Aves da Mata Atlântica
Parábola da ave cativa
Sylvio Adalberto
Quem guardará na noite o frágil ninhoque já foi lar, que foi refúgio e cama?E canto sim, mas meu canto reclamapor não voar e por viver sozinho.
Fui concebido pra voar. Definhosem o voo no mato, a flor na rama,sou da floresta cor e luz e a tramavida que põe beleza no caminho.
Sei do som cascata e a dor do vento,isso não muda minha realidadee nem aplaca tanto sofrimento...Numa gaiola, pelas mãos de um louco,longe da tão amada liberdadecada dia que nasce, morro um pouco.
Clique
Ararinha Local da foto: Corrêas - Petrópolis
Nossos pés são sementes
Canção da terra
Sylvio Adalberto
Pica-pau
Local da foto: Corrêas - Petrópolis
Que o chão agasalha
Alma-de-gato
Local da foto: Corrêas - Petrópolis
Vida que segue e que brota
Anu-branco
Local da foto: Corrêas - Petrópolis
Esperança que nasce
Local da foto: Corrêas - Petrópolis Papa-capim
Do corpo e no chão
Asa-branca
Local da foto: Itaipava - Petrópolis
Abrigo de sonhos
Beija-flor-tesoura
Local da foto: Corrêas - Petrópolis
De quem lambe as feridas
Bem-te-vi Local da foto: lago de Nogueira - Petrópolis
Das mãos calejadas.
Bem-te-vi-rajado
Local da foto: Corrêas - Petrópolis
O suor que escorre
Maritaca da cara azul
Fotografada em cativeiro por estar correndo sério risco de extinção no Estado do Rio de Janeiro
É a água que pulsa
Bentererê
Local da foto: Corrêas - Petrópolis
É o sangue dos veios da terra
Enferrujado
No chão embebidoLocal da foto: lago de Nogueira - Petrópolis
Bico-de-lacre
Local da foto: lago de Nogueira - Petrópolis
É o alento da massa
Coruja orelhudaQue dá forma ao pão
Local da foto: Corrêas - Petrópolis
BiguáLocal da foto: lago de Nogueira - Petrópolis
A boca não sabe
CambacicaLocal da foto: Corrêas - Petrópolis
A prova das sobras amargas
Chupim
Que a mão semeou
Local da foto: Corrêas - Petrópolis
Canário-da-terra
Local da foto: Itaipava - Petrópolis
A terra é mãe que sacia
Caneleirinho
Local da foto: Parque Municipal - Petrópolis
A boca deserta
Choca-da-mata
Que morre de fome
Local da foto: Corrêas - Petrópolis
Jaçanã
Local da foto: lago de Nogueira - Petrópolis
E sempre plantou.
Jacuaçu
Local da foto: Corrêas - Petrópolis
Seja alto o gemido
Carcará
De quem não tem voz
Local da foto: Corrêas - Petrópolis
Japacanim
Local da foto: lago de Nogueira - Petrópolis
Sedenta, incansável
Juriti
Local da foto: Corrêas - Petrópolis
A boca da terra
Lavadeira-mascarada Local da foto: Itaipava - Petrópolis
Espera por nós.
Sylvio Adalberto, criador destas e de muitas outras lindas fotos, é poeta, escritor e acadêmico titular da Academia Brasileira de Poesia - Casa de Raul de Leoni.
http://www.rauldeleoni.org/
Para saber mais sobre as aves, visite
http://www.sylvioadalberto.com/index.html
Quem sou
Apenas um apaixonado pela natureza. Como tal, gostaria de vê-la preservada e protegida. Creio sinceramente que para preservar é preciso conhecer. Ninguém protegerá aquilo que desconhece. Para que isso aconteça, primeiro é fundamental que haja uma mudança de consciência. Temos de acabar com a mentalidade instaurada de que não temos nada com isso.Temos sim! Tudo o que acontece no mundo em que vivemos é de nossa inteira responsabilidade. Enquanto houver gente dormindo na rua, famílias sem direito a um teto, um pedaço de terra para plantar e um pedaço de pão para driblar a fome, enquanto houver cachorros comendo filé e crianças morrendo de fome, nada mudará no mundo. O exemplo deverá começar não dentro de nossa casa, mas dentro de cada um de nós. É preciso antes de tudo querer ser melhores do que somos. O caminho é refrear o consumismo, a sede de supérfluo que invadiu o mundo. E a salvação é começar pelas crianças. Tenho consciência de que faço minha parte. E você?
Criação do PPS:
Ronaldo Maurício da Silva
http://www.e-bookspetropolis.com.br/
Clique aqui e conheça o site oficial do grupo Alain
Morisod & Sweet People, autor e intérprete da música «Et les oiseaux chantaient»
“Os pássaros conduzem os homens para o azul,para as águas, para as árvores e para o amor.Ser escolhido por um pássaro para ser a árvore dele:eis o orgulho de uma árvore.Ser escolhido pelas garças para ser o rio delas:eis a vaidade dos rios.”
Manoel de Barros