É muito bom poder opinar sobre os produtos, pois somos nós quem passamos nossa vida nesses equipamentos. Essas máquinas representam exatamente o que precisamos e pedimos para desenvolverem.
O JOGO MUDOU.
MAS VOCÊESCREVEUAS REGRAS.
Mark Maenpaa K&M Logging, Inc., Thunder Bay / Ontario - EUA
Projetados a partir de sugestões de nossos clientes, a John Deere tem o orgulho de apresentar os mais resistentes e mais produtivos equipamentos que já oferecemos ao mercado: nossa nova Série M de Harvesters e Feller Bunchers de esteira. Só de olhar, você já percebe a diferença. Na verdade, nossos equipamentos só estão esperando para demonstrar sua força.
1EXPEDIENTE B. FOREST
É muito bom poder opinar sobre os produtos, pois somos nós quem passamos nossa vida nesses equipamentos. Essas máquinas representam exatamente o que precisamos e pedimos para desenvolverem.
O JOGO MUDOU.
MAS VOCÊESCREVEUAS REGRAS.
Mark Maenpaa K&M Logging, Inc., Thunder Bay / Ontario - EUA
Projetados a partir de sugestões de nossos clientes, a John Deere tem o orgulho de apresentar os mais resistentes e mais produtivos equipamentos que já oferecemos ao mercado: nossa nova Série M de Harvesters e Feller Bunchers de esteira. Só de olhar, você já percebe a diferença. Na verdade, nossos equipamentos só estão esperando para demonstrar sua força.
2 EXPEDIENTEB. FOREST
Indíce04
07
14
30
40
52
60
64
EDITORIAL
ENTREVISTA
PRINCIPAL
SILVICULTURA
TRANSPORTE
MERCADO
MOMENTO EMPRESARIAL
NOTAS
71
72
FOTOS
VÍDEOS
3EXPEDIENTE B. FOREST
“O setor florestal me deu muito orgulho de poder estar fora do Brasil e ser olhado
com respeito”
74 AGENDA
Diretor executivo de matérias-primas da Gerdau
Mario Sant’Anna Junior
Foto
: Div
ulga
ção
4 EXPEDIENTEB. FOREST
A busca pelo aumento da produtividade sempre foi uma constante, independente do
setor em questão. No florestal, a mecanização das operações foi uma alternativa para
que o objetivo fosse alcançado. Agora, ela está cada vez mais presente no desbaste.
Por esse motivo, as fabricantes passaram a dar atenção especial para as máquinas,
adequando-as e desenvolvendo novas tecnologias específicas. A matéria principal desta
edição fala exatamente deste tema, destacando os novas tecnologias voltadas para
facilitar o desbaste e aumentar a produtividade.
Por outro lado, na atual conjuntura econômica do Brasil, os empresários procuram
se adaptar e reduzir gastos. Uma operação que poder ser estudada e ter seus custos
reduzidos é o transporte. Confira uma matéria que mostras opções de aperfeiçoamento
que vão desde a escolha dos implementos e acessórios, até a capacitação do motorista.
A economia brasileira também é um dos temas da entrevista feita com Mario Sant’Anna
Junior, diretor executivo de matérias-primas da Gerdau. Nela, o profissional fala também
sobre a carreira, experiências vividas e sonhos. Além de apresentar alternativas e pontos
positivos da “crise”. Não perca!
Estratégias traçadas
4 EDITORIALB. FOREST
5EXPEDIENTE B. FOREST
Expediente:
Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski
Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski
Editora: Giovana Massetto
Jornalista: Amanda Scandelari
Designer Responsável: Vinícius Vilela
Financeiro: Jaqueline Mulik
Conselho Técnico:
Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas
para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Ope-
rações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas),
Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da
Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Ju-
nior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da
John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu
Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).
B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal
Edição 10 - Ano 02 - N° 07 - Junho 2015
Foto de Capa: Ponsse
Malinovski Florestal
+55(41)3049-7888
Rua Itupava, 1541, Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) – CEP:80040-455
www.malinovski.com.br / [email protected]
© 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.
6 EXPEDIENTEB. FOREST
7EXPEDIENTE B. FOREST
Foto
: Div
ulga
ção
7ENTREVISTA B. FOREST
8 ENTREVISTAB. FOREST
Dedicação ConstanteMario Sant’Anna JuniorDiretor executivo de matérias-primas da Gerdau
Da incerteza na juventude a realiza-
ção profissional, Mario Sant’Anna Junior
é hoje diretor executivo de matérias-pri-
mas da Gerdau. Durante a carreira, o en-
genheiro florestal passou por empresas
importantes no cenário mundial. Mesmo
tendo a oportunidade de trabalhar em to-
dos os segmentos do setor florestal, ele
ainda tem planos para o futuro. Entre eles
está a fomentação do uso de biorredu-
tores na matriz energética e o fortaleci-
mento do setor por meio da formação de
pessoas. Confira a entrevista exclusiva, na
qual Mario conta um pouco da carreira e
mostra sua visão positiva em relação ao
momento econômico brasileiro.
Como começou seu interesse pelo setor
florestal?
Quando era pequeno passei vários fi-
nais de semana em uma pequena proprie-
dade que meu pai tinha perto da Serra do
Mar, no Paraná. Nossa casa ficava rodeada
por florestas e eu adorava andar em meio
a elas. Em 1975, quando fui prestar vesti-
bular, ainda não tinha certeza da escolha
certa, mas optei por engenharia florestal,
levando em conta as ótimas lembranças
da minha infância. Hoje, posso afirmar
que sou extremamente feliz com a profis-
são que escolhi. Tive oportunidades incrí-
veis, conheci o mundo inteiro e inúmeras
pessoas do meio acadêmico, de todos os
segmentos do setor florestal.
Iniciou sua experiência profissional em
empresas de celulose e papel e madeira
sólida. Pode contar um pouco sobre os
desafios deste início?
Assim que me formei comecei a
trabalhar na MWV Rigesa, na área de
colheita e transporte. Ainda muito jovem,
tive a oportunidade de ser gerente, o mais
novo da história da empresa. Depois de
12 anos, fui convidado para participar do
projeto da Inpacel, em Arapoti (PR). Durante
os oito anos, ajudei a construir toda a
estrutura florestal da empresa. Formamos
8 ENTREVISTAB. FOREST
9ENTREVISTA B. FOREST
Foto: Divulgação
“Não me acomodar jamais foi um
aprendizado que levei comigo ao longo da
carreira”
Mario Sant’Anna Junior
9ENTREVISTA B. FOREST
10 ENTREVISTAB. FOREST
“O setor florestal sempre representou um
potencial competitivo. Acredito que exatamente
por este motivo, poderia ser mais “agressivo”
dentro dos diversos segmentos.”
uma equipe fantástica e foi um prazer
ter a oportunidade de formar um grupo
tão capacitado. Na sequência, assumi
a área administrativa e de suprimentos
da empresa, o que me levou a fazer um
MBA em qualidade e produtividade, no
Japão. Quando voltei para o Brasil, fiquei
responsável pela qualidade das operações
industriais da Inpacel até a empresa ser
vendida.
Também apostou em uma consultoria
própria. Como foi este desafio?
Trabalhei também, por um ano, no
grupo Orsa, mas decidi empreender
e criar uma empresa de consultoria, a
Holtz Consultoria. Nosso desafio foi o
estudo de mercados, ou seja, encontrar
nichos de investimentos interessantes
para a época. Apoiamos diversas
empresas de suprimentos, madeira sólida,
compensados... a analisar o mercado
e encontrar o melhor destino para seu
produto.
Desde 2004 está na Gerdau. Como é
trabalhar em uma multinacional presente
em 14 países?
É desafiador. Trabalho em uma das
grandes siderúrgicas do mundo. Uma
das atividades da empresa é a florestal,
que recebe investimento desde a década
de 60. Assumi o cargo com o objetivo
expandir esta área florestal. Recentemente,
fui convidado para assumir outras áreas
dentro da empresa, atualmente, sou
diretor executivo de matérias-primas.
Se tivesse que tirar um ensinamento de
toda a carreira, qual seria?
Na verdade, são diversos, afinal
aprendemos algo novo a cada dia. Mas
11ENTREVISTA B. FOREST
diria que o mais importante é jamais ficar
parado. Não podemos entrar em uma zona
de conforto no nosso setor, e até ele nos
ajuda a isso porque o Brasil tem condições.
O segundo é formar profissionais, com
uma formação que vai além das escolas,
aquela da experiência do dia a dia. É
muito prazeroso ver profissionais que
trabalharam comigo despontando no
mercado.
Como analisa a importância da base
florestal nas empresas que já passou?
Em todas elas, o setor florestal sempre
representou um potencial competitivo.
Acredito que exatamente por este motivo,
poderia ser mais “agressivo” dentro
dos diversos segmentos. Infelizmente,
as restrições impostas pelos altos
investimentos e o custo do capital no Brasil,
atrasaram um pouco o seu crescimento,
mas esta dificuldade deve ser superada
porque a competitividade ainda permeia
em todos os segmentos que trabalhei.
Atualmente está muito ligado a
fomentação do uso de biorredutores.
Quais são os entraves para o crescimento
do seu uso e consumo no mercado
brasileiro?
Estou muito entusiasmado em dar uma
contribuição nessa rota de carvão vegetal.
O potencial desse material é incrível, mas
infelizmente não é bem visto pela mídia e
pela população no geral. Acredito que boa
parte da culpa seja pelo antigo problema
com as florestas nativas. No entanto, este
é um combustível com marca nacional,
proveniente de florestas plantadas e que
tem todos os atributos ambientais mais
favoráveis do mundo. Potencializar o
carvão vegetal é uma grande motivação
que estou tendo nesse sprinting da
minha carreira profissional dentro de uma
empresa. A Gerdau tem apoiado muito
esse desenvolvimento.
O que falta para o Brasil se desenvolver
na geração de energia de biomassa
florestal?
Primeiro temos que superar o
senso comum da população. Temos
que desassociar a imagem do carvão
vegetal de um trabalho que proporciona
situações de risco para os profissionais
e que devasta as florestas nativas. O
álcool como combustível já passou por
este processo. Existia um preconceito e
12 ENTREVISTAB. FOREST
a mudança da imagem, agora ele recebe
o nome de etanol, propiciou o aumento
do consumo. É o que estamos fazendo
com o carvão. Nosso projeto é mudar
o nome para biorredutor e mostrar para
a sociedade que ele é um combustível
importante para a cadeia siderúrgica.
Como o país tem avançado nesse sentido?
Acredito que existe uma oportunidade
enorme dentro deste segmento e que,
evidentemente, precisamos de uma
visão inovadora. O futuro caminha para
uma matriz energética mais limpa, com
energias renováveis. O Brasil tem muito
potencial nessa área, mas somos contra
nós mesmos. Essa é a realidade. Temos
a culpa de não ter trabalhado melhor a
comunicação, mas esse é um problema
crônico no setor florestal. O carvão vegetal
já é discriminado na origem e esse é o
grande problema. Mas esse é um ponto
que nós estamos trabalhando. É uma
motivação que nós podemos contribuir
para isso. Participei inclusive em diversos
eventos no Ministério do Desenvolvimento
de Indústria e Comércio, nas câmaras do
desenvolvimento da siderurgia e carvão
vegetal, para que possamos mudar essa
imagem.
Já temos várias áreas de florestas
plantadas, o que precisamos é criar
uma geração de profissionais motivados
com essa atividade para enxergar essa
oportunidade de um novo negócio.
Como avalia o mercado atual e quais são
os impactos para o setor florestal?
Não há dúvida que o Brasil passa
hoje por uma crise, mas acredito que
não podemos ter um pensamento tão
pessimista porque esta situação vai
passar. Em tempos de crise temos que
nos aperfeiçoar e aprender. Quando os
recursos estão mais escassos e o capital
baixo, temos que olhar para o mercado e
entender onde estão as nossas deficiências
de competitividade. Temos que ser
realistas. O Brasil tem oportunidades e
diversas dificuldades, por isto, temos a
obrigação de preparar as novas gerações
para entender as novas dificuldades que
estão vindo, cada vez mais complexas.
Por este prisma, considero esta situação
ótima e desafiante. Não podemos achar
que tudo é problemático, porque é
exatamente isso que nossos concorrentes
esperam que estejamos enxergando.
13ENTREVISTA B. FOREST
S I M P L Y B E T T E R
MINUSA com você da compra até a CAPACITAÇÃO dos OPERADORES NA FLORESTA!
www.minusa.com.brEntre em contato:
Fone: (49) 3226 1000 | [email protected]
A Minusa Forest preocupa–se de maneira
especial com o atendimento aos clientes,
disponibilizando técnicos capacitados em suas
23 unidades distribuídas em todo território nacional
Contate a Minusa mais próxima da sua máquina!
14 PRINCIPALB. FOREST
O desbaste é uma técnica utilizada para potencializar o crescimento das árvores de
maior interesse comercial, em florestas plantadas. Na forma tradicional, as árvores con-
sideradas de pior crescimento são retiradas para que as outras possam se desenvolver
melhor. Nesse sentido, a mecanização da operação é para buscar a viabilidade técnica e
econômica da operação.
Desbaste mecanizado
14 PRINCIPALB. FOREST
15PRINCIPAL B. FOREST
Foto: Divulgação
16 PRINCIPALB. FOREST
A mecanização de diversas ati-
vidades já é uma realidade nos
processos florestais brasileiros.
A busca constante pelo aumento da pro-
dutividade faz com que novas tecnologias
sejam lançadas frequentemente e os pro-
cessos aperfeiçoados. Com o desbaste
não é diferente, a atividade praticamente
não é mais feita de forma manual e pas-
sou a ser feita de forma semi-mecanizada
e, em menor escala, de forma já mecani-
zada.
De acordo com o engenheiro florestal,
Ricardo Michael de Melo Sixe, a atividade
de desbaste mecanizado acarreta maiores
investimentos, sendo necessário planeja-
mento mais acurado na sua execução. “A
tendência é realizar menos desbastes, po-
rém com maiores pesos. Desta forma, no
planejamento, deve-se levar em consi-
deração o tipo de desbaste, o período do
desbaste (idade baseada nas condições
de crescimento da floresta), a intensidade
e consequente intervalos entre eles”, afir-
ma.
Tipos de desbaste
Ricardo explica que existem, basica-
mente, três tipos de como realizar o des-
baste, o sistemático, o seletivo e o siste-
mático-seletivo. Cada um tem vantagens
e indicações, que variam de acordo com
a finalidade da madeira.
Desbaste sistemático – a unidade de
seleção é a linha do plantio, então todas
as árvores que estão em uma mesma li-
nha são retiradas sem avaliação prévia.
“Esse sistema é mais simples e as princi-
pais vantagens são a facilidade de execu-
ção, sem a necessidade de selecionar as
árvores e um menor custo operacional”,
esclarece o engenheiro. A desvantagem
é a menor qualidade do plantio, pois sem
seleção, são retiradas também árvores
com bom crescimento. “É recomendável
para povoamentos uniformes, nos quais
as árvores pouco se diferenciaram entre
si”, completa.
Desbaste seletivo – se concentra na
retirada de árvores seguindo certas ca-
racterísticas pré-estabelecidas, que va-
riam de acordo com o propósito a que se
destina a produção. Para a escolha dessas
árvores, é necessária a prévia seleção em
campo, o que não ocorre no desbaste sis-
temático. O sistema mais empregado é o
17PRINCIPAL B. FOREST
18 PRINCIPALB. FOREST
seletivo por baixo, que consiste na remo-
ção das árvores abaixo da média, deixan-
do as árvores de maiores diâmetros. “Esse
tipo é mais trabalhoso, no entanto, per-
mite melhores resultados na produção e
na qualidade da madeira. As desvantagens
são o maior custo da operação e a maior
dificuldade de extração das árvores”, ex-
plica Ricardo. Segundo ele, é necessário
também o treinamento de mão de obra
para realização da seleção e marcação
prévia nas árvores antes do corte. Uma
das vantagens é a possibilidade da elimi-
nação de indivíduos doentes, o que evita
a disseminação de doenças.
Desbaste sistemático-seletivo - no
qual, são retiradas linhas, como no des-
baste sistemático, e nas linhas remanes-
centes, as árvores de baixo desenvolvi-
mento são selecionadas para o corte.
Efeitos
Valdecir Schoeder, coordenador de as-
sistência técnica da Minusa, representan-
te da Logset no Brasil, ressalta que os des-
bastes reduzem a competição das árvores
pela luz, água e nutrientes. “A operação
melhora as condições de sobrevivência e
crescimento das remanescentes e conse-
quentemente, diminui a mortalidade na-
tural, o que favorece o crescimento e de-
senvolvimento da copa das árvores, raízes
e folhas e acículas”, explica. Mas ele aler-
ta, que a escolha dos equipamentos para
a mecanização desse processo deve ser
compatível com a realidade da floresta.
Mecanização
No Brasil, o sistema de colheita mais
utilizado é o de toras curtas (Cut-to-Len-
gth), porque os equipamentos utilizados
oferecem inúmeras vantagens, como a
possibilidade de operar em locais estrei-
tos, terrenos sensitivas, áreas inclinadas e
nas mais variadas configurações de sorti-
mento de madeira, etc. No entanto, como
o desbaste difere, parcialmente, da co-
lheita na necessidade do cuidado com as
árvores remanescentes, as empresas pro-
dutoras de máquinas precisaram dar uma
atenção especial aos equipamentos utili-
zados na operação. Os cuidados com o
povoamento é importante para não haver
compactação do solo e danos às árvores
remanescentes.
Sendo assim, as opções de máquinas
19PRINCIPAL B. FOREST
Foto:: Divulgação / TMO
Cabeçote Harvester 500C - corta árvores até o terceiro desbaste e com diâmetro de
até 500mm. Pode ser acoplado em uma máquina base com consumo de 12 litros/hora. A
produtividade é duas a três árvores por minuto entre derrubar, desgalhar e processar.
20 PRINCIPALB. FOREST
para realizar o desbaste são várias. Fer-
nando Campos, diretor de marketing da
Ponsse Latin América, alerta para alguns
pontos que devem ser considerados no
momento dessa escolha, como o peso
da árvore e comprimento da madeira. “O
porte da árvore define o cabeçote a ser
utilizado e ele gera algumas limitações
para seleção da máquina base”, explica.
De acordo com ele, a qualidade da árvore
também define o cabeçote, geralmente,
árvores de maior porte demandam imple-
mentos diferenciados.
O volume anual de desbaste também é
importante, porque caso o volume anual
seja pequeno, a máquina deve ser propor-
cional, para que ocorra viabilidade econô-
mica do processo. Mas, segundo Fernan-
do, se o volume de desbaste é grande e as
máquinas podem trabalhar durante todo
ano em três turnos, então máquinas mais
produtivas são recomendadas. Ele acres-
centa, ainda, que as condições do terre-
no e o método do desbaste também são
pontos a serem estudados.
Evaldo Oliveira, gerente de unidade de
produto Epsilon, ressalta que o alcance
do equipamento utilizado também é fun-
damental, pois evita danos nas árvores
remanescentes e agilidade a operação.
“A grua precisa ocupar pouco espaço fí-
sico, bem como ter um bom alcance, que
permite menor deslocamento do equi-
pamento. Já a precisão de movimentos
permite ao operador ter total controle da
grua, concentrando-se assim nas funções
do cabeçote”, explica. Para isso, ela pre-
cisa ser leve e ter um sistema hidráulico
preciso.
Jober C. Fonseca, gerente da divisão
de máquinas da Timber Forest, acrescenta
que a máquina para desbaste deve ter am-
pla área envidraçada, para que o operador
sempre tenha visão do povoamento; uso
de câmeras na parte traseira dos equipa-
mentos, seja do Harvester ou do Forwar-
der para visualização de todo o trajeto;
aplicação de técnicas e novas tecnologias
como acumulador e lanças com paralelis-
mo, para melhor controle e movimentos
mais macios e maior alcance, com o in-
tuito de reduzir movimentos da máquina
base e número de ciclos por árvores.
Tecnologias
Muitas são as tecnologias disponíveis
21PRINCIPAL B. FOREST
22 PRINCIPALB. FOREST
Grua X140F - As gruas devem ocupar pouco espaço físico, bem como ter bom alcance
para evitar o deslocamento da máquina base.
Foto:: Divulgação / Palfinger
22 PRINCIPALB. FOREST
23PRINCIPAL B. FOREST
para desbaste. Algumas delas ainda
nem foram implementadas no Brasil. De
acordo com Sandro Soares, coordenador
de projetos da Komatsu Forest, o avanço
tecnológico é puxado, principalmente,
pelos países nórdicos devido às
dificuldades de operação no inverno
rigoroso, como também pelo mercado
que quer máquinas mais eficazes com
maior confiabilidade e menor número de
intervenções. “Nesta linha, as máquinas
possuem transmissão hidrostática; grua
paralela para reduzir números de ciclos
do operador; nivelamento automático da
cabine, mantendo o conforto operacional
nas áreas de microrrelevo; sistema
hidráulico inteligente, que provê pressão e
vazão para as funções da máquina somente
quando necessário; e motores com alta
eficiência e baixo consumo”, exemplifica.
Ele acrescenta que a eletrônica aplicada
também atingiu um nível elevado, no qual
relatórios diários são gerados online e
enviados via modem 3G da cabine sem
parar a operação. “A Komatsu Forest
desenvolveu o sistema Maxi Fleet para
gestão de dados operacionais e de
manutenção da máquina e da frota em
ambiente WEB, no qual se recebe os
arquivos a cada instante e os processa
para facilitar a gestão florestal, que pode
ser integrado com o banco de dados já
utilizado pelo cliente”, ressalta Sandro.
Jober Fonseca destaca outras
tecnologias disponíveis:
O Color Marking, que identifica os
produtos com um jato de tinta lançado
na tora durante o corte de acordo
com o produto selecionado; o Multi
Steming, que permite ao cabeçote operar
acumulando várias árvores na derrubada
e posteriormente processá-las ao mesmo
tempo; o Optimazing, que permite criar
uma tabela de preços no computador
do Harvester e este sempre irá priorizar
a classificação das toras pelo seu valor
de mercado; o Operator Monitoring, um
sistemas que permite o armazenamento e
controle de dados referentes a operação
do equipamento e produção no próprio
computador do Harvester, dispensando
o uso do papel nos diários de bordo, no
qual o próprio sistema obriga o operado
a alimentar uma série de informações
durante a operação permitindo assim
a geração de gráficos e planilhas
24 PRINCIPALB. FOREST
Harvester indicado para desbaste, inclusive os de rotas densas. Possui nivelamento da
cabine mantém o operador estável, mesmo em terreno difícil.
Foto:: Divulgação / Ponsse
24 PRINCIPALB. FOREST
25PRINCIPAL B. FOREST
que permitem conclusões precisas a
respeito da sua eficiência na operação
e manutenção do mesmo; e, nos
Forwarders, já é comum também sistemas
que controlam inclinação máxima de
trabalho, câmeras frontais e de ré, além
do auxilio de guinchos incorporados
no próprio produto, o que evita riscos
de danos às árvores remanescentes e
operação em áreas mais declivosas sem
riscos ao operador.
Heuro Tortato, diretor comercial da
TMO, também ressalta a tecnologia
embarcada nos cabeçotes Harvester
da empresa. Trata-se de um sistema de
controle inteligente que comanda o
equipamento com precisão. “Ele detalha
o número de árvores cortadas, diâmetro
médio de árvores processadas, produção
total em metros cúbicos, alerta sonoro
de alteração do sortimento durante o
processamento da árvore, produção
em metros cúbicos por sortimento,
produção unitária por sortimento, tempo
de processamento em horas ou minutos,
tempo total de trabalho, tempo ocioso,
horímetro de trabalho por turno, entre
outras informações”, destaca.
Outra tecnologia disponível é o
software Logset TOC-MD um programa
de medição que reúne todas as funções
da máquina e acelera a produção de
relatórios. O dispositivo de medição de
TOC-MD faz parte do sistema de controle
TOC, no qual, todas as funções da máquina
estão contidas em um único programa
de ação. “A inteligência do sistema,
juntamente com os níveis de automação
avançadas e numerosas características
inovadoras, proporciona eficiência para o
processo de registro”, explica Valdecir. O
dispositivo de medição TOC-MD otimiza
continuamente o processo. O sistema
pre-delimbing em conjunto com power-
delimbing proporcionam resultados
precisos sobre as operações realizadas.
As características para a escolha do
equipamento são várias, mas um ponto
que todos os fabricantes concordam
é o aumento na produtividade da
mecanização. Ela é relativa e varia de
acordo com as características de cada
plantio e a experiência do operador,
mas, Valdecir Schoeder, estima que seja
possível cortar de 90 a 130 árvores por
hora efetiva de trabalho.
26 PRINCIPALB. FOREST
O Komatsu 911 é um Harvester para desbaste ou corte raso. A grua é paralela com con-
trole mecânico na ponta. Produtividade árvore de 70 árvores por hora.
Foto:: Divulgação / Komatsu Forest
26 PRINCIPALB. FOREST
28 EXPEDIENTEB. FOREST
29EXPEDIENTE B. FOREST
30 PRINCIPALB. FOREST
O desenvolvimento de um plantio está diretamente ligado aos nutrientes que o mesmo
recebe, mas em uma mesma floresta existem necessidades nutritivas diferentes. Por este
motivo, um mapeamento de solo é fundamental para que a produtividade almejada seja
alcançada.
Nutrição para produtividade
30 SILVICULTURAB. FOREST
Foto: Divulgação
31EXPEDIENTE B. FOREST
32 SILVICULTURAB. FOREST
A crescente demanda por produtos
florestais fez com que a cultura
das florestas plantadas começasse
a se difundir pelo país. Como consequên-
cia da necessidade do plantio, os produto-
res passaram a usar terrenos que, muitas
vezes, não atendiam as necessidades nu-
tricionais que as árvores precisavam para
se desenvolver. Esta realidade, tornou ne-
cessária a adubação e a possível correção
do solo.
Mas essa prática não é tão simples
quanto parece, isso porque algumas variá-
veis determinam a produtividade da flores-
ta. Ronaldo Silveira, diretor da RR Agroflo-
restal, explica que alguns fatores precisam
ser considerados para a correta nutrição
da planta. São eles: o climático; edáfico
e fisiográfico; e biótico. Os climáticos en-
volvem a temperatura e a precipitação da
região; os edáficos e fisiográficos, os nu-
trientes e oxigênio que a planta tem aces-
so; e os bióticos, consideram o potencial
genético do clone.
“Esses fatores são determinantes juntos
e, raramente, podem ser avaliados sepa-
radamente”, salienta Ronaldo. Ou seja, a
produtividade não será satisfatória mesmo
que o clone tenha potencial genético ade-
quado e adubação ideal, se a precipitação
da região for abaixo da indicada. O mesmo
vale se a quantidade de chuva for a ideal, a
adubação correta, mas o clone não tenha
boa qualidade. “Não adianta o produtor ter
solo bom, dinheiro para investir em adubo
e um material genético que não vai poten-
cializar os nutrientes e o clima. A genética
também é um fator que limita a produtivi-
dade”, exemplifica o diretor da RR Agroflo-
restal. Por esse motivo, esses três fatores
precisam ser estudados em conjunto.
Análise do solo
As informações citadas são levadas em
consideração no momento em que é feito
um levantamento detalhado das caracte-
rísticas do solo, a etapa inicial do processo
de adubação. Somente a partir dessa aná-
lise é possível determinar a quantidade ne-
cessária dos macro e micronutrientes para
cada talhão.
José Leonardo de Moraes Gonçal-
ves, doutor em solo e nutrição de plantas
e professor da Esalq (Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz da Universida-
de de São Paulo), explica que o primeiro
33PRINCIPAL B. FOREST
senai. nosso i é de indústria.
À medida que se expande, o setor �orestal enfrenta novos desa�os que exigem soluções
inovadoras por parte da indústria. Para isso, existe o Instituto Senai de Tecnologia em Madeira e
Mobiliário, que promove a inovação e o desenvolvimento da capacidade tecnológica do setor.
Isso é feito por meio de estudos laboratoriais, simulação industrial, pesquisa aplicada, análise de
processos e consultorias.
senaipr.com.br/empresasConte com a inovação do Senai para dar impulso à sua empresa:
Desenvolvimentointegrado deprodutos.
Pesquisa aplicadade comportamentoe consumo.
Pesquisa de usoe aplicação denovos materiais.
34 SILVICULTURAB. FOREST
passo é fazer um mapa de fertilidade. Nele,
amostras de todo o terreno são retiradas
e analisadas para determinar as necessi-
dades nutricionais. Para isso, a área total
deverá ser subdividida em talhões homo-
gêneos quanto à cor do solo, textura, ve-
getação anterior e topografia. Durante a
coleta, deve-se caminhar em zigue-zague
e coletar sub-amostras contendo mais ou
menos a mesma quantidade de terra nas
profundidades de zero a 20 e de 20 a 40
cm ou de zero a 25 e de 25 a 50 cm. “A
retirada de amostras de solo pode ser ma-
nual ou mecanizada, sendo muito impor-
tante a limpeza desses utensílios após cada
amostragem”, destaca.
Adubação
Com o resultado dessa análise, uma
tabela com todas as necessidades da flo-
resta é elaborada. Ronaldo destaca que o
primeiro nutriente a ser aplicado é o cálcio.
“Ele precisa ser incorporado a terra porque
tem baixa solubilidade e precisa de uma
ajuda física para se tornar acessível à plan-
ta.” Ele alerta que, se o calcário for aplicado
depois do plantio pode demorar a chegar
às raízes e prejudicar o desenvolvimento
dos clones.
Além da incorporação do cálcio, o
professor Leonardo destaca que existem,
basicamente, três tipos de adubação: de
plantio ou de base, de cobertura, de ma-
nutenção ou corretiva.
Adubação de base – tem como finali-
dade principal promover o arranque inicial
de crescimento das mudas, basicamente
nos primeiros seis meses pós-plantio, su-
plementando o solo com montantes adi-
cionais de nutrientes que irão atender a
demanda nutricional das mudas. A fórmula
mais utilizada em plantios de eucalipto é o
06-30-06, com doses variando de 100 a
150 g/muda.
De acordo com Leonardo, o método
mais indicado é a aplicação localizada das
fontes de fósforo em filetes contínuos, no
interior dos sulcos de plantio ou em co-
vetas laterais. “Essas recomendações são
válidas para adubos simples ou mistos que
têm, como fontes de fósforo, fertilizantes
com alta solubilidade em água, como por
exemplo: superfosfato simples, superfos-
fato triplo, fosfato monoamônio e fosfato
diamônio, dentre outros.” Os termofosfa-
tos e os fosfatos naturais parcialmente aci-
35SILVICULTURA B. FOREST
Foto: Divulgação
Silvicultura de precisão
A silvicultura de precisão consiste em uma nova área do setor florestal que modifica
o enfoque dado à silvicultura até agora, pois, enquanto no sistema convencional a abor-
dagem da unidade florestal se dá de maneira uniforme, na silvicultura de precisão esta
mesma área é tratada geograficamente ponto a ponto, ou seja, a área total é dividida em
frações de unidades diferenciadas pelo índice de qualidade de sítio.
Para a engenheira florestal Maria Ubaldina Ferreira Antunes, a silvicultura de precisão
se baseia na coleta e análise de dados geoespaciais e viabiliza intervenções localizadas na
floresta, com exatidão e precisão adequadas. Para isso, é preciso uma base de dados con-
fiável e atualizada, que reflita com fidelidade o estado atual das variáveis de precisão.
Mais especificamente na nutrição do solo, essa técnica ainda está em projeto piloto e,
de acordo com o professor Leonardo, os resultados já estão sendo positivos. A aplicação
do fertilizante se torna mais regular porque o trator e os equipamentos utilizados conse-
guem corrigir variações na qualidade. Ele acredita que, futuramente, toda a adubação de
cal e de base poderão ser feitas concomitantemente ao plantio. “Já existem vários projetos
que estudam essa possibilidade e nos próximos anos já estarão disponíveis em escala co-
mercial”, conta.
36 SILVICULTURAB. FOREST
dulados devem ser aplicados em faixas de
1 a 1,50 m de largura, de preferência sob
a linha de plantio. As fontes de nitrogênio
e K2O (óxido de potássio) podem ser apli-
cadas juntamente com o P2O5 (pentóxido
de fósforo) ou incorporadas à terra que irá
preencher as covas de plantio. Ele salienta
que, neste último caso, principalmente nas
regiões com maiores deficiências hídricas,
a aplicação do adubo deverá ser mais cri-
teriosa para evitar a perda de mudas por
seca fisiológica causada pelo efeito salino
das fontes de nitrogênio e K2O.
Adubação de cobertura – pode ser
dividida em duas etapas. De acordo com
o professor da Esalq, para definir as épo-
cas de aplicação dos fertilizantes é funda-
mental considerar as fases de crescimento
da floresta. O ideal seria parcelar, equita-
tivamente, as adubações de cobertura, a
primeira parte aplicada entre 6 a 12 me-
ses pós-plantio e a outra parte entre 12
a 24 meses pós-plantio. “A melhor forma
de definir as épocas das adubações é por
meio do acompanhamento visual ou por
medições dendrométricas do crescimento
da floresta”, garante.
Ele acrescenta ainda que as aplicações
dos adubos podem ser feitas em meia-lua
ou em filetes contínuos na projeção das
copas e após o fechamento das mesmas,
em faixas de 30 cm ou mais, entre as li-
nhas de plantio. Mas o professor alerta que
essas aplicações não devem coincidir com
os períodos de intensas chuvas ou quan-
do os níveis de umidade do solo estiverem
muito baixos.
Adubação corretiva – A adubação de
correção ou manutenção é realizada entre
18 e 24 meses após o plantio, nas florestas
de baixo crescimento. A recomendação de
adubação deve ser baseada no monitora-
mento nutricional, que tem como objetivo
identificar quais os nutrientes limitantes ao
desenvolvimento do clone.
Monitoramento
Com a adubação realizada é preciso
monitorar o desenvolvimento do plantio
para saber se os nutrientes aplicados foram
adequados e se a planta conseguiu fazer a
absorção completa. Então, o mapa de fer-
tilidade deve ser associado a um mapa de
produtividade. Este é realizado quando a
floresta tiver entre 15 e 24 meses de idade.
Analisando os dois em conjunto é possível
37SILVICULTURA B. FOREST
38 SILVICULTURAB. FOREST
determinar se é preciso fazer uma aduba-
ção corretiva e ajustar os valores dos nu-
trientes para os próximos plantios.
Ronaldo exemplifica, “em um talhão
foi aplicado uma determinada quantidade
de potássio e no mapa de produtividade
aponta que a planta está deficiente des-
se nutriente. Neste caso é preciso corrigir,
fazendo uma nova aplicação de potássio
e voltar no programa de adubação para
anotar que a dose utilizada não é adequa-
da para aquela situação de clima e mate-
rial genético.” Então, segundo ele, em um
próximo plantio deve ser aplicada a quan-
tidade de potássio atualizada. “O monito-
ramento tem a função de confirmar o que
está certo e apontar o que está errado para
os ajustes necessários, tanto para as flore-
tas que estão sendo acompanhadas, como
para as novas que serão plantadas”, escla-
rece o diretor da RR Agroflorestal.
Tecnologia
Marcelo Aparecido André, consultor
de negócios especiais da Futuragro, con-
ta que existem tecnologias que auxiliam o
processo. Devido a falta de mão de obra e
demora na operação, adubos de liberação
lenta ou controlada foram desenvolvidos.
“Existem basicamente duas tecnologias, a
Cult e a C-Pró. Ambas são grãos com ma-
cro e micronutrientes revestidos com um
polímero que faz a liberação”, explica. A
diferença está na forma que o nutriente
é liberado. No Cult, o processo tem iní-
cio por meio da hidrólise, dependendo da
quantidade de água no solo os nutrientes
são liberados; ou por temperatura, quanto
maior a temperatura, maior é a liberação.
Já na tecnologia C-Pró, o que determi-
na a liberação é a carga elétrica do solo.
“Quando o solo está com poucos nutrien-
tes, a carga fica baixa e o adubo entra em
liberação”, completa.
As tecnologias para aumentar a pratici-
dade e produtividade da adubação flores-
tal existem, no entanto ainda são caras e
pouco acessíveis aos produtores. A maio-
ria dos produtores de adubos de liberação
lenta ou controlada é estrangeira e a im-
portação acaba tendo custo elevado. No
entanto, é preciso calcular a viabilidade
desse processo, porque ele simplifica as
adubações (de base e de cobertura) em
apenas uma, dependendo da tecnologia
escolhida.
39SILVICULTURA B. FOREST
PEQUENASINVENÇÕES,GRANDESBENEFÍCIOS.
MINI CARREGADEIRA
216B3Parcelas a partir de
R$ 1.097,00*válido até dia 30/07/2015 ou
enquanto durar o estoque.
Fale com um consultor PESA.
0800 940 [email protected]
CONSULTE FORMAS DEPAGAMENTO.
40 SILVICULTURAB. FOREST
Fundamental na atividade florestal, o transporte de madeira é uma das operações que,
se bem planejadas, podem ter o custo reduzido e a produtividade aumentada. Especialistas
destacam a escolha do caminhão e implemento, capacitação do motorista e manutenções
programadas como pontos a serem estudados
Transporte econômico
40 TRANSPORTEB. FOREST
41SILVICULTURA B. FOREST
Foto: Divulgação
42 TRANSPORTE B. FOREST
Para manter a produção em níveis
competitivos, as empresas florestais
precisam estabelecer uma rotina na
qual mantenham qualidade com custos
operacionais reduzidos. Uma das ativida-
des que influencia diretamente no valor da
produção é o transporte de madeira. Essa
operação, quando bem planejada, pode
ter a maior produtividade e, consequente-
mente, um custo menor para atingir este
resultado. Vale lembrar que todo caminhão
com implementos e acessórios utilizados
devem estar de acordo com a Resolução
nº 211, de 13 de novembro de 2006, rela-
tiva à CVC (Combinações de Veículos de
Carga).
Para que a redução ocorra, algumas
variáveis devem ser levadas em conside-
ração: topografia, comprimento, umidade
e densidade da madeira, distância entre a
floresta e a fábrica e as condições da es-
trada. Levados em conta esses aspectos,
para completar o planejamento é preciso
pensar também em todos os aspectos do
transporte, que podem ser dividido em três
partes: o caminhão com os implementos, a
manutenção e o condutor.
Caminhão
Após analisar o terreno, o material a ser
transportado, as condições do transpor-
te e outros pontos da operação é possível
identificar as configurações do caminhão,
implementos e pneus. Entre os acessórios,
os fueiros são os mais utilizados neste tipo
de transporte. Além disto, é um dos mais
exigidos, pois devem conter a carga du-
rante todo o processo. “Eles são bastante
requisitados no momento de carga e des-
carga, uma vez que este processo é agres-
sivo, devido as constantes batidas da grua”,
explica Ricardo Azevedo, gerente de enge-
nharia de vendas da Librelato Implementos
Rodoviários. Com base nisto, o uso de aço
de alta resistência como matéria-prima, se-
gundo ele, é fundamental para redução de
peso e aumento da resistência. A altura do
fueiro também interfere na capacidade de
carga, por esse motivo, segundo Ricardo,
o implemento deve ter altura máxima de
4,40 m, para aumentar o volume de carga
transportado em uma mesma viagem.
Pensando em diminuir custos, a Libre-
lato indica também o uso de um sistema
de amarração de carga por meio de cilin-
dros pneumáticos, que mantém a carga
presa por todo o trajeto sem a necessidade
de paradas do veículo para aperto. Siste-
mas de amortecimento dos painéis frontal
e traseiro também são uma boa opção. “A
43TRANSPORTE B. FOREST
Foto: Divulgação
redução do impacto é possível graças ao
uso de buchas de polímero ou borracha
nos tirantes de fixação dos painéis. Desta
forma, aumenta-se a vida útil dos compo-
nentes”, acrescenta.
O gerente também destaca que o uso
de suspensões pneumáticas, chassi rebai-
xado, sistemas parafusados contribuem
para a redução do custo.
Manoel Carvalho, professor titular da
FABET (Fundação Adolpho Bósio de Educa-
ção no Transporte), complementa dizendo
que existem tecnologias criadas justamen-
te para otimizar o transporte. Ele cita os
freios auxiliares, que podem proporcionar
grande redução em gastos com paradas
para manutenção e, principalmente, au-
mento da segurança. “Outro avanço são os
câmbios automatizados, gerenciados por
uma central de comando que possibilitam
trocas de marchas aproveitando melhor o
torque ou a potência do motor. Estes, além
de proporcionarem redução do consumo
de combustível, aumentam da vida útil do
motor”, explica.
Josué de Araújo, gerente de engenharia
de produtos da Noma, acrescenta mais al-
gumas tecnologias. “Para o setor florestal,
44 TRANSPORTE B. FOREST
Anúncio Revista BForest 2014.indd 1 30/04/2015 14:24:42
45TRANSPORTE B. FOREST
se destacam as tecnologias de informa-
ção, onde podemos ressaltar sistemas de
gerenciamento de transportes, de rastre-
amento e monitoramento de veículos, de
roteirização de veículos, entre outros, que
podem otimizar recursos e reduzir riscos e
custos operacionais”, complementa.
A resistência dos pneus ao solo é outro
ponto que pode ser aperfeiçoado. Ricar-
do Azevedo, da Librelato, afirma que uma
opção, quando possível, é o uso de pneus
single. “Porém, neste caso, deve ser obser-
vado o tipo de pavimento onde o veículo
irá trafegar. Os pneus devem estar de acor-
do com o tipo de terreno. Caso o produ-
tor florestal faça o transporte em estradas
boas, em que a maioria do trajeto seja pavi-
mentado, é possível o uso de pneus single.
Foto: Divulgação / Librelato
46 TRANSPORTE B. FOREST
Dessa forma, o atrito com o solo é reduzi-
do, o que gera economia de combustível e
aumento da produtividade”, esclarece.
Mas, para Manoel, toda a tecnologia
existente e as ações que visam reduzir os
custos não funcionam sem o treinamento
adequado para o condutor. “Se o motorista
não for capacitado pode acontecer o in-
verso. No lugar de melhorar a segurança e
reduzir custos, ele pode provocar quebras
ou causar acidentes”, alerta.
Condutor
Já se foi o tempo em que não era ne-
cessário treinamento para motoristas de
caminhão. Para Manoel, hoje, há uma
tendência, não só entre os transportado-
res, mas também, e de maneira crescen-
Foto: Divulgação / Noma
47TRANSPORTE B. FOREST
Legislação
Com o advento da tecnologia no transporte de uma maior quantidade de carga a um
menor custo o CONTRAN regulamentou a utilização e fabricação de CVC (Combinações
de Veículos de Carga). Sendo assim, o Código de Trânsito Brasileiro, por meio da resolução
nº 211, de 13 de novembro de 2006, determina requisitos necessários à circulação de CVC.
A resolução determina que as CVCs, com mais de duas unidades, incluída a unidade
tratora, com peso bruto total acima de 57 toneladas ou com comprimento total acima de
19,80 m, só poderão circular portando AET (Autorização Especial de Trânsito). Essa autori-
zação é concedida mediante a apresentação de uma série de documentos que atestam a
segurança e estabilidade do veículo.
Foto: Divulgação
48 TRANSPORTE B. FOREST
te, entre os embarcadores. Estes notaram
o grande prejuízo financeiro e em relação
a sua imagem perante a sociedade e aos
clientes. “Quando ocorre um acidente e
sua marca aparece, de forma pejorativa,
em rede nacional a empresa fica mal vista”,
explica. Dessa forma, os embarcadores es-
tão exigindo dos transportadores práticas
seguras e rentáveis no transporte de seus
produtos. “Portanto, é necessária uma ges-
tão eficiente. Não só no treinamento, mas
uma correta avaliação na contratação, in-
tegração, acompanhamento, treinamento
dos líderes, encarregados, gerentes e pro-
prietários. Sim! proprietários também, para
que toda a empresa tenha a mesma linha
de pensamento”, salienta Manoel.
Ele comenta que, durante sua carreira
como instrutor de mais de 50 mil motoris-
tas, percebeu que a diferença na produtivi-
dade de uma frota com ou sem treinamen-
to da equipe é grande. “Uma boa operação
requer habilidade, técnica e comporta-
mento, são os três pilares para se atingir
bons resultados operacionais”, destaca.
O professor da FABET explica que o
consumo de combustível está diretamente
ligado a capacitação do condutor. Quanto
melhor preparado ele estiver, maior é sua
produtividade e menor seu gasto. Para isso,
existem várias estratégias que podem ser
aplicadas. “Começamos pelo treinamento
em sala de aula, passamos para o prático
no caminhão, acompanhamento após o
treinamento, utilização de telemetria, para-
metrização do trecho e até uma premiação
por redução de consumo de combustível.”
Ele também ressalta que o motorista preci-
sa estar apto a identificar e solucionar pe-
quenas questões que proporcionam bons
resultados, com verificações da calibragem
correta dos pneus, alinhamento de eixos,
regulagem de válvulas do motor, elimina-
ção de vazamentos de ar, entre outros.
Manutenção
A manutenção de qualquer produto
destinado a algum tipo de trabalho opera-
cional é o que garante maior estabilidade
no processo, bem como, maior durabilida-
de do próprio produto. Neste sentido, Jo-
sué da Noma, alerta que as manutenções
veículo, como do implemento rodoviário
para o transporte de madeira deve ter uma
atenção especial.
De maneira geral, os custos de manu-
tenção de um caminhão que transpor-
ta madeira são elevados, por se tratar de
operação, segundo Manoel, do tipo “ban-
co quente”, ou seja, que pode chegar a
49TRANSPORTE B. FOREST
MAIS ROBUSTEZ E DESEMPENHO
PARA DAR AQUELA
FORÇA NA SUA PRODUÇÃO
FELLER 870CTotalmente adaptados à condições brasileiras e apontados
como as melhores opções para o segmento fl orestal, os equipamentos
Tigercat estão disponíveis em seu revendedor exclusivo - A Tracbel.
Fale hoje mesmo com um consultor e descubra
o que esses equipamentos podem fazer pela sua produção.
TIGERCAT É NA TRACBEL
50 TRANSPORTE B. FOREST
24 horas por dia. “Nesses casos, se não
houver um acompanhamento rigoroso e
treinamento adequado, as falhas opera-
cionais podem acontecer com frequên-
cia e resultar em margens de lucro cada
vez mais estreitas, o que pode inviabilizar
a operação.” Também tem influência nos
custos a manutenção feita de forma corre-
ta, programada, preventiva e preditivamen-
te, evitando-se ao máximo a corretiva não
programada, que gera perdas por produti-
vidade e altos custos.
As opções para reduzir o valor investido
no transporte de madeira são várias, mas
todas se resumem ao planejamento. Como
se pode perceber, as medidas a serem re-
alizadas devem ser organizadas desde a
contratação e treinamento do condutor,
até a escolha do caminhão, implementos,
pneus e serviços de manutenção. Além de
todos esses aspectos, para que as modi-
ficações para redução de custos estejam
dentro das normas, devem seguir a lei da
CVC.
Experiência Fibria
Após três anos de estudos e pesquisas,
a Fibria desenvolveu um novo projeto de
carroceria para caminhões Tritrens, que
permite otimizar o transporte de madeira
com o aumento de 19% de volume por via-
gem e ganhos ambientais.
O novo modelo de carroceria para Tri-
trens foi desenvolvido e patenteado pela
Fibria, a partir de uma parceria com a UFS-
Car (Universidade Federal de São Carlos).
Os estudos tiveram início em 2009 e foram
concluídos em outubro de 2013.
O diferencial do implemento está na
estrutura de aço, que teve a redução
de 6t em sua composição e ganhou
mais resistência. Tecnicamente, o
design também foi alterado. Houve o
rebaixamento da altura do pescoço e foram
utilizados materiais metálicos mais leves
na construção da carroceria. “Buscamos
otimizar a eficiência para transportar
mais volume sem aumentar a frota e, os
custos, além de minimizar os impactos
ao ambiente. Dessa forma, procuramos
novas alternativas alinhadas a estudos e
testes que resultaram na construção de
um veículo mais leve, e com aumento
no volume transportado de madeira por
viagem”, explica Marcelo Claus, consultor
de operações Florestais.
Além do aumento de capacidade tam-
bém houve economia de combustível, que
resultou na diminuição de emissão de ga-
ses que provocam o efeito estufa.
51TRANSPORTE B. FORESTA ROTOBEC tem o prazer de anunciar, que a sua GARANTIA LÍDER
entre os fabricantes de ROTATORES e GARRAS FLORESTAIS, a partir de 1o de junho de 2015,
será extendida para:
(41) 8852-5999/3287-2835
rotobecdobrasil@rotobec.
/rotobecdobrasil
www.rotobec.com
18 MESES
3000HORAS(*)
OU
(*) Garantia extendida válida contra defeitos de fabricação e materiais. Não inclui conjuntos traçadores, mangueiras, conexões hidraúlicas e cabos elétricos. Demais condições conforme nosso Termo de Garantia. Contate-nos para mais informações.
Brazil warranty announcement #2.indd 1 2015-05-12 3:17 PM
52 TRANSPORTE B. FOREST
Na segunda edição do boletim de Análise Mercadológica, confira indicadores macro-
econômicos e o índice de preços de madeira em tora no Brasil, com dados levantados e
analisados pela equipe de profissionais da STCP.
Análise Mercadológica
52 MERCADOB. FOREST
Foto
: Div
ulga
ção
53MERCADO B. FOREST
Indicadores Macroeconômicos
• Perspectivas Econômicas: Em julho, a perspectiva para a economia brasileira em
2015 indica retração do PIB em cerca de -1,5% comparativamente à taxa de crescimento
global esperada de +3,3%, segundo nova estimativa do FMI (Fundo Monetário Internacio-
nal). Analistas preveem para o final de 2015 a taxa de juros (Selic) próxima de 14,5%, a taxa
de câmbio ao redor de BRL 3,22/USD e a inflação ligeiramente acima de 9,0% ao ano.
• Inflação: O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apresentou
variação de 0,79% em junho, maior taxa observada para o mês em 19 anos. Ainda, o IPCA
acumulou +6,17% no 1º semestre e +8,89% em 12 meses, acima do limite superior de
6,5% fixado como meta de inflação pelo BCB (Banco Central do Brasil). Para o mês de
julho, a perspectiva é de mais pressão sobre o IPCA, devido aos reajustes em tarifas de
água, esgoto, energia elétrica, transporte e telefonia. Analistas de mercado preveem a
inflação acumulada em 2015 no patamar superior a 9,0%, influenciada pela alta do dólar,
aumento das tarifas administradas, habitação e alimentos.
• Taxa de Juros: A taxa Selic subiu para 13,75% ao ano em junho, a taxa mais alta
desde Dezembro/2008. Diante deste cenário, a previsão é de que a taxa Selic seja elevada
até 16% a.a. para atender o objetivo do BCB de colocar a inflação no centro da meta de
4,5% a.a. em 2016. Desta forma, novos aumentos são esperados em 2015, o que poderá
acarretar maior endividamento do Governo, menor poder de compra e desaceleração
industrial. Em julho, estima-se que a taxa Selic possa atingir o patamar de 14,25% a.a.
• Taxa de Câmbio: A taxa de câmbio fechou em BRL 3,10/USD em junho/2015 com
teto de BRL 3,23/USD na 1ª quinzena de julho. Essa valorização do dólar no mês é de-
vido a cada vez menor intervenção do BCB no câmbio, reduzindo os contratos de swap
cambial. O Real vem enfrentando uma desvalorização desde o ano passado, causada
principalmente pela crise econômica e sistema de gestão do país. A paridade BRL/USD
iniciou o ano a BRL 2,69/USD, com aumento acumulado até meados de julho de 19,5%.
STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2015.
Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR
Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – [email protected]
54 MERCADOB. FOREST
Índice de preços de madeira em tora no Brasil
Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: >
35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).
STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2015.
Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR
Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – [email protected]
Tora de Pinus:
55MERCADO B. FOREST
Em junho, a moeda americana foi afetada principalmente pela expectativa de não paga-
mento da dívida da Grécia ao FMI e a crise no mercado da China.
Mercado de produtos florestais | Tendências e perspectivas
• Comentários - Tora de Eucalipto: Nos últimos meses, os preços médios da tora
de eucalipto tiveram aumento para todos os sortimentos. Porém, novamente, em termos
reais, apenas os preços de toras para energia (biomassa) e laminação apresentaram cres-
cimento real. Um dos fatores para tal aumento do preço da tora de biomassa foi a maior
demanda por resíduos de madeira de usinas termoelétricas na região sudeste, embora
se observe sobre oferta deste sortimento em regiões tradicionais produtoras de madeira
para energia. O aumento dos preços para toras de laminação se deve à relativa escassez
de madeira deste sortimento a partir de plantios com rotação mais longa, além disso, do
aumento dos custos de produção (ex.: energia elétrica, mão de obra) e de colheita flo-
restal.
As toras finas para processo mantiveram seus preços nominais acompanhando o IPCA.
Alguns produtores florestais mencionam que o preço deste sortimento se encontra es-
tagnado devido à grande oferta de madeira em algumas regiões. Apesar de se observar
aumento nos custos de produção, principalmente quanto à mão de obra e combustíveis,
ainda não se notou o repasse aos preços.
Para as toras de maior diâmetro, os preços médios nominais apresentaram tendência
de aumento, ainda que ligeiramente abaixo do IPCA no período. A demanda por toras
mais grossas de eucalipto está aquecida e a oferta continua reduzida, porém, da mes-
ma forma que para as toras finas, muitas empresas ainda não conseguiram repassar os
custos de mão de obra, combustível e energia elétrica sobre os preços, mantendo suas
margens reduzidas.
STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2015.
Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR
Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – [email protected]
56 MERCADOB. FOREST
“A demanda do mercado (por tora de maior diâmetro de Pinus) continuou maior do que a oferta, no mês de
Junho e início de Julho / 2015, pressionando os preços...”
Foto: Divulgação
57MERCADO B. FOREST
STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2015.
Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR
Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – [email protected]
Índice de preços de madeira em tora no Brasil
Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: >
35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).
Tora de Pinus:
58 MERCADOB. FOREST
• Comentários - Tora de Pinus: Com relação às toras de pinus, também se observa
tendência de aumento nos preços nominais para todas as classes de sortimento nos últi-
mos meses. Por sua vez, o preço da tora de processo não tem apresentado ganhos reais.
Os preços reais para este sortimento têm apresentado tendência de queda sucessiva nos
últimos meses. Esse comportamento nos preços deve-se principalmente à maior oferta
de toras finas em algumas regiões no Sul do país. Ainda, há a perspectiva de que, com a
contínua valorização do dólar, segmentos processadores de toras finas (celulose) conti-
nuem direcionando maiores volumes de suas vendas ao mercado externo, com possível
pressão nos preços das toras.
Por outro lado, em junho os preços médios de tora grossa, para serraria, laminação e
laminação especial, apresentaram tendência de elevação nos preços nominais e de esta-
bilidade nos valores em termos reais, o que vem sendo observado desde o início do ano.
A demanda do mercado continuou em Junho e início de Julho maior do que a oferta, o
que vem apresentando tendência de aumento de preço. De junho para julho confirmou-
-se o aumento nos custos de mão de obra, que foram repassados à colheita florestal.
Porém, ainda que a moeda norte-americana esteja valorizada, a demanda do merca-
do europeu por produtos, tais como, compensado de pinus, apresentou queda no mês
de Junho em relação à Abril e Maio. Além disso, o mercado interno se encontra com
baixa demanda destes produtos (compensado de pinus) devido à grande crise da cons-
trução civil, que, segundo especialistas do setor, só deve se recuperar a partir de 2017.
Já a atividade nos EUA retomou nos últimos meses ao patamar de Novembro de 2007,
antes da crise global de 2008 provocada pela bolha imobiliária norte-americana, com
perspectiva de um ano forte para a construção residencial.
STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2015.
Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR
Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – [email protected]
59TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST
60 MOMENTO EMPRESARIALB. FOREST
Novo conceito, design, inovação e qualidade. Estas palavras representam a essência do
novo Harvester da Ponsse, o Scorpion, que acaba de desembarcar no Brasil.
Scorpion: União perfeita entre força e design
Foto
: Div
ulga
ção
/ Po
nsse
60 MOMENTO EMPRESARIALB. FOREST
61MOMENTO EMPRESARIAL B. FOREST
O mercado florestal brasileiro, a cada ano, se adapta na utilização dos Harvesters
para a colheita de madeira. Muitos modelos estão disponíveis, mas poucos apresentam
características que proporcionam produtividade com foco no conforto do operador. O
Scorpion, novo modelo da Ponsse, que acabou de chegar ao Brasil tem esse conceito na
sua essência. Novo design, fácil dirigibilidade, grande visibilidade, estabilidade, potência e
alta produtividade são as principais características da máquina.
Apresentada pela primeira vez em 2013, durante a feira Elmia Wood, na Suécia, a pri-
meira unidade da América Latina acabou de desembarcar no Brasil. Nos próximos meses
ela fará um tour nas principais regiões florestais do país para que os profissionais flores-
tais possam conhecer de perto todas as características da máquina.
O Scorpion nasceu do último desejo do fundador da Ponsse - Einari Vidgrén -, que
sonhava com uma cabine que proporcionasse uma visibilidade imbatível quando com-
parada a qualquer outra já desenvolvida. Einari almejava oferecer ao mercado um equi-
pamento que fosse além dos já oferecidos, mas que mantivesse a tradição de qualidade
e inovação dos produtos Ponsse.
Foto: Divulgação / Ponsse
62 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST
63TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST
64 NOTASB. FOREST
Infelizmente, o setor florestal presenciou mais uma ação condenável do MST
(Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). No dia 06 de julho, um grupo
invadiu e destruiu uma plantação de pinus de 9 mil hectares e aproximadamente 4
anos da Araupel, em Quedas do Iguaçu (PR). Segundo a polícia, a invasão ocorreu
em um local conhecido como Projeto Quatro. Em julho de 2014, a mesma área, que
se estende por Rio Bonito, já tinha sido ocupada.
Em maio, a 1ª Vara Federal de Cascavel (PR) declarou nulo o título de proprieda-
de da Fazenda Rio das Cobras, em Quedas do Iguaçu e Rio Bonito do Iguaçu, con-
cluindo que a área pertence à União. O impasse continua na justiça.
De acordo com cálculos realizados pela Araupel, a empresa já soma mais de R$
9 milhões em prejuízos com invasões sem terra.
Ato deplorável
Foto: Divulgação
65TRANSPORTE B. FOREST
66 NOTASB. FOREST
A Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) lançou no final de junho o novo relatório,
ano base 2014, com os principais indicadores setoriais. Nele, a entidade publicou
informações dos diversos segmentos da cadeia produtiva de florestas plantadas:
painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, carvão vegetal, florestas ener-
géticas e biomassa. O material apresenta os principais desafios do setor e as con-
tribuições socioambientais da indústria de árvores plantadas.
Para fazer o download da publicação, Clique aqui
Relatório Ibá 2015
Durante a Skogsnolia 2015, que aconteceu no mês passado, na Suécia, a Cranab
apresentou ao mercado, a grua TZ 12. O modelo, que ainda é um protótipo, tem
capacidade de 12 toneladas e será inicialmente disponibilizado em dois alcances:
9,3 e 10,5 metros.
Após passar por testes, uma versão final será desenvolvida e o lançamento está
previsto para 2016. O plano da Cranab é desenvolver as séries L e Z de gruas para
caminhões. A princípio, a grua TZ12 não estará dispo-
nível para o mercado brasileiro.
A Cranab tem mais de 50 anos de experiência na
produção de gruas. Na década de 90, começou a
desenvolver gruas para Harvesters e Forwarders e,
recentemente, ampliou sua gama para operações
florestais com os implementos para caminhões.
Mais informações: www.cranab.se
Grua Cranab TZ12
Foto: Divulgação / Cranab
67NOTAS B. FOREST
68 NOTASB. FOREST
O novo Forwarder FR28 da Sampo, construído para complementar a linha de
colheita da marca, foi projetado especificamente para operações de desbaste. Ele
tem um centro de gravidade baixo e bons ângulos de direção, permitindo que seja
manobrável em árvores em pé.
A empresa deu atenção especial para a cabine. A parte inferior do guindaste é
estreita, permitindo uma visão desobstruída do carregamento. Além disso, devido à
baixa rotação do motor, do tipo de sistema hidráulico utilizado e do isolamento de
ruído, a cabine é silenciosa.
Segundo a fabricante, a maioria da madeira transportada por esse equipamento
será em toras curtas para celulose. No entanto, o espaço de carga também permite
o transporte de toras mais longas, com a cabeceira hidráulica permitindo a área de
ajuste entre 3,8 e 4,4 m.
Forwarder Sampo FR28
Foto: Divulgação / Sampo
69NOTAS B. FOREST
O mês de julho ficará na história da Minusa e da Logset no Brasil, afinal a repre-
sentante da marca finlandesa apresentou para mais de 150 profissionais o Forwar-
der 8F GT, que acaba de chegar ao Brasil, e os cabeçotes TH 65 e TH 45.
O Dia de Campo, acompanhado pela equipe da Revista B.Forest, aconteceu em
Lages (SC), na Fazenda Zapellini com o apoio da ACR (Associação Catarinense das
Empresas Florestais). “Nosso principal objetivo com o Dia de Campo era reunir as
grandes empresas do segmento na região sul do país e apresentar para os seus
representantes todas as soluções da Minusa para o mercado florestal”, contou Giu-
seppe Rosa, coordenador comercial da Minusa.
Os participantes puderam acompanhar o Forwarder 8F GT realizando o baldeio
da madeira e o cabeçote TH 65, acoplado a máquina base Volvo, em operação de
Tradição em Inovação
70 NOTASB. FOREST
desbaste seletivo e corte raso de pinus. “Com o Forwarder em operação os presen-
tes puderam conhecer todos os diferenciais da máquina que agora está disponível
ao mercado brasileiro e também verificar a eficiência e precisão do cabeçote”, des-
tacou Giuseppe.
O simulador da Logset, que auxilia na capacitação de operadores de Forwarders
e Harvesters sobre rodas e esteiras fizeram parte das atrações do Dia de Campo.
“Também fizemos questão de apresentar os Programas Sua Máquina Não Para e o
Monitoramento SGM, além do Treinamento On the Job, serviços exclusivos da Mi-
nusa”, finalizou o coordenador comercial da empresa.
Mais informações: www.minusa.com.br
Foto: Malinovski Florestal
Foto: Malinovski FlorestalFoto: Malinovski Florestal
71FOTOS B. FOREST
72 VÍDEOSB. FOREST
73VÍDEOS B. FOREST
75AGENDA B. FOREST
2015
SET
07SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando: 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde: Durban (África do Sul).
Informações: www.fao.org/forestry/wfc
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando: 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Linz (Áustria).
Informações: www.formec.org
2015
OUT
06
OUTUBRO
Austrofoma
Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Hochficht (Áustria).
Informações: www.austrofoma.at
2015
OUT
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.apreflorestas.com.br
2015
OUT
22
OUTUBRO
5° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Gestão de Manutenção de Máqui-
nas Florestais
Quando: 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.malinovski.com.br
76 AGENDAB. FOREST
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando: 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde: Concepción (Chile).
Informações: www.expocorma.cl
2016
MAR
09
MARÇO
Lignum Brasil e 2° Expomadeira & Construção.
Feiras do Setor Madeireiro.
Quando: 09 a 11 de Março de 2016
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.lignumbrasil.com.br
77AGENDA B. FOREST