Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais
Relatório de Seminário
A Problemática da Gestão de Stocks
Autor: José Costa
[email protected] n.º: 990508043
Ano Lectivo de 2005/2006
Orientador: Prof. João Gonçalves de Oliveira Neves
A Problemática da Gestão de Stocks
Parece que ele faz coisa alguma que possa delegar às suas criaturas. Ordena-nos a fazer lenta e desajeitadamente
o que poderia fazer com perfeição e num piscar de olhos. Parece que toda a criação é um acto de delegação; suponho
que isso ocorre porque ele, por natureza, doa1.
1 Lewis, C. S.; The World’s Last Night and Others Essays; Harcourt Brace Jovanovich; pág. 9; 1952
À minha mãe e à minha noiva.
Por todo o apoio
que me têm dado.
Gostaria de agradecer ao Professor Oliveira Neves
pela sua orientação, disponibilidade e esclarecimento de dúvidas durante a realização deste relatório de Seminário.
Também ao Professor Luís Filipe Malheiros, por todo o apoio que me tem dado ao longo deste Semestre.
Gostaria de agradecer à Diana e à Sofia, pelas diversas revisões que efectuaram
neste trabalho e pelas sugestões.
A Problemática da Gestão de Stocks
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Índice:
PREÂMBULO .............................................................................................. 3
OBJECTIVO................................................................................................ 3
1. A GESTÃO DE STOCKS ............................................................................ 4
1.1. O QUE É A GESTÃO DE STOCKS .......................................................... 4
1.2. QUAIS OS PRINCÍPIOS .................................................................... 4
1.3. TIPOS DE STOCKS ........................................................................ 4
1.4. CATEGORIAS DE STOCKS ................................................................. 5
1.5. OBJECTIVOS DA GESTÃO DE STOCKS..................................................... 5
1.6. FUNÇÃO DA GESTÃO DE STOCKS ......................................................... 6
2. CUSTOS ASSOCIADOS À GESTÃO DE STOCKS ................................................. 6
2.1. CUSTOS DE APROVISIONAMENTOS........................................................ 6
2.2. CUSTOS ASSOCIADOS À EXISTÊNCIA DE STOCKS ......................................... 7
2.3. CUSTOS ASSOCIADOS À RUPTURA DE STOCKS ........................................... 7
2.4. AS DUAS QUESTÕES PRINCIPAIS DOS CUSTOS ASSOCIADOS À GESTÃO DE STOCKS........ 7
2.4.1. Como Controlar os Stocks?............................................................ 7
2.4.2. Quantidades a adquirir por encomenda ............................................ 7
3. QUANTIDADES ECONÓMICAS A ENCOMENDAR................................................ 8
3.1. PROBLEMÁTICA E DEFINIÇÕES............................................................ 8
3.1.1. Cálculo do custo de armazenagem (S) .............................................. 8
3.1.2. Cálculo do custo de lançamento de encomenda (L) .............................. 8
3.2. MINIMIZAÇÃO DO CUSTO TOTAL (C) ..................................................... 8
3.3. CASO DE DESCONTO DE QUANTIDADE................................................... 11
3.4. CUSTO ECONÓMICO E ZONA ECONÓMICA ............................................... 12
3.5. TAXA DE PROCURA CONSTANTE ........................................................ 13
3.5.1. Análise de Sensibilidade ............................................................. 13
3.5.2. Taxa de Entrega Finita ............................................................... 14
3.5.3. São Permitidas Rupturas de Stocks................................................. 15
3.6. TAXA DE PROCURA VARIÁVEL........................................................... 16
3.6.1. Pressupostos Gerais................................................................... 16
3.6.2. Quantidade Económica Baseada na Taxa de Média de Procura................ 17
3.6.3. Heurística de Silver-Meal ............................................................ 17
3.6.4. Algoritmo de Wagner-Whitin........................................................ 18
A Problemática da Gestão de Stocks
4. CLASSIFICAÇÃO DE STOCKS: ANÁLISE ABC ..................................................19
4.1. NECESSIDADE DE UMA CLASSIFICAÇÃO .................................................. 19
4.2. PRINCÍPIOS DA CLASSIFICAÇÃO ABC .................................................... 19
4.3. CLASSIFICAÇÃO ABC .................................................................... 20
4.4. CLASSIFICAÇÃO ABC ADAPTADA........................................................ 21
4.4.1. Classificação combinada artigos/clientes......................................... 21
4.4.2. Classificação introduzindo categorias suplementares .......................... 21
5. INDICADORES DE GESTÃO .......................................................................22
5.1. ASSOCIADOS AOS NÍVEIS DE STOCK E RESPECTIVA RENDIBILIDADE ...................... 22
5.2. ASSOCIADOS AOS NÍVEIS DE RUPTURA E AO SEU NÍVEL DE SERVIÇO .................... 23
6. QUANTIDADE ECONÓMICA QUANDO O PERÍODO DE VENDA É LIMITADO...............23
7. MODELAÇÃO DE PROCURA ......................................................................24
8. STOCKS DE SEGURANÇA (SS) ...................................................................25
8.1. CÁLCULO DA SS DADA A PROBABILIDADE DE RUPTURA POR ENCOMENDA .............. 27
8.2. CÁLCULO DA SS DADA A FRACÇÃO DE PROCURA ATENDIDA DE STOCK ................. 28
9. MÉTODOS DE REAPROVISIONAMENTO ........................................................29
9.1. INTRODUÇÃO ............................................................................ 29
9.1.1. Período de Revisão ( ) .............................................................. 29 R9.1.2. Ponto de Encomenda ( ) ............................................................ 30 s
9.1.3. Nível de Enchimento ( ) ............................................................ 30 S9.2. MÉTODO DE REAPROVISIONAMENTO FIXO (PERÍODOS E QUANTIDADES FIXOS).......... 30
9.3. MÉTODO DE RECOMPLETAMENTO (DATAS FIXAS E QUANTIDADES VARIÁVEIS) .......... 31
9.4. MÉTODO DO PONTO DE ENCOMENDA (QUANTIDADES FIXAS E DATAS VARIÁVEIS)....... 31
9.5. APROVISIONAMENTO POR DATAS E QUANTIDADES VARIÁVEIS .......................... 32
BIBLIOGRAFIA ...........................................................................................33
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Preâmbulo
Este trabalho foi realizado no âmbito de Seminário; parte integrante do 5º ano da
licenciatura em Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto.
Este relatório tem como finalidade o estudo da gestão de stocks, pois isto é algo bastante
importante, sendo várias as empresas que tem de lidar com este tema, que por vezes se
pode tornar um problema.
Actualmente, é imprescindível à grande maioria das empresas saber lidar com este tema. A
gestão dos stocks é fundamental no dia-a-dia das empresas, podendo com uma boa gestão
a mesma obter ter bons resultados, assim como com uma má gestão, incorrer em diversos
prejuízos.
Objectivo
O objectivo deste relatório de Seminário baseia-se no estudo da problemática da gestão de
stocks.
Este tenta apresentar de forma coerente o tema em epígrafe. Utilizando como base de
trabalho duas bibliografias sobre o tema, tentou dar-se uma panorâmica relativamente
aprofundada sobre o mesmo.
Este relatório não pretende dar origem a uma nova gestão de stocks, nem pretende sequer
apresentar nada de novo; pretende sim, demonstrar todas as potencialidades e elucidar
sobre os pontos mais importantes desta temática.
A Problemática da Gestão de Stocks
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1. A Gestão de Stocks
1.1. O que é a Gestão de Stocks
A gestão de stocks é um dos factores cruciais no bom desempenho das empresas de hoje.
Stock é um termo de origem anglo-saxónica, utilizado como denominação para as
existências de produtos acabados, para as existências de matérias-primas, etc. [1]
Os stocks, normalmente, representam um elevado investimento em sistemas logísticos.
O papel dos stocks numa empresa é constantemente dúbio. Como é evidente, o papel dos
stocks na regulação do processo de produção é positivo, permitindo assim que haja uma
dessincronia da procura de um produto da sua produção. Infelizmente este facto é
largamente atenuado por outros inconvenientes, tais como:
Incremento da rigidez da produção, onde se torna imprescindível escoar os stocks;
Aumento do prazo médio de produção;
Imobilização de meios financeiro;
Ocupação de espaço;
Etc. [2]
1.2. Quais os Princípios
A gestão de stocks é fulcral para as empresas, uma vez que possui finalidades especulativas
e estratégicas.
Esta permite estabelecer o equilíbrio quando se dá a ruptura dos processos. Um dos
principais objectivos da gestão de stocks, é evitar compras frequentes de pequenas
quantidades, obtendo assim, uma redução de preço, quando se compra quantidades
maiores, procurando ao mesmo tempo uma diminuição dos custos de passagem de
encomenda.
1.3. Tipos de Stocks
É possível distinguir quatro tipos distintos de stocks:
A Problemática da Gestão de Stocks
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Stocks para fabricação, matérias-primas, protótipos, peças especiais sub-
contratadas, peças normalizadas, peças intermédias fabricadas pela empresa;
Peças de substituição para o parque de máquinas, ferramentas especiais,
ferramentas e materiais consumíveis, outros materiais, produtos para a manutenção
de edifícios;
Os stocks dos produtos em curso de fabricação, isto é, os stocks entre as diferentes
fases do processo produtivo (entre postos de trabalho);
Os stocks de produtos acabados. [2]
Os stocks podem denominar-se por cinco tipos:
Normal: consumo regular;
Activo: satisfação das necessidades correntes;
Reserva: satisfação das necessidades diferidas;
Segurança: faz face aos imprevistos;
Global: stocks normais mais stocks de segurança.
1.4. Categorias de Stocks
Existem as seguintes categorias de stocks:
Em-curso de fabrico (materiais em fabrico ou a serem transportados para as zonas
de fabrico);
Stocks de lote de fabrico (resultantes de na maior parte dos sistemas de produção,
se utilizarem lotes de fabrico);
Stocks sazonais (utilizam-se quando as necessidades de alguns produtos variam ao
longo do tempo; por vezes, é mais económico acumular stocks quando há uma
procura reduzida, para utilizar posteriormente nos picos de procura, reduzindo
assim os custos);
Stocks de segurança (utilizados para proteger o sistema da incerteza proveniente da
procura futura e dos atrasos nos fornecimentos);
Outros stocks (previsão do acréscimo do preço de determinados produtos). [1]
1.5. Objectivos da Gestão de Stocks
A gestão de stocks tem como objectivo manter o serviço aos clientes num patamar
admissível, ou seja, num patamar compatível com determinados níveis de custo. [2]
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Não existem objectivos válidos a todas as empresas, produtos ou categorias de stocks.
Estes equivalem sempre a um argumento próprio que deve ser obrigatoriamente flexível, e
que evoluirá ao longo do tempo. Assim, um dos principais objectivos da gestão de stocks é
o desenvolvimento contínuo, melhorando o desempenho, para assim se ter um melhor
controlo sobre os mesmos. [2]
De igual forma, a gestão de stocks, vai implicar diferentes tipos de operações:
Armazenagem, com respectivas entradas, saídas e armazenagem de artigos;
Existência de ficheiros sobre os stocks;
Contabilidade das entradas e saídas;
Classificação dos stocks por categoria. [2]
1.6. Função da Gestão de Stocks
As funções dos stocks são bastante importantes para a saúde financeira da empresa. Assim,
a função da gestão de stocks resume-se a:
Evitar compras frequentes de pequenas quantidades;
Obter redução de preço devido à quantidade adquirida;
Finalidades especulativas;
Finalidades estratégicas;
Evitar rupturas, paragens de equipamentos e atrasos nas entregas.
2. Custos associados à Gestão de Stocks
Num sistema de stocks os custos associados podem dividir-se em três categorias distintas:
custos de aprovisionamentos; custos associados à existência de stocks e custos associados à
ruptura de stocks. [1]
2.1. Custos de Aprovisionamentos
Estes custos são constituídos por dois itens:
Valor que tem de ser liquidado ao fornecedor pelos produtos;
Custos associados ao processamento das encomendas, como por exemplo: papel,
telefone, transportes, controlo de qualidade, etc. [1]
A Problemática da Gestão de Stocks
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2.2. Custos Associados à Existência de Stocks
Estes custos provêm de várias origens, como por exemplo:
Custos de capital inutilizado;
Armazém
Seguro;
Perda de qualidade;
Etc. [1]
2.3. Custos Associados à Ruptura de Stocks
Este tipo de custos ocorrem quando há uma procura de produtos e os stocks no sistema são
insuficientes. [1]
Devido a essa inexistência, e dependendo das circunstâncias, numa situação de ruptura de
stocks pode ocorrer uma das situações seguintes:
É feita uma encomenda especial para que a procura existente seja satisfeita. O
custo adicional desta encomenda especial é o custo de ruptura de stocks;
A outra situação que pode ocorrer é quando a procura não é satisfeita ou é
satisfeita posteriormente fora do prazo. Aqui os custos são mais difíceis de avaliar
devido a poderem acontecer vários situações, como por exemplo: multas, perda de
clientes, etc. [1]
2.4. As duas questões principais dos custos associados à Gestão de Stocks
2.4.1. Como Controlar os Stocks?
Quanto maior for o controlo dos stocks maior será o custo para processar a respectiva
informação. No entanto, existirão menores situações de ruptura de stocks, o que resulta
num melhor serviço para os clientes. [1]
2.4.2. Quantidades a adquirir por encomenda
A quantidade a comprar por encomenda, afecta os custos do sistema. Se se encomendarem
grandes quantidades em cada encomenda, o nível médio de stocks irá aumentar; no
A Problemática da Gestão de Stocks
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entanto, os respectivos custos de processamento das encomendas poderão diminuir (não
variam exactamente na mesma proporção). [1]
3. Quantidades económicas a encomendar
3.1. Problemática e Definições
Quando se deseja aprovisionar um determinado produto, procura-se diminuir o seu custo
total; para que isto aconteça, procura-se minimizar com o custo de armazenagem e com o
custo de lançamento de encomendas. [2]
3.1.1. Cálculo do custo de armazenagem (S)
A armazenagem de um produto é algo que envolve custos elevados, sendo os principais:
Custo do capital imobilizado (5 a 15% em função do tempo);
Armazenagem, aluguer e manutenção de armazéns (aproximadamente 6%);
Deterioração (0 a 10%, em função do tipo de produto);
Obsolescência, envelhecimento e desactualização do produto. [2]
Após a soma de todos os custos, obtém-se um custo de posse anual – t% – por cada Euro de
material armazenado. O custo de posse varia entre 20 e 35% de acordo com as categorias e
com os artigos. [2]
3.1.2. Cálculo do custo de lançamento de encomenda (L)
O custo do lançamento de uma encomenda obtém-se através do cálculo do total dos custos
de funcionamento do serviço de compras e do serviço de recepção; este total é depois
dividido pelo número anual de linhas de encomendas. [2]
Os custos de lançamento comportam custos administrativos. Divide-se os custos anuais do
serviço encarregue de lançar as encomendas, pelo número de lançamentos realizados. [2]
3.2. Minimização do Custo Total (C)
Para a realização deste objectivo, consideram-se as seguintes hipóteses de simplificação:
A Problemática da Gestão de Stocks
O preço de custo dos artigos são proporcionais ao número de peças adquiridas (não
existem descontos de quantidade);
Não existe penúria (não existe qualquer custo de ruptura de stock);
A procura é regular;
Os custos de armazenagem e de encomenda ou lançamento estão definidos e são
constantes. [2]
N representa o número de peças consumidas e a quantidade aprovisionada ou lançada
em cada período. Assim o custo de armazenagem é definido pela seguinte equação:
Q
taQS ××= 2
Onde 2Q é o stock médio, é a taxa de posse e o custo da peça. [t a 2]
Figura 1 Custo económico e quantidade económica. [2]
QN , representa o número de encomendas, e disto resulta um custo de aprovisionamento,
representado pela equação LQNA ×⎟
⎠⎞⎜
⎝⎛= , sendo o custo de lançar uma encomenda no
mercado . [
L
2]
Se define a quantidade consumida e o preço unitário, o custo de aquisição é N a aN × .
Assim podemos definir que o custo total é: taQLQNaNC ××+×+×= 2 . [2]
Procura-se então, a quantidade que torna o mais baixo possível. Assim o mínimo de
corresponde a:
Q C
C
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A Problemática da Gestão de Stocks
022 2 =×+×−=⎟⎠⎞⎜
⎝⎛ ×+××+×
∂∂
=∂∂ taQ
LNaNtaQLQN
QQC
Daqui resulta:ta
LNQe ×××
=2
Fórmula de Wilson
eQ representa a quantidade económica de aprovisionamento.
A quantidade económica de Wilson é um modelo cujo objectivo é a minimização dos custos
totais. Apresentado por F. W. Harris em 1915, mas foi R. H. Wilson quem inicialmente o
divulgou e iniciou a sua utilização em actividades de consultadoria em diversas empresas
dos EUA. [1]
A Quantidade Económica de Wilson tem por base as seguintes condições:
Procura continua com taxa crescente;
Processo indefinidamente contínuo;
Ausência de restrições nas quantidades, armazenamento, etc;
Taxa de entrega ao fornecedor infinita;
Invariabilidade dos custos com o decorrer do tempo;
A ausência de rupturas de stocks é imprescindível;
Inexistência de descontos de quantidade. [1]
A figura seguinte, demonstra a evolução da quantidade em stock com o decorrer do tempo,
com base nas condições supra mencionadas. Os custos associados dependem somente da
quantidade que é encomendada em cada encomenda, dependendo por sua vez desta, o
número de encomendas efectuadas e o valor médio dos stocks. [1]
Figura 2 Modelo da Quantidade Económica de Wilson. [1]
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A Problemática da Gestão de Stocks
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Legenda:
o)
Devido a se otal por
unidade de ntão, ser
agrupados e
D Taxa de Procura (unidades de produto/unidade de tempo) A Custo de Encomenda ($/encomenda) C Custo Unitário do Produto ($/unidade de produto) r Taxa de Posse (%/unidade de tempo) H Custo de Posse = r.C ($/ (unidade de produto x unidade de tempo)) CT Custo Total por unidade de Tempo ($/unidade de tempo) Q Quantidade a encomendar por encomenda (unidade de produt
assumir que o processo é indefinidamente contínuo, utiliza-se o custo t
tempo, como critério de selecção. Os custos envolvidos podem e
m duas classes:
Custos de encomenda (custos associados à encomenda);
Custos
e um custo de posse
do lo; ou seja, temos um Custo Total
por unidade d po
de posse (custos associados aos stocks). [1]
Por cada um dos ciclos de encomenda existe um custo de encomenda
associado à manutenção stock médio ao longo do cic
e em t : HQDciclodoDuração
×2
. [ ] ApossedeCustoencomendadeCusto
C ⋅+=+ 1T = 1
Supo uer que seja a quantidade
de p , esta situação não se verifica,
xistindo, por vezes, descontos em função da quantidade adquirida. Assim, o cálculo da
2
3.3. Caso de Desconto de Quantidade
stamente, o custo dos produtos deveria ser constante qualq
rodutos para aprovisionamento. Todavia, na prática
e
quantidade económica, é ligeiramente diferente do caso anterior. Aqui, o custo total não é
uma curva contínua, mas sim uma sucessão de várias curvas. [ ]
Figura 3 Caso de descontos de quantidade. [2]
A Problemática da Gestão de Stocks
Logo, a situação óptima não é necessariamente a quantidade económica.
3.4. Custo Económico e Zona Económica
A curva apresentada no gráfico seguinte, )(QfC = , apresenta um mínimo quase plano, de
onde decorre a noção de zona económica. Zona esta, de reduzida variabilidade do custo de
aprovisionamento em torno do custo económico de aprovisionamento. [2]
Figura 4 Custo económico e zona económica. [2]
Custo total: ( ) ⎟⎠⎞⎜
⎝⎛ ××+⎟
⎠⎞⎜
⎝⎛ ×+×= taQLQNaNC 2
nómico: ( )Custo eco ⎟⎠⎞⎜
⎝⎛ ××+⎟
⎠⎞⎜
⎝⎛ ×+×= taQLQNaNC e
ee 2
Uma breve referência relativamente ao custo económico; o custo económic
CT , ao comprar eQ (quantidade económica).
E o desvio económico, temos que: )()( ee QCQCECCE −
o é o custo
total,
Sendo =⇒−= ,
nde a zona económica eZ . [2]
ao qual
correspo
Assim, e ap limitado à segunda ordem, sabemos que
ós um desenvolvimento de Taylor
( )23 eQQQe
NE −×⎟⎠⎞
⎜⎝
×= . [2] L⎛
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ara um determinado desvio económico E , pode determinar-se o intervalo da quantidade, P
eQ : LN
QEQ e ×
×±=
3
[ ] Q e− . 2
Existem vários modelos, descritos nos pontos seguin ação da
quantidade de encomenda, Q ; estes são utilizados nos sistemas de controlo de stocks. Os
sumem uma taxa de procura constante.
conómica de Wilson, já foi apresentado anteriormente
(ponto 3.2).
bilidade
3.5 axa de Procura Constante
. T
tes, para a determin
modelos aqui apresentados as
Um destes modelos, Quantidade E
Sensi3.5.1. Análise de
a prática, nem sempre é possível determinar com exactidão
A H DN , e ; estes valores
o usados no cálculo da quantidade económica de encomenda sãH
DAQ ×⋅=
2* . Assim,
uma quantidade económica de encomenda diferente de ? [ ]
coloca-se uma questão pertinente: qual o aumento do custo causado pela utilização de
*Q 1
Considera-se α , como a variação percentual da quantidade Q em correspondência a Q ;
para determinar
*
α , utiliza-se a equação *
*
QQQ −
=α . [1]
QAssim, a variação do Custo Total provocada por , é: 100)()(%*
×− QCTQCTCT
( ))( * .
Substituindo Q por Q×−
=Q
α1 , consegue simplificar-se a eq o assim uação, obtend
100)1(2
)(% ×+
=α
αCT . [2α
ode representar-se graficamente )(
1]
fCT = αP :
A Problemática da Gestão de Stocks
Figura 5 Análise de sensibilidade da Quantidade Económica. [1]
3.5.2. Taxa de Entrega Finita
Nem sempre a quantidade que é encomendada, é totalmente entregue. No modelo de Taxa
Entregue Finita, assume-se que a entrega da quantidade Q é realizada a uma taxa de
entrega QP > . ( P representa a taxa de entrega referida) [1]
Figura 6 Quantidade Económica quando a Taxa de Entrega é Finita. [1]
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A Problemática da Gestão de Stocks
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Aqui, o Custo Total é dado pela equação HPDQ
QDACT ×⎟
⎠⎞
⎜⎝⎛ −×⋅+
×= 1
21
. Por
é igual a
sua vez o
*QH
PD
DAQ×⎟⎠⎞
⎜⎝⎛ −
×⋅=
1
2* ; sabendo que ∞→P , tem-se um resultado idêntico a
a Análise de Sensibilidade, onde
o
obtido nH
DAQ ×⋅=
2* .
3.5.3. São Permitidas Rupturas de Stocks
Nas entregas de mercadorias pelos fornecedores, por vezes acontece algo bastante
ável: atrasos.
desagrad
Quantidade Económica quando são permitidas rupturas. [1]
Os níveis de stock variam, de acordo com o gráfico anterior de B− até BQ − . B
representa a quantidade de produto que é entregue mais tarde e b representa o custo por
unidade de produto e por unidade de tempo em atraso. [1]
Aqui, pode-se definir o Custo Total, pela expressão:
Figura 7
bQ
BHQBQ
QDACT ×
⋅+×
⋅−
+×
=22
)( 22
. [1]
A Problemática da Gestão de Stocks
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Pode agora definir-se o valor óptimo de Q ( *Q ), e o valor óptimo de B ( *B ): as
são, respectivamente:
equações
bbH
HDAQ +×⋅
=2* e
bHH
bDAB
+×⋅
=2* . [1]
3.6. Taxa de Procura Variável
Todos os modelos desenvolvidos no ponto anterior, assumem que a taxa de procura se
mantém constante ao longo do tempo. [1]
De seguida, serão apresentados modelos para taxas de procura variável ao longo do
mas determinística. [1]
Existem três tipos de casos em que a procura é determinística e varia ao longo do tempo:
tempo,
Cálculo da quantidade económica baseada na taxa média da procura ao longo do
horizonte de planeamento;
Uso de um sistema aproximado que capture o problema da procura variá q vel e ue
ao mesmo tempo seja de fácil compreensão e de fácil explicação;
Desenvolvimento de um modelo matemático, através do algoritmo de Wagnet-
Whitin (5.6.4), de forma a obter uma solução óptima. [1]
3.6.1. Pressupostos Gerais
senvolvimento das três abordagens são:
Os pressupostos gerais usados no de
A procura a ser satisfeita no período de tempo ( t ), onde ( )Nt ..,2,1 ,.3,= , é dada
como tD . O período do horizont to; ( ) nN é o último período e de planeame
As necessidades de procura em vem estar disponíveis no início do período. Se
porventura, chegar uma encomenda a meio de um período de tempo, esta, não poderá
seguinte (isto acontece devido à poupança, em termos
de custos de posse);
t , de
ser utilizada antes do início do t
Os preços de custo são independentes da quantidade encomendada e não há
descontos de quantidade;
O prazo de entrega é conhecido;
Não existem rupturas;
A quantidade global é entregue de uma vez;
A Problemática da Gestão de Stocks
Os custos de posse só se aplicam à quantidade de produtos que continua em stock
para o período seguinte. [1]
3.6.2. Quantidade Económica Baseada na Taxa de Média de Procura
Nes
quantid vés da utilização da taxa
edia de procura. [1]
ríodo de X , a taxa média de procura é
te modelo, encomenda-se somente para um determinado número de períodos, onde a
ade esta próxima da quantidade económica obtida, atra
m
( )∑=
Para um pe=
×=Xt
tDD 1 , onde o resultado
fina
fórmula
t12
l é expresso em unidades por mês. Para se obter a uantidad usa-se a q e económica,
H
3.6.3. Heurística de Silver-Meal
DAQ 2. [1] * =
A h r
exp
eu ística de Silver-Meal selecciona a quantidade a encomendar com base na seguinte
ressão: ( )TCT
TCT = . [1]
Leg periododofinalaoatétempodoposseenda: CT deCustoencomendadeCusto +
T duraencomendaaqualoparatempodePeriodos
Par valor de
a se conseguir determinar o (T , é avaliado sucessivamente o valor de )TCT
para xT ...,,32,1= , até que se consiga encontrar um valor que satisfaça a seguinte
ondição: ( ) ( )TCTTCT >+ 1 . [1]
,
c
O óptimoT − (vide figura seguinte), é o T que satisfaz a condição anterior. [1]
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A Problemática da Gestão de Stocks
Figura 8 Heurística de Silver-Meal [1]
3.6.4. Algoritmo de Wagner-Whitin
No algoritm , reo de Wagner-Whitin corre-se a um modelo de programação dinâmic
se obter as quantidades óptimas de encomenda. O trabalho de programação é reduzido
obedecer somente a duas regras:
a, para
devido a ter que se
A encomenda só chega quando o nível de stock é igual a zero;
períodos de
posse à me omendar
novamente.
O mode
Existência de um limite superior de tempo, no número de
encomenda.[1]
A existência de um limite superior de tempo, é justificada pelo aumento dos custos de
dida que os períodos aumentam, fazendo com que seja melhor enc
[1]
lo de programação dinâmica usado é o seguinte:
Equação Recursiva: { }1,,1, min ++ += NkKtNt CEC , onde 1,2...,,Nt =
s: 1, +NtC Custo do melhor conjunto de encomendas que cobre
desde o início do período t até ao início do período 1
Variávei a procura
+N .
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A Problemática da Gestão de Stocks
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menda que chega no inicio do período t e que
satisfaz a procura até ao início do período k .
KtE , Custo de uma enco
4. Classificação de Stocks: Análise ABC
4.1. Necessidade de uma Classificação
Numa empresa que necessita de gerir vários milhares de artigos, torna-se impossível que
ê a mesma prioridade a todos eles. A gestão de stocks é selectiva, pois não se gere
produto de valor elevado. Devido a isto, os produtos são classificados de
cordo com os seguintes critérios:
d
artigos de escritório da mesma forma como se gere artigos destinados à produção. Isto
acontece também na gestão de produtos; por exemplo, um vulgar parafuso não é gerido
como um outro
a
Critério de destino (mobiliário de escritório, produção, serviço pós-venda, etc.);
Critério de valor (valor acumulado de artigos que aparecem nos movimentos de
grande pe consu a grande quantidade
uena percentagem de custos anuais de consum 1]
4.2. Princ
mento diferenciado dos artigos, conforme a
uantidade em stock e respectivo valor. [2]
baseada no princípio dos 80-20. Ou seja, 20% dos produtos correspondem a 80% do valor
stock ou valor em stock). [2]
Normalmente, existe uma pequena quantidade de produtos, que contribuem com uma
custos anuais de mo; por outro lado, umrcentagem de
de produtos contribui com uma peq o. [
ípios da classificação ABC
A classificação ABC baseia-se no trata
q
É
total do consumo, e 80% dos produtos correspondem a 20% do valor total das saídas. A
análise ABC é indispensável para uma empresa, uma vez que influencia a gestão de cada
produto. [2]
Assim, os critérios da análise ABC são os dois seguintes:
Número de artigos em stock;
Valor do consumo, vendas ou stock. [2]
A Problemática da Gestão de Stocks
Relatório de Seminário José Costa Página 20 de 33
aplicação simultânea destes dois critérios, e a respectiva comparação dos resultados, são
Esta técnica de aplicação simples é uma ferramenta de gestão de elevado valor na
entificação dos produtos em stock com maior relevância. [1]
s classes: classe A, classe B e classe C; esta
lassificação é feita de acordo com a maior ou menor contribuição dos produtos para o
cks, mas que representam uma pequena quantidade dos artigos em stock. Os
rodutos da classe C, são aqueles que contribuem com uma pequena percentagem para o
de. Os produtos da classe B, são
aqu incluídos nem em A nem em C. [1]
s percentagens tipicamente utilizadas pela análise ABC estão representadas na seguinte
A
extremamente úteis para medir com rigor a gestão dos stocks. [2]
4.3. Classificação ABC
id
A análise ABC classifica os produtos em trê
c
valor de consumo anual. [1]
Os produtos da classe A são aqueles que contribuem com uma grande percentagem para o
valor dos sto
p
valor em stock, mas representam uma grande quantida
eles produtos que não podem ser
A
tabela:
Tabela 1 Classe A e Classe C Classe % de produtos % do valor do stock anual
A 15 - 25 70 – 80
C > 50 5 - 10
A análise ABC fornece ao gestor de stocks informação importante e valiosa. Os produtos da
do o investimento necessário, devem ter um controlo maior; ou seja, deve ter-
rodutos da classe B devem ser objecto de um controlo mais
uidado do que na classe C, mas menos do que na classe A. [1]
classe A, da
-se registos exactos e fiáveis, com controlo contínuo, etc. Por outro lado, os produtos da
classe C não precisam de ser controlados tão cuidadosamente, devendo o controlo destes
ser simples, mas eficaz. Os p
c
A Problemática da Gestão de Stocks
Figura 9 Curva ABC [ ]
1
4.4.
Classificação ABC Adaptada
4.4.1. Classificação combinada artigos/clientes
sma forma que 20% dos artigos representam 80% do valor de saíd
mpresas onde 20% dos clientes representam 80% dos volumes de
na-se frequentemente necessário combinar a classificação dos artig
valores de vendas anuais e a classificação dos clientes por volume de negócios anuais. [
4.4.2. Classificação introduzindo categorias suplementares
Da me a, é frequente
encontrar e negócio.
Assim, tor os, por 2]
ABC, os resultados apenas serão válidos se os respectivos artigos fore
Na análise m
utilizados num ritmo normal de pr o período analisado. [2]
Ref ara os produtos em fase de lançamento, as vendas e
o volume de saída são fraco. Devido a isto, estes produtos não podem ser classificado na
classe a análise ABC. Logo, é necessário
atar estes produtos separadamente. Normalmente cria-se uma nova classe, designada,
o
odução ao longo de todo
erindo o ciclo de vida do produto, p
A, correndo o risco de serem subestimados num
tr
por exemplo, por N. [2]
Da mesma forma, os produtos antigos, também são difíceis de tratar, pois as vendas
tornam-se mais raras, no entanto existe a necessidade de os manter em stock, para
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A Problemática da Gestão de Stocks
Relatório de Seminário José Costa Página 22 de 33
rviço de pós-venda e/ou garantias. É possível, também aqui, criar uma nova classe:
classe
se
D. [2]
5. Indicadores de Gestão
Os indicadores de gestão são utilizados como condição de maior eficiência na gestão de
stocks. Estes indicadores podem ser subdivididos em duas classes:
Indicadores associados aos níveis de stocks e respectiva rendibilidade;
Indicadores associados aos níveis de ruptura e ao nível de serviço. [1]
5.1. Associados aos Níveis de Stock e respectiva rendibilidade
Os indicadores associados aos níveis de stocks e respectiva rendibilidade são:
Taxa de rotação;
Taxa de cobertura. [1]
A taxa de rotação indica a quantidade de vezes que os stocks são renovados ao longo do
finida pela expressão: ano. A taxa de rotação é de
stockemmédiaQuantidade
anooduranteconsumidaQuantidadeRotaçãodeTaxa =
Um t ocks (menor
mo n erem rupturas
evido aos stocks serem reduzidos. [1]
indiferente aplicar a taxa de rotação tanto a um produto, como a um grupo de produtos.
r recorrendo
a u a físicas (metros, caixas, embalagens, etc.); se for aplicada a um
gru de se uniformizar a unidade de medida, usando,
onsequentemente, unidades monetárias. [1]
representa o tempo médio que o stock
pode abastecer a proc taxa de cobertura é
definida pela
a axa de rotação elevada implica uma maior rendibilidade dos st
nta te de imobilizado em stocks). Todavia haverá um maior risco de ocorr
d
É
Se a taxa de rotação for aplicada a um só produto, o seu cálculo pode-se faze
nid des monetárias ou
po de produtos, tem
c
A taxa de cobertura é o inverso da taxa de rotação;
ura, sem se efectuar novas encomendas. A
expressão: [1]
12×=anooduranteconsumidaQuantidade
StockemmédiaQuantidadeCoberturadeTaxa
A Problemática da Gestão de Stocks
Relatório de Seminário José Costa Página 23 de 33
ruptura e ao seu nível de serviço são:
5.2. Associados aos Níveis de Ruptura e ao seu Nível de Serviço
Os indicadores associados aos níveis de
Taxa de ruptura;
Nível de serviço. [1]
A taxa de ruptura caracteriza a percentagem de encomendas/requisições pedidas ao
armazém, e que não são satisfeitas imediatamente devido a rupturas. A taxa de ruptura é
definida pela expressão: [1]
anuaissrequisiçõeencomendasdetotalNúmero /
O nível de serviço é uma m
anualmentessatisfeitanãosrequisiçõeencomendasdeNúmeroRupturadeTaxa
/=
edida complementar da taxa de ruptura. Quanto menor for o
número de ru l seria ter um
a
exp
pturas, maior é a qualidade do serviço prestado. A situação idea
nível de serviço com 100% ou uma taxa de ruptura de 0%. O nível de serviço é definido pel
ressão: [1]
)armazémdoeprontamentfornecidaanualQuantidade
serviçodeNível =
6. quando o Período de Venda é Limitado
( atrasocommesmoarmazémpelofornecidatotalQuantidade
Quantidade Económica
período de tempo exíguo, e que no final do mesmo, só pode
este tipo de sistemas existem dois tipos de custos:
Quando o período de venda é limitado a procura é uma variável aleatória com distribuição
de probabilidade conhecida; ou seja, tem-se uma taxa de procura constante. O produto
tem uma procura durante um
ser vendido por um valor residual, geralmente inferior. [1]
N
Custo associado aos produtos que sobram no fim do período de venda;
Custo associado à falta de produtos para entregar ao cliente. [1]
Em ambos os sistemas, assume-se que os custos são proporcionais à quantidade em excesso
ou à quantidade em falta. [1]
A Problemática da Gestão de Stocks
(
O custo de excesso de stock é igual a )⎧ <− QDondeDQCP ,
⎩
do custo total (CT ), é dado pela
expressão:
⎩⎨ ≥ QDonde0
; por sua vez, o custo de
ruptura em stock é igual a ( )⎨⎧
≥−<
QDondeQDCQDonde
R ,0
.[1]
Associado a uma quantidade Q , o valor esperado
( ) ( ) ( ) ( ) DDfQDCDDfDQCCTQ
∂⋅⋅−+∂⋅⋅−= ∫∫∞
. [1] PP00
Legenda: D Procura durante o período de venda. ( )Df Densid Dade de probabilidade de .
( )DF Distribuição de probabilidade de D .
PC Custo associado de produto até ao fim do
Q Qua
à posse de uma unidadeperíodo de venda.
RC a unidade de produto
ntidade a encomendar
. Modelação de Procura
Custo associado À ruptura de um
7
O valor da , na maioria dos casos, é variável com o tempo e
o antecipadamente. Com o objectivo de diminuir o factor incerteza na
, fazem-se previsões desta, baseadas em dados históricos e em informações que
adrão de procura do produto em estudo. [1]
tos. Assim, todas as
e 1
m caso particular que acontece frequentemente é quando se tem uma distribuição da
tica para todas as unidades de tempo e é independente de
nidade de tempo para unidade de tempo. [1]
desconhecid
procura dos produtos
procura
ajudem a conhecer o p
As previsões reduzem a incerteza no valor da procura dos produ
previsões têm erros que podem ser de maior ou menor dimensão, dependendo do sistema
da variação intrínsede previsão ca à procura dos produtos. [ ]
U
procura, onde esta é idên
u
( )∑=
=
o
tD Procura na unidade de tempo t Unidade de tempo
=Nt
tN tDD
1
Legenda: N Número de unidades de tempo
ND Valor total da procura durante N unidades de temp
( )
Relatório de Seminário José Costa Página 24 de 33
A Problemática da Gestão de Stocks
8. Stocks de Segurança (SS)
Um dos vários problemas colocado pela gestão económica dos stocks é a determinação da
ltura ideal para ser feita uma nova encomenda de um determinado produto. A incerteza é
Para diminuir o factor de incerteza r previsões, para determinar qual a altura
ideal para fazer uma nova encome é utilizada uma previsão de consumo em
utili co dois tipos de erros:
a
usual ao fazer uma nova encomenda, resulta do facto da procura e o prazo de entrega da
encomenda, serem variáveis aleatórias. [1]
é usual faze
nda. Quando
vez de se o nsumo real, é normal ocorreremzar
Relatório de Seminário José Costa Página 25 de 33
Consum isto é inferior ao consumo real,o prev o que faz com que ocorram rupturas
de stocks;
que consumo real, o que faz com que ocorra um aumento
dos custos de posse. [1]
a eventuais aumentos da procura acima do
revisto e/ou atraso na entrega por parte do fornecedor. [1]
Consumo previsto é maior
Rupturas de stocks têm, normalmente, consequências mais graves do que ter stocks em
excesso; para evitar a ocorrência de rupturas constitui-se um stock de segurança – SS.
Estes permitem ter uma protecção contr
p
A maior ou menor protecção proporcionada contra as rupturas de stocks, depende do valor
escolhido para o stock de segurança. [1]
Figura 10 Sistemas de stocks sem stock de segurança [1]
A Problemática da Gestão de Stocks
Figura 11 Sistemas de stocks com stock de segurança [1]
O dimensionamento do stock de segurança deve ser feito de forma a proteger o nível dos
stocks, contra aumentos de procura acima do previsto. O stock de segurança não deve só
depender da amplitude dos desvios do consumo real em relação ao consumo previsto, mas
também da frequência com que os desvios ocorrem. [1]
Os custos que estão associados às rupturas de stocks são complicados de calcular; devido a
isto, os stocks de segurança, são dimensionados através da especificação de medidas do
nível de serviço (expressa o custo de ruptura implicitamente). As medidas mais utilizadas
são:
PR : Probabilidade de ruptura de stock por encomenda. Esta medida não tem em
conta a amplitude das rupturas;
Relatório de Seminário José Costa Página 26 de 33
F : Fracção d ida não tem
em conta o número de rupturas. [ ]
a procura que é servida directamente de stock. Esta med1
Está convencionado que um stock de segurança, utilizado por um período de N unidades
de tempo, é definido como sendo o produto de dois factores: NN KSS σ⋅= . [1]
Legenda: SS Stock de segurança usado por um período de N unidades de tempo; N
K Factor associado ao risco implícito na medida de serviço adoptada; Nσ Factor que representa o desvio padrão da procura durante um período
com N unidades.
Para os pontos seguintes, ponto 8.1 e ponto 8.2, deve ter-se atenção sobre a notação que
se segue:
A Problemática da Gestão de Stocks
Relatório de Seminário José Costa Página 27 de 33
nsidade da probabilidade de ND ;
ND Procura real durante um período de N unidades de tempo;
( )NDf Função de
( )NDF Função distribuição de probabilidade de ND ;
ND Valor médio de ND ;
Nσ Desvio padrão de ND .
as orrem quando o consumo real de um determinado período de tempo
ao s al, a
8.1. Cálculo da SS dada a Probabilidade de Ruptura por Encomenda
As ruptur de stock oc
é superior umo previsto para esse mesmo período. Assim, de uma forma gercon e
probab ra é igual a: [ ] ilidade de ruptu 1
( )evistoConsumoalConsumoeilidad PrRe >obabPR Pr=
Ao substituir-se o consumo previsto pelo consumo médio somando o stock de segurança
obtém-se: ( )NNN SSDDobPR +> [1]
ubstituindo s egura
= Pr
S s nça por NKtock de σ⋅ obtém-se: ( )NNN K σ⋅+> DDobPR = Pr
Figura 12 Probabilidade de Ruptura [1]
A variável ND pode ter uma distrib ição contínua e Ku ou discreta. Para obter o valor d
que satisfaz a expressão anterior, utiliza-se o inverso da função de distribuição. [1]
A Problemática da Gestão de Stocks
Figura 13 Determinação de K usando a probabilidade de ruptura [1]
A fracção obtém-se através da
expressão
8.2. Cálculo da SS dada a Fracção de Procura Atendida de Stock
da procura que é servida directamente de stock, F ,
NESPFQQ
+; NESPF , é o Número Esperado de Unidades em Falta por
menda.
NESPF , utiliza-se a seguinte fórmula:
F =
Ciclo de Enco
Para calcular o
( )[ ] ( ) NNkD
NNN DDfkDDNESPFNN
∂⋅⋅⋅+−= ∫∞
⋅+ σ
σ
Sabendo que N
NN DDσ−
= , obtém-se ( ) ( ) ,uufkuNESPFk
N ∂⋅⋅−×= ∫∞
σ
( )KG
u ( )1,0Nuonde ≈ .
Ou seja, NESPF ⋅= Nσ .
Ass
im, e substituindo na fórmula de F , o NESPF pela igualdade anterior, obtém-se uma
nova expressão para F : ( )( )KGQQFN ⋅+
=σ
.
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A Problemática da Gestão de Stocks
Relatório de Seminário José Costa Página 29 de 33
Resolvendo em ordem a ( )KG , obtemos a expressão ( )F
FQKGN
−⋅= . Tendo o valor de 1
σ
K , pode nça através da expressão, anteriormente enunciada, -se obter o stock de segura
NN KSS σ⋅= .
9. Métodos de visionamento Reapro
9.1. Introdução
Uma empres r
produção, m e venda. Logo, é preciso determinar quais a
quantidades a encomendar e em que datas, para que o custo global seja tanto menor
da gestão de stocks. [2]
ade, para ser ajustável em caso de erro nas
previsões. [ ]
Os diferentes modos de onamento relacionam
a deve dispor, no p azo desejado, das matérias-primas e dos produtos que são
necessários à anutenção s
quanto possível. Isto é inseparável
Baseando-se em previsões, por vezes cert étodo de reaprovisionamento escolhido
deve fazer prova de uma grande2
in as, o m
agilid
aprovisi -se à volta de dois parâmetros:
Quantidade encomendada (fixa ou variável);
Data de reaprovisionamento (período fixo ou variável). [2]
Tabela 2 Métodos de Reaprovisionamento Período Fixo Período Variável
Quantidade Fixa Método de Método do Ponto de
Reaprovisionamento Fixo Encomenda
Quantidade Variável Método de Aprovisionamento por Datas
Recompletamento e Quantidades Variáveis
9.1.1. Período de Revisão ( R )
O período de revisão pode ser definido de duas formas:
R é fixado num valor, devido a imposições de carácter prático, como por exemplo:
A periodicidade da recolha de encomendas pelo fornecedor,
A Problemática da Gestão de Stocks
A afectação de determinado dia da semana para recepção de
encomendas;
Relatório de Seminário José Costa Página 30 de 33
R é fixado com base em decisões de base económica, como por exemplo:
A minimização de custos de encomenda,
Custo de transporte,
Conjugação de encomendas de vários produtos,
etc. [1]
ncomenda
9.1.2. Ponto de E ( s )
O v nido de forma a procura durante o prazo de entrega
( L). Numa situação de alguma prudência, dever-se-ia dispor de um certo nível de stock
segurança quando a encomenda che a; mas nem sempre é possível determinar o consumo
durante o prazo de entrega, uma vez que o consumo e o prazo de entrega não serem fixos.
na expressão
alor de s deve ser defi a garantir
g
LL SSDs += ; o Assim, define-se o ponto de encomenda com base
LD
segurança. [1]
9.1.3. Nív nto
representa valor do consumo médio durante o prazo de entrega e LSS como o stock de
el de Enchime ( S )
O valor de S os; ou seja, de acordo com a
minimização dos ão dos valores exactos de S é de complexa
utilização, usando ra definir os valores de
S . A expressão normalmente para o nível de enchimento é *QsS += , onde s é o ponto
e encomenda e *Q a quantidade económica de encomenda. [1]
9.2. Método de Reaprovisionamento Fixo (períodos e quantidades fixos)
é definido de acordo com critérios económic
custos. A determinaç
-se, normalmente, procedimentos heurísticos pa
d
Este método é uma realidade nas empresas, tendo em conta a regularidade que implica.
Ele pressupõe a existência de regularidade no consumo de artigos não fabricados na
empresa. É apropriado para itens de pouco valor unitário da categoria C da análise ABC. [2]
A Problemática da Gestão de Stocks
Reaprovisionamento com datas fixa s [2] Figura 14 s e quantidades fixa
9.3. Método de Recompletamento (datas fixas e quantidades variáveis)
Este método combina datas fixas para fazer a encomenda, com quantidades variáveis de
encomenda. O cálculo da quantidade a encomendar, iQ , é feito com base na expressão
RCSTNQ iiiii +−−×= 2.[ ]
Legenda: iN Consumo diário do artigo;
D Prazo de satisfação da encomenda; T Intervalo em dias entre duas encomendas ou duas revisões do stock; iS Stock do artigo i no instante da encomenda;
iC Quantidade do artigo i correspondente às encomendas em curso;
iR Quantidade do artigo i colocada às ordens da fabricação (reserva).
Figura 15 Método de Recompletamento [2]
o P ixas e datas variáveis)
m de compra. Neste
9.4. Métod d onto de Encomenda (quantidades fo
O ponto de encomenda é o nível de stock que deve iniciar a orde
método, o ponto de encomenda é considerado tendo em conta o stock de segurança
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A Problemática da Gestão de Stocks
Relatório de Seminário José Costa Página 32 de 33
ecessário para cobrir o prazo de aprovisionamento. Devido a isto, define-se um stock
fictício ( Assim,
n
vide figura seguinte) reaprovisionado desde o desencadear da encomenda.
emite-se uma nova encomenda logo que o stock fictício é atingido. [2]
Figura 16 Stock fictício permite evitar ruptura [2]
Na figura anterior, pode ver-se que a segunda encomenda é emitida antes que a primeira
recepção tenha ocorrido.
O principal problema deste método é o poder ocorrer um escoamento não previsto de
o tratamento de
stock, e quando se for verificar, este já entrou em ruptura. [2]
9.5. Aprovisionamento por Datas e Quantidades Variáveis
Este método trata da gestão de artigos de custo elevado da categoria A da classificação
ABC. Nos quais os preços variam e apresentam um carácter mais ao menos estratégico ou
especulativo. [2]
A atenção necessária para a utilização deste método torna-o adequado exclusivamente
número reduzido de artigos em stock. [2] para
A Problemática da Gestão de Stocks
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Bibliografia
[1] Gonçalves, José Fernando; Gestão de Aprovisionamentos; Capítulo 1; página 1 a
59; 2000; Publindústria.
[2] Courtois, A., Pillet, M., Martin, C.; Gestão da Produção; Capitulo 5; página 107 a
132; 1997;LIDEL.