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CURSO TÉCNICO SUPERIOR DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO
Avaliação do risco de incêndio de umedifício
Módulo IV – Segurança no Trabalho
André Filipe Ferreira Brito
Julho de 2011
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OBJECTIVOS:
Saber avaliar o risco de incêndio de um edifício;
Saber classificar o edifício/estabelecimento;
Saber seleccionar e alocar os equipamentos de combate a incêndio
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MEMÓRIA DESCRITIVA DO EDIFÍCIO E DAS ATIVIDADES
O edifício serve uma empresa que dedica a sua atividade à produção de
componentes metais não ferrosos (alumínio, latão, bronze, cobre e zinco) para
diversas aplicações. O processo produtivo em atividade nas instalações em estudo
comporta várias fases, representadas na seguinte figura.
Figura 1 – Organograma do processo produtivo – Fabricação de componentes metais não-ferrososO organograma representado é meramente indicativo e não corresponde à realidade. É, apenas, utilizado neste trabalho
como ferramenta pedagógica de estudo.
A execução deste processo requer uma organização do espaço de trabalho
adequada, tendo em consideração as especificidades de cada fase produtiva. Desta
forma, o edifício encontra-se repartido em quatro zonas principais, doravante
designadas pelas letras A, B, C e D. Cada zona é caraterizada por um conjunto de
atividades distintas.
No cômputo geral, o edifício tem por base uma forma retangular, apresentando
como comprimento 64,8 metros (m), e como largura, aproximadamente, 25,0 m, o que
perfaz um total, em termos de área útil coberta, de aproximadamente 1620,0 m2. O pé
direito do edifício é de 7 m, resultando num volume aproximado de 11358,1 m3. O
valor do volume é apresentado neste estudo apenas como valor indicativo para umamelhor compreensão das dimensões do edifício em questão.
Armazenamentode matéria-prima
Moldagem
FresagemGravação
Amolar/Afiar
Envernizamento
Lavagem
Serralharia Soldadura
Armazenamentode produto final
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As referidas zonas A, B, C e D encontram-se representadas na próxima figura.
Figura 2 – Divisão por zonas da planta do edifício estudado
Seguidamente, será feita uma breve descrição de cada zona, com especial
enfoque para as suas atividades, dimensões dos espaços considerados e outras
informações consideradas relevantes para a concretização dos objetivos deste
trabalho, como por exemplo áreas específicas de cada atividade laboral.
Zona A – Administração
Atividade desenvolvida
Existem dois espaços considerados como pertencentes à Zona A, por
apresentarem atividades semelhantes, nomeadamente do foro administrativo. Um dos
espaços referidos é constituído por uma sala de reuniões (12), sala de convívio (11),
corredor vertical (10), hall de entrada (9), quartos de banho, vestiários e balneários (8).
A área total de superfície coberta é de 120,2 m2. A outra serve de apoio às Zonas C e D,
estando localizado entre estas duas zonas, e é ocupada por escritórios de controlo de
produção, tendo uma área de aproximadamente 34,9 m2.
O corredor vertical (10) estabelece a ligação entre o primeiro e segundo piso da
área administrativa, a qual não será considerada neste trabalho porque o objeto de
estudo é, apenas, o plano de referência.
A
B C
A
D
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Sendo estas zonas dedicadas, praticamente em exclusivo, à prática
administrativa, as principais atividades que nela decorrem são:
- Contactos comerciais e reuniões;
- Serviços de contabilidade;
- Projectos de desenvolvimento do produto;
- Controlo da produção;
- Arquivo documental e de armazenamento;
- Actividades lúdicas de convívio.
Matérias presentes e quantidades
As matérias presentes nas Zonas A são inerentes à sua atividade central. Apesar
de algumas nuances, esta área é ocupada com materiais de apoio às funções
administrativas, destacando-se, para cada espaço os seguintes materiais:
- W.C., vestiários e balneários (8) – cacifos metálicos, bancos de madeira,
material sanitário;
- Hall de entrada (9) – tapete, mesa de apoio;
- Corredor vertical (10) – nada de relevante a assinalar;
- Sala de convívio (11) – sofás, mesas, cadeiras, equipamentos eletrónicos;
- Sala de reuniões (12) – mesa de reunião, cadeiras, arquivadores, papel;
- Escritórios (6) – mesas, cadeiras, computadores, arquivadores, papel.
AA
Figura 3 – Plano detalhado das áreas pertencentes à Zona A(imagem sem relação de escala porque o objetivo é apenas de representar em detalhe os compartimentos existentes e não as suas dimensões)
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Número de “Efetivos”
De acordo com o disposto no artigo nº 51 da Portaria nº 1532/2008, de 29 de
Dezembro, foi possível encontrar o número de “efetivos” da zona A. A tabela seguinte
apresenta os resultados obtidos.
Tabela 1 – Número de “efetivos” da zona A - Administração
Espaço Área (m2)Índice (pessoas/m2)
(Portaria1532/2008)
Nº de“Efetivos”
Escritórios (6) 35,3 0,20 8W.C., vestiários e balneários (8) 40,3 0,30 13
Hall de entrada (9) 7,5 - -Corredor vertical (10) 13,6 - -
Sala de convívio (11) 13,4 1,00 14Sala de reuniões (12): 37,7 0,50 19
O número de “efetivos” encontrado para as zonas A é de 54. No cálculo
efetuado não foram considerados os espaços relativos ao hall de entrada e ao corredor
vertical por se entender que os mesmos são, apenas, locais de passagem, não estando,
por isso, associados a um tipo de atividade em particular.
Zona B –
Armazenamento
Atividade desenvolvida
A Zona B, representada em detalhe na figura 4, está dividida em dois espaços.
Um desses espaços está destinado ao armazenamento de materiais e equipamentos
(3), com uma área total de 220,3 m2 e o outro ao armazenamento de produtos
químicos (4), área total de 20 m2.
Esta zona tem ligação com o exterior, através de um portão com 5 m decomprimento acoplado de uma porta-homem, e ainda duas ligações interiores, para a
Zona A – Administração – e Zona C – Mecânica. Esta zona apresenta uma área útil
coberta de 243,3 m2.
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Matérias presentes e quantidades
A Zona B armazena todas as matérias-primas e materiais necessários para o
processo de produção. Este espaço encontra-se organizado por sectores, onde cada
sector armazena uma categoria diferente de material. A figura seguinte pretende
demonstrar de que forma estão colocadas as estruturas de armazenamento e quais os
materiais aí armazenados.
Figura 5 – Organização espacial da Zona B (escala 1:200)
B
Figura 4 - Plano detalhado das áreas pertencentes à Zona B(imagem sem relação de escala porque o objetivo é apenas de representar em detalhe os compartimentos existentes e não as suas dimensões)
Zona de descargas
Peças para reutilização
Metais não-ferrosos
Produtos químicos
Componentes da maquinaria
3,6 m
3,0 m
6,6 m
3,6 m
1,0 m6,6 m
1,0 m
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Através da representação esquemática anterior é possível visualizar todos os
sectores de armazenamento.
Todas as estruturas de armazenamento são metálicas e têm 1,0 m de largura,
variando o comprimento. A altura é de 4,0 m para as estruturas de armazenamento de
materiais e equipamentos e de 3,0 metros para o armazenamento de produtos
químicos. Importa ainda referir que o armazenamento de produtos químicos é
constituído por três estruturas, onde, uma das estruturas armazena apenas tintas e as
duas restantes armazenam diluentes.
A Zona de descargas está destinada à descarga de materiais nas instalações daempresa.
Os principais materiais armazenados, e suas quantidades encontram-se na
tabela seguinte.
Tabela 2 – Materiais armazenados e quantidades máximas de armazenamento
Referência
na planta Setor
Principais
componentesarmazenados
Área
(m2)
Altura
(m)
Volume de
materialarmazenado (m3)
Zona dedescargas
- 34,0 - -
Peças parareutilização
Alumínio, latão, cobre,bronze e zinco
20,4 4,0 81,6
Metaisnão-ferrosos
Alumínio, latão, cobre,bronze e zinco
46,2 4,0 184,8
Produtosquímicos
Diluentes 7,2 3,0 21,6Tintas 3,6 3,0 10,8
Componentesda maquinaria
Peças para manutençãodos equipamentosmecânicos
6,6 4,0 26,4
Número de “Efetivos”
De acordo com o disposto na alínea e) do número 2 do artigo nº 51 da Portaria
nº 1532/2008, de 29 de Dezembro, o número de ocupantes declarados pela entidade
exploradora para a Zona B é, no máximo, de 6 pessoas, e ocorre aquando da descarga
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de materiais para armazenamento, sendo que em média a presença neste local é de
três pessoas nas oito horas de laboração da empresa.
Zona C – “Mecânica”
Atividade desenvolvida
O processo produtivo propriamente dito começa a ser executado na Zona C.
Esta zona, designada de “Mecânica” por possuir a maioria dos equipamentos
mecânicos do processo produtivo é constituída por um espaço para lavagem de peças
(5) e dois espaços para armazenamento de resíduos (7).
A restante área, assinalada na figura anterior com o nº 2, é utilizada para a
execução de algumas fases do processo produtivo anteriormente referidas, sendo as
mais relevantes:
- Moldagem;
- Amolar/Afiar;
- Fresagem;
- Gravação.
De seguida é apresentada a representação esquemática da organização das
actividades existentes na Zona C, bem como os valores das áreas úteis de cada atividade.
Figura 6 - Plano detalhado das áreas pertencentes à Zona C(imagem sem relação de escala porque o objetivo é apenas de representar em detalhe os compartimentos existentes e não as suas dimensões)
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Tabela 3 – Atividades e respetivas áreas úteis da zona C
Referênciana planta
Atividade Área (m2)
Zona de descargas 65,1
(5) Lavagem 22,3(7) Armazenamento de resíduos 13,3
Moldagem 32,5
Amolar/Afiar 44,1
Fresagem 82,1
Gravação 83,8
Figura 7 – Organização espacial da Zona C (escala 1:200)
Matérias presentes e quantidades
As matérias presentes nesta zona são, na sua grande maioria, metais não
ferrosos que se encontram no processo produtivo. No entanto, existem ainda osespaços próprios para o armazenamento de resíduos (7) que, com uma área total de
5,4 m
9,4 m
4,4 m 4,4 m
7,4 m
5,8 m
7,6 m
5,6 m
5,6 m
5,8 m
13,0 m
7,2 m5,8 m
1,6 m
6,6 m
5,0 m
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13,3 m2 e uma altura das estruturas para armazenamento de 3 m, apresentam um
volume de total de 39,9 m3.
Na área de lavagem de peças, assinalada com (5), são também utilizados
produtos químicos, diluentes, em quantidades não determinadas. Para além dosmateriais consumíveis esta zona é constituída por diversos equipamentos mecânicos e
eletrónicos.
Número de “Efetivos”
De acordo com o disposto no artigo nº 51 da Portaria nº 1532/2008, de 29 de
Dezembro, o número de efetivos declarados pela entidade empregadora é de 45, com
atividade laboral nesta zona durante o período de trabalho da empresa, oito horas
diárias.
Zona D – Serralharia e Acabamentos
Atividade desenvolvida
A última zona, Serralharia e Acabamentos, está destinada a trabalhos finais de
serralharia, envernizamento, acabamentos e armazenamento de produto final para
expedição. Em termos de área útil, esta é de 609,0 m
2
, estando equipada com doisportões de dimensão considerável, com 5,0 e 7,0 m de comprimento, mais uma porta
homem com acesso ao exterior. Na figura 8 é possível visualizar em detalhe a
organização de espaço da Zona D, e na tabela 4 estão registadas as áreas de todas as
atividades desenvolvidas nesta mesma zona.
Tabela 4 - Atividades e respetivas áreas úteis da zona D
Referênciana planta
Atividade Área (m2)
Zona de cargas 92,2
Serralharia 47,6
Soldadura 83,0
Envernizamento 79,2
Armazenamento 26,4
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Figura 8 – Organização espacial da Zona D (escala 1:200)
Matérias presentes e quantidades
À semelhança da Zona C, também a Zona D é caracterizada pela presença
significativa de metais não-ferrosos, praticamente na forma de produto final. Existe
ainda nesta zona uma área reservada para o armazenamento do produto final,
composto por quatro estruturas metálicas, cuja área total de armazenamento é de
26,4 m2 e altura de 4,0 m, perfazendo um volume total de armazenamento de 105,6
m3.
Número de “Efetivos”
De acordo com o disposto no artigo nº 51 da Portaria nº 1532/2008, de 29 de
Dezembro, o número de efetivos declarados pela entidade empregadora é de 32
pessoas, que se encontram nas instalações durante o período laboral da empresa.
13,2 m
6,0 m
9,0 m
6,8 m
3,4 m
14,0 m
3,4 m
6,4 m
1,0 m
6,6 m
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CARATERIZAÇÃO DOS EDIFÍCIOS E RECINTOS
Utilização Tipo (UT)De acordo com o disposto na alínea m) do número 1 do artigo 8º do Decreto-
Lei 220/2008, de 12 de Novembro, o edifício analisado é do tipo XII “industria is,
oficinas e armazéns” uma vez que não recebe habitualmente público, está destinado
ao exercício de atividades industriais e ao armazenamento de materiais, substâncias e
produtos ou equipamentos, oficinas de reparação, incluindo serviços complementares
destas actividades.
Ainda de acordo com o mesmo decreto-lei, considera-se que este edifício é de
utilização exclusiva, visto que integra apenas uma utilização tipo. A outra UT que
poderia ser considerada era do tipo III “administrativo”, no entanto a área bruta da
Zona A é inferior a 10% da área bruta total do edifício, não sendo, de acordo com o
DL220/2008, suficiente para considerar uma zona com outro tipo de atividade.
Classificação dos locais de risco
O edifício estudado insere-se na categoria de “local de risco C”, de acordo com
o disposto na alínea o) do número 3 do artigo 10º do Decreto-Lei 220/2008, de 12 de
Novembro. É classificado dessa forma porque apresenta riscos agravados de eclosão e
de desenvolvimento de incêndio devido às atividades nele desenvolvidas e às
características dos produtos, materiais e equipamentos nele existentes,
designadamente por possuir uma densidade de carga de incêndio modificada superior
a 1000 MJ/m2 de área útil, associada à presença de materiais facilmente inflamáveis e
que comportam risco de explosão.
A tabela seguinte resume a classificação dos locais de risco.
Tabela 5 – Classificação dos locais de risco
ZonaClassificação
(de acordo com DL 220/2008)
A – Administração AB – Armazenamento C
C – Mecânica C
D – Serralharia e Acabamentos CGeral C
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Classificação do risco
A classificação do risco do edifício foi calculada com base no Despacho
2074/2009, documento que estabelece os critérios técnicos para a determinação da
densidade de carga de incêndio modificada.O cálculo da densidade de carga de incêndio para os locais com atividades
industriais foi realizado de acordo com a seguinte fórmula:
em que:
- qsi – densidade de carga de incêndio relativa ao tipo de atividade (i), em
MJ/m
2
;- Si – área afeta à zona de atividade (i), em m2;
- Ci – coeficiente adimensional de combustibilidade do constituinte combustível
de maior risco de combustibilidade presente na zona de atividade (i);
- Rai – Coeficiente adimensional de ativação do constituinte combustível (i), em
função do tipo de atividade da zona (i);
- Na – número de zonas de atividades distintas.
Para as atividades de armazenamento a fórmula utilizada deriva da anterior,
com a inserção da altura de armazenamento, de acordo com:
em que hi representa a altura de armazenagem da zona de armazenamento (i), em m.
O cálculo da densidade de carga de incêndio modificada (q), em MJ/m2, da
totalidade dos compartimentos é calculado através da seguinte fórmula:
em que:
- qsk – densidade de carga de incêndio modificada em MJ/m2, de cada
compartimento corta-fogo (k);
- Si – área útil de cada compartimento corta-fogo (k), em m2;
- N – número de compartimentos corta-fogo.
Os resultados obtidos para cada compartimento encontram-se nas tabelas seguintes.
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Tabela 6 – Resultados obtidos para a Zona A
a) De acordo com a subalínea iv) da alínea a) do número 1 do artigo 10º do DL 220/2008, de 12 de Novembro
b) De acordo com o Quadro XXVII do número 3 do artigo 51º da Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro
c) Valor retirado de "Avaliação do Risco de Incêndio - Método de Gretener"
d) Considerado equivalente a "vestiários com armários metálicos"
e) Por falta de valores, e por não serem espaços com densidade de carga de inc êndio elevada, arbitrou-se este valor.f) Considerado equivalente a "hotéis, átrio, restaurante e salas"
g) Considerado equivalente a "escritórios técnicos"
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Tabela 7 – Resultados obtidos para a Zona B
a) De acordo com a alínea c) do número 1 do artigo 10º do DL 220/2008, de 12 de Novembro
b) De acordo com a alínea e) do número 2 do artigo 51º da Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro
c) Valor retirado de "Avaliação do Risco de Incêndio - Método de Gretener"
d) Considerado equivalente a "depósitos com prateleiras metálicas"
e) Valor retirado do Quadro II do Despacho nº 2074/2009
f) Por falta de valores, considera-se um comportamento em termos de carga de incêndio equivalente aos vernizes, arbitr ando-se este valor.
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Tabela 8 – Resultados obtidos para a Zona C
a) De acordo com a alínea c) do número 1 do artigo 10º do DL 220/2008, de 12 de Novembro
b) De acordo com a alínea e) do número 2 do artigo 51º da Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro
c) Valor retirado de "Avaliação do Risco de Incêndio - Método de Gretener"d) Por falta de valores, considera-se um comportamento em termos de carga de incêndio equivalente às lixívias, arbitrando-se este valor.
e) Considerado equivalente a "depósitos com prateleiras metálicas"
f) Valor retirado do Quadro II do Despacho nº 2074/2009
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Tabela 9 – Resultados obtidos para a Zona D
a) De acordo com a alinea c) do número 1 do artigo 10º do DL 220/2008, de 12 de Novembro
b) De acordo com a alinea e) do número 2 do artigo 51º da Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro
c) Valor retirado do Quadro II do Despacho nº 2074/2009
d) Valor retirado de "Avaliação do Risco de Incêndio - Método de Gretener"
e) Considerado equivalente a "depósitos com prateleiras metálicas"
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Como é possível observar nas tabelas apresentadas nas páginas anteriores, o
compartimento que apresenta uma maior carga de incêndio é a Zona B –
Armazenamento. O valor elevado para este compartimento é resultado do
armazenamento de produtos químicos perigosos em quantidades razoáveis. Poderáser afirmado que é a zona que maior cuidado deve ter para prevenir um potencial
incêndio.
A tabela seguinte resume os resultados obtidos para a carga de incêndio e
apresenta o valor da Carga de Incêndio Modificada.
Tabela 10 – Resumo dos resultados obtidos e Carga de Incêndio Modificada
ZonaNº de
EfetivosUtilizaçãoPrincipal
Área Total Carga de
Incêndio(MJ/m2)
Carga deIncêndio
Modificada(MJ/m2)
Categoriade Riscom2 %
A 54 Administração 155,1 9,56% 1880
13991,31 3ªB 6 Armazém 243,3 14,99% 121200C 45 Industrial 615,2 37,91% 2080D 32 Industrial 609,0 37,5% 660
De acordo com o quadro X do anexo III do DL 220/2008, o edifício estudado
insere-se na 3ª Categoria de Risco pois apresenta uma Carga de Incêndio Modificada
inferior a 15 000 MJ/m2.
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CONDIÇÕES DOS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
Meios de Primeira Intervenção
De acordo com a Secção I do Despacho 2074/2009, entende-se como meios de
primeira intervenção os extintores ou rede de incêndios do tipo carretel, e ainda,
segundo o mesmo documento, todos os locais de risco C (como o caso de estudo)
devem ser equipados com extintores.
A legislação em vigor considera serem necessários 18 litros (L) de agente
extintor por 500 m2 ou um por cada 200 m2 de pavimento do piso, com o mínimo de
dois por piso. No caso estudado considerou-se a segunda condição para a
determinação da quantidade de extintores a colocar, uma vez que a sua capacidade,
em litros, não é conhecida e pode ser facilmente adaptada. Assim, a tabela seguinte
apresenta os resultados encontrados relativos ao número de extintores por zona.
Tabela 11 – Número de extintores por zona
Zona Área (m2) Nº de Extintores
A 155,1 2B 243,3 2
C 615,2 4D 609,0 4
Total 1622,6 12
No que respeita à instalação de redes de incêndio tipo carretel, estas são
necessárias para edifícios da 2ª categoria ou superiores. O edifício estudado insere-se,
como já foi anteriormente referido, na 3ª categoria, pelo que é necessária a sua
instalação. Considerou-se a colocação de um carretel nas zonas B, C e D, localizado
próximo das saídas de emergência para atuação mais segura e célere.
A localização dos meios de primeira intervenção encontra-se esquematizada na
seguinte figura.
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Extintor
Rede de Incêndios (tipo carretel)
Figura 9 – Localização Meios de Primeira Intervenção (escala 1:300)
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Meios de Segunda Intervenção
De acordo com o disposto no número 2 do artigo 168º da Secção II do
Despacho 2074/2009, os meios de segunda intervenção devem ser utilizados por
indivíduos com formação específica. O edifício em estudo deve ser servido por uma
rede húmida, sendo que esta deve ser mantida permanentemente em carga com água
proveniente de um depósito privativo do serviço de incêndios.
De forma a tornar mais fácil a instalação das redes de incêndio, assim como
facilitar o acesso a equipas de segunda intervenção, entende-se como adequado
instalar os meios de segunda intervenção no mesmo local (o mais próximo possível)
das redes tipo carretel. Desta forma, entende-se não ser necessário a colocação emoutros pontos do edifício.
Sistemas Fixos de Extinção Automática
Segundo a legislação consultada, entende-se por sistemas fixos de extinção
automática uma rede de aspersores, vulgarmente designados “sprinklers”, que têm
como objectivo a pronta extinção de um incêndio através da descarga automática de
um agente extintor.
De acordo com a mesma legislação, não existe o dever de instalação de uma
rede de sprinklers no edifício em estudo, pois este, não se enquadra com os critérios
definidos no número 1 do artigo 173º dessa mesma legislação.
No entanto, devido às actividades que decorrem nas instalações, e à natureza
produtos químicos (inflamáveis) utilizados, a sua instalação é aconselhável, apesar de
não obrigatória. No caso de se optar pela instalação dos Sistemas Fixos de Extinção
Automática, estes devem obedecer a certas condições descritas no artigo 74º do
Despacho 2074/2009.