ANTE O CENTENARIOCentenario de O Livro dos Espiritos
Revela uma nesga das regioes inferiores e importancia da existencia carnal
Relacoes entre encarnados e circulos de purgacao dos desencarnados
O Espiritismo revela uma concepcao de justica mais ampla – quanto mais esclarecida a criatura, mas responsavel, compelindo o espirito humano a auscultacao de si mesmo, disciplinador de nossa liberdade
CAPITULO 1 LUZ NAS SOMBRAS
André Luiz e Hilário visitam a Mansão Paz
paraestudo.
CAPITULO 1 - LUZ NAS SOMBRAS
Mansão da PazDruso o diretor da Mansão da Paz
Cidadela nas regiões do Umbral, sob a
jurisdição de Nosso Lar.
Situado nas regiões inferiores a mais de 3
séculos, uma zona castigada por
natureza hostil. Instalada com todos
recursos de segurança e defesa, para os enfermos
que chegam, decididos a
trabalhar na sua própria
regeneração.
Mantém setores de assistência e cursos de instrução nos quais médicos e sacerdotes, enfermeiros e professores encontram, depois da morte terrestre, aprendizados e quefazeres da mais elevada importância.
CAPITULO 1 - LUZ NAS SOMBRAS
Druso chegou para ser tratado,
trabalhou na limpeza, como
assistente, professor,
magnetizador, até chegar a diretor desta
escola de reajuste.
Druso encontra-se ha 50 anos na Mansão
CAPITULO 1 – LUZ NAS SOMBRAS
Da mesma forma que descrevemos as regiões das sombras os hebreus, gregos, gauleses e romanos sustentavam crenças mais ou menos semelhantes, convictos de que a elevação celeste se reservava aos Espiritos retos e bons, puros e nobres, guardando-se os tormentos do inferno para quantos se rebaixavam na perversidade e no crime, nas regiões de suplicio.
Enquanto visitamos observavamos pela janela a convulsão da natureza. Ventania carregando consigo substância escura, semelhante a lama.
Rostos humanos jungidos uns aos outros como vastas correntes de criaturas agarradas entre si. — Somos hoje defrontados por grande tempestade magnética, e muitos caminheiros das regiões inferiores são arrebatados pelo furacão como folhas secas no vendaval.
CAPITULO 1 - LUZ NAS SOMBRAS
Druso, tanto quanto nós, contemplou o triste quadro com visivel piedade a marcar-lhe o semblante.
Hilário interrogou:
— Por que não descerrar as portas aos que gritam lá fora? Não é este um posto de salvação?
— Sim — respondeu o Instrutor, sensibilizado —, mas a salvação só é realmente importante para aqueles que desejam salvar-se.
— Para cá do tumulo, a surpresa para mim mais dolorosa foi essa, o encontro com feras humanas, que habitavam o templo da carne, a feição de pessoas comuns. Se acolhidas aqui, sem a necessária preparação, atacar-nos- iam de pronto, arrasando-nos o instituto de assistência pacifica. E não podemos esquecer que a ordem é a base da caridade. Socorro aqui, será o mesmo que asilar tigres desarvorados entre fiéis que oram num templo. Semelhante fase de inconsciência e desvario passa também como a tempestade, embora a crise, por vezes, persevere por muitos anos.
CAPITULO 1 - LUZ NAS SOMBRAS
Hilário - Não basta a romagem de purgação do Espirito depois da morte, nos lugares de treva e padecimento, para que os débitos da consciência sejam ressarcidos então.
— Perfeitamente- o desespero vale por demência a que as almas se atiram nas explosões de incontinência e revolta.
Não é razoável que o Ser solucione com gritos e impropérios os compromissos que criou mobilizando a própria vontade.
Aliás, dos desmandos de ordem mental a que nos entregamos, desprevenidos, emergimos sempre mais infelizes. Cessada a febre de loucura e rebelião, o Espirito tem chance de rever e acalma- se como a terra que torna a serenidade e a paciência. Então, como o solo que regressa ao serviço da plantação proveitosa, submete-se de novo a sementeira renovadora dos seus destinos.
CAPITULO 1 - LUZ NAS SOMBRAS
Hilário: São delinquentes comuns ou criminosos acusados de grandes faltas que residem em torno da Mansão? Encontrariamos por ai seres primitivos como os nossos indigenas por exemplo?
Druso: - As densas trevas em torno apenas residem aquelas mentes que, conhecendo as responsabilidades morais que lhes competiam, delas se ausentaram, deliberadamente. As trevas podem ser, desse modo, definida como vasto campo de desequilibrio, estabelecido pela maldade calculada, nascido da cegueira voluntária e da perversidade completa. Ai vivem domiciliados, as vezes por séculos
Nestas regiões inferiores não transitam as almas simples, situadas que se encontram nos erros naturais das experiências primárias. Cada ser está jungido, por impositivos da atração magnética, ao circulo de evolução que lhe é próprio. Os selvagens, em grande maioria, até que se lhes desenvolva o mundo mental, vivem quase sempre confinados a floresta que lhes resume os interesses, retirando-se vagarosamente do seu campo tribal, sob a direção dos Espiritos benevolentes e sábios que os assistem.
CAPITULO 1 - LUZ NAS SOMBRAS
Espiritos que se bestializaram fixos que se acham na crueldade, criam larga provincia vibratória, de vez que todos os padecimentos chamados infernais, são criações das próprias mentes.
Os gênios infernais que supõem governar esta região, com poder infalivel, aqui vivem por tempo indeterminado. As criaturas que se afinam, embora padeçam dominação, aqui se deixam prender por largos anos.
As almas transviadas na delinquência e no vicio, com possibilidades de próxima recuperação, aqui permanecem em estágios ligeiros ou regulares, aprendendo que o preço das paixões é demasiado terrivel.
CAPITULO 3 A INTERVENÇÃO NA
MEMÓRIA
CAPITULO 3 - A INTERVENÇÃO NA MEMÓRIA
Druso explica: É a loucura por telepatia alucinatória:
Os recém chegados não se encontram fortes para resistir ao impacto das forças perversas a distância.
Assistente Barreto informa Druso que três recém chegados entraram em crise de angustia e rebeldia.
Vamos retirar os enfermos normais e
apliquem na enfermaria
raios de choque .
CAPITULO 3 - A INTERVENÇÃO NA REENCARNAÇÃO
— O assistente interropente - rogo-lhe providências na solução do caso Jonas. Sua reencarnação talvez seja frustrada em definitivo.
Druso-— Em que consiste o obstáculo?
— Cecina, a futura mãezinha, sentindo-lhe os fluidos grosseiros, nega- se a recebê-lo. Estamos presenciando a quarta tentativa de aborto, no terceiro mês de gestação.
Druso-— É inutil. A jovem mãe aceitá-lo-á, segundo os compromissos dela própria. Além disso, precisamos da internação de Jonas, no corpo fisico, pelo menos durante sete anos terrestres.
CAPITULO 3 - A INTERVENÇÃO NA REENCARNAÇÃO
Druso solicita que tragam Cecilia após o sono para ser auxiliada com intervenção
magnética. Jonas precisa se internar no corpo fisico, pelo
menos durante 7 anos.
CAPITULO 3 - A INTERVENÇÃO NA REENCARNAÇÃO
Druso – a reencarnações ligadas aos planos superiores
e temos aquelas que se enraizam diretamente nos
planos inferiores.
A Mansão com a ajuda dos espiritos superiores também planejam a reencarnação dos que residem ali.
Duas vezes por semana reunem-se no templo da instituição através de instrumentos adequados, com mensageiros de luz e conversam sobre os
casos para orientação.
CAPITULO 3 - A INTERVENÇÃO NA MEMÓRIA
O assalto era com raios desintegrantes.
Druso- Liguem as baterias de exaustão.
O local conhecido por Agulha de Vigilância era uma torre, provida de escadaria helicoidal, algumas dezenas de metros acima do grande edificio. Os raios contêm principios de flagelação e desintegração, provocando crises de pavor, perturbações e loucura em todos.
Assalto de raios desintegrantes:
Comunicam Druso que a Mansão esta sendo atacado para dominarem a região deslocando
a casa.
A Mansão é atacada com canhões de bombardeio
eletrônico.
CAPITULO 3 - A INTERVENÇÃO NA MEMÓRIA
Para se defender a Mansão tem muralhas com milhares de hastes metálicas, como para raios. Durante o ataque faiscas elétricas batem nos para raios. Na torre ha telescópios que são usados como lançadores de raios, que eliminam o nevoeiro para uma melhor visão do ambiente constrangedor, povoado por criaturas agressivas. Os grupos fogem devido ao ataque.Os ataques são incessantes e a conquista da paz não é conquista da inércia, mas sim fruto do equilibrio entre a fé no Poder Divino, a confiança em nós mesmos e no serviço pela vitória do bem.
CAPITULO 3 - A INTERVENÇÃO NA MEMÓRIA
Foi recolhido um novo doente e instalado no gabinete de socorro magnético. Druso
pergunta por ele.
Era um homem desforme com aspecto
repelente. Tinha braços e pernas
enormes e o rosto deformado.
Provavelmente deixou o corpo fisico sob
absoluta subjugação mental.
O Assistente informa que ele só emitia
gemidos.
O Irmão pode ter deixado o circulo carnal, sob terrivel obsessão. Ficando a mercê das inteligências perversas em transitória animalização por efeito hipnótico.Hilário – Por que semelhante calamidade?Druso – por que cometemos erros escabrosos?As regiões infernais estão superlotadas do sofrimento que nós mesmos criamos.
CAPITULO 3 - A INTERVENÇÃO NA MEMÓRIA
Fenômeno é todo espiritual. A dor no veiculo fisico é um acontecimento real no encéfalo, mas puramente imaginário nos orgãos que supõe experimenta-la. A mente através das células cerebrais registra a desarmonia corpórea.
Na dimensão espiritual também o aspecto anormal ou até monstruoso, resulta de desequilibrios da mente,
que viciada por certas impressões ou vulcanizada pelo sofrimento, perde temporariamente o governo da forma, permitindo que o corpo
perispiritico se perturbe.
CAPITULO 3 - A INTERVENÇÃO NA MEMÓRIA
Aqui, também, o aspecto anormal, até monstruoso, resulta dos desequilibrios dominantes na mente que, viciada por certas impressões ou vulcanizada pelo sofrimento, perde temporariamente o governo da forma, permitindo que os delicados tecidos do corpo perispiritico se perturbem, tumultuados, em condições anormais. Em tal situação, a alma pode cair sob o cativeiro de Inteligências perversas e dai procedem as ocorrências deploráveis pelas quais se despenha em transitória animalização por efeito hipnótico.
CAPITULO 3 - A INTERVENÇÃO NA MEMÓRIA
Ele acorda e começa a gritar –Socorro! socorro!... sou culpado, culpado!... Não posso mais... Perdão! perdão! ”senhor juiz eu mereço o inferno”.Sou Olímpio o criminoso. O fogo tortura a minhalma, é o remorso...
Druso - Para ajuda-lo desintegremos as forças magnéticas que lhe constringem os centros vitais e ajudemos-lhes a memória, para que se liberte e fale.
CAPITULO 3 - A INTERVENÇÃO NA MEMÓRIA
Para muitos de nós com consciência intranquila, a morte não significa libertação
Imagine a mente como um lago, se as águas estão pacificas reflete a luz, se turvas ou revoltas perde-
se a imagem.
Perdemos o corpo mais estamos
atados as nossas culpas. Muitos veem
ali como o inferno criado pelas mentes
culposas. Nossa consciência reflete a
treva ou a luz de nossas criações
individuais.
CAPITULO 3 - A INTERVENÇÃO NA MEMÓRIA
Olimpio devido a herança, havia matado seus irmãos por não concordarem com seus planos para a propriedade. Afoga ambos num passeio de barco. Nunca pude ser feliz, minha esposa enlouquece com sua doença e se afogou no lago. Assim que morri meus irmãos se fizeram visiveis a minha frente.
Transformados em vingadores flagelaram-me e me espancaram e quando cansaram conduziram-me a tenebrosa furna onde fui reduzido no pesadelo em que me encontro.
Em meu pensamento vejo apenas o barco com minhas vitimas soluçando, estou preso a terrivel embarcação sem que me possa desvencilhar.
Baseado no seu relato Druso diz que já sabe o necessário para um ponto de partida na tarefa assistencial.
CAPITULO- 4 ALGUNS
RECÉM-DESENCARNADOS
CAPITULO- 4 ALGUNS RECÉM-DESENCARNADOS
André descreve o local que se encontram como um pátio de uma estação ferroviária. Onde encontravam grupos variados, alguns em discreto entendimento, outros preocupados e tristes.
Escutava algumas conversas, como uma senhora dizendo ao filho que o instrutor Claudio avisou que seu pai não estará em condições de nos reconhecer. Tocou um sino e Silas avisou que a caravana-combio chegaria em minutos.Tratava-se de 19 entidades que apresentavam desequilibrio mental, porém não se achavam em desesperação nem dominados por entidades trevosas.
A caravana de 10 trabalhadores viajavam com material indispensável de locomoção e cães inteligentes e
prestimosos.A Mansão contava com dois grupos desta natureza, que
revezando diariamente e faziam o socorro
CAPITULO- 4 ALGUNS RECÉM-DESENCARNADOS
Com exceção de 5 que vinham de maca, desmemoriados e adormecidos, os outros revelavam perturbações e
reclamavam demonstrando absoluta ausência mental
As pessoas com ansiosa expectativa esperavam
lagrimas de emoção.Eles chegavam com a
aparência de suas moléstias que lhes haviam imposto a
desencarnação.
Uma Dama que fora a mãe de uma jovem estava a sua volta, porém a jovem não conseguia ve-la, pedia a Silas " padre, padre não me deixe morrer, me de a extrema-unção, fui ingrata com minha mãe e a deixei na miséria”. A jovem por haver cultivado a fé catolica, imaginava-se diante do sacerdote, acusando-se pela falta e permanecia estagnada no remorso desde seu desencarne.
CAPITULO- 4 ALGUNS RECÉM-DESENCARNADOS
A criação de Deus é gloriosa luz, qualquer sombra de nossa consciência jaz impressa em nossa vida, até que resolvamos com o suor do trabalho ou o pranto da expiação.
Geralmente a estas inquietações aportam aqueles que em si mesmo cavaram mais fundos sulcos infernais e que se cristalizaram em perigosas ilusões.
CAPITULO- 4 ALGUNS RECÉM-DESENCARNADOS
Uma outra senhora gritava “maldito satã, Belfegor quem me livrará das trevas?”
André observa que ela é portadora de pensamentos horripilantes. Enraizado no seu cérebro, tinha a figura animalesca de um homem de calda, garras, chifres, como um clichê mental criado e nutrido por ela mesma. As ideias macabras e demoniacas que as igrejas cristãs propagam geram imagens e simbolos que milhares de seres acolhem e difundem em seus cérebros desprevenidos.As inteligências desencarnadas valem-se destes moldes
mentais para impressionar, aprissionar, fascinar o Ser invigilante.
Demonio - grego daïmon = inteligência, gênio
CAPITULO- 4 ALGUNS RECÉM-DESENCARNADOS
Isso nos remete a quadros mentais como o UMBRAL e todo tipo de punição,
superstição e crendice alicerçado no inconsciente do Espirita invigilante.
Vamos rever nossas crenças, fomas-pensamento que impõe medo,
insegurança e enviesam a nossa trajetória ao caminho do bem.
Lembrando que em matéria de obsessão, estamos a mercê da
manipulação, hipnotismo, fixação mental criadas e atormentadas por nós mesmos e por seres que se afinam com
o desequilibrio que lhes é próprio. Temos conosco os diabos que desejamos, segundo o
figurino escolhido ou modelado por nós mesmos.Cada coração edifica o inferno em que se
aprisiona.
CAPITULO- 4 ALGUNS RECÉM-DESENCARNADOS
Silas e André meditam sobre a rapidez do pensamento. Um posto de emissão e recepção de imagem e palavras atravessam em fração infinitesimal, se deslocando igual a velocidade da luz 300 mil km/h.
Num só local podem funcionar um posto de emissão e outro de recepção. Emitido por nós, volta inevitavelmente a nós mesmos, compelindo-nos a viver, em sua onda de formas criadoras, que naturalmente se nos fixam no espirito quando alimentadas pelo combustivel de nosso desejo ou de nossa atenção.
CAPITULO- 4 ALGUNS RECÉM-DESENCARNADOS
Dai ser imperioso nos situarmos nos ideais mais nobres, pois energia atrai energia da mesma natureza, e, quando estacionários na viciação, as forças mentais que exteriorizamos retornam ao nosso espirito, reanimadas e intensificadas pelos elementos que com elas se harmonizam.Aprisionando-nos as vozes e os quadros de nossos próprios pensamentos, acrescidos pelas sugestões daqueles que se ajustam ao nosso modo de ser, nos impõem reiteradas alucinações, anulando-nos, de modo temporário, os sentidos sutis.
Recommended