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Crescer, Brincando
Educadoras: Rosa Pires
Márcia Magalhães
Mirandela
2011/2012
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Índice
1 – Introdução ---------------------------------------------------------- Pág. 4
2 – Fundamentação Teórica ----------------------------------------- Pág. 5-6
3 – Organização do Ambiente Educativo ------------------------ Pág. 7 - 19
3.1 – Caracterização do Grupo de Crianças --------------------- Pág. 7 - 12
3.2 – Identificação de Interesses e Necessidades ---------------- Pág. 13 - 14
3.3 – Caracterização do Espaço e Material da Sala ---------- Pág. 15 - 16
3.4 – Organização e Gestão do Tempo ------------------------- Pág. 17 - 18
3.5 – Organização da equipa -------------------------------------- Pág. 19
4 – Competências a desenvolver --------------------------------- Pág. 20 – 22
5 – Estratégias ------------------------------------------------------ Pág. 23
6 – Levantamento de Recursos --------------------------------- Pág. 24 - 25
7 – Metodologia ---------------------------------------------------- Pág. 26
8 – Avaliação ------------------------------------------------------- Pág. 27 - 28
9 – Divulgação do Projecto -------------------------------------- Pág. 29
10 – Relação a família e outros parceiros Educativos ----- Pág. 30 - 33
11 – Considerações finais ----------------------------------------- Pág. 34
12 – Bibliografia ---------------------------------------------------- Pág. 35
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“ Na Creche o principal não são as actividades planeadas, ainda que adequadas, mas sim as rotinas e os tempos de actividades livres. As crianças muito pequenas não se desenvolvem bem em ambientes “escolarizados”, onde realizam actividades em grupo dirigidas por um adulto, mas em contextos calorosos e atentos às suas necessidades individuais.” Gabriela Portugal
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1 – Introdução
O presente projecto intitula-se “Crescer, Brincando”, esta fase é caracterizada pelas descobertas. A descoberta das emoções, dos sentidos, do corpo, etc., são alguns dos temas a tratar neste projecto. Um projecto Pedagógico de Sala é fundamental para o desenvolvimento equilibrado e harmonioso das crianças, assim, é de extrema importância que, o profissional que se encontra na sala da creche esteja atento às necessidades e interesses das crianças, quer a nível colectivo, quer a nível individual.
A primeira infância é a fase da vida de um bébé, muito importante, pois envolve muitas mudanças, quer a nível fisíco, cognitivo e social.
A creche deve proporcionar actividades diversificadas, que favoreçam, por um lado, o contacto fisíco entre criança – adulto e, por outro, um desenvolvimento da linguagem mais cedo e de uma forma mais complexa.
O projecto Pedagógico de Sala é flexível, na medida em que poderá sofrer alterações ao longo do ano consoante, as necessidades e interesses de cada criança.
Este Projecto tem como objectivo dar a conhecer o trabalho pedagógico realizado onde se defenda que, o papel da família é fundamental.
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2 – Fundamentação Teórica
Ao elaborar o presente projecto Pedagógico de Sala relativo às salas de Creche, tivemos em conta a idade das crianças, nível de desenvolvimento e as necessidades e interesses do grupo.
Atendendo à faixa etária do grupo, procuramos estabelecer um conjunto de objectivos e um plano anual de actividades que contemplam o tempo de concentração, a necessidade de estabelecer uma relação de afecto, de movimento, de experimentação e a realização de actividades simples e lúdicas.
O tema deste Projecto é “Crecer, Brincando”, tema que surgiu do facto de as crianças de encontrarem numa fase de descobertas, por exemplo, a descoberta do corpo, a descoberta dos sentidos, fundamentais para a sua experimentação, das emoções indespensáveis ao seu desenvolvimento enquanto pessoa, das regras de convivência em sociedade, enfim, tudo isto é de extrema importância de ser tratado.
Segundo Oliveira (2003), “A criança desde muito pequena brinca. Inicia brincando com o seu corpo, com objectos, brinca com o adulto que lhe cuida.
Logo brinca, também, com outras crianças estabelecendo relações com ela, (...) e fazendo de conta.”
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A criança nos seus primeiros anos de vida, utiliza o brincar como uma forma de linguagem que permite compreender, expressar-se, desenvolver os seus interesses, as suas aptidões e as suas possibilidades de bom relacionamento com os outros.
É através do brincar que a criança descobre, pensa, compartilha, comunica, estabelece as bases do seu crescimento e evolução, etc.
Por outro lado, são os sentidos que lhe transmitem a percepção que tem na realidade. Deste modo, quer o brincar, quer os sentidos contribuem cada um à sua maneira para a criança construir a sua identidade, conhecer-se a si, aos outros e ao meio em que está inserida.
É essencial à vida e ao desenvolvimento da personalidade da criança
BRINCAR.
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3 – Organização do Ambiente Educativo
3.1 – Caracterização do grupo de crianças
A reflexão permanente sobre a funcionalidade e adequação do espaço e potencialidades educativas dos materiais permite que a sua organização vá sendo modificada de acordo com as necessidades e evolução do grupo.” In Orientações Curriculares, p.38
O Educador tem que olhar para a criança como um todo, em todas as suas dimensões: emotivo – expressiva, socio-relacional e sensório-psicomotor, não substimando qualquer uma delas. Aqui reside, pois a multidimensionalidade da educação na infância.
É nesta dimensão que pretendemos esboçar o desenho curricular, a fim de garantir um correcto desenvolvimento da criança como um todo, ser uno e ao mesmo tempo capaz de um relacionamento efectivo com os outros.
A criança não é, vai-se tornando.
As salas de creche do Colégio Nossa Senhora do Amparo mais propriamente o berçário, sala de um ano, e sala 1B, tem um grupo de trinta crianças, com idades compreendidas entre os cinco meses e os vinte e quatro meses. Estando oito crianças no berçário, onze crianças na sala de um ano, e onze crianças na sala 1B, em que no primeiro grupo existem cinco do sexo masculino e três do sexo feminino. Referente ao segundo grupo existem seis crianças do sexo masculino e cinco do sexo feminino. A sala 1B tem cinco crianças do sexo masculino e seis do sexo feminino.
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Lista Nominal dos Utentes Bébés
Nomes
Francisco dos Santos Mota Teixeira
José Pedro Soares Pinto
Maria Clara Sobrinho Teixeira Simões
Martim Teixeira Vieira
Mateus Pereira Correia
Maria Margarida Pinto Carvalhais
Miguel Pereira Gomes
Maria Ricardo Beça
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Lista Nominal nos Utentes 1 ano
Nomes
Diogo Filipe Teixeira
Francisco Luis Dias
Gabriel Alexandre Esteves Conde
Guilherme Pereira da Silva
Sara Padrão Azevedo
Guilherme Afonso Valfreixo
Joana Inês Ramos Ferreira Pires
Mariana Barreira Cepeda
Francisco Miranda Sá
Carolina Ricardo Pires
Oceana Sofia da Silva Gonçalves
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Lista Nominal dos Utentes 1 e 2 anos
Nomes
Leonor Ferreira Santos
Rodrigo Pereira Gomes
Santiago Costa Carvalho Leite
Mariana Alves Teixeira
Matilde Sofia Medeiros Vila Franca Costa
Nicole Prior Loução
António Luis Esteves
Sofia Pereira de Sousa
Lurdes Maria de Novais Neves
Mateus Cunha Frga Pimentel Santos
Afonso Miguel Rodrigues Sousa
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Os primeiros anos de vida destas crianças, são de extrema importância para a formação da personalidade do bébé, é nos primeiros dois anos de vida que a criança descobre e conquista o mundo que a rodeia. Nos dois primeiros anos de vida é quando a criança pensa fazendo, acções nestes primeiros anos é fundamentalmente corporal, contrariamente a outras fases na qual a acção vai ser cognitiva.
É fndamental conhecer as caracteristicas próprias das crianças nestas faixas etárias para que assim possamos ir de encontro às suas necessidades.
A criança de um ano encontra-se no período sensorio-motor, conquista assim o mundo que a rodeia através da própria acção. Age sem reflectir, procura a satisfação de imediato.
Segundo Piaget, encontra-se na quinta fase, caracterizada pela permanência do objecto, embora não o tenha presente (procura o objecto que lhe retiramos depois de lho termos mostrado), e pela experimentação acção; explora, investiga a realidade que a rodeia e observa os resultados das suas diferentes experiências (atira objectos ao chão para os ver cair). As explorações que a criança realiza sobre os objectos, de forma activa, vão lhe permitindo experimentar e descobrir as suas propriedades.
A partir dos 18 meses, entra na sexta fase, dando-se um novo passo no aspecto cognitivo, o da “representação”: a criança é capaz de representar mentalmente os movimentos, sem necessidades de os executar. Começam as primeiras competências sociais: gosta de mostrar as suas graças, de cumprir algumas ordens, de brincar e sair e passear com o adulto. Passará a interagir com o que a rodeia, nomeadamente com os objectos, mas também com os “outros” (família, educadora...).
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Inicia-se na autonomia, come sozinho. O controlo dos esfíncteres é irregular. No fim do primeiro ano aparece a auto-afirmação, negando-se a pedidos e ordens realizados pelos adultos. Revela “chamadas de atenção”, impondo-se através de gritos, de bater os pés e recusa o que lhe oferecem. As crianças dominadoras costumam ter um comportamento em especial pela posse de objectos, reagindo de forma agressiva.
É notável a evolução a nível do vocabulário, escuta com muita atenção e repete.
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3.2 – Identificação de Interesses e necessidades
Referente a este ano lectivo, as necessidades que encontramos, direcciona-se principalmente para o desenvolvimento da linguagem dos nossos cinco sentidos.
Nesta fase as crianças começam a compreender os procedimentos e movimentos que necessitam de desempenhar para atingir um determinado objectivo, as crianças usam todas as suas capacidades para resolver problemas. Estas capacidades designam-se por coordenação motora. É através da imitação, que as crianças começam assim a compreender qual a função de objectos a usar este conhecimento para participarem activamente no mundo que as rodeia. É neste meio do qual a criança faz parte, que ela terá que se encontrar e descobrir a sua forma de realização e expressão. Á medida que a criança atingem maturidade fisíca, cognitiva e emocional vão-se libertando da dependência que os adultos obtêm sobre elas. As crianças procuram fazer prevalecer as suas preferências. É nesta idade que a criança se esforça na busca da sua autonomia.
Para que assim haja tranquilidade e se consiga observar uma evolução, as crianças:
- necessitam sentir a presença dos adultos de referência, mas a relação com outras crianças é cada vez mais necessária e estimulante para elas;
- necessitam de uma atenção individualizada e calorosa;
- resistir à distracção;
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- Consegue olhar e ouvir os seus colegas;
- Linguagem compreensível;
- necessitam experimentar diferentes situações de entretenimento;
- interessam-se por materias e jogos que lhe ofereçam oportunidades de exercitar a sua coordenação geral e experimentar várias situações de manipulação cada vez mais complexas;
- interessam-se e gostam de música e sons ritmados e regulares;
- entre outros...
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3.3 – Caracterização do espaço e materiais da Sala
Quando organizamos o espaço devemos ter sempre em conta as necessidades e as caracteristicas das crianças. O espaço pedagógico é fundamental para melhores aprendizagens. Nas salas: berçário, 1ano e 1B, podemos encontrar vários espaços que proporcionem vivências que estimulem a sua imaginação e criatividade. No seu desenvolvimento global, o espaço em que a criança vive e cresce é decisivo. É fundamental que a criança conheça um espaço para se situar e movimentar.
O berçário é composto por um tapete de psicomotricidade, seis cadeiras, parque, vários brinquedos lúdicos e de exploração variada. Todo o material é adequado ás necessidades das crianças. O berçario recebe luz natural, luz de lampadas fluorescentes. Este espaço tem aquecimento central assegurado por três radiadores no interior da sala.
As salas de 1 ano e 1B são compostas por um tapete de psicomotricidade, uma piscina de bolas, vários brinquedos lúdicos, um leitor de CD´s, uma pequena área que possibilita o “faz de conta”. Estas salas recebem luz natural, além da iluminação natural recebem também luz de lampadas fluorescentes. Estes espaços têm aquecimento central, assegurado por dois radiadores no interior da sala. No que respeita à higiene, as salas encontram-se sempre limpas. A organização do espaço e materiais da sala de actividades é flexível, uma vez que devemos ter em consideração as necessidades e evolução das crianças, podendo assim sofrer algumas modificações durante o ano lectivo.
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A única diferença nestas duas salas (1 ano e 1B) é o facto de a sala 1B não ter piscina de bolas, mas por sua vez, possui uma mesa redonda e dez cadeiras.
Não poderia terminar o ´iten do espaço sem dirigir a frase seguinte:
“diz-me como tens a sala e eu dir-te-ei que educadora és...”
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3.4 – Organização e gestão do tempo
A distribuição do tempo educativo faz-se de modo flexivel, dando origem a uma rotina educativa, sempre com o objectivo de as crianças se sentirem seguras. A rotina desempenha também um papel fundamental na captação do tempo e dos processos temporais. A criança começa a ter maior percepção das fases pelas quais passa e dessa forma consegue também um encadeamento de todas as sequências.
A rotina é, sem dúvida, um suporte para o educador pois, assim torna-se muito mais fácil gerir o seu tempo da forma mais apropriada.
“A sucessão da cada dia ou sessão tem um determinado ritmo existindo, deste modo, uma rotina que é educativa porque é intencionalmente planeada pela educadora e porque é conhecida pelas crianças que sabem o que podem fazer nos vários momentos e prever a sua sucessão, tendo a liberdade de propor modificações. Nem todos os dias são iguais, as propostas do Educador ou das crianças podem modificar o quotidiano habitual.”
«Orientações Curriculares, pp.40.»
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A nossa rotina está bem organizada.
A rotina promove a autonomia da criança .
Rotina Diária
7:45h-Abertura da instituição
9h00-10h00-Acolhimento
10h00-10h25-Tempo de grande grupo
10h25-10h50-Realização de actividades
10h50-11h05-Arrumação de brinquedos/por babetes
11h05-11h40-Almoço
11h40-12h00-Higiene
12h00-14h30-sesta
14h30-15h30-Actividades livres
15h30-16h00-Lanche
16h00-16h50-Arrumação e higiene
16h50-19h- Brincadeiras de livre escolha
19h00- Encerramento da instituição
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3.5- Constituição da equipa
Educadoras de Infância: Rosa Pires(sala 1 ano)
Márcia Magalhães(sala 1B)
Auxiliares da acção educativa: Angelina (sala 1 ano)
Henriqueta (sala 1 ano)
Hélia (sala 1 B)
Lucinda (berçario)
Margarida (berçario)
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4- Competências a Desenvolver
- Promover o desenvolvimento social e pessoal de cada criança com base em experiências de vida democrática, tendo em vista a educação para a cidadania; - Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos no respeito pelas diferentes culturas promovendo uma progressiva consciência como membro da sociedade; - Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da aprendizagem; - Estimular o desenvolvimento global da criança respeitando as suas características individuais e incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e diferenciadas; - Desenvolver a expressão e comunicação através de linguagens múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo; - Despertar a curiosidade e o pensamento crítico; -Proporcionar à criança o bem-estar e segurança necessárias, nomeadamente, a nível da saúde individual e colectiva; - Incentivar a participação das famílias em todo o processo educativo e estabelecer relações de efectiva colaboração com a comunidade envolvente;
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Área pessoal e social
- Responde com gestos ou sinais vocais quando dizem o seu nome;
- Demonstra preferências por objectos ou pessoas;
- Demonstra as emoções adequadas perante determinada situação ou acontecimento;
- Distingue os adultos familiares dos não familiares;
- Responde com gestos ou sinaisvocais quando dizem o seu nome;
- Demonstra preferências por determinados parceiros de brincadeiras;
- Expressa as suas necessidades tais como estar com fome ou que quer o objecto preferido.
Aprendizagem e cognição
- Manipula coisas no contexto que a rodeia;
- Recorda a localização dos objectos favoritos;
- Usa objectos ou uma pessoa como estratégia para conseguir algo;
- Compreende o conceito de “mais” em relação à comida ou à brincadeira;
- Usa brinquedos simples de empilhamento ou de encaixe.
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Fisico motora
- Fica sentada;
-Rasteja ou gatinha sobre as mãos e os joelhos;
- Agarra-se às coisas para se puxar e manter de pé;
- Fica de pé e anda à volta de algo enquanto se agarra aos objectos ou mobília;
- Consegue andar sozinho;
- Corre;
- Pára e anda para trás alguns passos;
- Atira pequenos objectos;
-Empurra os objectos;
- Retira os objectos de dentro de uma caixa;
- Deita os objectos para dentro de uma caixa;
- Usa as mãos para remexer e agarrar ou manipular objectos;
- Consegue comer sozinha.
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5 – Estratégias
1 – Tocar, segurar, falar e brincar com as crianças de forma calorosa e tranquila.
2 – Ter prazer nas interacções das crianças.
3 – Responder de forma facilitadora às necessidades das crianças.
4 – Dar apoio às relações das crianças com os pares e outros adultos.
5 – Ir muito além do que o simples tomar contar ou de um guardar.
6 – Privilegiar os momentos de rotina diária (higiene, refeições, repouso), considerando-os como equilibradores e organizadores do grupo e de cada criança.
É através destas estratégias que os educadores têm assim a oportunidade de compreender e respeitar tudo aquilo que a criança faz e comunica.
Os Educadores devem adequar o seu ritmo ao ritmo do bébé ou da criança em vez de obrigarem uma criança a dar uma resposta. Assim sendo, a criança pressente que está a ser observada, ouvida e compreendida.
Tanto os bébés como as crianças pequenas sabem que, podem contar sempre com os educadores para assim obterem resposta a todos os seus pedidos.
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6- Levantamento de recursos
Nas actividades referenciadas, o factor humano é indispensável. Os recursos humanos existentes na creche são os educadores, auxiliares de acção Educativa, Pais/família, comunidade.
“A reflexão permanente sobre a funcionalidade e adequação do espaço e as potencialidades educativas dos materiais permite que a sua organização vá sendo modificada de acordo com as necessidades e evolução do grupo.”
In Educação Pré-Escolar.
6.1 – Institucionais
� Centro Social Nossa Senhora do Amparo,
6.2 – Humanos
� Crianças,
� Educadoras de Infância,
� Familiares,
� Auxiliares da Acção Educativa
6.3 – Materiais
� Materias de desperdício,
� Jogos didácticos,
� Material lúdico,
� Instrumentos musicais,
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� Material audiovisual e informático (retroprojector, data show, leitor de Cd´s),
� Materiais de expressão plástica,
� Livros,
� Outros materiais pedagógicos.
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7 – Metodologia
As actividades aqui propostas tem em consideração a criança poder estabelecer ligação e apropriar-se dos materiais apresentados, para assim poder realizar aprendizagens significativas, existindo uma intencionalidade pedagógica nos materiais e objectos apresentados, com a função de a criança se divertir, para assim poder aprender e explorar o mundo que a rodeia.
As metodologias utilizadas são praticadas de acordo com as necessidades e os interesses do grupo. Para além das planificações ao longo do ano lectivo elaboramos pequenos projectos articulados com as áreas de desenvolvimento. A organização do tempo é flexível, a rotina diária divide-se em vários momentos do dia.
Ao longo do ano lectivo 2011/2012 serão levadas a efeito sessões de esclarecimento, realização de folhetos para as famílias com sugestões/ideias que fortaleçam a relação familia/criança/escola.
Em todas as actividades realizadas, os Pais/Encarregados de Educação serão solicitados para colaborarem e participarem activamente.
Esta metodologia tem por objectivo um tratamento globalizante dos temas.
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8 – Avaliação
A avaliação deverá ter um carácter permanente e deverá permitir
uma retroacção contínua no sentido de redefinir a análise da situação,
reelaborar os objectos, repensar a acção e escolha dos meios, analisar
resultados.
A avaliação deverá fornecer os dados necessários para intervir no
sentido de corrigir a coerência (relação entre o projecto e o problema), a
eficiência (gestão e administração dos recursos e meios) e eficácia (relação
entre a acção e os resultados).
A avaliação prende-se directamente com a qualidade do processo
educativo e constitui uma das suas componentes fundamentais.
A sua importância na regulação do sistema de ensino e na vida
pessoal de cada um leva-nos muitas vezes a esquecer o que na realidade
está em causa e que é a coerência e a adequação dos processos de ensino e
de aprendizagem.
O papel do ensino e da avaliação só pode ser um: contribuir na
medida do possível para criar as condições necessárias à aprendizagem de
todas e de cada uma das crianças.
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Haverá assim, três momentos específicos de avaliação:
� Avaliação Inicial, já foi realizada através da recolha de dados
junto dos pais, encarregados de educação, através da criança,
Educador(s), elementos da comunidade, junto da autarquia e
outras instituições.
� Avaliação Intermédia, esta avaliação será feita com todos os
elementos intervenientes no projecto, porque será nesta avaliação
que se implantará o mesmo.
� Avaliação Final, avaliação final dos resultados do projecto, Será
levada a cabo com todos os intervenientes no projecto.
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9 – Divulgação do Projecto
O projecto vai ser divulgado através de reuniões com os Pais, onde será apresentado todo o percurso a percorrer.
Uma parte da divulgação do projecto será feita através do jornal da Instituição. Realizaremos ainda uma pequena sessão de esclarecimento no final de cada trimestre, para os Pais terem poderem assim acompanhar o trabalho desenvolvido pelas crianças.
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10 – Relação coma família e outros parceiros educativos
A educação das crianças exige uma ligação entre família e a escola,
manter uma fronteira impermeável entre uma e outra é impossível, contudo
não podemos descorar a importância que a sociedade exerce sobre o
indivíduo.
O sentido autêntico da relação família/escola reside no facto de a
educação e da realidade existencial se reportem ao mesmo sujeito – o
educando.
Já que a educação, mais que uma simples aprendizagem de
conteúdos científicos e culturais dirigidos a promover a integração social e
profissional do indivíduo é o despertar de todas as capacidades inerentes ao
ser humano, todos os educadores de um educando devem estar presentes
em cada um dos diferentes aspectos que o hão-de formar como ser único, e,
portanto, original. Porém esta acção terá, necessariamente, modos e graus
diferentes, deverá estar coordenada por incidir no mesmo sujeito, e, deverá
abarcar todas as dimensões que a educação implica e todas as estruturas
que para ela contribuem.
A tendência para uma maior relação família/escola obedecem a
várias causas.
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Uma delas é o sentido que a sociedade actual terá que ter, ou seja, a
responsabilidade educativa que compete aos pais na educação integral dos
filhos, responsabilidade que não se condescende como o abandono
despreocupado da sua educação nas mãos dos professores/educadores, por
mais excelentes que sejam reservando os pais para si, exclusivamente a
atenção ao desenvolvimento fisiológico dos filhos sem colaborar com os
restantes educadores no desenvolvimento de todas as dimensões da
formação da responsabilidade.
Outra causa é a consciência que cada vez mais a educação é um
fenómeno complexo que necessita da acção combinada de muitos
intervenientes sociais.
Outro factor é a existência de uma maior sensibilidade em todos os
aspectos institucionais da sociedade para exigir a participação como um
direito.
Finalmente temos de considerar também da crescente relação
pais/escola, o ordenamento jurídico vigente que permite e regula a
participação das pessoas e grupos na vida das escolas – os designados
parceiros externos.
Esta é a situação presente!
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Num clima de relação aberta, Pais e Educadora constroem um espaço de confiança, condição essencial para uma acção educativa participativa.
Colaborar no processo educativo do seu filho é certamente uma proposta aliciante.
Planificação a nível da familia:
Mês Actividade
Setembro Recepção das crianças
Outubro Reunião de Pais
Apresentação do projecto pedagógico de sala
Novembro Levar um verso para casa sobre a castanha
Festejar o S. Martinho
Dezembro Dar as boas vindas ao Inverno
Mensagem de Natal dos Pais como sensibilização para os valores inerentes ao Natal
Elaboração de um anjo para árvore de Natal de cada familia
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Janeiro Festejar o Dia da Paz com as famílias
Março Elaboração da prenda para o Dia do Pai
Maio Elaboração da prenda para o Dia da Mãe
Junho Encerramento do ano lectivo e entrega de portefólios
O importante é que as crianças aprendam a viver o dia-a-dia, a compreender a si mesmo e ao mundo que as rodeia.
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11 – Considerações finais
A criança surge olhada no seu contexto sócio-familiar, valorizada nas suas
emoções, nos seus conceitos, nas suas expressões, nas suas questões, na
maneira de entender o mundo das pessoas, dos acontecimentos, dos valores
e das coisas. O olhar positivo que a envolve dá-lhe oportunidade para
revelar as suas capacidades próprias de conhecer, de se responsabilizar, de
colaborar, de acreditar em si e nos outros, condições fundamentais para se
sentir desafiada para novas experiências.
Os pais aparecem acolhidos na sua dupla função, uma a de ajudarem
a conhecer quem são os filhos, outra a de colaborarem com quem tem um
papel específico na sua educação.
O educador de infância como profissional de educação, de
formação e intervenção específicas, é reconhecido o seu trabalho junto da
família e da comunidade, projectando-se a sua acção educativa no
desenvolvimento global e harmonioso da criança.
O educador de infância deixa transparecer a sua função junto da
família, numa abertura ao reconhecimento de direitos e deveres recíprocos
na acção de educar a criança para a vida em sociedade.
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12 - Bibliografia
PIAGET, Jean, (1983), Seis estudos de psicologia, Lisboa: Publicações
Dom Quixote, (1.ª edição, 1973), 9.ª edição.
FORMOSINHO, Júlia Oliveira (org.) et al. (1998), Modelos Curriculares
para a educação de Infância, Porto: Porto Editora.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Orientações Curriculares Para A
Educação Pré-Escolar, Departamento da Educação Básica – Núcleo de
Educação Pré-Escolar
MIALARET, GASTON, As Ciências da Educação, Moraes Editora,
Lisboa, 1976.
Enciclopédia de Educação Infantil “Recursos para o desenvolvimento do Curriculo Escolar”,
Portugal. Grabiela. (2003). Crianças, Familia e creches, Porto Editora.