Transcript
  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    1

    Instituto Federal de Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte

    Diretoria Acadmica de Recursos Naturais

    APOSTILA DE

    PETROGRAFIA GNEA

    AUTORES: ALEXANDRE MAGNO ROCHA DA ROCHA

    ROGERIO VIDAL NUNES BARBOSA

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    2

    NDICE

    CAPTULO I INTRODUO PETROGRAFIA GNEA

    1.1- O Magma..............................................................................................................

    1.2- Composio Qumica do Magma.........................................................................

    1.3- Processos Modificadores da Composio do Magma.........................................

    1.4- Estimativa da Composio Real do Magma.........................................................

    CAPTULO II CONCEITO DE ROCHA MAGMTICA......................................................................

    2.1- Introduo.............................................................................................................

    2.2- Ambientes de Formao das Rochas Magmticas..............................................

    2.2.1- Generalidades.......................................................................................................

    CAPTULO III MINERALOGIA DAS ROCHAS GNEAS...................................................................

    3.1- Introduo.............................................................................................................

    3.2- Formao dos Minerais em Rochas gneas.........................................................

    3.3- Principais Minerais Formadores das Rochas Magmticas ..................................

    3.3.1- Introduo.............................................................................................................

    3.3.2- Os Minerais das Rochas Magmticas...................................................................

    CAPTULO IV ESTRUTURA DAS ROCHAS GNEAS.......................................................................

    4.1- Introduo...............................................................................................................

    4.2- Estrutura das Rochas Vulcnicas...........................................................................

    4.2.1- Estrutura Devido ao Escape de Gases...................................................................

    4.2.2- Estrutura Devido a Movimentao de Lavas..........................................................

    4.2.3- Estrutura Devido ao Resfriamento Rpido das Lavas............................................

    4.3- Estrutura das Rochas Plutnicas............................................................................

    4.3.2- Ligadas a Movimentaes do Magma....................................................................

    4.3.3- Estruturas Ligadas Variao Local nas Condies de Cristalizao...................

    4.4- Forma de Descrio das Estruturas das Rochas gneas........................................

    CAPTULO V TEXTURAS DAS ROCHAS GNEAS ...........................................................................

    5.1- Introduo................................................................................................................

    5.2- Grau de Cristalinidade.............................................................................................

    5.3- Tamanho dos Cristais..............................................................................................

    5.4- Tamanho Relativo dos Cristais.................................................................................

    5.5- Grau de Visibilidade..................................................................................................

    5.6- Forma Geomtrica dos Cristais................................................................................

    5.7- Relaes de Contato entre os Cristais......................................................................

    5.8- Relaes de Posio Justa entre Cristais de Diversas Espcies Minerais...............

    5.9- Texturas Especiais em Rochas gneas.....................................................................

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    3

    CAPTULO VI CLASSIFICAO QUMICAS E MINERALGICAS DAS ROCHAS GNEAS .........

    6.1- Introduo...............................................................................................................

    6.2- Teor de Slica (acidez)............................................................................................

    6.3- Proporo entre os Tipos de Feldspatos Presentes...............................................

    6.4- ndice de Colorao.................................................................................................

    6.5- Slica Saturao....................................................................................................

    6.6- Alumina Saturao................................................................................................

    CAPTULO VII NOMENCLATURA DAS ROCHAS GNEAS................................................................

    7.1- Introduo.................................................................................................................

    7.2- O Sistema de Classificao da Subcomisso de Sistemtica das Rochas gneas...

    7.3- Regras para Proposio de uma Nomenclatura para as Rochas gneas.................

    7.4- Sistema de Classificao das Rochas Piroclsticas.................................................

    CAPITULO VIII - ANEXOS

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    4

    APRESENTAO

    O ensino das Cincias Geolgicas no Brasil sempre se defrontou com problema difcil, que o

    entendimento das lnguas estrangeiras por parte dos nossos alunos. So muito poucos os que

    conseguem familiarizar-se com a lngua inglesa e francesa somente com aulas normais, a no ser que

    estes estudem em escolas especializadas em lnguas (ex.: Yazigi, Aliana Francesa, Cultura Inglesa,

    etc.). Com base nesta afirmativa estamos propondo para este trabalho um resumo de vrios trabalhos de

    autores ingleses, americanos, franceses e russos a cerca de Petrologia/Petrografia gnea, haja vista, que

    toda est literatura disponvel, na sua maioria, est nos idiomas ingls e francs.

    importante lembrar que est apostila serve apenas para facilitar o acompanhamento do curso,

    portanto, no elimina a consulta extensa bibliogrfica disponvel sobre o assunto e os apontamentos em

    sala de aula.

    Queremos agradecer ao aluno Joo (2.31-Minerao) pela digitao deste trabalho.

    Os autores.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    5

    CAPTULO I

    INTRODUO PETROLOGIA GNEA

    1.1- O MAGMA:

    Magma uma rocha em estado de fuso. A maioria das rochas encontradas na terra comea a

    se fundir em temperaturas que variam de 600 a 1450 C, aproximadamente. A temperatura de incio

    da fuso varia de acordo com a composio da rocha, presso vigente e a presena ou no de

    componentes volteis comparados as substncias puras que se fundem numa faixa ntida de

    temperatura. A rocha sofre fuso de acordo com uma ordem de fusibilidade, os minerais mais fusveis

    assumindo o estado lquido primeiro, e os mais refratrios por ultimo, h, portanto uma ampla diferena

    de temperatura entre o ponto em que uma rocha comea a sofrer a fuso e aquele em que ela se torna

    totalmente lquida.

    De um modo geral, gelogos consideram como magma qualquer material que

    predominantemente lquido, porm, que possa conter uma proporo de cristais, derivados da

    cristalizao parcial do prprio magma ou apanhados da rocha-fonte.

    1.1- COMPOSIO QUMICA DO MAGMA:

    A grande maioria dos magmas observados possui uma composio silictica, sendo seus

    componentes principais o silcio e o oxignio. No entanto, est constatada tambm a existncia de

    magmas carbonatados, sulfetados, xido-fosfatados. Nos dois ltimos casos, ao tratar de magmas

    derivados de outros inicialmente homogneos, pode-se falar de magmas secundrios.

    Presentes nos magmas silicatados, h ainda os componentes cafmicos Ca, Fe e Mg que so

    incorporados nos minerais denominados de Mficos (ex.: Piroxnio, Anfiblios, Biotita, etc.). Os

    outros componentes, ditos Alcalinos Na, K, Al e Ti, formam os minerais Flsicos (Feldspatos,

    Muscovita, etc.). Esses componentes compem o grosso da composio das rochas, na maioria dos

    casos so tratados como elementos principais ou maiores, alm disso, h os menores, como por

    exemplo, P ou Mn e os traos.

    Existe outro grupo de componentes os chamados volteis. Estes possuem certa solubilidade

    em magmas submetidos a elevadas presses e favorecem em certos casos como modificador do

    retculo cristalino, provocando, por exemplo, um crescimento exagerado nos cristais durante a fase

    pegmattica.

    1.2- PROCESSOS MODIFICADORES DA COMPOSIO DO MAGMA:

    Prximo aos cones Vulcnicos frequente a ocorrncia de rochas de composio mineralgica e

    qumica diferente. atraente imaginar que todos os tipos de rochas se originam a partir de um nico

    magma pai, cuja composio modificada por processos fsicos e qumicos.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    6

    De um modo genrico todos os mecanismos que modificam a composio de um magma

    pretrito chamam-se DIFERENCIAO MAGMTICA. So vrios mecanismos dos quais

    destacamos os seguintes:

    a) CRISTALIZAO FRACIONADA - A base do conceito repousa no fato de que o magma

    no cristaliza em uma temperatura especfica, mas em um intervalo de temperatura e que as

    composies dos minerais cristalizados variam de acordo com esse intervalo, ou seja, as composies

    dos minerais formados podem variar continuamente pela relao com o magma em cristalizao.

    Os minerais cristalizados obedecem a uma ordem decrescente de temperatura, sendo que os

    primeiros minerais ferromagnesianos formados (Olivinas, Piroxnios) podem ser substitudos pela fase

    mais tardia (Anfiblios, Biotita) ainda em ambiente magmtico. Para os Plagioclsios, os Clcicos

    (Anortita - Labradorita) reagem continuamente para produzir tipos mais sdicos ou os termos Clcicos

    formados precocemente vo sendo envolvidos por Plagioclsios menos Clcicos (Manteamento ou

    Zonao). A sequncia dessas duas sries corresponde a Cristalizao Fracionada (ou srie de Bowen)

    e est representada pela figura 1.1. A srie de ferromagnesiana tida como descontinua, pois, envolve a

    converso de uma espcie mineral em outra, enquanto a srie do plagioclsio continua, pois aquela

    espcie mineral muda gradualmente a sua composio. Estas duas sries convergem em temperatura

    decrescente.

    Fig. 1.1 Mostra a srie de Bowen com sries contnuas e descontnuas

    A cristalizao fracionada tambm pode explicar o fato de certos minerais no coexistirem com

    outras rochas gneas, devido formao dos minerais (ex.: Olivina x Quartzo, Ortopiroxnio x Muscovita)

    em temperaturas bastante diferentes.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    7

    b) ASSIMILAO MAGMTICA - A incorporao de rochas estranhas ao magma pode

    conduzir importantes modificaes qumicas nas rochas derivadas. A cristalizao de Cordierita,

    Granada, Sillimanita, Andalusita, Estaurolita em rochas granticas, por exemplo, requer a presena de

    rochas argilosas trazidas pelo magma; Diopsdio e outros Silicatos Clcicos podem ocorrer em rochas

    granticas se rochas carbonticas forem incorporadas ao magma. Este processo de contaminao de

    magmas recebe o nome de ASSIMILAO MAGMTICA, e melhor testemunhado se ocorrem pores

    no assimiladas de tais rochas, esses corpos que escaparam da assimilao total so denominados de

    xenlitos.

    1.3- ESTIMATIVA DA COMPOSIO REAL DO MAGMA

    A composio real de um magma no pode ser determinada, podendo ser estimada apenas da

    anlise das rochas gneas resultantes do seu processo de Cristalizao: com base neste fato concluiu-se

    que as rochas gneas reconhecidas na crosta terrestre representam apenas uma mostra da composio

    do magma envolvido na formao dessas rochas. Estudos demonstram que a maioria dos magmas so

    gerados em profundidades inferiores a 100 km; por outro lado, assume-se uma composio ligeiramente

    mais bsica que a dos basaltos para a gerao daqueles magmas (em condies do Manto Superior),

    enquanto magmas cidos gerados na Crosta Superior poderiam produzir os tipos granticos

    reconhecveis.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    8

    CAPTULO II

    CONCEITO DE ROCHA MAGMTICA

    2.1- INTRODUO:

    Denomina-se de Rochas Magmticas, gneas ou Magmatitos os produtos que resultam da

    consolidao, por resfriamento, de um lquido mais ou menos pastoso, formado no interior da Terra,

    denominado de Magma. Este caracterizado por sua elevada temperatura, natureza silicatada,

    composio complexa e relativa mobilidade devido presena dos volteis (GASES) tais como CO2,

    SO2, H2, HF, HB, HCl e principalmente H2O.

    2.2- AMBIENTES DE FORMAO DAS ROCHAS MAGMTICAS:

    2.2.1- GENERALIDADES:

    Como j ficou exposto, as Rochas gneas resultam da consolidao do Magma que se forma no

    interior da Crosta terrestre ou nas partes superiores do Manto, onde ocupa determinado espao

    denominado de CMARA MAGMTICA.

    A migrao do Magma denominada de expulso, efuso, extruso, ou erupo quando este

    atinge a superfcie terrestre origina as rochas vulcnicas. As rochas vulcnicas atingem a superfcie

    terrestre atravs de fraturas que iniciam na cmara magmtica. Os magmas cristalizados nos condutos

    originam as rochas hipoabissais. Em oposio s rochas vulcnicas, que se consolidam fora da cmara

    magmtica original, os produtos da cristalizao desta so denominados de Rochas Plutnicas.

    O ambiente de formao reflete-se diretamente na nomenclatura das Rochas gneas. Como por

    exemplo, Rochas compostas por Labradorita (tipo de Plagioclsio Clcico) e Clinopiroxnios so

    designadas de Gabros, Diabsios, e Basaltos, sendo respectivamente, Rochas Plutnicas, hipoabissais

    e vulcnicas.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    9

    CAPTULO III

    MINERALOGIA DAS ROCHAS GNEAS

    3.1- INTRODUO:

    A cristalizao das Rochas Plutnicas, hipoabissais e Vulcnicas ocorre em ambientes

    geolgicos distintos, caracterizados por condies especificas, a saber:

    a) - ROCHAS PLUTNICAS - Cristalizam-se no interior da Crosta Terrestre, geralmente

    em grandes profundidades, sob elevadas presses e temperatura ambiente elevada.

    b) - ROCHAS VULCNICAS - Consolidam-se sobre a superfcie terrestre, sob condies

    de baixa temperatura ambiental e baixa presso.

    c) ROCHAS HIPOABISSAIS - Cristalizam-se em fraturas que irradiam da cmara

    Magmtica e nos condutos que unem a cmara Magmtica com a superfcie terrestre.

    As condies fsicas de consolidao refletem-se na rocha atravs de feies caractersticas,

    quer no nvel de seus cristais (textura), quer no aspecto geral da rocha (estrutura), na configurao dos

    corpos rochosos (forma) bem como na sua mineralogia.

    3.2- FORMAO DE MINERAIS EM ROCHAS GNEAS:

    As Rochas Magmticas so formadas por agregados de cristais que se formam sucessivamente,

    por cristalizao, no decorrer do resfriamento do Magma. Se o resfriamento for muito rpido, parte do

    Magma consolidar-se- sob forma de vidro. A composio e/ou a estrutura dos cristais formados

    depende da composio do Magma, da sua temperatura, da presso externa que age sobre o Magma e

    da presso interna que corresponde presso exercida pelos gases nele dissolvidos, representados

    principalmente pela gua.

    Consideramos a influncia dos diversos fatores mencionados:

    a) COMPOSIO DO MAGMA - obvio que, por exemplo, o mineral Quartzo (SiO2) s

    poder cristalizar-se a partir de um Magma rico em slica, sendo impossvel a sua formao a partir de

    magmas ou lavas muito pobres neste xido. Um magma grantico originar uma rocha com cerca de

    15% a 20% de quartzo, mineral este ausente em rochas Baslticas.

    b) TEMPERATURA DO MAGMA - Ainda considerando o Quartzo, a partir de lavas muito

    quentes, cristalizar a variedade de alta temperatura (Quartzo Hexagonal), enquanto a partir de lavas e

    Magmas mais frios ocorrer a cristalizao da variedade de baixa temperatura (Quartzo Trigonal). Em

    condies de temperatura excepcionalmente elevadas poder, inclusive ocorrer cristalizao de

    Tridimita ou mesmo Cristobalita.

    c) PRESSO EXTERNA - A formao de diversos minerais depende da presso que est

    agindo sobre o Magma durante a sua cristalizao. No caso de cmaras magmticas profundas esta

    presso representada pelo peso das rochas sobrejacentes a mesma. Quanto mais perto da superfcie

    ocorrer cristalizao menor ser, portanto a presso que age durante este processo. Como exemplo da

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    10

    influncia da presso, cita-se o caso da Leucita que s cristaliza nas rochas Vulcnicas e Hipoabissais,

    sendo, portanto, um mineral de baixa presso e consequentemente ausente nas Rochas Plutnicas.

    d) PRESSO DE GUA - A formao de Anfiblios e Micas envolve a incorporao de

    gua em sua estrutura. Num Magma anidro, isto , com baixa quantidade de gua no poder ocorrer

    formao destes minerais, s presente em rochas formadas sob elevadas presses de gua. No caso de

    Magmas Anidros em lugar dos Anfiblios ocorrer formao de Piroxnios, minerais de composio

    qumica semelhante, porem isentos de gua.

    3.3- PRINCIPAIS MINERAIS FORMADORES DAS ROCHAS MAGMTICAS:

    3.3.1- INTRODUO:

    A identificao dos minerais em Rochas Plutnicas bem mais fcil devida granulao grossa.

    Nas Rochas Vulcnicas a identificao mineralgica s possvel quando da existncia de PRFIROS

    ou FENOCRISTAIS. Os resultados obtidos nas Rochas Vulcnicas no podem ser inteiramente

    conclusivos, haja vista, algumas vulcnicas apresentarem-se totalmente Africas (sem Prfiros visveis).

    As observaes dos minerais devem ser feitas em condies de boa luminosidade e em fraturas de

    amostras no intemperizadas. O estudante deve dispor de um canivete (dureza 5,5 na escala de MOHS)

    de uma lupa com aumento de 10 X para a sua anlise mineralgica.

    3.3.2- OS MINERAIS DAS ROCHAS MAGMTICAS:

    Os minerais constituintes das Rochas Magmticas so divididos em dois grupos: os essenciais e

    os acessrios. Minerais essenciais so os que ocorrem em grandes quantidades na rocha, sendo

    empregados na sua classificao.

    Nas rochas gneas ocorrem tambm os minerais secundrios que se formam ou pela ao do

    intemperismo sobre os minerais essenciais e acessrios, tambm denominados primrios, ou resultam

    da deposio de material por solues que percolam a rocha gnea aps sua consolidao. Os principais

    minerais secundrios so Clorita, Calcita e Serpentina.

    Os principais minerais essenciais so constitudos por Silicatos e os acessrios quase sempre

    xidos e Fosfatos.

    Os Principais minerais essenciais formadores das Rochas gneas so estes:

    MINERAIS

    Rochas

    vulcnicas e

    hipoabissais

    anidras

    Rochas

    vulcnicas e

    hipoabissais

    hidratadas

    Rochas

    plutnicas

    anidras

    Rochas

    plutnicas

    hidratadas

    QUARTZO //////////////////////// /////////////////////// //////////////////////// ////////////////////////

    SANIDINA //////////////////////// /////////////////////// //////////////////////// _____________

    ANORTOCLSIO //////////////////////// /////////////////////// _____________ _____________

    ORTOCLSIO _____________ //////////////////////// ////////////////////////

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    11

    PLAGIOCLSIO //////////////////////// /////////////////////// //////////////////////// ////////////////////////

    LEUCITA //////////////////////// /////////////////////// _____________ _____________

    NEFELINA //////////////////////// /////////////////////// //////////////////////// ////////////////////////

    SODALITA //////////////////////// /////////////////////// _____________ ////////////////////////

    ORTOPIROXNIO _____________ /////////////////////// //////////////////////// ////////////////////////

    AUGITA //////////////////////// /////////////////////// //////////////////////// ////////////////////////

    PIGEONITA //////////////////////// /////////////////////// _____________ _____________

    AEGIRINA //////////////////////// /////////////////////// //////////////////////// ////////////////////////

    ANFIBLIOS _____________ /////////////////////// _____________ ////////////////////////

    BIOTITA _____________ /////////////////////// _____________ ////////////////////////

    MUSCOVITA _____________ /////////////////////// _____________ ////////////////////////

    OLIVINA //////////////////////// /////////////////////// //////////////////////// ////////////////////////

    Os principais minerais acessrios so:

    XIDOS => Magnetita, Ilmenita, Hematita, Cromita, Rutilo, etc.

    SULFETOS => Pirita e Pirrotita.

    FOSFATOS => Apatita.

    SILICATOS => Zirco, Granada, Titanita.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    12

    CAPTULO IV

    ESTRUTURAS DAS ROCHAS GNEAS

    4.1- INTRODUO:

    Denomina-se de Estrutura, as feies globais apresentadas pelas rochas sem levar em

    considerao a natureza dos seus constituintes mineralgicos. As estruturas refletem, as condies nas

    quais ocorreu a consolidao Magmtica, de acordo com o nvel de observao estas feies so

    classificadas em mega-estruturas quando visveis em afloramentos, mapas ou fotografias areas

    (exemplo: Diclases); macro-estruturas, quando so caracterizadas em amostras de mo (ex.: estrutura

    vesicular) e micro-estruturas quando so visveis apenas com o auxilio de uma lupa ou microscpio (ex.:

    estrutura micro-brechada).

    Destacamos:

    4.2- ESTRUTURAS DAS ROCHAS VULCNICAS:

    As estruturas das rochas vulcnicas retratam as principais caractersticas da consolidao das

    lavas, dadas por resfriamento rpido acompanhado por frequente movimentao (corridas de lava) e

    intenso escape de gases liberados pela rpida descompresso sofrida pelo Magma na sua ascenso

    rumo superfcie terrestre. Entre as principais estruturas destacamos:

    4.2.1- ESTRUTURA DEVIDO AO ESCAPE DE GASES:

    a) ESTRUTURA VESICULAR - Resulta da consolidao rpida de lavas contendo bolhas

    de gases formados pela descompresso do Magma durante a sua ascenso superfcie terrestre. As

    vesculas ostentam formas irregulares, arredondadas ou alongadas e suas dimenses oscilam entre

    milmetros e decmetros. (Fig. 4.1).

    Fig. 4.1 Estrutura vesicular em rocha vulcnica de composio Basltica

    Vesculas

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    13

    b) ESTRUTURA CELULAR - caracterizada para algumas pedras Pmices, tratando-se de

    uma variedade de estrutura vesicular. formada por vesculas alongadas.

    Fig. 4.2 - Estrutura celular em um basalto

    c) ESTRUTURA ESCORICEA - As vesculas predominam com relao matriz da rocha,

    originando uma Rocha de aspecto bastante poroso, semelhante a uma escria. (Fig. 4.3)

    Fig. 4.3 Estrutura escoricea em Rocha Vulcnica

    d) ESTRUTURA AMIGDALOIDAL - uma estrutura vesicular na qual a maioria das

    vesculas acha-se parcial ou totalmente preenchidas por material secundrio, tal como, Zelitas, Cloritas,

    Calcita, Quartzo, Calcednia, etc.

    Fig. 4.4 Estrutura Amigdaloidal em Rocha Vulcnica do tipo Andesito.

    4.2.2- ESTRUTURA DEVIDO A MOVIMENTAO DE LAVAS:

    a) ESTRUTURA FLUIDAL - Como indica o prprio nome, uma estrutura que retrata

    vestgios do fluxo da lava durante a sua consolidao. Esta movimentao pode ser expressa na rocha

    de varias maneiras:

    Por meio de cristais tabulares, colunares e aciculares isso-orientados pelo fluxo. (Fig. 4.5)

    Atravs de vesculas ou amgdalas alongadas e iso-orientadas segundo seu eixo maior. (Fig.

    4.5)

    Atravs de fragmentos alongados incorporados pela lava durante sua corrida e disposto

    paralelamente ou subparalelamente. (Fig. 4.5).

    Vesculas

    Vesculas

    Vulcnica

    Amgdala preenchida

    por calcita

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    14

    Por meio de um fino bandamento milimtrico a decimtrico que representa o contato entre as

    diversas lminas de fluxo que se deslocam com velocidade diferencial. As diversas lminas

    exibem, em numerosos casos, cor, granulao e grau de cristalinidade totalmente diferente.

    b) BRECHA DE DERRAME - uma estrutura frequente no topo de derrames, parte inicial a sofrer

    consolidaes. A crosta externa, rgida, quando relativamente fina, pode sofrer fragmentao quando

    forada pela parte interna ainda inconsolidada do derrame, sendo englobada pela mesma. Resulta

    em uma mistura de fragmentos angulosos englobado em uma matriz fina densa. (Fig. 4.7).

    Fig. 4.7 estrutura de Brecha de derrama em lavas baslticas.

    c) ESTRUTURA EM BLOCOS - Designada no Hava de estrutura a - a. uma variedade de brecha

    de derrame. Espessas Crostas externas de derrames possantes so fragmentadas e envolvidas pelo

    material subjacente ainda fluido. O nmero e as dimenses dos fragmentos so tais que mascaram

    completamente o carter original do derrame resultando, na aparncia, apenas num amontoado

    catico de blocos irregulares.

    d) ESTRUTURA CORDADA - Designada no Hava de Pa Hoe Hoe. Corridas de lavas em terrenos

    mais ou menos acidentados sofrem uma subdiviso em numerosos e delgados Riachos de lava

    que, ao despencarem de desnveis, dado o seu aspecto pastoso, se amontoam como se fossem

    novelos irregulares de cordas, semelhana de uma massa de bolo que escorre de uma colher

    quando se faz o teste do ponto da massa.

    Amgdala

    Gnaisse

    Plagioclsio

    Fig. 4.5 Basalto com cristais, Amgdalas e

    fragmentos de rochas orientados.

    Fig. 4.6 Andesito exibindo fino bandamento milimtrico.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    15

    4.2.3- ESTRUTURAS DEVIDO AO RESFRIAMENTO RPIDO DE LAVAS:

    a) DICLASES/FRATURAS - So fraturas de alvio de tenso resultantes de concentrao

    de lava durante seu resfriamento. Um conjunto de Diclases resulta em uma Disjuno colunar. As

    colunas apresentam seces Basais Hexagonais, se bem que no faltam formas pentagonais.

    Fig. 4.8 Disjunes colunares e Basaltos

    b) FRATURA CONCHOIDAL - As Rochas Vulcnicas frequentemente ostentam planos de

    fatura cncavos lembrando uma concha. A intensidade das fraturas conchoidais aumenta com o teor em

    vidro, atingindo seu desenvolvimento mximo nos vidros Vulcnicos.

    c) ESTRUTURA EM ALMOFADA (PILLOW LAVA) - Resulta de derrames de lavas em

    ambientes subaquticos. A estrutura assemelha-se a um amontoado de bolas de encher inflada com

    dimenses decimtricas a mtricas.

    d) ESTRUTURA MACIA - a estrutura ostentada por rochas homogneas, macias, sem

    sinais ou caractersticas particulares que chamem a ateno do observador.

    e) ESTRUTURAS ESFERULTICAS - So pequenas esfrulas formadas por agregados de

    cristais de disposio radial divergente que crescem a partir de um centro comum, o centro da esfrula.

    As dimenses das esfrulas variam entre milmetros a centmetros e o seu nmero por unidade de rocha

    altamente varivel. As esfrulas geralmente ocorrem em rochas predominantemente vtreas. (Fig. 4.9).

    Fig. 4.9 Estrutura esferultica em Basalto.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    16

    4.3 - ESTRUTURA DAS ROCHAS PLUTNICAS:

    As estruturas mega e microscpicas das rochas plutnicas so menos numerosas que as rochas

    efusivas, dado que a consolidao de magmas, principalmente os profundos, no acompanhada pela

    liberao rpida de gases nem por intensa movimentao.

    Entre as principais estruturas das rochas intrusivas destacam-se:

    a) DICLASES/FRATURAS - A granulao grossa das rochas plutnicas reflete-se em

    Diclases mais espaadas, sendo comuns intervalos de alguns metros. Os grandes cubos ou

    paraleleppedos determinados pela interseco de Diclases horizontais e verticais, ao sofrerem ao do

    intemperismo, originam grandes blocos mais ou menos arredondados e denominados mataces,

    particularmente frequente em reas granticas.

    b) ESTRUTURA MACIA - a estrutura predominante das rochas plutnicas, normalmente

    homognea, denotando um resfriamento lento, homogneo, e desprovido de movimentao. (Fig. 4.10).

    Fig. 4.10 Granito Porfirtico com estrutura macia.

    4.3.2 - LIGADAS MOVIMENTAO DO MAGMA:

    a) ESTRUTURA XENOLTICA - Um magma ao alojar-se nas rochas hospedeiras exerce

    esforos sobre as mesmas. Os fragmentos arrancados so englobados pelo magma e constituem os

    Xenlitos (Grego: estranho + rocha). Rochas contendo Xenlitos ostentam estrutura xenoltica

    (Fig.4.11).

    Fig. 4.11 Granito fino com Xenlitos de Biotita Gnaisse

    b) BORDA DE REAO - O magma pode digerir parcialmente os xenlitos englobados,

    num processo denominado de assimilao. A incorporao de parte dos componentes dos xenlitos ao

    magma, os seus contatos tornam-se maior ou menor escala gradativos ou difusos, ao mesmo tempo em

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    17

    que os fragmentos tendem assumir formas arredondadas (Fig. 4.12). A BORDA DE REAO se forma

    quando da reao entre xenlitos e magma, com formao de novos minerais envolvendo o xenlito

    (Fig. 4.13).

    Fig. 4.12 Granito fino com xenlitos (Gnaisse em

    processo inicial de assimilao)

    Fig. 4.13 - Granito com estrutura de Borda de

    Reao

    c) ESTRUTURA DE FLUXO (BANDAMENTO DE FLUXO) - Ocorre junto s Bordas das

    Intruses, onde o resfriamento magmtico mais rpido, podendo ficar preservadas evidncias da

    movimentao do magma invasor. Esta movimentao evidenciada tanto por um alinhamento dos

    minerais quanto pela orientao de Schlieren e Xenlitos (Fig. 4.14 e 4.15).

    Fig. 4.14 Granito Porfirtico com estrutura de

    bandamento de fluxo, ostentada pela orientao

    de cristais tabulares de K-Feldspatos.

    Fig. 4.15 Granito com estruturas Xenoltica Schlieren e

    bandamento de fluxo.

    d) ESTRUTURA BANDADA - As rochas exibem bandas, de espessura e composio

    varivel. A estrutura resulta da cristalizao rtmica de certos minerais preferenciais e principalmente

    durante a consolidao de magmas ultrabsicos (Fig. 4.16).

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    18

    Fig. 4.16 Estrutura bandada evidenciada pela alternncia sucessiva de leitos dniticos com Cromticos.

    4.3.3 ESTRUTURAS LIGADAS VARIAO LOCAL NAS CONDIES DE CRISTALIZAO:

    a) ESTRUTURA ORBICULAR - Caracterizada pela ocorrncia de formas bandadas

    concntricas, arredondadas ou ovaladas, com dimenses centimtricas e decimtricas, denominadas de

    orbculos. estrutura frequente em tipos diorticos e granticos.

    b) ESTRUTURA MIAROLTICA - A rocha caracterizada pela presena de cavidades com

    dimetros de alguns centmetros e decmetros, revestidas ou preenchidas por cristais eudricos com

    dimenses maiores que as dos cristais da rocha envolvente do Miarolo. A natureza dos cristais

    contidos no Miarolo a mesma dos cristais constituintes da rocha. (Fig. 4.17)

    Fig. 4.17 Granito fino com cavidades Miarolticas, as quais so preenchidas por cristais de

    quartzo.

    c) ESTRUTURA SCHILIEREN - Visvel apenas em nvel de afloramento, nas proximidades

    de contatos de rochas plutnicas com encaixantes. produto da fase final de assimilao de um

    xenlito, normalmente ostentada por uma concentrao de minerais mficos. (Fig. 4.15).

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    19

    4.4 - FORMA DE DESCRIO DAS ESTRUTURAS DAS ROCHAS GNEAS:

    A descrio de estruturas deve ser a mais completa possvel, fornecendo o mximo de

    informaes. Numa estrutura amigdaloide devem ser mencionadas s formas e dimenses das

    vesculas, sua frequncia relativa, distribuio (homognea e heterognea), e disposio (catica ou

    orientada). Mencionar o seu grau de preenchimento, a natureza do material e sua disposio (radial

    concntrica e em camadas). Numa estrutura de juntas deve ser analisado o seu espaamento e

    caracterizado os diversos sistemas. Deve ser observada a presena de material secundrio sobre os

    planos e descrito a sua natureza e disposio. Mencionar a influncia dos diversos sistemas de juntas

    como via de penetrao dos agentes do intemperismo. Havendo a formao de mataces, descreva

    suas dimenses, grau de arredondamento e alterao, ocorrncia de acebolamento, sinais de

    deslocamento, etc. No caso da disjuno colunar deve ser assinado altura e dimetro das colunas, as

    suas formas basais e atitude de seu eixo maior. Numa estrutura bandada deve ser mencionada a

    espessura e persistncia das diversas bandas, bem como sua forma (tabulares, dobradas, irregulares),

    contatos (bruscos ou gradacionais) e s vezes na cor, composio e granulometria. Uma estrutura

    xenoltica requer a descrio da forma e dimenses dos fragmentos, a sua frequncia, natureza,

    litolgica e contatos (ntidos, difusos, borda de reao, etc.).

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    20

    CAPTULO V

    TEXTURAS DAS ROCHAS GNEAS

    5.1 - INTRODUO

    As rochas magmticas so formadas pela aglutinao de unidades fundamentais, predominante

    cristalinas (minerais) e/ou, mais raramente, amorfas (material vtreo), semelhana de um jogo de

    quebra cabeas tridimensional. As diversas unidades fundamentais diferem entre si quando a estrutura,

    dimenses absolutas, dimenses relativas, forma, disposio, etc. Denominam-se TEXTURAS as

    feies de uma rocha determinada pela anlise global das principais caractersticas (estrutura interna,

    dimenses, forma, etc.) de suas unidades fundamentais constituintes, bem como relaes que estas

    aguardam entre si (Disposio espacial relativa, relaes de contato).

    Os principais aspectos texturais das rochas magmticas sero vistos nos itens a seguir.

    5.2- GRAU DE CRISTALINIDADE

    O magma no se consolida de uma s vez e sim paulatinamente, no decorrer da contnua queda

    de temperatura. Os diversos minerais no cristalizam, pois de uma s vez e sim de acordo com a

    sequncia definida, denominada de serie de cristalizao de BOWEN (Fig. 1.1).

    No caso de magmas profundos (gerador de rochas plutnicas), o resfriamento muito lento, no

    devido ao elevado calor reinante nas profundezas da crosta terrestre, mas tambm em funo da m

    condutibilidade trmica das rochas encaixantes. H, portanto, tempo suficiente para que todo o magma

    transforme-se em cristais. Ao contrrio, as lavas sofrem um resfriamento rpido, pois consolidam nas

    baixas temperaturas da superfcie terrestre e em contato com a gua ou ar, bons condutores de calor.

    Em consequncia, grande parte ou mesmo a totalidade da lava transportada em material vtreo.

    Com base nas propores relativas de cristais versus material vtreo, proposta a seguinte

    classificao:

    a) ROCHAS HOLOCRISTALINAS - Rochas formadas exclusivamente por cristais.

    b) ROCHAS HOLOVTREAS - Rochas formadas exclusivamente por material vtreo.

    c) ROCHAS HIPOCRISTALINAS - Rochas em que a proporo de cristais supera a frao

    amorfa.

    d) ROCHAS HIPOHIALINAS - Rocha em que a frao vtrea supera a parte cristalina.

    5.3- TAMANHO DOS CRISTAIS

    Como a cristalizao um processo lento ao ponto de um resfriamento rpido impedir a

    transformao da pasta magmtica em material cristalino, conclui-se que quanto mais lento for o

    resfriamento do magma, maior ser o tempo disponvel para o crescimento e desenvolvimento dos

    cristais.

    O tamanho dos cristais de uma rocha expresso por sua granulometria, sendo esta a

    classificao (tabela 5.1):

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    21

    TEXTURA GRANULOMETRIA

    GIGANTE

    MUITO GROSSA

    GROSSA

    MDIA

    FINA

    DENSA

    VTREA

    10 cm

    3 10 cm

    1 3 cm

    1 10 mm

    0,1 1 mm

    0,05 0,1 mm

    0

    TABELA 5.1 Limites numricos das diversas classes granulomtricas das rochas magmticas.

    5.4 TAMANHO RELATIVO DOS CRISTAIS

    Durante a cristalizao de um magma inicia-se a formao dos primeiros cristais no interior da

    cmara magmtica que iro aumentar sucessivamente de tamanho com o progressivo resfriamento. Se

    em um dado momento estiver agindo um mecanismo geolgico que permita a ascenso do magma para

    os nveis superiores da crosta terrestre (subsuperfcie) ou mesmo o extravasamento, a frao magmtica

    ainda lquida ir sofrer um resfriamento rpido e muito rpido, originando uma massa fina at vtrea. Esta

    denominada de matriz, recebem a designao de fenocristais ou prfiros.

    Com base na relao da matriz e prfiros, tem-se a seguinte classificao:

    a) EQUIGRANULAR - Os cristais apresentam aproximadamente dimenses iguais.

    b) INEQUIGRANULAR - As dimenses entre os prfiros e a matriz diferem, mas no

    diferem substancialmente de tamanho.

    c) VITROFIRTICA - composta de prfiros imersos em uma matriz vtrea, textura

    frequentemente encontrada em rochas vulcnicas.

    d) PORFIRTICA - composta de prfiros imersos em uma matriz fina a mdia. Esta

    textura exclusiva de rochas plutnicas.

    e) AFIRTICA - composta por uma matriz vtrea at fina, com ausncia de prfiros.

    f) GLOMEROPORFIRTICA - Quando os cristais ocorrem aglutinados, constituindo ilhas

    de prfiros imersas em uma matriz vtrea at fina.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    22

    5.4- GRAU DE VISIBILIDADE

    O grau de visibilidade de uma rocha definido pela quantidade de material cristalino identificvel

    vista desarmada. Este conceito est, pois, na dependncia do grau de cristalinidade e do tamanho dos

    cristais. As rochas apresentam, segundo o critrio de visibilidade, as seguintes texturas:

    a) FANERTICA - Denomina-se para as rochas que possuem material cristalino identificvel

    vista desarmada, implicando em uma rocha holocristalina de granulao fina a gigante,

    b) AFANTICA - Nas rochas com textura afantica o material cristalino no pode ser

    identificvel vista desarmada. Correspondem s rochas vtreas e s rochas hipocristalinas e

    hipovtreas de granulao densa.

    c) SUBFANERTICA - denominada quando uma poro da rocha constituda por

    material cristalino visvel vista desarmada, coexistindo com uma frao afantica. Corresponde s

    rochas porfirticas, hipocristalinas e hipovtreas de matriz densa ou fina.

    5.5- FORMAS GEOMTRICAS DOS CRISTAIS:

    Quanto a sua forma geomtrica, os minerais constituintes das rochas so classificados em:

    a) EUEDRAIS - So os minerais cuja forma externa delineada totalmente ou quase

    integralmente por faces cristalinas. Geralmente os minerais euedrais so os primeiros a cristalizar,

    dispondo, portanto do espao suficiente para desenvolvimento de uma forma cristalina perfeita.

    b) SUBEDRAIS - So minerais cuja forma externa apenas parcialmente delimitada por

    faces cristalinas.

    c) ANEDRAIS - So minerais cuja forma externa mostra-se totalmente ou quase totalmente

    desprovidas de faces cristalinas. So via de regra, os ltimos minerais a serem formados, ocupando os

    interstcios irregulares entre os minerais previamente cristalizados.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    23

    De acordo com o predomnio dos cristais euedrais, subedrais ou anedrais, as texturas das

    rochas magmticas so classificadas em:

    a) PANIDIOMRFICAS - Predomnio de cristais euedrais.

    b) HIPIDIOMRFICAS - Predomnio de cristais subedrais.

    c) ALOTRIOMRFICAS - Predomnio de cristais anedrais.

    Entre as Rochas Plutnicas predominam texturas hipidiomrficas e alotriomrficas sendo raras

    as panidiomrficas. Nas rochas porfirticas os fenocristais ostentam geralmente formas euedrais e

    anedrais.

    A forma geomtrica dos cristais no deve ser confundida com seu hbito, ou seja, a forma

    caracterstica ostentada pelos cristais. Esta pode ser granular, tabular, amebode, prismtico, acicular e

    colunar.

    5.6- RELAES DE CONTATO ENTRE OS CRISTAIS:

    Cada cristal constituinte de uma rocha exibe contatos ntimos com seus vizinhos, originando uma

    trama extremamente forte ao ponto, das rochas magmticas serem caracterizadas por sua grande

    resistncia desagregao.

    As superfcies de contato entre os minerais podem ser planas ou irregulares, sendo que no

    primeiro caso fala-se em contatos por justaposio e no segundo por interpenetrao.

    a) TEXTURA POR JUSTAPOSIO - Quando uma rocha apresenta um contato por

    justaposio, sendo ela monominerlica, exibe uma textura tipo mosaico.

    b) TEXTURA POR INTERPENETRAO - Quando os cristais apresentam contornos

    bastantes irregulares, diz-se que apresentam texturas serrilhada, denteada, ou saracodal. Quando os

    contatos apresentam reentrncias bastante sinuosas fala-se em textura lobulada.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    24

    5.7- RELAES DE POSIO JUSTA ENTRE CRISTAIS DE DIVERSAS ESPCIES MINERAIS:

    a) TEXTURA INTERSTICIAL - caracterizada pela ocorrncia de uma espcie mineral

    cujos cristais, geralmente tabulares, formam uma malha irregular fechada cujos interstcios so

    ocupados por cristais anedrais de uma ou outra espcie mineralgica.

    b) TEXTURA SUBOFTICA - comum em Diabsios e Gabros, tratando-se de uma

    variedade de textura intersticial. Nesta textura os Plagioclsios subedrais ripiformes (formas alongadas)

    constituem uma malha fechada na qual cada interstcio ocupado por um gro de Piroxnio. Quando

    cada interstcio ocupado e comitantimente por vrios grozinhos de Piroxnio caracterizada a textura

    intergranular.

    c) TEXTURA OFTICA - Tambm comum em Gabro e Diabsios. A textura formada por

    grandes cristais de Piroxnios que englobam as ripas de plagioclsio que formam uma malha aberta, na

    qual boas partes das ripas no se tocam mutualmente. Est textura e a suboftica s bem observado

    nas rochas levemente alteradas j nestas condies o feldspato torna-se esbranquiado, destacando-se

    ao Piroxnio.

    d) TEXTURA GRANULAR - Os cristais constituintes da rocha so anedrais,

    equidimensionais e arredondados comum em alguns tipos de Granitos, Dioritos, Gabros, etc.

    e) TEXTURA PEGMATTICA - caracterizada pelo intenso crescimento dos cristais

    constituintes da rocha, de granulao muito varivel.

    f) TEXTURA GRFICA - Nesta textura ocorre um intercrescimento orientado entre quartzo

    e feldspato, lembrando vagamente antigas escritas cuneiformes. Este tipo de textura geralmente ocorre

    em pegmatitos e alguns Granitos.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    25

    5.8- TEXTURAS ESPECFICAS EM ROCHAS GNEAS:

    a) TEXTURA MIRMEQUTICA - Intercrescimento do quartzo com plagioclsio Albita.

    frequente em rochas granticas, s que o nvel de ocorrncia microscpico.

    b) TEXTURA SIMPLETICA - Intercrescimento vemiforme das fases minerais por

    cristalizao simultnea de ambas. (fig. 5.1).

    c) TEXTURA EM COROA - Desenvolvida por reao de um mineral com uma matriz de

    rocha. Os produtos de reao se dispe em forma de coroa no cristal pretrito (fig. 5.1).

    d) TEXTURA POIQUILTICA - Defina por cristais de grande tamanho quando apresentam

    numerosas incluses de outros cristais da matriz. (Fig. 5.1)

    e) TEXTURA PERTTICA - Se origina pelo intercrescimento simultneo entre cristais de K-

    feldspatos, com Plagioclsio Albita. O termo pertita usado quando o K-feldspato > Albita o termo

    mesopertita, utilizado quando K-feldspato = Albita e antipertita quando a fase Albita dominantemente.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    26

    f) TEXTURA RAPAKIVI - utilizado o termo Rapakivi quando existe um K-feldspato com

    borda de Albita e o termo Antirapakavi quando ocorre o inverso. (Fig. 5.1).

    g) ZONAO - Registra os vestgios da mudana contnua na composio de um cristal.

    marcado por linhas paralelas as faces dos cristais. (Fig. 5.1).

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    27

    CAPTULO VI

    CLASSIFICAO QUMICAS E MINERALGICAS DAS ROCHAS GNEAS

    6.1 INTRODUO:

    As rochas resultam da consolidao dos magmas de composio complexa e variada que se

    reflete na mineralogia das rochas resultantes. Em consequncia, um agrupamento das rochas gneas em

    funo das caractersticas qumicas principais dos magmas que lhes deram origem pode ser feito de

    duas maneiras:

    a) Pela utilizao da anlise qumica das rochas;

    b) Pelo estudo dos tipos e das propores de alguns minerais constituintes das rochas que

    melhor refletem as principais caractersticas qumicas dos magmas que lhes deu origem entre os

    principais aspectos, destacamos:

    6.2 TEOR EM SLICA:

    Como o magma essencialmente uma pasta silictica, o teor em slica (SiO2) das rochas gneas

    so agrupadas da seguinte forma:

    ROCHA (ACIDEZ) TEOR DE SiO2 (%) PLUTNICO VULCNICO

    CIDA > 65 Granito Riolito

    INTERMEDIRIA 65 52 Diorito Andesito

    BSICA 52 45 Gabro Basalto

    ULTRABSICA < 45 Peridotito Picrito

    O teor exato de Slica de uma rocha s pode ser obtido atravs de uma anlise qumica.

    Entretanto, a acidez pode ser estimada pelo exame da composio mineralgica da rocha. Rochas

    cidas contm minerais ricos em SiO2 , caso do Quartzo, K-feldspato, Plagioclsio Sdico. Rochas

    Bsicas e Ultrabsicas so constitudas de minerais pobres em Slica, caso das Olivinas, Piroxnios,

    Plagioclsios Clcicos, Anfiblios, Biotita e etc.

    6.3 PROPORO ENTRE OS TIPOS DE FELDSPATOS PRESENTES:

    De acordo com as quantidades relativas de K-feldspato (Ortoclsio, Microclina, Sanidina) e

    Plagioclsios presentes nas Rochas Magmticas, as mesmas so agrupadas segundo o quadro abaixo:

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    28

    ROCHA K-FELDSPATO/PLAGIOCLSIO PLUTNICO VULCNICO

    POTSSICA KF > PL Granito Riolito

    CLCIO -

    POTSSICA K-F = PL Monzogranito Traquiandesito

    SDICO

    CALCICA* K-F NaAlSi3 O8 (Albita)

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    29

    A cristalizao do Quartzo, forma pura de slica, s possvel quando no h mais ctions a ser

    neutralizado sob forma de silicato. Trata-se, portanto, de um mineral que s ocorre em rochas formadas

    a partir de magmas com excesso de slica em relao aos ctions metlicos.

    A classificao das Rochas gneas quanto a Slica Saturao o seguinte: (Fig. 6.6)

    ROCHA QUANTO A

    SLICA-SATURAO MINERAIS

    EXEMPLOS

    Plutnicos Vulcnicos

    SUPERSATURADA Quartzo minerais

    saturados

    Granito Riolito

    Granito-Garnodiorito Dacito

    SATURADA S minerais saturados Sienito Traquito

    Piroxenito Augitito

    INSATURADA

    Minerais saturados e

    insaturados Olivina Gabro Olivina Basalto

    S minerais insaturados Dunito Sem

    correspondente

    6.6 ALUMINA SATURAO:

    Denomina-se de Alumina-Saturao as diferentes relaes entre a proporo molecular de

    Alumina (Al2O3) e as propores moleculares de Na2O, K2O, CaO nas Rochas Magmticas.

    Quanto Alumina-Saturao as Rochas Magmticas so classificadas em 4 grupos:

    a) ROCHAS PERALUMINOSAS - Nestas, a proporo molecular de Al2O3 supera a soma

    das propores moleculares de Na2O + K2O + CaO. O excesso de Al2O3, aps a formao de minerais

    dos feldspatos e/ou feldspatides entrar na formao de minerais aluminosos tais como Muscovita,

    Biotita, Cordon, Turmalina, Topzio e Granadas Almandina e Esperssatita. Este grupo inclui os Granitos

    e alguns Sienitos.

    b) ROCHAS METALUMINOSAS - Nestas, a proporo molecular de Al2O3, supera a soma

    de Na2O + K2O, mas inferior soma das propores moleculares de Na2O + K2O + CaO mesmo assim

    algum Al2O3 incorporado aos minerais escuros, tais como, Hornblenda e Epidoto em Dioritos.

    c) ROCHAS SUBALUMINOSAS - Nestas, a proporo molecular de Al2O3

    aproximadamente igual a soma das propores de Na2O, K2O e CaO. Neste caso os

    Feldspatos/Feldspatides se fazem acompanhar de minerais Ferro-Magnesianos isentos de alumina,

    caso das Olivinas, Orto e Clinopiroxnios. o caso dos Gabros (Plagioclsios + Clinopiroxnios), Noritos

    (Plagioclgio + Ortopiroxnio) e Troctolitos (Plagioclsio + Olivina).

    d) ROCHAS PERALCALINAS - Neste grupo de rochas a proporo molecular de Al2O3

    inferior soma das propores moleculares de Na2O e K2O. Os minerais que acompanham os

    Feldspatos e/ou Feldspatides so Anfiblios e Piroxnios sdicos (Riebckita e Acgirina).

    Formatado: Cor da fonte: Vermelho

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    30

    CAPTULO VII

    NOMENCLATURA DAS ROCHAS GNEAS

    7.1 INTRODUO:

    A classificao/nomenclatura das Rochas gneas assunto complexo e controvertido, variando de

    autor para autor. No presente texto ser utilizada, basicamente, a classificao sugerida pela

    Subcomisso de Sistemtica das Rochas gneas da Unio Internacional de Cincias Geolgicas,

    publicada na revista Geotimes em outubro de 1973. Esta classificao baseia-se num trabalho de

    enqute, discusso e avaliao de carter mundial realizado por Streekeisen, Classification and

    Nomeclature os Igneous Rock (Final Report na Inquery), publicado na revista News JAHBUCH FUR

    MINERALOGIE, ABHANDLUNGEN, N 107, Pg 144 240, EM 1967. A subcomisso integrada por

    petrgrafos famosos do mundo inteiro e o esquema de classificao final elaborados por especialistas

    em determinados grupos de rochas. O sistema elaborado ainda est restrito s Rochas Plutnicas e o

    relatrio final da subcomisso ressalta que embora existam sistemas de classificao mais ou menos

    satisfatrios ainda no existe uma maneira global ideal para a classificao das Rochas gneas.

    7.2 - O SISTEMA DE CLASSIFICAO DA SUBCOMISSO DE SISTEMTICA DAS ROCHAS

    GNEAS:

    O sistema elaborado pela referida subcomisso, baseia-se nas relaes volumtricas entre os

    principais minerais constituintes das Rochas gneas. Para tal, os minerais so reunidos em 5 grupos,

    designados por smbolos especficos:

    Q = Quartzo

    A = K-feldspato (Ortoclsio, Microclina, Anortoclsio, Sanidina)

    P = Plagioclsio

    F = Feldspatides (Leucita, Nefelina, Sodalita, Analcima, Cancrinita)

    M = Minerais mficos, opacos, acessrios, e acidentais (Micas, Anfiblios, Piroxnios, Olivinas, xidos,

    Sulfetos, Zirco, Apatita, Titanita, Epidoto, Granadas, etc.)

    A referida subcomisso props vrios diagramas triangulares a saber:

    7.3 REGRAS PARA PROPOSIO DE UMA NOMECLATURA PARA AS ROCHAS GNEAS:

    Enquanto que a classificao das Rochas gneas baseia-se apenas na natureza e proporo dos

    seus minerais essenciais, a sua nomenclatura influenciada por vrios fatores, destacando-se entre

    outros:

    a) AMBIENTE DE FORMAO => Rochas como mesmas composies recebem

    designaes especiais de acordo com seu carter plutnico, hipoabissal, ou vulcnico. o caso, por

    exemplo, da trilogia Gabro Diabsio Basalto.

  • ____________________________________________ Petrografia gnea

    31

    b) TEXTURA/ESTRUTURA => Caractersticas texturais/estruturais importantes de uma

    rocha freqentemente so acrescido ao nome da rocha sob firma de adjetivos: Basalto Fluidal, Riolito

    Vesicular, Grantico Porfirtico.

    c) NDICE DE COLORAO - A utilizao dos prefixos mela, meso e leuco para rochas

    respectivamente com elevado ou baixo ndice de colorao em relao ao ndice mdio normal do

    considerado tipo litolgico, Ex. Malasienito, Leucodiorito, etc.

    d) PRINCIPAL MINERAL MFICO PRESENTE - Frequentemente o nome de uma rocha

    precedido do seu principal mineral mfico. Neste caso entre o prefixo e o nome da rocha no deve ser

    utilizado hfen, como por exemplo: Hornblenda Granito, Biotita Sienito, etc. Quando se utiliza mais de um

    prefixo, deve ser colocados hfens entre os mesmos e a disposio dos prefixos obedece a frequncia

    dos minerais citados, correspondendo ao mineral mais abundante o prefixo mais prximo ao nome da

    rocha (Ex. Augita- Hornblenda granito, Augita > Hornblenda).

    e) MINERAL ACESSRIO - Os minerais acessrios geralmente no influem na

    nomenclatura das Rochas gneas a no ser que ocorram em quantidades excepcionais. o caso do

    Corndon Sienito, Turmalina Granito, etc.

    7.4 SISTEMA DE CLASSIFICAO DAS ROCHAS PIROCLSTICAS:

    O magma pode alcanar a superfcie na forma de violentas exploses (erupo) com expulso

    de gases que originalmente estavam dissolvidos no magma. Na exploso, a qual produzida pela perca

    brusca da presso confinante, produz uma fragmentao da rocha (que em parte podia estar

    consolidado na forma de vidro e/ou cristais) em partculas angulosas e blocos que so projetados ao ar e

    depositados prximo ao edifcio vulcnico formando no sentido amplo depsitos de rochas clsticas

    derivadas de uma atividade vulcnica. Estas rochas clsticas so denominadas de Piroclsticas.

    Alguns termos so importantes para a classificao das Rochas Piroclsticas:

    PIROCLSTICOS - So cristais individuais, fragmentos de cristais, fragmentos de rocha e vidro

    gerados pela quebra e desagregao produzida como resultado direto de uma atividade vulcnica.

    Quando os piroclstos so retrabalhados eles so denominados de Epiclstos.

    As rochas piroclsticas so classificadas nos termos de granulometria;

    Bomba - Piroclstos de dimetro maior de 64 mm. Normalmente apresenta uma forma

    elipsoidal ou discoidal.

    Bloco - Piroclstos de igual tamanho das bombas, porm, apresenta forma mais

    irregulares e angulosas, indicando que quando se originou estava slido.

    Lapilli - Piroclstos, de qualquer forma, com dimetro mdio entre 2 64 mm.

    Cinza - Piroclstos com tamanhos inferiores a 2 mm.