Índice
• Introdução • Como Construir e Manter a sua Reputação Online • Onde Encontrar Ofertas de Empregos na Web • O Quê e Como Pesquisar Online Antes da Entrevista de Emprego • Como Construir um CV e uma Carta de Apresentação Online que
Realmente Funcionam • Os Benefícios de Ter um Website/Blog Profissional • Os Erros mais Comuns da Procura de Emprego na Internet (e
Como Evitá-‐los)
Introdução
Longe vai o tempo em que procurar emprego significava escolher as empresas nas quais se gostaria de trabalhar e ir pessoalmente entregar o Curriculum Vitae às mesmas, ou a agências de recrutamento. O mundo da Internet veio revolucionar o modo como actualmente procuramos emprego, dando-‐nos a possibilidade de sermos muito mais (pro) activos tendo em conta as inúmeras possibilidades que nos apresenta. Mas ao mesmo tempo que é um mundo de possibilidades, pode também ser algo confuso perceber quais são todas as formas de procurar emprego online (as óbvias e as não tão óbvias) e saber geri-‐las da melhor forma, obtendo o sucesso que se pretende.
Este guia vai assim ao encontro de todos que procuram emprego, estando actualmente sem emprego ou encontrando-‐se a trabalhar mas procurando uma melhor situação profissional. É assim um guia de como procurar emprego na Internet, onde se explica todas as possibilidades que existem e como tirar melhor partido delas. Seguindo os passos descritos neste guia, vai sentir que o tempo que dispende na procura de trabalho online é mais bem empregue e que o seu esforço trabalha também por si, mesmo quando não está no computador.
Como Construir e Manter a sua Reputação Online
Actualmente é muito comum os empregadores pesquisarem pelos candidatos a emprego na Internet para saberem mais sobre os mesmos.
Torna-‐se assim necessário construir uma imagem pessoal e profissional sólida e consistente. O mesmo principio de construção e gestão da reputação online para empresas que fazem o seu marketing na Internet, aplica-‐se aqui. Afinal, estamos a falar do seu marketing pessoal.
Muitos candidatos a emprego não têm consciência do impacto da sua reputação online e não sabem que a mesma os pode estar a prejudicar.
Muitas vezes são mal-‐entendidos, mas os empregadores e recrutadores simplesmente não têm tempo para telefonar ou enviar email ao candidato a solicitar que clarifique a situação, colocando o candidato de lado.
Motores de busca, sites de redes sociais (como o Linkedin ou o Facebook), comunidades online, blogs, sites de partilha de fotos e vídeos, são apenas alguns dos locais na web onde os empregadores pesquisam sobre os candidatos. Sendo assim, é recomendável enquanto candidato que não só pesquise a si próprio e saiba o que está a ser dito de si, mas também que construa e mantenha a sua própria imagem online. Como saber o que está a ser dito sobre mim?
• Ponha o Google a trabalhar para si. Pesquise o seu nome no motor de busca e observe se surge algo que possa denegrir a sua imagem profissional ou se existe alguém com o seu nome que possa ser confundido consigo.
• Utilize o Google Alerts: é uma forma fácil e cómoda de receber no seu email mensagens sempre que surgir na web conteúdo com as palavras-‐chave que definiu (neste caso, o seu nome). O Google Alerts é grátis, portanto use e abuse do mesmo.
Como construir e manter a minha imagem online? No mundo da web não pode evitar que falem mal de si (apesar de certos actos poderem culminar em processos judiciais), mas pode perfeitamente construir uma imagem sólida e mantê-‐la, passando a imagem que quer aos empregadores.:
• Depois de pesquisar sobre si próprio, retire da web tudo o que possa danificar a sua imagem profissional: (fotos, vídeos, posts) e peça aos seus amigos que façam o mesmo, caso estes tenham conteúdo comprometedor sobre si nas suas redes sociais, blogs, etc.
• Caso seja informação a que não tem acesso, contacte o gestor do
site e procure resolver o problema. • Qualquer que seja a sua presença online, tente que a sua imagem
seja consistente e transparente. • Verifique as definições de privacidade das redes sociais a que
pertence (Facebook, Twitter, etc) e escolha quem pode visualizar o quê. Lembre-‐se que caso não mantenha privacidade, o conteúdo do seu perfil no Facebook pode ir parar aos resultados de pesquisas no Google.
• Escolha onde estar presente: fórums, grupos, sites, blogs, sobre a
sua área profissional pode ser uma excelente ideia, não só pelos contactos profissionais que pode fazer mas porque passa a ideia ao empregador que está realmente envolvido com a sua área de actuação.
• Crie o seu perfil em dois sítios chave na web: no Linkedin e no
Google Profile.
Estes dois locais na web são altamente qualificados com bons rankings no motor de busca Google (o mais utilizado até à data) e ter perfil neles significa que quando um empregador pesquisa por si no motor de busca, a probabilidade de encontrar esses perfis no topo dos resultados é muito grande (além do facto de que ter um perfil no Linkedin é imprescindível para quem procura emprego na web).
E se houver alguém com o mesmo nome que eu? Isto pode acontecer, especialmente se tiver um nome “vulgar”, mas facilmente contornável estabelecendo um nome profissional.
Ou seja, caso o seu nome seja “João Silva” e existem muitos outras pessoas com o mesmo nome que podem facilmente ser confundidos consigo (e até estragar-‐lhe a reputação online), coloque outro nome no meio como por exemplo “João Correia Silva”, passando este a ser o nome que consta no seu CV e em todo o seu conteúdo profissional online. Utilize o Google para pesquisar inúmeras variações do seu nome: “João Carlos Silva”, “João Correia Silva”, etc, e escolha aquela que lhe pareça melhor e com menos resultados potencialmente negativos. Utilize um nome e imagem profissional diferentes do seu nome e imagem pessoal.
Onde Encontrar Ofertas de Empregos na Web
Websites das empresas Se pretende trabalhar numa determinada empresa, este é o local onde deverá procurar por ofertas de emprego. Geralmente as empresas têm um espaço no site denominado de “recrutamento”, ou “emprego”, onde colocam as ofertas de emprego actuais e onde os candidatos se podem candidatar directamente. Procure por ele no topo da homepage ou no fundo da mesma.
Caso não seja assim tão óbvio, pode também optar por procurar no Google por por exº “site:empresa.com:emprego” e obter o resultado pretendido, clicando no link e indo directamente para a página de emprego da empresa. Visitar o website também é uma oportunidade de saber mais sobre a empresa, e muitas vezes a zona de recrutamento do site tem muita informação preciosa sobre a filosofia da empresa, o que procuram nos candidatos, como funciona o seu processo de recrutamento, etc. Também pode acontecer encontrar informação da empresa que por alguma razão o faz desistir de se candidatar à mesma, retirando-‐a da lista de candidaturas. Google e motores de busca O Google é o motor de busca mais utilizado actualmente, portanto tire partido disso. Pode efectuar inúmeras pesquisas variadas por palavras-‐chave, desde “marketing emprego Lisboa” a “contabilista oferta emprego”, à procura específica por empresas: “emprego técnico informática nomedaempresa”. O que funciona muito bem nas pesquisas no Google é que lhe vai mostrar os resultados mais recentes primeiro. Infelizmente existem muitas ofertas de emprego desactualizadas na web, com o Google tem oportunidade de ver as mais recentes e mais relevantes no topo. Redes sociais Actualmente as redes sociais têm um peso muito importante na procura de emprego. Muitas empresas já publicitam as suas ofertas de emprego
no Linkedin, no Twitter ou no Facebook e pode pesquisar nas redes pelas mesmas. Aconselhamos vivamente a criar o seu perfil no Linkedin se procura emprego. O Linkedin é o site mais utilizado a nível profissional e providencia um manancial de possibilidades.
Além de criar o seu perfil profissional no Linkedin, pode ser membro de variados grupos como por exº o grupo “Recrutamento Portugal” onde poderá dar-‐se a conhecer e verificar ofertas de emprego variadas.
Caso procure emprego a nível internacional, uma presença no Linkedin é ainda mais importante, pois as empresas estão muito activas nesta rede social, colocando as suas ofertas de emprego às quais os candidatos se podem candidatar via Linkedin.
O Linkedin oferece também a possibilidade de procurar profissionais da sua área, directores de empresas da sua área e alargar assim a sua rede de contactos (networking) podendo oferecer possibilidades de ouro na procura de emprego. Porque não contactar directamente o director de departamento da empresa onde gostaria de trabalhar e dizer-‐lhe isso mesmo? O lado positivo do Linkedin é que a maior parte das pessoas estão receptivas a serem contactadas por motivos profissionais e a probabilidade de obter uma resposta é muito maior do que um contacto por email que pode visto como spam. Sites de emprego Menos utilizados actualmente devido à proliferação das redes sociais e dos custos altos de colocação de anúncios de emprego, os sites de emprego ainda funcionam todavia.
Existem os maiores e mais gerais (como o expressoemprego ou o monster) e os mais pequenos ou mais direccionados a nichos específicos. Aconselhamos que tenha o seu CV nos que considere mais relevantes para que seja encontrado e que pesquise ofertas de emprego nos mesmos. Alguns sites oferecem a possibilidade de se criarem “alertas” baseados em funções e zonas geográficas que o utilizador determina, recebendo assim no seu email mensagens sempre que uma nova função surja. Agências de recrutamento Às vezes contacta as agências de recrutamento, outras vezes é contactado pelas mesmas pois encontraram o seu CV online. Os recrutadores destas agências podem ser uma ajuda preciosa na sua procura de emprego e deverá visitar os sites das agências e pesquisar as suas ofertas. Não se esqueça no entanto que as agências de recrutamento não trabalham para si, trabalham para as empresas empregadoras, pois são estas que lhes pagam. Portanto, não espere que façam milagres por si ou que compreendam sempre o tipo de função que procura. Muitas empresas também recusam-‐se a trabalhar com agências, portanto nunca encontrará as suas ofertas de emprego nas mesmas. O nosso conselho é coloque as agências de recrutamento no seu “plano de ataque” mas não dependa exclusivamente delas.
Networking (ou o mercado de trabalho escondido) Networking online nada mais é que conhecer pessoas e fazer contactos profissionais. Isto pode ser feito através de inúmeras formas:
• Linkedin: junte-‐se a grupos nesta rede social, coloque discussões, responda às existentes, contacte profissionais da sua área directamente, etc)
• Outras redes sociais: junte-‐se a páginas e grupos de procura de emprego ou da sua indústria, interaja com outros fãs
• Participe em fórums, blogs, comunidades online de procura de emprego ou da sua indústria, responda a questões, ajude com os seus conhecimentos profissionais.
O objectivo de toda esta actividade é de conhecer e fazer contactos, torná-‐lo a si conhecido e difundir a sua imagem profissional. Nunca se sabe quem o vê a responder de forma valiosa numa discussão do Linkedin e vai recomendar-‐lhe uma oferta de emprego ou vai recomendá-‐lo a um empregador. Acredite que isto acontece mais frequentemente do que pensa e os empregadores tendem a contratar mais facilmente alguém que é recomendado por uma pessoa de confiança, do que um total desconhecido. Chamamos a isto o “mercado de trabalho escondido” pois mais de 80% das oportunidades de emprego nunca são divulgadas. Os profissionais são encontrados através de networking ou recomendados porque se deram a conhecer. Não se limite ao networking online. Como referido noutro local neste manual, participe em eventos, conferências, feiras, etc da sua área de actuação e faça contactos pessoalmente.
O Quê e Como Pesquisar Online Antes da Entrevista de Emprego
Uma das oportunidades de ouro da Internet é a oportunidade de pesquisar não só sobre a empresa mas sobre a pessoa que a vai entrevistar na mesma. Ou seja, pode por exº pesquisar no Google ou no Linkedin sobre o director de departamento que o vai entrevistar e assim saber mais sobre o mesmo, o seu percurso profissional e académico, os seus gostos pessoais, etc. Até pode descobrir pontos em comum como por exº que frequentaram a mesma Universidade ou que frequentam o mesmo clube de remo.
Esta informação pode servir como quebra-‐gelo na entrevista e até servir para criar empatia entre si e o entrevistador, destacando-‐o dos demais candidatos. Por vezes entre candidatos com experiência profissional idêntica, os empregadores optam pelo candidato que mais se identifica ou que mais empatia teve na entrevista. Tenha apenas o cuidado de não ser indelicado ou parecer intrometido. Esta pesquisa também serve para você perceber quem pode ser o seu chefe directo e perceber se também se identifica com o mesmo.
Como Construir um CV e uma Carta de Apresentação Online que Realmente Funcionam
Seja online ou impresso, o CV é o seu maior instrumento de marketing. É a sua forma de vender-‐se a si mesmo enquanto profissional. Portanto, invista o tempo necessário para que este seja nada menos do que perfeito e que realmente reflicta aquilo que você é. Não se esqueça que o esforço que coloca na realização do seu CV e da carta de apresentação que o acompanha é proporcional ao que irá conseguir em retorno. Ou seja, se pensa que um CV é uma listagem cronológica da sua actividade profissional, mude imediatamente a sua forma de pensar.
O CV é a sua oportunidade de ouro de mostrar a um potencial empregador o que já fez, o que alcançou e o que poderá fazer por ele. Customize o seu CV e carta de apresentação Para cada oportunidade de emprego que se candidata ou para cada empresa que envia uma candidatura espontânea, tenha sempre um CV e uma carta de apresentação feitas à medida. Quando se candidata a um anúncio de emprego, leia bem os requisitos do mesmo e escreva o CV e a carta de apresentação realçando estes aspectos do seu percurso profissional. Nesta situação (se o anúncio referir o nome da empresa) e quando envia uma candidatura espontânea, pesquise sobre a empresa no website, no Google, no Facebook, no Linkedin, etc, e destaque-‐se dos candidatos concorrentes mostrando que fez esse trabalho de pesquisa e que pode ser o potencial candidato certo, não só para a função mas para a própria filosofia da empresa. Algo do género: “no vosso website referem que investem bastante na inovação de x produtos, pois a minha tese de final de licenciatura foi exactamente sobre os X produtos”, ou “no vosso website referem que investem bastante na inovação, algo que me identifico completamente pois considero-‐me uma pessoa bastante inovadora, tendo inclusivé na minha última função desenvolvido funções que o comprovam, como...” A ideia é não só mostrar que se conhece a empresa, mas que se quer realmente trabalhar lá e se é o candidato certo. Também mostra um esforço adicional para adquirir esse conhecimento. Isto destaca-‐o dum candidato que se limitou a dizer “penso que tenho os requisitos que procuram”. No CV inclua características e capacidades suas explicadas no anúncio ou valorizadas pela empresa (dinâmico, proactivo, bom comunicador, etc).
Assim não está a colocar características gerais, mas sim aquelas mais valorizadas pela empresa. Certifique-‐se de que as possui antes de as colocar, obviamente. Com a customização mostre que não quer qualquer emprego, quer ESTE emprego com ESTA empresa. Coloque aquilo que alcançou no seu CV Uma forma muito comum de escrever um CV é colocar as empresas nas quais se trabalhou, as datas, e as funções que foram realizadas. Enquanto isto é importante, os empregadores querem saber mais: querem saber o que pode fazer por eles! Ou seja, não basta colocar o que fez nas suas funções anteriores, coloque também o que alcançou em cada função e em cada empresa onde esteve. Coloque no CV os objectivos que alcançou e o que fez que ajudou a empresa de forma positiva: “aumentou em x% o volume de vendas num determinado período de tempo”, “resolveu um problema técnico dum software o que se traduziu num aumento de x% na eficácia do mesmo”, “aprendeu muita informação valiosa sobre o funcionamento da banca transacional quando numa viagem de trabalho ao país x”, etc. Não só está a dizer o que fez, mas também a dizer o que alcançou e mostra a um empregador o seu potencial e experiência e o que pode trazer de benéfico à empresa. Isto também faz com que se destaque dum candidato concorrente que se limita a dizer o que fez e não o que alcançou. Tenha apenas cuidado para não revelar informação confidencial das empresas onde trabalhou.
Formato de CV O CV poderá ter o formato que mais considerar adequado, no entanto a seguinte estrutura tem-‐se revelado com bastante sucesso pois é de fácil leitura e contém tudo o que um empregador necessita de saber rapidamente:
• Nome, morada, email e número de telefone • Perfil profissional (um resumo curto de quem você é a nível
profissional e o que procura) • Principais atributos profissionais: em “bullet points”, escreva as
suas principais características (skills): proactivo, bom comunicador, etc
• Empresas nas quais trabalhou por ordem cronológica, datas e
descrição de funções e objectivos alcançados) • Formação académica: licenciaturas, mestrados, etc, onde e em
que datas • Outros cursos: cursos profissionais relevantes para a função que
se candidata, com nome e datas • Outras competências: outras linguas faladas e escritas e o seu
nível e conhecimentos de informática • Outros: actividades pessoais, tais como viajar, leitura, etc. Tenha
atenção que as actividades pessoais são uma forma de avaliar se a sua personalidade se encaixa na empresa.
Se se está por exº a candidatar a uma função que implica muito trabalho de equipa e no CV refere que praticou anos de ténis de competição, pode relevar a imagem duma pessoa individualista.
• O CV deve ser o mais curto e conciso possível, de forma a não
maçar quem lê e que os empregadores possam rapidamente encontrar o que procuram.
Tenha no entanto uma versão mais curta e uma mais comprida e refira na carta de apresentação que caso seja necessário pode enviar a mais comprida e completa. Por vezes os directores de departamento que possuem as decisões de entrevistar e contratar querem ver um CV mais completo dum candidato antes de chamarem para entrevista.
• Tenha o seu CV em formato Word e .pdf, alguns sites de emprego
não aceitam o upload de uma ou outra versão
• Caso tenha tempo e seja relevante, construa o seu site e faça o seu marketing online, isto também o ajuda a destacar-‐se. Não se esqueça de colocar o endereço do site no seu CV
A carta de apresentação Como referido, também deverá ser customizada para cada função e empresa. Deve SEMPRE acompanhar o seu CV com a carta de apresentação e não pense que não é lida. Muitas vezes a decisão de abrir (ou não) o ficheiro com o CV depende do conteúdo da carta de apresentação. Esta poderá ser um ficheiro em Word ou simplesmente estar no conteúdo do email. Aconselhamos esta última forma pois é mais fácil para um empregador visualizar. Muitas vezes até visualiza no Outlook no lado direito sem sequer abrir o email.
A carta de apresentação deve ser curta e directa. É a oportunidade de não só mostrar porque pensa ser o candidato certo para a função/empresa, mas também deverá funcionar como um “teaser”, ou seja, criar apetência de quem lê para saber mais sobre si e abrir o seu CV.
Os Benefícios de Ter um Website/Blog Profissional
Hoje em dia é extremamente fácil começar e actualizar um website ou um blog próprio. E é uma excelente forma de se dar a conhecer de forma profissional aos seus possíveis empregadores. Alguns dos benefícios incluem:
• Ter um local na web onde mostra o seu portfólio e/ou CV
• Escrever artigos no seu blog que mostrem os seus conhecimentos
e experiência num determinado sector e assunto
• Poder ser encontrado em pesquisas nos motores de busca por palavras-‐chave relacionadas com o emprego que pretende
• Ter uma presença na web que é 24/7, ou seja, trabalha para si o
tempo inteiro no sentido de poder ser encontrado por um futuro empregador (e hoje em dia a maior parte dos empregadores e recrutadores fazem pesquisas no Google à procura de candidatos).
• Ter os seus dados de contacto facilmente acessíveis a
empregadores.
• Ajuda a construir e a manter a sua reputação online: quando alguém pesquisa pelo seu nome nos motores de busca, o seu website/blog será a primeira coisa que encontra.
• Pode incluir o endereço do seu website/blog no seu CV
convidando futuros empregadores a saberem mais sobre si (o que pode fazer toda a diferença em ser convidado para uma entrevista).
• Pode incluir o endereço do seu website/blog nas redes sociais em que está presente.
• Pode incluir o endereço do seu website/blog em cartões de visita
para dar a empregadores quando vai a reuniões, conferências, encontros de networking, e outras oportunidades.
• Um website ou um blog profissional não funciona apenas quando
está activamente à procura de emprego.
Pode funcionar também para que, mesmo que já esteja empregado, uma outra empresa o contactar com uma excelente oferta de emprego que nem sabia que existia, ou se um dia mais tarde necessitar de procurar emprego tem já um website próprio.
• Pode também servir para mostrar a sua experiência e
conhecimentos numa determinada área específica e assim ter mais argumentos para uma promoção futura ou ter outro tipo de responsabilidades. É uma aposta na sua carreira.
Domínio e Hospedagem Para motivos profissionais e de procura de emprego, aconselhamos a que opte por adquirir um domínio próprio que deverá conter o seu nome. Pode ser apenas o primeiro e último nome, como pode também adicionar a sua área profissional. Por exº poderá ser www.nunolopes.pt ou poderá ser www.nunolopescontabilidade.pt. Obviamente que o nome do seu website ou blog poderá nem ter o seu nome no domínio caso não o deseje, mas de qualquer das formas aconselhamos a que tenha palavras-‐chave relacionadas com a sua área profissional, de forma a obter melhores rankings nos motores de busca. Aconselhamos também a que opte pela opção de compra de hospedagem, de forma a obter um website/blog completamente seu ao nível de poder customizá-‐lo como desejar e ter um aspecto profissional. Pode parecer tentador ter um website/blog no Wordpress.org ou no Blogger completamente de graça, mas não só fica muito limitado quanto à customização do website, como não lhe dá o aspecto profissional que deseja. Hoje em dia existem muitas opções baratas de compra de hospedagem, e sem dúvida que é um investimento. Caso tenha dúvidas, aconselhamos
o Bluehost, com várias opções onde poderá escolher a melhor para as suas necessidades. O que colocar no Website/Blog? Obviamente que cada website e blog é diferente e deverá ser personalizado de acordo com cada pessoa e com a sua área profissional. Para áreas mais criativas a nível visual, poderá apenas querer colocar um portfólio de fotografias enquanto para outras áreas poderá fazer mais sentido escrever artigos, criar vídeos ou podcasts. Seja como for, aqui ficam sugestões do que poderá incluir:
• O seu nome na homepage: extremamente importante para ser encontrado nas pesquisas nos motores de busca.
• Uma página de “Sobre”: onde explica quem é, qual o objectivo do
website/blog. Aqui poderá explicar que se encontra activamente à procura de emprego.
• Fotografia sua na homepage e no “Sobre”: se possível procure
tirar umas fotos suas com um fotógrafo profissional e coloque nestes dois locais do seu website (e aproveite para colocar no Linkedin também).
• Palavras-‐chave na homepage relacionadas com a área em que
procura emprego.
• Página de Contacto: Coloque um formulário de contacto, o seu endereço de email, número de telefone e se quiser também o seu nome no Skype. Dê o máximo de opções para ser facilmente contactado por possíveis empregadores.
• CV: Caso não queira colocar o seu CV completo online, crie uma página com um formulário em que possíveis empregadores ou recrutadores o possam contactar e solicitar o seu CV.
• Coloque botões de “siga-‐me” na homepage: Estes botões
deverão ligar às redes sociais em que está presente: Facebook, Linkedin, Twitter, Instagram, Youtube, etc.
• Na homepage, coloque em destaque o mais importante do seu
website/blog: pode ser informação de que está à procura de emprego, pode ser os últimos artigos do seu blog, vídeos, fotos, etc.
• Seja criativo! O seu website/blog é o seu espaço pessoal e deve
reflectir a sua personalidade. Não se esqueça de que a procura de emprego significa também ir trabalhar na empresa certa para si, portanto mostre quem é.
Partilhe os conteúdos nas Redes Sociais Quando tiver o seu website/blog construído, coloque conteúdos novos regularmente. Isto é muito importante no sentido de cativar as pessoas certas mas também no sentido de obter bons rankings nos motores de busca. E aproveite e partilhe regularmente esses conteúdos nas redes sociais em que está: Facebook, Twitter, Linkedin, etc. Assim, possíveis empregadores ou recrutadores poderão clicar num link seu, visitar o seu site, e contactá-‐lo/a se gostarem do que vêem.
Caso pense que não tem muito tempo disponível para partilhar conteúdos regulares nas redes sociais, aconselhamos a utilizar o sistema online de gestão de redes sociais Viraltag.
Os Erros mais Comuns da Procura de Emprego na
Internet (e Como Evitá-‐los)
1. Colocar o seu CV online sem se preocupar com a privacidade Proteja a sua identidade e o seu emprego actual. Se está a trabalhar, limite o acesso à sua informação de contacto (nome, morada e número de telefone).
Muitos empregadores pesquisam pelos seus empregados em sites de emprego na base de dados de candidatos e nos motores de busca. Estes funcionários têm os seus empregos em risco se os seus CV’s forem encontrados.
Segundo o FBI, o roubo de identidade é a fraude número 1 da Internet. Milhões de CV’s online completos com nome, morada e número de telefone torna essa fraude mais fácil de se concretizar.
Suprimir a informação de contacto pode fazer com que seja mais difícil contactá-‐lo, mas alguns recrutadores vêem isso como um indicador de que o candidato compreende o mundo da web e tem um bom emprego que quer proteger.
Por outro lado, outros recrutadores ficam incomodados com este facto. A maioria não se importa desde que exista uma forma de contacto para chegar até si através do site de emprego ou dum endereço de email anónimo.
2. Utilizar apenas os sites de emprego mais conhecidos Muitos dos sites de emprego mais conhecidos são bons sites de emprego, mas também podem ser caros para os empregadores utilizarem e não tão atractivos para determinados candidatos.
Portanto, em tempo de contenção económica, as empresas poupam dinheiro utilizando sites mais pequenos ou de nichos de mercado específicos que têm exactamente os candidatos que procuram.
3. Utilizando o método “fire-‐ready-‐aim” para distribuir o seu CV
Colocar o seu CV em centenas de sites de emprego ou enviá-‐lo para milhares de recrutadores e empresas é uma péssima estratégia.
Não irá conseguir customizar a sua candidatura para um empregador ou oportunidade específica, o que reduz as suas possibilidades de ser contactado.
E não conseguirá também seguir a sua candidatura com um telefonema ou email para estabelecer contacto e sobressair no processo de recrutamento.
Já para não falar do facto de que muitos recipientes de email vão ver o seu email como spam e simplesmente apagá-‐lo.
Mesmo que um empregador receba o seu CV e fique interessado nele, o seu aspecto genérico diz-‐lhe que muitas outras pessoas têm uma cópia do mesmo.
Se uma agência de recrutamento recebe o seu email sabe que terá dificuldade em ganhar comissão com a sua candidatura pois a probabilidade da empresa a que se candidata também ter recebido o seu email é bastante grande, ou outras agências de recrutamento.
Tudo isto tem um impacto negativo no seu “valor de mercado”.
4. Limitar os seus esforços de procura de emprego à Internet Mesmo que tenha neste momento um emprego e só possa procurar outro emprego à noite em casa no seu pouco tempo livre, não se foque apenas no mundo online.
As pessoas são contratadas por pessoas, portanto a Internet é apenas útil porque conecta as pessoas com as oportunidades de trabalho.
Utilize a Internet como parte do seu processo de procura de emprego mas não deixe de aproveitar outras inúmeras oportunidades de conhecer potenciais empregadores e se dar a
conhecer: feiras de emprego, eventos da sua indústria específica, conferências, jantares de networking, etc.
5. Candidatar-‐se a empregos sem reunir os requisitos mínimos É muito fácil clicar no botão “enviar”, mesmo que não tenha as qualificações necessárias para aquela função, apenas porque alguém pode visualizar o seu CV e ficar interessado no mesmo.
No entanto, esta estratégia não funciona. A única coisa que vai conseguir é que as empresas e os recrutadores o ignorem pois a maior parte dos mesmos lêem os CV’s na “diagonal” procurando o que realmente interessa para a função/área de trabalho.
Se não encontram rapidamente o que procuram, nem lêem o resto e simplesmente põem de parte.
Vai também passar a idéia de que está desesperado, confuso, ou, ainda pior, que nem sequer leu o que era necessário para se candidatar.
6. Depender do email como a sua única forma de contacto O Spam, definido como “email não solicitado” compõe mais de 75% do tráfego de emails.
A realidade é que actualmente muitas empresas têm software que filtra o spam filtrando todos os emails antes de chegarem aos seus recipientes. A sua mensagem pode parecer spam e ser apagada,
não lida, sem que você fique a saber de nada e pensando que aquela empresa o ignorou.
Portanto, siga o seu email com um telefonema, ou melhor, telefone primeiro à empresa e solicite para ser adicionado à lista de endereços de email que passam no filtro de spam.
7. Assumir que tem privacidade com o email e o uso da Internet no seu emprego Utilizar a Internet e o email de forma inapropriada pode custar-‐lhe o seu emprego actual, pois está a utilizar propriedade que não é sua e a violar a política de conduta da utilização da Internet e do email da sua empresa.
Isto pode revelar ao seu empregador que está activamente à procura de outro emprego e custar-‐lhe perder o actual. Isto também pode acontecer se fizer as suas pesquisas de emprego fora das horas normais de trabalho, na hora de almoço ou nas horas extra.
Já para não falar do facto de que utilizar o seu email profissional para enviar candidaturas a futuros empregadores diz muito de si e da sua conduta profissional de forma negativa.
Não irá impressionar futuros empregadores a nível de confiança e lealdade. Mas também não espere ter privacidade com a utilização de contas de email Hotmail, Gmail, etc., se o seu actual empregador monitoriza o uso da Internet na empresa.
Se bem que as empresas deveriam comunicar a todos os funcionários a política de “Utilização aceitável da Internet e email”, muitos não o fazem.
Mas não parta do principio que porque não o fazem significa que a empresa não se importa ou não está a vigiar o que os seus funcionários fazem online. Podem apenas não lhe dizer que o fazem.
8. Não aproveitar os muitos recursos na Internet para customizar o CV e a carta de apresentação e até a entrevista de emprego, e assim destacar-‐se dos candidatos concorrentes A Internet é uma fonte inesgotável de recursos e informação. Antes de se candidatar a um anúncio de emprego ou enviar uma candidatura espontânea, passe algum tempo online a pesquisar sobre a empresa.
No seu website pode encontrar imensa informação desde o “sobre nós”, “o que fazemos”, a “nossa filosofia” e até fora do website em motores de busca como o Google onde pode pesquisar sobre a empresa e ficar a saber mais sobre prémios que ganhou, eventos que realizou, e até sobre o seu potencial futuro director.
Isto permite-‐lhe customizar o seu CV e carta de apresentação e surpreender numa entrevista de emprego mostrando ao futuro empregador o que sabe sobre a empresa, seus produtos, realizações, etc, destacando-‐se dos outros candidatos.
9. Pensar que o email é um meio informal e privado Pode facilmente sabotar-‐se a si mesmo quando envia as suas candidaturas a emprego utilizando endereços de email engraçados, fofinhos ou completamente doidos como [email protected] ou [email protected].
Estes endereços informais de email minam a sua credibilidade e quase garantem que a sua mensagem seja eliminada.
Tenha também cuidado com aquilo que escreve sobre si. Não parta do principio que todos os recrutadores ou empresas irão respeitar a sua privacidade e manter a confidencialidade (apesar de ser isso que se espera).
Aplique a regra do “The New York Times” que que diz que pense bem antes de clicar no botão “enviar”: estaria confortável se a sua mensagem um dia estivesse visível na capa no “The New York Times” ou num outro jornal (ou site)?
10. Enviar um vírus como presente juntamente com o seu CV Uma mensagem de email contendo um vírus geralmente é colocada de quarentena e apagada, portanto, nem sequer chega a ser visualizada.
E deixa uma péssima impressão dos conhecimentos de utilização da Internet de quem a envia.
Utilize software anti-‐virus e mantenha-‐o actualizado! O Microsoft Word, bastante utilizado para escrever CV’s, é geralmente um grande portador de vírus, portanto um ficheiro de Word é muitas vezes visto como uma potencial ameaça ou apagado antes sequer de ser aberto, mesmo que pareça inofensivo. Manter uma versão .pdf do seu CV também é uma boa ideia.
11. Esperar que sejam outras pessoas a trabalhar por si (as agências de recrutamento, os sites de emprego, etc) A procura de emprego é um projecto faça-‐você-‐mesmo!
Ninguém irá nunca investir no seu futuro da mesma forma que você o pode fazer ou tão bem como você o deve fazer, pois ninguém sabe tão bem como você mesmo aquilo que quer.
Procurar emprego é um emprego em si mesmo, requer tempo e esforço e a Internet não o torna mais fácil, torna-‐o sim mais complexo!
São os candidatos pro-‐activos e que não se deixam ir abaixo facilmente que no final do dia acabam por ver o seu esforço recompensado.
12. Esquecer que um site que contém o seu CV ou portfólio é um documento profissional Se possui um site seu onde faz o seu marketing pessoal e expõe o seu CV ou portfólio, mantenha sempre um tom profissional.
Demonstre as suas competências profissionais apenas e deixe de fora as fotografias da última viagem de férias que fez, a sua música preferida ou a animação com borboletas para quem entra no site.
Isto pode divertir os seus amigos, mas provavelmente não irá impressionar muito os empregadores a não ser que esteja directamente relacionado com o tipo de função que procura.
O CV no seu website irá falhar o seu objectivo se tiver distracções e não for facilmente visualizado pelos empregadores.
E lembre-‐se sempre dos seus visitantes: letras brancas num fundo preto pode dar um óptimo aspecto profissional, mas irá fazer com que os recrutadores fiquem a ver linhas pretas durante minutos e custe a ler.
Obrigado!
Esperemos que este guia lhe seja muito útil e o ajude a encontrar online o emprego que deseja.
Caso tenha alguma dúvida, não hesite em nos contactar. Poderá fazê-‐lo através do email [email protected]