Neste número:
Olimpíada Brasileira de
Matemática (OBM),
Olimpíada Regional
de Matemática
(ORM-Grande POA)
Projeto de Extensão -
Atividades de
Matemática para
Alunos com Altas
Habilidades
Cursos Pré-Vestibulares
Populares - PVPs
I Semana Acadêmica
da Estatística da
UFRGS - 2012
Perfil – Raquel Romes
Linhares
Aniversariantes MAIO
Espaço do Leitor
Um pouco de poesia...
Janeiro/2012
Nº 33, Ano 3
IM/UFRGS BBoolleettiimm IInnffoorrmmaattiivvoo
Editorial Rudnei Dias da Cunha, Diretor
Prezados colegas,
No dia 13 de abril passado foi realizada mais uma cerimônia de premiação da
Olimpíada Regional de Matemática (ORM) da Grande Porto Alegre. Presidida pela Prof.ª
Valquíria Linck Bassani, Pró-Reitora de Graduação da UFRGS, representando o Magnífico
Reitor, a cerimônia contou com a participação de mais de 200 pessoas, entre alunos
agraciados, professores, pais e familiares dos alunos.
Tive a satisfação de participar mais uma vez da mesma, a qual revestiu-se de caráter
especial para mim, por ser a última da qual participo como Diretor do nosso Instituto. Tenho
uma grande satisfação pessoal de verificar que, a cada ano, a participação aumenta e o
apoio institucional prestado pelo nosso Instituto tem auxiliado a realização dessa atividade,
por considerá-la fundamental para que possamos disseminar o estudo da matemática
entre os nossos jovens. Ela já tem dado frutos, pois vários alunos que participaram das
Olimpíadas são hoje alunos da UFRGS, em diferentes cursos de graduação.
Parabenizo, portanto, os professores aposentados do DMPA, Sérgio Claudio Ramos e
José Francisco Porto da Silveira, responsáveis pela organização e treinamento dos alunos,
bem como às bolsistas Clarissa Vergara, Gabriela Teixeira e Gabriela Vergara, pelo
excelente trabalho realizado em prol da difusão da Matemática como ciência
fundamental para o avanço científico e tecnológico do Brasil.
Gente que Entra, Gente que Sai
A Biblioteca Setorial de Matemática conta agora em seu quadro com o
Bibliotecário Juliano Leal Camargo. Nossas boas-vindas ao novo colega!
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À mesa, Prof. Sérgio Ramos, Prof. Rudnei Cunha, Prof.ª Valquíria Bassani e Prof.ª Marilaine Sant´Ana. Em pé, as alunas Gabriela Teixeira e Gabriela Vergara.
Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM),
Olimpíada Regional de Matemática (ORM-Grande POA) Sérgio Cláudio Ramos, Coordenador Regional da OBM, e Gabriela Teixeira da Silva, aluna do Curso de Licenciatura em Matemática
No dia 14 de abril de 2012 (sábado, às 10h), no anfiteatro do prédio F (43123), ocorreu a
cerimônia de premiação da ORM-Grande POA/2011. Formaram a mesa a representante do
Magnífico Reitor da UFRGS, Prof. Carlos Alexandre Netto, a Pró-Reitora de Graduação, Prof.ª Valquíria
Linck Bassani, o Prof. Rudnei Dias da Cunha, Diretor do IM-UFRGS, a Prof.ª Marilaine Sant´Ana,
Coordenadora Regional da OBMEP e o Prof. Sérgio Cláudio Ramos, Coordenador Regional da OBM e
da ORM-Grande POA. Contando como cerimonialista a acadêmica Gabriela Peralvo Vergara.
Coube a esses professores a entrega das medalhas (ouro, prata e bronze) e das menções
honrosas. A lista completa dos premiados se encontra em:
http://www.mat.ufrgs.br/~portosil/olimpa4.htm.
Após a premiação os participantes da mesa se pronunciaram sobre o evento. Foi destacado
que a realização desta Olimpíada envolveu um trabalho integrado entre a SMB (CNPq) e o IM-
UFRGS. A Direção deste Instituto e os funcionários da Secretaria Geral (Fátima Santos, Daniela
Caneda e demais) deram o apoio logístico e físico necessário. O Coordenador da ORM e o Prof. José
Francisco Porto da Silveira realizaram o trabalho didático da Olimpíada, auxiliados pelos alunos da
Licenciatura em Matemática do IM-UFRGS Gabriela Peralvo Vergara, Gabriela Teixeira da Silva e
Guilherme Menezes. O trabalho de secretaria foi realizado pela bolsista do SAE, Clarissa Peralvo
Vergara, também aluna do curso de Licenciatura em Matemática. Contamos, também, na
cerimônia de premiação, com a colaboração da aluna Paula Serpa, da Licenciatura em
Matemática. Não menos importante foi o apoio dos pais, direção das escolas e respectivos
professores responsáveis pelos alunos participantes.
Também foi salientada a importância da cooperação, existente no IM, entre a OBM e a
OBMEP, na figura dos professores Marilaine Sant’Ana e Alvino Alves Sant’Ana, resultando numa
melhor adequação das aulas de treinamento da ORM-Grande POA a nossa realidade estudantil.
Finalmente, foi chamada a atenção
para a crescente importância da Matemática
no cotidiano e nas mais diversas áreas
profissionais, e que o IM-UFRGS, através dos
seus cursos, se propõe a formar recursos
humanos com capacidade de trabalhar em
algumas dessas áreas. Além disso, o IM
oferece atividades dirigidas a alunos e
professores da nossa comunidade.
Após essas considerações, encerrou-se
a solenidade com a entrega de brindes
(camisetas) alusivos ao evento para os alunos
medalhistas.
BBoolleettiimm IInnffoorrmmaattiivvoo IM/UFRGS
Continua...
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Público da cerimônia de premiação.
Premiados de outras Olimpíadas de Matemática OBM:
Lista dos alunos do RS premiados na OBM/2011:
Nível 1:
Brendon Diniz Borck P orto Alegre Menção Honrosa
Bryan Diniz Borck Porto Alegre Menção Honrosa
Nível 2:
Ana Paula Lopes Shuch Porto Alegre Menção Honrosa
Nível 3:
Daniel dos Santos Bossle Porto Alegre Medalha de Bronze
Nível Universitário:
Douglas Machado dos Santos Eldorado do Sul Menção Honrosa
Olimpíada de Maio 2011:
Nível 1:
Pedro Henrique da Silva Dias Porto Alegre Medalha de Bronze
BBoolleettiimm IInnffoorrmmaattiivvoo IM/UFRGS
...continuação.
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Prof. Eduardo Brietzke, Eduardo Carvalho, Prof.ª Luisa Doering e Prof.ª Liana Nácul.
Projeto de Extensão
“Atividades de Matemática para
Alunos com Altas Habilidades”
O Projeto de Extensão “Atividades de Matemática para Alunos com Altas Habilidades” iniciou
no ano de 2006 sob a coordenação do Prof. Jairo Bochi. Em 2007 a coordenação passou para o Prof.
Ivan Pan e desde 2008 está sob coordenação dos professores Luisa Rodríguez Doering e Eduardo
Henrique de Mattos Brietzke. A partir do ano de 2009 passou a contar com a participação também da
Prof.ª Liana Beatriz Costi Nácul. Tal projeto visa a desenvolver atividades de matemática que sejam
instigantes e desafiadoras para alunos oriundos de Escolas Públicas que possuem altas habilidades em
matemática. O número de alunos atendidos varia a cada ano, entre 10 a 20.
Nas aulas (um encontro semanal de 1h de duração), os alunos aprendem a desenvolver
fórmulas e somente depois passam a resolver exercícios, desse modo, aperfeiçoando o seu raciocínio
lógico. Os grupos de alunos são pequenos, facilitando o atendimento ao discente e o desenvolvimento
individual.
Eduardo Miraglia Carvalho, 17 anos de idade, ex-aluno desse projeto, recentemente visitou o IM
e nos contou como foi a sua experiência. Aluno da Escola Anne Frank (escola escolhida para o
desenvolvimento do Projeto de Extensão), ele começou a participar do projeto na 7ª série do ensino
fundamental, por indicação da orientadora da Escola e também pelo seu bom desempenho na
Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Mesmo quando saiu da escola no
ensino médio, continuou fazendo parte do
projeto. Gostava tanto das aulas do Projeto que,
no ano passado, saía mais cedo das aulas do
cursinho só para não perder a aula de
Atividades de Matemática para Alunos com
Altas Habilidades.
A sua participação nas aulas do Projeto,
mais a sua facilidade nas disciplinas de exatas,
fez com que tivesse um bom desempenho no
vestibular, sobretudo na disciplina de
matemática, em que acertou 18 das 25
questões. Assim, conseguiu ingressar no curso de
Engenharia Química/UFRGS no primeiro semestre
desse ano (apesar de ter se inscrito pela cota de
escolas públicas, ele entrou pela cota universal,
devido ao seu bom desempenho no concurso).
Agora na faculdade, conta ele que teve de
alterar a sua rotina, pois se antes ele estudava na
véspera das provas no colégio, agora ele tem
de estudar dia após dia.
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Cursos Pré-Vestibulares Populares - PVPs Gabriela Vergara, Licencianda em Matemática, e Renan Darski, Licenciando em Geografia
O calendário acadêmico de 2012 da UFRGS iniciou-se com o Concurso Vestibular, realizado
entre 08 e 11 de janeiro. Este ano o concurso contou com 40.978 candidatos inscritos que disputaram
5.290 vagas oferecidas pela Universidade.
Entre a divulgação do listão e o início do ano letivo da UFRGS, muitos universitários reúnem-se
para preparar o ano que vem pela frente nos cursos pré-vestibulares. É nesse período de “férias” que
começamos a discutir o vestibular do ano seguinte e os procedimentos para a realização do nosso
trabalho. Além dos tradicionais pré-vestibulares privados, temos os pouco divulgados, mas fortes em
atuação, cursos Pré-Vestibulares Populares (PVPs).
Hoje, trazendo exemplos de colegas do nosso Instituto de Matemática, temos no Projeto
Educacional Alternativa Cidadã (PEAC) os professores Márcio Albano, do Mestrado em Ensino da
Matemática, e o aluno da Licenciatura em Matemática, Fábio Gonzaga. Na Organização Não
Governamental para Educação Popular (ONGEP), lecionam o aluno do Mestrado em Ensino da
Matemática, Diego Mattos, e a professora formada em Licenciatura em Matemática, Marilise Jorge.
Na ONGEP a aluna da Licenciatura em Matemática Janice Spinelli leciona redação, pois tem
formação em Letras.
Os PVPs surgem e se multiplicam por ação popular e podem ser considerados como ações
espontâneas de reação da sociedade contra a desigualdade de condições para o acesso e a
permanência na escola e, notadamente, no ensino superior. Espalhados por todo o país e
conhecidos como cursinhos alternativos (ou militantes, populares, comunitários) destinam-se a
pessoas de baixa renda e são geralmente promovidos e organizados por estudantes
universitários, instituições filantrópicas, igrejas, movimentos sociais e/ou Organizações Não
Governamentais1.
Para uma outra perspectiva do tema, trazemos a fala de Renan Darski, professor de
Geografia, graduando da UFRGS, que já atuou nos PVPs PEAC, Quero Quero, CEUE e,
atualmente, atua na ONGEP e no curso privado Ativação. Em Porto Alegre, fomos colegas no
PEAC e em 2012 continuamos nosso trabalho na ONGEP.
"Em um primeiro momento, podemos entender o cursinho popular como um espaço de formação para o professor e como uma alternativa mais barata no mercado da educação para o aluno. Isto é a superfície do que somos, pois quando os candidatos a alunos são entrevistados, as duas coisas que mais surgem em suas falas são: ‘aqui busco disciplina, pois estudar em casa, sozinho, é muito difícil’ e ‘não tenho condições de pagar um curso desses mais caros, estão todos acima do que posso pagar’. Em um segundo momento, quando iniciam as aulas, nós passamos a ter o exercício da cidadania perante os alunos, o que tem um feito muito maior do que falar do cunho popular que cobrar menos, às vezes, nem cobrar, por um serviço de alta qualidade. Falo alta qualidade mesmo, pois muitos professores atuam, paralelamente, em cursos privados da capital, outros são doutores, mestrandos e outros são educadores populares, com anos de experiência, ou seja, sabem lidar com o aluno de nossas salas."
Aos poucos, o dar aula transcende o encorpar currículo, e abrange outra finalidade
importantíssima: retornar à sociedade todo o investimento que nos é dado.
1 GARROTE FILHO, Mário da Silva; LOMÔNACO, Cecília. Os cursos pré-vestibulares alternativos de Uberlândia na opinião de seus
integrantes. Educação Popular, Uberlândia, v. 10, p.141-154, jan./dez. 2011. Disponível em:
<http://www.revistadeeducacaopopular.proex.ufu.br/viewarticle.php?id=402>. Acesso em: 27 abr. 2012.
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BBoolleettiimm IInnffoorrmmaattiivvoo
Continua...
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ONGEP
PEAC
"Antes mesmo de começar a ter aulas na universidade, as pessoas já formadas me diziam 'para ganhar experiência, melhorar teu currículo, procure os cursinhos populares; eles não exigem experiência e os alunos compreendem tua condição de aprendiz'. Portanto, meu projeto de curso já envolvia este passo. Quando me deparei com o currículo que tinha em meu curso, vi que era um diferencial imenso ter aquela experiência de sala de aula. De acordo com o currículo sugerido, eu entraria em sala de aula apenas nos últimos semestres de curso".
Os motivos que levam os estudantes de
graduação a lecionarem nestes projetos não são os
mesmos, mas estão relacionados ao espaço que
lhes dá oportunidade. O ambiente favorece, pois
os alunos são previamente avisados deste caráter
formador dos projetos e os coordenadores
defendem a liberdade didática.
"O que me disseram foi: 'eles tem que passar no vestibular. Como tu irás fazer isso é contigo’. Algumas outras informações operacionais como número de alunos e dias das aulas me foram dadas, mas nada em uma conversa muito extensa. Ao longo do processo fui me interando da história do projeto e de algumas formas de se trabalhar educação popular".
O ambiente é de experimentação, de
confiança no trabalho do professor. Isto associado
à vontade de estudar por parte dos alunos, o que
favorece a inovação e o engajamento docente.
"Muita aula da universidade eu faltei para poder planejar as aulas para o cursinho. De certa forma, era um ato de rebeldia contra meu curso, que pouco me formara para ser professor, nos primeiros anos principalmente. No final, nas disciplinas de estágio era visível o quanto eu estava avançado em relação aos colegas, no que diz respeito ao trato com os alunos. Não que no estágio em docência, a prática de ensino, o aluno não pudesse evoluir em sua práxis, e isso ocorria com diversos colegas de forma brilhante, mas há muita diferença entre as perguntas de um professor e as perguntas de quem virá a ser professor. Não sendo tão particular, notava este avanço também em outros colegas de PVP. Claro, a rebeldia não é tanta a ponto de desconsiderar os saberes da universidade, tanto que para ser professor de Geografia tive que ser aprovado no vestibular".
Acreditamos que a formação desses cursos populares é o resultado de uma atitude crítica no
contexto educativo, e traz benefícios tanto para alunos quanto para todos os agentes da
Universidade. É uma relação diferente com o vestibular, com o universitário e com a docência.
Uma pergunta óbvia fica no
ar: e os alunos são aprovados? A
média de aprovação destes cursos é
de 45%, havendo anos com marcas
de 60%. Alunos aprovados em cursos
concorridos como Psicologia, Direito
e Medicina. E ainda alguns alunos
aprovados tornam-se professores nos
anos seguintes. Onde? Nos mesmos
PVPs onde estudaram.
Acesse para maiores
informações:
PEAC - http://alternativacidada.blogspot.com.br/
ONGEP - http://prevestibularpopular.blogspot.com.br/
BBoolleettiimm IInnffoorrmmaattiivvoo
IM/UFRGS
...continuação.
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I Semana Acadêmica da Estatística da UFRGS - 2012
23/05
08:20 – Abertura
08:30 – Estatístico Luciano Guimarães (HCPA)
09:00 – Estatística Patrícia Klaser Biasoli (FEE)
09:30 – Regulamentação do exercício da profissão de estatístico -
preparando para o mercado de trabalho
Estatística Valéria Dozolina Sartori Bassani (CONRE 4)
10:15 – Coffee Break
10:30 – Programa Ciências Sem Fronteiras - Bolsas Sanduíche na Graduação
Pró-Reitoria de Pesquisa
10:55 – Prof.ª Elsa Cristina de Mundstock
11:30 – Saúde Coletiva/ Bioestatística
Prof. Dr. Luiz Felipe da Silva Pinto (UFRGS)
24/05
08:30 – “Qual o papel da estatística na Inovação e Competitividade das empresas?”
Prof.ª Dr.ª Márcia Elisa Soares Echeveste (UFRGS)
08:55 – Pós-graduação da Matemática: Probabilidade e Estatística
Prof. Dr. Márcio Valk (UFRGS)
09:20 – Pós-graduação da Economia e da Administração
Prof. Dr. Flávio Augusto Ziegelmann (UFRGS)
09:50 – Coffee Break
10:15 – UFRGS - Curso de Estatística
Prof.ª Dr.ª Patrícia Klarmann Ziegelmann (UFRGS)
10:40 – "O papel do Núcleo de Assessoria Estatística (NAE)
na formação do Bacharel em Estatística"
Prof.ª Dr.ª Jandyra Maria Guimarães Fachel (UFRGS)
11:35 – Prof. Dr. João Riboldi (UFRGS)
25/05
08:30 – Pós-graduação da Epidemiologia
Prof. Dr. Álvaro Vigo (UFRGS)
09:00 – Estatístico Gustavo Aprile Porto Rossi (Sicredi)
09:40 – Apresentação Oral
Pós-graduação
Iniciação Científica
11:00 – Apresentação Pôster
Coffee Break
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P e r f i l – Raquel Romes Linhares
A Prof.ª Raquel Romes Linhares começou a estudar
piano aos 6 anos de idade, por influência da sua mãe,
que era professora do instrumento. Assim, dos 6 aos 10
anos de idade teve aulas particulares de piano, até
entrar para o Conservatório Estadual Cora Pavan
Caparelli, em Uberlândia/MG, sua cidade natal.
Continuou a estudar no Conservatório, mesmo após
finalizar o ensino médio, obtendo o título de Técnica
em Piano, totalizando 13 anos de estudo do
instrumento em música clássica.
Na hora de decidir o seu futuro profissional, porque
sempre enxergou o piano como um hobbie, optou
pela matemática, pois, na escola, sempre teve mais
facilidade com a disciplina. Ao entrar para a
Licenciatura em Matemática, na Universidade Federal
de Uberlândia, em 2001, já sabia que queria ser
professora de universidade federal. Assim, durante a
sua graduação, participou como bolsista de iniciação
científica, sempre na área da Estatística, pois achava
que, dentro dessa área, a possibilidade de dar uma
aula divertida seria maior.
No último ano do curso, ficou morando com sua
avó, Maria Romes, em Uberlândia, já que seus pais
vieram morar em Gravataí, em função do trabalho do
seu pai na Souza Cruz. Terminada a graduação (2004),
veio para o sul, atrás da sua família e para fazer o
Mestrado em Matemática aqui no nosso Instituto de
Matemática, com área de concentração em
Probabilidade e Estatística, orientada pela Prof.ª Sílvia
Regina Costa Lopes, entre os anos de 2005 a 2007.
Durante o seu mestrado, seus pais mudaram-se para
Santa Cruz, então veio morar em Porto Alegre.
Seguindo a sua determinação de ser professora
universitária, após finalizar o Mestrado, entrou para o
Doutorado em Matemática, no IM/UFRGS, novamente
com área de concentração em Probabilidade e
Estatística e, novamente, sendo orientada pela Prof.ª
Sílvia Regina Costa Lopes, de 2007 a 2011. Já a partir do
seu segundo ano no Doutorado, ficou um pouco mais
longe da sua família, que dessa vez, foi para São Paulo.
Tão logo terminou o Doutorado, surgiu o concurso para
docentes aqui do DEST, em que acabou entrando para
o quadro do departamento no ano passado.
Confessa ela que está realizada como professora.
Isso porque está dando aulas para jovens, o que
sempre desejou, e porque está trabalhando com
pesquisa, paixão despertada nela pela Prof.ª Sílvia
Regina Costa Lopes. Hoje sua pesquisa está
concentrada na área de longa dependência em
sequência de DNA. Nas suas aulas, ela sempre tenta
fazer algo divertido; sua última ideia foi utilizar um jogo
de dardos para explicar a matéria aos alunos.
Durante a entrevista a Prof.ª Raquel contou que
seus pais estão mais uma vez de mudança, dessa vez
de volta à cidade de Uberlândia. Apesar de ser mais
uma mudança da sua família e, de novo, para mais
longe, ela diz não estar apreensiva, pois não joga seu
tempo fora se preocupando com o futuro, já que
procura sempre viver o presente.
Entre os seus planos, está o de comprar um piano, já
que o seu está em Uberlândia. E, apesar de ficar muito
tempo sem tocar, diz que bastam umas duas horas de
treino para os seus dedos voltarem a fluir pelas teclas. A
saudade de tocar o instrumento é grande,
principalmente porque tocá-lo é altamente relaxante
para ela. Na falta do piano aqui em Porto Alegre,
arrumou outra atividade para desestressar, a dança de
salão! Conta ela que se “viciou” em dançar forró,
samba de gafieira e salsa. Além de ser relaxante, a
Prof.ª Raquel diz que a dança permite conhecer novas
pessoas.
Aos 29 anos de
idade, a Prof.ª Raquel
diz que adora morar
aqui em Porto Alegre e
que só não gosta dos
dias muito frios! E
também dos muito
quentes! Logo que
veio para cá, confessa
ela que achou
estranho o bairrismo
gaúcho, mas depois se
deu conta que este é
um aspecto
puramente cultural da
população. Ademais,
acha a cidade
bastante
aconchegante, gosta
bastante de caminhar
na Redenção e no
Parcão e de sair com
os amigos na Cidade
Baixa, além de viajar
pela Serra gaúcha. Apesar de já estar acostumada
com a cidade e suas dualidades, não se decidiu pelo
Inter ou Grêmio, continua torcendo apenas pelo
Corinthians. Indagada se tem algum segredo,
confessou que é viciada em Coca-Cola Zero!
BBoolleettiimm IInnffoorrmmaattiivvoo IM/UFRGS
Boletim Informativo
Instituto de Matemática
UFRGS
Av. Bento Gonçalves, n. 9500, prédio 43111,
sala 117 Porto Alegre/RS
91509-900
(51)3308.6225
_________________
Equipe Responsável:
Daniela Gralha de Caneda Queiroz
Fátima Daniela dos Santos Pereira
_________________
Um especial obrigado ao Prof. Rudnei, Prof.
Sérgio, Gabriela, Gabi, Eduardo, Prof.ª
Luisa, Renan, Prof. Cleber e Prof.ª
Raquel.
Página 9
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Um
pouco
de
poes
ia...
Aniversariantes MAIO
02 – Jaime Bruck Ripoll
04 – Luiz Emílio Allem
06 – Elisabeta D'elia Gallicchio
06 – Leonardo Prange Bonorino
08 – Danilo Marcondes Filho
08 – Maria Cristina Varriale
10 – Amanda de Mello Martins
30 – Rosane Prates Reginatto dos Santos
Espaço do Leitor
Envia um e-mail para [email protected] e colabora com o Boletim Informativo!
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
BBoolleettiimm IInnffoorrmmaattiivvoo IM/UFRGS
Ferreira Gullar