COLÉGIO ESTADUAL DR. ADHELMAR SICURO - E.F.M
PROJETOPOLÍTICO-PEDAGÓGICO
CONTENDA
2011
Sumário
1. JUSTIFICATIVA..........................................................................................................12
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO...................................................13
1.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO............................................................................14
........................15
1.3 ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO....................................15
1.3.1 Modalidade de Ensino....................................................................................16
1.3.2 Turno de Funcionamento...............................................................................16
2. OBJETIVOS GERAIS.................................................................................................16
3. MARCO SITUACIONAL.............................................................................................17
3.1 Caracterização do Município.................................................................................17
3.2 Caracterização da Comunidade e do Estabelecimento.......................................19
3.3 Nº de Turmas, Alunos, Professores, Funcionários...............................................20
3.4 Ambientes Pedagógicos.......................................................................................24
3.5 Educação Inclusiva...............................................................................................25
3.5.1 Atendimento aos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais
(PNEE).....................................................................................................................25
3.5.2 Diversidade.....................................................................................................26
3.6 PROJETOS INTEGRADOS AO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO.............27
3.6.1 PROJETO 1....................................................................................................28
3.6.2 PROJETO 2....................................................................................................29
EDUCAÇÃO AMBIENTAL.......................................................................................29
4. DESENVOLVIMENTO......................................................................................30
3.6.3 PROJETO 3...................................................................................................33
3.6.4 PROJETO 4:...................................................................................................35
3.7 QUADROS DEMONSTRATIVO E GRÁFICO DE EVASÃO, APROVAÇÃO E
REPETÊNCIA.............................................................................................................36
3.8 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO...........................................................................41
4. MARCO CONCEITUAL..............................................................................................43
4.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO.................................................47
4.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO:...........................................................................48
4.3 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO............................................................................49
4.4 CONCEPÇÃO DE MUNDO:................................................................................50
4.5 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE...........................................................................50
4.6 CONCEPÇÃO DE HOMEM..................................................................................51
4.7 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA..............................................52
...................................................................................................................................52
O conceito de infância sofreu transformações tanto na literatura pedagógica quanto
na legislação e nos debates educacionais.................................................................52
4.8 PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS
INICIAIS, ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E ENTRE O ENSINO
MÉDIO.........................................................................................................................55
4.9 PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM .....................................................56
.................................................................56
4.10 CONHECIMENTO E CURRÍCULO ESCOLAR.................................................57
4.11 DISCIPLINA........................................................................................................59
5. PROPOSIÇÕES DE AÇÕES OU MARCO OPERACIONAL.....................................60
5.1 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E CURRÍCULO ESCOLAR...................................60
5.2 DIRETRIZES CURRICULARES QUE NORTEIAM A AÇÃO DA ESCOLA.......61
5.3 INSTÂNCIAS COLEGIADAS...............................................................................72
5.3.1 – GRÊMIO ESTUDANTIL...............................................................................73
5.3.2– APMF............................................................................................................73
5.3.3 CONSELHO ESCOLAR:................................................................................74
5.3.4 -CONSELHO DE CLASSE:............................................................................74
5.3.5 REPRESENTANTE DE TURMA:..................................................................75
5.4 INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA EM SALAS DE APOIO.....................................77
5.5 PROCESSO DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO.....................78
5.6 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP..............................................................80
5.7 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO............................................................................................................81
5.7.1 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO AVALIAÇÃO-ALUNO................................81
5.7.2 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO AVALIAÇÃO-PAIS.....................................82
5.7.3 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO-AVALIAÇÃO PARA PROFESSORES.......83
5.7.4 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO – AVALIAÇÃO PARA SERVIÇOS GERAIS
.................................................................................................................................84
5.7.5 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO – AVALIAÇÃO PARA DIRETORA.............84
5.7.6 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO – AVALIAÇÃO PARA SECRETÁRIA........85
5.7.7 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO – AVALIAÇÃO PARA PEDAGOGA...........86
5.8 PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA....................................................87
5.9 ESTRATÉGIAS DA ESCOLA PARA ARTICULAÇAO COM A FAMÍLIA E A
COMUNIDADE............................................................................................................89
5.10 MATRIZ CURRICULAR PARA 2012 ................................................................90
5.11 CALENDÁRIO ESCOLAR...................................................................................92
5.12 INCLUSÃO DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL NAS AÇÕES
EFETIVAS DA ESCOLA.............................................................................................93
6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR.............................................................93
6.1 DISCIPLINA DE ARTE DO ENSINO FUNDAMENTAL: ......................................93
3- OBJETIVOS GERAIS:..............................................................................................100
6.1.1 Disciplina de Arte _ Ensino Médio - 1ª e 2ª Série............................................103
6.2 DISCIPLINA DE CIÊNCIAS.............................................................................110
1 - APRESENTAÇÃO ..................................................................................................110
3-OBJETIVOS ESPECÍFICOS:....................................................................................114
Compreender que o nosso Planeta teve uma origem, tem um presente e terá um futuro
e que depende de como a humanidade conhece e se relaciona com o Planeta hoje;
......................................................................................................................................114
Compreender a evolução do conhecimento científico nos diferentes tempos da história
da humanidade;............................................................................................................114
Estudar as características dos seres vivos, ciclos vitais e da interdependência que
existe entre os seres vivos e entre estes e o ambiente; .............................................114
Discutir as relações entre a humanidade e o ambiente e as conseqüências dessas
relações;........................................................................................................................114
6.3 DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA:.............................................................121
6.4 DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO............................................................125
2-OBJETIVOS:..............................................................................................................126
6.5 DISCIPLINA DE GEOGRAFIA..........................................................................130
6.6 DISCIPLINA DE HISTÓRIA.............................................................................139
7º ANO................................................................................................................145
1-As relações de propriedade: .................................................................................145
a propriedade coletiva; a propriedade pública; a propriedade privada....................145
O local e o Brasil.......................................................................................................145
a propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas e faxinais no Paraná.
...................................................................................................................................145
a família e o espaço privado.....................................................................................145
a constituição do latifúndio na América portuguesa e no Brasil imperial e
republicano................................................................................................................145
as reservas indígenas, a reforma agrária e os assentamentos. ..............................145
A relação com o Mundo............................................................................................146
a propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas.........................................146
A constituição do espaço público na antiguidade.....................................................146
A reforma agrária na antiguidade.............................................................................146
2- O mundo do campo e o mundo da cidade...........................................................146
O local e o Brasil.......................................................................................................146
as primeiras cidades brasileiras e paranaenses.......................................................146
o engenho colonial....................................................................................................146
a conquista do sertão................................................................................................146
A relação com o Mundo............................................................................................146
as cidades na antiguidade oriental e ocidental.........................................................146
a ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo........................146
as transformações no feudalismo europeu: o crescimento comercial e urbano......146
3- As relações entre o campo e a cidade.................................................................146
O local e o Brasil.......................................................................................................146
A relação com o Mundo............................................................................................146
4- Conflitos, resistência e produção cultural campo/ cidade....................................147
O local e o Brasil.......................................................................................................147
A relação com o Mundo............................................................................................147
A relação com o Mundo............................................................................................147
a história do trabalho nas primeiras sociedades humanas......................................147
o trabalho e a vida nas colônias espanholas: mita e encomienda...........................147
o trabalho assalariado...............................................................................................147
O local e o Brasil.......................................................................................................148
a desvalorização do trabalho no Brasil colônia e império........................................148
os saberes nas sociedades indígenas: mitos e -lendas...........................................148
o papel da escola no mundo do trabalho..................................................................148
A relação com o Mundo............................................................................................148
o significado do trabalho na antiguidade oriental e ocidental...................................148
as três ordens da sociedade feudal..........................................................................148
o nascimento das fábricas e a vida cultural.............................................................148
3- O mundo do trabalho............................................................................................148
O local e o Brasil.......................................................................................................148
A relação com o Mundo............................................................................................148
O local e o Brasil.......................................................................................................148
A relação com o Mundo...........................................................................................148
A relação com o Mundo............................................................................................150
o surgimento da monarquia nas sociedades da antiguidade...................................150
a formação dos reinos africanos...............................................................................150
O Estado Absolutista europeu..................................................................................150
O imperialismo no século XIX...................................................................................150
A formação dos Estados nacionais nos séculos XIX a XIX; as ditaduras e as
democracias..............................................................................................................150
A constituição dos Estados socialistas.....................................................................150
A formação dos blocos econômicos.........................................................................150
2-Guerras e revoluções: ...........................................................................................150
os movimentos sociais; políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções
sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras
mundiais....................................................................................................................150
O local e o Brasil.......................................................................................................150
3-METODOLOGIA....................................................................................................151
5-AVALIAÇÃO..............................................................................................................152
4-BIBLIOGRAFIA................................................................................................155
6.7 DISCIPLINA DE L. E. M – INGLÊS:...................................................................162
DESDOBRADOS A PARTIR DE TEXTOS (VERBAIS E NÃO-VERBAIS),
PERTENCENTES AOS DIFERENTES GÊNEROS DISCURSIVOS.......................165
Unidades Temáticas................................................................................................166
6.8 DISCIPLINA DE L.E.M. – Espanhol _EM........................................................169
6.9 DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA........................................................175
6.10 DISCIPLINA DE MATEMÁTICA......................................................................198
CONTEÚDOS ESPECIFICOS..................................................................................209
6.11 DISCIPLINA DE BIOLOGIA.............................................................................217
1-APRESENTAÇÃO........................................................................................217
6.12 DISCIPLINA DE FÍSICA..................................................................................223
6.13 DISCIPLINA DE QÚIMICA..............................................................................231
6.14 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA....................239
6.15 DISCIPLINA DE FILOSOFIA............................................................................246
7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:......................................................................251
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ..................................................... 2
1.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO .............................................................................. 2
.......................... 3
1.3 ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ...................................... 3
1.3.1 Modalidade de Ensino ...................................................................................... 3
1.3.2 Turno de Funcionamento ................................................................................. 3
2. OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................... 3
3. MARCO SITUACIONAL ................................................................................................ 3
3.1 Caracterização do Município ................................................................................... 3
3.2 Caracterização da Comunidade e do Estabelecimento .......................................... 4
3.3 Nº de Turmas, Alunos, Professores, Funcionários ................................................. 4
3.4 Ambientes Pedagógicos ......................................................................................... 6
3.5 Educação Inclusiva ................................................................................................. 6
3.5.1 Atendimento aos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais
(PNEE) ....................................................................................................................... 6
3.5.2 Diversidade ....................................................................................................... 6
3.6 PROJETOS INTEGRADOS AO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ................ 6
3.6.1 PROJETO 1 ...................................................................................................... 6
3.6.2 PROJETO 2 ...................................................................................................... 7
EDUCAÇÃO AMBIENTAL ......................................................................................... 7
3.6.3 PROJETO 3 ................................................................................................... 10
3.6.4 PROJETO 4: ................................................................................................... 12
3.7 QUADROS DEMONSTRATIVO E GRÁFICO DE EVASÃO, APROVAÇÃO E
REPETÊNCIA ............................................................................................................. 12
3.8 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO ........................................................................... 13
4. MARCO CONCEITUAL .............................................................................................. 14
4.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO ................................................. 15
4.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO: ........................................................................... 15
4.3 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ............................................................................ 15
4.4 CONCEPÇÃO DE MUNDO: ................................................................................ 16
4.5 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ........................................................................... 16
4.6 CONCEPÇÃO DE HOMEM .................................................................................. 16
4.7 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA .............................................. 16
................................................................................................................................... 16
O conceito de infância sofreu transformações tanto na literatura pedagógica quanto
na legislação e nos debates educacionais. ................................................................ 16
4.8 PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS
INICIAIS, ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E ENTRE O ENSINO
MÉDIO ......................................................................................................................... 17
4.9 PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM ..................................................... 17
................................................................. 17
4.10 CONHECIMENTO E CURRÍCULO ESCOLAR ................................................. 17
4.11 DISCIPLINA ........................................................................................................ 18
5. PROPOSIÇÕES DE AÇÕES OU MARCO OPERACIONAL ..................................... 18
5.1 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E CURRÍCULO ESCOLAR ................................... 18
5.2 DIRETRIZES CURRICULARES QUE NORTEIAM A AÇÃO DA ESCOLA ....... 18
5.3 INSTÂNCIAS COLEGIADAS ............................................................................... 21
5.3.1 – GRÊMIO ESTUDANTIL ............................................................................... 21
5.3.2– APMF ............................................................................................................ 21
5.3.3 CONSELHO ESCOLAR: ................................................................................ 22
5.3.4 -CONSELHO DE CLASSE: ............................................................................ 22
5.3.5 REPRESENTANTE DE TURMA: .................................................................. 22
5.4 INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA EM SALAS DE APOIO ..................................... 23
5.5 PROCESSO DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO. .................... 23
5.6 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP .............................................................. 24
5.7 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO ............................................................................................................ 24
5.7.1 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO AVALIAÇÃO-ALUNO ................................ 24
5.7.2 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO AVALIAÇÃO-PAIS ..................................... 25
5.7.3 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO-AVALIAÇÃO PARA PROFESSORES ....... 26
5.7.4 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO – AVALIAÇÃO PARA SERVIÇOS GERAIS
................................................................................................................................. 26
5.7.5 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO – AVALIAÇÃO PARA DIRETORA ............. 27
5.7.6 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO – AVALIAÇÃO PARA SECRETÁRIA ........ 27
5.7.7 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO – AVALIAÇÃO PARA PEDAGOGA ........... 28
5.8 PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA .................................................... 28
5.9 ESTRATÉGIAS DA ESCOLA PARA ARTICULAÇAO COM A FAMÍLIA E A
COMUNIDADE. ........................................................................................................... 29
5.10 MATRIZ CURRICULAR PARA 2012 ................................................................ 29
5.11 CALENDÁRIO ESCOLAR ................................................................................... 29
5.12 INCLUSÃO DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL NAS AÇÕES
EFETIVAS DA ESCOLA ............................................................................................. 29
6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ............................................................. 29
6.1 DISCIPLINA DE ARTE DO ENSINO FUNDAMENTAL: ...................................... 29
3- OBJETIVOS GERAIS: ................................................................................................ 35
6.1.1 Disciplina de Arte _ Ensino Médio - 1ª e 2ª Série .............................................. 36
6.2 DISCIPLINA DE CIÊNCIAS ............................................................................... 41
1 - APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 41
3-OBJETIVOS ESPECÍFICOS: ...................................................................................... 42
Compreender que o nosso Planeta teve uma origem, tem um presente e terá um futuro
e que depende de como a humanidade conhece e se relaciona com o Planeta hoje; . 42
Compreender a evolução do conhecimento científico nos diferentes tempos da história
da humanidade; .............................................................................................................. 42
Estudar as características dos seres vivos, ciclos vitais e da interdependência que
existe entre os seres vivos e entre estes e o ambiente; ............................................... 42
Discutir as relações entre a humanidade e o ambiente e as conseqüências dessas
relações; .......................................................................................................................... 42
6.3 DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA: ............................................................... 46
6.4 DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO .............................................................. 48
2-OBJETIVOS: ................................................................................................................ 48
6.5 DISCIPLINA DE GEOGRAFIA ............................................................................ 50
6.6 DISCIPLINA DE HISTÓRIA ............................................................................... 52
1-As relações de propriedade: ................................................................................... 54
a propriedade coletiva; a propriedade pública; a propriedade privada. ..................... 54
O local e o Brasil ......................................................................................................... 54
a propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas e faxinais no Paraná.
..................................................................................................................................... 54
a família e o espaço privado. ...................................................................................... 54
a constituição do latifúndio na América portuguesa e no Brasil imperial e
republicano. ................................................................................................................. 54
as reservas indígenas, a reforma agrária e os assentamentos. ................................ 54
A relação com o Mundo .............................................................................................. 54
a propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas. .......................................... 54
A constituição do espaço público na antiguidade. ...................................................... 54
A reforma agrária na antiguidade. ............................................................................... 54
2- O mundo do campo e o mundo da cidade. ............................................................. 55
O local e o Brasil ......................................................................................................... 55
as primeiras cidades brasileiras e paranaenses. ........................................................ 55
o engenho colonial. ..................................................................................................... 55
a conquista do sertão. ................................................................................................. 55
A relação com o Mundo .............................................................................................. 55
as cidades na antiguidade oriental e ocidental. .......................................................... 55
a ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo. ......................... 55
as transformações no feudalismo europeu: o crescimento comercial e urbano. ....... 55
3- As relações entre o campo e a cidade. .................................................................. 55
O local e o Brasil ......................................................................................................... 55
A relação com o Mundo .............................................................................................. 55
4- Conflitos, resistência e produção cultural campo/ cidade. ..................................... 55
O local e o Brasil ......................................................................................................... 55
A relação com o Mundo .............................................................................................. 55
A relação com o Mundo .............................................................................................. 55
a história do trabalho nas primeiras sociedades humanas. ....................................... 56
o trabalho e a vida nas colônias espanholas: mita e encomienda. ............................ 56
o trabalho assalariado. ................................................................................................ 56
O local e o Brasil ......................................................................................................... 56
a desvalorização do trabalho no Brasil colônia e império. .......................................... 56
os saberes nas sociedades indígenas: mitos e -lendas. ............................................ 56
o papel da escola no mundo do trabalho. ................................................................... 56
A relação com o Mundo .............................................................................................. 56
o significado do trabalho na antiguidade oriental e ocidental. .................................... 56
as três ordens da sociedade feudal. ........................................................................... 56
o nascimento das fábricas e a vida cultural. .............................................................. 56
3- O mundo do trabalho. ............................................................................................. 56
O local e o Brasil ......................................................................................................... 56
A relação com o Mundo .............................................................................................. 56
O local e o Brasil ......................................................................................................... 56
A relação com o Mundo ............................................................................................. 56
A relação com o Mundo .............................................................................................. 57
o surgimento da monarquia nas sociedades da antiguidade. .................................... 57
a formação dos reinos africanos. ................................................................................ 57
O Estado Absolutista europeu. ................................................................................... 57
O imperialismo no século XIX. .................................................................................... 57
A formação dos Estados nacionais nos séculos XIX a XIX; as ditaduras e as
democracias. ............................................................................................................... 57
A constituição dos Estados socialistas. ...................................................................... 57
A formação dos blocos econômicos. .......................................................................... 57
2-Guerras e revoluções: ............................................................................................. 57
os movimentos sociais; políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções
sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras
mundiais. ..................................................................................................................... 57
O local e o Brasil ......................................................................................................... 57
3-METODOLOGIA ...................................................................................................... 58
5-AVALIAÇÃO ................................................................................................................ 58
6.7 DISCIPLINA DE L. E. M – INGLÊS: ..................................................................... 63
DESDOBRADOS A PARTIR DE TEXTOS (VERBAIS E NÃO-VERBAIS),
PERTENCENTES AOS DIFERENTES GÊNEROS DISCURSIVOS ......................... 63
Unidades Temáticas ................................................................................................... 63
6.8 DISCIPLINA DE L.E.M. – Espanhol _EM .......................................................... 64
6.9 DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA .......................................................... 66
6.10 DISCIPLINA DE MATEMÁTICA ........................................................................ 80
CONTEÚDOS ESPECIFICOS .................................................................................... 83
6.11 DISCIPLINA DE BIOLOGIA ............................................................................... 86
6.12 DISCIPLINA DE FÍSICA .................................................................................... 89
6.13 DISCIPLINA DE QÚIMICA ................................................................................ 95
6.14 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA .................... 100
6.15 DISCIPLINA DE FILOSOFIA ............................................................................ 101
7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: ...................................................................... 105
1. JUSTIFICATIVA
O Projeto Político- Pedagógico é um instrumento norteador que define a
identidade da escola e o papel da comunidade escolar de forma intencional,
sistemática, planejada e contínua dos conhecimentos socialmente elaborados e
reconhecidos como necessários para um efetivo exercício da cidadania.
Quando a comunidade escolar conhece, acessa e participa da construção do
projeto político- pedagógico, tem condições de compreender o funcionamento da
escola e de reivindicar que os interesses em prol da mesma sejam atendidos.
O presente Projeto Político Pedagógico foi elaborado tendo como referencial as
Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental e Médio, uma ampla pesquisa na
legislação vigente e referencial bibliográfico acerca deste documento, bem como as
Fundamentações Teóricas que embasam as disciplinas em suas particularidades.
Todos os segmentos da Comunidade Escolar estiveram envolvidos, cada um com as
características de sua função e a visão que tem do todo, participando de forma efetiva
e coletiva, sendo protagonistas deste processo.
A necessidade de um Projeto Político Pedagógico na escola antecede qualquer
decisão política ou exigência legal, já que, enquanto educadores e membros da
instituição escolar devemos ter clara a intencionalidade da educação, as formas de
operacionalizar o processo ensino/aprendizagem e a sistematização do mesmo.
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO
ESTABELECIMENTO
Estabelecimento de Ensino: COLÉGIO ESTADUAL DR. ADHELMAR SICURO.
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Código: 00236
Endereço: Rua Padre José Lopacinski, S/N
Telefone: 3638-1180
E-mail: [email protected]
Distrito/ CEP: Catanduvas do Sul – 83740 – 000
Município/ UF: Contenda – PR
Código: 0620
Dependência Administrativa: Estadual
NRE: Área Metropolitana Sul
Código: 003
Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação
Ato de Autorização do Colégio: Resolução nº 419/01 de 20/02/2001
Ato de Reconhecimento do Colégio: Parecer 639/05 de 25/10/2005, Resolução 2857
DOE 24/11/05
Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar: Parecer nº 69/2011 e Ato
Administrativo n º 319/11 de 25/08/2011.
Distância do Colégio ao NRE: 50 km
Local: Zona Rural
1.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
A Escola foi criada pela Resolução nº 419/01, pela Secretária de Estado da
Educação Alcyone Saliba, na gestão de Prefeitura do Senhor Wilson Baumel Piel,
iniciando seu funcionamento a partir do ano de 2002, com a denominação de Escola
Estadual Dr. Adhelmar Sicuro – Ensino Fundamental.
A razão dessa denominação foi para homenagear um filho da terra que se
formou como o primeiro dentista de Contenda e dedicou sua vida profissional ao povo
Contendense, exercendo também o cargo de Prefeito Municipal.
Dr. Adhelmar Sicuro colaborou incansavelmente durante muitos anos para o
progresso cultural deste município. A intenção foi premiar o esforço e a dedicação
desta eminente figura dando o seu nome a nova escola, na esperança de que esta se
torne também um baluarte do progresso educacional de Contenda.
A escola permaneceu durante o período de 2002 a agosto de 2009 em
dualidade administrativa com a Escola Rural Municipal Nossa Senhora das Graças.
Nesse período, a escola passou por dificuldades de adaptação e aceitação na
comunidade local, visto que, os profissionais designados à implantação da escola não
eram da comunidade local, e isso, na época não foi aceito pela comunidade, bastante
tradicional. Devido a esse fato houve muitos atritos, divergências de opinião e
discussões. Nesse período houve uma fase de carência de disponibilidade material, já
que, por ser escola nova não se dispunha de material próprio e não se tinha acesso
aos da instituição em que a escola estava inserida. Houve também dificuldade por
ausência de funcionários específicos para os cargos necessários ao bom andamento
da escola, já que nos primeiros dias de funcionamento se dispunha somente uma
secretária e dois professores. Com o passar do tempo foram incorporados os demais
funcionários, sendo que a primeira pedagoga foi designada somente após
aproximadamente 3 anos de funcionamento. E nesse período foi essencial o apoio
recebido pela APM recém eleita, visto que, era essa instituição que subsidiava
financeiramente a escola, inclusive com os primeiros salários de alguns funcionários.
Outro ponto relevante foi a dificuldade de locomoção, pois mesmo estando a 12
Km do centro da cidade, nos primeiros anos de funcionamento, parte dos funcionários
da escola não podia utilizar o transporte escolar, tendo que se organizar com caronas
esporádicas ou até mesmo chegar a pé até o local de trabalho.
Em 2003, na gestão da professora Ângela Gurski Faot, diretora no período de
2002 a 2005, iniciou-se um processo de compra de um prédio pertencente à MITRA,
que fica em frente à instalação municipal, prédio este desocupado e abandonado há
alguns anos, em desuso total. Processo tal, que embora tenha gerado expectativas
devido a visitas, vistorias, solicitação e tramitação de documentos, não teve retorno da
mantenedora. Em 2006, na tentativa de dar continuidade ao andamento do processo,
já na gestão da professora Cláudia Sirlei Leiva, que assumiu a partir de 2006 até a
presente data, descobriu-se que o processo havia sido negado e arquivado. Então,
novo processo foi iniciado, solicitando dessa vez comodato, com o apoio do então
Pároco local, Pe. Milton Machniewicz. Por mais 3 anos houve trâmite de
documentação, e somente em 2009 é que houve permissão para usar o prédio e
consequente liberação da reforma do espaço físico a ser ocupado. Reforma essa que
durou aproximadamente 1 semestre, permitindo a mudança efetiva do estabelecimento
como um todo em agosto de 2009, deixando ainda sem realizar a transferência do
laboratório de informática, Paraná Digital, que necessita de nova obra de infra
estrutura no prédio atual.
Destacamos, porém que durante a obra, parte das atividades escolares ocorria
no prédio em reforma, o que gerava grande preocupação por parte dos profissionais
do estabelecimento, que precisavam estar sempre atentos e orientando muito cuidado
com a segurança e integridade física dos alunos.
Cabe ressaltar ainda que a reforma não atendeu a todas as necessidades da
comunidade escolar, visto que não dispomos de Cancha para esportes, dos
Laboratórios de Informática, conforme já foi dito, e temos problemas com a
sonorização entre um piso e outro, já que a divisória é de madeira. Além disso, não há
acessibilidade, visto que há escadas tanto no interior quanto no pátio externo do prédio
e nenhuma rampa.
Em relação à oferta de ensino, a instituição, a princípio, oferecia apenas o
segundo segmento do Ensino Fundamental, sendo que no ano de 2007 foi implantada
a oferta de Ensino Médio à comunidade escolar, o que gerou alteração da
denominação, passando a ser Intitulado Colégio Estadual Dr. Adhelmar Sicuro – EFM,
conforme orientação.
Hoje o colégio é referência na comunidade e em todo o município, tanto que há
grande e frequente procura por vagas, as listas de espera estão sempre preenchidas.
Atende não só a comunidade local, como também alunos do centro de Contenda,
Araucária e Quitandinha.
1.3 ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
1.3.1 Modalidade de Ensino
O Colégio Estadual Dr. Adhelmar Sicuro - Ensino Fundamental e Médio - oferta
os anos finais do Ensino Fundamental no período diurno (manhã e tarde) e Ensino
Médio no turno da manhã, organizado em série /ano.
1.3.2 Turno de Funcionamento
O horário das aulas do Colégio procura atender aos interesses de
aprendizagem e a disponibilidade do transporte escolar:
Manhã 07h20min às 11h45min
Tarde 13h00min às 17h25min
2. OBJETIVOS GERAIS
1. Ensino Aprendizagem
A sociedade atual está vivenciando uma inversão de valores, tudo aquilo que
antes era considerado essencial, hoje tem se tornado “antiquado”. E é nesse ambiente
e clima que a Escola se mantém efetiva.
Seu principal objetivo é socializar a cultura e os saberes historicamente
construídos, contribuindo para a democratização da sociedade mais justa e humana.
Entendendo-se que a aprendizagem é um processo de construção do
conhecimento, no qual o professor tem uma grande importância na intervenção do
mesmo, é necessário que nas relações de aprendizagem se promovam o espírito
criativo e inovador, a capacidade de síntese e análise lógica.
Assim, o aluno deve ser visto tal como ele é, com sua realidade, suas necessidades,
suas possibilidades e expectativas, e o professor juntamente com o aluno deverá
construir o tipo de ensino - aprendizagem ideal. E, com base nos dados captados,
utilizar de forma flexível os mais variados recursos didáticos, atendendo as
características de cada situação.
A Escola deve propiciar situações de aprendizagem que façam alunos pensar,
provoquem a reorganização de seus conhecimentos prévios para modificá-los
gradativamente.
2. Permanência do Aluno na Escola
Refletir a prática pedagógica como um fator condicionante e buscar meios que
possibilitem aos docentes para contribuir com ações eficazes para a permanecia do
aluno na escola e a redução da repetência escolar.
Desenvolver um trabalho de sensibilização e envolvimento da comunidade
escolar e da sociedade em geral nos trabalhos desenvolvidos pela escola.
Inovar as práticas pedagógicas, desenvolvendo atividades atrativas, que
motivem o aluno, a permanecer na escola, elevando assim o seu desempenho e
elevando a imagem da escola perante a sociedade, onde o Ensino de qualidade, seja
a meta principal, na formação do cidadão consciente e capaz de atuar como agente
transformador da sociedade, procurando sempre interagir Escola e Comunidade.
3. Gestão Democrática
Reconhecer a necessidade e capacidade da escola em planejar e organizar a
sua dimensão política e pedagógica a partir da gestão participativa em todos os
segmentos da comunidade escolar no processo dinâmico e articulado, sendo uma das
oportunidades de atingir melhores resultados na aprendizagem dos alunos e de todos
os envolvidos no processo educativo de acordo com suas necessidades e culturas
específicas enfocando a construção coletiva.
3. MARCO SITUACIONAL
3.1 Caracterização do Município
Contenda está situada no 1º planalto de Curitiba, fazendo parte integrante da
Área Metropolitana, localizando-se a 40 km ao sul da Capital do Estado do Paraná,
sendo atravessada pela BR 476 e tendo como limites os municípios de Balsa Nova,
Araucária, Quitandinha, Lapa e Mandirituba.
A área territorial do Município de Contenda é de 344, 758 km².
Sua população é de aproximadamente 20.000 habitantes.
Altitude de 878,17m acima do nível do mar, latitude 25º 43” e longitude 40º 30”.
Nosso clima é o subtropical, com umidade relativa do ar elevada.
Sua temperatura média é de 15º a 20ºC. O solo apresenta declive variável,
classificado como forte - ondulado. A presença de rochas sedimentares formou solos
com desiguais texturas. Existem solos arenosos, porém o predomínio é do solo
argiloso.
Rios principais: Iguaçu, Contenda e Isabel Alves.
As condições climáticas e do solo contribuem para o desenvolvimento de
florestas, ficando o campo em segundo lugar. Predomina a floresta subtropical, que se
apresenta, em geral, em três níveis, sendo o superior constituído por Araucárias,
Imbuia, Cedro e Canela.
Grande parte do Município já foi desmatada e restam quase que exclusivamente
as áreas de preservação, os locais de difícil acesso e os de grande declive, guardando
a vegetação nativa e pequenos capões. As espécies que aqui habitam são quase que
as mesmas distribuídas por toda a Região Sul. Registramos várias espécies de aves,
mamíferos, alguns répteis e roedores e uma variedade de peixes em nossos rios.
Não se sabe com certeza quem foram os primeiros moradores do nosso solo,
porém há indícios de que aqui viviam índios tinguis e guaranis, depois espanhóis e
portugueses, depois caboclos, cafuzos e mamelucos. Diz-se também que essas terras
faziam parte de uma das quatro sesmarias concedidas por El - Rei de Portugal aos
portugueses Ignácio da Costa e Leandro da Costa (1740); Manoel da Luz (1751) e
Antônio Gonçalves dos Reis (1767). Registra-se a chegada de colonos poloneses e
alemães nesse território, em meados de 1890.
Os comerciantes João Soares Franco e Constantino Soares da Silva são
considerados os fundadores da cidade, que aqui se estabeleceram com uma casa de
comércio de gêneros diversos e compra de cereais e erva mate. Deu-se início a
colonização propriamente dita no ano de 1894, com a chegada também dos poloneses
na colônia Serrinha, a beira da estrada geral, que ligava Curitiba a Lapa.
Em 14 de novembro de 1951, Contenda foi desmembrada do município da
Lapa, tornando- se um município autônomo, e em 14 de dezembro de 1952 foi
efetuada a posse do primeiro prefeito eleito.
Nossa economia gira principalmente em torno da produção agrícola, porém,
Contenda está expandindo o progresso na Área Econômica, contando com
representação nas atividades pecuárias, industriais, comércio de ferramentas e
implementos agrícolas, calçados e vestuários, fertilizantes e adubos.
Sendo Contenda uma região de colonização européia, caracteriza-se pela
predominância de pequenas propriedades e pela atividade agrícola, na qual
predomina o plantio de milho, feijão, batata e soja.
A concentração demográfica na área territorial de Contenda é de
aproximadamente 19 habitantes/Km.
Em relação à Educação, o município de Contenda tem como estrutura
educacional atendimento e administração de duas redes de ensino: a rede Pública
Municipal e a Estadual. Em relação à rede estadual de ensino, na região central do
município funciona o Colégio Estadual Miguel Franco Filho – E.F.M. e o CEEBJA
Ziloah de Moura Carvalho, no distrito de Catanduvas do Sul, zona rural, funciona o
Colégio Estadual Dr. Adhelmar Sicuro – E.F. M, no distrito de Serrinha, a Escola
Estadual Pedro José Puchalski, e no bairro Jardim São João, a Escola Estadual Ver.
Dr. Francisco Cordeiro – E.F. (5ª a 8ª séries).
3.2 Caracterização da Comunidade e do Estabelecimento
A comunidade de Catanduvas do Sul, na qual está inserida a Escola, é
caracterizada como zona rural, onde a economia gira em torno da agricultura, com
pequenos estabelecimentos comerciais, que procuram atender às necessidades de
seus habitantes. Sua população é formada, em grande maioria, por descendentes
poloneses, mas hoje já começa a se efetivar certa miscigenação. A cultura regional
ainda mantém características mais tradicionalistas, família estável e patriarcal, que
segue cultos de religião católica.
Essa tradição, reservada, muitas vezes, entra em choque com o saber
científico, que considera essencial a nitidez e o esclarecimento de toda e qualquer
informação. Isso porque, muitas das famílias não têm outra fonte de informação e
conhecimento que não a Escola. Isso já gerou alguns transtornos com pais de alunos.
A maioria da clientela escolar vem de lugares distantes, mas serve-se dos
ônibus de transporte escolar municipal, isso ajuda a minimizar o problema do acesso à
escola. No entanto, é crescente o atendimento a alunos residentes no centro da
cidade, já que os pais preferem que estudem num ambiente mais calmo.
No que se refere às condições sócio- econômicas, há residências de alguns de
nossos alunos que apresentam condições precárias de instalações sanitárias, água,
esgoto, iluminação e em algumas faltam até cômodos adequados para os familiares,
pois pais e filhos dividem o mesmo quarto, e as crianças usam uma mesma cama para
dormir. Há os pequenos proprietários, os que vivem de agricultura de subsistência,
alguns grandes proprietários e filhos advindos de pais que trabalham em escolas,
lojas, empresas, na grande maioria, daqueles que advém do centro da cidade.
A grande maioria dos pais dos alunos apresenta nível de escolaridade até a 4ª
série do Ensino Fundamental, alguns concluíram até a 8ª série, poucos têm o Ensino
Médio concluído, raros os pais que detêm o Ensino Superior, e há ainda os casos de
quem não tem nenhuma instrução, que, aliás, são resistentes à participação no
Programa Paraná Alfabetizado, oferecido pela escola à comunidade.
Contamos com a existência de órgãos colegiados: APMF, Conselho Escolar,
Conselho de Classe e Grêmio Estudantil, mas nem sempre podemos contar com a
efetiva participação destes nas tomadas de decisões da escola, pois os membros que
não são do convívio diário nem sempre se dispõe a atender as necessidades da
instituição.
Com relação ao ambiente escolar, contamos com 10 computadores do
PROINFO em funcionamento parcial, já que não estão conectados à Internet e nem
dispõe conexão para impressora, e 16 do Paraná Digital, sendo que 3 foram instalados
na área administrativa e pedagógica, e 4 estão disponibilizados para uso dos
professores, os demais não estão em condições de uso, pois ficam ainda no prédio
municipal. Temos ainda um mimeógrafo, pouco utilizado, um retroprojetor, onze TV's,
sendo nove, do modelo Multimídia (TV Pendrive), doadas pelo Governo do Estado,
dois DVDs e dois videocassetes não instalados em sala de aula, necessitando de
deslocamento e duas impressoras em situação de uso, uma máquina fotocopiadora
adquirida pelo PDDE e 2 bebedouros. Todas as salas de aulas são equipadas também
com ventiladores de teto.
3.3 Nº de Turmas, Alunos, Professores, Funcionários
No período da manhã são ofertadas 7 turmas, sendo assim distribuídas: 2
turmas de 7ª série, 2 turmas de 8ª série, 1 turma de 1º ano, 1 turma de 2º ano e 1
turma de 3º ano; no período da tarde são ofertadas também 7 turmas, sendo assim
distribuídas: 4 turmas de 5ª série, 3 turmas de 6ª série. Além das turmas regulares,
são oferecidas, em contraturno, as Salas de Apoio para as 5ª e 8ª séries, nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática e ainda o Celem para o Ensino Médio.
O número de alunos matriculados neste Colégio no ano de 2011 perfaz um total
de 339 alunos, sendo 257 de Ensino Fundamental e 82 do Ensino Médio, distribuídos
conforme a tabela abaixo.
ENSINO FUNDAMENTALTUR ALU TUR
MA NOS NO5ª A 24 TAR
DE5ª B 24 TAR
DE5ª C 21 TAR
DE5ª D 24 TAR
DESAA Matemática
15 5ª série
MANHÃ
SAA L. Portuguesa
15 5 série
MANHÃ
6ª A 24 TARDE
6ª B 22 TARDE
6ªC 22 TARDE
SAA Matemática
15 8ª série
TARDE
SAA L. Portuguesa
15 8ª série
TARDE
7ª A 25 MANHÃ
7ª B 25 MANHÃ
8ª A 22 MANHÃ
8ª B 24 MANHÃ
ENSINO MÉDIO1º ANO
30 MANHÃ
2º ANO
20 MANHÃ
3º ANO
25 MANHÃ
CELEM
13 TARDE
Seu quadro de funcionários conta atualmente com 38 profissionais, sendo assim
distribuídos: 1 Diretora, 2 Pedagogas, 5 Agentes Educacionais I, sendo 1 Técnico
Administrativo e 28 professores atuando diretamente com os alunos. Assim
demonstrados no quadro abaixo:
NOME FUNÇÃO/VÍNCULO FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Ângela Gurski Faot Professora/QPM
Ciência/Sociologia
Grad.: Pedagogia; Ciências-
Química
Pós-grad.: Tecnologias
Aplicadas à Educação
Antônia do Rocio Padilha Alves Agente Educacional I Ensino Médio Incompleto
Antônio Carlos F. Junior Professor PSS/ Ciências Licenciatura em Matemática e
Especialização em Ciências
Ariane Lima do Vale Professora/QPM
Química
Grad.: Licenciatura/Bacharel
em Química
Carla Fantin Sass Agente Educacional I
QFEB
Ensino Médio
Celia Leite Ribas Agente Educacional IQFEB Ensino Médio
Cláudia Sirlei Leiva Professora/QPM
Diretora
Grad.: Licenciatura em Letras
Português/Espanhol
Pós- grad.: Psicopedagogia
Clínica/ Institucional; Língua
Portuguesa e Literatura
Brasileira
Cláudio José Figura Professor de língua
Portuguesa / PSS
Grad: Licenciatura
Cleide Cristina Schebeski Professora/QPM Grad.:Licenciatura em
Ciências Biológicas.
Cristiane Baumel Professora/QPM
Matemática
Grad.: Licenciatura em
Matemática e habilitação em
Física.
Pós-grad.: Matemática
Aplicada e Ed. Especial.
Elenice Guterville Professora/ PSSArte
Grad: Licenciatura em Arte
Émerson de O Ribeiro Professor/PSS Grad.: Educação Física
Fernanda Baumel Szczypior
Professor/QPMBiologia
Grad: Licenciatura em Ciência
Gilson Henrique de Lima Professor de Educação Física/
PSS
Licenciatura em Educação
Física
João Gilmar Fiatkoski Professor/ QPM
História/Filosofia
Grad.: Licenciatura Plena em
Filosofia e Ensino Religioso
João Paulo Longo Professor /QPM
Matemática- Apoio
Licenciatura Plena em
Matemática
Pós-grad.: Ed. Matemática.
Jociana Maria Bill Kaelle Professora/PSS
Espanhol
Licenciatura em Espanhol e
Português (Acadêmica)
Josélia Loch Ribeiro Professora/PSS Educação
Física
Licenciatura em Educação
Física
Leozira Florêncio Agente Educacional II
PSS
Acadêmica em Pedagogia
Luciana Coelho Fabianski Agente Educacional I
QFEB
Ensino Médio
Luiz Carlos Miguel Professor/PSS
Inglês
Licenciatura em Português
/Inglês.
Marceli Cristina Sicuro Pedagoga QPM Licenciatura em Pedagogia e
Matemática
Pós grad.: Educaçao Especial
Maria Aparecida Walter Professora/QPM
Arte
Licenciatura em Artes Visuais
com Ênfase em Computação
Gráfica.
Pós- grad.: Ed. Especial.
Mario César da Silva Cardoso Agente Educacional I
QFEB
Ensino Médio
Marli Carneiro Maia Getkoski Professora/PSSInglês
Licenciatura em língua Portuguesa e Inglês
Renato Santos do Rosário Professor/ PSS
Geografia
Licenciatura curta em História
e plena em Geografia
Rozinei de Fátima Gonçalves
Stanislovski
Professora/QPM
História
Licenciatura Plena em
História.
Pós Grad.: Metodologia do
Ensino de História
Sandra Mara Polak Professora/QPM
Português
Licenciatura Plena em
Português/Espanhol
Sara Gonçalves Professora /PSS
Ensino Religioso
Licenciatura em Pedagogia
Silmara Horning
Professora/PSS
Português-Apoio
Licenciatura em língua
Portuguesa e Licenciatura em
Frances
Silvana Mildemberg Nunes Pedagoga/ PSS Licenciatura em Pedagogia,
com habilitação em
Orientação e Supervisão.
Pós Gestão Escolar e
Empreendedorismo
Simone Schmitz Professora/ PSS
História
Licenciatura em História
Simone Staron Professora /PSS
Português
Licenciatura Plena em Língua
Portuguesa
Tatiana Ceccato Baio Professora/QPM
Física
Licenciatura Física
Tiago Stanczyk Professor/QPM
Geografia
Licenciatura Plena em
Geografia
Vilma Aparecida Padilha Professora/PSS
Português
Licenciatura Plena em
Português/Espanhol.
Pós em Psicopedagogia
Luciane Binek Professora /PSS
Matemática - Apoio
Licenciatura Plena em
Matemática
3.4 Ambientes Pedagógicos
Atualmente o Colégio Estadual Dr. Adhelmar Sicuro - EFM, funciona em um
prédio de dois pisos, do antigo Seminário pertencente a MITRA. Recentemente parte
de sua estrutura foi reformada para o atendimento à comunidade escolar, porém esta
não atendeu totalmente as exigências de segurança e qualidade estabelecidas pelo
CREA e corpo de bombeiros.
As repartições ficaram da seguinte forma: duas pequenas salas para
Laboratórios de Informática, uma sala para a Secretaria, uma sala para Coordenação
Pedagógica, uma sala para a Direção, uma Sala para os Professores, uma sala para a
Biblioteca, cujo acervo bibliográfico é precário, não atendendo às necessidades de
nossos alunos, e organização de material, dois banheiros internos para uso dos
professores, ficando um no térreo e outro na parte superior, uma Sala de Apoio para
português e matemática, que funciona duas vezes durante a semana, em contra turno
ao de estudo das 5ªs e 8ªs séries, sete salas de aula, sendo três no térreo e quatro no
piso superior.
No ambiente externo do Colégio temos uma pequena cobertura, uma
cozinha/cantina, na qual é preparada e servida a merenda escolar, uma área de
serviços, dois banheiros, sendo um feminino e outro masculino, para os alunos, uma
para o laboratório de pesquisa e experiências químicas, dispondo de vidraria, lupa,
torso humano, enfim, uma pequena quantidade de material de laboratório, e uma
cantina comercial, da APMF. O pátio é parcialmente cercado com alambrado,
contendo um portão grande e um pequeno na frente do Estabelecimento, o campo é
do lado externo do Colégio, numa área ainda improvisada, sem a devida estrutura.
Ainda encontramos muita dificuldade com relação às salas de aula de algumas
turmas, que não possuem isolamento acústico entre os andares, visto que o piso
superior é de madeira; também seria necessário adequar a escada que dá acesso ao
piso superior do prédio, pois é inadequada, muito estreita e com degraus de tamanho
fora de padrão, o que faz necessário realizar adaptações para garantir a segurança
dos alunos, bem como para incluir, quando necessário for, alunos portadores de
necessidades especiais; também não disponibilizamos, ainda, de extintores suficientes
ao combate de incêndios.
Não dispomos de Sala de Recurso. A Sala de Apoio tornou-se realidade a partir
do 2º bimestre de 2008.
O Laboratório de Informática encontra-se inativo, sem uso, pois está no aguardo
da liberação de obra por parte da Mantenedora para a instalação dentro dos padrões
exigidos para o seu funcionamento.
Os professores sentem dificuldades para preparar seu material de pesquisa e
organização de seu trabalho, além da reprodução das atividades para os alunos na
escola, pois não há disponibilidade dos mesmos, sendo utilizados os computadores da
secretaria quando estes não se encontram ocupados, pois as TICs (Tecnologias de
Informação e Comunicação) têm apresentado problemas técnicos, devido à instalação
inadequada para tal finalidade.
3.5 Educação Inclusiva
3.5.1 Atendimento aos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais (PNEE)
Segundo a LDBEN 9394/96, artigo 58, a educação para portadores de
necessidades especiais deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino. Para tanto, segundo o artigo 59 da mesma lei, estabelece que as entidades de
ensino, para atender esses educandos, necessitam possuir currículos, métodos,
técnicas, recursos educativos e organização específicos, professores com
especialização adequada em educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva
integração na vida em sociedade.
A escola, muitas vezes, passa a desempenhar um papel ambíguo frente a essa
diversidade, pois ao mesmo tempo em que tenta acolher os alunos com dificuldades,
não consegue oferecer as condições necessárias para a sua inclusão e educação.
Aquela escola que sonhamos que queremos construir deve ser um espaço acolhedor,
que realmente garanta o acesso, a permanência e os avanços efetivos na
aprendizagem do aluno. Nela, as diferenças individuais estão sempre presentes e a
atenção à diversidade é o eixo norteador da inclusão educacional.
Mas a realidade nem sempre é condizente. No que diz respeito à nossa
situação, especificamente, quando da implantação da escola, recebemos um
educando com necessidades especiais (surdo). Inicialmente o acolhemos e buscamos
apoio junto a mantenedora, pedindo ajuda de um profissional com especialização
adequada e orientações didático- pedagógicas. Mesmo com todo esforço, tanto dos
profissionais da escola quanto do próprio educando, porém sem poder contar com a
ajuda solicitada, infelizmente não conseguimos garantir a permanência do referido
aluno no estabelecimento de ensino, já que não dispomos de profissionais capacitados
para se comunicarem com o aluno.
Atualmente nossa escola apresenta alunos com quadro de deficiência física
leve e/ou intelectual diagnosticada, porém sem laudos de especialistas, mesmo tendo
sido solicitado aos pais dos alunos. Sabemos que a lei prevê que esses educandos
precisam estar inclusos na rede regular de ensino, porém se recebermos algum com
maiores dificuldades, a estrutura física de nossa escola não está adequada, pois não
possuímos rampa de acesso, banheiros adaptados, corrimão, portas e corredores que
permitam a mobilidade, mesmo tendo passando recentemente por uma reforma,
acompanhada por Engenheiro Responsável da própria Secretaria de Educação.
3.5.2 Diversidade
A ideia de diversidade está ligada aos conceitos de pluralidade e multiplicidade.
Compreende- se diversidade como sendo diferenças existentes dentro da sociedade, e
que não podem ser negadas, porque caracterizam e formam a identidade cultural,
social e econômica de cada grupo que convive com os demais, e se não a podemos
negar, precisamos considerar que cada um deve ser respeitado dentro das suas
individualidades.
Vivemos num país multi- racial, em nosso dia-a-dia convivemos com muitas
culturas, percebemos diferenças e/ou igualdades entre todo tipo de pessoas e grupos:
heteros e homossexuais, pretos e brancos, ricos e pobres, homens e mulheres, sendo
que estas diferenças nem sempre são tratadas com naturalidade.
A escola deve ser um espaço aberto aos mais variados grupos, assegurando-
lhes o acesso ao saber historicamente acumulado, assim como propiciando- lhes um
ambiente em que sejam respeitadas suas especificidades.
E nossa escola, apesar de estar localizada na área rural e atender alunos desta
localidade, também recebe um considerável número de alunos oriundos da área
urbana, ocorrendo, portanto, uma maior diversidade de sujeitos, tais como os filhos de:
agricultores familiares, sitiantes, trabalhadores rurais temporários, afro descendentes,
chacareiros, assalariados, bem como adultos e idosos não alfabetizados, bem como
alunos vindos do centro urbano e de outras regiões do país.
Para atendermos tamanha diversidade, a escola necessita de uma proposta
pedagógica que contemple os mais variados conceitos e métodos que possam atingir
individualmente estes diferentes sujeitos.
E sabendo que o preconceito está presente em nossa sociedade, não é
possível dizer que a escola não foge de todo das práticas discriminatórias, pois ocorre
em seu interior uma situação conflituosa entre os educandos do campo e os da cidade,
e até mesmo entre os próprios alunos da zona rural que se rotulam por falar de
determinada maneira, por vestirem- se de forma peculiar, como se alimentarem de
certos alimentos.
Cabe a escola identificar, planejar e trabalhar estas diversidades, garantindo a
todos o direito ao acesso e a permanência no ambiente escolar, mesmo vivenciando
uma relação conflituosa entre escola e família, pois na escola temos a fala direcionada
para a superação de preconceitos, mas sabemos que quando a criança chega em
casa, a prática é outra, na realidade a discriminação aos diferentes é constante.
3.6 PROJETOS INTEGRADOS AO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
A Escola tem a obrigação de ter uma visão ampla sobre a sociedade que
queremos e o indivíduo que pretendemos formar. Sabemos que a formação integral é
imperativa, precisamos resgatar através da educação os valores pessoais, o respeito a
si e ao próximo, para que tenhamos cidadãos conscientes de seus direitos e deveres.
A sociedade exige indivíduos empreendedores, seguros de si, para tal precisamos
ampliar nossa visão educacional e reparar muitas arestas deixadas às vezes pela
família, que em nossa realidade luta as duras penas pela sobrevivência. A reparação,
cremos, poderá ser feita através de projetos trabalhados paralelamente aos conteúdos
programáticos.
Como educadores, desta maneira, estaremos exercendo a nossa cidadania,
construindo uma sociedade mais justa, onde todos tenham voz e vez.
3.6.1 PROJETO 1
CONHECIMENTO E RESPEITO ÁS REGRAS DA BOA CONVIVÊNCIA.
1 - OBJETIVO
4. Propiciar às crianças e adolescentes situações de auto-estima, para que vivam
com consciência e cidadania.
2 - JUSTIFICATIVA.
O projeto será desenvolvido no decorrer do ano, ao longo deste período os
temas selecionados serão trabalhados com as séries, relacionados de acordo com a
curiosidade e maturidade pertinentes a cada faixa etária.
No andamento do projeto, além dos temas previamente propostos, pretende-se
a mudança de postura dos educandos, levando-os a refletir em situações práticas.
Com a mudança das atitudes dos educandos, a escola mudará como um todo.
3 - TEMAS A SEREM TRABALHADOS
6º E 7ºANOS
A) A boa comunicação, como posso comunicar-me:
Comunicação verbal e comunicação não verbal;
O valor da comunicação;
O que é ouvir?
O que é ponto de vista? Como ser firme e defender o que pensa;
A escolha cuidadosa das palavras;
B) Quem sou eu? O que posso fazer
O que é auto - estima?
Eu, como pessoa, com meus defeitos e qualidades;
O jogo da auto - estima;
Imagem do corpo;
C) Valores
O que são valores;
De onde vêm os valores;
A importância dos valores familiares;
O que são valores pessoais;
Como ser firme para vivenciar e viver meus valores?
8º E 9º ANOS e EM
A) O valor da comunicação.
B) Quem sou eu, o que posso fazer?
C) O que é auto – estima?
D) Valores pessoais e familiares.
E) Estereótipos - O que são?
F) Masculino e Feminino valorização e respeito.
G) Sexualidade.
H) Doenças sexualmente transmissíveis.
I) Gravidez - métodos contraceptivos.
J) AIDS, como prevenir.
L) Drogas.
3.6.2 PROJETO 2
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
1 - JUSTIFICATIVA.
Nosso Estabelecimento tem proposto várias iniciativas referentes ao meio
ambiente, pois consideramos a questão muito urgente para a sociedade e para o
futuro da humanidade.
Na perspectiva de contribuir para um trabalho mais efetivo de participação,
corresponsabilidade e solidariedade para mudar o comportamento agressivo e
descompensado contra a natureza que as sociedades industriais, visando mecanismo
do lucro, estão levando ao desastre ecológico.
Há previsões denunciadas pelos meios de comunicação de que em 30 anos não
haverá mais cobre, ouro e prata na Terra, o ar estará irrespirável, a água contaminada,
o solo poluído e os recursos para a vida humana escassos.
2. OBJETIVOS
5. Despertar no indivíduo o interesse pelas questões ambientais.
6. Promover a participação dos alunos dando-lhes a oportunidade de tomar
decisões para prevenir os problemas ambientais.
7. Ajudar os alunos a descobrirem os efeitos e as causas reais dos problemas
ambientais.
8. Ressaltar a complexidade dos problemas ambientais e, em consequência a
necessidade de se desenvolver o sentido crítico e as atividades necessárias
para resolvê-los.
9. Aumentar o número de pessoas capazes de uma análise multiplicadora da
natureza através da capacitação e da busca de informações.
10.Formar um espírito crítico motivado para a participação e ação.
11.Transmitir conhecimento sobre a interdependência dos elementos da natureza.
12.Conscientizar em relação à racionalidade dos recursos energéticos e naturais.
3 - CONTEÚDOS
I - CICLOS DA NATUREZA.
1. Os ciclos da água, seus múltiplos usos, sua história, sua importância para a
vida.
2. Os ciclos da matéria orgânica e sua importância para a natureza.
3. As teias e cadeias alimentares (agravantes – substâncias tóxicas presentes na
água, solo e ar.)
4. O estabelecimento de relações e correlações entre elementos de um mesmo
sistema.
II. SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE.
1. Diversidade cultural e ambiental.
2. Os limites da ação humana em termos quantitativos e qualitativos.
3. Principais características do ambiente e sua comparação do ambiente com
culturas passadas e das gerações futuras.
4. Interdependência ambiental entre as áreas urbana e rural.
5. Análise crítica entre ambientes preservados e degradados.
III. MANEJO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL.
1. Campanha e divulgação da reciclagem do papel e reaproveitamento de
materiais.
2. A necessidade de formas e tratamento dos detritos humanos (esgoto, lixo,
fossa, etc.).
3. Formas de poluição (do ar, água, solo, sonora), atividades que provocam
poluição (indústria, postos de gasolina, matadouro, uso intensivo de adubo
químico e agrotóxico).
4. Conservação do solo, erosão, cuidados com a saúde, conservação e
recuperação ambiental.
5. Práticas que evitam desperdício (água, energia, alimentos, etc.)
4. DESENVOLVIMENTO
Um programa de Educação Ambiental deve promover simultaneamente o
desenvolvimento e o conhecimento ambiental.
Despertar a participação comunitária de forma articulada através da divulgação
de conhecimentos necessários à compreensão do seu ambiente, através de atividades
como:
1. Promoção de eventos em datas comemorativas como: Dia Mundial do Meio
Ambiente (05 de Junho), Dia da Árvore (21 de Setembro).
2. Realização de percursos em áreas para observação sobre a fauna, a flora, as
relações ecológicas, poluição, etc..
3. Cursos de Educação Ambiental destinados a pais, alunos, professores,
funcionários em geral.
4. Campanha da separação e da redução do lixo.
5. Reaproveitamento de material.
6. Campanha e montagem de horta caseira.
7. Campanha visando economia de luz, água, combustível, etc.
8. Campanha sobre o conhecimento do seu corpo e o relacionamento com o
ambiente sobre sua responsabilidade.
5. TÉCNICAS E RECURSOS DIDÁTICOS.
1. Pesquisa.
2. Coleta de informações com pessoas ( entrevistas, questionários) em livros,
revistas, jornais, fitas de vídeos.
3. Trabalho em grupo.
4. Seminário.
5. Palestras.
6. Mesa redonda.
7. Debates.
8. Relatório oral e escrito.
9. Comunicação oral e visual.
10.Reportagem.
11.Conversação dirigida.
12.Leitura e Interpretação de textos.
13.Desenho, pintura, colagem, cartaz, gravuras, painéis, murais, quadros, álbum
seriado.
14.História em quadrinhos.
15.Teatro, dramatização, música, mímica.
16.Excursão (visita, passeio orientado).
17.Observação dirigida.
18.Estudo do meio.
19.Estudo do caso.
20.Audiovisuais: Filmes, Transparências.
21.Análise de questões que levam o homem a agir contra o meio ambiente e contra
seu próprio organismo.
6. METODOLOGIA.
As atividades extracurriculares são coordenadas pela equipe de todos os
professores da classe.
Os estudantes se organizam e realizam as atividades para examinar e propor
alternativas viáveis para determinados problemas ambientais.
Cada grupo de estudantes desenvolverá suas atividades fora do horário escolar;
podendo ser conjuntas, em dupla ou uma atividade por classe conforme o interesse e
necessidade local.
Os trabalhos terão por base: o exame, entendimento, compreensão dos
problemas e apresentação de soluções alternativas para as dificuldades específicas.
Professores e alunos organizam as atividades como: coletas de campo,
elaboração de bibliografia, fotografia, realização de vídeos, entrevistas, debates e
grupos de sistematização, etc.
Além do projeto a Educação Ambiental será articulada às várias disciplinas e a
vários experimentos (Ciências Naturais, Ciências Sociais, Artes e Letras, etc.)
produzindo uma percepção integrada do meio e conduzindo a uma ação ambiental,
apropriada às necessidades sociais mais racionais.
O modelo de escolarização dogmática a que os nossos alunos estão habituados
solicita muito esforço dos participantes para uma nova estratégia de ensino. O aluno
apreende os conhecimentos com base nos esquemas ou estruturas cognitivas que
possui, agindo como investigador e obtendo suas conclusões de forma científica. O
corpo docente precisa estar preparado para um trabalho cooperativo que estude um
dado fenômeno através de abordagens diferentes, porém complementares.
A Educação Ambiental será baseada em dados científicos a respeito das
questões básicas - A AMBIENTAL E A HUMANA – (aspectos econômicos, políticos,
sociais e culturais), como processo interativo numa abordagem interdisciplinar dos
problemas, em face de emergência fundamentada em teorias sobre a VIDA em geral.
ALGUNS TEMAS PARA ANÁLISE E ESTUDO.
Os temas seguem alguns princípios para a elaboração curricular:
1. Avaliação das necessidades.
• Análise da situação.
• Estabelecimento de prioridades.
• Objetivos do processo.
• Seleção dos conteúdos.
• Organização das estratégias de ensino.
• Crescimento populacional.
• Alimentação e agricultura.
• Diversidade biológica.
• Recursos hídricos.
• Ar, atmosfera, clima.
• Substâncias nocivas.
• Gerenciamento do lixo sólido.
• Segurança global.
• Desenvolvimento sustentável.
7. CRONOGRAMA.
Será desenvolvida no decorrer do ano letivo.
8. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO.
Espera-se que o aluno:
• Conheça a existência dos processos de transformação e perpetuação da vida,
dos processos de renovação dos recursos naturais e de reciclagem dos detritos.
• Conheça os elementos de interferência do homem na natureza e contribua para
a conservação e a manutenção do ambiente.
• Participe de atividades cotidianas de cuidado e respeito dos ambientes coletivos
(jogar lixo no cesto, usar corretamente o banheiro, valorizar aspectos estéticos
nas dependências da escola, das cidades, etc.)
• Reconheça a necessidade de dependência que a humanidade tem dos recursos
naturais e sua preservação.
• Perceba que a qualidade de vida está ligada às condições de higiene e
saneamento básico, à qualidade do ar, da água e do espaço assumindo uma
postura crítica diante da própria realidade.
• Não desperdice recursos naturais que usa em sua vida diária (água, luz,
combustível) alimentos, objetos de uso pessoal, materiais escolares, etc. e
discutir hábitos de consumismo na sociedade.
3.6.3 PROJETO 3
SICURINHO
1- JUSTIFICATIVA:
Sicurinho é o nome da moeda que circula dentro do Colégio. Trata-se de um
projeto elaborado por outra escola (com outro nome) e que foi por nós adaptado e
implementado em nosso Colégio. Este projeto tem o objetivo de promover a disciplina
dentro e fora da sala de aula, resgatando valores, a responsabilidade o respeito
mutuo, que são fatores primordiais que contribuem para uma efetivação de um Ensino
de Qualidade. Desde sua implantação que foi efetuada no ano de 2007 e teve uma
boa aceitação por toda a comunidade escolar. No projeto constam algumas infrações e
valores que são descontados/atribuídos pelos professores ao longo de cada bimestre.
No início de cada bimestre é atribuído aos alunos o valor simbólico de um salário
mínimo na moeda do Sicurinho. À medida que forem cometendo alguma infração, ou
não atingindo a média mínima de (6,0) em cada disciplina, ou ainda comprando
materiais escolares como: cadernos, lápis, borracha, caneta etc., vai sendo debitado
de seu salário.
No final de cada bimestre, é realizada uma Festa onde os alunos gastam seu
“Dinheirinho” nas brincadeiras direcionadas, gincanas e lanches que são oferecidos.
2- OBJETIVOS:
• Resgatar os valores morais que são indispensáveis no relacionamento dentro e
fora da sala de aula;
• Observar o comportamento dos alunos com relação aos colegas e professores;
• Elaborar juntamente com os alunos, regras que os auxiliem na convivência em
grupo;
• Proporcionar às crianças e adolescentes atividades que venham a contribuir no
processo ensino-aprendizagem;
• Estabelecer critérios, juntamente com os educandos, para pontuar cada infração
que possa ser cometida pelos mesmos;
• Desenvolver o raciocínio lógico-matemático dos alunos;
• Incentivar o “bem tratar”, evitando dessa forma que eles percam seus
Sicurinhos;
• Desenvolver a responsabilidade em nossos alunos, pois terão consciência que,
ao trocarem seus pontos por algum material escolar, esses serão descontados.
3 - DESENVOLVIMENTO
O projeto é desenvolvido em todas as turmas deste Estabelecimento de
Ensino.
Os professores, juntamente com seus alunos, elaboram regras e valores
(pontos) que deverão ser cumpridas. Qualquer infração que for cometida será
registrado na ficha do Sicurinho do professor e descontado o valor (pontos) conforme
combinado anteriormente.
Quando o aluno necessitar de algum material escolar, também poderá trocar
pelos seus Sicurinhos (pontos) que, automaticamente será descontado do montante
recebidos. Como forma incentivar os educandos, são atribuídos valores extras, para
aqueles que obtiverem 100% por cento de aproveitamento.
Ao final do bimestre, quando acontece a confraternização, participam os alunos
que possuem Sicurinhos, os demais que perderam, permanecem na sala de aula com
atividades reflexivas, com palestras da Patrulha Escolar, Docentes, Coordenação
Pedagógica e Direção respeito de seu desempenho, atitudes que levaram os mesmos
a perder sua bonificação.
4-RECURSOS:
a) HUMANOS: alunos, professores, funcionários.
b) MATERIAIS: fichas com os valores dos Sicurinhos, cartelas de bingo, milho,
serragem, varas, placas de EVA e outros.
c) FÍSICOS: Salas de Aula, TV, DVD, Mesa de Ping-Pong, Laboratório de Informática,
Campo e Pátio da Escola.
5- ATIVIDADES QUE SERÃO DESENVOLVIDAS:
• Bingo
• Pescaria
• Jogo de Argolas
• Caixa surpresa
• Boteco de doces
• Cama Elástica
• Filmes
• Pesquisa Internet
• Jogo de Ping-Pong
• Vôlei
• Futebol
• E outras.
6- RESULTADOS ESPERADOS:
• Aumentar a integração entre alunos e professores.
• Diminuir a agressividade entre eles.
• Valorização da pontualidade na entrega das atividades escolares
• Alunos conscientes dos seus direitos e deveres.
• Bom raciocínio ao trocar ou perder pontos.
• Incentivo aos alunos para melhorar seu rendimento escolar.
3.6.4 PROJETO 4:
FEIRA DE CIÊNCIAS
1 – JUSTIFICATIVA
As atividades experimentais despertam um grande interesse nos alunos e
constituem momentos ricos no processo ensino-aprendizagem.
A Feira de Ciências é um evento único por preparar os alunos para a
compreensão dos conceitos e a importância da montagem, do controle e do método
científico.
Mesmo que os trabalhos exibidos não sejam tecnicamente bem resolvidos, o
importante é a participação dos alunos. Pesquisa, criatividade, interesse e
comunicação são pontos importantes desse tipo de evento.
2- OBJETIVOS
• Despertar o interesse e a curiosidade dos alunos.
• Apresentar e desenvolver conceitos, leis e teorias envolvidas na
experimentação.
• Valorizar o trabalho em grupo para a construção coletiva do conhecimento.
Entender que muitos experimentos não requerem materiais sofisticados, sendo
geralmente de fácil acesso.
Compreender que um experimento não visa provar algo, pois não existe experimento
que dê errado.
3 - PROCEDIMENTO
1) Organização das equipes.
2) Escolha dos experimentos pelas equipes.
3) Testar os experimentos em casa para posterior exposição e experimentação.
4) Avaliação pelo professor do processo de execução, a disciplina, a aceitação da
responsabilidade e o produto final do experimento.
4 - CRONOGRAMA
15 e 16 de março: Organização das equipes.
22 e 23 de março: Escolha dos experimentos pelas equipes.
23 a 30 de março: Teste dos experimentos em casa.
05 de abril: Exposição e demonstração dos experimentos.
Obs. O cronograma poderá ser alterado de um ano para outro.
3.7 QUADROS DEMONSTRATIVO E GRÁFICO DE EVASÃO, APROVAÇÃO E REPETÊNCIA
Índice de aproveitamento de escolarização
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Partindo do princípio que a educação é um processo dinâmico e contínuo e
possui como objetivo a aquisição de conhecimentos por parte dos alunos que assim
possibilitará o seu crescimento como sujeito participativo da sociedade onde está
inserido, observamos e analisamos o aproveitamento escolar dos alunos de nosso
estabelecimento de ensino desde a sua implantação (2002) na comunidade, até o
último relatório de rendimento escolar (2009), onde constatamos que os índices de
aprovação de 5ª e 8ª séries são discrepantes, pois quando recebemos os alunos
oriundos das séries iniciais do Ensino Fundamental, diagnosticamos que apresentam
uma defasagem de conteúdos básicos. Mesmo após todo o trabalho desenvolvido ao
longo do processo de ensino aprendizagem, não obtivemos os resultados necessários
para a sua promoção. Nas séries seguintes observamos uma evolução considerável
no índice de rendimento escolar destes alunos, pois ao chegarem na 8ª série há uma
excelente taxa de aprovação, fato este que se estende a todo o ensino médio.
Lendo e interpretando as tabelas, concluímos que o alto índice de reprovação
nas 5ª séries muitas vezes se faz necessária para que o aluno tenha subsídios para o
seu sucesso durante sua vida escolar.
Com relação à evasão, constatamos que alguns alunos deixam a escola por
precisarem ajudar financeiramente em casa, alguns apresentam defasagem
idade/série e outros por acharem que os estudos não têm muita importância em suas
vidas, isso ocorre muitas vezes com o consentimento da família que segue costumes
tradicionais, onde o trabalho na lavoura é mais gratificante que o grau de instrução.
A escola tenta fazer o resgate destes alunos, através do estímulo e orientação
individual e familiar, o que nem sempre apresenta resultados satisfatórios, sendo
assim obrigatório o encaminhamento para os órgãos competentes que também não
conseguem resolver essa situação que acarreta muitos problemas e transtornos para a
escola, como exemplo temos os alunos que permanecem evadidos, e só retornam as
atividades escolares no último bimestre, ou seja, ao final do ano letivo, quando já
foram dados como desistentes no sistema SERE.
3.8 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
A inclusão do estágio não obrigatório no Projeto Político Pedagógico (PPP) de
nossa escola vem orientar toda comunidade escolar, visto que a Lei nº 11788, de 25
de setembro de 2008 regulamenta e define as relações de estágios.
A função social da escola é ser um espaço de apropriação e socialização do
saber historicamente construído, produzido e elaborado pela humanidade durante sua
história, a educação escolar é um direito de todos e o estágio é meio de preparo para
o mercado de trabalho conforme a referida Lei traz em seu texto, cabendo à escola a
formação de um cidadão capaz de enfrentar os desafios que a sociedade impõe, uma
vez que a escola, por si só, não consegue formar para o mercado de trabalho.
Ao entendermos que o estágio é uma preparação para o mercado de trabalho é
preciso analisar as relações e contradições que permeiam aquele aluno que não tem
oportunidade de realizar os estágios, e como enfrentar tal desafio, “será que este
aluno terá menos condições de ser bem sucedido em sua vida profissional?”.
A escola deve buscar formar sujeitos capazes de ir além de uma formação
técnica que secundariza o conhecimento, sendo preciso conceber e compreender o
processo de construção do aprendizado em sua totalidade.
Portanto os saberes e conhecimentos escolares são o caminho para se pensar
a dimensão que envolve a pratica do trabalho, o que permite ao estudante e futuro
trabalhador compreender e atuar no mundo do trabalho de forma mais consciente,
autônoma e critica.
Devendo- se considerar também que o estagio permite um maior acesso aos
conhecimentos do mundo do trabalho, porem não deve ser a única forma de
aprendizado visto que nem todos terão o mesmo acesso, nesta perspectiva o aluno
estagiário deve trazer para sala de aula suas experiências e socializar junto aos seus
colegas com a supervisão de um professor para encaminhar as discussões e
experiências de forma a desenvolver ações que permitam a troca de conhecimentos
no ambiente escolar onde o grupo possa apropriar-se de mais conceitos e
conhecimentos.
A escola busca organizar um trabalho voltado para a orientação e o
acompanhamento das praticas de estágios realizados pelos alunos, ficando o
pedagogo responsável por desenvolver e mediar este trabalho, tanto com os alunos
quanto com os professores, uma vez que estes precisam estar informados sobre as
praticas de estágios realizados por seus alunos e que estes conhecimentos sejam
instrumentos para se compreender como as relações se estabelecem histórica,
política, cultural e socialmente na vida do aluno e assim poder contribuir para a sua
formação.
O estágio não obrigatório é uma atividade curricular desenvolvida pelo
estudante de caráter opcional prevista na matriz curricular de cada curso ou ainda
podendo ser obrigatório de acordo com o artigo 2º. Da Lei nº 11788/2008, para a carga
horária e formação do aluno. Vale lembrar que o estagio não obrigatório é aquele
desenvolvido como atividade opcional, estando a disposição dos interessados de
acordo com o artigo 1º da citada Lei.
A Lei nº. 9394/96 Lei de Diretrizes e Bases ampliou as discussões sobre a
flexibilização curricular, a importância da experiência extra-escolar e a relação entre a
educação escolar o trabalho e as praticas sociais, o que tem por finalidade aproveitar
os conhecimentos, habilidades e competências adquiridas fora do ambiente escolar.
A partir da relevância apresentada e a regulamentação com a Lei nº11788/2008
o nosso Colégio Estadual Dr. Adelmar Sicuro - EFM, esta inserindo o estágio não
obrigatório no Projeto Político Pedagógico da escola, seguido dos objetivos.
OBJETIVOS DO ESTAGIO NÃO OBRIGATÓRIO
• Criar um campo de experiências e vivencias para o aluno, possibilitando
estabelecer relações entre teoria e pratica.
• Desenvolver habilidades e atitudes necessárias para a aquisição de
conhecimentos profissionais.
• Incentivar o aluno a desenvolver pesquisas, que busque mais conhecimentos,
ou aprimorar os mesmos.
• Colaborar com o desenvolvimento intelectual do aluno, na fase escolar.
• Ajudar no processo de transição entre a vida estudantil e a vida profissional com
emancipação e autonomia.
• Ampliar e enriquecer as oportunidades para que os estudantes possam fazer
suas escolhas.
• Propiciar aprendizado no desempenho de diferentes funções em espaços e
processos pedagógicos da formação acadêmica.
• Buscar contribuir com aquilo que estiver ao alcance da escola e que os alunos
precisem naquele momento de sua formação.
Na organização desta proposta pedagógica de estágio não obrigatório buscou-
se estabelecer algumas diretrizes para a realização dos mesmos em conformidade
com a Lei nº 11788/2008, visto a relevância que o assunto aborda.
Os planejamentos curriculares, em seu texto devem buscar orientar os
estudantes quanto aos estágios sua função e relevância para que os alunos tenham
claro ao fazer suas escolhas.
O resultado das atividades de estágio devem ser trazidos para sala de aula e
socializados com o grande grupo, a fim de contribuir para a formação de todos.
As opções de estágios devem levar em conta as possibilidades e vivencias do
aluno, sem que haja prejuízo ao processo de ensino aprendizado, buscando contribuir
com a construção do conhecimento.
A escola deve acompanhar orientar pedagogicamente e fiscalizar o
cumprimento do que fora estabelecido junto ao contrato, de acordo com a Lei já
mencionada, nos artigos 7 e 8, pois a escola tem sua parte de responsabilidade ao
fornecer a documentação para a efetivação do contrato de estagio do aluno.
Ao destacarmos a importância e relevância que os estágios apresentam, trata-
se de uma inovação relativamente recente, mas é preciso ter claro que o estágio não
obrigatório é um investimento no futuro do aluno, o que a Lei nº11788/2008 teve como
preocupação regulamentar esta forma de estágio para que não ocorram abusos nesta
modalidade trabalho, visto que seu objetivo é contribuir no desenvolvimento
acadêmico / estudantil dos educandos, ficando assim a escola responsável pela
articulação e orientação quando se fizer necessário.
É preciso trazer mais informações a cerca do tema para um maior
conhecimento deste assunto visto que é recente em nossa realidade, e os
conhecimentos precisam ser re-elaborados sempre que se fizer necessário.
A Escola aplica (final de cada semestre) para toda a comunidade escolar,
formulários de reflexão e auto-avaliação (em anexo), com as quais colhe informações
importantes sobre tudo o que a Escola lhes oferta, visando com isso melhorar o
atendimento, questionar, refletir e fazer as devidas mudanças, atendendo as
necessidades básicas dos educandos.
O processo ensino-aprendizagem é avaliado de forma continua e permanente,
sendo também uma das finalidades do Conselho de Classe realizado ao final de cada
bimestre. Dentre outros objetivos que priorizamos no Conselho de Classe se
destacam:
Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
Analisar os resultados da aprendizagem em relação ao desempenho da turma,
à organização dos conteúdos, encaminhamento metodológico verificando se estão
coerentes com o referencial pedagógico da escola.
Com relação à evasão, constatamos que alguns alunos deixam a escola por
apresentarem uma situação financeira desfavorecida, precisando ajudar em casa.
Outros apresentam idade incompatível com os demais alunos e acham que os estudos
não têm muita importância e ainda, outros abandonam a escola antes do final do ano
letivo por considerarem suas notas baixas demais, sentindo-se desestimulados. Como
podemos visualizar, abaixo.
4. MARCO CONCEITUAL
Presenciamos, na entrada do 3º milênio, um ritmo acelerado dos avanços científicos e
tecnológicos, cujos reflexos se fazem sentir na cultura, nas práticas sociais, nas
relações familiares onde valores se perderam nas relações de poder e de modo
específico, na produção e disseminação do conhecimento. Sendo que na atualidade
tem sido atribuída à escola a responsabilidade de incutir valores, hábitos, atitudes que
antes eram da responsabilidade da família.
Vivemos também uma época de grandes preocupações com a proteção do
meio ambiente, pois há uma imensa modificação de espaço geográfico devido a
impactos ambientais que levaram ao desequilíbrio e à depredação da natureza,
ameaçando a própria vida.
De fato vive-se um momento de transição que coloca ao homem certos
desafios, convocando-o a agir em nome de seus ideais e suas convicções,
buscando saídas e superando a crise pela qual passa toda a humanidade ao
atravessar tal período de transição.
Exige-se um novo perfil de homem, consoante com os imperativos de nova
ordem mundial, caracterizada, sobretudo pela globalização, nova perspectiva
econômica, pela privatização das estatais e pela acelerada transformação do espaço.
Há necessidade de conscientizar aos estudantes e a comunidade que preservar
a natureza é uma questão de sobrevivência, trazendo à tona a discussão sobre a
importância de preservação do planeta para que aprendam a respeitar valorizar e
proteger a nossa casa, que é linda, porém única: A TERRA.
Espera-se formar um sujeito capaz de experimentar, em condições concretas,
aquilo que efetivamente sabe: falar, argumentar, convencer, decidir, fazer. Um sujeito
capaz de construir com talento, criatividade e competência, seus próprios espaços de
busca de informação e de sua transformação em conhecimento.
Só o sujeito que tem acesso a muitas informações e sabe lidar com ela é que
pode navegar, cabendo à escola auxiliá-lo nesse processo, possibilitando o acesso ao
conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e necessários ao exercício pleno
da cidadania.
Num mundo em que a tecnologia revoluciona todos os âmbitos de vida, a
escola, ao transmitir informações, deve ampliar possibilidades de escolha, pois precisa
estar ancorada em conhecimentos e competências intelectuais que dêem acesso a
significados verdadeiros sobre o mundo físico e social. Esses conhecimentos dão
sustentação à análise, a visão e solução de problemas, à capacidade de tomar
decisões, à adaptabilidade a situações novas, a arte de dar sentido a um mundo em
constante mudança.
Precisamos desenvolver a capacidade de aprender que será a contribuição
decisiva da educação escolar para a igualdade, justiça, solidariedade e
responsabilidade para que os jovens possam ver os significados verdadeiros com
autonomia, registrá-los, comunicá-los e aplicá-los no trabalho, no exercício da
cidadania e no projeto de vida pessoal.
Nossa escola busca a identidade com a inserção no meio social, definindo o seu
papel e se diversificando ao incorporar as necessidades locais, as características dos
alunos na participação dos professores e das famílias.
O espaço escolar deve ser visto como espaço de todos e para todos, tendo
como função garantir a permanência de todas as crianças e adolescentes no seu
interior, oferecendo uma educação de qualidade que possibilite ao educando refletir e
saber atuar na sociedade. À escola compete, ainda, exercer um caráter mediador, ou
seja, através do domínio do código científico a de suas diversas linguagens, o cidadão
escolarizado potencializa suas relações com a natureza e com a sociedade. Pela
escola, o cidadão não só avança na capacidade de interpretar a realidade, mas,
sobretudo, de fazer-se a si mesmo ao interagir com esta realidade de forma crítica,
consciente e produtiva. Assim, procura-se garantir uma sociedade inclusiva
compromissada com as minorias, cujo grupo inclui também os portadores de
necessidades educativas especiais, que aguardam a oportunidade de participar da
vida em sociedade como é seu direito.
Compreender o aluno portador de necessidades educativas especiais e
respeitá-lo na sua diferença, reconhecê-lo como uma pessoa que tem um determinado
tipo de limitação, mas que também possui seus pontos fortes significa oferecer
igualdade de oportunidades em meio à diferença, visando o exercício pleno da
cidadania de todo e qualquer indivíduo.
A diversificação de estudos disponíveis deve estimular alternativas, que a partir
de uma base comum ofereça opções de acordo com a necessidade dos alunos e com
a demanda do meio social como: atividades culturais, artísticas, científicas, estudos
abstratos, conceituais que alternem formação escolar e experiência profissional.
O projeto político-pedagógico é a forma como a autonomia se exerce. Sua
eficiência está em conseguir pôr em prática um processo permanente de mobilização,
para alcançar objetivos compartilhados. É um espaço de decisão privativo da escola e
do professor em sala de aula, que deve refletir na aprendizagem dos alunos. Por esta
razão, depende da qualificação permanente dos que trabalham na escola para não
correr o risco de tornar-se um ritual. É uma oportunidade para a tomada de
consciência dos principais problemas da escola, das possibilidades de solução e
definição das responsabilidades coletivas e pessoais para atenuar ou somar as
dificuldades. Atende aos quatro pilares da educação: aprender a aprender; aprender a
fazer; aprender a ser e aprender a viver juntos.
A ESCOLA:
Sendo a escola a segunda instituição na qual a criança está inserida, deve,
além de complementar a educação dada pela família e propiciar a socialização de
normas e valores, assumir efetivamente o papel de formação de um cidadão
empreendedor, onde talento, competência e criatividade se tornem requisitos básicos
para a formação integral do indivíduo.
Nesse sentido, a escola deve oferecer os instrumentos para a compreensão do
meio no qual o sujeito está inserido, promovendo condições para sua ação diante da
realidade que o cerca. Deve ser qualitativa e universal, assegurando condições de
desenvolvimento iguais para todos, possibilitando o acesso ao saber científico e
universal acumulado.
A escola precisa desenvolver no aluno a versatilidade, criatividade e a
capacidade de aprender, preparando-o para viver de forma plena, consciente, crítica e
solidária, exercendo sua cidadania e buscando a construção de uma sociedade mais
justa.
Podemos considerar que a Escola é uma instituição na medida em que a
concebemos como a organização das relações sociais entre os indivíduos dos
diferentes segmentos, ou seja, um conjunto de normas e orientações que regem essa
organização, e apreender o sentido global de suas estruturas e de seu conjunto de
normas, valores e relações, numa dinâmica singular e viva.
Tornou-se também o espaço de construção, descoberta, pesquisa e inovação,
em que o aluno aprende a aprender e a empreender, e é estimulado a pensar, a
buscar e processar informações e observações, a criar, analisar, avaliar, experimentar
e a produzir conhecimentos coletivamente, utilizando os recursos da própria mente e
da moderna tecnologia.
É preciso estar atento, que a finalidade da Escola, que seria a de ensinar, está
sendo estendida. Não basta só passar conteúdo, é necessário relacioná-lo à realidade,
ao cotidiano, à prática do dia a dia. Por isso, a Escola deve ser um canteiro no qual se
aprenda a analisar o mundo, e é essa capacidade que os alunos devem alcançar no
maior grau possível ao final de seus estudos. Deve ser um canteiro que permita o
germinar de uma pluralidade de ideias e de projetos pedagógicos, onde se consiga
uma unidade entre a teoria e prática. É o espaço fundamental para o desenvolvimento
e formação sócio-cultural e educacional da criança e do adolescente.
Segundo DUBET, é importante ressaltar a função precípua da Escola como
“Agência formadora”, não apenas de mentes recheadas de informações e
conhecimentos, mas de sujeitos completos, dotados de valores, atitudes,
comportamentos, enfim, de qualificações que constituem os recursos básicos para a
vida em comum dos cidadãos de uma determinada sociedade. DUBET chama-nos a
atenção para o modo como estamos preparados para enfrentar esse desafio, se
queremos que a Escola seja mesmo Formadora de TODOS, especialmente daqueles
cujas famílias não têm os recursos sociais e culturais necessários para a formação do
sujeito cidadão.
A Escola não deve selecionar, precisa incorporar todos os alunos, criando
várias possibilidades de estudos, amenizando as dificuldades e ao mesmo tempo não
deixando de valorar a dedicação e o empenho dos alunos.
4.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
Nota-se que a escola está passando por uma fase muito passiva, pessimista,
quando sempre deveria propor uma práxis a ser construída conscientemente pelos
educadores com propostas alternativas, que resgatem a identidade perdida da escola.
Desta forma, construiremos coletivamente um projeto político-pedagógico critico e
emancipador, assumindo de forma consciente pelo todo da escola, tendo em vista, a
necessidade de coerência entre o falar e o agir.
OLIVEIRA (1990) aponta que não basta à escola ter apenas uma identidade,
aliada a ela, tem que se fazer presente a qualidade do ensino; é preciso buscar esta
qualidade que está perdida, para extinguir a incompetência política com as camadas
populares, que têm, na escola, o reconhecimento de seu fracasso. Para isso, é
necessário fazer uma seleção, a ordenação de conhecimentos que se tornam
orgânicos, significativos para uma práxis transformadora, os educadores precisam
desenvolver um trabalho educativo racional, que traga o popular para o interior da
escola. Esse popular, também denominado saber cotidiano, são as vivências, as
experiências, os saberes que são produtos da vida cotidiana das pessoas.
É preciso um projeto de educação que defina os valores que visa promover, tais
como: a liberdade, as solidariedade, a democracia, a igualdade, que já são apontados
como universais entre outros.
VEIGA afirma que esses valores devem ser os princípios norteadores de um
efetivo projeto de educação e os define assim:
Igualdade de condições para acesso e permanência na escola. Para se conseguir
cumprir esse princípio precisa-se distinguir a democracia como possibilidade no ponto
de partida e como realidade no ponto de chegada. Segundo a autora, “igualdade de
oportunidades requer, portanto, mais que a expansão quantitativa de ofertas; requer
ampliação do atendimento com simultânea manutenção da qualidade”.
Qualidade para todos. A qualidade implica duas dimensões: a formal ou técnica, que
enfatiza os métodos e os instrumentos e não está ligada necessariamente a conteúdos
determinados, mas sim, na habilidade de manejar meios, instrumentos, formas,
técnicas, procedimentos diante dos desafios do desenvolvimento, e a política, que é a
condição da participação e está voltada para os fins, valores e conteúdos. Nesse
sentido, a qualidade centra-se no desafio de manejar os instrumentos adequados para
fazer a história humana, implica em consciência crítica e capacidade de ação, o saber
e o mudar, e tem por obrigação evitar todas as maneiras possíveis a repetência e a
evasão.
Gestão democrática, que abrange as dimensões: pedagógica, administrativa e
financeira. “Implica o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista sua
socialização. A socialização do poder propicia a prática da participação coletiva, que
atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a exploração; da solidariedade,
que supera a opressão; da autonomia, que anula a dependência de órgãos
intermediários que elaboram políticas educacionais das quais a escola é mera
executora.
Liberdade, princípio que está associado à idéia de autonomia. “Se pensarmos na
liberdade na escola, devemos pensá-la na relação entre administradores, professores,
funcionários e alunos, que aí assumem sua parte de responsabilidade na construção
do projeto político-pedagógico e na relação destes com o contexto social mais amplo”.
Segundo a autora, a liberdade deve ser considerada, também, como liberdade para
aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber, direcionados para uma
intencionalidade definida coletivamente.
Valorização do magistério. A qualidade do ensino ministrado na escola relaciona-se
estreitamente com a formação (inicial e continuada), condições de trabalho (recursos
didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à escola, redução do número
de alunos na sala de aula etc.) e remuneração, elementos esses indispensáveis à
profissionalização do magistério.
OLIVEIRA conclui dizendo que a escola é um instrumento de luta que tem a sua
especificidade naqueles educadores que buscam a construção de uma nova
sociedade, criada sobre novos projetos, novas bases, que possua uma identidade e
que contemple a questão da qualidade durante o processo educativo.
4.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO:
Numa época em que o conhecimento é adquirido em muitos espaços de
formação, a educação precisa, muito mais, dar sentido ao conhecimento histórico e
socialmente valorizado, e, numa perspectiva emancipadora, ela se constitui num
processo que precisa ser estendido a todos. Portanto, se quiser contribuir na
construção de outro mundo possível, ela precisa ser preferencialmente inclusiva.
O desafio essencial da educação é contribuir para a formação de cidadãos,
consciente dos seus direitos, deveres e limites, em prol do bem comum.
Educação é o processo que visa a efetivação da aprendizagem nos campos
cognitivo, psicomotor e afetivo, buscando o crescimento do indivíduo como criatura
consciente, eficiente, criativa e responsável.
Consiste em um incessante trabalho de estimular e orientar as aptidões do
indivíduo. Por esta razão, a educação pressupõe uma visão de mundo para cuja
construção queremos contribuir. Mundo aqui entendido como a terra e seus recursos
naturais, a sociedade, as relações entre indivíduos e entre as nações.
Mas devemos ter consciência de que uma educação de qualidade depende de
um envolvimento comunitário. O ato de educar só se dá com afeto, só se completa
com amor.
“Educar é impregnar de sentido a vida”
(Moacir Gadotti)
“Educar é ...
... dar um valioso presente, não um duro dever.”
(Albert Einstein)
4.3 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação se faz presente em todos os domínios da atividade humana.
O “julgar”, o “comparar”, isto é, “o avaliar” faz parte de nosso cotidiano,
seja através das reflexões informais que orientam as freqüentes opções
do dia-a-dia ou, formalmente, através da reflexão organizada e sistemáti
ca que define a tomada de decisões (Dalben, 2005, p. 66).
Para que a avaliação escolar tenha função relevante e significativa na prática
escolar é imprescindível entendê-la como instrumento de análise permanente do
processo pedagógico que revela ao professor em que medida os alunos estão ou não
se apropriando dos conteúdos trabalhados.
Desse modo a avaliação terá a tração diagnóstica, possibilitando ao professor
novas ações e ajustes no planejamento, respeitando os limites e as especificidades
dos alunos. Para tanto, é necessário ter presente que a finalidade da avaliação é
ajudar os educadores a planejar a continuidade de seu trabalho, ajustando-o ao
processo educacional de seus alunos, buscando oferecer-lhes condições de superar
obstáculos e desenvolver o auto-conhecimento, a autonomia e jamais qualificá-los.
A avaliação deve ser concebida como um instrumento para ajudar o aluno a
aprender e faz parte integrante do trabalho realizado em sala de aula para, a partir
dela, o professor rever os procedimentos que vem utilizando e replanejar o seu
trabalho. Para o aluno ela permite ver os avanços e as dificuldades, tem a tração
permanente de diagnostico e acompanhamento do processo ensino aprendizagem.
A avaliação atravessa o ato de planejar e de executar; por isso, contribui em
todo o percurso da ação planificada. A avaliação se faz presente não só na
identificação da perspectiva político social, como também na seleção de meios
alternativos e na
execução do projeto, tendo em vista a sua construção.
(...) A avaliação é uma ferramenta da qual o ser humano não se livra. Ela faz
parte de seu modo de agir e,por isso, é necessário que seja usada da melhor forma
possível (LUCKESI, 2002, p.118).
A avaliação deve ser bem planejada e articulada com os objetivos propostos no
processo de ensino aprendizagem, ou seja, deve ser coerente com os resultados que
pretendemos alcançar. Por outro lado, vários aspectos devem ser considerados na
avaliação, não apenas os cognitivos, mas também os afetivos e os psico-motores. Ou
seja, deve contemplar o aluno e o processo de aprendizagem na sua integralidade.
Para Libâneo (2004, p.253), a avaliação sempre deve ter caráter de diagnóstico
e processual, pois ela precisa ajudar os professores a identificarem aspectos em que
os alunos apresentam dificuldades. A partir daí, os professores poderão refletir sobre
sua prática e buscar formas de solucionar problemas de aprendizagem ainda durante
o processo e não apenas no final da unidade ou no final do ano
4.4 CONCEPÇÃO DE MUNDO:
O mundo é o local onde ocorre as interações homem/sociedade e homem/meio
ambiente, caracterizados pelas diversas culturas e conhecimentos, com a globalização
torna-se necessário proporcionar ao homem o alcance dos objetivos materiais,
políticos, culturais e espirituais, para que sejam superadas as injustiças, diferenças,
distinções e divisões na tentativa de se formar um mundo melhor.
A educação não é preparação nem conformidade. Educação é vida,
é viver, é desenvolver, é crescer. (DEWEY, 1971:29).
4.5 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Sobre a relação homem e sociedade Emile Durkheim considerava a
compreensão dos aspectos sociais fundamental para se explicar a realidade em que
vive o indivíduo. Com uma percepção diferente, Karl Max afirmava que a sociedade só
poderia ser explicada a partir do modo como os indivíduos se organizavam para
produzir os bens necessários à sua existência. Max Weber, por sua vez, compreendia
cada ação social como resultante das influências das ações de outros indivíduos.
Durkheim acreditava que a sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo.
Para ele, "a educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta". E
quanto mais eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade
em que a escola esteja inserida.
Observamos em nossa sociedade atual um quadro de contradições. Pessoas
ditas à margem da sociedade devido a sua etnia, religião, condição social, entre
outros.
Entendemos que enquanto sociedade todos deveríamos ter os mesmos
acessos, direitos e deveres independentemente de sua condição. E a escola tem um
papel fundamental no processo de formação e principalmente na mudança de
paradigma das pessoas das classes marginalizadas
As novas gerações têm o grande desafio de utilizar todos os instrumentos do
saber humano para construir uma sociedade mais justa, menos desigual, mais
humana e feliz. Esse desafio está calcado no agora. Instrumentalizar saberes para
interagir com a realidade e articular uma vida mais feliz não é um objetivo distante,
conferido para o futuro somente, mas também um desafio do presente. Assim, o
conhecimento não pode ser visto distanciados de valores éticos e de dimensões
políticas; deve sim ser apresentado como instigador de cidadania, atuante,
participativo, reflexivo, a fim de proporcionar aos alunos um novo olhar lançado à
sociedade, para que estes possam repensá-la e protegê-la, num amadurecimento
individual e coletivo.
“Conjunto de indivíduos que tendem para o mesmo fim por meios comuns e
vivem sob leis comuns” (Mini dicionário prático pg. 287).
4.6 CONCEPÇÃO DE HOMEM
Segundo Vygotsky, o homem se produz na e pela linguagem, isto é, é na
interação com outros sujeitos que formas de pensar são construídas por meio da
apropriação do saber da comunidade em que está inserido o sujeito. A relação entre
homem e mundo é uma relação mediada, na qual, entre o homem e o mundo existem
elementos que auxiliam a atividade humana. Estes elementos de mediação são os
signos e os instrumentos. O trabalho humano, que une a natureza ao homem e cria,
então, a cultura e a história do homem, desenvolve a atividade coletiva, as relações
sociais e a utilização de instrumentos. Os instrumentos são utilizados pelo trabalhador,
ampliando as possibilidades de transformar a natureza, sendo assim, um objeto social.
Compreendemos o homem como ser dotado de capacidades de adaptação em
relação ao meio, podendo contribuir de forma positiva ou negativa sobre o mesmo.
Vivemos em uma sociedade individualizada, excludente, capitalista na qual se
pratica o próprio bem em detrimento do bem comum.
Nossa contribuição, enquanto escola para a formação do indivíduo é aquela em
que se busca a formação integral levando em consideração a contextualidade e
complexidade do meio em que o sujeito está inserido, buscando desta forma a sua
emancipação e a contribuição para a formação de uma sociedade mais justa e
igualitária.
4.7 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
O conceito de infância sofreu
transformações tanto na literatura
pedagógica quanto na legislação e nos
debates educacionais.
Segundo Ariès até o fim da Idade Média não existia um sentimento de infância
como etapa especifica da vida humana, com características e necessidades próprias.
No fim da Idade Média e que se inicia um processo de mudança, pois a infância
passa a ser encarada como sinônimo de fragilidade e ingenuidade sendo alvo de
atenção dos adultos. Já no século XVIII, a concepção sobre a infância passa pelo
disciplinamento e pela moral, exercidas especialmente por um processo educacional
impulsionado pela Igreja e pelo Estado.
Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa
compreender que esta é uma condição da criança, é uma fase da vida distinta da fase
adulta e significa reconhecer que esta condição de criança, a infância, é resultado de
determinações sociais mais amplas do âmbito político, econômico, social, histórico e
cultural.
Significa ainda, considerar, no contexto da práxis pedagógica, que a criança
emite opiniões e desejos de acordo com as experiências forjadas nos diferentes
grupos sociais e de classe social ao qual pertence. (KUHLMANN, 1998).
Para KRAMMER (1995), o conceito de infância se diferencia conforme a
posição da criança e de sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem.
Não há uma concepção infantil homogênea, uma vez que as crianças e suas famílias
estão submetidas a processos desiguais de socialização e de condições objetivas de
vida. Cabe a escola, reconhecer estes sujeitos como capazes de aprender os
diferentes conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados como
conteúdos pela escola, respeitando a singularidade da infância.
Segundo VYGOTSKY ( 2007) ao analisar o desenvolvimento humano privilegia
a interação social na formação da inteligência e das características essencialmente
humanas, e o que é importante analisar criticamente o contexto social, a fim de
compreender com que crianças se está trabalhando, quais suas necessidades e como
possibilitar que todas as crianças se apropriem dos conteúdos organizados no
currículo escolar.
Piaget explica que ocorrem diferenças no ritmo do desenvolvimento entre as
pessoas e as atribui às variações na qualidade e frequência da estimulação intelectual
recebida dos adultos durante a infância e adolescência, aos factores espontâneos e
endógenos do indivíduo e à presença de um meio que seja favorável.
A propriedade geral mais importante do pensamento operacional formal, a partir
da qual Piaget deriva todas as demais, refere-se à distinção entre o real e o possível.
Ao contrário da criança que se encontra num período operacional concreto, o
adolescente, ao começar a examinar um problema com que se defronta, tenta
imaginar todas as relações possíveis que seriam válidas no caso dos dados em
questão; a seguir, através de uma combinação de procedimentos de experimentação e
de análise lógica, tentando verificar quais destas relações possíveis são realmente
verdadeiras.
Por volta de onze a doze anos efetua-se uma transformação fundamental no
pensamento da criança, que marca o término das operações construídas durante a
segunda infância; é a passagem do pensamento concreto para o “formal” (hipotético-
dedutivo).
Para a maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser
adolescente é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que, juntas,
ajudam a traçar o perfil desta população.
Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase do desenvolvimento
humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta. Nessa perspectiva de
ligação, a adolescência é compreendida como um período atravessado por crises, que
encaminham o jovem na construção de sua subjetividade. Porém, a adolescência não
pode ser compreendida somente como uma fase de transição. Na verdade, ela é bem
mais do que isso.
Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície, vem do
latim adolescentia, adolescer. É comumente associada à puberdade, palavra derivada
do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de transformações fisiológicas ligadas
à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da infância à
adolescência. Esta perspectiva prioriza o aspecto fisiológico, quando consideramos
que ele não é suficiente para se pensar o que seja a adolescência.
Refletindo acerca dos limites identificatórios da adolescência, voltemo-nos à
história, buscando elementos que nos ajudem a pensar essas questões. Do mesmo
modo que afirmou o caráter moderno da infância, Ariès (1978, p. 46) acredita que a
adolescência também nasceu sob o signo da Modernidade, a partir do século XX.
Quanto a isso, ele se expressa:
O primeiro adolescente moderno típico foi o Siegried de Wagner; a música de
Siegried, pela primeira vez, exprimiu a mistura de pureza (provisória), de força física,
de naturismo, de espontaneidade e de alegria de viver que faria do adolescente o herói
do nosso século XX, o século da adolescência.
Para Ariès, somente após a implantação do sentimento de infância, no século
XIX, tornou-se possível a emergência da adolescência como uma fase com
características peculiares e únicas, distintas dos outros momentos desenvolvimentais.
No entanto, a partir de outros autores, como Santos (1996) e Levi; Schmidt
(1996), discordo destss teses. Penso que o que hoje denominamos infância e
adolescência, enquanto idades cronológicas, sempre existiram. No entanto, para se
fazerem concretas, constituíram-se historicamente dentro das sociedades.
Sendo assim, não é possível se enquadrarem as coordenadas de diversas
histórias social e cultural da adolescência do mesmo modo, uma vez que não falamos
de uma homogeneidade entre as histórias ou sequer entre os termos definidores do
tempo.
Portanto, não podemos compreender a adolescência simplesmente pondo-a em
evidência. É necessário buscar não uma definição válida para todos os momentos
históricos e sim tentar uma compreensão a partir de sua historicidade. Desse modo, os
limites fisiológicos e jurídicos são insuficientes para compreender esse período. É
possível sabê-lo melhor, sugerem Levi; Schmidt (1996), a partir de uma antropologia
das diversas sociedades humanas, segundo o modo de identificar e de atribuir ordem
e sentido ao transitório. Para estes autores, enquadrar as coordenadas de uma história
social e cultural da juventude, por diferentes motivos que sejam, torna-se impossível,
até mesmo pela não homogeneidade dos termos definidores.
Assim, não podemos compreender a adolescência simplesmente pondo-a em
evidência, e sim buscando uma compreensão a partir de sua historicidade.
4.8 PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS, ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E ENTRE O ENSINO MÉDIO
É sabido que o Ensino Aprendizagem é um processo continuo e permanente,
Kramer (1195), cabe a escola reconhecer estes sujeitos como capazes de aprender os
diferentes conhecimentos construídos pela humanidade ao longo da história,
sistematizando-os como conteúdos, respeitando e adaptando estes a singularidade da
criança no processo Ensino Aprendizagem.
Processo este que para Vygostski (2007), é caracterizado pelas relações
humanas, ou seja, nos tornamos humanos a partir da interação com outros seres
humanos, e a escola como espaço socializador de conhecimentos tem como função
de efetivar um trabalho articulado e com um conjunto de propósitos educativos para
garantir a apropriação dos conhecimentos pela humanidade.
Nessa perspectiva é importante salientar a necessidade de Formação
Continuada, conforme exposto na LDB, nº 9394/96 nos art. 61 e 67, que garantem a
aprofundação dos aspectos teóricos e práticos que garantem a especificidade e a
sistematização da práxis pedagógica com a Educação Infantil e Anos iniciais do
Ensino Fundamental. Segundo Kulhmann, (1998, pg 06), a fundamentação teórica
possibilita avaliar as ações em andamento, permitindo desta forma trazer das
abstrações teóricas um entendimento para aperfeiçoar a práxis em sala de aula.
De acordo com as Diretrizes Curriculares há um distanciamento entre Educação
Infantil e Ensino Fundamental, ou seja, uma lacuna entre um nível de aprendizagem e
outro, e para sanar esta fragmentação propõem que os direitos da criança sejam
garantidos sem interrupções, que o ensino seja entendido como um processo continuo
e diagnóstico, onde os encaminhamentos pedagógicos façam relações e interações
entre as diversas áreas do conhecimento, como prevê o parecer nº 04/98 que institui
as PCNs para o Ensino Fundamental.
Para a efetiva-ação desta integração entre os diferentes conteúdos e conceitos
trabalhados pela escola, se faz necessário a realização de uma articulação qualitativa
entre os diferentes estágios de aprendizagem que o aluno se encontra. (Kulhmann,
19981), defende a importância de se contemplar na organização do trabalho
pedagógico, aspectos que garantam a especificidade de cada nível de estudos, nesse
sentido enfatiza a necessidade de relacionar os conceitos entre um estagio e outro,
possibilitando desta forma a aproximação e continuidade do fazer pedagógico desde o
inicio até o final da vida escolar do aluno, contemplando o ensino aprendizagem como
um todo, como um processo integral, levando em consideração toda a complexidade
da contextualidade envolvida.
O desafio agora é pensar não apenas na criança que ingressa no Ensino
Fundamental, mas também no conjunto de alunos que integram este processo de
ensino. Assim acredita-se que esta inclusão do Ensino de 9 anos é uma oportunidade
para pensar e efetivar uma prática pedagógica que considere o aluno como um todo,
sujeito a aprendizagem, levando em conta sua bagagem de saberes e aspectos
biopsicossocial e cultural, garantindo desta maneira a aquisição do conhecimento em
todas a sua dimensão.
4.9 PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
Na perspectiva construtivista de Piaget, o começo do conhecimento é a ação do
sujeito sobre o objeto, ou seja, o conhecimento humano se constrói na interação
homem-meio, sujeito-objeto. Conhecer consiste em operar sobre o real e transformá-lo
a fim de compreendê-lo, é algo que se dá a partir da ação do sujeito sobre o objeto de
conhecimento. As formas de conhecer são construídas nas trocas com os objetos,
tendo uma melhor organização em momentos sucessivos de adaptação ao objeto. A
adaptação ocorre através da organização, sendo que o organismo discrimina entre
estímulos e sensações, selecionando aqueles que irá organizar em alguma forma de
estrutura. A adaptação possui dois mecanismos opostos, mas complementares, que
garantem o processo de desenvolvimento: a assimilação e a acomodação. Segundo
Piaget, o conhecimento é a equilibração/reequilibração entre assimilação e
acomodação, ou seja, entre os indivíduos e os objetos do mundo.
Entendendo-se que a aprendizagem é um processo de construção do
conhecimento, no qual o professor tem uma grande importância na intervenção do
mesmo, é necessário que nas relações de aprendizagem se promovam o espírito
criativo e inovador, a capacidade de síntese e análise lógica.
Assim, o aluno deve ser visto tal como ele é, com sua realidade, suas
necessidades, suas possibilidades e expectativas, e o professor juntamente com o
aluno deverá construir o tipo de ensino - aprendizagem ideal. E, com base nos dados
captados, utilizar de forma flexível os mais variados recursos didáticos, atendendo as
características de cada situação.
A Escola deve propiciar situações de aprendizagem que façam alunos pensar,
provoquem a reorganização de seus conhecimentos prévios para modificá-los
gradativamente.
4.10 CONHECIMENTO E CURRÍCULO ESCOLAR
LUCKESI (1994) faz algumas considerações a respeito do conhecimento.
Segundo ele, conhecimento é a compreensão inteligível da realidade, que o sujeito
adquire através de sua confrontação com ela. O que está na raiz do conhecimento é o
entendimento, que permite ações adequadas para a satisfação de nossas
necessidades, sejam elas físicas, biológicas, estéticas ou outras. Em síntese, o
conhecimento é aquele que possibilita uma efetiva compreensão da realidade, de tal
forma que permite agir com adequação.
Existem duas formas de nos apropriarmos da realidade pelo conhecimento:
uma, através da investigação direta dela, outra através da exposição dos
conhecimentos já produzidos e apresentados por seus autores.
O conhecimento direto da realidade (método de investigação) decorre do
esforço que o sujeito faz para um entendimento adequado da mesma. Para tanto, ele
deverá assumir uma posição crítica durante todo o processo, com o objetivo de
ultrapassar as aparências e chegar às essências.
Para enfrentar a realidade criticamente, importa utilizar recursos metodológicos
gerais, tais como: não tomar a parte pelo todo; não tomar o particular pelo universal;
não esquecer que o passado se faz presente em qualquer situação; outros.
O conhecimento indireto da realidade (método de exposição) é o meio pelo qual
o investigador expõe os conceitos que conseguiu formular sobre a realidade
investigada e é, um caminho aberto e fundamental de uma compreensão da realidade,
disponível a todos nós, através dos resultados dos trabalhos de investigação dos
pensadores e dos cientistas.
LUCKESI (1994) relata a importância dos conteúdos escolares. Para ele, os
conteúdos traduzem os objetivos propostos, mediando-os. Deles depende o
encaminhamento da proposta pedagógica da prática docente. Os conteúdos não são
casuais e nos levam a compreender que não podemos trabalhar aleatoriamente com
quaisquer uns e sem uma proposta pedagógica delineada.
Na escola que queremos, a pedagogia está preocupada com a aquisição de
conhecimentos (resultados críticos da ciência e da filosofia), com a formação de
habilidades (modos adequados de agir em determinada situação) e hábitos (modos
automatizados de agir que reduzem o tempo e aumentam a perfeição) por parte do
educando, assim como a formação das convicções (valores, significados), através de
conhecimentos e experiências humanas, delimitados de forma histórico-crítica.
Na escola que queremos interessa, sobretudo a cultura elaborada, desde que a
cultura cotidiana possa e, efetivamente seja adquirida espontaneamente no dia-a-dia.
Assim importa que nós, professores, nos preparemos para exercer a docência,
estejamos cientes de que quanto mais nos preparamos em termos de habilidades e
conteúdos, tanto maiores serão nossas possibilidades de exercer nossa profissão da
melhor forma possível.
Devemos estar atentos a versão que estamos dando aos conteúdos, pois a
visão política que os informa, assim como a metodologia segundo a qual são
abordados, são fundamentais para a formação solidária do educando.
Quanto ao livro didático, LUCKESI (1994) afirma que de forma alguma podemos
descartá-lo no processo de ensino. Ele é um instrumento importante desde que tenha
a possibilidade de registrar e manter registrada, com fidelidade e permanência, a
mensagem. Através do livro, o educando terá a possibilidade de se reportar, quantas
vezes desejar, ou necessitar, ao conteúdo ensinado em sala de aula.
Vale lembrar que nem sempre os conteúdos dos livros escolares são os mais
recomendáveis; daí decorre a necessidade de que cada professor selecione
criteriosamente o livro didático que vai adotar, mantendo sempre sobre ele uma
posição crítica.
BARBOSA e SILVA escrevem que o currículo deixou de ser apenas uma área
meramente técnica, voltada a procedimentos, técnicas, métodos.
Já se pode falar em uma tradição crítica do currículo, guiada por questões
sociológicas, políticas e epistemológicas.
Nessa perspectiva, o currículo é considerado um artefato social e cultural, por
isso não é um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do
conhecimento social, não é um elemento transcendente e atemporal, tem uma história
vinculada a formas específicas e contingentes de organização da sociedade e da
educação.
Outro teórico que auxilia na compreensão do conhecimento e do currículo
escolar é SNYDERS (1988), que faz algumas considerações sobre a cultura primeira e
a cultura elaborada.
Segundo ele, existe uma cultura elaborada que conduz aos valores e as
alegrias e que supera, desta forma, a cultura primeira também chamada de cultura de
massa, que anseia pelos valores, mas nem sempre os alcança.
A cultura primeira visa a alegria de se abrir o mundo e, no entanto, ela é
ameaçada de ser uma cultura de evasão, já a cultura elaborada penetra
profundamente na riqueza da existência e do mundo, aspira por uma riqueza mais
iluminadora para cada ser humano. Essa cultura propiciará benefícios e alegrias a
partir do momento em que: dar valor ao presente, resgatar os fatos vividos,
demonstrando sua capacidade, intensidade, grandeza e beleza, enriquecendo desta
forma o quotidiano; trabalhe com o mundo real; desenvolva o afetivo e que seja uma
cultura dirigida a todos.
4.11 DISCIPLINA
Uma das questões principais da escola é a disciplina, o que ela representa para
a escola e para o processo de ensino aprendizagem.
FRANCO (1986) descreve que o trabalho escolar não pode realmente se
efetivar sem esforço, dedicação e, principalmente, disciplina. A necessidade da
disciplina aparece como condição indispensável para conduzir uma prática pedagógica
comprometida como os anseios das classes trabalhadoras e com estabelecimento de
uma sociedade igualitária.
Assim, colocar uma ênfase especial na disciplina implica procurar assegurar o
seguinte: de um lado, os objetivos precípuos da educação escolar, ou seja, a
transmissão e assimilação dos conhecimentos escolares, e de outro, a tarefa
progressista da escola, que é a de colocar o educando em condições de ser
governante e, teoricamente, construtor de uma nova sociedade.
Em geral, quando os educadores referem-se ao problema da disciplina na
escola, normalmente o reduzem a algo que diz respeito somente ao aluno. O problema
da disciplina passa a ser entendido como o da indisciplina do aluno.
A disciplina não pode ser entendida de maneira estanque, como se fosse algo
que dissesse respeito a este ou àquele elemento envolvido com o processo de ensino
e aprendizagem. A disciplina, ao contrário, diz respeito a todos os elementos
envolvidos com a prática escolar, e precisa ser compreendida como algo necessário
para atingir um fazer pedagógico coerente e eficaz, estando, dessa maneira,
intimamente relacionada à forma como a escola organiza e desenvolve o seu trabalho.
Com efeito, a efetivação conseqüente do trabalho escolar não se pode dar a
revelia da observância de certas ordens, de certa sistematização, de certas
normas de conduta, de certa organização. Isso porque o trabalho pedagógico não é
um processo natural, espontâneo e tampouco ocasional.
Makarenko, educador russo (em FRANCO 1986), procura estabelecer as
relações entre educação e disciplina, entendida esta como um resultado daquela e não
como uma imposição externa. Pensava assim por um motivo muito simples: estava
convencido de que a conquista do saber é uma coisa tão difícil, árdua e complicada
que é impossível atingi-la a não ser com muito esforço, trabalho e disciplina.
A escola, para Makarenko, segundo citação feita por FRANCO (1986):
“Deve exigir o máximo possível do aluno e, ao mesmo tempo, distingui-lo com o maior
respeito possível. Exigir o máximo do aluno, no entanto, não pode significar exigir o que está
além de suas possibilidades, não podem ser exigências grosseiras e desligadas das
pretensões e capacidades dos alunos. É preciso ter respeito profundo pelo aluno, mas sem
prejuízo da convicção de que o homem só se realiza na vida social. Procura com isso, de um
lado, repudiar o simples arbítrio e incentivar um assumir responsável e organizado do
educando, e, de outro, desenvolver formas participativas de gestão, como instrumento
indispensável para a superação do simples autoritarismo. A disciplina, assim, deve ser
consciente, na medida em que deve nascer da experiência social, da atividade prática do
trabalho escolar tornando-se exigência e tradição da própria comunidade escolar”.
A disciplina deve ser entendida como a soma da influência educativa (instrução,
métodos de ensino, interação professor-aluno, conteúdos transmitidos, etc.), num
processo de cooperação e comprometimento com a formação do homem necessário à
construção de uma nova sociedade. A disciplina, portanto, não pode ser conseguida
com a dispersão das forças pedagógicas e com um ensino barateado e fácil.
Só se alcança a disciplina através do trabalho consequente do coletivo da
escola, de uma escola onde o aluno se sinta feliz e corresponsável pelo êxito escolar,
uma escola em que “cada aluno deve, sobretudo, estar convencido de que a disciplina
é a forma de melhor conseguir o fim visado pela coletividade”.
5. PROPOSIÇÕES DE AÇÕES OU MARCO OPERACIONAL
5.1 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E CURRÍCULO ESCOLAR
A carga horária anual deste Estabelecimento de Ensino é de 800 horas,
distribuídas em 200 dias letivos, e o ano letivo corresponde ao ano civil. O Colégio
oferta Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental e o Ensino Médio,
organizados em séries anuais.
A Base Nacional Comum do Ensino Fundamental é composta pelas disciplinas
de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Educação Física,
Artes e Ensino Religioso e a Parte Diversificada compreende a disciplina de L.E.M. –
Inglês e Espanhol.
Os estudos referentes ao Estado do Paraná estão incluídos na disciplina de
História em todas as séries do Ensino Fundamental.
A Base Nacional Comum para o Ensino Médio é composta pelas disciplinas de
Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Educação Física, Artes,
Física, Filosofia, Sociologia e a Parte Diversificada compreende a disciplina de Inglês e
Espanhol.
5.2 DIRETRIZES CURRICULARES QUE NORTEIAM A AÇÃO DA ESCOLA
As diretrizes têm como função direcionar o trabalho teórico-metodológico no
interior das escolas. Primam pela garantia ao acesso e permanência da aprendizagem
para os alunos em idade escolar, bem como para aqueles que não tiveram acesso ao
ensino fundamental em idade própria. Assim, a escola contribuirá para o
enfrentamento das desigualdades sociais.
Zelando pela aprendizagem do aluno, cabe as escolas elaborar suas propostas
curriculares, contemplando a base nacional comum e a parte diversificada, articuladas
aos temas de vida cidadã e de interesse da comunidade. Baseados numa realidade
diagnosticada pretendemos realizar estudos, esclarecimentos e troca de experiências
metodológicas, através de grupos de estudo, atualização de conhecimentos,
selecionando conteúdos do trabalho cotidiano escolar, incorporando novas
metodologias e interagindo com professores de outras áreas, equipe técnico
pedagógica e alunos.
Pretendemos fomentar no professor uma postura perspicaz, investigadora e
criativa de seus alunos, colegas e, é claro, diante do próprio conhecimento e das
práticas pedagógicas com a qual trabalha.
Os objetivos propostos serão desenvolvidos durante a hora atividade e em
cursos de capacitação no início de cada semestre, utilizando- se de livros,
computadores, vídeos e outros recursos materiais e humanos.
O processo de avaliação deverá acompanhar todo o processo, para identificar
quais os elementos que foram facilitadores, e quais as dificuldades a serem
superadas. Fornecerá aos professores os elementos que permitam identificar
conhecimentos prévios, bem como pontos críticos na construção do conhecimento,
tendo em vista um projeto de escola não excludente.
Acreditamos que, assim, o professor poderá conhecer um pouco mais sobre o modo
de ser e viver do seu aluno enquanto cidadão brasileiro, suas raízes, seu presente e
seu futuro. Para isso, em equipe, o presente documento foi elaborado para o 1º e 2º
Semestre:
Plano de Ação Proposto pelos Funcionários – 1º e 2º Semestre 2011
Estabelecimento: Colégio Estadual Dr. Adhelmar Sicuro – Ensino Fundamental e Médio -
00236
Município: ___Contenda – 0620__ NRE – AM SUL
Necessidades / Dificuldades Gerais da Escola
Ações Propostas pela Escola
Falta de Colaboração entre os diferentes grupos no
interior da Escola;
Ter mais companheirismo e menos críticas;
Aglomeração de pessoas dentro da Secretaria; Respeito aos espaços;
Falta de organização de alguns professores. Ex: chaves
e materiais de apoio que costumam ser retirados e não
devolvidos ao lugar certo;
Mais profissionalismo e responsabilidade;
Comunicação em grupo; Mais união e menos críticas;
Apoio das Entidades; Mais comprometimento;
Falta de Recursos, tipo manutenção dos Laboratórios de
Informática e Aparelhagem Multimídia;
Mais comprometimento do Governo;
Falta de Funcionários; Contratação de acordo com as necessidades de cada
Instituição;
Falta de cuidado com o Patrimônio Público; Conscientização;
Necessidades / Dificuldades Específicas do Processo de
Ensino Aprendizagem Ações Propostas pela Escola
Apoio dos pais à Escola; Mais comprometimento, envolvimento dos pais nos
assuntos que se referem a seus filhos;
Real envolvimento de todos os profissionais da
educação;
Cada um fazer a sua parte da melhor maneira possível,
não somente estar de corpo presente;
Falta de interesse de alguns alunos; Conscientização;
Plano de Ação Proposto pelos Professores – 1º e 2º Semestre 2011
Estabelecimento: Colégio Estadual Dr. Adhelmar Sicuro – Ensino Fundamental e Médio -
00236
Município: ___Contenda – 0620__ NRE – AM SUL
Necessidades / Dificuldades Gerais da Escola
Ações Propostas pela Escola
Transporte Escolar; Comunicar os segmentos da escola – APMF, pais e
Mantenedora – a fim de cobrar melhorias;
Espaço Físico: escadas no interior e exterior da escola,
quadra coberta para esportes, pátio coberto para os
alunos, acústica deficitária (ruído entre as salas de aula),
inexistência de refeitório, espaço inadequado para
biblioteca e laboratório de informática; Saída de
Emergência; Alguns Equipamentos: tipo Extintor;
Participação da comunidade e dos responsáveis por
cada setor, para que haja comprometimento e melhoria,
Necessidades / Dificuldades Específicas do Processo de
Ensino Aprendizagem Ações Propostas pela Escola
Falta de comprometimento de alguns dos alunos, pais e
professores;
Reuniões periódicas com a Comunidade Escolar; Estudo
dirigido do ECA;Buscar saber a real função dos órgãos
(Patrulha Escolar, Conselho Tutelar), para que os
mesmos desempenhem suas reais funções no interior da
escola;
Recuperação de Estudos Após cada avaliação, o professor realiza
paralelamente a retomada de conteúdos,
diagnosticando se houve ou não a aquisição do
conhecimento;
Falta de Mobiliário; Reuniões periódicas com a Comunidade Escolar para
tomada de providências imediatas aos problemas
detectados na escola; Solicitação via ofício ao órgão
responsável;
Falta de Espaço Físico para o desenvolvimento de
projetos;
Reuniões periódicas com a Comunidade Escolar para
tomada de providências imediatas aos problemas
detectados na escola; Solicitação via ofício ao órgão
responsável;
Plano de Ação Proposto pelas Instâncias Colegiadas – 1º e 2º Semestre 2011Estabelecimento: Colégio Estadual Dr. Adhelmar Sicuro – Ensino Fundamental e Médio -
00236
Município: ___Contenda – 0620__ NRE – AM SUL
Necessidades / Dificuldades Gerais da Escola
(Apresentadas pelos Segmentos) Ações Propostas pela Escola
Falta de atendimento imediato – Conselho Tutelar; Solicitar por meio de ofícios ou reuniões o atendimento
imediato aos problemas encaminhados junto a essa
Instituição;
Físicos: escada, corredor estreito, piso do pavimento
superior de madeira, falta de cobertura para pátio
externo, área de esportes aberta inclusive ao público
exterior, falta de equipamentos de segurança e
acessibilidade para portadores de necessidades
especiais;
Encaminhar ofícios aos setores responsáveis relatando
todos os problemas enfrentados na escola em relação à
segurança, fatores que dificultam a aprendizagem e
saúde, e os riscos que alunos e funcionários estão
sujeitos diariamente na escola frente a infraestrutura tão
deficitária;
Transporte coletivo deficiente; Encaminhar ofício à empresa de Transporte Coletivo
solicitando adequação dos horários e ampliação da linha
que atende a comunidade escolar na qual a escola está
inserida;
Necessidades / Dificuldades Específicas do Processo de
Ensino Aprendizagem Ações Propostas pela Escola
Defasagem de conteúdos básicos, oriundos de 1ª a 4 ª
série;
Integração junto à Secretaria Municipal de Educação para
debatermos os problemas de aprendizagem e defasagem
de conteúdos na Rede Municipal de Ensino;
Defasagem de idade/série, decorrentes, muitas vezes, de
transferências recebidas de outras escolas;
Solicitar, por meio de ofício, à Secretaria Estadual de
Educação um projeto de progressão para adequação de
idade/série, em nível de Município;
Ambiente Físico da escola; Encaminhar ofícios aos setores responsáveis relatando
todos os problemas enfrentados na escola em relação à
segurança, fatores que dificultam a aprendizagem e
saúde, e os riscos que alunos e funcionários estão
sujeitos diariamente na escola frente a infraestrutura tão
deficitária;
Transporte Escolar; Organizar uma comissão de representantes de todos os
segmentos da comunidade escolar e solicitar reunião
junto à Secretaria Municipal de Transporte e Educação
para reivindicar melhorias no que se refere ao transporte
escolar quanto à segurança, conforto e pontualidade do
mesmo;
Efetiva ação dos pais no acompanhamento escolar de
seus filhos;
Reunião com os pais para orientação sobre sua efetiva
ação junto ao processo de aprendizagem de seu filho;
Comprometimento de toda a comunidade escolar com o
processo ensino-aprendizagem, visto que o mesmo
encontra- se em deficiência;
Propiciar momentos de reflexão sobre o papel de cada
membro da Comunidade Escolar no processo ensino-
aprendizagem, procurando um maior comprometimento e
efetiva ação no ambiente escolar;
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR:
2010 2011
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1. IDENTIDICAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR:
ÂNGELA GURSKI FAOT
ANTONIA DO ROCIO PADILHA ALVES
CLÁUDIA SIRLEI LEIVA
CÉLIA RIBAS LEITE
JOÃO PAULO LONGO
ROZINEI DE FÁTIMA GONÇALVES STANISLOVSKI
TIAGO STANCZYK
MARIA APARECIDA WALTER
5.3 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
A Escola utiliza-se de algumas instâncias colegiadas para auxiliar no processo
de ensino aprendizagem, como: A.P.M.F., Conselho Escolar, Grêmio Estudantil,
Conselho de Classe, Representante de Turma. O Conselho de Classe, bem como as
demais instâncias colegiadas têm seu próprio estatuto, regulamentando seu
funcionamento dentro do ambiente escolar.
SÃO PROPOSTAS DAS INSTANCIAS COLEGIADAS:
5.3.1 – GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes de
nosso colégio. O Grêmio Estudantil não terá caráter político-partidário, religioso, racial
e também não deverá ter fins lucrativos.
OBJETIVOS:
• Representar o corpo discente da Escola;
• Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos da Escola;
• Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;
• Promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e
alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos;
• Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras
instituições de caráter educacional;
• Lutar pela democracia permanente na escola, através do direito de participação
nos fóruns internos de deliberação de Escola.
5.3.2– APMF
A APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
estabelecimento de ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e sem
fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo
constituído por prazo indeterminado.
OBJETIVOS:
• Discutir no seu âmbito, sobre ações de assistência ao educando, de
aprimoramento do ensino e integração família-escola-comunidade, enviando
sugestões, em consonância com a proposta pedagógica para apreciação do
Conselho Escolar e equipe-pedagógico-administrativa;
• Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-
lhes melhores condições de eficiência escolar em consonância com a proposta
pedagógica do estabelecimento de ensino;
• Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto
escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa
comunidade;
• Proporcionar condições ao educando, para participar de todo o processo
escolar, estimulando sua participação em Grêmio Estudantil com o apoio da
APMF e do Conselho Escolar;
• Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa
forma, para a melhoria da qualidade de ensino, visando uma escola pública
gratuita e universal;
• Promover entrosamento entre pais, alunos professores, funcionários e toda
comunidade, através de atividades sócio-educativa-cultural-desportivas,
juntamente com o Conselho Escolar;
• Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que forem repassados
através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião
conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;
• Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações, conscientizando sempre a comunidade para a importância desta
ação.
5.3.3 CONSELHO ESCOLAR:
De acordo com o Estatuto do Conselho Escolar da Escola Estadual Dr.
Adhelmar Sicuro, o conselho escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,
consultiva e fiscal, não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e nem
lucrativo, não sendo remunerados seus dirigentes e/ou conselheiros.
O Conselho Escolar tem por finalidade efetivar a Gestão Escolar na forma de
colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da Comunidade Escolar e os
setores da escola constituindo-se como órgão auxiliar da direção e do Estabelecimento
de Ensino.
5.3.4 -CONSELHO DE CLASSE:
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didáticos pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do
estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem
na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso, haverá tantos
conselhos de classe quantos forem as turmas do estabelecimento de ensino.
O CONSELHO DE CLASSE TEM POR FINALIDADE:
• Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho
do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo
plano curricular.
• Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos.
• Analisar os resultados da aprendizagem dos alunos na relação do desempenho
da turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento
metodológico.
• Utilizar procedimentos que assegure a comparação com os parâmetros
indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos
alunos entre si.
• O Conselho de Classe é constituído pela diretora, pedagoga, todos os
professores que atuam numa mesma classe.
• A presidência do conselho de classe está a cargo da diretora que, em sua falta
ou impedimento será substituída pela pedagoga.
• O conselho de classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre em datas
previstas no calendário escolar e extraordinariamente sempre que um fato
relevante assim o exigir.
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO DE CLASSE:
• Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem,
respondendo a consultas feitas pela direção e equipe pedagógica.
• Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento
metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar.
• Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em
vista o respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os
alunos na classe.
• Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos em consonância com o
plano curricular do estabelecimento de ensino.
• Colaborar com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos e
adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário.
• Decidir sobre a aprovação ou reprovação dos alunos que, após a apuração dos
resultados finais, não atinjam o mínimo solicitado pelo estabelecimento levando-
se em consideração o desenvolvimento do aluno até então.
Nas reuniões de conselho de classe será lavrada a Ata por secretário, em livro
próprio para registro, divulgação ou comunicação aos interessados.
5.3.5 REPRESENTANTE DE TURMA:
São os alunos eleitos para exercerem funções específicas, colaborando para o
bom andamento do trabalho escolar.
Desenvolvimento do trabalho:
• Cada turma deverá ter dois representantes.
• No final de cada bimestre os representantes serão instruídos pela pedagoga da
escola.
• A renovação da equipe será feita por eleição direta, realizada pelos professores
representantes da turma.
• A avaliação dos trabalhos da equipe será feita pelos professores, pedagoga e
direção, através da observação direta aos alunos representantes quanto a sua
participação, interesse.
• Os representantes poderão ser eleitos novamente se for à escolha da turma e
do professor representante da turma.
ATRIBUIÇÕES AOS REPRESENTANTES:
• Colaborar na organização do jornal mural em sala de aula ou corredores
(aniversariantes do mês, notícias da atualidade, etc.)
• Ajudar a conservar a limpeza da sala de aula, pátio e jardim da escola.
• Supervisionar a utilização das canecas e pratos de lanche, evitando assim
extravios.
• Ajudar na conservação e limpeza dos banheiros colocando cartazes.
• Manter as portas das salas de aula fechadas durante o recreio e aula de
Educação Física.
• Participar das comemorações cívicas e atividades recreativas da escola.
• Auxiliar colegas na parte da aprendizagem.
• Transmitir com clareza os avisos recebidos em reunião que participarem com a
direção da escola ou com a pedagoga.
• Procurar a direção e equipe pedagógica para prevenir situações difíceis com a
turma.
• Ser intermediário entre a classe e a escola no que diz respeito à defesa dos
seus direitos e do cumprimento dos seus deveres.
• Representar a turma nas situações de reivindicações de apoio, de transmissão
das idéias da turma na posição de algo novo e também quando solicitar a
opinião e a participação dos alunos.
• Coordenar atividades que venham de encontro aos anseios da turma.
• Procurar manter a pedagoga informada sempre que possível, de todo e
qualquer problema relacionado às dificuldades de aprendizagem que envolva a
maior parte da turma.
• Procurar resolver diretamente com o professor os possíveis problemas que
possam ocorrer com alguns colegas, ou com a turma, de maneira a garantir em
clima favorável de aprendizagem.
• Auxiliar os professores nas suas atividades dentro da sala quando forem
solicitados.
• Consultar os membros do grupo antes de tomar uma resolução importante que
envolva interesses comuns. Comunicar à direção as atividades programadas
pela turma.
5.4 INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA EM SALAS DE APOIO
O trabalho pedagógico desenvolvido em Salas de Apoio iniciou suas atividades
neste Estabelecimento de Ensino no ano de 2008, em turno contrário ao de
funcionamento das turmas de 5ª série, com o objetivo de atender aos alunos com
dificuldades de aprendizagem, contemplando as disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática.
O número de alunos atendidos no momento é de, no máximo 15 alunos,
contudo, não é suficiente, pois a demanda é superior ao número de vagas ofertadas. E
se faz necessário admitir que, em casos esporádicos, as professoras atendem a mais
alguns casos que tem necessidade de orientação específica de conteúdos. Por outro
lado, desde a implantação desse programa, o Colégio vem encontrando muitas
dificuldades em relação à permanência de alguns alunos, que desistem do
atendimento justificando com o fato de residirem muito longe, de o transporte passar
muito cedo, e outros motivos mais. Porém, é possível perceber que a maior dificuldade
é a ausência de um maior acompanhamento por parte das famílias, que não se
impõem diante da decisão do aluno, quando este opta por desistir do atendimento
ofertado.
Com isso, o desempenho dos alunos fica prejudicado, pois em sala de aula
regular encontram muitas dificuldades de aprendizagem e não conseguem
acompanhar os demais alunos, demonstrando fatores comportamentais inadequados:
“indisciplina”, já que não conseguem entender o que está sendo proposto pelos
professores, comprometendo o rendimento da aprendizagem dos demais alunos e de
si próprios.
Diante disso, a Coordenação Pedagógica, juntamente com a Direção e Corpo
Docente realizam intervenções diretamente com os pais e ou responsáveis, através de
reuniões coletivas (comunidade escolar) e individuais (pais, alunos e professores),
bem como contatos telefônicos, nossa última saída quando os pais não atendem aos
chamados de comparecimento à Escola.
Neste momento são orientados sobre a importância da Sala de Apoio para a
superação e promoção do aluno no Processo Ensino Aprendizagem, porém nem
sempre furtivos de resultado positivo.
5.5 PROCESSO DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO.
A avaliação deve ser compreendida como o conjunto de ações organizadas com
a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que maneira e em
que condições. Deve caracterizar-se também como um instrumento que forneça
subsídios para o professor analisar criticamente sua prática educativa e que possibilite
ao aluno informar-se sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades.
Deve contemplar um acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor,
considerando o desenvolvimento das capacidades dos estudantes com relação à
aprendizagem não só de conceitos, mas também de procedimentos e atitudes. Dessa
forma é fundamental que se utilizem diversos instrumentos e situações para poder
avaliar diferentes aprendizagens.
Nesse sentido, a avaliação deverá ser realizada num espaço em que seja
considerado tanto o professor quanto o aluno, numa relação dialógica e intrínseca que
se estabelece entre todos os participantes do processo de aprendizagem.
Em sentido mais amplo, a avaliação também fornece subsídios para mudanças
em todo o sistema atuando como elemento balizador das intervenções pedagógicas,
sendo dialeticamente constitutiva dos sujeitos envolvidos no processo de
aprendizagem.
Dessa forma a avaliação evidencia-se durante todos os momentos da situação
escolar, de forma contínua e diagnóstica, como parte integral da evolução do currículo
e do ensino e como elemento mediador do processo educativo.
A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do
aluno em diferentes situações de aprendizagem utilizando-se procedimentos que
assegurem a comparação com os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O aluno será avaliado diariamente através de seu desempenho, senso crítico,
cooperação, capacidade de reflexão e síntese, elaboração pessoal que deverá
preponderar sobre a memorização e serão utilizados técnicas e instrumentos
diversificados tais como: avaliações escritas, orais, trabalhos individuais e em grupo,
pesquisas, produção de textos, palestras, organização de debates, teatros, filmes,
participação em concursos, criatividade em trabalhos, auto-avaliação.
Cabe ao Conselho de Classe o acompanhamento do processo de avaliação da
série, devendo debater ou analisar todos os dados intervenientes na aprendizagem.
A avaliação do ensino da Educação Física e de Arte, adotará procedimentos
próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno.
A avaliação traduzir-se-á num trabalho cooperativo entre Equipe Pedagógica e
Corpo Docente, integrados na diagnose dos problemas que interferem no processo
ensino-aprendizagem, para estabelecer metas que possibilitem a superação das
dificuldades diagnosticadas.
Contempla o conteúdo básico essencial cuja relevância seja fundamental para
compreensão da prática social considerando o processo de apropriação de cada aluno
e as suas tentativas de solucionar os problemas que lhe são propostos, buscando
ampliar a sua visão e o seu saber sobre o conteúdo em estudo.
A gradação crescente dos conteúdos que serão objeto de transmissão,
construção a partir do 6ºano do Ensino Fundamental é o ponto de referência para a
continuidade do trabalho cuja culminância se dá na conclusão do curso ofertado neste
Estabelecimento de Ensino. A prática social do ponto de partida se altera
qualitativamente com a mediação da ação pedagógica que será avaliada em termos
qualitativos, do nível de apreensão/construção do conhecimento pelos alunos.
O aluno com aproveitamento insuficiente poderá dispor de condições que lhe
possibilitem a apreensão de conteúdos básicos, através da retomada de conteúdos
utilizando-se de diferenciadas metodologias e posterior verificação da aprendizagem
com aplicação de um novo instrumento avaliativo , paralelamente ao conteúdo
trabalhado e toda vez que se fizer necessário, que ficarão a critério de cada professor.
A recuperação de estudos deve constituir um conjunto integrado ao processo
ensino aprendizagem, além de se adequar às necessidades dos alunos.
Será promovido o aluno que obtiver como média anual o mínimo de 6,0 ( seis
vírgula zero) e freqüência igual ou superior a 75%.
Será reprovado o aluno que não atingir o mínimo de 75% do total das 800 horas
letivas anuais (Lei 9394/96). Também será reprovado o aluno que, tendo frequência
igual ou superior a 75%, não obtiver, após todas as Recuperações de Estudos
ofertadas no decorrer do ano letivo, média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero).
Os resultados do rendimento escolar serão comunicados aos alunos e aos
seus responsáveis através de notas repassadas pelos professores à Secretaria com
anotações no boletim.
A matrícula com progressão parcial está prevista no Regimento Escolar do
Estabelecimento exigindo para aprovação, a frequência prevista em Lei e o
aproveitamento determinado pelo regimento escolar porém, o Estabelecimento de
Ensino não oferta a matrícula com progressão parcial.
A expedição de certificado de conclusão de curso só se dará após o
atendimento integral do currículo pleno e da respectiva carga horária, observados os
mínimos exigidos por lei e eliminadas as dependências ocorridas ao longo do curso.
OBJETIVOS:
• Realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática, contemplando o
coletivo, de acordo com as propostas educacionais contidas no Projeto Político-
Pedagógico da Escola.
• Constituir-se em instrumento de democratização das relações do interior da
escola, ampliando os espaços de efetiva participação da comunidade escolar
nos processos decisórios sobre a natureza e a especificidade do trabalho
pedagógico escolar.
• Promover o exercício da cidadania no interior da escola articulando a
integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar na
construção de uma escola pública de qualidade, gratuita e universal.
• Estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do trabalho
pedagógica na escola, a partir dos interesses e expectativas histórico-sociais,
em consonância com as orientações da SEED e a legislação vigente.
• Acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido pela comunidade
escolar, realizando as intervenções necessárias, tendo como pressuposto o
Projeto Político-Pedagógico da escola.
• Garantir o cumprimento da função social e da especificidade do trabalho
pedagógico da escola, de modo que as organizações das atividades educativas
escolares estejam pautadas nos princípios da gestão democrática.
5.6 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP
Avaliar constitui uma das etapas do processo ensino-aprendizagem para
realizar diagnósticos relativos ao desenvolvimento e ao desempenho dos alunos,
professores e funcionários. Em outras palavras, devemos compreender as situações
de avaliação como momentos em que paramos para refletir sobre nossa prática. O
repensar sobre a postura profissional e política e as diversas facetas do processo de
interação professor/aluno é fundamental para detectar os avanços e as dificuldades
dos alunos na apropriação do conhecimento.
O conselho de classe é avaliado a atuação do professor, da Equipe pedagógica
e dos funcionários na busca conjunta de alternativas de ação que levem aos objetivos
propósitos.
Assim como os alunos, os professores, equipe pedagógica e funcionários
também são avaliados e avaliam a Escola que trabalham, respondendo a perguntas
(em anexo-final de cada semestre), direcionados a cada função. É necessário que a
Equipe Escolar possa repensar sua atuação, partindo de uma reflexão sobre a
qualidade do trabalho que vem sendo realizado. A instituição escolar deve cuidar para
que o currículo possa assegurar aprendizagens fundamentais aos alunos. Através
desses dados a Escola passa a criar condições para uma reflexão conjunta de toda a
Equipe e partir para as mudanças necessárias.
5.7 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Partindo de uma reflexão baseada na análise da realidade escolar, percebemos
a necessidade de envolver a comunidade, pais, professores através de questionários
e/ou entrevistas semestrais, com parecer individual, conversas informais para
encaminhar um melhor andamento das metas e ações pedagógicas.
Reuniões bimestrais de Conselho de Classe, Reunião Pedagógica, da APMF,
do Conselho Escolar, Grêmio Estudantil também são parâmetros de avaliação interna
e sistemática.
É importante informar mensalmente aos pais e a comunidade sobre as
atividades pedagógicas, as informações do que já foi realizado, do que está sendo
proposto ou implementado no Estabelecimento de Ensino.
A meta da Escola é priorizar a inclusão do aluno, evitar a exclusão, e um modo
de se conseguir uma escola de qualidade é procurar a opinião dos pais, sensibilizá-los
com os problemas escolares de modo a somarmos esforços na procura da qualidade
de ensino satisfazendo desta maneira a expectativa de todos.
E, para sabermos se alcançamos nosso objetivo, realizamos avaliações
semestrais acerca do desempenho escolar: a avaliação, para que tenha um sentido
emancipatório, precisa ser incluída como parte essencial do projeto da escola. Não
pode ser um ato formal e executado por técnicos externos à escola apenas. Deve
envolver a comunidade interna, a comunidade externa e o poder público.
5.7.1 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO AVALIAÇÃO-ALUNO
NOME: SÉRIE DATA.../..../....ANO
1) Como é o seu relacionamento com sua família?
2) Qual é a maior dificuldade que você encontra para estudar? A que você atribui Isso?
3)Qual a disciplina que você encontra maior dificuldade? Por quê?
4) Qual disciplina que você mais gosta? Por quê?
5) Quais os aspectos desta escola que necessitam ser melhorados?
6) Que temas você gostaria que fossem acrescentados na escola para aprimorar sua
Aprendizagem?
7) O que você considera uma boa aula?
8) O que você considera uma aula chata?
9) Dê sua opinião, quanto a atuação de seus professores, em sala de aula.
10)Como você vê o andamento da escola, como um todo?
11) Você esta satisfeito com o atendimento deste Colégio?
12)Você considera-se um aluno(a) conhecedor dos seus direitos e deveres?
Sim( ) Não( )
É respeitado? Respeita os seus Colegas e Professores?
13) Sugestões e Críticas:
5.7.2 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO AVALIAÇÃO-PAIS
1) Você participa ativamente da Escola,acompanhando a situação escolar de seu (a)
filho (a), comparecendo á reuniões ou atendendo a qualquer outra convocação feita
pela escola? Por quê?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES
2) Você valoriza a Escola, ou mesmo o estudo, perante seu filho(a)? Como?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES
3) Como é seu relacionamento com a Direção, Pedagoga, Professores e Funcionários
da Escola? Por quê?
( ) ÓTIMO ( ) BOM ( ) REGULAR
4) Quais as dificuldades encontradas por você em relação á Escola?
5) Na sua visão, como poderiam ser resolvidas essas dificuldades?
6) Você acha que a escola atende ás necessidades básicas de seu (a) filho(a)?
7) Como você vê o andamento da Escola, como um todo?
8) Que conceito você atribui á Escola?
( ) ÓTIMO ( ) BOM ( ) REGULAR
5.7.3 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO-AVALIAÇÃO PARA PROFESSORES
1) Para você, qual é a função social da Escola?
2) Os conteúdos propostos pelo Currículo, PCN, vêm de encontro ás necessidades
dos alunos? Explique.
3) Os recursos materiais, o espaço físico e pedagógico são suficientes para o
desenvolvimento de seu trabalho?
4) O que falta para que seu trabalho se concretize de forma mais eficiente?
5) Na sua sala de aula, como ocorre a relação Professor/ Aluno?
6) Qual a sua concepção de avaliação? Como você a operacionaliza em sala de aula?
7) Qual seu grau de participação nas decisões tomadas pela Equipe Pedagógico-
administrativa?
8) Como você vê o andamento da Escola como um todo?
9) Você costuma se inteirar dos Projetos desenvolvidos pela escola?
10) Você esta satisfeito de fazer parte desta comunidade escolar?
Sim( ) Não ( ) Por quê?
5.7.4 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO – AVALIAÇÃO PARA SERVIÇOS GERAIS
Em um quesito de 0 a 10, atribua um valor nas questões abaixo:
1) Sempre procuro fazer a limpeza diária com entusiasmo e interesse? ( )
2) Me preocupo com a aparência de minha Escola e procuro dar o máximo para
manter o zelo e higiene nas salas de aula, sanitários, pátio, horta, jardim,
demonstrando desta maneira aos alunos, funcionários e aos visitantes o meu
trabalho? ( )
3) Sou pontual quanto aos meus horários e afazeres? ( )
4) Mantenho um bom relacionamento com os meus colegas de trabalho? ( )
5) Procuro manter a ética, bom senso e responsabilidade dentro do ambiente de
trabalho? ( )
6) Procuro sempre tratar bem a todos que envolvem a comunidade escolar, alunos,
professores, administração, pais etc.?
7)Você está satisfeita com a função que exerce? Por quê?
8) Dê sugestões que possam melhorar ainda mais o seu trabalho.
5.7.5 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO – AVALIAÇÃO PARA DIRETORA
Dê nota de 0 a 10, quanto as questões abaixo:
1) Estou atendendo as expectativas que o cargo me confere? ( )
2)Procuro dialogar constantemente com o grupo de professores e demais funcionários
de forma democrática e construtiva? ( )
3)Procuro resolver questões que envolvem o grupo docente sempre utilizando-se da
ética, bom senso e autonomia? ( )
4) Estou sempre disposta a ouvir sugestões do corpo docente e discente como
também dos pais, APM e demais funcionários e sempre procuro consultá-los quanto a
decisões e medidas a serem tomadas para melhorias na qualidade de ensino e o bom
funcionamento da escola? (
5) Sou pontual quanto a horários e entrega de documentos que me são solicitados? ( )
6) Procuro estabelecer e manter a ordem disciplinar dentro do estabelecimento de
ensino com responsabilidade e ponderação? ( )
7) Como Diretora procuro dar exemplo aos demais quanto: A participação,
pontualidade, cooperação, compreensão, etc.? ( )
8) Procuro sempre que possível passar pelas salas de aulas e observar o andamento
da classe? ( )
9)Para você o que é ser um bom Diretor?
10) Você está satisfeita com a função que ocupa?
11) Relacione metas que você acha necessárias para melhorar e aprimorar o seu
trabalho.
5.7.6 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO – AVALIAÇÃO PARA SECRETÁRIA
Dê uma nota de 0 a 10, quanto as questões abaixo:
1) Estou atendendo as expectativas que a função me exige? ( )
2) Procuro me inteirar de todos os outros assuntos que envolve a escola? ( )
3) Estou inteirada da Legislação vigente, quanto o que se refere a documentação
escolar? ( )
4) Procuro também dar sugestões e ideias para contribuir com o progresso da minha
escola?( )
5) Tenho me relacionado bem com os meus colegas de trabalho, alunos e pais? ( )
6) Sou pontual quanto a horários e entregas de documentos que me são solicitados,
atento para detalhes como: estética, capricho, ordem, etc.? ( )
7) Sempre procura participar de reuniões, eventos que a escola e Secretaria de
Educação entre outros promove, demonstrando interesse e participação? ( )
8) Procuro sempre me manter informada em tudo que se refere a minha função,
procurando fazer o mais correto possível? ( )
9) Sempre procuro usar da ética, bom senso em tudo que envolve o nome da escola
que trabalho? ( )
10) Para você o que é ser uma secretária eficiente? ( )
11) Relacione metas que você acha ser necessárias para melhorar ainda mais sua
função como secretária.
12) Você está satisfeita com a função que exerce? Por quê?
5.7.7 FICHA DE REFLEXÃO E AUTO – AVALIAÇÃO PARA PEDAGOGA
Dê uma nota de 0 a 10, quanto as questões abaixo:
1) Estou atendendo as expectativas que a função me confere?( )
2) Procuro estar sempre pronta para atender as solicitações dos professores e alunos
quando estes pedem a minha presença? ( )
3) Estou sempre envolvida nos projetos que a Escola faz, colaborando, dando
sugestões, criando, dinamizando, realizando reuniões pedagógicas periodicamente
com técnicas de grupo, grupos de estudos, oficinas de ideias entre tantas outras
formas de dar assessoramento pedagógico na escola? ( )
4) Procuro dar atenção a todos os alunos da mesma forma e igualdade, procurando
fazer um trabalho mais especifico com aqueles que requeiram uma atenção
individualizada? ( )
5) Sempre participo dos eventos, encontros, que a escola e a Secretaria de Educação
promove, procurando aproveitar o máximo e aplicá-los no dia a dia para aperfeiçoar
cada vez mais o meu trabalho? ( )
6) Procuro sempre levar sugestões e materiais que contribuam com o professor em
sala de aula?( )
7) Tenho um bom relacionamento com meus colegas de trabalho, alunos e
comunidade escolar demonstrando respeito e cordialidade? ( )
8) Sou pontual quanto a horários e entregas de trabalho que me são solicitados?( )
9) Estou visitando constantemente as salas de aula, conhecendo desta forma melhor
os alunos, o trabalho do professor e procurando ajudar no que necessário?( )
10) Para você o que é ser um bom Pedagogo? ( )
11) Você está satisfeita com a função que exerce? Por quê? ( )
12) Relacione metas que você acha ser necessárias para aperfeiçoar ainda mais o seu
trabalho como Pedagogo?
5.8 PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
ANDRÉ (1990) julga imprescindível que se implante nas escolas uma
sistemática de encontros, de reuniões, onde professores e coordenadores
possam analisar conjuntamente o fazer pedagógico.
Estes espaços de reflexão coletiva podem ser utilizados para acompanhamento,
avaliação e reformulação do processo de ensino e aprendizagem, visando seu
aprimoramento. A avaliação que ocorre nessas condições tem uma função
essencialmente formativa, de melhoria, de aperfeiçoamento da prática escolar.
Os professores deste Estabelecimento de Ensino participam de cursos on-line
oferecidos pela SEED; também participam das Semanas Pedagógicas de 1º e 2º
semestres, organizados pelo Núcleo de Educação e SEED, que oferecem subsídios
para o desenvolvimento do trabalho no decorrer do ano; além disso, conforme
Calendário Escolar reúnem-se nas Reuniões Pedagógicas promovidas pela escola,
sem esquecer que há alguns que estão cursando Pós- Graduação, também de cursos
esporádicos, dos quais os profissionais participam.
E é justamente nos encontros pedagógicos promovidos no interior da escola
que pode ter início a construção de um projeto pedagógico comum, são esses os
momentos preciosos a serem aproveitados. Isso vai somente exigir uma definição dos
fins a serem alcançados com a escolarização em geral e com cada área de
conhecimento em particular. Concomitantemente a estas definições, esses são os
momentos de serem explicitadas as concepções de ensino e de aprendizagem que
estarão orientando o trabalho de sala de aula, o que, por sua vez, vai exigir a opção
por uma determinada perspectiva de conhecimento, fundamentada em uma visão de
homem, de mundo, de realidade, de sociedade, de cultura e de educação.
Ao mesmo tempo em que vão sendo estabelecidas as diretrizes gerais da
prática escolar, vão também sendo delineados os modos de organização desta prática,
para o que pode concorrer muito favoravelmente à própria experiência de trabalho
conjunto.
Defendemos esta forma de organização do trabalho porque acreditamos que é
pelo diálogo, pela comunicação horizontal entre professores, e deles com os alunos,
em um processo de reflexão conjunta, de análise crítica da prática pedagógica e de
sua superação constante, que poderá ser elaborado um novo saber pedagógico,
voltado à transformação social, ao atendimento da maioria da população.
Esse processo de comunicação, baseado no diálogo, na reflexão conjunta e no
delineamento de alvos comuns, só se torna realmente efetivo pela mediação entre
teoria e prática, isto é, pela apropriação dos conhecimentos já elaborados social e
historicamente, que possibilitam um distanciamento da prática imediata para entender
suas relações com a prática social total, condição imprescindível para a elaboração de
novos conhecimentos, para a análise crítica de cada alternativa possível.
O que ocorre, via de regra, infelizmente, é que nem todos os professores estão
preparados para desempenhar seu papel na sala de aula, visto que os cursos de
licenciatura não preparam efetivamente para a prática pedagógica. Daí a importância
de conquistar e instituir um horário de trabalho comum nas escolas, no qual os
professores e equipe pedagógica possam buscar juntas as formas de superar as
deficiências da própria formação profissional, se possível com a coordenação de
alguém pertencente ao próprio grupo, ou mesmo da hierarquia escolar. O que importa
é que se instaure na escola um processo de reflexão sobre a prática pedagógica, de
problematizarão dessa prática, de compreensão de suas relações com a prática social
global, culminando na construção de um processo comum, que servirá como diretriz
para a avaliação e a reformulação constante do trabalho escolar, visto que, foram
agregadas ao professor atribuições não pertinentes ao seu trabalho, dificultando sua
real função de ensinar.
Hoje é necessário investirmos na formação continuada de professores e demais
funcionários, especialmente na formação consistente de futuros profissionais da
Educação, para que, a curto e médio prazo, possam construir conhecimentos, realizar
pesquisas e desenvolver suas práticas pedagógicas a partir de um diálogo sempre
aberto às novas metodologias e concepções educacionais, tendo como base a
concepção de educação progressista, pautada na pedagogia histórico critica e tendo
como método, o dialético.
E sobre uma das grandes conquistas alcançadas pelos professores, a Hora
Atividade, que é de grande importância, pois dá subsídios e espaço, em horário de
trabalho, para trocar experiências, elaborar suas aulas, pesquisar, separar materiais,
organizar livros registro, corrigir provas e atividades escolares, e ainda realizar
atendimento aos pais. Atendendo às orientações do Núcleo Regional AMSul e SEED,
a escola procurou organizar a Hora Atividade reunindo os professores da mesma
disciplina ou afins, mas nem sempre isso é possível, já que, na medida do possível, o
horário está organizado de acordo com as necessidades e preferências dos
professores.
5.9 ESTRATÉGIAS DA ESCOLA PARA ARTICULAÇAO COM A FAMÍLIA E A COMUNIDADE.
O ensino público nem sempre oferece todas as condições e atrativos ao ambiente
escolar, por isso, faz-se necessária a presença dos pais e comunidade dentro da
escola.
Além da presença e participação constante da A.P.M.F, durante o ano letivo,
realizamos bimestralmente um encontro com os pais para apresentar os resultados da
aprendizagem de seus filhos, trocar ideias, e em alguns casos, realizar palestras sobre
diferentes temas, relacionados à educação.
Procuramos envolver os pais em projetos escolares, para que, constantemente
se façam presentes no ambiente escolar, enriquecendo os conhecimentos a serem
apreendidos e ajudando no desenvolvimento dos mesmos. Esperamos dessa forma
criar vínculos estreitos entre família/escola/comunidade para que o processo de
educação ocorra de uma forma mais natural e efetivo no ambiente escolar.
O Colégio Estadual Dr. Adhelmar Sicuro - Ensino Fundamental e Médio - oferta
os anos finais do Ensino Fundamental no período diurno (manhã e tarde) e Ensino
Médio no turno da manhã, organizado em série /ano.
O horário das aulas do Colégio procura atender aos interesses de
aprendizagem e a disponibilidade do transporte escolar:
Manhã 7:20 às 11:45 horas
Tarde 13:00 às 17:25 horas
5.10 MATRIZ CURRICULAR PARA 2012
MATRIZ CURRICULAR PARA 2012 ENSINO FUNDAMENTAL – MANHÃ E TARDE
ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO: 03 – ÁREA METROPOLITANA SUL MUNICÍPIO: 0620 – CONTENDA ESTABELECIMENTO: 00236 – ADHELMAR SICURO, C E DR – E F e M ENDEREÇO: RUA PADRE JOSÉ LOPACINSKI, S/N TELEFONE: 3638-1180 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ANO ENS. FUNDAMENTAL 6 º AO 9º ANO ANO DE IMPLANTAÇÃO:2012 – FORMA SIMULTANEA
TURNO: 1- MANHÃ E 3- TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
BASE NACIONAL
COMUM
PARTE DIVERSIFI-
CADA
ARTE CIÊNCIAS EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO RELIGIOSO* GEOGRAFIA HISTÓRIA LINGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA SUB-TOTAL LEM-INGLÊS
SUB- TOTAL
2 3 2 1 3 4 4 4
23
2
2
2 3 2 1 3 4 4 4
23 2 2
2 4 2
4 3 4 4
23
2
2
2 4 2
4 3 4 4
23
2
2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96.
* Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa
Contenda, 25 DE AGOSTO DE 2011
______________________________________ Cláudia Sirlei Leiva
Diretora Res. 5909/08 DOE 24/12/08
ENSINO MÉDIO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO: 03 – ÁREA METROPOLITANA SUL MUNICÍPIO: 0620 – CONTENDA ESTABELECIMENTO: 00236 – ADHELMAR SICURO, C E DR – E F e M ENDEREÇO: RUA PADRE JOSÉ LOPACINSKI, S/N ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO ANO IMPLANT:2011 – SIMULTANEA
TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS / SÉRIE 1º 2º 3º
BNC
ARTE BIOLOGIA EDUCAÇÃO FÍSICA FILOSOFIA FÍSICA GEOGRAFIA HISTÓRIA LINGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA QUÍMICA SOCIOLOGIA SUB-TOTAL
2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2
23
2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2
23
- 2 2 2 2 2 2 4 3 2 2
23
PD
L.E.M. ESPANHOL * L.E.M. INGLÊS
2 4
2 4
2 4
SUB-TOTAL 6 6 6
TOTAL GERAL 29 29 29
Matriz de acordo com a LDBEN nº 9394/96
Observação: * Disciplina de matrícula facultativa ao aluno ofertada em turno contrário, no CELEM. Contenda, 10 de novembro de 2010.
______________________________________ Cláudia Sirlei Leiva
Diretora Res. 5909/08 DOE 24/12/08
5.11 CALENDÁRIO ESCOLAR
D S T Q Q S S
1 2 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
30 31
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
D S T Q Q S S 1 2
3 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
D S T Q Q S S 1 2 3
4 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Férias Discentes janeiro 31 fevereiro 7 julho 18 dezembro 13 Total 69
Férias/Recesso/Docentes janeiro/férias 30 jan/julho/recesso 14
dez/recesso 13 outros recessos 3 Total 60
12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Polí tica do PR
15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal
20 Dia Nacional da Consciência Negra
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
D S T Q Q S S D S T Q Q S S
D S T Q Q S S D S T Q Q S S
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL DR. ADHELMAR SICURO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011
Janeiro Fevereiro Março
1 2 3 4 5 18 6 7 8 10 11 12 20
dias 13 14 15 16 17 18 19 dias
20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
1 Dia Mundial da Paz 7 e 8 Carnaval
Abril Maio Junho
1 2 1 2 3 4
3 4 5 6 7 8 9 19 1 2 3 4 5 6 7 22 5 6 7 8 9 10 11 20
10 11 12 13 14 15 16 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias
17 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 24 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 30
29 30 31 21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 23 Corpus Christi
22 Paixão
Julho Agosto Setembro
4 1 2 3 4 5 6 1 2 3 dias 7 8 9 10 11 12 13 23 4 5 6 7 8 9 10 21
14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
8 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 dias 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30
7 Independência
Outubro Novembro Dezembro
1 1 2 3 4 5 2 3 4 5 6 7 8 20 6 7 8 9 10 11 12 19 12
9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias dias
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 30 31
Feriado Municipal 1 dia Conselho de Classe 4 dias Reun.ou C.de Clas. 1 dia
Dias letivos 200
Início/Término Planejamento e Replanejamento Férias
Recesso Formação Continuada
Conselho de Classe
Reunião Pedagógica
Sem Cult e Esportiva
5.12 INCLUSÃO DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL NAS AÇÕES EFETIVAS DA ESCOLA
Além dos projetos elaborados e desenvolvidos pela Escola, também participamos dos
projetos do governo: PROJETO FERA, COM CIÊNCIA e JOGOS COLEGIAIS.
6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
6.1 DISCIPLINA DE ARTE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
1- APRESENTAÇÃO
A livre expressão, a criatividade, enfim, a arte é hoje um instrumento para a
consolidação de trabalhos voltados para a humanização e conscientização, pretende-
se com isso mostrar que a arte não está isolada do nosso cotidiano, de nossa história
pessoal.
A Arte é um produto de fantasia e imaginação e não está separada da
economia, política e dos padrões sociais que operam a sociedade
A Arte tem sido considerada um diálogo visual, este diálogo nos pressupõem a
nossa participação ativa, no entanto se não podemos dialogar com a arte, podemos
pelo menos aprender a reagir a ela, não podemos deixar de observar a arte, pois ela
apresenta-se a nossa volta, , abrindo nossos olhos diariamente para nossas
experiências e forçando-nos a reformular nosso modo de enxergar, os elementos que
o mundo oferece físico, psicológico, social estético e cultural (Janson, 1996).
Arte na escola é uma contribuição que o aluno recebe, não para torná-lo um
artista, mas para desenvolver habilidades que o levem a uma melhor qualidade de
vida.
Quando os alunos entram em contato com a Arte, é necessário que eles
apreciem e compreendam seus códigos e linguagens. Essa compreensão possibilitará
que eles sejam capazes de ler as obras de arte profundamente, a história e constituída
a partir de cada obra de arte, analisada pelo aluno estabelecendo comparações e
relações entre outras obras de arte e outras manifestações culturais .
O modelo tradicional de ensino da arte foi implantado na primeira reforma
educacional republicana que determinou o ensino de desenho nas escolas primárias e
secundárias, o ensino de desenho tinha como objetivos principais desenvolver o
raciocínio e preparar o aluno para o trabalho, sua metodologia de ensino estava
centrada na cópia e na memorização.
Em 1971, num momento de repensar a política e a cultura, cabia ao professor
se limitar a trabalhar com os alunos artes manuais, onde o aluno reprimia sua
expressão individual através de uma censura, o aluno não tinha liberdade de
expressão pois era tolida com folhas para colorir e atividades envolvendo a
geometrização.
Foram anos de luta, após quatro anos de trabalho, surgem os PCNs, que
tiveram como principal fundamentação metodológica a proposta de Ana Mae Barbosa,
Metologia Triangular que tinha como objetivo relacionar o fazer artístico, a apreciação
e os conhecimentos históricos, estéticos e contextuais em artes(PCN 1997).
Em 1996, com a nova LDB 9394/96 que mantém e assegura a obrigatoriedade
no ensino de Artes no ensino básico, apresentando mudanças nos cursos de
graduação em Educação Artística que passaram a ter licenciatura plena em uma
habilitação específica.
A arte passou e passa por transformações e avanços, mais ainda são
necessárias reflexões e encontrar caminhos que possibilitem a disciplina a
compreensão da arte como campo do conhecimento que não seja vista como uma
terapia, ou que faça do aluno um mero repetidor de mecanismos prontos, entende-se
que o aluno a partir dessa transformação deverá ser critico e construtor do saber
artístico, onde o aluno se expressa, se comunica entre si de diversas maneiras.
De acordo com Fayga quando diz “Entendo a arte como um caminho maior de
conhecimento, é caminho, a um só tempo, de conscientização do indivíduo, pois ao
realizar suas potencialidades ele também realiza sua individualidade e, ainda do modo
mais abrangente, é caminho crescente de humanização da vida. Na mesma visão,
partindo do reconhecimento de que potencialidades criativas existem em todos os
seres humanos embora combinando-se em cada pessoa em graus diferentes e em
áreas diversas, entendo a realização de tais potencialidades como uma necessidade
da vida. Não posso conceber nem aceitar a arte, como um mero enfeite, passatempo
ou terapia, muito menos uma mercadoria, seja de luxo ou descartável, como querem
colocá-la para nós hoje em dia.”
Em contato com a arte o aluno ao usar seu corpo, sua percepção, seus
conceitos, sua emoção, sua intuição, integra os vários aspectos da sua personalidade.
A arte constantemente abre portas para um caminho impossível, a arte nos dá a
possibilidade de improvisação, transformação além da superficialidade isto é entrar no
terreno, crítico da condição humana.
A arte é presente quando ainda não se fazia uso da linguagem textual, nas
cavernas, nas edificações, nos templos, na pintura, na escultura, etc.
De acordo com Pareyson(1997) a arte apresenta-se em três definições: como
fazer, como conhecer e como exprimir. A primeira definição está ligada ao processo do
artesão, a segunda embora contraditória destaca o processo de criação, a terceira foi
a que prevaleceu, a arte como caráter expressivo, enquanto forma, ou seja quando ela
passa a ter um significado, portanto a arte defini-se em um fazer, ao mesmo tempo
executar, produzir, realizar, inventar, figurar e descobrir.
Na verdade o homem sempre quererá ser mais do que é, assim ele sempre
necessitará da ciência para desvendar os possíveis segredos. E sempre necessitará
da arte para familiarizar-se com a sua própria vida e com aquela parte do real que é a
sua imaginação lhe diz ainda não ter sido descoberta( Janson 1996).
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
• Elementos formais
• Composição
• Movimentos e Períodos
Conteúdos básicos Área Música 6º ano
Elementos Formais- Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Composição- Ritmo
Melodia
Escalas: diatônica, pentatônica, cromática, improvisação
Movimentos e períodos- Greco- Romana
Oriental
Ocidental
Africana
Conteúdos básicos Área Música 6º ano
Elementos Formais- Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Composição- Ritmo, melodia,escalas, gêneros: folclórico,indígena,popular e étnico
Técnica: vocal,instrumental e mista improvisação
Movimentos e períodos- Música popular e étnica( oriental e ocidental)
Conteúdos básicos Área Música 8º ano
Elementos formais- idem aos conteúdos acima
Composição- Ritmo, melodia harmonia, tonal, modal e a fusão de ambos, técnica:
vocal, instrumental e mista
Movimentos e períodos- Indústria cultural, eletrônica, minimalista, rap, rock, tecno
Conteúdos Básicos Área Música 9º ano
Elementos Formais- Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Composição- Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnica: vocal, instrumental e mista
Gêneros: popular, folclórico e étnico
Movimentos e períodos- Música Engajada
Música Popular Brasileira
Música Contemporânea
Conteúdos básicos Área Artes Visuais 6º ano
Elementos Formais- Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Composição- Bidimensional
Figurativa
Geométrica
Técnica: pintura, escultura, arquitetura
Gêneros: cenas da mitologia
Movimentos e Períodos- Arte Greco Romana
Arte Africana
Arte oriental
Arte Pré histórica
Conteúdos básicos Área Artes Visuais 7º ano
Elementos Formais- Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Composição- Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnica: pintura,escultura, modelagem, gravura
Gênero: paisagem, retrato,natureza morta
Movimentos e Períodos- Arte Indígena
Arte Popular
Brasileira e paranaense
Renascimento
Barroco
Conteúdos básicos Área Artes Visuais 8º ano
Elementos Formais- Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Composição- Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho, fotografia, audio visual e mista
Movimentos e períodos- Industria Cultural
Arte no século XX
Arte Contemporânea
Conteúdos básicos Área Artes Visuais 9º ano
Elementos Formais- Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Composição- Bidimensional
Tridimensional
Figura- fundo
Técnica: pintura, grafitte, performance
Gêneros; paisagem urbana, cenas do cotidiano
Movimentos e Períodos- Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte Latino Americana
Hip Hop
Conteúdos básicos Área Teatro 6º ano
Elementos Formais- Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Composição- Enredo, roteiro
Espaço cênico, adereços
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação,
manipulação, máscar
Gênero: tragédia, comédia e circo
Movimentos e Períodos- Greco-Romana,Teatro Oriental, Teatro Medieval,
Renascimento
Conteúdos básicos Área Teatro 7º ano
Elementos Formais- Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço-tempo
Composição- Representação, leitura dramática, cenografia
Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas
Gêneros: rua e arena, caracterização
Movimentos e períodos: Comédia dell” arte, Teatro Popular, Brasileiro e Paranaense,
Teatro Africano.
Conteúdos básico Área Teatro 8º ano
Elementos formais-Idem aos itens mencionados nos parágrafos acima
Composição-Representação no cinema e mídias
Teatro dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnica: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica
Movimentos e Períodos- Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Conteúdos básicos Área Teatro 9º ano
Elementos formais- Idem aos itens acima
Composição- Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio,Teatro-Fórum
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Movimentos e períodos- Teatro Engajado
Teatro Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do absurdo
Vanguardas
Conteúdos básicos Área dança 6º ano
Elementos formais – Movimento corporal, tempo e espaço-tempo
Composição- Kinisfera, eixo, ponto de apoio, movimentos articulares, fluxo livre e
interrompido, rápido e lento, fomação níveis- alto, médio e baixo, deslocamento direto
e indireto, dimensões, pequeno e grande, técnica: improvisação, Gênero: circular
Movimentos e Períodos- Pré História, Greco – Romana, Renascimento, Dança
Clássica
Conteúdos básicos Área dança 7º ano
Elementos formais- Idem acima
Composição- Ponto de apoio, rotação, coreografia, salto e queda,peso, fluxo, lento,
rápido, e moderado, níveis, alto, médio, baixo, formação, direção, gênero: folclórica,
popular e étnica
Movimentos e períodos- Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana, ìndigena
Conteúdos básicos Área dança 8º ano
Elementos formais- idem acima
Composição- giro, rolamento, saltos, aceleração, desaceleração, direções frente,atrás,
diretia, esquerda, improvisação, coreografia, sonoplastia, gênero: Indústria cultural e
espetáculo
Movimentos e Períodos- Hip Hop, Musicais, Expressionismo, Indústria Cultura e dança
moderna
Conteúdos básicos Área dança 9º ano
Elmentos formais- Idem acima
Composição- Kinesfera, ponto de apoio, peso, fluxo, quedas, saltos, giros, rolamentos,
extensão, perto e longe, coreografia, deslocamento, gênero: performance e moderna
Movimento e períodos- Vanguardas, dança moderna, e contemporânea.
3- OBJETIVOS GERAIS:
• Estimular a auto expressão, possibilitando o desenvolvimento das
potencialidades através da criatividade, flexibilidade, sensibilidade, reflexão e
conhecimento (de si mesmo, do outro, do espaço e da sociedade); para agir
com perseverança na busca do conhecimento cultural e no exercício da
cidadania.
• Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos
diversos em arte: (artes visuais, dança, música e teatro).
• Observar as relações entre a Arte e a realidade refletindo, investigando,
indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a
sensibilidade, argumentação e apreciando a Arte de modo sensível.
• Identificar, pesquisar informações sobre a Arte em contato com artistas, obras
de arte, reconhecendo e compreendendo a variedade dos produtos artísticos e
concepções estéticas presentes na história das diferentes culturas e etnias.
• Possibilitar ao aluno o desenvolvimento de seu imaginário, desprendendo-o de
réplicas e desenhos estereotipados, onde possa construir a sua própria maneira
de criar.
4- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Promover a interação entre as diversas linguagens da arte
• Ter acesso aos conteúdos sobre arte nos mais diversos meios de comunicação
e tecnológicos
• Proporcionar a oportunidade de vivenciar um encontro ativo com as obras de
arte e artistas
• Observar a relação entre o homem e a natureza, apreciando a arte em geral
• Apreciar a arte como uma atividade enriquecedora, construtiva e como
importante instrumento de transmissão de valores culturais.
5- METODOLOGIA:
A preocupação com o ensino e a aprendizagem em Artes é recente e tem
acompanhado as mudanças educacionais, que caracterizam o começo do século,
possibilitando com isso avanços, principalmente sobre como crianças pensam e
desenvolvem, seu processo criador, sobre a arte de outras culturas e também
reflexões de como o arte-educador pode levar o aluno a criar, experimentar e entender
a arte nas diferentes linguagens: nas artes visuais, nas artes cênicas, na música e na
dança.
A aprendizagem artística envolve, um conjunto de diferentes tipos de
conhecimentos que propiciam conhecimentos específicos sobre sua relação com o
mundo. É importante que os alunos compreendam o sentido do fazer artístico, que
suas experiências de desenhar, cantar, dançar ou dramatizar não são atividades de
distração, hobby ou atividades de passatempo, a intenção da disciplina é aprimorar, e
abrir caminhos amplos nos diferentes aspectos com relação as diferentes linguagens
artísticas, através de desenhos, pintura, escultura, música, expressão corporal, dança
e teatro, onde os alunos poderão mostrar suas potencialidades.
A arte é um modo privilegiado de conhecimento, pois possibilita o
reconhecimento de semelhanças e diferenças, que se expressam e se confrontam
através de diferentes linguagens, hoje o aluno precisa ser convidado a exercitar-se nas
práticas do aprender a ver, observar, ouvir, tocar e refletir sobre imagens,
caracterizando-se na área de arte tendo o conhecimento artístico como produção
A arte permite o desenvolvimento de um contínuo e pleno aprendizado,
demonstrando grande habilidade nas atividades diárias, na construção do seu saber,
na solução de problemas matemáticos, problemas pessoais, ela nos ensina que é
possível realizar mudanças, ser flexível, ter fluência, originalidade, ser capaz de
elaborar, avaliar, deixar atento um grupo maior para conhecer o mundo em que vive,
apreender e criar.
• as produções/manifestações artísticas presentes na comunidade, na
região e nas várias dimensões de cultura, estendendo-as como bens
culturais materiais e imateriais;
• as peculiaridade culturais de cada aluno e escola como ponto de partida
para a ampliação dos saberes em arte;
• as situações de aprendizagem que permitem ao aluno compreender os
processos de criação e execução nas linguagens artísticas;
• a experiênciação estética como meio fundamental para ressignificar esse
componente curricular levando em conta que essa prática favorece o
desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos
sentidos.
6-AVALIAÇÃO:
Ao avaliar o professor precisa considerar a história do processo pessoal de
cada aluno e suas relações com as atividades desenvolvidas na escola, observando
os trabalhos dos alunos bem como ocorre os seus registros.
A sala de aula existe em função dos alunos e cabe a nós educadores, refletir se
realmente os respeitamos em relação ao acesso ao conhecimento por eles
apresentados e se consideramos quem são eles, de onde vieram, em que contexto
vivem, etc.
O professor deve guiar-se pelos resultados obtidos e planejar modos criativos
de avaliação dos quais o aluno pode participar e compreender: uma roda de leituras,
de textos dos alunos (poesias, canções, paródias, etc...). pasta ou cadernos com as
atividades propostas, audição de músicas, apresentações de danças ou
dramatizações que favoreçam a compreensão sobre os conteúdos envolvidos na
aprendizagem.
A avaliação em arte constitui uma situação de aprendizagem em que o aluno
pode verificar o que apreendeu.
A avaliação precisa ser realizada com base nos conteúdos, de acordo com os
PCNS podendo diagnosticar o nível de conhecimento dos alunos, ou como o aluno
interage com os conteúdos ao final das atividades para analisar como ocorreu a
aprendizagem.
Para tanto, os conceitos e os conteúdos das artes devem ser ensinados através
de orientações didáticas que alcancem o modo de aprender dos aluno e garantam a
participação de cada um dentro da sala de aula. Ensinar arte com arte é o caminho no
qual se acredita. Hoje o aluno precisa ser convidado a exercitar-se nas práticas de
aprender e ver, a observar, ouvir, atuar, tocar e refletir sobre as imagens,
caracterizadas na área de arte tendo todo o conhecimento artístico como produção.
Estratégias e metodologias em artes:
• Leituras e releituras de imagens;
• Aulas expositivas com discussões organizadas;
• Pesquisas variadas- internet, textos, livros, filmes e DVDs, revistas, fotos,
consultas à biblioteca, exibição de transparências, uso da TV pendrive,
exercícios cênicos, registros variados em diversas linguagens, oral, textual e
gráfica;
• Pasta com atividades diversas ou portfólio com registro das mesmas;
• Exercícios escritos para registro e assimilação de conteúdos;
• Experimentação de desenho e pintura individuais e coletivos em atividades
práticas de desenho, dirigidas e livres com material expressivos;
• Encenações, coreografias, dinâmicas corporais e expressivas variadas que
tratem o movimento do corpo de forma extra cotidiana.
7-BIBLIOGRAFIA:
Barbosa, Ana Mae. Teoria prática da Educação Artística. São Paulo, Cultrix, 1975
Barbosa, Ana Mae. Arte – Educação no Brasil- Das Origens ao Modernismo. São
Paulo, Perspectiva/ Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia do Estado de São
Paulo.
Brasil, Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação fundamental.
PCNS. Brasília, 1997.
Coli, Jorge. O que é Arte. São Paulo, Brasiliense, 1982
Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Paraná 2008
Ficher, Ernest. A Necessidade da Arte. Rio de Janeiro, Zahar, 1979
Janson, H.W. História da arte, Martins Fontes
Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional 9394/96
Ostrower, Fayga, Universos da Arte. Rio de Janeiro: Campus - 1983
“ “ , Acasos de criação artística. Rio de Janeiro: Campus – 1990
Ostrower, Fayga, Criatividade e Processo da Criação. Rio de Janeiro, Imago, 1977
Pareyson, Luigi. Os Problemas da Estética. São Paulo, Martins Fontes, 1984
Proença, Graça. História da Arte. São Paulo: Ed. Ática- 1994
Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília: Mec/SEF, 1998
Rezende e Fusari, Maria F. De Artes Visuais, Cotidiano e Educação Escolar
Secretaria de Estado da Educação – SEED – Curitiba – 2006
6.1.1 Disciplina de Arte _ Ensino Médio - 1ª
e 2ª Série
1- APRESENTAÇÃO
Na História da humanidade podemos constatar a presença da Arte de várias
formas, seja em, objetos ritualísticos, utilitários, artísticos, estéticos mesmo que por
hora fossem intuitivamente, precedendo contextos históricos (sons, imagens, gestos,
dramatização, representatividade, símbolos etc.)
Na educação, o ensino de arte amplia o repertorio cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estéticos , artísticos e contextualizando, aproximando do universo
cultural da humanidade nas suas diversas representações .
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da
percepção estética que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido a
experiência humana.
A produção artística não poderá desvincular da forma de organização da nossa
sociedade, enquanto forma específica de conhecimento da realidade e, fruto de seu
fazer imitativo criador. Resulta da ação conjunta do olhar, do pensar e do fazer, e
ainda, a partir de um sistema de regras e modos de agir.
Essa disciplina exige reflexões que contemplem a arte como área de
conhecimento e não meramente como meio para o destaque de dons inatos, sendo
ate mesmo utilizada equivocadamente em alguns momentos como pratica de
divertimento e terapia.
Conhecer a arte no Ensino Médio significa oportunizar aos alunos apropriarem-
se de saberes culturais e estéticos inseridos nas práticas de produção e apreciação
artísticas, fundamentais para a formação e o desempenho do cidadão.
A livre expressão, a criatividade, enfim, a arte é hoje um instrumento para a
consolidação de trabalhos voltados para a humanização e conscientização.
De acordo com Fayga quando diz “Entendo a arte como um caminho maior de
conhecimento, é caminho, a um só tempo, de conscientização do indivíduo, pois ao
realizar suas potencialidades ele também realiza sua individualidade e, ainda do modo
mais abrangente, é caminho crescente de humanização da vida. Na mesma visão,
partindo do reconhecimento de que potencialidades criativas existem em todos os
seres humanos embora combinando-se em cada pessoa em graus diferentes e em
áreas diversas, entendo a realização de tais potencialidades como uma necessidade
da vida. Não posso conceber nem aceitar a arte, como um mero enfeite, passatempo
ou terapia, muito menos uma mercadoria, seja de luxo ou descartável, como querem
colocá-la para nós hoje em dia.”
2- OBJETIVOS GERAIS :
• Vivenciar o processo artístico acionado e evoluindo no fazer técnico da
representação imaginativa e de expressividade, sensações e emoções;
• Ter capacidade de entender, criticar e elaborar o fazer artístico comparando e
contrapondo para melhor compreensão do fazer artístico existente e o seu
próprio, compreendendo conceitos teóricos e a própria linguagem artística;
• Teatro, exercitando sua cidadania cultural com qualidade;
• Relações entre arte e realidade;
• Os conteúdos escolares buscar uma pratica pedagógica as relações
interdisciplinares, conscientização e articulação das disciplinas para
enriquecimento do conteúdo;
• Reconhecer os aspectos artísticos e estéticos de diversas culturas na gama de
elaborações históricas e contemporâneas;
• Possibilitar ao aluno o desenvolvimento de seu imaginário, desprendendo-o de
réplicas e desenhos estereotipados, onde possa construir a sua própria maneira
de criar;
• Observar as relações entre a Arte e a realidade refletindo, investigando,
indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a
sensibilidade, argumentação e apreciando a Arte de modo sensível.
3- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Adquirir sensibilidade e cognição em Artes Visuais, Dança, Música e
• Teatro, exercitando sua cidadania cultural com qualidade;
• Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;
• Compreender e utilizar a arte como linguagem;
• Contextualizar a arte como fato histórico e as relações entre arte e
realidade;
• Compreender as funções da arte, do trabalho e da produção dos artistas.
4- CONTEÚDOS:
1.Artes Visuais
Cor
Características
Técnicas de pintura
Desenho
Gravura
Esculturas
2. Elementos Gráficos e Formais
Ponto e linha
Modelagem
Forma
3. Textura
4. História da Arte
Arte Bizantina
Arte Românica
Arte Gótica
Arte Brasileira
Arte Popular
Industria Cultural
5.Musica
A musica é formada basicamente por Intensidade que é responsável pela sequencia
e o forte ou fraco; Altura que define o agudo ou grave ; Timbre é responsável pelo
tempo
Instrumentos Musicais:
Sopro
Cordas
Percussão
Eletrônicos
Período e Historia :
Musica Brasileira
Musica Paranaense
Musica Popular
Composição :
Ritmo
Melodia
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Gênero:
Clássico, popular, folclórico,pop.
Industria Cultural
Técnica Vocal
Dança
Movimento corporal – movimento do corpo em determinado tempo e espaço .
Espaço – os movimentos com total ou parcial do espaço
Tempo – caracteriza a velocidade do ritmo e duração do movimento corporal.
Movimento corporal
Tempo e espaço
Dança clássica
Dança Popular
Hip Hop
Dança Moderna
Renascimento
Dança Contemporânea
Teatro
Elementos formais : ação ,personagens, espaço cênico.
Composição :representação ,cenografia.
Movimentos e períodos : História relacionadas ao tempo, espaço, atos, cenografia,
iluminação, musica e historia do teatro.
Técnicas : Jogos Teatrais
Teatro Fórum
Gênero: Tragédia, Comédia, Drama, Épico.
Dramaturgia
Teatro Greco Romamo
Teatro Brasileiro
Teatro Popular
Teatro engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Realista
5 -METODOLOGIA:
Partindo de pressupostos teóricos como referência, devemos planejar a
metodologia pensando no que diz Ferreira (1986) “A arte de dirigir o espírito na
investigação da verdade”, como elemento pedagógico este é o que mais está ligado a
prática em sala de aula. Assim, pretende-se que os alunos apreendam que possuem
limitações, mas que também tem diversas capacidades.
O ensino da arte amplia suas aptidões para ler o mundo e resolver problemas.
Deve-se considerar que em alguns casos as aulas de Artes são a única oportunidade
dos alunos vivenciarem uma experimentação estética, principalmente os que já estão
excluídos dos bens materiais e culturais da nossa sociedade.
Pensando neste fato direcionamos o trabalho para a Metodologia da prática
social, onde preocupa-se com a valorização do conhecimento prévio do aluno com
relação ao seu entorno. Assim como a Metodologia de campo, as descobertas são
necessárias para o crescimento intelectual do indivíduo como um todo.
No espaço escolar preocupa-se com o objeto de trabalho que é o conhecimento
e a experimentação, desta maneira pensa-se em metodologias de ensino que
estabeleçam como eixo de trabalho o fazer, o sentir e perceber, pois são formas de
leituras do conhecimento. Para isso contamos com todo o aparato de material
disponível na escola, desde áudio-visual (Tvs, DVD's, VHS's), Laboratório de
informática, material prático escolar (tintas, réguas, lápis de cor e cera, etc.).
Desta forma define o método como um modo ou uma maneira planejada e
determinada para se adquirir conhecimento e apreender maneiras de se expressar,
fazer e perceber assim como os fundamentos da Cultura.
O ensino da Arte deve ajudar os alunos a desenvolver modos imaginativos e
criadores de expressão e comunicação estabelecendo relações entre seu
conhecimento prévio e as questões que um trabalho desperta.
É necessário compreender a multiplicidade de situações problema que ocorrem
das mais diversas maneiras e se aprendem a cada aluno em particular, segundo seu
nível de capacidade para realizar atividades artísticas.
É importante também estabelecer relações entre diversos conteúdos
trabalhados para que os alunos observem os pormenores das atividades que realizam,
tanto em relação aos conceitos da área quanto à própria criação pessoal.
Constante desafio perceptivo, a qualidade lúdica e a alegria, devem estar
presentes junto com a paciência, a atenção e o esforço necessário para continuidade
do processo de criação. Estimular o olhar crítico dos alunos com relação às formas
produzidas por eles, pelos colegas, pelos artistas e temas estudados, bem como as
formas na natureza e das quais são produzidas pelas culturas, podem desenvolver a
percepção de linhas, formas, cores, sons, gestos, cenas, etc... Devem ser analisados
os trabalhos produzidos pelos alunos junto com eles, para que a aprendizagem possa
ocorrer a partir desta análise, na apreciação que cada aluno faz por si e do seu
trabalho com relação ao dos demais.
As manifestações artísticas são exemplos vivos da diversidade cultural e
expressam a riqueza criadora de todos os tempos e lugares. Falam dos problemas
sociais, políticos, questões humanas fundamentais documentam fatos históricos e
contribuem assim para uma reflexão e alicerçam pelo testemunho vivo dos seres
humanos que está em constante transformação.
Há necessidade de ter elementos disponíveis que contribuam para o
enriquecimento da aprendizagem. Imagens, textos, artesãos locais, revistas, fitas de
áudio, manifestações artísticas da comunidade, exposições, apresentações musicais e
teatrais, bem como a valorização dos trabalhos dos alunos.
6- AVALIAÇÃO
A avaliação não existe para classificar os alunos em “mais fortes” e “mais
fracos”, “aptos ou inaptos”. Ela existe enquanto processo para contribuir no
acompanhamento dinâmico das situações de aprendizagem e assegurar
oportunidades aos alunos para permanecerem na escola, jamais para excluí-los.
Para se tratar da avaliação em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento
específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experimentais (práticos)
quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente e fundamentada, permite ao
aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.
No decorrer do ano letivo espera-se que os alunos, progressivamente, adquiram
capacidades de sensibilidade e de cognição nas diversas linguagens artísticas,
perante a sua produção de arte e o contato com o patrimônio artístico exercitando sua
cidadania cultural com qualidade, criando seu próprio critério estético-artístico.
Os conteúdos serão avaliados por meio de trabalhos realizados (em grupo ou
individual), dramatizações, composições artísticas individuais e coletivas,
oportunizando de maneira democrática a verificação do próprio aluno para com sua
aprendizagem perante os demais colegas, através de suas produções e auto-
avaliação, bem como nas exposições de seus trabalhos.
Na avaliação do ensino de artes é de extrema importância oferecer formas
novas e criativas de avaliação para o aluno, possibilitando um bom desempenho por
parte dos alunos que tenham dotes artísticos e aqueles que são iniciantes do ensino
artístico. Modalidades e instrumentos de avaliação:
• trabalhos escritos, bibliografias;
• avaliações acumulativa,somativa e permanente;
• trabalhos artísticos individuais e em grupo;
• avaliação teórica e pratica;
• debates em forma de simpósio ou seminário;
• análises psicológicas de obras de arte;
• trabalhos práticos;
• atividades extraclasses (exposições, museus, teatros, etc...);
• entrevistas;
• atividades em grupo;
• avaliações escritas;
• produção (participativas e individuais);
• Portfólio;
• avaliação pode e deve ser pratica e teórica e avaliada de forma
diferenciada se o aluno tiver alum deficit.
Avaliar exige acima de tudo, que se defina onde se quer chegar, que se
estabeleçam os critérios, para em seguida, escolherem os procedimentos, inclusive
aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo de
ensino e de aprendizagem.
A avaliação irá acontecer durante a realização das atividades e ao final delas
como objetivo de diagnosticar o nível de conhecimento dos alunos propiciando-lhes a
oportunidade de verificar a aprendizagem e retrabalhar conteúdos.
Serão avaliadas as relações construídas pelos alunos a partir do contato com a
própria experiência de criação e com fontes de informação e não apenas como
repetição mecânica de conteúdos pelos alunos constituindo-se estas, em recursos
para articular a continuidade das aulas com interesses dos alunos, como: relatos de
aulas, observação sobre cada aluno, dinâmica de grupo, organização dos trabalhos
realizados segundo critérios específicos, descobertas realizadas durante as aulas,
propostas de registro sugeridas pelos alunos e auto-avaliação.
Pretende-se verificar se o aluno consegue através da linguagem corporal,
gestos, movimento, voz, comunicar seus sentimentos e sua criatividade. Também
avaliar se o aluno é capaz de improvisar dramaticamente uma situação proposta: ele
deve experimentar diferentes possibilidades com desenvoltura e expressividade dentro
do grupo, e, respeitar a produção do próprio colega através da cooperação e
integração.
Aprender a sentir e expressar a realidade que constantemente se modifica
adequando-se a ela de forma expressiva, conectando a ela o imaginário, a fantasia,
através de sua fruição e interpretação, desenvolvendo o poético à dimensão sensível
ligada a realidade.
Pretende-se avaliar se o aluno produz formas artísticas, individualmente
valendo-se de técnicas como recorte, colagem, pintura, escultura, arte dramática,
música.
7- BIBLIOGRAFIA:
BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA
E TECNOLÓGICA PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: ENSINO
MÉDIO/ Ministério Da Educação. Secretaria De Educação Média E
Tecnológica. – Brasília: Ministério Da Educação, 1999.
PROENÇA, G., Descobrindo a História da Arte. 2° ed. São Paulo- Ática
OSTROWER, F., Universo da Arte. Rio de Janeiro: Campos, 1983
PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares de Arte para os Anos Finais do
Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, Curitiba, 2008
PARANÁ, Livro Didático Público
SITES:
http//www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
6.2 DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
1 - APRESENTAÇÃO
O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das
sociedades aumenta com o despertar do novo milênio e aponta para a necessidade de
se construir uma escola voltada para a formação de “futuros cidadãos”; eles, enquanto
integrantes do corpo social atual, podem ser hoje também responsáveis pelo cuidado
do meio ambiente, agir de forma consciente e solidária em relação aos temas
vinculados ao bem estar da sociedade da qual faz parte.
Vivemos numa era marcada pela competição e qualidade de vida, em que
progressos científicos e avanços tecnológicos definem exigências novas para os
jovens que ingressarão no mundo do trabalho.
Nos dias de hoje, quando se sofisticam os meios de informação, a educação
escolar torna-se cada dia mais imprescindível para o cidadão. É inegável a melhoria
da qualidade de vida em muitos aspectos, os avanços nos processos industriais, na
agricultura e na medicina. É também inegável que, ao lado dessas melhorias,
convivemos com índices alarmantes de fome, alastramento de doenças e impactos
ambientais seríssimos.
Torna-se cada vez mais difícil compreender e dialogar com o mundo sem ter
alguma familiaridade com o saber das ciências, sem compreender a ciência e a
tecnologia como fazeres humanos, históricos que guardam relação de mão dupla entre
si e com a sociedade.
A grande maioria das pessoas, embora conviva cotidianamente com produtos
científicos e tecnológicos, pouco reflete sobre os processos envolvidos em sua
criação, produção e distribuição; seja por falta de formação e informação não exercem
opções com autonomia o que impede o exercício da cidadania crítica e consciente.
Desta forma, justifica-se que o ensino de Ciências deve possibilitar a
apropriação do conhecimento científico, de seus conceitos e procedimentos, de modo
a contribuir para a compreensão do mundo e suas transformações, para nos
reconhecermos como parte da Biosfera e como indivíduos que podem nele interferir.
Não tem como função formar cientistas, mas, garantir a todos que se tornem cidadãos
competentes, informados e críticos. O conhecimento sobre a forma como a natureza
se comporta e a vida se processa contribui para que o aluno possa se posicionar
acerca de questões contemporâneas e orientar suas ações de forma mais consciente.
A disciplina de Ciências é privilegiada onde diferentes explicações sobre o
mundo, fenômenos da natureza e transformações produzidas pelo ser humano podem
ser explorados e comparados. É espaço das explicações oferecidas pelos vários
sistemas teóricos, tanto quanto das manifestações espontâneas dos alunos.
O ensino de Ciências deve partir do conhecimento que os alunos possuem,
transformando-o em conhecimento científico e reconstruindo sua realidade dentro do
contexto dos novos conhecimentos.
A disciplina de Ciências favorecerá a compreensão das inter-relações e
transformações manifestadas no meio (local, regional, global), bem como, instigará
reflexões e a busca de soluções a respeito das tensões contemporâneas, como por
exemplo, a preservação do meio ambientes X necessidades oriundas da produção
industrial, a ética X produção científica.
O aluno deve buscar na escola um espaço de construção, diálogo, confronto,
conquista, descoberta, expressão, organização e prazer.
O ensino de ciências tem como desafio promover aos cidadãos a aquisição dos
conhecimentos essenciais ao desenvolvimento de capacidades indispensáveis para se
situarem nesta sociedade e entenderem o que acontece ao seu redor, assumindo uma
postura crítica para intervir.
2-OBJETIVOS GERAIS
• Construir a noção da importância da natureza, do desenvolvimento tecnológico
e social para a vida;
• Valorizar os conhecimentos prévios dos alunos, partindo da realidade sócio-
cultural, levando o estudo científico as condições e realidade de nossos alunos,
observando as necessidades especiais de cada um;
• Identificar as relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e
condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e
compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,
sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas científico-
tecnológicas;
• Compreender a saúde pessoal e ambiental como bens individuais e coletivos
que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
• Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida.;
• Saber cominar leituras, observações, experimentações e registros para coleta,
comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos
e informações;
• Reconhecer que a humanidade sempre se envolveu com o conhecimento da
natureza e que a Ciência, uma forma de desenvolver este conhecimento,
relaciona-se com outras atividades humanas;
• Valorizar a vida em sua diversidade e a conservação dos ambientes;
• Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando
informações sobre a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias
alimentares;
• Compreender a alimentação humana, a obtenção e a conservação dos
alimentos, sua digestão no organismo e o papel dos nutrientes na sua
constituição e saúde;
• Interpretar e divulgar as informações sobre transformações no ambiente
provocada pela ação humana e medidas de proteção e recuperação,
particularmente na região em que vivem, valorizando as medidas de proteção
ao meio ambiente;
• Investigar a diversidade dos seres vivos compreendendo cadeias alimentares e
características adaptativas dos seres vivos, valorizando-os e respeitando-os;
• Reconhecer diferentes fontes de energia utilizadas em máquinas e em outros
equipamentos e as seqüências das transformações que tais aparelhos realizam,
discutindo sua importância social e histórica;
• Participar de debates coletivos para a solução de problemas, colocando suas
idéias por escrito e oralmente e reconsiderando sua opinião em face de
evidências obtidas por diversas fontes de informação;
• Elaborar dieta balanceada para seu próprio consumo, descrevendo o aspecto
cultural presente em sua alimentação, explicando a digestão dos alimentos e a
nutrição do corpo;
• Descrever as etapas do ciclo menstrual e o caminho dos espermatozóides na
ejaculação para explicar a possibilidade de gravidez e a disseminação de AIDS
na ausência de preservativos;
• Compreender o corpo humano e sua saúde como um todo integrado por
dimensões biológicas, afetivas e sociais, relacionando a prevenção de doenças
e promoção de saúde das comunidades a políticas públicas adequadas;
• Compreender as diferentes dimensões da reprodução humana e os métodos
anticoncepcionais, valorizando o sexo seguro e a gravidez planejada;
• Instigar a formação da consciência crítica dos alunos a partir da reflexão sobre a
natureza e a sociedade aproximando-os das questões do seu cotidiano;
• Construir o conhecimento por meio da pesquisa, da observação, da
experimentação e da descoberta;
• Instigar a curiosidade, a criatividade e a observação dos alunos;
• Considerar o desenvolvimento cognitivo e a diversidade cultural dos educandos;
• Contribuir com a formação de cidadãos ativos e críticos, capazes de posicionar-
se frente às situações de seu tempo.
3-OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Compreender que o nosso Planeta teve uma origem, tem um presente e
terá um futuro e que depende de como a humanidade conhece e se
relaciona com o Planeta hoje;
• Compreender a evolução do conhecimento científico nos diferentes
tempos da história da humanidade;
• Estudar as características dos seres vivos, ciclos vitais e da
interdependência que existe entre os seres vivos e entre estes e o
ambiente;
• Discutir as relações entre a humanidade e o ambiente e as conseqüências
dessas relações;
• Salientar que a exploração de recursos naturais energéticos, como o petróleo, o
carvão mineral, o gás natural, a energia elétrica, podem causar poluição
ambiental, desequilíbrio ecológico;
• Abordar os conflitos entre epidemias/ endemias e o atendimento à saúde,
entre as doenças e as condições de higiene proporcionadas à
população, bem como o índice de desenvolvimento humano (D H);
• Entender o significado de saber medir;
• Identificar que nem tudo é pesado (ex, os valores emocionais pios
sentimentos não têm massa);
• Aplicar os conhecimentos prévios sobre medidas, conduzindo a construção do
conceito de grandezas físicas, explorando os instrumentos de medidas mais
conhecidos e usados;
• Abordar de forma clara e acessível aos alunos, como conhecer o próprio corpo
e como solucionar dúvidas freqüentes sobre sexualidade;
• Compreender o Planeta como resultado de uma rede de relações entre sua
parte viva e não viva, num delicado equilíbrio, tecido ao longo de milhões de
anos e que pode ser rompido, num pequeno espaço de tempo, através das
ações humanas;
• Relacionar os grupos de seres vivos com humanos e com outros seres, tratando
tanto das relações patogênicas quanto das relações harmoniosas;
• Mostrar a face interativa da natureza, deixando bem claro que dividir seres vivos
em grupos não significa compartimentar nossos conhecimentos e que todos
os seres vivos estão adaptados ao ambiente, desempenhando o seu papel no
equilíbrio biológico;
• Estudar as diferentes categorias de classificação dos seres vivos, e as
principais regras de nomenclatura científica;
• Compreender se um corpo está parado ou em movimento, utilizando-se o
conceito de referencial;
• Identificar o que faz o corpo entrar em movimento ou cessar o movimento;
• Descobrir que forças atuam sobre um corpo em movimento;
• Entender como utilizar nossos conhecimentos sobre o mundo para desenvolver
os recursos tecnológicos;
• Refletir sobre conceitos de calor, temperatura e energia térmica para
reestruturá-los e aproximá-los dos conceitos científicos;
• Ampliar os conhecimentos com introdução de outros conceitos, como os de
substâncias e misturas; pontos de fusão e Ebulição; massa e volume de uma
substância; a relação entre a massa e volume (densidade); solubilidade e
mecanismos de separação de misturas;
• Destacar que, devido à sua grande capacidade de dissolver substâncias, a água
também pode se contaminar com substâncias tóxicas, tornando-se nociva a
qualquer forma de vida;
• Perceber que órgãos e sistemas funcionam de forma integrada, pois o ser
humano não pode ser compreendido apenas como um ser biológico, somos
também dotados de emoções e da capacidade de construir sociedades e
culturas e de sermos influenciados por elas;
• Retomar o estudo da matéria e da energia e suas transformações com ênfase
na obtenção de matéria e energia pelo ser humano, através da transformação
dos alimentos, e a importância das mesmas para o desempenho das várias
funções de um organismo vivo, no processo de manutenção da vida;
• Perceber que a pele, o muco do sistema respiratório e de alguns sucos de
defesa que agem prevenindo a entrada e a ação de agentes externos
patogênicos;
• Compreender as funções de nutrição e de excreção do organismo; como atuam
na promoção e na conservação da saúde;
• Compreender as funções de nutrição e de excreção do organismo; como atuam
na promoção e na conservação da saúde;
• Perceber como funciona o corpo humano e de que maneira é possível mantê-lo
com saúde;
• Esclarecer que cada estrutura tem uma função e que, em conjunto,
desempenha um importante papel na regulação da maioria das substâncias do
líquido extracelular;
• Perceber o grande número de movimentos periódicos e vibratórios que
podemos observar na natureza e no nosso ambiente;
• Ampliar os conhecimentos a respeito da matéria: suas características e suas
transformações;
• Discutir os fenômenos elétricos básicos, os circuitos elétricos, o magnetismo e o
eletromagnetismo;
• Compreender o Universo e os elementos que os compõem;
• Entender a origem do Universo e consequentemente do sistema Solar e da
Terra.
4- CONTEÚDOS
6º ANO
Universo: origem e evolução.
Sistema solar: origem, formação da Terra. A Terra no espaço.
Astronomia Movimentos terrestres: estações do ano, translação e rotação.
Movimentos celestes: Lua – rotação, translação e revolução.
Astros: Lua, planetas do sistema solar.
Constituição da matéria: o interior da Terra, composição da crosta,
tipos de rocha (fósseis), as placas da litosfera e sua movimentação,
Matéria a deriva continental,solo, água, atmosfera.
Propriedades da matéria: características dos materiais e
estados físicos.
Energia Formas de energia: solar, interior da Terra, água, eólica.
Conversão de energia: transformações químicas e físicas.
Ecossistemas: componentes e organização,
relações alimentares, estratégias de vida, tipos de
Biodiversidade ecossistemas, florestas e matas brasileiras
Evolução dos seres vivos.
Interações ecológicas
7º ANO
Astronomia A Terra antes do surgimento da vida.
Matéria Constituição da matéria: origem da vida
Níveis de organização celular.
Sistemas célula: principais estruturas celulares, células procarióticas e
Biológicos eucarióticas.
Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
Formas de energia: sol, luz, calor.
Energia Conversão de energia: solar, luz, calor.
Transmissão de energia: solar, luz, calor.
Origem da vida: teorias sobre a origem.
Organização dos seres vivos.
Biodiversidade Ecossistemas: ação humana, formação e renovação.
Evolução dos seres vivos.
Sistemática: classificação dos seres vivos, os cinco reinos
e os vírus.
Interações ecológicas: populações, relações
ecológicas, ambiente e saúde
8º ANO
Matéria Constituição da matéria.
Célula: estruturas celulares e suas funções.
Morfologia e fisiologia do ser humano: etapas da digestão, doenças do
Sistemas corpo humano.
Biológicos Níveis de organização: tecidos, órgãos, sistemas.
Mecanisnos de herança genética.
Sexualidade.
Energia Formas de energia: nutrição, vitaminas, carboidratos,
sais minerais, lipídios, proteínas e água.
Evolução dos seres vivos: O ser humano no reino animal, o
Biodiversidade desenvolvimento do cérebro, a comunicação, movimentos e
comportamento humano, saúde e sociedade, drogas, gênero,
violência sexual.
9º ANO
Astronomia Gravitação Universal : Leis de Newton
Constituição da Matéria: Átomos, elementos químicos,
Matéria ligações químicas, Reações, diversidade de substâncias.
Propriedades da matéria: Estados físicos, mudanças de
estados, substâncias,Soluções e separações de misturas.
Formas de energia:
Energia Conversão de energia: calor, temperatura, ondas, som, eletricidade,
Transmissão de energia: magnetismo, movimentos e forças
Conservação de energia:
Biodiversidade Ciclos biológicos: Ciclo do oxigênio, carbono, enxofre, nitrogênio e
água.
Sistemas biológicos Compostos orgânicos:
5- METODOLOGIA:
Educar não é uma tarefa fácil, principalmente, quando necessitamos de um
“currículo centrado no desenvolvimento, na construção, na experiência da igualdade
democrática” como afirma LUCKESI (2000).
É oportuno, inicialmente, destacar que o processo de ensino e aprendizagem se
desenvolve ao longo da vida de um indivíduo, e que nos dias de hoje, precisamos
estar em constante aprofundamento e atualização, considerando que estamos
inseridos em uma sociedade em constante evolução tecnológica. Assim sendo, o
avanço tecnológico exerce o papel dominante na sociedade, atingindo, também o
papel da escola.
Nos deparamos constantemente com inúmeras inovações, que se processam a
uma velocidade difícil de acompanhar. Os desafios estão postos pelos avanços
tecnológicos, que aceleram as pesquisas em diversos campos do conhecimento.
Determinados segmentos da sociedade, por sua vez, tentam acompanhar essa
trajetória veloz da Ciência, investindo em equipamentos, meios de comunicação e
demais multimeios, adequando-se ao mundo contemporâneo. È imprescindível,
também, que a escola, por meio do ensino de ciências, privilegie o conhecimento das
novas tecnologias, que diariamente participam ou intevém na vida dos alunos.
A disciplina pretende investigar e pesquisar, através de ações desafiadoras, os
conhecimentos científicos, abordando assuntos atuais, no contexto local, estadual,
nacional, mundial e universal. A referida disciplina deve priorizar metodologias de
pesquisa científica, de caráter investigatório e exploratório, oportunizando aos alunos
situações concretas de aprendizagem, bem como, discussões e questionamentos que
suscitem uma reflexão mais apurada sobre as inovações no campo da Ciência e da
realidade social, incluindo aspectos políticos, éticos, educacionais, ambientais e
econômicos.
Através de aulas práticas espera-se que os educandos compreendam e reflitam
as noções e conceitos pertinentes aos fenômenos em estudo. O conhecimento pelos
mesmos dos materiais utilizados em uma prática, bem como, sua origem,
funcionalidade e composição química, é de grande relevância.
Outros aspectos metodológicos a serem utilizados são os áudio visuais
envolvendo período de discussão pré e pós-atividade facilitando a construção e a
ampliação de conceitos e a informática e a TV pen-drive como fonte de dados e
informações. A metodologia consistirá em primeiro lugar, em fazer que o educando leia
o mundo em que vive, tendo o professor o papel da mediação.
É relevante também fazer aulas em campo, trilhas para conhecer a vegetação,
relevo e solo, técnicas para melhorar a agricultura, utilização de matéria-prima típica
da região e sua transformação (ex: leite: iogurte, queijos, etc.) visando uma
comunidade auto-sustentável, valorizando o homem do campo.
A DCE de Ciências prevê as relações contextuais tecnológicas, social, cultural,
ética e política, sendo assim se insere neste contexto a Lei 10.639/03-História e
Cultura Afro-Brasileira; Lei 13.381/01-História do Paraná; Lei 9.795/99-Educação
Ambiental, sexualidade, violência e drogadição.
Como se visa uma aprendizagem ativa, essas abordagens devem ser feitas
através de atividades elaboradas para provocar a especulação, a construção e a
reconstrução de idéias. Uma estratégia metodológica que tem sido recomendada é a
abordagem que discuta aspectos sócio-científicos, ou seja, questões ambientais,
políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais relativas à ciência e à tecnologia.
Dessa forma, as atividades, além da coleta de dados, devem enfatizar a análise
destes, para que através de trabalhos e discussões em grupo se possa atingir
conceitos e a sensibilização para um comprometimento com a vida no planeta.
6- AVALIAÇÃO:
A avaliação estará diretamente relacionada às temáticas discutidas e à
metodologia adotada. Com isso, a avaliação permitirá diagnosticar e identificar as
dificuldades dos alunos, possibilitando a partir daí uma intervenção pedagógica capaz
de promover a aprendizagem significativa. A avaliação, portanto, se processará de
forma contínua, dinâmica e progressiva.
Ao se pensar sobre o processo de avaliação, faz-se necessário considerar os
seguintes aspectos:
A clareza sobre a concepção de ciências que orienta a fundamentação teórica,
bem como, de ensino, de escola e do seu projeto pedagógico.
O entendimento da construção do conhecimento científico como histórica,
evolutiva, e contextualizada.
A concepção do processo de ensino e aprendizagem que parte do
conhecimento prévio do educando e da intermediação do professor.
Num processo de avaliação, deve-se considerar ainda:
• A inserção gradual de conceitos construídos pela Ciência e sua utilização
em situações do cotidiano do aluno;
• As inter-relações estabelecidas pelos alunos dentro do ambiente escolar
e do seu contexto social;
• A manifestação da curiosidade e do interesse do aluno;
• A coleta, sistematização e interpretação de dados a partir das
observações realizadas;
O processo avaliativo da disciplina Ciências e Pesquisa serão realizados ao
longo do desenvolvimento das atividades pedagógicas, devendo-se privilegiar o
diálogo nas relações estabelecidas entre os diversos sujeitos envolvidos, o
conhecimento e a diversidade cultural, bem como a interação entre a ação e a
reflexão.
O professor poderá fazer uso de diversos instrumentos avaliativos com intenção
de diagnosticar os avanços apresentados pelo aluno. Dentre os instrumentos podemos
sugerir entrevistas, pesquisas, construção de modelos, provas escritas, interpretação
de dados coletados, trabalhos de campo, registros de observação ou outras produções
escritas, que podem ser realizadas individual e/ou coletivamente.
A avaliação não se destina somente ao educando, mas também, ao processo
de ensino e aprendizagem, ao educador, ao estabelecimento de ensino, ao sistema,
enfim, a todas as esferas envolvidas no processo. Dessa forma, “A avaliação (...)
também é um instrumento do controle do processo educacional: o êxito ou o fracasso
nos resultados de aprendizagem dos alunos é um indicador do êxito e do fracasso do
próprio processo educacional para conseguir os seus fins”.(COLL, 2001, PG. 149).
7- BIBLIOGRAFIA :
- ALVARENGA,J ;GOMES, W; PEDERSOLI,J Ciências Naturais do dia-a-dia,
Curitiba, Positivo,2004.
-DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL DA REDE DE
EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, Ensino Fundamental de Ciências.
Curitiba: SEED, 2008.
-DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES
ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-
BRASILEIRA e AFRICANA, 2004.
-DIAS, Genebaldo Freire. Atividades Interdisciplinares de Educação Ambiental.
São Paulo: Global/Gaia,1994.
-DIAS, Genebaldo Freire. Iniciação à temática Ambiental. São Paulo: Gaia,2002.
-LUCKESI, Cipriano C.. Avaliar não é julgar o aluno. Jornal do Brasil. RJ, 30 de
jul.2000.
-WEISSMANN, Hilda. Didática das ciências naturais, Porto Alegre, Artmed,1998.
6.3 DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA:
1- APRESENTAÇÃO
A Educação Física, em seu processo histórico, no Brasil, serviu como
instrumento de ideologias das classes dominantes, classificadas da seguinte maneira:
Educação Física higienista, no período de 1930, onde seu objetivo principal era a
formação de homens saudáveis; Educação Física militarista, no período de 1930 à
1945, onde a força humana para a proteção da Pátria era o principal foco influenciada
pelos militares; Educação Física Pedagogicista numa proposta educativa no período
de 1945 à 1964; Educação Física competitivista, visando a formação de atletas no
período de 1964 à década de 80 e nos dias de hoje, a Educação Física popular onde
os trabalhadores passaram a influenciar a prática de atividades recreativas. ( Soares,
2004,p,70)
O que devemos evidenciar é que no período pós-guerra, a pratica de atividades
físicas nas escolas públicas brasileiras é marcada pela supremacia dos esportes,
cultuados de forma mecânica e tecnicista, com o objetivo final o rendimento, que
acabavam por excluir e inibir a maioria dos alunos.
Esta prática competitivista fortemente influenciada durante o auge do regime
militar decorre até os dias de hoje sem que seja dado um tratamento histórico e
pedagógico significativo ao assunto.
Por este motivo busca-se hoje, uma proposta pedagógica que forme sujeitos
capazes de decidir com autonomia, de dialogar junto à sociedade com clareza e
coerência, bem como a capacidade de refletir sobre a sua condição humana,
considerando a superação e a transformação por uma vida digna, pois o processo de
construção do conhecimento possibilita a formação continuada do sujeito crítico em
todas as suas dimensões.
2- OBJETIVOS GERAIS
• Identificar, pesquisar, discutir e analisar a construção do conhecimento a
partir do processo teórico-prático, explorar a expressão corporal como
um todo, permitindo a aquisição de conhecimentos, habilidades, atitudes
e hábitos que lhe permitam melhorar a amplitude do movimento.
• Proporcionar meios adequados capazes de estimular a prática da
atividade física, consciente e espontânea, pautada no processo físico no
âmbito escolar e assim formar o cidadão crítico-superador como meio de
relação com os outros no mundo que o cerca.
• Construir uma identidade corporal dentro do sentido mais amplo e
complexo, atraves das diversas experiencias formativas, indo alem da
vida escolar e se refletindo em toda a vida social.
• Oportunizar uma maior valorização da cultura como lugar de produção de
sentido e de potencialização da riqueza da experiencia humana.
3- OBJETIVOS ESPECIFICOS
• Entender o corpo nas suas dimensões biológicas, histórica, cultural e social e
em todas as possibilidades de sua manifestação;
• Reconhecer os limites e as possibilidades do corpo, utilizando o movimento
como subsidio para este reconhecimento;
• Entender as origens dos diferentes esportes, as suas mudanças na história e
como acontecem os fenômenos de massa;
• Compreender o sentido da competição esportiva, utilizando essa manifestação
corporal para refletir sobre os valores: companheirismo, respeito, etc.;
• Utilizar o esporte como uma possibilidade de atividade corporal, aprendendo
nos seus fundamentos, técnicas, táticas e regras, as formas de convivência
humana;
• Conhecer as diversas formas de ginástica, e os seus princípios básicos, como
também as culturas da rua, do circo, e outras;
• Aprender através de jogos brincadeiras e brinquedos construindo coletivamente
estas diversas manifestações, relacionando com as brincadeiras tradicionais;
• Demonstrar as suas emoções através das manifestações expressivas como:
teatro, dança, etc.
4- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO FUNDAMENTAL
(6º e 7º ANOS)
ESPORTES
(Coletivos e individuais)
GINÁSTICA
(Ginástica rítmica, circense e geral)
DANÇA
(Danças folclóricas, de rua e geral)
DIVERSIDADE CULTURAL ( cultura afro- descendente)
JOGOS E BIRNCADEIRAS
(Jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e cantigas de roda, jogos de tabuleiro e
jogos cooperativos)
( 8º E 9º ANO)
ESPORTES
(Coletivos e individuais)
GINÁSTICA
(Ginástica rítmica, circense e geral)
DANÇA
(Danças criativas e circulares)
JOGOS E BIRNCADEIRAS
(Jogos e brincadeiras populares, jogos de tabuleiro e jogos dramáticos e cooperativos)
LUTAS em geral (Lutas com instrumento mediador e capoeira)
DIVERSIDADE CULTURAL ( cultura afro- descendente)
ENSINO MÉDIO
(1º, 2º e 3º ano)
ESPORTES
Futebol
Futsal
Handebol
Voleibol
Basquetebol
Atletismo
Tênis de mesa
Xadrez
GINÁSTICA
Ginástica artística
Ginástica de academia
Ginástica natural
DANÇA
Danças de salão
Danças folclóricas
Danças de rua
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos dramáticos e de interpretação
Jogos cooperativos
Jogos de raquete e peteca
Jogos de tabuleiro
LUTAS
Lutas em geral
DIVERSIDADE CULTURAL ( cultura afro- descendente)
5- METODOLOGIA
A proposta de trabalho apresentada na obra de Elenor Kunz (abordagem crítico
-emancipatória) apresenta um referencial sobre o propósito de ministrar nossas aulas
a partir de uma nova perspectiva.
A cultura corporal de movimento, que dá especificidade à ação pedagógica da
Educação Física, pode ser trabalhada de várias maneiras, tornando os conteúdos
contemplados nos currículos mais interessantes e significativos a partir do método
utilizado durante as abordagens (KUNZ, 2003).
As considerações que devem ser feitas acerca de um tema escolhido para uma
aula de Educação Física deve inicialmente apontar para uma lista de conteúdos
previamente selecionados coerentemente com a realidade da escola e de seu público
em questão, provocando uma leitura da realidade daquilo que se produziu cultural e
historicamente, onde o aluno possa perceber a inter-relação entre o conhecimento da
prática social concreta para o conhecimento crítico-teórico retornando novamente à
prática social.
É possível, a partir dessa proposta metodológica que o aluno veja sentido em
sua capacidade de analisar, agir e reagir diante de uma perspectiva de transformação
da realidade social, com um olhar crítico, que lhe permita perceber as relações de
poder que se constituem e ter uma postura reflexiva, dando-lhe autonomia para que
faça suas opções sob os mais variados temas que se apresentam nas esferas
'políticas e sociais.
É possível ainda, utilizar-se de situações problema, pesquisa e outras
metodologias que poderão contribuir no processo ensino aprendizagem.
Aulas teóricas expositivas e dialogadas, leitura, análise e discussão de textos;
utilização de ferramentas de ferramentas de mídia, Web televisiva, aulas práticas
(atividades lúdicas e direcionadas, relacionadas ao conhecimento obtido em sala de
aula), onde são vivenciadas as expressões corporais através de eventos recreativos e
esportivos e ainda trabalhos individuais e em grupo, pesquisas de campo, visitas
técnicas, análises e reflexões, envolvendo a compreensão das práticas.
6- AVALIAÇÃO
Em uma visão crítica, alunos e professores participam efetivamente do processo
ensino aprendizagem e da avaliação. É possível então trazer para a sala de aula
novas formas de organização do trabalho pedagógico que possibilitem novas relações
entre alunos e professores.
A avaliação do ponto de vista crítico não pode ser instrumento de exclusão dos
alunos, portanto, deve ser democrática, favorecendo o desenvolvimento da
capacidade do aluno de apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais e
tecnológicos produzidos historicamente e deve ser resultante de um processo de
avaliação diagnóstica. Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o
trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa, que envolva o ensino e
aprendizagem (LIMA, 2002).
A avaliação como ponto de referência é um processo constante de
acompanhamento do educando na sua caminhada de construção do conhecimento, ou
seja, ela deve ser realizada de forma contínua, um processo contínuo de verificação
de ganhos obtidos, quando considerada dessa forma, a avaliação engloba dois pontos
fundamentais: primeiro, onde ela é um processo dinâmico que qualifica e oferece
subsídios ao projeto político-pedagógico, segundo, onde ela imprime uma direção às
ações dos professores e dos alunos.
A disciplina de Educação Física tem a oportunidade de oferecer vários recursos
de avaliação, sejam eles de forma teórica ou durante a prática das atividades, onde as
formas de participação são variadas: trabalhos individuais e em grupo, seminários,
entrevistas, provas orais, objetivas, etc.
7- REFERÊNCIAS
BRASIL, Lei 9394/96 (diretrizes e bases de educação nacional)
_________., Ministério da Educação, Diretrizes Curriculares para a Educação Básica:
Educação Física.
Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica- Secretaria do
estado da Educação- SEED – Curitiba 2006
KUNZ, E. Didática de educação física. Ijuí/RS, Ed.: Unijuí, v. 1, 2003.
SOARES, Carmem Lúcia. Educação física: raízes européias e Brasil. 3 ed., Campinas:
Autores Associados, 2004.
LIMA, E.S. Avaliação na escola. São Paulo, Sobradinho 107, 2002.
6.4 DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
1- APRESENTAÇÃO:
O homem está em constante procura do sagrado e nele deposita muita
confiança, seus sonhos, questiona sua existência (de onde vim? - para onde vou?).
Assim sendo, a disciplina de Ensino Religioso permite que os educandos
possam refletir e entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e como
se relacionam com o sagrado, sendo agentes críticos da própria existência, através do
desenvolvimento intuitivo, consciente, crítico, social e participativo.
Diante das demandas sociais contemporâneas que exigem a compreensão ampla da
diversidade cultural, posta também no âmbito religioso entre os países e, de forma
mais restrita, no interior de diferentes comunidades, nunca, como no presente, a
sociedade esteve consciente da unidade do destino do homem bem como de todo o
planeta e das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade. Sendo assim,
as religiões interessam como objeto de conhecimento a ser tratado nas aulas de
Ensino Religioso onde as diferenças culturais são abordadas para ampliar a
compreensão da diversidade religiosa.
Segundo Costella “... aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é
objeto de estudo. Isto supõe a distinção entre fé/crença e religião, entre o ato subjetivo
de crer e o fato objetivo que expressa. Essa condição implica a superação da
identificação entre religião e igreja, salientando sua função social e o seu potencial de
humanização das culturas. Por isso, o Ensino Religioso na escola pública não pode
ser concebido, de maneira nenhuma, como uma espécie de licitação para as
Igrejas”(In: DCE, p.23,2006) mas como uma forma de levar o educando a
compreender o universo místico através do estudo e da compreensão da diversidade
religiosa que o circunda.
2- OBJETIVOS:
• Refletir sobre as diferenças como enriquecedoras da cultura, analisando
o fenômeno religioso a partir da realidade vivida.
• Relacionar os novos saberes aos já adquiridos numa perspectiva de
compreensão, leitura e análise sobre diferentes fenômenos sócio-
culturais do sagrado.
• Ajudar o aluno a compreender as novas realidades religiosas que
o cercam, a fim de entender a linguagem simbólica, rituais, e as
festividades das diversas religiões, templos.
• Reconhecer a importância das organizações religiosas, valorizando a
liberdade de interpretação perante o sagrado, bem como as diversidade
cultural.
• Reconhecer a identidade religiosa de um povo com base em templos,
construções e imagens sagradas.
3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Apropriados das instancias que contribuem para compreender o sagrado, os
conteúdos estruturantes para o Ensino Religioso são;
• a paisagem religiosa;
• o símbolo; e
• o texto sagrado.
4- CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
6º ANO
*O Ensino Religioso na escola Pública
Esclarecimentos acerca de algumas questões importantes para a disciplina:
• as orientações legais;
• os objetivos: e
• as principais diferenças entre aulas de Religião e Ensino Religioso como
disciplina Escolar.
*Respeito à diversidade religiosa
Instrumentos legais que buscam assegurar a liberdade religiosa:
• Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito á
Liberdade Religiosa;
• Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão;
• Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas; e
• Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
*Lugares sagrados
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de
reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes
locais:
• lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras etc; e
• lugares construídos: templos, cidades sagradas etc.
*Textos sagrados orais e escritos
• Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas diferentes
culturas religiosas:
• Literatura oral e escrita: cantos, narrativas, poemas, orações e outros. Exemplo;
tradições orais africanas, afro-brasileiras e ameríndias, alcorão (islamismo), vedas
(hinduísmo) etc.
*Organizações religiosas
Organizações religiosas mundiais e regionais que compõem os sistemas
religiosos de modo institucionalizado, estão: o budismo (Sidarta Gautama), o
cristianismo (Cristo), confucionismo (Confúcio), o espiritismo (Allan Kardec), o taoísmo
(Lao Tse) etc.
• os fundadores e/ ou líderes religiosos: e
• as estruturas hierárquicas.
7º ANO
*Universo simbólico religioso
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores, textos:
• nos ritos;
• nos mitos;
• no cotidiano.
*Ritos
São celebrações das tradições e manifestações religiosas formadas por um conjunto
de rituais.
• ritos de passagem;
• mortuários;
• propiciatórios, entre outros.
Exemplos: dança (Xire), Candomblé, Kiki (Kaingang, ritual fúnebre), Via sacra, festejo
indígena de colheita, etc.
*Festas religiosas
São os eventos realizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos:
confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup (indígena),
festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.
*Vida e Morte
As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas
tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
• o sentimento da vida nas tradições/manifestações religiosas e sua relação com
o sagrado;
• reencarnação;
• ressurreição – ação de voltar à vida
• Além da morte: ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos
antepassados que se tornam presentes, e outras.
5- METODOLOGIA:
Uma das inovações propostas pelas Diretrizes Curriculares é a abordagem dos
conteúdos de Ensino Religioso, tendo como objeto de estudo o sagrado.
O trabalho com os conteúdos específicos deve ser orientado a partir de
manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco
conhecidas dos alunos, para que depois sejam trabalhados os conteúdos relativos a
manifestações religiosas mais comuns, do universo cultural da comunidade.(DCE,
p.33)
“Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e
dialoga com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem
desse conhecimento em sua prática social cotidiana. Sugere-se que o professor faça
um levantamento de questões ou problemas envolvendo essa temática para que os
alunos identifiquem o quanto já conhecem a respeito do conteúdo, ainda que de forma
caótica. Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido em aula está,
de alguma forma, presente na prática social dos alunos.
Num segundo momento didático propõe-se a problematização do conteúdo.
Essa etapa pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo
à vida do educando. É o momento da mobilização do aluno para a construção do
conhecimento”.(DCE, 2008, 65)
Para a apropriação do conhecimento, entre outras coisas, faz-se necessário
valer-se do saber popular, dos acontecimentos do dia a dia, analisando-os a partir de
valores tidos como fundamentais pelos seres humanos dentro de uma perspectiva
religiosa.
No desenvolvimento das aulas de Ensino Religioso poder-se-á propor aos
alunos, com o intuito de definir diversidade, atividades como criação de painéis e
cartazes, utilização de foto-colagem, pesquisas, elaboração de textos individuais e
coletivos. Sendo que o objetivo das atividades, não é verificar que religião é mais forte
ou a com menos representantes, mas acentuar a reflexão a respeito da liberdade
religiosa no Brasil e a expressão dessa religiosidade de formas diversas. O propósito é
que aprendamos a respeitar a diversidade, pois segundo Nelson Mandela, ninguém
nasceu odiando o outro por ser diferente, sendo assim, porque não ensinar a amar?
Convém destacar que todo o conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino
Religioso contribuirá para superar o preconceito à ausência ou à presença de qualquer
crença religiosa; para questionar toda forma de proselitismo, e para aprofundar o
respeito a qualquer expressão do sagrado.(DCE, p.33)
Torna-se importantíssimo destacar que os conteúdos a serem ministrados nas
aulas de Ensino Religioso não têm o compromisso de legitimar uma manifestação do
sagrado em prejuízo de outra, porque a escola não é um espaço de doutrinação nem
de evangelização, de expressões de ritos, símbolos, campanhas e celebrações. Para
corresponder a esse propósito, a linguagem a ser adotada nas aulas de Ensino
Religioso, referente a cada expressão do sagrado, é a pedagógica e não a religiosa, é
a adequada ao universo escolar. (DCE, p.33)
É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e à opção religiosa do
educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão aspectos
reconhecidos como pertinentes ao universo do sagrado e da diversidade sociocultural.
6- AVALIAÇÃO:
“A avaliação na disciplina de Ensino Religioso não ocorre como na maioria das
disciplinas. O Ensino Religioso não constitui objeto de aprovação ou reprovação nem
terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, por seu caráter
facultativo de matrícula na disciplina. Assim, cabe ao professor implementar práticas
avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação do conhecimento
pelo aluno e pela classe, cujo parâmetro são os conteúdos tratados e os seus
objetivos”(DCE, p. 34).
Sendo, portanto, um instrumento para identificar os progressos obtidos na
disciplina, o Ensino Religioso segue parâmetros de avaliação visando a qualidade e
capacidade de discernir e vivenciar atitudes e valores de forma individual e também no
social e comunitário.
As atitudes e vivências estão vinculadas ao senso do sagrado com base em
valores como: liberdade, justiça, responsabilidade, respeito, sabedoria e criatividade.
Por isso, pode-se utilizar como critério de avaliação atividades como criação de painéis
e cartazes, utilização de foto-colagem, pesquisas, elaboração de textos individuais e
coletivos, analisando a apreensão de conceitos referentes ao contexto estudado.
7-BIBLIOGRAFIA:
COSTELLA, D. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In:
JUNQUEIRA,S.; WAGNER, R. (Orgs.) O ensino religiosos no Brasil. Curitiba:
Champagnat, 2004.
DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO PARA A EDUCAÇÃO
BÁSICA
ELIADE, M. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins
Fontes, 1998.
HEERDT, Mauri. O Universo Religioso: as grandes religiões e tendências atuais. São
Paulo: Mundo e Missão, 2008.
6.5 DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
1-APRESENTAÇÃO
De acordo com as Diretrizes curriculares “o objeto de estudo da Geografia é o
espaço geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado pelas
sociedades, composto pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais
e técnicos - e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas”.
Com base nisso, a Geografia é uma forma de compreender o mundo em que
vivemos. Por meio desse estudo, podemos entender melhor o local em que moramos
– seja uma cidade, seja uma área rural- e o nosso país, assim como os demais países.
O campo de preocupações da Geografia é o espaço da sociedade humana, onde
homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo, produzem modificações que o
(re)constroem permanentemente. Indústrias, cidades, agricultura, rios, solos, climas,
populações: todos esses elementos – além de outros- constituem o espaço geográfico,
isto é, o meio ou a realidade material em que a humanidade vive e do qual é parte
integrante.
Tudo nesse espaço depende do ser humano e da natureza. Esta última é fonte
primeira de todo o mundo real. A água, a madeira, o petróleo, o ferro, o cimento e
todas as outras coisas que existem nada mais são do que aspectos da natureza. Mas
o ser humano re-elabora esses elementos naturais ao fabricar o plástico com o
petróleo, ao represar rios e construir usinas hidrelétricas, ao aterrar os pântanos e
edificar cidades, ao inventar velozes aviões para encurtar as distâncias. Assim, o
espaço geográfico não é apenas o local de morada da sociedade humana, mas
principalmente uma realidade que a cada momento é (re)construída pela atividade do
ser humano.
As modificações que a sociedade humana produz em seu espaço são hoje
mais intensas que no passado. Tudo o que nos rodeia se transforma rapidamente.
Com a interligação entre todas as partes do globo e com o desenvolvimento dos
transportes e das comunicações, passa a existir um mundo cada vez mais unitário.
Pode-se dizer que em nosso planeta, há uma única sociedade humana, embora seja
uma sociedade plena em desigualdades e diversidades. Os “mundos” ou sociedades
isoladas, que viviam sem manter relações com o restante da humanidade, cederam
lugar ao espaço global da sociedade moderna.
Na atualidade, não existe nenhum país que não dependa dos demais, seja
para o suprimento de parte das suas necessidades materiais, seja pela
internacionalização da tecnologia, da arte, dos valores, da cultura. Uma guerra civil,
fortes geadas com perdas agrícolas, a construção de um novo tipo de computador, a
descoberta de enormes jazidas petrolíferas, enfim, um acontecimento importante que
ocorra numa parte qualquer da superfície terrestre provoca repercussões em todo o
conjunto do globo. Muito do que acontece em áreas distantes acaba nos afetando de
uma forma ou de outra, mesmo que não tenhamos consciência disso. Não vivemos
mais em aldeias relativamente independentes, como nossos antepassados
longínquos, mas num mundo independente e no qual as transformações se sucedem
numa velocidade acelerada.
Parafraseando as Diretrizes Curriculares “o ensino da Geografia deve assumir
o quadro conceitual das abordagens críticas dessa disciplina, que propõe a análise
dos conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais e políticas constitutivas de
um determinado espaço”.
Para nos posicionarmos inteligentemente em relação a esse(s) espaço(s),
temos de conhecê-lo bem. Para nele vivermos de forma consciente e crítica, devemos
estudar os seus fundamentos, desvendar os seus mecanismos. Ser cidadão pleno em
nossa época significa antes de tudo estar integrado criticamente na sociedade,
participando de maneira ativa de suas transformações. Para isso, devemos refletir
sobre o nosso mundo, compreende-lo do âmbito local até os âmbitos nacional e
planetário. E a Geografia é um instrumento indispensável para compreender-mos essa
reflexão, que deve ser a base da nossa atuação no mundo.
2-CONTEÚDOS
6º ANO
*Paisagem, espaço e lugar
*O trabalho e a transformação do espaço geográfico
*Orientação no espaço geográfico
*Localização no espaço geográfico
*O planeta Terra
*A origem da Terra
*Como se formaram os continentes da Terra
*Terra em movimento: placas tectônicas, vulcões e terremotos
*Os continentes
*Ilhas oceânicas e ilhas continentais
*Os oceanos e as mares
*A água nos continentes
*As principais formas do relevo terrestre
* Os processos de formação e transformação do relevo
*O relevo brasileiro
*A importância dos rios e as bacias hidrográficas do Brasil
*O clima
*Os climas da Terra e do Brasil
*As grandes paisagens vegetais da Terra
*A vegetação brasileira
*O espaço rural e suas paisagens
*Problemas ambientais no campo
*O espaço urbano e suas paisagens
*Os principais problemas urbanos no Brasil
*Atividades econômicas e recursos naturais
*O extrativismo
*A agricultura
*A pecuária
*Atividades econômicas: Indústria, comércio e prestação de serviços
Permeando os conteúdos conforme a Lei nº 10.639/03 “História e cultura
afro-brasileira e africana, lei estadual nº 13.381/01 História do Paraná, e Lei do
Meio-Ambiente”.
7º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos
Dimensão econômica do espaço
*Formação do território brasileiro
*Localização do território brasileiro
geográfico
Dimensão Política do espaço
geográfico
Dimensão cultural demográfica do
espaço geográfico
Dimensão sócioambiental do
espaço geográfico
*Regionalização do território
*Brasil: regiões e políticas regionais
*Brasil: população - quantos somos e onde vivemos
*Diversidade da população brasileira
*Os movimentos migratórios no Brasil
*A população e o trabalho no Brasil
*Urbanização e industrialização do Brasil
*Rede urbana, problemas sociais e ambientais urbanos
*O uso da terra no meio rural brasileiro
*A concentração de terras e os conflitos no campo
*Região Norte: apresentação e aspectos físicos
*Exploração e ocupação da Região Norte
*Ocupação e devastação na Amazônia Legal
*O desenvolvimento sustentável e as comunidades tradicionais
*Nordeste: aspectos físicos
*Nordeste: ocupação e organização do espaço
*As sub-regiões do Nordeste
*Nordeste: espaço geográfico atual
*Região Sudeste: Aspectos físicos
*A ocupação do Sudeste
*Sudeste: organização atual do espaço
*A economia do Sudeste
*Região Sul: aspectos físicos
*A ocupação e a organização do espaço sulista
*Aspectos da população da Região Sul
*A Economia da Região Sul;
*Região Centro-Oeste: Aspectos físicos
*Impactos ambientais no Cerrado e no Pantanal
*Centro-Oeste: expansão do povoamento
*Centro-Oeste: crescimento econômico
* Permeando os conteúdos conforme a Lei nº 10.639/03 “História e cultura
afro-brasileira e africana, lei estadual nº 13.381/01 História do Paraná, e Lei
do Meio-Ambiente”.
8º ANO
*O mundo dividido: países capitalistas e socialistas.
*Regionalização pelo nível de desenvolvimento.
*Países do Norte e países do Sul.
*Regionalização de acordo com o IDH
*A economia mundial atual.
Características da economia global;
*As transnacionais.
*Os financiadores da economia mundial.
*Os blocos econômicos.
* Localização e regionalização da America.
*A formação histórica do continente America.
* Relevo e hidrografia da América.
*Clima e vegetação da América.
*A população da América
*Atividades do setor primário na América
*O desenvolvimento do setor secundário
*O crescimento do setor terciário
*Estados Unidos: território e população
*Estados Unidos: potência econômica e militar
*Canadá: o maior país da América
*México: entre os países ricos e os países pobres
*América Central: continental e insular
*Guiana, Suriname e Guiana Francesa
*América Andina: Chile, Bolívia, Peru, Venezuela, Equador e Colômbia
*América Platina: Paraguai, Uruguai e Argentina
Aspectos gerais;
*Política externa brasileira
*Brasil: potência regional
*O Brasil e as organizações internacionais
*O Brasil no mundo globalizado
A globalização da economia brasileira.
* Permeando os conteúdos conforme a Lei nº 10.639/03 “História e cultura afro-
brasileira e africana, lei estadual nº 13.381/01 História do Paraná, e Lei do Meio-
Ambiente”.
9º ANO
*Estado, Nação, Território e País.
*As grandes guerras e a Guerra Fria.
*Conflitos : as razões e os principais focos.
*Terrorismo.
*A globalização e seus efeitos.
*Globalização e meio ambiente.
*Globalização e Organizações Econômicas.
* Globalização e direitos humanos.
*Quadro natural e problemas ambientais.
*A população européia.
*A União européia.
*Europa Oriental e o Socialismo
* A crise do socialismo e o fim da bipolarização
*A CEI (Comunidade de Estados Independentes).
* Europa Oriental: economia e sociedade..
*Ásia: um continente de contrastes.
*A população da Ásia.
*A economia do continente Asiático.
*Asia: berço das maiores.
*Rússia: um país em transição.
O Japão e os Tigres Asiáticos.
*China: um universo dentro do mundo.
*Índia: tradição e modernidade.
*Quadro natural e regionalização da África.
*Economia africana.
*As fronteiras da África.
*Fome, doenças e conflitos na África.
*Oceania: apresentação.
*Austrália e Nova Zelândia.
*As regiões ártica e antártica: os extremos da terra.
* Os desafios da Ciência nas regiões polares.
* Permeando os conteúdos conforme a Lei nº 10.639/03 “História e cultura afro-
brasileira e africana, lei estadual nº 13.381/01 História do Paraná, e Lei do Meio-
Ambiente”.
CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO
1° Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos
Dimensão econômica do espaço
geográfico
Dimensão Política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do
espaço geográfico
Dimensão sócioambiental do espaço
geográfico
*Astronomia;
*Coordenadas Geográficas;
*Cartografia;
*Noções de orientação;
*Geologia;
*Hidrografia;
*Clima/tempo;
*Formações vegetais.
* Permeando os conteúdos conforme a Lei nº 10.639/03 “História e cultura afro-brasileira e
africana, lei estadual nº 13.381/01 História do Paraná, e Lei do Meio-Ambiente”.
2º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão Política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do espaço
geográfico
*Demografia;
*Urbanização;
*Transportes;
*Extrativismo.
* Permeando os conteúdos conforme a Lei nº 10.639/03 “História e cultura afro-brasileira e
africana, lei estadual nº 13.381/01 História do Paraná, e Lei do Meio-Ambiente”.
3º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos
Dimensão econômica do espaço
geográfico
Dimensão Política do espaço
geográfico
Dimensão cultural demográfica do
espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço
*Industrialização;
*Agricultura e pecuária;
*Globalização;
*Geografia do Paraná.
* Permeando os conteúdos conforme a Lei nº 10.639/03 “História e cultura afro-brasileira e
africana, lei estadual nº 13.381/01 História do Paraná, e Lei do Meio-Ambiente”.
geográfico
3- METODOLOGIA
A Geografia é a disciplina que permite decodificar a realidade sob o olhar
espacial, na medida em que o aluno contrapõe o conhecimento cientifico. Ler o mundo
da vida, ler o espaço e compreender que as paisagens que podemos ver são resultado
da vida em sociedade, dos homens na busca da sua sobrevivência e da satisfação das
suas necessidades. O papel fundamental da Geografia é trabalhar o espaço
geográfico, utilizando-se das informações da própria realidade, de modo especial,
considerando o espaço vivenciado e visível. Este é o momento de concretizar e
complexificar a busca da identidade do aluno e a sua situação no mundo social. Para
fazê-los se entenderem como determinados e determinantes do/no espaço, cabe
também aos professores se comprometer como determinados/determinantes no
espaço social e, particularmente, no espaço da escola.
Nesse contexto, é preciso aproximar o aluno da sua própria realidade, fazer relações
para que eles possam, a partir daí, interpretar diferentes realidades. Com essa
abordagem local, fica mais fácil, posteriormente compreender fenômenos que ocorrem
em uma escala mais ampla. É preciso mostrar que há muito mais que conteúdos a
serem transmitidos, mas sim concepções de “mundo” a serem criadas e reformuladas
no ambiente escolar. Por isso é tão importante que o conteúdo se torne significativo
para os alunos.
Sendo assim é essencial buscar o diálogo para intermediar os diferentes temas,
para que se compreenda a grandeza e a riqueza da vida e o respeito à especificidade
da disciplina. Além disso, é importante criar e recriar outras metodologias e formas de
vivências, apresentando como pressuposto que o conhecimento é construído pela
humildade de aprender e de reaprender a cada dia e pela participação de cada um
nessa construção. Acreditando na premissa de que a escola é um lugar específico e
privilegiado para educar de forma coerente e cidadã, esse pode ser o espaço onde a
Geografia possa ser construída com leveza e sutilidade, além da criatividade
necessária para o desenvolvimento e crescimento humano, possibilitando a produção
de saberes que conduzem à transformação do vivido. Essas possibilidades não podem
ser desperdiçadas, pois a escola deve possibilitar situações para que o educando
desenvolva a sua autonomia, adquirindo criticidade para se posicionar diante dos
desafios.
4- AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser compreendida como elemento integrador entre a
aprendizagem e o ensino, o que envolve múltiplos aspectos:
• o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da
melhor forma;
• a obtenção de informações sobre temas de conhecimentos;
• a reflexão contínua do educador e sobre sua prática educativa;
• a conscientização dos avanços, dificuldades e possibilidades.
A avaliação, portanto ocorrerá durante todo o processo ensino-aprendizagem,
levando-se sempre em consideração o conhecimento prévio do aluno, adquirido no
seu dia-a-dia, este é fundamental desde o planejamento das atividades por parte do
educador até a etapa final, pelo retorno dado pelo educando.
Buscando obter o máximo de informações em relação aos processos de
aprendizagem, é necessário considerar a importância de uma diversidade de
instrumentos e situações para possibilitar tanto a avaliação das diferentes capacidades
e os variados conteúdos curriculares em questão, como o contraste de dados obtidos
e a observação da transferência da aprendizagem em contextos múltiplos.
Considerando essas preocupações, a avaliação será realizada por meio de:
• observação contínua e sistemática: acompanhamento do educando no
processo de aprendizagem, com registros sobre seu aproveitamento,
considerando o aspecto qualitativo;
• verificação e análise: considerações das produções contextuais, testes e
avaliações, viabilizando a avaliação quantitativa. Dessa forma serão
considerados como instrumentos avaliativos: leitura e interpretação de textos,
produção de textos, leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e
mapas, pesquisas bibliográficas, relatório de aulas de campo, apresentação de
seminários, análise de filmes entre outros.
5- BIBLIOGRAFIA:
ANDRADE, M. C. de Geografia ciência da sociedade: Uma introdução à análise do
pensamento geográfico. São Paulo: Atlas 1987.
ARAUJO, I.L. Introdução à filosofia da ciência. Curitiba: Ed. UFPR, 2003.
BARBOSA, J. L. A arte de representar como reconhecimento do mundo: o espaço
geográfico, o cinema e o imaginário social. UFF, GEOgraphia, ano II, n. 3, 2000.
BARBOSA, J. L. Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do inesperado. In:
CARLOS, A. F. A. (Org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.
BASTOS, A.R.V.R. Espaço e Literatura: algumas reflexões teóricas. Rio de Janeiro:
Ed. UFRJ, 1998.
BRASIL, Secretária de Educação do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2002.
BRASIL, Secretária de Educação do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF,
1998.
CALAI, H.C.O. Ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In:
CASTROGIOVANNI, A.C. et all (Orgs.). Geografia em sala de aula: prática e reflexões.
Porto Alegre: UFRGS/AGB, 2003.
CAVALCANTI, L. de S. Geografia, Escola e Construção de Conhecimento. Campinas:
Papirus, 1998.
CARLOS, A.F.A (Org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.
CARLOS, A.F.A.; OLIVEIRA, A.U. de (Orgs.) Reformas no mundo da educação:
parâmetros curriculares e Geografia. São Paulo: Contexto, 1999.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o Ensino Fundamental (Geografia)
SEED/PR.
6.6 DISCIPLINA DE HISTÓRIA
1- APRESENTAÇÃO
Segundo alguns pesquisadores, percorrer a história de uma determinada
disciplina, é entender melhor a História da própria educação. Pois os conteúdos,
métodos, avaliação, ou seja, a estrutura curricular em si revela a concepção teórica
metodológica da disciplina e da educação como um todo, como também suas
implicações, sócio-econômicas e ideológicas.
A contribuição mais significativa do ensino de História ao educando é a edificação da
capacidade de pensar historicamente. Em linhas gerais, essa competência diz respeito
à percepção da historicidade de todas as coisas desde a concepção da História como
obra humana até a capacidade de avaliar corretamente as determinações,
condicionamentos e possibilidades do momento histórico em que se vive. Segundo
Thompson (1981), “é por meio dos diversos registros das ações humanas, dos
documentos, dos monumentos, dos depoimentos de pessoas, de fotografias, objetos,
vestuário que o real vivido por homens e mulheres nos diversos tempos e espaços
chegam até nós”. Portanto, todos os registros e as evidencias das ações humanas são
fontes de estudo da historia. A historia como experiência humana torna-se objeto de
investigação do historiador que a transforma em conhecimento.
O ensino de História tem a função de contribuir com o indivíduo na tomada de
decisões em situações praticas: toda ação deriva de uma reflexão sobre o tempo,
avaliação de eventos passados e projeção de intenções para momentos posteriores.
Além de favorecer a compreensão do pertencimento a uma estrutura política, levando
à criticidade da própria cidadania a partir do conhecimento de outras estruturas
políticas e sociais no presente e no passado. O individuo, ao agir, atribui sentidos ao
tempo e à sua ação dentro dele.
“... Ensinar e aprender História requer de nos professores, a retomada de uma velha questão: o papel formativo do ensino de Historia. Devemos pensar sobre a
possibilidade educativa da história, ou seja, a historia como saber disciplinar que tem um papel fundamental na formação da consciência histórica do homem, sujeito de uma sociedade marcada por diferenças e desigualdades múltiplas. Requer assumir o oficio do professor de história como uma forma de luta política e cultural. A relação ensino-aprendizagem deve ser um convite e um desafio para alunos e professores cruzarem ou mesmo subverterem as fronteiras impostas entre as diferentes culturas e grupos sociais entre a teoria e a pratica, a política e o cotidiano, a historia, a arte e a vida.” (FONSECA, 2003).
A retomada diária pelo professor quanto ao valor educativo da disciplina de
História para as novas gerações é imprescindível num mundo que valoriza, cada vez
mais “as ciências ditas tecnológicas e não o homem e sua humanidade” (ARRUDA,
1995 p. 61).
No mundo, cada vez mais globalizado, que tende a uniformizar comportamentos
e padrões culturais, impõe-se de um lado, a necessidade de firmar a identidade dos
sujeitos e, de outro, a luta pela inclusão e acesso de todos ao conhecimento. Criar
condições para que o aluno entenda esse mundo e nele se insira de forma crítica é a
preocupação do ensino de História e da própria instituição escolar.
O ensino de História, nessa perspectiva, não nega o saber que constitui o
acúmulo da ciência, mas procura também construir e reconstruir com o aluno o saber
que tenha sentido no contexto das suas experiências e de seu grupo social.
Não se pode esquecer que ao entrar na escola o aluno já traz um saber
decorrente de sua observação e de sua vivencia cultural, que deve ser valorizado, pois
o estudo da História proporciona não apenas um conhecimento da evolução do
homem, mas, sobretudo o conhecimento de si próprio. Precisamos construir um sujeito
sabedor de seus direitos e deveres na sociedade. Para isto é necessário saber quem
eles são, e a qual sociedade pertencem, que somente será conseguida através da
construção de uma mentalidade, sendo esta uma responsabilidade da disciplina.
Conhecer a História como processo significa estuda-la em seu movimento contínuo,
dinâmico, total e plural significa também concebê-la em constante transformação.
Pretende-se recuperar a dinâmica própria de cada sociedade, numa visão crítica
problematizando o passado a partir da realidade imediata dos sujeitos concretos que
vivem e fazem a História do presente. Nesse sentido, escreve Fonseca (2003),
“Acredito que a historia, em todas as suas dimensões, é essencialmente formativa. Assim, seu ensino, os sujeitos, os saberes, as práticas, as experiências didáticas têm uma enorme importância para a vida social, para a construção da democracia e da cidadania. São por meio dos diversos processos, mecanismos, fontes e atos educativos que compreendemos a experiência humana, as tradições, os valores, as idéias e as representações produzidos por homens e mulheres em diversos tempos e lugares. Nós-professores, alunos, autores, produtores, formadores, investigadores-ensinamos e aprendemos história, sempre, nos diversos espaços, mas é na educação escolar que, fundamentalmente, produzimos novas maneiras de ler, compreender, escrever, viver e fazer história”.
Sendo assim, a história é entendida a partir de três significados fundamentais:
como prática social, enquanto conhecimento e, ainda, como área de ensino. Ao viver
em sociedade, o homem constrói sua história, num processo dinâmico de
transformação (pratica social). Nessa construção produzem instrumentos, valores,
crenças, formas de organização... Que se constituem em conhecimento histórico que
junto com outras formas de conhecimento, possibilita o entendimento das condições
da realidade. Tomar consciência do papel de sujeito na construção da história
significa, necessariamente, apropriar-se do conhecimento histórico produzido pelas
sociedades (área de ensino).
Em nossa escola a prática social precisa se voltar para a realidade de vida na
qual estão inseridos os nossos estudantes. A economia do nosso município gira em
torno da produção agrícola com pequenas propriedades familiares, com poucas
incidências de indústrias e atividade comercial.
O colégio situa-se na zona rural do município e recebe sujeitos de diferentes
comunidades, inclusive da zona urbana, necessitando, portanto de transporte escolar
devido a distancia casa/escola, principalmente devido à inexistência de transporte
coletivo nessas comunidades. As famílias são descendentes de poloneses em sua
maioria, mas atualmente, houve a ocorrência de certa miscigenação devido à chegada
de famílias com culturas diferentes. Em grande parte as famílias apresentam
condições de moradia e saneamento básicas precárias e nível de escolaridade baixo.
Para tanto, a prática social do ensino de História, necessita levar os educandos
a compreenderem e a valorizarem o espaço onde estão inseridos, as diferentes
culturas, bem como, identificarem as relações de poder nele presente. Precisa também
possibilitar que o educando perceba que é por meio do conhecimento escolar que ele
pode modificar as condições de vida através da construção de recursos e instrumentos
que lhe possibilitem intervir no meio (onde vive) tornando-se assim um sujeito
histórico.
“Dessa forma, fazer história como conhecimento e como vivencia é recuperar a ação dos diferentes grupos que nela atuam, procurando entender por que o processo tomou um rumo e não outro: significa resgatar as injunções que permitiram a concretização de uma possibilidade e não de outras” (VIEIRA, PEIXOTO & KHOURY, 1991).
Assim, além dos conteúdos estruturantes constituídos pelas relações de poder,
de trabalho e de cultura e dos conteúdos específicos a serem selecionados, faz-se
indispensável à abordagem de assuntos ignorados ou esquecidos tais como a História
e a Cultura Afro-Brasileira e a História do Paraná.
A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro-Brasileira nos currículos
da Educação Básica trata-se de uma decisão política, com fortes repercussões
pedagógicas. Com esta medida, reconhece-se que, além de garantir vagas para
negros nos bancos escolares, é preciso valorizar devidamente a história e cultura de
seu povo, buscando reparar danos, que se repetem há cinco séculos, à sua identidade
e a seus direitos.
Quanto à inclusão da história do Paraná em todos os níveis de ensino se deve ao
fato que durante muito tempo seu estudo ser realizado somente nos anos iniciais do
ensino fundamental, agora se pretende possibilitar um maior conhecimento e
integração dos educandos com a história de seu Estado e com sua realidade diária,
construindo um sentimento de pertença e identidade, dando maior ênfase a história
local e nacional em relação à história mundial.
Esta proposta curricular apresenta modificações quanto aos conteúdos e a
forma como trabalhá-los, precisamos entender que qualquer mudança necessita de
um tempo para realmente se efetivar, isso também diz respeito aos novos métodos
exigidos quanto ao trabalho com os conteúdos históricos, desta forma, a proposta será
implantada gradativamente ao longo dos próximos anos, alguns conteúdos ainda
poderão ser trabalhados de forma tradicional, enquanto outros já serão trabalhados
com as novas abordagens sugeridas, sendo assim, tanto o professor quanto os alunos
se adaptarão gradativamente.
2- OBJETIVOS
• Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos
e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,
reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e
descontinuidades, conflitos e contradições sociais.
• Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como
condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito às
diferenças e a luta contra as desigualdades.
• Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na
região e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e
espaços.
• Estabelecer relações e comparações entre problemas atuais e de outros
tempos.
• Refletir sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos
produzidos na vida das sociedades.
• Situar conhecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempo.
• Perceber o tempo como matéria fundamental da construção de um saber
histórico.
• Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento
interdisciplinar.
• Valorizar aspectos sócio-culturais de outros povos e nações, posicionando-se
contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe
social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e
sociais.
• Identificar as estruturas das sociedades no presente e no passado: política,
econômica, social, ideológica, cultural.
• Compreender que as histórias individuais fazem parte de histórias coletivas.
• Estabelecer as relações de permanências e transformações no processo
histórico.
• Explicar relações sociais, econômicas e políticas de realidades históricas
singulares, com destaque para a questão da cidadania.
• Formar para a vida cidadã, visando o respeito à diversidade, o espírito de
justiça, a criticidade, a solidariedade entre todos, contribuindo para a construção
da identidade nacional.
3- CONTEÚDOS
Na disciplina de história as dimensões da vida humana constituem enfoques
significativos para o conhecimento da História. Assim, os conteúdos estruturantes para
esse nível de ensino são:
• Relação de poder
• Relação de trabalho
• Relação cultural
6º ANO
1- A experiência humana no tempo:
• a memória local e memória da humanidade; o tempo (as
temporalidades e as periodizações); o processo histórico (as
relações humanas no tempo.)
O local e o Brasil:
• percepções do tempo histórico (temporalidades e periodizações):
memórias e documentos familiares e locais.
• o jovem e suas relações com a sociedade no tempo.
A relação com o Mundo
• a formação do pensamento histórico.
• Os vestígios humanos: os documentos históricos.
• As diversas temporalidades nas sociedades indígenas, agrárias e
industriais.
• As formas de periodização.
2- Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo:
• as gerações e as etnias.
O local e o Brasil
• os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: xetás,
kaigangs, xoklengs e tupi-guaranis.
• Colonizadores portugueses e suas culturas na América e no território
paranaense.
• os povos africanos e suas culturas no Brasil e no Paraná.
• os imigrantes europeus e asiáticos e suas culturas no Brasil e no
Paraná.
A relação com o Mundo
• o surgimento da humanidade na África e a diversidade cultural na sua
expansão; as teorias sobre seu aparecimento.
• as sociedades comunitárias, matriarcais, patriarcais
3- A cultura local e a cultura comum:
• os mitos, as lendas, a cultura popular, festas e religiosidade; a
constituição do pensamento científico; as formas de representação
humanas; a oralidade e a escrita; as formas de se narrar à história
O local e o Brasil
• os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas no Brasil e no Paraná.
• As manifestações populares no Paraná.
• Pinturas rupestres no Brasil e sambaquis no Paraná.
A relação com o Mundo
• pensamento científico; a antiguidade grega.
• A formação da arte moderna.
• as relações entre a cultura oral e a cultura escrita: a narrativa
histórica.
7º ANO
1- As relações de propriedade:
• a propriedade coletiva; a propriedade pública; a
propriedade privada.
O local e o Brasil
• a propriedade coletiva entre os povos indígenas,
quilombolas e faxinais no Paraná.
• a família e o espaço privado.
• a constituição do latifúndio na América portuguesa e
no Brasil imperial e republicano.
• as reservas indígenas, a reforma agrária e os
assentamentos.
A relação com o Mundo
• a propriedade coletiva nas sociedades pré-
colombianas.
• A constituição do espaço público na antiguidade.
• A reforma agrária na antiguidade.
2- O mundo do campo e o mundo da cidade.
O local e o Brasil
• as primeiras cidades brasileiras e paranaenses.
• o engenho colonial.
• a conquista do sertão.
A relação com o Mundo
• as cidades na antiguidade oriental e ocidental.
• a ruralização do Império Romano e a transição para
o feudalismo.
• as transformações no feudalismo europeu: o
crescimento comercial e urbano.
3- As relações entre o campo e a cidade.
O local e o Brasil
• as cidades mineradoras.
• as cidades e o tropeirismo no Paraná.
• Os engenhos da erva mate no Paraná
A relação com o Mundo
• as feiras medievais.
• o comércio com o Oriente.
• os cerca mentos na Inglaterra moderna.
• o início da industrialização na Europa.
4- Conflitos, resistência e produção cultural campo/ cidade.
O local e o Brasil
• a relação entre senhores e escravos.
• O sincretismo religioso (resistência afro-brasileira).
• o MST e outros movimentos pela terra.
• Os movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil
republicano nos séculos XIX, XX e XXI
A relação com o Mundo
• a peste negra e as revoltas camponesas.
• as culturas teocêntrica e antropocêntrica.
• As manifestações culturais na América Latina, África e Ásia.
• a história das mulheres orientais, africanas e outras.
8º ANO
1- História das relações da humanidade com o trabalho.
O local e o Brasil
• o trabalho nas sociedades indígenas.
• Sociedade patriarcal e escravocrata.
• Quilombos as resistências na colônia.
• Remanescentes de quilombos.
A relação com o Mundo
• a história do trabalho nas primeiras
sociedades humanas.
• o trabalho e a vida nas colônias espanholas:
mita e encomienda.
• o trabalho assalariado.
2- O trabalho e a vida em sociedade.
O local e o Brasil
• a desvalorização do trabalho no Brasil
colônia e império.
• os saberes nas sociedades indígenas:
mitos e -lendas.
• o papel da escola no mundo do trabalho.
A relação com o Mundo
• o significado do trabalho na antiguidade
oriental e ocidental.
• as três ordens da sociedade feudal.
• o nascimento das fábricas e a vida cultural.
3- O mundo do trabalho.
O local e o Brasil
• O trabalho escravo e o trabalho assalariado.
• o latifúndio no Paraná e no Brasil.
• A vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo
a nas cidades
A relação com o Mundo
• a produção e a organização social capitalista.
4- As resistências e as conquistas de direito.
O local e o Brasil
• o movimento feminista no Brasil.
• A discriminação racial e linguística.
• a consciência negra e o combate ao racismo.
• movimentos sociais e emancipacionistas.
A relação com o Mundo
• o movimento feminista no mundo.
• A Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão.
• o Ludismo.
• a constituição dos primeiros sindicatos de
trabalhadores.
9º ANO
1- A formação das instituições sociais:
• as instituições políticas; as instituições econômicas;
as instituições religiosas; as instituições culturais.
O local e o Brasil
• a organização política nas sociedades indígenas.
• a igreja Católica e as reduções jesuíticas na América
espanhola.
• as religiões afro-brasileiras.
• surgimentos das organizações públicas, educacionais , trabalhistas e
esportivas no Brasil.
A relação com o Mundo
• a instituição da igreja na antiguidade e na Europa
medieval.
• surgimentos das organizações públicas, educacionais ,
trabalhistas e esportivas.
• a organização do poder entre os povos africanos.O
surgimento das empresas transnacionais e instituições
internacionais.
A formação do Estado:
• a monarquia; a república (aristocracia, ditadura e democracia); os
poderes do Estado.
O local e o Brasil
• as relações entre o poder local e o central na América
portuguesa.
• a formação do Estado brasileiro.
• as constituições do Brasil imperial e republicano.
• a instituição da república no Brasil: as ditaduras e a
democracia.
• os poderes do Estado brasileiro.
A relação com o Mundo
• o surgimento da monarquia nas sociedades
da antiguidade.
• a formação dos reinos africanos.
• O Estado Absolutista europeu.
• O imperialismo no século XIX.
• A formação dos Estados nacionais nos
séculos XIX a XIX; as ditaduras e as
democracias.
• A constituição dos Estados socialistas.
• A formação dos blocos econômicos.
2-Guerras e revoluções:
• os movimentos sociais; políticos, culturais e
religiosos; as revoltas e revoluções sociais
(políticas, econômicas, culturais e religiosas);
guerras locais e guerras mundiais.
O local e o Brasil
• as guerras e revoltas indígenas e quilombos na América
portuguesa e no Brasil Imperial.
• as revoltas sociais no Brasil imperial e republicano.
• a guerra do Paraguai.
• os movimentos republicano e abolicionista.
• o Brasil nas guerras mundiais.
• os movimentos pela redemocratização do Brasil (feminista,
etno-raciais e estudantis).
A relação com o Mundo
• as revoltas democráticas nas polis gregas.
• as revoltas plebéias, escravas e camponesas na república
romana.
• as heresias medievais.
• as guerras feudais e as cruzadas.
• as revoltas religiosas na Europa moderna.
• a conquista e colonização da América pelos europeus.
• os movimentos nacionalistas.
• as guerras mundiais.
• As revoluções socialistas no século XX.
• As guerras de independência das nações africanas e
asiáticas.
3- METODOLOGIA
A função do ensino de História é contribuir para a formação do senso crítico do
educando, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, passando de simples
reprodução do conhecimento à compreensão das formas como este se produz,
formando um homem capaz de compreender o mundo onde está inserido e interferir
ativamente no mesmo como sujeito histórico e produtor do próprio conhecimento.
Para que a proposta se efetive deve-se valorizar o aluno enquanto sujeito,
considerando suas experiências, suas diferenças étnicas e culturais e sua autonomia
como cidadão. Nessa perspectiva deve existir uma relação de interação professor-
aluno que possibilite a investigação histórica considerando que o conhecimento não
deve ser dado como pronto e acabado, mas reelaborado e construído a partir da
realidade vivida.“... é preciso reconhecer o óbvio: o professor de história não opera no vazio. Os saberes históricos, os valores culturais e políticos são transmitidos na escola a sujeitos que trazem consigo um conjunto de crenças, significados, valores, atitudes e comportamentos adquiridos nos outros espaços educativos. Isso implica a necessidade de nós, professores, incorporar no processo de ensino e aprendizagem outras fontes de saber histórico, tais como o cinema, a TV, os quadrinhos, a literatura, a imprensa, as múltiplas vozes dos cidadãos e os acontecimentos cotidianos. O professor, ao diversificar as fontes e dinamizar a prática de ensino, democratiza o acesso ao saber, possibilita o confronto e o debate de diferentes visões, estimula a incorporação e o estudo da complexidade da cultura e da experiência histórica”. (Fonseca, 2003).
A escola deve abrir espaço para questões que intervém na vida do aluno e com
as quais se defronta no dia-a-dia, já que a história tem como objeto de estudos os
processos históricos relativos às ações e relações humanas praticadas ao longo do
tempo. É na construção coletiva dos conhecimentos que a História toma sentido, tanto
para o aluno quanto para o professor, que se tornam sujeitos espitêmicos, na medida
em que problematizam o presente com diferentes olhares sobre o passado.
Todas as propostas precisam ser trabalhadas através da problematização dos
conteúdos, utilizando para isso a produção historiográfica e as várias linguagens da
História como cinema, quadrinhos, caricaturas, charges, fotografias, textos literários,
poesias, pinturas, arquitetura, imprensa, etc. Além disso, as tecnologias da
comunicação também devem ser utilizadas como recurso didático privilegiando os
procedimentos de pesquisa, questionamento, estudo e reflexão, debates, resumos
orais e escritos, criação de imagens, gráficos, linhas do tempo, murais ou exposições.“Trabalhar com a idéia de situação problema pressupõe uma situação de aprendizado em que um enigma é proposto para o aluno. Deve conduzir o aluno a superar um obstáculo que o incentive a problematizar a realidade, mas principalmente levá-lo a resolver problemas e a adquirir uma postura intelectual para repensar suas representações iniciais sobre o objeto analisado”. (GERIN-GRATALOUP et al, 1994, p. 25-27).
Nas aulas de história poderão ser utilizados os seguintes encaminhamentos
metodológicos:
• Pesquisa do conhecimento prévio;
• Interferência do professor;
• Aulas expositivas;
• Interpretações de diferentes textos;
• Resoluções de atividades,
• Pesquisa em diferentes fontes;
• Analises de imagens;
• Filmes e documentários;
• Cartografias e iconografias;
• Transparências sobre os assuntos;
• Preparação e apresentação de trabalhos: escrito e oral;
O papel do professor como mediador será imprescindível para viabilizar
todos esses procedimentos, pois permitirá o diálogo interpessoal proporcionando
reflexões sobre o processo construído coletivamente. Este processo será realizado
de forma com que os conteúdos específicos estejam a todo o momento articulados
aos conteúdos estruturantes os quais deverão ser problematizados por meio da
contextualização espaço-temporal através das produções historiográficas e
documentos históricos, buscando sempre priorizar os contextos ligados a historia
local e do Brasil em relação à história geral, desta forma alunos e professores
tornam-se produtores do conhecimento histórico.
5-AVALIAÇÃO
A avaliação como parte integrante do processo ensino aprendizagem terá
como finalidade diagnosticar e conduzir a uma tomada de decisão.
“... para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é (preciso) modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja, a avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendizagem”. (LUCKESI, 2002, p.81).
No processo de avaliação deve ser considerado o envolvimento nas atividades,
a sistematização dos conteúdos e o resultado final (o que aprendemos sobre...?). Para
tanto devemos considerar o conhecimento prévio do aluno, suas vivências temporal-
biológicas e sociais levando à construção da temporalidade e à compreensão de que a
própria temporalidade é uma construção histórica.
Para avaliar é necessário verificar a aprendizagem a partir daquilo que é
significativo para o educando dentro da sua realidade sócio-cultural, considerando as
produções dos alunos e as mudanças de comportamento. Nesse sentido, a avaliação
terá um caráter processual e diagnóstico possibilitando ao professor uma análise
constante do trabalho e ao mesmo tempo permitindo ao aluno acompanhar o seu
desempenho. Entende-se também a importância da mesma ser dialógica, ou seja,
realizada a partir do “... diálogo entre estudantes e professores sobre critérios, função
e consequências do sistema de avaliação. O uso do termo é de fato uma extensão da
ênfase de Freire no papel do diálogo, no esclarecimento e democratização das
relações sociais”. (Giroux, 1997).
Dentro desse contexto cabe ao professor diversificar sua maneira de avaliar,
buscando captar o melhor momento da aprendizagem e, por conseguinte identificar
dificuldades para que sejam programadas atividades de recuperação. O ato de
avaliação requer critérios e instrumentos adequados para cada conteúdo trabalho,
visando sempre o processo de ensino-aprendizagem, procurando a diversificação,
mas buscando uma coerência entre o que é ensinado e o que é avaliado, desta forma,
tanto as atividades escolares como as práticas avaliativas devem se formar de acordo
com critérios pré-estabelecidos.
Critérios para a avaliação da aprendizagem no ensino de História, sendo
selecionados conforme o instrumento avaliativo utilizado:
• Relaciona os conteúdos apreendidos ao seu cotidiano;
• Analisa permanências e transformações nos diferentes tempos e espaços;
• Relaciona as estruturas, suas permanências e transformações, com suas
experiências sociais;
• Compreende diferenças e semelhanças nas diferentes sociedades e culturas;
• Percebe-se também como sujeito da história;
• Estabelece relações entre a sua sociedade e outras sociedades em outros
tempos e espaços;
• Produz textos e análises em que emite opiniões e relações entre conteúdos
trabalhados;
• Expressa sua compreensão do conteúdo através de outras formas de
linguagem como gestual, o desenho, a música, etc.;
• Estabelece a sequência de datas e períodos, relacionando acontecimentos com
cronologia;
• Compreende fato histórico como uma construção feita pelo historiador a partir
de fontes selecionadas.
Partindo do pressuposto que o objetivo da avaliação é estimular o senso
crítico dos alunos e a construção de uma consciência histórica a partir de um
determinado conhecimento, precisamos efetivá-lo nas diferentes atividades de
ensino-aprendizagem que acontecem na sala de aula, sendo assim, selecionamos
alguns instrumentos avaliativos que podem ser utilizados no processo de avaliação
da aprendizagem no ensino de História:
Atividades de leitura compreensiva de textos;
• Ficha de auto avaliação;
• Abordagens de documentos históricos;
• Projeto de pesquisa bibliográfica;
• Produção de texto;
• Palestra, apresentação oral;
• Projeto de pesquisa de campo
• Relatório;
• Debate;
• Apresentação de seminários;
• Atividades com textos literários;
• Atividades a partir de recursos audiovisuais;
• Trabalho em grupo;
• Questões discursivas;
• Questões objetivas;
• Participação nas atividades propostas;
• Analises de textos, fontes documentais e iconografias;
• Releitura de filmes e documentários;
Sendo assim, como estabelece as Diretrizes: “Deseja-se que ao final do
trabalho na Disciplina de História, os alunos tenham condições de identificar processos
históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como
que tenham recursos para intervir no meio em que vivem, de modo a se fazerem
também sujeitos da própria Historia”.
“Há sempre uma forma de fazer melhor. O segredo é descobri-la”. (Thomas
Edison)
4- BIBLIOGRAFIA
BRASIL, Ministério da Educação. MEC – Diretrizes Curriculares nacionais para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana. Brasília.
CAINELLI, Marlene: SCHIMIDT, Maria Auxiliadora. Ensinar História. São Paulo:
Scipione, 2004
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história. Campinas:
Papirus, 2003.
FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. Editora global, 2003.
GIROUX, H. Os professores como intelectuais. Porto alegre: Artmed, 1997.
HISTÓRIA VIVA: TEMAS BRASILEIROS. Presença negra. São Paulo: Duetto, n.3,
2006.
HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções (1789-1848). Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1982.
_______________. A era do capital. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
_______________. A era dos extremos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras,
1995.
LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre. História: novos problemas. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1979.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo:
Cortez, 2002.
MORAIS, José Geraldo Vinci de. História geral e Brasil. São Paulo: Atual, 2003.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História para
a Educação Básica. Curitiba. 2006
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Paraná 150 anos O Sesquicentenário
do Paraná no contexto escolar. Curitiba: Cetepar, 2004.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São Paulo:
Scipione, 2004. (Pensamento e ação no magistério).
ENSINO MÉDIO
1 APRESENTAÇÃO
É visível a mudança no ensino da História, devido a alguns fatores como a
expansão escolar, que trouxe um público culturalmente diversificado às escolas, pelo
aumento do acesso dos estudantes às informações e por uma nova visão pedagógica,
que considera os alunos como participantes ativos de um conhecimento que está em
construção.
O que se busca agora é desenvolver a consciência humana, algo que será
alcançado estabelecendo relações entre identidades individuais, sociais, coletivas e
relacionando-se o particular e o geral, construindo noções de diferenças e de
continuidade e permanência.
Os conteúdos e as atividades propostas visam desenvolver potencialidades dos
educandos, como a criatividade, a observação, a análise, a interpretação e a vontade
de participação social, para que o conhecimento se reflita em uma cidadania
participativa.
Ao entrar para a escola, o aluno já traz um saber decorrente de sua observação
e de sua vivência cultural, que devem ser valorizados.
É necessário que se forme cidadãos que não encarem a realidade em que vivem
como se fosse óbvia e pronta, mas como fruto de opções dos homens em sociedade,
tanto no passado como no presente.
Sendo a História a grande memória viva que define o nosso presente, ela é um
patrimônio humano que precisa ser conquistado pelo conhecimento e pela
compreensão. Essa conquista fornecerá instrumentos culturais que permitirão alterar
o mundo em que vivemos.
Em nossa escola a prática social precisa se voltar para a realidade de vida na qual
estão inseridos os nossos estudantes. A economia do nosso município gira em torno
da produção agrícola com pequenas propriedades familiares, com poucas incidências
de indústrias e atividade comercial.
O colégio situa-se na zona rural do município e recebe sujeitos de diferentes
comunidades, necessitando, portanto de transporte escolar devido a distancia
casa/escola, principalmente devido à inexistência de transporte coletivo nessas
comunidades. As famílias são descendentes de poloneses em sua maioria, mas
atualmente, houve a ocorrência de certa miscigenação devido à chegada de famílias
com culturas diferentes. Em grande parte as famílias apresentam condições de
moradia e saneamento básicas precárias e nível de escolaridade baixo.
Para tanto, a prática social do ensino de História, necessita levar os educandos a
compreenderem e a valorizarem o espaço onde estão inseridos, as diferentes culturas,
bem como, identificarem as relações de poder nele presente. Precisa também
possibilitar que o educando perceba que é por meio do conhecimento escolar que ele
pode modificar as condições de vida através da construção de recursos e instrumentos
que lhe possibilitem intervir no meio (onde vive) tornando-se assim um sujeito
histórico.
O estudo da História proporcionará não apenas um conhecimento da evolução
do homem, mas sobretudo um conhecimento de si próprio, suas potencialidades para
uma atuação social imprescindível e decisiva para a formação do cidadão brasileiro,
não só consciente de suas obrigações, mas também de seus direitos e de seu poder
de visualizar grandes mudanças, criticando velhos privilégios e preconceitos.
Criar condições para que o estudante note o dinamismo histórico e a
possibilidade de interferir para acelerar mudanças imprescindíveis para um mundo
melhor e justo, deve ser a pretensão maior de todo o nosso trabalho. Justamente por
isso, é necessário conhecer o passado, buscando as raízes da atualidade, para ter o
alicerce que ajudará a compreender o presente.
Assim, além dos conteúdos estruturantes ( trabalho, poder e cultura ) e dos
conteúdos específicos, faz-se indispensável a abordagem de assuntos ignorados ou
esquecidos tais como a História e a Cultura Afro-Brasileira e a História do Paraná.
Quanto à História e Cultura Afro-Brasileira , o objetivo dos conteúdos a serem
trabalhados é derrubar preconceitos e a idéia de que os povos africanos não seriam
capazes de grandes feitos. Isto é, estudar a História a partir de um novo olhar, um jeito
de ver o mundo sem que seja a visão européia, tão presente em nossa vida, mas que
deve ser objeto de uma análise amplamente crítica.
E, finalmente, a História do Paraná, que deve ser privilegiada com a finalidade
de valorizar a questão do trabalho, do poder e da cultura em nosso estado e,
consequentemente em nosso país, aproximando o aluno da realidade , tornando-o
capaz de reconhecer-se como membro integrante do processo histórico e apto para
elaborar críticas e apontar possíveis encaminhamentos para os problemas enfrentados
no cotidiano.
Esta proposta curricular apresenta modificações quanto aos conteúdos e a
forma como trabalhá-los, precisamos entender que qualquer mudança necessita de
um tempo para realmente se efetivar, isso também diz respeito aos novos métodos
exigidos quanto ao trabalho com os conteúdos históricos, desta forma a proposta será
implantada gradativamente ao longo dos próximos anos, alguns conteúdos ainda
poderão ser trabalhados de forma tradicional, enquanto outros já serão trabalhados
com as novas abordagens sugeridas, sendo assim, tanto o professor quanto os alunos
se adaptarão gradativamente.
2 OBJETIVOS GERAIS
• Localizar momentos históricos em seu processo de sucessão e em sua
simultaneidade e, com duração.
• Identificar os diferentes ritmos de durações temporais, e ou várias
temporalidades ( acontecimentos breves, conjunturais e estruturais).
• Estabelecer as relações entre permanências e transformações no processo
histórico.
• Extrair informações das diversas fontes documentais e interpretá-las.
• Comparar problemáticas atuais e de outros tempos.
• Redimensionar o presente em processos contínuos, e nas relações que
mantém com o passado.
• Identificar momentos de ruptura ou de irreversibilidade no processo histórico.
• Perceber que as relações sociais de produção, de trabalho, de poder e as
relações com o mundo são responsáveis por impulsionar uma determinada
época em busca de alternativas.
• Compreender como as relações do trabalho, do poder e da cultura contribuíram
para o desenvolvimento da história da humanidade.
3- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Construir a identidade individual e social.
• Encontrar sua identidade ao conhecer o passado.
• Apreender o tempo histórico como construção cultural.
• Apreender o tempo histórico como duração.
• Discernir limites e possibilidades de atuação na permanência ou transformação.
• Compreender o papel do indivíduo como sujeito e produto histórico.
• Reconhecer fontes documentais de natureza diversa
• . Entender a divisão social de trabalho e discernir possibilidades de atuação.
• Assimilar o conceito de globalização , a competição pela qualidade e preço e a
nova ordem econômica mundial .
• Identificar os fatores que levam ao domínio da mídia sobre a massa.
• Reconhecer as ideologias que mascaram a realidade.
• Desenvolver o senso crítico perante acontecimentos históricos.
3-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Na disciplina de história as dimensões da vida humana constituem enfoques
significativos para o conhecimento da História. Assim, os conteúdos estruturantes para
esse nível de ensino são:
• Relação de poder
• Relação de trabalho
• Relação cultural
1º Ano
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
• O conceito de trabalho – livre e explorado
• O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado
escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas
• Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado
• O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades
humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e
africanas
• As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a Comuna de
Paris, os sovietes russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos
Urbanização e industrialização
• As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da
Europa medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas
• Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização nas
sociedades ocidentais, africanas e orientais
• Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do
capitalismo
• A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços
2º Ano
O Estado e as relações de poder:
• Os Estados teocráticos;
• Os Estados na Antiguidade Clássica;
• O Estado e a Igreja medievais;
• A formação dos Estados Nacionais;
• As metrópoles européias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão
do capitalismo;
• O Paraná no contexto da sua emancipação;
• O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo);
• O nacionalismo nos Estados ocidentais;
• O populismo e as ditaduras na América Latina;
• Os sistemas capitalista e socialista;
• Estados da América Latina e o neoliberalismo.
Os sujeitos, as revoltas e as guerras:
• Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na
Antiguidade grega e romana: mulheres, crianças, estrangeiros e escravos;
• Guerras e Revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma;
• Relações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses,
artesãos, mulheres, hereges e doentes;
• Relações de resistência na sociedade ocidental moderna;
• As revoltas indígenas, africanas na América portuguesa;
• Os quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro;
• As revoltas sociais na América portuguesa.
3º Ano
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções:
• As revoluções democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA)
• Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o
surgimento do sindicalismo;
• A América portuguesa e as revoltas pela independência;
• As revoltas federalistas no Brasil imperial e republicano;
• As guerras mundiais no século XX e a Guerra Fria;
• As revoluções socialistas na Ásia , África e América Latina;
• Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América Latina;
• Os Estados africanos e as guerras étnicas;
• A luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito a
terra na América Latina;
• A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas;
Cultura e religiosidade:
• A formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e
europeus neolíticos: xamanismo, totens, animismo;
• os mitos e a arte greco-romanos e a formação das grandes religiões: hinduísmo,
budismo, confuncionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo;
• Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista;
• Reforma e Contra-Reforma seus os desdobramentos culturais;
• O modernismo brasileiro;
• Cultura e ideologia no governo Vargas ;
• Representação dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio da arte
brasileira;
• As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e
religiosas;
• As manifestações populares: congadas, cavalhadas, fandango, folia de
reis.
4- METODOLOGIA:
Entende-se que estudar História não se restringe a decorar fatos, nomes e
datas, aprender explicações genéricas e já prontas para o consumo. Há necessidade
de renovação das concepções sobre a natureza do processo histórico e sobre o
ensino de História, cabendo ao professor providenciar esta tarefa, pois a noção que se
passa aos alunos, é de que a história é composta de “peças” recortadas segundo
critérios geográficos e cronológicos, totalmente arbitrários que vivem sua própria
história num espaço protegido e isolado.
Esta proposta baseia-se na concepção de que a história é um processo
construído socialmente, por homens concretos, vivendo em sociedade, levando o
aluno a articular os conteúdos em torno de um eixo central, que é um processo de
desenvolvimento da vida dos homens em sociedade.
Os conteúdos deverão ser problematizados como temas históricos por meio da
contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem
abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser
considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e
Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,
simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem
estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de
interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes
formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas,
podendo-se também utilizar filmes, pesquisas, trabalhos individuais, trabalhos em
equipes, aulas expositivas, visitas a museus, produções e análises de documentos
escritos e iconográficos.
Essa abordagem permitirá que se encaminhe a percepção do aluno para o
entendimento de que o mundo contemporâneo é resultado de um processo de
transformação e que, portanto, também é passível de novas transformações.
5- AVALIAÇÃO:
È importante considerar o conhecimento prévio, hipóteses e domínio do aluno e
relacioná-los com as mudanças que ocorrem no processo ensino-aprendizagem.
Deve-se valorizar a originalidade da produção e sua compreensão própria sobre
os temas abordados.
O ideal é que a avaliação seja a mais diversificada possível, envolvendo métodos
que avaliem a participação cotidiana, a apreensão de conteúdos, noções,
procedimentos e atitudes como conquistas do educando.
Avaliar buscando compreender o processo cognitivo do aluno e sua produção em
processo contínuo, que não apenas avalia individualmente, mas também o coletivo,
buscando avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas
pelos sujeitos históricos, fazendo com que os estudantes compreendam a formação
dos mundos do trabalho, a formação da urbanização e da insdustrialização, a
formação do Estado e suas relações de poder e as ações dos sujeitos a partir das
revoltas e revoluções que foram instituídas por um processo histórico. Essas
compreensões devem se fundamentar em narrativas e documentos históricos que
demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos
que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de
trabalho e de cultura.
As atividades avaliativas devem servir como diagnóstico auxiliar no planejamento
do professor, possibilitando avaliar seu próprio desempenho, percebendo em que
momentos e sob que circunstâncias o aluno se adapta melhor e onde tem mais
dificuldades no processo da aprendizagem.
Para verificar o processo de aprendizagem do aluno e perceber se a metodologia
utilizada obteve êxito devem ser tomados como instrumentos avaliativos a
participação dos alunos nas aulas, trabalhos individuais e coletivos, apresentação de
seminários, produções de textos, interpretações de textos e documentos, pesquisas e
testes.
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL, Ministério da Educação. MEC – Diretrizes Curriculares nacionais para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana. Brasília.
COTRIM, Gilberto. História para Ensino Médio – Brasil e geral. Volume único, 1ª
Edição, São Paulo: Saraiva, 2002.
DIVALTE, Garcia Figueira. História – Série Novo Ensino Médio. Volume único, 1ª
Edição, São Paulo: Ática, 2000.
BARBEIRO, Heródoto. História: volume único para o ensino médio. 1ª Edição,
São Paulo: Scipione, 2004.
HOLANDA, Sergio Buarquede – 1902-1982. Raízes do Brasil – 26 ed. - São Paulo:
Companhia das Letras, 1995
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história. Campinas:
Papirus, 2003.
kARNAL,Leandro, História na sala de aula: conceitos práticas e propostas. São Paulo:
Contexto, 2005.
GRUPION, Luiz Donisete Benz. Índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras,
1995.
Darcy, Ribeiro. Os índios e a civilização: a integração das populações indígenas no
Brasil moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 1996
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História para
a Educação Básica. Curitiba. 2006
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Paraná 150 anos O Sesquicentenário
do Paraná no contexto escolar. Curitiba: Cetepar, 2004.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São Paulo:
Scipione, 2004. (Pensamento e ação no magistério).
6.7 DISCIPLINA DE L. E. M – INGLÊS:
1- APRESENTAÇÃO
Ao analisar a história do ensino de língua estrangeira moderna (doravante LEM)
na educação brasileira percebe-se que a escolha de uma língua estrangeira
(doravante LE) e a sua inserção no currículo estão vinculadas a questões econômicas,
políticas e sociais. Da mesma forma, o estatuto que essa disciplina adquire nas
escolas está diretamente relacionado às abordagens de ensino, à estrutura do
currículo e ao modelo de socidade vigentes. Assim, eas mudanças curriculares na
disciplina acompanham, mesmo que tardiamente, os movimentos teóricos e
metodológicos para o ensino de línguas propostos em outros países.
Questões como as apontadas explicam o porquê de, em determinada época, ter
sido ensinada esta ou aquela língua, o número de horas aula semanal destinado a
disciplina em cada época, bem como a opção por este ou aquele método de ensino ao
longo do tempo.
No que diz respeito ao ensino de LE na atualidade, a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDBEN) n. 9394/96, Art. 26, § 5º, estabelece a obrigatoriedade
da inserção no currículo do ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, a
partir da 5ª série. A escolha da LE a ser ensinada fica a cargo da comunidade escolar,
de acordo com as possibilidades da instituição. Assim, embora exista a possibilidade
de escolha de outros idiomas, predominam como disciplinas oficiais nas escolas
públicas brasileiras o Inglês e o Espanhol.
São muitas as razões que justificam a opção pelos idiomas apontados. Dentre
elas, no caso da língua inglesa, destacam-se: com a globalização e com os avanços
tecnológicos ampliou-se a comunicação via internet, em tempo real e para diferentes
propósitos, entre pessoas mundialmente localizadas. Nesse contexto, a língua inglesa
consolidou-se como uma língua “franca”, utilizada tanto para relações interpessoais
corriqueiras como um bate-papo informal quanto para fins mais formais como o
comércio, o lazer, os estudos sejam eles individuais (a exemplo de uma pesquisa
acadêmica na internet) ou coletivos (como no caso da troca de informações e
pesquisas que extrapolam os limites nacionais e de idioma nacional). É, também, a
língua do turismo internacional e dos manuais de aparelhos eletrônicos.
Já, no caso do espanhol, com a formação do bloco econômico Mercosul e o
estreitamento das relações entre países da América Latina, um novo cenário vem
ganhando espaço e, com isso, abrem-se novas perspectivas para o ensino do idioma.
Do ponto de vista cultural, tal cenário traz implicações positivas na medida em que
possibilitará aos alunos o contato com outra LE, além da língua inglesa, e com uma
pluralidade cultural maior. Outro fator preponderante é a lei 11.161, de 05 de agosto de
2005, que estabelece a obrigatoriedade da oferta da língua espanhola no currículo de
Ensino Médio pelos estabelecimentos de ensino sendo, porém, facultativa a matrícula
ao aluno.
No contexto das instituições de ensino da rede pública do Estado do Paraná,
em nível de Educação Básica, o ensino de línguas estrangeiras modernas está
orientado pelas Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna (doravante
DCE).
Coadunam-se às DCE a Lei nº 10.639/03 que altera Lei no 9.394/96 (Lei das
Diretrizes e Bases da Educação Nacional) ao estabelecer a obrigatoriedade de
inclusão da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo oficial da Rede de
Ensino, nos estabelecimentos oficiais e privados, níveis fundamental e médio; e a Lei
nº 11.645/08 que altera a Lei no 9.394/96, modificada pela Lei no 10.639/03, ao
estabelecer a obrigatoriedade de inclusão da temática “História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena” no currículo oficial da rede de ensino, nos estabelecimentos que
atendem os níveis fundamental e médio, públicos e privados.
Ao apontar as bases legais que norteiam o ensino da disciplina de LE no âmbito
estadual, destacamos que as DCE fundamentam-se em uma concepção discursiva de
língua. E entender a língua como discurso implica em levar em conta seu caráter
dinâmico, isto é, que ela está em constantes transformações na prática social. A partir
desse entendimento, justificam-se as opções feitas nesta proposta e a definição dos
conteúdos, da metodologia e das formas de avaliação para o ensino de Língua Inglesa
neste estabelecimento.
2- CONTEÚDOS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
Para a definição dos conteúdos específicos, partimos do Conteúdo Estruturante:
Discurso como prática Social, conforme orientações das DCE, a partir do qual se
estruturam as práticas de leitura, oralidade e escrita.
O desafio da proposta é romper com a forma tradicional de seleção de
conteúdos baseada apenas em estruturas linguísticas que historicamente tem
marcado as nossas próprias propostas curriculares e Planos de Trabalho Docente
(PTD. Não se trata de uma denúncia tampouco de um julgamento a respeito de quais
professores elaboraram as melhores propostas, mas sim de entender que, elas são
diferenciadas por conta de diversos fatores como: os métodos e abordagens de ensino
até bem recente vigentes, a nossa formação docente, as influências de livros didáticos
a que estamos submetidos, as nossas crenças e convicções pessoas, bem como as
nossas visões de ensino e de educação.
Diante da complexidade e da falta de clareza na seleção e escolha dos
conteúdos, apoiamo-nos na definição bakhtiniana de gêneros discursivos como o
conjunto composto por unidades temáticas, linguísticas e composicionais, conforme
referência bibliográfica no final. Optamos por não seriá-los por entender que essa é
uma das atribuições do coletivo de professores da disciplina no momento de realizar
os seus PTDs. Outra razão para a não seriação é o risco de entendimento que se
determinado conteúdo já foi trabalhado em determinada série, então ele não precisa
ser revisto ou aprofundado. Tal entendimento implicaria no trabalho com os conteúdos
em momentos pontuais e estanques, o que contraria a nossa visão de que eles
sempre poderão ser revistos e aprofundados conforme a necessidade e /ou os
avanços dos alunos. Destacamos, aqui, a importância de o(a) professor(a) estar
atento(a) ao princípio da continuidade (série/ano) e ao nível de conhecimento prévio
dos alunos no momento de elaborar o PTD, bem como no trato de cada conteúdo, isto
é, se está introduzindo um conteúdo novo ou se é momento para aprofundá-lo.
Outro olhar que merece atenção quando se pensa na importância que a seleção
de conteúdos exerce no currículo de cada estabelecimento de ensino é a necessidade
de que, na prática de sala de aula, eles sejam tratados no todo, isto é, de forma
contextualizada. Contudo, para fins didáticos, propomos uma lista classificada em
tópicos, conforme podem ser visualizados no quadro que segue.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
↕
PRÁTICAS DISCURSIVAS: LEITURA / ORALIDADE E ESCRITA
↕
DESDOBRADOS A PARTIR DE TEXTOS (VERBAIS E NÃO-VERBAIS), PERTENCENTES AOS DIFERENTES GÊNEROS DISCURSIVOS
• Considerando-se que as práticas discursivas (leitura, oralidade e escrita) são
indissociáveis, isto é, que ao se trabalhar uma delas concomitante e
naturalmente se trabalha as demais, o trabalho com os textos se fará
levando-se em conta as condições de produção e recepção dos textos
(contexto em que foram produzidos e como são feitas leituras), conforme a
constituição histórica dos sujeitos leitores/produtores por meio:
• da análise das diferentes vozes (os diferentes interesses) e as relações de
poder que permeiam as relações sociais e que estão presentes;
• da análise dos pressupostos (suposições antecipadas) por detrás dos
discursos e suas implicações na vida social dos sujeitos;
• da análise e reflexão sobre os recursos linguísticos e culturais dos textos
enquanto realizações discursivas;
• da construção de significados no texto;
• da negociação de sentidos possíveis no texto (aceitação e/ou contestações
de significados) por meio das diferentes leituras dos diferentes leitores;
• do reconhecimento de que a língua é dinâmica (exemplo: muda de acordo
com os usuários; com a idade dos usuários; com o sexo; com a finalidade
comunicativa, etc.), heterogênea (diferentes usos são possíveis), plural e
complexa;
• da conscientização de que um texto comporta múltiplas leituras;
• da diversidade cultural;
• dos valores sociais e culturais que são atribuídos às variantes sócio-culturais,
de acordo com cada grupo cultural.
PAUTANDO-SE NA CONCEPÇÃO BAKHTINIANA DE GÊNEROS DO DISCURSO
ENQUANTO O CONJUNTO COMPOSTO POR UNIDADES TEMÁTICAS,
LINGUÍSTICAS E COMPOSICIONAIS
Unidades Temáticas 1. Análise dos diferentes discursos expressos no texto como, em nível de
exemplificação, o religioso, o jurídico, o pedagógico, o jornalístico, o da mídia, o
político, o médico, o acadêmico, o escolar, o das classes dominantes sobre as
classes minoritárias (por exemplo: Afro-descendentes e Indígenas), o discurso das
classes minoritárias em relação às dominantes, o das assalariadas,etc.
2. Questões de gênero, preconceito, discriminação, estereótipos, as representações
dos Afro-descendentes e indígenas, etc.
3. História e cultura dos povos Afro-descendentes e Indígenas, etc.
Unidades Linguísticas
Análise e reflexão linguística decorrentes das necessidades específicas dos alunos
diante da leitura e/ou produção de textos, observando:
• as particularidades linguísticas observadas nas práticas discursivas
(oralidade, escrita e leitura);
• os elementos verbais e não-verbais que atuam na produção de sentidos do
texto;
• a língua em uso, isto é, a manifestação concreta, dinâmica (e não por meio de
textos produzidos apenas para fins didáticos e de estruturação linguística)
visando a construção de conhecimentos sobre o sistema linguístico
(estruturas fonéticas, sintáticas e morfológicas);
• as variantes linguísticas nos diferentes contextos sociais e históricos;
• linguagens específicas como as utilizadas na comunicação mediada pelos
recursos tecnológicos como: computador, celular, e demais aparelhos
eletrônicos, etc.
Recursos linguísticos que poderão ser trabalhados ao longo da Educação
Básica (a partir de textos – leitura e produção) e podendo ser repetidos em
todas as séries/anos, observando-se o princípio da continuidade e de
gradação de dificuldade e aprofundamento ao longo das séries/anos.
• Uso do verbo “to be” (formas negativa, interrogativa e afirmativa);
• Pronomes pessoais;
• Pronomes possessivos;
• Pronomes demonstrativos: this x these; that x those;
• Artigo definido: the
• Artigos indefinidos: a, an;
• Vocabulário específico de cada tipo de texto;
• Wh-questions (why, when, where, what, which, who(m);
• Questions words: how, how many, how much;
• Numerais cardinais e ordinais;
(A lista não se encerra aqui e poderá ser revista sempre que necessário).
2- METODOLOGIA
Coerentemente com a visão de língua presente nas DCE, o texto apresenta-se
como princípio gerador a partir do qual o professor poderá desenvolver unidades
didáticas de ensino para as aulas de LE, com vista ao desenvolvimento das práticas
de leitura, oralidade e escrita. Consideramos importante apontar o entendimento de
texto enquanto unidade de sentido, podendo ser verbal ou não-verbal. Assim, um
trecho em áudio, letras de música, fotos, imagens, gráficos, enfim, toda manifestação
da qual possa ser produzido sentido é concebida como texto.
Nessa visão, o trabalho em sala de aula deve contemplar os diferentes gêneros
discursivos como forma de oportunizar aos sujeitos o contato com as diferentes formas
e usos da língua. E, a partir do texto e das necessidades dos alunos, o professor
poderá enfocar, em grau maior ou menor, o uso da gramática. Com base na leitura
que ele faça do contexto de sala, poderá decidir em que medida deve aprofundar na
abordagem gramatical. Recomendamos, contudo, que o texto não seja usado como
pretexto para ensinar gramática e que esta não seja trabalhada por meio de extensos
exercícios gramaticais descontextualizados.
Outro ponto a ser destacado e a abordagem do texto. Não é suficiente o
trabalho com textos se as atividades propostas não fomentarem questionamentos, se
não oportunizarem aos sujeitos a expressão de suas visões de mundo e de suas
experiências, se o tipo de resposta às questões propostas demande apenas a cópia de
trechos, ou ainda se for solicitado apenas traduções sem propósitos maiores de
trabalho com a língua.
Nesse raciocínio, para que o trabalho com o texto esteja baseado em uma visão
dialógica de língua, em oposição ao ensino de uma língua morta, é necessário que o
professor conceba a leitura enquanto processo de atribuição de sentidos ao texto,
enquanto momento de interação dos leitores com o texto, com o autor, com outros
leitores, com outras leituras e experiências de mundo.
É importante que ao final de cada unidade didática, aqui entendida não apenas
no sentido formal do termo, mas também como toda conclusão de assunto, o professor
crie condições para que o aluno sistematize os conteúdos estudados por meio de
produções pessoais ou em grupos. Essas produções serão, também, instrumentos de
avaliação do rendimento dos sujeitos e do processo educativo.
Finalmente, se o coletivo de professores da disciplina estiver disposto a
expandir o trabalho, poderá criar oportunidades de socialização das produções por
meio de exposições no próprio estabelecimento, troca de produções entre sujeitos de
diferentes estabelecimentos, ou ainda na produção de páginas na internet para a
divulgação do material produzido. Além de aliar o uso de diferentes mídias, criam-se
oportunidades para outras interlocuções além daquela feita com o professor, no
momento da correção, o que dará mais sentido ao trabalho realizado.
3- AVALIAÇÃO
Na visão aqui defendida, a avaliação não pode ser vista como um instrumento
de poder utilizado com fins punitivos e como meio de controle de atitudes
comportamentais, como por exemplo, para conter ou inibir a atuação dos sujeitos no
espaço escolar e, especificamente, em sala de aula. Da mesma forma, não cabe nesta
proposta apenas o tradicional formato de avaliação por meio do instrumento “prova”, e
em um momento pontual e desvinculado das praticas cotidianas efetivadas nas aulas
de Língua estrangeira - inglês.
Diante dos apontamentos ora apresentados, recomenda-se que a avaliação
seja processual e por meio de diferentes instrumentos avaliativos que podem ser:
avaliações, pesquisas, produções orais e/ou escritas e que respeitem as formas de
expressão dos sujeitos, considerando-se o desenvolvimento de cada um ao longo do
período/processo.
Com relação aos valores das atividades avaliativas, o coletivo dos docentes
optou pelo seguinte formato: 4,0 (a soma de quatro pontos para diversificados
instrumentos avaliativos como pesquisa, produções, etc. e 6,0 (a soma de seis pontos)
para o instrumento avaliação , totalizando os 10,0 (dez pontos). Vale ressaltar que, na
disciplina de Língua Estrangeira: Inglês, o entendimento de avaliação vai além do
formato tradicional de perguntas e respostas, com questões abertas (questões
discursivas) ou questões fechadas (como as de múltipla escolha ou que apenas
demandam a localização de trechos no texto e a respectiva cópia para o espaço
destinado às respostas), ou ainda, com um conteúdo pontual pré-determinado.
Entende-se por “prova” também aqueles instrumentos que favoreçam o raciocínio e
contemplem questões e/ou atividades que permitam ao aluno (sujeito) expressar o seu
entendimento e, desde que fundamentado, com diferentes possibilidades de resposta,
como nos casos de produções de texto individuais ou em pequenos grupos a respeito
de um tema ou situação já estudada.
Sem a intenção de assumir um caráter prescritivo, recomenda-se, no momento
da correção das atividades avaliativas, que os erros não recebam um peso maior que
os acertos. Tal postura por parte do educador pode cercear a liberdade de expressão
do educando e induzi-los a memorização, contradizendo, assim, a concepção dialógica
que sustenta esta proposta.
Finalmente, uma sugestão é o uso do sistema “portfólio” de avaliação. Tal
instrumento permite os sujeitos envolvidos (professor, aluno e demais interessados) a
comparação e avaliação do rendimento individual de cada aluno ao longo do processo.
5- BIBLIOGRAFIAS
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 dez. 1996.
BRASIL. Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9394/96 para incluir
no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e
Cultura Afro-Brasileira”. Brasília, 09 jan. 2003.
BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei nº 9394/96, modificada
pela Lei nº 10.639/03, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
Brasília, 10 mar. 2008.
BRASIL. Lei nº 11.161, de 05 de agosto de 2005. Dispõe sobre o ensino de língua
espanhola. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia de Assuntos
Jurídicos, Brasília, 2005. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11161.htm>.
Acesso em: 06 Fev. 2009.
BRASIL. Orientações curriculares para o ensino médio: língua estrangeira. Brasília:
MEC, 2006.
EDMUNDO, E. S. G.; PAULA, D. J.; RABELO, E. L. Ensino de língua inglesa, gêneros
discursivos e letramento Crítico: algumas contribuições para a educação. Anais do
EPLE – XV EPLE – Encontro de professores de línguas estrangeiras do Paraná:
Línguas – culturas, identidades, integração. Curitiba, 2006. Disponível em:
<http://www.apliepar.com.br/site/anais_eple2007/artigos/16_ElianaEdmundo_JoseDirc
eu_EdsonRabelo.pdf>. Acesso em: 15 maio 2009.
EDMUNDO, E. S. G.; PAULA, D. J. O ensino de língua inglesa sob a concepção
dialógica de língua: que conteúdos privilegiar. Revista X, Vol. 1, 2008.
Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de língua estrangeira
moderna para a educação básica. Curitiba: 2008.
Secretaria de Estado da Educação. Proposta Pedagógica Curricular do Colégio
Estadual Miguel Franco Filho. Contenda, 2006.
Vários autores. Livro Didático Publico: Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e
Inglês. Curitiba: SEED-PR, 2006.
6.8 DISCIPLINA DE L.E.M. – Espanhol
_EM
1- APRESENTAÇÃO:
As propostas curriculares para o ensino e os métodos são instigados a atender
as expectativas e demandas sociais e contemporâneas, inclusive, propiciar a
aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações.
Perante isso, observa-se que atualmente, vem ocorrendo fortes modificações no
campo da ciência, principalmente nos estudos voltados à lingüística, no que diz
respeito à aquisição de uma nova língua.
A aprendizagem de uma nova língua (L2) pelo ser humano é de suma
importância, pois faz com que esse indivíduo possa compreender valores sociais e
adquirir conhecimento sobre outras culturas.
O ensino da disciplina visa desenvolver uma competência comunicativa, através
de recursos linguísticos, textuais, discursivos e socioculturais.O indivíduo deve
conseguir desenvolver uma capacidade progressiva de realizar adequação verbal
diante de situações comunicativas.
Este ensino corresponde, então, a desenvolver a capacidade de produzir textos
e compreendê-los nas mais variadas situações de comunicação.
É de suma importância que aja compreensão e expressão oral, para que essas
possibilidades existam nos princípios da gramática e elementos culturais. A habilidade
de expressão e compreensão leitora é explorada, visando a interpretação,
compreensão, leitura e produção (oral, escrita, visual) dos mais variados gêneros
textuais.
Portanto, o objetivo principal do ensino dessa disciplina é fazer com que o aluno
utilize essa nova língua em situações significativas e não se limite a uma mera prática
de formas linguísticas descontextualizadas. Este estudo trata-se da inclusão social do
indivíduo a uma sociedade diversificada e complexa e, para isso, é necessário que
exista um comprometimento mútuo no ensino-aprendizagem.
Contextualização sócio-histórica da Língua Espanhola:
De acordo com a Lei 9394 / 96, a Língua Espanhola (LEM) é incluída na grade
curricular como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, dentro das
possibilidades da instituição.
A situação do espanhol no Brasil é de auge e prestígio; há um enorme
crescimento na demanda de cursos de espanhol no Brasil por causa da procura por
este idioma estrangeiro. Isto se dá por três eixos de notável importância na vida
econômica, social e cultural do país: a criação do MERCOSUL (Mercado Comum dos
Países do Sul da América), em 1991; a aparição de grandes empresas de origem
espanhola e de estreitos laços comerciais com a Espanha, sobretudo a partir de 1996
e do peso da cultura hispânica em geral.
• MERCOSUL: Este acordo ao que pertencem os países Argentina,
Uruguai, Paraguai e Brasil até agora serve de instrumento para o
desenvolvimento de uma união aduaneira. Entre seus objetivos estão os
de criar meios para ampliar as atuais dimensões dos mercados
nacionais, potencializarem, sobre esta base, o desenvolvimento
econômico com a justiça social e o aproveitamento dos recursos
disponíveis na região, preservando o meio ambiente e melhorando os
meios de transportes e comunicação. A partir destes objetivos, começou-
se a pensar em uma unidade econômica, que inclui a criação de uma
moeda única. Em um mundo que tende à globalização econômica, é
evidente que o Mercosul levantou notáveis expectativas
socioeconômicas, especialmente nos estados do sul do Brasil, os que
fazem fronteira com os países envolvidos com o Mercosul.
• Um segundo fator que contribui para o crescimento da língua espanhola
no Brasil é a criação de grandes empresas de origem espanhola. Estas
empresas estão favorecendo a contratação de grande número de
funcionários brasileiros e a aparição de novos postos de trabalho, mas
essas empresas prestigiam sua língua mãe e nos funcionários despertam
o interesse em aprendê-la. Estão instaladas no Brasil empresas
hispânicas como: Telefônica e grandes bancos, como, por exemplo, o
Banco Santander. A Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil
agrupa mais de 60 empresas espanholas e mais de 130 associados
brasileiros.
• Entre as causas de prosperidade do espanhol no Brasil convém ter em
conta um terceiro fator: o peso da cultura hispânica no Brasil. Talvez este
seja o fator menos tangível e mensurado dos assinalados, mas a sua
relevância é evidente. O êxito obtido durante os últimos anos pela música
e pela literatura hispânica no âmbito internacional é uma realidade, como
a simpatia que a Espanha desperta por suas manifestações artísticas e
culturais. A única desvantagem que a Espanha tem sobre os países
hispano-americanos é a distância geográfica com o Brasil.
2- CONTEÚDO:
A disciplina de LEM – Espanhol, recebe como conteúdo estruturante o “Discurso
como prática social”, caracterizando-os (recursos textuais, do texto, discurso, do
discurso) como conteúdos básicos dentro das práticas discursivas.
Os gêneros são caracterizados por sua forma distinta e estável dentro da
sociedade e se dão por três elementos: conteúdo temático, estilo e construção. São
materializados em situações comunicativas, organizando, assim, a fala, a escrita e as
formas linguísticas. Nos dias atuais, não cabe mais à escola apenas ensinar o aluno a
ler e a escrever, mas, também, a instruí-lo em seus relacionamentos com a língua e as
suas práticas sociais. Existe, portanto, a necessidade de explorar as práticas da
oralidade, leitura e escrita a partir da seleção de gêneros textuais.
É necessário o ensino da oralidade, pois somente assim o aluno perceberá a
função social que a língua falada exerce, bem como fará uso dos gêneros de acordo
com o interesse próprio.
O trabalho com a oralidade nas aulas de LEM – Espanhol, “tem como objetivo
expor os alunos a textos orais, pertencentes a diferentes discursos (...) é aprender a
expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. (...) também é
importante que o aluno se familiarize com os sons da língua que está aprendendo”
(DCE, 2008, p. 66).
Quanto à prática de leitura, com a utilização de gêneros textuais a aquisição de
conhecimento torna-se mais significativa e mais próxima do contexto ao qual o aluno
pertence.
Para Koch e Elias (2007, p.37) a leitura é “uma atividade de construção de
sentido que pressupõe a interação autor-texto-leitor, é preciso considerar que nessa
atividade, além das pistas e sinalizações que o texto oferece, entram em jogo os
conhecimentos do leitor”, isso quer dizer que a partir de um determinado texto, na
medida em que o aluno vai reconhecendo os mais variáveis gêneros, pode ter uma
visão mais crítica, entender que é uma representação da realidade, poderá rejeitá-lo e,
inclusive, reconstruí-lo.
Perante a produção escrita, pode-se dizer que ela é decorrente de
conhecimentos armazenados na memória, resultado de inúmeras atividades em que o
indivíduo se envolveu ao longo de sua vida. São necessárias “práticas comunicativas
configuradas em textos, levando em conta elementos que entram em sua composição
(organização), além de aspectos do conteúdo, estilo, função e suporte de veiculação”
(KOCH; ELIAS, 2009, p. 43).
As atividades devem envolver a diversidade dos gêneros textuais, como por
exemplo, a confecção de uma carta, e-mail, bilhete, blog, etc., proporcionarão a
demanda das práticas lingüísticas da escrita e, oportunizarão a reflexão sobre
mecanismos linguísticos envolvidos no processo da escrita.
1º ano – Ensino MédioGêneros Textuais
Temáticas
Discurso direto;Conto de fadas;Letra de Música
• Sala de aula
Narrativa cotidiana;Letra de Música;Texto de opinião
• Estações do ano;• Dias da semana e meses do ano;• O meio ambiente
Álbum de Família;Fotos;Letra de música
• A família;
Cartaz;Panfleto;Trava línguas
• Festas da Espanha
2º ano – Ensino Médio
Gêneros Temáticas Conteúdos Gramaticaisddiscurso direto;Ddiálogo;
Nnarrativa cotidiana;Lletra de música
Mminha casa é…
Vverbos regulares e irregulares no pretérito imperfeito;Aas horas
Ttirinha;Qquadrinhos;
Lletra de música;
Ccotidiano Vverbo Gustar;Aapócope;Pperífrasis: estar + gerúndio;
Iinformativo de revistas;Rreceita;Ccartazes;
Aalimentação e saúde
Ppronomes possessivos;Aadjetivos;Ppesos e medidas
Ddiálogo;Eexposição oral;Aadivinhas
O corpo humano;Ssituações no telefone
Los verbos de cambioPretérito indefinido;Ppreposições
3º ano – Ensino Médio
Gêneros Temáticas Conteúdos Gramaticais Discurso direto; Charge; Paródia
Países e capitais latino-americanos
Presente do subjuntivo; As conjunções; Refranes y frases hechas
Poesia; Autobiografia; Biografia; Sinopse de filme; Cronologia
Livro e filme: O poeta e o carteiro;
Minha vida...
Imperativo; Uso dos por quês; Comparações; Os interrogativos
Poema; Cartazes; Diálogo
Cultura hispânica
Heterossemânticos; Heterotônicos; Heterogenéricos
Carta; Nota; Bilhete; E-mail. Jornal e rádio; Textos publicitários
Os meios de comunicação;
Profissões; Logística
Regras de acentuação; Pronombre complemento Repasso da conjugação verbal
3- METODOLOGIA
O ensino da língua na sala de aula tem o papel de “servir” como instrumento de
comunicação e acesso à informação propiciando conhecimento, expressão e
transformação no modo de entender o mundo e construir significados.
Dessa maneira, os procedimentos teórico-metodológicos proporcionarão o
atendimento as necessidades do aluno enfatizando os aspectos e experiências
cotidianas.
O ponto de partida do ensino da LEM – Espanhol será o texto (verbal e não-
verbal) como unidade de linguagem em uso, em que o aluno é conduzido a vivenciar
situações concretas, isto é, reais de fala e escrita. A gramática será a última partícula a
ser explorada, antes vem o texto em si, a intertextualidade, a distribuição de
informações, recursos coesivos e coerência. O gênero, qualquer que seja ele, “deve
provocar no aluno a curiosidade e a busca pela expressão, atribuição e (re)construção
de sentidos com os textos” (WOGINSKI, 2008, p. 63).
Há também, abordagem de textos literários provenientes da cultura hispânica,
sendo que existe uma riqueza imensa de aspectos culturais e sociológicos, bem como,
divulgam, aproximam e valorizam a cultura de um povo. “Ao apresentar textos
literários aos alunos, devem-se propor atividades que colaborem para que ele analise
os textos e os perceba como prática social de uma sociedade em um determinado
contexto sociocultural” (DCE, 2008, p. 67).
As atividades de LEM – Espanhol serão fundamentadas em três etapas:
• Pré-leitura: Ativação dos conhecimentos prévios do aluno;
discussão referente à temática, construção de hipóteses, etc;
• Leitura: Comprovação ou desconsideração das hipóteses citadas
anteriormente;
• Pós-leitura: Exploração e compreensão da leitura; novas leituras a
partir do texto, atividades que explorem compreensão, exploração
oral, elaboração de atividades variadas e significativas para o
aluno.
O aspecto cultural será caracterizado como prática e hábito no processo de
aquisição dessa nova língua, uma vez que não existe língua desvinculada de sua
cultura.
Contudo, o ensino do espanhol e seus aspectos culturais favorecem, além de
mera aquisição de vocabulário, uma aquisição do modo de viver dos falantes dessa
língua.
4- AVALIAÇÃO:
A avaliação é contínua, constante e ampla, no sentido de proporcionar e revelar
o aproveitamento e grau de desenvolvimento atingido pelo aluno e, por fim, proceder
aos fins de aprovação.
A avaliação terá um caráter de diagnóstico e assessoramento de superação das
mesma e abrangerá:• Avaliação de aprendizagem escrita: Conteúdos básicos da disciplina;• Avaliação de Aprendizagem oral: conhecimento da língua espanhola, das
variantes linguísticas;• Atividades avaliativas: Trabalhos escritos e/ou orais desenvolvidos em
grupo ou individualmente com recursos para fixação dos conteúdos básicos da disciplina;
• Atividades Extra-classe: trabalhos de pesquisa, exercícios práticos, materiais de apoio, projetos interdisciplinares, interculturais, resultantes dos conteúdos básicos da disciplina; como complemento dos estudos da língua espanhola de acordo com PTD (Plano de Trabalho Docente).
Ao fim de todas as avaliações e atividades avaliativas, será atribuída uma média
bimestral e, posteriormente, anual a cada aluno. Os resultados das avaliações serão
feitos conforme Regime Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de
avaliação.
5- REFERENCIAS:
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M.Ler e compreender os sentidos do texto. E. Ed. São Paulo:
Contexto, 2007.
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo:
Contexto, 2009.
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto,
2000.
KARWOSKI, A.; GAYDECZKA, B.; BRITO, H. S. (orgs) Gêneros Textuais: reflexões e
ensino. 2 ed. Ver. e ampliada. Rio de Janeiro: Cucerna, 2006.
SEDYCIAS, J. O Ensino do Espanhol no Brasil: Passado, Presente, Futuro. São Paulo:
Ed. Parábola, 2009. Trata-se de um conjunto de teses para doutorado de diversos
autores. Editado em português e espanhol.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/arquivos/File/diretrizes_2009/lem.pdf
acesso em: 30 de julho de 2010.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Livro
didático público. Língua Estrangeira Moderna: Espanhol e Inglês. 2. Ed. Curitiba:
SEED-PR, 2006.
6.9 DISCIPLINA DE LÍNGUA
PORTUGUESA
1-APRESENTAÇÃO
A proposta do ensino de Língua Portuguesa tem como embasamento teórico a
concepção sóciointeracionista da linguagem. Essa teoria concebe conhecimento como
um processo construído pelo indivíduo, em interação com o meio, ao longo de sua
vida. Nessa perspectiva, a linguagem é vista como uma atividade social, histórica e
constitutiva do homem, isto é, homem e linguagem são realidades inseparáveis. A
interação verbal (as diferentes situações em que as pessoas conversam ou escrevem
na sociedade), é portanto o espaço da realidade da língua, pois é nele que se dão as
enunciações como trabalho das pessoas envolvidas nos processos de comunicação.
O ensino de língua tem como centro o estudo do texto, em coerência com a
concepção adotada, pois se preocupa com o uso da língua nas diversas situações
sociais. Trata-se de pensar a relação de ensino como lugar de práticas de linguagem,
as quais devem ser compreendidas para que se possa usar a língua com eficiência.
Por isso, deve-se explorar ao máximo os eixos norteadores do trabalho com a língua:
oralidade, leitura e escrita.
É notório que toda reflexão referente à língua só tem sentido se considerarmos,
como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em atividades
que possibilitem aos estudantes e professores experiências reais do uso da língua
materna. Portanto, a reflexão será complexa se valorizarmos o ensino / aprendizagem
da língua além dos limites formais da mesma.
2- OBJETIVOS GERAIS
É papel fundamental da Língua e Literatura oportunizar atividades relacionadas
com outras áreas do conhecimento, com temas que envolvam questões sociais da
atualidade efetivando assim a participação plena do cidadão.
Logo, é necessário possibilitar aos alunos a ampliação do domínio de uso das
linguagens verbais e não verbais através do contato direto com textos dos mais
variados gêneros, orais ou escritos, engendrados pelas necessidades humanas
enquanto falante do idioma.
Para isso, a escola deverá organizar um conjunto de atividades que,
progressivamente, possibilite ao aluno:
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos
• discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de
produção/leitura;
• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo
de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da literatura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho
com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita;
• Utilizar a linguagem na escrita e produção de textos orais e na leitura e
produção de textos escritos de modo a atender a múltiplas demandas sociais,
responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as
diferentes condições de produção do discurso;
• Empregar a linguagem em diferentes situações de uso, adequando-a a cada
contexto e interlocutor, desvelando as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e áreas do conhecimento, posicionando-se diante dos mesmos;
• Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo
a capacidade de avaliação dos textos:
• Conhecer e valorizar as diferentes variedades do Português, procurando
combater o preconceito lingüístico;
• Reconhecer e valorizar seu grupo social como instrumento adequado e eficiente
na comunicação cotidiana, outros grupos sociais que se expressem por meio de
outras variedades;
• Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise lingüística
para expandir sua capacidade de monitoração como das possibilidades de uso
da linguagem, ampliando a capacidade da análise crítica.
3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Os conteúdos serão relacionados, priorizando os três eixos básicos: oralidade,
leitura e escrita. Pois o objeto da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante,
portanto, é o discurso como prática social. Sem esquecer que eles se repetem
basicamente de uma série para outra, o que acontece é uma graduação de
dificuldade, uma análise mais aprofundada, que exige um maior grau de
conhecimentos.
6º ANO:
Domínio da língua oral: desenvolver a expressão oral no sentido da adequação
da linguagem ao assunto, ao objetivo e aos interlocutores.
• Relatos (experiências pessoais, histórias familiares e da comunidade,
eventos, brincadeiras, acontecimentos, textos lidos (literários ou
informativos), programas de TV, entrevistas, filmes;
• Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas
contemporâneas, filmes, programas);
• Criação (histórias, quadrinhas, piadas, adivinhações, charadas);
• Apresentações teatrais, dramatizações, jograis;
• Contação de histórias;
• Declamação de poemas;
• Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio
aluno ou pessoas de deu convívio;
• Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções
tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar
resumos, expor programações, dar avisos e fazer convites;
• Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constar as
similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;
• Relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática;
• Debates, seminários, júris simulados e outras atividades que possibilitem o
desenvolvimento da argumentação;
• Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações
para serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pautas,
hesitações, truncamentos, mudanças de construção textual,
descontinuidade do discurso, grau de formalidade e comparação com
outros textos.
No que se refere às atividades da fala:
• Clareza na exposição de idéias;
• Seqüência na exposição de idéias;
• Objetividade na exposição de idéias;
• Consistência argumentativa na exposição de idéias;
• Adequação vocabular ao interlocutor e às situações de uso;
• Discussão em sala de aula.
No que se refere à fala do outro:
• Reconhecimento das intenções e objetivos;
• Respeito e acolhida pelas diferenças e diversidades na forma oral de
expressão;
• Construção de sentidos e significados ao longo das trocas lingüísticas
orais ou escritas;
• Julgar a fala do outro na perspectiva da educação às circunstâncias da
clareza e consistência argumentativa.
No que se refere ao domínio da norma padrão:
• Análise e reflexão com experiências reais;
• Usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas;
• Atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão;
• Aplicação correta dos verbos em atividades de fala;
• Concordância verbal e nominal;
• Regência verbal e nominal;
• Emprego de pronomes, advérbios, conjunções.
Domínio da Leitura: reconhecer em qualquer atividade da leitura a presença do
outro bem como a sua intenção.
Prática de leitura de diferentes tipos e gêneros textuais curtos e longos.
• Textos informativos ( bulas, verbetes, notícias, artigos, depoimentos);
• Textos de imprensa ( notícias, artigos, carta de leitores, anúncios,
propagandas);
• Textos lúdicos ( trava-línguas, quadrinhas, adivinhas, parlendas e
piadas);
• Textos literários ( canções, fábulas, contos, narrações, novelas,
histórias,
• peças de teatro, poemas, histórias em quadrinhos, cordel).
• Textos didáticos.
No que se refere à interpretação:
• Identificar as idéias básicas apresentadas no texto;
• Reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo,
informativo, poético,literário, de imprensa e outros);
• Identificar o processo e o contexto de produção;
• Confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas;
• Atribuir significados que extrapolem o texto lido;
• Proceder a leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o
mesmo tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em
épocas diferente; o mesmo tema sob perspectivas diferentes).
No que se refere à análise de textos lidos:
* Avaliar o nível argumentativo;
* Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;
* Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e
recursos coesivos).
No que se refere à mecânica da leitura:
• Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do
texto e sua relação com os sinais de pontuação.
Domínio da escrita: desenvolver a noção de adequação na produção de textos,
reconhecendo a presença do interlocutor e as circunstâncias da produção. O texto é
um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas.
No que se refere à produção de textos:
• Relatos ( histórias de vida, causos que a família conta);
• Bilhetes, cartas, cartazes, avisos(textos pragmáticos);
• Poemas, contos, fábulas( textos literários);
• Notícias, anúncios( textos de imprensa);
• Narrativas reais e imaginárias;
• Histórias em quadrinhos;
• Textos informativos;
• Pequenas peças teatrais;
• Textos lúdicos ( quadrinhas, piadas, advinhas, parlendas, canções);
No que se refere ao conteúdo:
• Clareza;
• Coerência;
• Argumentação.
No que se refere à estrutura:
• Processos de coordenação e subordinação na construção das orações;
• Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc.);
• A organização de parágrafos;
• Pontuação.
No que se refere à expressão:
• Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência
verbal e nominal, conjugação verbal);
No que se refere à organização gráfica dos textos:
• Ortografia;
• Acentuação;
• Recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).
7º ANO
Domínio da Língua oral: Desenvolver a expressão oral no sentido da adequação
da linguagem ao assunto, ao objetivo e aos interlocutores.
Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,
acontecimentos, eventos, textos lidos (literários ou informativos), programas de TV,
filmes, entrevistas);
Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas,
filmes, programas).
No que se refere às atividades da fala:
• Clareza na exposição das ideias;
• Sequencia na exposição das ideias;
• Objetividade na exposição das ideias;
• Consistência argumentativa na exposição das idéias;
• Adequação vocabular ao interlocutor e às situações de uso;
• Discussão em sala de aula.
. No que se refere à fala do outro:
• Reconhecimento das intenções e objetivos;
• Respeito e acolhida pelas diferenças e diversidades na forma oral de
expressão;
• Construção de sentidos e significados ao longo das trocas lingüísticas
orais ou escritas;
• Julgar a fala do outro na perspectiva da educação às circunstâncias da
clareza e consistência argumentativa.
No que se refere ao domínio da norma padrão:
• Análise e reflexão com experiências reais;
• Usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas;
• Atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão;
• Aplicação correta dos verbos em atividades de fala;
• Concordância verbal e nominal;
• Regência verbal e nominal;
• Emprego de pronomes, advérbios, conjunções.
Domínio da Leitura: Reconhecer em qualquer atividade da leitura a
presença do outro bem como a sua intenção.
Prática de leitura de diferentes tipos e gêneros textuais curtos e longos.
• Textos informativos ( bulas, verbetes, notícias, artigos, depoimentos);
• Textos de imprensa ( notícias, artigos, carta de leitores, anúncios,
propagandas);
• Textos lúdicos ( trava-línguas, quadrinhas, adivinhas, parlendas e
piadas);
• Textos literários ( canções, fábulas, contos, narrações, novelas,
histórias, peças de teatro, poemas, histórias em quadrinhos, cordel).
• Textos didáticos.
No que se refere à interpretação:
• Identificar as ideias básicas apresentadas no texto;
• Reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo,
informativo, poético,literário, de imprensa e outros);
• Identificar o processo e o contexto de produção;
• Confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;
• Atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;
• Proceder a leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o
mesmo tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em
épocas diferentes; o mesmo tema sob perspectivas diferentes).
No que se refere à analise de textos lidos:
• Avaliar a nível argumentativo;
• Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;
• Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e
recursos coesivos).
No que se refere à mecânica da leitura:
Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do
texto e sua relação com os sinais de pontuação.
Domínio da Escrita: Desenvolver a noção de adequação na produção de textos,
reconhecendo a presença do interlocutor e as circunstâncias da produção. O texto é
um elo de interação social e gêneros discursivos são construções coletivas.
No que se refere à produção de textos:
• Relatos ( histórias de vida, causos que a família conta);
• Bilhetes, cartas, cartazes, avisos( textos pragmáticos);
• Poemas, contos, fábulas( textos literários);
• Notícias, cartas de leitor e entrevistas( textos de imprensa);
• Narrativas reais e imaginárias;
• Histórias em quadrinhos;
• Relatórios, resumos, anúncios, cartazes( textos de divulgação);
• Textos dissertativos;
• Textos informativos;
• Peças teatrais;
• Textos lúdicos ( quadrinhas, piadas, advinhas, parlendas, canções)
No que se refere ao conteúdo:
• Clareza;
• Coerência;
• Argumentação.
No que se refere à estrutura:
• Processos de coordenação e subordinação na construção das orações;
• Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc.);
• A organização de parágrafos;
• Pontuação.
No que se refere à expressão:
• Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência
verbal e nominal, conjugação verbal).
No que se refere à organização gráfica dos textos:
• Ortografia;
• Acentuação;
• Recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).
8º ANO:
Domínio da Língua Oral: Desenvolver a expressão oral no sentido da adequação
da linguagem ao assunto, ao objetivo e aos interlocutores.
Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,
acontecimentos, eventos, textos lidos (literários ou informativos), programas de TV,
filmes, entrevistas);
Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas,
filmes, programas).
No que se refere à atividade da fala:
• Clareza na exposição das idéias;
• Seqüência da exposição das idéias;
• Objetividade na exposição das idéias;
• Consistência argumentativa na exposição das idéias;
• Adequação vocabular ao interlocutor e às situações de uso;
• Discussão em sala de aula.
No que se refere à fala do outro:
• Reconhecimento das intenções e objetivos;
• Respeito e acolhida pelas diferenças e diversidades na forma oral de
expressão;
• Construção de sentidos e significados ao longo das trocas lingüísticas
orais ou escritas;
• Julgar a fala do outro na perspectiva da educação às circunstâncias da
clareza e consistência argumentativa.
No que se refere ao domínio da norma padrão:
• Análise e reflexão com experiências reais;
• Usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas;
• Atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão;
• Aplicação correta dos verbos em atividades de fala;
• Concordância verbal e nominal;
• Regência verbal e nominal;
• Emprego de pronomes, advérbios, conjunções.
Domínio da Leitura: Reconhecer em qualquer atividade da leitura a presença do
outro bem como a sua intenção.
Prática de leitura de diferentes tipos e gêneros textuais curtos e longos.
• Textos informativos ( bulas, verbetes, notícias, artigos, depoimentos);
• Textos de imprensa ( notícias, artigos, carta de leitores, anúncios,
propagandas);
• Textos lúdicos ( trava-línguas, quadrinhas, adivinhas, parlendas e
piadas);
• Textos literários ( canções, fábulas, contos, narrações, novelas, histórias,
peças de teatro, poemas, histórias em quadrinhos, cordel).
• Textos didáticos.
No que se refere à interpretação:
• Identificar as idéias apresentadas no texto;
• Reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo,
informativo, poético,literário, de imprensa e outros);
Identificar o processo e o contexto de produção;
• Confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas;
• Atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;
• Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o
mesmo tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em
épocas diferentes; o mesmo tema sob perspectivas diferentes).
No que se refere à análise de textos lidos:
• Avaliar o nível argumentativo;
• Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;
• Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e
recursos coesivos).
No que se refere à mecânica da leitura:
• Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo
do texto e sua relação com os sinais de pontuação.
Domínio da Escrita: Desenvolver a noção de adequação na produção de textos,
reconhecendo a presença do interlocutor e as circunstâncias da produção. O texto é
um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas.
No que se refere à produção de textos:
• Relatos ( histórias de vida, causos que a família conta, pesquisas de
mitos, contos e lendas);
• Bilhetes, cartas, cartazes, avisos( textos pragmáticos);
• Poemas, contos, crônicas( textos literários);
• Notícias, cartas de leitor e entrevistas( textos de imprensa);
• Narrativas reais e imaginárias;
• Histórias em quadrinhos;
• Relatórios, resumos de artigo, anúncios, cartazes e verbetes( textos
de divulgação);
• Textos dissertativos;
• Textos informativos;
• Peças teatrais;
• Textos lúdicos ( quadrinhas, piadas, advinhas, parlendas, canções)
• Paródias.
No que se refere ao conteúdo:
• Clareza;
• Coerência;
• Argumentação.
No que se refere à estrutura:
• Processos de coordenação e subordinação na construção das orações;
• Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes);
• A organização de parágrafos;
• Pontuação.
No que se refere à expressão:
• Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência
verbal e nominal).
No que se refere à organização gráfica dos textos:
• Ortografia;
• Acentuação;
• Recursos gráfico-visuais (margem, título)
No que se refere a aspectos da gramática tradicional:
• Reconhecer e refletir sobre a estrutura do texto: os recursos coesivos, a
conectividade seqüencial e a estruturação temática;
• Refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto,
objeto indireto e predicativo;
• Reconhecer as categorias sintáticas - os constituintes: sujeito e predicado,
núcleo e especificadores;
• A posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de
inversão;
• A estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;
• A sintagma verbal e nominal e sua flexão;
• A complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos;
• As sentenças simples e complexas;
• A adjunção;
• A coordenação e a subordinação.
9º ANO
Domínio da Língua Oral: Desenvolver a expressão oral no sentido da adequação
da linguagem ao assunto, ao objetivo e aos interlocutores.
Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos,
eventos, textos lidos (literários ou informativos), programas de TV, filmes, entrevistas,
etc.);
Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas,
filmes, programas).
No que se refere às atividades da fala:
• Clareza na exposição de idéias;
• Seqüência na exposição de idéias;
• Objetividade na exposição de idéias;
• Consistência argumentativa na exposição de idéias;
• Adequação vocabular ao interlocutor e às situações de uso;
• Discussão em sala de aula.
No que se refere à fala do outro:
• Reconhecimento das intenções e objetivos;
• Respeito e acolhida pelas diferenças e diversidades na forma oral de
expressão;
• Construção de sentidos e significados ao longo das trocas lingüísticas
orais ou escritas;
• Julgar a fala do outro na perspectiva da educação às circunstâncias da
clareza e consistência argumentativa.
No que se refere ao domínio da norma padrão:
• Análise e reflexão com experiências reais;
• Usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas;
• Atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão;
• Aplicação correta dos verbos em atividades de fala;
• Concordância verbal e nominal;
• Regência verbal e nominal;
• Emprego de pronomes, advérbios, conjunções.
Domínio da Leitura: Reconhecer em qualquer atividade da leitura a
presença do outro bem como a sua intenção.
Prática de leitura de diferentes tipos e gêneros textuais curtos e longos.
• Textos informativos ( bulas, verbetes, notícias, artigos, depoimentos);
• Textos de imprensa ( notícias, artigos, carta de leitores, anúncios,
propagandas);
• Textos lúdicos ( trava-línguas, quadrinhas, adivinhas, parlendas e
piadas);
• Textos literários ( canções, fábulas, contos, narrações, novelas, histórias,
peças de teatro, poemas, histórias em quadrinhos, cordel).
• Textos didáticos.
No que se refere à interpretação:
• Identificar as idéias apresentadas no texto;
• Reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo,
informativo, poético, literário, de imprensa e outros);
• Identificar o processo e o contexto de produção;
Confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas;
• Atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;
• Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o
mesmo tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em
épocas diferentes; o mesmo tema sob perspectivas diferentes).
No que se refere à análise de textos lidos:
• Avaliar o nível argumentativo;
• Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;
• Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural praagrafação e
recursos coesivos).
No que se refere à mecânica da leitura:
• Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do
texto e sua relação com os sinais de pontuação.
Domínio da Escrita: Desenvolver a noção de adequação na produção de textos,
reconhecendo a presença do interlocutor e as circunstâncias da produção. O texto é
um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas.
No que se refere à produção de textos:
• Relatos ( histórias de vida, causos que a família conta, pesquisas de
mitos, contos e lendas);
• Bilhetes, cartas, cartazes, avisos( textos pragmáticos);
• Poemas, contos, crônicas( textos literários);
• Notícias, cartas de leitor e entrevistas( textos de imprensa);
• Narrativas reais e imaginárias;
• Histórias em quadrinhos;
• Relatórios, resumos de artigo, anúncios, cartazes e verbetes( textos de
divulgação);
• Textos dissertativos;
• Textos informativos;
• Peças teatrais;
• Textos lúdicos ( quadrinhas, piadas, advinhas, parlendas, canções);
• Paródias;
• Ofícios;
• Requerimentos.
• Dissertações.
No que se refere ao conteúdo:
• Clareza;
• Coerência;
• Argumentação.
No que se refere à estrutura:
• Processos de coordenação e subordinação na construção das orações;
• Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc.);
• A organização de parágrafos;
• Pontuação.
No que se refere à expressão:
•Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal
e nominal).
No que se refere à organização gráfica dos textos:
•Ortografia;
• Acentuação;
• Recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).
No que se refere a aspectos da gramática tradicional:
• Reconhecer e refletir sobre a estrutura do texto: os recursos coesivos, a
conectividade seqüencial e a estruturação temática;
• Refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto,
objeto indireto e predicativo;
• Reconhecer as categorias sintáticas - os constituintes: sujeito e
predicado, núcleo e especificadores;
• A posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de
inversão;
• A estrutura da oração com verbos: ser, ter e haver;
• A sintagma verbal nominal e sua flexão;
• A complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos;
• As sentenças simples e complexas;
• A adjunção;
• A coordenação e a subordinação.
4- METODOLOGIA:
A metodologia do ensino de Língua Portuguesa não tem como ser “estática”. Se
o conteúdo e os fundamentos pedem diversidade textual, oralidade, escrita, enfim,
construção e reconstrução permanentes, o trabalho pede atividades dinâmicas.
Língua Portuguesa permite extensa gama de temas a serem discutidos e
atividades a serem elaboradas, basta saber aproveitar essa oportunidade.
O ensino de Língua Portuguesa envolve práticas de expressão oral, leitura,
produção de textos orais e escritos, momentos específicos de reflexão sobre a língua e
deverá oportunizar ao máximo o trabalho com o texto, que será o eixo norteador de
toda ação do professor.
A língua oral, como conteúdo escolar, deve ser trabalhada dentro de um
ambiente favorável que garanta o respeito mútuo e acolha a diversidade dos alunos
em relação a sua cultura e ao seu meio.
É na oralidade também que se torna possível uma maior compreensão dos
conteúdos que são ensinados. Ao estabelecer uma verdadeira interlocução em sala de
aula torna-se possível detectar dificuldades, não apenas de expressão, mas de
entendimento das atividades propostas, das produções escritas e de conteúdos mais
complexos.
No que diz respeito à leitura serão escolhidos textos que contribuam para a
formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os
sentidos, a extensão e a profundidade de cada tipologia textual, favorecendo o
desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir, como as relacionadas a seguir:
• apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um filme,
um livro;
• depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou
pessoas de seu convívio;
• uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas,
colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor
programações, dar avisos, fazer convites .
• confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as
similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;
• relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática;
• debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o
desenvolvimento da argumentação;
• análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para
serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, hesitações,
truncamentos, mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso,
grau de formalidade, comparação com outros textos.
• cabe ao professor respeitar os conhecimentos prévios do leitor e experiências,
que permitam fazer previsões e inferências sobre o texto, construindo
significado global procurando pistas formais, formulando e reformulando
hipóteses, aceitando e rejeitando conclusões, usando estratégias baseadas no
seu conhecimento lingüistico e na sua vivência sociocultural, seu conhecimento
do mundo.
• deve propiciar atividades que levem em conta o diálogo, as relações
estabelecidas entre textos (intertextualidade), lembrando que o diálogo
intertextual multiplica as possibilidades dialógicas. Um texto leva a outro e o
leitor participa da elaboração dos significados confrontando-os com o próprio
saber e com a experiência de vida.
O domínio da leitura implica conhecer e saber utilizar diferentes organizações
textuais, recursos expressivos e sinais gráficos convencionais para que o texto
produzido cumpra sua função.
O processo de apropriação desse conhecimento é longo e ocorre pela
mediação do professor e pela interação com o objeto do conhecimento, nesse caso o
texto escrito. Considerando isso, os alunos serão desafiados a utilizar diferentes
formas de organização textual (textos informativos, narrativos, descritivos,
dissertativos, poéticos) para que se tornem capazes de produzir textos coerentes e
coesos, escolhendo o tipo mais adequado a seus objetivos e utilizando uma estrutura
adequada.
Através da prática da análise lingüística buscar-se-á a melhoria da capacidade
de expressão e compreensão dos alunos tanto na linguagem oral quanto escrita,
possibilitando a reflexão sobre a língua. São atividades que desafiam os alunos a
produzir linguagem, o que lhes permite compreender como ela funciona.
Desenvolver esta prática significa refletir sobre a língua voltando-se para seu
uso (atividade epilingüística) e também voltar-se para a descrição do fato lingüístico,
categorizando e sistematizando seus elementos ( atividades metalingüísticas ).
Na escola é preciso criar situações que oportunizam a utilização da linguagem
em diferentes situações em que ler e escrever tenham finalidade específica e não
configurem um exercício mecânico e sem sentido.
Ao procurar desenvolver no aluno a capacidade de ler e compreender textos, de
produzir textos orais e escritos, de proceder a análise lingüística estará buscando
também o desenvolvimento da capacidade construtiva e transformadora.
Em literatura, espera-se formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu,
com condições de reconhecer a tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação que
está presente no ato de ler. O professor deve privilegiar num primeiro momento, a
leitura e, na medida que o aluno amplie seu repertório de conhecimento de obras o
professor vai incentivar a capacidade crítica sobre as leituras feitas a partir da
socialização destas em sala de aula.
5-AVALIAÇÃO:
A avaliação como prática integrante do processo educativo contemplará uma
série de ações que permitem tanto ao aluno como ao professor analisar a caminhada
de cada um em relação à aprendizagem.
As duas formas de avaliação: a somativa e a normativa serão contempladas
durante o processo , visando o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A
somativa é realizada geralmente ao final de um período e é usada para definir uma
nota ou estabelecer um conceito. Esta avaliação não será excluída do nosso sistema
escolar, mas complementada pela formativa que considera os ritmos e processos de
aprendizagem diversos, sendo contínua e diagnostica, aponta dificuldades,
possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa o
professor e o aluno acerca do ponto em que se encontram, ajuda-os a refletir, faz o
professor procurar caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais
das aulas.
Conforme as recomendações das Diretrizes, a oralidade, é avaliada em função
da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. O professor
verifica a participação do aluno nos diálogos, relatos, exposições de idéias,
entrevistas, conversas, comentários, jornais falados e outras atividades. Algumas
circunstâncias proporcionam oportunidade do aluno avaliar suas produções e a dos
outros.
A avaliação da leitura contempla as relações dialógicas entre autor e leitor,
produção de sentidos, o posicionamento do aluno-leitor, reconhecimento da função
das tipologias textuais, compreensão da estrutura textual, do tema, articulação entre
as partes, clareza e coerência.
Não pode ser esquecido que a avaliação deve considerar as diferenças de
leituras de mundo e o repertório de experiências dos alunos.
Avaliar o aluno quanto a aprendizagem da escrita não restringe a verificar se escreve
convencionalmente ou não. O que determina a adequação do texto escrito são as
circunstâncias de sua produção e o resultado da ação. Os critérios e parâmetros
estarão bem claros e definidos para o aluno e para o professor. A proposta de escrita
será uma simulação real de comunicação. O texto produzido não será visto como
produto final e sim como uma fase do processo. A reescrita valoriza o esforço daquele
que escreve. Será feita tantas vezes julgar necessária, até que o texto lhe pareça bom
para atender a intenção e claro para o outro que o lerá. As produções serão
socializadas de diferentes formas: murais, coletâneas ou publicações em jornais.
6- BIBLIOGRAFIA:
CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES Cochar Thereza. Português: Linguagens.
2.ed. São Paulo: Atual, 2002.
FERREIRA, Mauro. Entre Palavras. São Paulo: FTD, 1998.
DCE - DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
DO ESTADO DO PARANÁ – 2006 -
SOUZA, Cassia Garcia de e CAVÉQUIA, Marcia Paganini. Linguagem Criação e
Interação. São Paulo: Saraiva, 2004.
DISCIPLINA DE LÌNGUA PORTUGUESA ENSINO MÉDIO.
1- APRESENTAÇÃO :
Por ser de natureza basicamente transdisciplinar de linguagem entre as
linguagens que estrutura, e por ser estruturada no social que regula o pensamento
para certo sentido, a disciplina de Língua Portuguesa e Literatura está integrada à área
de Linguagens e Códigos. Assim, seu estudo deve, pela interação verbal, permitir o
desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos. Considerando-a como
linguagem, ação em interação, podemos atender à comunicabilidade esperada dos
alunos.
Para que haja sucesso nessa comunicabilidade é preciso pressupor que o
processo de ensino-aprendizagem de Língua e Literatura, no Ensino Médio, deverá ter
antes uma visão sobre o que é linguagem verbal porque ela se caracteriza como
construção humana e histórica de um sistema lingüístico e comunicativo em
determinados contextos. Assim, na gênese da linguagem verbal estão presentes o
homem, seus sistemas simbólicos e comunicativos em um mundo sociocultural.
A lingagem verbal será o material de reflexão, já que, para o professor de língua
materna, ela é prioritária como instrumento de trabalho. Mas, para efeito didático, as
expressões humanas incorporam todas as linguagens.
Como ponto de partida para a decisão daquilo que será desenvolvido, tendo
como referência o valor da linguagem nas diferentes esferas sociais, o caráter
sociointeracionista da linguagem verbal aponta para uma opção metodológica de
verificação do saber lingüístico dos alunos.
Para que isso se concretize efetivamente devemos partir da unidade básica da
linguagem verbal que é o texto, compreendido como a fala e o discurso que se produz,
e a função comunicativa, o principal eixo de sua atualização e a razão do ato
lingüístico.
Assim, o aluno deve ser considerado como produtor de textos, aquele que pode
ser entendido pelos textos que produz e que o constitui como ser humano. O texto só
existe na sociedade e é produto de uma história social e cultural, único em cada
contexto, porque marca o diálogo entre os interlocultores que o produzem e entre os
outros textos que o compõem.
É notório que toda reflexão referente à língua só tem sentido se considerarmos,
como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em atividades
que possibilitem aos estudantes e professores experiências reais do uso da língua
materna. Portanto, a reflexão será complexa se valorizarmos o ensino/aprendizagem
da língua além dos limites formais da mesma.
2- OBJETIVO GERAL
É papel fundamental da Língua e Literatura oportunizar atividades relacionadas
com outras áreas do conhecimento, com temas que envolvam questões sociais da
atualidade efetivando assim a participação plena do cidadão.
Logo, é necessário possibilitar aos alunos a ampliação do domínio de uso das
linguagens verbais e não verbais através do contato direto com textos dos mais
variados gêneros, orais ou escritos, engendrados pelas necessidades humanas
enquanto falante do idioma.
Para isso, a escola deverá organizar um conjunto de atividades que,
progressivamente, possibilite ao aluno:
Utilizar a linguagem na escrita e produção de textos orais e na leitura e
produção de textos escritos de modo a atender a múltiplas demandas sociais,
responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as
diferentes condições de produção do discurso;
Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade,
operando sobre as representações construídas em várias áreas do conhecimento:
Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo
a capacidade de avaliação dos textos:
Conhecer e valorizar as diferentes variedades do Português, procurando
combater o preconceito lingüístico;
Reconhecer e valorizar seu grupo social como instrumento adequado e eficiente
na comunicação cotidiana, outros grupos sociais que se expressem por meio de outras
variedades;
Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise lingüística
para expandir sua capacidade de monitoração como das possibilidades de uso da
linguagem, ampliando a capacidade da análise crítica.
3- CONTEÚDOS
1º ANO
• A língua e suas variedades;
• Elementos da Comunicação;
• Linguagem, língua, fala e discurso.
• Funções da Linguagem.
• O sentido das palavras
• Figuras de linguagem
• Fonética
• As diferenças entre os tipos de textos: descritivo, narrativo, informativo,
argumentativo, poético.
2º bimestre
• Gêneros literários
• Estilos e periodização literária
• Ortografia ( j / g ,s/z,x/ch,s/ss/ç/c, uso dos porquês,onde/aonde,mal/mau
• Crase
• Acentuação gráfica
3º bimestre
• Trovadorismo
• Humanismo
• Classicismo
• Pontuação
• Emprego do hífen
4º Bimestre
• Estrutura das palavras: radicais gregos e latinos; prefixos gregos e latinos.
• Formação das palavras
• Barroco
• Arcadismo
• Coesão e coerência textual
2º ANO
1º bimestre
• Romantismo
• Romantismo no Brasil
• Autores Românticos Gonçalves Dias, José de Alencar, Joaquim manuel de
Macedo)
• Substantivo
• Artigo
• Adjetivo
• Narração (personagens)
2º bimestre
• Autores Românticos
• Álvares de Azevedo
• Casimiro de Abreu
• Fagundes Varela
• Castro Alves
• Bernardo Guimarães
• Manuel Antonio de Almeida.
• Pronomes
• Numeral
• Narração (A construção do Enredo)
3º Bimestre
• Projeto sobre problemas sociais dentro da obra O Cortiço
• O Realismo no Brasil
• Aluísio de Azevedo
• Raul Pompéia
• Verbo
• Advérbio
• Preposição
• Narração (narrador)
4º Bimestre
• Machado de Assis
• Parnasianismo
• Simbolismo
• Cruz e Souza
• Conjunção
• Interjeição
• Concordância Nominal
• Concordância Verbal
• Elementos Narrativos
CONTEÚDOS – 3º ANO
1º bimestre
• Pré-Modernismo (1902 a 1922)
• Euclides da Cunha
• Monteiro Lobato
• Análise Sintática - Período Simples
• O mundo dissertativo – delimitação
2º bimestre
• Modernismo no Brasil
• Mário de Andrade
• Manuel bandeira
• Rachel de Queiroz
• Análise Sintática - período simples
• Dissertação - assumindo um ponto de vista
3º bimestre
• Graciliano Ramos
• Jorge Amado
• Érico Veríssimo
• João Guimarães Rosa
• Regência Nominal e verbal
• Período composto por subordinação
• \Orações subordinadas substantivas
• A argumentação causal – os porquê
4º bimestre
• Carlos Drumond de Andrade
• João Cabral de Melo Neto
• Considerações sobre a Literatura Contemporânea
• Orações subordinadas adjetivas
• Orações subordinadas adverbiais
• A estrutura do texto dissertativo
4- METODOLOGIA
A metodologia do ensino de Língua Portuguesa não tem como ser “estática”. Se
o conteúdo e os fundamentos pedem diversidade textual, oralidade, escrita, enfim,
construção e reconstrução permanentes, o trabalho pede atividades dinâmicas.
A Língua Portuguesa permite extensa gama de temas a serem discutidos e
atividades a serem elaboradas, basta saber aproveitar essa oportunidade.
O ensino de Língua Portuguesa envolve práticas de expressão oral, leitura,
produção de textos orais e escritos, momentos específicos de reflexão sobre a língua e
deverá oportunizar ao máximo o trabalho com o texto, que será o eixo norteador de
toda ação do professor.
A língua oral, como conteúdo escolar, deve ser trabalhada dentro de um
ambiente favorável que garanta o respeito mútuo e acolha a diversidade dos alunos
em relação a sua cultura e ao seu meio.
É na oralidade também que se torna possível uma maior compreensão dos
conteúdos que são ensinados. Ao estabelecer uma verdadeira interlocução em sala de
aula torna-se possível detectar dificuldades, não apenas de expressão, mas de
entendimento das atividades propostas, das produções escritas e de conteúdos mais
complexos.
No que diz respeito à leitura serão escolhidos textos que contribuam para a
formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os
sentidos, a extensão e a profundidade de cada tipologia textual, favorecendo o
desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir, como as relacionadas a seguir:
• apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um filme,
um livro etc;
• depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou
pessoas de seu convívio:
• uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções
tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos,
expor programações, dar avisos, fazer convites etc;
• confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as
similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;
• relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática;
• debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o
desenvolvimento da argumentação;
• análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para
serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, hesitações,
truncamentos, mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso,
grau de formalidade, comparação com outros textos, etc.
O domínio da leitura implica conhecer e saber utilizar diferentes organizações
textuais, recursos expressivos e sinais gráficos convencionais para que o texto
produzido cumpra sua função.
O processo de apropriação desse conhecimento é longo e ocorre pela
mediação do professor e pela interação com o objeto do conhecimento, nesse caso o
texto escrito. Os alunos devem ser desafiados a utilizar diferentes formas de
organização textual ( textos informativos, narrativos, descritivos, dissertativos,
poéticos) para que se tornem capazes de produzir textos coerentes e coesos,
escolhendo o tipo mais adequado a esses objetivos e utilizando uma estrutura
adequada.
Através da prática da análise lingüística busca-se a melhoria da capacidade de
expressão e compreensão dos alunos tanto na linguagem oral quanto escrita,
possibilitando a reflexão sobre a língua. São atividades que desafiam os alunos a
produzir linguagem, o que lhes permite compreender como ela funciona.
Desenvolver esta prática significa refletir sobre a língua voltando-se para seu
uso ( atividade epilinguística ) e também voltar-se para a descrição do fato linguístico,
categorizando e sistematizando seus elementos ( atividades metalinguísticas ).
Na escola é preciso criar situações que oportunizam a utilização da linguagem
em diferentes situações em que ler e escrever tenham finalidade específica e não
configurem um exercício mecânico e sem sentido.
Ao procurar desenvolver no aluno a capacidade de ler e compreender textos, de
produzir textos orais e escritos, de proceder a análise lingüística busca-se também o
desenvolvimento da capacidade construtiva e transformadora.
5- AVALIAÇÃO
A avaliação como prática integrante do processo educativo deve contemplar
uma série de ações que permitem tanto ao aluno como ao professor analisar a
caminhada de cada um em relação à aprendizagem.
Assim sendo a avaliação deverá acontecer ao longo do processo ensino
aprendizagem de forma contínua e em caráter diagnóstico.
A avaliação da linguagem oral deverá contemplar atividades que desafiam o
aluno a expressar-se oralmente através de conversas, entrevistas, debates,
comentários, narrativas orais. Para avaliar como cada aluno está em relação a leitura
deverão ser observados aspectos como: identificação das diferentes tipologias
textuais, leitura convencional atribuindo sentido ao texto, compreensão das ideias e
reconhecimento das intenções do autor.
Avaliar o aluno quanto à aprendizagem da escrita não se restringe a verificar se
lê ou escreve convencionalmente ou não, mas ao proceder a avaliação da produção
escrita o professor deverá observar se o aluno escreve com clareza e coerência,
utilizando recursos básicos de coesão e estruturas próprias do discurso escrito.
6- BIBLIOGRAFIA
MAIA, João Domingues. Português. 10.ed. São Paulo: Ática,2003.
FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. 1.ed. Curitiba: Base Editora,
2005.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff e SOUZA, Jésus Barbosa. Português: Literatura,
Produção de Textos & Gramática. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO
MÉDIO – SEED.
IDENTIDADE DO ENSINO MÉDIO.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
6.10 DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
1-APRESENTAÇÃO
Entendemos a matemática como parte do conjunto de conhecimentos
científicos, um bem cultural construído nas relações do homem com o mundo em que
vive e no interior das relações.
Nós professores devemos ter consciência de como foi construído o
conhecimento atual, devemos saber quais as etapas que a matemática percorreu
desde a época clássica à moderna, podemos comparar com um castelo de cartas, pois
não devemos começá-lo por cima, senão é bem provável que venha a desabar, por
isso é que devemos ter em mente como foi que o homem na sua evolução foi
estruturando a matemática que conhecemos hoje, não devemos subestimar o poder
da história, porque afinal é ela que nos conta quem somos e de onde viemos.
A matemática como ciência exata, faz parte da ciência humana. Permeia todas
as áreas do conhecimento, disponibilizando ao indivíduo o exercício de sua
capacidade cognitiva. Desenvolve, portanto, a capacidade de compreender o mundo
físico, social e cultural.
Em busca do equilíbrio para suprir suas necessidades cotidianas, é dever
habilitar o aluno para aprofundar conhecimentos anteriores, acrescentando conceitos
novos e desenvolver mecanismos para ele analisar, explicar, prever e interferir,
buscando competências para continuar aprendendo valores que permitam o exercício
pleno da cidadania.
A História da matemática nos revela que os povos das antigas civilizações
conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a
compor a matemática que se conhece hoje.
O Estudo da Educação Matemática, ainda encontra-se em processo de
construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da Matemática,
de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o
conhecimento matemático. Assim a finalidade da Educação Matemática é fazer com
que o estudante compreenda e se aproprie da própria Matemática concebida como um
conjunto de resultados, métodos, procedimentos, valores, atitudes de natureza
diversa, visando a formação integral do ser humano.
A Educação Matemática dá condições ao professor de Matemática para
desenvolver-se intelectual e profissionalmente, refletir sobre sua prática, além de
tornar-se um educador matemático e pesquisador, que vivencie sua própria formação
continuada.
Um dos objetivos da disciplina Matemática é transpor, para a prática docente, o
objeto matemático construído historicamente e possibilitar ao estudante ser um
conhecedor desse objeto. Mas além disso é que desde 1991, iniciou-se um processo
de formação continuada, para que soubéssemos quais são os objetivos desta
disciplina, baseado nos textos do Currículo Básico, cuja concepção de ensino já
sustentava que:
- aprender Matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar
x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos
para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas,
desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o
imediatamente sensível (PARANÁ, 1990, p. 66).
Visto que a formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia
nas suas relações sociais e, para isso, é preciso que ele se aproprie também de
conhecimentos matemáticos.
2- OBJETIVOS GERAIS
• Compreender as quatro operações fundamentais (adição, subtração,
multiplicação e divisão);
• Possibilitar ao aluno, atribuir sentido e significado ás idéias
matemáticas;
• Criar condições para que estabeleça relações entre as idéias e
conceitos matemáticos;
• Capacitar o educando a analisar, interpretar e aplicar os princípios
matemáticos, fornecendo subsídios para ele compreender
quantitativamente os fenômenos pertinentes a diversas áreas do
conhecimento;
• Conhecer e utilizar corretamente a linguagem matemática;
• Adquirir conhecimentos básicos e oferecer um leque de
oportunidades, a fim de possibilitar a integração do aluno na
sociedade em que vive;
• Identificar os conhecimentos de matemática e geometria como meios
para compreender e transformar o mundo à sua volta estimulando o
interesse, a curiosidade, a investigação e o desenvolvimento da
capacidade para resolver problemas.
QUADRO DE CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
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3- CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6º ANO
• A história dos números (indu arábicos, romanos, etc.);
• Números naturais (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação,
radiciação);
• Resolução de situações problemas;
• Ponto: conceito e representação;
• Linha: classificação quanto ao formato, ao uso e figuras geométricas
resultantes;
• Plano: definição e uso de letras gregas;
• Múltiplos de divisores;
• Divisibilidade;
• Números primos;
• Mínimo Múltiplo Comum;
• Resolução de problemas convencionais e não convencionais, dentro do
conteúdo acima;
• Posições relativas entre as retas;
• Reta, semi-reta, segmento de reta e ponto médio;
• Números racionais;
• Frações equivalentes;
• Adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação de números
racionais;
• Transformação de frações em decimais;
• Ângulos: falando um pouco sobre ângulo, Ângulos – elementos e
representação, Medidas de ângulos, Utilizando o transferidor, Retas
perpendiculares e retas paralelas, Os esquadros;
• Medidas (comprimento, área, volume e massa);
• Medidas: O que é medir? Comprimentos no sistema métrico decimal, Medindo
superfícies, A área do retângulo, Medindo volumes, Quando usamos cada
unidade?;
• Percentual de Afrodescendentes no Brasil.
7º ANO
• Conjunto dos números inteiros;
• Representação Geométrica, reta numérica;
• Operações com números inteiros, adição, subtração, multiplicação, divisão,
potenciação, raiz;
• Expressões com números inteiros;
• Conjunto dos números racionais (positivos e negativos);
• Representação geométrica, reta numérica;
• Operações com números racionais, adição, subtração, multiplicação, divisão,
potenciação, raiz;
• Equações do 1º grau;
• Sistemas de equações do 1º grau, utilizando problemas;
• Razões e proporções;
• Triângulos (classificação, soma dos ângulos internos e sua construção com uso
do transferidor);
• Regra de três simples;
• Porcentagens e juros;
• Quadriláteros (classificação, soma dos ângulos internos e sua construção com
transferidor e compasso).
8º ANO
• Revisão de conjuntos;
• Raiz quadrada;
• Números reais e representação geométrica;Operações com monômios (adição,
subtração, multiplicação, divisão, potenciação e raiz);
• Produtos notáveis;
• Fatoração;
• Sistemas de equações;
• Ângulos;
• Operações com ângulos (graus, minutos e segundos);
• Ângulos complementares suplementares;
• Ângulos internos e externos nos triângulos, quadriláteros e outros polígonos;
• Frações algébricas;
• Operações com as frações;
• Equações fracionárias;
• Operações com ângulos.
9º ANO
• Potenciação;
• Radiciação;
• Equações do 2º grau completa e incompleta;
• Equações do 2º grau (fracionárias, biquadradas, irracionais);
• Semelhança de triângulos;
• Teorema de Tales;
• Relações métricas no triângulo retângulo;
• Teorema de Pitágoras;
• Noções de Funções Afim e Quadrática;
• Trigonometria no triângulo retângulo (seno, cosseno e tangente);
• Comprimento da circunferência;
• Área de polígonos;
• Noções de Estatística.
QUADRO DE CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
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CONTEÚDOS ESPECIFICOS 1ª Série
• Introdução dos Conjuntos Numéricos;
• Números Naturais;
• Números Inteiros;
• Números Racionais;
• Números Irracionais e Números Reais;
• Introdução à Teoria dos Conjuntos idéias iniciais;
• Subconjuntos;
• Operações entre conjuntos;
• Introdução ao Sistema de Coordenadas Cartesianas;
• Eixo real;
• O plano cartesiano;
• Introdução a Funções;
• Definição de função;
• A representação gráfica no plano cartesiano;
• Função Afim;
• Sinal de uma função afim;
• Função linear e proporcionalidade;
• Função Quadrática;
• O gráfico de uma função quadrática;
• A parábola e os eixos coordenados;
• O sinal de uma função quadrática;
• O vértice de uma parábola;
• Problemas de máximo e mínimo;
• Potenciação;
• Propriedades da potenciação;
• Radiciação;
• Potência de expoente racional;
• Função Exponencial;
• Equações exponenciais;
• Função Logarítmica;
• Logaritmos;
• Propriedades operatórias dos logaritmos;
• Composição e inversão de Funções;
• Função composta;
• Função inversa;
• Função Modular;
• Módulo;
• Função modular.
• Seqüência numérica: termo geral;
• Progressão Aritmética: Classificação e representação, termo geral, interpolação,
• Propriedades, soma dos n termos;
• Progressão Geométrica: Classificação e representação, termo geral,
interpolação, propriedades, soma dos n termos; Porcentagem; Juros simples e
juros compostos.
2ª Série
• Matrizes: definição e representação; Tipos de matrizes: matriz transposta,
matriz inversa, igualdade de matrizes e operações com matrizes;
• Determinantes: classificação, cofator de um elemento, teorema de Laplace,
regra de Sarrus, determinante de uma matriz, determinante de uma matriz
quadrada maior que 3;
• Sistemas Lineares: Equação linear, solução e classificação, regra de Cramer,
escalonamento;
• Análise Combinatória: princípios de contagem, fatorial, arranjo simples,
permutação simples, combinação simples;
• Probabilidade: Realizar análise de dados estatísticos que envolvam cálculos
probabilísticos; espaço amostral, eventos independentes, reunião de dois
eventos;Retomar os cálculos que envolvem porcentagem, determinando
resultados probabilísticos, bem como explorar outras formas de apresentação
desses resultados;
• Noções de Estatísticas: medidas, tendências, dados, freqüência, medias
aritméticas, mediana e moda;
• Função Trigonométrica: seno, cosseno e tangente, circunferência, números
trigonométricos, transformações trigonométricas, funções trigonométricas e
equações trigonométricas;
• Geometria Espacial: Desenvolver a percepção intuitiva geométrica
tridimensional, através das particularidades da geometria plana.
3ª Série
• Geometria métrica espacial: poliedros, prismas, pirâmide, cilindro circular, cone
circular e esfera;
• Geometria Analítica: Introdução à Geometria Analítica na reta; Estudando a
Reta no plano cartesiano; Estudando a circunferência, a elipse, a parábola e
hipérbole no plano cartesiano;
• Geometrias Não-Euclidianas: Perceber a necessidade das geometrias não-
Euclidianas para a compreensão de conceitos geométricos, quando analisados
em planos diferentes do plano de Euclides;
• Polinômios: Conceitos básicos, polinômios idênticos, divisão, dispositivo de
Briot-Ruffini, decomposição em fatores; equações polinomiais ou algébricas;
• Noções de Números complexos: Unidade imaginária, Potências de i, Números
Complexos e Representação gráfica ;
• Binômio de Newton: Fatorial, Números Binomiais e Binômio de Newton.
4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Procuramos nortear todo nosso trabalho numa transição do ensino tradicional,
tão arraigado ainda por nós professores e pelos alunos, para uma concepção de
Educação Matemática, voltada a construção do conhecimento.
Propõe-se que o trabalho em sala de aula seja de modo articulado, o que
ganhará significado na medida em que o desenvolvimento dos conteúdos parta das
relações estabelecidas com os contextos históricos, sociais e culturais, os quais se
incluam nos contextos (internos) da própria matemática.
Os conteúdos estruturantes e seus desdobramentos, não devem ser
apresentados de forma linear, definitiva, limitada, e nunca acabada.
É preciso analisar e pensar nas formas que vamos trabalhar a matemática,
pois memorizar e decorar são atos distintos, decorar implica saber reproduzir algo que
nem sempre é significativo, pois dificulta a interpretação e resolução de problemas, já
a memorização pode ser defendida, pois mostra que alunos que sabem a tabuada
mentalmente conseguem fazer cálculos rapidamente.
A abordagem dos conteúdos específicos neste nível de ensino, deve partir dos
conhecimentos e experiências provenientes das vivências dos alunos e a partir daí,
abordar por meio das noções preliminares permitindo assim ao aluno estabelecer as
relações, percebendo e compreendendo o conteúdo explorado.
Na busca de um aprendizado ativo e interativo utilizam-se várias estratégias,
onde o diálogo deve ser constante e efetivo: o aluno é instigado a participar e
questionar, valorizando-se as atividades coletivas que propiciem a discussão e a
elaboração conjunta de idéias.
As aulas expositivas são utilizadas como um momento de diálogo, de exercício
da criatividade e de trabalho coletivo para a elaboração do conhecimento. Mas
também com o auxílio das novas tecnologias da educação disponíveis (laboratórios do
Paraná Digital e TV Multimídia) é que devemos melhorar o formato de nossas aulas,
pois sabemos que ao educando de hoje, estes recursos já são bem familiares,
portando devemos introduzi-los de forma a chamar-lhes a atenção com estes recursos.
Sendo assim, de um modo geral, além do livro didático disponível, o professor utilizará
outros recursos,tais como: jornais, revistas, internet, Livro didático público, questões
do Grupo de Estudos, jogos, etc.
Procurando fazer com que os alunos ampliem sua autonomia e capacidade de
comunicação e argumentação, a resolução de problemas é uma estratégia onde o
aluno aprende a consultar, experimentar, organizar dados e sistematizar resultados.
Aspectos da história da matemática são abordados procurando não somente
ilustrar o desenvolvimento e a evolução dos conceitos estudados, mas também
atingindo questões de origem social.
Estamos convictos de que o papel do professor de matemática deve ser o de
líder-mediador entre o aluno (que traz conhecimentos não sistematizados, vinculados
à realidade) e o conhecimento da matemática como ciência (conteúdo e processos
sistematizados).
A seleção de conteúdos a serem trabalhados pode-se dar perspectiva mais
ampla, ao procurar identificá-los como formas culturais cuja assimilação é essencial
para que produza novos conhecimentos, assim devendo retorná-los sempre que
necessário. Dessa forma, pode-se considerar que os conteúdos envolvem explicações,
formas de raciocínio, linguagens, valores, interesse e condutas.
A postura metodológica permite a apropriação de um conhecimento em
Matemática mediante a configuração curricular, que promove a organização de um
trabalho escolar, que se inspire e se expresse em articulações entre os conteúdos
específicos pertencentes a conteúdos estruturantes diferentes, de forma que as
significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas, partindo do
enriquecimento e das construções de novas relações.
Assim vamos abordar as atuais tendências do ensino, preocupando-se em
fornecer ao aluno uma base sólida e segura, por onde ele possa transitar com
confiança inovando passo-a-passo, sem perder a consistência e cair no risco de ter
atividades sem objetivos claramente definidos.
5- AVALIAÇÃO
Entendemos que a avaliação deve ser parte integrante do processo ensino-
aprendizagem, em que o objetivo não é verificar a quantidade de informações “retidas”
pelo aluno ao longo de um determinado período, já que não se concebe o ensino com
a simples “transmissão do conhecimento”.
Ela deve servir como um diagnóstico, oferecendo elementos para uma revisão
de postura de todos os componentes desse processo ( aluno-professor-conteúdo-
metodologia-avaliação).
O aluno não pode ser encarado como um receptáculo de informações, ele é um
agente de cultura, capaz de superar as convenções e promover transformações.
A avaliação é a parte do processo de ensino e aprendizagem. Ela incide sobre
uma grande variedade de aspectos relativos ao desempenho dos alunos, como
Aquisição de conceitos, domínio de procedimentos e desenvolvimento de atitudes.
Mas também devem ser avaliados aspectos como seleção e dimensionamento dos
conteúdos, práticas pedagógicas, condições em que se processa o trabalho escolar e
as próprias formas de avaliação.
É necessário, portanto considerar a avaliação como um recurso a serviço do
desenvolvimento do aluno, que o leve a assumir um compromisso com a
aprendizagem. Assim podemos concluir que a avaliação acontece em 3 momentos:
Diagnóstica : levantamento do conhecimento do aluno;
Formativa : através de pesquisas, avaliações, atividades, participação e
interesse;
Somativa : avaliação processual a partir do somatório do produto do aluno.
A avaliação é o processo pelo qual podemos descobrir se nossas ações e
esforços estão contribuindo para o alcance dos objetivos. É o procedimento
indispensável para melhorar nossa atuação e participação, no sentido da busca
constante do aperfeiçoamento. Nessa perspectiva, o que devemos levar em conta não
é somente o aspecto quantitativo, mas também o qualitativo, por meio do qual
podemos acompanhar os resultados em função daquilo que se pretende com o aluno,
a escola e com a realidade exterior. Assim, o processo educativo realiza-se com a
assistência contínua do professor, que introduz os alunos na matéria de sua
responsabilidade com a clara intenção de esclarecer equívocos e preencher lacunas
do conhecimento trabalhado, bem como de aprofundar a compreensão, ampliação e
problematização desse conhecimento, promovendo o acesso às informações
necessárias e apoiando o processo dialógico pelo qual se realiza a avaliação.
A avaliação é a sistemática de dados por meio da qual se determinaram as
mudanças de comportamento do aluno e em que medida estas mudanças ocorrem. E
deve-se levar em conta o caminho percorrido pelo aluno para chegar aos resultados,
mesmo que estes não estejam corretos.
O processo avaliativo deve oportunizar ao aluno o desenvolvimento de seu
raciocínio lógico e uma ampliação de suas idéias e conceitos.
No processo avaliativo, o professor deve fazer encaminhamentos, tais como:
observação, intervenção, revisão de noções e subjetividades; isto é, buscar diversos
métodos (formas escritas, orais, e de demonstração), inclusive por meio de
ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e
calculadora.
Dessa forma, abandonam-se a linearidade e a limitação que tem marcado as
práticas avaliativas, as quais devem pressupor reflexões sobre a formação do aluno
como cidadão atuante numa sociedade que agrega problemas complexos.
Na avaliação, o professor deverá considerar nos registros escritos e nas
manifestações orais de seus alunos os erros de raciocínio e de calculo, do ponto de
vista do processo de aprendizagem.
Uma avaliação que se restringe a quantificar o nível de informação que o aluno
domina não é coerente com a proposta da Educação Matemática. Para ampliar sua
eficácia, a avaliação deve incluir a complexa relação do aluno com o conhecimento.
Isso significa interrogar em que medida o aluno atribuiu significado ao que aprendeu e
consegue materializar situações que exigem raciocínio matemático.
A avaliação deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem. Deve ser feita
de diversas formas, utilizando métodos variados (provas, trabalhos, exercícios,
discussões, debates, etc.). Entretanto, deve-se garantir que realmente haja uma
apropriação de conteúdos, por parte do aluno, privilegiando as relações entre os vários
eixos: números e álgebra, grandezas e medidas, geometrias, tratamento da
informação e funções
A avaliação assume um caráter formativo, favorecedor do progresso pessoal e
da autonomia do aluno, integrada ao processo de ensino-aprendizagem, para permitir
ao aluno consciência de seu próprio caminhar em relação ao conhecimento e ao
professor controlar e melhorar suas práticas.
O progresso do aluno será avaliado, abrangendo os domínios dos conceitos,
das capacidades e das atitudes.
O processo avaliativo terá características que permitam ao professor obter
informações sobre:
• conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos;
• a capacidade para aplicar os conhecimentos na resolução de
problemas do cotidiano, de matemática e de outras disciplinas;
• a capacidade para utilizar a linguagem matemática para comunicar
idéias;
• as habilidades de pensamento como analisar, generalizar, inferir e
fracionar;
• a atitude em relação à matemática, em particular a sua confiança em
fazer matemática, a perseverança e o cuidado na realização das
tarefas e a cooperação nos trabalhos em grupo.
De acordo com a Educação Matemática, a avaliação tem o papel de mediação
no processo pedagógico de ensino aprendizagem, ou seja, ensino aprendizagem e
avaliação precisam integrar num mesmo sistema.
Portanto cabe ao professor produzir bons e adequados instrumentos avaliativos,
para que a coleta de dados da aprendizagem dos nossos educandos, seja sem
subterfúgios, sem enganos, sem complicações desnecessárias, sem armadilhas, tendo
em mente preparar uma avaliação intencional e bem planejada, que contemplem os
seguintes itens:
1. ofereçam desafios, situações-problema a serem resolvidas;
2. sejam contextualizadas, coerentes com as expectativas de ensino e as
estratégias por ele empregadas;
3. possibilitem a identificação de conhecimentos do aluno e as estratégias por ele
empregadas;
4. possibilitem que o aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu pensamento;
5. permita que o aluno aprenda com o erro;
6. exponham, com clareza, o que se pretende;
7. revelem claramente, o que e como se pretende avaliar.
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Projeto Araribá: matemática/obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela
Editora Moderna; editora responsável Juliane Matsubara Barroso. 1.ed. São Paulo:
Moderna, 2006.
ANDRINI, Álvaro. Praticando a matemática. 1. ed. São Paulo: Editora do Brasil,
2002.
BIANCHINI, Edwaldo. Matemática. 1. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2002.
GIOVANNI, José Ruy. A conquista da matemática: a + nova. São Paulo: FDT,
2002.
LONGEN, Adilson. Matemática. Curitiba: Positivo, 2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro
Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG,
1992.
GOVERNO DO PARANÁ- SEED. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino
Fundamental e Médio. 2008
GIOVANNI, José Ruy. PAENTE, Eduardo. Aprendendo MATEMÁTICA Novo. 1 ed.
São Paulo: FTD,1999.
Textos do Grupo de Estudos de Matemática 2008.
6.11 DISCIPLINA DE BIOLOGIA
1- APRESENTAÇÃO
A sociedade brasileira está tomando consciência de que, sem uma educação
bem estruturada, o seu futuro está comprometido. A atual conjuntura histórica e social
demanda, progressivamente, uma educação de qualidade.
Para responder a este desafio, torna-se necessário explicitar novos
pressupostos conceituais de educação; a função histórica e social da escola, os
fundamentos epistemológicos e os princípios aplicados; os novos papéis da interação
professor – aluno – realidade; uma nova concepção da avaliação vinculados ao
desenvolvimento e à produtividade da escola.
O ato de educar é um ato essencialmente social. A ciência não é um saber
neutro. É um conjunto de fatos científicos socialmente produzidos numa sociedade
historicamente determinada.
Buscando uma visão totalizante dos fenômenos que envolvem o campo da
Biologia e na busca de uma capacitação profissional, considerada satisfatória, o
ensino da Biologia não se resume a instrumentalizar o aluno apenas para a
compreensão do mundo que o rodeia, mas para educá-lo para o pensamento crítico,
reflexivo e capaz de tomar decisões racionais sobre questões de sua vida e dos seres
vivos que com ele interagem. Compreender que o ser humano é parte integrante do
ambiente e não uma espécie diferente que tem o direito de utilizar e explorar a
natureza de forma irresponsável, desenvolver uma consciência ambiental visando a
ação transformadora humana, analisar o desenvolvimento tecnológico – indispensável
para suprir necessidades humanas – em seus aspectos positivos e negativos;
consequentemente, o aluno desenvolverá o espírito crítico e capacidade de propor
soluções viáveis, bem como entender a importância da biodiversidade para a
manutenção da vida no planeta . Segundo Saviani, Dermeval (1986) “não basta
dominar os elementos básicos e gerais do conhecimento, é preciso também explicitar
como o conhecimento converte-se em potência material no processo de produção.”
Deste modo deve-se mediar o ensino da Biologia propiciando aos alunos o
domínio dos fundamentos das técnicas diversificadas, utilizadas no processo
produtivo. O desenvolvimento da tecnologia que tem mudado o ambiente, resulta
dessa característica da ciência. O aluno cria e constrói a realidade a partir do domínio
dos instrumentos que produzem a sociedade moderna através do acesso aos bens
culturais. Dessa forma a relação homem-natureza, a produção material para suas
necessidades, deve-se tornar ponto central dos conteúdos de Biologia, a fim de
carregar essa ciência de um sentido, intencionalidade, situando-a no interior de um
momento histórico.
“A Biologia, sendo uma ciência da vida, uma realidade em construção, é
dinâmica e pode ser concebida como um processo de recriação de uma nova
realidade: a luta do homem para controlar e dominar as forças da natureza, superando
a fome, o frio, a doença.”(Rodrigues,Neidson).
A ciência Biologia representa um incessante vir-a-ser, como afirma Demo:
“ Morreria a ciência se colhesse resultados definitivos... Continuamos sempre a
pesquisar, a desvendar novas facetas do real, a questionar o que já fizemos, porque
acreditamos que não existe a última palavra ou seja, não há na prática a verdade, a
evidência, a certeza.”
2 – OBJETIVOS GERAIS
• Compreender a ciência, especialmente a biologia, como uma atividade humana,
histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e cultural.
• Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e
condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica e
compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, mas
sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas tecnológicas.
• Compreender a natureza como uma intrincada rede de relações, um todo
dinâmico, do qual o ser humano é parte integrante. Com ela interage, dela
depende e nela interfere, reduzindo seu grau de dependência, mas jamais
sendo independente . Identificar a condição do ser humano de agente e
paciente de transformações intencionais por ele produzidas.
• Relacionar degradação ambiental e agravos à saúde humana, compreendendo-
a como bem-estar físico, social e psicológico e não como ausência de doença.
• Compreender a vida do ponto de vista biológico, como fenômeno que se
manifesta de formas diversas, mas sempre como sistema organizado e
integrado, que interage com o meio físico-químico através de um ciclo de
matéria e de um fluxo de energia.
• Compreender a diversificação das espécies como resultado de um processo
evolutivo, que compreende dimensões temporais e espaciais.
• Compreender que o universo é composto por elementos que agem
interativamente e que é essa interação que configura o universo como universo,
a natureza como algo dinâmico, o corpo como um todo integrado e que confere
à célula a condição de sistema vivo.
• Relacionar conceitos científicos básicos a Biologia, tais como: energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio dinâmico, degradação,
hereditariedade e vida.
• Articular conceitos dos diferentes ramos da ciência na interpretação e análise de
fenômenos naturais e no embasamento da compreensão e julgamento de
conquistas tecnológicas.
• Obter informações e dados através de observação, experimentação e leituras
de textos conceituais, combinando tais procedimentos a outros que permitam
articulá-los a uma rede de idéias, sendo capaz de elaborar conceitos.
• Apresentar hipóteses acerca dos fenômenos em estudo, utilizando-se de dados
e articulações entre dados para validá-las ou refutá-las.
• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir
de elementos da Biologia, colocando em prática conceitos, procedimentos e
atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar.
• Organizar registro de dados, fatos, idéias, discussões e comunicá-los através da
produção de textos, esquemas, gráficos, tabelas, etc.
• Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a
construção coletiva do conhecimento.
• Entender o dinamismo da teia da vida, bem como, a importância de cada ser
vivo para o equilíbrio ambiental.
3 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Compreender como surgiu a vida em nosso planeta, suas modificações e
evoluções no decorrer dos tempos.
• Compreender os níveis de organização dos seres vivos, tanto a nível celular
como ecológico.
• Ter noções das relações ecológicas, diferenciando e conceituando os
componentes abióticos dos bióticos.
• Compreender a cadeia alimentar e suas relações com a teia alimentar.
• Compreender as relações existentes na biosfera.
• Reconhecer a importância, e o funcionamento das divisões celulares.
• Compreender a fisiologia e o metabolismo celular dos seres vivos.
• Entender as diferenças e associações celulares que formarão os tecidos,
órgãos, sistemas, e organismo.
• Compreender o processo reprodutivo, diferenciando suas fases e sua
importância na reprodução humana.
• Definir embriologia, compreendendo as etapas embrionárias relacionando-as
com outros anexos embrionários.
• Entender nossa herança genética, suas vantagens e possíveis desvantagens.
• Instigar a importância dos avanços tecnológicos para a ciência.
• Compreender as diferentes categorias taxonômicas no atual sistema de
classificação.
• Classificar os seres vivos em Reinos, diferenciando-os de acordo com a
complexidade de suas estruturas.
• Entender o grupo dos Vírus e destacar a sua importância medica para a vida
humana.
• Identificar os Reinos Monera, Protista e dos Fungos, quanto à importância
ambiental e medica.
• Relacionar a importância das plantas para a humanidade e manutenção da vida
no planeta.
• Reconhecer as plantas tóxicas e medicinais, enfatizando a sua importância na
vida humana.
• Conhecer os diversos Biomas Brasileiros e sua importância para as espécies
endêmicas
• Reconhecer o Reino Animal, com suas subdivisões, caracterizando a anatomia
e fisiologia
• Compreender a importância de todos os seres vivos para o equilíbrio ambiental
e do ser humano.
• Compreender as noções gerais na Genética Mendeliana.
• Aplicar as probabilidades em exercícios propostos sobre a genética mendeliana.
• Entender a genética pós-mendeliana (interações gênicas).
• Reconhecer as principais aberrações cromossômicas.
• Ter noções sobre aconselhamento genético.
• Compreender a evolução dos seres vivos, bem como as teorias evolucionistas.
• Identificar as formas de adaptação dos seres vivos ao meio ambiente.
• Reconhecer o processo de evolução humana.
• Entender os ciclos biogeoquímicos existentes na natureza e sua relação de
interferência na vida do homem
• Listar os principais desequilíbrios ecológicos, destacando seus agentes
causadores.
• Relacionar a ação do homem na natureza com os desequilíbrios ambientais.
4 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Organização dos seres vivos;
• Mecanismos biológicos;
• Biodiversidade;
• Implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA.
5 – CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Relações dos seres vivos e seu meio ambiente;
• Origem da vida;
• Organização dos seres vivos;
• Citologia;
• Histologia;
• Embriologia;
• Reprodução;
• Classificação dos seres vivos;
• Importância médica e ecológica dos vírus, moneras, protistas e fungos;
• Caracterização, anatomia e fisiologia dos grandes grupos animais e vegetais;
• Biomas ;
• Hereditariedade e meio ambiente;
• Genética;
• Biotecnologia e engenharia genética;
• Evolução;
• Ecologia;
• Desenvolvimento científico e tecnológico no campo da biologia;
6. –METODOLOGIA:
A decisão de como ensinar Biologia reflete-se no fato de que a ciência não é
concebida como neutra, pronta e acabada. Deve-se concebê-la como idéia de
indivíduos que produzem o conhecimento e em que momento histórico a produção
ocorre. Desse modo, com essa visão de ciência e de mundo, podem ser apresentadas
as teorias e modelos como passíveis de serem mudadas quando não mais respondem
aos problemas colocados.
Dessa maneira os conteúdos devem ser distribuídos de modo a garantir a
compreensão do fenômeno vida, partindo da análise da sua complexidade até chegar
ao particular, procurando sempre o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes
às relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e o
conhecimento, para a formação de cidadãos capazes de pensar seu mundo e com ele
interagir.
Então, propõe-se uma aprendizagem onde os alunos são solicitados a criar
explicações para os fenômenos em estudo, a confrontar suas explicações com o
observado e com outras explicações existentes e decidindo-se sobre esta ou aquela
explicação ou modelo.
O professor é que orientará esse caminhar dos alunos, criando situações e
oferecendo informações que permitam a elaboração de hipóteses pelos alunos, a
verificação das mesmas e a possível organização de um modelo a ser conceituado.
Caberá ao professor a seleção desses conteúdos, respeitando o momento do
desenvolvimento desse avanço.
Os conteúdos também serão trabalhados dentro de técnicas (instrumentos
avaliativos) como textos, experimentos, debates, excursões, exploração do ambiente,
aulas expositivas, audiovisual, jogos que assegurem uma dinâmica de aula capaz de
estimular o interesse dos alunos, de instigá-los a resolver os problemas que devem
emergir da própria atividade, organizada e orientada pelo professor para a
compreensão de um conceito.
7 – AVALIAÇÃO
A avaliação é uma diagnose do processo de trabalho, com o objetivo de
explicitar o grau de compreensão da realidade, e da apreensão de conhecimento.
O aluno deve ser constantemente avaliado, acompanhado pelo professor no
processo ensino-aprendizagem, pois entendemos a avaliação como um processo
contínuo, e isto se dará através de confronto de textos, de idéias, de conceitos, de
amostras de animais, vegetais e minerais, trabalhos em grupos e individuais, produção
de atividades, experimentação, análise, síntese, relato de conclusões, avaliações
descritivas e/ou subjetivas etc., incentivando para que o aluno compreenda
criticamente a realidade de forma contínua relacionando a seu conhecimento com o
conhecimento historicamente produzido pela humanidade.
O professor interage, participando do processo como orientador da
aprendizagem possibilitando ao aluno dirigir-se para a apropriação do conhecimento
buscando a superação das dificuldades. Desse modo avalia-se também aspectos
importantes e atitudes, como espírito participativo, organização, criticidade,
honestidade, pontualidade, solidariedade, responsabilidade entre outros.
A auto avaliação auxilia os alunos no conhecimento de aspectos subjetivos
individuais, nas descobertas e suas realizações; criando caminhos a partir de
experiências vivenciadas, propondo desafios para novas descobertas com apreciação
crítica do seu próprio trabalho.
7- – BIBLOIOGRAFIA:
- Brasil, Ministério da Educação, Secretária de Educação Média e Tecnológica
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: ENSINO MÉDIO. / Ministério da
Educação.Secretaria de Educação Média e Tecnológica. – Brasília: Ministério da
Educação, 1999. 364p.
Ciências Humanas e suas tecnologias. / Secretaria de Educação Média e
Tecnológica – Brasília: MEC ; SEMTEC, 2002
- PCN+ENSINO MÉDIO: ORIENTAÇÕES EDUCACIONAIS COMPLEMENTARES
AOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS.- CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS
TECNOLOGIAS.
- DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS para a Educação das Relações
Étnicos-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, 2004
- LOPES, Sonia Godoy Bueno Carvalho. Bio volume único completo e atualizado – 11ª
Ed. São Paulo: Saraiva, 2001
- PAULINO Wilson Roberto. Biologia – Volume Único – Edição Compacta – 1ª Ed. São
Paulo: Ática
- LUCKESI, Cipriano C. Avaliar não é julgar o aluno. Jornal do Brasil. RJ, 30 de jul.
2000
6.12 DISCIPLINA DE FÍSICA
1- APRESENTAÇÃO :
O conhecimento científico compõe ao lado das demais formas de conhecimento
e criação, uma das mais notáveis realizações da humanidade. Antigos registros
históricos já mostravam que os seres humanos se preocupavam em entender e
explicar o mundo no qual viviam. Ao longo do tempo, temos organizado muito desse
entendimento e tentado, com ele construir nosso mundo.
O conhecimento físico é uma das muitas faces da cultura científica, construída
por incontáveis mãos e mentes, erros e acertos, necessidades e fantasias, buscas
propositadas e encontros fortuitos.
A Física está incorporada em nossa cultura e no aparato social e tecnológico de
nossos dias, tornando-se ao mesmo tempo, um instrumento necessário para
compreensão desse mundo em que vivemos e para a atuação naquele que
antevemos, sendo seu conhecimento indispensável à constituição da cidadania
contemporânea.
Espera-se que o ensino da Física contribua para a formação de uma cultura
cientifica efetiva que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e
processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a
natureza como parte da própria natureza em transformação. Ao mesmo tempo, essa
cultura deve incluir também a compreensão do conjunto de equipamentos e
procedimentos, técnicos ou tecnológicos, que cercam o cotidiano doméstico, social e
profissional de todos nós.
Ao propiciar esses conhecimentos, o ensino de Física deve permitir aos
indivíduos a articulação de toda uma visão de mundo, de uma compreensão dinâmica
do universo, capaz de transceder nossos limites temporais e espaciais. Ao lado do
caráter prático a física revela também uma dimensão filosófica, com uma beleza e
importância que não devem ser subestimadas.
É importante reconhecer, portanto que o conhecimento da Física em si mesmo
não é o objetivo final, mas deve ser entendido como um meio, um instrumento para a
compreensão do mundo, podendo ser prático, mas permitindo ultrapassar o interesse
imediato, dando também condição ao indivíduo para transceder sua individualidade.
Entende-se, então, que a Física deve educar para a cidadania e contribuir para
o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção
científica ao longo da história. Também deve considerar a dimensão do conhecimento
sobre o universo de fenômenos e fazer perceber a não-neutralidade de sua produção,
mas aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais, seu comprometimento e
envolvimento com as estruturas que representam tais aspectos.
2- OBJETIVOS GERAIS :
• Aprender Física partindo de idéias e fenômenos que fazem parte de contexto do
aluno, possibilitando analisar o senso comum, fortalecer os conceitos científicos
na sua experiência de vida, de forma a desenvolver um cidadão capaz de
compreender e interagir com a realidade;
• desenvolver o conhecimento científico, filosófico e artístico, bem como a
dimensão histórica da Física de maneira contextualizada, ou seja, numa
linguagem que aproxime esses saberes da sua realidade;
• desenvolver habilidades para medir e quantificar, identificando os parâmetros
relevantes, reunindo e analisando dados, propondo conclusões;
• compreender conceitos, leis, teorias e modelos mais importantes e gerais da
Física, que permitam uma visão global dos processos que ocorrem na natureza
e proporcionem uma formação científica básica;
• aplicar conceitos,leis, teorias e modelos trabalhados em sala de aula a
situações cotidianas próximas da realidade social, tecnológica e ambiental;
• identificar movimentos presentes no dia a dia;
• classificar diferentes formas de energia presentes no uso cotidiano, observando
suas transformações e suas regularidades;
• reconhecer diferentes aparelhos elétricos e classifica-los segundo sua função;
• desenvolver valores e atitudes próprios do trabalho científico, tais como a busca
de informações, o “olhar” crítico, a necessidade de verificação das hipóteses e a
procura de novas idéias;
• desenvolver atitudes positivas e o gosto pela Física e sua aprendizagem, bem
como o potencial, o interesse e a autoconfiança em realizar atividades
vinculadas à ciência;
• identificar problemas a serem resolvidos, estimular a observação, a
classificação e a organização dos fatos e fenômenos à nossa volta, segundo os
aspectos físicos e funcionais relevantes.
3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• MOVIMENTO
• TERMODINÂMICA
• ELETROMAGNETISMO
CONTEÚDOS BÁSICOS
1ª SÉRIE
• Introdução
• Descrição de Movimentos
• Movimento Uniforme
• Movimento Uniformemente Variado;
• Cinemática Vetorial
• Movimento Circular Uniforme
• Leis de Newton
• Atrito
• Energia, Trabalho e Potência
• Conservação da Energia Mecânica
• Conservação da Quantidade de Movimento
• Equilíbrio Estático dos Sólidos
2ª SÉRIE
• Temperatura
• Dilatação térmica
• Calor
• Termodinâmica
• Introdução à Óptica Geométrica
• Espelhos (planos e esféricos)
• Refração da Luz
• Lentes esféricas e aplicações
• Ondas
• Natureza do som e da luz
3ª SÉRIE
• Introdução à eletricidade
• Campo Elétrico
• Potencial Elétrica
• Corrente Elétrica
• Potência Elétrica e associação de resistores
• Geradores e circuitos elétricos
• Campo Magnético
• Corrente elétrica e campo magnético
• Indução eletromagnética
• Física Moderna
4- CONTEÚDOS ESPECIFÍCOS
1ª SÉRIE
• -O que é física;
• - Grandezas físicas e unidades;
• - Algarismos significativos;
• -Notação científica;
• - Medidas de intervalos de tempo e comprimento;
• - Movimento e repouso;
• - Partícula e ponto material;
• - Trajetória;
• - Velocidade média
• - Velocidade instantânea;
• - Aceleração média;
• - Movimento acelerado e retardado;
• - Função horária do M.U.;
• Gráficos do movimento uniforme.
• Funções horárias do M.U.V.
• - Equação de Torricelli;
• - Gráficos do M.U.V. e suas propriedades;
• - Grandezas escalares e vetoriais;
• - Vetor deslocamento;
• - Vetor velocidade;
• - Vetor aceleração
• - Período e freqüência do M.C.U.
• - Aceleração do M.C.U.
• - Posição angular;
• - Velocidade angular;
• Função horária angular do M.C.U.
• Noção de força;
• - Força resultante;
• - Primeira lei de Newton ou Princípio da Inércia;
• - Segunda lei de Newton ou Princípio fundamental da Dinâmica;
• - Força peso
• - Terceira lei de Newton ou Princípio fundamental da ação e reação
• - Atrito estático e dinâmico;
• - Trabalho de uma força constante;
• - Trabalho motor e trabalho resistente;
• - Trabalho da força peso;
• - Propriedades do gráfico F x d;
• -Potência.
• Teorema da Energia Cinética;
• - Energia Potencial;
• - Energia Potencial gravitacional;
• - Energia Potencial Elástica;
• - Energia Mecânica;
• - Quantidade de Movimento;
• - Impulso de uma força;
• - Teorema do impulso;
• - Principio da conservação da quantidade de movimento;
• - Momento de uma força;
• - Equilíbrio estático;
• - Centro de massa e centro de gravidade;
• - Tipos de equilíbrio.
2ª SÉRIE
• -Equilíbrio térmico;
• - Medida da temperatura;
• - Conversão das escalas termométricas;
• - Dilatação linear;
• - Dilatação superficial e volumétrica;
• - Aplicações práticas da dilatação térmica;
• - Dilatação dos líquidos;
• -Dilatação anômala da água.
• - Equilíbrio térmico;
• - Propagação do calor;
• - Trocas de calor;
• - Calor sensível e calor latente;
• - Modelo de um gás perfeito;
• - Equação de Clapeyron;
• Transformações gasosas;
• - Trabalho nas transformações gasosas;
• - Primeira lei da termodinâmica;
• - Segunda lei da termodinâmica
• - Ciclo de Carnot
• -Entropia.
• - Raio de luz e feixe de luz;
• - Meios ópticos;
• - Princípio da propagação retilínea da luz;
• - Reflexão;
• -Espelhos planos;
• - Definição e elementos de um espelho esférico;
• - Construção geométrica de imagens;
• - Equação dos espelhos esféricos.
• - Velocidade da luz;
• - Índice de refração;
• - Leis da refração;
• - Prisma e dispersão da luz;
• -ângulo limite e reflexão total.
• - Comportamento óptico das lentes;
• - Lentes esféricas delgadas;
• - Construção geométrica de imagens em lentes;
• - Equação das lentes esféricas;
• - Aplicações das lentes esféricas;
• - Defeitos de visão;
• - Natureza das ondas;
• - Ondas longitudinais e transversais;
• - Ondas periódicas;
• - Fenômenos ondulatórios;
• - Ondas estacionárias;
• - Ondas sonoras;
• - Velocidade do som;
• - Qualidades fisiológica do som;
• - Ondas luminosas;
• - Difração da luz
3ª SÉRIE
• -Eletrização e carga elétrica;
• - Condutores, isolantes e processos de eletrização;
• - Detectores eletrostáticos;
• - Lei de Coulomb (medida da carga elétrica);
• - Conceito de campo;
• - Vetor campo elétrico;
• - Campo de uma partícula eletricamente carregada;
• - Campo de um condutor esférico carregado;
• - Linhas de força de condutores eletricamente carregados.
• -Potencial elétrico;
• - Potencial elétrico em campo gerado por uma partícula pontual;
• - Diferença de potencial e trabalho em um campo elétrico;
• - Potencial elétrico em campo uniforme;
• - Superfícies equipotenciais;
• - Potencial elétrico em uma esfera condutora;
• - Conceito de capacidade;
• -Capacidade de uma associação de condutores;
• - Conceito de corrente elétrica;
• - Intensidade e sentido da corrente elétrica;
• - Diferença de potencial e corrente elétrica;
• \- Resistência elétrica e Lei de Ohm;
• - Resistores;
• - Potência elétrica dissipada em um resistor;
• - Resistividade;
• - Associação de resistores;
• - Geradores químicos e fora eletromotriz;
• - Equação do gerador
• - Potência e rendimento de um gerador;
• -Circuitos elétricos de corrente contínua;
• - Introdução a campo magnético;
• - Características dos imãs;
• - Campo magnético;
• - Força sobre condutores percorridos por corrente elétrica;
• -Espira percorrida por corrente elétrica – Efeito motor.
• - A experiência de Orsted;
• - Lei de Ampère;
• - Interação eletromagnética entre condutores paralelos;
• - Espiras e solenóides;
• - Fluxo do campo magnético;
• - Indução eletromagnética (Lei de Faraday);
• - Lei de Lenz;
• - Geradores eletromagnéticos e corrente alternada;
• - Transformador;
5- METODOLOGIA:
A aprendizagem científica realiza-se por meio das transformações conceituais
que se produzem no indivíduo. Isto acontece por meio da qualidade do saber com
função prática na vida a que ele tenha acesso.
Para despertar o interesse do educando, precisamos ficar atentos às mudanças
ao nosso redor, fazendo constante análise dos objetivos que a sociedade espera do
ensino nas escolas, para manter a educação lado a lado com a realidade, abordando
pontos importantes para o momento.
Ninguém pode ensinar verdadeiramente se não ensina alguma coisa que seja
verdadeira ou válida aos próprios olhos. Como educador, o professor deve empregar
maneiras agradáveis e eficientes de formar pessoas críticas, que saibam aproveitar
cada assunto estudado, não se comportando como meros repetidores do que foi
ensinado em aula.
O professor dentro do construtivismo deve estimular o aluno a perguntar, a
construir, devendo relacionar os conteúdos com situações concretas da vida, tendo a
preocupação de que o ensino de Física não se reduza a uma matemática aplicada;
onde o aluno se perde e esquece o conteúdo que está sendo trabalhado.
Professor e estudantes devem compartilhar na busca da aprendizagem que
ocorre quando novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e,
simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o saber
já existente, inclusive com a possibilidade de substituí-lo.
O ensino de Física deve promover o livre diálogo entre idéias científicas e as idéias
dos alunos, dando assim novas dimensões ao trabalho realizado em sala de aula.
O resultado é que o aluno é levado a seguir uma lógica viva de descoberta em
vez da estática de organização do já conhecido.
Os conteúdos devem ser trabalhados levando em conta o conhecimento prévio
dos estudantes e sua relação com os fatos do cotidiano como também as experiências
por eles vividas.
Procedimentos utilizados:
• Aulas expositivas;
• Brainstroming;
• Aulas experimentais;
• Apresentação de trabalhos e debates;
• Seminários e palestras;
• Visitas técnicas;
• Recursos audiovisuais.
6- AVALIAÇÃO:
A avaliação deve ser essencialmente formativa, contínua e processual, vista
como um instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do
trabalho do professor. Diante disso, não podemos avaliar o aluno por uma simples
prova escrita, limitando seus meios e estratégias de demonstrar o conhecimento. O
aluno deve ser frequentemente solicitado a participar e a criar; uma prova não é
suficiente para sintetizar tudo que ele viveu, pensou e aprendeu. Logo, é necessário
repensar os instrumentos de avaliação que devem envolver, o mais amplamente
possível, todo o trabalho realizado. Nesse sentido, tanto o desempenho cognitivo
como as atitudes dos alunos serão avaliados.
O processo de avaliação do aluno pode ser descrito a partir da observação
contínua de sala de aula, da produção de trabalhos individuais ou em grupos, da
elaboração de relatórios de atividades e experiências vivenciadas em classe, ou
mesmo de provas e testes que sintetizem um determinado assunto. A observação
permite ao professor obter informações tanto sobre as habilidades cognitivas como
também sobre os procedimentos utilizados pelos alunos para resolver diferentes
situações problema e suas atitudes em relação ao conhecimento físico.
A partir dos resultados das provas ou testes escritos, o professor poderá
identificar os progressos e as dificuldades dos alunos, utilizando essas informações
para recuperar ou avançar o processo de ensino-aprendizagem. Em nenhum momento
esses instrumentos devem ser utilizados como promoção ou punição dos alunos
diante do grupo.
Em resumo, a avaliação deve ser concebida como:
• um conjunto de ações que permite ao professor rever sua prática pedagógica
• um conjunto de ações que possibilita ao aluno identificar seus avanços e suas
dificuldades, levando-o a buscar caminhos para solucioná-las
• um elemento integrador entre ensino e aprendizagem.
• um instrumento que vise o aperfeiçoamento do processo de ensino-
aprendizagem em um ambiente de confiança e naturalidade.
No entanto, a avaliação não poderá ser usada para classificar os alunos com
uma nota, com objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo, mas sim de auxiliá-lo na
aprendizagem. Ou seja trata-se de tomá-la como instrumento para intervir no processo
de aprendizagem do estudante, cuja finalidade é sempre seu crescimento.
7- BIBLIOGRAFIA:
ALMEIDA, M. J. P. M. de; Silva H. C. da; Babichak, C. C. O Movimento, a Mecânica e
a Física no Ensino Médio. Revista Brasileira de Ensino de Física. V: 21, nº1,1999.
Pág 195-201.
ARAUJO, I. L. Introdução à filosofia da ciência. Curitiba: Ed. UFPR, 2003
BONJORNO, R. A. Física Completa. 2ªed. São Paulo: Editora FTD, 2001.
CARRON W. e GUIMARÃES O. Física – Vol. Único- 2ª ed. São Paulo: Editora
Moderna.
Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio – Versão Preliminar – julho,
2006.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná –
SEED – Curitiba, 2006.
GREF. Grupo de Re-elaboração de Ensino de Física. Coleção do professor. São
Paulo: Edusp, 1993.
Livro Didático Público – Física / vários autores. Curitiba: SEED – PR, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares para o Ensino
Médio. Curitiba. SEED 2008
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química;
Professor/ Pesquisador 2ª ed. Ijuí: Editora Unijui, 2003 p.120.
MOREIRA, M. A. Ensino de Física no Brasil: Retrospectiva e perspectivas. Revista
Brasileira de Ensino de Física. V:22, nº1, 2000, pág. 91-99.
VÁRIOS AUTORES: Física- Ensino Médio. Curitiba, SEED-PR,2008.
6.13 DISCIPLINA DE QÚIMICA
1-APRESENTAÇÃO
A Química é uma disciplina essencial nos currículos da escola básica, pois é a
ciência que estuda a matéria, suas propriedades, transformações e a energia
envolvida nesses processos. Ela nos dá uma visão geral de todo processo produtivo
(matéria-prima, transformação e energia) que gere a sociedade capitalista.
Segundo CHASSOT a química está presente em todo processo de
desenvolvimento das civilizações. Desde os primórdios da história, o homem vem
acumulando conceitos de química, quando ao dominarem o fogo realizaram a primeira
reação química de combustão ou, quando utilizando conhecimentos básicos
produziram metais.
Na antiguidade, povos já usavam o conhecimento de destilação e fermentação e
outros trabalharam o ferro e construíram armas e instrumentos agrícolas.
Na Idade Média destacou-se a chamada alquimia, através da busca do
prolongamento da vida e da transformação de metais em ouro. Neste período,
decorrente dos diversos problemas de saúde, houve um avanço nos estudos para cura
de doenças, utilizando-se de substâncias minerais.
Na Idade Moderna, os estudos realizados por Paracelso contribuíram para o
nascimento da latroquímica, sendo esta relacionada com as crenças religiosas e, os
estudos realizados por Lavoisier são referência para a química moderna da época.
Com o processo da Revolução Industrial, ocorreu o desenvolvimento da indústria
química, principalmente na solução de problemas referentes à indústria têxtil.
Estudos posteriores sobre a teoria atômica criaram a base para o
desenvolvimento da Química como ciência no século XIX, estando atrelada ao modo
de produção capitalista e aos interesses econômicos vigentes no período. Definiram-
se as teorias atômicas, a sistematização dos elementos químicos, a criação do plástico
e da fibra artificial. “ As ciências esforçavam-se na resolução de problemas ligados à
produção, e dessa forma, os avanços mais expressivos se deram na Química, que era
a ciência intimamente ligada à prática de oficina e interesses da indústria.”
(HOBSBAWM,1982,p.34).
No século XX a Química, bem como outros ciências naturais, apresentaram um
grande desenvolvimento nas indústrias de: medicamentos, bélica, estudos nucleares,
mecânica quântica, dentre outros; devido à necessidade de alguns países de garantir
seus poderes por causa das tensões vividas naquele século.
O conhecimento químico gere a sociedade atual e ele pode ou não ser aplicado
a favor da vida. De um lado temos descobertas importantes como a quimioterapia e a
radioterapia na cura do câncer, por outro lado, temos as bombas atômicas e armas
nucleares que tiram a vida em questão de segundos.
A química enquanto ciência, estrutura através de teorias, os conhecimentos e
interpretações que o homem adquire da natureza, reagrupa a multiplicidade das
observações e experiências em relação às transformações da matéria, da procura de
novas fontes de energia, do entendimento dos mecanismos de vida e leva a
compreender seu meio e as grandes forças que o dominam.
A história da Química deve permear todo o ensino, possibilitando a
compreensão do processo de elaboração desses conhecimentos com seus avanços,
erros e conflitos e assim poder julgar mais fundamentadamente as informações
advindas da tradição cultural, da mídia e da escola e tomar suas próprias decisões. O
objetivo da disciplina é formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos
e também seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual.
Pensar a química não é algo muito fácil, mas é de fundamental importância
para a manutenção e melhoria da qualidade de vida na sociedade e no meio onde
vivemos. Visto que a escola está inserida na zona rural do município, cuja economia
gira em torno da produção agrícola, com pequenas propriedades familiares, tendo
poucas incidências de indústrias e com atividades comerciais e que, as condições
básicas de moradia e saneamento da maioria das famílias da comunidade escolar são
precárias, o ensino de química deve priorizar a produção agrícola, esclarecendo sobre
melhores formas de produção e transformação da matéria para fornecimento ao
mercado, tentando melhorar a qualidade de vida através, por exemplo, do tratamento
da água de consumo, buscando uma comunidade auto-sustentável.
2- OBJETIVOS GERAIS
• Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e também seja
capaz de refletir sobre o período histórico atual;
• Motivar os alunos de maneira adequada a fim de que os conceitos e os
princípios fundamentais da química sejam assimilados satisfatoriamente,
preparando-os para continuar os estudos em nível superior e/ou resolver
questões do cotidiano;
• Apreender as transformações químicas a nível macro e microscópico;
• Expressar e fundamentar opiniões próprias sobre conhecimento químico e
respeitar a opinião dos outros;
• Ter autonomia e iniciativa na busca de informações e na resolução de
problemas no cotidiano escolar e familiar;
• Assumir responsabilidade pelas iniciativas tomadas;
• Refletir e ponderar sobre situações problemáticas em química e tecnologia no
dia-a-dia.
3 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Analisar os materiais que fazem parte do cotidiano;
• Compreender como a natureza conseguiu formar a diversidade de materiais;
• Entender a transformação dos materiais em geral com liberação de energia;
• Compreender o átomo e a revolução da medicina que causou quando estudado
microscopicamente;
• Decidir sobre a melhor forma de utilização da matéria;
• Relacionar a classificação dos elementos com as propriedades e funções dos
mesmos;
• Entender a distribuição eletrônica e a sua atuação na formação das
substâncias;
• Saber que as ligações químicas são fundamentais para a existência das
diferentes substâncias e formas de vida;
• Conceituar os elementos químicos e compreender suas particularidades e usos
na formulação de perfumes, produtos de limpeza, fibra ótica, fertilizantes,
agrotóxicos, etc;
• Compreender as características de cada grupo de função química e relacioná-
los co os produtos presentes no cotidiano;
• Fazer correção de solo;
• Perceber a importância do cálculo e do grau na formulação de medicamentos;
• Nomear, escrever as fórmulas e apresentar as aplicações essenciais dos
principais ácidos, bases, sais e óxidos;
• Avaliar o papel dos óxidos na poluição e no aquecimento global;
• Estudar as relações que as reações como a fotossíntese, respiração e
combustão têm com o nosso dia-a-dia;
• Fazer o balanceamento de equações, ou seja, utilizar quantidades exatas de
reagentes na obtenção de determinados produtos;
• Estabelecer relações quantitativas entre as grandezas: massa, massa molar,
massa atômica, molecular,etc.;
• Interpretar dados sobre as concentrações de soluções e perceber a importância
e algumas características das soluções usadas no dia-a-dia;
• Relacionar as propriedades dos colóides a fenômenos da natureza;
• Diferenciar os fenômenos da evaporação e ebulição e caracterizar o conceito de
pressão de vapor;
• Descrever, utilizando a linguagem discursiva, esquemas ou gráficos, procurando
estabelecer relações com os fenômenos da natureza e do cotidiano;
• Calcular a variação de entalpia de reações por intermédio de gráficos de
energia, tabelas ou equações termoquímicas e classificar essas reações quanto
a energia absorvida ou liberada;
• Explicar, pela teoria das colisões moleculares, os fatores que influem na rapidez
de uma reação temperatura, concentração,etc.;
• Avaliar a influencia da temperatura, do catalisador, da superfície de contato e da
concentração de reagentes nos processos químicos do cotidiano;
• Prever a possibilidade de ocorrência de uma reação espontânea;
• Descrever a eletrólise e galvanoplastia;
• Identificar o estado de equilíbrio por meio da análise de gráficos de
concentração de reagentes e produtos em função do tempo;
• Identificar os principais fatores que podem alterar um sistema químico em
equilíbrio;
• Analisar o grau de acidez na chuva ácida, no derramamento de substâncias na
água e no solo (principalmente a questão dos agrotóxicos), na ação de
biomoléculas e medicamentos;
• Reconhecer que a radioatividade é um fenômeno nuclear;
• Reconhecer no cotidiano, aplicações importantes de energia nuclear na
medicina, agricultura, etc.
• Reconhecer a importância da química orgânica nos dias atuais;
• Caracterizar as principais diferenças entre os compostos orgânicos e
inorgânicos;
• Formular e nomear os principais hidrocarbonetos e outros compostos orgânicos,
usando a nomenclatura usual e a reconhecida pela IUPAC;
• Reconhecer os principais usos e aplicações industriais das substâncias:
metanol, etanol, propanona, etc.;
• Apontar a importância do petróleo como fonte de energia e matéria-prima para a
fabricação de vários materiais;
• Reconhecer que os óleos e gorduras pertencem ao grupo dos glicerídeos e são
substâncias formadas por glicerol (glicerina) e ácidos graxos;
• Entender as fórmulas representativas de aminoácidos e que as proteínas são
formadas por grupamentos de aminoácidos;
• Diferenciar os polímeros dos artificiais;
• Dispor as equações de algumas reações importantes dos hidrocarbonetos,
ácoois e ácidos carboxílicos: combustão, oxidação, substituição, adição,
desidratação e esterificação;
• Reconhecer a importância dessas reações no processo de transformação das
matérias-primas;
3- CONTEÚDOS
1º ANO
MATÉRIA E SUA NATUREZA E BIOQUÍMICA
Matéria e Energia
• Introdução ao estudo da Química
• Propriedades da matéria
• Substâncias e Misturas
• Métodos de separação
• Fenômeno e Reação Química
• A matéria
Estudo do Átomo
• Estrutura atômica
• Modelos Atômicos
• Configuração eletrônica
Tabela Periódica
• Classificação dos elementos químicos
• Propriedades dos elementos químicos
Ligações Químicas
• Ligações químicas: Iônicas, Covalente e Molecular
Funções Químicas Inorgânicas
• Ácidos, bases, sais e óxidos
Reações Químicas, Cálculos e Massa Atômica e Molecular
• Reações químicas
• Cálculos estequiométricos: lei volumétrica e grau de pureza
• Massa atômica, molar e molecular
2º ANO
BIOGEOQUÍMICA
Soluções e Colóides
• Tipos de soluções
• Concentração das soluções
• Análise química e volumétrica
• Colóides: classificação
Propriedades Coligativas
• Pressão e ponto de ebulição
• Efeitos Coligativos: osmoscopia, crioscopis, ebulioscopia e tonoscopia
Termoquímica
• Entalpia e sua variação
• Reações endotérmicas e exotérmicas
Cinética Química
• Velocidade das reações químicas
• Ocorrência de reações químicas
• Catalisadores
Eletroquímica
• Pilhas
• Eletrólise
• Corrosão e proteção de materiais
• Peças eletrônicas
Equilíbrios Químicos
• Grau de equilíbrio
• Deslocamento de equilíbrio químico
• Os sais e a previsão do tempo
• Radioatividade
• Leis
• Transmutações
• Fenômenos Radioativos
• Energia nuclear, bombas nucleares, raio X
3º ANO
QUÍMICA SINTÉTICA
Química Orgânica
• Histórico
• Compostos orgânicos e classificação
Funções Orgânicas
• Hidrocarbonetos, haletos, alcoóis, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos,
ésteres, éteres, aminas, amidas, anidridos, nitrocompostos.
Compostos Orgânicos Naturais
• Petróleo, proteínas, vitaminas, lipídios e glicídios
Polímeros
• Polimerização
• Plásticos, roupas, borracha
Reações Orgânicas
• Reações de adição, substituição, eliminação, redução, oxidação,
combustão e esterificação
• Filtros solares, ressonância magnética
4- METODOLOGIA
É importante que o processo de ensino-aprendizagem parta do conhecimento
prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas (idéias pré-
concebidas sobre o conhecimento de química) ou concepções espontâneas, a partir
das quais será elaborado um conceito científico.
O conceito químico deve estar interligado com os demais campos do
conhecimento em especial à vida humana a fim de julgar mais profundamente as
informações advindas da tradição cultural, da mídia e da escola para poder tomar suas
próprias decisões enquanto indivíduo e cidadão. Para tanto, os conteúdos que
abrangem de forma inter-relacionadas, fatos, conceitos, procedimentos, atitudes e
valores devem ser trabalhados no primeiro momento, utilizando-se da vivência dos
alunos e dos fatos do dia-a-dia, buscando reconstruir os conhecimentos químicos que
permitem refazer essas leituras de mundo, com fundamentação na ciência e nas inter-
relações com energia e tempo, priorizando a atividade intelectual com base em
experiências reais.
Os experimentos podem ser o ponto de partida para desenvolver a
compreensão dos conceitos ou a percepção de sua relação com as idéias discutidas
em aula,propiciando aos estudantes uma reflexão sobre a teoria e a prática e, ao
mesmo tempo,permitindo que o professor perceba as dúvidas de seus alunos.
Outros aspectos metodológicos são o áudio visual envolvendo período de
discussão pré e pós-atividade facilitando a construção e a ampliação dos conceitos, a
informática como fonte de dados e informações, leituras e interpretações de diversos
textos, atividades diversas em sala de aula, pesquisas bibliográficas, apresentação de
seminários, aulas expositivas, debates, simuladores, etc.
A estratégica metodológica que tem sido recomendada é a abordagem que
discuta aspectos sócio-científicos, ou seja, questões ambientais, políticas,
econômicas, éticas, sociais e culturais relativas a ciência e a tecnologia. Dessa forma,
as atividades além da coleta de dados obtidos em demonstrações, em visitas, em
relatórios de experimentos ou no laboratório, devem enfatizar a análise desses dados,
para que através de trabalhos e discussões em grupo se possam atingir conceitos e a
sensibilização para um comprometimento com a vida no planeta.
5- AVALIAÇÃO
A avaliação é um elemento do processo de ensino e não possui uma finalidade
em si mesma, deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor no
processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo
educacional desenvolvido no coletivo da escola. Informa ao professor o que foi
apreendido pelo estudante e ao estudante quis são seus avanços, dificuldades e
possibilidades.
Nesse entendimento a avaliação deve ser concebida de forma processual e
formativa, sob as condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo
ocorre por meio de interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e
não apenas de modo pontual, portanto sujeita a alterações no seu desenvolvimento.
A avaliação exige do professor e da escola a lembrança de que tem em mãos
um ser humano em formação e que desta forma a escola precisa se estruturar para
alcançar os anseios e desejos dos alunos. Visto desta forma, o ato de avaliar deve
criar possibilidades de reflexão, tornando o aluno ator e autor de sua aprendizagem.
Destaca que o aluno tem grande responsabilidade sobre sua aprendizagem e que isso
deve ser ressaltado para que se forme uma consciência reflexiva.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. O processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos” (MALDANER, 2003, P. 144) se dá a partir de uma ação pedagógica em
que a partir dos conhecimentos anteriores dos alunos seja permitido aos mesmos o
entendimento e a interação com a dinâmica dos fenômenos naturais por meio de
conceitos químicos.
O professor pode utilizar instrumentos de avaliação: provas escritas, leitura e
interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da tabela periódica,
pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de
seminários, simuladores na informática, análise de erros, auto-avaliação, observações,
entre outros. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada
conteúdo e objetivo de ensino.
Em relação à leitura de mundo, pretende-se que o aluno possa posicionar-se
criticamente nos debates conceituais, articulando o conhecimento químico às questões
sociais, econômicas e políticas, ou seja, a construção coletiva do conhecimento a
partir do ensino, da aprendizagem e da avaliação.
A avaliação deverá fornecer o processo pessoal do aluno no domínio de
conceitos, capacidade e atitudes, habilidades e valores provenientes dos conteúdos de
aprendizagem, na capacidade de criação, na iniciativa em se tomar decisões, realizar
pesquisas e analisar os elementos que a natureza apresenta e que são significativos e
favorecedores do crescimento pessoal.
Tal prática avaliativa requer um professor que compreenda a concepção de
ensino de Química na perspectiva crítica e que os critérios e formas de avaliação
estejam bem claros para os alunos, como direito que têm de acompanhar todo o
processo.
6- BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, Geraldo Camargo de e SOUZA, Celso Lopes de. Química para o ensino
médio. São Paulo: Scipione, 2003.
SARDELLA, Antônio. Química – série novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2002.
USBERCO, João e SALVADOR, Edgard. Química essencial. São Paulo: Saraiva,
2001.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA PARA O ENSINO MÉDIO. SEED, 2006.
Vários autores. Química – Ensino Médio. Curitiba: SEED,2006.
6.14 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
1 – APRESENTAÇÃO:
A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações
sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas.
Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a cuja
fonte de riqueza social provinha do trabalho fabril, suscita pensar: por que as
sociedades a clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no
auge da modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta a dar
conta das questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua e cultural
da sociedade moderna têm raízes muito próximas e não podem ser pretensa
maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito imputadas
apenas aos acontecimentos externos, uma vez que se tratam de tempo para digeri-los.
(DCE- 2008)
O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado
pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa
de 1789; uma social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, moderno e
ainda hoje embasa os Estados democráticos. Assolado por crises sociais, que se firma
com o Iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da civilização. o capitalismo
liberal confirma os empresários industriais e o proletariado urbano .Esses
acontecimentos conjugados – a queda do Antigo Regime e a ascensão da
democracia; a industrialização expandida pelas máquinas e a concentração de
trabalhadores nas cidades; e a admissão de um método científico propiciado pelo
Iluminismo, o racionalismo e o positivismo delineassem uma sociedade, como uma
necessidade histórica. Inicialmente, um pensamento de cunho conservador
desenhasse mais como uma forma cultural de concepção do mundo, uma filosofia
social preocupada em questionar a gênese da sociedade e a sua evolução.
Frente aos novos problemas sociais gerados com o avanço tecnológico e com a
modificação gradual das formas de comunicação, o homem e a sociedade em geral
vê-se forçado a analisar as consequências e os rumos que tomarão a nossa sociedade
e a humanidade, enquanto composta pôr membros que agem segundo valores válidos
para o grupo.
Ao analisar a sociedade enquanto um organismo complexo, que sofre
modificações instantaneamente, agindo o grupo sobre o indivíduo e o indivíduo sobre
o grupo, consolidando deste modo formas de relacionamento, modos de produção e
exploração do indivíduo, além da modificação e ruptura de valores éticos-morais e
religiosos que acabam pôr deixar o indivíduo sem saber como agir.
Como toda sociedade está baseada nos novos meios de produção, a técnica e
a mecanização acabam pôr alterar as formas de organização do grupo, dado que o
sistema capitalista valoriza o aumento da produção, acirrando a disputa e a
competitividade, afastando o aspecto humano das relações, tornando tanto o saber
quanto o homem, um objeto a ser explorado.
Frente ao agir socialmente, onde compartilhar condições e situações, praticar
ações e relações que são interdependentes e se influenciam reciprocamente colocam
o ser humano em total mudança, cabe a Sociologia proporcionar aos educandos
condições de conhecer, refletir e dar novos rumos aos problemas existentes no meio
social onde habitam.
No Brasil, a Sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva.
Florestan Fernandes (1976), ao traçar três épocas de desenvolvimento da reflexão
sociológica na sociedade brasileira, considera aquela a primeira época, uma conexão
episódica entre o direito e a sociedade, a literatura e o contexto histórico. A segunda é
caracterizada pelo pensamento racional como forma de consciência social das
condições da sociedade, nas primeiras décadas do século XX; a terceira época, em
meados do século XX, é marcada pela subordinação do estudo dos fenômenos sociais
aos padrões de cientificidade do trabalho intelectual com influência das tendências
metodológicas em países europeus e nos Estados Unidos.
A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se
constitui disciplina no debate entre diferentes concepções teóricas responsáveis por
respostas a questões que a sociedade se coloca em momentos diversos e, por isso,
não está livre de contradições. A história das Ciências Sociais, no Brasil, atesta a
vitória de uma estratégia de afirmação quando o quadro social e político do país era
adverso, apontam Vianna, Carvalho e Melo (1995). A Sociologia demonstra,
paradoxalmente, que as condições de democracia para uma ciência com baixo
prestígio social e mercado profissional escasso não foram decisórias, pois ela se cria e
se expande sob a égide de duas ditaduras: a dos anos trinta e a dos anos sessenta.
A Sociologia ingressa primeiramente no sistema de ensino, em 1891, com a
reforma educacional protagonizada por Benjamin Constant, e aparece sob o título de
Sociologia e Moral, pré-formatado pelo espírito positivista reinante na ciência e na
sociedade. Durou apenas um ano como disciplina obrigatória. Antes disso, as
menções às nova ciência eram ocasionais à obra de Conte, nas Escolas da Marinha e
Politécnica, nas Faculdades de Medicina e, sobretudo, nas de Direito. O
reaparecimento da Sociologia ocorre duas décadas depois, em 1925, quando a
Reforma Rocha Vaz passou a exigir como conteúdo avaliado nas provas de ingresso
às faculdades. Tal exigência, afirma Meucci (2008), fez com que a Sociologia
estivesse na grade de disciplinas de nível secundário, de 1926 a 1929, do Colégio
Pedro II, no Rio de Janeiro, reconhecidamente modelar entre instituições públicas e
privadas.
Também, em meados da década de 1920, a Sociologia integrou o currículo para
a formação de educadores primários e secundários dos estados do Rio de Janeiro e
Pernambuco. A centralização do sistema educacional no país e a reforma do ensino
levam a Sociologia aos chamados cursos complementares, de preparação dos
estudantes para estudos superiores nas áreas de Direito, Ciências Médicas,
Engenharia e Arquitetura. Com a Reforma Capanema, em 1942, desaparece essa
participação, que repercutiu sobre a produção de livros didáticos à época. Todas as
vezes que a Sociologia deixa de ser disciplina obrigatória, ausenta-se da formação
educacional básica e evidencia-se a desconsideração para com essa área de
conhecimento e forma de interpretação da realidade social.(DCE-2008)
A Sociologia Geral e/ou Sociologia da Educação permanecem como programas,
a partir dos anos 1940, apenas nos currículos das Escolas Normais. O vínculo entre a
educação e a Sociologia mostra que as escolas normais foram redutos importantes
para a disseminação do conhecimento sociológico, como argumenta Guelfi (2001). A
formação de professores para o ensino secundário foi, sem dúvida, o fator de
consolidação da Sociologia como disciplina curricular.
2 – OBJETO DE ESTUDO:
O conhecimento e a explicação da sociedade através da compreensão das diversas
formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, bem como a compreensão
das conseqüências dessas relações para os indivíduos e coletividade.
3 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
O século XIX foi marcado pela consolidação da sociedade capitalista e pelas
inúmeras transformações que ocorreram impulsionadas pôr novas relações de classe
– a burguesia e o proletariado.
Essa nova dinâmica de funcionamento do Estado Moderno trouxe no seu bojo
conseqüências graves. É dentro desse contexto que nasce a Sociologia com a
determinação de contribuir para a melhoria desta sociedade.
A consciência das desigualdades, da miséria e da opressão aponta para a
necessidade de uma reorganização da sociedade. Os homens da época achavam que
a crítica da realidade social existente deveria ser acompanhada de uma sugestão de
melhoria e que a solução deveria estar baseada no conhecimento científico da
realidade.
A preocupação com questões sociais e as complexas instituições modernas
podem ser observadas em pensadores como Karl Marx, Max Weber, Antônio Gramsci
e Pierre Bourdieu, pensadores contemporâneos, que, preocupados com os problemas
sociais oriundos das novas formas de organização social, colocavam o pensar e o agir
coletivo como meio de transformar a sociedade, trabalhando aspectos sociais,
políticos, religiosos, institucionais, culturais, econômicos, que são os pontos
norteadores da vida em sociedade.
A Sociologia, enquanto ciência data de um período recente na realidade
brasileira, porém apresenta pensadores com enorme contribuição e profunda análise
social que marcam o nascimento e a preocupação da mesma. Assim, podemos
destacar: Florestan Fernandes, Gilberto Freyre, Fernando de Azevedo, Sérgio
Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior, entre outros, que buscam uma reflexão
detalhada da formação e desenvolvimento da nossa realidade, abordando desde o
processo de miscigenação (Casa grande & Senzala) até os fatos recentes que
caracterizam a realidade brasileira. ( Livro Didático Público-Sociologia)
4 – OBJETIVOS GERAIS:
1- Compreender e analisar a sociedade, levando em consideração os aspectos
culturais, políticos, étnicos e religiosos.
2- Estimular a reflexão sobre a realidade, a fim de despertar no aluno a capacidade
crítica, visando uma conscientização e consequentemente uma mudança dos aspectos
culturais vigentes.
3- Formar uma consciência política e cultural dos alunos para efetivação de ações de
luta em favor da democracia política e social.
4- Possibilitar a compreensão das relações sociais na sociedade brasileira
contemporânea – entendido como fenômeno contraditório.
5- Contribuir para reelaboração da prática social em busca da cidadania plena.
5 - CONTEÚDOS:
ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS
1- O PROCESSO DE
SOCIALIZAÇÃO E AS
INSTITUIÇÕES SOCIAIS
1.1- O momento da civilização
1.2- A instituição família
1.3- A instituição escola
1.4- A instituição religiosa
1.5- Transmissão de Valores
2- CULTURA E INDÚSTRIA
CULTURAL
2.1- Conceito de trabalho e de cultura
2.2-Cultura e suas manifestações
2.3-Cultura erudita e Cultura popular
2.4-Meios de Comunicação de Massa
3- TRABALHO, PRODUÇÃO E
CLASSES SOCIAIS
3.1- A sociedade capitalista
3.2-Divisão social do trabalho
3.3-Classes sociais
3.4-Tecnologias e Globalização
4- PODER , POLÍTICA E
IDEOLOGIA
4.1-Teoria do Estado
4.2-A instituição política
4.3-Os principais componentes de poder
4.4-Ideologia e o Estado
5- DIREITO, CIDADANIA E
MOVIMENTOS SOCIAIS
5.1- Direitos e deveres
5.2-Cidadania
5.3-Movimentos Sociais – urbanos e rurais
7- METODOLOGIA
O estudo da Sociologia no Ensino Médio deve ampliar as possibilidades
de análise considerando as diversas correntes do pensamento. Não se pode, hoje
partir de uma única perspectiva teórica para explicar os fenômenos sociais
Diante desse pressuposto, possibilitar-se-á ao aluno, através da análise
de textos, discussões em grupo, análise de filmes, reportagens, dinâmicas, aulas
expositivas, etc. uma análise crítica da realidade.
Os alunos deverão ter um embasamento teórico que lhes permita ampliarem
sua capacidade de compreensão da vida e do mundo e ao mesmo tempo possibilite
referenciar uma investigação dos problemas contemporâneos.
O ensino da Sociologia deverá contribuir para que os alunos estabeleçam a
noção do conhecimento como algo ligado à ação. É fundamental fazer a conexão entre
teoria e prática, para assim dar sentido ao conteúdo estudado.
Através do conhecimento sobre a construção histórica dos direitos e deveres
dos cidadãos, os alunos estarão ampliando as possibilidades de exercício da
cidadania.
Dada a sua amplitude e a facilidade de relacionar conteúdos, deseja-se uma
interação entre a teoria e a prática, despertando no aluno um olhar crítico, embasado
na discussão, na pesquisa de campo e bibliográfica, que possibilite a construção
histórica da Sociologia crítica, desenvolvendo um pensamento criativo e instigante que
vise à adoção de um agir voltado para a transformação social.(DCE-2006)
8 -AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação em Sociologia não deve mensurar apenas fatos ou
conceitos assimilados. É importante considerar o conhecimento prévio dos alunos e
relacioná-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino-aprendizagem. O
professor deve identificar a apreensão de conteúdos, noções, conceitos,
procedimentos e atitudes como conquista dos alunos, comparando o antes, durante e
o depois.
Pôr meio dos estudos desenvolvidos, o aluno deverá ser capaz de identificar
relações entre a sociedade, a cultura e a natureza, hoje em dia e em outros momentos
do passado, e ser capaz de distinguir semelhanças e diferenças. Pretende-se avaliar
em perspectivas históricas, percebendo contextos, mudanças, permanências e
continuidades. O aluno deve ser capaz de reconhecer laços de identidade e/ ou
diferenças entre relações de trabalho do presente e do passado; identificar e
reconhecer as principais características do processo de formação das dinâmicas,
refletindo sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos que elas
produzem na vida das sociedades.
Cabe também ao professor em diferentes momentos do estudo incentivar a
construção de relações entre eventos para que os estudantes tenham participação
dinâmica e ativa no seu espaço social, envolvidos em questões de cidadania e
compromisso participativo.
O professor deverá propor atividades que favoreçam a aprendizagem de
procedimentos de pesquisa, observação, identificação, confrontação, distinção e
reflexão; e de atitudes de comprometimento, respeito, ética, colaboração e
amadurecimento moral e intelectual. Essas atividades podem ser a análise de textos,
filmes, pesquisas de campo, dinâmicas, debates, relatos de experiências dos alunos,
etc. O processo de avaliação do ensino da Sociologia deve ser pensado e elaborado
de forma transparente e coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos,
criticados e acompanhados por todos os envolvidos na disciplina.
Critérios que poderão ser observados e avaliados no decorrer do curso:
-Clareza e coerência na exposição de idéias no texto oral ou escrito;
-Capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;
-Mudança de comportamento na forma de olhar para os problemas sociais, rompendo
desta forma com a acomodação e com o senso comum;
-Reflexão crítica nos debates que acompanham os textos ou filmes;
-Participação nas pesquisas de campo;
-Capacidade de articulação entre teoria e prática;
8- BIBLIOGRAFIA
DURKHEIM, É. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
_____________. Da divisão social do trabalho. São Paulo: Martins Fontes,1995.
_____________. As regras do método sociológico. São Paulo: Cia Editora Nacional,
1974.
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO ESTADO DO PARANÁ, SOCIOLOGIA ENSINO MÉDIO.
Vários autores. Curitiba, SEED-Pr, 2006.
WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.
FREYRE, G. Casa grande & senzala: introdução a história patriarcal no Brasil. Rio de
Janeiro: Record, 2001.
DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO. SEED,
2006. Vários autores. SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO. Curitiba: SEED-PR, 2006.
DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO. SEED,
2008. Vários autores. SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO. Curitiba: SEED-PR, 2008.
DAMATTA, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1984.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2. ed. São Paulo: Cortês, 1994.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 24. ed. São Paulo: Ática, 2002.
6.15 DISCIPLINA DE FILOSOFIA
1-APRESENTAÇÃO:
Não se pode entender a filosofia apenas como uma atividade a ser
desenvolvida no espaço escolar, e sim como uma atividade prática que começa na
sociedade enquanto indivíduo-cidadão e que ganha espaço no ambiente escolar com
o desenvolvimento da crítica criativa que recria a realidade sob uma nova percepção e
com novos valores, demonstrando que é com o diálogo e com a superação de conflitos
que a sociedade se realiza enquanto tal. A filosofia torna vivo o espaço escolar,
povoando-o de pessoas que por meio do exercício da razão e da prática dialógica
constroem a sua própria história.
Nos seus 2600 anos de existência, a filosofia não é um saber pronto e acabado
que deve ser transmitido ao ouvinte como uma verdade inquestionável. Bem pelo
contrário, ela busca passar do campo instrumental para o campo artístico,
abandonando conceitos imortalizados e arcaicos, levando em consideração apenas a
problematização, atividade esta semelhante à filosofia socrática, que expressa a arte
de questionar e usar o “já pensado” como um meio para reinventar e buscar a
verdade, dando uma nova aparência e um novo sentido a realidade histórica vivida e
que se expressa na célere frase “só sei que nada sei”. Por sua vez, não se pode negar
o conhecimento elaborado por célebres pensadores, contudo, o pensamento
desenvolvido estava condicionado a uma determinada realidade histórica e seus
respectivos problemas, como é o caso dos pré-socráticos que buscavam resolver o
problema da arché, ou dos medievais que buscavam justificar a fé por meio da razão,
problemas esses que não se encaixam no momento histórico vivido.
A atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com os textos, propiciará
entender as estruturas lógicas e argumentativas, o cuidado com a precisão dos
enunciados com o encadeamento e clareza das idéias e a busca da superação do
caráter fragmentário do conhecimento, pré-requisitos estes necessários para a defesa
dos ideais da construção de uma sociedade justa que vise o bem do coletivo.
O despertar crítico desenvolvido pela filosofia provoca curiosidade, porém a
busca por respostas é um tanto quanto frustrante, pois a filosofia não produz
resultados práticos se comparada com a matemática ou com o trabalho de um
cientista, por exemplo. A disciplina de Filosofia tem como finalidade despertar o senso
crítico do aluno ao longo da vida escolar no Ensino Médio, pois o “domínio dos
conhecimentos de filosofia e de Sociologia são necessários para o exercício da
cidadania”, conforme expressa a LDB no artigo 36.
O saber filosófico busca desencadear ações transformadoras tanto coletivas
quanto individuais nos sujeitos que o praticam, questionando e re-significando
conceitos e valores éticos, políticos, epistemológicos e estéticos.
Com o objetivo de promover um saber pluridimensional e democrático, capaz de
fornecer aos estudantes a compreensão da complexa realidade que se apresenta, na
maioria das vezes fragmentada, a filosofia atua como a possibilidade de questionar
essa realidade, superando o conhecimento empírico, e fornecendo uma base de
questionamento que visa abranger o todo, reunindo as várias áreas do conhecimento,
atividade essa que só pode ser realizada por meio da capacidade crítico-reflexiva que
o saber filosófico desenvolve nos alunos do Ensino Médio.
A aula de filosofia é além de tudo um espaço para o exercício do pensamento,
etapa esta que inclui a sensibilização e a problematização, onde professor e alunos
trabalham em conjunto, na busca de possíveis soluções para os problemas que se
apresentam. Esse processo reflexivo deverá ter como suporte os textos filosóficos que
abordam em problemas ou temas que precisam ser re-significados e adaptados para a
realidade apresentada, enquanto se busca uma possível solução.
Mas deve-se ensinar a filosofia ou se ensinar a filosofar? Segundo Kant, não é
possível ensinar a filosofia e sim a filosofar, já que filosofia e o filosofar andam juntos,
pois só há uma construção filosófica na medida em que se pratica a atividade de
filosofar, pois não há um saber pronto ou acabado, que precisa ser aprendido, já que o
conhecimento que existe até então, é uma investigação de temas universais
propostos pelos filósofos que se destacaram ao longo de um período histórico, e que
refletem em seu pensamento a situação social do que era posto em dúvida.
Segundo Appel (1999) não há propriamente ofício filosófico sem sujeitos
democráticos e não há como atuar no campo político e cultural, avançar e consolidar a
democracia quando se perde o direito de pensar, a capacidade de discernimento, o
uso autônomo da razão. Quem pensa opõe resistência, e é este o ofício do filosofar,
pois como abordado anteriormente um dos objetivos do Ensino Médio é a formação
pluridimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de
compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas
particularidades e especializações. Nesse mundo, que se manifesta quase sempre de
forma fragmentada, o estudante não pode prescindir de um saber que opere por
questionamentos, conceitos e categorias de pensamento, que busque articular o
espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência
humana.
02- OBJETIVO GERAL
• Convidar o aluno a buscar diferentes maneiras de ver o problema, e elaborar
novos conceitos, possibilitando o filosofar como algo próprio da natureza
humana.
• Desenvolver no educando a argumentação filosófica através de textos e
conceitos filosóficos, que permitam criar raciocínios críticos, lógicos e
coerentes, construindo um pensamento autônomo e autêntico, livre das amarras
da ideologia social (política, econômica ou religiosa) que o rodeia, buscando a
construção de uma sociedade democrática, onde valha o bem geral e a
igualdade.
3-OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Analisar os modos de como o pensamento se constitui historicamente,
compreendendo que o tema está relacionado ao contexto histórico em que foi
abordado;
•Desenvolver a reflexão através da capacidade de análise, abstração, argumentação e
a problematização;
•Analisar a ideologia que permeia os meios de comunicação, estando atento ao lado
oculto das informações transmitidas pelos meios de comunicação social:
•Perceber como o poder dominante garante a hegemonia para perpetuar o seu
domínio;
• Identificar a presença de elementos filosóficos nas ciências, na arte. na religião, na
política e na sociedade.
• Incentivar a leitura de textos filosóficos;
• Reconstruir conceitos, dando novos significado e interpretação;
•Permitir o desenvolvimento da retórica (arte de falar em público) expondo com
clareza e coerência o ponto do vista do aluno enquanto cidadão.
•Possibilitar uma compreensão mais abrangente da realidade que cerca o indivíduo,
desenvolvendo uma visão sobre o todo, e não de forma fragmentada.
4- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Os conteúdos encontram-se divididos conforme as séries em que a disciplina é
ofertada no estabelecimento de ensino. Busca-se a interdisciplinaridade com as outras
áreas dentro do saber seja no campo das ciências humanas ou no das exatas. A
seqüência cronológica dos conteúdos relacionando com os conteúdos estruturantes
possibilitará alcançar os objetivos previstos.
SEGUNDA SÉRIE
Introdução a Filosofia
* Mitologia grega: o declínio do mundo dos mitos.
* O exercício da razão na pólis grega.
* Diferença entre e mito e Filosofia.
* Definição de Filosofia.
* Diversos campos dentro de filosofia: Teoria do Conhecimento. Filosofia Política.
Filosofia da Ciência, Estética e Lógica entre outros.
O surgimento da filosofia na Grécia Antiga – Primeira Fase
* A passagem do pensamento mítico para o filosófico - cientifico
* Os filósofos pré-socráticos e o problema do conhecimento.
* Os pré-socráticos e a ciência.
A filosofia do período clássico ao greco-romano
Os sofistas e o poder da argumentação.
Sócrates: ironia e maiêutica
Platão e o método dialético.
Platão: das aparências ao mundo das idéias perfeitas
*Concepção política de Platão
* Aristóteles e a crítica a Platão
* Interpretação aristotélica para as mudanças ao ser e da realidade.
* Reflexões de Aristóteles no campo as ética.
O Helenismo e suas principais correntes
* Introdução histórica e características gerais
* Preocupação com a moral do indivíduo.
* O estoicismo.
* O epicurismo.
* O ceticismo e a. tradição cética
A formação do mundo ocidental
* Caracterização da filosofia medieval.
* A arte e a ciência na Idade Média.
* O surgimento da Filosofia Cristã no contexto do helenismo.
* Patrística: características gerais
* Santo Agostinho
Vida e obras
Fé X Razão
Platonismo cristão
A filosofia nos séculos VI - X
* O surgimento da escolástica
* A influência aristotélica nos escolásticos
* A contribuição dos árabes na filosofia
* A filosofia de Tomas de Aquino
* A crise da Escolástica.
TERCEIRA SÉRIE
As origens do pensamento moderno e a idéia de modernidade
* Uma nova interpretação para o homem e para o mundo.
* O Humanismo renascentista
* Ciência: desvendando os mistérios da natureza.
* O renascimento das artes.
* Crítica a intolerância religiosa
* A redescoberta do ceticismo antigo
Razão e experiência - as bases para o conhecimento seguro
* As descobertas de Galileu Galilei
* O racionalismo de René Descartes.
* O pensamento de Pascal
* Espinosa: o racionalismo absoluto
A tradição empirista: a experiência como guia
* O empirismo
* Thomas Hobbes: e a concepção de estado.
* Jhon Locke: a experiência é a fonte do conhecimento.
* David Hume e o conhecimento científico
A filosofia política do liberalismo e a tradição iluminista
* A razão em busca de liberdade.
* Montesquieu
* Voltaire.
* Diderot e D’Alembert
* Rousseau
*Kant e a filosofia crítica
A crítica da razão pura.
A filosofia moral de Kant
O pensamento contemporâneo: tecnologia, industrialização e conflitos sociais
* O positivismo de Augusto comte.
* Hegel: o projeto do conhecimento universal.
* Karl Marx: o indivíduo é o ser social
* Trabalho e consumo alienados.
* A Estética contemporânea e o uso dos meios de comunicação
* Existencialismo: a realização completa da vida do ser humano.
* Nietzsche: julgamento da civilização e a existência humana.
* Escola de Frankfurt
5- METODOLOGIA.
Entende-se que o ensino de Filosofia pode ser um espaço de estudo de
Filosofia e do filosofar, permitindo que o estudante desenvolva um estilo próprio de
pensamento.
A Filosofia na escola pode significar o espaço da experiência filosófica, espaço
da criação e provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da
imaginação e da criação de conceitos.
Espera-se que o aluno ao tornar contato com os problemas, textos filosóficos,
imagens e filmes possa pensar e argumentar criticamente, e, nesse processo,
desenvolva um pensamento genuíno livre das ideologias que o rodeiam.
6- AVALIAÇÃO
A avaliação levará em consideração o progresso do estudante durante o ano
letivo, seu domínio sobre conceitos, sua capacidade argumentativa, sua participação
por meio do questionamento e da realização das atividades propostas. Como
atividades avaliativas poderão ser utilizados os seguintes recursos:
_Trabalhos individuais ou em grupos.
_Pesquisas
_Leitura e interpretação de textos filosóficos.
_Seminários e debates.
_Avaliações.
_Produção de textos.
_Confecção de cartazes.
7- REFERÊNCIAS
APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio. Cadernos PET. Curitiba,
1999.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação do Estado do Paraná.
http://www.seed.pr.gov.br/
CORTIM, G. Fundamentos de Filosofia. História e Grandes Temas. Saraiva. São
Paulo, 2002.
Livro Didático Público — Filosofia.
CUNHA, José. Iniciação à investigação filosófica. Atual, São Paulo: 1992.
7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
1- GADOTI, Moacir. Revisão Crítica do Papel do Pedagogo na atual Sociedade
Brasileira. In: Educação e Sociedade. V.1. São Paulo: Cortez e Moraes, 1978.
2- LDB-Lei de Diretrizes e Bases- 1996.
3- LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação.São Paulo: Cortez, 1994. p. 121-
146.
4- MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa e Silva,Tomas Tadeu da. Sociologia e Teoria
Crítica do Currículo: Introdução: In. Currículo, Cultura e Sociedade. São Paulo: Cortez,
1994.
5- OLIVEIRA, Valesca Fortes de. A busca da Identidade Enquanto Projeto Político
Pedagógico. In Contexto e Educação. Universidade de Ijuí, ano V, nº 10, abr/ jun 1990,
p. 29-34.
6- DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL DA REDE DE
EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ.
7- SAVIANI, Demerval. Sentido da Pedagogia e Papel do Pedagogo. Revista Ande.
São Paulo, 1991.
8- Snyder, George. A Alegria na Escola. São Paulo: Manoel, 1988. Introdução, p. 8-15.
9- warde, Mirian Jorge. Considerações sobre o planejamento Escolar. In: Revista do
Simpeem, fev. 1995.
10-Índice de aproveitamento escolar retirado de:
http://www4.pr.gv.br/escolas/rendimentos/jsp
acessado em:13/08/2010
11- DEWEY, 1971:29