que algum fator não estomático está interferindo nesse processo
(LARCHER, 2006), o que foi confirmado com a depleção na eficiência fotossintética
das plantas irrigadas com água de alta salinidade (Figura 63-A).
4.5.2. Condutância estomática (gs)
Os tratamentos avaliados não exerceram efeitos significativos na condutância
estomática no início da floração das plantas (Apêndice 12).
Nos tratamentos com água não salina, no solo sem biofertilizante, a gs seguiu a
tendência de elevação com uso da cobertura morta de 0,18 para 0,34 mol m-2 s-1. Com a
aplicação do biofertilizante, a condutância estomática tendeu a aumentar com a
cobertura morta de 0,25 para 0,30 mol m-2 s-1. Tendências semelhantes foram
observadas nos tratamentos com água salina, com valores de gs variando de 0,17 (T5) a
0,24 (T6).
A interação dos fatores salinidade da água, biofertilizante bovino e cobertura
morta exerceu influência significativa na gs das plantas (Apêndice 12).
De acordo com a Figura 65, observa-se que as plantas irrigadas com água de
baixa salinidade e com cobertura morta, a gs foi elevada de 0,03, no solo sem
biofertilizante, a 0,08 mol m-2 s-1, no solo com biofertilizante bovino. No solo com
cobertura, as plantas irrigadas com água salina apresentaram elevação da gs de 0,02 a
0,04 mol m-2 s-1, com acréscimos de 100%, com a aplicação do biofertilizante. Esses
resultados, provavelmente, sejam em razão dos efeitos do insumo orgânico no estado
nutricional das plantas em decorrência da atenuação da ação depressiva dos sais às
plantas (NARDI et al., 2002; BAALOUSHA; MOTELICA-HEINO; COUSTUMER,
2006) e da cobertura morta, com interferência direta nas relações hídricas. A cobertura
do solo altera a relação solo-água, reduzindo a evapotranspiração e proporcionando
menor consumo hídrico das plantas (ARAÚJO et al., 2000; ANDRADE et al., 2002;
LYRA et al., 2010).
111
Figura 65. Condutância estomática em folhas de maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino e cobertura morta no encerramento da fase produtiva. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey (P < 0,05). DMS = 0,011.
Netondo; Onyango; Beck (2004); Musyimi; Netondo; Ouma (2007), Flexas et
al. (2008) e Silveira et al. (2010) afirmam que a salinidade elevada da água de irrigação
exerce efeito prejudicial no processo de abertura estomática, por aumentar a resistência
à difusão de CO2, o que foi observado nas plantas irrigadas com a água de 4,5 dS m-1,
principalmente nas plantas com biofertilizante e cobertura morta em que a gs foi
reduzida de 0,08, nas plantas irrigadas com água de baixa salinidade, para 0,04 mol m-2
s-1, nas irrigadas com água de alta salinidade.
Para Larcher (2006) e Taiz e Zeiger (2008), sob condições de estresse severo,
uma das primeiras respostas das plantas pode ser o fechamento estomático, de forma a
minimizar a perda de água, conforme observações em arroz (Oryza sativa L.) e milho
submetidos às condições de estresse salino, por Moradi e Ismail (2007) e Abdel-Latif
(2008), respectivamente.
112
4.5.3. Taxa transpiratória (E)
Na floração das plantas não houve efeitos significativos dos tratamentos na taxa
transpiratória das plantas (Apêndice 12), com valores oscilando de 2,00 (T1) a 3,33
mmol m-2 s-1 (T2), evidenciando as mesmas tendências observadas com a condutância
estomática.
A taxa transpiratória no encerramento da fase produtiva das plantas foi
influenciada significativamente pela interação dos fatores biofertilizante e cobertura
morta (Apêndice 12).
Na Figura 66, verifica-se que, ao final do experimento, a aplicação do
biofertilizante no solo sem a cobertura morta, inibiu em 36,3% os valores de taxa
transpiratória das plantas, sendo diminuída de 1,35 para 0,86 mmol m-2 s-1.
Contrariamente, com utilização da cobertura morta, a taxa transpiratória foi elevada de
1,12 para 1,70 mmol m-2 s-1 (51,7%), o que evidencia os benefícios do uso concomitante
do insumo orgânico e cobertura do solo em maracujazeiro amarelo.
Figura 66. Taxa transpiratória no encerramento da fase produtiva do maracujazeiro amarelo em solo sem e com biofertilizante e cobertura morta. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre diferentes condições do uso da cobertura morta dentro das mesmas condições do uso do biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma condição do uso da cobertura morta dentro de diferentes condições do uso de biofertilizante bovino não diferem
estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,31.
Nos tratamentos com biofertilizante, observou-se incremento de 97,7% nos
valores de taxa transpiratória das plantas com a utilização da cobertura morta, onde a
elevação foi de 0,86 para 1,70 mmol m-2 s-1. Este fato pode estar associado ao menor
113
déficit hídrico, com ajustamento osmótico, que as plantas foram submetidas (LUCENA,
2009).
Esse comportamento confirma os dados obtidos de gs (Figura 65), evidenciando
a importância do uso da cobertura do solo e do biofertilizante bovino nessas plantas.
Esses tratamentos podem ter proporcionado melhoria nas condições hídricas do solo e,
consequentemente, das plantas, possibilitando as trocas gasosas entre as plantas e o
meio, evitando estresse hídrico. De acordo com Gonçalves et al. (2010), a relação direta
entre transpiração e condutância estomática é esperada, tendo em vista a diminuição do
fluxo de vapor d’água para a atmosfera e, consequentemente, da transpiração, à medida
em que se fecham os estômatos. Redução na taxa de transpiração, com consequente
queda na condutância estomática e taxa de fotossíntese, induzida por estresse hídrico e
salino, foi observada em pinhão manso (SILVA et al., 2010).
4.5.4. Taxa fotossintética (A)
A taxa fotossintética das plantas não foi influenciada pelos tratamentos na fase
de floração (Apêndice 13), com tendências de elevação semelhantes às observadas para
gs e taxa transpiratória, com valores de 10,12 (T7) a 18,37 µmolCO2 m2 s-1 (T2)
A fotossíntese líquida em plantas de maracujazeiro amarelo foi
significativamente influenciada pela salinidade da água (Apêndice 13).
Em função da redução da condutância estomática (Figura 65), da taxa
transpiratória (Figura 66) e do aumento da concentração interna de CO2 (Figura 64) nas
folhas, a taxa de assimilação líquida foi comprometida quando as plantas foram
irrigadas com água de alta salinidade (Figura 67). As plantas irrigadas com água salina
apresentaram valores inferiores de taxa fotossintética líquida (1,80 µmolCO2 m2 s-1) aos
verificados em plantas irrigadas com água não salina (2,56 µmolCO2 m2 s-1), com
redução de 30%, ao final do experimento.
114
Figura 67. Fotossíntese líquida no encerramento da fase produtiva do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina. Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,73.
O estresse salino reduz a taxa de assimilação líquida de CO2, taxa de
transpiração e condutância estomática em glicófitas (GIBBERD; TURNER; STOREY,
2002; LÓPEZ-CLIMENT et al., 2008). Vários pesquisadores têm afirmado que a
salinidade reduz a taxa fotossintética de plantas através de efeitos estomáticos e não
estomáticos (MUSYIMI; NETONDO; OUMA, 2007), apesar de que estes últimos não
estão totalmente esclarecidos (NETONDO; ONYANGO; BECK, 2004). Uma
consequência indireta do fechamento estomático é a restrição à entrada de CO2 nas
células, o que poderia aumentar a susceptibilidade a danos fotoquímicos, pois baixas
taxas de assimilação do CO2 causam energia luminosa excessiva no FSII (SILVA et al.,
2010). Distúrbios nas reações fotoquímicas causadas pelo estresse salino foram
verificados por Netondo; Onyango; Beck (2004), Souza et al. (2004), Tezara et al.
(2005) e Lucena (2009), o que foi comprovado com os resultados do rendimento
quântico potencial (Fv/Fm) nas plantas irrigadas com água de salinidade elevada
contidos na Figura 63-A.
Netondo; Onyango; Beck (2004) observaram uma correlação positiva entre a
condutância estomática e a taxa de assimilação de CO2, sugerindo que o fator
estomático era o limitante para a fotossíntese sob estresse salino. No entanto, esses
fatores estomáticos são mais significativos em salinidades moderadas, enquanto que sob
altas salinidades, as limitações são de natureza não estomática (EVERARD et al.,
1994).
115
Musyimi; Netondo: Ouma (2007) enfatizam que baixa condutância estomática,
associada à alta Ci, é uma resposta adaptativa ao CO2 extracelular, através da qual as
limitações difusivas à fotossíntese são ajustadas em resposta a mudanças na demanda no
mesofilo pelo CO2. Acrescentam ainda que, embora os fatores estomáticos e não
estomáticos estejam associados à redução na fotossíntese após irrigação com água
salina, a maior parte dessa redução é o resultado de efeitos não estomáticos. Geralmente
o estresse salino está associado ao estresse hídrico, e ambos podem causar redução na
fotossíntese devido a distúrbios na estrutura e funcionamento do aparato fotoquímico
(HURA et al., 2007).
Pinheiro et al. (2010) afirmam que o estresse salino promove reduções
consideráveis na fotossíntese líquida de plantas, que podem estar associadas a uma
limitada capacidade de síntese e maior degradação de clorofilas a, b e totais.
4.6. Teores de clorofila a, b, total e carotenóides
Os teores de clorofila a, b e carotenóides foram afetados significativamente pela
interação salinidade da água, biofertilizante bovino e cobertura morta (Apêndice 14).
De acordo com os resultados apresentados na Figura 68, observa-se que entre os
tratamentos relacionados à salinidade da água, sem biofertilizante e sem cobertura
morta, a elevação do teor salino da água de irrigação reduziu os teores de clorofila a nas
plantas de 1,25 para 1,13 mg g-1 de matéria fresca, com depleção de 9,6%, resultando
em redução da eficiência fotossintetizante (Figura 63-A). Entretanto, com a aposição do
insumo orgânico, essa perda nos teores de clorofila a foi mais expressiva, com 22,6%,
com valores sendo reduzidos de 1,68 para 1,30 mg g-1 de matéria fresca,
respectivamente, para plantas irrigadas com água não salina e salina.
116
Figura 68. Teores de clorofila a em folhas de maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino e cobertura morta. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey (P < 0,05). DMS = 0,05.
Jamil et al. (2007), Cavalcante et al. (2009) e Mendonça et al. (2010) afirmam
que plantas que crescem sob condições de salinidade têm sua atividade fotossintética
reduzida, resultando na redução do crescimento, com menor área foliar e menor
conteúdo de clorofila. A redução da clorofila, nas plantas expostas à salinidade da água,
ocorre em razão do aumento da enzima clorofilase, que degrada as moléculas deste
pigmento fotossintetizante. Para Zanella et al. (2004), um dos fatores ligados à
eficiência fotossintética de plantas (Fv/Fm) e, consequentemente, ao crescimento e à
adaptabilidade a ambientes adversos é o conteúdo de clorofila e carotenóides.
Nas plantas irrigadas com água não salina, no solo com biofertilizante bovino e
sem cobertura, observou-se o maior teor médio de clorofila a, com valores de 1,68 mg
g-1 de matéria fresca - MF, superando em 48,6% os valores de 1,13 mg g-1 MF
observados nas plantas irrigadas com água não salina, no solo sem biofertilizante e sem
cobertura. Esses resultados são concordantes com as afirmações de Sultana; Ikeda; Itoh
(1999), Jamil et al. (2007) e Mendonça et al. (2010) ao concluírem que os teores de
pigmentos fotossintéticos nas plantas são reduzidos pela salinidade na solução do solo.
A aplicação do biofertilizante bovino proporcionou aumentos significativos nos
teores de clorofila a nas plantas, podendo-se inferir que as plantas conservaram, em
parte, sua capacidade de síntese de clorofila a, que são constantemente degradadas e
117
ressintetizadas ao longo do ciclo das plantas. Comparativamente, quando se aplicou o
insumo orgânico e a cobertura morta às plantas irrigadas com água não salina ou salina,
não se observou efeitos significativos no teor da clorofila a.
O uso da cobertura morta elevou os teores de clorofila a de 1,13 para 1,25 e de
1,30 para 1,44 mg g-1 de matéria fresca nos tratamentos com água salina, sem e com
biofertilizante bovino, respectivamente, com efeitos positivos na condição fotossintética
das plantas (ZANELLA et al., 2004).
Pela Figura 69, observa-se que os teores de clorofila b oscilaram de 0,14 a 0,30
mg g-1 de matéria fresca, sendo os menores valores verificados em plantas submetidas
ao estresse salino, sem biofertilizante no solo e sem cobertura, o que corrobora as
informações de Lima et al. (2004) e Parida; Das; Mittra (2004) de que o estresse salino
reduz os teores de pigmentos fotossintetizantes das plantas, possivelmente devido à
menor capacidade das plantas em sintetizá-los ou na maior degradação de clorofilas. De
acordo com Scalon et al. (2003), o aumento da proporção de clorofila b, como
observado, principalmente, entre plantas dos tratamentos com água não salina e com
cobertura do solo, sem e com utilização do biofertilizante, é uma característica
importante, pois este pigmento clorofiliano capta energia de outros comprimentos de
onda e transfere para a clorofila a, que efetivamente atua nas reações fotoquímicas da
fotossíntese.
Nos tratamentos referentes à interação tripla, nas plantas irrigadas com água não
salina e com cobertura morta, a aplicação do biofertilizante bovino no solo elevou os
teores de clorofila b de 0,22 para 0,29 mg g-1 de matéria fresca. Nas plantas tratadas
com água salina e sem cobertura morta, observou-se elevação em 100% nos teores deste
pigmento fotossintetizante com o uso do efluente orgânico, com teores sendo elevados
de 0,14 para 0,28 mg g-1 de matéria fresca.
118
Figura 69. Teores de clorofila b em folhas de maracujazeiro amarelo sob condições de irrigação com água não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino e cobertura morta. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey (P < 0,05). DMS = 0,01.
Como a função das clorofilas é absorver quantas de luz incidente (AMARANTE
et al., 2008), percebe-se que os melhores tratamentos relacionados aos teores de
clorofilas a e b foram os de plantas tratadas com água não salina, no solo com
biofertilizante e sem cobertura (Figuras 68 e 69).
As interações salinidade da água x cobertura morta e biofertilizante bovino x
cobertura morta exerceram efeitos significativos de clorofila total em folhas de
maracujazeiro amarelo (Apêndice 14).
Na interação salinidade da água x cobertura do solo (Figura 70-A), a elevação do
teor salino da água nos tratamentos sem cobertura do solo, os teores de clorofila total
sofreram depleção de 19,2%, sendo reduzidos de 1,77 para 1,43 mg g-1 de matéria
fresca. Com a cobertura morta, nos tratamentos com água salina, os teores de clorofila
total foram reduzidos em 0,12 mg g-1 MF, enquanto, nas plantas tratadas com água
salina, a cobertura morta elevou os teores de clorofila total em 0,17 mg g-1 MF por
tratamento.
119
Figura 70. Teores de clorofila total em folhas de maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com cobertura morta (A) e sem e com biofertilizante, sem e com cobertura morta (B). Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre diferentes condições de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de cobertura morta e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso de cobertura morta (A) e minúsculas entre diferentes condições do uso da cobertura morta dentro das mesmas condições do uso do biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma condição do uso da cobertura morta dentro de diferentes condições do uso de biofertilizante bovino (B) não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,076.
A cobertura morta favoreceu as plantas nos teores totais dos pigmentos
fotossintetizantes, mais expressivamente nos tratamentos sem biofertilizante, com
elevação média de 0,37 mg g-1 MF por tratamento (Figura 70-B). O uso do
biofertilizante bovino influenciou positivamente os teores de clorofila total nos
tratamentos sem cobertura do solo, com incrementos de 9,2%, sendo elevados de 1,41
para 1,54 mg g-1 MF.
Nas plantas irrigadas com água não salina e com cobertura do solo, a aplicação do
biofertilizante bovino no solo, conforme se observa na Figura 71, elevou os teores de
pigmentos carotenóides de 0,36 para 0,44 mg g-1 de matéria fresca, equivalendo a
acréscimos de 22,2%. Nas plantas tratadas com água salina e sem cobertura do solo,
ocorreu incrementos de 131,2% nos teores de carotenóides no solo com o uso do
biofertilizante, com valores sendo elevados de 0,16 para 0,37 mg g-1 de matéria fresca.
120
Figura 71. Teores de carotenóides no tecido foliar do maracujazeiro amarelo sob condições de irrigação com água não salina, salina em covas sem e com biofertilizante bovino e cobertura morta. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey (P < 0,05). DMS = 0,04.
Os menores teores de carotenóides foram obtidos nas plantas irrigadas com água
salina, no solo sem biofertilizante e sem cobertura, com valores de 0,16 mg g-1 de
matéria fresca, confirmando observações de Sharma e Hall (1991) de que o estresse
salino diminui os teores desses pigmentos.
O biofertilizante bovino, em ambas as condições de irrigação das plantas,
estimulou a produção de carotenóides, como observado nas Figuras 69 e 70 para os
teores de clorofilas a e b, respectivamente.
À exceção entre os tratamentos sem biofertilizante bovino e sem cobertura do
solo, não se observaram efeitos significativos da elevação do teor salino da água nos
teores de carotenóides, confirmando, segundo Pinheiro et al. (2010), que sob condições
estressantes as plantas não necessitam de rotas alternativas de dissipação de energia para
evitar problemas de fotoinibição e fotooxidação.
121
4.7. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo
4.7.1. Condições térmicas no ambiente dos lisímetros
A Tabela 4 dispõe os dados médios de temperatura, medida às 15 horas, da
superfície do substrato, a 5 cm de profundidade, na superfície da cobertura do solo e nas
bordas externas dos lisímetros em cada fase fenológica da cultura.
Nos tratamentos com água não salina, os dados indicam que as temperaturas
médias na superfície do substrato e a 5 cm de profundidade foram superiores, em
valores absolutos, aos observados no solo com água salina. A superioridade mais
expressiva foi de 2,7 e 3,1 oC (sem biofertilizante e com cobertura morta) e de 1,7 oC e
4,2 oC (com biofertilizante, sem cobertura morta), na superfície do substrato e a 5 cm de
profundidade, respectivamente.
Nos tratamentos com água não salina e no solo sem biofertilizante bovino, a
cobertura reduziu a temperatura média da superfície do substrato e a 5 cm de
profundidade, respectivamente, em 10,3 oC e 8,7 oC. No solo com biofertilizante, a
depleção em temperatura com a cobertura morta foi de 8,8 oC, referentes aos valores na
superfície do substrato, e 8,4 oC a 5 cm de profundidade. A temperatura média nos
tratamentos com água salina e sem biofertilizante foi reduzida em 11,7 oC na superfície
do substrato e 10,9 oC a 5 cm de profundidade. No solo irrigado com água salina e com
biofertilizante, a redução térmica média com a utilização da cobertura morta foi de 8,0
oC e 5,6 oC, respectivamente na superfície do substrato e a 5 cm de profundidade, com
variação de 30,3 a 32 oC, na superfície do substrato, e de 29,9 a 31,3 oC a 5 cm de
profundidade.
O uso da cobertura morta, como proteção do solo, diminui a evaporação da água
adicionada durante a irrigação, evitando a precipitação de sais na zona radicular.
Segundo Stamets e Chilton (1983), essa camada protege o substrato contra a perda de
água, favorece a formação de microclima úmido, serve como reservatório de água à
cultura em crescimento e favorece o desenvolvimento das plantas (CADAVID et al.,
1998). Além disso, a cobertura promove o crescimento do sistema radicular na camada
superficial e reduz as flutuações de temperatura do solo (GILL et al., 1996).
Resende et al. (2005) verificaram que a cobertura do solo com capim seco em
cultivos de cenoura (Daucus carota L.) manteve o solo com um gradiente de
temperatura de aproximadamente 3,5 oC inferior ao tratamento sem cobertura morta.
122
Para Gasparim et al. (2005), as coberturas protetoras desempenham importante função
na agricultura, porque podem modificar as variações de temperatura no interior do solo
e, principalmente próximo à superfície, alterando consideravelmente o ambiente para o
desenvolvimento da flora e da fauna do solo.
Independentemente dos tratamentos, as temperaturas médias da superfície da
cobertura morta foram inferiores, em valores absolutos, às observadas na superfície do
substrato sem cobertura morta (Figura 72-A). Na superfície exterior dos lisímetros, as
temperaturas médias no período avaliativo oscilaram de 40,4 oC, no tratamento com
água salina, no solo com biofertilizante e cobertura morta a 42,9 oC, no solo irrigado
com água não salina, sem biofertilizante e com cobertura morta (Figura 72-B).
Figura 72. Temperaturas médias diárias da superfície do substrato e da cobertura morta (A) e da superfície exterior dos lisímetros (B) com maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante, sem e com cobertura morta.
123
Tabela 4. Valores da temperatura (oC) na superfície do substrato (SS), a 5 cm de profundidade, na superfície externa da cobertura morta (SECM), na superfície externa dos lisímetros (SEL) e variações de temperatura entre os tratamentos sem e com cobertura (∆t), nas diferentes fases diferentes fases fenológicas de maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina (NS) e salina (S), no solo sem (SB) e com biofertilizante bovino (CB), sem (SC) e com cobertura morta (CC).
FASE I
TRATAMENTOS Água Bio CM SS ∆t 5 cm ∆t SECM SEL ∆t T1 NS SB SC 39,8 9,5 38,5 7,2 42,8 -1,9 T2 NS SB CC 30,3 31,3 39,8 44,7 T3 NS CB SC 41,7 10,5 40,1 8,6 43,3 -0,3 T4 NS CB CC 31,2 31,5 37,8 43,6 T5 S SB SC 38,6 9,1 38,0 8,5 42,3 1,1 T6 S SB CC 29,5 29,5 35,3 41,2 T7 S CB SC 38,3 7,1 38,0 7,7 42,0 -0,5 T8 S CB CC 31,2 30,3 36,3 42,5
FASE II
TRATAMENTOS Água Bio CM SS ∆t 5 cm ∆t SECM SEL ∆t T1 NS SB SC 41,0 6,2 40,2 4,7 41,2 -1,6 T2 NS SB CC 34,8 35,5 42,1 42,8 T3 NS CB SC 39,2 8,4 40,6 8,8 40,1 -0,5 T4 NS CB CC 30,8 31,8 36,6 40,6 T5 S SB SC 39,3 10,3 39,0 9,7 41,4 1,4 T6 S SB CC 29,0 29,3 38,6 40,0 T7 S CB SC 38,1 7,8 35,7 5,8 40,8 0,6 T8 S CB CC 30,3 29,9 37,3 40,2
FASE III
TRATAMENTOS Água Bio CM SS ∆t 5 cm ∆t SECM SEL ∆t T1 NS SB SC 42,7 9,2 40,6 7,0 39,5 -0,1 T2 NS SB CC 33,5 33,6 40,5 39,6 T3 NS CB SC 40,1 7,8 39,3 7,3 39,5 2,2 T4 NS CB CC 32,3 32,0 40,2 37,3 T5 S SB SC 41,2 9,2 40,4 9,2 36,8 -1,7 T6 S SB CC 32,0 31,2 39,7 38,5 T7 S CB SC 38,7 6,7 35,2 4,1 38,1 0,3 T8 S CB CC 32,0 31,1 39,2 37,6
FASE IV
TRATAMENTOS Água Bio CM SS ∆t 5 cm ∆t SECM SEL ∆t T1 NS SB SC 49,6 16,1 49,6 15,9 44,2 -0,1 T2 NS SB CC 33,5 33,7 40,6 44,3 T3 NS CB SC 42,9 8,4 41,5 8,8 44,3 0,3 T4 NS CB CC 34,5 32,7 40,5 44,0 T5 S SB SC 49,1 18,2 47,8 16,2 44,1 1,5 T6 S SB CC 30,9 31,6 38,8 42,6 T7 S CB SC 42,2 10,4 35,9 4,6 41,1 0,0 T8 S CB CC 31,8 31,3 38,4 41,1
124
4.7.2. Evapotranspiração da cultura (ETc)
O consumo hídrico das plantas nos estádio de crescimento vegetitivo apical,
crescimento dos ramos laterais e produtivos e florescimento, frutificação e
amadurecimento dos frutos do maracujazeiro amarelo e consumo hídrico total das
plantas foi afetado significativamente pela interação salinidade da água x biofertilizante
bovino x cobertura morta (Apêndice 15).
A Figura 73 evidencia que, durante o estádio de crescimento apical (Fase I), os
consumos hídricos de plantas irrigadas com águas de diferentes conteúdos iônicos
foram semelhantes, estatisticamente. Possivelmente, o curto espaço de tempo de
exposição das plantas aos níveis de sais das águas de irrigação (28 dias) não tenha sido
suficiente para reduzir o potencial osmótico da solução do solo ao nível de interferir na
absorção de água e nutrientes pelas plantas.
Figura 73. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino, sem e com cobertura morta no estádio de crescimento apical das plantas (Fase I). Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey (P < 0,05). DMS = 0,14.
Os mais elevados e baixos consumos hídricos diários foram observados,
respectivamente, nas plantas de maracujazeiro amarelo irrigadas com água não salina no
solo, sem biofertilizante e sem cobertura (3,72 mm dia-1) e nas irrigadas com água
salina, no solo com biofertilizante e com cobertura (2,95 mm dia-1), equivalendo, nas
125
condições de plantios em lisímetros, a uma demanda hídrica diária de 1,06 e 0,84 L
planta-1 nos primeiros dias após iniciada a irrigação com água salina. Em ambas as
situações, ou seja, no cultivo em lisímetro irrigado com águas de baixo e alto teores
salino ou sob cultivo tradicional irrigado com água não salina, o consumo hídrico da
cultura durante o crescimento inicial é baixo. Sousa et al. (2001) relatam que, nos
primeiros 90 dias de idade, o consumo hídrico do maracujazeiro é inferior a 1,10 L
planta dia-1, expressando baixo consumo hídrico.
Com a utilização da cobertura morta, foi evidenciado efeito significativo com as
plantas irrigadas com água de baixa salinidade e sem biofertilizante bovino. A ETc
média verificada foi de 3,16 mm dia-1, com economia hídrica de 15,1% (0,56 mm dia-1
por planta). A mesma tendência de redução na evapotranspiração da cultura ficou
evidenciada nos tratamentos com o uso do biofertilizante bovino, onde esta variável foi
de 3,25 mm dia-1 nas plantas sem cobertura morta e de 2,95 mm dia-1 (9,2% menor) com
o uso da cobertura do substrato. Paiva et al. (2004) e Cavalcante et al. (2005b)
constataram que a cobertura morta mantém o solo mais úmido e menos aquecido,
resultando em redução da evapotranspiração das culturas.
Pela Tabela 4, observa-se que, nos tratamentos com cobertura morta,
independentemente da salinidade da água e da aplicação do biofertilizante, a
temperatura média da superfície (30,6 o C) e à profundidade de 5 cm do substrato (30,7 o
C) foi, em média, no período da Fase I da cultura, 22,9 % e 20,9%, respectivamente,
inferior aos tratamentos sem cobertura do solo. Nos tratamentos com cobertura,
provavelmente, segundo Schöffel (2010), tenha ocorrido uma atenuação na absorção e
reflexão da radiação solar incidente, resultando na redução do balanço de radiação
interna e, consequentemente, numa menor ETc das plantas em comparação com os
tratamentos sem cobertura do solo.
A aplicação do biofertilizante bovino não diferiu estatisticamente nos tratamentos
com água não salina e com cobertura morta e salina e sem cobertura morta. A maior
redução da ETc de 3,41mm dia-1 para 2,90 mm dia-1, com declínio de 14,9%, foi entre
as plantas tratadas com água salina, no solo sem biofertilizante e sem cobertura morta e
os tratamentos com água salina, no solo com biofertilizante e com cobertura morta.
Tendência semelhante foi observada por Sousa et al. (2008) ao constatarem maior
crescimento nas plantas irrigadas com água salina e biofertilizante em relação às plantas
tratadas sem o insumo.
126
Nas plantas irrigadas com água salina, a variabilidade no consumo hídrico foi de
2,90 mm dia-1, nas plantas tratadas com biofertilizante bovino e com cobertura morta, a
3,58 mm dia-1, no solo sem o insumo e sem cobertura. A salinidade exerceu efeito
significativo nos resultados entre plantas dos tratamentos sem e com biofertilizante e
sem e com cobertura, com valores respectivos de 3,35 e 2,90 mm dia-1, com redução de
13,4% na ETc de plantas com o insumo orgânico e com cobertura morta no substrato,
equivalente a uma diminuição no consumo correspondeu a um volume de 4,5 m3 de
água ha-1.
No estádio fenológico de crescimento dos ramos laterais e produtivos do
maracujazeiro amarelo (Fase II), verifica-se, pela Figura 74, que a ETc das plantas
irrigadas com água de alta salinidade foi sensivelmente menor em relação ao consumo
das plantas irrigadas com água não salina. A maior exposição das plantas aos efeitos
deletérios dos sais da água aplicada, nesta fase que foi de intenso crescimento,
aumentou a pressão osmótica na solução do substrato e comprometeu a absorção de
água e nutrientes, com reflexos negativos sobre processos fisiológicos e consumo
hídrico das plantas (AYERS e WESTCOT, 1999; SILVA et al., 2006; TAIZ e ZEIGER,
2008; DIAS; BLANCO, 2010). De acordo com Rhoades e Loveday (1990), altas
concentrações de sais solúveis na zona radicular reduzem o potencial osmótico da água
em relação ao interior das plantas, comprometendo o fluxo de água no sentido solo-
planta e o crescimento vegetativo.
127
Figura 74. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino, sem e com cobertura morta no estádio de crescimento dos ramos laterais e produtivos (Fase II). Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey (P < 0,05). DMS = 0,02.
Nos tratamentos com água não salina, a ETc oscilou de 6,77 mm dia-1 (sem
biofertilizante e com cobertura morta) para 7,99 mm dia-1 (sem biofertilizante e sem
cobertura morta), com redução de 15,3% no consumo hídrico das plantas no solo com
biofertilizante e cobertura. Em trabalho de avaliação da evapotranspiração da cultura do
maracujazeiro amarelo em lisímetros de drenagem e irrigado com água de boa
qualidade, Alencar (2000) verificou valores médios de consumo de 8,50 mm dia-1 no
mesmo estádio fenológico. Esse valor é 6,3% superior ao do tratamento com água não
salina, no solo sem biofertilizante e sem cobertura desta pesquisa. Souza et al. (2009)
verificaram que no estádio de formação da cultura ocorreu uma tendência de aumento
nos valores de ETc do maracujazeiro amarelo cultivado em condições de aridez e em
covas, com média de 5,71 mm dia-1, e, portanto, inferior ao do trabalho em apreço.
A cobertura morta reduziu a ETc das plantas de 7,99 para 6,77 mm dia-1, com
depleção de 15,2%. entre plantas irrigadas com água não salina, no solo sem
biofertilizante e cobertura morta.
A aplicação do biofertilizante bovino nos tratamentos com água salina elevou o
consumo hídrico das plantas no estádio de crescimento dos ramos laterais e produtivos.
128
A evapotranspiração entre plantas sob irrigação com água salina, no solo sem e com
cobertura foi elevada de 6,26 para 6,64 mm dia-1 e de 5,95 para 6,13 mm dia-1, com a
aplicação do biofertilizante, com aumentos de 6,1% e 3,0%, respectivamente. Essa
constatação evidencia que, possivelmente, o efluente orgânico tenha mitigado a
intensidade dos efeitos depressivos dos sais às plantas, por ação de complexas reações
das substâncias húmicas no solo e acúmulo de solutos orgânicos, que mantêm o
potencial osmótico no tecido celular mais baixo que na solução externa, refletindo-se na
capacidade das plantas em absorverem água, conforme dispõem Nardi et al. (2002),
Munns (2005) e Baalousha; Motelica-Heino; Coustumer (2006).
No tocante às plantas submetidas ao estresse salino, a maior economia de água
(7,7%) ocorreu entre os tratamentos com biofertilizante, com consumos hídricos médios
de 6,64 e 6,13 mm dia-1 entre os tratamentos sem e com cobertura do solo. Na fase de
formação vegetativa das plantas de maracujazeiro, em ambas as condições de salinidade
da água de irrigação, a cobertura morta sobre o substrato alterou, em conformidade com
Stone; Moreira (2000) e Cavalcante et al. (2005a), a relação solo-água, com reduções na
taxa de evapotranspiração das plantas e promovendo a manutenção do solo mais úmido.
No período referente à fase II do maracujazeiro amarelo, os tratamentos com água salina
e com cobertura proporcionaram menores gradientes térmicos (Tabela 4), o que se
reflete nos menores valores de ETc.
Na Figura 75, no estádio fenológico correspondente à floração, frutificação e
amadurecimento dos frutos do maracujazeiro amarelo, verificou-se comportamento de
consumo hídrico semelhante à fase vegetativa de crescimento dos ramos laterais e
produtivos. As demandas hídricas das plantas irrigadas com água não salina foram
superiores às das plantas submetidas a estresse salino. Esse comportamento dos dados
está coerente com Letey (1999), Tester e Davenport (2003), Paiva et al. (2004)
Cavalcante et al. (2005a) e Dias e Blanco (2010) ao apresentarem que o aumento da
salinidade da água e do solo compromete o consumo hídrico das plantas, devido às
alterações no potencial osmótico entre os tecidos vegetais e o meio salino, toxicidade
iônica, desequilíbrio na absorção de nutrientes e redução na ETc.
129
Figura 75. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, no solo sem e com biofertilizante bovino, sem e com cobertura morta no estádio de florescimento, frutificação e amadurecimento dos frutos (Fase III). Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,08.
Os valores de ETc das plantas irrigadas com água não salina e salina oscilaram
de 10,47, no solo com biofertilizante e cobertura, para 11,60 mm dia-1, nos tratamentos
sem biofertilizante e sem cobertura do solo, e de 6,53, no solo sem biofertilizante e com
cobertura, para 6,99 mm dia-1, nas plantas com biofertilizante e sem cobertura,
respectivamente. No estádio de floração e frutificação, Silva e Klar (2002) e Souza et al.
(2009) registraram, respectivamente, ETc de 3,21 e 6,95 mm dia-1 em plantas de
maracujazeiro amarelo em cultivo convencional e irrigação com água de boa qualidade.
Neste estado fenológico, a aplicação do biofertilizante bovino reduziu o
consumo hídrico das plantas nos tratamentos com água não salina e sem cobertura
morta. A cobertura morta influenciou positivamente o consumo hídrico nos tratamentos,
com uma variação de 10,33 para 11,60 mm dia-1, ocasionando redução de 10,9% na ETc
entre os tratamentos com água não salina e sem biofertilizante.
A ETc das plantas irrigadas com água salina aumentou de 6,53 (sem
biofertilizante e sem cobertura morta) para 6,99 mm dia-1 (com biofertilizante e sem
cobertura morta). Em termos globais, a depleção no consumo de água pelas plantas
irrigadas com água salina, comparativamente aos tratamentos análogos com água não
salina, foi de 40,8%, 36,8%, 36,7% e 36,5%, respectivamente, para tratamentos no solo
130
sem biofertilizante e sem cobertura, sem biofertilizante e com cobertura, com
biofertilizante e sem cobertura e com biofertilizante e com cobertura. Esses decreptos
confirmam as observações de Alves et al. (2000), Gervásio; Carvalho; Santana (2000),
Dias et al. (2005) e Soares et al. (2008) de que o consumo de água pelas plantas é
sensivelmente reduzido, durante o ciclo produtivo, com o incremento dos níveis de
salinidade da água de irrigação ou do solo.
No estádio de repouso vegetativo após a colheita dos frutos, as interações
salinidade da água x biofertilizante bovino, salinidade da água x cobertura morta e
biofertilizante bovino x cobertura morta exerceram efeitos significativos no consumo
hídrico das plantas (Apêndice 15).
O período de avaliação da Fase IV, equivalente ao repouso vegetativo após a
colheita dos frutos, foi de 21 dias. Nessa fase, observa-se que o biofertilizante exerceu
efeitos significativos, reduzindo o consumo hídrico das plantas irrigadas com água não
salina, de 10,20 para 9,40 mm dia-1, com declínio ou economia de água de 7,8% (Figura
76-A). Os resultados obedeceram à tendência registrada na fase de florescimento e
frutificação (Figura 75).
Nas plantas irrigadas com água salina, o insumo orgânico não revelou efeito
significativo na ETc, mas, comparativamente, as plantas irrigadas com água não salina
tiveram a ETc reduzida em 47,2% e 42,6% em relação à água de maior conteúdo iônico,
respectivamente, no solo sem e com biofertilizante bovino.
Entre as plantas irrigadas com os dois níveis de salinidade da água no solo sem
biofertilizante bovino (Figura 76-A), e sem cobertura morta (Figura 76-B), verifica-se
que o consumo de água das plantas foi reduzido com o incremento da salinidade hídrica
de 10,20 mm dia-1 para 5,40 mm dia-1 e de 10,30 mm dia-1 para 5,60 mm dia-1,
respectivamente. Esse comportamento foi verificado por França e Silva et al. (2005)
com pimentão (Capsicum annuum L.), afirmando que, nesse estádio fenológico, as
plantas têm maior sensibilidade à condição salina da água de irrigação e sofrem redução
na ETc.
131
Figura 76. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino (A), sem e com cobertura morta (B) no estádio de repouso vegetativo após a colheita dos frutos (Fase IV). Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino (A), minúsculas entre diferentes condições de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de cobertura morta e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso de cobertura morta (B) não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,31.
Na Figura 76-B, nos tratamentos com água não salina e salina, cobertura morta
reduziu o consumo hídrico do maracujazeiro amarelo, de forma mais expressiva em
plantas irrigadas com água não salina, em que se observou redução de 8,8% no
consumo hídrico.
De acordo com a Tabela 4, as temperaturas médias na superfície do substrato e a
5 cm de profundidade na Fase IV do maracujazeiro amarelo, nos dois tipos de água de
irrigação, foram sempre menores nos tratamentos com o uso do biofertilizante, com
valores médios respectivos de 38,7o C e 37,1o C nos tratamentos com água não salina e
37,0o C e 33,1o C, com água salina. No solo sem biofertilizante, as temperaturas
variaram de 41,6o C a 41,7o C (água não salina) e de 38,7o C a 37,1o C (água salina) para
superfície do solo e a 5 cm de profundidade, respectivamente. Isso evidencia, pelos
resultados apresentados na Figura 78, que nos tratamentos com menores valores
térmicos se observaram menores consumos hídricos, corroborando com as afirmações
de Oliveira et al. (2002).
Situação semelhante foi verificada na Figura 76-B, onde os menores consumos
hídricos foram verificados nas plantas irrigadas com água salina e com cobertura morta,
consonantes com os menores gradientes de temperaturas na superfície do solo e a 5 cm
de profundidade nos solos com maior teor salino e com prática protetora, evidenciados
132
na Fase IV do maracujazeiro amarelo (Tabela 4) e confirmados por Costa; Melo;
Ferreira (2007).
A ETc na Fase IV das plantas foi afetada significativamente pela interação
biofertilizante e cobertura morta (Apêndice 16).
Nos tratamentos sem biofertilizante, o consumo hídrico das plantas foi reduzido
de 8,3 para 7,5 mm dia-1 entre as plantas do solo apenas sem e com cobertura, com
declínio de 9,6%. No solo com o insumo orgânico, a cobertura morta não interferiu no
consumo hídrico das plantas (Figura 77). Esses dados estão coerentes com as reduções
de temperatura no substrato, como verificados na Tabela 5 em que, com o uso da
cobertura do solo, sem ou com aplicação do insumo orgânico, manteve o substrato
menos aquecido, refletindo a influência da radiação solar na ETc das plantas, como
afirma Schöffel (2010).
Em avaliações de consumo de água de maracujazeiro amarelo sob condições de
lisimetria, com irrigação das plantas com água de boa qualidade, Alencar (2000), nas
condições climáticas de Piracicaba, SP, verificou valores médios de ETc de 4,68 mm
dia-1 aos 196 dias após o transplantio das mudas, inferiores aos observados neste
trabalho.
Figura 77. Consumo hídrico do maracujazeiro amarelo em função da utilização do biofertilizante bovino e cobertura morta no estádio de repouso vegetativo após a colheita dos frutos (Fase IV). Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre diferentes condições do uso da cobertura morta dentro das mesmas condições do uso do biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma condição do uso da cobertura morta dentro de diferentes condições do uso de biofertilizante bovino não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,31.
133
Conforme indicado na Figura 78, o consumo hídrico total, ou ETc acumulada, nas
plantas irrigadas com água não salina foi sensivelmente superior ao das plantas irrigadas
com água salina. Os valores da ETc total no período de 196 dias foram de 1.884,81 mm
(T1 – 531,52 L planta-1), 1.660,28 mm (T2 – 468,20 L planta
-1), 1.774,97 mm (T3 –
500,54 L planta-1), 1.679,15 (T4 – 473,52 L planta-1), 1.206,27 (T5 – 340,17 L planta
-1),
1.135,98 mm (T6 – 320,35 L planta-1), 1.217,32 mm (T7 – 343,29 L planta
-1) e 1.152,11
mm (T8 – 325,27 L planta-1).
Nos tratamentos com água salina, a menor ETc acumulada do maracujazeiro
amarelo, conforme Gervásio; Carvalho; Santana (2000), Gholipoor et al. (2002), Dias et
al. (2005) e Dias e Blanco (2010), é resposta da elevação do conteúdo iônico da água de
irrigação, que expõe o sistema radicial das plantas aos efeitos deletérios dos sais, com
redução do potencial osmótico no interior das células vegetais. Para Figueirêdo et al.
(2009), a depleção da evapotranspiração das culturas ocasionada pela irrigação com
água salina é reflexo da redução no potencial osmótico do solo, formação de crostas na
superfície do solo e efeitos nocivos devido à toxidez de certos sais, como o cloreto de
sódio, e desequilíbrios nutricionais com reduções na área foliar.
De acordo com Tester e Davenport (2003) e Dias e Blanco (2010), em condições
salinas ocorre redução na disponibilidade hídrica às plantas pela redução do
componente osmótico do potencial hídrico do solo. Para Nobre et al. (2010), o aumento
da concentração salina da água de irrigação contribui negativamente para absorção de
água pelas plantas, determinando redução nos processos fotossintéticos, como
observado neste trabalho (Figuras 67 e 70), provocando redução nas variáveis de
crescimento das plantas (Figuras 33, 34, 35-A e 36-A).
134
Figura 78. Consumo hídrico total ou evapotranspiração acumulada da cultura do maracujazeiro amarelo sob condições de irrigação com água não salina e salina, sem e com biofertilizante e cobertura do solo. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas interações água x biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas nas interações água x cobertura do solo dentro de biofertilizante e de mesmas letras gregas entre as águas x biofertilizante, sem ou com cobertura do solo, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 11,09.
Para qualquer tipo de água de irrigação, os dados médios de ETc acumulada ou
consumo hídrico total variaram de 1.135,98 a 1.884,81 mm, superiores aos 645,88 mm
apresentados por Silva e Klar (2002), com maracujazeiro amarelo, cultivado em
Botucatu, SP (22o 51’ S e 48o 26’ W) e com irrigação localizada e coerentes com os
1.489,8 mm obtidos por Souza et al. (2009) com maracujazeiro amarelo, no município
de Pentecoste, CE (3o 45’ S e 39o 15’ W), implantado no espaçamento de 4,0 m x 2,5 m
e irrigado com água de boa qualidade.
A prática da cobertura morta reduziu efetivamente o consumo hídrico das plantas
nos tratamentos. Os valores de ETc acumulada foram reduzidos de 1.884,81 para
1.660,28 mm e de 1.774,97 para 1.679,15 mm, com decréscimos de 11,6% e 5,4% nos
tratamentos com água não salina, no solo sem e com biofertilizante, respectivamente.
Nas plantas irrigadas com água salina, o consumo hídrico total das plantas decresceu
com a cobertura morta, nos tratamentos sem e com biofertilizante, respectivamente, de
1.206,27 para 1.135,98 mm, com decréscimos de 5,8%, e de 1.217,33 para 1.152,11
mm, com redução de 5,4%, o que foi observado também por Paiva et al. (2004) em
cultivos sob estresse salino da água de irrigação.
135
4.7.3. Evapotranspiração de referência (ET0) e coeficientes de cultivo (Kc)
Os dados da evaporação do tanque Classe “A” e evapotranspiração de referência
(ET0) para períodos fenológicos do maracujazeiro amarelo e totais, por 196 dias de
avaliação, estão contidos na Tabela 5.
Tabela 5. Evaporação do tanque Classe “A” (ECA), evapotranspiração de referência (ET0) e valores médios de ECA e ET0 nas distintas fases fenológicas do maracujazeiro amarelo no período de setembro de 2009 a abril de 2010 no Sítio Macaquinhos, Remígio, PB.
FASES
DURAÇÃO
(dias)
ECA (mm)
ECA Média (mm dia-1)
ET0
(mm)
ET0 Média (mm dia-1)
I 28 206,36 7,37 154,77 5,53 II 42 329,56 7,85 247,17 5,89 III 105 718,57 6,84 538,93 5,13 IV 21 136,64 6,51 102,48 4,88
TOTAL 196 1.391,13 - 1.043,35 - I = crescimento vegetativo apical; II = crescimento dos ramos laterais e produtivos ; III = floração e frutificação; IV = encerramento da fase produtiva.
Os valores médios de ECA variaram de 6,51 a 7,85 mm dia-1, sendo registrada,
consequentemente, uma amplitude de ET0, que servirá de base para as determinações
dos coeficientes de cultivo (Kc) em cada fase fenológica do maracujazeiro amarelo, de
4,88 a 5,89 mm dia-1.
O coeficiente de cultivo das plantas no estádio de crescimento apical foi
influenciado significativamente pela salinidade da água e cobertura morta, isoladamente
(Apêndice 16).
No estádio fenológico de crescimento apical (Fase I), os coeficientes de cultivo
foram reduzidos no solo com biofertilizante (Figura 79-A) e com cobertura morta
(Figura 79-B). A redução de 0,62 para 0,55 e de 0,63 para 0,56, expressam reduções de
11,3 e 11,1%, no solo sem e com biofertilizante e sem e com cobertura,
respectivamente. No mesmo estádio fenológico do maracujazeiro amarelo, os valores
superaram o Kc de 0,41 obtido por Alencar (2000), estando na mesma ordem de 0,55;
0,60; 0,69 apresentados por Silva e Klar (2002), Silva et al. (2006), Souza et al. (2009),
respectivamente, em cultivo convencional sob irrigação localizada com água de boa
qualidade.
136
Figura 79. Valores médios dos coeficientes de cultivo (Kc) de maracujazeiro amarelo no estádio de crescimento apical (Fase I) no solo sem e com biofertilizante bovino (A), sem e com cobertura morta (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,02.
Os coeficientes de cultivo das plantas nos estádios de crescimento dos ramos
laterais e produtivos e floração e frutificação foram influenciados significativamente
pela interação salinidade da água x biofertilizante bovino x cobertura morta (Apêndice
16).
No estádio de crescimento dos ramos laterais e produtivos (Fase II), os Kc das
plantas irrigadas com água de condutividade elétrica de 4,5 dS m-1 foram
significativamente menores em relação aos das plantas irrigadas com água não salina
(Figura 80-A). A tendência dos resultados está em acordo com Munns e Tester (2008)
de que o estresse salino compromete o crescimento e o consumo de água pelas plantas
glicófitas, em geral.
Nos tratamentos com água não salina, os coeficientes de cultivo da Fase II entre
as plantas variaram de 1,23, no solo com biofertilizante e com cobertura, a 1,35, no solo
sem biofertilizante e sem cobertura, evidenciando redução dos valores médios do Kc
com o uso da cobertura do solo. Coerentemente com o observado nos valores de ETc da
Figura 73, o uso do biofertilizante incrementou em 6,9% o Kc neste estádio fenológico
nas plantas com cobertura morta. Nesta fase fenológica do maracujazeiro amarelo em
plantas irrigadas com água não salina, em condições de lisimetria, Silva e Klar (2006) e
Freire et al. (2011) verificaram valores de Kc, respectivamente, de 0,90 e de 0,87 a 0,98.
137
Figura 80. Coeficientes de cultivo de maracujazeiro amarelo, nos estádios fenológicos de crescimento dos ramos laterais e produtivos (Fase II) (A) e floração e frutificação (Fase III) (B), sob irrigação com água não salina e salina, sem e com biofertilizante e cobertura morta. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,01.
Os valores de Kc do maracujazeiro amarelo submetido à irrigação com água
salinas oscilaram de 1,01 a 1,13, com maior valor médio em plantas tratadas com o
biofertilizante bovino no solo sem cobertura morta. Esses resultados são superiores à
amplitude de 0,78 a 0,91 registrada por Freire et al. (2011) em plantas cultivadas em
ambiente de lisimetria, com água de mesma salinidade, com uso de biofertilizante
bovino e sem cobertura morta.
No estádio fenológico de floração, frutificação e amadurecimento dos frutos, os
valores de Kc de plantas irrigadas com água não salina no solo sem ou com
biofertilizante bovino e sem ou com cobertura morta, em geral foram superiores a 2,00
(Figura 80-B). Esses valores são marcadamente elevados em comparação com os
obtidos em cultivos convencionais irrigados com água não salina por Alencar (2000),
Silva e Klar (2002), Correia (2004) e Souza et al. (2009), respectivamente, 1,10; 1,12;
1,12 e 1,08. Nestas condições, durante a fase reprodutiva a quantidade de água
requerida foi alta, situando-se entre 10,33 e 11,60 mm dia-1 e valores médios da ET0 de
5,13 mm dia-1, conforme se observa na Figura 79 e Tabela 6, entretanto com a redução
das condições térmicas do ar e no ambiente dos lisímetros (Tabela 5) o Kc se elevou
para valores entre 2,01 (solo sem biofertilizante e com cobertura morta) e 2,26 (solo
sem biofertilizante e sem cobertura morta). A cobertura morta reduziu
138
significativamente os valores de Kc, sem ou com aplicação do insumo orgânico,
consoante se observou na fase fenológica de crescimento apical.
Na Fase IV do maracujazeiro amarelo, os coeficientes de cultivos foram afetados
significativamente pelas interações salinidade da água x biofertilizante bovino e
salinidade da água x cobertura morta (Apêndice 16).
Os valores de coeficientes de cultivo do maracujazeiro amarelo na Fase IV nas
condições de irrigação com água não salina foram superiores aos das plantas com água
salina, sem ou com biofertilizante bovino (Figura 81).
Pelos valores referentes à interação tipo de água x biofertilizante (Figura 81-A),
a irrigação com água salina reduziu o Kc de 2,10 para 1,10 no solo sem e de 1,92 para
1,10 no solo com o insumo orgânico, com declínios percentuais de 47,6% e 42,7%,
respectivamente. Quanto á interação salinidade da água x cobertura do solo, as redução
dos Kc com a elevação do teor salino da água de irrigação, os declínios foram de 45,7%
e 44%, respectivamente, no solo sem e com cobertura (Figura 81-B).
Figura 81. Coeficiente de cultivo (Kc) no estádio de repouso vegetativo após a colheita dos frutos de plantas irrigadas com água não salina e salina, sem e com biofertilizante bovino (A), sem e com cobertura morta (B). Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino (A), minúsculas entre diferentes condições de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de cobertura morta e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso de cobertura morta (B) não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,06.
Os dados de Kc das plantas, aos 196 dias após o início dos tratamentos, irrigadas
com águas não salina, tanto no solo sem e com biofertilizante, como sem e com
cobertura, com variações de 1,91 a 2,10 são, expressivamente, superiores ao valor
médio de 1,18 obtidos por Silva e Klar (2002), em plantas com idade entre 180 e 210
139
dias após o transplantio, sob irrigação com água sem restrição à cultura e cultivo
convencional, isto é, em covas de 0,4 m x 0,4 m x 0,4 m.
4.7.4. Condutividade elétrica da suspensão lixiviada (CESL)
A interação salinidade da água, biofertilizante bovino e cobertura morta exerceu
ação significativa na condutividade elétrica das suspensões lixiviadas (CESL) (Apêndice
18).
A CESL variou de 4,4 a 5,7 dS m-1 e de 21,7 a 21,8 dS m-1 entre os tratamentos
irrigados com água não salina e salina, no solo sem biofertilizante, sem e com cobertura,
respectivamente (Figura 82). A tendência dos dados está coerente com a observada por
Pessoa et al. (2010), evidenciando, conforme afirmações de Medeiros et al. (2010), a
importância da fração de lixiviação na tentativa de reduzir a intensidade do estresse
provocado pela irrigação com águas salinas.
Figura 82. Condutividade elétrica da suspensão lixiviada (CESL) nos lisímetros cultivados com maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, sem e com biofertilizante, sem e com cobertura morta. Médias seguidas de mesmas letras, maiúsculas nas mesmas condições de salinidade da água e de uso de biofertilizante dentro de cobertura morta; minúsculas mesmas condições de salinidade da água e de uso de cobertura morta e mesmas letras gregas entre diferentes condições de salinidade da água e mesmas condições de uso do biofertilizante e cobertura morta, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 0,35.
Exceto na suspensão drenada dos tratamentos irrigados com água salina no solo
com cobertura, a aplicação do biofertilizante bovino não exerceu efeitos significativos
140
entre os valores da CESL. No solo com o insumo orgânico, a cobertura reduziu os
valores da CESL de 21,9 a 19,8 dS m-1, correspondendo a um decréscimo de 8,8% nos
sais lixiviados.
Exceto nos tratamentos com água salina, no solo sem biofertilizante, a cobertura
morta reduziu a salinidade na suspensão drenada, de forma mais acentuada nos
tratamentos com água salina e sem biofertilizante (22,8%). Provavelmente, tais efeitos
tenham sido motivados por essa prática manter o solo mais úmido e menos aquecido,
resultando em efeito diluidor, com menor lixiviação de sais na suspensão excedente
(CAVALCANTE et al., 2005a).
4.8. Produção
4.8.1. Abscisão das flores do maracujazeiro amarelo
As fontes de variação salinidade da água e cobertura morta exerceram efeitos
significativos na abscisão das flores do maracujazeiro amarelo (Apêndice 17).
Pelos resultados apresentados na Figura 83, constatam-se elevados valores de
abscisão das flores do maracujazeiro amarelo, com maior expressividade nas plantas
irrigadas com água salina e nos cultivos sem cobertura morta.
Figura 83. Abscisão floral em plantas de maracujazeiro amarelo irrigadas com água de baixa e alta salinidade (A), sem e com cobertura morta (B). Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 2,67.
O aumento do teor de salinidade da água de irrigação de 0,5 para 4,5 dS m-1
resultou no abortamento de flores de 69,8% para 83,9%, com incremento de 20,2%
141
(Figura 83-A). A cobertura morta reduziu as perdas de flores de 79,6% para 74,0% em
relação às plantas dos tratamentos sem cobertura.
Esses valores de abortamento de flores em maracujazeiro amarelo são
excessivamente elevados e se refletem nas perdas de produção por planta e, com efeito,
no rendimento por área da cultura. Possivelmente a elevada temperatura (Figura 2-B e
Tabela 5) e a baixa umidade relativa do ar no horário de abertura das flores, entre 11 e
16 horas, tenham comprometido a mobilidade dos grãos de pólen, sem fecundação das
flores sob polinização pelas mamangavas (Xylocopa spp) ou manual, tenham favorecido
a abscisão das flores, pois, mesmo mantendo o teor adequado de umidade no solo, esses
fatores climáticos podem ter reduzido o teor de umidade do grão de pólen. Para
Utsunomiya (1992), temperaturas mais elevadas podem provocar a queda de frutos pela
inibição da fertilidade do óvulo, ou posteriormente, por ocasião do deenvolvimento da
semente, resultando em um menor número de sementes por fruto. Apesar o
desenvolvimento vigoroso, temperaturas superiores a 33 oC afetam negativamente o
crescimento e o peso dos frutos, além do rendimento em volume de suco.
As altas temperaturas médias diárias durante a floração e formação dos frutos
contribuíram no aumento da abscisão de flores e frutos de todos os tratamentos, com
maior expressividade nas plantas irrigadas com água salina. As abscisões médias de
flores e frutos nos tratamentos foram de 73,0% (T1), 70,4% (T2), 71,3% (T3), 70,1%
(T4), 88,2% (T5), 80,8% (T6), 86,0% (T7) e 80,4% (T8). Menzel e Simpson (1994)
relatam que dias com temperaturas máximas de 36o C afetam a germinação do grão-de-
polen, refletem na baixa umidade do estigma, resultando em baixo pegamento dos
frutos do maracujazeiro amarelo. Para Ferreira e Albuquerque (1990), as elevadas
temperaturas noturnas que se verificam na região semiárida do Nordeste brasileiro
podem se constituir no fator indutor da elevada abscisão floral em plantas, devido à
redução do teor de prolina nos polens.
Campos et al. (2010) afirmam que altas temperaturas durante o florescimento
reduzem o pegamento floral de glicófitas, prejudicando a floração e a produção final e
que temperaturas superiores a 35oC acarretam prejuízos ao desenvolvimento do cultivo,
pois provocam aborto espontâneo das flores.
142
4.8.2. Número de frutos por planta
O número de frutos por planta foi significativamente influenciado pelas
interações salinidade da água x biofertilizante e salinidade da água x cobertura morta
(Apêndice 17).
O aumento da salinidade da água prejudicou o número de frutos colhidos por
planta (Figura 84). Ao considerar a redução de 37 para 21 e de 43 para 24 frutos por
planta nos tratamentos com água não salina e salina, no solo sem e com biofertilizante,
respectivamente, na Figura 84-A, constata-se que o insumo orgânico atenuou o efeito
salino da água na perda de rendimento do maracujazeiro amarelo.
Figura 84. Número de frutos por planta de maracujazeiro amarelo irrigados com água não salina e salina em lisímetros sem e com biofertilizante bovino (A), sem e com cobertura morta (B). Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições de salinidade da água x sem ou com biofertilizante e maiúsculas nas interações da mesma salinidade da água x sem e com biofertilizante (A) e minúsculas entre condições de salinidade da água x sem ou com cobertura do solo e maiúsculas nas interações da mesma salinidade da água x sem e com cobertura do solo (B) não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 1,43.
As perdas entre as plantas irrigadas com água de boa qualidade e salina foram
de 43,2 e 44,2%, respectivamente, entre os tratamentos sem e com biofertilizante. Os
aumentos de 37 para 43 e de 21 para 24 frutos por planta entre as plantas irrigadas com
água não salina e salina, no solo sem e com biofertilizante, respectivamente, expressam
baixos incrementos percentuais de 16,2% e 14,3%. Com isso, os resultados são
marcadamente baixos, mesmo no tratamento mais significativo, correspondendo a
47.778 frutos por hectare, cerca de 51% do total de frutos obtido por Nascimento (2010)
em plantas irrigadas com água não salina e com biofertilizante bovino em condições de
143
campo, mas superior aos 46.300 frutos por hectare obtido por Soares et al. (2008) com
plantas irrigadas com água com 0,2 dS m-1 de condutividade elétrica.
Nas plantas irrigadas com água salina, nos tratamentos com aplicação do
biofertilizante bovino, a produção de frutos por planta é inferior aos 35 frutos por planta
apresentados por Soares et al. (2008) em plantio irrigado com água de 5,0 dS m-1 de
condutividade elétrica. Nas condições de uso do biofertilizante bovino, as plantas
irrigadas com água não salina superaram a produção de frutos das plantas sob estresse
salino em 79,2%.
Comportamento semelhante foi registrado para o número de frutos por planta
sob irrigação com água não salina e salina, no solo sem e com cobertura morta (Figura
84-B). Os valores são da mesma ordem dos obtidos em função da salinidade da água x
biofertilizante bovino, com uma variação entre 39 a 41 frutos por planta, nos
tratamentos com água não salina e sem cobertura morta, e 20 a 25 frutos por planta nas
plantas irrigadas com água salina no solo com cobertura.
As plantas dos tratamentos no solo sem e com cobertura morta tiveram o número
de frutos reduzidos de 39 para 20 e de 41 para 21 frutos por planta, respectivamente, nas
plantas irrigadas com água de baixa e elata salinidade. Esses resultados expressam que a
água salina provocou perdas de 48,7% e 39,1% nas plantas do solo sem e com
cobertura, respectivamente.
4.8.3. Massa média dos frutos
A massa média dos frutos foi influenciada significativamente pela interação
salinidade da água x biofertilizante bovino (Apêndice 17).
Pela Figura 85, observa-se supremacia da massa média dos frutos provenientes
de plantas tratadas com biofertilizante bovino, nos dois níveis de salinidade da água de
irrigação. A massa média dos frutos foi elevada significativamente de 182,3 g para
195,6 g entre as plantas irrigadas com água não salina com o uso do biofertilizante, com
acréscimos médios por unidade de 7,3%. Os efeitos positivos dos teores de K na massa
média dos frutos (LIMA; BORGES, 2004) foram ratificados com os resultados
apresentados na Figura 42, onde as plantas dos tratamentos com biofertilizante bovino
possuíram maior teor deste nutriente.
144
Esses resultados superaram a amplitude de 139,8 a 193,7 g obtida por Freire et
al. (2010a) com frutos de maracujazeiro amarelo irrigado com água de 0,5 dS m-1,
inferiores à variação de 191,0 a 228,0 obtida por Araújo et al. (2006) e por Campos et
al. (2007) em cultivos irrigado com água de boa qualidade e adubação potássica, e
também inferiores à variação de 199,1 a 239,7 obtida por Nascimento (2010) em plantas
tratadas com biofertilizante, mas se enquadram nos valores médios de 178,0 g por fruto
obtidos por Rodrigues et al. (2008).
Figura 85. Massa média dos frutos do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, em substrato sem e com biofertilizante. Médias seguidas de mesmas letras, minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS = 11,52.
O aumento do teor salino da água de irrigação resultou na perda de 182,3 para
141,3 g por fruto no solo sem biofertilizante e de 195,6 para 154,8 g, com perdas de
22,5% e 20,8%, respectivamente, mas, com menor intensidade nos tratamentos com
biofertilizante bovino, evidenciando a atenuação do estresse salino das plantas na massa
média dos frutos pelo insumo orgânico. Resultados semelhantes foram obtidos por
Cavalcante et al. (2005b) ao verificarem que o aumento da salinidade reduz a massa
média dos frutos do maracujazeiro amarelo.
Apesar da água salina induzir as plantas a produzirem frutos com menor massa
média, em relação às irrigadas com água de boa qualidade, os valores variaram de 141,3
a 154,8 g por fruto. Esses valores, são inferiores à média de 200 g por fruto, exigida
pelo mercado consumidor dos grandes centros comerciais do Brasil, como apresentam
Meletti et al. (2002), para a região Sudeste, e Freire et al. (2010a) para o Nordeste.
145
Os resultados obtidos com água de salinidade elevada foram superiores aos
117,3 g registrados por Costa et al. (2001), em plantas irrigadas com água de alta
salinidade, e aos 122 g por fruto apresentados por Cavalcante et al. (2002a) em
maracujazeiro amarelo irrigado com água salina de 3,2 e 2,5 dS m-1, respectivamente.
Entretanto, foram inferiores à variação de 184 a 195 g por fruto apresentada por
Nascimento (2010) em maracujazeiro amarelo sob irrigação com água de alta salinidade
(3,8 dS m-1).
4.8.4. Produção de frutos por planta
A cobertura do solo e a interação salinidade da água x biofertilizante bovino
exerceram efeitos significativos na produção de frutos por planta (Apêndice 17).
Nas plantas do solo com cobertura morta, a produção de frutos por planta foi de
5,75 kg, correspondente a uma produtividade estimada de 6,4 t ha-1, contra 5,03 kg nas
plantas sem cobertura morta, equivalendo ao rendimento de 5,6 t ha-1, com
superioridade de 14,3% (Figura 86-A).
Figura 86. Efeitos na produção por planta em solo sem e com cobertura (A) e de maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina e salina, em substrato sem e com biofertilizante (B). Médias seguidas de mesmas letras (A), mesmas letras minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de biofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino (B) não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS (A) = 0,29; DMS (B) = 0,42.
As plantas dos tratamentos com água não salina e biofertilizante produziram, em
média, 8,28 kg, superando os 6,77 kg planta-1 obtidos no solo sem o insumo, resultando
146
em produtividades de 9,2 e 7,5 t ha-1 e superioridade de 22,3% com relação à produção
das plantas no solo sem biofertilizante (Figura 86-B). As mais elevadas eficiência
fotossintética, fotossíntese líquida e clorofila total nas plantas irrigadas com água não
salina, com biofertilizante e uso de cobertura morta, relatadas nas figuras 63-B, 67 e 70,
respectivamente, resultaram em maior produção de fotoassimilados (TAIZ e ZEIGHER,
2008), proporcionando maior produção de frutos por planta nessas condições.
O aumento da salinidade da água comprometeu a capacidade produtiva do
maracujazeiro amarelo de 6,77 para 2,91 kg planta-1 no solo sem biofertilizante e de
8,28 para 3,61 kg planta-1 nos tratamentos com o insumo. Os declínios expressam
perdas de 57,0 e 56,4% entre as plantas do solo sem e com biofertilizante. Em quaisquer
das situações, os rendimentos são significativamente baixos em relação às 11 t ha-1
obtidas na região Nordeste e às 17 t ha-1 referentes à média nacional (AGRIANUAL,
2009). As baixas produtividades são devidas ao efeito negativo da salinidade da água de
irrigação e, também, em razão das altas temperaturas do solo (Tabela 4). Essas
inconveniências, provavelmente, também estimularam o aumento das abscisões das
flores, resultando em menores número de frutos por planta (Figura 84), massa média
dos frutos (Figura 85) e baixos rendimentos ao final (Figura 86).
Nas plantas irrigadas com água de 0,5 dS m-1, as produções por planta
apresentadas são inferiores às registradas por Rodrigues et al. (2009b) e Nascimento
(2010). Com a utilização de biofertilizante comum e supermagro, Rodolfo Junior et al.
(2009) observaram valores entre 7,7 e 15,5 kg planta-1. Em plantios irrigados com água
moderadamente salina, Cavalcante et al. (2005b) registraram a variação da produção
por planta de 4,5 a 7,1 kg, utilizando o volume de 5 L de água dia-1, e de 4,9 a 7,6 kg,
com o volume de 10 L de água dia-1, valores próximos aos verificados neste trabalho.
4.9. Eficiência agronômica do uso de água (EAUA)
A cobertura morta e a interação salinidade da água x biofertilizante exerceram
efeitos significativos na eficiência do uso de água pelas plantas (Apêndice 18).
Pelos resultados apresentados na Figura 87-A, a EAUA foi elevada de 0,011
para 0,013 kg L-1, correspondente às produções de 12,22 kg ha-1 L-1 e 14,33 kg ha-1 L-1,
entre as plantas dos tratamentos sem e com cobertura no solo. Esses resultados indicam
que, para se produzir 1,0 kg de fruto são exigidos 90,9 e 76,9 L de água,
147
respectivamente. Comparativamente à variação de rendimento de 12,22 a 14,33 kg ha-1
L-1, esses resultados são bastante inferiores à amplitude de 19,64 a 35,87 kg ha-1 mm-1
obtida por Martins (1998) após avaliar os efeitos do nitrogênio e potássio na EAUA por
plantas de maracujazeiro amarelo, entretanto, dentro da variação de 7,85 a 18,25 kg ha-1
L-1 e 10,19 e 34,05 kg ha-1 L-1 obtida por Sousa et al. (2005) com maracujazeiro
amarelo, implantado no espaçamento de 3,5m x 4,0 m, em covas de formato cilíndrico
com 1,0 m de diâmetro e 0,5 m de profundidade, adubadas por fertirrigação com níveis
de potássio de 0,0 a 0,9 kg planta-1 ano-1 .
Figura 87. Eficiência agronômica de uso de água (EAUA) em maracujazeiro amarelo no solo sem e com cobertura (A) e sob condições de salinidade da água de irrigação, no solo sem e com biofertilizante bovino (B). Médias seguidas de mesmas letras (A), mesmas letras minúsculas entre condições diferentes de salinidade da água dentro das mesmas condições do uso de bi ofertilizante bovino e maiúsculas entre a mesma salinidade da água dentro de diferentes condições do uso do biofertilizante bovino (B) não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05). DMS (A) = 0,0008; DMS (B) = 0,0012.
A superioridade dos resultados dos tratamentos com cobertura morta está
coerente com Mishra; Rathore; Tomar (1995), Saeed e El-Nadi (1997) e Hatfield;
Sauer; Prueger (2001) ao concluírem que o aumento da produtividade e,
consequentemente, da EAUA se dão em função da adequada distribuição de água e da
manutenção dos teores de umidade no solo ao longo do ciclo da cultura, como expressa
a cobertura morta.
Na Figura 87-B, percebe-se que o aumento do teor salino da água de irrigação
comprometeu a eficiência agronômica do uso de água de plantas, nos tratamentos sem e
com aplicação do efluente orgânico. Os valores médios de EAUA de plantas irrigadas
com água não salina e salina, no solo sem biofertilizante bovino, foram,
148
respectivamente, de 0,013 kg L-1 (14,33 kg ha-1 L-1) e 0,007 kg L-1 (7,23 kg ha-1 L-1),
confirmando as observações de Gholipoor et al. (2002) de que a eficiência agronômica
do uso de água das plantas é reduzida com o incremento da salinidade no solo. Para
Grattan e Grieve (1999) e Lacerda (2005), a redução no crescimento das plantas pode
influenciar negativamente na eficiência dos nutrientes aplicados e resultar em prejuízo
na eficiência agronômica do uso de água.
O biofertilizante bovino influenciou positivamente na eficiência do uso de água
pelas plantas irrigadas em ambos os níveis de salinidade, com valores de 0,017 kg L-1
(18,69 kg ha-1 L-1) e 0,009 kg L-1 (10,33 kg ha-1 L-1), para maracujazeiro amarelo
irrigados com água não salina e salina, respectivamente. Pelos resultados, observa-se
que a biofertilização, mesmo de forma modesta, exerceu efeito sobre a EAUA por
aumentar a eficiência fisiológica da planta (HATFIELD; SAUER; PRUEGER, 2001).
Em trabalho avaliativo da EAUA do maracujazeiro amarelo com quatro níveis de
irrigação associados a doses de potássio, Sousa et al. (2005) verificaram uma amplitude
de 0,01 kg L-1 (7,85 kg ha-1 L-1) a 0,048 kg L-1 (34,05 kg ha-1 L-1), com dotação hídrica
entre 926,76 e 2.706,3 L planta-1 ano-1, e, portanto, expressivamente superiores aos
dados apresentados.
149
5. CONCLUSÕES
1. A irrigação com água salina eleva a capacidade de troca catiônica e, conjuntamente
com o biofertilizante, aumenta os teores de potássio, cálcio e sódio no solo;
2. A água salina e o biofertilizante incrementam e a cobertura morta reduz a
condutividade elétrica e a percentagem de sódio trocável do solo;
3. O biofertilizante estimula o crescimento das plantas irrigadas com água não salina e
salina;
4. No início da floração, as plantas dos tratamentos com biofertilizante estão
adequadamente supridas em nitrogênio, potássio, magnésio, enxofre, cobre, manganês e
zinco;
5. A irrigação com água salina eleva os teores de sódio na matéria seca foliar e provoca
desequilíbrio na acumulação foliar de potássio, cálcio e magnésio;
6. A atividade fotoquímica do fotossistema II (Fv/Fm) é inibida nas plantas sob estresse
salino;
7. O estresse salino reduz a fotossíntese líquida e o biofertilizante bovino atenua os
efeitos depressivos dos sais nos teores dos pigmentos clorofilianos e carotenóides do
maracujazeiro amarelo;
8. O aumento do teor salino da água de irrigação compromete a massa média dos frutos
e a produção da cultura, mas com menor intensidade nos tratamentos com biofertilizante
bovino;
9. A elevada abscisão das flores resulta na baixa produtividade das plantas, com maiores
prejuízos nos tratamentos com água salina, no solo sem biofertilizante e sem cobertura
morta;
10. O consumo hídrico é reduzido nas plantas sob estresse salino;
11. O biofertilizante e a cobertura morta elevam a eficiência agronômica do uso de água
pelas plantas.
150
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABDEL-LATIF, A. Phosphoenolpyruvate carboxylase activity of wheat and maize seedlings subjected salt stress. Australian Journal of Basic and Applied Sciences, Punjab, v. 2, n. 1, p. 37 – 41, 2008.
ABREU, C. A.; LOPES, A. S.; SANTOS, G. C. G. Micronutrientes. In: NOVAIS, R. F.; ALVAREZ V., V. H.; BARROS, N. F.; FONTES, R. L. F.; CANTARUTTI, R. B.; NEVES, J. C. L. (ed.). Fertilidade do Solo. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2007. p. 645 – 736.
AGRIANUAL. Anuário da Agricultura Brasileira. IFNP: São Paulo, 2009.
ALENCAR, C.M. Consumo de água do maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims var flavicarpa Deg). 2000. 49f. Dissertação (Mestrado em Agronomia)- Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2000.
ALLAKHVERDIEV, S. I.; SAKAMOTO, A.; NISHIYAMA, Y.; INABA, M.; MURATA, N. Ionic and osmotic effects of NaCl-induced inactivation of photosystems I and II in Synechococcus sp. Plant Physiology, Rockville, v. 123, n. 3, p. 1047 – 1056, 2000.
ALVAREZ PIZARRO, J. C. Caracteres fisiológicos e bioquímicos da tolerância à salinidade em clones de cajueiro anão-precoce. 2006. 135f. Dissertação (Mestrado em Bioquímica). Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2006.
ALVES, L. P.; MEDEIROS, J. F.; BARROS, A. D.; LEVIEN, S. L. A.; LISBOA, R. A.; SILVA JÚNIOR, M. J. Balanço hídrico da cultura do melão submetido à aplicação de diferentes níveis da salinidade da água de irrigação e tipos de manejo. In: SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE, 5, 2000, Natal. Anais... Natal: ABRH, 2000. v. 2, p. 209 – 218.
ALVES, S. B.; LOPES, R. B.; TAMAI, M. A. Microrganismos como agentes de controle biológico. Citricultura Atual, Cordeirópolis, v. 2, n. 23, p. 16 – 17, 2001.
AMARANTE, C. V. T.; BISOGNIN, D. A.; STEFFENS, C. A.; ZANARDI, O. Z.; ALVES, E. O. Quantificação não destrutiva de clorofilas em folhas através de método colorimétrico. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 26, n. 4, p. 471 – 475, 2008.
AMORIM, J. R. A.; FERNANDES, P. D.; GHEYI, H. R.; AZEVEDO, N. C. Efeito da salinidade e modo de aplicação da água de irrigação no crescimento e produção do alho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 27, n. 2, p. 167 – 176, 2002.
ANDRADE, J. R.; MEDEIROS, I. F. S.; SILVA, S. F.; COSTA, C. L. L.; ANDRADE, R. Comportamento do maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims. f. flavicarpa Deg.) em função de diferentes fontes de dubação orgânica. Revista Verde de Agroecologia, Mossoró, v. 4, n. 1, p. 24 – 27, 2009.
ANDRADE, R. Resposta do maracujazeiro amarelo ao manejo e salinidade da água de irrigação em um solo não salino. Areia. 1998. 60f. (Dissertação Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Manejo de Solo e Água. Centro de Ciências Agrárias. Universidade
151
Federal da Paraíba. Areia.
ANDRADE, R. S.; MOREIRA, J. A. A.; STONE, L. F.; CARVALHO, J. A. Consumo relativo de água do feijoeiro no plantio direto em função da porcentagem de cobertura morta do solo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 6, n. 1, p. 35 – 38, 2002.
ANJOS, O. O. Substâncias húmicas no metabolismo do nitrogênio em plantas de rúcula (Eruca sativa Miller). 2010. 54 f. Dissertação (Mestrado). Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, 2010.
ARAÚJO, D. C.; SÁ, J. R.; LIMA, E. M.; CAVALCANTE, L. F.; BRUNO, G. B.; BRUNO, R. L. A.; QUEIROS, M. S.. Efeito do volume de água e da cobertura morta sobre o crescimento inicial do maracujazeiro amarelo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.4, n.1, p.121 – 124, 2000.
ARAÚJO, D. L.; ALVES, A. S.; ANDRADE, R.; SANTOS, J. G. R.; COSTA, C. L. L. Comportamento do maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis f. Sims flavicarpa Deg.) sob diferentes dosagens de biofertilizante e intervalos de aplicação. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, v. 3, n. 4, p. 98 – 109, 2008.
ARAÚJO, R. C.; BRUCKNER, C. H.; MARTINEZ, H. E. P.; SALOMÃO, L. C. C.; ALVAREZ, V. H.; SOUZA, A. P.; PEREIRA, W. E.; HIMUZI, S. Quality of yellow passionfruit (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.) as affected by potassium nutricion. Fruits. Paris, v. 61, n. 2, p. 109 – 115, 2006.
ARAÚJO, W. F.; COSTA, S. A. A.; SANTOS, A. E. dos. Comparação entre métodos de estimativa da evapotranspiração de referência (ET0) para Boa Vista, RR. Revista Caatinga, Mossoró, v. 20, n. 4, p.84 – 88, 2007.
ARNON, D. I. Copper enzymes in isolated chloroplasts: polyphenoloxidases in Beta vulgaris. Plant Physiology, Rockville, p. 1 – 15, 1949.
ARRUDA, F. P.; ANDRADE, A. P.; SILVA, I. F.; GUIMARÃES, M. A. M. Efeito do estresse hídrico na emissão/abscisão de estruturas reprodutivas do algodoeiro herbáceo CV. CNPA 7H. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 6, n.1, p. 21 – 27, 2002.
ASHRAF M.; HARRIS, P. J. C. Potential biochemical indicators of salinity tolerance in plants. Plant Science, v. 166, n. 1, p. 3 – 16, 2004.
AULAR, J. Características físicas del fruto y de la pulpa el julgo de la parchita según el estado de coloración. Bioagro, Barquisimeto,v. 7, n. 1, p. 17 – 21, 1995.
AYERS, R. S.; WESTCOT, D. W. A qualidade da água na agricultura. Campina Grande: UFPB, 1999. p. 1 – 158, (FAO: Drainage paper, 29).
AZEVEDO NETO, A. D.; TABOSA, J. N. Estresse salino em plântulas de milho: Parte II distribuição dos macronutrientes catiônicos e suas relações com o sódio. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 4, n. 2, p. 165 – 171, 2000.
BAALOUSHA, M.; MOTELICA-HEINO, M.; COUSTUMER, P. Conformation and size of
152
humic substances: effects of major cátion concentration and type, pH, salinity, and resistence time. Coloids and Surface A: Physicochemical Engineering Asppects, Strasbourg, v. 272, n. 1, p.48 – 55, 2006.
BACK, A. J. Variação da evapotranspiração de referência calculada em diferentes intervalos de tempo. Engenharia Agrícola, Jaboticabal. v. 27, n. 1, p. 139 – 145. 2007.
BAAGHALIAN, K.; HAGHIRY, A.; NAGHAVI, M. R.; MOHAMMADI, A. Effect of saline irrigation water on agronomical and phytochemical characters of chamomile (Matricaria recutita L.). Scientia Horticulturae, v. 116, p. 437 – 441, 2008.
BAKER, N. R.; ROSENQVST, E. Applications of chlorophyll fluorescence can improve crop production strategies: an examination of future possibilities. Journal of Experimental Botany, Oxford, v. 55, p. 1607 – 1621, 2004.
BANZATTO, D. A.; KRONKA, S. N. Experimentação Agrícola. Jaboticabal: FUNEP, 2006, 247 p.
BAR, Y.; APELBAUN, A.; KAFKAFI, U.; GOREN, R. Relationship between chloride and nitrate and its effect on growth and mineral composition of avocado and citrus plants. J. Plant Nutr., n. 20, p. 715 – 731, 1997.
BAYER, C.; MIELNICZUK, J. Dinâmica e função da matéria orgânica. In: SANTOS, G. A.; SILVA, L. S.; CANELLA, L. P.; CAMARGO, F. A. O. Fundamentos da matéria orgânica do solo: ecossistemas tropicais e subtropicais. Porto Alegre: Metrópole, 2008. p. 7 – 25.
BENINCASA, M. M. Análise do crescimento de plantas. FUNEP: Jaboticabal, 2003. 42 p.
BERNARDO, S.; SOARES, A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de irrigação. 8. ed. Viçosa: UFV, 2008. 596 p.
BLAKE, G. E. Particle density. In: BLACK, C. A. (ed.). Methods of soil analysis. Madison: American Society of Agronomy, 1965, part. 1, p. 545 – 567.
BOLHÀR-NORDENKAMPF, H. R.; LONG, S. P.; BAKER, N. R.; ÖQUIST, G.; SHUREIBER, U. E.; LECHNER, E. G. Chlorophyll fluorescence as probe of the photosynthetic competence of leaves in the field: a review of current instrumentation. Functional Ecology, v. 3, n. 1, p. 497 – 514, 1989.
BORGES, A. L. Nutrição mineral, calagem e adubação. In: LIMA, A. A.; CUNHA, M. A. P. Maracujá: produção e qualidade na passicultura. Cruz das Almas, Embrapa, 2004. p. 117– 144.
BOSCO, M. R. O.; OLIVEIRA, A. B.; HERNANDEZ, F. F. F.; LACERDA, C. F. Influência do estresse salino na composição mineral da berinjela. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 40, n. 2, p. 157 – 164, 2009.
BRAGAGNOLO, N.; MIELNICZUK, J. Cobertura do solo por palha de trigo e seu relacionamento com a temperatura e umidade do solo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 14, n. 3, p. 369 – 374, 1990. BRISTOW, K. L. The role of mulch and its architecture in modifying soil temperature. Australian Journal of Soil Research, Melbourne, v. 26, p. 269 – 280, 1998.
153
BRUCKNER, C. H.; MELETTI, L. M. M.; OTONI, W. C.; ZERBINI JÚNIOR, F. M. Maracujazeiro. In: BRUCKNER, C. H. (ed.) Melhoramento de frutíferas tropicais. Viçosa: Editora UFV, 2002. p. 373 – 409.
CADAVID, L. F.; EL-SHAKKAWY, M. A.; ACOSTA, A.; SANCHES, T. Long-term effects of mulces, fertilization and tillage on cassava grown in sandy soils in northern Colombia. Field Crops Research, v. 57, p. 45 – 56, 1998.
CAMPOS, M. C. C.; MARQUES JÚNIOR, J.; PEREIRA, G. T.; FREITAS, V. S. Alterações nos atributos físicos e químicos de dois solos submetidos à irrigação com água salina. Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 2, p. 61 – 67, 2009.
CAMPOS, V. B. Crescimento inicial do maracujazeiro amarelo em solo sódico com biofertilizante. Areia. 2009. 52f. (Dissertação Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Manejo de Solo e Água. Centro de Ciências Agrárias. Universidade Federal da Paraíba. Areia.
CAMPOS, V. B.; CAVALCANTE, L. F. Salinidade da água e biofertilizante bovino: efeito sobre a biometria do pimentão. Holos, Natal, vol. 25, n. 2, p. 10 – 20, 2009.
CAMPOS, V. B.; CAVALCANTE, L. F.; DANTAS, T. A. G.; MOTA, J. K. M.; RODRIGUES, A. C.; DINIZ, A. A. Caracterização física e química de frutos de maracujazeiro amarelo sob adubação potássica, biofertilizante e cobertura morta. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v. 9, n. 1, p. 59 – 71, 2007.
CAMPOS, V. B.; CAVALCANTE, L. F.; MORAIS, T. A.; MENEZES JÚNIOR, J. C.; PRAZERES, S. S. Potássio, biofertilizante bovino e cobertura do solo: efeito no crescimento do maracujazeiro amarelo. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, v. 1, n. 3, p. 78 – 86, 2008.
CAMPOS, V. B.; CAVALCANTE, L. F.; RODOLFO JÚNIOR, F.; SOUSA, G. G.; MOTA, J. K. M. Crescimento inicial da mamoneira em resposta à salinidade e biofertilizante bovino. Magistra, Cruz das Almas, v. 21, 1, p. 41 – 47, 2009.
CANTARUTTI, R. B. Avaliação da fertilidade do solo e recomendação de fertilizantes. In: NOVAIS, R. F.; ALVAREZ V., V. H.; BARROS, N. F.; FONTES, R. L. F.; CANTARUTTI, R. B.; NEVES, J. C. L. (ed.). Fertilidade do solo. Viçosa, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2007. p. 759 – 850.
CARTER, I.; JOHNSON, C. Influence of different types of mulches on eggplant production. Hortscience, Alexandria, v. 23, n. 1, p. 143 – 145, 1988.
CAVALCANTE, L. F.; LIMA, E. M.; CAVALCANTE, I. H. L. Possibilidade do uso de água salina no cultivo de maracujazeiro amarelo. Areia: Editorações Gráficas Diniz, 2001, 42 p.
CAVALCANTE, L. F.; ANDRADE, R.; FEITOSA FILHO, J. C.; OLIVEIRA, F. A.; LIMA, E. M.; CAVALCANTE, I. H. L. Resposta do maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg) ao manejo e salinidade da água de irrigação. Agropecuária Técnica, Areia, v. 23, n. 1/2, p.27-33, 2002a.
CAVALCANTE, L. F.; SANTOS, J. B.; SANTOS, C. J. O.; FEITOSA FILHO, J. C.; LIMA,
154
E. M.; CAVALCANTE, I. H. L. Germinação de sementes e crescimento inicial de maracujazeiros irrigados com água salina em diferentes volumes de substrato. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 24, n. 3, p. 748 – 751, 2002b.
CAVALCANTE, L. F.; ANDRADE, R.; MENDONÇA, R. M. N.; SILVA, S. M.; OLIVEIRA, M. S. T.; ARAÚJO, F. A. R.; CAVALCANTE, I. H. L. Caracterização qualitativa de frutos do maracujá amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.) em função da salinidade da água de irrigação. Agropecuária Técnica, v. 24, n. 1, p. 39 – 45, 2003.
CAVALCANTE, L. F.; DANTAS, T. A. G ; ANDRADE, R. ; SÁ, J. R.; MACEDO, J. P. S.; GONDIM, S. C.; CAVALCANTE, Í. H. L. Resposta do maracujazeiro amarelo à salinidade da água sob diferentes formas de plantio. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 9, p. 314 – 317, 2005a.
CAVALCANTE, L. F.; COSTA, J. R. M.; OLIVEIRA, F. K. D.; CAVALCANTE, I. H. L.; ARAÚJO, F. A. R. Produção do maracujazeiro amarelo irrigado com água salina em covas protegidas contra perdas hídrica. Irriga, Botucatu, v. 10, n. 3, p. 229 – 240, 2005b.
CAVALCANTE, L. F.; ANDRADE, R.; COSTA, J. R. M.; CAVALCANTE, I. H. L.; GONDIM, S. C.; LIMA, E. M.; MACEDO, J. P. S.; SANTOS, J. B.; SANTOS, C. J. O. Maracujá-amarelo e salinidade. In: CAVALCANTE, L. F.; LIMA, E. M. de (ed.). Algumas frutíferas tropicais e a salinidade. Jaboticabal: FUNEP. 2006. p. 91 – 114.
CAVALCANTE, L. F.; SANTOS, G. D.; OLIVEIRA, F. A.; CAVALCANTE, I. H. L.; GONDIM, S. C.; CAVALCANTE, M. Z. B. Crescimento e produção do maracujazeiro amarelo em solo de baixa fertilidade tratado com biofertilizantes líquidos. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 2, n. 1, p. 15 – 19, 2007.
CAVALCANTE, L. F.; SILVA, G. F.; GHEYI, H. R.; DIAS, T. J.; ALVES, J. C.; COSTA, A. P. M. Crescimento de mudas de maracujazeiro amarelo em solo salino com esterco bovino líquido fermentado. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 4, n. 4, p. 414 – 420, 2009a.
CAVALCANTE, L. F.; SOUSA, G. G.; GONDIM, S. C.; FIGUEIREDO, F. L.; CAVALCANTE, I. H. L.; DINIZ, A. A. Crescimento inicial do maracujazeiro amarelo manejado em dois substratos irrigados com água salina. Irriga, Botucatu, v. 14, n. 4, p. 504-517, 2009b.
CAVALCANTE, L. F.; DINIZ, A. A.; SANTOS, L. C. F.; REBEQUI, A. M.; NUNES, J. C.; BREHM, M. A. S. Teores foliares de macronutrientes em quiabeiro cultivado sob diferentes fontes e níveis de matéria orgânica. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 31, n. 1, p. 19 –28, 2010a.
CAVALCANTE, L. F.; VIEIRA, M. S.; SANTOS, A. F.; OLIVEIRA, W.; NASCIMENTO, J. A. Água salina e esterco bovino líquido na formação de mudas de goiabeira cultivar Paluma. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 32, n. 1, p. 251 – 261, 2010b.
CIOTTA, M. N.; BAYER, C.; FONTOURA, S. M. V.; ERNANI, P. R.; ALBUQUERQUE, J. A. Matéria orgânica e aumento da capacidade de troca de cátions em solo com argila de atividade baixa sob plantio direto. Ciência Rural, Santa Maria, v. 33, p. 1161 – 1164, 2003.
CLARK, G. A.; ALBREGTS, E. E,; STANLEY, C. D; SAMJSTRA, A. G.; ZAZUETA, F. S.
155
Water requirements and crop coefficients of drip-irrigated strawberry plants. Transaction of ASAE, St. Joseph, v. 39, n. 3, p. 905 – 914, 1996.
COLLARD, F. H.; ALMEIDA, A.; COSTA, M. C. R.; ROCHA, M. C. Efeito do uso de biofertilizante agrobio na cultura do maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.). Revista Biociência, Taubaté, v.7, n.1, p.36 – 43. 2001.
CORREA, R. A. L. Evapotranspiração e coeficiente de cultura em dois ciclos de produção do maracujazeiro amarelo. Piracicaba. 2004. 57f. Tese (Doutorado). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Piracicaba. 2004.
CORREIA, K. G. Índices fisiológicos de amendoim sob estresse salino. Campina Grande, 2005. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola). Centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Federal de Campina Grande, 2005.
CORREIA, K. G.; FERNANDES, P. D.; GHEYI, H. R.; NOBRE, R. N.; SANTOS, T. S. Crescimento, produção e características de fluorescência da clorofila a em amendoim sob condições de salinidade. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 40, n. 4, p. 514 – 521, 2009.
COSTA, D. M. A. Impactos do estresse salino e da cobertura morta nas características químicas do solo e no desenvolvimento do amaranto. Natal. 2007. 124f. (Tese de Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química. Centro de Tecnologia. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal.
COSTA, D. M. A.; MELO, H. N. S.; FERREIRA, S. R. F. Eficiência da cobertura morta na retenção de umidade no solo. Holos, Natal, v. 23, p. 59 – 69, 2007.
COSTA, D. M. A.; MELO, H. N. S.; FERREIRA, S. R.; HOLANDA, J. S. Crescimento e desenvolvimento do amaranto (Amaranthus spp.) sob estresse salino e cobertura morta. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 32, p. 43 – 48, 2008a.
COSTA, D. M. A.; MELO, H. N. S.; FERREIRA, S. R.; DANTAS, J. A. Conteúdo de N, P, K+, Ca2+ e Mg2+ no amaranto (Amaranthus spp) sob estresse salino e cobertura morta. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 39, n. 2, p. 209 - 216, 2008b. COSTA, E. G.; CARNEIRO, P. T.; SOARES, F. A. L.; FERNANDES, P. D.; GHEYI, H. R.; CAVALCANTE, L. F. Crescimento inicial do maracujazeiro amarelo sob diferentes tipos e níveis de salinidade da água de irrigação. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 9 (Suplemento), p. 242 – 247, 2005.
COSTA, E. L.; SOUZA, W. F.; NOGUEIRA, L. C.; SATURNINO, H. M. Irrigação do maracujazeiro. In: Cultura do maracujazeiro. Belo Horizonte: EPAMIG. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 21, n. 206, p. 59 – 66. 2000.
COSTA, F. X.; BELTRÃO, N. E. M.; SILVA, F. E. A.; MELO FILHO, J. S.; SILVA, M. A. Disponibilidade de nutrientes no solo em função de doses de matéria orgânica no plantio da mamona. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, v. 5, n. 3, p. 204 – 212, 2010.
COSTA, J. R. M.; LIMA, C. A. A.; LIMA, E. D. A.; CAVALCANTE, L. F.; OLIVEIRA, F. K. D. Caracterização dos frutos de maracujá amarelo irrigados com água salina. Revista
156
Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 5, n. 1, p. 143 – 146, 2001.
CRUZ, J. L.; PELACANI, C. R.; COELHO, E. F.; CALDAS, R. C.; ALMEIDA, A. Q.; QUEIROZ, J. R. Influência da salinidade sobre o crescimento, absorção e distribuição de sódio, cloro e macronutrientes em plântulas de maracujazeiro-amarelo. Bragantia, Campinas, v.65, n.2, p.275 – 284, 2006.
CRUZ, J. L.; PELACANI, C. R.; SORES FILHO, W. S.; CASTRO NETO, M. T.; COELHO, E. F.; DIAS, A. T.; PAES, R. A. Produção e partição de matéria seca e abertura estomática do limoeiro Cravo submetido a estresse salino. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 25, n. 3, p. 528 – 531, 2003.
CRUZ, M. C. M.; SIQUEIRA, D. L.; SALOMÃO, L. C. C.; CECON, P. R. Fluorescência da clorofila a em folhas de tangerineira ‘Ponkan’ e limeira ácida ‘Tahiti’ submetidas ao estresse hídrico. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 31, n. 3, p. 896 – 901, 2009.
DANTAS, T. A. G. Biofertilizante e potássio: efeitos no maracujazeiro-amarelo e no solo. 2007. 41 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia). Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba. Areia.
DAROLT, M. R. Agricultura orgânica: inventando o futuro. Londrina: IAPAR, 2002. 250 p.
DECHEN, A. R.; NACHTIGALL, G. R. Micronutrientes. In: FERNANDES, M. S. (ed.) Nutrição mineral de plantas. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2006. p. 327-374.
DIAS, N. S.; BLANCO, F. F. Efeitos dos sais no solo e na planta. p. 129 – 141, 2010. In: GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.; LACERDA, C. F. (ed.). Manejo da salinidade na agricultura: estudos básicos e aplicados. Fortaleza: INCTSal. 2010. 472 p.
DIAS, D. P.; MARENCO, R. A. Photoinhibition of photosynthesis in Minquartia guianensis and Swietenia macrophylla inferred by monitoring the initial fluorescence. Photosybthetica, v. 44, 235 – 240, 2006.
DIAS, D. P.; MARENCO, R. A. Efeito da nebulosidade nos parâmetros da fluorescência em Minquartia guianensisi Aubl. Revista Brasileira de Biociência, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p. 54 – 56, 2007.
DIAS, N. S.; DUARTE, S. N.; GHEYI, H. R.; MEDEIROS, J. F.; SOARES, T. M. Manejo da fertirrigação e controle da salinidade do solo sob ambiente protegido, utilizando-se extratores de solução do solo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola Ambiental, Campina Grande, v. 9, n. 4, p. 496 – 504, 2005.
DING, Y.; LUO, W.; XU, G. Characterization of magnesium nutrition and interaction of magnesium and potassium in rice. Ann. Appl. Biol., v. 149, p. 111 – 123, 2006.
DINIZ, A. A. Aplicação de condicionantes orgânicos do solo e nitrogênio na produção e qualidade do maracujazeiro amarelo. Areia. 2009. 98f. (Tese Doutorado). Centro de Ciências Agrárias. Universidade Federal da Paraíba. Areia.
DOORENBOS, J.; KASSAN, A. H. Efectos del agua sobre el rendimiento de los cultivos.
157
Rome: FAO, 1979. 212 p. (Riego y drenage, 33).
DOORENBOS, J.; PRUIT, W. O. Las necessidades de agua de los cultivos. 4. ed. Roma: FAO. 1977. 194 p. (Estudios FAO: Riego y Drenage, 24).
DUDY, B. Z.; GILAD, A. Studies of salt stress – and water stressregulated genes: The stress-regulated Asr1 gene encodes a DNA-binding protein. In: SMALLWOOD, C. M.; DURÃES, F. O. M.; OLIVEIRA, A. C.; MAGALHÃES, P. C.; MARTINEZ, C. A. Detecção de condições de estresse em plantas e potencial para “screening” em milho através da fluorescência da clorofila. In: Reunião Técnica Anual do Sorgo, 28, Reunião Técnica Anual do Milho, 45. 2000, Pelotas. Anais... Pelotas: Embrapa de Clima Temperado, 2000. p. 510 –516, CD Rom.
EMBRAPA. Manual de métodos de análise do solo. 2. ed. Rio de Janeiro, 1997. 212 p. (CNPS, Documentos 1).
EPSTEIN, E.; BLOOM, A. J. Nutrição mineral de plantas: princípios e perspectivas. Londrina: Editora Planta, 2006. 403 p.
ESTEVES, B. S.; SUZUKI, M. S. Efeito da salinidade sobre as plantas. Oecologia Brasiliensis, Rio de Janeiro, v. 12, n. 4, p. 662 – 679, 2008.
EVERARD, J. D.; GUCCI, R.; KANN, S. C.; FLORE, J. A.; LOESCHNER, W. H. Gas exchange and carbon partitioning in the leaves of celery (Apium graveolens L.) at various levels of root zone salinity. Plant Physiology, Rockville, v. 106, n. 1, p. 281 – 292, 1994.
FAÇANHA, A. R.; CANELLAS, L. P.; DOBBSS, L. B. Nutrição mineral. In: KERBAUY, G. B. Fisiologia vegetal. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2008, p. 33 – 50.
FALQUETO, A. R.; CASSOL, D.; MAGALHÃES JUNIOR, A. M.; OLIVEIRA, A. C.; BACARIN, M. A. Características da fluorescência da clorofila em cultivares de arroz com ciclo precoce, médio e tardio. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p. 579 – 581, 2007.
FARIAS, S. G. G.; SANTOS, D. R.; FREIRE, A. L. O.; SILVA, R. B. Estresse salino no crescimento inicial e nutrição mineral de gliricídia (Gliricidia sepiumi Jack Kunth ex Steud) em solução nutritiva. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 33, p. 1499 – 1505, 2009.
FARQUHAR, G. D.; SHARKEY, T. D. Stomatal conductance and photosynthesis. Annual Review of Plant Physiology, v. 33, p. 317 – 345, 1982.
FERNANDES, A. R.; CARVALHO, J. G.; CURI, N.; PINTO, J. E. B. P.; GUIMARÃES, P. T. G. Nutrição mineral de mudas de pupunheira sob diferentes níveis de salinidade. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 37, n. 11, p.1613 – 1619, 2002.
FERNANDES, E. J.; TURCO, J. E. P. Evapotranspiração de referência para manejo da irrigação em cultura de soja. Irriga, Botucatu. v. 8, n. 2, p. 132 – 141. 2003.
FERREIRA, L. G. B.; ALBUQUERQUE, I. M. Alterações nos níveis de prolina nas folhas e partes florais de caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp) induzidas por variações de temperatura. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, Lavras, v, 2, n. 1, p. 71 – 76, 1990.
158
FERREIRA, P. A. GARCIA, G. O.; SANTOS, D. B.; OLIVEIRA, F. G.; NEVES, C. L. Estresse salino em plantas de milho: II – Macronutrientes aniônicos e suas relações com o sódio. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 9, p. 11 – 15, 2005.
FERREIRA, P. A.; GARCIA, G. O.; NEVES, J. C. L.; MIRANDA, G. V.; SANTOS, D. B. Produção relativa do milho e teores foliares de nitrogênio, fósforo, enxofre e cloro em função da salinidade do solo. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 38, n. 1, p. 7 – 16, 2007.
FERREIRA, R. G., TÁVORA, F. J. A. F.; FERREYRA HERNANDEZ, F. F. Distribuição da matéria seca e composição química das raízes, caule e folhas de goiabeira submetida a estresse salino. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 36, n.1, p.79 – 88, 2001.
FIGUEIREDO, V. B.; MEDEIROS, J. F.; ZOCOLER, J. L.; ESPINOLA SOBRINHO, J. Evapotranspiração da cultura da melancia irrigada com água de diferentes salinidades. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 29, n. 2, p. 231 – 240, 2009.
FIGUEIREDO, P. G.; TANAMATI, F. Y. Adubação orgânica e contaminação ambiental. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, v. 5, n. 3, p. 1 – 4, 2010.
FLEXAS, J.; RIBAS-CARBÓ, M.; DIAZ-ESPEJO, A.; GALMÉS, J.; MEDRANO, H. Mesophyll conductance to CO2: current knowledge and future prospects. Plant, Cell e Environment, v. 31, n. 5, p. 602 – 628, 2008.
FLOWERS, T. J. Improving crop salt tolerance. Journal of Experimental Botany, v. 55, n. 396, p. 307 – 319, 2004.
FRANÇA, C. P.; MESQUITA, E. F.; CAVALCANTE, L. F.; ARAÚJO, D. L.; FARIAS, A. A.; ARAÚJO, D. L. Teores de micronutrientes em solo cultivado com mamoeiro Baixinho de Santa Amália, tratado com biofertilizante bovino. Revista de Biologia e Ciências da Terra, João Pessoa, n. 1 (Suplemento Especial), p. 37 – 42, 2009.
FRANÇA E SILVA, E. F.; CAMPECHE, L. F. S. M.; DUARTE, S. N.; FOLEGATTI, M. V. Evapotranspiração, coeficiente de cultivo e de salinidade para o pimentão cultivado em estufa. Magistra, Cruz das Almas, v. 17, n. 2, p. 58 – 63, 2005.
FREIRE, J. L. O.; CAVALCANTE, L. F.; REBEQUI, A. M.; DIAS, T. J.; SOUTO, A. G. L. Necessidade hídrica do maracujazeiro amarelo cultivado sob estresse salino, biofertilização e cobertura do solo. Revista Caatinga, Mossoró, v. 24, n. 1, p. 82 – 91, 2011.
FREIRE, J. L. O.; CAVALCANTE, L. F.; REBEQUI, A. M.; NUNES, J. C.; DIAS, T. J.; CAVALCANTE, I. H. L. Atributos qualitativos do maracujá amarelo produzido com água salina, biofertilizante e cobertura morta no solo. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 5, n. 1, p. 102 – 110, 2010a.
FREIRE, J. L. O.; CAVALCANTE, L. F.; NASCIMENTO, R.; REBEQUI, A. M.; DIAS, T. J.; SOUTO, A. G. L. Crescimento e teores de clorofila e carotenóides do maracujazeiro amarelo no solo com biofertilizante irrigado com água de baixa e alta salinidade. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SALINIDADE, 2010, Fortaleza. Anais... Fortaleza: SBS, 2010b. CD-ROM.
159
FREITAS, C. A. S.; COSTA, C. A. G.; BEZERRA, F. M. L.; MONTENEGRO, A. A. T.; TEIXEIRA, A. S. Sistema radicial do maracujazeiro amarelo submetido a diferentes níveis de potássio. Scientia Agraria, Curitiba, v. 10, n. 3, p. 175 – 183, 2009.
FREITAS, E. V. S.; FERNANDES, J. G.; CAMPOS, M. C. C.; FREIRE, M. B. G. S. Alterações nos atributos físicos e químicos de dois solos submetidos à irrigação com água salina. Revista de Biologia e Ciências da Terra, João Pessoa, v. 7, n. 1, p. 21 – 28, 2007.
GARCIA, G. O.; FERREIRA P. A.; MIRANDA, G. V.; MORAES, W. B.; SANTOS, D. B. Teores foliares dos macronutrientes catiônicos e suas relações com o sódio em plantas de milho sob estresse salino. Idesia, Idesia Chile, v. 25, n. 3, p. 93 – 106, 2007.
GARCIA, G. O.; MARTINS FILHO, S.; REIS, E. F. MORAES, W. B.; NAZÁRIO, A. A. Alterações químicas de dois solos irrigados com água salina. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 39, n. 01, p. 7 – 18, 2008.
GARCIA-SANCHEZ, F.; JIFON, J. L.; CARVAJAL, M.; SYVERTSEN, J. P. Gas exchange, chlorophyll and nutrient contents in relation to Na+ and Cl- accumulation in Sunburst mandarin grafted on different Rootstocks. Plant Science, v. 162, p. 705 – 712, 2002.
GASPARIM, E.; RICIERI, R. P.; SILVA, S. L.; DALLACORT, R.; GNOATTO, E. Temperatura no perfil do solo utilizando duas densidades de cobertura e solo nu. Acta Scientiarum Agronomy, Maringá, v. 27, no. 1, p. 107 – 115, 2005.
GERVÁSIO, E. S.; CARVALHO, J. A.; SANTANA, M. J. Efeito da salinidade da água de irrigação na produção da alface americana. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 4, n. 1, p. 125 – 128, 2000.
GHOLIPOOR, M.; SOLTANI, A.; SHEKARI, F.; SHEKARI, Fb. Effects of salinity on water use efficiency and its components in chickpea (Cicerarietinum L.). Acta Agronomica Hungarican, Kiadó, v. 50, n. 2, p. 127 – 134, 2002.
GHOULAM, C.; FOURSY, A.; FARES, K. Effects of salt stress on growth, inorganic ions and proline accumulation in relation to osmotic adjustment in five sugar beet cultivars. Environmental and Experimental Botany, v. 47, n. 1, p. 39 – 50, 2002.
GIBBERD, M. R.; TURNER, M. C.; STOREY, R. Influence of saline irrigation on growth, ion accumulation and partitioning and leaf gas exchange of carrot (Daucus carota). Annals of Botany, v. 90, n. 6, p.715 – 724, 2002.
GILL, K. S.; GAJRI, P. R.; CHAUDHARY, M. R.; SINGH, B. Tillage, mulch, and irrigation effects on corn (Zea mays L.) in relation to evaporative demand. Soil Tillage Research, v.39, p.213 – 227, 1996.
GIRIJA, C.; SMITH, B. N.; SWAMY, P. M. Interactive effects of sodiumchloride and calcium chloride on the accumulation of proline and glycinebetaine in peanut (Arachis hypogaea L.). Environmental Experimental Botany, v. 47, n. 1, p. 1 – 10, 2002.
GLYNN, P.; FRASER, C.; GILLIAN, A. Foliar salt tolerance of Acer genotypes using chlorophyll fluorescence. Journal of Arboriculture, Urbana, v. 29, p. 61 – 65, 2003.
GOMES, M. A. F.; SOUZA, M. D.; BOEIRA, R. C.; TOLEDO, L. G. Nutrientes vegetais no meio ambiente: ciclos bioquímicos, fertilizantes e corretivos. Jaguariúna: Embrapa Meio
160
Ambiente, 2008. 62p.
GONÇALVES, E. R.; FERREIRA, V. M.; SILVA, J. V.; ENDRES, L.; BARBOSA, T. B.; DUARTE, W. G. Trocas gasosas e fluorescência da clorofila a em variedades de cana-de-açúcar submetidas à deficiência hídrica. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 14, n. 4, p. 378 – 386, 2010.
GONDIM, S. C.; CAVALCANTE, L. F.; CAMPOS, V. B.; MESQUITA, E. F.; GONDIM, P. C. Produção e composição foliar do maracujazeiro amarelo sob lâminas de irrigação. Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 4, p. 100 – 107, 2009.
GONDIM, S. C.; SOUTO, J. S.; CAVALCANTE, L. F.; ARAÚJO, K. D.; RODRIGUES, M. Q. Biofertilizante bovino e salinidade da água na macrofauna do solo cultivado com maracujazeiro amarelo. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, v. 5, n. 2, p. 35 – 45, 2010.
GRANT, C.A.; PLATEN, D. N.; TOMAZIEWICZ, D. J.; SHEPPARD, S. C. A importância do fósforo no desenvolvimento inicial da planta. Informações Agronômicas, Piracicaba, n. 95, 2001.
GRATTAN, S. R.; GRIEVE, C. M. Salinity-mineral nutrient relation in horticultural crops. Scientia Horticulturae, Amsterdam, v. 78, n. 1, p. 127 – 157, 1999.
GUILHERME, E. A.; LACERDA, C. F.; BEZERRA, M. A.; PRISCO, J. T.; GOMES-FILHO, E. Desenvolvimento de plantas adultas de cajueiro anão precoce irrigadas com águas salinas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 9 (Suplemento), p. 253 – 257, 2005.
GURGEL, R. L. S.; SOUZA, H. A.; TEIXEIRA, G. A.; MENDONÇA, M.; FERREIRA, E. Adubação fosfatada e composto orgânico na produção de mudas de maracujazeiro-amarelo. A. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v.2, n.4, p.262-267, 2007. HASEGAWA, P. M.; BRESSAN, R. A.; ZHU, J. K.; BOHNERT, H. J. Plant cellular and molecular responses to high salinity. Annual Review Plant Molecular Biology, New York. v. 51, p. 463 – 499, 2000.
HATFIELD, J. L.; SAUER, T. J.; PRUEGER, J. H. Managing soils to achieve greater water efficiency: a review. Agronomy Journal, Wiscosin, v. 93, p. 271 – 280, 2001.
HURA, T.; HURA, K.; GRZESIAK, M.; RZEPKA, A. Effect of long term drought stress on leaf gas exchange and fluorescence parameters in C3 and C4 plants. Acta Physiologiae Plantarum, v. 29, p. 103 – 113, 2007.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Produção. Disponível em http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/agric/. Acesso em 10 out. 2010.
INSTITUTO DE TERRAS E PLANEJAMENTO AGRÍCOLA DO ESTADO DA PARAÍBA – INTERPA. Mesorregião do Agreste Paraibano; Microrregião do Curimataú Ocidental. Portaria/GAB/PRESI/Nº 010/08. Define as áreas de circunscrição das atividades dos núcleos Regionais de Araruna, Alagoinha, Teixeira, Catolé do Rocha, Piancó, conforme anexo I a esta portaria. Diário Oficial, Cabedelo, 17 Março 2008.
161
JAMIL, M.; REHMAN, S.; LEE, K. J.; KIM, J. M.; KIM. H. S.; RHA, E. S. Salinity reduced growth P S2 photochemistry and chlorophyll content in radish. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 64, n. 2, p. 111 – 118, 2007.
JIMÉNEZ, L.; LARREAL, M.; NOGUERA, N. Efectos del estiérco bovino sobre algunas propiedades químicas de um Ultisol degradado em El área de La Machiques Colón, Estado Zulia. Revista Faculdade Agronomia (LUZ), v. 21, p. 311 – 320, 2004.
KASHEM, M.A.; ITOH, K.; IWABUCHI, S.; HORI, H.; MITSUI, T. Possible involvement of phosphoinositide-Ca2+ signaling in the regulation of a-amylase expression and germination of rice seed (Oryza sativa L.). Plant Cell Physiology, v. 41, p. 399 – 407, 2000.
KONRAD, M. L. F.; SILVA, J. A. B.; FURLANI, P. R.; MACHADO, E. C. Trocas gasosas e fluorescência da clorofila em seis cultivares de cafeeiro sob estresse de alumínio. Bragantia, Campinas, v. 64, n. 3, p. 339 – 347, 2005.
LACERDA, C. F. Interação salinidade x nutrição mineral. In: NOGUEIRA, R. J. C.; ARAÚJO, E. L.; WILLADINO, L. G.; CAVALCANTE, U. M. T. (Ed.) Estresses ambientais: danos e benefícios em plantas. Recife: UFRPE – Imprensa Universitária, 2005. p. 95 – 105.
LACERDA, C. F.; CAMBRAIA, J.; CANO, M. A. O.; RUIZ, H.A. Plant growth and solute accumulation and distribution in two sorghum genotypes under NaCl stress. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, Lavras, v.13, n.3, p.270 – 284, 2001.
LACERDA, C.F.; CAMBRAIA, J.; CANO, M.A.O.; RUIZ, H.A.; PRISCO, J. T. Solute accumulation and distribution shoot and leaf development in two sorghum genotypes under salt stress. Enviromental and Experimental Botany, v. 49, p. 107 – 120, 2003.
LACERDA, C. F.; MORAIS, M. M. M.; PRISCO, J. T.; GOMES FILHO, E.; BEZERRA, M. A. Interação entre salinidade e fósforo em plantas de sorgo forrageiro. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 37, n. 3, p. 258 – 263, 2006.
LACERDA, C. F.; COSTA, R. N.; BEZERRA, M. A.; GHEYI, H. R. Estratégias de manejo para uso de água salina na agricultura. p. 303 – 317, 2010. In: GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.; LACERDA, C. F. (editores). Manejo da salinidade na agricultura: estudos básicos e aplicados. Fortaleza: INCTSal. 2010. 472 p.
LAGREID, M.; BOCKMAN, O. C.; KAARSTAD, O. Agriculture, fertilizers and the environment. Cambridge: CABI. 1999, 294p.
LARCHER, W. Ecofisiologia vegetal. São Carlos: Rima, 2006. 531 p.
LETEY, J. Irrigation-Drainage interation. In: SKAGGS, R. W.; SCHILFGAARDE, J. Agricultural drainage. Madison: ASA/CSSA/SSSA, 1999. p. 567 – 578.
LI, Q.; CHEN, Y.; LIU, M.; ZHOU, X.; YU, S.; DONG, B. Effects of irrigation and strow mulching of microclimate characteristics and water use efficiency of winter wheat in north China. Plant Production Science, Tokyo, v. 11, n. 2, p. 161 – 170, 2008.
LICHTENTHALER, H. K. Chlorophylls and carotenoids: pigments of photosynthetic biomembranes. Methods in Enzymology, 148: 350 – 382, 1987.
162
LIMA, A. A.; BORGES, A. L. Exigências edafoclimáticas. In: LIMA, A. A.; CUNHA, M. A. P. Maracujá: produção e qualidade na passicultura. Cruz das Almas, Embrapa, 2004. p. 37 – 44.
LIMA, A. A.; TRINDADE, A. V. Propagação. In: LIMA, A. A.; CUNHA, M. A. P. Maracujá: produção e qualidade na passicultura. Cruz das Almas, Embrapa, 2004. p. 107 – 116.
LIMA, C. B.; SANTOS FILHO, S. V.; SANTOS, M. A.; OLIVEIRA, M. Influência da água salina nas características físico-químicas do solo e no desenvolvimento da mamoneira cultivada em vasos. Revista Caatinga, Mossoró, v. 20, n. 4, p. 132 – 136, 2007.
LIMA, C. J. G. S.; OLIVEIRA, F. A.; MEDEIROS, J. F.; OLIVEIRA, M. K. T.; ALMEIDA JÚNIOR, A. B. Resposta do feijão caupi à salinidade da água de irrigação. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, v. 2, n. 2, p. 79 – 86, 2007.
LIMA, M. G. S.; LOPES, N. F.; BACARIN, M. A.; MENDES, C. R. Efeito do estresse salino sobre a concentração de pigmentos e prolina em folhas de arroz. Bragantia, Campinas, v. 63, n. 3, p. 335 – 340, 2004.
LIMA, P. A.; CAMPANHARO, M.; ESPÍNDULA, M. C. Produção de mudas de pimentão sob diferentes níveis de salinidade na água de irrigação. Engenharia na Agricultura, Viçosa, v. 15, n. 1, p. 30 – 38, 2007.
LUCAS, A. A. T. Resposta do maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims var. flavicarpa Deg) a lâminas de irrigação e doses de adubação potássica. 2002. 84f. Dissertação (Mestrado) Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Piracicaba. 2002.
LUCENA, C. C. Crescimento vegetativo, absorção de nutrientes e trocas gasosas em mangueiras submetidas a estresse salino. Viçosa. 2009. 178f. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia. Universidade Federal de Viçosa. 2009.
LYRA, G. B.; SOUZA, J. L.; TEODORO, I; MOURA FILHO, G.; ARAÚJO JÚNIOR, R. F. Conteúdo de água no solo em cultivo de milho sem e com cobertura morta na entrelinha na região de Arapiraca-AL. Irriga, Botucatu, v. 15, n. 2, p. 173 – 183, 2010.
MACEDO, J. P. S. Desempenho do maracujazeiro amarelo irrigado com água salina, em função do espaçamento, cobertura do solo e poda da haste principal. 2006. 125f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Agronomia). Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba. 2006.
MACIEL, N.; BATUTISTA, D.; AULAR, J. Crescimiento, desarrolo y arquitectura de Passiflora edulis f. flavicarpa. Proceeding Interamerican Society Tropical Horticultural, n. 38, p. 133 – 138, 1994.
MALAVOLTA, E.; VITTI, G. C.; OLIVEIRA, S. A. Avaliação do estado nutricional das plantas: princípios e aplicações. 2. ed. Piracicaba: POTAFOS, 1997. 319 p.
MALAVOLTA, E. Manual de nutrição mineral de plantas. São Paulo: Ceres. 2006. 638 p.
MARINHO, F. J. L.; GHEYI, H. R.; FERNANDES, P. D.; FERREIRA NETO, M. F. Alterações fisiológicas em coqueiro irrigado com água salina. Revista Brasileira de
163
Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, (Suplemento), p. 370 – 374, 2005.
MARTINS, D. P. Resposta do maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims var. flavicarpa Deg) a lâminas de irrigação e doses de nitrogênio e potássio. Campos dos Goytacazes. 1998. 84f. Tese (Doutorado). Centro de Ciências e Tecnologias da Universidade Estadual do Norte Fluminense. 1998.
MAXWELL, K.; JOHNSON, G. N. Chlorophyll fluorescence – a practical guide. Journal of Experimental Botany, v. 51, n. 345, p. 659 – 668, 2000.
MEDEIROS, J. F.; NASCIMENTO, I. B.; GHEYI, H. R. Manejo do solo-água-planta em áreas afetadas por sais. p. 279 - 302, 2010. In: GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.; LACERDA, C. F. (editores). Manejo da salinidade na agricultura: estudos básicos e aplicados. Fortaleza: INCTSal. 2010. 472 p.
MELETTI, L. M. M.; SOARES-SCOTT, M. D.; BERNACCI, L. C.; AZEVEDO, F. J. A. Desempenho das cultivares IAC – 273 e IAC – 277 de maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.) em pomares comerciais. In: REUNIÃO TÉCNICA DE PESQUISA EM MARACUJAZEIRO AMARELO, 3, 2002. Viçosa, Anais…Viçosa: UFV/SBF, 2002. P. 166 – 167.
MELO, A. S.; SUASSUNA, J. F.; FERNANDES, P. D.; BRITO, M. E. B.; SUASSUNA, A. F.; AGUIAR NETTO, A. O. Crescimento vegetativo, resistência estomática, eficiência fotossintética e rendimento do fruto da melancieira em diferentes níveis de água. Acta Scientiarum Agronomy, Maringá, v. 32, n. 1, p. 73 – 79, 2010.
MENDONÇA, A. V. R.; CARNEIRO, J. G. A.; FREITAS, T. A. S.; BARROSO, D. G. Características fisiológicas de mudas de Eucalyptus spp. submetidas a estresse salino. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 20, n. 2, p. 255 – 267, 2010.
MENESES, E. F. Estado nutricional e pós-colheita do maracujazeiro amarelo em resposta ao biofertilizante e potássio no solo. 2007. 744 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia). Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba. Areia, 2007.
MENEZES JÚNIOR, J. C.; CAVALCANTE, L. F.; MESQUITA, E. F.; CAMPOS, V. B.; OLIVEIRA, A. P. Teores de micronutrientes nas folhas do mamoeiro e no solo tratado com biofertilizante bovino. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, v. 1, n. 3, p. 138 – 145, 2008.
MENZEL, C. M.; SIMPSON, D. R. Passion-fruit. In: SCHAFFER, B.; ANDERSEN, P. C. (Ed.). Handbook of environmental physiology of fruit crops. Boca Raton: CRC Press, 1994, p. 225 – 241.
MESQUITA, F. O.; DANTAS, T. A. G.; CAVALCANTE, L. F.; SOUSA, G. G.; RODRIGUES, A. C.; CAMPOS, V. B. Composição mineral do maracujazeiro amarelo sob adubação potássica, biofertilizante e cobertura do solo. In: XIX CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2006, Cabo Frio. Frutas do Brasil: saúde para o mundo. Anais…Cabo Frio: Sociedade Brasileira de Fruticultura, p. 527, 2006.
MEZA, N.; ARIZALETA, M.; BAUTISTA, D. Efecto de la salinidad em La germinación y emergência de semillas de parchita (Passiflora edulis f. flavicarpa). Revista de la Facultad
164
de Agronomia, Caracas, v. 24, n. 1, p. 69 – 80, 2007.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Agrofit: SAF. Disponível: http://extranet.agricultura.gov.br/agrofit_. Acesso em 10 de jan. 2010.
MIRANDA, F. R.; OLIVEIRA, F. N. S.; ROSA, M. F.; LIMA, R. N. Efeito da cobertura morta com a fibra da casca de coco sobre a temperatura do solo. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 35, n. 2, p. 335 – 339, 2004.
MIRISOLA FILHO, L. A. Tolerância de sete cultivares de mangueira ao estresse salino. 2003. 129f. Tese (Doutorado em Fitotecnia). Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2003.
MISHRA, H.S.; RATHORE, T.R.; TOMAR, V.S. Water use efficiency of irrigated wheat in the Tarai Region of India. Irrigation Science, New York, v.16, p.75 – 80, 1995.
MITCHELL, C. C.; TU, S. Nutrient accumulation and movement from poultry litter. Soil Science Society of America Journal, v. 70, p. 2146 – 2153, 2006.
MORADI, F.; ISMAIL, A. M. Response of photosynthesis, chlorophyll fluorescence and ROS-scavenging systems to salt stress during seedling and reproductive stages in rice. Annals of Botany, v. 99, n. 6, p. 1161 – 1173, 2007.
MORAIS, D. L.; VIÉGAS, R. A.; SILVA, L. M. M.; LIMA JÚNIOR, A. R.; COSTA, R. C. L.; ROCHA, I. M. A.; SILVEIRA, J. A. G. Acumulação de íons e metabolismo de N em cajueiro anão e meio salino. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 11, n. 2, p. 125 – 133, 2007.
MOUGET, J.; TREMBLIN, G. Suitability of the fluorescence monitoring system (FM, Hansatech) for measurement of photosynthetic characteristics in algae. Aquatic Botany, v. 74, n. 3, p. 219 – 231, 2002.
MUNNS, R. Comparative physiology of salt and water stress. Plant Cell Environ., v. 25, p. 239 – 250, 2002.
MUNNS, R. Genes and salt tolerance: bringing them together. New Phytologist, Cambridge, v.167, p.645 – 663, 2005.
MUNNS, R.; TESTER, M. Mechanisms of salinity tolerance. Annual Review of Plant Biology, Palo Alto, v. 59, p. 631 – 681, 2008.
MUSYIMI, D. M.; NETONDO, G. W.; OUMA, G. Effects of salinity on gas exchange and nutrients uptake in avocados. Journal of Biological Sciences, v.7, n.3, p.496 – 505, 2007.
NARDI, S.; PIZZEGHELLO, D.; MUSCOLO, A.; VIANELO, F. Physiological effects of humic substances on higher plants. Soil Biology e Biochemistry, v. 34, n. 4, p. 1527 – 1536, 2002.
NASCIMENTO, J. A. M. Respostas do maracujazeiro amarelo e do solo com biofertilizante bovino irrigado com água salina de baixa e alta salinidade. Areia. 2010. 101f. (Dissertação Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Manejo de Solo e Água. Centro de Ciências Agrárias. Universidade Federal da Paraíba. Areia.
NETONDO, G. W.; ONYANGO, J. C.; BECK, E. Sorghum and salinity: II. Gas exchange
165
and chlorophyll fluorescence of sorghum under salt stress. Crop Science, v. 44, n.3 , p. 806 – 811, 2004.
NEVES A. L. R.; GUIMARÃES, F. V. A.; LACERDA, C. F.; SILVA, F. B.; SILVA, F. L. B. Tamanho e composição mineral de sementes de feijão-de-corda irrigado com água salina. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 39, n. 4, p. 569 – 574, 2008.
NEVES, A. L. R.; LACERDA, C. F..; GUIMARÃES, F. V. A.; GOMES FILHO, E.; FEITOSA, D. R. C. Trocas gasosas e teores de minerais no feijão-de-corda irrigado com água salina em diferentes estádios. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 13, p. 873 – 881, 2009.
NEVES, O. S. C.; CARVALHO, J. G.; RODRIGUES, C. R. Crescimento e nutrição mineral de mudas de umbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.) submetidas a níveis de salinidade em solução nutritiva. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 28, p. 997 – 1006, 2004.
NOBRE, R. G.; GHEYI, H. R.; CORREIA, K. G.; SOARES, F. A. L.; ANDRADE, L. O. Crescimento e floração do girassol sob estresse salino e adubação nitrogenada. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 41, n. 3, p. 358 – 365, 2010.
NOVAIS, R. F.; SMYTH, T. J.; NUNES, F. N. Fósforo. In: NOVAIS, R. F.; ALVAREZ V., V. H.; BARROS, N. F.; FONTES, R. L. F.; CANTARUTTI, R. B.; NEVES, J. C. L. (ed.). Fertilidade do solo. Viçosa, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2007. p. 471 – 550.
OLIVEIRA, F. N. S.; LIMA, A. A. C.; AQUINO, A. R. L.; MAIA, S. M. F. Influência da cobertura morta no desenvolvimento de fruteiras tropicais. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2002. 24 p. (Documentos, 49).
PAES, J. M. V.; ANDREOLA, F.; BRITO, C. H.; LOURES, E. G. Decomposição da palha de café em três tipos de solo e sua influência sobre a CTC e pH. Revista Ceres, Viçosa, n. 43, p. 674 – 683, 1996.
PAIVA, A. S.; MEDEIROS, J. F.; SILVA, M. C. C.; ALVES, L. P.; SARMENTO, D. H. A.; SILVA JUNIOR, M. J. Salinidade e reação do solo numa área cultivada com melão sob mulch e irrigado com água de diferentes níveis de sais. Revista Caatinga, Mossoró, v. 17, n. 1, p. 57 – 63, 2004.
PARANYCHIANAKIS, N. V.; CHARTZOULAKIS, K. C. Irrigation of mediterranean crops with saline water: from physiology to management practices. Agriculture, Ecosystems and Enviromental, v. 106, n. 2 – 3, p. 171 – 187, 2005.
PARIDA, A. K.; DAS, A. B.; MITTRA, B. Effects of salt on growth, íon accumulation photosynthesis and leaf anatomy of the mangove (Bruguiera parviflora). Trees Structure and Funtion, v. 18, p. 167 – 174, 2004.
PARIDA, A. K.; DAS, A. B. Salt tolerance and salinity effects on plants: a review. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 60, p. 324 – 349, 2005.
PEIXOTO, P. H. P.; MATA, F. M.; CAMBRAIA, J. Responses of the photosynthetic apparatus to aluminium stress in two sorghum cultivars. Journal of Plant Nutrition, v. 25, n. 4, p. 821 – 832, 2002.
PELTIER, G.; COURNAC, L. Chlororespiration. Annual Review of Plant Biology, v. 53, p.
166
523 – 550, 2002.
PENTEADO, S. R. Fruticultura orgânica: formação condução. Viçosa: Aprenda Fácil. 2004. 308 p.
PEREIRA, L. S.; ALVES, I. Estimativa da evapotranspiração das culturas em ambiente salino. p. 253 – 278, 2010. In: GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.; LACERDA, C. F. (editores). Manejo da salinidade na agricultura: estudos básicos e aplicados. Fortaleza: INCTSal. 2010. 472 p.
PEREIRA, W. E.; SIQUEIRA, D. L.; MARTINEZ, C.; PUIATTI, M. Gas Exchange and chlorophyll fluorescence in four citrus rootstoks under aluminium stress. Journal of Plant Physiology, v. 157, n. 4, p. 513 – 520, 2000.
PESSOA, L. G. M.; OLIVEIRA, E. E. M.; FREIRE, M. B. G. S.; FREIRE, F. J.; MIRANDA, M. A.; SANTOS, R. L. Composição química e salinidade do lixiviado em dois solos cultivados com cebola irrigada com água salina. Revista Brasileira de Ciências Agrárias. Recife, v.5, n.3, p.406 – 412, 2010.
PINHEIRO, H. A.; SILVA, J. V.; ENDRES, L.; FERREIRA, V. M.; CÂMARA, C. A.; CABRAL, F. F.; OLIVEIRA, J. F.; CARVALHO, L. W. T.; FONSECA, F. K. P. SANTOS, J. M. Alterações na fotossíntese e nos teores de pigmentos cloroplastídeos em plântulas de mamonas cultivadas sob condições de salinidade. Disponível em: http://www.biodiesel.gov.br/docs/congressso2006/agricultura/AlteracoesFotossintese.pdf. Acesso em 16 de set. 2010.
PIZARRO, D. Drenaje agrícola y recuperacion de suelos salinos. Madri: Ed. Agricola Espanola, 1978, 520 p.
PORCELLI, C.A.; BOEM, F.H.G.; LAVADO, R.S. The K/Na and Ca/Na ratios and rapeseed yield, under soil salinity or sodicity. Plant and Soil, Dordrecht, v.175, p.251 – 255, 1995.
PRADO, R. M.; NATALE, W. Nutrição e adubação do maracujazeiro no Brasil. Uberlândia: EDUFU, 2006. 192 p.
PRATES, H. S.; MEDEIROS, M. B. de. “MB – 4”. Entomopatógenos e biofetilizantes na citricultura orgânica. Campinas: SAA/ Coordenadoria de Defesa Agropecuária. 2001. Folder.
PRISCO, J. T.; GOMES FILHO, E. Fisiologia e bioquímica do estresse salino em plantas. p. 143 – 159, 2010. In: GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.; LACERDA, C. F. (editores). Manejo da salinidade na agricultura: estudos básicos e aplicados. Fortaleza: INCTSal. 2010. 472 p.
QUAGGIO, J. A. Acidez e calagem em solos tropicais. Campinas: Instituto Agronômico, 2000, 111 p.
QUEIROZ, C. G. S.; GARCIA, Q. S.; LEMOS FILHO, J. P. Atividade fotossintética e peroxidação de lipídios de membrana em plantas de aroeira do sertão sob estresse hídrico e após reidratação. Braz. J. Plant Physiol., Campos dos Goytacazes, v. 14, n. 1, p. 59 – 63, 2002.
QUEIROZ, J. E.; GONÇALVES, A. C. A.; SOUTO, J. S.; FOLEGATTI, M. V. Avaliação e monitoramento da salinidade do solo. p. 63 – 82, 2010. In: GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.;
167
LACERDA, C. F. (editores). Manejo da salinidade na agricultura: estudos básicos e aplicados. Fortaleza: INCTSal. 2010. 472 p.
RAHAMAM, M. J.; UDDIN, M. S.; UDDIN, M. J.; BAGUM, S. A.; HALDER, N. K.; HOSSAIN, M. F. Effect of different mulches on potato at the saline soil of Southeastern Bangladesh. Journal of Biological Sciences, New York, v. 4, n. 1, p. 1-4, 2004. REBEQUI, A. M.; CAVALCANTE, L. F.; NUNES, J. C.; DINIZ, A. A.; BREHM, M. A. S.; BECKMANN-CAVALCANTE, M. Z. Produção de mudas de limão cravo em substrato com biofertilizante bovino irrigado com águas salinas. Revista de Ciências Agrárias, Lisboa, v. 32, n. 2, p.219 – 228. 2009.
RESENDE, F. V.; SOUZA, L. S.; OLIVEIRA, P. S. R.; GULABERTO, R. Uso de cobertura morta vegetal no controle da umidade e temperatura do solo, na incidência de plantas invasoras e na produção da cenoura em cultivo de verão. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 29, p. 100 – 105, 2005.
RHOADES, J. D.; LOVEDAY, J. Salinity in irrigated agriculture. In: Stewart, D. R.; Nielsen, D. R. (ed.) Irrigation of agricultural crops. Madison: ASA, CSSA, SSSA, 1990. p.1089 – 1142. (Agronomy, 30).
RICHARDS, L.A. Diagnostico y rehabilitacion de suelos salinos y sodicos. Departamento de Agricultura de los Estados Unidos de la America, 1954, 172p.
ROCHA, M. C.; SILVA, A. L. B.; ALMEIDA, A.; COLLARD, F. H. Efeito do uso de biofertilizante Agrobio sobre as características físico-químicas na pós colheita do maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg) no município de Taubaté. Revista Biociências, Taubaté, v. 7, 2001. RODOLFO JUNIOR, F. Respostas do maracujazeiro amarelo e da fertilidade do solo com biofertilizantes e adubação mineral com NPK. 2007. 83f. Dissertação (Mestrado em Agronomia). Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, Areia.
RODOLFO JÚNIOR, F.; CAVALCANTE, L. F.; BURITI, E. S. Crescimento e produção do maracujazeiro amarelo em solo com biofertilizantes e adubação mineral com NPK. Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 2, p. 149 – 160, 2009.
RODRIGUES, A.C.; CAVALCANTE, L. F.; DANTAS, T. A. G.; CAMPOS, V. B.; DINIZ, A. A. Caracterização de frutos de maracujazeiro amarelo em solo tratado com biofertilizante supermagro e potássio. Magistra, Cruz das Almas, v. 20, n. 3, p. 264 – 272, 2008.
RODRIGUES, A. C.; CAVALCANTE, L. F.; DINIZ, A. A.; CAMPOS, V. B.; DANTAS, T. A. G.; CAVALCANTE, I. H. L. Biofertilizante supermagro e potássio na fertilidade de um solo cultivado com maracujazeiro amarelo. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, v. 4, n. 1, p. 76 – 84, 2009a.
RODRIGUES, A. C.; CAVALCANTE, L. F.; OLIVEIRA, A. P.; SOUSA, J. T.; MESQUITA, F. O. Produção e nutrição mineral do maracujazeiro amarelo em solo com biofertilizante supermagro e potássio. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 13, n. 2, p. 117 – 124, 2009b.
168
RODRIGUES, L. N. Níveis de reposição da evapotranspiração da mamoneira irrigada com água residuária. Campina Grande, 2009. 144f. Tese (Doutorado). Universidade Federal de Campina Grande. Centro de Tecnologia e Recursos Naturais. 2008.
ROHÁCEK, K. Chlorophyll fluorescence parameters: the definitions, photosynthetic meaning and mutual relationships. Photosynthetica, v. 40, n. 1, p. 13 – 29, 2002.
ROSOLEM, C. A.; BÍSCARO, T. Adsorção e lixiviação de boro em Latossolo Vermelho‑Amarelo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.42, p.1473 – 1478, 2007.
RUGGIERO, C. Situação da cultura do maracujazeiro amarelo no Brasil. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 21, n. 206, p. 5 – 9, 2000.
SAEED, R.; AHMAD, R. Vegetative growth and yield of tomato as affected by the application of organic mulch and gypsium under saline rhizosphere. Pakistan Journal of Botany, Karachi, v. 41, n. 6, p. 3093-3105, 2009. SAEED, I. A. M.; EL-NADI, A. H. Irrigation effects on the growth, yield and water use efficiency of alfalfa. Irrigation Science, New York, v.17, p.63 – 68, 1997.
SANTANA, M. J.; CARVALHO, J. A.; SILVA, E. L.; MIGUEL, D. S. Efeito da irrigação com água salina em um solo cultivado com feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 27, n.2, p.443 – 450, 2003.
SANTANA, M. J.; CARVALHO, J. A.; SOUZA, K. J.; SOUSA, A. M. G.; VASCONCELOS, C. L.; ANDRADE, L. A. B. Efeitos da salinidade da água de irrigação na brotação e desenvolvimento inicial da cana-de-açúcar (Saccharum spp.) e em solos com diferentes níveis texturais. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 31, n. 5, p. 1470 – 1476, 2007.
SANTOS, A. C. V.; AKIBA, F. Biofertilizante líquido: uso correto na agricultura alternativa. Seropédica: UFRRJ. 1996. 35 p.
SANTOS, C., AZEVEDO, H., CALDEIRA, G. In situ and in vitro senescence induced by KCl stress: nutritional imbalance, lipid peroxidation and antioxidant metabolism. Journal of Experimental Botany, v. 52, p. 351 – 360, 2001.
SANTOS, G. D. Avaliação do maracujazeiro amarelo sob biofertilizantes aplicados ao solo na forma líquida. Areia. 2004. 74f. (Dissertação Mestrado). Centro de Ciências Agrárias. Universidade Federal da Paraíba. Areia.
SANTOS, H. G.; JACOMINE, P. K. T.; ANJOS, L. H. C.; OLIVEIRA, V. A.; OLIVEIRA, J. B.; COELHO, M. R.; LUMBREBAS, J. F.; CUNHA, J. T. F. (Eds). Sistema brasileiro de classificação de solos. 2. ed. Rio de Janeiro: Embrapa Solos. 2006. 306 p.
SANTOS, K. C. F. Atividade biológica e bioprospecção de bactérias associadas à Atriplex nummularia em solo salino sódico no Agreste de Pernambuco. Recife. 2010. 65p. (Dissertação Mestrado). Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife.
SANTOS, R. V.; CAVALCANTE, L. F.; VITAL, A. F. M. Interações salinidade-fertilidade do solo. p. 221 – 252, 2010. In: GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.; LACERDA, C. F. (editores). Manejo da salinidade na agricultura: estudos básicos e aplicados. Fortaleza: INCTSal. 2010. 472 p.
169
SÃO JOSÉ, A. R.; REBOUÇAS, T. N. H.; PIRES, M. M.; ANGEL, D. M.; SOUZA, I. V. B.; BONFIM, M. P. Maracujá: práticas de cultivo e comercialização. Vitória da Conquista: UESB, 2000. 79 p.
SCALON, S. P. Q.; MUSSURY, R. M.; RIGONI, M. R.; SCALON FILHO, R. Crescimento inicial de mudas de Bombacopsis glabra (Pasq.) A. Robyns sob condição de sombreamento. Revista Árvore, Viçosa, v. 27, n. 6, p. 753 – 758, 2003.
SCHÖFFEL, E. R. Agrometeorologia. 2010. 10 p. Disponível em: http//www.ufpel.edu.br/faem_agrometeorologia/Tsolo.pdf. Acesso em 15 de set. 2010.
SGANZERLA, E. Nova Agricultura: a fascinante arte de cultivar com os plásticos. Porto Alegre: Plasticultura Gaúcha, 1991, 303 p. SHARMA, P. K.; HALL, D. O. Interaction of salt stress and photoinhibition on photosynthesis in barley and sorghun. Journal of Plant Physiology, Stuttgart, v. 138, n.5, p. 614 – 619, 1991.
SILVA, A. A. G. Maracujá-amarelo (Passiflora edulis f. Sims flavicarpa Deg.): aspectos relativos à fenologia, à demanda hídrica e à conservação pós-colheita. 2001. 97f. Tese (Doutorado). Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”. Botucatu. 2001.
SILVA, A. A. G.; BARRETO, A. N. Caracterização do solo e clima: técnicas para um manejo de irrigação otimizada. 2004. p. 47-82. In: BARRETO, A. N.; SILVA, A. A. G. da; BOLFE, E. L. Irrigação e drenagem na empresa agrícola: impacto ambiental versus sustentabilidade. Aracaju: EMBRAPA. 2004. 417 p.
SILVA, A. A. G.; KLAR, A. E. Demanda hídrica do maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg). Irriga, Botucatu. v. 7, n. 3, p.185 – 190, 2002.
SILVA, A. F.; PINTO, J. M.; FRANÇA, C. R. R. S.; FERNANDES, S. C.; GOMES, T. C. A.; SILVA, M. S. L.; MATOS, A. N. B. Preparo e uso de biofertilizante líquido. Petrolina: EMBRAPA Semi-Árido, 2007. 4p. (Comunicado Técnico, 30).
SILVA, E. N.; RIBEIRO, R. V.; FERREIRA-SILVA, S. L.; VIÉGAS, R. A.; SILVEIRA, J. A. G. Comparative effects of salinity and water stress on photosynthesis, water relations and growth of Jatropha plants. Journal of Arid Environments, v. 74, n. 10, p.1130 – 1137, 2010.
SILVA, F. C. Uso de dispositivos lisimétricos para medida da evapotranspiração de referência. Piracicaba, 1996. 68f. Dissertação (Mestrado). Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Piracicaba. 1996.
SILVA, G. F.; CAVALCANTE, L. F.; GHEYI, H. R.; ALVES, J. C.; COSTA, A. P. C.; PEREIRA, W. E.; OLIVEIRA, F. H. T. Comportamento do maracujazeiro - amarelo em solo salino com esterco bovino líquido fermentado. In: Workshop Manejo e Controle da Salinidade na Agricultura Irrigada, 2007, Recife. Anais… Recife: Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2007. p. 1-4.
SILVA, T. J. A.; FOLEGATTI, M. V.; SILVA, C. R.; ALVES JÚNIOR, J.; PIRES, R. C. M. Evapotranspiração e coeficientes de cultura do maracujazeiro amarelo conduzido sob duas
170
orientações de plantio. Irriga, Botucatu, v. 11, n. 1, p. 90 – 106, 2006.
SILVA, T. V.; RESENDE, E. D.; VIANA, A. P.; PEREIRA, S. M. F.; CARLOS, L. A.;
VITORAZI, L. Qualidade do suco de maracujá-amarelo em diferentes épocas de colheita.
Ciências e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.28, p. 545 - 550, 2008.
SILVEIRA, J. A. G.; SILVA, S. L. F.; SILVA, E. N.; VIÉGAS, R. A. Mecanismos envolvidos com a resistência ao estresse salino em plantas. p. 161 – 180, 2010. In: GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.; LACERDA, C. F. (editores). Manejo da salinidade na agricultura: estudos básicos e aplicados. Fortaleza: INCTSal. 2010. 472 p.
SMIRNOFF, N. The role of active oxygen in the response of plants to water deficit and desiccation. New Phytologist, Cambridge, v. 125, p. 27 – 58, 1993.
SOARES, C. F.; PEITER, M. X.; ROBAINA, A. D.; PARIZI, A. R. C.; RAMÃO, C. J.; VIVAN, G. A. Resposta da produtividade de híbridos de milho cultivado em diferentes estratégias de produção. Irriga, Botucatu, v. 15, n. 1, p. 36 – 50, 2010.
SOARES, F. A. L.; CARNEIRO, P. T.; GOMES, E. M.; GHEYI, H. R.; FERNANDES, P. D. Crescimento e produção do maracujazeiro amarelo sob irrigação suplementar com águas salinas. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 3, n. 2, p. 151 – 156, 2008.
SOARES, F. A. L.; GHEYI, H. R.; VIANA, S. B. A.; UYEDA, C. A.; FERNANDES, P. D. Water salinity and initial development of yellow passion fruit. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 59, n. 3, p. 491-497, 2002.
SOUSA, D. M. G.; MIRANDA, L. N.; OLIVEIRA, S. A. A acidez do solo e sua correção. In: In: NOVAIS, R.F.; ALVAREZ V., V. H.; BARROS, N. F.; FONTES, R. L. F.; CANTARUTTI, R. B.; NEVES, J. C. L. (ed.). Fertilidade do solo. Viçosa, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2007. p. 205 – 274.
SOUSA, G. B.; CAVALCANTE, L. F.; CAVALCANTE, I. H. L.; BECKMAN-CAVALCANTE, M. Z.; NASCIMENTO, J. A. M. Salinidade do substrato contendo biofertilizante para a formação de mudas de maracujazeiro irrigado com água salina. Revista Caatinga, Mossoró, v. 21, p. 172 – 180, 2008.
SOUSA, G. B.; LACERDA, C. F.; CAVALCANTE, L. F.; GUIMARÃES, F. V. A.; BEZERRA, M. E. J.; SILVA, G. L. Nutrição mineral e extração de nutrientes de planta de milho irrigada com água salina. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 14, n. 11, p. 1143 – 1151, 2010. SOUSA, V. F. Níveis de irrigação e doses de potássio aplicados via fertirrigação por gotejamento no maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg). 2000. 178f. Tese (Doutorado). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Piracicaba. 2000.
SOUSA, V. F.; ALENCAR, C. M.; FOLEGATTI, M. V. Coeficientes de cultivo para o maracujazeiro amarelo no período de desenvolvimento vegetativo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, 29, 2000. Fortaleza: SBEA-UFC, 2000. CD Rom.
171
SOUSA, V. F.; BORGES, A. L.; COELHO, E. F.; VASCONCELOS, L. F. L.; VELOSO, M. E. C.; OLIVEIRA, A. S.; AGUIAR NETTO, A. O. Irrigação e fertirrigação do maracujazeiro. Teresina : Embrapa Meio Norte, 2001. 46p. (Embrapa Meio Norte, Circular Técnica, 32).
SOUSA, V. F.; FOLEGATTI, M. V.; FRIZZONE, J. A. Produtividade do maracujá amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.) sob diferentes níveis de irrigação e doses de potássio via fertirrigação. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 38, n. 4, p. 497 – 504, 2003.
SOUSA, V. F.; FRIZZONE, J. A.; FOLEGATTI, M. V.; VIANA, T. V. A. Eficiência do uso da água pelo maracujazeiro amarelo sob diferentes níveis de irrigação e doses de potássio. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 9, n. 3, p. 302 – 306, 2005.
SOUSA, V. F.; OLIVEIRA, A. S.; COELHO, E. F.; BORGES, A. L. Irrigação. In: Maracujá: produção e qualidade na passicultura. LIMA, A. de A.; CUNHA, M. A. P. da. Cruz das Almas: EMBRAPA. 2004. 396 p.
SOUZA, J. L.; REZENDE, P. Manual de horticultura orgânica. Viçosa: Aprenda Fácil. 2003. 564 p.
SOUZA, M. S. M.; BEZERRA, F. M. L.; VIANA, T. V. A.; TEÓFILO, E. M.; CAVALCANTE, I. H. L. Evapotranspiração do maracujá nas condições do Vale do Curu. Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 2, p. 11 – 16, 2009.
SOUZA, R. P.; MACHADO, E. C.; SILVA, J. A. B.; LAGOA, A. M. M. A.; SILVEIRA, J. A. G. Photosynthetic gás Exchange, chlorophyll fluorescence and some associated metabolic changes in cowpea (Vigna unguiculata) during water stress and recovery. Environmental and Experimental Botany, v. 51, n. 1, p. 45 - 56, 2004.
STAMETS, P.; CHILTON, J. S. The mushroom cultivator. Washington: Agrikon Press, 1983. 415 p.
STONE, L. F.; MOREIRA, J. A. A. Efeitos de sistemas de preparo do solo no uso da água e na produtividade do feijoeiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.35, n.4, p.835 – 841, 2000.
SULTANA, N.; IKEDA, T.; ITOH, R. Effect of NaCl salinity on photosynthesis and dry matter accumulation in developing rice grains. Environmental and Experimental Botany, Amsterdam, v.42, n.3, p.211 – 220, 1999.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. Porto Alegre: Artmed Editora, 2008. 820 p.
TÁVORA, F. J. A. F.; FERREIRA, R. G.; HERNANDEZ, F. F. F. Crescimento e relações hídricas em plantas de goiabeira submetidas a estresse salino com NaCl. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 23, n. 2, p. 441 – 446, 2001.
TEJEDOR, M.; JIMÉNEZ, C. C.; DIAS, F. Soil moisture regime changes in tephra-mulches soils: implication for soil taxonomy. Soil Science Society of America
172
Journal, Madison, v. 66, n. 1, p. 202-206, 2002. TESTER, M.; DAVENPORT, R. Na+ tolerance and Na+ transport in higher plants. Annals of Botany, v. 91, p. 503 – 527, 2003. TEZARA, W.; MARÍN, O.; RENGIFO, E.; MARTÍNEZ, D.; HERRERA, A. Photosynthetica, v. 43, n. 1, p. 37 – 45, 2005.
THEODORO, V. C. A.; ALVARENGA, M. I. N.; GUIMARÃES, R. J.; SOUZA, C. A. S. Alterações químicas em solo submetido a diferentes formas de manejo do cafeeiro. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 27, p. 1039 – 1047, 2003.
TORRES NETTO, A.; CAMPOSTRINI, E.; OLIVEIRA, J. G.; BRESSAN-SMITH, R. Photosynthetic pigments, nitrogen, chlorophyll a fluorescence and SPAD-502 readings in coffee leaves. Scientia Horticulturae, Amsterdan, v.104, p.199 – 209, 2005.
UNGER, P. W. Paper pellets as a mulch for dryland grain sorghum production. Agronomy Journal, Madison, v. 93, n.2, p.349-357, 2001
UTSUNOMIYA, N. Effect of temperatur on shoot growth. Flowering and fruit, growth of purple passion fruit (Passiflora edulis Sims var. edulis). Scientia Horticulturae, v. 52, n. 1 – 2, p. 63 – 68, 1992.
VALE, F. R.; GUILHERME, L. R. G.; GUEDES, G. A. A.; FURTINI NETO, A. E. Fertilidade do solo: dinâmica e disponibilidade dos nutrientes de plantas. Lavras: UFLA, 1997. 171p.
VANZELA, L. S.; HERNANDEZ, F. B. T.; FERREIRA, E. J. S. Desempenho da estimativa da evapotranspiração de referência em Ilha Solteira – SP. Bonito: SBEA. XXXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA. 2007. CD Rom.
VESSEY, J. K. Plant growth promoting rhizobacteria as biofertilizers, Plant Soil, Dordrecht, v. 255, p. 571 – 586, 2003.
VIANA, A. P.; BRUCKNER, C. H.; MARTINEZ, H. E. P. Na, K, Mg and Ca concentrations of grape-vine rootstock in saline solution. Scientia Agricola, v. 58, p. 187 – 191, 2001.
WAHOME, P. K.; JESCH, H. H.; GRITTNER, I. Mechanisms of salt stress tolerance in two rose rootstocks: Rosa chinensis Major and R. rubiginosa. Scientia Horticulturae, v. 87, p. 207 – 216, 2001.
YANG, Y.; LIU, X.; LI, W.; LI, C. Effect of different mulch materials on winter wheat production in desalinized soil in Heilonggang region of North China. Journal of Zhejiang University, Science B, Zheijiang, v. 7, n. 11, p. 858-867, 2006. YOKOI, S.; BRESSAN, R. A.; HASEGAWA, P. M. Salt stress tolerance of plants. JIRCAS Working Report, Tóquio, v. 23, n. 1, p. 25 – 33, 2002.
YOSHIDA, K. Plant biotechnology genetic engineering to enhance plant salt
173
tolerance. Journal Bioscience Bioengineering, v. 94, n. 4, p. 585 – 590, 2002.
ZANANDREA, I.; NASSI, F. L.; TURCHETTO, A. C.; BRAGA, E. J. B.; PETERS, J. A.; BACARIN, M. A. Efeito da salinidade sob parâmetros de fluorescência em Phaseolus vulgaris. Revista Brasileira Agrociência, Pelotas, v. 12, n. 2, p. 157 – 161, 2006.
ZANELLA, F.; WATANABE, T. M.; LIMA, A. L. S.; SCHIAVINATO, M. A. Photosynthetic performance in jack bean [Canavalia ensiformis (L.) D. C.] under drought and after rehydration. Braz. J. Plant Physiol., Campos dos Goytacazes, v. 16, n. 3, p. 181 – 184, 2004.
ZHU, J. K. Plant salt tolerance. Plant Science, v. 6, n. 2, p. 66 – 71, 2001.
174
7. APÊNDICE
175
Apêndice 1. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes a matéria orgânica (MO), acidez potencial (H + Al), pH, fósforo (P) e potássio (K) no solo na época da floração do maracujazeiro amarelo.
Quadrados Médios
Fonte de Variação
GL
MO
H + Al
pH
P
K
Blocos 2 0,2778ns 0,5918ns 0,0004ns 178,40ns 133,72ns
Água (A) 1 4,7801* 1,5053ns 0,2400** 12,667** 10.548,9**
Bio (B) 1 11.817,0** 0,7804ns 0,2400** 8,7705* 23.398,2**
Cobertura (C) 1 149,30** 2,7843ns 0,0016ns 0,909ns 177,95ns
A x B 1 35,240** 0,0217ns 0,060** 0,805ns 4.264,2**
A x C 1 2,9100 ns 6,0214* 0,0016ns 0,1891ns 97,88ns
B x C 1 58,530** 0,8965ns 0,0150ns 0,1402ns 315,67*
A x B x C 1 15,930** 0,0867ns 0,0016ns 1,500ns 497,35**
Resíduo 14 0,1034 0,0276 0,0051 282,6590 48,3557
CV (%) - 1,87 22,73 1,14 9,24 3,80
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação. Apêndice 2. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores
de cálcio (Ca), magnésio (Mg), sódio (Na) e capacidade de troca catiônica (CTC) no solo na época da floração do maracujazeiro amarelo.
Quadrados Médios
Fonte de variação
GL
Ca
Mg
Na
CTC
Blocos 2 0,2279ns 0,0501ns 0,0010ns 0,0439ns
Água (A) 1 2,3126** 0,1666ns 1,2439** 0,6501**
Bio (B) 1 0,6834* 0,3504* 0,0733** 1,2927**
Cobertura (C) 1 0,2501ns 0,0004ns 0,0005ns 0,00004ns
A x B 1 0,0001ns 0,0016ns 0,0229** 0,5551**
A x C 1 0,4676ns 0,0104ns 0,0017ns 0,0002ns
B x C 1 0,0234ns 0,0001ns 0,0188** 0,00004ns
A x B x C 1 0,0301ns 0,0016ns 0,0117** 0,00004ns
Resíduo 14 0,1431 0,0484 0,0008 0,0267
CV (%) - 6,77 12,86 4,76 1,78
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação.
176
Apêndice 3. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores de ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn) e boro (B) no solo na época da floração do maracujazeiro amarelo.
Quadrados Médios
Fonte de variação
GL
Fe
Mn
Zn
B
Blocos 2 24,066ns 0,1504ns 0,0385ns 0,0011ns
Água (A) 1 3,0888ns 0,6666ns 0,2926* 0,0571**
Bio (B) 1 109,8** 2,9400* 8,6520** 0,1479**
Cobertura (C) 1 2,3126ns 0,4816ns 0,0273ns 0,0813**
A x B 1 49,622* 0,0266ns 0,2262* 0,0001ns
A x C 1 6,1307ns 0,0016ns 0,3978** 0,0006ns
B x C 1 31,487ns 0,0150ns 0,0477ns 0,000005ns
A x B x C 1 28,886ns 0,0016ns 0,1247ns 0,0098*
Resíduo 14 9,8837 0,3985 0,0355 0,0013
CV (%) - 5,72 5,85 7,76 4,28
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação. Apêndice 4. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, dos valores de
porcentagem de sódio trocável (PST), pH do extrato de saturação (pHes) e condutividade elétrica do extrato de saturação (CEes), na floração(1) ao final do experimento(2) em solo cultivado com maracujazeiro.
Quadrados Médios
Fonte de variação
GL
PST(1)
PST(2)
pHes
CEes
Blocos 2 0,059 ns 0,0916ns 0,0079ns 0,0012*
Água (A) 1 135,11** 36,97** 0,4266** 158,10**
Bio (B) 1 5,3408** 0,0247ns 0,0816** 7,0417**
Cobertura (C) 1 0,0506ns 0,3015ns 0,1066** 1,5000**
A x B 1 3,4586** 0,0002* 0,1066** 13,807**
A x C 1 0,2181ns 0,7740ns 0,0816** 5,2266**
B x C 1 2,2261** 0,0009ns 0,0266** 3,3750**
A x B x C 1 1,3309** 0,0392ns 0,0150 0,2817ns
Resíduo 14 0,1226 0,2807 0,0055ns 0,1288
CV (%) - 5,38 14,78 1,04 6,77
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação.
177
Apêndice 5. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, das taxas de crescimento absoluto e relativo em altura (TCAA, TCRA), taxas de crescimento absoluto e relativo em diâmetro caulinar (TCADC, TCRDC) do maracujazeiro amarelo.
Quadrados Médios Fonte de variação
GL
TCAA
TCRA
TCADC
TCRDC
Blocos 2 0,1653ns 0,000123ns 0,00001ns 4,209E-7ns
Água (A) 1 12,980** 0,00199** 0,0005** 2,629E-6*
Bio (B) 1 5,5200** 0,00066** 0,0010** 3,299E-6**
Cobertura (C) 1 0,5490ns 0,00011ns 0,00005* 1,162E-7ns
A x B 1 1,2650* 0,00027* 0,00006* 4,473E-8ns
A x C 1 0,2542ns 0,00008ns 0,00004* 5,059E-7ns
B x C 1 0,3927ns 0,00002ns 0,00001ns 2,544E-10ns
A x B x C 1 1,2558** 0,00023ns 0,00003ns 9,515E-9ns
Resíduo 14 0,18054 0,000051 0,00001 4,25 9E-7
CV (%) - 8,41 14,27 3,42 7,68
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação. Apêndice 6. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes a
comprimento de internódios (CI), número de ramos produtivos (NRP) e diâmetro caulinar (DC) do maracujazeiro amarelo.
Quadrados Médios
Fonte de variação
GL PPRL CI NRP DC
Blocos 2 2,04167ns 0,1666ns 1,5000ns 0,0454ns
Água (A) 1 337,5000** 12,0411** 104,1666** 11,7600**
Bio (B) 1 253,5000** 0,3750ns 2,6666ns 25,6266**
Cobertura (C) 1 450,66667** 1,0416ns 8,1666ns 6,0000**
A x B 1 1,5000ns 0,0416ns 0,1666ns 1,2150*
A x C 1 2,6666ns 0,3750ns 2,6666ns 0,7350ns
B x C 1 96,0000** 0,3750ns 1,5000ns 1,2150*
A x B x C 1 2,6666ns 0,3750ns 2,6666ns 0,6666ns
Resíduo 14 2,66667ns 0,7857 5,6428 0,2306
CV (%) - 3,45 8,68 8,05 2,42
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação.
178
Apêndice 7. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S) no tecido foliar do maracujazeiro amarelo.
Quadrados Médios
Fonte de Variação
GL
N
P
K
Ca
Mg
S
Blocos 2 0,1917ns 0,0548ns 5,4722ns 0,8350ns 0,1969ns 0,3789ns
Água (A) 1 27,093** 0,6936* 156,62** 17,9747** 1,2376* 14,018*
Bio (B) 1 60,992** 0,0816ns 33,630** 14,3067** 1,2558* 7,3041*
Cobertura (C) 1 28,820** 0,2016ns 3,8320ns 0,4788ns 0,0176ns 7,6388*
A x B 1 8,3426** 0,0450ns 1,2285ns 0,0876ns 0,0092ns 7,5488*
A x C 1 6,5000** 0,0066ns 0,0322ns 0,4134ns 0,0234ns 2,3562ns
B x C 1 0,0759** 0,0006ns 0,8475ns 0,2970ns 0,0301ns 24,766ns
A x B x C 1 2,5090** 0,0294ns 0,0009* 0,2625ns 0,0001ns 0,4704ns
Resíduo 14 4,2483 0,1404 1,5048 0,4727 0,2012 1,1776
CV (%) 1,03 10,61 5,55 9,50 15,72 6,38
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação. Apêndice 8. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores
de boro (B), ferro (Fe), cobre (Cu), manganês (Mn) e zinco (Zn) no tecido foliar do maracujazeiro amarelo.
Quadrados Médios
Fonte de Variação
GL
B
Fe
Cu
Mn
Zn
Blocos 2 70,1055ns 22,4269ns 13,048ns 1.587,47ns 3,0485ns
Água (A) 1 3.595,62** 29,4152ns 389,13** 11.007,31* 141,7662**
Bio (B) 1 1,7930ns 603,104* 232,62* 4.575,51ns 56,1335*
Cobertura (C) 1 136,0408ns 267,400ns 62,985ns 619,556ns 3,0602ns
A x B 1 0,0337* 830,373* 383,68** 1.774,08ns 0,4902ns
A x C 1 87,4016ns 73,2552ns 20,387ns 1.002,85ns 3,3078ns
B x C 1 47,7144ns 40,3782ns 43,848ns 2.679,28ns 5,3865ns
A x B x C 1 15,1368ns 230,330ns 104,16ns 846,568ns 2,9610ns
Resíduo 14 105,6419 100,7655 38,1460 1.777,29 8,1336
CV (%) - 17,56 21,82 26,58 20,78 6,80
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação.
179
Apêndice 9. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores de sódio (Na), relações sódio/cálcio (Na/Ca), sódio/magnésio (Na/Mg) e sódio/potássio (Na/K) no tecido foliar do maracujazeiro amarelo.
Quadrados Médios
Fonte de variação
GL
Na
Na/Ca
Na/Mg
Na/K
Blocos 2 0,0732ns 0,0410ns 0,2455ns 0,0001ns
Água (A) 1 8,9792** 0,9440** 4,6640** 0,0975**
Bio (B) 1 1,3254** 0,1504* 0,0661ns 0,0001ns
Cobertura (C) 1 0,2480ns 0,0375ns 0,0240ns 0,0035**
A x B 1 0,0048** 0,0640ns 0,5704* 0,0026**
A x C 1 0,0400ns 0,0192ns 0,0006ns 0,0001ns
B x C 1 0,2604ns 0,0073ns 0,0384ns 0,0001ns
A x B x C 1 0,3456ns 0,0054ns 0,1066ns 0,0003ns
Resíduo 14 0,1489 0,0201 0,1004 0,0032
CV (%) - 6,41 16,34 14,91 5,41
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação. . Apêndice 10. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes à fluorescência
inicial (F0), fluorescência máxima (Fm) e fluorescência variável (Fv) do maracujazeiro amarelo no início da floração (1) e encerramento da fase produtiva (2).
Quadrados Médios
Fonte de Variação
GL
F0 (1)
F0 (2)
Fm (1)
Fm (2)
Fv (1)
Fv (2)
Blocos 2 436,541ns 966,5416ns 28.549ns 29.138ns 37.074 ns 21.085ns
Água (A) 1 3.174,0** 24.512,0** 34.277ns 261.042** 108.541* 445.537*
Bio (B) 1 4.704,00* 23.250,3** 22.878ns 119.992ns 170,666 ns 248.880ns
Cobertura (C) 1 3.952,66* 360,3750ns 68.373ns 104.676ns 76.388ns 117.320ns
A x B 1 32,6666ns 51,0416ns 123.410ns 47.082,0ns 10.668ns 50.233,5ns
A x C 1 240,666ns 18,3750ns 36.738ns 5.985,04ns 69.984ns 6.666,66ns
B x C 1 640,666ns 6.902,04* 92,0416ns 345,041ns 0,16666ns 10.333,5ns
A x B x C 1 352,666ns 70,0416ns 44.118ns 104.412ns 79.350 ns 109.890ns
Resíduo 14 571,7797 992,6845 95.697,94 52.700,75 19.341,30 57.424,36
CV (%) 4,39 5,87 6,56 10,66 6,09 14,83
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação.
180
Apêndice 11. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes à fluorescência inicial (F0), fluorescência máxima (Fm) e fluorescência variável (Fv) do maracujazeiro amarelo no início da floração (1) e encerramento da fase produtiva (2).
Quadrados Médios
Fonte de variação
GL
Fv/Fm (1)
Fv/Fm (2)
Fv/F0 (1)
Fv/F0 (2)
Blocos 2 0,0013ns 0,0004ns 0,2924ns 0,0198ns
Água (A) 1 0,0073* 0,0196** 1,3206** 4,4290**
Bio (B) 1 0,0014ns 0,0129* 0,3821* 3,2047**
Cobertura (C) 1 0,0001ns 0,0026ns 0,0016ns 0,3978ns
A x B 1 0,0018ns 0,0002ns 0,0011ns 0,5370ns
A x C 1 0,0004ns 0,00004ns 0,2262ns 0,0759ns
B x C 1 0,0002ns 0,0035ns 0,0144ns 0,2650ns
A x B x C 1 0,0008ns 0,0027ns 0,4229* 0,3060ns
Resíduo 14 0,0013 0,0018 0,0512 0,2232
CV (%) - 4,56 5,78 5,38 15,40
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação. Apêndice 12. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes à
concentração interna de CO2 (Ci), condutância estomática (gs) e taxa transpiratória (E) e fotossíntese líquida (A) do maracujazeiro amarelo no início da floração (1) e encerramento da fase produtiva (2).
Quadrados Médios
Fonte de Variação
GL
Ci (1)
Ci (2)
gs (1)
gs (2)
E (1)
E (2)
Blocos 2 664,57ns 240,84ns 0,0048ns 0,0001ns 0,0179ns 0,0382ns
Água (A) 1 1.020,5ns 5.442,0** 0,0198ns 0,0016** 0,1066ns 0,2773ns
Bio (B) 1 575,26ns 80,6667ns 0,0007ns 0,0016** 1,0416ns 0,4374**
Cobertura (C) 1 68,3437ns 244,4816ns 0,0287ns 0,0002ns 0,1066ns 0,0864ns
A x B 1 33,8437ns 333,0150ns 0,000004ns 0,00001ns 0,7350ns 0,1472ns
A x C 1 429,26ns 60,1667ns 0,0077ns 0,0004ns 0,2816ns 0,0322ns
B x C 1 2.330,5** 655,2150ns 0,0117ns 0,0020** 0,7350ns 0,7704**
A x B x C 1 14,2604ns 54,0000ns 0,0007ns 0,0006* 0,7350ns 0,1908ns
Resíduo 14 259,8110 372,8475 0,0942 0,0018 0,3260 0,0635
CV (%) 7,24 7,89 34,13 27,96 24,64 19,06
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação.
181
Apêndice 13. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes à fotossíntese líquida (A) do maracujazeiro amarelo no início da floração (1) e encerramento da fase produtiva (2).
Quadrados Médios
Fonte de variação
GL
A (1)
A (2)
Blocos 2 10,7286ns 0,4446ns
Água (A) 1 39,6264ns 3,4808
Bio (B) 1 5,3581ns 1,7496ns
Cobertura (C) 1 51,4508ns 2,0300ns
A x B 1 0,0192ns 0,2016ns
A x C 1 34,6560ns 0,0060ns
B x C 1 0,0840ns 0,6403ns
A x B x C 1 19,5842ns 0,6666ns
Resíduo 14 14,7797 0,7151
CV (%) - 29,40 38,74
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação. Apêndice 14. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos teores
de clorofila a (Cla), clorofila b (Clb), relação Cla/Clb, clorofila total (CT) e carotenóides (CRT) no tecido foliar do maracujazeiro amarelo.
Quadrados Médios
Fonte de Variação
GL
Cla
Clb
ClT
CRT
Blocos 2 0,0092ns 0,0004ns 0,0102ns 0,0041ns
Água (A) 1 0,1285** 0,0161** 0,2357** 0,0480**
Bio (B) 1 0,3002** 0,0169** 0,4596** 0,0387**
Cobertura (C) 1 0,0073ns 0,0001ns 0,0052 ns 0,0108*
A x B 1 0,0175** 0,0013* 0,0092 ns 0,0039 ns
A x C 1 0,0692** 0,0083** 0,1257** 0,0914**
B x C 1 0,0249** 0,0045** 0,0507** 0,0120*
A x B x C 1 0,0350** 0,0163** 0,0035 ns 0,0304**
Resíduo 14 0,0031 0,0002 0,0037 0,0019
CV (%) - 4,10 6,51 3,81 11,07
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação.
182
Apêndice 15. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos valores médios de evapotranspiração da cultura (ETc) nas fases I a IV da planta e consumo hídrico total (ETcTOTAL) do maracujazeiro amarelo.
Quadrados Médios
Fonte de Variação
GL
ETcI
ETcII
ETcIII
ETcIV
ETcTOTAL
Blocos 2 0,0370ns 0,0043ns 0,0581ns 0,3087ns 404,52ns
Água (A) 1 0,0104ns 8,1006** 100,93** 116,52** 1.962.309**
Bio (B) 1 0,7656** 0,1595** 0,0934ns 0,9337** 1.525,299**
Cobertura (C) 1 0,8333** 2,0338** 2,4186** 2,3566** 77.931,55**
A x B 1 0,0015ns 0,0868** 0,1521** 0,9979** 5.235,37**
A x C 1 0,0188ns 0,1734** 0,5127** 0,4974** 12.811,7**
B x C 1 0,0003ns 0,1956** 0,1820** 0,8788** 6.711,73**
A x B x C 1 0,01057* 0,4835** 0,1811** 0,1407ns 5.732,87**
Resíduo 14 0,0221 0,0076 0,0679 0,0631 123,18
CV (%) - 4,52 1,28 2,95 3,31 0,75
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação. Apêndice 16. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes aos valores
médios de coeficientes de cultivo (Kc) nas fases I a IV do maracujazeiro amarelo.
Quadrados Médios Fonte de variação
GL
KcI
KcII
KcIII
KcIV
Blocos 2 0,0001ns 0,0001ns 0,0022ns 0,0134ns
Água (A) 1 0,000001ns 0,2335** 3,8353** 4,8870**
Bio (B) 1 0,0273** 0,0045** 0,0003ns 0,0392**
Cobertura (C) 1 0,0247** 0,0586** 0,0919** 0,1001**
A x B 1 0,0002ns 0,0025** 0,0057** 0,0425**
A x C 1 0,0012ns 0,0049** 0,0194** 0,0360**
B x C 1 0,0001ns 0,0056** 0,0069** 0,0210 ns
A x B x C 1 0,0040ns 0,0139** 0,0068** 0,0063ns
Resíduo 14 0,0009 0,0002 0,0025 0,0026
CV (%) - 5,15 1,28 2,95 3,28
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação.
183
Apêndice 17. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes à abscisão de flores (ABF), número de frutos por planta (NFP), massa média (MMF) e produção de frutos (PF) do maracujazeiro amarelo.
Quadrados Médios
Fonte de variação
GL
ABF
NFP
MMF
PF
Blocos 2 40,3465ns 1,6250ns 7,0416ns 0,0642ns
Água (A) 1 936,50** 1.980,16** 10.045,04** 109,26**
Bio (B) 1 6,3860ns 112,66** 1.080,04** 7,3372**
Cobertura (C) 1 106,93** 66,6666** 210,0416ns 3,0745**
A x B 1 0,5704ns 13,5000** 0,0416* 0,9801*
A x C 1 31,3273ns 20,1666** 12,0416ns 0,1162ns
B x C 1 3,7762ns 0,6666ns 1,0416ns 0,0852ns
A x B x C 1 0,0864ns 0,1666ns 117,0416ns 0,1488ns
Resíduo 14 9,3240 1,3392 86,7559 0,1159
CV (%) - 3,94 3,73 5,52 6,31
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação. Apêndice 18. Resumos das análises de variância, pelo quadrado médio, referentes à
condutividade elétrica da suspensão lixiviada (CESL) e eficiência agronômica do uso de água (EAUA) do maracujazeiro amarelo.
Quadrados Médios
Fonte de variação
GL
CESL
EAUA
Blocos 2 0,0077ns 0,0000004ns
Água (A) 1 1.582,81** 0,00026**
Bio (B) 1 1,4979** 0,00004**
Cobertura (C) 1 8,4065** 0,00004**
A x B 1 1,2395** 0,00001**
A x C 1 0,0463ns 0,000006**
B x C 1 1,1393* 0,0000001ns
A x B x C 1 1,6297** 0,0000007ns
Resíduo 14 0,1289 0,00000001
CV (%) - 2,72 8,09
GL = Grau de liberdade; ns = não significativo; * e ** significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente; CV = Coeficiente de variação.
184
Apêndice 19. Valores médios dos dados do balanço hídrico para do consumo hídrico referentes à precipitações (mm), volume de água aplicada (L) e volume de água drenada (L) nas fase de crescimento apical (Fase I) do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina (NS) e salina (S), no solo sem (SB) e com biofertilizante (CB), sem (SC) e com cobertura morta (CC).
FASE I
TRATAMENTOS Água Bio CM Precipitação VA VD
T1 NS SB SC 0,0 34,29 4,92
T2 NS SB CC 0,0 31,30 6,24
T3 NS CB SC 0,0 31,60 5,83
T4 NS CB CC 0,0 29,80 6,45
T5 S SB SC 0,0 31,97 3,65
T6 S SB CC 0,0 31,26 4,23
T7 S CB SC 0,0 30,22 3,35
T8 S CB CC 0,0 29,57 2,90
Apêndice 20. Valores médios dos dados do balanço hídrico para do consumo hídrico referentes à
precipitações (mm), volume de água aplicada (L) e volume de água drenada (L) na fase de crescimento dos ramos laterais e produtivos (Fase II) do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina (NS) e salina (S), no solo sem (SB) e com biofertilizante (CB), sem (SC) e com cobertura morta (CC).
FASE II
TRATAMENTOS Água Bio CM Precipitação VA VD
T1 NS SB SC 12,0 100,00 8,48
T2 NS SB CC 12,0 82,90 5,93
T3 NS CB SC 12,0 92,80 6,29
T4 NS CB CC 12,0 88,70 5,59
T5 S SB SC 12,0 81,00 10,04
T6 S SB CC 12,0 78,18 10,96
T7 S CB SC 12,0 85,10 3,35
T8 S CB CC 12,0 79,00 2,90
185
Apêndice 21. Valores médios dos dados do balanço hídrico para do consumo hídrico referentes à precipitações (mm), volume de água aplicada (L) e volume de água drenada (L) na fase de floração e frutificação (Fase III) do maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina (NS) e salina (S), no solo sem (SB) e com biofertilizante (CB), sem (SC) e com cobertura morta (CC).
FASE III
TRATAMENTOS Água Bio CM Precipitação VA VD
T1 NS SB SC 99,0 336,00 21,43
T2 NS SB CC 99,0 301,14 20,86
T3 NS CB SC 99,0 326,41 25,88
T4 NS CB CC 99,0 311,40 28,72
T5 S SB SC 99,0 212,43 38,46
T6 S SB CC 99,0 207,30 41,36
T7 S CB SC 99,0 219,70 40,16
T8 S CB CC 99,0 214,40 44,90
Apêndice 22. Valores médios dos dados do balanço hídrico para do consumo hídrico referentes à
precipitações (mm), volume de água aplicada (L) e volume de água drenada (L) na fase de encerramento da produção e repouso vegetativo (Fase IV) maracujazeiro amarelo irrigado com água não salina (NS) e salina (S), no solo sem (SB) e com biofertilizante (CB), sem (SC) e com cobertura morta (CC).
FASE IV
TRATAMENTOS Água Bio CM Precipitação VA VD
T1 NS SB SC 55,0 51,00 2,60
T2 NS SB CC 55,0 51,40 9,70
T3 NS CB SC 55,0 48,60 6,40
T4 NS CB CC 55,0 45,70 7,30
T5 S SB SC 55,0 30,30 11,10
T6 S SB CC 55,0 39,10 25,20
T7 S CB SC 55,0 33,00 16,90
T8 S CB CC 55,0 31,40 14,30